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  • 7/31/2019 TGDC Material Compactado

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    TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL

    Princpios Informadores do Novo Cdigo Civil:

    Eticidade: objetiva valorizar o ser humano na sociedade mediantea efetivao dos princpios constitucionais, mormente o dadignidade da pessoa humana. A eticidade est no sentido deproibio ao abuso (novo art. 187, CC, que para alguns espcie deato ilcito) e aplicao da boa-f (novo art. 422, CC) nas

    modalidades subjetiva e objetiva acompanhada de seus deveressatelitrios como a informao, colaborao para o cumprimentocontratual e a honestidade.

    Socialidade: contedo social, destinado sociedade e no apenasao indivduo, funo social. A socialidade est no plano da funosocial (novo art. 421, CC) antes j referida, cujas inovaesenvolvem a mudana do modelo rural para o modelo urbano como o caso da diminuio de prazos do usucapio e a preocupao como coletivo como no caso do novo art. 1.228, 4 e 5, CC, o poderexpropriatrio do juiz, a justa indenizao em face da funo socialda propriedade. Nos contratos a imposio do dever de abstenodo abuso at mesmo por terceiros nas relaes contratuais como

    o caso da tutela externa do crdito, e a manuteno do equilbrioexterno do contrato tendo em vista o bem-estar da coletividadeenvolvida ou afetada.

    Operabilidade: a aplicao do novo Cdigo Civil, se d atravs declusulas gerais de contedo aberto fazendo com que o intrpretepossa aplicar a norma nos mais variados casos. o princpio daoperabilidade instrumentalizado atravs do estabelecimento desolues normativas abertas de modo a facilitar sua interpretaoe a aplicao pelo operador do direito., atravs de linguagemsimples e os usos do lugar e at mesmo a autoexecutoriedade emcasos de urgncia na obteno de fazer fungvel como a hiptese

    do art. 249, pargrafo nico do CC. E a prpria hiptese efetiva deconsignao bancria ou administrativa prevista no art. 334, CC.

    Das PESSOAS PESSOA NATURAL o ser humano considerado como sujeito de direitos e deveres (CC,

    art. 1). Para ser pessoa basta existir, nascer com vida. Capacidade - a maior ou menor extenso dos direitos de uma

    pessoa. , portanto, a medida da personalidade.

    Capacidade de direito ou de gozo a aptido que todos possuem(CC, art. 1) de adquirir direitos; Capacidade de fato ou de exerccio a aptido para exercer, por si s, os atos da vida civil.

    Incapacidade a restrio legal aos exerccio dos atos da vida civil. Incapacidade Absoluta A que acarreta a proibio total do

    exerccio dos atos da vida civil (art. 3). O ato somente poder serpraticado pelo representante legal do incapaz, sob pena de nulidade(art. 166, I). o caso dos menores de 16 anos, dos privados do

    necessrio discernimento e dos que, mesmo por motivo transitrio,no poderem exprimir sua vontade (art. 3, I, II e III).

    Capacidade Relativa a que permite que o incapaz pratique atos davida civil, desde que assistido, sob pena de anulabilidade (art. 171, I). ocaso dos maiores de 16 anos e menores de 18 anos, dos brios habituais,toxicmanos e deficientes mentais, que tenham discernimento reduzido,dos excepcionais, sem desenvolvimento mental completo e prdigos (art.4, I e IV). Certos atos, porm, podem os maiores de 16 e menores de 18anos praticarem sem a assistncia de seu representante legal, como, porexemplo, fazer testamento (art. 1.860) e ser testemunha (art. 288,I).

    Cessao da Incapacidade Cessa a incapacidade quando

    desaparece a sua causa. Se esta for a menoridade, cessar em dois casos:a) pela maioridade, aos 18 anos; e b) pela emancipao, que pode servoluntria, judicial e legal (art. 5 e pargrafo nico).

    Incio da personalidade natural A personalidade civil da pessoa comea do nascimento com vida o

    que se constata pela respirao. Antes do nascimento no hpersonalidade. Mas, o artigo 2 do Cdigo Civil ressalva os direitosdo nascituro, desde a concepo.

    Nascendo com vida, ainda que venha a falecer instantes depois, asua existncia, no tocante aos seus interesses, retroage aomomento de sua concepo.

    Encontrando-se os seus direitos em estado potencial, sob condiosuspensiva, o nascituro pode praticar atos necessrios suaconservao, como titular de direito eventual (art. 130).

    Individualizao da pessoa natural pelo nome Nome a designao pela qual a pessoa se identifica no seio da

    famlia e da sociedade.

    Elementos do nome - prenome ou sobrenome (CC art. 16).Algumas pessoas tem o agnome, sinal que distinguir pessoas deuma mesma famlia (Junior, Neto). Axinimo a designao que sed forma corts de tratamento (Sr., Dr.). O prenome pode serlivremente escolhido pelos pais, desde que no exponha o filho ao

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    ridculo (LRP, art. 55, pargrafo nico). O sobrenome indica aorigem familiar da pessoa.

    Alterao do nome: quando houver erro grfico e mudana desexo; quando expuser seu portador a ridculo; quando houverapelido pblico notrio; quando houver necessidade de protegertestemunhas de crimes; em caso de homonmia; quando houverprenome de uso; em caso de traduo de nomes estrangeiros, deadoo, de reconhecimento de filho, de casamento e de dissoluoda sociedade conjugal.

    Individualizao da pessoa natural pelo estado Estado a soma das qualificaes da pessoa na sociedade, hbeis a

    produzir efeitos jurdicos. o seu modo particular de existir. Aspectos individual, diz respeito s caractersticas fsicas da

    pessoa (idade, sexo, cor, altura); familiar, indica a sua situao nafamlia, em relao ao matrimnio e ao parentesco; poltico,concerne posio do indivduo na sociedade poltica.

    Caracteres Indivisibilidade, o estado uno e indivisvel eregulamentado por normas de ordem pblica; Indisponibilidade,trata-se de bem fora do comrcio, inalienvel e irrenuncivel;Imprescritibilidade, no se perde nem se adquire o estado pela

    prescrio.

    Individualizao da pessoa natural pelo domicilio Domicilio a sede jurdica da pessoa. o local onde responde por

    suas obrigaes. Espcies - necessrio ou legal, o determinado por lei; voluntrios,

    que pode ser geral ou especial. Geral, quando escolhido livrementepela pessoa. O especial pode ser o foro do contrato (CC, art. 78) e oforo de eleio (CPC, art. 111).

    Muda-se o domiclio, transferindo a residncia com a intenomanifesta de o mudar (CC, art. 74).

    Extino da personalidade natural Morte real (CC, art. 6, 1 parte). Morte simultnea ou comorincia (art. 8) Morte presumida (art. 6, 2 parte). Morte civil (art. 1.816)

    Direitos da personalidade So direitos subjetivos da pessoa de defender o que lhe prprio,

    ou seja, a sua integridade fsica (vida, corpo), intelectual e moral.

    Os direitos da personalidade so inalienveis, irrenunciveis,imprescritveis, absolutos (oponveis erga omnes), impenhorveis evitalcios.

    O Cdigo Civil disciplina: os atos de disposio do prprio corpo(arts. 13 e 14); o direito no-submisso a tratamento mdico derisco (art. 15); o direito ao nome e ao pseudnimo (art. 16 a 19); aproteo palavra e imagem (art. 20); a proteo intimidade(art. 21).

    Da ausncia Ausente a pessoa que desaparece de seu domiclio sem dar

    notcia de seu paradeiro e sem deixar um representante ouprocurador para administrar-lhe os bens (art. 22).

    A situao do ausente passa por trs fases: a) fase da curadoria(art. 22 a 25); fase da sucesso provisria (arts. 26 a 36); fase dasucesso definitiva (arts. 37 a 39).

    Nascituro - Nascituro o ser j concebido, que est para nascer. OCdigo Civil protege as expectativas de direito do nascituro, que seconfirmam se houver nascimento com vida, ou se desmentem,como se nunca tivesse existido, no caso contrrio (art. 4, segundaparte, do CC).

    Comorincia - Se dois ou mais indivduos falecerem na mesmaocasio, no se podendo averiguar se algum dos comorientesprecedeu os outros, presumir-se-o simultaneamente mortos (art.11 CC). A conseqncia do preceito que no se estabelecesucesso entre comorientes.

    PESSOAS JURDICAS So entidades a que a lei confere personalidade, capacitando-as a

    ser sujeitos de direitos e obrigaes. Atuam na vida jurdica compersonalidade diversa da dos indivduos que a compem.

    A teoria da realidade objetiva sustenta que a pessoa jurdica umarealidade sociolgica, que nasce por imposio das foras sociais.

    Podem ser nacionais ou estrangeiras.

    So trs os seus requisitos: organizao de pessoas ou de bens;lcitude de seus propsitos ou fins; capacidade jurdica reconhecidapor norma.

    Quanto a estrutura interna sero corporao (universitaspersonarum): conjunto ou reunio de pessoas. Dividem-se emassociaes e sociedades, que podem ser simples e empresrias; oufundao.

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    Quanto funo sero pessoas jurdicas de direto pblico oupessoas jurdicas de direito privado.

    Pessoas jurdicas de direito pblico externo: pases estrangeiros,organismos internacionais, como ONU, OEA, etc..

    Pessoas jurdicas de direito pblico interno: Unio, Estados,Municpios, os Territrios e as autarquias.

    Pessoas jurdicas de direito privado: sociedades civis ou comerciais,as associaes, os partidos polticos, as fundaes e as entidades

    paraestatais, como as empresas pblicas, as sociedades deeconomia mista e os servios sociais autnomos; so institudas poriniciativa de particulares, conforme o art. 16 do CC.

    Dos BENS Dentre as classificaes dos bens, cabe destacar:

    a) corpreos so os bens fsicos (uma mesa).Incorpreos (ou Imaterial) so os bens abstratos, que no podemser apreendidos fisicamente (um direito, crdito contratual, direitoautoral);

    b) mveis, os que podem ser removidos sem dano (uma cadeira).Nesta classe temos os mveis por determinao de lei - que so osdireitos reais sobre objetos mveis (os direitos creditrios e osdireitos autorais).Imveis, os que no podem ser transportados sem alterao de suasubstncia;Semovente so os animais.

    c) Fungveis so os que podem ser substitudos por outro de mesmaespcie, qualidade e quantidade (5 ovos, uma saca de milho,dinheiro). Infungveis, os que no podem ser substitudos , valendopela sua individualidade (esta tela, um carro especfico chassi tal).

    Os imveis subdividem-se em:

    imveis por natureza - o solo com sua superfcie, seus acessriose adjacncias naturais, tais como rvores e frutos pendentes, oespao areo e o subsolo;

    imveis por acesso fsica artificial - assim considerado tudoquanto o homem incorpora permanentemente ao solo, como asemente lanada terra, os edifcios e construes, de modo queno possam retir-lo sem destruio, modificao, fratura oudano(construes, sementes lanadas terra);

    imveis por destinao (utenslios agrcolas) e

    imveis por disposio legal- so os direitos reais sobre imveis(usufruto, penhor agrcola, sucesso aberta, etc.).

    O navio e a aeronave so bens mveis sui generis, de naturezaespecial, sendo tratado, em vrios aspectos, como se fossemimveis, necessitando de registro e admitindo a hipoteca. Ahipoteca s pode Ter por objeto bens imveis.

    O BEM DE FAMLIA um instituto consagrado no direito brasileiro. importante o conhecimento de sua definio, porquanto interfere naconstituio de garantia nos negcios jurdicos. Divide-se emvoluntrio e legal.

    Bem de famlia voluntrio um instituto em que o casal, ou um doscnjuges, destina um imvel prprio para domiclio da famlia,atravs de escritura pblica, com a Clusula de ficar isento deexecuo por dvidas, salvo as que provierem de impostos relativosao mesmo imvel, na forma do art. 70 do Cdigo Civil. Esta isenodurar enquanto viverem os cnjuges e at que os filhos completema maioridade.

    Bem de famlia legal o institudo pela Lei 8.009, de 29.03.90, queestabeleceu a impenhorabilidade geral de todas as moradiasfamiliares prprias, uma para cada famlia, independentemente dequalquer ato ou providncia do interessado.

    Fatos e Atos Jurdicos De acordo com o Cdigo Civil, fato jurdico o acontecimento que

    produz conseqncias jurdicas. Pode decorrer da natureza ou deao humana. Denomina-se ato jurdico (ou negcio jurdico) ofato decorrente de ao humana, voluntria e lcita, praticada com ainteno de obter um resultado jurdico (art. 81 CC).

    Para o Cdigo, portanto, o ato jurdico uma modalidade do fatojurdico.

    A validade do ato jurdico requer vontade livre, agente capaz, objetolcito, forma prevista em lei e realizao de solenidade essencial(art. 145 CC).

    Os atos jurdicos podem ser anulados se forem viciados de erro,

    dolo, coao, simulao ou fraude (arts. 86 a 113CC).

    Atos nulos: so aqueles que a lei priva de qualquer efeito. Ocorrequando:

    praticados por pessoa absolutamente incapaz;

    o objeto forilcito ou impossvel; no se revestir de forma prescrita em lei; for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para

    sua validade; a lei taxativamente assim o declarar ou lhe negar efeito.

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    Atos jurdicos anulveis: so os que, por conter vcio, possam seranulados. O mesmo ocorre quando praticados por agentesrelativamente incapazes, sem assistncia de seus pais ou tutores.Tais atos produzem efeitos at a decretao judicial da anulao,que deve ser pleiteada pelo prejudicado.

    Portanto, os atos jurdicos tornam-se anulveis em funo de: incapacidade relativa do agente;

    vcio resultante de erro, dolo, coao, simulao, fraude ou fraudecontra credores (assim considerados aqueles atos que praticados pelodevedor diminuam seu patrimnio, tornando-o incapaz de solver suasobrigaes com os credores).

    Atos ineficazes: Pode ocorrer que o ato jurdico seja apenasineficaz. A ineficcia ocorre quando, embora o ato jurdico estejarevestido de todos os requisitos e isento de vcios deconsentimento, no produz efeitos para determinadas pessoas.Exemplo: a venda de imvel hipotecado, que, conquanto vlidaentre alienante e adquirente, no produz efeito em relao aocredor hipotecrio.

    Ato jurdico unilateral: Caracteriza-se pela presena de uma svontade, cuja declarao necessria formao do negciojurdico, embora possa refletir vantagens a outras pessoas.

    Os atos jurdicos unilaterais mais freqentes so o testamento, a

    renncia a direito, a promessa de recompensa e a emisso de ttulos de

    crdito.

    Ato jurdico bilateral: aquele que precisa de mais de umamanifestao de vontade para se completar. Nesse ato, asmanifestaes de vontade devem ocupar plos distintos, na razodireta do interesse de cada manifestante.

    O contrato o ato jurdico bilateral por excelncia que pode ser

    definido como uma conveno resultante de duas declaraes devontade (proposta e aceitao).

    DIREITO DAS COISAS POSSE e PROPRIEDADE Primeiramente devemos entender o conceito de direito das coisas.

    O direito das coisas trata das normas que atribuem prerrogativassobre bens materiais ou imateriais. Entre os bens imateriaiscontam-se, por exemplo, a propriedade literria, cientfica e artstica(direito autoral), ou a propriedade industrial (marca e patentes).

    Diz-se direito das coisas ou direitos reais. Do latim, res-rei, coisa. Aexpresso direito das coisas mais empregada para designar umadas divises do direito civil, de modo global. Mas ao se passar aoestudo individualizado dos vrios institutos que compem o direito

    das coisas, prefere-se a expresso direito real.

    O direito real um vnculo que liga uma coisa a uma pessoa. umdireito absoluto, por ser oponvel a todos (erga omnes). O titular dodireito real tem o poder de reivindicar a coisa onde quer que seencontre (direito de seqela). O crdito real prefere ao pessoal(direito de preferncia) (art. 1.560 CC).

    De acordo com a doutrina predominante, s so direitos reais ostaxativamente estabelecidos pela lei, em nmero fechado (numerusclausus). Por obrigar a todos, conclui-se que no direito real o sujeito universal.

    Portanto, como caracterstica do direito real temos: - vnculoligando uma coisa a uma pessoa; -direito absoluto; - oponvel atodos (erga omnes); - direito de seqela; - direito de preferncia;-nmero fechado (numerus clausus); -sujeito passivo universal.

    O direito real pode ser sobre coisa prpria ou sobre coisa alheia.Pode tambm ser limitada ou ilimitada. O nico DIREITO realsobre coisa prpria a PROPRIEDADE, que confere o ttulode dono ou domnio.

    Normalmente a propriedade ilimitada ou plena, conferindopoderes de uso, gozo, posse, reivindicao e disposio. Mas podetambm a propriedade apresentar-se de forma restrita, despojadade vrios de seus atributos.

    Todos os outros direitos reais so limitados e se exercem sobrecoisa alheia (jus in re aliena). Referem-se geralmente a um direitode gozo ou de garantia. Mas podem abranger outros aspectos,como, por exemplo, o direito aquisio da coisa.

    POSSE Posse a deteno de uma coisa em nome prprio. No se

    confunde o possuidor com o mero detentor. O detentor tambm

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    possui, mas possui em nome de outrem, sob cujas ordens edependncia se encontra, como o administrador em relao aodono da fazenda, ou o inquilino em relao ao senhorio.

    O Cdigo Civil segue a teoria objetiva (Ihering), considerando comopossuidor todo aquele que tem de fato o exerccio, pleno ou no, dealgum dos poderes inerentes ao domnio ou propriedade (art. 485).

    A natureza jurdicada da posse ainda est em discusso. Muitosautores classificam a posse como direito real. Mas h quem aentenda como fato e no como direito. Para outros, a posse um

    direito obrigacional, ou um direito especial, sui generis. Dentre outros efeitos a posse produz os seguintes: presuno de

    propriedade; direito aos interditos, ou seja, s aes especficas deproteo da posse; direito de usucapio, dentro dos requisitos dalei; direito aos frutos. Se posse de boa f prevalece o dispostonos artigos 510 e 516 do Cdigo Civil. Se possuidor de m f aplica-se o art. 517 do Cdigo Civil, devendo o possuidor pagar os frutoscolhidos e ser de sua responsabilidade da perda da coisa.

    A posse costuma ser classificada da seguinte forma: direta ouindireta; justa ou injusta; de boa f ou de m f; titulada ou notitulada; contnua ou descontnua; de mais ou de menos de ano edia (posse velha ou posse nova); e, composse.

    Dentre outros efeitos a posse produz os seguintes: presuno depropriedade; direito aos interditos, ou seja, s aes especficas deproteo da posse; direito de usucapio, dentro dos requisitos dalei; direito aos frutos. Se posse de boa f prevalece o dispostonos artigos 510 e 516 do Cdigo Civil. Se possuidor de m f aplica-se o art. 517 do Cdigo Civil, devendo o possuidor pagar os frutoscolhidos e ser de sua responsabilidade da perda da coisa.

    A posse costuma ser classificada da seguinte forma: direta ouindireta; justa ou injusta; de boa f ou de m f; titulada ou notitulada; contnua ou descontnua; de mais ou de menos de ano edia (posse velha ou posse nova); e, composse.

    A ao de nunciao de obra nova a que compete ao proprietrioou possuidor, para impedir que a edificao de obra nova em imvelvizinho lhe prejudique o prdio. Os embargos de terceiro cabem aquem, no sendo parte no processo, sofre penhora, arresto,arrecadao ou outros tipos de apreenso judicial de coisa. A aode dano infecto a que cabe contra vizinho, no caso de runa ou demau uso da propriedade.

    Composse. Ocorre quando h mais de um possuidor da coisa toda,em partes ideais no localizadas, como no condomnio de terra nodividida ou demarcada.

    PROPRIEDADE Todos os bens mveis e imveis so suscetveis de posse e de

    propriedade pelos sujeitos de direito, mas aposse no se confundecom a propriedade, embora estejam intimamente ligadas.

    O proprietrio pode usar, gozar e dispor de seus bens, bem comoreav-los do poder de quem quer que injustamente os possua (art.524 CC). Para obter ou reaver a posse de coisa de sua propriedade,tem o proprietrio a ao reivindicatria.

    A propriedade plena quando todos os seus direitos elementaresse acham reunidos na mo do proprietrio. limitada quando umdesses elementos entregue a um outro titular. resolvel apropriedade quando se limita no tempo, extinguindo-se com oadvento de uma condio ou termo, como na alienao fiduciria,no fideicomisso, ou no pacto de retrovenda.

    A propriedade do solo abrange tudo que est acima ou abaixo dasuperfcie, dentro dos limites teis ao seu uso. No pode oproprietrio opor-se a trabalhos que sejam empreendidos a umaaltura ou profundidades tais, que no tenha ele interesse emimped-los.

    As jazidas e demais riquezas do subsolo, e as quedas d'agua,pertencem Unio, constituindo propriedade distinta da do solo(art.176 CF). Pesquisa e explorao, na rea, s com autorizao ouconcesso, a brasileiros ou empresa brasileira de capital nacional(art.176, par. 1 CF).

    A lei brasileira distingue as formas de aquisio de bens imveis ede bens mveis.

    Os bens imveis so adquiridos pelas seguintes formas:

    registro do ttulo aquisitivo - escritura de compra e venda,escritura de doao, escritura de permuta, carat de arrematao oude adjudicao etc. No livro prprio do Cartrio de Registro deImveis da circunscrio onde est situado o imvel;

    acesso - consiste na incorporao propriedade de tudo quanto aela adere, como as construes e plantaes;

    direito hereditrio - que resulta da abertura de sucesso,transferindo-se a propriedade dos bens do sucedido aos sucessores.No caso, o ttulo aquisitivo ser formal de partilha, ou, se forherdeiro nico, carta de adjudicao;

    usucapio - consiste na aquisio, pelo possuidor, da propriedadeda coisa pela posse contnua, como se fosse sua, por certo lapsoininterrupto, sem oposio do proprietrio.

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    Adquire-se a propriedade mvel: pela tradio; pela ocupao; pelaadjuno; pela confuso; pela comisto; pela especificao; pelousucapio; pelo casamento; pelo direito hereditrio.

    Os bens mveis so adquiridos pelas seguintes formas:

    tradio - que significa a entrega da coisa ao adquirente, emdecorrncia de conveno entre o transmitente e o adquirente. Atradio se subtende quando o transmitente continua a possuir peloconstituto possessrio;

    usucapio - que obedece, regra geral, aos mesmos pressupostospara o usucapio de bens imveis, distinguindo-se apenas no prazo(art. 618 e 619 do Cd. Civil);