casos praticos tgdc ii_jp
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7/31/2019 Casos Praticos TGDC II_jp
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CASO 1
Caso anúncio da venda de casa (formação do negócio - convite a contratar).
António faz publicar um anúncio no jornal com o seguinte texto: “vendo
apartamento com 4 assoalhadas, 3 casas de banho e cozinha, na Rua das Cerejas, n.º 4,
2.º andar, em Lisboa, por 250.000 €”. Bento, amigo de António e que conhece a casa,
telefona-lhe e diz: “Compro a tua casa pelos 250.000 € que pedes”. “Está feito”,responde António.
Diga, fundamentadamente, quem é o proprietário da casa.
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CASO 4
Caso proposta de venda de biblioteca (formação; negócio entre presentes).
Em contacto telefónico, entre conversas sobre futebol, família e trabalhos,
António diz a Bernardo, seu velho conhecido: “vendo-te a biblioteca que tanto elogiashá anos. Por 200.000€.” Ao que Bernardo diz: “já te respondo.” Ora, tendo a conversa
retomado os outros assuntos, Bernardo não chega a responder a António. No dia
seguinte, à noite, apresenta-se em casa de António, com o respectivo cheque e uma
camioneta alugada, para transportar os livros. António, que entretanto recebera proposta
de compra por 300.000€, por parte de Carlos, diz que já não está interessado em vender
a Bernardo. Este não se conforma, sublinhando que uma vez aceite está o contrato
celebrado. Quid iuris?
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CASOS 5
Proposta de venda de carro seguido de venda a terceiro (formação; artigo 227.º)
Variante
Em 2 de Março de 2006, António envia carta a Bernardo, dizendo: “Finalmente,vendo-te o velho Mercedes. Pelos 20.000€ de que já havíamos falado.”
Recebida a carta a 4 de Março, Bernardo apressa-se a responder por carta nesse
dia enviada, onde diz: “Boa notícia. Está feito o negócio.” E nesse mesmo dia,
entusiasmado, compra produtos de limpeza para abrilhantar pinturas de carros antigos,
gastando 100€.
No dia 4, à noite, António é surpreendido por Carl, americano, coleccionador de
automóveis antigos, que lhe oferece 40.000€ pelo Mercedes. Logo ali lhe entrega o carro
e recebe o dinheiro.
Bernardo não se conforma. Quid iuris?
Variante: A carta de António é recebida a 20 de Março, por ter ocorrido
entretanto uma greve dos correios. Bernardo responde no mesmo dia 20, por fax,
manifestando a sua concordância.
Entretanto, no dia 19 António havia vendido a outrem o carro. Quid iuris?
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CASO 6
Empregada (formação do neg./ duração da proposta/revogação da aceitação)
A pretende contratar uma empregada doméstica para a sua casa. Anuncia num
jornal esse propósito, publicitando a sua morada, e pedindo que lhe sejam enviadascandidaturas, acompanhadas de cartas de referências e de condições de trabalho
pretendidas. B e C enviam, ambas de Lisboa, a A, por correio, os elementos pretendidos
com indicação das condições que cada uma está disposta a aceitar e o dia a partir do qual
se encontram disponíveis. A carta de B, que é enviada a 02/09/2002 e recebida por A
quatro dias depois, inclui, entre outras, a seguinte menção: «Se, no prazo de 5 dias após
a recepção desta carta, nada responder, apresentar-me-ei ao serviço no dia 4 de
Dezembro». A nada faz.
A proposta de C foi, por seu turno, também enviada em 02/09/2002, mas recebida
no dia 03/09. No dia 11/09, de manhã, C recebe, no seu atendedor automático de
chamadas uma declaração de A, aceitando a proposta. Posteriormente, como A mudou
de ideias quanto à data em que pretendia que C iniciasse o trabalho, telefonou-lhe e, ao
telefone, combinaram que C iniciaria funções não a 7 de Dezembro, conforme constava
da carta de C, mas a 14 de Dezembro.
a) Foi concluído algum contrato entre a A e B? Justifique.
b) Em 11/09 foi concluído algum contrato entre a A e C? Justifique.
c) Admita, agora, que A, arrependido de ter aceitado a proposta de C, deixa no
mesmo dia 11, à noite, no atendedor de chamadas de C, mensagem em que diz que
afinal já não pretende contratá-la. C, que só ouve as 2 mensagens no dia 12 de Setembro,
pretende agora saber se o contrato está ou não celebrado.
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CASOS 7
Troca de cavalos e variantes (contrato atípico/ forma do contrato/ efeitos reais e
obrigacionais; traditio/ confronto com contratos preparatórios)
No dia 3 de Janeiro de 2005, António diz a Bernardo, em jantar de amigos:
“Troco o Trovão, o cavalo lusitano que tanto aprecias, pelo teu puro-sangue árabe. E
olha que foi avaliado em 250 mil euros. Caso aceites, entrego-to no dia 3 de Fevereiro,
aproveitando para receber o teu nessa altura”.
Bernardo responde: “Está feito.”
No dia 15 de Janeiro, Carlos diz a António, na quinta deste: “Compro o Trovão
por 300 mil euros”.
António responde: “Aceito”
Logo ali cavalo e dinheiro são entregues.
Quem é o proprietário do Trovão?
Variante:
No dia 3 de Janeiro de 2005, António diz a Bernardo, em jantar de amigos: “No
dia 3 de Fevereiro troco o Trovão, o cavalo lusitano que tanto aprecias, pelo teu puro-
sangue árabe. E olha que foi avaliado em 250 mil euros. Caso aceites, entrego-to quinze
dias depois, aproveitando para receber o teu nessa altura”.
Bernardo responde: “Está feito.” No dia 15 de Janeiro, Carlos diz a António, na quinta desta: “Compro o Trovão
por 300 mil euros”.
António responde: “Aceito.”
Logo ali cavalo e dinheiro são entregues.
Quem é o proprietário de Trovão?
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CASO 8
Exame (forma)
Antónia, mulher de valiosíssimo património mobiliário e imobiliário, diz, aoalmoço, à sua filha Benedita, universitária (fonte de inúmeras e grandes preocupações
para sua Mãe): “Passas no exame e dou-te o que tu quiseres”
Benedita responde: “Desta vez vou surpreendê-la. E vai ter remorsos pelo que me
acaba de prometer”. Quid iuris?
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CASO 9
Cláusulas proibidas/letra pequena (ccg).
A sociedade Béltico, S.A., importadora de bacalhau, encomendou ao fornecedor
habitual, Cristal, S.A., 15 novos computadores, para uma nova filial da Béltico.
Os computadores foram instalados, de acordo com o combinado, a 20 de Julho,tendo António, gerente da Béltico, ido de férias durante o mês de Agosto.
A 7 de Setembro, uma semana depois do seu regresso de férias, António exige,
por escrito, à Cristal, S.A., a substituição dos computadores dado que um dos
componentes de cada computador se encontrava queimado, limitando fortemente as
possibilidades do computador.
A Cristal, S.A. recusa-se a substituir os computadores alegando:
Nos termos das "condições gerais de fornecimento", elaboradas pela Cristal e
devidamente assinadas pela Béltico em Janeiro, a não reclamação de defeitos no prazode uma semana depois da instalação corresponde a aceitação da coisa com renúncia a
qualquer eventual reclamação;
As "condições gerais de fornecimento" estabelecem ainda que "alterações ao
presente contrato em sentido favorável ao Cliente consideram-se aceites por este na falta
de oposição recebida pela Cristal, S.A. no prazo de uma semana a contar da recepção da
comunicação de alteração. Cabe à Cristal, S.A. qualificar a alteração como favorável ou
desfavorável ao Cliente.".
a)Pronuncie-se, justificadamente, sobre a validade de cada uma das cláusulas do
contrato.
b)Admita agora que as "condições gerais de fornecimento" constavam de um
anexo do contrato, redigidas em letra tamanho “6”. Quid iuris?
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CASO 10Retractação (defesa do consumidor)
No dia 2 de Junho, tendo por base um folheto do JUMBO das ocasiões do mês,
António encomenda, por telefone, um plasma.
O plasma é entregue no dia 3 de Junho. No dia 5, António, depois de chamado à
razão pela sua mulher, ao longo daqueles 2 dias, reconhece que tal compra acarreta
eliminação do jantar (sendo este substituído, por dificuldades financeiras, por uma frugal
ceia). Logo nesse dia restitui o plasma ao JUMBO, pedindo o dinheiro de volta. O
JUMBO recusa.
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CASO 11
Prostituição (objecto/conteúdo).
Antónia obriga-se, perante Bernardo, a prostituir-se todas as sextas-feiras, à noite,
durante um ano. Ao fim de 2 meses Antónia recusa-se a fazê-lo. Bernardo intenta acçãoem tribunal pedindo que Antónia seja obrigada a cumprir a obrigação que havia
assumido. Quid iuris?
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CASO 12
Convenção prescindindo de escrit. em compra e venda de imóvel (artigo 294.º)
Antónia e Benedita acordam, por escrito, em prescindir de escritura pública na
compra, por Antónia, do terreno de Benedita, a celebrar no dia seguinte.
No dia seguinte a compra e venda é celebrada por escrito. Passados 2 anos
Benedita afirma-se proprietária do terreno, por nulidade da dita venda. Quid iuris?
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CASO 13
Licença de construção (condição exercitável/pendência/hipoteca).
Por escritura pública, A compra a B terreno para construção por 5 milhões de
euros.
Numa das cláusulas, estabelece-se que tal venda fica sem efeito se no prazo de 2
anos não for emitida, pelo município, licença de construção, caso António, perante essefacto, confirme a ineficácia. Passados 2 meses da compra e venda, António constitui
hipoteca sobre o terreno, em garantia de dívida para pagamento do remanescente do
preço. Um ano mais tarde, por decisão final camarária, o pedido de licença é recusado,
após contacto informal entre A e um seu amigo funcionário da Câmara, para que o
referido projecto não fosse aprovado, atendendo a que A, entretanto se havia
arrependido da compra (por dificuldades surgidas no mercado imobiliário). A vem, pois,
pôr em causa a relação contratual. Quid iuris?
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CASO 14
Ratos
António fez saber por anúncio num jornal: “Vendo ratos, a 5€ cada um”.
Indicava, ainda, uma morada e um número de telefone.Bcd, laboratório, precisava de ratos/cobaias. Ao ler o anúncio, Carlos, empregado
do laboratório, enviou de imediato uma carta a António em que dizia pretender comprar
30 ratos. Em anexo à carta enviou vale postal, no valor de 150 euros.
Alguns dias depois Carlos adquiriu uma gaiola e dirigiu-se à morada indicada,
para ir buscar os ratos. Qual não foi o seu espanto quando António lhe pretendeu
entregar 30 ratos de computador. Carlos recusa, afirmando que aquilo que comprou (e
pagou) foram 30 ratos animais. Quid iuris?
CASO 15
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Caso relógio-jóia
Antónia, às portas da morte, escreve a Benedita, sua afilhada, no dia do
casamento desta (estando, Antónia, arrependida por pouco ter procurado a sua afilhada,
ao longo da vida): “Dou-te todos os meus anéis”. Ao que Benedita responde: “Agradeço
à madrinha.”
Quando dias depois, em reunião familiar, Antónia entrega os anéis a Beneditaesta assinala que falta um anel – o que tem valiosíssimo relógio incorporado. Antónia
responde dizendo que se trata de um relógio, e não de um anel – de resto, o seu relógio
do dia-a-dia. Quid iuris?
CASO 16
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Revolução (coacção moral /usura).
António, general vitorioso em golpe de Estado, diz ao seu vizinho, ministro do
governo deposto: “Compro-lhe a sua bela moradia por 100.000€. A escritura é amanhã.
E logo de seguida, garanto-lhe uma fuga em segurança para o estrangeiro – para que não
seja preso como os seus colegas de governo”
Bernardo, sabendo que a casa vale cerca de 750.000€, responde: “As regras sãoas suas”.
A escritura é assim lavrada.
Passados 10 anos, em Fevereiro de 1994, o general é deposto, e Bernardo é
autorizado a regressar ao país. O que faz decorridos 2 meses.
Pretende, agora, recuperar a casa. O general dispõe-se a pagar o preço justo. Quid
iuris?
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CASO 17
Aranhões (erro na declaração)
A é cliente do antiquário B. Tendo visto, ao passar em dia feriado, diante da loja,
um soberbo prato aranhões ao canto inferior esquerdo, por 4000€, telefona logo na 2.ª
feira de manhã dizendo ficar com “o aranhões da montra”. A funcionária que recebe o
telefonema verifica que, de facto, nesse canto da montra está um aranhões, e, assim, diza A que pode por lá passar a buscar o prato. A responde que passará dias mais tarde, mas
que naquele mesmo dia paga por transferência bancária.
Acontece que pouco antes de abrir a loja, naquela 2.ª feira, o antiquário havia
refeito a montra, substituindo o aranhões de 4000€ por um vulgar aranhões já colado e
recolado, ali colocado apenas para decorar a montra.
A, ao deslocar-se à loja, e constatado o engano, pretende o dinheiro de volta. B
nega-lho. Retorquindo que lhe entrega, afinal, o 1.º aranhões. A, incomodada, recusa
qualquer compra naquele estabelecimento. Quid iuris?
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CASO 18
Piscina (erro sobre o objecto; dolo)
A pretende vender a sua casa – uma bela moradia de praia, com todos os luxos,
nomeadamente jardim de 10.000m2, a que, estranhamente, apenas falta piscina. Falta
que há muito impede a venda da casa pelos 2,5 milhões de euros pedidos por A.Perante essas dificuldades, A contacta Z, sociedade de mediação imobiliária, a
quem promete 3% do valor de venda, caso esta lhe encontre um comprador.
Z contacta emigrantes em França, proporcionando fotografias da casa. B, um dos
contactados, diz: “Vi as fotografias. A casa é esplêndida. Ainda que não apareça nas
fotografias presumo que tem piscina. Coisa imprescindível hoje em dia.” Ao que Z
responde: “Claro que tem todos os luxos. Como se fosse possível o contrário!”
O negócio faz-se (2 meses depois de A contratar Z) pelo preço de 3milhões,
apressadamente, num dia em que B passa por Portugal, em negócios.Passados meses, chegado a Portugal para as férias de Verão, B vê, pela 1.ª vez a
casa, e verifica que não tem piscina.
Pretende reaver o dinheiro. Quid iuris?
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CASO 19
Professor (erro sobre outros motivos)
António, professor, tendo errado ao consultar pautas de distribuição de
professores, e pensando, por isso, que vai ser transferido para uma escola em Portimão,arrenda, nessa localidade, uma casa a Bento e, em conversa, diz-lhe que está a arrendar
em Portimão porque vai ser transferido para lá, como professor.
Afinal, acedendo às pautas correctas, António verifica que foi colocado em
Aveiro. Pode anular o contrato celebrado com Bento?
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CASO 20
Concerto (erro sobre a base do negócio)
No dia 2 de Julho, A., dono de um estádio, celebra com B., agente musical, um
contrato para utilização da respectiva sala para B. aí realizar um espectáculo com váriosgrupos musicais, no dia 2 de Agosto.
O preço acordado entre A. e B. é 250.000€.
A. e B., à data da celebração do contrato, estavam certos da presença dos C2,
grupo mundialmente famoso, que sempre garantia lotação esgotada - só por este facto o
preço era tão alto.
Todavia, e sem que A. e B. o soubessem, os membros dos C2, tinham tido um
grave acidente de viação no dia 1 de Julho e estavam hospitalizados, não podendo actuar
na data do espectáculo.Pode A. anular o contrato?
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CASO 21
Caso simulação relativa preço (Variante: simulação doação/CV).
Em Agosto de 2000, António diz à sua colega Benedita: “Recebi de herança um Malhoa e um Vieira da Silva. Cada um avaliado em cerca de 250.000€. Vendo-te um
deles – aquele que quiseres.”
Benedita responde: “Fico com o Malhoa. E, já agora, em vez de dinheiro,
entrego-te o meu apartamento da Praia da Luz.” Ao que António diz: “Bom negócio!
Combinado!”
Passado 1 ano, em Agosto de 2001, António sugere a Benedita: “O negócio do
Malhoa está feito. Mas é de ficar preto no branco. Pelo que convém irmos a um notário.
E, já agora, avaliemos o Malhoa em 100.000€, para que eu poupe algum em impostos.”Benedita aceita a sugestão de António.
Em Setembro de 2001, num cartório de Lisboa, a escritura é lavrada naqueles
termos.
Passados 5 anos, António é contactado por Carlos, coleccionador de arte que,
julgando-o dono do Malhoa, lhe oferece 600.000€, informando António de que nos
últimos 4 anos os Malhoas foram “descobertos” por alguns dos grandes coleccionadores
de arte americanos, pelo que muito se valorizaram.
António vem, agora invocar a invalidade do contrato titulado pela escritura, pelo
ocorrido acerca do valor do quadro (na medida em que o valor indicado aquando desse
acto notarial foi apenas de 100.000€). Pelo que ele, António, continua proprietário do
Malhoa.
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CASO 22
Simulação com preferente
A e B outorgaram uma escritura em que se dizia que o primeiro vendia ao
segundo certo imóvel por 150.000€. Na verdade, B pagou 250.000€, sendo aquele o
preço declarado para evitar pagar o devido a título de IMT.
C, titular de um direito de preferência (artigo 1555.º), tendo tido conhecimento donegócio, de nada sabendo das combinações de bastidores de A e B, mandou-hes uma
carta pretendendo adquirir pelos 150.000€, preço que lhe pareceu simpático, mas que
pensou corresponder à realidade porque tinha Manuel por uma pessoa honesta. Quid
iuris?
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CASO 23
Promessa bivinculante com 1 assinatura (conversão)
No dia 3 de Janeiro de 2005, António escreve a Bernardo: “No dia 3 de Fevereiro
troco o meu terreno algarvio, que tanto aprecias, pelo teu no Alentejo.”
Bernardo responde em telefonema: “Está feito.” No dia 3 de Janeiro, A (arrependido) recusa-se a outorgar a escritura, dizendo que
o contrato é nulo pelo disposto no artigo 410.º/2.
B invoca a obrigação de A nos termos de um contrato-promessa monovinculante.
Quid iuris?