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Dir Financeiro e Controle ExernoTRANSCRIPT
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CURSO EM PDF – Direito Financeiro e Controle Externo -
TCMRJ 2015 Prof. Alexandre Teshima
AULA 2
CONTEÚDO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 2
2. CICLO ORÇAMENTÁRIO .......................................................................................................... 2
a. ELABORAÇÃO DA PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA ................................................................. 3
b. DISCUSSÃO E APROVAÇÃO DA PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA .......................................... 4
c. EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO ................................................................................................. 4
d. CONTROLE E AVALIAÇÃO DO ORÇAMENTO ....................................................................... 5
3. INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO.................................................... 6
a. PLANO PLURIANUAL (PPA) ..................................................................................................... 8
b. LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO) .................................................................... 11
c. LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA) .................................................................................... 13
d. PRAZO DE ELABORAÇÃO DOS INSTRUMENTOS ORÇAMENTÁRIOS.............................. 15
4. CRÉDITOS ADICIONAIS.......................................................................................................... 21
a. CONCEITO DE CRÉDITOS ADICIONAIS ............................................................................... 21
b. ESPÉCIES DE CRÉDITOS ADICIONAIS.................................................................................. 22
c. AUTORIZAÇÃO E ABERTURA ............................................................................................... 23
d. VIGÊNCIA ................................................................................................................................. 24
e. RECURSOS PARA ABERTURA DE CRÉDITOS ADICIONAIS ............................................... 25
5. PROCESSO LEGISLATIVO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL ................................................. 27
a. EMENDAS ORÇAMENTÁRIAS ............................................................................................... 28
6. EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 86/2015 - ORÇAMENTO IMPOSITIVO ............................. 30
7. LEI ORGÂNICA MUNICIPAL – PONTOS SOBRE ORÇAMENTO .......................................... 32
8. QUESTÕES DE CONCURSO 2015 ............................................................................................ 36
9. GABARITO COMENTADO - QUESTÕES DE CONCURSO 2015 ............................................ 41
10. BATERIA DE QUESTÕES - FCC .............................................................................................. 54
11. GABARITO COMENTADO - BATERIA DE QUESTÕES FCC I .............................................. 63
12. BATERIA DE QUESTÕES CESPE/UNB ................................................................................... 79
13. GABARITO COMENTADO - BATERIA DE QUESTÕES CESPE/UNB ................................... 82
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1. INTRODUÇÃO
Prezados alunos, basicamente o estudo da Administração Financeira e
Orçamentária objetiva o entendimento das regras que o Governo deve observar
quando elabora, aprova, executa e controla o seu orçamento, ou seja, o estudo
do ciclo orçamentário. Nesta aula, vamos inicialmente obter uma visão mais
detalhada do funcionamento do ciclo orçamentário e posteriormente iremos
focar o estudo da primeira parte do ciclo que é a elaboração e aprovação do
orçamento, onde estudaremos os instrumentos orçamentários (Plano Plurianual,
Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual), o processo
legislativo e os créditos adicionais.
2. CICLO ORÇAMENTÁRIO
Segundo a maioria dos autores, o ciclo orçamentário corresponde ao período de
tempo em que se processam as atividades típicas do orçamento público, desde
sua elaboração até a apreciação final mediante o julgamento da prestação de
contas e compreende quatro etapas básicas: elaboração da proposta
orçamentária; discussão e aprovação da lei de orçamento; execução
orçamentária e financeira; e controle e avaliação.
2 –
Discussão e
Aprovação
4 –
Controle e
Avaliação
1 -
Elaboração
da Proposta
3 -
Execução
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Exemplificando: Ciclo Orçamentário do Governo Federal para o exercício
financeiro de 2016.
1ª Fase: O Poder Executivo elabora a proposta orçamentária e encaminha para
o Congresso Nacional até 31/08/2015.
2ª Fase: O Congresso Nacional vota e aprova a proposta orçamentária até
22/12/2015.
3ª Fase: Com o orçamento aprovado e sancionado, começa a execução do
orçamento a partir de 01/01/2016 até 31/12/2016. Na fase da execução, o
governo faz o lançamento, arrecadação e recolhimento das receitas e o
empenho, liquidação e pagamento das despesas.
4ª Fase: Após a conclusão da fase da execução orçamentária, o Poder Executivo
elabora a prestação de contas e encaminha até aproximadamente 02/04/2017
ao Tribunal de Contas da União para emissão de parecer prévio e posterior
encaminhamento ao Congresso Nacional para julgamento.
Atenção: Neste exemplo simplificado, o ciclo orçamentário será completado em
três anos: Iniciou em 2015 (elaboração e aprovação), será realizado em 2016
(execução) e será finalizado posteriormente com a análise e julgamento da
prestação de contas que só ocorrerá em 2017 (avaliação e controle).
Vamos agora estudar cada fase do ciclo orçamentário:
a. ELABORAÇÃO DA PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA
O pontapé inicial do ciclo orçamentário compete ao Poder Executivo que tem o
dever constitucional de elaborar o projeto de lei orçamentária e encaminhar ao
Poder Legislativo para aprovação. Neste projeto, o Executivo propõe a
estimativa da receita e a fixação da despesa da administração pública para um
período anual.
Ressalta-se que o Poder Legislativo, Poder Judiciário, Ministério Público e o
Tribunal de Contas têm autonomia para a elaboração de suas propostas
orçamentárias, dentro das condições e limites já estabelecidos na Lei de
Diretrizes Orçamentárias. Neste caso, os referidos órgãos elaboram suas
propostas e encaminham ao Poder Executivo que se limita a consolidá-las no
projeto de lei orçamentária anual.
Importante também destacar que o projeto de lei orçamentária anual precisa
estar em consonância com as diretrizes, objetivos e metas estabelecidos na Lei
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do Plano Plurianual – PPA e na Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO. O PPA e a
LDO serão estudados a seguir.
b. DISCUSSÃO E APROVAÇÃO DA PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA
Esta fase é de responsabilidade do Poder Legislativo. A proposta orçamentária
elaborada pelo Poder Executivo é encaminhada para discussão e aprovação do
Legislativo.
De acordo com a Constituição Federal, durante o processo de discussão e
aprovação no Congresso Nacional, o projeto de lei orçamentária deve ser
previamente encaminhado para uma Comissão Mista Permanente de Senadores
e Deputados1 (Comissão Mista de Orçamento) que tem a função de examinar e
emitir parecer. Só após a emissão deste parecer, que o projeto será
encaminhado para votação pelo plenário das duas Casas do Congresso Nacional,
na forma do regimento comum. Aprovada a redação final, o projeto é então
encaminhado à sanção do Presidente da República.
Alerta: Os parlamentos dos estados e municípios também possuem uma
Comissão Permanente de Orçamento com idênticas competências.
c. EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO
Após a aprovação, sanção e publicação da Lei Orçamentária, desencadeia-se,
então, o processo de execução do orçamento. Nesta fase, as despesas fixadas
são empenhadas, liquidadas e pagas e as receitas previstas são lançadas,
arrecadadas e recolhidas. A execução do orçamento se desenvolve dentro de um
período denominado de exercício financeiro que, na administração pública, deve
obrigatoriamente coincidir com o ano civil (01 de janeiro a 31 de dezembro),
conforme dispõe o art. 34 da Lei nº 4.320/64.
Alerta 1: Importante destacar que a fase de execução orçamentária ocorre em
todos os poderes, já que o Executivo, Legislativo e Judiciário arrecadam receitas
e pagam despesas. Entretanto, tem autores que entendem que essa fase é
1 Na União, a CMO (Comissão Mista de Orçamento) é denominada de Comissão Mista de Planos,
Orçamentos Públicos e Fiscalização e foi instituída pelo art. 166, § 1º, da Constituição Federal de
1988. De acordo com a Resolução nº 1/2006-CN, o número de membros da CMO é 40 (10
senadores e 30 deputados), renovados a cada ano.
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competência do Executivo já que é neste poder que ocorre a maior parte da
execução orçamentária.
Alerta 2: A execução orçamentária compreende um período anual (01/01 até
31/12), já o ciclo orçamentário envolve um período muito maior, iniciando com
o processo de elaboração do orçamento, passando pela execução e encerrando
com a análise definitiva da prestação de contas, sendo, no mínimo, de três
anos.
d. CONTROLE E AVALIAÇÃO DO ORÇAMENTO
O controle e a avaliação do orçamento ocorrem de forma prévia, concomitante e
subsequente a execução orçamentária e deve ser realizados por todos os
poderes (controle interno) e pelo Poder Legislativo com auxilio do Tribunal de
Contas (controle Externo).
Quanto à localização do órgão executor existem dois tipos de controle: interno e
externo.
a) Controle Externo – É o controle exercido por um poder ou órgão distinto,
apartado da estrutura do órgão controlado. No Brasil, o controle externo é
exercido pelo Poder Legislativo com o auxílio do Tribunal de Contas,
conforme preceituam os artigos 70 e 71 da Constituição Federal.
Exemplificando: O responsável pelo controle externo da União é o Congresso
Nacional com auxílio do Tribunal de Contas da União; no Estado do Rio de
Janeiro é a Assembléia Legislativa com auxílio do Tribunal de Contas do Estado;
e no Município do Rio de Janeiro é a Câmara Municipal com auxilio do Tribunal
de Contas do Município do Rio de Janeiro.
b) Controle Interno – É o controle decorrente de órgão da própria estrutura
na qual se insere o Poder fiscalizado.
Exemplificando: Na União, o controle interno do Poder Executivo é exercido pela
Controladoria Geral da União. Já no Senado Federal, na Câmara dos Deputados
e nos Tribunais do Poder Judiciário, o controle interno é exercício por um órgão
próprio.
Alerta 1: O órgão titular do controle externo é o Poder Legislativo e não o
Tribunal de Contas.
Alerta 2: A Controladoria Geral da União não tem competência para fiscalizar
as casas do Congresso Nacional e o Poder Judiciário Federal.
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Vamos agora estudar um dos pontos mais cobrados em provas de concursos que
são os instrumentos de planejamento orçamentário.
3. INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO
O planejamento orçamentário brasileiro é estabelecido pela Constituição Federal
e compõe-se de três instrumentos: o Plano Plurianual – PPA (que define o
planejamento estratégico), a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO e a Lei
Orçamentária Anual – LOA (que definem o planejamento operacional).
CF - Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
Em face do mandamento constitucional, todos os entes devem elaborar e
aprovar três leis orçamentárias para executar as suas receitas e despesas nos
diversos programas e políticas públicas governamentais. O Plano Plurianual -
PPA é elaborado de quatro em quatro anos e estabelece as diretrizes, objetivos
e metas plurianuais. Já a Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO é elaborada
anualmente e tem como objetivo estabelecer as metas e prioridades anuais. Por
fim, é elaborado a Lei Orçamentária Anual com o objetivo de estimar a receita e
fixar a despesa para o cumprimento da programação anual. É importante
destacar que deve haver compatibilidade entre os instrumentos orçamentários –
PPA – LDO e LOA.
Exemplificando: Vamos supor que o Governo Federal tenha colocado como meta
plurianual (2016 a 2019) a construção de 100.000 casas no programa “Minha
Casa Minha Vida”, sendo 10.000 em 2016, 20.000 em 2017, 30.000 em 2018 e
40.000 em 2019.
Neste caso:
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No PPA vai constar a meta plurianual do programa: 100.000 casas.
Na LDO de 2016 vai constar a meta anual do programa 10.000 casas.
Na LOA 2016 vai constar o recurso orçamentário para a construção das 10.000
casas.
Sintetizando:
A União, os Estados, Distrito Federal e os Municípios devem instituir os
seguintes instrumentos de planejamento orçamentário, conforme determina o
artigo 165 da Constituição Federal:
Instrumentos Sigla Planejamento Vigência
Plano Plurianual PPA Estratégico 4 anos
Lei de Diretrizes Orçamentárias LDO Operacional 1 ano
Lei Orçamentária Anual LOA Operacional 1 ano
Alerta 1: São três instrumentos orçamentários (PPA, LDO e LOA), mas o
orçamento público propriamente dito é, apenas, a LOA.
Alerta 2: O PPA e a LDO foram criados pela CF 88.
Alerta 3: Alguns autores consideram que a LDO tem vigência de,
aproximadamente, um ano e meio, já que ela é aprovada, em regra, na metade
do exercício financeiro anterior ao qual se refere.
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Após essa visão geral dos instrumentos orçamentários, vamos começar o estudo
individualizado dos instrumentos orçamentários:
a. PLANO PLURIANUAL (PPA)
Sobre o PPA, a CF assim dispõe:
Art. 165 § 1º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de
forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração
pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes
e para as relativas aos programas de duração continuada.
O PPA é um instrumento que vai se preocupar em estabelecer o planejamento
de médio prazo (4 anos). Através deste instrumento são estabelecidas as
diretrizes, objetivos e metas (DOM):
Diretrizes Conjunto de critérios de ação e de decisão que deve disciplinar e
orientar os diversos aspectos envolvidos no processo de
planejamento.
Objetivos Resultados que se pretende alcançar com a realização das ações
governamentais.
Metas Especificação e a quantificação física dos objetivos estabelecidos.
Ressalta-se que as metas estabelecidas abrangem as:
Despesas de Capital Compreende os recursos governamentais destinados
a investimentos e outros gastos de capital. Exemplos:
construção de escolas e hospitais e aquisição de
terrenos e veículos.
Programas de Duração
Continuada
Conjunto de ações governamentais que apresentam
prazo de realização superior a um ano. Ex: Programa
Bolsa Família e Programa Minha Casa Minha Vida.
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Alerta 1: Apesar da Constituição Federal destacar as despesas de capital, o PPA
também contém algumas despesas correntes desde que decorrentes das
despesas de capital. Portanto, se cair na prova que só existe despesa de capital
no PPA, marque errado.
Alerta 2: Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício
financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem
lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. Portanto,
uma obra com duração superior um ano, necessariamente deve constar no PPA.
Alerta 3: Não confundir programas de duração continuada com as despesas
obrigatórias de duração continuada previstas no art. 17 da Lei de
Responsabilidade Fiscal.
VIGÊNCIA DO PPA
A vigência do PPA adotada pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios é
de quatro anos em decorrência da interpretação dada ao disposto no §2º do art.
35 do ADCT que determina que o projeto do plano plurianual, para vigência até
o final do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial subseqüente,
será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro
exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão
legislativa.
Resumo: Plano Plurianual
Vigência: 4 anos
Elaboração, votação e sanção: 1º ano do mandato do chefe do Poder
Executivo
Início da vigência: a partir do 2º ano do mandato do chefe do Poder Executivo
Fim da vigência: término do 1º ano do mandato do chefe do Poder Executivo subseqüente.
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Exemplificando:
Presidentes Mandato Vigência do PPA
Início Fim Início Fim
FHC 1999 2002 2000 2003
Lula 2003 2006 2004 2007
Lula 2007 2010 2008 2011
Dilma 2011 2014 2012 2015
Dilma 2015 2018 2016 2019
Como podemos verificar, na última linha da tabela anterior, o segundo mandato
da Presidente Dilma começou em 2015 e terminará em 2018, porém a vigência
do seu segundo PPA terá início somente em 2016 e se estenderá até o fim do
primeiro ano do próximo mandato presidencial que ocorrerá em 2019.
Alerta 1: O prazo de vigência do PPA é o mesmo do mandato (4 anos),
diferentes são os períodos de vigência.
Alerta 2: A não coincidência do período de vigência do PPA como o do mandato
visa fortalecer o planejamento governamental.
Alerta 3: O PPA é elaborado no primeiro ano do mandato, somente a vigência é
que começa no segundo ano.
Alerta 4: O PPA é elaborado somente no primeiro ano do mandato, porém nada
impede que, nos anos subseqüentes, o chefe Poder Executivo elabore um
projeto de lei visando modificar o PPA aprovado.
Alerta 5 . De acordo com o artigo 165 § 4º os planos e programas nacionais,
regionais e setoriais previstos na Constituição Federal Constituição serão
elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso
Nacional.
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b. LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO)
Sobre a LDO, a CF assim dispõe:
Art. 165 § 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as
metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as
despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará
a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na
legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das
agências financeiras oficiais de fomento.
A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá:
Metas e prioridades para o exercício financeiro subseqüente;
Orientará a elaboração da Lei Orçamentária Anual;
Estabelecerá a política de aplicação das agencias financeiras oficiais
de fomento;
Disporá sobre as alterações na Legislação Tributária;
Autorizará a concessão de qualquer vantagem ou aumento de
remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou
alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou
contratação de pessoal (CF. Art 169 § 1º, I).
Alerta 1: A meta orçamentária para o exercício seguinte definida na LDO
(anual) representa uma parcela da meta estabelecida pelo PPA (quadrienal).
Alerta 2: Exemplos de agências financeiras oficiais de fomento: Banco Nacional
de Desenvolvimento Social (BNDES), Banco do Brasil (BB) e Caixa Econômica
Federal (CEF).
Alerta 3: A LDO não cria, majora ou extingue tributo, apenas sinaliza possíveis
mudanças na legislação tributária para o próximo exercício.
Despesa de Pessoal
Segundo o art. 169 da CF, a despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites
estabelecidos em lei complementar.
Os limites com despesa de pessoal foram estabelecidos pela Lei Complementar
101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal).
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Entes Limites
União 50% da Receita Corrente Líquida
Estados e Distrito Federal 60% da Receita Corrente Líquida
Municípios 60% da Receita Corrente Líquida
Alerta 1: Os atos que provoquem aumento da despesa de pessoal só poderão
ser realizados quando houver prévia dotação orçamentária na LOA e autorização
específica na LDO. As empresas públicas e sociedades de economia mista não
precisam de autorização da LDO para incrementar as referidas despesas.
Segundo o Manual Técnico de Orçamento da União2, a LDO é o instrumento
norteador da elaboração da LOA na medida em que dispõe, para cada exercício
financeiro sobre:
- as prioridades e metas da Administração Pública Federal;
- a estrutura e organização dos orçamentos;
- as diretrizes para elaboração e execução dos orçamentos da União e suas
alterações;
- a dívida pública federal;
- as despesas da União com pessoal e encargos sociais;
- a política de aplicação dos recursos das agências financeiras oficiais de
fomento;
- as alterações na legislação tributária da União; e
- a fiscalização pelo Poder Legislativo sobre as obras e os serviços com indícios
de irregularidades graves.
A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL atribuiu à LDO a responsabilidade de
tratar de outras matérias, tais como: - estabelecimento de metas fiscais;
- fixação de critérios para limitação de empenho e movimentação financeira; -
publicação da avaliação financeira e atuarial dos regimes geral de previdência
social e próprio dos servidores civis e militares; 2 Disponível em: https://orcamentofederal.gov.br/informacoes-orcamentarias/manual-
tecnico/mto_2016_1aedicao-200515.pdf
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- avaliação financeira do Fundo de Amparo ao Trabalhador e projeções de longo
prazo dos benefícios da LOAS;
- margem de expansão das despesas obrigatórias de natureza continuada;
- avaliação dos riscos fiscais.
A Lei de Responsabilidade Fiscal também determina que o Projeto de Lei de
Diretrizes Orçamentária seja encaminhado para apreciação do Poder Legislativo
com seguintes anexos:
Anexo de Metas Fiscais (Conterá as metas para receitas, despesas,
resultado nominal e primário e o montante da dívida para o
exercício a que se refere e para os dois seguintes).
Anexo de Riscos Fiscais (Conterá a avaliação dos passivos
contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas,
informando as providencias a serem tomadas caso se concretizem).
c. LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA)
Sobre a LOA, a CF assim dispõe:
Art. 165 § 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos,
órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União,
direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com
direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as
entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou
indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo
Poder Público.
§ 6º - O projeto de lei orçamentária será acompanhado de
demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas,
decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de
natureza financeira, tributária e creditícia.
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§ 7º - Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo,
compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a
de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério
populacional.
A CF determina que a Lei Orçamentária seja desmembrada em três orçamentos
visando dar maior transparência aos recursos públicos:
Orçamento da Seguridade Social: Constam as receitas e despesas associadas
à seguridade social, ou seja, o orçamento vinculado as funções: saúde,
previdência e assistência social.
Orçamento de Investimento das Empresas: Constam os valores destinados
as empresas controladas de forma direta e indireta (empresas públicas e
sociedades de economia mista) pelo Governo a título de investimento.
Orçamento Fiscal: Constam as receitas e despesas associadas aos órgãos da
administração pública direta e indireta não compreendidas nos orçamentos da
seguridade social e de investimento.
Ressalta-se que os orçamentos fiscal e de investimento das empresas,
compatibilizados com o Plano Plurianual, são os únicos que possuem a função de
reduzir desigualdades interregionais segundo critério populacional. O Orçamento
da Seguridade Social devido à vinculação legal dos seus gastos, não contempla
a referida função.
Outro ponto a destacar é que a CF88, visando maior transparência e clareza
orçamentária, determina que o chefe do poder executivo encaminhe o projeto
de lei orçamentária anual acompanhado de um demonstrativo que evidencie o
impacto sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias,
remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.
Alerta 1: Como regra geral, os recursos que não representam investimentos
direcionados para as empresas públicas e sociedades de economia mista devem
ficar alocados no Orçamento Fiscal.
Por exemplo, se uma empresa pública recebe recursos para despesas de custeio
e de investimento, em regra, os recursos destinados para custeio (ex:
pagamento de pessoal e contas de luz, água e telefone) ficam alocados no
Orçamento Fiscal, já os recursos destinados para investimento (ex: aquisição de
máquinas e equipamentos e realização de obras) ficam alocados no Orçamento
de Investimento.
Alerta 2: Na União, as sociedades de economia mista e empresas públicas
independentes (Petrobrás, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, etc.) , os
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serviços sociais (ex: SESI, SESC, SENAI, etc.), os conselhos profissionais (ex:
CRC, CRA, CREA, CRM, etc.) e as organizações não governamentais não
integram o Orçamento Fiscal.
Alerta 3: O que determina em qual orçamento o recurso deve ficar alocado é a
função do gasto e não o órgão que realiza a despesa. Portanto, pode ocorrer
uma despesa de um órgão associado à seguridade social estar contemplada no
Orçamento Fiscal e vice-versa. Por exemplo, o gasto administrativo (Função
Administração) do INSS fica alocado no Orçamento Fiscal, já os gastos com
pagamento dos benefícios previdenciários (Função Previdência) realizado pelo
INSS são alocados no Orçamento da Seguridade Social.
Alerta 4: O orçamento da seguridade social não tem a função de reduzir
desigualdades interregionais.
Alerta 5: De acordo com o artigo 165 § 3º da CF, o Poder Executivo publicará,
até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da
execução orçamentária.
d. PRAZO DE ELABORAÇÃO DOS INSTRUMENTOS ORÇAMENTÁRIOS
Os Instrumentos Orçamentários são instituídos através de leis ordinárias de
iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo. Os prazos de encaminhamento
do projeto ao Poder Legislativo para votação e devolução para sanção ao Poder
Executivo devem ser instituídos através de lei complementar como previsto no
artigo 165 da Constituição Federal. Entretanto a referida lei complementar ainda
não foi instituída, valendo então para a União os prazos estabelecidos no artigo
35 dos Atos de Disposições Constitucionais Transitórias:
§ 2º - Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o
Art. 165, § 9º, I e II, serão obedecidas as seguintes normas:
I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro
exercício financeiro do mandato presidencial subseqüente, será
encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro
exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da
sessão legislativa;
II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até
oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro e
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devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da
sessão legislativa;
III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até
quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro e
devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.
Sintetizando:
Prazos de Elaboração na União
Envio para votação
(Executivo o para Legislativo)
Devolução para sanção
(Legislativo para o Executivo)
P
PPA Até 31/08
quatro meses
antes do término
do exercício
Até
22/12
encerramento da sessão
legislativa
L
LDO Até 15/04
oito meses e
meio antes do
término do
exercício
Até
17/07
encerramento do primeiro
período da sessão
legislativa
L
LOA Até 31/08
quatro meses
antes do término
do exercício
Até
22/12
encerramento da sessão
legislativa.
De acordo com o art. 57 da CF, na União, a sessão legislativa será de 2 de
fevereiro a 17 de julho e de 1 de agosto a 22 de dezembro.
Destaca-se que a sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do
projeto de lei de diretrizes orçamentárias.
Alerta 1: Estados e Municípios podem estabelecer prazos diferenciados de
elaboração dos instrumentos orçamentários enquanto não aprovada a lei
complementar que regulamente o assunto.
Por exemplo, no Estado do Rio de Janeiro e Município do Rio de Janeiro, o
Projeto de Lei Orçamentária poderá ser enviado até 3 meses antes do término
do exercício pelo chefe do Poder Executivo para o Legislativo.
Alerta 2: Na União, conforme dispõe o §2º do art. 57 da CF, a única lei
orçamentária que impede o recesso parlamentar é a Lei de Diretrizes
Orçamentárias. O PPA e a LOA não impedem o recesso.
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Regras especiais para casos de descumprimento dos prazos de
elaboração da Lei Orçamentária Anual:
1º Não-envio da Proposta Orçamentária para Votação
Esse assunto está disciplinado na Lei 4320/64 que assim dispõe em seu Art.
32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas Constituições
ou nas Leis Orgânicas dos Municípios, o Poder Legislativo considerará
como proposta a Lei de Orçamento vigente.
Exemplificando: Vamos supor que o chefe do Poder Executivo não enviou a
proposta orçamentária para 2016 para aprovação pelo Legislativo no prazo
legal. Neste caso o Poder Legislativo considerará como proposta a Lei
de Orçamento vigente, ou seja, a Lei Orçamentária de 2015 valerá
como proposta para 2016.
Alerta: Ressalta-se que o não envio da proposta orçamentária no prazo legal
constitui crime de responsabilidade do chefe do Poder Executivo.
2º Não-devolução da Proposta Orçamentária para Sanção
Caso o Legislativo não vote e aprove a Proposta Orçamentária no prazo legal,
não há dispositivo legal regulando os procedimentos devidos na
Constituição Federal ou Lei Complementar.
Em decorrência do princípio da legalidade, o Governo só pode realizar uma
despesa se houver uma lei autorizando, neste caso, como a lei orçamentária
não foi aprovada no prazo legal, nenhuma despesa poderá ser realizada.
Entretanto, geralmente, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (que é
aprovada antes) já contempla um dispositivo autorizando a realização
de determinada parcela da proposta orçamentária enquanto esta não
é aprovada. Como, por exemplo, a possibilidade de realizar despesas
mensais correspondente a um doze avos da proposta. (duodécimo).
Neste caso então, as despesas são realizadas conforme a autorização dada na
LDO até que a LOA seja aprovada definitivamente.
Alerta: Ressalta-se que não há punição para o Poder Legislativo em caso de
atraso na aprovação do Orçamento.
Alerta: Na prática, quando não há autorização de despesa na LOA e também
na LDO, as despesas são autorizadas mediante créditos adicionais
extraordinários.
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3º Rejeição da Proposta Orçamentária
Caso haja rejeição total ou parcial da Proposta Orçamentária. As despesas
serão autorizadas por créditos adicionais especiais e suplementares.
Este caso ocorre quando a proposta orçamentária é vetada ou aprovada
parcialmente pelo Poder Legislativo. Este caso difere do anterior, pois o
orçamento é votado no prazo legal, só não é aprovado.
Nestes casos, para usar os recursos não aprovados, o Governo deve
abrir créditos especiais e suplementares3 conforme previsto na CF.
CF – Art. 166, § 8º - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou
rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas
correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante
créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica
autorização legislativa.
Alerta: A doutrina predominante entende que o Poder Legislativo não pode
rejeitar o PPA e a LDO.
A seguir, iremos visualizar uma figura demonstrando um ciclo orçamentário
mais detalhado facilitando assim uma visualização com mais clareza do processo
orçamentário e das atividades de controle orçamentário desempenhadas pelos
órgãos de controle interno e externo.
3 Serão explicados a seguir.
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1 - PPA - Diretrizes Objetivos e Metas
plurianuais
2 - LDO - Metas e prioridade anuais
3 - LOA – Estima a receita e fixa a
despesa
4 - Execução Orçamentária
5 - Avaliação dos Programas
6 – Revisão do PPA
A - Prestação de Contas
B - Parecer do Tribunal de
Contas
C - Julgamento das Contas pelo Legislativo
Ciclo Orçamentário Detalhado
D – Exames Auditoriasinspeções
Processo Orçamentário Controle Interno e Externo
Processo Orçamentário Detalhado
1 O PPA estabelece as diretrizes, objetivos e metas plurianuais para
quatro anos.
2 Com base no PPA, a LDO define as prioridade e metas para o exercício
seguinte.
3 Com base no PPA e na LDO, a LOA estima a receita e fixa a despesa
anual para o cumprimento dos programas governamentais.
4 Com a aprovação, sanção e publicação da LOA, inicia-se a execução das
receitas e despesas programadas no orçamento.
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5 Após a execução do orçamento, é feita uma avaliação dos programas
governamentais pela própria administração.
6
Após a avaliação dos programas, é verificada se há necessidade de
revisão anual do PPA. Qualquer alteração no PPA só poderá ser feita
através de lei. (O PPA é elaborado de quatro em quatro anos, porém a
sua revisão é feita anualmente.)
A
Após a execução do orçamento, o chefe do Executivo apresenta a sua
prestação de contas para o Tribunal de Contas em até 60 dias no início
da sessão legislativa.
B
O Tribunal de Contas emite parecer prévio, em até 60 dias do
recebimento, sobre a prestação de contas encaminhada pelo chefe do
Poder Executivo.
C
Após a emissão do parecer, a prestação de contas é encaminhada para
o Legislativo que tem a função de julgá-la.
Alerta: Cuidado quem julga as contas do chefe do Executivo é o Poder
Legislativo e não o Tribunal de Contas.
D
Durante e depois da execução orçamentária, os órgãos de controle
interno e externo fiscalizam a execução do orçamento através de
exames, análises, auditorias e inspeções.
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4. CRÉDITOS ADICIONAIS
A realização de despesas orçamentárias pelo governo requer a existência de
prévia autorização legislativa. Portanto, a realização de despesas como:
pagamento de pessoal, contratação de serviços, realização de obras, aquisição
de material, etc, só pode ser efetivada, em regra, se existir uma lei autorizando
os gastos. Estas autorizações são denominadas de créditos orçamentários
iniciais quando constam da Lei Orçamentária Anual e créditos orçamentários
adicionais quando não computadas ou insuficientemente dotadas na LOA.
Por exemplo, se um governante decidir realizar uma obra, primeiramente ele
terá que verificar se existe crédito orçamentário (autorização legislativa) na Lei
Orçamentária Anual para a realização daquele gasto. Se a despesa não estiver
no orçamento, a única forma de obter a autorização é através da abertura de
um crédito adicional.
Importante: O Governo só poderá realizar uma despesa orçamentária se tiver
autorização legislativa (crédito orçamentário) no montante necessário para
realização do gasto.
a. CONCEITO DE CRÉDITOS ADICIONAIS
O orçamento anual pode ser alterado por meio de créditos adicionais. Segundo
a Lei 4320, créditos adicionais são autorizações de despesas não computadas ou
insuficientemente dotadas na lei orçamentária.
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b. ESPÉCIES DE CRÉDITOS ADICIONAIS
Os créditos adicionais se dividem em três espécies:
Suplementares Destinados a reforço de dotação orçamentária (Lei
4320/64, art. 41, I).
Especiais
Destinados a despesas para as quais não haja dotação
orçamentária específica (crédito novo). (Lei 4320/64, art.
41, II).
Extraordinários
Destinados a despesas imprevisíveis e urgentes, como as
decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade
pública. (CF. art. 167, § 3º).
O suplementar é destinado a situações onde existe o crédito orçamentário
(especificação) na LOA, mas a dotação (valor) é insuficiente.
Por exemplo, se um governante desejar realizar uma obra no valor de
R$100.000,00, porém a LOA só autorizou recursos no valor de R$70.000,00.
Neste caso, a realização da despesa só será possível após o reforço da dotação
em R$30.000,00 através da abertura de um crédito suplementar.
Alerta: Diferença entre crédito e dotação: Segundo o Manual de Contabilidade
Aplicado ao Setor Público, crédito orçamentário (inicial ou adicional) é a
autorização legislativa para a realização da despesa, já a dotação é a
importância consignada no Orçamento Anual para atender determinada despesa.
Resumindo, o crédito é a especificação do gasto (o que vai ser adquirido), já a
dotação é o valor do gasto.
O especial destina-se a situações onde não existe o crédito orçamentário
(especificação).
Por exemplo, caso a LOA não fixasse créditos para realização de obras, a
despesa só poderia ser realizada através da abertura de um crédito adicional
especial autorizando uma nova despesa com obras no valor (dotação) de
R$100.000,00.
Alerta: No suplementar, o crédito já existe na LOA só a dotação que é
insuficiente, no caso do especial, o crédito não existe, portanto deverá ser
criado um crédito novo.
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O extraordinário destina-se a despesas que possuem duas características:
urgência e imprevisibilidade. Situações como guerra, comoção interna e
calamidade pública são exemplos de fatos que justificam a realização de
despesas autorizadas através de créditos extraordinários.
Por exemplo: Uma estrada destruída por uma chuva muito forte. Neste caso, o
governo pode conseguir a autorização para realizar a reconstrução desta estrada
através de um crédito adicional extraordinário tendo em vista que se trata de
uma despesa urgente (importância da rodovia para a locomoção dos veículos) e
imprevisível (não tinha como prever durante a elaboração do orçamento que iria
acontecer uma chuva capaz de destruir a estrada).
Alerta: As despesas só poderão ser autorizadas, através de créditos
extraordinários, se apresentarem as duas características juntas: urgência e
imprevisibilidade.
Por exemplo, as despesas com o combate a epidemia de dengue (ocorre
praticamente todo ano no Brasil) não justifica a abertura de crédito
extraordinário já que a despesa, apesar de urgente, é totalmente comum e
previsível, portanto a LOA já deve comportar orçamento para tais despesas. Já a
despesa com o combate a epidemia de gripe suína (doença nova para o Brasil)
justifica a abertura visto que juntam os dois critérios: urgência e
imprevisibilidade.
c. AUTORIZAÇÃO E ABERTURA
A Lei 4.320/1964 determina, em seus artigos 42 e 43, que os créditos
suplementares e especiais serão abertos por decreto executivo, dependendo de
prévia autorização legislativa, necessitando da existência de recursos disponíveis
e precedida de exposição justificada.
Na União, para os casos onde haja necessidade de autorização legislativa para
os créditos adicionais, estes são considerados autorizados e abertos com a
sanção e publicação da respectiva lei, conforme disposto no Manual de
Contabilidade Aplicado ao Setor Público.
O artigo 44 da Lei nº 4.320/1964 regulamenta que os créditos extraordinários
devem ser abertos por decreto do poder executivo e submetidos ao poder
legislativo correspondente. Na União, esse tipo de crédito é aberto por medida
provisória do poder executivo e submetido ao Congresso Nacional (CF. Art. 167
§ 3º).
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Sintetizando:
Créditos Autorização Formas de Abertura
Suplementar Lei Específica ou na LOA Decreto Executivo
Especial Lei Específica Decreto Executivo
Extraordinário Independe de
autorização legislativa
Medida Provisória (União)
Decreto do Poder Executivo (Estados
e Municípios)
Alerta 1: Somente o crédito suplementar pode ser autorizado na Lei
Orçamentária Anual. Ressalta-se que o crédito suplementar não é aberto através
da LOA, o que consta na LOA é apenas a autorização para abertura.
Alerta 2: Na União, os créditos extraordinários são abertos por medida
provisória e nos Estados e Municípios, onde não há a figura da medida
provisória, utiliza-se o decreto do poder executivo.
Alerta 3: Ressalta-se que, no caso do suplementar e especial, a forma de
abertura definida na Lei 4320/64 é decreto executivo, já para o extraordinário a
lei especifica “decreto do Poder Executivo”. Na prática, é comum encontrar
créditos suplementares e especiais sendo abertos por atos proferidos também
pelo Legislativo e Judiciário.
d. VIGÊNCIA
A vigência dos créditos adicionais restringe-se ao exercício financeiro em que
foram autorizados, exceto os créditos especiais e extraordinários, abertos
nos últimos quatro meses do exercício financeiro, que poderão ter seus
saldos reabertos por instrumento legal apropriado, para vigerem até o término
do exercício financeiro subseqüente.
Créditos Adicionais Data da Autorização Vigência
Suplementares 01/01 a 31/12 Fim do Exercício
Financeiro
Especiais/Extraordinários 01/01 a 31/08 (primeiros oito
meses do ano)
Fim do Exercício
Financeiro
Especiais/Extraordinários 01/09 a 31/12 (últimos quatro
meses do ano)
Fim do Exercício
Financeiro
Subseqüente
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Alerta 1: Os créditos especiais e extraordinários autorizados nos últimos quatro
meses do ano são chamados de “créditos com vigência plurianual” ou “créditos
reabertos”.
Alerta 2: O crédito suplementar nunca poderá ter sua vigência postergada para
o exercício seguinte.
Alerta 3: Somente os créditos especiais e extraordinários autorizados nos
últimos 4 meses do ano podem ter sua vigência postergada para o exercício
seguinte.
Alerta 4: Os créditos especiais e extraordinários autorizados nos últimos 4
meses do ano (crédito com vigência plurianual) são considerados como exceção
ao Princípio da Anualidade pela doutrina.
e. RECURSOS PARA ABERTURA DE CRÉDITOS ADICIONAIS
Um dos requisitos para abertura de créditos adicionais suplementares e
especiais é a indicação da fonte de recursos que será usada para custear a
referida despesa. Sobre o assunto a Constituição Federal assim dispõe:
CF Art. 167. São vedados: V - a abertura de crédito suplementar ou
especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos
recursos correspondentes;
Os créditos extraordinários não precisam indicar a fonte de recurso que
será usada para o seu custeio. Cuidado, não precisa indicar a fonte no momento
da abertura do crédito, mas depois terá que arrumar verbas para realizar o
pagamento das despesas.
Créditos Indicação da Fonte de Recursos
Suplementares Obrigatória
Especiais Obrigatória
Extraordinários Independe (facultativa)
De acordo com a legislação, são fontes para abertura de créditos adicionais:
Superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do ano
anterior, resultante da diferença positiva entre o ativo e o
passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos
adicionais reabertos e as operações de crédito a eles vinculadas.
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Esse superávit deve ser apurado por fonte de recursos e quando
vinculado deve ser aplicado na finalidade específica. (Art. 43 da Lei
4320/64)
Os provenientes de excesso de arrecadação, ou seja, o saldo
positivo das diferenças acumuladas mês a mês, entre a
arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a
tendência do exercício, deduzindo os valores dos créditos
extraordinários abertos. (Art. 43 da Lei 4320/64)
Os resultantes da anulação parcial ou total de dotações
(remanejamentos) orçamentárias ou de créditos adicionais
autorizados em lei. (Art. 43 da Lei 4320/64).
O produto de operações de créditos (empréstimos)
autorizadas de forma que, juridicamente, possibilite o poder
executivo realizá-las. (Art. 43 da Lei 4320/64)
Recursos objeto de veto, emenda ou rejeição do projeto de
lei orçamentária (recursos livres) que ficarem sem destinação
podem ser utilizados como fonte hábil para abertura de créditos
especiais e suplementares, mediante autorização legislativa (§ 8º
do artigo 166 da CF).
Reserva de contingência destinada ao atendimento de passivos
contingentes e outros riscos, bem como eventos fiscais imprevistos.
(Art. 8º da Portaria Interministerial 163/2001).
Alerta 1: O superávit financeiro é uma fonte que advém do exercício anterior,
já o excesso de arrecadação é apurado no próprio exercício de abertura do
crédito adicional.
Alerta 2: O superávit financeiro é uma espécie de poupança que o gestor fez no
ano anterior (arrecadou mais que gastou), já o excesso de arrecadação ocorre
quando o valor da arrecadação supera a previsão da receita definida na LOA.
Alerta 3: Os recursos oriundos das operações de crédito por antecipação da
receita (AROs) não podem ser utilizados como fonte para abertura de créditos
adicionais.
Alerta 4: O excesso de arrecadação é apurado pela diferença entre a receita
arrecadada e a prevista. Entretanto deve ser descontado o valor dos créditos
extraordinários abertos no exercício. Sendo assim, a fórmula mais apropriada
para apurar o excesso de arrecadação é: receita arrecadada – receita prevista –
créditos extraordinários abertos no exercício.
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Alerta 5: A fonte “anulação parcial ou total de dotações” compreende os
remanejamentos de recursos.
Por exemplo, um recurso alocado para obras pode ser anulado e seu valor
transferido para despesa de pessoal.
Alerta 6: A fonte “anulação parcial ou total de dotações” não aumenta o
valor do gasto total tendo em vista que compreende apenas remanejamentos
internos.
Alerta 7: A fórmula completa de apuração do superávit financeiro é: (Ativo
Financeiro – Passivo Financeiro – Créditos Adicionais Reabertos + Operações de
Créditos Vinculadas).
5. PROCESSO LEGISLATIVO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Sobre o Processo Legislativo, a CF assim dispõe:
CF Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às
diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais
serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma
do regimento comum.
CF. Art. 166 § 1º - Caberá a uma Comissão mista permanente de
Senadores e Deputados:
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo
(PPA, LDO, LOA e Créditos Adicionais)
Sintetizando:
Fluxo dos Projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes
orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais
1 - Chefe do Poder Executivo Elabora o Projeto de Lei Ordinária e
apresenta a CMO
2 - Comissão Mista Permanente
de Deputados e Senadores
(CMO)
Emite Parecer e encaminha ao Plenário para
votação.
3 – Plenário das duas casas do
Congresso Nacional (Câmara e
Senado)
Aprecia (maioria simples nas duas casas)
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Alerta 1: Na União, a comissão mista permanente de orçamento é denominada
de: Comissão de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização, sendo composta
atualmente por 40 membros titulares, sendo 30 Deputados e 10 Senadores,
com igual número de suplentes, conforme disposto no artigo 5º da Resolução
nº 01/2006 do Congresso Nacional.
Alerta 2: A CF prevê as seguintes competências para a CMO: exercer o
acompanhamento e a fiscalização orçamentária; examinar e emitir parecer
sobre: Projetos do PPA, LDO e LOA e Créditos Adicionais; Contas do Presidente
da República e Emendas Orçamentárias.
Alerta 3: Os parlamentos dos demais entes (estados, municípios e distrito
federal) também devem instituir uma comissão de orçamento com as mesmas
competências da comissão federal.
CF. Art. 166 § 5º - O Presidente da República poderá enviar
mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos
projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação,
na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.
Alerta: O chefe do Poder Executivo pode propor alterações nos projetos de lei
do PPA, LDO, LOA e créditos adicionais, mesmo depois de encaminhados,
através de mensagem retificadora. Ressalta-se que a alteração só poderá ser
efetuada se ainda não iniciada a votação na Comissão Mista de Orçamento da
parte que se pretende alterar.
a. EMENDAS ORÇAMENTÁRIAS
As emendas orçamentárias são regulamentadas pelo art. 166. da CF que assim
dispõe em seu § 2º:
CF. Art. 166 § 2º - As emendas serão apresentadas na Comissão
mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma
regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.
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Sintetizando:
Fluxo das Emendas Orçamentárias
1 – Parlamentares Elabora as emendas orçamentárias e
apresenta a Comissão Mista de Orçamento
2 - Comissão Mista de
Deputados e Senadores (CMO)
Vota o parecer e encaminha ao Plenário do
Congresso Nacional para votação da redação
final.
3 - Duas Casas do Congresso
Nacional (Câmara e Senado) Vota a redação final.
CF. Art. 166 § 3º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual
ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas
caso:
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes
orçamentárias;
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os
provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e
Distrito Federal; ou
III - sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
§ 4º - As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não
poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual.
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Sintetizando:
Requisitos para aprovação das Emendas Orçamentárias ao Projeto da
LOA
Compatibilidade Com o PPA e a LDO
Indicar os recursos
necessários
Fonte única: Anulação de qualquer despesa constante
do projeto que não incida sobre dotação para
pessoal e seus encargos, serviços da dívida e
transferências tributárias constitucionais
Sejam relacionadas Com a correção de erros ou omissões; ou com os
dispositivos do texto do projeto de lei.
6. EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 86/2015 - ORÇAMENTO IMPOSITIVO
Como já abordado anteriormente, em 17 de março de 2015, foi promulgada a
Emenda Constitucional nº 86/2015 (conhecida como PEC do Orçamento
Impositivo). Apesar do nome, a referida emenda não torna o orçamento
impositivo na sua totalidade, apenas determina que o Poder Executivo execute
obrigatoriamente as emendas parlamentares ao Orçamento até o limite de 1,2%
da Receita Corrente Líquida realizada no ano anterior. Portanto, o Orçamento,
em regra, continua tendo caráter autorizativo.
A seguir, vamos abordar alguns pontos importantes da referida emenda:
Art. 166 - § 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária
serão aprovadas no limite de 1,2% (um inteiro e dois décimos por
cento) da receita corrente líquida prevista no projeto
encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste
percentual será destinada a ações e serviços públicos de
saúde.
Alerta: Com essa regra, agora deve constar obrigatoriamente na Lei
Orçamentária aprovada os recursos alocados para o cumprimento das emendas
individuais do parlamentares no montante de 1,2% da receita corrente líquida
prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo. Deste percentual, pelo
menos 0,6% da receita corrente liquida deve ser aplicado em ações e serviços
públicos de saúde.
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Exemplificando: Em 31/08/2015 o Poder Executivo encaminhou o projeto de lei
orçamentária 2016 para votação pelo Poder Legislativo. Neste projeto, consta
uma previsão de R$100.000.000 de receita corrente líquida.
Neste caso deve ser alocado no orçamento o valor de R$1.200.000 (1.2% de
R$100.000.000) para o custeio de emendas parlamentares. Deste valor, pelo
menos R$600.000 (0,6% de R$100.000.000) deve ser aplicados em ações e
serviços públicos de saúde.
Art. 166 - § 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira
das programações a que se refere o § 9º deste artigo, em montante
correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da
receita corrente líquida realizada no exercício anterior,
conforme os critérios para a execução equitativa da programação
definidos na lei complementar prevista no § 9º do art. 165.
Alerta: Comparando os parágrafos 9 e 11 do Art. 166, observa-se uma sutil
diferença: O parágrafo 9 determina que conste no orçamento obrigatoriamente
as dotações orçamentárias para as emendas parlamentares no valor
correspondente a 1,2% da receita corrente líquida constante no próprio
projeto da LOA. Já o parágrafo 11 obriga que a execução orçamentária e
financeira das emendas parlamentares corresponda a 1,2% da receita
corrente líquida realizada no exercício anterior.
Exemplificando: Em 31/08/2015 o Poder Executivo encaminhou o projeto de lei
orçamentária 2016 para votação pelo Poder Legislativo. Neste projeto, consta
uma previsão de R$100.000.000 de receita corrente líquida.
Neste caso, deve ser alocado no orçamento o valor de R$1.200.000 (1.2% de
R$100.000.000) para o custeio de emendas parlamentares. Deste valor, pelo
menos R$600.000 (0,6% de R$100.000.000) deve ser aplicados em ações e
serviços públicos de saúde.
Entretanto se, por exemplo, em 31/12/2015, o governo verificar que a receita
corrente líquida realizada no exercício de 2015 foi de R$80.000.000, teremos:
Neste caso, apesar de constar na LOA o valor de R$1.200.000 para o custeio de
emendas parlamentares, o Governo só é obrigado a executar orçamentária e
financeiramente o valor de R$960.000 (1,2% de R%80.000.000).
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Sintetizando:
Receita
Corrente
Líquida
(A) Valor (B)
%
Cálculo
(A) X (B)
Prevista na
LOA 2016
R$100.000.000 1,2 1.200.000 Valor que deve constar na
LOA 2016
Realizada em
2015
R$80.000.000 1,2 960.000 Valor que deve ser
executado
obrigatoriamente em 2016
Obs: Nas próximas aulas, outros pontos desta Emenda serão
comentados oportunamente.
7. LEI ORGÂNICA MUNICIPAL – PONTOS SOBRE ORÇAMENTO
Agora, vamos estudar alguns pontos importantes sobre orçamento constantes
na Lei Orgânica do Município do Rio de Janeiro - LOMRJ. A parte orçamentária é
tratada nos artigos 254 a 260 da LOMRJ.
Em decorrência do princípio da simetria, as constituições estaduais e leis
orgânicas geralmente apresentam um texto bem semelhante ao da Constituição
Federal em relação às questões orçamentárias. Portanto, vamos apenas focar os
artigos que apresentam diferenças importantes em relação à normatização
federal.
Art. 254 § 5º - O plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os
orçamentos anuais integram um processo contínuo de planejamento e
deverão estabelecer as metas dos programas municipais por regiões,
segundo critério populacional, utilizando indicadores sanitários,
epidemiológicos, ambientais, de infraestrutura urbana, de moradia e
de oferta de serviços públicos, visado a implementar a função social
da cidade garantida nas diretrizes do plano diretor, conforme disposto
no Capítulo V, do Título VI, desta Lei Orgânica.
Alerta: A CF determina que todos os entes devem elaborar os seus próprios
instrumentos orçamentários: PPA, LDO e LOA, estabelecendo através deles as
diretrizes, objetivos e metas dos programas governamentais. No caso do
Município do Rio de Janeiro, as metas dos programas municipais devem ser
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estabelecidas obedecendo duas regras básicas:
- ser fixadas por regiões segundo critério populacional visado a implementar a
função social da cidade garantida nas diretrizes do plano diretor
- utilizar indicadores sanitários, epidemiológicos, ambientais, de infraestrutura
urbana, de moradia e de oferta de serviços públicos
254 § 6º - Os orçamentos previstos no § 3º (Orçamento Fiscal,
Orçamento da Seguridade Social e Orçamento de Investimento de
Empresas), compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas
funções a de reduzir desigualdades entre as diversas áreas e subáreas
de planejamento do território do Município.
Alerta: Na CF, somente o Orçamento Fiscal e o Orçamento de Investimento das
Empresas têm como objetivo reduzir desigualdades sociais, excluindo, portanto,
o Orçamento da Seguridade Social desta incumbência. Já a LOMRJ determina
que todos os orçamentos (Fiscal, Seguridade Social e De Investimento de
Empresas) têm a referida função, inclusive o da Seguridade Social.
Art. 255. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes
orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão
apreciados pela Câmara Municipal, garantida a participação popular na
sua elaboração e no processo da sua discussão.
§ 1º - Para fins do disposto neste artigo, são considerados órgãos de
participação popular:
I - os diferentes conselhos municipais de caráter consultivo ou
deliberativo;
II - as entidades legais de representação da sociedade civil;
III - as diferentes representações dos servidores junto à
administração municipal.
§ 2º - A participação das entidades legais de representação da
sociedade civil a que se refere o parágrafo anterior poderá ser feita
através de reuniões convocadas pelo Poder Público.
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§ 3º - Caberá à Câmara Municipal organizar debates públicos entre as
secretarias municipais e a sociedade civil, para discussão dos projetos
referidos neste artigo, durante o seu processamento legislativo.
Alerta: Diferentemente da CF, a LOMRJ garante o orçamento participativo, que
consiste na participação popular durante o processo de elaboração e discussão
dos projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias e
orçamento anual.
Art. 258. Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes
orçamentárias e do orçamento anual serão enviados pelo Prefeito à
Câmara Municipal, nos termos da lei complementar a que se refere
o art. 165, § 9º, da Constituição da República.
Parágrafo único. Até a entrada em vigor da lei complementar
mencionada o caput, serão obedecidas as seguintes regras:
I - o projeto de plano plurianual, para vigência até o final do primeiro
exercício financeiro do mandato executivo subseqüente, será
encaminhado até quatro meses antes do encerramento do
primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o
encerramento da sessão legislativa;
II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até
oito meses e meio antes do encerramento do exercício
financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do
primeiro período da sessão legislativa; e
III - o projeto de lei orçamentária será encaminhado até três meses
antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para
sanção até o encerramento da sessão legislativa. (NR)
Art. 59 - A Câmara Municipal reunir-se-á, anualmente, de 15 de
fevereiro a 30 de junho e de 1º de agosto a 15 de dezembro.
Alerta: Com exceção do período de envio da LOA, a LOMRJ praticamente repete
do texto da legislação federal em relação ao calendário de encaminhamento e
aprovação dos instrumentos orçamentários. Entretanto como o período da
sessão legislativa da Câmara Municipal é diferente do Congresso Nacional,
temos algumas alterações importantes:
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Prazos de Elaboração no Município do Rio de Janeiro
Envio para votação
(Executivo o para Legislativo)
Devolução para sanção
(Legislativo para o Executivo)
P
PPA Até 31/08
quatro meses
antes do término
do exercício
Até
15/12
encerramento da sessão
legislativa
L
LDO Até 15/04
oito meses e
meio antes do
término do
exercício
Até
30/06
encerramento do primeiro
período da sessão
legislativa
L
LOA Até 30/09
três meses antes
do término do
exercício
Até
15/12
encerramento da sessão
legislativa.
§ 2º - A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do
projeto de lei de diretrizes orçamentárias e do projeto de lei
orçamentária.
ALERTA: Na CF, a única lei que, caso não aprovada, impede o recesso
parlamentar é a LDO. Já na LOMRJ, a LDO e a LOA impedem o recesso caso não
aprovadas.
Art. 259. O Poder Executivo encaminhará ao Poder Legislativo,
juntamente com a mensagem do orçamento anual, todas as
informações sobre:
I - a situação do endividamento do Município, detalhada para cada
empréstimo existente, acompanhada das totalizações pertinentes;
II - o plano anual de trabalho elaborado pelo Poder Executivo,
detalhando os diversos planos anuais de trabalho dos órgãos da
administração direta, indireta, fundacional e de empresas públicas nas
quais o Poder Público detenha a maioria do capital social;
III - o quadro de pessoal da administração direta, indireta,
fundacional e de empresas públicas nas quais o Poder Público detenha
a maioria do capital social. (NR)
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Alerta: Diferentemente da CF, a LOMRJ estabelece que a mensagem que
encaminhar o Projeto da Lei Orçamentária Anual deve vir acompanhada de
informações sobre o endividamento, quadro de pessoal e o plano anual de
trabalho do Município.
8. QUESTÕES DE CONCURSO 2015
1 CESPE 2015 MPU – ANALISTA O PPA possui duração de quatro anos, com
vigência até o final do mandato presidencial subsequente, devendo ser
encaminhado até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro e
devolvido para a sanção até o encerramento da sessão legislativa.
2. FCC 2015 – TRE/RR Analista Judiciário - Área Administrativa O
processo de elaboração da Lei Orçamentária Anual − LOA inicia-se com a
formulação das propostas orçamentárias, observados o Plano Plurianual − PPA e
a Lei de Diretrizes Orçamentária − LDO. No âmbito da União, o projeto de lei
orçamentária anual é enviado
(A) pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, até 31 de agosto de
cada ano.
(B) pelo Ministro do Planejamento Orçamento e Gestão ao Congresso Nacional,
até 30 de setembro de cada ano.
(C) pelo Poder Executivo ao Senado Federal, até 31 de agosto de cada ano.
(D) pela Controladoria Geral da União ao Congresso Nacional, até 30 de
setembro de cada ano.
(E) pelo Poder Executivo à Câmara dos Deputados, até 31 de agosto de cada
ano.
3. FCC 2015 – CNMP - Analista - Apoio Técnico Administrativo - Controle
Interno É permitido incluir na Lei Orçamentária Anual − LOA autorização para o
Poder Executivo abrir créditos
(A) especiais e extraordinários.
(B) adicionais.
(C) suplementares e especiais.
(D) extraordinários.
(E) suplementares.
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4. FCC 2015 – CNMP - Analista - Apoio Técnico Administrativo - Controle
Interno O saldo positivo das diferenças acumuladas mês a mês, entre a receita
prevista e a realizada, considerando-se ainda a tendência do exercício,
denomina-se
(A) Economia Orçamentária.
(B) Superávit Orçamentário.
(C) Superávit Financeiro.
(D) Excesso de Arrecadação.
(E) Superávit Primário.
5 CESPE 2015 MPU – ANALISTA De acordo com a Constituição Federal, os
planos e os programas nacionais, regionais e setoriais devem ser elaborados em
consonância com o plano plurianual (PPA) e apreciados pelo Congresso Nacional.
Devido à sua relação com o PPA, os programas nacionais, regionais e setoriais
não podem ter duração superior a quatro anos.
6 FGV 2015 – TJ-SC ANALISTA ADMINISTRATIVO Os instrumentos de
planejamento vigentes no Brasil, PPA, LDO e LOA, são integrados e devem ser
elaborados de acordo com os prazos legais para que possam contribuir
efetivamente no processo de planejamento. Se na esfera estadual houve
eleições no ano de 2010 e os prazos do processo orçamentário foram
obedecidos, é correto afirmar que:
(A) em 2011 entrou em vigor um novo PPA;
(B) a LOA do segundo ano do mandato foi elaborada pela gestão anterior; (C) a
LDO do segundo ano de mandato foi aprovada antes do PPA correspondente;
(D) o governo eleito em 2010 foi responsável pela execução de todos os
programas do PPA elaborado na gestão;
(E) a LOA do último ano do PPA da gestão foi elaborada pelo governo seguinte.
7 FGV 2015 – TJ-SC ANALISTA ADMINISTRATIVO Durante a execução
orçamentária, em face da necessidade de inclusão de despesas não previstas no
orçamento, ou ainda de aumento de dotações existentes, as entidades utilizam
os créditos adicionais. A abertura de tais créditos requer a indicação de fonte de
recursos. O excesso de arrecadação é uma fonte prevista em lei, cuja apuração
do saldo disponível deve:
(A) acrescentar o produto de operações de crédito autorizadas;
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(B) acrescentar o superávit financeiro apurado no balanço patrimonial do
exercício anterior;
(C) excluir as operações de crédito vinculadas;
(D) excluir o montante de créditos adicionais reabertos no exercício;
(E) excluir o montante de créditos extraordinários abertos no exercício.
8 FGV 2015 – TJ/BA Analista Judiciário – Administrativo A competência
pela iniciativa da Lei Orçamentária é:
(A) circunscrita a cada Poder;
(B) concorrente dos Poderes Executivo e Legislativo;
(C) exclusiva do Poder Executivo;
(D) exclusiva do Poder Legislativo;
(E) partilhada pela administração direta e indireta.
9 – FUNDATEC 2015 – IAPS/RS – CONTADOR Analise as assertivas abaixo
sobre os créditos adicionais, de acordo com a Lei 4.320/1964:
I. Entende-se por excesso de arrecadação o saldo positivo das diferenças
acumuladas, mês a mês, entre o lançamento e o recolhimento, considerando-se,
ainda, a tendência do exercício.
II. Entende-se por superávit primário a diferença positiva entre o ativo
financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos
adicionais transferidos e as operações de crédito a eles vinculadas.
III. Para fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de
arrecadação, deduzir-se-á a importância dos créditos extraordinários abertos no
exercício.
Quais estão corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas III.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.
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10 – FUNDATEC 2015 – IAPS/RS – CONTADOR Instituída pela Constituição
Federal (1988), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) possui algumas
características. Assinale a alternativa INCORRETA sobre o tema.
A) É uma lei ordinária e de natureza transitória.
B) É vinculada a um exercício financeiro, ou seja, de periodicidade anual.
C) A LDO deve anteceder a Lei do PPA.
D) Compreenderá as metas e prioridades da administração pública.
E) Orientará a elaboração do orçamento anual (LOA).
11 FGV 2015 Pref. Cuiabá/MT – CONTADOR Em relação aos créditos
adicionais, de acordo com a Lei nº 4320/64, assinale a afirmativa correta. (A)
Os créditos adicionais especiais são destinados a despesas urgentes e
imprevistas, em caso de guerra ou calamidade pública.
(B) Os créditos adicionais extraordinários são destinados a reforço de dotação
orçamentária.
(C) Os créditos adicionais suplementares são destinados a despesas para as
quais não haja dotação orçamentária específica.
(D) Para apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de arrecadação,
deve-se somar a importância dos créditos extraordinários abertos no exercício.
(E) A abertura dos créditos adicionais suplementares e especiais depende da
existência de recursos disponíveis para que ocorra a despesa e será precedida
de justificativa.
12. VUNESP 2015 – TJSP – CONTADOR O plano plurianual, as diretrizes
orçamentárias, bem como os orçamentos anuais serão estabelecidos pela
iniciativa do Poder Executivo. A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as
metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de
capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei
orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e
estabelecerá a política
(A) de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
(B) econômica anual regionalizada e estatizada.
(C) de pagamentos, concomitantemente ao controle financeiro das despesas
correntes.
(D) orçamentária federal, estadual e municipal, bem como do distrito federal.
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(E) financeira e fazendária
13 FUNCAB 2015 – FUNASG – CONTADOR Identifique nas alternativas
abaixo, o instrumento incumbido de orientar não só a elaboração, mas também
a execução do Orçamento Público.
A) Plano Plurianual
B) Lei de Diretrizes Orçamentárias
C) Lei Orçamentária Anual
D) Orçamento Fiscal
E) Orçamento da Seguridade Social
14 FUNCAB 2015 – FUNASG – CONTADOR Marque a alternativa que
denomina o tipo de crédito adicional destinado para despesas, as quais não haja
dotação orçamentária específica, de acordo com a Lei nº 4.320/1964.
A) Iniciais
B) Extraordinários
C) Orçamentários
D) Suplementares
E) Especiais
15. CETRO 2015 - DAE -Santa Bárbara D´Oeste/SP – CONTADOR No
planejamento governamental, destaca-se a elaboração do PPA (Planejamento
Plurianual), da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e da LOA (Lei
Orçamentária Anual). A propósito desse planejamento, analise as assertivas
abaixo.
I. A LDO é elaborada a cada 4 anos, correspondendo ao exato período do
mandato do chefe do Poder Executivo municipal.
II. A LOA (Lei do Orçamento Anual) deve ser aprovada, anualmente, pelo Poder
Legislativo da sua respectiva Federação.
III. O PPA (Planejamento Plurianual) é elaborado a cada 4 anos,
correspondendo ao exato período de mandato do Executivo municipal.
IV. O PPA (Planejamento Plurianual) é elaborado a cada 4 anos, apenas para o
Poder Executivo federal. É correto o que se afirma em
(A) I e II, apenas.
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(B) II e III, apenas.
(C) I e IV, apenas.
(D) III e IV, apenas.
(E) II, apenas.
16. FCC 2015 TCM/GO Auditor Conselheiro Substituto Os créditos
suplementares e especiais podem ser financiados por
(A) superávit orçamentário do exercício pretérito, recursos provenientes da
anulação de outras dotações, operações de crédito.
(B) superávit financeiro do ano anterior, recursos decorrentes de gastos
rejeitados pelo Legislativo, receitas arrecadadas em excesso no atual exercício.
(C) saldo orçamentário, superávit econômico do ano anterior, transposições,
remanejamentos e transferências.
(D) superávit financeiro apurado no Balanço Patrimonial do ano anterior,
superávit constatado na Demonstração das Variações Patrimoniais, excesso de
arrecadação no exercício corrente.
(E) Ativo Real Líquido do ano anterior, operações de crédito, recursos de
anulação de créditos orçamentários.
9. GABARITO COMENTADO - QUESTÕES DE CONCURSO 2015
1 CESPE 2015 MPU – ANALISTA O PPA possui duração de quatro anos, com
vigência até o final do mandato presidencial subsequente, devendo ser
encaminhado até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro e
devolvido para a sanção até o encerramento da sessão legislativa.
Gabarito: Errado
Comentários:
Vamos analisar a questão por partes:
“O PPA possui duração de quatro anos” CORRETO
“com vigência até o final do mandato presidencial subseqüente” ERRADO: FINAL
DO PRIMEIRO ANO DO MANDATO PRESIDENCIAL SUBSEQUENTE
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“devendo ser encaminhado até quatro meses antes do encerramento do
exercício financeiro e” INCOMPLETO: DEVE SER ENCAMINHADO ATÉ O FINAL
DO PRIMEIRO EXERCÍCIO FINANCEIRO
“devolvido para a sanção até o encerramento da sessão legislativa”. CORRETO
2. FCC 2015 – TRE/RR Analista Judiciário - Área Administrativa O
processo de elaboração da Lei Orçamentária Anual − LOA inicia-se com a
formulação das propostas orçamentárias, observados o Plano Plurianual − PPA e
a Lei de Diretrizes Orçamentária − LDO. No âmbito da União, o projeto de lei
orçamentária anual é enviado
(A) pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, até 31 de agosto de
cada ano.
(B) pelo Ministro do Planejamento Orçamento e Gestão ao Congresso Nacional,
até 30 de setembro de cada ano.
(C) pelo Poder Executivo ao Senado Federal, até 31 de agosto de cada ano.
(D) pela Controladoria Geral da União ao Congresso Nacional, até 30 de
setembro de cada ano.
(E) pelo Poder Executivo à Câmara dos Deputados, até 31 de agosto de cada
ano.
Gabarito A.
Comentários:
A competência para elaboração e envido dos projetos de lei dos instrumentos
orçamentários (PPA, LDO e LOA) é do chefe do Poder Executivo que deverá
obedecer aos seguintes prazos:
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Prazos de Elaboração na União
Envio para votação
(Executivo o para Legislativo)
Devolução para sanção
(Legislativo para o Executivo)
P
PPA Até 31/08
quatro meses
antes do término
do exercício
Até
22/12
encerramento da sessão
legislativa
L
LDO Até 15/04
oito meses e
meio antes do
término do
exercício
Até
17/07
encerramento do primeiro
período da sessão
legislativa
L
LOA Até 31/08
quatro meses
antes do término
do exercício
Até
22/12
encerramento da sessão
legislativa.
3. FCC 2015 – CNMP - Analista - Apoio Técnico Administrativo - Controle
Interno É permitido incluir na Lei Orçamentária Anual − LOA autorização para o
Poder Executivo abrir créditos
(A) especiais e extraordinários.
(B) adicionais.
(C) suplementares e especiais.
(D) extraordinários.
(E) suplementares.
Gabarito: E
Comentários:
Os créditos suplementares e especiais dependem de autorização legislativa para
serem abertos. No caso dos créditos suplementares (só os suplementares), esta
autorização pode ser dada na própria LOA.
4. FCC 2015 – CNMP - Analista - Apoio Técnico Administrativo - Controle
Interno O saldo positivo das diferenças acumuladas mês a mês, entre a receita
prevista e a realizada, considerando-se ainda a tendência do exercício,
denomina-se
(A) Economia Orçamentária.
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(B) Superávit Orçamentário.
(C) Superávit Financeiro.
(D) Excesso de Arrecadação.
(E) Superávit Primário.
Gabarito D
Comentários:
O excesso de arrecadação é fonte para abertura de créditos adicionais e consiste
no saldo positivo das diferenças acumuladas mês a mês, entre a
arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do
exercício, deduzindo os valores dos créditos extraordinários abertos. (Art. 43 da
Lei 4320/64)
5 CESPE 2015 MPU – ANALISTA De acordo com a Constituição Federal, os
planos e os programas nacionais, regionais e setoriais devem ser elaborados em
consonância com o plano plurianual (PPA) e apreciados pelo Congresso Nacional.
Devido à sua relação com o PPA, os programas nacionais, regionais e setoriais
não podem ter duração superior a quatro anos.
Gabarito Errado.
Comentários:
De acordo com o artigo 165 § 4º os planos e programas nacionais, regionais e
setoriais previstos na Constituição Federal serão elaborados em consonância
com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional.
No entanto, esses planos e programas não precisam ter prazo de vigência igual
ou inferior ao do PPA.
Exemplos de planos nacionais previstos na CF: o Plano Nacional de Reforma
Agrária – PNRA (art.188), o Plano Nacional de Educação – PNE (art. 214), o
Plano Nacional de Cultura - PNC (art. 215, § 3º) e o Plano Nacional de
Juventude – PNJ (art. 227, § 8º, II).
6 FGV 2015 – TJ-SC ANALISTA ADMINISTRATIVO Os instrumentos de
planejamento vigentes no Brasil, PPA, LDO e LOA, são integrados e devem ser
elaborados de acordo com os prazos legais para que possam contribuir
efetivamente no processo de planejamento. Se na esfera estadual houve
eleições no ano de 2010 e os prazos do processo orçamentário foram
obedecidos, é correto afirmar que:
(A) em 2011 entrou em vigor um novo PPA;
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(B) a LOA do segundo ano do mandato foi elaborada pela gestão anterior; (C) a
LDO do segundo ano de mandato foi aprovada antes do PPA correspondente;
(D) o governo eleito em 2010 foi responsável pela execução de todos os
programas do PPA elaborado na gestão;
(E) a LOA do último ano do PPA da gestão foi elaborada pelo governo seguinte.
Gabarito: C
Comentários:
Constatações: se a eleição ocorreu em 2010, o mandato começou só em 2011 e
terminou em 2014. Já o novo PPA começa em 2012 e termina em 2015.
Analisando as alternativas, temos:
(A) em 2011 entrou em vigor um novo PPA; (Errado. O novo PPA só entra em
vigor no 2º ano de mandato, portanto em 2012.)
(B) a LOA do segundo ano do mandato foi elaborada pela gestão anterior;
(Errado, só a LOA do primeiro ano de mandato é elaborada na gestão anterior)
(C) a LDO do segundo ano de mandato foi aprovada antes do PPA
correspondente; (Certo, já que a LDO é aprovada no fim do primeiro período da
sessão legislativa, enquanto o PPA só é aprovado no fim do segundo período da
sessão legislativa).
Atenção: A aprovação antecipada da LDO não exclui a necessidade de ser
compatível com o novo PPA.
(D) o governo eleito em 2010 foi responsável pela execução de todos os
programas do PPA elaborado na gestão; (Errado, pois o ultimo ano de vigência
do PPA é executado pela gestão seguinte.)
(E) a LOA do último ano do PPA da gestão foi elaborada pelo governo seguinte.
(Errado. Neste caso, o ultimo ano do PPA é 2015 que tem sua LOA elaborada em
2014, ou seja, ainda dentro do mandato da gestão atual).
7 FGV 2015 – TJ-SC ANALISTA ADMINISTRATIVO Durante a execução
orçamentária, em face da necessidade de inclusão de despesas não previstas no
orçamento, ou ainda de aumento de dotações existentes, as entidades utilizam
os créditos adicionais. A abertura de tais créditos requer a indicação de fonte de
recursos. O excesso de arrecadação é uma fonte prevista em lei, cuja apuração
do saldo disponível deve:
(A) acrescentar o produto de operações de crédito autorizadas;
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(B) acrescentar o superávit financeiro apurado no balanço patrimonial do
exercício anterior;
(C) excluir as operações de crédito vinculadas;
(D) excluir o montante de créditos adicionais reabertos no exercício;
(E) excluir o montante de créditos extraordinários abertos no exercício.
Gabarito: E
Comentários:
De acordo com a Lei 4320/64, os créditos extraordinários abertos no exercício
devem ser excluídos do cálculo do excesso de arrecadação.
Excesso de Arrecadação: Saldo positivo das diferenças acumuladas mês
a mês, entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda,
a tendência do exercício, deduzindo os valores dos créditos
extraordinários abertos. (Art. 43 da Lei 4320/64)
8 FGV 2015 – TJ/BA Analista Judiciário – Administrativo A competência
pela iniciativa da Lei Orçamentária é:
(A) circunscrita a cada Poder;
(B) concorrente dos Poderes Executivo e Legislativo;
(C) exclusiva do Poder Executivo;
(D) exclusiva do Poder Legislativo;
(E) partilhada pela administração direta e indireta.
Gabarito C
Comentários:
É o que dispõe a CF em seu art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo
estabelecerão:
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
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9 – FUNDATEC 2015 – IAPS/RS – CONTADOR Analise as assertivas abaixo
sobre os créditos adicionais, de acordo com a Lei 4.320/1964:
I. Entende-se por excesso de arrecadação o saldo positivo das diferenças
acumuladas, mês a mês, entre o lançamento e o recolhimento, considerando-se,
ainda, a tendência do exercício.
II. Entende-se por superávit primário a diferença positiva entre o ativo
financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos
adicionais transferidos e as operações de crédito a eles vinculadas.
III. Para fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de
arrecadação, deduzir-se-á a importância dos créditos extraordinários abertos no
exercício.
Quais estão corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas III.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.
Gabarito: C
Comentários:
Analisando as alternativas, temos:
I. Entende-se por excesso de arrecadação o saldo positivo das diferenças
acumuladas, mês a mês, entre o lançamento e o recolhimento, considerando-se,
ainda, a tendência do exercício. (Errado. Entre a arrecadação prevista e a
realizada e não entre o lançamento e o recolhimento.)
II. Entende-se por superávit primário a diferença positiva entre o ativo
financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos
adicionais transferidos e as operações de crédito a eles vinculadas. (Errado. É
superávit financeiro e não superávit primário).
III. Para fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de
arrecadação, deduzir-se-á a importância dos créditos extraordinários abertos no
exercício. (Correto).
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10 – FUNDATEC 2015 – IAPS/RS – CONTADOR Instituída pela Constituição
Federal (1988), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) possui algumas
características. Assinale a alternativa INCORRETA sobre o tema.
A) É uma lei ordinária e de natureza transitória.
B) É vinculada a um exercício financeiro, ou seja, de periodicidade anual.
C) A LDO deve anteceder a Lei do PPA.
D) Compreenderá as metas e prioridades da administração pública.
E) Orientará a elaboração do orçamento anual (LOA).
Gabarito: C
Comentários
Em relação a LDO, a CF assim dispõe:
Art. 165 § 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e
prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital
para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei
orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
A letra C está errada, pois o PPA que antecede a LDO.
11 FGV 2015 Pref. Cuiabá/MT – CONTADOR Em relação aos créditos
adicionais, de acordo com a Lei nº 4320/64, assinale a afirmativa correta. (A)
Os créditos adicionais especiais são destinados a despesas urgentes e
imprevistas, em caso de guerra ou calamidade pública.
(B) Os créditos adicionais extraordinários são destinados a reforço de dotação
orçamentária.
(C) Os créditos adicionais suplementares são destinados a despesas para as
quais não haja dotação orçamentária específica.
(D) Para apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de arrecadação,
deve-se somar a importância dos créditos extraordinários abertos no exercício.
(E) A abertura dos créditos adicionais suplementares e especiais depende da
existência de recursos disponíveis para que ocorra a despesa e será precedida
de justificativa.
Gabarito: E
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Comentários:
Analisando as alternativas, temos:
(B) Os créditos adicionais extraordinários são destinados a reforço de dotação
orçamentária. (Errado. Suplementares e não extraordinários)
(C) Os créditos adicionais suplementares são destinados a despesas para as
quais não haja dotação orçamentária específica. (Errado. Especiais e não
suplementares).
(D) Para apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de arrecadação,
deve-se somar a importância dos créditos extraordinários abertos no exercício.
(Errado. Deve subtrair e não somar).
(E) A abertura dos créditos adicionais suplementares e especiais depende da
existência de recursos disponíveis para que ocorra a despesa e será precedida
de justificativa. (Correto).
12. VUNESP 2015 – TJSP – CONTADOR O plano plurianual, as diretrizes
orçamentárias, bem como os orçamentos anuais serão estabelecidos pela
iniciativa do Poder Executivo. A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as
metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de
capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei
orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e
estabelecerá a política
(A) de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
(B) econômica anual regionalizada e estatizada.
(C) de pagamentos, concomitantemente ao controle financeiro das despesas
correntes.
(D) orçamentária federal, estadual e municipal, bem como do distrito federal.
(E) financeira e fazendária
Gabarito: A
Comentários:
A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá:
Metas e prioridades para o exercício financeiro subseqüente;
Orientará a elaboração da Lei Orçamentária Anual;
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Estabelecerá a política de aplicação das agencias financeiras oficiais
de fomento;
Disporá sobre as alterações na Legislação Tributária;
Autorizará a concessão de qualquer vantagem ou aumento de
remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou
alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou
contratação de pessoal (CF. Art 169 § 1º, I).
Agencias agências financeiras oficiais de fomento são instituições financeiras que
possuem o objetivo de estimular a economia nacional como, por exemplo:
Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), Banco do Brasil (BB) e
Caixa Econômica Federal (CEF).
13 FUNCAB 2015 – FUNASG – CONTADOR Identifique nas alternativas
abaixo, o instrumento incumbido de orientar não só a elaboração, mas também
a execução do Orçamento Público.
A) Plano Plurianual
B) Lei de Diretrizes Orçamentárias
C) Lei Orçamentária Anual
D) Orçamento Fiscal
E) Orçamento da Seguridade Social
Gabarito B
Comentários:
Uma das funções da LDO é orientar a elaboração e execução da Lei
Orçamentária Anual que é o orçamento público propriamente dito.
14 FUNCAB 2015 – FUNASG – CONTADOR Marque a alternativa que
denomina o tipo de crédito adicional destinado para despesas, as quais não haja
dotação orçamentária específica, de acordo com a Lei nº 4.320/1964.
A) Iniciais
B) Extraordinários
C) Orçamentários
D) Suplementares
E) Especiais
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Gabarito: E
Comentários:
Os créditos adicionais se dividem em três espécies:
Suplementares Destinados a reforço de dotação orçamentária (Lei
4320/64, art. 41, I).
Especiais
Destinados a despesas para as quais não haja dotação
orçamentária específica (crédito novo). (Lei 4320/64, art.
41, II).
Extraordinários
Destinados a despesas imprevisíveis e urgentes, como as
decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade
pública. (CF. art. 167, § 3º).
15. CETRO 2015 - DAE -Santa Bárbara D´Oeste/SP – CONTADOR No
planejamento governamental, destaca-se a elaboração do PPA (Planejamento
Plurianual), da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e da LOA (Lei
Orçamentária Anual). A propósito desse planejamento, analise as assertivas
abaixo.
I. A LDO é elaborada a cada 4 anos, correspondendo ao exato período do
mandato do chefe do Poder Executivo municipal.
II. A LOA (Lei do Orçamento Anual) deve ser aprovada, anualmente, pelo Poder
Legislativo da sua respectiva Federação.
III. O PPA (Planejamento Plurianual) é elaborado a cada 4 anos,
correspondendo ao exato período de mandato do Executivo municipal.
IV. O PPA (Planejamento Plurianual) é elaborado a cada 4 anos, apenas para o
Poder Executivo federal. É correto o que se afirma em
(A) I e II, apenas.
(B) II e III, apenas.
(C) I e IV, apenas.
(D) III e IV, apenas.
(E) II, apenas.
Gabarito: E
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Comentários:
Analisando as alternativas, temos:
I. A LDO é elaborada a cada 4 anos, correspondendo ao exato período do
mandato do chefe do Poder Executivo municipal.
Errado. LDO é anual.
II. A LOA (Lei do Orçamento Anual) deve ser aprovada, anualmente, pelo Poder
Legislativo da sua respectiva Federação.
Certo.
III. O PPA (Planejamento Plurianual) é elaborado a cada 4 anos,
correspondendo ao exato período de mandato do Executivo municipal.
Errado. O PPA tem vigência de 4 anos porém com período de vigência é
diferente do mandato. Inicia-se no 2º ano e termina no 1º do ano do mandato
subseqüente.
IV. O PPA (Planejamento Plurianual) é elaborado a cada 4 anos, apenas para o
Poder Executivo federal.
Errado. Todos os entes devem observar este prazo.
16. FCC 2015 TCM/GO Auditor Conselheiro Substituto Os créditos
suplementares e especiais podem ser financiados por
(A) superávit orçamentário do exercício pretérito, recursos provenientes da
anulação de outras dotações, operações de crédito.
(B) superávit financeiro do ano anterior, recursos decorrentes de gastos
rejeitados pelo Legislativo, receitas arrecadadas em excesso no atual exercício.
(C) saldo orçamentário, superávit econômico do ano anterior, transposições,
remanejamentos e transferências.
(D) superávit financeiro apurado no Balanço Patrimonial do ano anterior,
superávit constatado na Demonstração das Variações Patrimoniais, excesso de
arrecadação no exercício corrente.
(E) Ativo Real Líquido do ano anterior, operações de crédito, recursos de
anulação de créditos orçamentários.
Gabarito B
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(A) superávit orçamentário do exercício pretérito, recursos provenientes da
anulação de outras dotações, operações de crédito. (Superávit orçamentário
não é fonte, apenas o superávit financeiro é considerado fonte)
(B) superávit financeiro do ano anterior, recursos decorrentes de gastos
rejeitados pelo Legislativo, receitas arrecadadas em excesso no atual exercício.
Correto.
Recursos decorrentes de gastos rejeitados entram como fonte para créditos
adicionais em decorrência do disposto no § 8º do artigo 166 da CF que
determina que os recursos objeto de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei
orçamentária (recursos livres) que ficarem sem destinação podem ser utilizados
como fonte hábil para abertura de créditos especiais e suplementares, mediante
autorização legislativa
O superávit financeiro do ano anterior e a receitas arrecadadas em excesso no
atual exercício também são fontes.
(alerta: superávit financeiro sempre do ano anterior e excesso de arrecadação
sempre do exercício atual).
(C) saldo orçamentário, superávit econômico do ano anterior, transposições,
remanejamentos e transferências. (Neste item, apenas os remanejamentos são
fontes para abertura de créditos adicionais.)
(D) superávit financeiro apurado no Balanço Patrimonial do ano anterior,
superávit constatado na Demonstração das Variações Patrimoniais, excesso de
arrecadação no exercício corrente. (Superávit constatado na Demonstração das
Variações Patrimoniais não é fonte para abertura de créditos adicionais).
(E) Ativo Real Líquido do ano anterior, operações de crédito, recursos de
anulação de créditos orçamentários. (Ativo Real Líquido do ano anterior não é
fonte para abertura de créditos adicionais.)
De acordo com a legislação, são fontes para abertura de créditos adicionais:
Superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do ano anterior, resultante
da diferença positiva entre o ativo e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda,
os saldos dos créditos adicionais reabertos e as operações de crédito a eles
vinculadas. Esse superávit deve ser apurado por fonte de recursos e quando
vinculado deve ser aplicado na finalidade específica. (Art. 43 da Lei 4320/64)
Os provenientes de excesso de arrecadação, ou seja, o saldo positivo das
diferenças acumuladas mês a mês, entre a arrecadação prevista e a realizada,
considerando-se, ainda, a tendência do exercício, deduzindo os valores dos
créditos extraordinários abertos. (Art. 43 da Lei 4320/64)
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Os resultantes da anulação parcial ou total de dotações (remanejamentos)
orçamentárias ou de créditos adicionais autorizados em lei. (Art. 43 da Lei
4320/64).
O produto de operações de créditos (empréstimos) autorizadas de forma que,
juridicamente, possibilite o poder executivo realizá-las. (Art. 43 da Lei 4320/64)
Recursos objeto de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária
(recursos livres) que ficarem sem destinação podem ser utilizados como fonte
hábil para abertura de créditos especiais e suplementares, mediante autorização
legislativa (§ 8º do artigo 166 da CF).
Reserva de contingência destinada ao atendimento de passivos contingentes e
outros riscos, bem como eventos fiscais imprevistos. (Art. 8º da Portaria
Interministerial 163/2001).
10. BATERIA DE QUESTÕES - FCC
1. FCC-ALEPE 2014 Com relação à Lei Orçamentária Anual − LOA,
instrumento de planejamento que fixa despesas e prevê receitas, é
correto afirmar que compreenderá os orçamentos
(A) fiscal, da seguridade social e de investimentos das empresas.
(B) financeiro, orçamentário e patrimonial.
(C) despesas correntes, de capital e programas de governo.
(D) despesas correntes, orçamentário e financeiro.
(E) fiscal, financeiro e de programas de governo.
2. FCC TCIPI 2014 Sobre o ciclo de Planejamento no Setor Público,
considere:
I. A LOA é um documento que integra o Planejamento Público, responsável pela
operacionalização dos programas. Tem vigência de um ano, iniciando-se em 1o
de janeiro e encerrando-se em 31 de dezembro.
II. A LDO é o documento componente do Planejamento Público responsável pela
direção na elaboração do orçamento. A relação de programas que serão
executados a integra. Por meio dela se estabelecem as metas e prioridades,
alterações na legislação tributária, além de dispor sobre dívida pública e
despesas com pessoal, entre outras.
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III. O PPA integra o Planejamento Público para 4 anos. Nele estão presentes os
programas e seus indicadores, as ações e suas metas. Possui uma dimensão
estratégica estabelecida nos programas e apoiada, em grande parte, na
campanha eleitoral.
IV. O PPA estabelece as diretrizes, objetivos e metas da Administração pública
para as despesas de capital e outras delas decorrentes, e as relativas aos
programas de duração continuada.
V. O ciclo de Planejamento e Orçamento Público é integrado pelo PPA, pela LDO,
mas não o é pela LOA, pois esta se refere às receitas e despesas que serão
executadas em um ano, sem qualquer relação com o que foi estabelecido pelo
PPA, uma vez que sua vigência é deslocada de um ano em relação ao mandato
do chefe do executivo.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) II, III, IV e V.
(B) I, II, III e IV.
(C) II, IV e V.
(D) I, III e V.
(E) I e V.
3. FCC-ALEPE 2014 Sobre o Plano Plurianual − PPA, é correto afirmar:
(A) compreende as metas e prioridades da Administração pública federal,
incluindo o reflexo das despesas correntes para o exercício subsequente.
(B) orienta a elaboração da lei orçamentária anual e o plano de metas do
governo.
(C) autoriza a concessão de vantagens ou aumento de remuneração, para a
criação de cargos por envolver mais de um período financeiro.
(D) estabelece as diretrizes, objetivos e metas para as despesas de capital e
outras dela decorrentes e para os programas de duração continuada.
(E) estabelece os parâmetros para a elaboração de propostas orçamentárias de
despesas de capital, incluindo novos investimentos para o Poder Executivo.
4. FCC-ALEPE 2014 A Lei de Diretrizes Orçamentárias − LDO disporá
sobre:
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I. A distribuição dos recursos correntes e de capital de forma regionalizada.
II. As alterações na legislação tributária.
III. O equilíbrio entre receitas e despesas.
IV. As normas relativas ao controle de custos e a avaliação dos resultados dos
programas financiados com recursos dos orçamentos.
V. As diretrizes, objetivos e metas para as despesas de capital e outras dela
decorrentes e para os programas de duração continuada.
É correto o que se afirma APENAS em
(A) I, II e III.
(B) I, III e IV.
(C) II, III e IV.
(D) I, II e V.
(E) III, IV e V.
5. FCC-ALEPE 2014 Após a promulgação da LOA e com base nos limites
nela fixados, o Poder Executivo aprovará um quadro de quotas
trimestrais de autorização de despesas para cada unidade orçamentária.
Este quadro tem o objetivo de:
I. Garantir à unidade orçamentária o valor fixo trimestral de gastos autorizados,
os quais passam a compor a obrigação do
Poder Executivo para com a unidade orçamentária.
II. Efetuar controle financeiro visando a definição de limites máximos para que o
ente possa contrair novos empréstimos.
III. Assegurar às unidades orçamentárias, em tempo útil, a soma de recursos
necessários e suficientes a melhor execução do seu programa anual de trabalho.
IV. Manter o equilíbrio entre receita arrecadada e despesa realizada.
V. Planejar os gastos efetivos visando a máxima redução de probabilidade da
existência de insuficiência de tesouraria.
É correto o que se afirma APENAS em
(A) I, II e III.
(B) I, III e V.
(C) II, III e IV.
(D) II, IV e V.
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(E) III, IV e V.
6. FCC TCEAM-An.Tec.Cont.Ext.-Ministério Público 2014 A lei que
institui o plano plurianual:
(A) só pode ser aprovada após a sanção da lei de diretrizes orçamentárias, que
servirá para orientar sua elaboração e para permitir que já englobe o orçamento
anual que vigerá junto com o início de sua vigência.
(B) é de competência concorrente do Chefe Executivo e do Presidente do
Congresso e tem vigência de cinco anos.
(C) disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política
de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
(D) tem por objeto unicamente os planos e programas nacionais, regionais e
setoriais com prazo de vigência superior a dois exercícios financeiros.
(E) tem por objeto a fixação de objetivos e metas da administração pública
federal para as despesas relativas aos programas de duração continuada, dentre
outros.
7. FCC TCEAM-An.Tec.Cont.Ext.-Ministério Público 2014 Sobre a
elaboração da lei orçamentária, a Constituição de 1988 dispõe:
I. O plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais serão
estabelecidos por leis de iniciativa do Presidente da República, de qualquer
membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do
Congresso Nacional.
II. O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional
para propor modificação nos projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes
orçamentárias e dos orçamentos anuais enquanto não iniciada a votação, na
Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.
III. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias,
ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão, segundo a Constituição
Federal, discutidos e votados em cada Casa do Congresso Nacional, em dois
turnos, considerandos e aprovados se obtiverem, em ambos, três quintos dos
votos dos respectivos membros.
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Está correto o que consta APENAS em
(A) II.
(B) I.
(C) II e III.
(D) III.
(E) I e II.
8. FCC TCEAM-An.Tec.Cont.Ext.-Ministério Público 2014 De acordo com
a Constituição de 1988 e Lei no 4.320/1964, considere:
I. Os créditos adicionais classificam-se em suplementares, quando destinados a
reforçar a dotação orçamentária; especiais, quando destinados a despesas
urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade
pública; e extraordinários, quando destinados a despesas para as quais não haja
dotação orçamentária específica.
II. Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que
forem abertos, salvo expressa disposição legal em contrário no que tange aos
créditos especiais e extraordinários.
III. É vedada a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia
autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes.
Está correto o que consta APENAS em
(A) I.
(B) II e III.
(C) II.
(D) III.
(E) I e III.
9. FCC-MPEMA-2013 A Lei Orçamentária Anual não conterá dispositivo
estranho à previsão da receita e à fixação da despesa. Assim, nos
termos da Constituição Federal, não se inclui na proibição autorização
para
(A) contratação de empresas, por dispensa de licitação, para realização de
despesas urgentes e imprevisíveis.
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(B) contratação de pessoal, em caráter emergencial.
(C) abertura de créditos especiais e extraordinários, quando se tratar de
despesas urgentes e imprevisíveis.
(D) ajuda financeira a outro ente da federação, quando se tratar de situações de
calamidade pública decorrente de fenômenos da natureza.
(E) abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito,
ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
10. FCC-MPEMA-2013 Com relação aos créditos adicionais, nos termos
da Lei Federal no 4.320/64, é correto afirmar:
(A) A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de
recursos disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição
justificativa.
(B) A anulação total ou parcial de despesas empenhadas e não pagas é fonte
para abertura de créditos adicionais.
(C) O excesso de receita extraorçamentária poderá ser utilizado como fonte para
abertura de créditos adicionais.
(D) Os créditos suplementares e especiais são aqueles que se destinam a
reforço de dotação orçamentária.
(E) A abertura de créditos extraordinários deve estar autorizada na Lei
Orçamentária Anual.
11. FCC TCIPI 2014 Os créditos especiais e extraordinários
(A) destinam-se ao reforço de dotações previstas originalmente no orçamento.
(B) vigoram apenas no próprio exercício em que são autorizados.
(C) podem, por decreto executivo, ser abertos até o limite autorizado na lei
orçamentária anual.
(D) podem ser reabertos no exercício seguinte, desde que autorizados a partir
do mês de setembro.
(E) não podem bancar despesas de pessoal, nem as relativas a juros e outros
encargos da dívida pública.
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12. FCC 2014 – TRT 13ª REGIÃO O Tribunal Regional do Trabalho − TRT
da 13ª Região necessitou de autorização para abertura de crédito
adicional. Para a solução dessa situação, o Analista Judiciário − Área
Contabilidade informou que havia a necessidade de obediência às
seguintes exigências previstas na Lei no 4.320/1964: autorização por
lei; existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesa;
exposição justificativa.
Essas exigências são pertinentes aos créditos adicionais
(A) Suplementares e Extraordinários.
(B) Suplementares e Especiais.
(C) Extraordinários, Especiais e Esporádicos.
(D) Extraordinários, Especiais e Suplementares.
(E) Especiais e Esporádicos.
13. FCC 2013 DPSPA-Ag.Def.Pub.-Contador Os créditos adicionais
classificam-se em
(A) Suplementares, Especiais e Extraordinários.
(B) Complementares, Suplementares e de Calamidade Pública.
(C) Suplementares, de Reforço e Extraordinários.
(D) Complementares, Especiais e Extraordinários.
(E) Suplementares, Extraordinários e de Calamidade Pública.
14. FCC 2013 MPAMD-Ag.Técnico-Contador O prefeito do Município de
Beta Azul pretende construir um prédio para funcionamento de uma
creche em um bairro da periferia da cidade. Pela análise dos
instrumentos de planejamento e orçamento, percebeu que a obra, com
duração de execução de, aproximadamente, três anos, estava prevista
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no Plano Plurianual 2012-2015, mas não foi definida como prioridade
pela Lei de Diretrizes Orçamentárias − LDO referente ao exercício
financeiro de 2013.
Além disso, na Lei Orçamentária Anual referente ao exercício financeiro
de 2013 não havia dotação orçamentária específica para tal despesa.
Neste caso, para início da realização da obra em 2013, deverá haver
(A) alteração da LDO e abertura de créditos adicionais suplementares.
(B) alteração da LDO e abertura de créditos adicionais especiais.
(C) alteração da LDO e abertura de créditos adicionais extraordinários.
(D) abertura de créditos adicionais especiais, apenas.
(E) alteração da LOA, apenas.
15. FCC 2013 GOVBA-An.Procuradoria-Administrativo Sobre créditos
extraordinários, é correto afirmar:
(A) só podem ser abertos por lei, desde que a mesma tenha vigência
temporária.
(B) só se justificam para cobrir despesas urgentes e imprevistas, em caso de
guerra, comoção intestina ou calamidade pública.
(C) tem cabimento a abertura destes créditos em qualquer situação que
justifique a realização da despesa e não tenha havido dotação orçamentária
específica
(D) podem ter vigência superior ao exercício financeiro em que foram abertos,
independentemente de qualquer autorização legal, vigendo enquanto durar a
causa do crédito.
(E) dependem necessariamente da criação de receita vinculada, como o
imposto residual de competência da União e o empréstimo compulsório.
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16. FCC 2013 GOVBA-An.Procuradoria-Administrativo É função da Lei
de Diretrizes Orçamentárias
(A) estabelecer as metas e prioridades da Administração pública federal,
incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente,
orientar a elaboração da Lei Orçamentária Anual, dispor sobre as alterações na
legislação tributária e estabelecer a política de aplicação das agências
financeiras oficiais de fomento.
(B) estabelecer, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da
Administração pública federal para as despesas de capital e outras delas
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
(C) fixar o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos,
órgãos e entidades da Administração direta e indireta, inclusive fundações
instituídas e mantidas pelo poder público.
(D) não conter dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação de receita, nos termos da lei.
(E) conter o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e
órgãos a ela vinculados, da Administração direta ou indireta, bem como os
fundos e fundações instituídos e mantidos pelo poder público.
17. FCC 2013 - TRT18-An.Jud.Contabilidade O projeto de lei
orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o Plano
Plurianual, com a Lei de Diretrizes Orçamentárias e com as normas da
Lei no 101/2000,
(A) conterá comparativo do montante da despesa total com pessoal,
distinguindo-a com inativos e pensionistas, com os limites estabelecidos pela Lei
de Responsabilidade Fiscal.
(B) disporá sobre equilíbrio entre receitas e despesas.
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(C) disporá sobre normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos
resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos.
(D) estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal
de desembolso.
(E) conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante,
definido com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na Lei de
Diretrizes Orçamentárias.
18. FCC 2013 - TRT12-An.Jud.-Contabilidade Nos termos da
Constituição Federal de 1988, é instrumento de planejamento que tem,
entre suas funções, a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo
o critério populacional,
(A) o Fundo de Participação dos Municípios.
(B) o Orçamento da Seguridade Social.
(C) o Orçamento Fiscal dos Órgãos e Entidades da Administração Direta e
Indireta.
(D) o Plano Diretor.
(E) a Lei de Diretrizes Orçamentárias.
11. GABARITO COMENTADO - BATERIA DE QUESTÕES FCC I
1. FCC-ALEPE 2014 Com relação à Lei Orçamentária Anual − LOA,
instrumento de planejamento que fixa despesas e prevê receitas, é
correto afirmar que compreenderá os orçamentos
(A) fiscal, da seguridade social e de investimentos das empresas.
(B) financeiro, orçamentário e patrimonial.
(C) despesas correntes, de capital e programas de governo.
(D) despesas correntes, orçamentário e financeiro.
(E) fiscal, financeiro e de programas de governo.
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Gabarito A
A CF determina que a Lei Orçamentária seja desmembrada em três
orçamentos visando dar maior transparência aos recursos públicos:
Orçamento da Seguridade Social: Constam as receitas e despesas
associadas à seguridade social, ou seja, o orçamento vinculado as funções:
saúde, previdência e assistência social.
Orçamento de Investimento das Empresas: Constam os valores
destinados as empresas controladas de forma direta e indireta (empresas
públicas e sociedades de economia mista) pelo Governo a título de
investimento.
Orçamento Fiscal: Constam as receitas e despesas associadas aos
órgãos da administração pública direta e indireta não compreendidas nos
orçamentos da seguridade social e de investimento.
2. FCC TCIPI 2014 Sobre o ciclo de Planejamento no Setor Público,
considere:
I. A LOA é um documento que integra o Planejamento Público, responsável pela
operacionalização dos programas. Tem vigência de um ano, iniciando-se em 1o
de janeiro e encerrando-se em 31 de dezembro.
II. A LDO é o documento componente do Planejamento Público responsável pela
direção na elaboração do orçamento. A relação de programas que serão
executados a integra. Por meio dela se estabelecem as metas e prioridades,
alterações na legislação tributária, além de dispor sobre dívida pública e
despesas com pessoal, entre outras.
III. O PPA integra o Planejamento Público para 4 anos. Nele estão presentes os
programas e seus indicadores, as ações e suas metas. Possui uma dimensão
estratégica estabelecida nos programas e apoiada, em grande parte, na
campanha eleitoral.
IV. O PPA estabelece as diretrizes, objetivos e metas da Administração pública
para as despesas de capital e outras delas decorrentes, e as relativas aos
programas de duração continuada.
V. O ciclo de Planejamento e Orçamento Público é integrado pelo PPA, pela LDO,
mas não o é pela LOA, pois esta se refere às receitas e despesas que serão
executadas em um ano, sem qualquer relação com o que foi estabelecido pelo
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PPA, uma vez que sua vigência é deslocada de um ano em relação ao mandato
do chefe do executivo.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) II, III, IV e V.
(B) I, II, III e IV.
(C) II, IV e V.
(D) I, III e V.
(E) I e V.
Gabarito B
V. O ciclo de Planejamento e Orçamento Público é integrado pelo PPA, pela LDO,
mas não o é pela LOA, pois esta se refere às receitas e despesas que serão
executadas em um ano, sem qualquer relação com o que foi estabelecido pelo
PPA, uma vez que sua vigência é deslocada de um ano em relação ao mandato
do chefe do executivo. (Errado, o ciclo é integrado pelo PPA, LDO e LOA).
3. FCC-ALEPE 2014 Sobre o Plano Plurianual − PPA, é correto afirmar:
(A) compreende as metas e prioridades da Administração pública federal,
incluindo o reflexo das despesas correntes para o exercício subsequente.
(B) orienta a elaboração da lei orçamentária anual e o plano de metas do
governo.
(C) autoriza a concessão de vantagens ou aumento de remuneração, para a
criação de cargos por envolver mais de um período financeiro.
(D) estabelece as diretrizes, objetivos e metas para as despesas de capital e
outras dela decorrentes e para os programas de duração continuada.
(E) estabelece os parâmetros para a elaboração de propostas orçamentárias de
despesas de capital, incluindo novos investimentos para o Poder Executivo.
Gabarito D
(A) compreende as metas e prioridades da Administração pública federal,
incluindo o reflexo das despesas correntes para o exercício subsequente. (Esta
função cabe a LDO).
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(B) orienta a elaboração da lei orçamentária anual e o plano de metas do
governo. (Funções da LDO).
(C) autoriza a concessão de vantagens ou aumento de remuneração, para a
criação de cargos por envolver mais de um período financeiro. (Errado, que
autoriza aumento de despesa de pessoal é a LDO).
(D) estabelece as diretrizes, objetivos e metas para as despesas de capital e
outras dela decorrentes e para os programas de duração continuada. (Correto.)
(E) estabelece os parâmetros para a elaboração de propostas orçamentárias de
despesas de capital, incluindo novos investimentos para o Poder Executivo.
(Errado, função da LDO. É a LDO que orienta a elaboração da lei orçamentária.)
4. FCC-ALEPE 2014 A Lei de Diretrizes Orçamentárias − LDO disporá
sobre:
I. A distribuição dos recursos correntes e de capital de forma regionalizada.
II. As alterações na legislação tributária.
III. O equilíbrio entre receitas e despesas.
IV. As normas relativas ao controle de custos e a avaliação dos resultados dos
programas financiados com recursos dos orçamentos.
V. As diretrizes, objetivos e metas para as despesas de capital e outras dela
decorrentes e para os programas de duração continuada.
É correto o que se afirma APENAS em
(A) I, II e III.
(B) I, III e IV.
(C) II, III e IV.
(D) I, II e V.
(E) III, IV e V.
Gabarito C
I. A distribuição dos recursos correntes e de capital de forma regionalizada.
(Cabe ao PPA)
V. As diretrizes, objetivos e metas para as despesas de capital e outras dela
decorrentes e para os programas de duração continuada. (Cabe ao PPA)
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5. FCC-ALEPE 2014 Após a promulgação da LOA e com base nos limites
nela fixados, o Poder Executivo aprovará um quadro de quotas
trimestrais de autorização de despesas para cada unidade orçamentária.
Este quadro tem o objetivo de:
I. Garantir à unidade orçamentária o valor fixo trimestral de gastos autorizados,
os quais passam a compor a obrigação do
Poder Executivo para com a unidade orçamentária.
II. Efetuar controle financeiro visando a definição de limites máximos para que o
ente possa contrair novos empréstimos.
III. Assegurar às unidades orçamentárias, em tempo útil, a soma de recursos
necessários e suficientes a melhor execução do seu programa anual de trabalho.
IV. Manter o equilíbrio entre receita arrecadada e despesa realizada.
V. Planejar os gastos efetivos visando a máxima redução de probabilidade da
existência de insuficiência de tesouraria.
É correto o que se afirma APENAS em
(A) I, II e III.
(B) I, III e V.
(C) II, III e IV.
(D) II, IV e V.
(E) III, IV e V.
Gabarito E
Em relação ao quadro de cotas trimestrais, a Lei 4320 assim dispõe:
Art. 47. Imediatamente após a promulgação da Lei de Orçamento e com base
nos limites nela fixados, o Poder Executivo aprovará um quadro de cotas
trimestrais da despesa que cada unidade orçamentária fica autorizada a utilizar.
Art. 48 A fixação das cotas a que se refere o artigo anterior atenderá aos
seguintes objetivos:
a) assegurar às unidades orçamentárias, em tempo útil a soma de recursos
necessários e suficientes a melhor execução do seu programa anual de trabalho;
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b) manter, durante o exercício, na medida do possível o equilíbrio entre a
receita arrecadada e a despesa realizada, de modo a reduzir ao mínimo
eventuais insuficiências de tesouraria.
6. FCC TCEAM-An.Tec.Cont.Ext.-Ministério Público 2014 A lei que
institui o plano plurianual:
(A) só pode ser aprovada após a sanção da lei de diretrizes orçamentárias, que
servirá para orientar sua elaboração e para permitir que já englobe o orçamento
anual que vigerá junto com o início de sua vigência.
(B) é de competência concorrente do Chefe Executivo e do Presidente do
Congresso e tem vigência de cinco anos.
(C) disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política
de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
(D) tem por objeto unicamente os planos e programas nacionais, regionais e
setoriais com prazo de vigência superior a dois exercícios financeiros.
(E) tem por objeto a fixação de objetivos e metas da administração pública
federal para as despesas relativas aos programas de duração continuada, dentre
outros.
Gabarito E
(A) só pode ser aprovada após a sanção da lei de diretrizes orçamentárias, que
servirá para orientar sua elaboração e para permitir que já englobe o orçamento
anual que vigerá junto com o início de sua vigência. (Errado, o PPA que norteia
a LDO)
(B) é de competência concorrente do Chefe Executivo e do Presidente do
Congresso e tem vigência de cinco anos. (Errado, a competência para sua
elaboração é privativa do chefe do Poder Executivo e sua vigência é de 4 anos.)
(C) disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política
de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. (Competências da
LDO).
(D) tem por objeto unicamente os planos e programas nacionais, regionais e
setoriais com prazo de vigência superior a dois exercícios financeiros. (Errado,
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de ANDREA PASCOAL NOGUEIRA - 91610230434, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal.
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os programas com vigência superior a um exercício financeiro deverão ser
contemplados no PPA)
(E) tem por objeto a fixação de objetivos e metas da administração pública
federal para as despesas relativas aos programas de duração continuada, dentre
outros. (correta)
7. FCC TCEAM-An.Tec.Cont.Ext.-Ministério Público 2014 Sobre a
elaboração da lei orçamentária, a Constituição de 1988 dispõe:
I. O plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais serão
estabelecidos por leis de iniciativa do Presidente da República, de qualquer
membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do
Congresso Nacional.
II. O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional
para propor modificação nos projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes
orçamentárias e dos orçamentos anuais enquanto não iniciada a votação, na
Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.
III. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias,
ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão, segundo a Constituição
Federal, discutidos e votados em cada Casa do Congresso Nacional, em dois
turnos, considerandos e aprovados se obtiverem, em ambos, três quintos dos
votos dos respectivos membros.
Está correto o que consta APENAS em
(A) II.
(B) I.
(C) II e III.
(D) III.
(E) I e II.
Gabarito A
Sobre a elaboração da lei orçamentária, a Constituição de 1988 dispõe:
I. O plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais serão
estabelecidos por leis de iniciativa do Presidente da República, de qualquer
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membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do
Congresso Nacional. (Errado, a iniciativa é privativa do Presidente da República).
II. O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional
para propor modificação nos projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes
orçamentárias e dos orçamentos anuais enquanto não iniciada a votação, na
Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. (Correto)
III. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias,
ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão, segundo a Constituição
Federal, discutidos e votados em cada Casa do Congresso Nacional, em dois
turnos, considerandos e aprovados se obtiverem, em ambos, três quintos dos
votos dos respectivos membros. (Errado, o quorum para aprovação é maioria
simples e não 3/5. O rito legislativo é de lei ordinária).
8. FCC TCEAM-An.Tec.Cont.Ext.-Ministério Público 2014 De acordo com
a Constituição de 1988 e Lei no 4.320/1964, considere:
I. Os créditos adicionais classificam-se em suplementares, quando destinados a
reforçar a dotação orçamentária; especiais, quando destinados a despesas
urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade
pública; e extraordinários, quando destinados a despesas para as quais não haja
dotação orçamentária específica.
II. Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que
forem abertos, salvo expressa disposição legal em contrário no que tange aos
créditos especiais e extraordinários.
III. É vedada a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia
autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes.
Está correto o que consta APENAS em
(A) I.
(B) II e III.
(C) II.
(D) III.
(E) I e III.
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Gabarito B
I. Os créditos adicionais classificam-se em suplementares, quando destinados a
reforçar a dotação orçamentária; especiais, quando destinados a despesas
urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade
pública; e extraordinários, quando destinados a despesas para as quais não haja
dotação orçamentária específica. (Errado. As definições de créditos especiais e
extraordinários estão invertidas.)
9. FCC-MPEMA-2013 A Lei Orçamentária Anual não conterá dispositivo
estranho à previsão da receita e à fixação da despesa. Assim, nos
termos da Constituição Federal, não se inclui na proibição autorização
para
(A) contratação de empresas, por dispensa de licitação, para realização de
despesas urgentes e imprevisíveis.
(B) contratação de pessoal, em caráter emergencial.
(C) abertura de créditos especiais e extraordinários, quando se tratar de
despesas urgentes e imprevisíveis.
(D) ajuda financeira a outro ente da federação, quando se tratar de situações de
calamidade pública decorrente de fenômenos da natureza.
(E) abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito,
ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
Gabarito E
De acordo com o Princípio da Exclusividade previsto na CF, na LOA só pode
constar assuntos orçamentários, ou seja, ligados a estimativa da receita e a
fixação da despesa. Também pode contar na LOA a autorização para abertura de
créditos adicionais suplementares (só suplementares) e autorização para
contratação de operações de crédito (ainda que por antecipação de receita).
10. FCC-MPEMA-2013 Com relação aos créditos adicionais, nos termos
da Lei Federal no 4.320/64, é correto afirmar:
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(A) A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de
recursos disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição
justificativa.
(B) A anulação total ou parcial de despesas empenhadas e não pagas é fonte
para abertura de créditos adicionais.
(C) O excesso de receita extraorçamentária poderá ser utilizado como fonte para
abertura de créditos adicionais.
(D) Os créditos suplementares e especiais são aqueles que se destinam a
reforço de dotação orçamentária.
(E) A abertura de créditos extraordinários deve estar autorizada na Lei
Orçamentária Anual.
Gabarito A
(B) A anulação total ou parcial de despesas empenhadas e não pagas é fonte
para abertura de créditos adicionais. (Errado. As fontes para abertura de
créditos adicionais são: superávit financeiro, excesso de arrecadação, anulação
de dotação orçamentária e operações de créditos.)
(C) O excesso de receita extraorçamentária poderá ser utilizado como fonte para
abertura de créditos adicionais. (Errado. O excesso de arrecadação de receita
orçamentária e não extraorçamentária).
(D) Os créditos suplementares e especiais são aqueles que se destinam a
reforço de dotação orçamentária. (Errado. Só os suplementares).
(E) A abertura de créditos extraordinários deve estar autorizada na Lei
Orçamentária Anual. (Errado. A abertura de créditos extraordinários independe
de autorização orçamentária.)
11. FCC TCIPI 2014 Os créditos especiais e extraordinários
(A) destinam-se ao reforço de dotações previstas originalmente no orçamento.
(B) vigoram apenas no próprio exercício em que são autorizados.
(C) podem, por decreto executivo, ser abertos até o limite autorizado na lei
orçamentária anual.
(D) podem ser reabertos no exercício seguinte, desde que autorizados a partir
do mês de setembro.
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(E) não podem bancar despesas de pessoal, nem as relativas a juros e outros
encargos da dívida pública.
Gabarito D
(A) destinam-se ao reforço de dotações previstas originalmente no orçamento.
(Esta definição é referente ao crédito suplementar).
(B) vigoram apenas no próprio exercício em que são autorizados. (Esta definição
é referente ao crédito suplementar).
(C) podem, por decreto executivo, ser abertos até o limite autorizado na lei
orçamentária anual. (Esta definição é referente ao crédito suplementar).
(D) podem ser reabertos no exercício seguinte, desde que autorizados a partir
do mês de setembro. (Correto, somente os créditos especiais e extraordinários
podem ser reabertos no exercício seguinte, desde que sejam autorizados nos
últimos 4 meses do exercício financeiro).
(E) não podem bancar despesas de pessoal, nem as relativas a juros e outros
encargos da dívida pública. (Não há impedimento para uso de créditos especiais
para autorizar gastos com pessoal, juros e encargos da dívida pública. Na
verdade estas despesas não podem ser anuladas para servir de fonte para
emendas orçamentárias, cuidado para não confundir).
12. FCC 2014 – TRT 13ª REGIÃO O Tribunal Regional do Trabalho − TRT
da 13ª Região necessitou de autorização para abertura de crédito
adicional. Para a solução dessa situação, o Analista Judiciário − Área
Contabilidade informou que havia a necessidade de obediência às
seguintes exigências previstas na Lei no 4.320/1964: autorização por
lei; existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesa;
exposição justificativa.
Essas exigências são pertinentes aos créditos adicionais
(A) Suplementares e Extraordinários.
(B) Suplementares e Especiais.
(C) Extraordinários, Especiais e Esporádicos.
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(D) Extraordinários, Especiais e Suplementares.
(E) Especiais e Esporádicos.
GABARITO B
Os créditos extraordinários independem de prévia autorização legislativa e da
indicação de recursos compensatórios devido a urgência da realização da
despesa.
13. FCC 2013 DPSPA-Ag.Def.Pub.-Contador Os créditos adicionais
classificam-se em
(A) Suplementares, Especiais e Extraordinários.
(B) Complementares, Suplementares e de Calamidade Pública.
(C) Suplementares, de Reforço e Extraordinários.
(D) Complementares, Especiais e Extraordinários.
(E) Suplementares, Extraordinários e de Calamidade Pública.
GABARITO A
Os créditos adicionais se dividem em três espécies:
Suplementares Destinados a reforço de dotação orçamentária (Lei
4320/64, art. 41, I).
Especiais
Destinados a despesas para as quais não haja dotação
orçamentária específica (crédito novo). (Lei 4320/64, art.
41, II).
Extraordinários
Destinados a despesas imprevisíveis e urgentes, como as
decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade
pública. (CF. art. 167, § 3º).
14. FCC 2013 MPAMD-Ag.Técnico-Contador O prefeito do Município de
Beta Azul pretende construir um prédio para funcionamento de uma
creche em um bairro da periferia da cidade. Pela análise dos
instrumentos de planejamento e orçamento, percebeu que a obra, com
duração de execução de, aproximadamente, três anos, estava prevista
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no Plano Plurianual 2012-2015, mas não foi definida como prioridade
pela Lei de Diretrizes Orçamentárias − LDO referente ao exercício
financeiro de 2013.
Além disso, na Lei Orçamentária Anual referente ao exercício financeiro
de 2013 não havia dotação orçamentária específica para tal despesa.
Neste caso, para início da realização da obra em 2013, deverá haver
(A) alteração da LDO e abertura de créditos adicionais suplementares.
(B) alteração da LDO e abertura de créditos adicionais especiais.
(C) alteração da LDO e abertura de créditos adicionais extraordinários.
(D) abertura de créditos adicionais especiais, apenas.
(E) alteração da LOA, apenas.
GABARITO B
Uma obra (despesa de capital – investimento) para ser executada precisa estar
em consonância com o PPA e LDO e dotação na LOA. Neste caso, como a LDO
define as metas e prioridades para o exercício seguinte, é necessário incluir a
prioridade na LDO e a dotação específica na LOA. Todas as alterações na LDO e
LOA devem ser feitas por lei ordinária.
15. FCC 2013 GOVBA-An.Procuradoria-Administrativo Sobre créditos
extraordinários, é correto afirmar:
(A) só podem ser abertos por lei, desde que a mesma tenha vigência
temporária.
(B) só se justificam para cobrir despesas urgentes e imprevistas, em caso de
guerra, comoção intestina ou calamidade pública.
(C) tem cabimento a abertura destes créditos em qualquer situação que
justifique a realização da despesa e não tenha havido dotação orçamentária
específica
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(D) podem ter vigência superior ao exercício financeiro em que foram abertos,
independentemente de qualquer autorização legal, vigendo enquanto durar a
causa do crédito.
(E) dependem necessariamente da criação de receita vinculada, como o
imposto residual de competência da União e o empréstimo compulsório.
GABARITO B
Comentários:
(A) só podem ser abertos por lei, desde que a mesma tenha vigência
temporária. (Errado. São abertos por medida provisória ou decreto do Poder
Executivo)
(B) só se justificam para cobrir despesas urgentes e imprevistas, em caso de
guerra, comoção intestina ou calamidade pública. (Correto)
(C) tem cabimento a abertura destes créditos em qualquer situação que
justifique a realização da despesa e não tenha havido dotação orçamentária
específica (Errado, só para despesas urgentes e imprevistas).
(D) podem ter vigência superior ao exercício financeiro em que foram abertos,
independentemente de qualquer autorização legal, vigendo enquanto durar a
causa do crédito. (Errado, a vigência só passa para o próximo exercício se a
autorização for concedida nos últimos 4 meses do ano)
(E) dependem necessariamente da criação de receita vinculada, como o
imposto residual de competência da União e o empréstimo compulsório.
(Errado. Independe da indicação de recursos compensatórios).
16. FCC 2013 GOVBA-An.Procuradoria-Administrativo É função da Lei
de Diretrizes Orçamentárias
(A) estabelecer as metas e prioridades da Administração pública federal,
incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente,
orientar a elaboração da Lei Orçamentária Anual, dispor sobre as alterações na
legislação tributária e estabelecer a política de aplicação das agências
financeiras oficiais de fomento.
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(B) estabelecer, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da
Administração pública federal para as despesas de capital e outras delas
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
(C) fixar o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos,
órgãos e entidades da Administração direta e indireta, inclusive fundações
instituídas e mantidas pelo poder público.
(D) não conter dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação de receita, nos termos da lei.
(E) conter o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e
órgãos a ela vinculados, da Administração direta ou indireta, bem como os
fundos e fundações instituídos e mantidos pelo poder público.
GABARITO A
É o que dispõe o artigo 165 da CF.
A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá:
Metas e prioridades para o exercício financeiro subseqüente;
Orientará a elaboração da Lei Orçamentária Anual;
Estabelecerá a política das agencias financeiras oficiais de fomento;
Disporá sobre as alterações na Legislação Tributária;
Autorizará a concessão de qualquer vantagem ou aumento de
remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou
alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou
contratação de pessoal (CF. Art 169 § 1º, I).
17. FCC 2013 - TRT18-An.Jud.Contabilidade O projeto de lei
orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o Plano
Plurianual, com a Lei de Diretrizes Orçamentárias e com as normas da
Lei no 101/2000,
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(A) conterá comparativo do montante da despesa total com pessoal,
distinguindo-a com inativos e pensionistas, com os limites estabelecidos pela Lei
de Responsabilidade Fiscal.
(B) disporá sobre equilíbrio entre receitas e despesas.
(C) disporá sobre normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos
resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos.
(D) estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal
de desembolso.
(E) conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante,
definido com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na Lei de
Diretrizes Orçamentárias.
GABARITO E
É o que dispõe o art. 5º da LRF:
Art. 5o O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com
o plano plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta
Lei Complementar:
I - conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos
orçamentos com os objetivos e metas constantes do documento de que trata o §
1o do art. 4o;
II - será acompanhado do documento a que se refere o § 6o do art. 165 da
Constituição, bem como das medidas de compensação a renúncias de receita e
ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado;
III - conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante,
definido com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias, destinada ao: atendimento de passivos contingentes e
outros riscos e eventos fiscais imprevistos.
18. FCC 2013 - TRT12-An.Jud.-Contabilidade Nos termos da
Constituição Federal de 1988, é instrumento de planejamento que tem,
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entre suas funções, a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo
o critério populacional,
(A) o Fundo de Participação dos Municípios.
(B) o Orçamento da Seguridade Social.
(C) o Orçamento Fiscal dos Órgãos e Entidades da Administração Direta e
Indireta.
(D) o Plano Diretor.
(E) a Lei de Diretrizes Orçamentárias.
GABARITO C
Ressalta-se que os orçamentos fiscal e de investimento das empresas,
compatibilizados com o Plano Plurianual, são os únicos que possuem a função de
reduzir desigualdades interregionais segundo critério populacional. O Orçamento
da Seguridade Social devido à vinculação legal dos seus gastos, não contempla
a referida função.
12. BATERIA DE QUESTÕES CESPE/UNB
01 UnB/CESPE – MPU 2010 – Analista Administrativo Para que se atinja o
equilíbrio distributivo e se reduzam as possíveis desigualdades inter-regionais, o
orçamento fiscal deve ser compatível com o plano plurianual.
02 UnB/CESPE – MPU 2010 – Analista Administrativo Os recursos que
ficarem sem despesas correspondentes poderão ser realocados, conforme o
caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica
autorização legislativa.
03 UnB/CESPE – MPU 2010 – Analista Administrativo O projeto de lei
orçamentária deve ser encaminhado, pelo Congresso Nacional, para sanção
presidencial, até o dia 31 de agosto do ano anterior à sua aplicação.
04 UnB/CESPE – MPU 2010 – Analista Administrativo De acordo com a
Constituição Federal de 1988, o Congresso Nacional pode entrar em recesso
sem que tenha sido aprovado o projeto de lei de diretrizes orçamentárias.
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05 UnB/CESPE – MPU – 2010 Controle Interno A Constituição Federal (CF)
de 1988 dispõe que a Lei Orçamentária Anual (LOA) deve compreender três
orçamentos: o de investimentos em empresas, o fiscal e o de seguridade social.
06 UnB/CESPE – MPU – 2010 Controle Interno O projeto de lei contendo a
proposta orçamentária para o próximo ano deve ser encaminhado até três
meses antes do encerramento do exercício corrente.
07 UnB/CESPE – MPU – 2010 Controle Interno No setor público, existem
dois tipos de controle da execução orçamentária e financeira: o externo e o
interno. O exercício do controle interno cabe ao Poder Legislativo.
08 UnB/CESPE – MPU – 2010 Controle Interno A vigência de todo crédito
adicional está restrita ao exercício em que esse crédito foi aberto. A prorrogação
da vigência é permitida somente para os créditos especiais e extraordinários,
quando autorizados em um dos quatro últimos meses do exercício.
09 UnB/CESPE – MPU – 2010 Controle Interno Os créditos adicionais são
somente aqueles destinados a autorizações de despesas incluídas na LOA que
não foram suficientemente dotadas.
10 UnB/CESPE – MPU – 2010 Controle Interno Os créditos suplementares
e especiais devem ter autorização prévia obrigatoriamente incluída na própria
LOA.
11 UnB/CESPE – MPU – 2010 Controle Interno Quanto à finalidade, os
créditos suplementares são reforços para a categoria de programação
contemplada na LOA, enquanto os créditos especiais e os extraordinários
atendem a despesas imprevisíveis e urgentes.
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12 UnB/CESPE – MPU – 2010 Controle Interno A CF estabelece que os
Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário devem manter, de forma integrada, o
sistema de controle interno da execução orçamentária e financeira.
13 UnB/CESPE – MPU 2010 – Orçamento De acordo com a Constituição
Federal de 1988 (CF), a LDO disporá sobre as alterações na legislação tributária
e orientará a elaboração do Plano Plurianual (PPA).
14 UnB/CESPE – MPU 2010 – Orçamento As principais etapas do ciclo
orçamentário são: elaboração da proposta orçamentária; discussão, votação e
aprovação da lei orçamentária; execução orçamentária e controle e avaliação da
execução orçamentária.
15 UnB/CESPE – MPU 2010 – Orçamento À LDO, que contempla o período
de quatro anos de mandato político, tal como a lei que institui o PPA, cabe, de
acordo com a CF, orientar a elaboração da LOA.
16 UnB/CESPE – MPU 2010 – Orçamento O PPA contempla o planejamento
para quatro anos de governo, iniciando-se no segundo ano de mandato
presidencial e terminando no primeiro ano de mandato do chefe do Poder
Executivo subsequente.
17 CESPE/UnB – CAPES 2012 O Congresso Nacional só poderá entrar em
recesso após a aprovação da lei de diretrizes orçamentárias, ao final de cada
exercício financeiro.
18 CESPE/UnB – CAPES 2012 Cabe à Comissão Mista de Planos, Orçamentos
Públicos e Fiscalização examinar e emitir parecer sobre o projeto de lei do
orçamento, do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e de créditos
adicionais.
19 CESPE/UnB – CAPES 2012 O plano plurianual, uma síntese dos esforços de
planejamento da administração pública, orienta a elaboração dos demais planos
e programas de governo e a elaboração do orçamento anual.
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20 CESPE/UnB – TRT 10.ª REGIÃO 2013 Os créditos suplementares têm
como objetivo reforçar a dotação orçamentária existente e sua vigência será de
sua abertura ao término do exercício financeiro. Contudo, se a abertura se der
nos últimos quatro meses daquele exercício, esses créditos poderão ser
reabertos no limite de seus saldos e incorporados ao orçamento do exercício
subsequente.
21 CESPE/UnB – TRT 10.ª REGIÃO 2013 Não é necessária a indicação de
recursos para a abertura de créditos extraordinários. Sua abertura se faz, na
União, por meio de medida provisória, e nos demais entes, por decreto do
Executivo.
22 CESPE/UnB – TRE/RJ 2012 Se o presidente da República desejar alterar a
proposta orçamentária enquanto ela estiver em tramitação no Congresso
Nacional, ele não precisará utilizar nenhum dos créditos adicionais previstos na
legislação vigente.
23 CESPE/UnB – TRT 10.ª REGIÃO 2013 Sendo os três poderes da República
independentes e as leis orçamentárias iniciativa do Poder Executivo, há,
naturalmente, uma relação polêmica quanto ao encaminhamento das propostas
remuneratórias dos Poderes Legislativo e Judiciário. Para que eventuais litígios e
ingerências nesse âmbito sejam minimizados, a legislação determina que os
parâmetros para a fixação da remuneração no Poder Legislativo, assim como os
limites para a proposta orçamentária do Poder Judiciário e do Ministério Público,
sejam incluídos no PPA.
13. GABARITO COMENTADO - BATERIA DE QUESTÕES CESPE/UNB
01 UnB/CESPE – MPU 2010 – Analista Administrativo Para que se atinja o
equilíbrio distributivo e se reduzam as possíveis desigualdades inter-regionais, o
orçamento fiscal deve ser compatível com o plano plurianual.
Gabarito: Certo – Os Orçamentos fiscal e de Investimento devem ser
compatíveis com o PPA e possuem a função de reduzir desigualdades inter-
regionais conforme previsto no §7º do art. 165.
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Art. 165. § 7º - Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo,
compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir
desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.
02 UnB/CESPE – MPU 2010 – Analista Administrativo Os recursos que
ficarem sem despesas correspondentes poderão ser realocados, conforme o
caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica
autorização legislativa.
Gabarito: Certo – Estes recursos podem ser utilizados para abertura de
créditos adicionais suplementares e especiais porque as despesas
correspondentes foram rejeitas pelo Legislativo durante o processo de discussão
e aprovação da LOA conforme previsto no §8º do art. 166 da CF.
§ 8º - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto
de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser
utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com
prévia e específica autorização legislativa.
03 UnB/CESPE – MPU 2010 – Analista Administrativo O projeto de lei
orçamentária deve ser encaminhado, pelo Congresso Nacional, para sanção
presidencial, até o dia 31 de agosto do ano anterior à sua aplicação.
Gabarito: Errado – O PLOA deve ser devolvido pelo Congresso Nacional para
sanção do presidente até o fim da sessão legislativa (22 de dezembro).
04 UnB/CESPE – MPU 2010 – Analista Administrativo De acordo com a
Constituição Federal de 1988, o Congresso Nacional pode entrar em recesso
sem que tenha sido aprovado o projeto de lei de diretrizes orçamentárias.
Gabarito: Errado – Na União, conforme dispõe o §2º do art. 57 da CF, a única
lei orçamentária que impede o recesso parlamentar é a Lei de Diretrizes
Orçamentárias. O PPA e a LOA não impedem o recesso.
05 UnB/CESPE – MPU – 2010 Controle Interno A Constituição Federal (CF)
de 1988 dispõe que a Lei Orçamentária Anual (LOA) deve compreender três
orçamentos: o de investimentos em empresas, o fiscal e o de seguridade social.
Gabarito: Errado – A LOA é composta do orçamento fiscal, orçamento da
seguridade social e o orçamento de investimento das empresas em que a União,
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direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.
A questão fala de “orçamento em empresas” de forma genérica, sem especificar
que são empresas controladas pelo governo.
06 UnB/CESPE – MPU – 2010 Controle Interno O projeto de lei contendo a
proposta orçamentária para o próximo ano deve ser encaminhado até três
meses antes do encerramento do exercício corrente.
Gabarito: Errado – A PLOA deve ser encaminhado pelo Executivo para votação
no Legislativo até 4 meses antes do encerramento do exercício financeiro.
07 UnB/CESPE – MPU – 2010 Controle Interno No setor público, existem
dois tipos de controle da execução orçamentária e financeira: o externo e o
interno. O exercício do controle interno cabe ao Poder Legislativo.
Gabarito: Errado: O controle Interno é competência de todos os poderes, já o
controle externo é competência do Poder Legislativo com auxilio do Tribunal de
Contas.
08 UnB/CESPE – MPU – 2010 Controle Interno A vigência de todo crédito
adicional está restrita ao exercício em que esse crédito foi aberto. A prorrogação
da vigência é permitida somente para os créditos especiais e extraordinários,
quando autorizados em um dos quatro últimos meses do exercício.
Gabarito: Certo - A vigência dos créditos adicionais restringe-se ao exercício
financeiro em que foram autorizados, exceto os créditos especiais e
extraordinários, abertos nos últimos quatro meses do exercício financeiro, que
poderão ter seus saldos reabertos por instrumento legal apropriado, para
vigerem até o término do exercício financeiro subseqüente.
09 UnB/CESPE – MPU – 2010 Controle Interno Os créditos adicionais são
somente aqueles destinados a autorizações de despesas incluídas na LOA que
não foram suficientemente dotadas.
Gabarito: Errado – De acordo com o art. 41 da Lei 4320/64, os créditos
adicionais são as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente
dotadas na Lei de Orçamento. Portanto, os créditos adicionais contemplam
também autorizações de despesas não incluídas na LOA.
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10 UnB/CESPE – MPU – 2010 Controle Interno Os créditos suplementares
e especiais devem ter autorização prévia obrigatoriamente incluída na própria
LOA.
Gabarito: Errado – Somente os créditos suplementares podem ser autorizados
na LOA, os créditos especiais só podem ser autorizados em lei específica.
11 UnB/CESPE – MPU – 2010 Controle Interno Quanto à finalidade, os
créditos suplementares são reforços para a categoria de programação
contemplada na LOA, enquanto os créditos especiais e os extraordinários
atendem a despesas imprevisíveis e urgentes.
Gabarito: Errado – As despesas imprevisíveis e urgentes são autorizadas por
créditos extraordinários.
Vale acrescentar que o crédito suplementar é utilizado para reforçar a dotação
de categoria de programação contemplada na LOA, já o crédito especial é para
autorizar despesa não contemplada em categoria de programação constante na
LOA.
12 UnB/CESPE – MPU – 2010 Controle Interno A CF estabelece que os
Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário devem manter, de forma integrada, o
sistema de controle interno da execução orçamentária e financeira.
Gabarito: Certo – É o que dispõe o artigo 74 da CF.
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma
integrada, sistema de controle interno....
13 UnB/CESPE – MPU 2010 – Orçamento De acordo com a Constituição
Federal de 1988 (CF), a LDO disporá sobre as alterações na legislação tributária
e orientará a elaboração do Plano Plurianual (PPA).
Gabarito: Errado – A LDO orienta a elaboração da LOA e não do PPA.
14 UnB/CESPE – MPU 2010 – Orçamento As principais etapas do ciclo
orçamentário são: elaboração da proposta orçamentária; discussão, votação e
aprovação da lei orçamentária; execução orçamentária e controle e avaliação da
execução orçamentária.
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Gabarito: Certo – É o que dispõe a doutrina.
15 UnB/CESPE – MPU 2010 – Orçamento À LDO, que contempla o período
de quatro anos de mandato político, tal como a lei que institui o PPA, cabe, de
acordo com a CF, orientar a elaboração da LOA.
Gabarito: Errado – A LDO contempla apenas um período anual.
16 UnB/CESPE – MPU 2010 – Orçamento O PPA contempla o planejamento
para quatro anos de governo, iniciando-se no segundo ano de mandato
presidencial e terminando no primeiro ano de mandato do chefe do Poder
Executivo subsequente.
Gabarito: Certo – O PPA é elaborado no 1ª ano do mandato, porém sua
vigência inicia-se no 2º ano e vai até o 1º ano do mandato subseqüente.
17 CESPE/UnB – CAPES 2012 O Congresso Nacional só poderá entrar em
recesso após a aprovação da lei de diretrizes orçamentárias, ao final de cada
exercício financeiro.
Gabarito: Errado – O CN deverá votar e encaminhar o PLDO para sanção
presidencial até o final primeiro período da sessão legislativa (17/07). O
Congresso Nacional não entrará em recesso enquanto não aprovada a LDO. A
questão esta errada porque fala em “final do exercício financeiro” e não final do
primeiro período da sessão legislativa (onde começa o primeiro recesso).
18 CESPE/UnB – CAPES 2012 Cabe à Comissão Mista de Planos, Orçamentos
Públicos e Fiscalização examinar e emitir parecer sobre o projeto de lei do
orçamento, do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e de créditos
adicionais.
Gabarito: Certo – É o que determina o artigo 166 da CF. Vale acrescentar que,
na União, a Comissão Mista de Orçamento prevista no 1º do Art. 166 da CF é
denominada de Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização.
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes
orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados
pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.
§ 1º - Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:
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I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as
contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República;
19 CESPE/UnB – CAPES 2012 O plano plurianual, uma síntese dos esforços de
planejamento da administração pública, orienta a elaboração dos demais planos
e programas de governo e a elaboração do orçamento anual.
Gabarito: Certo – É o que dispõe a doutrina com base no artigo 165 da CF.
Art. 165 - § 4º - Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais
previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância com o plano
plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional.
A respeito de créditos adicionais e suas peculiaridades, julgue os itens
subsequentes.
20 CESPE/UnB – TRT 10.ª REGIÃO 2013 Os créditos suplementares têm
como objetivo reforçar a dotação orçamentária existente e sua vigência será de
sua abertura ao término do exercício financeiro. Contudo, se a abertura se der
nos últimos quatro meses daquele exercício, esses créditos poderão ser
reabertos no limite de seus saldos e incorporados ao orçamento do exercício
subsequente.
Gabarito: Errado – O crédito suplementar não pode ter sua vigência
postergada para o exercício seguinte.
21 CESPE/UnB – TRT 10.ª REGIÃO 2013 Não é necessária a indicação de
recursos para a abertura de créditos extraordinários. Sua abertura se faz, na
União, por meio de medida provisória, e nos demais entes, por decreto do
Executivo.
Gabarito: Certo - Devido a urgência, a legislação permite que o crédito
extraordinário seja aberto independentemente da indicação de recursos e de lei
autorizativa prévia.
22 CESPE/UnB – TRE/RJ 2012 Se o presidente da República desejar alterar a
proposta orçamentária enquanto ela estiver em tramitação no Congresso
Nacional, ele não precisará utilizar nenhum dos créditos adicionais previstos na
legislação vigente.
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Gabarito: Certo – O Chefe do Executivo pode fazer a alteração através de
mensagem retificadora desde que a Comissão Mista de Orçamento ainda não
tenha iniciada a votação da parte que ele pretendendo alterar. É o que dispõe o
artigo 166 da CF.
Art. 166 § 5º - O Presidente da República poderá enviar mensagem ao
Congresso Nacional para propor modificação nos projetos a que se refere este
artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja
alteração é proposta.
23 CESPE/UnB – TRT 10.ª REGIÃO 2013 Sendo os três poderes da República
independentes e as leis orçamentárias iniciativa do Poder Executivo, há,
naturalmente, uma relação polêmica quanto ao encaminhamento das propostas
remuneratórias dos Poderes Legislativo e Judiciário. Para que eventuais litígios e
ingerências nesse âmbito sejam minimizados, a legislação determina que os
parâmetros para a fixação da remuneração no Poder Legislativo, assim como os
limites para a proposta orçamentária do Poder Judiciário e do Ministério Público,
sejam incluídos no PPA.
Gabarito: Errado. Os limites para a proposta orçamentária do Poder Judiciário,
Ministério Público e qualquer órgão que tenha autonomia orçamentária e
financeira devem ser incluídos na LDO e não PPA.
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