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Negócio Jurídico Acções: comportamentos com intencionalid ade e sim; são o que há de dinâmico na realização pelas pessoas dos projectos e dos fns que lhes são próprios, são a procura e aproveitamento dos bens. São dados extrajurídicos o !ireito valora"as, mas não as cria#. $ relev ânci a juríd ica da intencio nali dad e e da fnali dad e na ação % variável  % irrelevante para o !ireito que o cumprimento do limite de velocidade se deva & consci'ncia ou ao medo do condutor; já relevam no caso do e(cesso de velocidade,  justifcado se para salvar uma vida#. $ acção humana só % compreens)vel na sua inte*ralidade. Só as aç+es, e não os simples comportamentos, podem ser jul*ados i#l)citos. simples comportamento só pode ser relevante como -acto, e não como ato jur)dico. $ natureza das pessoas coletivas % analó*ica em relação &s pessoas humanas.   amb%m a*em no !ir eito e as suas aç+es só di-erem de natur eza em relação &s das pessoas humanas no que imp+e a di-erença dos fns prosse*uidos. / Ressalve-se: estados pessoais de cariz ps)quico só são sindicáveis &s pessoas humanas. F ac to judico str ict o sensu: aconteciment o com relevância jur )dica, uma ocorr'ncia a que o !ireito atribui consequ'ncias jur)dicas. Integração do facto com a norma: 0erspetiva substantiva silo*)stica1 !ireito % posto em premissa maior e -acto em premissa menor. $ conclusão % o e-eito jur)dico, a consequ'ncia bstáculo1 o -acto não e(iste como tal. 2 um pedaço de realidade dela recortado sob o crit%rio da sua correspond'ncia & previsão da norma.  processo circular esse crit%rio implica a antecipação da norma a escolher 0erspetiva analó*ica e hermen'utica1 -acto e norma são mat%rias primas do pr ocesso de concreti zaç ão. $ norma per ten ce a dever"ser con cep tua l" abstr atamente -ormulado; os -actos & -atuidade amor-a do acontecer permanente. 0ara inte*rá"los % preciso -acticizar a norma e normativizar o -acto. 3acto jur)dico % recorte -eito na realidade, sob o crit%rio da relevância jur)dica, manipulando a realidade se*undo a sua relevância para o !ireito, de modo a ser inte*rável com a norma, na concretização. 4elevância do -acto jur)dico simples não % considera a intencionalidade e o fm naturais ou humanos#. Só releva para o !ireito o simples acontecer. Atos judicos:  comportamentos vol untários pessoas humanas5coletivas#  juridicamente r elevantes, imputá veis aos seus autores. $ sua intencionalidade e a fnalidade não relevam pa ra a determinação da consequ'ncia jur)dica. papel da autonomia privada % reduzido no dom)nio do ato  jur)dico. Atos declarativ os/de clarações:  atos dir i* idos a outrem com conte6do comunicativo e(i*em conte6do e destinatários## Receptícias 1 t'm destinatários# determinados Não receptícias1 t'm destinatários# indeterminad os De vontade1 e(prime"se uma intenção De ciência1 e(prime"se um ju)zo de realidade, uma asserção sobre uma verdade ou -alsidade 7

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Negócio Jurídico

Acções: comportamentos com intencionalidade e sim; são o que há de dinâmico narealização pelas pessoas dos projectos e dos fns que lhes são próprios, são aprocura e aproveitamento dos bens.

São dados extrajurídicos o !ireito valora"as, mas não as cria#.$ relevância jurídica da intencionalidade e da fnalidade  na ação % variável  %irrelevante para o !ireito que o cumprimento do limite de velocidade se deva &consci'ncia ou ao medo do condutor; já relevam no caso do e(cesso de velocidade, justifcado se para salvar uma vida#.

$ acção humana só % compreens)vel na sua inte*ralidade. Só as aç+es, e não ossimples comportamentos, podem ser jul*ados i#l)citos. simples comportamentosó pode ser relevante como -acto, e não como ato jur)dico.

$ natureza das pessoas coletivas % analó*ica em relação &s pessoas humanas.

 amb%m a*em no !ireito e as suas aç+es só di-erem de natureza em relação &s daspessoas humanas no que imp+e a di-erença dos fns prosse*uidos. / Ressalve-se:estados pessoais de cariz ps)quico só são sindicáveis &s pessoas humanas.

Facto jurídico stricto sensu:  acontecimento com relevância jur)dica, umaocorr'ncia a que o !ireito atribui consequ'ncias jur)dicas.

Integração do facto com a norma:• 0erspetiva substantiva silo*)stica1 !ireito % posto em premissa maior e -acto

em premissa menor. $ conclusão % o e-eito jur)dico, a consequ'nciabstáculo1 o -acto não e(iste como tal. 2 um pedaço de realidade dela recortadosob o crit%rio da sua correspond'ncia & previsão da norma.  processo circular esse crit%rio implica a antecipação da norma a escolher

• 0erspetiva analó*ica e hermen'utica1 -acto e norma são mat%rias primas doprocesso de concretização. $ norma pertence a dever"ser conceptual"abstratamente -ormulado; os -actos & -atuidade amor-a do acontecerpermanente. 0ara inte*rá"los % preciso -acticizar a norma e normativizar o-acto.

3acto jur)dico % recorte -eito na realidade, sob o crit%rio da relevância jur)dica,manipulando a realidade se*undo a sua relevância para o !ireito, de modo a serinte*rável com a norma, na concretização.4elevância do -acto jur)dico simples não % considera a intencionalidade e o fmnaturais ou humanos#. Só releva para o !ireito o simples acontecer.

Atos jurídicos:  comportamentos voluntários pessoas humanas5coletivas# juridicamente relevantes, imputáveis aos seus autores.

$ sua intencionalidade e a fnalidade não relevam para a determinação daconsequ'ncia jur)dica. papel da autonomia privada % reduzido no dom)nio do ato jur)dico.

Atos declarativos/declarações:  atos diri*idos a outrem com conte6docomunicativo e(i*em conte6do e destinatários##

Receptícias1 t'm destinatários# determinadosNão receptícias1 t'm destinatários# indeterminadosDe vontade1 e(prime"se uma intençãoDe ciência1 e(prime"se um ju)zo de realidade, uma asserção sobre uma

verdade ou -alsidade

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Actos reais/operações: simples comportamentos voluntários de pessoas &s quaiso !ireito atende & voluntaridade da sua prática, mas sem conte6do comunicativo. que % relevante % o comportamento do a*ente, ao qual o !ireito atribui um sentido.2 preciso apreciar melhor o papel da vontade no que respeita aos actos reais.$l*uma intenção de apropriação terá de haver no ocupante, ainda que a lei nãoe(ija a sua demonstração.

8Art !"#$ %%: Aos actos jurídicos que não sejam negócios jurídicos são aplicáveis, na medida emque a analogia das situações o justifique, as disposições do capítulo precedente.»

0receito enganoso e dispensável / art. 79: alar*a analo*ia a outros preceitos

Negócio jurídico:  atos de autonomia privada que p+em em vi*or umare*ulamentação jur)dica vinculante para os seus autores, com o conte6do que esteslhe queiram dar, nos limites da autonomia privada principal mani-estação doprinc)pio da autonomia privada#.

$ causa da efci'ncia % a autonomia privada, que institui o re*ime e asconsequ'ncias jur)dicas.e*ócios não re*em terceiros1 contrato a -avor de terceiro concede direitos aoterceiro mas não o vincula.

<onceito de ne*ócio % mero operador juscientí&co, mero instrumento conceptual.Substancialmente não e(iste; o que e(iste são os in6meros contratos e ne*óciosunilaterais e-ectivamente celebrados.

Negócio como vontade  S A!"N#   $ centro no declarante#:  ne*ócio % ato deliberdade e vontade do declarante, esta -onte de juridicidade do contrato e este,como autovinculação, não pode valer contra ela. =m caso de d6vida, o ne*ócio temo sentido que o declarante quis desprote*e o declaratário#.0arte da pessoa, que ori*inariamente cria !ireito. contrato % um ato deautonomia e liberdade, cuja efcácia resulta da vontade das partes.Negócio como declaração  %&'R!N"  $ valori(a)ão do declaratário#:  ne*ócio %declaração ne*ocial objectivada que deve valer com o sentido objectivo que delaresulta ou com o que o declaratário entender emitida a declaração, pode esta serinterpretada de maneira di-erente da do declarante#.0arte da Sociedade e do =stado; Só por permissão as pessoas t'm autonomia paracontratar.Crítica:  Na *aior parte dos neg+cios, a*as as partes são si*ultanea*entedeclarante e declaratário.

Arts !'($ ss %% : declaração vale com o sentido com que um declaratárionormal possa deduzir do comportamento do declarante, salvo se não puderrazoavelmente contar com ele.

)ontade dos *efeitos jurídicos+: para ser efciente, a vontade tinha de ter em

vista a prossecução dos e-eitos jur)dicos do contrato./jec)ão: s+ os contratantes juridica*ente cultos con0eceria* os e1eitos jurídicosdo neg+cio)ontade dos efeitos pr,ticos: declarante devia ter consci'ncia e vontade dose-eitos práticos.S)ntese >$?=@  !=  $!4$!=#1 !eclarantes, visando primeiro os e-eitos práticos,tenham querido para eles a sanção das leis, tenham proposto alcançá"los pela via jur)dica.

Negócio jurídico como facto -.ositivismo egalista0:  ne*ócio % mero -actoque, preenchendo a previsão da norma, conduzem esta a produzir e-eitos jur)dicos.Negócio jurídico como valor -%oncepção não positivista0: ne*ócio jur)dico %-onte do re*ulamento ne*ocial. 2 misto de -acto e valor, de ser e de dever"ser.

$ questão % a compatibilidade e harmonia entre o ne*ócio e ordem p6blica. =mmat%rias de interesse e ordem p6blica, a autonomia terá de ceder & heteronomia

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para evitar danos sociais#. o !ireito 0rivado particularmente ne*óciossocialmente neutros# prevalecerá, em princ)pio, a autonomia sobre a heteronomia. / e*o)smo dos interesses individuais deve ser equilibrado com a o bem comum,que -unda a rdem 06blica.

0$?@  <?B$, >==C=S  <4!=D4, <$4E$@B  3=4$!=S1 ato jur)dico / autor só tem

liberdade de celebração; ne*ócio jur)dico / tem liberdade de celebração e liberdadede estipulaçãoDesconsidera o casa*ento 2onde não 0á lierdade de estipula)ão3, neg+cios rígidos2os celerados co* recurso a cláusulas contratuais gerais onde não existelierdade de estipula)ão3, co*4rcio e* *assa.%rit1rio mais ade2uado: ato jur)dico / re*ulação % tributária da lei; ne*ócio jur)dico / re*ulação % tributária da autonomia privada

Dncid'ncia da autonomia no ne*ócio % variável1 actos jur)dicos são mais ou menosne*ociais.o que % autónomo, o conte6do do ne*ócio % ne*ocial, no que % heterónomo, %le*al. / !epend'ncia da or*anização da comunidade.5odo predo*inante*ente p6lico de cria)ão do Direito: ne*ócio % assumido como

ato FautorizadoG5odo predo*inante*ente privado de cria)ão do Direito: ne*ócio % autónomo emrelação & lei, & qual cabe uma -unção instrumental.

3ireito 1 uno / a decisão nos problemas suscitados pelo contrato inclui outros-actores1" natureza das coisas;" boa -%;" crit%rios de equidade;" usos e costumes;

ei limita a li4erdade de estipulação nos contratosH9I: << / @iberdade contratual Fdentro dos limites da leiGAJ9:; AKH:; LKJ: " H97M << / limites da @ei, >oral, atureza, rdem 06blica0ostulam ju)zo de m%rito5licitude relativamente a cada ne*ócio

5entidos da licitude:$mplo1 espaço próprio da autonomia privada4estrito1 não colisão do ne*ócio com normas jur)dicas injuntivas

@imites materiais da área objectiva de licitude / @=D 7#, >4$@ A# e $?4=C$ L#7# 0receitos injuntivos violação cominada com nulidade ou anulabilidade#A# 2tica; bons costumes / di-)ceis de a-erir, mas benefciários de um consenso

*eralL# atureza das <oisas / impossibilidade e(clui o dever

 7rea sujectiva da licitude envolve um juí(o sore a fnalidade concreta da ac)ão,sobre o ojecto em que recai e sobre as circunstâncias em que ocorre.

$utonomia 0rivada só % jur)*ena se dentro dos limites da autonomia privada /ne*ócios il)citos não t'm carácter ne*ocial1 !ireito trata"os como -actos, cujasconsequ'ncias são vassalas do !ireito heterónomo

Dnvalidade % re*ra *eral para actos contra a @ei, >oral ou rdem 06blica / nãoproduzem e-eitos nem são vi*entes no âmbito do !ireito=(cepç+es1 actos ultra vires são válidos, embora implique responsabilidade civilpara os seus autores

Dlicitude acarreta tamb%m responsa4ilidade civil pelo autor16e2uisitos1 " Dlicitude salvo e(cepç+es N#" culpa5ne(o de causalidade

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" dano

N Dlicitude não % sempre pressuposto da responsabilidade civil1O casos de acção directa, le*)tima de-esa e estado de necessidadeO revo*ação da limitação voluntária dos direitos de personalidadeO desist'ncia da empreitada pelo dono da obra

.ressupostos do negócio jurídico0artes1 titulares dos interesses que se actuam nos ne*óciosO autor pessoa a quem o !ireito vai imputar a acção# P a*ente pessoa quedirectamente a*e no ne*ócio#O autor P parte titular dos interesses que se actuam nos ne*ócios; podem inte*rarmais do que uma pessoa#

<apacidadeDncapacidade Dnvalidade do ne*ócioO Dncapacidade de *ozo / nulidade -alta da capacidade de *ozo não % supr)vel# /art. AKH:O Dncapacidade de e(erc)cio / anulabilidade, que pode ser sanada por confrmação e

que % sanável por caducidadeO Dncapacidade acidental

@e*itimidade1 particular posição da pessoa perante concretos bens, interesses ousituaç+es jur)dicas que lhes permite a*ir sobre elesO @e*itimidade não coincide sempre com a le*itimidade autor do ne*ócio só pode a*ir sobre ele e em relação a bens, interesses ousituaç+es jur)dicas se tiver le*itimidade para -az'"lo3alta de le*itimidade  Dnefcácia

 0ode ser suprida depois le*itimidade superveniente#

bjecto em sentido estrito ou material#1 al*o sobre o qual as partes e os autores

re*em entre si os seus interesses; o bem sobre o qual o ne*ócio incide e produze-eitosO bjecto P %onte7do objecto imaterial# / e-eitos jur)dicos a que o ne*ócio tende,con-orme as declaraç+es de vontade das partes<ódi*o <ivil adopta conceito amplo de objecto, que junta ambos

Re8uisitos da idoneidade do ojecto <$4E$@B 3=4$!=S#1O @icitude / re-ere"se ao ne*ócio e a poss)veis v)cios do seu objecto ou conte6do#O 0ossibilidade / só pode re-erir"se a prestaç+es que podem ser objecto do ne*ócio,mas não o são sempreO !eterminabilidade / tanto pode ser atribu)da ao objecto como ao conte6do objecto pode pree(istir ao ne*ócio, mas isso nem sempre acontece 0or e(emplo1 prestaç+es não e(istem *eralmente antes da celebração do ne*ócio

e são por ele criadas >etodolo*icamente mais correcto tratar o objecto a propósito do conte6do

H

4esponsabil

id

ade

civilpo

r

actosl)citos

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O <omutativos1 onerosidade % per-eita; & atribuição patrimonial de uma daspartes corresponde uma atribuição patrimonial da outra parte de valor, pelomenos, equivalenteO $leatórios1 cont'm uma álea, um risco que dá ao ne*ócio o seu sentido jur)dico e que inTuencia o seu re*ime e a concretização da sua disciplina. $spartes assumem voluntária e conscientemente o risco da eventualidade do

desequil)brio patrimonial. São ne*ócios de risco.O 0arciários1 uma ou mais partes participam no resultado de um ato ouactividade económica. $ atribuição patrimonial de uma ou mais partestraduz"se numa participação , que muitas vezes % uma percenta*em, doresultado económico da operação económica subjacente. =sta participação %usualmente proporcional ao valor da entrada da parte, mas não temnecessariamente de o ser.

8 <ratuitos:  & prestação principal não corresponde uma contrapartida; no seuconte6do estipula"se uma atribuição patrimonial unilateral.

8 3e administração: actos tendentes & conservação e -rutifcação normal dosbens em questão. >uitas vezes, a administração corrente implica a alienação de

bens, desi*nadamente de -rutos e produtos dos bens administrados. amb%mpodem incluir os actos de oneração.8 3e disposição: aqueles que, dentro do crit%rio enunciado, a-ectem a substânciada coisa ou do bem.

8 %ausais: causa % relevante para o respectivo re*ime e, como tal, pode serinvocada como -undamento de pretens+es ou e(cepç+es de direito material.8 A4stractos: a causa % irrelevante e, como tal, não pode ser atendida nemconstituir o -undamento de pretens+es ou e(cepç+es. $ abstracção % *raduável#

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Formação dos Negócios jurídicos

3eclaração negocial  % um comportamento voluntário que se traduz numamani-estação de vontade com conte6do ne*ocial, -eita no âmbito do ne*ócio

 os ne*ócios unilaterais, a declaração es*ota o ato jur)dico os contratos, são várias as declaraç+es ne*ociais

 !eclaraç+es e*ociais t'm um conte6do diri*ido a outrem1 o declaratárioO 6eceptícias/recipiendas: destinatário espec)fco e determinadoO Não recepctícias/ não recipiendas: destinatário % uma ou mais pessoas

indeterminadas

$tin*e a per-eição quando se consuma, ao momento da sua efcácia.!ois sistemas de determinação da per-eição1

7. =missão1 per-eição atin*e"se na emissão pelo autor, fcando este vinculadonos seus termos a partir desse momento !eclaraç+es não recept)cias#

A. 4ecepção1 per-eição atin*e"se na recepção, quando a declaração che*asseao destinatário ou -osse dele conhecida / ao che*arem ao destinatário, t'm"se por conhecidas. !eclaraç+es recept)cias# Se não -or recebida por culpado destinatário torna"se i*ualmente efcaz.

3eclaração e=pressa:  comportamento fnalisticamente diri*ido a e(primir oucomunicar al*o.3eclaração t,cita: comportamento do qual se deduz com toda a probabilidade ae(pressão ou comunicação de al*o, embora esse comportamento não tenha sidofnalisticamente diri*ido & e(pressão ou comunicação daquele conte6do. A interpreta)ão das declara)9es tácitas resulta do apura*ento do sentido daconcludência 2art. ;<= ss3  crit%rio % fnalista. comportamento declarativo deve ser entendido no quadro

da intencionalidade e da fnalidade que o impulsionaN Só nos casos e(i*idos na lei tem a declaração de ser e(pressa

5il>ncio: aus'ncia de declaração, a não declaração. Só tem o valor jur)dico que eventualmente lhe seja atribu)do por lei, convençãoou pelos usos

<ontratos presenciais ES não presenciaisão se torna normalmente aparente adistinção entre di-erentes declaraç+es

ne*ociais de cada uma das partes

 ornam aparentes e claramentediscern)veis as declaraç+es ne*ociaisde cada uma das partes

.roposta contratual: declaração ne*ocial fnalisticamente orientada & conclusão

de um contrato nos precisos moldes em que está -ormulada.  tem natureza de ne*ócio jur)dico unilateral que constitui no destinatário umdireito potestativo a aceitar e que constitui no proponente uma correspondentesujeição.6e2uisitos: O completude1 tem de conter o projecto inte*ral do contrato cuja

celebração % visada. !ela deve constar tudo o que o proponentequeira a-astar ou modifcar no re*ime dispositivo.O frmeza1 deve e(primir uma vontade s%ria e inequ)voca de contratarnos precisos moldes projectados na proposta. !eve e(primir umaintenção ne*ocial de conclusão de um contrato mediante simplesaceitação.O sufci'ncia -ormal1 deve revestir uma -orma que satis-aça ae(i*'ncia -ormal do contrato

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P <onvite a contratar1 declaração pela qual uma pessoa se mani-esta disposta ainiciar um porcesso de ne*ociação com vista & -utura eventual conclusão de umcontrato, mas sem se vincular, nem & sua conclusão, nem a um seu conte6do jácompletamente determinado vincula as partes somente ao dever de boa -%

3uração da vinculação do proponente:O há estipulado um prazo para aceitaçãoO se -or pedida resposta imediata, a vinculação mant%m"se durante o tempo que,em condiç+es normais, demorem a proposta e a respectiva aceitação a che*ar aorespectivo destinatárioO se não -or estipulado prazo e a proposta -or -eita a pessoa ausente ou por escritoa pessoa presente, a vinculação mant%m"se at% cinco dias após o tempo que, emcondiç+es normais, demorem a proposta e a respectiva aceitação a che*ar aosrespectivos destinatários

043. >==C=S <4!=D41 sistema de notifcaç+es judiciais diri*idas a advo*ados /recepção presume"se ocorrida no terceiro dia depois do re*isto da carta, ou noprimeiro dia 6til se*uinte, quando aquele seja domin*o ou -eriado.

 043. 0$DS != E$S<<=@S discorda

!ever de boa -% art. AA#1 proponente depois de e(pedita a proposta, devea*uardar o tempo necessário para que o destinatário da proposta a possa estudar elhe possa dar uma resposta.

 Dnteresse do proponente em estipular um prazo

6evogação da propostaart. AL7:57 / proponente pode estipular o re*ime da revo*ação da proposta

a -alta de estipulação =fcácia da revo*ação da proposta tem limites

<onsoante se trate de uma proposta diri*ida ao p6blico 7# ou a pessoadeterminada A#

7# art. AL9:5L revo*ação da proposta -eita ao p6blico % efcaz quando seja-eita, desde que o seja na mesma -orma da proposta ou em -ormaequivalente

A# art. AL9:57 e A  permite retracção1 comunicação da revo*ação aodestinatário da proposta, mesmo antes de ele ter recebido a proposta

>orte ou incapacidade superveniente do proponente não determina, em princ)pio, acaducidade da proposta, e(cepto se houver -undamento para presumir que outrateria sido a vontade do proponente art. AL7:57#>orte ou incapacidade superveniente do destinatário da proposta determina a sua

caducidade AL7:5A#

Aceitação: declaração de vontade recipienda que tem como conte6do aconcordância pura e simples com uma proposta contratual e que tem como efcáciaa vi*'ncia do contrato proposto, nos precisos moldes da proposta aceite.

6e2uisitos:O <on-ormidade1 adesão total e completa & proposta; concordância pura e simplesart. ALL: / aceitação com aditamentos5modifcaç+es importa a rejeição da proposta0ode ter valor de contraproposta se satisfzer os requisitos da proposta#

 completude da contraproposta deve ser a-erida em relação ao conjuntointe*rado de ambas as declaraç+es1 proposta e resposta

O empestividade1 aceitação deve tornar"se per-eita, como declaração, antes de tercessado a vinculação do proponente art. AAJ:#

J

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adquirente serve"se a si próprio e depois pa*a na cai(a-erta ao p6blico1 presença dos bens nas prateleiras$ceitação1 ato de pe*ar no produto, pa*á"lo e levá"lo momento da conclusão depende das circunstâncias e dos usos, não podendoconcluir"se com *eneralidade que % com o pa*amento que ela se verifca

 %ontratação electrónica4elaç+es entre profssionais / VAV4elaç+es dos profssionais com os consumidores / VA<

%onsenso e 3issensoWrande relevância do momento em que o contrato se conclui para a determinaçãodo tempo e do conte6do do contrato. !epois da conclusão, nada mais há a ne*ociar, fcando as partes vinculadas nosseus termos1 contrato está conclu)do e f(o o seu conte6do.

art. ALL: " contrato conclui"se quando as partes che*am a acordo acerca de cadauma das quest+es que qualquer uma delas tenha suscitado e sobre as quais tenha

considerado necessário o consenso necessário consenso total# !elimitação do âmbito material do contrato % -eita pelas partes e por cada umadelas#

3issenso: aus'ncia de consenso, situação em que as partes em ne*ociação nãoche*am a acordo sobre uma que seja das quest+es sobre as quais uma delas tenha jul*ado necessário o acordo. dissenso vai sendo, em princ)pio, removido. Eão aumentando as áreas deconsenso.

e!nitivo: desist'ncia das partes relativamente & conclusão do contrato, porquepercebem que não che*arão a acordo, -rustrando defnitivamente as ne*ociaç+es"ão#de!nitivo:

 dissenso % visto pelas partes como provisório e destinado a serremovido. 0artes esperam che*ar a um acordo e concluir o contrato.

$atente: partes t'm co9nsciencia dele, durante as ne*ociaç+es ou depois da sua-rustraçãoOcu%to: partes estão -alsamente convencidas de terem alcançado o acordo sobre ocontrato sem que assim tenha sucedido -also consenso#

0ode resultar de1 O defciente entendimento de e(press+es oraisO utilização de e(press+es equivocas no conte(to e(.

re*ionalismos#O descon-ormidade ou não correspond'ncia entre as

declaraç+es das partes

na -ormação da vontade# ão há -alsa percepção da realidade / partesestão esclarecidas sobre o contrato@ rro

na declaração# 0artes declaram precisamente o que queriam dizer

%ulpa in contraBendo

=stabelecem"se relaç+es de confança entre as pRartes em ne*ociação, de -ormamais ou menos intensa, havendo um m)nimo de confança indispensável a qualquerne*ociação.art. AA:1 cada parte deve proceder de acordo com as re*ras da boa -% objectiva /dever de actuação honesta, leal e transparente# nos preliminares e na -ormação do

contrato, sob pena de responder pelos danos causados.

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 necessária re-er'ncia aos padr+es da sociedade, ao conjunto depessoas5actividades em que o contrato se insere, ou aos usos t)picos dane*ociação e da celebração daquele ne*ócio

@ Deveres de protec)ão0artes devem -azer os poss)veis para evitar ou reduzir danos ou custos incorridos

no âmbito da própria ne*ociação e só esses# da outra parte

@ Deveres de esclareci*ento0artes devem partilhar as in-ormaç+es relevantes para a apreciação correcta dascircunstâncias e das qualidades das pessoas e bens envolvidos e os dados e(i*)veispela boa -%art. AIL: admite licitude das su*est+es ou arti-)cios usuais e a desvinculação dodever de in-ormar

@ Deveres de lealdade0artes devem comportar"se com honestidade e correcção.São os mais lar*os e incluem tudo o que não entra nos outros.

imites dos deveres de 4oa f1:/ razoabilidade1 interesse primordial de cada parte % e*o)sta e %"lhe l)cito tentarmelhorar a sua posição contratual e majorar as vanta*ens para si emer*entes docontrato, ainda que & custa da outra.

3esrespeito pelos deveres de 4oa f1:

@ Ruptura injustifcada das negocia)9es: s+ 4 ilícito 8uando 1eito de *á 14 sindica"se a demonstração convincente de que a parte que interrompeu ane*ociação e se desinteressou do contrato o -ez de má -% / re*ra *eral % a daliberdade de decidir pela não conclusão do contrato liberdade contratualne*ativa# *era responsabilidade civil e nada mais

@ ontrata)ão de1eituosa <ontratação meramente aparente do contrato por dissenso oculto pode serresultado de conduta culposa ou contrária & boa -% de uma ou ambas aspartes#Sempre que al*u%m use uma e(pressão equ)voca ou amb)*ua, que possainduzir a outra parte em erro, deverá in-ormar sobre o sentido com que autiliza

@ !nvalidade total ou parcial do contrato celerado Se a invalidade -or imputável & conduta culposa de uma das partes,

contrária & boa -%, deve essa parte indemnizar o dano da outra parte por tercelebrado um contrato inválido

77

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0ressup+e uma pluralidade de pessoas com quem o ato pode ser celebrado. crit%rio de determinação das pessoas admitidas a concorrer deve ser objecto depublicidade, bem como o crit%rio de selecção e o processo.

!ocumentos particularmente importantes1O $n6ncio1 o autor publicita a abertura do concurso, os termos com que se irá

vincular e vincula"se unilateralmenteO 0ro*rama do concurso1 re*ras quanto ao procedimento do concurso e aos crit%riosde decisãoO <aderno de encar*os1 cláusulas do contrato a celebrar

 r's princ)pios a ser respeitados1O <oncorr'nciaO D*ualdadeO 0ublicidade

0rinc)pios da boa -% e da paridade  deveres de protecção, esclarecimento elealdade Y violação sujeita a culpa in contra0endo

7H

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%ontratos

%ontratos: ne*ócios jur)dicos bilaterais ou plurilaterais; acordos ou convenç+es

celebrados entre di-erentes partes, que podem ser duas ou mais, e que assimre*em entre si os seus interesses como entendem dentro do âmbito da $utonomia0rivada.

O << apresenta um catálo*o de tipos contratuais, assim como outras leis <ontrato de prestação de serviço % classe que inclui o mandato Ztipo"padrão[, odepósito, a empreitada, etc.# porque não tem um modelo re*ulativo t)pico. 'mcomo objecto certo resultado do seu trabalho intelectual ou manual.

 ipo contratual1 modelo de contrato que se celebra reiteradamente na vida derelação e que serve para re-er'ncia na contratação e na concretização da disciplinacontratual. 0ermite que se contrate por re-er'ncia, sem necessidade de estipular toda are*ulação Y tornam mais -ácil, mais e(pedita e mais se*ura a contratação

O le*ais1 constam da lei e a) encontram uma disciplina, sufciente para acontratação por re-er'ncia não % sufciente que a lei o mencione#

O social1 e(istem e vi*em na sociedade % mais rico, mais elástico# e-ornecem crit%rio de inte*ração do tipo le*al na decisão de casos concretos.

 ipos normativos1 tipos que nascem da realidade e da prática social, da qual sãorecolhidos e com qual mant'm sempre uma li*ação, mas que são tamb%mportadores de crit%rio de comportamento e de decisão, que t'm inerentes crit%riosde dever ser e que, nesse sentido, t'm normatividade São estruturais quando re-erem na lei certos tipos de relaç+es jur)dicas, emespecial, tipos contratuais

<ontratos nominados1 contratos aos quais a lei atribui uma desi*nação, ainda quenão inclua o seu modelo re*ulativo t)pico

%ontratos atípicos

.uros Eistos

Sãoconstru)dos

sem recurso &modifcação

oucombinação

de tiposcontratuais

constru)dos atrav%s da modifcação ou mistura de tiposcontratuais, não correspondendo a qualquer deles

de tipo modi&cado

 

de tipo m7ltiploconstru)dos pelamodifcação de um

tipo " acrescentamum pacto deadaptação ao tipo dere-er'ncia

constru)dos pela

combinação oumistura de dois oumais tipos

com4inados de tipo duploem sentido

estrito

7I

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a prestação *lobalde uma das partescomp+e"se de duasou mais prestaç+es,inte*radoras decontratos di-erentes,enquanto a outra sevincula a umaprestação unitária

uma das partesobri*a"se a uma

prestação de certotipo mas acontraprestação dooutro contraentepertence a um tipocontratual di-erente

um contrato decerto tipo % oinstrumento derealização de umoutro. contratoserve de meio ou

instrumento,conservando a suaestrutura própria,que % aper-eiçoadade modo a que ocontrato sirva, aolado da -unção quelhe compete, a-unção própria deum outro contrato

<ontratos mistos situam"se numa posição interm%dia entre tipos; semcorresponderem a qualquer dos tipos em questão, são -ormas de transição entre

eles.

>odos de concretização da disciplina dos contratos mistos1O $bsorção1 contrato % subsumido &s normas le*ais do tipo dominante di-erentesprestação mant'm"se independentes e com um peso relativamente equivalente# /contratos mistos de tipo modifcadoO <ombinação1 casos em que não % poss)vel determinar um tipo dominante.<láusulas de cada tipo são transt)picas, podendo ser aplicadas autonomamente,quando noutro contrato se verifque a mesma situação de -acto / contratos mistosde tipo m6ltiploO $nalo*ia1 sempre que os contratos mistos tenham com a disciplina le*al dos tiposal*um parentesco, essa disciplina só lhes pode ser aplicada analo*icamente /contratos verdadeiramente at)picosO <riação1 recorre"se a uma solução concreta, com base nos princ)pios *erais de!ireito, nas cláusulas *erais, X / quando a analo*ia não seja poss)vel

9nião de contratos Bá uma pluralidade de contratos P contratos mistos, em que há unidadecontratual#

Interna =terna Alternativa=(iste um v)nculo de

depend'ncia-uncional entre os

contratos unidos %o modo maiscomum de união decontratos#. S+ a8ui

0á verdadeira*enteunião de contratos.

não e(iste v)nculo

s contratos t'mvi*'ncia alternativa;

ou um, ou outro,mas nuncasimultânea

ilateral unilateral

$ -ronteira entre contratos mistos e união de contratos % acentuadamente Tuida.

7U

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uali&cação dos negócios jurídicos

  le(icais5reais1 enunciam o si*nifcado de um certo termo

!efniç+es le*ais estipulativas1 introduz"se um s)mbolo novo  e(plicativas5redefniç+es1 delimita"se e precisa"se o si*nifcado que

a palavra já tem

!efnição le*al do tipo ne*ocial <orrespondem & conceptualização e -echo dos tipos sociais correspondentesEisam delimitar o âmbito material de aplicação da respectiva disciplina jur)dica

uali&cação: ju)zo predicativo que tem como objecto um ne*ócio jur)dicoconcretamente celebrado e que tem como conte6do a correspond'ncia de umne*ócio a um ou mais tipos ne*ociais, bem como os *raus e o modo de ser dessacorrespond'ncia.$ correspond'ncia entre o caso e o tipo % *raduável e poderá ser maior ou menor.

<omparação necessária & qualifcação % -eita com recurso a índices do tipo \qualidades ou caracter)sticas com capacidade para individualizá"lo e distin*ui"lo detodos os outros tipos e para o comparar, quer com os outros tipos, quer com ocaso#.

>ais comuns1 causa entendida como -unção, o fm, a estipulação do tipo, o objecto,a contrapartida, a conf*uração, o sentido, as qualidades das partes e a -orma.

O ecessidade de ajuizar se um ne*ócio % t)pico ou at)pico só se coloca nos tiposne*ociais le*ais, pois só esses t'm limites defnidos, e só nesses casos % necessáriopois só em relação a eles % que se coloca a questão da aplicabilidade de uma

disciplina le*al. JuíGo prim,rio da 2uali&cação: ju)zo de natureza tipoló*ica, Tuida e *radativa, e% -eito numa perspectiva de justiça e adequação materiais. 2 um ju)zo desemelhança que não dá uma resposta certa sobre se o contrato % t)pico ou at)pico,mas sobre se % mais ou menos t)pico. !á crit%rio para a analo*ia. 0ermite decidirsobre a Hordenação no tipo.

 JuíGo secund,rio de 2uali&cação: permite discernir se o contrato % t)pico ou não. ipos sociais não o suportam. 0ermite decidir sobre a Hcorrespond>ncia ao tipo.Deve* ser usados a*os.

4emiss+es do << para tipo"padrão1 IJJ:; KLK:; 77IU: 'm estrutura análo*a; as remiss+es neles -eitas são"no com base em cláusulas de

adaptação.

7

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Interpretação e Integração dos Negócios Jurídicos

.osição su4jectivista: vale a vontade subjectiva do autor da declaração

.osição o4jectivista: vale o sentido objectivo da declaração, de acordo com o quedela se depreende e com as circunstâncias do caso.

Interpretação: discernimento do sentido juridicamente relevante do comple(ore*ulativo que % o ne*ócio jur)dico como um todo.

Integração: interpretação *lobal do ne*ócio jur)dico / interpretação inte*rativaES. declarativa, das estipulaç+es das partes#

%rit1rios de interpretação:7: Eontade subjectiva comum das partes

A: Sentido subjectivo do declarante se o declaratário o conhecerL: Sentido objectivo / remissão para a atureza das <oisas )pico1 o declarante tem o dever de boa -% de se p]r na posição da parte

contrária e de prever como % que irá entender a declaração

AL: <<1 tem o sentido imanente no recurso & equidade

ALJ: <<1 interpretação dos ne*ócios -ormais utela da apar'ncia e da confança / protecção de terceiros

Dnterpretação dos testamentos deve ser subjectiva com um m)nimo de suportete(tual / A7J:

Interpretação das %l,usulas contratuais gerais>aior objectivação da re*ulação contratual que visa irrelevar a e(pectativa dodeclarante e -avorecer o cliente!eve ser -eita caso a caso

!'"$ Integração das declarações!eclaração deve ser inte*rada, na .a%ta de disposição especia% , de harmoniacom a vontade que as partes teriam tido se houvessem previsto o ponto omisso, oude acordo com os ditames da boa -%.disposição especial  re*ras supletivas; modelo re*ulativo do tipo le*al

Se as partes não quiserem, resolve"se de acordo com a vontade consensua%  das

partes

7J

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%onte7do dos Negócios Jurídicos

%onte7do do negócio jurídico: re*ulação que nele % posta em vi*or no âmbitoda autonomia privada nele não se inserem os re*imes jur)dicos tributários daheteronomia le*al ou cuja razão de ser % de ordem p6blica#.2 constitu)do -ormalmente pela estipulação das partes e substancialmente pelaauto"re*ulamentação contratada.P bjecto1 o 8uid sobre o qual incide a disciplina ne*ocial

icitude do conte7do conte6do do ne*ócio jur)dico, sobre a re*ulação,sobre a disciplina posta em vi*or no ne*ócio por -orçada autonomia privada AJ9:#

fm do ne*ócio, que só a-ecta a validade do ne*óciose comum a todos os seus autores AJ7:#

 

"ão contrariedade / 0ei $ necessidade de sujeitar os ne*ócios a ju)zo de le*alidade imp+em"se em relaçãoaos preceitos le*ais injuntivos e não aos dispositivos. São injuntivos aquelesqualifcados como de ordem p6blica.

 "ão contrariedade / Mora% Vons costumes são resultante do condicionamento moral e não a sua -onte, peloque % mais adequado -alar de >oral do que de bons costumes nesta mat%ria.Eoral: constelação de valores que, ao n)vel de cada pessoa, constituem os crit%riosdo bem e do mal, os *uias do a*ir correcto sentido subjectivo# mas tamb%m oambiente a(ioló*ico e-ectivamente di-undido e aceite actualmente numa sociedadesentido objectivo#.$ submissão & >oral % uma e(i*'ncia da ideia de !ireito.

0odem ser moralmente indi-erentes ou neutros.as ne*ociaç+es pr%"contratuais, a e(i*'ncia moral % -ormulada na lei atrav%s dare-er'ncia & boa -%.

 "ão contrariedade / "ature1a$ impossibilidade natural priva de validade as re*ulaç+es ne*ociais. imposs)vel eo inelutável e(cluem o dever.

4jectiva:  atinente ao objecto do ne*ócio em princ)pio só estareleva / H97:5L#!*possiilidade

5u4jectiva: relativa & parte vinculada relva quando ocomportamento em questão % in-un*)vel K9: e K7:#

Dmpossibilidade inicial1 H97:Y o ne*ócio % nulo desde o in)cioDmpossibilidade superveniente1  HL: Y o ne*ócio pode ser modifcado ouresolvido por alteração de circunstânciasSempre que a impossibilidade inicial -or assumida como não defnitiva e que avinculação se constitua para quando ou para o caso de se tornar poss)vel, o ne*óciodeve entender"se celebrado a termo inicial ou sob a condição suspensiva dacessação da impossibilidade.

 

"ão contrariedade / Orde+ $3%icardem 06blica1 comple(o dos princ)pios e valores que in-ormam a or*anizaçãopol)tica, económica e social da Sociedade e que são, por isso e como tal, tidos comoimanentes ao respectivo ordenamento jur)dico. 2 e(pressão e instrumento dointeresse p6blico, do bem comum, tal como % defnido naquela colectividade e

corresponde *eralmente aos *randes princ)pios consa*rados na parte pro*ramáticada respectiva constituição pol)tica.

7K

 ^u)zo de metido pode incidirsobre

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 4equer a tutela da e=pectativa de 2uem vir, possivelmente a serafectado pela veri&cação da condição

<rit%rio da 4oa f1 deve presidir ao relacionamento entre o direito do actual titulare a e(pectativa do benefciário da condição. itular de uma posição jur)dica sob condição resolutiva titular precário# deve1O conservar, manter, ben-eitorizar e prote*er o bem

O deve manter o titular da e(pectativa ao corrente do que se passar com o bem eda sua acção sobre ele.O não pode onerar, alienar, nem prejudicar o bem de modo a que o -uturo eventualtitular venha a ser -rustrado.

Brincípio da autono*ia privada re*e o re*ime da condição1 em tudo o que não -orcontrário & @ei, >oral e & atureza, podem as partes estipular livremente quanto aore*ime da condição.

)eri&cação do facto condicionante impedida ou provocada:A6?I< !#$-)eri&cação e não veri&cação da

condição07. $ certeza de que a condição se não pode verifcar equivale & suanão verifcação.A. Se a verifcação da condição -or impedida, contra as re*ras da boa -%, por aquelea quem prejudica, tem"se por verifcada; se -or provocada, nos mesmos termos, poraquele a quem aproveita, considera"se como não verifcada.

$ verifcação da condição tem efcácia, em princ)pio retroactiva & data dacelebração do ne*ócio. $ re*ra da retroactividade pode ser a-astada por convençãodas partes ou pela natureza do ato.

A6?I< !($ -6etroactividade da condição0s e-eitos do preenchimento da condição retrotraem"se & data da conclusão done*ócio, a não ser que, pela vontade das partes ou pela natureza do ato, hajam deser reportados a outro momento.A6?I< !$ -Não retroactividade07. Sendo a condição resolutiva aposta a um contrato de e(ecução continuada ouperiódica, % aplicável o disposto no n: A do art. HLH:.A. preenchimento da condição não prejudica a validade dos actos deadministração ordinária realizados, enquanto a condição estiver pendente, pelaparte a quem incumbir o e(erc)cio do direito.L. _ aquisição de -rutos pela parte a que se re-ere o n6mero anterior são aplicáveisas disposiç+es relativas & aquisição de -rutos pelo possuidor de boa -%.art C'C$/!# A. os contratos de e(ecução continuada ou periódica, a resolução

não abran*e as prestaç+es já e-ectuadas, e(cepto se entre estas e a causa deresolução e(istir um v)nculo que le*itime a resolução de todas elas.

Negócios incondicion,veis: ne*ócios que, por sua natureza e pela natureza dascoisas, não suportam a estipulação de condiç+es.O casamento 7U7J:5A#O perflhação 7JIA:57#O aceitação5rep6dio da herança art. A9IH:5A9UH:#O aceitação5rep6dio do le*ado AAHK:#O compensação art. JHJ:#O todos os que não suportarem a incerteza e a precariedade próprias da condição

AA

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?ermo: cláusula ne*ocial que tem como conte6do t)pico a sujeição do in)cio termoinicial# ou da cessação termo fnal# da efcácia do ne*ócio, ou de parte dele, a um-acto -uturo e certo di-erença em relação & condição#.

!ia em que começa a contar"se o termo1 dies a 8uo!ia em que termina o termo1 dies ad 8ue*

*rau de certeza do termo pode variar.Dies certus na, certus 8uando1 há certeza da data em que ocorreráDies certus na, incertus 8uando1 há incerteza da data em que irá ocorrer`uando o termo certo e está estipulado de tal -orma que se pode saber de antemãoqual a sua duração e quando terminará desi*na"se por prazo termo incerto % aquele estipulado de tal -orma que não se sabe quando terminatermo certo a partir de data incerta#

art !"$ recolheu os costumes mais importantes e *eneralizados no que respeitaao modo de contar os termos e prazos Y representa a presunção de que as partesestipulam termos e prazos nos seus ne*ócios do modo t)pico e costumeiro, -azendore-er'ncia impl)cita a estes usos.

a pend'ncia do termo aplicam"se *utatis *utandis os arts. AA: e AL: AJ:# Ydever de a*ir de acordo com a boa -%. 0articularidade atinente aos actos de disposição1 não se aplica o AH: Y oalienante não pode alienar mais do que tem e o bem ou direito será adquiridotamb%m a termo pelo adquirente.

Negócios insusceptíveis da estipulação de termo: normalmente, osincondicionáveis; 0ro-. 0E remete i*ualmente para a natureza das coisas.

Eodo: estipulação t)pica dos ne*ócios *ratuitos pela qual o benefciário da

liberalidade % onerado com uma obri*ação que não constitui, todavia, acontrapartida da atribuição patrimonail *ratuita.

arts. KUL: ss FmodoG# e AAHH: ss F encar*oG# <<=struturalmente1 pacto ane(o a uma atribuição patrimonial *ratuita que cont%mtipicamente uma vinculação do benefciário a uma obri*ação.3uncionalmente introduz na atribuição patrimonial *ratuita uma -uncionalização,que permite a-ectar a um fm especial o bem doado ou dei(ado sob modo. >odela-uncionalmente a utilização que o benefciário -ará do bem.

%onte7do do modo:O patrimonial / e(emplo do KUH:; dever de a-ectar parte dos -rutos da coisa a certofm

O não"patrimonial / dever de or*anizar eventos culturais, X

O estabelecido a -avor de terceiro / tem estruturalmente a conf*uração de umcontrato a -avor de terceiroO estabelecido a -avor do seu autor / pode ser di-)cil de distin*uir de um preço aquio pa*amento não % a contrapartida económica da coisa#

O activo / obri*a a a*irO omissivo / obri*a & abstenção

O meramente obri*acional / desrespeito pode dar lu*ar & condenação porincumprimentoO resolutivo / desrespeito pode dar lu*ar & resolução da própria atribuição

patrimonial modal

AL

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Dncumprimento dá lu*ar auma -aculdade de resolver,que não temobri*atoriamente de sere(ercida

Eerifcado o -actocondicionante, o ne*ócioe(tin*ue"seautomaticamente

 

%l,usulas contratuais gerais 0roblema da usura em massa1 o-erentes podem aproveitar a in-erioridade dos seusclientes, consumidores fnais ou interm%dios, para deles obter bene-)cios e(cessivosou injustifcados.

 ipos de desequil)brios reprováveis usualmente introduzidos nos contratoscelebrados em massa com recurso a <<W.art. 7I: @<<W / cláusulas contrárias & boa -%

 <oncretizado atrav%s da ponderação dos valores -undamentais do!ireito, relevantes -ace & situação concreta, especialmente aconfança suscitada nas partes e o objectivo que os contratos visematin*ir

<láusulas contratuais *erais in)quas nas relaç+es entre empresários ou entidadesequiparadas ES relaç+es com consumidores fnais

<láusulas contratuais *erais in)quas  ?@$S por razão de ordem p6blica#

6edução das %%<4edutibilidade dos ne*ócios que contenham <<W in)quas  aproveitamento done*ócio, onde o juiz deve e(cluir, sempre que poss)vel a cláusula inválida  se -orvontade do aderente e independentemente dos requisitos do art. AKA: <<

$< DDVD4D$1 processo especial tendente & declaração de nulidade e deproibição das <<W in)quas

 @e*itimidade passiva1 O associaç+es de de-esa do consumidor  2art. <= C"3 O associaç+es sindicaisO associaç+es profssionaisO associaç+es de interesses económicosO >inist%rio 06blico

 @e*itimidade activa1 quem as propuser ou recomendar  2art. = C"3

 0rovid'ncias cautelares antes da sua proibição defnitiva# 0roibição provisória L7: @<<W#

 Sanção 0ecuniária <ompulsória LL: @<<W#

art. LH: @<<W1 sentenças que acarretam a nulidade das <<W estão sujeitas a re*isto

A lesão e a usura

 princípio da e8uivalência postula um certo e8uilírio entre presta)ão econtrapresta)ão.

9596A: v)cio do conte6do do ne*ócio jur)dico. 4elaciona"se com1K ilicitude do conte6do! insufciente liberdade e discernimento da vontade ne*ocial do lesado nacelebração do ne*ócio

' i*oralidade da acção do usurário na e(ploração dessa in-erioridade

AI

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 envolve uma situação de in-erioridade que *era insufciente liberdade ediscernimento da vontade ne*ocial do lesado e que % e(plorada5reprovavelmenteaproveitada pelo usurário.

<onsequ'ncia1 AJA: e AJL: " opção entre a anulação e a modi&cação se*undo ae8uidade

!D!$ %%:O 6e2uisito o4jectivo: bene-)cio e(cessivo ou injustifcado; quebra e(cessiva ouinjustifcada da equival'ncia.

 ^u)zo sobre o e(cesso % -eito com recurso a padr+es de valor *raduáveis#dos diversos campos da actividade ne*ocial privada;

Se esse e(cesso -or injustifcado há usura

6e2uisitos su4jectivos:O do lesado1 / situação de inferioridade ne*ocial tal que dele resulte para ele a

inaptidão para compreender o mau ne*ócio que -azia ou evitar -az'"lo/ causalidade da in-erioridade em relação ao ne*ócio e ao seudesequil)brio

O do usurário1/ e=ploração1 aproveitamento consciente e intencional da vanta*emcomparativa em que o usurário se encontre perante o lesado.?surário deve saber da situação de in-erioridade da sua v)tima e dasua própria situação de correspondente superioridade, que lhepermite obter os bene-)cios e(cessivos ou injustifcados.

 'xplora)ão da in1erioridade al0eia pode ser aceitável se*undo as condiç+esdominantes no com%rcio jur)dico / e(i*'ncia de boa -% na contratação  art. AIL:5A deve ser estendido & usura / remissão para a 4tica dos neg+ciosvigente no *ercado e na co*unidade onde se situa o ne*ócio; padr-es 4ticos de3oa .4Anulação/Eodi&cação: opção dada porque a usura não % vista como

contrariedade & moral ou & ordem p6blica, mas como uma

8uestão interprivada dei(ada & iniciativa do lesado.S+ pode ser pedida pelo lesado

orrec)ão da injusti)a interna do neg+cio, con1or*e os princípios da equival'ncia edo -avor ne*otii

Negócios indirectose*ócios at)picos *istos de tipo *odifcado modifcação consiste somente nadi-erença do fm#. 0artes ele*em um tipo ne*ocial para com ele alcançar um fmque não % próprio desse tipo, mas que ele permite alcançar  diver*'ncia entre a-unção t)pica e o fm concreto com que % celebrado fm indirecto#

O ?ipo de refer>ncia1 tipo le*al ne*ocial por re-er'ncia ao qual as partes celebramo ne*ócioO Fim indirecto1 / at)pico1 não caracter)stico do tipo de re-er'ncia

/ t)pico1 pode ser correspondente & -unção t)pica de um outro tipo

Não existe pacto si*ulat+rio ou divergência intencional entre a vontade real e avontade declarada. As partes 8uere* so*ente usar o *odelo regulativo de u* tiponegocial para u* f* 8ue não corresponde E sua 1un)ão típica.

5imples: partes limitam"se a usar um tipo ne*ocial com um fm diverso dasua -unção própria, sem lhe aditarem cláusulas de adaptação ou outrasconvenç+es

%omple=os: constru)dos atrav%s da adjunção de cláusulas ou outrasconvenç+es, necessárias para o tipo ne*ocial alcançar o fm indirecto.

AU

      ;     e     *       ó     c       i     o     s

       i     n       d       i     r     e     c      t     o     s

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'xe*plos de neg+cios indirectos co*plexos:@ $@! alu*uer de lon*a duração#@ combinação de ne*ócios, &s vezes -ormalmente separados Y para a cisão simplesde uma S.$. esta constitui uma nova sociedade inte*ralmente dominada, para cujatitularidade % depois trans-erida a parte patrimonial a destacar

São 1re8uente*ente usados para contornar i*posi)9es ou proii)9es legais, paraalcan)ar, de 1or*a 1or*al*ente legal resultados práticos contrários ao f* deorde* p6lica 8ue 1unda a injuntividade da lei  Negócio ilícitoM cele4rado em.raude / %ei 

os demais casos, % a autonomia privada que suporta a licitude e a juridicidade dosne*ócios indirectos.

Negócios &duci,riose*ócios at)picos *istos, constru)dos *eralmente por re1erência a u* tipo negocialcon0ecido, suscept)vel de ser adaptado a u*a fnalidade di1erente da sua pr+pria,atrav%s de uma conven)ão origacional de adapta)ão pacto fduciário#.

Dnte*ra -requentemente uma atribuição patrimonial ao fduciário, mas % construídoatrav1s de uma Hatri4uição por omissão, permitindo o fduciante que atitularidade da coisa ou direito se mantenham no fduciário, quando lhe deviam sertransmitidos.

/ 4esulta na -uncionalização da titularidade, real, obri*acional, social ou outra, dofduciário, tendente & prossecu)ão de fnalidades não incluídas entre a8uelas pr+prias dos neg+cios tipifcados./ <ont%m um projecto interno de justiça tipicamente baseado sobre a confança/ 0ode -uncionar a -avor do fduciante, do fduciário ou de terceiro.

/ pera com atribuiç+es causais e abstractasO 3iduciante: confa ao fduciário certo bem ou direito

=lástica / permite que ele mantenha essa titularidade quando lhe devia sertrans-erida

!inâmica / investimento na titularidade desse bem ou direito

O Fiduci,rio: titular da posição jur)dica fduciada, titularidade essa a-ecta ao fm dafd6cia

 % titular do bem fduciado, mas não deve e(ercer sobre ele os poderesinerentes a essa titularidade -ora dos limites da fd6cia

6elação interna entre &duciante e &duci,rio: fduciário está vinculado, pelopacto fduciário, a a*ir sobre o bem fduciado do modo e com o fm próprio dafd6cia6elações e=ternas do &duci,rio com terceiros: o fduciário está vinculado pelopacto fduciário mas este não % opon)vel aos terceiros de boa -% que desconheçame não devam desconhecer o abuso#, porque estes não t'm a obri*ação de conhec'"lo.  risco % do fduciante, que deve avaliar bem se o fduciário % di*no da confançaque nele vai depositar.

 ão há poder de auso, mas antes risco de a3uso ão há excesso do *eio sore o f*, porque o meio / investidura do fduciário natitularidade da posição jur)dica / % necessário para o fm da fd6cia

Negócios &duci,rios são cele4rados no interesse:

A

3id6cia

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7# do &duciante1 este investe o fduciário na titularidade da posição jur)dicafduciada, para que ele e(erça, a -avor do fduciante, os poderes inerentes a essatitularidade.A# do &duci,rio1 este % investido na titularidade da posição jur)dica no seu própriointeresse, mas com limitação convencional ao fm da fd6ciaL# de terceiro1 fduciário deve usar do bem fduciado e e(ercer os poderes

inerentes & sua titularidade dentro do fm da fd6cia sem os violar.

6isco de in&delidades ne*ócios fduciários assentam na especial con&ança principal caracter)sticados ne*ócios fduciários# depositada pelo fduciante no fduciário. 2 tal que as maisdas vezes o fduciante não sente necessidade de reduzir a escrito as condiç+es e ostermos do pactum fduciae.

/ art. A7: <ódi*o 0enal1 burla ocorre quando o fduciário induz o fduciante aconfar nele já com a intenção de en*aná"lo.Y art. AAH: <ódi*o 0enal1 infdelidade ocorre quando a violação seja posterior.

 =(ecução espec)fca pode tutelar a fd6cia se o pacto fduciário satisfzer os

requisitos do JL9: << ransmissão -eita pelo fduciário em bene-)cio de terceiro, com violação dopacto1 e(ecução espec)fca só % poss)vel se houver estipulação e(pressa, selhe tiver sido atribu)da efcácia real e se o pacto tiver sido re*istado.

Se não lhe tiver sido atribu)da efcácia real, o re*isto da acção constitutiva dee(ecução espec)fca dar"lhe"á oponibilidade das alienaç+es posteriores ao re*isto daacção.

 Se o fduciário não transmitir a coisa ou direito a terceiro ou administrá"laem seu bene-)cio, estando a isso obri*ado, pode o fduciante comopromissário# ou o terceiro benefciário e(i*ir o seu cumprimento HHL: ss <<#

HHK: " fduciário não pode opor ao terceiro benefciário os meios de de-esadecorrentes de outras relaç+es suas com o fduciante, que não as decorrentes dopacto fduciárioHI7: " fd6cia testamentária

 4e*ime de abuso do direito e de tutela da boa -% e dos bons costumes Yfduciante ou terceiro benefciário podem invalidar actos do fduciário com estes-undamentos

 4esponsabilidade civil

 =nriquecimento sem causa 3iduciante e terceiro não devem e(i*ir do fduciário comportamentos que e(cedam

o e(i*)vel em boa -%

3iduciário pode ver a sua es-era jur)dica a*redida1/ Fal>ncia: bem não pode, em princ)pio, ser separado da massa -alida erestitu)do ao fduciante, salvo nos casos em que a lei permite que oliquidatário judicial cumpra o contrato/ .enBora da coisa ou direito &duciados: % doutrina comum que ofduciante e o benefciário não *ozam do direito de recuperar a coisa. >as seo fduciário tiver sido investido na titularidade dos bens fduciados atrav%s docontrato de mandato de representação, o art. 77HJ: permite a separação e arestituição dos bens fduciados que devam ser restitu)dos por -orça domandato, desde que este conste de documento anterior & penhora e nãotenha sido -eito o re*isto de aquisição, quando esta lhe esteja sujeita.

AJ

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A )ontade e a 3eclaração Negociais

s ne*ócios jur)dicos, actos de autonomia privada que p+em em vi*or uma

re*ulação interprivada, que criam !ireito, e(i*em e sup+em que os seus autorestenham liberdade e discernimento normais, comuns, da pessoa m%dia crit%riopreenchido em termos de nor+a%idade#. $s partes devem compreender o que estão a -azer e devem ter a liberdadesufciente para poderem optar entre celebrar o ne*ócio ou não.

`uando há aus'ncia de vontade ne*ocial não che*am a constituir"se ações  Dne(ist'ncia

$ vontade pode e(istir e estar viciada por -alta ou defci'ncia de esclarecimento ouliberdade, por erro, dolo ou coacção moral  $nulabilidade

$ vontade ne*ocial pode existir  e a e(teriorização da acção estar prejudicada porde-eitos que perturbem a correspond'ncia entre a decisão e a e(teriorização, entrea vontade e a declaração intencionais / simulação; reserva mental / ou nãointencionais / erro na declaração ou transmissão#.

FA?A 3 )N?A3 N<%IA

%oacção a4solutaart. AHU: " coacção -)sica1 a pessoa % absolutamente -orçada, contra e sem a suavontade, a emitir a declaração

<oacção absoluta % melhor desi*nação$meaça ou coacção que, -eita por meios -)sicos, conduz a sua vitima a emitir uma

declaração que, doutro modo não emitiria / coacção moral por meio -)sico e(istevontade ne*ocial, embora viciada, inTuenciada pelo medo#

>ais -ácil de conceber nos casos em que o coacto % -orçado & abstenção, ao sil'ncioquando este tenha valor de declaração ne*ocial#

O <onduz & ine=ist>ncia1 não há verdadeiramente uma declaração ne*ocialimputável & autoria do coacto

Falta de consci>ncia da declaração autor do comportamento não tem consci'ncia de estar a emitir uma declaraçãone*ocial=(iste somente uma apar'ncia

0ode causar dano a al*u%m que a interprete como verdadeiradeclaração

Se o comportamento do autor -or culposo, se este tiver culpa na -alta deconsci'ncia e na criação dessa apar'ncia, incorre em responsabilidade civil.

3eclarações não s1rias -c1nicas ou *jocandis causa+0 autor da declaração emite"a sem intenção ne*ocial, na e(pectativa de que issoseja conhecido pelo seu interlocutor, por quem receber a declaração.Bá a intenção de emitir a declaração e a intenção de criar uma apar'ncia, mas hátamb%m a convicção de que a -alsidade da apar'ncia % conhecida e de que aapar'ncia assim criada % inocente e não lesará nin*u%m.

ão há verdadeira declaração ne*ocial, mas somente uma apar'ncia

L9

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Se a declaração não s%ria -or emitida em circunstâncias que induzam o declaratárioa aceitar justifcadamente a sua seriedade, o declarante incorre emresponsabilidade civil e terá de indemnizar os danos causados com a emissão dadeclaração.

Falta de vontade em cl,usulas contratuais gerais

art. J: @<<Ws e(clui certas cláusulas \ são ine(istentes# por crer que, por certosmotivos, elas não são conhecidas da contraparte.

)P%I5 3A )N?A3

Eontade pode e(istir e estar viciada na sua -ormação, por defci'ncias deesclarecimento ou liberdade. re*ime *eral dos v)cios da vontade % a AN9AQII3A3, devido ao carizinterprivado da questão do v)cio da vontade. Só a pessoa cuja vontade -oi viciadatem le*itimidade para a anulação, já que esta % estabelecida para seu interesse.

rroE)cio da vontade ne*ocial que se tarduz em defci'ncia de discernimento do autor

Y 1alsa percep)ão da realidade; a descon-ormidade entre a realidade e oentendimento dessa realidade.

0ode ser1 espontâneo ou provocado; incidir sobre as pessoas ou objecto do ne*ócio,sobre os motivos ou as circunstâncias

K rro so4re a pessoa ou o o4jecto do negócioRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR 4esulta de uma descon-ormidade entre o conhecimento ou a percepção que aparte tem da pessoa ou da outra parte ou das suas qualidades e a verdade.

$bran*e o objecto e o conte6do a maior parte das vezes incide sobre o conte6do do ne*ócio jur)dico

0ara que o erro tenha efcácia anulatória são necessárias AH:#1O essencialidade1 só devido a ele a pessoa celebrou o ne*ócioO co*noscibilidade1 declaratário conhecia ou devia conhecer da essencialidade

 ne*ócio que se v' atin*ido parcialmente por erro pode ser reduzido AKA:# ouconvertido AKL:#

! rro so4re os motivosRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR4equisitos de relevância anulatória1O essencialidade

O acordo das partes sobre a essencialidade

' rro so4re a 4ase do negócioRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR6ase do ne7cio: al*o de e(terior ao ne*ócio que constitui o seu ambientecircunstancial envolvente, a realidade em que se insere, o status 8uo e(istente aotempo da sua celebração, cuja e(ist'ncia ou subsist'ncia tenha inTu'nciadeterminante na decisão ne*ocial e seja necessário para o seu equil)brio económicoe a prossecução do seu fm, para a sua justiça interna.

=rro sobre a base do ne*ócio / -alsa representação do quadro circunstancial queconstitui a base do ne*ócio

Qilateralidade do erro não % necessária, embora possa ser -requente.

L7

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quadro circunstancial re-erido no art. AIA:5A % objectivo já que a sua e(ist'ncia %necessária para que o equil)brio contratual se não perturbe e o fm do contrato senão -rustre.

%aracterísticas do erro para a relevOncia jurídica:O desvio anormal; Fdesvio mani-estoG em relação &s circunstâncias necessárias ao

equil)brio económico do ne*ócio e & prossecução do seu fm; o desvio deve ser tãoimportante que a e(i*'ncia do cumprimento do ne*ócio, tala como está se tornecontrária & boa -%.O este desvio deve perturbar a justiça interna do contrato ou -rustrar o seu fmO o desvio, a perturbação da justiça interna e a -rustração do fm do ne*ócio nãodevem estar cobertos pelos riscos próprios do contrato

$?@$VD@D!$!=1 resoluçãoou

>!D3D<$ S=W?! $ =`?D!$!=

4emiss+es para dados e(trale*ais, para a atureza das <oisas1" normalidade do desvio

" equação económica do contrato" padr+es de honestidade e dec'ncia da vida ne*ocial privada

!#!$n= > / circunstâncias subjectiva e consensualmente previstas pelas partes comoessenciaisn=  / quadro circunstancial que, embora previsto e reapresentado pelas partes, nãotem de ter sido subjectivamente objecto de consenso entre as partes.<ircunstancias que são objectivamente determinantes

3olo=rro provocado % tratado como dolo AIL: e AIH:  e*ócio % anulável#

/ elemento o4jectivo1 su*estão5arti-)cio Y pode ser omissivo/ elemento su4jectivo1 intenção ou consci'ncia/ elemento &nalista1 induzir al*u%m em erro

AIL:5A / dolus onus P dolus *alus

!issimulaç+es correntes do com%rcio jur)dico

<rit%rio da 4oa f1 e dos 4ons costumes. $ parte deve a*ir colocando-se na posi)ão da contraparte e a*ir de acordo com a oa 14.

0ara ter relevância anulatória, requer dupla causalidade:

O o dolo causa o erroO o erro causa a celebração do ne*ócio

!#C$/!: dolo de terceiro só releva se o declaratário conheça ou não devadesconhecer do dolo

posição a terceiro: dá"se se o terceiro -or o autor do dolo, se conhecia ou nãodevesse dei(ar de conhec'"lo.

=rro %1 O essencialO co*nosc)vel pela outra parteO não se verifcam os requisitos do HL:Aplica;se somente o !#K$

=rro %1 O essencialO não co*nosc)vel pela outra parteO preenche os requisitos do HL:

LA

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Aplica;se o !#!$/!=rro %1 O essencial

O co*nosc)velO preenche os requisitos do HL:S, cumulação: !#K$ T !#!$/!

Admite;se a anulação ou modi&cação se Bouver cumulação

'rro actual 8uanto E evolu)ão 1utura das circunstâncias. erro de prognose1 não % erro, mas uma pro*nose -alhada. $ -alha da pro*nosetorna"se real quando acontece o imprevisto, quando se alteram as circunstânciasHL:, se estiverem preenchidos os pressupostos#

>==C=S <4!=D41Dnterpretação restritiva da remissão do AIA:5A para o HL:1 não aceita amodifcação, do re*ime de alteração das circunstâncias, mas somente aanulabilidade, do re*ime comum do erro.

 A +odi!cação do ne7cio não atenta contra a autono+ia privada8 +asantes de.ende#a e 4 por e%a eiida

%oacção moral -)ício da vontade0 v)cio do ne*ócio % o medo / a decisão ne*ocial está viciada por -alta de liberdadesufciente. ne*ócio % anulável.

=(iste vontade ne*ocial, embora viciada pelo medo4equisitos da efcácia anulatória da coacção moral1O $meaça / pela contraparte ou por terceiro para que o ne*ócio seja viciado, se acoacção provier de terceiro, % necessário que seja *rave o mal e justifcado o receioda sua consumação# / se a coacção -or -eita pela contraparte ela merece menosprotecção do que se -or -eita por terceiroO Dlicitude da ameaça ameaça il)cita P ameaça l)cita  art. AII:5L#$meaça deve ser -eita com a cominação de um mal il)cito, um mal que a parteameaçada não esteja juridicamente vinculada a suportar.O dupla# causalidade da ameaça

/ ameaça deve causar medo/ esse medo deve ser determinante do ne*ócio ou ato viciado

O 3inalidade de e(torquir a declaração ne*ocial / ameaça deve ser fnalisticamentediri*ida & prática do ato cujo v)cio esteja em questão

<oacção pode ser diri*ida contra a 7# o declarante ou terceiro, A# pessoa oupatrimónio.

ão constitui coacção o temor reverencial, o respeito por pessoa mais velha ou

superior hierárquico.

 ARTIGO 2''º (Coacção +ora%)>. Di(-se 1eita so coac)ão *oral a declara)ão negocial deter*inada pelo receio deu* *al de 8ue o declarante 1oi ilicita*ente a*ea)ado co* o f* de oter dele adeclara)ão.. A a*ea)a tanto pode respeitar E pessoa co*o E 0onra ou 1a(enda do declaranteou de terceiro.;. Não constitui coac)ão a a*ea)a do exercício nor*al de u* direito ne* o si*pleste*or reverencial.

 ARTIGO 2';º (Coacção +ora%) A declara)ão negocial extor8uida por coac)ão 4 anulável, ainda 8ue esta proven0a

de terceiro? neste caso, por4*, 4 necessário 8ue seja grave o *al e justifcado oreceio da sua consu*a)ão.

LL

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v)cio do ne*ócio sob coacção % o medo. $ declaração % viciada por -alta deliberdade sufciente. Bá, contudo, vontade ne*ocial.P coacção -)sica ou absoluta  não há vontade ne*ocial#$ consequ'ncia % a anula4ilidade.

6e2uisitos da e&c,cia anulatória da coacção moral:O $meaçaO Dlicitude da ameaça A a*ea)a deve ser 1eita co* a co*ina)ão de u* *al ilícito, de u* *al 8uea parte a*ea)ada não esteja juridica*ente vinculada a suportar O !upla# causalidade da ameaçaF necessário 8ue 2>3 a a*ea)a cause *edo e 8ue 23 esse *edo sejadeter*inante do neg+cio ou ato viciadoO 3inalidade de e(torquir a declaração ne*ocial

$meaça pode ser -eita pela contraparte ou por terceiro.F necessário, para 8ue o neg+cio seja viciado,:

O se a ameaça -or -eita por terceiro1 seja *rave o mal e justifcado o receio da

sua consumaçãoO se provier da contraparte, não, pois nesse caso ela merece menor

protecção.

stado de necessidade e usura estado de necessidade, só por si, não tem relevância autónoma em mat%ria dev)cios da vontade. Só vicia o ne*ócio se houver usura.

9sura 1 vício:O da vontade1 discernimento e liberdade de decisão da v)tima estãodiminu)dos so-re um de-eito de -ormação#O de conte6do1 desequil)brio injustifcado e e(cessivo

Incapacidade acidental!efci'ncia de discernimento e liberdade na decisão ne*ocial e na prática do atoque % momentânea.<onsequ'ncia1 anulabilidade, se1O a incapacidade -or notória ou conhecida do declaratário A incapacidade acidental situa-se nu*a transi)ão entre o regi*e jurídico daincapacidade de agir e o dos vícios da vontade no neg+cio jurídico.

)P%I5 3A 3%A6AUV

5imulação

!iver*'ncia bilateral entre a vontade e a declaração, que % pactuada entre aspartes com a intenção de en*anar terceiro.

lementos estruturais: acordo entre as partes com o fm de criar uma -alsa apar'ncia de ne*ócio pactosimulatório# diver*'ncia entre a vontade declarada ne*ócio e(teriorizado# e a vontade realne*ócio realmente celebrado# intuito de en*anar terceiro

e(iste1 simulação -raudulentaNão re8uer inten)ão de prejudicar 

não e(iste1 simulação inocente.acto simulatório: pacto que tem como conte6do 7# a estipulação entre as

partes da criação de uma apar'ncia ne*ocial, da e(teriorização de um ne*ócio

LH

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$r*uição da simulaçãoulidade do ne*ócio simulado

4e*ime especial de ar*uição próprios simuladores entre si, mas não contra terceiros de boa -%

Berdeiros dos simuladores AHA:#1 em vida do de cujus contra os ne*ócios por elesimulados com o intuito de os prejudicar

AHL: ponibilidade: A1 boa -% subjectiva1 i*norância da simulação em tempo em que -oramconstitu)dos os direitos que o terceiro invoca e que são prejudicados pela ar*uição: L1 re*isto da acção de simulação1 conhecimento normativo

0ublicidade re*istal vale conhecimento  adquirentes posteriores deviamsaber da pend'ncia da acção

<onTito entre dois terceiros de boa -% que tenham adquirido o mesmo bem, um a

partir de um dos simuladores e outro a partir do outro. 0$DS != E$S<<=@S5@DE=D4$ $S<=S1 preval'ncia da posição jur)dica daquele queadquiriu do verdadeiro titular, em detrimento daquele que o adquiriu do -also. terceiro que não fca com o direito deve ver restitu)do o preço pa*o e e(i*ir deambos os simuladores solidariamente uma indemnização pelos danos, nos termos*erais do HJL:. <$4E$@B 3=4$!=S1 preval'ncia do ato ou re*isto que primeiro ocorrer

Dnvocação da simulação pelos simuladores contra terceiros1/ venire contra 1actu* propriu*/ credibilidade dos simuladores não deve ser nenhuma

.rova da simulaçãoLHK:5L permite o recurso a testemunhas para a prova da simulação quando não -orar*uida pelos simuladores, quando -or invocada por terceiros.<3 e 0E admitem recurso a testemunhas como prova complementar, quando haja jáum princ)pio de prova da simulação por documentos que não seja ainda sufciente.

6eserva mental -)ício da declaração0!iver*'ncia intencional e unilateral entre a vontade e a declaração com o intuito deen*anar o declaratário.

declarante afrma vincular"se, mas tem a intenção de não cumprir a promessa-eita, de não cumprir o ne*ócio.art. AHH: " reserva mental não prejudica a validade da declaração a reserva mental

% declaração ne*ocial, já que não há acção sem e(teriorização.

ão há -alta de vontade ne*ocial1 e(iste consciência da declaração e vontade deemiti"la, acompanhada de uma reserva oculta que não releva.0oderia che*ar"se & mesma conclusão atrav%s do re*ime do abuso de direito namodalidade venire contra 1actu* propriu*.

AHH:5A / se a outra parte conhecer a reserva aplica"se, analo*icamente, o re*imeda simulação, apesar de não haver, como nesta 6ltima, pacto simulatório

@ei não prev' o caso poss)vel de reserva mental bilateral, em que ambas as partesa*em com reserva mental, mas cada uma i*nora a reserva do outro. / São ambasirrelevantes.

rro na declaração

LU

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!eclarante -az inadvertidamente constar da sua declaração al*o que não coincidecom aquilo que queira declarar. 0rejudica a e(pressão da vontade, não a sua -ormação a pessoa erra ao declarar#2 casuisticamente di-)cil distin*uir erro"v)cio na -ormação da vontade# de erro"obstáculo

AH: !eclaração a-ectada por erro"obstáculo % anulável, se se verifcarem1 essencialidade elemento deve ser determinante na sua celebração co*noscibilidade essencialidade deve ser conhecida, ou não deve dei(ar de serconhecida pela outra parte constructive notice  nas circunstâncias concretas done*ócio, a outra parte deveria conhec'"la# A sua de*onstra)ão 4 o +nus de 8ue* invoca o erro

AHJ:1 ne*ócio valerá, se o declaratário quiser, com o sentido que o declarante lhequeira dar

rro de escrita$rt. AHK: " erro de cálculo ou escrita declarante -az constar al*o de errado na sua declaração, não porque tenha so-rido

uma -alsa percepção da realidade erro v)cio# nem porque se tenha en*anado nae(pressão erro obstáculo#, mas porque se en*anou nas contas, porque errou umaoperação de cálculo. re*ime % o da correcção do erro importa corri*ir a declaração, desde que severifquem os pressupostos1 erro deve ser revelado no próprio conte(to dadeclaração ou atrav%s das circunstâncias em que a declaração % -eita

rro na transmissão da declaração6ncio aquele que % incumbido da transmissão da declaraçãoP erro vicio1 declarante -ormou bem a sua vontadeP erro obstáculo1 declarante e(primiu correctamente a sua vontade ao n6ncio

E)cio na declaração ocorre quando o n6ncio comunica ao declaratárioincorrectamente aquilo que o declarante o incumbiu de dizer.

$l*uma analo*ia com o erro na declaração justifca1 AI9:57 / remissão para o re*ime do AH:1 pressup+e a D<g<D$ da diver*'nciana transmissão da declaração AI9:5A / se a diver*'ncia -or dolosa por parte do intermediário, a declaração %sempre nula mesmo que não se verifquem a essencialidade e co*noscibilidade doAH:#

L

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A Forma dos Negócios Jurídicos

Forma: modo como a acção juridicamente relevante ato ou ne*ócio#, se insereneste âmbito social de relação interpessoal, o modo como sur*e e se e(terioriza no

mundo e na vidaGodos os neg+cios tê* 1or*a.

Formalidades: actos ou -actos complementares cuja satis-ação ou verifcação sãoe(i*idas para a prática do ato ou para a celebração do ne*ócio podem seranteriores, concomitantes ou posteriores & celebração do ne*ócioRegras sore a 1or*a não deve* ser aplicadas, se* *ais, Es 1or*alidades .0reterição de -ormalidades e(i*idas por lei pode ter como consequ'ncia a nulidadepor -orça do AKH: ne*ócio com preterição de -ormalidades e(i*idas por lei % ile*ale, como tal, em princ)pio, nulo# e não por -orça do AA9:.

Forma interna: participa do ser e da e(ist'ncia do ne*ócio; -az parte dele e semela o ato não % qualifcável como tal, % juridicamente ine(istente. 3orma absoluta,que vale por si própria e que, portanto, não permite redução teleoló*ica.

Forma e=terna: -orma de que o ato se reveste, al*o que lhe acresce, mas que nãoparticipa da sua ess'ncia, do seu ser. $ sua -alta a-ecta só a validade ou a prova,mas não a-asta a sua qualifcação ou e(ist'ncia. 2 -uncional, e(i*ida com umafnalidade concreta e que, por isso, pode ser objecto de redução teleoló*ica, seassim -or imposto pela boa -% ou pelo fm do ne*ócio.

 Ad su3stantia+: -alta acarreta a nulidade do ato re*ra das e(i*'ncias le*ais# Ad pro3atione+: -alta acarreta a impossibilidade de prova1 o ato só pode serprovado com aquela -orma, ou revestindo de -orma mais solene caso do LUH:# deve ser sindicada atrav%s de interpretação, a fnalidade da e(i*'ncia le*al de

-orma e deve concluir"se que a lei a e(i*e apenas para prova.Forma legal  e(i*ida por lei

><1 normas t'm natureza plena, pelo que, não tendo objectos relevantes epercept)veis, não comportam redução teleoló*ica

$1 normas visam1/ levar as partes a reTectir antes da pratica de actos consideravelmente *raves/ re-orçar a se*urança do ne*ócio, nomeadamente por permitir a intervenção deterceiros/ -acilitar a prova dos actos/ difcultar certos ne*ócios a que % des-avorável, mas que não vai at% ao ponto de

proibirRecusa 8ual8uer 1or*a da sua redu)ão pelo int4rprete, no*eada*ente ateleol+gica, e prop9e a revisão das situa)9es e* 8ue se i*p9e a 1or*a legal.

0E1 2 a lei que e(i*e que o int%rprete descortine a fnalidade da e(i*'ncia le*al de-orma AA7:; ALJ:Bá e(i*'ncias le*ais de -orma desrazoáveis. Dmporta reapreciar as e(i*'ncias le*aisde -orma e rever as que não encontram a sua justifcação compat)vel com o seucarácter e(cepcional. Só devem manter"se as que t'm -undamento na ordemp6blica.=(i*'ncias le*ais de -orma são de ordem p6blica e visam acautelar interessesrelevantes1

4az+es de1 / publicidade consulta e conhecimento por qualquer interessado#/ ponderação

LJ

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/ prova do conte6do e da convenção#

3orma oral1 arriscada e peri*osa3orma escrita1 permite distin*uir com se*urança as ne*ociaç+es do contratopropriamente dito

 de-ende as partes contra a precipitação e as decis+es imponderadas; ajuda

a tornar certo o conte6do do ato, a separá"lo das ne*ociaç+es preliminares e f(arqual o conte6do com que veio a ser celebrado; con-ere ao ato um t)tulo que ocorporiza e serve de suporte ao re*isto e & publicidade.

3orma escrita simples1 evita equ)vocos quanto ao seu conte6do e -acilita a suaprova. Serve de base ao re*isto e & publicidade do ne*ócio.=scritura p6blica1 titulação mais ri*orosa e se*ura.

Forma convencional: -orma e(i*ida pelas partes ou por uma delas não assentaem raz+es de ordem p6blica, mas no interesse ne*ocial inter privado; situa"se nocampo da autonomia privada. correspondem a uma preocupação de se*urança e cautela, com a qual as partespretendem prote*er"se da incerteza da prova de comunicaç+es verbais e

tele-ónicas.

ALL:1 -orma convencional não pode ser de solenidade in-erior & -orma le*al=stipulação na convenção das partes visa estabelecer uma presunção ilid)vel# deque se não querem vincular se não pela -orma convencionada. Se as partes a*iremdepois sob uma -orma que não respeite a -orma convencional, deve entender"seque esse a*ir não % ainda vinculativo.

ALL:5A1 estipulação de -orma convencional pode ser contemporânea ou posterior aoato estipulação de -orma ne*ocial habitualmente precede a celebração do ato oudo ne*ócio

 Bá -undamento para se concluir que as partes se quiseram vincular desde omomento em que celebraram o ato presume"se que a convenção visa somenteconsolidar o ne*ócio, mas não substitu)"lo. ão há -undamento deve entender"se que, com a nova convenção sobre a-orma, o ne*ócio -oi substitu)do ou renovado

Se estiverem inclu)das na convenção em que se estipula uma -orma ne*ocial para ocontrato cláusulas que acresçam ou difram do ne*ócio ori*inal, entende"se queeste se mant%m com as modifcaç+es a*ora introduzidas, mas que não % substitu)dona sua inte*ralidade.

Forma volunt,ria: -orma que as partes usaram na prática do ato com solenidadeque e(cede a e(i*ida por lei.

 <orresponde normalmente a preocupaç+es de certeza e se*urança de conte6do etitulação do ne*ócio

Forma das estipulações e pactos acessóriosAA7: e AAA: as convenç+es e os pactos acessórios podem valer sem a -orma done*ócio principal desvio & plenitude da -orma ne*ócio que p+e em causa avanta*em de propiciar certeza e se*urança quanto ao âmbito material do ne*ócio.

@on*a tradição histórica e prática reiterada de estipular em separado pactos quesão ane(os ou acessórios a um contrato.

AA7:5AA: distin*uem1 pactos acessórios celebrados antes ou simultaneamente com o ne*ócio

 pactos acessórios celebrados posteriormente

LK

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 -orma le*al -orma voluntária

0E1 parece mais claro colocar a 'n-ase na distinção sobre o tempo de estipulaçãodos pactos ane(os, separando em dois1

/ pactos anteriores e contemporâneos1 estão presentes no esp)rito das

partes ao tempo de celebração do ne*ócio e elas podiam t'"los inclu)do no ne*ócioprincipal/ pactos posteriores, que correspondem normalmente a modifcaç+es

supervenientes do ne*ócioAA7:5AAA:  re-erem somente as estipulaç+es verbais acessórias ao documentole*almente e(i*ido ou ao escrito que titula o ne*ócio principal, mas o seu sentidoabran*e ainda aqueles casos em que as estipulaç+es e pactos acessórios revistamuma -orma com solenidade in-erior & que a lei e(i*e ou & que as partes adoptaramno ne*ócio principal

AAL:571 pode concluir"se apenas que se presume ilid)vel, nos ermos do LI9:5A# queas partes não quiseram fcar vinculadas, a não ser por actos que revistam a -ormaconvencionada.

a0 stipulações e pactos acessórios anteriores e contemporOneos$nteriores1 2 natural que tenham sido revo*ados, substitu)dos ou inte*rados pelaposterior celebração do ne*ócio principal, assumindo então o estatuto de pactos ouconvenç+es pr%"ne*ociais preparatórias.<ontemporâneas1 % de esperar que tenham sido inte*radas no ne*ócio principal

AA7: e AAA:1 para as reconhecer, se revestirem -orma com solenidade in-erior, %necessária a demonstração de que correspondem & vontade das partes ónus daprova de quem queira invocá"los#

.ro4lemas de validade formal

3orma le*al ne*ócio principal#1 convenç+es ou pactos acessórios, anteriores oucontemporâneos, que revistam uma -orma de solenidade in-erior são, em princ)pio,nulos. Serão válidos quando a razão determinante da -orma não lhes seja aplicável.3orma voluntária ne*ócio principal#1 conv ou pactos acess, anteriores oucontemporâneos, que revistam uma -orma de solenidade in-erior são, em princ)pio,válidos, mas podem ser inválidos quando a lei as sujeite a uma -orma de maiorsolenidade.

40 stipulações e pactos acessórios posterioresão há razão para presumir que -oram absorvidos pelo ne*ócio

AA7:5 A e AAA:5A1 nada e(i*em quanto & demonstração de que essas convenç+escorrespondem & vontade das partes

Se o ne*ócio principal revestir uma -orma le*al, as conv e actos que lhe sãoacessórios só fcam sujeitos & mesma -orma, se as raz+es da e(i*'ncia especial dalei lhe -orem aplicáveis.

3orma dos ne*ócios at)picos4e*em"se pelo A7K: consensualidade % mais intensa, mas não ilimitada nemabsoluta *rande parte das e(i*'ncias são estatu)das a propósito dos tipos ne*ociais *rande parte dos ne*ócios at)picos são constru)dos com base em tipos ne*ociaisque se modifcam atrav%s de convenç+es adicionais ou com base em mistura detipos.

H9

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/ 4estriç+es oriundas das e(i*'ncias le*ais de -orma estatu)das *enericamente apropósito do conte6do e e-eitos dos ne*ócios jur)dicos J9:57 e J9:, b# <ód.otariado/ e(i*'ncias le*ais de -orma estatu)das a propósito dos tipos ne*ociais e(i*encias le*ais de -orma cuja aplicabilidade pressup+e a pr%via qualifcaçãodo ne*ócio como de certo tipo; ase o contrato não -or qualifcável como de al*um

tipo le*al, nenhum dos preceitos que e(ija uma especial -orma le*al estatu)da apropósito de um tipo le*al lhe será aplicável.

%onse2u>ncia legal da falta de forma e os deveres de formaliGação

AA9: ulidade

feitos de falta de prova

A6?I< '(C$ -=ig>ncia legal de documento escrito07. `uando a lei e(i*ir, como -orma da declaração ne*ocial, documento aut'ntico,autenticado ou particular, não pode este ser substitu)do por outro meio de prova oupor outro documento que não seja de -orça probatória superior.

A. Se, por%m, resultar claramente da lei que o documento % e(i*ido apenas paraprova da declaração, pode ser substitu)do por confssão e(pressa, judicial oue(trajudicial, contanto que, neste 6ltimo caso, a confssão conste de documento dei*ual ou superior valor probatório.

A6?I< '"'$ -Inadmissi4ilidade da prova testemunBal07. Se a declaração ne*ocial, por disposição da lei ou estipulação das partes, houver de ser reduzida aescrito ou necessitar de ser provada por escrito, não % admitida prova testemunhal.A. amb%m não % admitida prova por testemunhas, quando o -acto estiver plenamente provado pordocumento ou por outro meio com -orça probatória plena.L. $s re*ras dos n6meros anteriores não são aplicáveis & simples interpretação do conte(to dodocumento.

Seguran)a proat+ria 1acultada pelo docu*ento escrito não pode ser suprida pela

inseguran)a dos depoi*entos das teste*un0as.3alta da -oma le*al dá, por vezes, lu*ar a re*imes jur)dicos que são desequilibradosa -avor de uma das partes, tida como tipicamente mais -raca 79UK:, p. e(#

4e*imes especiais de limitação da e(cepção das e(i*'ncias -ormais podem seraplicados analo*icamente 77:#. São uma modernização do re*ime da -orma le*al,que se inte*ra no sistema e aponta numa nova direcção.

4e-orçam o consensualismo e o 1avor negotii.

Sentido1 desde que esteja *arantida a liberdade e o discernimento da celebração done*ócio, e a aus'ncia de outros v)cios que possam inquiná"lo, qualquer das partespode e(i*ir da outra a cooperação para a -ormalização do ne*ócio.

Se a outra parte se recusar injustifcadamente a praticar os actos necessários &-ormalização, a sentença judicial poderá declarar o conte6do do ne*ócio celebradoe suprir a -alta de -orma le*al. Sentença serve de base ao re*isto e publicidade do ato que estiver a eles sujeito.4az+es de publicidade e co*noscibilidade determinam a -orma le*al ato só terávalidade a partir da data da 8-ormalização subsequente, seja ela adoptada pelaspartes ou pelo ribunal.

=spontânea partes procedem de sua iniciativa#3ormalização subsequente provocada uma parte e(i*e"a da outra#

 ^udicial

6egime da nulidade leva a muitas injustiças>==C=S <4!=D4

H7

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Se inacatada, esta obri*ação pode ser e(ecutadapelo ribunal somente em casos particulares#

Dnale*abilidade -ormal responsabilidade civil natural ou

espec)fca1 quem invoca a nulidadefca obri*ado a supri"la

 $-asta o recurso & boa -% nulidade pode ser invocada por terceiro# $-asta o recurso & redução teleoló*ica das normas que e(i*em a -orma que sãoFplenasG#

<$4E$@B 3=4$!=S

0re-ere um entendimento restritivo dos e-eitos da e(i*'ncia de -orma le*al,-avorável & conservação do ne*ócio jur)dico e & tutela da confança da outra parte

V$0DS$ >$<B$!

0rinc)pio da tutela da confança  con-ere"se a um ne*ócio nulo e1eitos i*uais&queles que o ne*ócio teria se -osse válidoex lege ne*ócio nulo vale como simples -acto *erador de um estado ou situação deconfança

 ipos de problemas com di-erentes *raus de densidade %tica e jur)dica17. $ctuação in*%nua car'ncia deve"se a i*norância

Voa -% e(i*e que as partes assumam a vinculação e -açam o necessário para sanara -alta de -orma

A. $ctuação confante começa a e(ecução antes da -ormalização nae(pectativa de que ela se irá realizar

0elo menos implicitamente, as partes assumiram, uma perante a outra, um deverde -ormalização, a obri*ação de cooperar para que o ne*ócio venha a cumprir as

e(i*'ncias le*ais de -orma a obter e -ornecer os documentos e de praticar as-ormalidadesL. $ctuação oportunista aproveita a -alta de -orma para se livrar da

vinculação$ctuação só -ormal e aparentemente l)cita. >aterialmente, % condenável e ainvocação do v)cio -ormal deve ser bloqueada

H. $ctuação contraditória contribui para a -alta de -orma e invoca"a depois$buso de direito1 parte a*e contrariando a e(pectativa que criou bloqueio dainvocação

I. $ctuação culposa parte provoca intencionalmente a -alta de -orma paravir depois aproveitar"se dela

Vloqueio

Sentença judicial % -ormalmente mais di*na pode servir de suporte ao re*isto esatis-azer as e(i*'ncias de publicidadeS+ a 1or*a externa pode ser suprida pela senten)a.

Eias de solução1 reconhecimento de um dever de -ormalização bloqueio da invocação do v)cio -ormal pela parte que lhe deu causa suprimento judicial da defci'ncia de -orma le*al

AA:1 dever de negociação pr1;contratual1 deveres de cooperação e lealdadeentre as partes; dever positivo de cooperação na -ormalização do contrato e umdever ne*ativo de não invocação da -orma pela parte que lhe deu causa.

HA

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!ili*'ncias de -ormalização t'm sido entendidas como de livre e(ecução pelaspartes; antes da -ormalização não haveria verdadeira relação ne*ocial e a liberdadede não cooperar para a -ormalização do contrato inte*raria a liberdade ne*ocial.

Dmportante distin*uir os casos em que houve consenso e os casos em que nãohouve1 o dever de -ormalização só pode e(istir quando o ne*ócio estiver conclu)do.

Dmportante distin*uir a modalidade da -orma em -ala condiciona a e(ist'ncia done*ócio-orma e(terna tem inTu'ncia sobre a sua validade-orma interna tem inTu'ncia sobre a conclusão do contrato se não e(istire(i*'ncia de -orma interna o contrato tem"se como conclu)do e não repu*navincular as partes a um dever pr%"contratual de cooperação para a sua -ormalizaçãoe para a realização das -ormalidades necessárias & sua validade e efcácia plenas. e(i*'ncia da boa -% e dos bons costumes

 doutrina não tem reconhecido especifcamente este dever de -ormalização, jáespecifcado na lei a propósito do arrendamento rural.

!esenvolvimento judicial do !ireito que assenta na autonomia e no 1avor

negotii  maleabilização do re*ime da invalidade -ormal, assente na -ortenecessidade de confança no trá-e*o jur)dico, no respeito pela boa -% e pelosbons costumes e na procura de uma justiça material.  4ecepção do re*ime jur)dico da -orma dos actos e ne*ócios jur)dicos do sentido %tico"jur)dicoimanente &s re*ras de -orma citadas que são assumidas como umamodernização e um aper-eiçoamento do re*ime.

Vloqueamento da declaração de nulidade por -alta de -orma em caso de má -% daparte que a invoca e do carácter abusivo dessa invocação.

HL

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)alores negativos dos actos e negócios jurídicos

Dne(ist'ncia P ulidade4elevo da dimensão ontoló*ica da acção ne*ocial

Dne(ist'ncia ulidade !om)nio do ser    dom)nio do dever"ser ão"ato, não ne*ócio    ato ou ne*ócio inválido ^u)zo de realidade    ju)zo de valor 2 um nada    em al*uma efcácia jur)dica, emboranão ne*ocial

Ine=ist>ncia$cto1/ não produz quaisquer e-eitos jur)dicos enquanto tal/ pode ser invocada por qualquer pessoa/ pode ser invocada a todo o tempo/ pode ser invocado a todo o tempo, independentemente de declaração ne*ocial

Ine=ist>ncia Wntica: não e(iste onticamente qualquer ne*ócio; o ne*ócio não -oicelebrado, não ocorreu, não aconteceu, tratando"se de uma mentira ou -alsidade,que poderá ser suportada por uma apar'ncia que leve a crer o contrário.ão % convers)vel, porque não corresponde a al*o que e(ista

2 mais justo compensar, em responsabilidade civil, os danos que da ine(ist'nciaresultem para o declaratário ou terceiros sem imputar ao suposto autor um ne*ócioque este não praticou.

interesse de terceiros que, em virtude do re*ime da ine(ist'ncia, sejamprejudicados, não pode prevalecer contra os valores %ticos e os interessespessoal)ssimos que estão em jo*o, e podem ser prote*idos pelo re*ime *eral daresponsabilidade civil

Ine=ist>ncia 2uali&cativa: ato5ne*ócio subsiste como al*o, mas não enquantotal. $ questão % de qualifcação.$l*uns casos são suscept)veis de conversão.

Ine=ist>ncia por imposição da lei: ato de autoridade do !ireito que imp+e, comoconsequ'ncia de v)cios particularmente *raves, uma solução equivalente &ine(ist'ncia1 a lei i*nora o ato e considera"o um nada, mas ele e(iste onticamente\ nulidade a*ravada#<onversão e poss)vel se se verifcarem os respectivos pressupostos e requisitos.

Invalidade4esulta de uma apreciação de valor, de dever"ser em que % sindicada a sua poss)veldescon-ormidade com a natureza, a moral e a lei.

e*ócio inválido % tido como simples -acto jur)dico, cuja efcácia e consequ'nciassão tributárias da autonomia privada

Nulidade consequ'ncia típica da invalidade#

HH

Bosi)9es contrárias as de5ene(es ordeiro e &Hrster, 8ueinclue* a inexistência na

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 inefcácia % ori*inária1 o ne*ócio não che*a a alcançar efcácia jur)dica; % inefcazdesde a celebração ex tunc3 estão tipicamente e jo*o interesses de ordem p6blica % de conhecimento ofcioso % a ordem jur)dica que não tolera o v)cio e recusa a validade do ato tribunal Fdeclara a nulidadeG atrav%s de uma acção declarativa, que nada altera

no estatuto do ne*ócio @e*itimidade1 qualquer interessado 0ro-. 0E a-astainterpretaç+es restritivas

Eanta*em económica directa ou indirecta nadeclaração

de nulidade deve ser sufciente para ointeresse do

AJU:, que deve ser apreciadosubjectivamente

 ão será correcto -alarmos em retroactividade porque a efcácia jur)dica nãoche*ou verdadeiramente a verifcar"se retroactividade na nulidade % em sentidoimpróprio #. 0oderá -alar"se nela devido aos e-eitos -ácticos produzidos antes dadeclaração de nulidade, desde a prática do ato. 0ode ser invocada a todo o tempo

Anula4ilidade inefcácia superveniente1 o ne*ócio nasce válido, embora precário tem efcáciaori*inária que pode vir a ser destru)da por uma anulação superveniente inefcáciasuperveniente, e( nunc# estão tipicamente em jo*o interesses inter"privados % estabelecida em protecção de certas pessoas especialmente carecidas de tutela

re*ime especial de protecção ne*ócio pode não ser desvalioso, mas o !ireito receia que o seja % invocável pelas pessoas em cuja protecção seja estabelecida ou pelos seusrepresentantes ou herdeiros tribunal FanulaG o ne*ócio atrav%s de uma acção constitutiva que modifca, apartir desse momento, o status do ne*ócio retroactividade em sentido próprio 0ode ser requerida dentro de um ano subsequente á cessação do v)cio que aori*ina ou, sem limite de tempo, enquanto o ne*ócio não estiver cumpridoe(cepç+es1 art. 7AI:57, c# e 7J:# << e IK:5A <S<# conta*em do prazo inicia"se quando cessa o v)cio, quando o declarante seapercebe do erro em que incorreu, quando cessa a coação ou in-erioridade da

usura#feitos:4estituiçao do que -oi prestado, pre-erencialmene em esp%cie as obri*aç+es derestituição rec)procas devem ser cumpridas simultaneamente

poni4ilidade e interesses de terceirosSão em principio opon)veisart. AK7:1 re*ime especial de tutela de terceiros de boa -%que tenham adquiridoonerosamente uma coisa imóvel ou móvel sujeita a re*isto#

A6?I< !"K$ -Inoponi4ilidade da nulidade e da anulação07. $ declaração de nulidade ou a anulação do ne*ócio jur)dico que respeite a bens

imóveis, ou a bens móveis sujeitos a re*isto, não prejudica os direitos adquiridossobre os mesmos bens, a t)tulo oneroso, por terceiro de boa -%, se o re*isto daaquisição -or anterior ao

HI

$ difcil*ente algu4* assu*e osencargos de u*a ac)ão judicial se daínão retirar vantagens$ u*a ve( suscitada a 8uestão da

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re*isto da acção de nulidade ou anulação ou ao re*isto do acordo entre as partesacerca da invalidade do ne*ócio.A. s direitos de terceiro não são, todavia, reconhecidos, se a acção -or proposta ere*istada dentro dos tr's anos posteriores & conclusão do ne*ócio.L. 2 considerado de boa -% o terceiro adquirente que no momento da aquisiçãodesconhecia, sem culpa, o v)cio do ne*ócio nulo ou anulável.

 Anula)ão pode resultar de decisão judicial ou de acordo entre as partes anulação unilateral não dispensa a intervenção do tribunal1 a parte não anula, maspede ao tribunal que anule

 2 dispon)vel, porque de ordem privada$dmite %NFI6EAUV1 antecipação do e-eito sanante da caducidade efcáciaretroactiva

ato que revela a intenção de que o ne*ócio anulável tenha vi*'ncia pode ser e(pressa ou tácita só -az sentido se não se mantiver a causa da anulabilidade e se a partesouber dessa anulabilidade parte não pratica um novo ato, mas reitera o anterior P 4enovação1 movo ato que revo*a o anterior e lhe substitui UA: <S<#

Invalidades atípicas$rt. 7A: @ei <<W

Irregularidades$l*uns casos em que, não obstante o desrespeito pela lei na prática de actos oune*ócios jur)dicos, % e(cessivo, atenta a ratio legis, a-ectá"los na sua validade

Ine&c,cia2 a -alta de e-eitos próprios e não um v)cio do ne*ócio4esulta da invalidade, -uncionamento de termo ou condição, -alta de re*isto e de

-ormalidadesão precisa de ser invocada, mas % 6til o recurso a ju)zo para a obtenção da suadeclaração/ inefcácia ES subsequente ne*ócio submetido a termo fnal ou condiçãoresolutiva#/ *eral não produz quaisquer e-eitos pretendidos# ES especial produz e-eitos emrelação a certas pessoas#/ total não produz quaisquer e-eitos# ES parcial ne*ócio mant%m apenas parte dasua efcácia#

HU

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5avor "eotii 

5avor neotii: tributário do princ)pio da autonomia privada, consiste na orientaçãoda interpretação, concretização e decisão jur)dica no sentido da validade do a*irne*ocial.

a*ir ne*ocial privado autónomo tem um valor a(ioló*ico"jur)dico em si mesmo.

Dmpulsiona o princ)pio do 1avor negotii

rienta o e(erc)cio jur)dico no sentido da limitação da invalidade, doaproveitamento do poss)vel no ato e no ne*ócio jur)dico

>ani-esta"se na1    redução conversão

 limitação das invalidades -ormais

639UV ne*ócio mant%m"se válido na parte não a-ectada pela causa da invalidade,fcando FreduzidoG & parte válida. ne*ócio tem de ser divis)vel1 !"!$ <rit%rio da divisi4ilidade está navontade ne*ocial das partes4edução não pode contraria a autonomia privada; as partes podem estipular,e(pressa ou tacitamente, que o ne*ócio % redut)vel ou irredut)vel, e em que moldes

@e*al1 resulta de imposição le*al independentemente da vontade daspartes

4eduçãoEoluntária1

!esencadear da redução, se*undo AKA: v)cio que *era a invalidade % de conhecimento ofcioso nulidade parcial#

 tribunal só deve dei(ar de reduzir quando se conheça que as partes nãoteriam celebrado o ne*ócio sem a parte viciada E)cio que *era a invalidade não % de conhecimento ofcioso anulabilidade parcial#

 Se uma parte pedir a redução, a outra pode opor"se e dizer que o ne*ócionão e divis)vel, porque ela não o teria celebrado sem a parte viciada. Se uma partepedir a anulação, a outra pode pedir a redução.

AKA: estabelece como re*ra a redução1 invalidade parcial só acarreta a invalidade

total quando se demonstre que as partes não teriam contratado sem a parteviciada.

0resunção de divisibilidade ou de redutibilidade

/ não se trata de uma presunção em sentido proprio essas re-erem"se & in-er'nciada verifcação de -actos e não da vi*'ncia de re*imes jur)dicos#/ Fdivisibilidade do ne*ócioG % restrita & questão da redução e não se alar*a aoutros campos, como, por e(., ao cumprimento

<E=4SAKL:1 o ne*ócio subsiste qualifcado de modo di-erente apro(ima"se daqualifcação#.

H

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 4evaloração do comportamento ne*ocial das partes, mediante a atribuição deuma efcácia sucedânea da que a ela se ajustaria se respeitasse os requisitos devalidade e efcácia do ne*ócio.ão % neutra quanto ao conte6do do ne*ócio1 tem de haver uma modifcação deste6ltimo.

<onstrução de 3@?>=1 Eerifcação1 a estipulação que, tal como contratada, % inválida, cont%m ou nãouma re*ulação cujos pressupostos de efcácia estejam preenchidos Ealoração1 valorar se essa re*ulação alternativa merece ser posta em vi*or semviolação da autonomia privada

<onversão só pode ocorrer quando se prove que % consentânea com a vontadene*ocial das partes Jque pode resultar da interpretação ou da inte*ração done*ócio#.

2 necessário proceder a um ju)zo hipot%tico1 atento o conte6do do ne*ócio, o seufm e as circunstâncias em que -oi celebrado, teria ou não sido celebrado comoconvertido.

6edução e %onversão

<onversão implica uma modifcação do contrato; opera a criação de mat%ria jur)dica>esmo a simples conversão de tipo a tipo implica sempre al*uma criação, pois vaire*er"se um contrato por um modelo re*ulativo di-erente.

<arvalho 3ernandes pendor objectivista#1Eontade que orienta a cnversão deve ser orientada em -unção do fm prático visadopelas partes ao celebrar o ne*ócio, tendo em vista o hipot%tico comportamentone*ocial que as partes adoptariam, quando con-rontadas com a irremediável

invalidade do ne*ócio que celebraram.<onversão visa a salvação do ne*ócio, o F-avor ne*otiiG. 4e-erencia aos requisitos essenciais de substância e de -orma si*nifca que a leiquer asse*urar"se de que o ne*ócio, depois de convertido, tem condiç+es devalidade substancial e -ormal. art. 77U:5A <ódi*o otariado e(i*e -orma e -ormalidades para a procuraçãoirrevo*ável. >anutenção da procuração, sem a clausula de irrevo*abilidade, seriaum caso de conversão1 procuração e procuração irrevo*ável são qualitativamentedi-erentes

5uperação judicial das invalidades formais

!ever de -ormalização incumprido; recusa de cooperação para a satis-ação dase(i*'ncias le*ais de -orma, necessárias & plena efcácia e validade do ne*ócio

Dnvocação da invalidade pela parte que se recusou a cooperar na -ormalização %contrária & boa -% e consubstancia um caso de abuso de direito inale*abilidades-ormais#

HJ

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=tinção dos negócios jurídicos

$s pessoas podem, em principio, desvincular"se de um ne*ócio jur)dico do mesmo

modo, pela mesma -orma e nas mesmas condiç+es por que se vincularam.

6evogação 'm le*itimidade para revo*ar as pessoas que estão vinculadas suscept)vel dedesvios quando haja terceiros interessados para quem tenham nascido direitosemer*entes do ne*ócio unilateral ou do contrato e(. HHJ:57#

e*ócios unilaterais em que a declaração já tenha che*ado aos seus destinatáriosnão podem ser ser revo*ados sem a anu'ncia desses outros interessados -oicriado na es-era jur)dica dos interessados um direito potestativo que a revo*açãoviolará declarante pode estipular os moldes em que fca vinculado e em que poderevo*ar#em todos os ne*ócios unilaterais são revo*áveis adopção, perflhação, X#

 3orma da revo*ação %, em re*ra, a do ato revo*ado e(ecepção no arrendamento para habitação1 tem de ser celebrado por escritoparticular e pode ser revo*ado pela simples entre*a e aceitação da casa semnecessidade de escrito UA: 4$?# =fcácia da revo*ação não % retroactiva opera ex nunc, mantendo"se os e-eitos já produzidos pelo ne*ócio

6esolução!eclaração unilateral recipienda pela qual uma das partes, diri*indo"se & outra, p+etermo a ne*ócio retroactivamente, destruindo assim a relação contratual

59Q5%UV )I 6esolução do contratoA6?I< C'!$ -%asos em 2ue 1 admitida07. 2 admitida a resolução do contrato -undada na lei ou em convenção.A. $ parte, por%m, que, por circunstâncias não imputáveis ao outro contraente, não estiver em condiç+esde restituir o que houver recebido não tem o direito de resolver o contrato.A6?I< C''$ -feitos entre as partes0a -alta de disposição especial, a resolução % equiparada, quanto aos seus e-eitos, & nulidade ouanulabilidade do ne*ócio jur)dico, com ressalva do disposto nos arti*os se*uintes.A6?I< C'C$ -6etroactividade07. $ resolução tem e-eito retroactivo, salvo se a retroactividade contrariar a vontade das partes ou afnalidade da resolução.A. os contratos de e(ecução continuada ou periódica, a resolução não abran*e as prestaç+es jáe-ectuadas, e(cepto se entre estas e a causa de resolução e(istir um v)nculo que le*itime a resolução detodas elas.A6?I< C'#$ -feitos em relação a terceiros07. $ resolução, ainda que e(pressamente convencionada, não prejudica os direitos adquiridos porterceiro.A. 0or%m, o re*isto da acção de resolução que respeite a bens imóveis, ou a móveis sujeitos a re*isto,torna o direito de resolução opon)vel a terceiro que não tenha re*istado o seu direito antes do re*isto daacção.A6?I< C'($ -%omo e 2uando se efectiva a resolução07. $ resolução do contrato pode -azer"se mediante declaração & outra parte.A. ão havendo prazo convencionado para a resolução do contrato, pode a outra parte f(ar ao titular dodireito de resolução um prazo razoável para que o e(erça, sob pena de caducidade.

3en7ncia!eclaração unilateral que uma das partes -az & outra e pela qual p+e termo a umarelação contratual duradoura para a qual não -ora estipulado um termo.

Se não 0ouver sido estipulado u* ter*o, 4 pacífco na Doutrina 8ue as partes se pode* liertar atrav4s da den6ncia.

 ão tem e-cácia retroactiva

HK

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P 4evo*ação1 não e(i*e o acordo das partesP 4esolução1 não pressup+e um -undamento le*al ou contratual e não tem efcáciaretroactiva 2 própria das relaç+es contratuais duradouras sem termo estipulado.

ão tem na lei uma re*ulamentação t)pica, embora possa t'"la, mais ou menos

completa, no contrato.

UA:5A deve entender"se com o sentido de que a parte que pretende denunciardeve -az'"lo de modo a provocar na outra parte o menor dano poss)vel concretização do dever de boa -% que deve ser -eita de acordo com a natureza dascoisas1 parte que pretende denunciar deve colocar"se na posição da outra ediscernir quais os danos que a den6ncia lhe poderá causar, devendo evitá"los. deve avisar a outra parte com al*uma anteced'ncia deve in-ormar"se daanteced'ncia necessária para evitar o dano junto da outra parte e que, dentro dorazoável, levar em consideração a reposta que obtiver.

%aducidade=-eito e não ato# jur)dico automático de e(tinção do ne*ócio jur)dico e da sua

efcácia em consequ'ncia do ocorrer de um -acto jur)dico.  0rincipal causa da caducidade % o tempo, mas pode ser um ato, mão pr%"ordenadamente diri*ido & e(tinção do ne*ócio, pelo que a sua efcácia como causade caducidade opera como se de um -acto jur)dico se tratasse.

 decurso do prazo ne*ócios sujeitos a termo fnal# e(tin*ue os ne*ócios caducidade do ne*ócio por decurso de prazo pode decorrer da lei ou de

estipulação

0rincipalmente nos casos de termo fnal e de condição resolutiva não %necessário, para a e(tinção do ne*ócio, qualquer mani-estação de vontade ou ocumprimento de qualquer -ormalidade.

=cepção dos casos de prorrogação do contrato no decurso do praGo contrato de trabalho a termo converte"se em contrato de trabalho se prazo senão houver qualquer mani-estação de vontade# contrato de arrendamento urbano renova"se se, es*otado o prazo, não -ordenunciado nos termos da lei e do 79IU:; renova"se tamb%m se, depois do decursodo prazo, se mantiver a ocupação sem oposição do locador.

utra causa de caducidade morte 77H:; 79I7:, e# e -##