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TERMO DE REFERÊNCIA Urbanização do Parque do Engenho Freguesia – Museu do Recôncavo Wanderley Pinho e os Projetos Complementares do conjunto de edificações,

Outubro de 2011

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA Governador: Jacques Wagner SECRETARIA DE CULTURA Secretário Albino Rubim INSTITUTO DO PATRIMÕNIO ARTÍSTICO E CULTURAL - IPAC Diretor Geral: Frederico Mendonça

CRÉDITOS Diretoria de Projetos e Obras e Restauro - DIPRO Paulo Canuto Coordenação de Projetos e Obras - COPRO Glória Cláudia Bleichner Lopez Elaboração e Contribuições: Sub-gerência de Projetos - SUPRO Yveline Hardman – Arquiteta Urbanista Ayrton Silva Ferreira Filho– Arquiteto Zulmira Maria Bittencourt Correia – Arquiteta Newton Santana - Estagiário de Arquitetura Diretoria de Museus - DIMUS Maria Célia Moura Santos - Diretora Maria de Fátima dos Santos – Museóloga

SUMÁRIO

1. ANTECEDENTES

2. OBJETO DO CONTRATO 3. JUSTIFICATIVA E ABRANGÊNCIA

4. OBJETIVOS

4.1 Objetivo Geral 4.2 Objetivos Específicos

5. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO ASPECTOS HISTÓRICOS, FÍSICOS E AMBIENTAIS

5.1 Reconstruindo a História 5.2 Características Físicas e Ambientais

6. DIRETRIZES CONCEITUAIS DO PROJETO

6.2 Terminal Marítimo 6.3 Patrimônio Arqueológico e Arquitetônico 6.4 Patrimônio Ambiental

7. METODOLOGIA PARA ELABORAÇÂO DOS PROJETOS

7.1 1ª Etapa – Consolidação do Plano Urbanístico e Projetos

Complementares das edificações

7.2 2ª Etapa- Estudos de Alternativas e Relatório Ambiental

7.3 3ª Etapa: Projeto Básico

8. PRODUTOS ESPERADOS 9. EQUIPE DE TRABALHO 10. ESTRUTURA DA PROPOSTA TÉCNICA 11. PRAZO DE EXECUÇÃO 12. CUSTOS 13. CRITÉRIOS DE APROVAÇÃO DOS PRODUTOS

14. CRONOGRAMA FÍSICO FINANCEIRO

ANEXOS ANEXO I – Mapa de localização da área de intervenção Mapa da poligonal da área de intervenção ANEXO II – Planta de Uso e Ocupação da área ANEXO III – Projeto Arquitetônico das Edificações

1. ANTECEDENTES

O conjunto arquitetônico do Engenho Freguesia – Museu do Recôncavo Wanderley Pinho, reconhecido como patrimônio nacional pelo seu valor histórico,

arquitetônico e cultural pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Nacional –

IPHAN, está localizado em Caboto, Distrito do Município de Candeias, situado a 43 km de distancia de Salvador e à margem da Baía de Todos Santos.

Para efeito de compreensão da denominação do conjunto arquitetônico,

doravante chamado de Museu do Recôncavo, salienta-se que este é composto pelos

prédios da Casa Grande e Capela Anexa e da Fábrica, local onde era realizado o

processo de produção da antiga fazenda.

A localização estratégica e o potencial turístico e cultural desse conjunto

edificado, aliado às características físicas e ambientais do sítio, compõem um cenário

singular, perfeitamente enquadrado nos objetivos do Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo - PRODETUR Nacional / BA, ou seja, o de

impulsionar o turismo náutico e o turismo cultural na Baía de Todos os Santos

como vetor de desenvolvimento regional. O valor histórico desse equipamento está associado ao testemunho de uma

época economicamente importante na história do Brasil, maior produtor de açúcar, entre os séculos XVI e XVII, fazendo de Caboto e adjacências um território marcado

por fatos históricos, econômicos e políticos que, em conjunto com outros municípios,

configuraram a identidade sociocultural do Recôncavo. Os aspectos ambientais do

sítio que compreende uma área total de 127 ha reforçam o elo existente entre dois

componentes turísticos significativos: a paisagem natural e o legado cultural material e imaterial.

As iniciativas anteriores de criar uma dinâmica própria para o local a partir de

investimentos realizados de forma pontual, não surtiram os efeitos desejados, em

função da falta de mecanismos que possibilitassem o desenvolvimento local e sua

sustentabilidade. Com base nessas experiências, foi reformulado o conceito da

intervenção, adequando-o às diretrizes estabelecidas pelo PRODETUR Nacional.

Como será visto no decorrer deste Termo de Referencia, a proposta de

intervenção prevê a implantação de um Parque, construído por etapas, resguardada

a funcionalidade de cada um de seus componentes e a integração de ações nas

esferas de governo. Objetiva-se, assim, possibilitar a criação de oportunidades que,

alinhadas ao conteúdo histórico e ambiental, permitam a geração de emprego e renda para as comunidades envolvidas nesse projeto.

O valor do investimento é de R$ 16.300. 000,00 (dezesseis milhões e trezentos

mil reais). Deste total, é previsto o percentual de 75%, para as obras de recuperação

das edificações e 25% para as obras de urbanização do Parque na sua primeira

etapa, incluídos aí os recursos para a elaboração e complementação dos projetos.

FIGURA 1: Inserção da área do projeto na Baía de Todos os Santos

.

2. OBJETO DO CONTRATO

O objeto do contrato é a elaboração do Projeto Básico de Urbanização do Parque do Engenho Freguesia – Museu do Recôncavo Wanderley Pinho e dos projetos complementares do conjunto de edificações, cujo projeto arquitetônico foi

elaborado pela equipe técnica do Instituto do Patrimônio Artísticos Cultural - IPAC.

O referido projeto está enquadrado no Componente I-Estratégia do Produto Turístico e no Componente IV – Infra Estrutura.

3. JUSTIFICATIVA E ABRANGÊNCIA

A restauração dessa edificação datada do século XVIII é imprescindível e

urgente. Tombado no âmbito federal, em 1944, o monumento foi restaurado entre

1970/71, passando a ser sede do Museu do Recôncavo Wanderley Pinho,

atualmente, fechado. Apesar de estar em estado físico precário, o conjunto da Casa

Grande / Capela conserva suas características arquitetônicas, representando um raro

exemplar da arquitetura rural do Brasil Colônia.

Já as instalações da antiga fábrica estão em ruínas, permanecendo apenas

remanescentes de sua antiga estrutura.

Os graves problemas de ordem estrutural no conjunto de edificações levaram o IPAC

a solicitar recursos ao Ministério da Cultura, no ano de 2006, para viabilizar

recuperação do telhado e piso de madeira da Casa Grande e da sua drenagem interna

e externa, através do tratamento dos taludes. Essas obras, em caráter emergencial, foram realizadas no ano de 2009. Ainda, em meados do ano de 2010, foram

realizados serviços de recuperação das esquadrias externas, instalações elétricas

provisórias e construção de um bloco de sanitários. À época, os projetos arquitetônicos elaborados pela equipe técnica do IPAC

foram submetidos ao IPHAN para análise e foram aprovados parcialmente, restando a

apresentação dos projetos complementares que constituem, no momento, objeto

desse TR.

O patrimônio edificado, a cultura e o ecossistema que compõem essa região

fortalecem as possibilidades para o turismo cultural, étnico, pedagógico, ecológico, náutico, além de propiciar a realização de eventos, oferecendo inúmeras

possibilidades de lazer não só para os baianos como para aqueles que visitam nosso

Estado. O projeto ora apresentado está em consonância com as diretrizes

estabelecidas no PRODETUR Nacional, ou seja, “Turismo Náutico e Cultural na Baía de Todos os Santos”

A localização estratégica, aliada à identidade cultural do Recôncavo, traz um

dado importante a ser considerado na avaliação do grau de abrangência do empreendimento proposto em relação às localidades vizinhas.

Dentre as localidades mais próximas e que mantêm relação com a área do

Museu, devido a sua proximidade e acessibilidade, destaca-se a Ilha de Maré, terceira

maior ilha da Baía de Todos os Santos, localizada em frente à foz do Rio Cotegipe e a

Baía de Aratu. Dos demais núcleos existentes na BTS, em numero de onze, Botelho e

Oratório são os mais próximos do Engenho Freguesia – Museu do Recôncavo

Wanderley Pinho. Botelho é a quarta praia em número de habitantes e a única a

possuir um terminal marítimo com atracadouro para embarque e desembarque de

passageiros e mercadorias.

Do lado oeste, está o tradicional povoado de Praia Grande, que se desenvolveu

em tono da Igreja de Nossa Senhora das Candeias.

Nestas ilhas, habitam grupos sociais formados predominantemente por

pescadores, quilombolas, marisqueiras, artesões e, eventualmente, de veranistas,

compondo um universo nativo próprio e com uma dinâmica sócioeconômica peculiar.

Além de ser um marco referencial para essas localidades, a recuperação deste

patrimônio possibilitará ao público baiano, formado por estudantes, profissionais

liberais, empresários, turistas e moradores das comunidades do entorno, visitar este

equipamento cultural.

4. OBJETIVOS 4.1 Objetivo Geral

Restaurar o conjunto arquitetônico do Museu do Recôncavo Wanderley

Pinho composto por casa-grande com capela anexa e fábrica, requalificar os espaços de exposições para atender a visitação pública e criar um parque que

permita o acolhimento fomentador de sustentabilidade do Museu e de

desenvolvimento local.

4.2 Objetivos Específicos

4.2.1 Estimular a prática de esportes náuticos e terrestres criando condições para

a integração da área do entorno com as atividades culturais do Museu, permitindo a

integração da comunidade de Caboto e do público em geral na prática do turismo

náutico e cultural

4.2.2 Valorizar o potencial ambiental do sítio co a criação de trilhas ecológicas

de pequeno, médio e longo esforço, objetivando o contato com a fauna e a flora da

Mata Atlântica;

4.2.3 Criar projeto expográfico com recursos audiovisuais, tácteis e aromáticos

visando à reconstituição da história do Engenho Freguesia e do Recôncavo baiano e de temas relacionados às atividades náuticas;

4.2.4 Implantar biblioteca e arquivo especializado na história do Recôncavo.

4.2.5 Reformar atracadouro atual e incluir essa localidade no roteiro turístico da

BTS;

4.2.6 Priorizar soluções sustentáveis baseadas na eficiência energética,

aproveitamento passivo dos recursos naturais, gestão e economia da água,

gestão dos resíduos, conforto termo-acústico, qualidade do ar e uso racional

dos materiais, como forma de preservar os recursos naturais e garantir conforto

a seus visitantes.

5. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO QUANTO AOS SEUS ASPECTOS HISTÓRICOS, FÍSICOS E AMBIENTAIS

5.1 Reconstruindo a História

O Museu do Recôncavo Wanderley Pinho, localizado no Distrito de Caboto – Candeias, em frente à Ilha de Maré, foi instalado na propriedade da Freguesia do

Engenho, em 1971, após ter sido vendido ao Governo do Estado da Bahia pela

esposa de José Wanderley de Araújo Pinho, em 1968. Nesse mesmo ano, foi criado,

pelo Decreto Lei Nº 20.529, assinado pelo então governador Luís Viana, com a

finalidade de preservar a história do Recôncavo Baiano e do Engenho Freguesia.

Em decorrência da importância histórica e artística este patrimônio foi tombado em 14 de setembro de 1944 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, conforme processo nº 0322-T-43. O conjunto arquitetônico

composto por casa-grande, capela anexa e fábrica é considerado uma obra de referência para arquitetura dos engenhos com características únicas no Brasil,

ratificada no documento do IPHAN:

“Esta casa-grande é um dos raros exemplares, conhecidos no país, de

edifício residencial desenvolvido em torno de dois pátios, com capela

contígua - com porte de igreja matriz - e planta de corredores laterais e

tribunas. A casa possui quatro pisos, sendo os dois primeiros parciais,

devido à topografia. Sua planta desenvolve-se em partido de "T", com

quartos, salas e alcovas voltados para os pátios. Muito interessante é a

cozinha da casa com coifas e chaminés de tipo alentejano. Sua fachada é

marcada pela predominância de vazios, sendo as esquadrias do séc.

XVIII e gradis de balcões do séc. XIX.”i1

Esta propriedade integra o patrimônio imobiliário do Estado da Bahia desde

1968, quando é vendido ao Centro Industrial de Aratu, atual Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial – SUDIC, autarquia vinculada à Secretaria da Indústria e Comércio da Mineração do Estado da Bahia.

A administração é realizada pela Diretoria de Museus - DIMUS do Instituto do

Patrimônio Artístico e Cultural - IPAC, autarquia vinculada à Secretaria de Cultura do

Estado.

Considerando que as instalações atuais correspondem às construídas ou

reconstruídas em 1760, pelo Capitão Mor Cristóvão da Rocha Pita, posteriormente,

foram realizadas as seguintes intervenções físicas:

Em 1817, o filho bastardo do homônimo Capitão Mor, realiza reparos gerais no

engenho. (PINHO, 1982).

Em 1856/57, o Conde de Passé – Antonio Bernardino da Rocha Pita e Argolo,

restaura todo o conjunto da Casa Grande / Capela / Fábrica, sem alterar a

antiga fisionomia arquitetônica, onde foram recompostos o mobiliário e todos

os demais objetos de uso doméstico. (PINHO, 1982).

Em 1948, o IPHAN, promoveu restaurações parciais, através da administração

técnica do “Engenheiro Guirlando”, que “cometeu o erro em mandar caiar o

salão de visitas” não conservando as pinturas murais existentes.

Após a criação do Museu do Recôncavo, em 1970/71, a Casa Grande e

Capela são restauradas pela Superintendência do CIA, na diretoria do Eng.

Rivaldo Guimarães, pelo Departamento de Edificações de Obras Públicas do

Estado da Bahia - DEP, na diretoria do Eng. Carlos Guimarães, sob a

orientação técnica do Professor Jair Brandão, do DPHAN (atual IPHAN). Em

fevereiro de 1971, o museu foi inaugurado. (Rocha / IPAC-BA)

1 Arquivo Noronha: .http://www.iphan.gov.br/ans/inicial.htm.

Em 1973, houve novas obras gerais de recuperação, sob administração da

Superintendência do CIA. (Diário Oficial – 29/11/1973).

Em 1978, o telhado da Fábrica foi novamente recuperado e foi aplicada uma

pintura geral em todo o prédio. (IPAC-BA)

Entre 1984/85, novas obras foram realizadas pela empresa COMPAR -

Construção, Pavimentação, Restauração Ltda., tendo como Responsável

Técnico o Eng. Lauro Barreto Fontes (Jornal A TARDE – 20/09/85)

Em 1997, foram realizadas novas obras, com duração de cinco meses, através

do Convênio da SEC com a SURCAB (Jornal A Tarde 02/12/97)

Entre 1979/82, ocorreram novas obras realizadas pelo DEP. (Jornal A Tarde –

12/11/81)

Em 2003, foram realizadas obras parciais de recuperação interna e da

cobertura, no período de julho a dezembro, mediante contrato de nº. 025/2003,

celebrado entre o IPAC e a empresa Domo Arquitetura e Projetos Culturais

Ltda. (arquivo IPAC).

Em 2009 obras de estabilização, recuperação do telhado, dos pisos de madeira

da Casa Grande, recuperação da drenagem do entorno e do interior através do

tratamento dos taludes.

Em 2010, foram realizados serviços de recuperação das esquadrias externas,

instalações elétricas provisórias e construção de um bloco de sanitários.

5.2 Características Físicas e Ambientais

O Distrito de Caboto, onde se localiza o Engenho Freguesia, pertence ao

Município de Candeias que integra a Região Metropolitana de Salvador e o

Recôncavo, conhecido desde o século XVI como a faixa de terra formada por

mangues, baixios e tabuleiros que contornam a Baía de Todos Santos - BTS.

Conforme o Art. 216, inciso V, da Constituição do Estado da Bahia, de

05/10/1989, toda a BTS e sua zona costeira é considerada patrimônio natural estadual. Em 05/06/1999, através do Decreto nº. 7.595, foi criada a “Área de Proteção Ambiental – APA da Baía de Todos os Santos”, envolvendo as águas e o

conjunto de ilhas inseridas na poligonal, formada pela linha da costa, que delimita a

Baía e o estuário do Rio Paraguaçu, que inclui a Enseada do Caboto. Esta enseada do

possui valiosos ecossistemas e vários atributos naturais. É dotada de uma exuberante

paisagem, formada pela variação da topografia, marcada pelo contraste das elevações

com as áreas planas de vale e da praia. O cenário é complementado pela considerável

cobertura vegetal que envolve a área total de 127 ha onde estão as instalações do

conjunto da Casa Grande/Capela e Fábrica.

Embora tenha sido antropizada, a massa verde atual é muito mais densa do que

a existente em épocas anteriores, sobretudo nos tempos em que predominavam os

canaviais, onde toda a Mata Atlântica original foi desmatada para o plantio da cana de

açúcar e para alimentar as fornalhas dos engenhos. Atualmente, grande parte da

vegetação continua sendo substituída por plantações de bananas, de forma

desordenada.

O sítio é dotado de um manguezal, berçário de uma rica fauna, com solo

constituído de sedimentos lamosos, que se tornam mais visíveis quando nas marés

baixas, assim como no pequeno trecho de praia, delimitada pelo cais de alvenaria,

conhecida como a “Praia do Museu”, segundo Guedes.

Pelos mapas antigos, publicado no livro de Wanderley Pinho, este trecho do

continente, localizado entre a Baía de Aratu e a Ilha de Madre Deus, era marcado pela

foz do Rio Matuim ou Cotegipe, onde está situado o Engenho Freguesia. Ao

desembocar no mar, este rio formava outra pequena baía ou enseada, que seria a de

Caboto. Em 1970, foi represada e transformada em uma lagoa, com o aterro realizado

para construção da via de acesso próprio ao sítio do engenho, dividindo a área em

dois ecossistemas. De um lado a área do manguezal, a beira mar; do outro lado, a

represa de água doce, interligada apenas por uma tubulação.

Atualmente, a lagoa está inteiramente dominada pela vegetação Taboa (Typhia

sp) que impede a visualização do espelho d’água e encontra-se indicada na planta

geral da CODEBA como área embrejada.

6. DIRETRIZES CONCEITUAIS DO PROJETO

A seguir serão apresentados os elementos estruturadores do projeto,

concebidos com base no conceito de sustentabilidade que norteou os estudos de uso e ocupação da área, espacializados em planta constante do

ANEXO I I.

A decisão de incluir a urbanização da área, instituindo o Parque do Engenho

da Freguesia, como parte integrante e indissociável do projeto de recuperação do

museu, decorre da necessidade de agregar às propostas de interação das práticas

museológicas tradicionais às novas demandas sociais e a busca pelo

desenvolvimento sustentável.

O conceito proposto partiu de uma visão integrada que abrange as

intervenções previstas no âmbito do PRODETUR Nacional - Componente I: Estratégia de Produto Turístico - Recuperação do Patrimônio Histórico, Componente IV – Infraestrutura e Serviços Básicos, mas, também, das ações

que articulem e promovam o desenvolvimento das comunidades, formada por

quilombolas e vilas de pescadores, através do Componente - Fortalecimento de Arranjos Produtivos Locais.

Portanto, promover atividades econômicas ligadas à indústria náutica e às tradições do Recôncavo, utilizando a mão de obra, devidamente capacitada,

certamente, será uma ação decisiva para o êxito do projeto.

O modelo de gestão a ser adotado envolverá arranjos institucionais no

âmbito federal, estadual e municipal, admitindo-se a criação de instrumentos que

permitam a parceria com empresas públicas / privadas, a exemplo da Petrobras.

A concepção do referido modelo deverá estar sintonizada ao modelo que

será adotado com a criação do Distrito Cultural e Turístico da BTS. Ademais, o

estudo de viabilidade econômica do empreendimento previsto nesse TDR

fornecerá subsídios à formatação mais adequada para torná-lo sustentável.

A elaboração do Projeto de Urbanização abrange toda área delimitada pela

poligonal, bem como a elaboração dos Projetos Complementares do conjunto

arquitetônico, objeto da contratação deste TDR. Entretanto, os recursos

disponibilizados para execução das obras propriamente dita, refere-se a:

Recuperação e restauração das edificações do conjunto arquitetônico

composto pelos prédios da Casa Grande e Capela Anexa e da Fábrica;

Urbanização da 1ª etapa, definida em planta anexa, que corresponde às

áreas imediatamente contíguas as edificações e nas proximidades do

atracadouro a ser recuperado.

A seguir são apresentadas as intervenções urbanísticas constante da 1ª etapa das obras a serem executadas com os recursos do PRODETUR Nacional.

6.1 Projeto do Terminal de transporte: ônibus, taxi, carro particular e

ônibus de turismo, com o objetivo de evitar o acesso direto de veículos às

edificações, contribuindo para diminuir o impacto dos visitantes na área interna do

Parque;

Observação: o acesso à área, também, será feito por via náutica, com a

previsão da recuperação do atracadouro existente, item constante do componente

Infraestrura e Serviços ( implantação de Atracadouro) e Estratégia de

Comercialização ( criação de novos roteiros) do PRODETUR Nacional.

Criação de um sistema de circulação interna na área destinado a

usuários e carros de serviço, implantado de forma a acompanhar a topografia

original e serpenteando a borda do lago, com o objetivo de induzir o visitante a

percorrer o circuito e desfrutar dos recantos bucólicos proporcionados pela

ambiência do local;

6.2 Terminal Marítimo Criação de uma estrutura de apoio ao atracadouro, estrategicamente

localizada, próxima ao atracadouro e com distância regulamentar do museu,

tais como, praça de alimentação, lojas de comercialização de produtos

diversos;

Criação de módulo de sanitários / vestiário para atender aos visitantes

que se deslocam por via marítima.

A seguir são apresentadas as intervenções de recuperação do Patrimônio Cultural constante das obras a serem executadas com os recursos do

PRODETUR Nacional.

6.3 Patrimônio Arqueológico e Arquitetônico

Recomposição volumétrica da Fabrica do Engenho Freguesia:

espaço para exposição de arte, acervo técnico, loja, lanchonete, foyer e

auditório e administração (alem de exposição espaços para realização

de eventos, ampliando e dinamizando o uso do espaço);

Recuperação da Casa Grande como Museu que apresentará uma

exposição permanente, inclusive relatando a história do conjunto das

edificações e outra exposição que será periódica e temática (ciclo da

cana , historia do Recôncavo, mão de obra escrava , transporte da

produção).

6.4 Patrimônio Ambiental

Cadastrar as espécies significativas da vegetação existente para

inserir no projeto paisagístico a sinalização das mesmas;

Urbanização da lagoa: limpeza da área de brejo, criando um espelho

de água, circundada por ciclovia e caminhos onde serão implantadas

ilhas de serviços com estrutura de apoio, respeitada a faixa de

preservação do espelho d’água.

Valorização da paisagem e convite à permanência do visitante,

através da implantação do mobiliário urbano projetado para este fim

(área para piquenique e equipamento de lazer náutico: pedalinho, etc.)

Estruturação de áreas para Mirantes, previstos nas duas cumeadas

existentes para contemplação do cenário composto pela Baía de Todos

os Santos e sua relação com o Museu e Fábrica.

Recuperação da alvenaria de contenção localizada em área em

frente a Fabrica;

Restauração dos elementos artísticos integrados.

FIGURA 2: Síntese da proposta do Uso e Ocupação da área da Fazenda (Anexo II).

1 2

4

3

1: Atracadouro a ser recuperado; 2: Edificações Engenho Freguesia Museu Wanderley Pinho; 3:

Terminal Rodoviário ; 4: Ciclovia

A poligonal abrange uma área de aproximadamente 180 ha com as mais

variadas características ambientais: remanescente de Mata Atlântica, área embrejada

e morros. Somente 10% da área, cerca de 20 ha, sofrerá intervenção, o restante da

área será preservada e incorporada ao parque.

7. METODOLOGIA DE TRABALHO PARA ELABORAÇÂO DOS PROJETOS Muito embora os recursos previstos para execução das obras não contemplem

toda a urbanização da área, limitando-se à execução de uma primeira etapa cujos

serviços foram identificados em item anterior, o projeto deverá ser elaborado

considerando toda a área. Portanto, a alternativa adotada deverá ter funcionalidade

por etapa, ou seja, será implantada no trecho que ligará o terminal de transporte ao

atracadouro, passando pelas edificações do Museu , todos os elementos

indispensáveis a urbanização do referido trecho:ciclovia, caminho de pedestre,

módulo sanitário, mobiliário urbano , paisagismo , etc.

A elaboração do projeto deverá ser realizada em 3 ( três) etapas, assim

discriminadas:

7.1 1ª Etapa – Consolidação do Plano Urbanístico e Projetos Complementares das edificações

Consolidação do Plano Urbanístico a partir das diretrizes conceituais definidas

nesse TDR e dos levantamentos necessários para embasamento do referido plano.

Entende-se por Plano Urbanístico, o documento destinado a orientar as ações de

planejamento e para execução dos Projetos Básicos.

Em linhas gerais, esta etapa compreende o conjunto de intervenções

necessárias nas áreas físicas, sociais, ambientais e dos serviços públicos, para a área

de abrangência do trabalho.

Atividades a serem realizadas:

Revisão e ou consolidação dos estudos de uso e ocupação propostos pelo

IPAC;

Proposta de Metodologia do Trabalho Social e de atividades que possam

envolver alternativas de geração de renda para a população do entorno;

Levantamento de Dados e Diagnósticos para Plano Urbanístico e Projetos

de Urbanização, compreendendo a realização dos levantamentos de toda

a legislação incidente sobre a área;

Levantamento das informações para a elaboração do Relatório Ambiental,

incluindo o levantamento das espécies significativas e de valor ecológico;

Levantamento da legislação ambiental, do patrimônio cultural e do uso e

ocupação incidente sobre a área;

Elaboração de Plano Urbanístico;

Elaboração dos projetos complementares relativos às edificações que

compõem o conjunto dos prédios da Casa Grande e Capela anexa e da

Fábrica, cujos projetos arquitetônicos foram desenvolvidos no âmbito do

IPAC.

7.2 2ª Etapa- Estudos de Alternativas e Relatório Ambiental Após a aprovação do Plano Urbanístico, iniciam-se os estudos de

alternativas técnicas para a elaboração dos Projetos Básicos de Urbanização.

O processo de construção dos projetos, segundo as orientações

operacionais do PRODETUR, prevê a apresentação de mais de uma alternativa

técnica para ser avaliada, adotando-se aquela que melhor atenda aos critérios de

economicidade e sustentabilidade.

A escolha da alternativa a ser desenvolvida deverá atender ao seguinte

escopo:

Definição dos custos de implantação de obras de proteção ambiental, de

manutenção e operação, para cada alternativa estudada para o

empreendimento.

Definição dos custos das obras de proteção ambiental deverá ser feita a

partir da avaliação ambiental das alternativas.

Definição da alternativa de mínimo custo será feita com base no valor

presente líquido dos custos definidos anteriormente, a preços de

eficiência. Assim, a alternativa selecionada deverá ser aquela que

apresentar o Menor Valor Presente dos Custos Econômicos;

Avaliação ambiental preliminar como parte da etapa dos estudos de

concepção, resultando na elaboração de Relatório Ambiental Preliminar

(RAP), que deverá considerar: o uso do solo, características do ambiente

natural (geologia, ecossistemas terrestres e aquáticos), características

socioeconômicas e outros aspectos relevantes para a análise;

Projetos com obras de pavimentação e drenagem deverão avaliar os

impactos da descarga das águas pluviais no corpo receptor, sob o ponto

de vista da qualidade d’água e volume; deverão indicar soluções para

minimizar a velocidade e volume; Para projetos com saneamento

utilizando fossas sépticas, deverão ser realizados estudos do solo para

demonstrar sua capacidade de infiltração.

A alternativa técnica selecionada será submetida à análise

socioeconômica. As fases seguintes somente poderão ser realizadas se

for constatada a viabilidade econômica da alternativa de mínimo custo.

7.3 3ª Etapa: Projeto Básico

Esta etapa refere-se ao desenvolvimento dos Projetos Básicos das

alternativas urbanísticas selecionadas na etapa anterior, incluindo a elaboração

dos projetos arquitetônicos e complementares dos equipamentos e do mobiliário

urbano propostos.

Para a alternativa escolhida, após a aprovação pelos órgãos competentes,

deverá ser desenvolvido o Projeto Básico com custos estimados, considerando

uma margem de segurança de 90%.

O Projeto Básico será submetido a nova análise ambiental pelo órgão

competente que, por sua vez, estabelecerá ações e/ou programas ambientais

condicionantes à implantação do empreendimento. A partir daí, deverá ser

elaborado o Plano Básico Ambiental que, por sua vez, embasará a consolidação

do Projeto Básico.

O resultado da consolidação do Projeto Básico será submetido, finalmente, à

avaliação socioeconômica e à análise financeira.

O detalhamento dos produtos dessa etapa será apresentado no Item 9 desse

TDR.

As etapas previstas para elaboração dos projetos serão acompanhadas pela

equipe técnica do IPAC, em consonância com a Unidade Gestora do Programa -

UGP, com o objetivo de articular ações previstas nos outros componentes com

interface com o projeto em pauta.

8. PRODUTOS ESPERADOS

Listagem dos projetos a serem apresentados

O projeto básico é a solução desenvolvida a partir do cumprimento das etapas anteriores, já compatibilizada com todas as interferências dos projetos complementares. As informações contidas nesta etapa devem ser suficientes à licitação dos serviços de obras correspondentes. Para a apresentação da Proposta de Urbanização, dos Projetos Arquitetônicos e dos Projetos Complementares e de Infraestrutura, deverão ser apresentados relatórios e plantas contendo as seguintes informações: Projeto Urbanístico (inclui a área da poligonal) Projeto Básico de Urbanização

Planta de localização; Indicação das Áreas de Proteção Permanente (APP) e outros elementos de

restrição ambiental que incidirem na área; Planta de situação, contendo:

- Definição da área de intervenção em relação à mancha urbana, com referência às suas características físicas e urbanísticas, infraestrutura;

- Sistema de circulação com indicação da hierarquia, alinhamento, pré-dimensionamento e identificação;

- Indicação das obras de contenção e canalização de córregos, se necessário;

- Referências topográficas do projeto, com curva de nível de metro em metro e quadrícula (planta do levantamento topográfico fornecido pelo IPAC, não excluindo a possibilidade de novos ajustes a ser realizado pela contratada).

Planta Geral de Urbanização, contendo: - Elementos relevantes do levantamento planialtimétrico (curvas de nível de

metro em metro, quadrícula, origem do sistema de referência, norte verdadeiro, acessos, cursos d’água);

- Poligonal da área de intervenção do projeto; - Partido urbanístico em plantas, seções, elevações e plano de massas; - Sistema viário com indicação da hierarquia, alinhamento, pré-

dimensionamento e identificação; - Cotas de projeto em cada estaca, a cada 20m;

- Demarcação dos espaços destinados a comércio, serviços, equipamentos, espaços livres, áreas reservadas, áreas verdes, etc., com respectivas dimensões;

- Projeto geométrico de todas as vias de circulação e acesso, áreas de praças, equipamentos, contendo todas as referências geométricas necessárias;

- Quadro resumo das áreas, especificando os usos das mesmas (parque, áreas livres, etc.), com área total destinada ao sistema viário, discriminado: ruas, ciclovia caminhos de pedestres, acessos, estacionamentos, ajardinamentos etc.

Planta de terraplanagem com indicação de áreas de corte e aterro, cotas de plataforma e inclinação de taludes;

Seções transversais com indicação do terreno natural e das superfícies finais de projeto;

Detalhes típicos, contendo: - Dimensionamento (seções típicas) de contenções, escadarias e etc.

indicando o respectivo material de construção; - Tratamento de áreas livres (plantas e/ou cortes), indicando soluções de

arborização, mobiliário urbano, tratamento de piso, etc. Memorial Descritivo e Especificações Técnicas; Planilha de quantitativo e orçamento preliminar, considerando a etapa do projeto a

ser executada.

Projeto Básico Geométrico e Terraplanagem Planta do Projeto Geométrico, contendo:

- Arruamento; - Definição geométrica das vias, acessos, ciclovia, indicando pontos de

tangência e de concordância horizontal das vias, raios e centros de curva, cotas e intersecção das vias, cotas dos pontos de concordâncias e tangências verticais das vias, declividade;

- Indicação dos taludes e bermas, com indicação de declividades, sentido de escoamento e localização de águas pluviais;

- Indicação das áreas de risco se houver; - Locação de eixo, estaqueado de 20m em 20m; - Indicação dos taludes de cortes e aterros, e das contenções projetadas;

Perfis longitudinais das vias, contendo: - Perfil do terreno natural e o perfil do projeto, com marcação de todas as

cotas; - Numeração das estacas a partir do zero a cada 20m; - Identificação de pontos de tangência e concordância horizontal e vertical e

intersecções com outras vias;

- Cotas do terreno natural e do projeto das estacas e em todos os pontos significativos;

- Declividades de projeto por trecho e respectiva extensão. Seções transversais, eqüidistantes a cada 20m, contendo:

- Perfil do terreno natural; - Perfil do projeto, indicando vias taludes e platôs, com declividades;

Detalhes típicos, contendo; - Seções das vias, estacionamentos, passeios, guias, sarjeta, etc.; - Seções típicas para muro de arrimo, escadarias, galerias de concreto,

indicando o respectivo material de construção; - Tratamento de áreas livres (plantas e/ou cortes), indicando soluções de

arborização, mobiliário urbano, tratamento de piso, etc; Quadro de distribuição de terraplanagem indicando os volumes de corte e aterro e

informações quanto à origem e destino dos materiais.

Projetos Básicos de Infra-Estrutura e complementares Projeto Básico de Abastecimento de água

Planta Geral do sistema contendo área de abrangência do projeto, com indicação do ponto de alimentação da rede de acordo com viabilidade da concessionária de abastecimento de água e saneamento.

Planta da Rede de Distribuição de Água, contendo: - Traçado básico da rede, extensão, diâmetro, material da tubulação e

eventuais particularidades do projeto; - Elementos complementares ao sistema, tais como adução,

elevatórias/recalque, reservatórios, etc.; Memorial Descritivo e Especificações Técnicas; Planilha de quantitativo e orçamento preliminar.

Projeto Básico de Esgotamento Sanitário( se adotada a solução de rede )

Planta Geral do Sistema, contendo: - Indicação da área de abrangência do projeto; - Delimitação das bacias de esgotamento, Interceptores e Emissários; - Indicação das curvas de nível de metro em metro; - Traçado da rede coletora e de seus órgãos de acessórios com

identificação dos PV’s, indicação do sentido de escoamento, identificação da folha do perfil na qual aparece o trecho, se necessário;

- Localização e dados das principais dos componentes do sistema e quadro de quantidades;

- Apresentação do destino final;

Planta da Rede coletora projetada e seus acessórios com indicação de particularidades do projeto, contendo:

- Localização, definição e detalhamento preliminar de todas as singularidades e conexões com redes existentes;

- Localização de pontos de lançamento em redes de esgotos existentes, com especificação das respectivas cotas;

- Cotas de projeto da via e da rede coletora em cada ponto notável; - Cotas de tampão e fundo em cada singularidade; - Extensão, declividade, diâmetro e material da tubulação de cada trecho; - Profundidade de cada trecho; - Indicação e detalhamento dos trechos a serem envelopados e/ou

ancorados; Detalhes das singularidades; Estações de tratamento; Apresentação dos parâmetros de qualidade da água no efluente da ETE; Memorial Descritivo e Especificações Técnicas; Planilha de quantitativo e orçamento preliminar.

Projeto Básico de Drenagem Pluvial

Planta de Drenagem, contendo: - Bacias e sub-bacias contribuintes; - Traçado básico das redes públicas e condominiais, com indicação das

particularidades do projeto; - Indicação da extensão, declividade, diâmetro e material de cada trecho,

cota de tampa e de fundo das singularidades; - Indicação de extensão, declividades e cotas ou profundidades das

canaletas, valetas, escadas hidráulicas e outro acessórios; - Detalhes típicos dos acessórios previstos, tais como canaletas, escadas

hidráulicas, valetas, drenos, caixas de passagem, grelhas, etc. Memorial Descritivo e Especificações Técnicas; Planilha de quantitativo e orçamento preliminar. Projeto Básico Energia Elétrica / Iluminação Pública

Planta Geral da Rede de distribuição e iluminação pública contendo traçado da rede de acordo a viabilidade da concessionária local (COELBA);

Memorial Descritivo e Especificações Técnicas; Planilha de quantitativo e orçamento preliminar. Projeto Básico de Contenção

Planta Geral indicando tipo, localização e detalhes das soluções projetadas;

Projeto Básico das contenções e outras soluções de estabilização de encostas, com plantas, cortes, detalhes e dimensionamento;

Memorial Descritivo e Especificações Técnicas; Planilha de quantitativo e orçamento preliminar.

Projeto Básico de Arquitetura e Complementares dos equipamentos de apoio

O desenvolvimento de projetos arquitetônicos e complementares para

equipamentos previstos, incluindo mobiliário: parque infantil, bancos, quiosques,

sanitários, depósito, etc, conforme os conteúdos descritos a seguir.

Projeto Arquitetônico Projetos arquitetônicos básicos, contendo:

- Projeto de restauração dos bens integrados - Planta de Situação; - Planta de Implantação; - Plantas Baixas dos Pavimentos contendo as informações necessárias para

a clara compreensão do sistema construtivo proposto, com dimensões horizontais, materiais e acabamentos previstos para piso, parede e teto, definição de esquadrias e caixilhos, e linhas de eixos das estruturas com correspondente identificação;

- Planta de Cobertura com indicações dos elementos utilizados na cobertura, sentido e indicação do escoamento das águas pluviais, estrutura, espaçamento, pré-dimensionamento, detalhes;

- Cortes na quantidade e nas posições necessárias para representação completa da edificação, indicando as dimensões verticais, detalhes etc.;

- Elevações de cada uma das faces da edificação com indicação dos elementos, materiais e acabamentos propostos;

- Perspectivas. Projeto Estrutural

Projeto de Estrutura, contendo: - Planta de fundações com locação dos elementos de acordo com a solução

estrutural adotada (estacas, sapatas, baldrames, etc.) indicando as linhas dos eixos e respectiva identificação;

- Planta e corte contendo a identificação do sistema estrutural adotado bem como as locações dos elementos com linha de eixo.

Projeto Instalações Hidrosanitárias

Projeto de Instalações Hidrosanitárias, contendo:

- Instalações de água: plantas e cortes, contendo: esquema de distribuição de água; localização dos cavaletes de entrada, localização dos reservatórios com interligação aos cavaletes, indicando diâmetro da tubulação;

- Instalações sanitárias: plantas e cortes, contendo: sistema de esgoto, desde a saída das unidades até a sua conexão ao sistema adotado para o local; indicação das conexões e demais componentes; listagem dos componentes com especificação de materiais, tipo e modelo e dimensões desses; localização das fossas sépticas e/ou outros equipamentos de tratamentos que se mostrem necessários;

- Escoamento de águas pluviais/plantas de cobertura contendo: indicação do sentido do escoamento das águas pluviais, inclinação dos planos de escoamento e locais de captação.

Projeto de Instalações Elétricas

Projeto de Instalações Elétricas, contendo, onde aplicável: - Planta com distribuição dos pontos de luz, tomada, quadros de distribuição

de energia elétrica, contendo localização dos centros de medição de energia elétrica;

- Projeto do Centro de medição, com vistas frontais e laterais; - Projeto do sistema de proteção contra descargas atmosféricas e detalhe da

caixa de inspeção de aterramento. Memorial Descritivo e Especificações Técnicas; Planilha de quantitativo e orçamento preliminar. Projeto de Instalações de Prevenção de Incêndio

Projeto de Instalações de Prevenção de Incêndio para as edificações destinadas à equipamentos públicos para os quais é exigido por lei a apresentação deste tipo de projeto, contendo:

Planta baixa indicando tubulações, prumadas, reservatório, caixas de hidrante e/ou equipamentos;

Especificação de Materiais e Equipamentos; Memorial com Cálculo do dimensionamento das tubulações e reservatório. Projeto Paisagístico: tratamento das áreas livres e jardins e da indicação

rotas e trilhas para conhecimento das espécies significativas;

Instalações Especiais de Lógica e Sonorização - Em função da reinstalação

do museu, da biblioteca e de seus demais equipamentos de apoio, deverão ser

elaborados projetos especiais para a instalação de computadores, TV, som,

DVD e outros instrumentos de áudio-visual e comunicação.

Instalações de Sistema de Sinalização e Segurança Patrimonial -

elaboração de projetos específicos de Programação Visual e Segurança, com

Sistema Contra Incêndio, SPDA e Segurança Patrimonial.

Projeto de Climatização para a capela e auditório na fabrica.

Projeto de sinalização das áreas edificadas e das áreas externas, definindo

locais e modelos de placas para orientar os usuários do Parque, funcionários,

prestadores de serviços e visitantes.

Projeto de expografia: arrumação dos locais, internos e externos dotados de recursos audiovisuais, tácteis e aromáticos para que possam acolher, com versatilidade, exposições fixas e ou móveis de temas relacionados à história do Engenho Freguesia e do Recôncavo baiano e às atividades náuticas, por exemplo. Aprovação do Projeto junto à Prefeitura e Concessionárias

A Contratada deverá elaborar a complementação e detalhamento dos Projetos

com base nos procedimentos técnicos normativos da Prefeitura Municipal de Candeias e das concessionárias de serviços públicos. Assim sendo, todos os projetos elaborados no nível básico deverão estar de acordo com essas normas porque serão objeto de apreciação, aprovação e licenciamento pelas instituições citadas, para fins de execução das obras. A aprovação dos documentos técnicos, apresentados, será de inteira responsabilidade da Contratada. 9. EQUIPE DE TRABALHO Equipe Básica

Para a prestação dos serviços descritos neste Termo de Referência, prevê-se a

utilização de profissionais especializados e de apoio administrativo, subdivididos em

equipe chave e equipe fixa auxiliar, com qualificação e quantificação das cargas

horárias estabelecidas conforme o quadro a seguir:

Quadro 1 - Equipe Chave

QUANT. FORMAÇÃO / EXPERIÊNCIA

01

Arquiteto e Urbanista - Coordenador Geral Coordenação de estudos e projetos multidisciplinares, englobando especialmente as disciplinas descritas nas atividades objeto do contrato, a exemplo de elaboração de projetos urbanísticos e arquitetônicos, planos e projetos relacionados ao patrimônio cultural e ambiental.

01

01 Arquiteto

Profissional de nível superior, devidamente habilitado perante o CREA, com experiência em estudos e desenvolvimento de projetos de urbanização e arquitetônicos relativos à implantação de empreendimento.

01

01 Engenheiro Civil

Profissional de nível superior, devidamente habilitado perante o CREA, com experiência em estudos e desenvolvimento de projetos de engenharia relativos a urbanização , com ênfase na área de infrestrutura :abastecimento de água, drenagem e esgotamento sanitário e estruturas.

01

Engenheiro Ambiental / Geógrafo / Biólogo / Arquiteto Especialização na área ambiental e/ou participação em trabalhos de avaliação, recuperação ou conservação ambiental, envolvendo diagnósticos ambientais, zoneamento ambiental, desenvolvimento comunitário e gestão participativa de unidades de conservação e entorno.

01 Museólogo Profissional de curso superior com experiência em restauro de monumentos históricos e de bens integrados na concepção de projetos e gestão de equipamentos culturais, com ênfase na área de museologia

No caso dos profissionais de nível superior, a empresa contratada deverá

apresentar à Contratante cópia das carteiras dos conselhos profissionais, no que couber.

A capacidade técnica dos profissionais de nível superior deverá ser comprovada através de atestado(s) fornecido(s) por pessoa jurídica de direito público ou privado, que comprove(m) sua participação em atividades iguais e/ou similares às deste Termo. Todos eles deverão dispor de no mínimo 5(cinco) anos de experiência demonstrada em cada uma de suas especialidades. Equipe Auxiliar

A equipe auxiliar deverá ser composta dos demais profissionais necessários ao

desenvolvimento dos trabalhos. É indicada no quadro abaixo, uma listagem mínima

que deve ser dimensionada e adaptada pela Contratada, de acordo com a

metodologia a ser adotada.

Quadro 2 - Equipe Auxiliar

QUANT. FORMAÇÃO / EXPERIÊNCIA

01 Botânico para desenvolver atividades de campo, dimensionar e classificar o valor ecológico das espécies encontradas.

01 Sociólogo com experiência em diagnóstico do perfil da comunidade envolvida no projeto

01 Profissional com experiência em Avaliação geoprocessamento e utilização do software ArcGis 10 para as atividades de geração da base de dados georreferenciada.

01 Superior incompleto, curso de Sociologia/Assistência Social

01 Superior incompleto, curso de Engenharia, a partir do 6º semestre

Superior incompleto, curso de Arquitetura, a partir do 5º semestre

01 Auxiliar Administrativo com experiência em serviços de Secretaria e Informática (programas Word, Excel, Power Point, Access) e acesso a Internet.

Quadro 3 – Consultoria especializada

QUANT. FORMAÇÃO / EXPERIÊNCIA

01 Profissional com experiência em Avaliação da sustentabilidade financeira e econômica social do projeto

01 Profissional habilitado a desenvolver estudo e pareceres na área de arqueologia

A empresa contratada deverá apresentar à contratante cópia dos comprovantes

de matrícula dos profissionais de nível superior incompleto e dos comprovantes de

conclusão do segundo grau dos técnicos de nível médio que comporão sua equipe

auxiliar.

Das exigências gerais

A empresa contratada deverá fornecer à Contratante declaração assinada pelos técnicos integrantes da equipe básica e fixa auxiliar comprometendo-se com

a execução a contento das atividades previstas neste Termo, documento

condicionante para a participação no processo licitatório.

A Contratante poderá solicitar, a qualquer tempo, a substituição de técnico da

equipe da empresa contratada, caso ache necessário. Ocorrendo a substituição, esta

será informada oficialmente com até cinco dias de antecedência, e o Curriculum Vitae

do técnico substituto deverá ser enviado para análise e aprovação.

A empresa contratada arcará com todas as despesas decorrentes de viagem do

seu quadro funcional, caso haja necessidade, bem como disponibilizará recursos

materiais, humanos, infra-estrutura física, instrumentos de comunicação (telefone,

computadores, fax e copiadora) e adquirirá softwares, veículos automotores e outros

materiais imprescindíveis ao fiel andamento dos trabalhos previstos neste Termo.

10. ESTRUTURA DA PROPOSTA TÉCNICA

As empresas deverão realizar suas propostas segundo o seguinte esquema:

Uma apresentação geral das capacidades e experiências da empresa.

Uma proposta metodológica para a realização das atividades detalhadas

nestes Termos de Referência.

Um plano e calendário de trabalho onde serão detalhadas as atividades do

projeto, as tarefas e os resultados esperados.

Alocação de especialistas segundo o plano de trabalho.

Currículo detalhado da equipe técnica.

Especificação do apoio requerido da contraparte local.

11. PRAZO DE EXECUÇÃO

O prazo estimado para a realização dos Projetos Urbanístico e Complementares

segundo as especificações contidas neste TDR é de 6 (seis) meses.

12. CUSTOS

O custo total estimado para a consecução do trabalho especificado no presente

Termo de Referência é de R$ 450.000,00 (quatrocentos e cinqüenta mil reais), a ser

pago conforme cronograma físico-financeiro apresentado no item 15.

Os preços propostos deverão incluir todas as despesas diretas e indiretas

necessárias á completa prestação dos serviços, a exemplo de materiais, força de

trabalho, equipamentos, instrumentos, taxas, impostos, seguros e contribuições

sociais, trabalhistas e previdenciárias etc.

13. CRITÉRIOS DE APROVAÇÃO DOS PRODUTOS

Os produtos apresentados deverão contemplar o escopo mínimo definido pelo

TDR e ser desenvolvidos em observância à legislação municipal vigente, assim como

às regulamentações e normas estaduais e federais, e, às diretrizes do PRODETUR

Nacional.

14. CRONOGRAMA FÍSICO FINANCEIRO

PRODUTOS/ ETAPA

MESES 1 2 3 4 5 6

ETAPA 1

Consolidação do Plano Urbanístico Prazo em dias

Elaboração dos projetos complementares das edificaçõs

Prazo em dias % a pagar

0 90

10%

30%

ETAPA 2

Estudo de Alternativas e Relatório Ambiental Prazo em dias % a pagar

30

75 10%

ETAPA 3

Projeto Básico

Prazo em dias % a pagar

75

10%

180

40%

Aprovação pelas Concessionárias de serviços públicos (água, esgotamento sanitário, energia elétrica, limpeza urbana) e órgãos relacionados ao licenciamento ambiental e IPHAN

Prazo em dias

135 180

Total: R$ 450.000,00

% a pagar R$(em mil)

10%

45

40% 180

10% 45

40% 180

OBS: A alternativa escolhida na 2ª Etapa deverá ser submetida ao Órgão Ambiental, o mesmo acontecendo com os projetos complementares e Plano Urbanístico em relação

ao IPHAN. Salienta-se que o Projeto Arquitetônico de Recuperação do Engenho Freguesia – Museu Wanderley Pinho já foi submetido a uma primeira avaliação desse Instituto.