apontamentos de tgdc

Upload: ana-mafalda-lameira

Post on 04-Jun-2018

223 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

  • 8/13/2019 Apontamentos de TGDC

    1/55

    T e o r i a G e r a l d o D i r e i t o C i v i l IP r o f . P e d r o P a i s d e V a s c o n c e l o s

    TTULO IIAS PESSOASCAPTULO IAS PESSOAS SINGULARES

    4. A PERSONALIDADE JURDICAI a personalidade !a " alidade# a " alidade de ser pessoa. $ !a " alidade " e o %irei&ose li!i&a a cons&a&ar e respei&ar e " e n'o pode ser i(norada o rec sada. $ ! dadoe)&ra* r+dico " e se i!p,e ao %irei&o. A personalidade * r+dica cos& !a ser definidafor!al!en&e co!o a s scep&i-ilidade de direi&os e o-ri(a ,es o de &i& laridade/ o de sers *ei&o de direi&os e o-ri(a ,es o de si& a ,es * r+dicas. Pessoa * r+dica en&'o/ nes&aperspec&i0a/ &odo o cen&ro de i!p &a 'o de si& a ,es * r+dicas ac&i0as o passi0as/ de direi&oso de o-ri(a ,es.

    II se se par&ir da s scep&i-ilidade de direi&os e o-ri(a ,es para a " alifica 'o de cer&o en&eco!o pessoa/ c1e(ar2se23 4 concl s'o de " e a personalidade !a conse" 5ncia da&i& laridade de direi&os e o-ri(a ,es. Torna2se f3cil ad!i&ir " e a lei possa criar o &ras 6pessoas

    * r+dicas7 para al! das pessoas 1 !anas/ a&ra0s do e)pedien&e de l1es a&ri- i 6e) le(e7direi&os e o-ri(a ,es. $ o " e s cede co! as pessoas colec&i0as. Assi! s cede co! apersonali8a 'o de a(r pa!en&os de pessoas direccionados a fins espec+ficos associa ,es esociedades o co! a ins&i& cionali8a 'o de cer&os fins do&ados das !assas pa&ri!oniais " el1es s'o afec&adas e a& co! o pr9prio Es&ado/ en&es es&ad ais e se s ins&i& &ospersonali8ados. Te! &oda0ia o defei&o de colocar no !es!o plano a personalidade daspessoas 1 !anas e a as pessoas colec&i0as/ a-rindo ca!in1o para cons&r ,es * r+dicas " en'o respei&e! a di(nidade 1 !ana ne! a cen&ralidade da pessoa e! &odo o %irei&o.

    III se se par&ir da personalidade para a a&ri- i 'o de direi&os e o-ri(a ,es/ concl ir2se23/ ao

    con&r3rio/ " e a &i& laridade de direi&os e o-ri(a ,es !a si!ples conse" 5ncia do fac&o dese ser pessoa/ e n'o a s a ca sa. A personalidade das pessoas n'o / en&'o/ al(o " e possaser a&ri- +do o rec sado pelo %irei&o/ al(o " e fica fora do alcance do poder de confor!a 'osocial do le(islador. %efende as pessoas con&ra os peri(os e con&ra o condiciona!en&o e!anip la 'o o !es!o de rec sa da personalidade a pessoas indi0id al!en&e consideradaso a (r pos de pessoas co! -ase e! cri&rios r3cicos o reli(iosos. Te! a des0an&a(e! dedific l&ar a &eori8a 'o &cnico2* r+dica da personalidade colec&i0a.

    IV 13 " e assen&ar 4 par&ida " e o %irei&o n'o pode dei)ar de recon1ecer 4s pessoas1 !anas a personalidade/ assi! co!o n'o l1es pode rec sar a di(nidade 1 !ana/ ocondicionar/ li!i&ar o e)cl ir a personalidade. Es&3 fora do se alcance por %irei&o Na& ral.%a" i decorre " e a s scep&i-ilidade de direi&os e o-ri(a ,es/ o da s a &i& laridade/ o de serdeles s *ei&o/ !a conse" 5ncia da personalidade e n'o a s a ca sa. $ necess3rio&ra&a!en&o * r+dico das pessoas co!o pessoas/ is&o / co!o s *ei&o e n'o co!o o-*ec&o de

  • 8/13/2019 Apontamentos de TGDC

    2/55

    T e o r i a G e r a l d o D i r e i t o C i v i l IP r o f . P e d r o P a i s d e V a s c o n c e l o s

    direi&os e de0eres. A personalidade * r+dica das pessoas colec&i0as/ &a!-! c1a!adas6pessoas * r+dicas7# se! cons&i& ir !a p ra fic 'o/ a personalidade colec&i0a n'o de0e/con& do/ ser colocada no !es!o plano ne! ser conf ndida co! a personalidade das pessoas1 !anas/ co! a " al n'o &e! !ais do " e !a analo(ia.

    5. O DIREITO DE PERSONALIDADE

    I a pri!eira conse" 5ncia da personalidade a &i& laridade de direi&os de personalidade/consa(rados na CRP e no CC. : ar&.;

  • 8/13/2019 Apontamentos de TGDC

    3/55

    T e o r i a G e r a l d o D i r e i t o C i v i l IP r o f . P e d r o P a i s d e V a s c o n c e l o s

    os o &rosK a se( nda co!o o direi&o s -*ec&i0o a-sol &o " e cada ! &e! de defender a s apr9pria di(nidade co!o Pessoa. Na & &ela s -*ec&i0a da personalidade/ n'o se &ra&a *3 de !de0er (eral de respei&o/ !as an&es de ! direi&o/ de ! direi&o s -*ec&i0o de defender adi(nidade pr9pria/ a e)i(ir o se respei&o e a lan ar !'o dos dos !eios * ridica!en&e l+ci&os

    " e se*a! necess3rios/ ade" ados e ra8o30eis para " e essa defesa &en1a 5)i&o. Es&es !eios&rad 8e!2se e! poderes * r+dicos " e e)is&e! na esfera de cada indi0+d o/ " e s'o ineren&es4 s a " alidade 1 !ana e c *o e)erc+cio li0re e depende da a &ono!ia de cada !. O direi&os -*ec&i0o de personalidade/ diferen&e!en&e/ dispon+0el e si& a2se no !-i&o da a &ono!iapri0ada. No " e apenas s -*ec&i0o/ *3 o &i& lar pode li0re!en&e &olerar as ofensas/ prescindirda s a defesa/ o !es!o dispor dele (ra& i&a o onerosa!en&e. O direi&o o-*ec&i0o e o direi&os -*ec&i0o de personalidade difere! ainda na na& re8a da s a & &ela. O direi&o o-*ec&i0o depersonalidade i!p,e a &odos ! de0er de respei&ar a di(nidade de cada indi0+d o/ incl indo as a pr9pria. O direi&o s -*ec&i0o/ diferen&e!en&e/ &e! o se con&eBdo preenc1ido por poderes" e o se &i& lar pode e)ercer direc&a e li0re!en&e/ se assi! o dese*ar/ con&ra par&ic lares ocon&ra o Es&ado/ se necess3rio !es!o e! ac 'o direc&a/ se! ficar 4 !erc5 da inicia&i0a e da

    disponi-ilidade dos 9r('os do Es&ado. O direi&o o-*ec&i0o de personalidade &e! a 0er co! osuum quique tribuere K no direi&o s -*ec&i0o de personalidade da defesa domeum " e se &ra&a.

    IV a Lei e a %o &rina refere!2se s al!en&e a ! direi&o s -*ec&i0o (eral de personalidade ea 03rios direi&os s -*ec&i0os especiais de personalidade. O direi&o (eral de personalidade:ar&.; D CC e os direi&os especiais de personalidade e! precei&os a0 lsos da lei. I!por&aesclarecer o relaciona!en&o en&re o c1a!ado direi&o (eral e os direi&os especiais depersonalidade. I!por&a/ por!/ na cons&r 'o do(!3&ica/ dis&in( ir o " e direi&o s -*ec&i0o eo " e s'o os poderes " e o in&e(ra!/ !es!o " e a lei e a do &rina os desi(ne!incorrec&a!en&e/ e!-ora s al!en&e/ por direi&os.

    V os c1a!ados direi&os especiais de personalidade s'o poderes " e in&e(ra! o direi&o

    s -*ec&i0o de personalidade. O direi&o de personalidade/ co!o direi&o s -*ec&i0o " e &e! co!ofi! a defesa da di(nidade 1 !ana de cada !a das pessoas sin( lares/ in&e(ra no secon&eBdo ! nB!ero/ e! princ+pio/ n'o li!i&ado de poderes/ " e cons&i& e! a s a es&r & ra.Es&es poderes s'o a" eles " e fore! necess3rios/ o !es!o apenas con0enien&es/ osi!ples!en&e B&eis/ para " e o fi! do direi&o de personalidade se*a reali8ado co! 5)i&o. Todoses&es poderes se a(re(a! n ! con* n&o coeren&e/ nificado pelo fi! co! ! de defesa dadi(nidade do se &i& lar. O direi&o 4 0ida/ o 4 1onra/ o 4 in&e(ridade f+sica/ o 4 pri0acidade/o 4 i!a(e!/ por e)e!plo/ n'o cons&i& e! direi&os s -*ec&i0os a &9no!os/ !as an&es poderes

    * r+dicos " e in&e(ra! o direi&o de personalidade do se &i& lar/ poderes es&es s'o e)ercidos" ando a di(nidade do se &i& lar for pos&a e! ca sa a&ra0s de a!ea as o ofensas 4" elesespec+ficos -ens de personalidade. A &ipifica 'o dos c1a!ados direi&os especiais de

    personalidade ! refle)o da &ipifica 'o de espec+ficos -ens de personalidade " e in&e(ra! adi(nidade 1 !ana e das les,es " e 1is&orica!en&e se fora! &ornando &+picas. A di(nidade1 !ana pode ser a!ea ada o ofendida e! di0ersos -ens " e a in&e(ra! para a defesa decada ! dos " ais o direi&o de personalidade con&e! espec+ficos !eios o -ens/ " e-eneficia! de espec+ficos poderes * r+dicos.

    !. TUTELA JURDICA DA PERSONALIDADE

    A EH GERAL

    O princ+pio do respei&o pela personalidade/ co!o f nda!en&o pri!ordial do %irei&o/ n'o pode

    dei)ar de -eneficiar de !a & &ela * r+dica for&+ssi!a. Cons&i& i ! princ+pio de %irei&o Na& ral.A & &ela da personalidade es&3 posi&i0ada/ " er na lei cons&i& cional/ " er na lei ci0il/ " er na lei

  • 8/13/2019 Apontamentos de TGDC

    4/55

    T e o r i a G e r a l d o D i r e i t o C i v i l IP r o f . P e d r o P a i s d e V a s c o n c e l o s

    cri!inal e na pr9pria lei in&ernacional. A & &ela cons&i& cional da personalidade insere2se nadefesa dos direi&os li-erdades e (aran&ias e conf nde2se co! ela. I!p,e2se ao le(isladorordin3rio na fei& ra das leis e &e! aplica 'o direc&a so-re &odas as pessoas. Cons&i& i li!i&e!a&erial de re0is'o da pr9pria Cons&i& i 'o. Es&a for!a de & &ela poderos+ssi!a e

    desen0ol0e2se no !-i&o do %irei&o Cons&i& cional. A & &ela da personalidade &a!-! fei&a aon+0el do %irei&o Penal/ a&ra0s da &ipifica 'o co!o cri!es das !ais (ra0es a(ress,es 4personalidade. A & &ela penal da personalidade re0ela a s a i!por& ncia/ n'o s9 es&ri&a!en&epessoal/ !as &a!-! social e co! ni&3ria dos 0alores a defender e preser0ar. O " e cons&i& i

    !a conse" 5ncia na& ral da e)i(5ncia de i( al di(nidade de &odas as pessoas# re0elani0ersalidade e ! ndialidade.

    TUTELA CIVIL %A PERSONALI%A%E

    es&a & &ela encon&ra2se nos ar&s.; D e se( in&es do CC. Es&a f9r! la a-ran(e as a!ea as ea(ress,es il+ci&as a &odo e " al" er direi&o de personalidade ainda " e n'o especial!en&e

    pre0is&o nos ar&i(os se( in&es do C9di(o Ci0il. A refer5ncia a 6indi0+d os7/ na le&ra do precei&o/ in&encional e &e! o sen&ido de e)cl ir da &i& laridade de direi&os de personalidade as pessoascolec&i0as.

    S'o de re&irar &r5s lin1as de pro&ec 'o dos direi&os de personalidade# a responsa-ilidade ci0il/ a& &ela pre0en&i0a e a a&en a 'o do poss+0el. N'o se coloca! &odas no !es!o plano# de !lado 13 a responsa-ilidade ci0il/ " e &e! co!o finalidade o ressarci!en&o/ e! &er!ospa&ri!oniais/ dos danos !a&eriais e !orais sofridos pelas 0+&i!asK de o &ro lado es&'o osre!dios direc&os. %e en&re es&es/ 13 os " e s'o preventivos e co! os " ais se pre&ende e0i&ar" e as a!ea as se concre&i8e! e! ofensas/ e os atenuantes " e s'o des&inados a ac& arap9s a cons !a 'o/ o o in+cio des&ina! a red 8ir/ den&ro do poss+0el/ os efei&os da ofensa.Nada i!pede " e se*a! c ! lados os re!dios pre0en&i0os e a&en an&es/ ns co! os o &roso co! a inde!ni8a 'o. M an&o 4 na& re8a e con&eBdo das pro0id5ncias/ a lei di8 apenas " eser'o 6as ade" adas 4s circ ns& ncias do caso7. %ei)a2se assi! !a lar( +ssi!a !ar(e! deli-erdade ao * i8 a " e! fore! re" eridas. Has es&a li-erdade n'o pode ser &o&al ne! se!cri&rioK e)cl +2se o e)cesso e o * i8 de0e ac& ar co! !odera 'o. 3 " e encon&rar/ caso acaso/ ! e" il+-rio en&re o !+ni!o poss+0el de les'o o inc9!odo a &erceiros e a efic3cianecess3ria.

    A lei pre05 ! processo especial/ de * risdi 'o 0ol n&3ria/ para o decre&a!en&o daspro0id5ncias/ nos ar&s.

  • 8/13/2019 Apontamentos de TGDC

    5/55

    T e o r i a G e r a l d o D i r e i t o C i v i l IP r o f . P e d r o P a i s d e V a s c o n c e l o s

    II es&e precei&o parece alar(ar a & &ela da personalidade 4s pessoas *3 falecidas/ o " e &e!s sci&ado !a no&30el di0er(5ncia de opini,es na %o &rina.

    CAPELO %E SOUSA# 613 -ens da personalidade f+sica e !oral do def n&o " e con&in a! a

    infl ir no c rso social e " e/ por isso !es!o perd ra! no ! ndo das rela ,es * r+dicas e co!o&ais s'o a &ono!a!en&e pro&e(idos7.

    LEITE %E CAHPOS# s s&en&a " e os 61erdeiros do falecido n'o defende! ! in&eressepr9prio :Q !as si! ! in&eresse do def n&o7.

    OLIVEIRA ASCEN AO# a personalidade cesso co! a !or&e e o " e se pro&e(e a(ora/ a!e!9ria do falecido e/ no " e a es&e re(i!e * r+dico concerne/ n'o se pode *3 falar de direi&osde personalidade/ o 6" e &er3 necessaria!en&e por conse" 5ncia " e a & &ela dos direi&os depersonalidade n'o ! (lo-o aplic30elK s9 &e!os es&as res&ri&as pro0id5ncias des&inadas apro&e(er a !e!9ria dos def n&os7.

    HOTA PINTO :a perspec&i0a " e nos parece !ais ade" ada # en&ende " e o re(i!e * r+dicodo ar&.; < &rad 8 6 !a pro&ec 'o de in&eresses e direi&os de pessoas 0i0as " e seria!afec&adas por ac&os ofensi0os da !e!9ria do falecido7.

    III ca-e &o!ar posi 'o. O " e se pro&e(e nes&e precei&o do C9di(o Ci0il o-*ec&i0a!en&e orespei&o pelos !or&os/ s -*ec&i0a!en&e a defesa da in0iola-ilidade !oral dos se s fa!iliares e1erdeiros. N'o se &ra&a de recon1ecer o de & &elar a personalidade dos !or&os/ " e a n'o &5!/!as si! de defender/ no !-i&o do direi&o s -*ec&i0o de personalidade/ o direi&o " e os 0i0os&5! a " e os se s !or&os se*a! respei&ados. Ar&s. D e @< do CC/ si!-iose do direi&o o-*ec&i0oe s -*ec&i0o de personalidade. O direi&o o-*ec&i0o de personalidade & &ela o respei&o pelos!or&os/ o direi&o s -*ec&i0o de personalidade " e es&3 na &i& laridade de pessoas 0i0as e &e!no se con&eBdo a & &ela do respei&o de0ido aos se s !or&os. A lei e" ipara a fa!iliares os1erdeiros. Na concre&i8a 'o 1a0er3 " e dis&in( ir a& onde e e! " e casos concre&os ser3

    * s&o e" iparar 1erdeiros a fa!iliares. A difa!a 'o o a in*Bria de ! fa!iliar *3 falecido/ aofensa ao se no!e o 4 s a i!a(e!/ o 3 s a pri0acidade/ pode! afec&ar (ra0e!en&e adi(nidade dos se s paren&es o 1erdeiros " e l1e so-re0i0ere! e pode! ca sar2l1e sofri!en&oe afron&a (ra0e. Por isso/ fa8 par&e do con&eBdo do direi&o s -*ec&i0o de personalidade de cada

    ! o poder de rea(ir con&ra ofensas 4 di(nidade dos se s paren&es *3 falecidos. N'o de0e serne(ada aos fa!iliares e 1erdeiros a fac ldade de e)i(ir a inde!ni8a 'o dos danos !orais e!a&eriais ca sados.

    % %IREITO %E PERSONALI%A%E E AUTONOHIA PRIVA%A

    I o ar&.; @< do CC per!i&e a li!i&a 'o con0encional dos direi&os de personalidade/ e)cep&o sefor 6con&r3ria aos princ+pios da orde! pB-lica7. :ar&.;>@D CC a li!i&a 'o da a &ono!ia pri0ada/nes&a !a&ria/ n'o se res&rin(e 4 orde! pB-lica e res l&a &a!-! da con&rariedade 4 lei e aos-ons cos& !es. As li!i&a ,es/ assi! con0encionadas/ aos direi&os de personalidade s'ose!pre re0o(30eis. Es&e re(i!e * r+dico reflec&e !a pr3&ica -as&an&e 0 l(ari8ada e &ida co!ol+ci&a de re( lar por ne(9cio * r+dico cer&os aspec&os da personalidade o cer&os direi&os depersonalidade : &ili8a 'o da i!a(e! e da 0o8 de cer&as pessoas no do!+nio da p -licidade!edian&e re! nera 'o econ9!ica . Ta!-! a 0ida pri0ada/ o cer&os aspec&os da 0idapri0ada. Es&as pr3&icas s'o pacifica!en&e acei&es e n'o s sci&a! nor!al!en&e reparo. 3 !aiscon&ro0ersas s'o as pr3&icas pelas " ais cer&as pessoas p,e! e! peri(o a in&e(ridade f+sicao ps+" ica e! e)peri5ncias !dicas o cien&+ficas. Repro030eis e o-*ec&i0a!en&e il+ci&as nos

    parece! as pr3&icas " e se &rad 8e! no a0il&a!en&o pB-lico da di(nidade de pessoas e!!eios de co! nica 'o social co!o !odo de o-&en 'o de l cro e (an1o econ9!ico.

  • 8/13/2019 Apontamentos de TGDC

    6/55

    T e o r i a G e r a l d o D i r e i t o C i v i l IP r o f . P e d r o P a i s d e V a s c o n c e l o s

    II :ar&s.; @@D os !ais i!por&an&es 0alores da personalidade s'o indispon+0eis. A 0ida n'opode ser &rocada por din1eiro/ ne! l+ci&o s ic+dio. Has *3 l+ci&o " e a pessoa se s -!e&a0ol n&aria!en&e a e)periencias !dicas o cien&+ficas das " ais possa res l&ar peri(o para as a 0ida. S9 " ando n'o fore! con&r3rias 4 Lei in* n&i0a/ 4 Horal e 4 Orde! PB-lica/ s'o l+ci&as

    as li!i&a ,es 0ol n&3rias dos direi&os de personalidade. Cons&i& i ! -o! e)e!plo dasli!i&a ,es 4 a &ono!ia pri0ada/ f ndadas na orde! pB-lica e na !oral/ as proi-i ,es dedisposi 'o de &ecido o 9r('os de ori(e! 1 !ana. $ se!pre proi-ida a 0enda de 9r('os o des -s& ncias 1 !anas/ e a s a disposi 'o &e! se!pre de ser ri(orosa!en&e (ra& i&a. Pelas!es!as ra8,es as doa ,es s9 pode!/ e! princ+pio/ &er por o-*ec&o s -s& ncias re(ener30eis.

    III o ar&i(o @< do CC per!i&e a cele-ra 'o de ne(9cios de personalidade. %e0e! ser assi!desi(nados os ne(9cios * r+dicos " e &en1a! por o-*ec&o direi&os de personalidade/ o -ens depersonalidade/ o o se so e & &ela. %e espec+fico &5! o re(i!e de re0o(a-ilidade con&ido non.;> do ar&i(o @ do ar&.; @< . A o &rapar&e n'o &e! !ais do " e !a e)pec&a&i0a * r+dica c *a fr s&ra 'o s scep&+0el deinde!ni8a 'o. N'o pode recorrer a * +8o para for ar o c !pri!en&o. Has *3 na posi 'o in0ersao !es!o n'o s cede e a posi 'o * r+dica do &i& lar do direi&o li!i&ado con&! ! poder/confi( rado co!o direi&o s -*ec&i0o/ " e l1e per!i&e e)i(ir * dicial!en&e o c !pri!en&o ein0ocar a e)cep 'o de inc !pri!en&o para re&er o c !pri!en&o o para resol0er o con&ra&o. Nafi)a 'o da inde!ni8a 'o# o 0alor fi)ado n'o de0e ser de &al !odo a0 l&ado " e i!pe a/ de

    fac&o/ o e)erc+cio do poder de re0o(a 'o. %e o &ro !odo ficaria fr s&rado o re(i!e de li0rere0o(a 'o. A s a e)pec&a&i0a se!pre necessaria!en&e prec3ria.

    ". O DIREITO # IDA

    I o direi&o 4 0ida o !ais i!por&an&e dos direi&os de personalidade :ar&.; >? da CRP . %odirei&o 4 0ida decorre a ilici& de do s ic+dio/ do a )+lio e da ins&i(a 'o ao s ic+dio e dae &an3sia. N'o disc &ido. Has pode! s sci&ar2se dific ldades e! 8onas perifricas des&e &ipode & &ela da personalidade :e)# a-or&o . Ta!-! s sci&a! pro-le!as de defini 'o le(al da!or&e/ o prolon(a!en&o da 0ida co! rec rso a !eios de s por&e 0i&al ar&ificiais e a in&err p 'oda 0ida !era!en&e 0e(e&a&i0a ar&ificial!en&e s por&ada.

    II l+ci&o o a-or&o 0ol n&3rio por decis'o da !'e/ e! de&er!inadas si& a ,es. Es&a per!iss'oda in&err p 'o da 0ida s9 pode ser e&ica!en&e * s&ificada por ra8,es ! i&o (ra0es e

  • 8/13/2019 Apontamentos de TGDC

    7/55

    T e o r i a G e r a l d o D i r e i t o C i v i l IP r o f . P e d r o P a i s d e V a s c o n c e l o s

    ponderosas e con&in a a ser for&e!en&e con&ro0ersa na sociedade. Ar&.; do C9di(o Penalconsidera es&as si& a ,es. A 0erifica 'o das circ ns& ncias das " ais depende a n'op ni-ilidade do a-or&o e a (aran&ia do li0re consen&i!en&o da !'e s'o rodeadas/ pela lei/ dec idados e)i(en&es. A 0erifica 'o das circ ns& ncias de&er!inan&es da n'o p ni-ilidade do

    a-or&o cer&ificada por a&es&ado !dico escri&o e assinado por ! !dico " e n'o in&er0en1ano a-or&o.

    Nos pri!eiros " a&ro casos e! " e a lei ad!i&e o a-or&o 0ol n&3rio pode! ser recond 8idos 3le(+&i!a defesa da !'e. Nos dois pri!eiros/ para pro&ec 'o da s a 0ida e in&e(ridade f+sicaKnos &erceiro e " ar&o/ para defesa da s a in&e(ridade !oral e ps+" ica peran&e o sofri!en&o " el1e poder3 ! i&as 0e8es ca sar a !a&ernidade na" elas circ ns& ncias. Has o " in&o caso/ dea-or&o 6ad n & !7/ dificil!en&e encon&ra !a * s&ifica 'o acei&30el. $ de ! i&o d 0idosacons&i& cionalidade/ " er a per!iss'o do a-or&o 6ad n & !7/ no " in&o caso/ " er dadesconsidera 'o da oposi 'o do pai.

    III &a!-! con&ro0ersa a e &an3sia/ co!o in&err p 'o 0ol n&3ria da 0ida 1 !ana. Adisc ss'o en0ol0e di0er(5ncias &icas e desen&endi!en&os concep& ais. %esde lo(o/ necess3rio n'o conf ndir as pr3&icas !dicas de al+0io do sofri!en&o na !or&e co! oenc r&a!en&o da 0ida de doen&es inc r30eis. Nesse es&ado/ pode! e de0e! os !dicos fa8ero poss+0el para ali0iar o sofri!en&o da !or&e. O a )+lio ao s ic+dio il+ci&o e cons&i& i ! cri!ep nido no ar&.

  • 8/13/2019 Apontamentos de TGDC

    8/55

    T e o r i a G e r a l d o D i r e i t o C i v i l IP r o f . P e d r o P a i s d e V a s c o n c e l o s

    '(. O DIREITO # IN IOLABILIDADE )ORAL.

    E!-ora pr9)i!a da in&e(ridade ps+" ica/ pode ser &ipificada a & &ela da in0iola-ilidade !oral.As pessoas s'o seres !orais/ " e 0i0e! n ! a!-ien&e po0oado de 0alores &icos " e s'o dadesi(nada!en&e ci0il. Insere2se nes&e ca!po a a &ono!ia !oral/ a li-erdade reli(iosa/ decon0ic 'o e de c l&o/ o respei&o pelos !or&os e pela s a !e!9ria/ o respei&o pela 1onra/ pelapri0acidade e pelo p dor. S'o 0alores da !aior di(nidade c *a defesa n'o pode ser encaradaco! li(eire8a. :ar&.?< da CRPK ar&.

  • 8/13/2019 Apontamentos de TGDC

    9/55

    T e o r i a G e r a l d o D i r e i t o C i v i l IP r o f . P e d r o P a i s d e V a s c o n c e l o s

    a 1onra e a pri0acidade do a&in(ido. A ofensa 4 1onra con&in ar3 a ser il+ci&a/ ainda " e e)is&ain&eresse pB-lico/ " ando 1a*a e)cesso. O e)cesso far3 cessar a lici& de da ac 'o/ !es!o " ese !an&en1a o in&eresse pB-lico.

    '+. O DIREITO # PRI ACIDADE

    I a di(nidade da pessoa e)i(e " e l1e se*a recon1ecido ! espa o de pri0acidade e! " epossa es&ar 4 0on&ade/ ao a-ri(o da c riosidade dos o &ros/ se*a! eles si!ples!en&e os0i8in1os/ o o &ros. O direi&o 4 pri0acidade o-s&a 4 de0assa da 0ida pri0ada de cada !. $/ decer&o !odo/ o direi&o de ser dei)ado e! pa8.

    II " al o !-i&o !a&erial dessa esfera da pri0acidade %esde lo(o/ se! dB0ida/ o da 0idado!s&ica/ fa!iliar/ se) al e afec&i0a. /as/ !ais do " e !a deli!i&a 'o posi&i0a do !-i&o!a&erial da esfera de pri0acidade/ 13 " e proceder 4 s a deli!i&a 'o ne(a&i0a. M er is&o di8er" e/ e! 0e8 de se proc rar a de&er!ina 'o de " ais as 8onas da 0ida " e !erece! es&ar ao

    a-ri(o da c riosidade al1eia/ se de0e an&es acer&ar e! " e condi ,es/ !a&rias da 0ida daspessoas pode! ficar fora dessa esfera de pro&ec 'o.

    III &e! sido &en&ado ! cri&rio de de&er!ina 'o do con&eBdo do direi&o 4 pri0acidade assen&eso-re a dis&in 'o de &r5s esferas conc5n&ricas# a esfera da 0ida +n&i!a/ a esfera da 0ida pri0adae a esfera da 0ida pB-lica. A in&i!idade e a pri0acidade s'o (rada&i0as e n'o pode! serri(ida!en&e dis&ri- +das por pra&eleiras fi)as. :ar&.;@D CC / a s a in&ensidade depende dana& re8a do caso e da condi 'o das pessoas. E " ando se fala da condi 'o das pessoas n'o apenas do &i& lar da pri0acidade/ !as &a!-! das pessoas " e co! ela es&'o e! con&ac&o ee! rela 'o a " e! o pro-le!a se coloca. A dis&in 'o das &r5s esferas for!al e in&rod 8frac& ras ar&ificiais n !continuum (rad al de in&ensidade. N'o se de0e/ pois/ concl ir " e is&o in&i!o/ a" ilo pri0ado e o res&o pB-licoK !as an&es " e is&o !ais +n&i!o o !ais pri0ado" e a" ilo/ e " e es&a pessoa !e !ais +n&i!a do " e a" ela.

    IV dif+cil/ sen'o !es!o i!poss+0el es&a-elecer padr,es pre0ia!en&e definidos eprecisa!en&e deli!i&ados de n+0eis de pri0acidade. T do depende de & do. %as pessoas/ decada pessoa/ da s a sensi-ilidade e das s as crisc ns& nciasK das necessidades e e)i(5nciasda sociedade rela&i0as ao con1eci!en&o e a &ranspar5ncia da 0ida e! co! !. $ a se!prepresen&e dialc&ica en&re o e e os o &ros/ en&re o in&eresse pessoal e o -e! co! !/ en&re os -*ec&i0o e o o-*ec&i0o/ en&re direi&o s -*ec&i0o e direi&o o-*ec&i0o. $ ine0i&30el o cas +s!o/por" e as pessoas e as circ ns& ncias n'o s'o i( ais/ n'o poss+0el &ipificar. A reser0a dapri0acidade de0e ser considerada a re(ra e n'o a e)cep 'o. O direi&o 4 pri0acidade s9 podeser lici&a!en&e a(redido " ando e s9 " ando ! in&eresse pB-lico s perior o e)i*a/ e! &er!os

    &ais " e o con&r3rio possa ser ca sa de danos (ra0+ssi!os para a co! nidade.V o direi&o 4 pri0acidade colide fre" en&e!en&e co! o direi&o 4 li-erdade de e)press'o/principal!en&e co! a li-erdade de i!prensa. As ofensas 4 pri0acidade co!e&idas a&ra0s daco! nica 'o social s'o se!pre de !a -r &al (ra0idade. A di0 l(a 'o e a credi-ilidade dos!eios de co! nica 'o social a(ra0a! a ofensa e &orna!2na pra&ica!en&e irrepar30el. Cai/por&an&o/ so-re os !eios de co! nica 'o social ! de0er a(ra0ado de pr d5ncia nadi0 l(a 'o de co! nica ,es " e possa! a(redir a pri0acidade. S9 !a necessidadei!periosa de in&eresse pB-lico pode &ornar l+ci&a a ofensa. A ofensa l+ci&a " ando o in&eressepB-lico e! *o(o se*a de &al !odo i!periosa " e o e)erc+cio do direi&o 4 pri0acidade se &ornea- si0o/ " ando 6e)ceda !anifes&a!en&e os li!i&es i!pos&os pela -oa f/ pelos -ons cos& !eso pelo fi! social o econ9!ico desse direi&o7.

  • 8/13/2019 Apontamentos de TGDC

    10/55

    T e o r i a G e r a l d o D i r e i t o C i v i l IP r o f . P e d r o P a i s d e V a s c o n c e l o s

    VI &al co!o s cede co! as ofensas 4 1onra/ n'o de0e ad!i&ir2se ! es&a& &o de(radado/ de!enor di(nidade/ para as c1a!adas 6fi( ras pB-licas7/ pessoas " e (o8a!/ o " e sofre!/ de!aior no&oriedade/ desi(nada!en&e na co! nica 'o social/ e! 0ir& de da &i& laridade decar(os pB-licos o pol+&icos de !aior rele0 ncia. As c1a!adas 6fi( ras pB-licas7/ as pessoas

    co! !aior no&oriedade/ &5! o !es!o direi&o 4 pri0acidade " e &odas as pessoas. Ad!i&ir paraelas ! es&a& &o pessoal de(radado seria incons&i& cional e colidiria co! o princ+pio dai( aldade. Co!o fico *3 e)pos&o acerca do direi&o 4 1onra/ a co!press'o da esfera dapri0acidade " e e0en& al!en&e possa! sofrer s9 pode f ndar2se na p -licidade e rele0 nciado in&eresse e! " es&'o e n nca pode res l&ar si!ples!en&e da no&oriedade da pessoa.

    VII Ar&.; @D CC # &odos de0e! ( ardar reser0a so-re a in&i!idade da 0ida pri0ada de o &re!.

    VIII ar&s.; .;/ =.; e ?.;/ o C9di(o Ci0il pre05 o direi&o a &er no!e/ a s32lo/ co!ple&o oa-re0iado/ e a pro&e(e2lo con&ra o so il+ci&o " e dele se*a fei&o.

    '4. O DIREITO # I)AGE)

    I o ar&i(o F.; do C9di(o Ci0il consa(ra/ co!o direi&o de personalidade/ o direi&o 4 i!a(e!.Tra&a2se da defesa da pessoa con&ra a e)posi 'o/ reprod 'o o co!erciali8a 'o do sere&ra&o/ se! o se consen&i!en&o. O consen&i!en&o dispensado/ se( ndo o n.; > do ar&i(o/6" ando assi! o * s&ifi" e! a s a no&oriedade :Q 7. Has es&a dispensa cessa/ se( ndo o n.;=do ar&i(o.

    II es&e ar&i(o per!i&e confir!ar o " e *3 a&r3s se &in1a concl +do " an&o 4 e0en& al li!i&a 'odos direi&os 4 1onra e 4 pri0acidade de pessoas co! no&oriedade. O " e si(nifica aconfir!a 'o da s perioridade 1ier3r" ica do direi&o 4 1onra.

    '5. INCIO DA PERSONALIDADE JURDICA E O ESTATUTO JURDICONASCITURO.

    I se( ndo o ar&i(o JJ.; do CC/ a personalidade ad" ire2se no !o!en&o do nasci!en&oco!ple&o e co! 0ida : " ando a crian a respire o !anifes&e " ais" er o &ros sinais de 0ida .os direi&os " e a lei recon1ece aos nasci& ros depende! do se nasci!en&o. 3 " e dis&in( ir/a es&e prop9si&o/ a si& a 'o de " e! ainda n'o nasce !as *3 foi conce-ido/ e a e)pec&a&i0ade al( ! 0ir a ser (erado. $ ! i&o diferen&e# no pri!eiro caso/ *3 e)is&e al( !/ co! 0ida noseio da !'eK no se( ndo/ nada e)is&e a n'o ser a possi-ilidade de al( ! 0ir a ser (erado/ nof & ro.

  • 8/13/2019 Apontamentos de TGDC

    11/55

    T e o r i a G e r a l d o D i r e i t o C i v i l IP r o f . P e d r o P a i s d e V a s c o n c e l o s

    Nascituro: para a" eles " e *3 fora! conce-idos e &e! 0ida no seio da !'e/ !as ainda n'onascera!K si& a 'o &ransi&9ria e li!i&ada no &e!po. N'o de0e! ser conf ndidos co! os

    Concepturos: " e s'o a" eles " e ainda n'o fora! se" er conce-idos. S'o si!ples

    esperan as o e)pec&a&i0as. No en&an&o/ a lei per!i&e " e l1es se*a! des&inados cer&asa&ri- i ,es pa&ri!oniais/ para o caso de 0ire! a ser (erados.

    E)is&e clara separa 'o do se re(i!e * r+dico. A 0ida 1 !ana &e! in+cio na concep ,es porco! nica 'o da 0ida de a!-os os pais. %a+ e! dian&e/ o nasci& ro desen0ol0e2se de ! !odopro(ressi0o e inin&err p&o/ se! pa&a!ares n+&idos. A s a na& re8a co!o ser 1 !ano n'o seal&era. O nasci!en&o i!por&a/ por!/ !a i!por&an&e !odifica 'o no " e respei&a ao con&ac&oe relaciona!en&o da pessoa. An&es de nascer o nasci& ro pra&ica!en&e apenas &e! con&ac&oco! a !'e. N'o &e! con&ac&o in&erpessoal co! !ais nin( !. Ap9s o nasci!en&o/ o rec!2nascido recon1ece a !'e/ e! c *o seio 0i0e a& en&'o &oda a s a 0ida. $ no ca!po dorelaciona!en&o social " e o nasci!en&o &e! !aior rele0 ncia. Co! o nasci!en&o/ passa arelacionar2se co! as o &ras pessoas. O nasci!en&o si(nifica o in(resso da pessoa na polis.Por isso/ o nasci!en&o &e! !a ! i&o (rande rele0 ncia * r+dica. A s a na& re8a 1 !ana a!es!a/ a s a si& a 'o -iol9(ica con&in a a e0ol ir/ a si& a 'o * r+dica !odifica2se de acordoco! a na& re8a das coisas.

    II o nasci& ro ! ser 1 !ano 0i0o co! &oda a di(nidade " e pr9pria 4 pessoa 1 !ana. Onasci& ro n'o / pois/ o-*ec&o do direi&o. Co!o pessoa 1 !ana 0i0a/ o nasci& ro pessoa

    * r+dica. A s a " alidade pessoal i!p,e2se ao %irei&o/ " e n'o &e! o poder de ne(ar a 0erdadeda pessoalidade/ da 1o!inidade/ da 1 !anidade do nasci& ro. N'o pode/ pois/ dei)ar de serrecon1ecida/ pelo %irei&o/ ao nasci& ra a " alidade de pessoa 1 !ana 0i0a/ o !es!o di8er/ a

    personalidade jurdica .

    III ar&s. do CC# F >.;/ >D==.;/ >?D.;. Todos es&es precei&os e re(i!es le(ais re0ela!" e o nasci& ro *3 conce-ido n'o &ido co!o coisa/ !as an&es co!o pessoa.

    IV co!o se disse a&r3s/ a personalidade * r+dica das pessoas 1 !anas n'o depende da lei ees&3 fora do alcance do poder le(isla&i0o do Es&ado re&irar o n'o recon1ecer a " alidade depessoa 1 !ana a " e! a &e!. Por isso/ o ar&.; JJ do CC de0e ser en&endido co!o referido 4capacidade de (o8o e n'o propria!en&e 4 personalidade * r+dica. A personalidade * r+dica daspessoas 1 !anas &e! in+cio conco!i&an&e!en&e co! o in+cio da s a 0ida e e)is&5nciaen" an&o pessoas. Es&e !o!en&o do in+cio da 0ida s9 conse( e ser de&er!inadoapro)i!ada!en&e/ n ! cer&o in&er0alo &e!poral/ !as n'o e)ac&a!en&e :ar&.; < F@ CC . Sepessoa/ para o %irei&o/ so-re& do pessoa2e!2rela 'o/ a pessoa nasci& ra &e! !a rele0 ncia

    * r+dica ade" ada 4 s a si& a 'o. E " al essa si& a 'o

    V na fase pr2na&al/ a si& a 'o da pessoa &e! d as carac&er+s&icas especial!en&e !arcan&es#o relaciona!en&o pessoal e)cl si0o co! a !'e e a precariedade. O relaciona!en&o pessoale)cl si0o co! a !'e/ co! a conco!i&an&e a s5ncia de relaciona!en&o social/ dispensa ! i&oda co!ple)idade e ri" e8a do es&a& &o * r+dico das pessoas *3 nascidasK a precariedade dapessoa pr2nascida s sci&a a necessidade de re( lar os casos e! " e n'o c1e(a a 1a0ernasci!en&o co! 0ida. a li!i&a 'o do relaciona!en&o co! a !'e i!pede a capacidade dee)erc+cio e dispensa a pr9pria capacidade de (o8o. A pessoa pr2nascida &e! a &i& laridadedos !ais i!por&an&es direi&os de personalidade/ co!o o direi&o a 0i0er/ 4 iden&idade pessoal e(en&ica/ 4 in&e(ridade (en&ica e f+sica. :ar&s.; >? e > da CRP . A precariedade i!p,e " e seencon&re sol 'o * r+dica para os casos e! " e/ ap9s a (es&a 'o/ o e!-ri'o n'o lo(ra 5)i&o e!orre an&es de nascer :ar&.;JJ n.;> do CC . O nasci& ro &rad 8 apenas o in+cio da capacidade(enrica de (o8o. Se n'o c1e(ar a nascer co! 0ida/ o nasci& ro &ido pela lei :ar&.; / n.;>CC co!o n'o &endo c1e(ado a e)is&ir. A !or&e pr2na&al n'o desencadeia a s cess'o. Os

  • 8/13/2019 Apontamentos de TGDC

    12/55

    T e o r i a G e r a l d o D i r e i t o C i v i l IP r o f . P e d r o P a i s d e V a s c o n c e l o s

    direi&os de personalidade e)&in( e!2se co! a e)&in 'o da personalidade. Os direi&ospa&ri!oniais e o &ros " e seria! s scep&+0eis de s cess'o s'o e)&in&os re&roac&i0a!en&e. T dose passa co!o se n'o &i0esse c1e(ado a e)is&ir. $ !a fic 'o le(al i!pos&a pra(!a&ica!en&epela necessidade de si!plificar a co!ple)idade da 0ida e da !or&e.

    VI &e! sido disc &ido se o fac&o do nasci!en&o f nciona co!o !a condi 'o s spensi0a oco!o !a condi 'o resol &i0a da personalidade * r+dica. Na pri!eira al&erna&i0a/ o pr2nascidon'o &e! personalidade * r+dica an&es do nasci!en&o. Se/ an&es de nascer/ l1e fore! a&ri- +dos-ens por doa 'o o s cess'o e ele 0ier a nascer co! 0ida/ 2l1e recon1ecida re&roac&i0a!en&ea personalidade desde a da&a de a" isi 'oK se a a" isi 'o for an&erior 4 concep 'o/ apersonalidade &e!2se por ad" irida ao &e!po da concep 'o/ e o &e!po da a" isi 'o dos -ens de&er!inado pelos ar&i(os < F@.; e / >D==/ ?D do CC / &orna! ine(30el a personalidade * r+dica donasci& ro *3 conce-ido.

    VII co!o se 0i / o recon1eci!en&o da personalidade de seres 1 !anos es&3 fora do alcance

    e da co!pe&5ncia da lei/ se*a ela ordin3ria o cons&i& cional. $ 1o*e indisc &+0el " e o nasci& ro&e! 0ida e a s a 0 da in0iol30el. O ar&.; J do CC para ser co!pa&+0el co! a CRO/ co! ascoordenadas a)iol9(icas do sis&e!a e co! a na& re8a das coisas/ &e! de ser in&erpre&adoco!o referido/ n'o 4 personalidade * r+dica/ c *a e)is&5ncia/ in+cio e &er!o s'o e)&ra e s prale(ais/ !as an&es 4 capacidade * r+dica/ co!o fa8ia o se an&ecessor ar&i(o J.; do CC de

  • 8/13/2019 Apontamentos de TGDC

    13/55

    T e o r i a G e r a l d o D i r e i t o C i v i l IP r o f . P e d r o P a i s d e V a s c o n c e l o s

    n.;

  • 8/13/2019 Apontamentos de TGDC

    14/55

    T e o r i a G e r a l d o D i r e i t o C i v i l IP r o f . P e d r o P a i s d e V a s c o n c e l o s

    nasci& ro. A ad!inis&ra 'o dos -ens " e ao nasci& ro se*a! doados ca-e aos se s pais/ deacordo co! o ar&. < @ .; do CC. A lei dis&in( e o re(i!e da ad!inis&ra 'o da 1eran a o dole(ado/ consoan&e se &ra&e de nasci& ro o de concep& ro :ar&.; >>?D/ n.;> e n.;< .

    '6. O TER)O DA PERSONALIDADE JURDICA- A )ORTE

    I o &er!o da personalidade * r+dica/ se( ndo o ar&i(o J@.; do CC/ ocorre co! a !or&e. A!or&e corresponde 4 cessa 'o irre0ers+0el das f n ,es do &ronco cere-ral. A !or&e ! fac&o

    * r+dico co! !a enor!e rele0 ncia. Tra&a2se de ! dado pr o e)&ra* r+dico/ no sen&ido de" e n'o a lei " e de&er!ina a !or&e das pessoas e n'o pode ser dada co!o !or&a " e for0i0o/ ne! 0ice20ersa.

    II a 0erifica 'o da !or&e e a de&er!ina 'o do se &e!po/ ne! se!pre f3cil o clara. O%irei&o co!e&e essa &arefa aos !dicos e 4 Hedicina. $ !a das *anelas do sis&e!a. Oscri&rios de 0erifica 'o da !or&e n'o s'o criados pelo %irei&o/ " e os rece-e de fora/ de acordo

    co! a na& re8a das coisas. O desen0ol0i!en&o das &cnicas de prolon(a!en&o ar&ificial da 0idapode s sci&ar " es&,es de (rande delicade8a e dific ldade " an&o 4 de&er!ina 'o do &e!po da!or&e/ " ando a pessoa se !an&! 0i0a apenas co! o a )+lio de !eios &cnicos ar&ificiais. OC9di(o %eon&ol9(ico da Orde! dos Hdicos acei&a " e cesse o apoio &cnico 4 6so-re0i05nciaar&ificial e! caso de co!a irre0ers+0el/ co! cessa 'o se! re(resso da f n 'o cere-ral7. A0erifica 'o da !or&e pelo ar&.; = da Lei n.;

  • 8/13/2019 Apontamentos de TGDC

    15/55

    T e o r i a G e r a l d o D i r e i t o C i v i l IP r o f . P e d r o P a i s d e V a s c o n c e l o s

    I o cad30er o corpo 1 !ano se! 0ida. O cad30er *3 n'o pessoa :ar&.; >D> do CC . $ al(ode sa(rado. O es&a& &o * r+dico do cad30er ! i&o pec liar e n'o pode ser -e! en&endido an'o ser a par&ir do se es&a& &o !oral e social. Ocorrida a !or&e/ res&a o corpo. Na nor!alidadedos casos/ 13 corpo e sa-e2se de " e! o cad30er. O cad30er &e! ! 0alor sa(rado. Na

    Reli(i'o/ na Horal/ na C l& ra/ no %irei&o/ o cad30er &ra&ado co! respei&o ! i&o especial e as a profana 'o cons&i& i ! cri!e. $ o prolon(a!en&o da di(nidade da pessoa depois de!or&a e a s a sep l& ra cons&i& i ! i&as 0e8es o s por&e da !e!9ria do def n&o. O cad30erdes&ina2se a desaparecer. Has/ an&es de desaparecer/ &e! de ser !anip lado. O %ecre&o2Lein.;?

  • 8/13/2019 Apontamentos de TGDC

    16/55

    T e o r i a G e r a l d o D i r e i t o C i v i l IP r o f . P e d r o P a i s d e V a s c o n c e l o s

    de!asiada!en&e/ na pr3&ica/ a disponi-ilidade de 9r('os e de &ecidos para &ransplan&es/ co!pre* +8o (ra0e para os doen&es e para a in0es&i(a 'o cien&+fica. A sol 'o encon&rada &rad 8

    ! !eio &er!o en&re o in&eresse e a li-erdade indi0id al/ por ! lado/ e o -e! co! !/ peloo &ro.

    '". A CAPACIDADE JURDICA

    I a capacidade * r+dica a s scep&i-ilidade de ser &i& lar de si& a ,es o posi ,es * r+dicasac&i0as o passi0as/ de direi&os e 0inc la ,es. O ar&i(o J .; do CC/ so- a ep+(rafe6capacidade7/ disp,e " e 6as pessoas pode! ser s *ei&os de " ais" er rela ,es * r+dicas/sal0o disposi 'o le(al e! con&r3rio# nis&o consis&e a s a capacidade * r+dica7. %ele se re&ira" e a capacidade (enrica/ is&o / " e/ e! princ+pio/ n'o &e! res&ri ,es/ e!-ora possa serres&rin(ida pela lei. A capacidade * r+dica n'o de0e conf ndir2se co! a personalidade. Es&a/co!o fico *3 e)pos&o/ !a " alidade/ ! concei&o " ali&a&i0o/ en" an&o a capacidade

    * r+dica de na& re8a " an&i&a&i0a. %iferen&e!en&e/ a capacidade pode ser res&rin(ida por lei e

    pode/ nesse sen&ido/ ser !ais o !enos a!pla. A no 'o de capacidade desdo-ra2se e! d as3reas dis&in&as# a datitularidade e a do exerccio pessoal e livre . Nin( ! pode/ se( ndo oar&i(o JF.; do CC/ ren nciar 4 capacidade/ " er no &odo/ " er e! par&e.

    '$. CAPACIDADE DE GO/O E CAPACIDADE DE E0ERCCIO

    I a capacidade de (o8o/ &a!-! c1a!ada capacidade de direi&o/ a s scep&i-ilidade de ser&i& lar de direi&os/ de si& a ,es * r+dicas. Te! a 0er co! atitularidade . %iferen&e a capacidadede e)erc+cio/ &a!-! c1a!ada capacidade de a(ir/ " e a s scep&i-ilidade " e a pessoa &e!de e)ercer pessoal e li0re!en&e os direi&os e c !prir as o-ri(a ,es " e es&'o na s a&i& laridade/ se! a in&er!edia 'o de ! represen&an&e le(al o o consen&i!en&o de !

    assis&en&e. $ a possi-ilidade " e cada pessoa &e! de a(ir pessoal e direc&a!en&e/ is&o / deac& ar no ! ndo do direi&o. Te! a 0er co! o exerccio . Tra&a2se de d as realidades diferen&es#de ! lado es&3 a capacidade para ser &i& lar e do o &ro es&3 a capacidade para o e)erc+cio.U!a dada pessoa pode ser &i& lar de ! direi&o o de !a si& a 'o * r+dica e/ n'o o-s&an&eessa &i& laridade/ n'o poder a(ir so-re eles pessoal e li0re!en&e. Tal s cede no caso dos!enores/ dos in&erdi&os e dos ina-ili&ados " e/ e! 0ir& de de defici5ncia de discerni!en&o e de0on&ade/ a lei pri0a da li-erdade de ac& a 'o li0re e pessoal. Co! o fi! de os pro&e(er/ a leies&a-elece ! re(i!e e! " e os !enores e os in&erdi&os n'o pode! ac& ar no direi&o a n'oser por in&er!edi3rio de represen&an&es le(ais/ e os ina-ili&ados es&'o s *ei&os/ na s a ac& a 'o

    * r+dica/ 4 a &ori8a 'o e 0i(il ncia de c radores. Se! " e a &i& laridade se*a pos&a e! ca se/e)is&e!/ nes&es casos/ res&ri ,es ao li0re e pessoa e)erc+cio. Cons&i& i ! caso deincapacidade de (o8o :ar&.;

  • 8/13/2019 Apontamentos de TGDC

    17/55

    T e o r i a G e r a l d o D i r e i t o C i v i l IP r o f . P e d r o P a i s d e V a s c o n c e l o s

    II n !a perspec&i0a posi&i0is&a o for!alis&a/ a capacidade de (o8o dif+cil de dis&in( ir dapersonalidade e c1e(a !es!o a ser co! ela iden&ificada. O defei&o es&3 principal!en&e noconcei&o for!al/ (eral2a-s&rac&o/ de personalidade " e/ nes&a perspec&i0a/ aca-a por sercoinciden&e co! a capacidade. A i!por& ncia da dis&in 'o en&re capacidade de (o8o e

    capacidade de e)erc+cio reside &a!-! e! &ornar claro " e a &i& laridade n'o fica pre* dicadapela ins scep&i-ilidade de e)erc+cio pessoal e li0re. Os in&erdi&os e os ina-ili&ados n'o dei)a!de ser &i& lares dos se s direi&os/ o-ri(a ,es e si& a ,es * r+dicas/ n'o o-s&an&e os n'opodere! e)ercer pessoal e li0re!en&e. M e! es&i0er pri0ado da capacidade de discerni!en&oe de li0re 0on&ade/ o por !enoridade/ o por" e sofre de defici5ncia " e os di!in a o afas&e/n'o perde a &i& laridade dos se s direi&os/ o-ri(a ,es e si& a ,es * r+dicas/ e!-ora sofrares&ri ,es " an&o ao e)erc+cio corresponden&e.

    +(. CAPACIDADE E LEGITI)IDADE

    I co! a capacidade n'o de0e ser conf ndida a le(i&i!idade. A le(i&i!idade a par&ic lar

    posi 'o da pessoa peran&e ! concre&o in&eresse o si& a 'o * r+dica " e l1e per!i&e a(irso-re eles. $ ! concei&o de na& re8a relacional. A le(i&i!idade res l&a se!pre de !a rela 'opri0ile(iada en&re a pessoa " e a(e e os concre&os in&eresses o si& a ,es so-re os " ais elaes&3 1a-ili&ada a a(ir. E! re(ra/ a le(i&i!idade coincide co! a &i& laridade. Nas si& a ,esnor!ais/ " e! &e! le(i&i!idade para e)ercer ! direi&o/ para c !prir ! de0er/ para dispor de

    ! -e! o para a(ir so-re ! in&eresse s'o os se s &i& lares. No en&an&o/ &al pode n'os ceder e n'o 1a0er coincid5ncia en&re a &i& laridade e a le(i&i!idade.

    II a le(i&i!idade dis&in( e2se da capacidade co! al( !a ni&ide8/ por" e a capacidade !asi& a 'o en" an&o " e a le(i&i!idade !a rela 'o. A capacidade &e! a 0er co! apossi-ilidade da &i& laridade o do li0re e pessoal e)erc+cio de direi&os e o-ri(a ,es por par&eda pessoa e &e! a 0er co! esse !es!a pessoa independen&e!en&e de ! se especialrelaciona!en&o co! si& a ,es o in&eresses. A le(i&i!idade/ por o &ro lado/ &rad 82se n !arela 'o pri0ile(iada en&re a pessoa e !a si& a 'o o ! in&eresse " e de !olde a per!i&ir2l1e a(ir so-re eles. A capacidade si& acional en" an&o a le(i&i!idade relacional. 3 casos/no %irei&o/ e! " e/ para al! do &i& lar/ o &ras pessoas pode! &er le(i&i!idade para a(ir. Tals cede/ por e)e!plo/ no c !pri!en&o de o-ri(a ,es/ " e pode ser fei&o por &erceiro o a&erceiro/ nos casos e nas condi ,es dos ar&i(os J .; a

  • 8/13/2019 Apontamentos de TGDC

    18/55

    T e o r i a G e r a l d o D i r e i t o C i v i l IP r o f . P e d r o P a i s d e V a s c o n c e l o s

    l1e es&aria li(ado/ sen'o per!anen&e!en&e/ pelo !enos es&30el e d rado ra!en&e/ co!o oes&ado ci0ilK seria o-*ec&i0o/ a" ele corresponden&e 4 s a per&en a da pessoa a cer&aco! nidade/ (r po/ associa 'o/ profiss'o o posi 'o na sociedade/ co!o o es&a& &oprofissional o f ncional/ o s&a& s de s9cio de cer&a associa 'o o sociedade/ o de cer&a

    posi 'o na co! nidade.

    CASTAN EIRA %AS NEVES refere o es&a& &o social co!o 6o co!ple)o de prerro(a&i0as ede0eres/ de fac ldades e responsa-ilidades " e &i& la!os co!o !e!-ros/ par&icipan&es erespons30eis/ de !a de&er!inada sociedade/ da co! nidade nacional desde lo(o e a&/ e!Bl&i!o &er!os/ da co! nidade in&ernacional7. ala2se de es&a& &o profissional dos f ncion3riospB-licos/ do es&a& &o da carreira docen&e ni0ersi&3ria o ainda dos Es&a& &os da Orde! dosAd0o(ados/ " e 0inc la &odos os se s !e!-ros. E! %irei&o Ci0il/ par&ic lar!en&e i!por&an&eo 6es&ado ci0il7/ " e e)pri!e a condi 'o * r+dica da pessoa en" an&o !aior o !enor/ capa8 oincapa8. Ao alcan ar a !aioridade/ a pessoa in0es&ida n !a posi 'o * r+dica diferen&eda" ele " e era a s a d ran&e a !enoridadeK e assi! s cede &a!-! ao ser in&erdi&a oina-ili&ada/

    ++. A ES%ERA JURDICA

    %iferen&e do es&ado ci0il a esfera * r+dica. Es&a o co!ple)o de direi&os e 0inc la ,es de " e!a de&er!inada pessoa &i& lar. Es&es direi&os e 0inc la ,es s'o na& ral!en&e ! i&o

    0ari30eis de pessoa e! pessoa e/ na !es!a pessoa/ e! cada !o!en&o. Cada 0e8 " e !apessoa ad" ire o perde ! direi&o/ cons&i& i !a o-ri(a 'o o c !pre ! de0er/ es&as0icissi& des reperc &e!2se corresponden&e!en&e na s a esfera * r+dica. Na esfera * r+dicapode dis&in( ir2se dois 1e!isfrios# ! de na& re8a pessoal e o &ro de na& re8a pa&ri!onial.Es&es dois 1e!isfrios desi(na!2se por esfera jurdica pessoal e esfera jurdica patrimonial .

    A ES ERA UR%ICA PESSOAL o co!ple)o de si& a ,es/ direi&os e 0inc la ,es dena& re8a pessoal de " e a pessoa &i& larK

    A ES ERA UR%ICA PATRIHONIAL o co!ple)o de si& a ,es/ direi&os e 0inc la ,es dena& re8a pa&ri!onial de " e a pessoa &i& lar.

    A dis&in 'o en&re es&as esferas i!plica a dis&in 'o en&re o car3c&er pessoal e o car3c&erpa&ri!onial das si& a ,es/ direi&os e 0inc la ,es e pos& la a e)is&5ncia de ! cri&rio. O cri&rioda dis&in 'o en&re a esfera * r+dica pessoal e a esfera * r+dica pa&ri!onial a patrimonialidade .Per&ence 4 esfera * r+dica pa&ri!onial as si& a ,es/ direi&os e 0inc la ,es de na& re8apa&ri!onialK os de!ais per&ence! 4 esfera * r+dica pessoal. O cri&rio da pa&ri!onialidade as scep&i-ilidade de a0alia 'o e! din1eiro. T5!/ pois/ car3c&er pa&ri!onial e per&ence! 4 esfera

    * r+dica pa&ri!onial as si& a ,es/ direi&os e 0inc la ,es * r+dicas a0ali30eis e! din1eiro/s scep&+0eis de aprecia 'o e! 0alor pec ni3rio.

    +,. O PATRI)2NIO

    I 3 4 esfera * r+dica pa&ri!onial corresponde o pa&ri!9nio. O pa&ri!9nio de !a pessoacorresponde 4 s a esfera * r+dica pa&ri!onial e co!preende &odas as si& a ,es * r+dicasac&i0as e passi0as de car3c&er pa&ri!onial " e e! cada !o!en&o se encon&ra! na &i& laridadedessa pessoa. Si& a ,es * r+dicas ac&i0as corresponde! a direi&os pa&ri!oniaisK si& a ,es

    * r+dicas passi0as/ s'o as o-ri(a ,es de car3c&er pa&ri!onial. O pa&ri!9nio de !a pessoa de con&eBdo e!inen&e!en&e 0ari30el. % ran&e a 0ida da pessoa/ o se pa&ri!9nio 0ai 0ariandoa s a co!posi 'o 4 !edida " e essa pessoa 0ai ad" irindo o alienando -ens pa&ri!oniais e0ai cons&i& indo e sol0endo d+0idas e o-ri(a ,es. O pa&ri!9nio al&era2se e !odifica2se se!pre

  • 8/13/2019 Apontamentos de TGDC

    19/55

    T e o r i a G e r a l d o D i r e i t o C i v i l IP r o f . P e d r o P a i s d e V a s c o n c e l o s

    e e! cada !o!en&o e! " e a pessoa pra&ica ! " al" er ac&o co! rele0 ncia pa&ri!onial ose!pre " e/ !es!o na s a passi0idade al( ! de o &re! e)erce ! poder po&es&a&i0o " e&en1a a efic3cia de fa8er inscre0er o !odificar !a si& a 'o pa&ri!onial ac&i0a o passi0a nas a esfera * r+dica. Assi!/ " ando al( ! co!pra !a coisa e pa(a por ela ! pre o/ o se

    pa&ri!9nio !odifica2se e passa a con&er o direi&o de propriedade da coisa co!prada dei)andode con&er o din1eiro " e pa(o co!o pre o. %o pa&ri!9nio do 0endedor sai o direi&o depropriedade da coisa 0endida e en&ra o 0alor do pre o rece-ido. O pa&ri!9nio pode !odificar2se se! " e essa !odifica 'o se*a a conse" 5ncia direc&a e i!edia&a de !a ac 'o por par&edo se &i& lar. A !odifica 'o pode ocorrer por ac&o de o &re! o por si!ples fac&o * r+dico. Ades&r i 'o o pereci!en&o de !a coisa e! 0ir& de de for as da na& re8a pro0oca o sedesapareci!en&o o / e! &er!os !ais correc&os/ a e)&in 'o do corresponden&e direi&o depropriedade no pa&ri!9nio do se &i& lar. Ta!-! o e)erc+cio por o &re! de ! direi&o o de

    ! si!ples poder po&es&a&i0o/ por e)e!plo/ a in&erpela 'o para c !prir/ &e! efic3cia direc&a nopa&ri!9nio do de0edor/ assi! co!o o si!ples fac&o de o &re!/ por e)e!plo a !or&e/ &e!efic3cia direc&a no pa&ri!9nio do se 1erdeiro.

    II e! princ+pio/ o pa&ri!9nio &e! nidade e a &ono!ia.

    Cada pessoa &e! o se pa&ri!9nio. N'o 13 pessoas se! pa&ri!9nio/ e!-ora possa! &er !pa&ri!9nio 0a8io/ o ne(a&i0o. Nen1 !a pessoa &e! !ais de ! pa&ri!9nio. E!-ora a pessoapossa &er o se pa&ri!9nio o par&es dele/ o -ens " e o in&e(ra!/ s *ei&os a di0ersos re(i!es

    * r+dicos/ co!o s cede se esses -ens se encon&rare! e! diferen&es pa+ses o es&i0ere!/ porra8,es de %irei&o In&ernacional Pri0ado/ s *ei&os a ordens * r+dicas di0ersas/ o pa&ri!9niocon&in a a ser ! s9/ por" e ele !es!o se define co!o o co!ple)o de si& a ,es * r+dicaspa&ri!oniais/ ac&i0as e passi0as/ " e es&'o na &i& laridade de !a pessoa. A nidade dopa&ri!9nio ! refle)o da nidade da pessoa. E)is&e! fi( ras * r+dicas " e pode! parecerpor e! ca sa a nidade do pa&ri!9nio/ co!o o caso do es&a-eleci!en&o indi0id al de

    responsa-ilidade li!i&ada/ pelo %ecre&o2Lei n.;>?@Z@J de > de A(os&o. Nes&e caso/ e!-ora1a*a !a cer&a separa 'o de re(i!e * r+dico de responsa-ilidade por d+0idas/ con&in a a 1a0erapenas ! pa&ri!9nio.

    III " es&'o li(ada co! a nidade do pa&ri!9nio a da a &ono!ia pa&ri!onial. A a &ono!iapa&ri!onial &e! o sen&ido de " e pelas si& a ,es passi0as de ! pa&ri!9nio responde!apenas as si& a ,es ac&i0as " e o in&e(ra!. M er is&o di8er " e/ nos casos e! " e os -ens" e in&e(ra! o pa&ri!9nio n'o se*a! s ficien&es para sa&isfa8er o respec&i0o passi0o/ n'opoder'o os credores recorrer a o &ro pa&ri!9nio para o-&er a sa&isfa 'o do se crdi&o. Hasis&o coloca *3 al( !a ac idade no " e concerne 4s pessoas colec&i0as. No " e respei&a aal( ns &ipos de pessoas colec&i0as/ sociedades ci0is/ sociedades e! no!e colec&i0o e e!co!andi&a/ os pa&ri!9nios dos s9cios corresponde! s -sidiaria!en&e pelas d+0idas " ee)ceda! as for as do pa&ri!9nio da sociedade. Si(nifica is&o " e/ nes&as pessoas colec&i0as/e)is&e a &ono!ia pa&ri!onial i!perfei&a. A a &ono!ia pa&ri!onial/ nes&es casos i!perfei&apor" e o pa&ri!9nio n'o perfei&a!en&e es&an" e. No en&an&o con&in a a e)is&ir por" e/!es!o nes&es casos/ s'o os -ens do pa&ri!9nio do de0edor " e responde! e! re(ra pelasrespec&i0as d+0idas e s9 e! caso de es&es n'o sere! s ficien&es pode o credor pre&ender serpa(o pelo pa&ri!9nio dos s9cios. Os s9cios pode! se!pre e)i(ir a pr0ia e)c ss'o dos -ensda pessoa colec&i0a de0edora an&es de respondere! co! os se s pr9prios -ens. M andoassi! s ceda/ os s9cios c *os pa&ri!9nios &en1a! sido sacrificados fica! co! o direi&o dere(resso con&ra a pessoa colec&i0a a " e! pode! e)i(ir o pa(a!en&o de & do " an&o fora!for ados a pa(ar. Nes&es casos/ con&in a a 1a0er a &ono!ia pa&ri!onial e!-ora a separa 'odos pa&ri!9nios se*a !enos n+&ida/ e!-ora os pa&ri!9nios n'o se*a! co!ple&a!en&ees&an" es. A a &ono!ia pa&ri!onial i!perfei&a.

  • 8/13/2019 Apontamentos de TGDC

    20/55

    T e o r i a G e r a l d o D i r e i t o C i v i l IP r o f . P e d r o P a i s d e V a s c o n c e l o s

    +4. DO)ICLIO E RESID NCIA *ABITUAL

    I o do!ic+lio a sede * r+dica da pessoa. As pessoas escol1e! li0re!en&e os locais onde" ere! 0i0er/ de acordo co! as s as necessidades e den&ro das s as possi-ilidades. Anor!alidade das pessoas &e! !a locali8a 'o pr9pria. Locali8a!2se n ! espa o !ais o!enos circ nscri&o/ onde fi)a! a s a 0ida e onde ancora! (eo(rafica!en&e a s a e)is&5ncia.Para al! da locali8a 'o pessoal e efec&i0a/ i!por&an&e/ para fi)ar " al a sede * r+dica daspessoas/ a locali8a 'o " e rele0an&e para o %irei&o. Es&a locali8a 'o rele0an&e o do!ic+lio.%o!icilio/ de car3c&er nor!a&i0o/ o local onde o %irei&o considera ser a sede da pessoa/e!-ora esse local possa e0en& al!en&e n'o coincidir co! a s a efec&i0a e real locali8a 'o. $ olocal onde/ para efei&os * r+dicos/ o %irei&o &e! a pessoa locali8ada. Para a fi)a 'o des&alocali8a 'o/ o %irei&o n'o pode i(norar a real locali8a 'o da pessoa/ !as n'o ficaco!ple&a!en&e preso a essa locali8a 'o/ podendo fi)ar do!ic+lios especiais/ para cer&osefei&os res&ri&os/ e! " e a real locali8a 'o da pessoa cede peran&e o &ras ra8oeso-*ec&i0a!en&e e * ridica!en&e rele0an&es. :CC# ar&i(os. ; @> a @@ . No ar&.; @> es&a-elece os

    cri&rios para a de&er!ina 'o do do!ic+lio (eral das pessoas# a resid5ncia 1a-i& al. Aresid5ncia 1a-i& al si& a2se no local onde a pessoa fi)a o cen&ro da s a 0ida pessoal e onde1a-i& al!en&e reside. N'o se de0e conf ndir a resid5ncia 1a-i& al co! a resid5nciaper!anen&e por" e a resid5ncia 1a-i& al pode n'o ser per!anen&e. A pessoa pode &erresid5ncias sec nd3rias/ o resid5ncias al&erna&i0as. No caso de &er resid5ncias sec nd3rias/ o%irei&o considera rele0an&e a resid5ncia principalK no caso de a pessoa &er !ais de !aresid5ncia 1a-i& al/ &e!2se por do!iciliada e! " al" er delas.

    II da re( la!en&a 'o do do!ic+lio no CC pode e)&rair2se a s a classifica 'o e! do!ic+lio(eral e do!ic+lios especiais/ e es&es/ e! do!ic+lios 0ol n&3rios o elec&i0os e do!ic+lios le(aiso necess3rios.

    %e en&re os do!ic+lios especiais/ o CC/ no ar&.; @=/ refere o do!ic+lio profissional/ " ecorresponde ao l (ar onde a profiss'o e)ercida. Se &i0er !ais de !a profiss'o/ considera2se do!iciliada e! cada ! desses locais/ no " e respei&a 4s si& a ,es e rela ,es * r+dicasrespec&i0as.

    O do!ic+lio elec&i0o :ar&.; @? do CC ! do!ic+lio con0encional " e as par&es fi)a! para oefei&o de de&er!inados ne(9cios. Es&e &ipo de do!ic+lio fre" en&e!en&e &ili8ada nosne(9cios pri0ados e! " e as par&es en&ende! ser B&il fi)ar de an&e!'o o local para ondede0er'o ser diri(idas as co! nica ,es a efec& ar en&re si/ e!er(en&es da" ele ne(9cio/ eonde essas co! nica ,es se de0a! &ornar efec&i0as e efica8es. Ar&.; >>? do CC/ asdeclara ,es ne(ociais &orna!2se efica8es " ando c1e(a! ao se poder. Se!pre " e se*a

    es&ip lado ! do!ic+lio elec&i0o n ! cer&o ne(9cio/ as declara ,es dele e!er(en&es de0e!ser diri(idas para o do!ic+lio elec&i0o do des&ina&3rio e &orna!2se efica8es desde " e e lo(o" e c1e( e! a esse l (ar.

    A lei pode fi)ar in* n&i0a!en&e ! do!ic+lio le(al e f32lo/ e! rela 'o aos !enores e in&erdi&os/no ar&i(o @ .; do CC/ aos e!pre(ados pB-licos/ no ar&i(o.; @ / e aos a(en&es diplo!3&icospor& ( eses/ no ar&i(o.; @@. Os !enores &5! do!ic+lio le(al no l (ar da resid5ncia da fa!+lia/o do pro(eni&or " e e)ercer o poder pa&ernal/ e " ando es&e*a s *ei&o a & &ela/ o dorespec&i0o & &or. E e! re(i!e de ad!inis&ra 'o de -ens/ o !enor encon&ra2se do!iciliado nodo!ic+lio do ad!inis&rador. Es&as re(ras s9 s'o efica8es na !edida e! " e e! delas n'ores l&e a do!icilia 'o do !enor fora do &erri&9rio nacional. Os in&erdi&os &e! do!icilio le(al nodo!ic+lio do respec&i0o & &or :ar&.; @ / n.;= . e! rela 'o aos ina-ili&ados/ a lei nada es&a-elecee)pressa!en&e/ pelo " e se de0e en&ender " e a s a do!icilia 'o se fa8 do !es!o !odo da(eneralidade das pessoas/ apenas do!iciliado no do!ic+lio do c rador " ando 13 si& a 'o de

  • 8/13/2019 Apontamentos de TGDC

    21/55

    T e o r i a G e r a l d o D i r e i t o C i v i l IP r o f . P e d r o P a i s d e V a s c o n c e l o s

    ad!inis&ra 'o de -ens :ar&.;

  • 8/13/2019 Apontamentos de TGDC

    22/55

    T e o r i a G e r a l d o D i r e i t o C i v i l IP r o f . P e d r o P a i s d e V a s c o n c e l o s

    1a0er3 *3 a necessidade de fa8er in&er0ir o Tri- nal para a no!ea 'o de ! c radorpro0is9rio/ " e seria en&'o s prfl oK

    c M e al( ! in&eressado o o HP o re" eira. A ins&i& i 'o da c radoria pro0is9ria n'o

    a &o!3&ica e a si!ples a s5ncia se! no&+cias/ ainda " e e)is&indo -ens caren&es dead!inis&ra 'o n'o de&er!ina s9 por si a in&er0en 'o do Tri- nal. Para " e a c radoriapro0is9ria se*a ins&i& +da/ necess3rio " e ! in&eressado o o HP &o!e! a inicia&i0ade assi! re" erer ao Tri- nal. Se n'o o fi8ere!/ a si& a 'o !an&!2se e os -enscon&in a! por ad!inis&rar.

    A lei ! i&o li-eral no " e respei&a 4 le(i&i!idade para re" erer a ins&i& i 'o da c radoriapro0is9ria/ ar&.; F< do CC. A in&er0en 'o a &9no!a do HP ao re" erer a ins&i& i 'o dac radoria pro0is9ria fei&a na prossec 'o do in&eresse da defesa da pa8 pB-lica " e acon&in a 'o da" ela !assa de -ens ao a-andono poderia p\r e! peri(o.

    Hais res&ri&a *3 a le(i&i!idade para e)ercer a f n 'o de c rador pro0is9rio. A lei poderia &er

    adop&ado a sol 'o de no!ear a pessoa " e re" ere a ins&i& i 'o. Has o in&eresse principalda c radoria pro0is9ria o in&eresse pa&ri!onial do a sen&e e/ e! se( ndo plano/ o dos se sao s cessores e dos &i& lares de e)pec&a&i0as le(+&i!as so-re os -ens/ dependen&es da !or&edo a sen&e. $ dada ao Tri- nal a li-erdade de escol1er en&re o c\n* (e/ os 1erdeirospres !idos do a sen&e e o &ras pessoas co! in&eresse na conser0a 'o dos -ens. Nessaescol1a/ o &ri- nal de0e &er co!o cri&rio as " alidades concre&as dessas pessoas " e as&orne! par&ic lar!en&e ele(+0eis para o dese!pen1o da f n 'o/ !as se!pre na perspec&i0ada defesa do in&eresse do a sen&e e na e)pec&a&i0a de " e 0en1a a re(ressar e a re&o!ar aad!inis&ra 'o dos se s -ens. Por isso/ no caso de confli&o de in&eresses en&re o a sen&e e oc rador pro0is9rio/ de0e es&e ser s -s&i& +do por ! c rador especial. An&es de en&re(ar os-ens do a sen&e 4 ad!inis&ra 'o do c rador pro0is9rio/ o Tri- nal procede 4 s a relaciona 'o

    e fi)a !a ca 'o " e es&e de0e pres&ar. S9 e)cepcional!en&e/ e! caso de r(5ncia/ is&opode n'o acon&ecer. Se o c rador pro0is9rio n'o pres&ar a ca 'o fi)ada pelo Tri- nal/ ser3s -s&i& +do. O c rador pro0is9rio &e! poderes de ad!inis&ra 'o do pa&ri!9nio do a sen&e e/se( ndo o ar&.; F? do CC/ fica/ sal0o precei&o especial e! con&r3rio/ s *ei&o ao re(i!e do!anda&o (eral. Para alienar o onerar i!90eis/ o-*ec&os preciosos/ &+& los de crdi&o/es&a-eleci!en&os co!erciais o 6o &ros -ens c *a aliena 'o o onera 'o n'o cons&i& a ac&o dead!inis&ra 'o7/ carece de a &ori8a 'o * dicial/ a " al s9 l1e 0er d+0idas do a sen&e/ c s&ear-enfei&orias necess3rias o B&eis 6o ocorrer a o &ra necessidade r(en&e7. E! * +8o/ o c radorpro0is9rio poder3 e de0er3 a(ir e! defesa do a sen&e " ando es&e se*a de!andado/ !asac&i0a!en&e s9 poder3 propor ac ,es e re" erer pro0id5ncias ca &elares de car3c&er r(en&e/" e n'o possa! ser pro&eladas se! de&ri!en&o dos in&eresses pos&os a se car(o. O c radorpro0is9rio &e! o de0er de pres&ar con&as da s a (es&'o/ an al!en&e e se!pre " e l1e fore!pedidas pelo Tri- nal/ e &e! direi&o a !a re! nera 'o de de8 por cen&o da recei&a l+" idareali8ada. A re" eri!en&o do HP o de " al" er in&eressado/ pode ser s -s&i& +do se!pre " ese !os&re incon0enien&e a s a per!an5ncia no car(o. A c radoria pro0is9ria cessa/ se( ndo oar&i(o F@.; do CC/ " ando o a sen&e re(ressar/ " ando es&e pro0idenciar acerca daad!inis&ra 'o dos se s -ens o " ando s r(ir al( ! co! poderes de represen&a 'os ficien&es/ " ando se*a ins&a rada a c radoria defini&i0a o " ando 1a*a a cer&e8a da s a!or&e.

    +!. CURADORIA DE%INITI A

    A se( nda fase do re(i!e * r+dico da a s5ncia a da c radoria defini&i0a/ re(ida pelos ar&i(osFF.; a

  • 8/13/2019 Apontamentos de TGDC

    23/55

    T e o r i a G e r a l d o D i r e i t o C i v i l IP r o f . P e d r o P a i s d e V a s c o n c e l o s

    da ins&i& i 'o da c radoria defini&i0a s'o os !es!os " e f nda! a c radoria pro0is9ria/ co!apenas !a diferen a/ " e res l&a do ar&i(o FF.; do CC# " e a si& a 'o de a s5ncia se!no&+cias d re 13 dois anos/ se o a sen&e n'o &i0er dei)ado represen&an&e le(al o proc rador-as&an&e/ o 13 cinco anos/ no caso con&r3rio. No " e respei&a 4 le(i&i!idade/ a lei *3 !ais

    e)i(en&e. Na c radoria defini&i0a a le(i&i!idade res&ri&a ao c\n* (e n'o separado de pessoase -ens/ aos 1erdeiros do a sen&e/ a 6&odos os " e &i0ere! so-re os -ens do a sen&e direi&odependen&e da condi 'o da s a !or&e7 e ao Hinis&rio PB-lico. A c radoria defini&i0a acarre&a aa-er& ra pro0is9ria da s cess'o do a sen&e. N'o se &ra&a ainda de pres !ir a s a !or&e/ !asde an&ecipar de al( ! !odo os se s efei&os pa&ri!oniais. S'o a-er&os os &es&a!en&os doa sen&e/ se e)is&ire!/ e os se s -ens s'o en&re( es aos 1erdeiros e le(a&3rios " e a eles&eria! direi&o e! caso de !or&e do a sen&e. S'o 1a0idos co!o c radores defini&i0os/ se( ndoo ar&.;

  • 8/13/2019 Apontamentos de TGDC

    24/55

  • 8/13/2019 Apontamentos de TGDC

    25/55

    T e o r i a G e r a l d o D i r e i t o C i v i l IP r o f . P e d r o P a i s d e V a s c o n c e l o s

    0ir& de de circ ns& ncias 03rias/ sofre! de defici5ncias de esclareci!en&o e de li-erdade " eas coloca! e! si& a 'o de inferioridade na 0ida de rela 'o. Essas pessoas s'o/ desde lo(o/os !enores. Os !enores 0'o pa la&ina!en&e desen0ol0endo as s as capacidades f+sicas e!en&ais/ a& a&in(ire! a !a& ridade s ficien&e para podere! a(ir na 0ida e no %irei&o co!

    a &ono!ia co!ple&a. No " e respei&a aos !aiores/ a !a& ridade pr9pria da idade ad l&a por0e8es per& r-ada por defici5ncias " e l1es di!in e!/ o !es!o os pri0a! &o&al!en&e dali-erdade e esclareci!en&o e)i(+0eis para !a ac& a 'o a &9no!a no %irei&o/ e!conse" 5ncia de decrepi& de da idade/ de doen as o de aciden&es sofridos/ de defici5nciasori(in3rias o ad" iridas/ o !es!o de des0ios de car3c&er e de co!por&a!en&o. O %irei&oCi0il pre05 a 0i(5ncia de re(i!es especiais de pro&ec 'o/ " e de0e! ser aplicados " ando/ por" al" er des&as ca sas/ o e0en& al!en&e de o &ras/ as pessoas !aiores sofra! dedefici5ncias de li-erdade e de esclareci!en&o &ais " e os colo" e! a-ai)o do padr'o co! !de nor!alidade e " e se*a! &ais " e e)i*a! o * s&ifi" e! !a pro&ec 'o especial.

    ,'. INCAPACIDADE DOS )ENORES

    I s'o !enores &odas as pessoas desde " e nasce!/ a& co!ple&are! de8oi&o anos de idade:ar&.; > do CC . A an&ecipa 'o da !aioridade para os de8oi&o anos foi in&rod 8ida pelaRefor!a de

  • 8/13/2019 Apontamentos de TGDC

    26/55

    T e o r i a G e r a l d o D i r e i t o C i v i l IP r o f . P e d r o P a i s d e V a s c o n c e l o s

    incapacidade (eral. O ar&i(o =.; do CC. S'o e)cep ,es ao re(i!e (eral de incapacidade dos!enores as " e *3 fora! !encionadas. No ar&i(o .;/ o C9di(o Ci0il e)cepcionae)pressa!en&e 4 re(ra (eral da incapacidade de e)erc+cio/ &r5s ca&e(orias de ac&os do !enor#

    2 os ac&os de ad!inis&ra 'o o de disposi 'o de -ens " e o !enor &en1a ad" irido pelo se&ra-al1oK

    2 os ne(9cios * r+dicos pr9prios da 0ida corren&e do !enor " e/ es&ando ao alcance da s acapacidade na& ral/ s9 i!pli" e! despesas/ o disposi ,es de -ens/ de pe" ena i!por& nciaKe

    2 os ne(9cios * r+dicos rela&i0os 4 profiss'o/ ar&e o of+cio " e o !enor &en1a sido a &ori8ado ae)ercer/ o os pra&icados no e)erc+cio dessa profiss'o/ ar&e o of+cio.

    No " e respei&a 4 al+nea a / ar&.; do CC/ 13 " e &er e! a&en 'o " e o !enor pode&ra-al1ar/ e! princ+pio/ desde os de8asseis anos/ e!-ora o possa fa8er/ e! casos especiais/

    desde os ca&or8e anos. Co! o prod &o do se &ra-al1o pode ad" irir -ens co! al( !ai!por& ncia/ para c *a ad!inis&ra 'o e disposi 'o l1e conferida capacidade. Recon1ece2seassi! ao !enor capacidade para os ac&os " e es&e*a! ao alcance da s a !a& ridade/discerni!en&o e e)peri5ncia. Es&e precei&o si(nifica " e na a &ori8a 'o para o !enor e)ercer

    !a profiss'o es&3 i!pl+ci&a a a&ri- i 'o de capacidade de e)erc+cio para os ac&os respec&i0os.

    III a incapacidade dos !enores cessa " ando a&in(e! a !aioridade o " ando s'oe!ancipados :ar&.; F do CC . A e!ancipa 'o ocorre no caso de casa!en&o do !enor/ *3co! de8asseis anos o !ais/ e a &ori8ado pelos pais o & &or/ o &endo essa a &ori8a 'o sidos prida.

    IV 3 a incapacidade dos !enores s prida pelo poder pa&ernal/ pela & &ela :ar&. ?.; do CC e

    pelo re(i!e de ad!inis&ra 'o de -ens. A incapacidade do !enor s prida pela & &ela/ se( ndoo ar&i(o des&e !es!o ar&i(o#

    2pelo pr9prio !enor se es&e confir!ar o ac&o depois de a&in(ir a !aioridade o de sere!ancipadoK

    2 pelo se le(al represen&an&e/ se es&e o confir!ar e se &ra&ar de ! ac&o " e ele p dessepra&icar e! represen&a 'o do !enor.

    N'o poder3/ poder3/ ser in0ocada a an la-ilidade do ac&o/ co! f nda!en&o na !enoridade dose a &or/ se es&e/ ao pra&icar o ac&o se &i0er fei&o passar por !aior/ sando de dolo :ar&.; Jdo CC . Es&a li!i&a 'o seria aplic30el &'o s9 " ando a an la 'o fosse pedida pelo pr9prio!enor/ n'o a-ran(endo os casos e! " e o re" eri!en&o par&isse do se le(al represen&an&e

  • 8/13/2019 Apontamentos de TGDC

    27/55

    T e o r i a G e r a l d o D i r e i t o C i v i l IP r o f . P e d r o P a i s d e V a s c o n c e l o s

    o de ! se 1erdeiro/ nos !oldes " e! " e &al per!i&ido pelo ar&i(o .; do CC. O dolo-lo" eia a in0oca 'o da in0alidade/ " er pelo pr9prio !enor/ " er pelos se s le(aisrepresen&an&es o 1erdeiros. E!-ora * s&ificando !a especial san 'o so-re o pr9prio !enor/n'o precl diria a ac 'o do se represen&an&e o do se 1erdeiro. O ar( !en&o da pro&ec 'o do

    in&eresse do !enor n'o f nda a in&erpre&a 'o res&ri&i0a. A ser a&endido ele cond 8iria 4a-ro(a 'o do pr9prio ar&i(o J.;. e n'o se descor&ina !a ra8'o para " e es&adesconsidera 'o 0i(ore apenas " ando se*a o !enor a in0ocar pessoal!en&e a in0alidade en'o " ando essa in0oca 'o se*a fei&a pelo se represen&an&e le(al o por ! se 1erdeiro. Tals9 seria defens30el se os represen&an&es le(ais do !enor e os se s 1erdeiros/ ao re" erere!a an la 'o/ prosse( isse! in&eresses pr9prios a &9no!os/ !as an&es os direi&os do pr9prio!enor. Os represen&an&es le(ais do !enor n'o prosse( e! in&eresses pr9prios/ !as an&es osin&eresses do !enor/ e n'o e)erce! direi&os pr9prios a &9no!os/ !as an&es os direi&os dopr9prio !enor. Ta!-! os 1erdeiros do !enor s cede! nas s as posi ,es * r+dicas/ s'o se ss cessores e n'o &rans!iss3rios/ e/ co!o &al/ n'o pode! &er !el1or direi&o do " e ele. S'orepresen&an&es le(ais do !enor e os se s 1erdeiros/ ao a(ire! co! a le(i&i!idade " e l1es d3

    o ar&i(o .; do CC/ es&i0esse! a e)ercer direi&os pr9prios e a prosse( ir in&eresses pr9priosa &9no!os dos do !enor n'o &eria! se" er le(i&i!idade para in0ocar a an la-ilidade. Es&asconsidera ,es -as&a! para afas&ar a in&erpre&a 'o res&ri&i0a. O f nda!en&o e o sen&ido dore(i!e do ar&.; J do CC f nda2se na proscri 'o da !3 f e do a- so do direi&o/ e na & &elados &erceiros " e/ e! -oa f/ confiara! f nda!en&o na apar5ncia de !aioridade criadadolosa!en&e pelo pr9prio !enor. Se e&ica!en&e ins s&en&30el a posi 'o do !enor " e/depois de en(anar a o &ra par&e fa8endo2a crer " e !aior/ 0e! in0ocar a s a pr9pria!enoridade para an lar o ne(9cio/ &a!-! de!asiada!en&e inse( ro e noci0o para oe)erc+cio * r+dico/ e in* s&o para a o &ra par&e per!i&ir a an la 'o nessas condi ,es. A & &ela doin&eresse do !enor con&in a a &er al( ! peso nes&e re(i!e ao s9 per!i&ir " e a & &ela daconfian a e da apar5ncia pre0ale a! e! caso de dolo do !enor/ co! a e)cl s'o dos casos desi!ples c lpa. A con* n 'o do des0alor &ico do dolo do !enor co! o 0alor da & &ela daconfian a n'o an la!/ por!/ co!ple&a!en&e o 0alor da pro&ec 'o do !enor :ar&.; J do CC .Se( ndo o re(i!e do ar&.; J se aplica/ " er " ando a an la-ilidade se*a re" erida direc&a epessoal!en&e pelo pr9prio !enor/ " er " ando se*a pelas de!ais pessoas a " e! o ar&.; recon1ece le(i&i!idade para o fa8er.

    ,+. A INCAPACIDADE DOS INTERDITOS E DOS INABILITADOS

    I alcan ada a !aioridade/ a&in(es as pessoas a pleni& de da s a capacidade * r+dica :ar&.;

  • 8/13/2019 Apontamentos de TGDC

    28/55

    T e o r i a G e r a l d o D i r e i t o C i v i l IP r o f . P e d r o P a i s d e V a s c o n c e l o s

    II a in&erdi 'o e a ina-ili&a 'o &5! conse" 5ncias diferen&es.

    A in&erdi 'o ins&i& i ! re(i!e de incapacidade an3lo(o ao da !enoridade/ se( ndo o ar&i(o do CC/ pode! ser ina-ili&ados os indi0+d os c *aano!alia ps+" ica/ s rde82! de8 o ce( eira/ e!-ora de car3c&er per!anen&e/ n'o se*a de &al

    !odo (ra0e " e * s&ifi" e a s a in&erdi 'o/ assi! co!o a" eles " e/ pela s a 1a-i& alprodi(alidade o pelo a- so de -e-idas alco9licas o de es& pefacien&es/ se !os&re!incapa8es de re(er con0enien&e!en&e o se pa&ri!9nio.

    %a co!para 'o dos f nda!en&os se pode re&irar " e/ e! pri!eiro l (ar/ e)is&e! f nda!en&osco! ns e f nda!en&os espec+ficos da ina-ili&a 'o prodi(alidade e a- so de es& pefacien&eso de -e-idas alco9licas. E! se( ndo l (ar/ " e e! a!-os os casos &e! de ser per!anen&ese d rado ros. A afec&a 'o &e!por3ria o aciden&al n'o d'o l (ar ao decre&a!en&o dain&erdi 'o o da ina-ili&a 'o/ !as si! ao re(i!e da incapacidade aciden&al/ consa(rado no ar&.;> do CC. A &erceira concl s'o de " e a defici5ncia " e f nda a in&erdi 'o !ais (ra0e do" e a " e f nda a ina-ili&a 'o :ar&.; < > . S'o f nda!en&os da ina-ili&a 'o se n'o fore! de &al!odo (ra0es " e * s&ifi" e! a in&erdi 'o. U!a concre&a defici5ncia f nda a ina-ili&a 'o " andon'o se*a de &al !odo (ra0e " e * s&ifi" e o decre&a!en&o da in&erdi 'o. A ina-ili&a 'o decer&o !odo resid al. A " ar&a e Bl&i!a concl s'o de " e a in&erdi 'o/ se( ndo o ar&.;

  • 8/13/2019 Apontamentos de TGDC

    29/55

    T e o r i a G e r a l d o D i r e i t o C i v i l IP r o f . P e d r o P a i s d e V a s c o n c e l o s

    de0e ser decre&ada se!pre " e a ca sa se*a de !olde a i!pedir as pessoas por ela afec&adasde (o0ernar as s as pessoas e -ens/ en" an&o " e a ina-ili&a 'o de0e ser decre&ada :ar&.;< > " ando a ca sa as i!pe a de re(er con0enien&e!en&e o se pa&ri!9nio. No pri!eirocaso/ a pessoa e o se pa&ri!9nio " e es&'o e! peri(oK no se( ndo s9 o se pa&ri!9nio.

    No pri!eiro caso/ &ra&a2se da incapacidade para (o0ernar as s as pessoas e -ensK nose( ndo/ a incapacidade de re(er con0enien&e!en&e o se pa&ri!9nio. O ina-ili&ado al( !" e n'o conse( e c idar con0enien&e!en&e dos se s -ens/ !as n'o precisa de a )+lio parac idar da s a pessoa. $ de concl ir " e de0e! ser in&erdi&adas as pessoas " e/ e! se" 5nciade defici5ncia/ " e pode ser do for ps+" ico o f+sico/ o !es!o de car3c&er/ n'o es&e*a! e!condi ,es de c idar de si pr9prias / n'o es&e*a! e! condi ,es de c idar ne! do sepa&ri!9nio/ ne! da s a pr9pria pessoa. Ar&.; < ? do CC/ consa(ra co!o de0er especial do& &or c idar especial!en&e da saBde do in&erdi&o. No caso da ina-ili&a 'o no&9rio " e n'o es&3e! ca sa a pessoa do incapa8/ !as apenas o se pa&ri!9nio e/ !es!o no " e a essepa&ri!9nio respei&a/ s9 os ac&os de disposi 'o s'o/ e! princ+pio/ aca &elados. Os ac&os dead!inis&ra 'o s9 s'o a-ran(idos pela incapacidade se assi! for especial!en&e decidido.

    IV a in&erdi 'o e a ina-ili&a 'o n'o res l&a! da si!ples 0erifica 'o dos se s press pos&os#&5! de ser decre&adas * dicial!en&e. A lei de&er!ina :ar&s.;

  • 8/13/2019 Apontamentos de TGDC

    30/55

    T e o r i a G e r a l d o D i r e i t o C i v i l IP r o f . P e d r o P a i s d e V a s c o n c e l o s

    p -lica 'o da ac 'o/ a s a i!p (na 'o co! f nda!en&o na defici5ncia do in&erdi&ando oina-ili&ando s9 pode ser o-&ida por incapacidade aciden&al. M er is&o di8er " e s9 cons&i& if nda!en&o de an la 'o a defici5ncia/ nes&e caso/ " ando se pro0e " e/ de fac&o/ o a &or doac&o es&a0a pri0ado da capacidade de o co!preender o pri0ado do con&rolo da s a 0on&ade/ e

    se pro0e ainda " e &al si& a 'o era no&9ria o con1ecida da o &ra par&e o do des&ina&3rio doac&o.

    Ar&s.;

  • 8/13/2019 Apontamentos de TGDC

    31/55

    T e o r i a G e r a l d o D i r e i t o C i v i l IP r o f . P e d r o P a i s d e V a s c o n c e l o s

    III por 0e8es/ &a!-!/ a in&er0en 'o e ac& a 'o pl ral/ de 03rias pessoas/ e! &orno dein&eresses co! ns/ * ridica!en&e confi( rada co!o co! n1'o. $ cons&r +da !acon&i& laridade de ! !es!o -e!/ e! " e &odas co! n(a! no apro0ei&a!en&o da &ilidadepo&enciada por esse -e!. Os con&i& lares relaciona!2se principal!en&e co! a coisa/ o o

    direi&o/ o o -e! o-*ec&o da co! n1'o/ e s9 acess9ria e ins&r !en&al!en&e :sec ndaria!en&eco! os o &ros. A posi 'o das 03rias pessoas e! rela 'o ao -e! n'o necessaria!en&e i( al:

  • 8/13/2019 Apontamentos de TGDC

    32/55

    T e o r i a G e r a l d o D i r e i t o C i v i l IP r o f . P e d r o P a i s d e V a s c o n c e l o s

    *3 ins&i& cionali8ada :asse!-leia e cond9!inos e ad!inis&ra 'o e deli-era ,es sociais :ar&i(os

  • 8/13/2019 Apontamentos de TGDC

    33/55

    T e o r i a G e r a l d o D i r e i t o C i v i l IP r o f . P e d r o P a i s d e V a s c o n c e l o s

    nes&e !-i&o e co! essa fon&e/ os direi&os s -*ec&i0os e a a &ono!ia " e a Lei concede aosindi0+d os.

    II s !ariar as orien&a ,es &+picas# s'o principal!en&e o ficcionis!o personalis&a/ o ficcionis!o

    pa&ri!onial/ o nor!a&i0is!o for!alis&a e o realis!o anal9(ico.a ICCIONISHO PERSONALISTA# 0e! do personalis!o ]an&iano. Cen&rado so-re a

    pessoa 1 !ana/ n'o ad!i&e a pessoa colec&i0a a n'o ser co!o !a cons&r 'ofic&+cia/ !a fic 'o ar&ificial da orde! * r+dica " e n'o pode ser colocada no !es!oplano e! " e se encon&ra a pessoa 1 !anaK s9 a personalidade sin( lar real# apersonalidade colec&i0a ar&ificial.

    - ICCIONISHO PATRIHONALISTA# encara a personalidade colec&i0a co!o afec&a 'ode !a !assa pa&ri!onial a ! cer&o fi!/ para c *a prossec 'o a orde! * r+dicaa&ri- i a capacidade de ser s *ei&o de direi&os e o-ri(a ,es e de pra&icar ac&os * r+dicos/4 i!a(e! das pessoas sin( laresK &eoria do pa&ri!9nio2fi!K es&e !odo de pensar ne(a

    a realidade da personalidade colec&i0a !as/ diferen&e!en&e dele/ assen&a a s a -ase/ *3 n'o nas pessoas/ !as nos -ens " e cons&i& e! o se s -s&ra&o. As pessoascolec&i0as seria! na 0erdade/ pa&ri!9nios se! s *ei&o/ afec&os 4 prossec 'o decer&os fins.

    c NORHATIVISHO ORHALISTA# : ans ^elsen par&e da orde! * r+dica e da nor!apara a pessoa. A personalidade/ &an&o sin( lar co!o colec&i0a/ !a cons&r 'o daorde! * r+dica. As pessoas/ &an&o as sin( lares co!o as colec&i0as/ s'o a nidadepersonificada das nor!as * r+dicas " e o-ri(a! e confere! poderes/ s'o cons&r ,es

    * r+dicas criadas pela ci5ncia do direi&o/ concei&os a )iliares na descri 'o de fac&os * ridica!en&e rele0an&es. Isso si(nifica " e a orde! * r+dica es&a& i de0eres e direi&os" e &5! por con&eBdo a cond &a de indi0+d os " e s'o 9r('os e !e!-ros dacorpora 'o cons&i& +da a&ra0s de ! es&a& &o/ e " e es&a si& a 'o co!ple)a pode serdescri&a co! 0an&a(e!/ por" e de !aneira rela&i0a!en&e !ais si!ples/ co! o a )+liode !a personifica 'o do es&a& &o cons&i& &i0o da corpora 'o. Coloca as pessoassin( lares e as colec&i0as no !es!o plano de cons&r ,es * r+dicas.

    d REALISHO ANAL_GICO# en&ende as pessoas colec&i0as co!o en&es real!en&ee)is&en&es na 0ida social/ do&ados de ! s -s&ra&o pr9prio/ e " e dese!pen1a! nasociedade e na 0ida de rela 'o papis e a+ ass !e! !a indi0id alidade e !as -*ec&i0idade no0a/ diferen&e da dos se s !e!-ros/ f ndadores o -enefici3rios. Apersonalidade colec&i0a e)pri!e o recon1eci!en&o pela orde! * r+dica da s arealidade co!o en&es sociais a &ono!a!en&e rele0an&es. En(lo-ando n !a Bnica

    ca&e(oria * r+dica a personalidade sin( lar e a personalidade colec&i0aK por 0e8es/&a!-!/ s'o d alis&as/ dis&in( indo en&re a personalidade sin( lar e a colec&i0a/ !asse! dei)ar de recon1ecer realidade social e \n&ica de a!-as. N !a 0ers'o !aisac& al/ en&ende2se " e pessoa colec&i0a 6 ! en&e do ! ndo social7 " e per!i&e afor!a 'o de !a 0on&ade co! !/ diferen&e das 0on&ades de cada ! dos !e!-ros ea s a ac& a 'o a&ra0s de 9r('os/ co!o se de !a pessoa sin( lar se &ra&asse. 3&a!-! " e! en&enda a personalidade colec&i0a co!o !a realidade social!en&e\n&ica/ anal9(ica 4 personalidade 1 !ana. O realis!o anal9(ico do!inan&e nado &rina por& ( esa

    IV ca-e &o!ar posi 'o. ico *3 claro " e s9 a pessoa 1 !ana &e! !a di(nidadepr9pria ori(in3ria/ a &9no!a e s pra * r+dica/ " e n'o criada pelo %irei&o e es&e se li!i&a

  • 8/13/2019 Apontamentos de TGDC

    34/55

    T e o r i a G e r a l d o D i r e i t o C i v i l IP r o f . P e d r o P a i s d e V a s c o n c e l o s

    a recon1ecer/ &e! o de0er de respei&ar e &e! por !iss'o defender. A personalidadecolec&i0a al(o " e n'o pode ser conf ndido co! a personalidade sin( lar/ ne! pos&o no!es!o plano/ e!-ora se*a pelo %irei&o cons&r +da 4 s a i!a(e! e se!el1an a. Apersonalidade colec&i0a &e! !a na& re8a * r+dica an3lo(a 4 da personalidade sin( lar/ 3

    da personalidade * r+dica das pessoas 1 !anas. Tra&a2se de realidades se!el1an&es " e/en" an&o se!el1an&es/ n'o s'o i( ais/ !as &a!-! n'o s'o co!ple&a!en&e diferen&es.

    As pessoas colec&i0as &5! de co! ! co! as pessoas 1 !anas a" ilo e! " ecorresponde! ao e)erc+cio * r+dico colec&i0o de pessoas 1 !anas associa ,es esociedades de pessoas e 3 a &ono!i8a 'o de !assas pa&ri!oniais o 4ins&i& cionali8a 'o de fins de pessoas 1 !anas sociedades de capi&ais e f nda ,es. Aspessoas colec&i0as nasce!/ o da ins&i& cionali8a 'o de a(r pa!en&os de pessoas1 !anas " e a&ra0s delas prosse( e! or(ani8ada!en&e os se s in&eresses/ o dains&i& cionali8a 'o de fins de pessoas 1 !anas/ " e s'o por se in&er!dioa &ono!i8ados/ do&ados de !eios e prosse( idos/ o da a &ono!i8a 'o de !assaspa&ri!oniais de pessoas 1 !anas " e s'o afec&as 4 prossec 'o de fins 1 !anos. Naori(e! das pessoas colec&i0as encon&ra!2se se!pre pessoas 1 !anas/ para aprossec 'o de c *os in&eresses e fins fore! cons&i& +das. E)is&e! se!pre na s a (nesee no se f nda!en&o/ direc&a o indirec&a!en&e/ pessoas 1 !anas/ in&eresses e fins1 !anos. $ a prossec 'o dos in&eresses e fins das pessoas 1 !anas " e * s&ifica ef nda * ridica!en&e a s a e)is&5ncia. A personalidade colec&i0a/ e!-ora &en1a ! i&o deins&r !en&al/ n'o perde n nca ! li(a!e co! a personalidade 1 !ana/ li(a!e es&e " epode ser !ais &enso o !ais &n e/ !ais pr9)i!o o !ais re!o&o/ !as " e n nca dei)a dee)is&ir e de &er ! papel rele0an&e na s a posi 'o no seio do %irei&o. As pessoas colec&i0as0'o2se pro(ressi0a!en&e a &ono!i8ando das pessoas " e as cons&i& +ra! e (an1a! !aindi0id alidade pr9pria. Trad 82se na &i& laridade de in&eresses pr9prios " e sea &ono!i8a! dos se s f ndadores o !e!-ros e " e co! eles pode! a& en&rar e!confli&o. As pessoas colec&i0as represen&a! a in&erposi 'o de !a no0a s -*ec&i0idade. $es&a no0a s -*ec&i0idade " e social!en&e cons&a&30el e social!en&e rele0an&e " e

    * s&ifica " e/ peran&e o %irei&o/ se*a! &idas co!o pessoas/ co!o s *ei&os/ co!o cen&ros dei!p &a 'o de si& a ,es * r+dicas/ de direi&os e de 0inc la ,es. As pessoas colec&i0ascorresponde! a al(o " e e)is&e co! a &ono!ia e co! rele0 ncia no &ecido social/ a !ano0a s -*ec&i0idade social e * r+dica " e diferen&e da dos se s f ndadores e da dos se s!e!-ros/ o " e !ais do " e !a si!ples &cnica * r+dica de prossec 'o de in&eresses(r pais das pessoas sin( lares o de prossec 'o e ins&i& cionali8a 'o dos se s fins. Aspessoas colec&i0as n'o &e! a " alidade 1 !ana ne! a di(nidade ori(in3ria das pessoas1 !anas/ e n'o &e! a s a posi 'o f ndan&e e cen&ral no %irei&o. A s a personalidade

    * r+dica pode &a!-! ser e)&in&a. Ao con&r3rio da personalidade das pessoas 1 !anas/

    " e s pra * r+dica.

    A posi 'o das pessoas colec&i0as 1ierar" ica!en&e ! i&o inferior 4 das pessoas1 !anas e/ e!-ora se*a dela a &ono!i8ada/ n'o dei)a de cons&i& ir ! !eio para areali8a 'o dos se s fins. A posi 'o ins&r !en&al das pessoas colec&i0as e! rela 'o 4reali8a 'o dos fins das pessoas 1 !anas n'o de0e n nca ser es" ecida/ principal!en&e" ando se es&3 peran&e pessoas colec&i0as de enor!e poder econ9!ico/ o de enor!erele0 ncia social. H i&o rele0an&es s'o &a!-! as diferen as i!pos&as pela na& re8a dascoisas. As pessoas colec&i0as precisa! de pessoas 1 !anas " e/ en" an&o &i& lares dosse s 9r('os/ &en1a! a consci5ncia e for!e! e e)pri!a! a s a 0on&ade. al&a 4s pessoascolec&i0as " ase & do o " e as pessoas 1 !anas &5! de i!por&an&e. Por isso/ apersonalidade colec&i0a enor!e!en&e !ais po-re do " e a das pessoas 1 !anas. Porisso sofre! (randes li!i&a ,es ao n+0el da capacidade de (o8o de direi&os e/ se( ndo oar&i(o .; da CRP/ &5! os se s direi&os e o-ri(a ,es li!i&ados ao " e se*a co!pa&+0el co!

  • 8/13/2019 Apontamentos de TGDC

    35/55

    T e o r i a G e r a l d o D i r e i t o C i v i l IP r o f . P e d r o