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Edição de Janeiro de 2010

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Max Card disponível na rede DAFDAF CF85 para matérias perigosasFuso Canter Euro5 já em Portugal 4Scania funde negócios de Portugal e EspanhaJovem Motorista Europeu 2010 fora da Península 5Ibertruck já vende 20% dos Iveco em Portugal 6Volvo / Ano Novo com encomendas de vultoRenault Trucks com novo director na PenínsulaAlemanha fiscaliza camiões com câmaras térmicas 8Renault expande Fast & Pro na EuropaFiat prepara relançamento do Doblò CargoCitroën conquistou mercado nacional 9Ecodaily Electric chegou a Portugal 10Schmitz cria semir-reboque “para a cidade”Marangoni simplifica estruturaGalp ataca mercado uruguaioWabco lança sistema de imobilização de semi-reboques 12Paulo Borges (Multifrota) ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS“Novo” tacógrafo reforça segurança 132009: o pior ano da década 14

FICH

A T

ÉNIC

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Índice

Nota Abertura

Registo na D.G.C.S. Nº 123054Depósito Legal N.º 164047/01

T&NTRANSPORTES & NEGÓCIOS

Redacção, administração,assinaturas e publicidade:Apartado 304580 RecareiTel: 22 433 91 60/1. Fax 22 433 91 [email protected]

Propriedade: José Fernando Araújo GonçalvesApartado 30 • 4580 RecareiEditora: Riscos - Sociedade Editora, LdaDirecção: Fernando GonçalvesRedacção: João Cerqueira, Susana MarvãoEdição Electrónica: Paulo CostaDepartamento comercial: Ana Paula Oliveira

Há já 12 anos que acompanhamos, aquino TRANSPORTES & NEGÓCIOS, aevolução dos mercados, nacional einternacional, de veículos comerciais, comespecial incidência nos pesados demercadorias.Ao longo deste tempo, as marcas viverammomentos bons, muito bons, menos bonse até maus, como foi o ano findo. E oTRANSPORTES & NEGÓCIOS manteve-seinamovível no seu propósito de informarsobre o sector. Independentemente dassortes das marcas e dos consequentesinvestimentos publicitários.2009 foi um ano mau para o sector. Terásido mesmo o pior da década. E 2010não se afigura particularmente risonho.A aposta que agora fazemos, com olançamento deste novo suplemento T&NVEÍCULOS COMERCIAIS em formato derevista é, pretende ser, a seu modo, umcontributo para “dar a volta” à situação,e também uma manifestação de confian-ça no futuro desta actividade.Como sempre, estamos receptivos, eagradecemos as críticas e sugestões quenos permitam melhorar mais este produtojornalístico com o qual enriquecemos oportfolio do TRANSPORTES & NEGÓCI-OS.Mensalmente, aqui estaremos, pois.Contamos convosco. Podem contarconnosco.

FERNANDO GONÇALVES

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Max Card disponívelna rede DAF

om o objectivo de oferecer aosseus clientes um serviço aindamelhor e de os ajudar a redu-

zir os seus custos futuros de explora-ção, a Paccar Parts acaba de lançar oMax Card. Os titulares deste novo car-tão beneficiam, através da rede de con-cessionários DAF, de condições espe-ciais em peças e acessórios, para alémde receberem conselhos para optimi-zar os seus custos de exploração.A Paccar Parts disponibiliza, na redede distribuidores DAF, uma gama com-pleta de peças Paccar e DAF. Com-plementarmente, é possível ainda ad-quirir uma vasta gama de peças multi-marca para camiões e semi-reboquesno programa TRP, com uma oferta su-

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A rede da Mitsu-bishi em Portugaljá está a disponi-bilizar o novoFuso Canter Euro5, com o motor de3.0 litros, propos-to, por agora, com mo-torizações de 130 e 145 cv. A ver-são mais potente de 175 cv deveráchegar ao nosso mercado apenasdentro de dois meses.As duas versões de potência disponí-veis integram o sistema EGR de recir-culação de gases de escape, enquan-

Fuso CanterEuro 5já em Portugal

to a mais potente, que chega em Mar-ço, recorre ao sistema SCR de recircula-ção catalítica selectiva (com AdBlue).A gama é composta por versões depesos brutos de 3,5, 5,5, 6,5 e 7,5toneladas, dois comprimentos distin-

tos de cabina e sete distâncias en-tre-eixos.Em termos visuais, a alteração maisvisível do novo Fuso Canter é a mu-dança do logo na grelha frontal,onde a palavra “Fuso” substitui o tra-dicional “Mitsubishi Fuso”.

perior a 60 000 referências, em con-dições vantajosas.Todos os trimestres, os titulares do MaxCard recebem uma Newsletter, comconselhos úteis para reduzir os seuscustos de exploração. Em paralelo, atroca regular de algumas peças per-mite-lhes tornar esses custos ainda maisbaixos. Cerca de 30% das interven-ções efectuadas pelo International Tru-ck Service (ITS), o serviço de assistên-cia na estrada da DAF, nos últimosanos poderiam ter sido evitados se al-guns pequenos serviços tivessem sidofeitos no camião em tempo útil. A News-letter informará também os utentes MaxCard da evolução da legislação emmatéria de transporte.

A DAF vai lançar nos mercados eu-ropeus um novo modelo tractor maisligeiro CF85 para o transporte demercadorias perigosas. O novo veí-culo terá 6 350 kg de capacidadede carga útil, e será equipado comos sistemas de controlo de estabili-dade (ESP), Cruise Control Adptati-vo (ACC) e Alerta de Colisão Frontal(FCW).Disponível em versões de cabinacurta e Space Cab, o novo CF85 ofe-recerá motorizações de 360 e 510cv, acopladas a uma caixa de velo-cidades automatizada ASTronic. Aversão Space Cab virá equipadacom uma cama, dispondo ainda onovo modelo de software específicopara o transporte de líquidos.Na cerimónia de apresentação donovo modelo, em Eindhoven, AadGoudriaan, presidente da DAF, afir-mou que “o mercado de camiões nãose reabilitará em 2010, mas os sto-cks dos concessionários estão a serprogressivamente escoados”. Goudri-aan acredita, no entanto, que a DAFsairá reforçada da crise, pois, afir-mou “de futuro a procura de cami-ões aumentará de novo fortemente,e nós ganharemos quota de merca-do”.

DAF CF85paramatériasperigosas

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o âmbito do processo de reor-ganização europeia da suaestrutura operativa, a Scaniaconcluiu o processo de integra-

ção das suas actividades em Portugale Espanha numa única unidade denegócio.Na mesma linha, a estrutura operacio-nal no nosso país foi profundamenterevista, cortando com a herança daCimpomóvel V.P., o importador damarca entretanto adquirido pelos sue-cos.A rede de distribuidores e de serviçospós-venda está agora concentrada emtrês regiões departamentais: ScaniaPortugal Norte (que aglutina os negó-cios das regiões do Porto, Viseu e VilarFormoso), Scania Portugal Centro (Co-imbra e Leiria) e Scania Portugal Sul(Lisboa e Madeira). Em simultâneo, eem consequência, foi dispensado umnúmero assinalável de funcionários.Ainda assim, Oscar Jaern, o novo di-rector da Scania Portugal Sul, garan-tiu ao TRANSPORTES & NEGÓCIOSque a rede vai-se manter, e até mes-mo “reforçar toda a actividade de dis-

tribuição e serviços de assistência após-venda”. E também “todas as oficinasautorizadas vão manter-se”.Com esta fusão entre a Scania Ibéricae a Scania Portugal a marca suecapretende sobretudo implementar siner-gias, tanto a nível tecnológico comoadministrativo, no sentido daquilo queo construtor tem vindo a fazer na Euro-pa, onde já reuniu mercados regionaiscomo o Benelux (Holanda, Bélgica eLuxemburgo), os países do Adriático,os países do Báltico e os mercados daRepública Checa e da Eslováquia,entre outros. O objectivo é, claro, en-frentar melhor a difícil situação econó-mica e financeira que o sector da in-dústria e do comércio automóvel atra-vessaram em 2009 e se espera aindapara 2010.

JovemMotoristaEuropeu 2010fora daPenínsulaA edição deste ano do Jovem Moto-rista Europeu não se realizará nemem Portugal nem em Espanha, se-gundo adiantaram responsáveis daScania em Madrid, numa nota deimprensa, explicando que “actual-mente estamos a concentrar todos osnossos esforços no nosso core busi-ness”.A competição do Jovem Motorista Eu-ropeu realiza-se desde 2003, bie-nalmente. No ano passado já tinhasido cancelada a nível global devi-do à quebra abrupta do mercadode camiões na Europa.Esta é a primeira vez que Portugal eEspanha ficam arredados duma pro-va para a qual a Scania estima umaparticipação de cerca de 45 mil jo-vens motoristas. A quarta edição do“Jovem Motorista Europeu” será dis-putada em 28 países, 18 dos quaiseuropeus.A final europeia terá lugar em Sö-dertälje, na Suécia, nos dias 8 e 9de Outubro.

Scania funde negóciosde Portugal e Espanha

Mercadonacionaldivididoem três

departamentos

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m pouco mais de três anos, aIbertruck tornou-se um dosprincipais distribuidores daIveco em Portugal, represen-

tando cerca de 20% das vendas damarca italiana. A empresa, que tam-bém vende e assiste veículos Fiat Pro-fessional, ultrapassou em 2009 a fas-quia dos 21 milhões de euros de fac-turação e quer crescer 5% este ano.Em 2009, o volume de negócios daIbertruck atingiu os 21,095 milhões deeuros (resultados não consolidados).A empresa facturou 10,8 milhões navenda de veículos novos, 1,8 milhõesdos quais provenientes da venda deautocarros, 955 mil euros na vendade usados, 1,6 milhões nas vendasde comerciais Fiat, 6,3 milhões navenda de peças e 1,44 milhões nosserviços de oficina, adiantou aoTRANSPORTES & NEGÓCIOS o direc-tor de após-venda da empresa.No total, a Ibertruck comercializou cer-ca de 290 unidades novas da Iveco(200 da gama ligeira, 50 da gamamédia e 40 da gama pesada), 100comerciais Fiat e 140 viaturas usadas.As vendas da empresa representa-ram, assim, aproximadamente 20%do volume total dos veículos da mar-ca Iveco comercializados em Portugal(cuja estimativa global ronda as 1450 unidades, ou 950 Daily, 200unidades da gama intermédia Euro-cargo e 300 das gamas pesadasStralis e Trakker).Ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS,Juno Cesário acrescentou que “a Iber-truck em 2009, em termos de oficinae mão-de-obra fez o mesmo volumede facturação que em 2008. Em pe-ças tivemos uma ligeira quebra, naordem dos 3% em volume, mas quefoi compensada com a margem. Paranós, 3% a menos em peças não é sig-nificativo, e uma optimização do tra-

balho no sector permitiu compensaressa pequena quebra com um ligeiroaumento de margem”.Para 2010, adiantou aquele respon-sável, “o nosso principal objectivo écrescer. É expectável um crescimen-to do volume de facturação na or-dem dos 5%. Mas é um target am-bicioso; não vai ser fácil, até por-

Ibertruck já vende 20%dos Iveco em Portugal

que 2010 continua a ser um pontode interrogação”.Há cerca de um ano, a Ibertruck co-meçou também a prestar assistênciaa toda a gama de veículos de FiatProfessional, incluindo os derivados deautomóvel. “A Fiat chegou à conclu-são que o cliente profissional é dife-rente do cliente particular, e a reali-dade é que a rede Iveco é aquelaque se encontra mais adaptada àsnecessidades do cliente profissional.Logicamente fazia todo o sentido,numa perspectiva de continuidade,que a rede de oficinas Iveco passas-se a dar assistência à Fiat Professio-nal” – sublinhou Juno Cesário.A verdade é que – frisou - “a vendade viaturas Fiat Profesional revelou-semais promissora do que estávamos àespera. Até agora gerou melhores re-sultados do que o após-venda”.Outra actividade de negócio em quea empresa apostou foi o renting, coma criação da Ibertruck RAC (Rent aCar), ainda em 2007, mas esse ne-gócio ainda não deu frutos.

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A Iberturck efectua todos os tipos deserviços de oficina, nomeadamente cha-pa, pintura, mecânica, electricidade,aferição de tacógrafos, estação de ser-viço e preparação de veículos novospara entrega final ao cliente.Em Vila Franca de Xira, o distribuidortem duas oficinas distintas devidamen-te equipadas, uma para assistir cami-ões e autocarros da Iveco, outra paraas Daily e os comerciais Fiat. Cerca de70% do serviço é absorvido pelas ava-rias e 30% pelas manutenções.“Há uma grande aposta da marcapara associar ao produto o contratode manutenção e reparação. Os fro-tistas já adquirem um grande volumede viaturas com contratos de manuten-ção e reparação incluídos, mas o pe-queno transportador ainda não ade-riu a este modelo”. – afirmou o directorde após-venda da Ibertruck.A média diária de entradas na ofici-na de Vila Franca de Xira é da ordemdos 20 veículos, o dobro do que severifica em Setúbal e em Lisboa. Aempresa presta também assistênciaaos veículos da Iveco a gás natural queestão a trabalhar na Valorsul e em al-gumas câmaras da área metropolita-

Empresadetida a 100%pelos galegosdonos da CamoA Ibertruck nasceu em Maio de 2006,fruto da parceria de dois grupos deretalho automóvel, juntando a antigaCamial, propriedade do grupo Serfin-gest, que detinha instalações em Lis-boa e Setúbal, com o grupo espanholPerez Rumbao. A empresa garantiu acontinuidade de todo o negócio deretalho da Iveco Portugal, que passoua existir exclusivamente na qualidadede importador.A Ibertruck tem instalações em VilaFranca de Xira, Lisboa e Setúbal, eainda uma rede de oficinas autoriza-das em Sintra, Torres Vedras, VendasNovas e Évora, estrutura essa que lhepermite dar cobertura à vasta áreametropolitana de Lisboa e também aodistrito de Évora.Desde o ano passado, a empresa édetida a 100% pelo Grupo Perez Rum-bao, “o maior distribuidor automóvelda Galiza”.O grupo galego é igualmente respon-sável pela actividade de retalho daIveco na região da Galiza.”Temos uma“meia irmã”, que é a Inturaza, e que émaior que a Ibertruck, quer em volu-mes de vendas quer nas actividadesapós-venda, e existem muitas sinergi-as, muito know-how partilhado e tro-cas de experiências entre as duasempresas”, explica Juno Cesário.O mesmo grupo galego detém aindaa UNVI, que se dedica ao fabrico decarroçarias para autocarros, e quepossui duas unidades de produção,uma em Ourense e outra em Vila Novade Gaia (a Camo), com uma capaci-dade conjunta de produção anual naordem dos 600 autocarros.

na de Lisboa, tendo “uma equipa pre-parada para a reparação desse tipode viaturas”.A Ibertruck opera ainda o serviço deassistência 24 horas da Iveco, que fun-ciona 365 dias por ano, dando cober-tura nos distritos de Lisboa, Setúbal eÉvora, com o apoio de dois carros ofi-cina: duas viaturas Daily devidamen-te equipadas. Em 2009 a empresaacorreu a cerca de 250 pedidos deassistência na estrada. Paralelamen-te, disponibiliza o serviço 24 horaspeças, com um mínimo de duas pes-soas a operar permanentemente na sec-ção respectiva. A disponibilidade destock de peças nos três armazéns daempresa ronda os 90% e totaliza cer-ca de um milhão de euros em valor,tudo peças originais Iveco e Fiat, talcomo os respectivos acessórios.No capítulo da concorrência do mer-cado de peças paralelo, Juno Cesáriosalienta que “onde nós sentimos maiorconcorrência do negócio paralelo é naspeças de alta rotação. Devido à situa-ção económica que vivemos os clientesprocuram alternativas e acabam por en-contrar soluções aparentemente maisbaratas que nem sempre o são”.

Só os frotistas aderemaos contratos de manutenção

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Alemanha fiscalizacamiões na estradacom câmara térmicasAs autoridades de fiscalização rodo-viária alemãs estão a recorrer à utili-zação de câmaras térmicas para de-tectarem camiões com sistemas de tra-vagem defeituosos. Segundo testes fei-tos pela Polícia, também os pneus comas bandas de rodagem em mau esta-do são detectados com câmaras de in-fravermelhos.Um camião que transportava uma car-ga de fruta da Dinamarca para aGrécia foi recentemente retirado da A7,na região de Lüneburg, perto de Ham-burgo, depois duma câmara térmicainstalada pela Polícia ter detectadovárias fissuras nos discos de travão. Alegislação alemã aplica coimas eleva-das nos casos de anomalias detecta-das na estrada em todos os sistemasdos veículos que coloquem em causaa segurança e obriga à imediata re-moção das viaturas para uma oficina,implicando, assim, também a sua imo-bilização até que seja solucionado oproblema e obtida a respectiva certifi-cação pelas autoridades policiais.

Renault Truckscom novo directorde MarketingOperacionalna Península

Franck Carpentier assumiu no iníciodeste ano a Direcção de MarketingOperacional na Renault Trucks Espa-nha-Portugal.Licenciado em marketing industrialpela Escola Superior do Comércio deGrenoble, Carpentier iniciou a suaactividade profissional na sede damarca francesa como responsávelpela realização de salões e eventosinternacionais.Antes de ingressar no braço ibéricoda Renault Trucks, desempenhava asfunções de director do MarketingOperacional de Veículos Pesadospara todo o mercado europeu.

Volvo Trucks vai fornecer àDeutsche Post DHL até um má-ximo de 1 800 camiões nos

próximos dois anos, no âmbito dumacordo celebrado entre as duas empre-sas. O fabricante sueco será o princi-pal fornecedor de camiões pesados daDHL na Suécia, Finlândia e Reino Uni-do, para as operações de serviços Ex-presso, Carga e Distribuição, podendoo fornecimento ser também alargadoàs frotas do operador logístico na Ale-manha e nos três países do Benelux.

VolvoAno Novocom encomendasde vulto

Ainda neste arranque de Ano Novo,a Volvo recebeu uma encomenda de550 camiões da empresa Derba Ce-ment, a qual opera na indústria cimen-teira na Etiópia.Os camiões serão entregues no decur-so deste ano, tendo a Derba já mani-festado a intenção de adquirir um to-

tal de mil unidades Volvo, uma vez quese encontra em fase de expansão doseu negócio com a construção de umanova fábrica.O contrato inclui o fornecimento de umsistema de competência de transpor-tes e a implementação de uma redeprópria de assistência e peças.

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om um total de 25 novos centrosde assistência na Europa, a Re-nault Trucks continua a desenvol-

ver o conceito Fast&Pro a nível internacio-nal. Desde o Reino Unido até Itália, pas-sando pela Holanda, os proprietários deveículos utilitários da marca francesa dis-põem assim da oportunidade de encon-trar um serviço rápido e profissional dequalidade, adaptado às suas necessida-des específicas.Lançado experimentalmente em 2005, eem condições reais no ano seguinte, oFast&Pro é um serviço de vendas e ma-nutenção implementado junto dos distri-buidores da Renault Trucks, propondo aosclientes de veículos utilitários da marcaum conjunto de serviços pós-venda no actode compra. A oficina propriamente ditatem de obedecer a regras específicas e

a uma rotulagem uniformizada.Em 2009, abriram um total de 12 novoscentros em Itália, Holanda e Reino Unido,que se vieram juntar aos 13 do ano ante-rior em Espanha, Bélgica, República Che-ca, Eslováquia, Roménia e França, totali-zando uma rede que já ultrapassa umtotal de 80 centros na Europa. A ambiçãoda Renault Truks Europa é chegar aos 250centros Fast&Pro no final de 2012.Numa oficina Fast&Pro o cliente tem acerteza de encontrar um espaço total-mente dedicado aos utilitários, com nor-mas e competências reconhecidas pelamarca, pessoal especializado, horáriosalargados de funcionamento, e um ser-viço rápido e eficaz, para além de dis-por dum serviço de veículos de substitui-ção nos casos de imobilização prolon-gada.

O novo Fiat Doblò Cargo chegará aPortugal no segundo semestre de2010.Segundo revelou a Fiat Professional,o novo modelo será construído combase numa plataforma totalmentenova, de maiores dimensões.O futuro Doblò Cargo será lançadonos mercados com sete versões de car-roçaria, nomeadamente três versõesfurgão (curta, longa e de tecto alto),versões combi de 5 e 7 lugares (curtae longa), e variantes inéditas chassis-cabina, concebidas para receber vá-rios tipos de carroçamentos profissio-nais. O compartimento de carga dis-ponibilizará um comprimento até 2,17

metros e uma largura entre cavas de1,23 metros, podendo a capacidadede volume útil situar-se entre os 3,4 eos 4,2 m3, consoante as versões (cur-ta ou longa). Quanto à capacidadede carga, a mesma oscilará entre os750 e os 1 000 kg.O Doblò Cargo receberá também no-vas motorizações diesel Multijet Euro5, com ordens de potência de 90 cv(1.3cc), 105 cv (1.6cc) e 135 cv(2.0cc), e ainda uma variante a ga-solina de 95 cv e uma versão híbridagás metano Natural Power.Também o design exterior surge reno-vado, com linhas mais aerodinâmicase novos grupos ópticos.

Citröenconquistoumercadonacional

Renault expandeFast&Pro na Europa

Fiat prepara relançamento doDoblò Cargo

A Citröen liderou o mercado portu-guês de veículos comerciais ligeiros em2009, com 5 394 unidades vendidase uma quota de mercado de 13,9%,tendo crescido 2,7% em quota relati-vamente ao ano anterior.Os responsáveis da marca explicamestes bons resultados com a “disponi-bilização de produtos bem adaptadosàs necessidades dos clientes” e tam-bém “uma força de vendas motivada”.O resultado da Citroën foi tanto me-lhor quanto o mercado nacional decomerciais ligeiros caiu 29,8% no anopassado.Globalmente, a marca francesa comer-cializou 15 836 veículos ligeiros nonosso país, tendo ascendido ao quar-to lugar do ranking, com uma quotade 7,9% num mercado que acumulouperdas de 25,6% em relação a 2008.

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oito horas, feita através duma fichanormalizada trifásica, e a autonomiapode chegar aos 130 km com o veícu-lo em situação de carga completa.A potência do motor eléctrico é de 30kw contínuos nos modelos 35S e de40 kw contínuos nos 50C. A arquitec-tura eléctrica e o sistema de controloincorpora um controlador electrónicodedicado que comunica com o veícu-lo utilizando a rede CAN, cujo ecrã -instalado no painel de instrumentos -

Iveco acaba de lançar o pri-meiro veículo comercial de pro-pulsão totalmente eléctrica dis-

ponível no nosso país. O TRANSPOR-TES & NEGÓCIOS já testou o Ecodai-ly Electric, um veículo de emissões zero(ZEV), quer gasosas quer de ruído,proposto pelo construtor italiano em ver-sões furgão e chassis cabina, nos mo-delos 35S (com chassis curto e longo)e 50C (com chassis curto e longo), comuma abrangência de pesos brutos en-

tre as 2,9 e as 6,5 t. A capacidade decarga útil oscila entre os 1 215 e os 2610 kg, consoante as versões e o nú-mero de baterias instaladas.O Ecodaily Electric pode ser equipa-do com entre duas e quatro bateriasde tracção Zebra 25 (consoante asversões e as necessidades específicasde cada cliente). São baterias de salderretido, com tecnologia baseada emcoreto de sódio e níquel (NaNiCI2).O tempo de carga das baterias é de

Ecodaily Electricchegou a Portugal

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Comercializados8 400 veículosa CNGEntre comerciais de carga e minibus,a Iveco já vendeu 2 760 veículos dagama Daily com propulsão CNG;das gamas de pesados Eurocargo eStralis comercializou 1 240 unidades;e autocarros Citelis 4 400 unidades,totalizando 8 400 veículos CNG. Oconstrutor vendeu também, até à pre-sente data, 2 330 motores CNG.Em Portugal foram vendidas 35 uni-dades, a maior parte das quais à Va-lorsul, encontrando-se em prepara-ção mais 18 novas unidades paraentrega. No nosso país persiste o pro-blema da falta de postos de abaste-cimento de gás comprimido, existin-do apenas cinco (STCP, Carris, Valor-sul, Aveiro e Braga), um cenário quecontrasta com países como a Alema-nha (774 postos distribuídos por todoo país), Áustria (110 postos e 200previstos até 2011), e Suíça (mais de100 postos).Um dos grandes clientes da Iveco sãoos serviços municipalizados de Ma-drid, cuja frota CNG de veículos damarca italiana para recolha de resí-duos sólidos já ultrapassa as 400 uni-dades.A marca refere que a procura de so-luções alternativas aos combustíveistradicionais deverá aumentar aindamais nos próximos anos, por um ladodevido à crescente criação de zonasde acesso restrito nas cidades, poroutro, “não nos podemos esquecerque o preço do petróleo aumentou1350% nos últimos 10 anos, e que aescassez de crude vai sentir-se já napróxima década”.

Ecodaily 3.0Natural PowerEEVDisponível para testes esteve tambémuma versão de caixa aberta do novoEcodaily 3.0 Natural Power EEV, umveículo a gás natural comprimido(CNG) de 136 cv, complementadocom um pequeno depósito de 14 litrosa gasolina para situações de emergên-cia. Os depósitos de gás são aplica-dos sob o chassis, dispõem duma ca-pacidade de enchimento de 302 litrose proporcionam uma autonomia de até500 quilómetros.A Iveco propõe quatro versões distin-tas no novo Ecodaily CNG, nomeada-mente chassis cabina, cabina dupla,furgão e chassis cowl, em quatro cate-gorias distintas de peso bruto (3.5t,4,2t, 5,2t e 6,5t).Do ponto de vista ambiental trata-sedum veículo que cumpre já com osvalores limite propostos pelo futuro Euro6, apresentando baixos níveis de ruí-do, baixo consumo e reduzido desgas-te do motor, assegurando o acesso aáreas urbanas restritas. Apresenta tam-bém facilidade e baixos custos de car-roçamento, em particular nos carroça-mentos especiais, e garante a mesmacapacidade de carga dos veículosDaily de propulsão convencional equi-valentes.

fornece ao condutor toda a informa-ção relativa ao estado de carga dasbaterias, voltagem do sistema, tempe-ratura e funcionamento do sistema.Este veículo já foi adquirido por empre-sas como a Petit Forrestier (Reino Unido),que opera no ramo do transporte frigorí-fico, a FCC (Espanha), na área dos servi-ços municipalizados, a UPS e a DeutschePost (Alemanha), nos serviços postais edistribuição porta a porta, e também porempresas de serviços aeroportuários.

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SCHMITZ CRIA SEMI-REBOQUE “PARA A CIDADE”. A Schmitz Cargo-bull acaba de lançar um semi-reboque equipado com um eixo direccional tra-seiro para operar nos centros urbanos, áreas onde a manobrabilidade de ca-miões articulados se torna cada vez mais difícil e é em feita também em espa-ços crescentemente apertados.O modelo S.CS City de cortinas laterais, com 11,05 metros de comprimento ecapacidade para 27 europaletes, e um PMA do conjunto articulado de 25toneladas (peso útil de 15 t.) passa assim a oferecer uma nova versão com eixodireccional.Uma das vantagens adicionais proporcionadas por este novo equipamentopassa pelo aumento da flexibilidade da frota, na medida que enquanto osemi-reboque efectua operações de carga ou descarga o tractor pode ser utili-zado para outras missões.

Wabco lançasistemade imobilizaçãode semi-reboquesA Wabco acaba de lançar um dis-positivo imobilizador no sistema elec-trónico de travagem (EBS) dos semi-reboques que aumenta significativa-mente a protecção contra o roubodestes equipamentos de transporte.Chama-se Wabco Trailer Imobilizere consiste num sistema electrónico dealta segurança que bloqueia as ro-das de um semi-reboque estaciona-do, de forma a evitar o seu rouboou uso não autorizado, aumentan-do igualmente a sua segurançaquando o veículo se encontra imobi-lizado em plano inclinado. O moto-rista activa este dispositivo inovadorinserindo um código PIN via Smart-Board, antes de abandonar o veícu-lo.O fabricante belga é líder mundialno fornecimento de sistemas electró-nicos de travagem, estabilidade esistemas de transmissão automáticapara veículos comerciais pesados. Aempresa já vendeu mais de 900 milsistemas electrónicos de travagempara semi-reboques em todo o mun-do.

Galp atacamercadouruguaioA Galp continua a expandir as suasactividades comerciais na América doSul, através do distribuidor Tecnotul,que já começou a distribuir lubrifican-tes Galp no Uruguai.A previsão de vendas para 2010 na-quele mercado é de 300 toneladas, oque equivale ao volume de um distri-buidor médio em Portugal.A Galp adquiriu recentemente os ne-gócios que AGIP e a ExxonMobil ex-ploravam na Península Ibérica, e comoa ExxonMobil também está de saídano Uruguai a companhia petrolíferaportuguesa aproveitou de imediato oespaço deixado em aberto.

O Grupo Marangoni acaba de reali-zar uma reestruturação profunda nasua estrutura empresarial, através daincorporação da Marangoni Spa e daMarangoni Tread Spa na MarangoniPneumatici Spa, que mudou a suadenominação para Marangoni Spa.Assim, e a partir de agora, a Maran-goni Spa deixará de ser a sociedadede cariz financeiro do grupo, assumin-do as funções estratégicas de socieda-de com cariz industrial operativo, pas-sando a administrar directamente umconjunto de actividades como as ma-térias-primas e as tecnologias parapneumáticos, as operações de recau-chutagem e a produção de borrachasindustriais.O grupo italiano pretende com estareestruturação simplificar a sua estru-tura e torná-la mais funcional, paragarantir um controlo directo das activi-

dades industriais e da gestão comerci-al. A partir de agora, as empresasestrangeiras do grupo, nomeadamen-te a Marangoni Tread Norte América,Marangoni Tread Latino América e El-lerbrock, passarão a ser controladasdirectamente a partir da sede italianade Rovereto. Quanto à Marangoni Tyre(fabrico e comercialização de pneumá-ticos novos), Marangoni Meccanica(fabrico e comercialização de maqui-naria e tecnologias para a indústriade pneus) e Pneusmarket (distribuiçãode pneumáticos para veículos industri-ais multimarca) mantêm a mesma par-ticipação e estrutura no grupo.A Marangoni é um dos gigantes mun-diais na área da recauchutagem paraveículos comerciais pesados e ligeiros.Em Portugal tem sido representadapela Império Pneus, empresa que sedebate com graves dificuldades.

Marangonisimplifica estrutura

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Comissão Europeia fez publi-car no passado dia 12 um novoregulamento relativo ao tacó-

grafo digital, equipamento de contro-lo no domínio dos transportes rodoviá-rios que veio substituir o tacógrafo ana-lógico, cuja instalação é obrigatórianos pesados de passageiros e de mer-cadorias desde Maio de 2006.Para saber mais sobre as implicaçõesdo novo regulamento no mercado, oTRASPORTES & NEGÓCIOS abordouPaulo Borges, director técnico da Mul-tifrota e um dos principais peritos emPortugal nesta matéria, e Inês Fernan-des, também responsável pela Direc-ção do Serviço Oficial do Tacógrafona empresa.A Multifrota representa a marca detacógrafos VDO em Portugal.

T&N - Quais os principais motivos quelevaram a União Europeia a introdu-zir este novo regulamento?Paulo Borges - A principal razão paraa introdução deste regulamento é asegurança. Visa-se a introdução de ummodelo que seja, no fundo, mais se-guro e não esteja tão exposto a mani-pulações.

T&N - Quais são as consequênciaspara os fabricantes de tacógrafos di-gitais, resultantes da introdução donovo regulamento da União Europeia?Paulo Borges - Os fabricantes de tacó-grafos digitais apenas terão de desen-volver e providenciar o novo tacógra-fo, ou efectuar as respectivas actuali-zações de software e firmware se forcaso disso, de acordo com as novasespecificações regulamen-tares e obter as várias ho-mologações, certificações,etc.

T&N - E quando é que essetrabalho tem de estar con-cluído?Paulo Borges - As alteraçõesterão de estar concluídas até

1 de Outubro de 2011, cumprindo asespecificações técnicas exigidas poreste novo regulamento. Pelo que pu-demos apurar até à data, há duas pos-sibilidades ainda em aberto: poderátratar-se apenas duma actualização dosoftware actualmente existente nos ta-cógrafos, mas poderá também verifi-car-se a produção de um tacógrafototalmente novo.Convém salientar que o novo regula-mento não obriga ao retrofiting; isto é,não se prevê que os tacógrafos insta-lados até Outubro de 2011 necessi-tem de ser para já substituídos.

T&N - Do ponto de vista da assistência- e eventualmente da aferição de ta-cógrafos - existe alguma alteração deprocedimentos?Paulo Borges – Assim comecem a apa-recer os tacógrafos no mercado comas alterações referidas, os Centros Téc-nicos de Tacógrafos Digitais VDO es-tarão preparados para poderem ser-vir os seus clientes e prestar-lhes todoo apoio que necessitem. Neste sentidoirá ser ministrada formação adequa-da, como sempre acontece nestas situ-ações.A Multifrota, enquanto representanteoficial da VDO em Portugal, pediu umparecer sobre as implicações do Re-gulamento ao fabricante e aguarda-mos ainda novas indicações.

T&N - Que dimensão tem o “ServiçoOficial do tacógrafo VDO” em Portu-gal e que serviços presta a Multifrotaaos seus agentes?Inês Fernandes - Enquanto repre-

sentantes da marca VDO, temos de as-segurar que todos os clientes com ta-cógrafo VDO são servidos com quali-dade em todo o País. Nesse sentido,toda a rede de agentes tem de estarpreparada para assistir os clientes queapresentem modelos de tacógrafo tec-nologicamente mais evoluídos. Comotodos sabemos a era digital evolui à“velocidade da luz”, exigindo uma for-mação quase contínua.A Multifrota possui um Centro de For-mação próprio, onde presta serviço atodos os seus agentes e até a clientesfinais. A Multifrota dá também forma-ção às autoridades fiscalizadoras emPortugal, sejam o IMTT, o ACT e as for-ças policiais.Por outro lado, a nossa empresa dis-põe também de um Centro Técnico “mo-delo”, com instalações no Cacém, jun-to ao Tagus Parque, onde efectua osmais diversos serviços de aferições detacógrafos e onde coordena a activi-dade da substituição de tacógrafosavariados, pois os tacógrafos digitaistêm de ser reparados no fabricante naAlemanha.Para além destes serviços, a Multfrotaassegura, através da sua rede, a co-mercialização de todo o tipo de equi-pamentos e softwares da VDO paradescarga, arquivo e análise de dadosprovenientes da memória de massados tacógrafos e dos cartões de moto-rista.

Paulo Borges (Multifrota) ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS

“Novo” tacógraforeforça segurança

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| 14 JANEIRO

Com 602 pesados de mercadorias ma-triculados, a DAF foi a “campeã” devendas em 2009. No ano anterior, umregisto igual apenas lhe garantiria oquinto lugar do ranking. Em 2000 amarca holandesa quedar-se-ia no sextolugar, com menos de metade das ven-das do líder.A análise dos números globais anuaisevidencia que o mercado nacional depesados de mercadorias nunca mais foio mesmo depois do máximo alcançadoem 2000, com 7 424 veículos matricula-dos. Em 2001 ainda se verificou algu-ma capacidade de resistência, mas de-pois foi nítida a tendência decrescentee acelerada até ter batido no fundo, em2003.Depois disso, veio a recuperação, na-tural, esperada, mas o mercado nuncarecuperou os níveis do início da déca-da. Em 2007, quando se verificou onovo pico de matrículas, Portugal va-leu apenas 5 644 registos, longe dos7 424 de 2000 e mesmo dos 5 699 de2001.Contrariando as expectativas iniciais,2008 ainda foi um ano bastante positi-vo, tendo-se verificado então uma que-

bra de pouco mais de 1% nas matrícu-las (5 536). Mas em 2009 a crise bateuforte: o “afundanço” de 43% nas ven-das não encontra paralelo na históriarecente do sector no País, praticamenteduplicando o pior registo relativo desde2000.Todas as principais marcas pisaram ter-reno negativo. Mas algumas foram, ain-da assim, mais penalizadas que outras.Foi o caso da Renault Trucks, que haviasido primeira em 2008 e que em 2009não conseguiu melhor que o quinto lu-gar do ranking, com quebras de 581matrículas, ou quase 57% em termosabsolutos, e que viu a sua quota demercado passar de mais de 16% paramenos de 12%. Foi também o caso daMAN, a perder mais de três pontos dequota de mercado, de volta abaixo dos10%, fruto da perda de quase 56% dasmatrículas, para 348. E foi, ainda, ocaso da Scania, que “afundou” 53%para 265 matrículas, com isso perden-do dois pontos de quota de mercado,ficando abaixo do 7%.Sob um fundo tão negro destacaram-sea DAF e a Iveco. Porque ambas perde-ram menos que o mercado (22% e 18%,

respectivamente), e com isso subiram aosdois primeiros lugares do ranking devendas, ambas com quotas acima dos15%.Evidentemente, os números das estatísti-cas globais apenas retêm as vendas deveículos de mercadorias de mais de 3,5toneladas, não atendendo à oferta es-pecífica de cada marca. E é sabido queenquanto umas se concentram essenci-almente na gama baixa, outras fazem-no exclusivamente na gama alta, e ou-tras ainda têm uma oferta completa ouquase.Com mais este triunfo, em 2009, a DAFsoma quatro primeiros lugares noranking nacional de pesados de merca-dorias desde 2000, sendo dominantena segunda metade da década. A Re-nault Trucks mantém-se, ainda assim,como a marca mais vencedora desde2000, com cinco primeiros lugares, qua-tro dos quais conseguidos em anos con-secutivos: os primeiros. A Volvo garantiupara si o único triunfo que escapouàquela dupla, em 2005.O gráfico sintetiza de forma clara o com-portamento das principais marcas aolongo dos últimos anos.

2009, o pior ano da década

2009 foi o pior ano da década em Portugal no que toca às matrículas de veículospesados de mercadorias. Os 3 167 camiões registados no País, no ano findo,representaram uma quebra de vendas de 43% relativamente aos números de 2008e ficaram ainda abaixo do pior resultado deste século, em 2003.

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