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SECRETARIA DE TURISMO - SETUR SUPERINTENDÊNCIA DE INVESTIMENTOS TURÍSTICOS - SUINVEST SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO URBANO - SEDUR COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO URBANO DO ESTADO DA BAHIA - CONDER PRODETUR NACIONAL TERMO DE REFERÊNCIA OBJETO: Contratação de serviços de consultoria de empresa especializada para elaboração do Plano Integral de Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos (PIGRS), para os municípios de Aratuípe, Jaguaripe, Muniz Ferreira e Nazaré, inseridos no Pólo Turístico Baía de Todos os Santos, Território de Identidade Recôncavo, incluindo suas respectivas implementações, Programas de Educação Ambiental, Programas Piloto de Coleta Seletiva, Plano Regional de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PRGIRS) e Estudos de Seleção de Áreas para Disposição Final de Rejeitos. OUTUBRO/2011

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SECRETARIA DE TURISMO - SETUR SUPERINTENDÊNCIA DE INVESTIMENTOS TURÍSTICOS - SUINVEST SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO URBANO - SEDUR COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO URBANO DO ESTADO DA BAHIA - CONDER

PRODETUR NACIONAL

TERMO DE REFERÊNCIA

OBJETO: Contratação de serviços de consultoria de empresa especializada para elaboração do Plano Integral de Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos (PIGRS), para os municípios de Aratuípe, Jaguaripe, Muniz Ferreira e Nazaré, inseridos no Pólo Turístico Baía de Todos os Santos, Território de Identidade Recôncavo, incluindo suas respectivas implementações, Programas de Educação Ambiental, Programas Piloto de Coleta Seletiva, Plano Regional de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PRGIRS) e Estudos de Seleção de Áreas para Disposição Final de Rejeitos.

OUTUBRO/2011

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JAQUES WAGNER

Governador do Estado da Bahia

CÍCERO DE CARVALHO MONTEIRO Secretário de Desenvolvimento Urbano

MILTON DE ARAGÃO BULCÃO VILLAS-BÔAS Presidente

Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia

LÍVIA MARIA GABRIELLI DE AZEVEDO Diretoria de Equipamentos e Qualificação Urbanística

MÁRCIA JUREMA DE MAGALHÃES TROCOLI Superintendente de Resíduos Sólidos

ANA CRISTINA DA PURIFICAÇÃO Coordenadora de Resíduos Sólidos

Equipe de Elaboração: Ana Cristina da Purificação - Pedagoga

Clériston Oliveira - Engenheiro Ambiental Luciana Marques - Arquiteta

Carmelita Bizerra de Aguiar - Arquiteta Alessandro S. Borges - Administrador Reijane Leal Batista - Administradora

Rita de Cássia Prazeres Costa - Administradora

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 4

2. OBJETIVOS .................................................................................................................................. 5

3. ATIVIDADES ESPECÍFICAS ................................................................................................. 6

4. ETAPAS, ALCANCE E ENFOQUE TÉCNICO ................................................................ 8

4.1 DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO ATUAL ........................................ 8

4.2 FORMULAÇÃO E AVALIAÇÃO DE ALTERNATIVAS .......................................... 11

4.3 SELEÇÃO DE ÁREAS (PRGIRS) .................................................................................. 14

4.4. VIABILIDADE DA ALTERNATIVA SELECIONADA ............................................. 17

4.5. IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO .................................................................................... 17

4.6. CAPACITAÇÃO E INTEGRAÇÃO DA COMUNIDADE ........................................ 19

4.7. DIFUSÃO E PROMOÇÃO ................................................................................................ 19

4.8 ASSESSORIA NO PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO ............. 20

4.9 PROGRAMA PILOTO DE COLETA SELETIVA ....................................................... 20

5. QUALIFICAÇÃO DA EQUIPE TÉCNICA ....................................................................... 21

6. RELATÓRIOS DE PROGRESSO E RESULTADOS ................................................. 23

6.1 FORMA DE APRESENTAÇÃO ....................................................................................... 24

7. CUSTOS ...................................................................................................................................... 25

8. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO ..................................................................................... 25

9. PRAZO DE ENTREGA .......................................................................................................... 27

10. FORMA DE PAGAMENTO ................................................................................................ 27

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TERMO DE REFERÊNCIA PARA ELABORAÇÃO DO PLANO INTEGRAL DE GESTÃO DE

RESÍDUOS SÓLIDOS (PIGRS), INCLUINDO SUAS RESPECTIVAS IMPLEMENTAÇÕES, PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, PROGRAMAS DE PILOTO DE COLETA SELETIVA PARA OS MUNICÍPIOS DE ARATUÍPE, JAGUARIPE, MUNIZ FERREIRA E

NAZARÉ, PLANO REGIONAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

(PRGIRS) E ESTUDOS DE SELEÇÃO DE ÁREAS PARA DISPOSIÇÃO FINAL DE

REJEITOS Este documento estabelece as diretrizes básicas para a contratação de serviços de consultoria especializada para a elaboração dos Planos Integrais de Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos (PIGRS) para os municípios de Aratuípe, Jaguaripe, Muniz Ferreira e Nazaré, inseridos no Pólo Turístico Baía de Todos os Santos, Território de Identidade Recôncavo, incluindo suas respectivas implementações, Programas de Educação Ambiental, Programas Piloto de Coleta Seletiva, Plano Regional de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e Estudos de Seleção de Áreas para Disposição Final de Rejeitos, conforme critérios técnicos definidos no Anexo G e Apêndice-I do Regulamento Operacional do PRODETUR Nacional. A execução das ações previstas neste Termo de Referência deverá unir o planejamento do sistema de limpeza urbana à sua respectiva implementação ao programa de educação ambiental. Dessa forma, tornar-se-á possível o monitoramento das proposições e a correção/adequação de eventuais falhas do planejamento.

1. INTRODUÇÃO

Os impactos socioeconômicos e ambientais negativos associados ao manejo inadequado dos RSU constitui um dos principais limitadores a qualquer iniciativa de desenvolvimento sustentável projetado para um País. No Estado da Bahia, estudos realizados identificam diversas situações no manejo e tratamento dos resíduos sólidos, comuns na grande maioria dos municípios:

a) os serviços de coleta, varrição e congêneres são realizados sem planejamento, caracterizando-se pela fragilidade do sistema de limpeza urbana, o que induz a improvisações e constantes oscilações dos níveis de limpeza;

b) os equipamentos utilizados na coleta são inadequados e não atendem às necessidades de operação;

c) a coleta não atende toda a malha urbana; d) os distritos, na maioria das vezes, não sofrem nenhum tipo de intervenção; e) não existe coleta diferenciada, todos os tipos de resíduos são coletados em um

mesmo veículo; inclusive os resíduos de serviços de saúde; f) os sistemas de destinação final são inadequados, em lixões a céu aberto, com

potencial comprometimento dos mananciais hídricos que estão próximos e das águas subterrâneas, trazendo riscos de contaminação hídrica para a saúde humana;

g) não existem programas educativos com a finalidade de estimular a tomada de consciência da população sobre a necessidade de mudanças de práticas errôneas;

h) não existe dispositivo legal que regulamente os serviços de limpeza. A falta de planejamento integral do Sistema de Resíduos Sólidos, portanto, caracteriza o principal entrave ao manejo adequado dos resíduos, com desdobramentos ao aporte turístico nos municípios com vocação para tal, como o caso dos municípios integrantes do Pólo Turístico Baía de Todos os Santos.

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A elaboração dos Planos objeto deste Termo de Referência, associada à sua efetiva implantação e a um programa de educação ambiental amplo e sistemático deverá impulsionar o equacionamento deste quadro desafiador.

Ressalte-se que embora os Planos Municipais sejam passíveis de substituição, quando da existência de Plano Regional, sua existência e devida implantação favorecerá a integração futura dos municípios para o manejo compartilhado de resíduos, quando da existência de conjuntura favorável, e já contará com instrumento facilitador: o Plano Regional de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PRGIRS. Ademais, nos termos da legislação vigente, o planejamento dos serviços a nível de município é imprescindível, intransferível e indelegável.

A melhoria da gestão dos resíduos sólidos beneficiará um total de 59.657 habitantes (IBGE, 2010). Diretamente, a organização do Sistema beneficiará 30.612 habitantes. O Quadro 01 descrimina a população dos municípios.

Municípios Total Urbana do Município

Urbana na Sede

Aratuípe 8.599 5.513 3.835

Jaguaripe 16.467 5.298 1.586

Muniz Ferreira 7.317 3.394 2.327

Nazaré 27.274 22.864 22.864

TOTAL 59.657 37.069 30.612

Fonte: Censo Demográfico 2010 (IBGE, 2011)

Os municípios do Quadro 01foram priorizados tendo-se como critérios:

Comporem o Pólo Turístico Baía de Todos os Santos;

Apresentarem potencial de compartilhamento de unidade de destino final (SEDUR, 2011);

Apresentarem no manejo inadequado dos resíduos, um dos principais entraves para o desenvolvimento integral do turismo.

Ressalte-se que o Plano deverá apresentar os cálculos do aumento da produção de resíduos durante o período da alta estação, bem como nos eventos locais e feriados prolongados e efetuar levantamento dos projetos turísticos previstos para a região, coletando informações na Secretaria de Cultura e Turismo e em outros órgãos estaduais e municipais, e que tenham repercussão no aumento do volume de geração de resíduos sólidos urbanos. Ainda, duas alternativas deverão ser consideradas no PIGRS:

a) a cobrança dos serviços para grandes geradores;

b) a formação de parcerias com empresários locais, buscando soluções localizadas de manejo, segregação, aproveitamento e compostagem do lixo, reduzindo os custos de transporte e eliminando a possibilidade de disposições volumosas no solo.

2. OBJETIVOS Dotar as Prefeituras dos municípios de Aratuípe, Jaguaripe, Muniz Ferreira e Nazaré de instrumentos legais, técnicos e gerenciais necessários e suficientes para a implementação e manutenção de um adequado sistema de gestão e manejo de resíduos sólidos, abrangendo a implementação do PIGRS, a operação e o seu monitoramento, a seleção de áreas, a

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execução de um programa de educação ambiental e a implementação do Programa Piloto de Coleta Seletiva que atendam às necessidades dos municípios.

Ainda, como objetivo e produto a ser apresentado inclui-se o Plano Regional de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PRGIRS.

O objetivo do PRGIRS não é o compêndio dos demais Planos Municipais, mas a compilação, cruzamento e interpretação das informações dos Planos individualizados de forma a produzir relatório lógico e didático. O relatório buscará ser objetivo e não volumoso, estruturado de forma mais didática possível para que possa se tornar em instrumento de consulta operacional cotidiana e não um documento volumoso e sem utilidade.

3. ATIVIDADES ESPECÍFICAS As atividades a serem desenvolvidas ao longo da elaboração dos Planos são descritas a seguir:

Coletar as informações realizando um diagnóstico da situação atual de manejo e disposição final de resíduos sólidos urbanos, envolvendo a participação direta do poder público e de agentes privados nas questões relativas à geração, separação, acondicionamento e disposição para a coleta, transporte, varrição de ruas e limpeza pública, transferência, reaproveitamento, tratamento e disposição final dos resíduos comuns, públicos e especiais gerados nesse(s) contexto(s), bem como dos problemas ambientais conexos e dos segmentos sociais envolvidos com seu manejo formal ou informal (com ênfase na atuação dos catadores de materiais recicláveis), considerando todos os níveis e fases do processo.

Avaliar o modo como se encontram agrupados os municípios (exclusivo para o PRGIRS), levando em consideração fatores sociais, políticos, geográficos, econômicos, viários e outros, com o objetivo de subsidiar a tomada de decisões com respeito à forma de organização regional a ser proposta para a gestão e o manejo de RSU; analisar os antecedentes de projetos e/ou estudos similares (em especial o Estudo de Regionalização da Gestão Integrada de Resíduos Sólidos para o Estado da Bahia), assim como em fase de concepção ou já elaborados, em andamento ou concluídos, na área de estudo em caráter regional e nas diferentes áreas do Estado, de forma a integrar no Plano proposto todas as experiências correlacionadas ao tema.

Revisar os esquemas institucionais existentes, envolvendo questões relativas aos aspectos legais, institucionais, organizacionais, administrativos, financeiros, de planejamento operacional, mercadológico e a participação dos setores público, privado e organizações da sociedade civil organizada; assim como sua funcionalidade, eficiência e eficácia na aplicação das normas e regulamentos existentes, buscando fortalecer e/ou implementar sistemas organizacionais adequados à realidade local, a estrutura para a cobrança de taxas e/ou tarifas no controle e recuperação de custos dos serviços prestados à população; e a análise (quando cabível) da situação financeira das empresas prestadoras de serviços. Deve-se fomentar, no processo de elaboração dos Planos, a participação das empresas prestadoras de serviços de limpeza, além de definir atribuições e responsabilidades.

Atualizar as possíveis alternativas de manejo integral de resíduos sólidos, com base em considerações técnicas, ambientais, sociais, políticas, institucionais, geográficas e econômicas, tendo em vista minimizar a geração de resíduos, melhorar a coleta, viabilização da recuperação de sua parcela reaproveitável e garantir a disposição segura dos

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rejeitos/fração inaproveitável, de modo a solucionar de maneira adequada os problemas identificados na fase de diagnóstico.

Realizar a avaliação das alternativas formuladas, para assim selecionar a mais viável para a estrutura de manejo de cada um dos componentes da gestão de resíduos sólidos (acondicionamento, coleta, transporte, tratamento, recuperação de recicláveis, disposição final, etc.). Todos os estudos econômicos deverão considerar os ganhos diretos e indiretos a serem obtidos pelo município com a implantação dos projetos previstos e a recuperação dos custos dos serviços a serem prestados, visando assegurar a sustentabilidade do modelo proposto.

Formular o Plano Integral de Gestão de Resíduos Sólidos a partir da alternativa selecionada.

Realizar estudo de viabilidade, de acordo com a proposta selecionada, avaliando o potencial econômico da recuperação de resíduos recicláveis e de sua comercialização nos contextos local e regional, de maneira a subsidiar a proposição de um programa de geração de emprego e renda que tenha como beneficiários prioritários os segmentos da população local já envolvidos com esse tipo de atividade ("catadores", carroceiros, comerciantes de sucata, etc.), com a participação da sociedade civil organizada.

Projetar a alternativa selecionada, definindo as estratégias para a implementação e os mecanismos de acompanhamento e monitoramento para a execução da mesma; elaborar o prognóstico das tendências de evolução previsível da situação atual da gestão e do manejo dos RSU, num horizonte temporal mínimo de 20 (vinte) anos tendo em vista as perspectivas de expansão da atividade turística, bem como das demais atividades econômicas já existentes na região; e de seus reflexos na geração e nas possibilidades de recuperação de RSU.

Definir os mecanismos para a realização de programas de capacitação a usuários, direcionado para educação sanitária e ambiental, bem como a capacitação sobre sistemas de manejo e disposição final de resíduos sólidos voltados para entidades municipais, tendo em vista atingir e manter as diretrizes de eficácia e sustentabilidade estabelecidas no mesmo.

Definir as ações para a difusão e promoção dos resultados do projeto, propondo um programa de mobilização da sociedade civil, a ser desenvolvido no âmbito do município, garantindo a efetiva participação e envolvimento popular, das entidades públicas e privadas com sua implementação, a exemplo de escolas e universidades, através da promoção de campanhas específicas, e da difusão sistemática das informações, tendo em vista a mudança de hábitos da população local quanto ao manejo primário dos RSU (nas fontes de geração), de modo a viabilizar os procedimentos destinados ao posterior manejo diferenciado (extra domiciliar) de sua parcela reaproveitável.

Propor a criação de Conselho Municipal de Limpeza Urbana composto por representantes da entidade municipal incumbida da gestão de RSU e de entidades da sociedade civil organizada existentes em escala local (associações comunitárias, entidades de classes, sindicatos, escolas, igrejas, clubes de serviços, etc.) incumbido(s) do acompanhamento, avaliação e atualização sistemáticos dos planos.

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4. ETAPAS, ALCANCE E ENFOQUE TÉCNICO 4.1 DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO ATUAL Esta etapa do Plano deverá ser realizada em cada município, considerando: A. Coleta de informações As propostas para elaboração e implementação do PIGRS deverão ser baseados em informações secundárias, para os diferentes tipos de resíduos envolvidos, obtidas nas diferentes entidades nacionais, regionais e municipais, com exceção da caracterização dos resíduos que será realizada pela empresa contratada. As informações referentes aos diferentes tipos de resíduos deverão ser atualizadas, podendo ser feitas, ainda, visitas de campo para coleta de dados. As informações necessárias deverão contemplar, pelo menos, os seguintes itens:

Caracterizar os resíduos sólidos que chegam aos sítios de disposição final, provenientes das atividades de coleta, varrição e limpeza. Deverá ser identificada a necessidade da caracterização separada de algum tipo de resíduo, como, por exemplo, os provenientes de feiras e mercados ou alguma outra atividade que mereça separação. Este trabalho deverá ser realizado em campo, baseado nas informações primárias obtidas no município, a partir de uma mostra representativa que permita obter dados confiáveis para o estudo de alternativas.

Identificação e avaliação das quantidades de RSU convencionais e especiais gerados e coletados no município, abrangendo as zonas urbanas, distritos e povoados com mais de 500 habitantes, sede municipal, e sítios de especial interesse turístico, localizados na zona rural, assim como as quantidades que chegam aos locais de disposição final.

Atividades de coleta, transporte, varrição e limpeza. Situação atual, frequência da prestação dos serviços, percentagem de cobertura, qualidade e eficiência dos serviços, quantidade e tipos de veículos utilizados e demais informações necessárias para se obter um panorama claro da situação atual em cada um dos municípios.

Formas utilizadas para tratamento de resíduos, tipos de processamento, quantidades tratadas, mercado, organização e demais informações relevantes.

Formas utilizadas para a disposição final dos resíduos sólidos, considerando operação atual dos sítios, vida útil, projetos a curto e médio prazo, estudos realizados ou em andamento, e situação perante a legislação vigente.

Atividade atual de recuperação e reciclagem, levando em conta as quantidades, tipos de materiais, benefícios socioeconômicos, mercado existente, canais de comercialização, distribuição, distâncias e transporte aos centros de armazenagem, locação dos centros de armazenagem, pessoas envolvidas e demais informações relevantes.

Aspectos ambientais (físicos e bióticos): geológicos, geotécnicos e sismológicos, geográficos e geomorfológicos; climatológicos (temperatura, pluviometria, umidade do ar); hidrológicos e hidrogeológicos; principais ecossistemas existentes na área (vegetação e fauna); estrutura territorial urbana: localização e acessos, formas de agrupamento com os demais municípios; uso e ocupação do solo (atividades e padrões de ocupação intra-urbanos, vetores de crescimento, localização das áreas de especial interesse turístico, instrumentos segais e de regulamentação existentes); Infraestrutura básica disponível:

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sistema viário urbano e interurbano; abastecimento de água; esgotamento sanitário; drenagem de águas pluviais; limpeza urbana; energia elétrica; dimensão social: evolução da população urbana e rural; educação; saúde; programas sociais; e distância entre os distritos, povoados, sede e município;

Estrutura do cadastro de usuários, estrutura tarifária atual, receitas e custos da prestação dos serviços, subsídios, estratificação e demais informações da área comercial de cada um dos municípios.

Caracterização da atual estrutura de gestão de RSU existente no município, incluindo os aspectos institucionais, organizacionais, administrativos, econômico-financeiros (principais atividades econômicas; perfil da atividade turística; análise socioeconômica), normativos, de planejamento, de fiscalização e de controle (inclusive de custos), entre outros.

Legislação para os diferentes tipos de resíduos e componentes da gestão e do manejo de RSU. (i) Informação disponível Deverão ser visitadas as empresas prestadoras de serviço, as administrações municipais, ONGs, entidades e grupos de recicladores, os centros de documentação das diferentes Universidades existentes na região e outras instituições que proporcionem informações que permitam diagnosticar e avaliar a situação atual. (ii) Informações a serem obtidas em campo Para se definir alternativas de gestão de resíduos sólidos, é importante fazer uma análise da composição e das características físicas e químicas dos resíduos. A análise deve determinar, pelo menos, os seguintes aspectos: a) para os resíduos comuns (residenciais + comerciais) e públicos:

índice médio de geração de RSU "per capita" (inclusive para cada o contexto, no caso do PRGIRS);

umidade natural;

poder calorífico;

composição média (inclusive por contexto, no caso do PRGIRS) com definição do conteúdo de resíduos orgânicos facilmente biodegradáveis, potencialmente "compostáveis" (inclusive restos de podas); de resíduos potencialmente recicláveis (papel e papelão, plásticos, metais,vidros, etc.); e de resíduos não reaproveitáveis, a serem dispostos em aterros sanitários;

análises químicas para as principais frações serão realizadas de acordo com as necessidades identificadas pelo(s) técnico(s) responsável(is).

Deverá incluir o detalhamento da metodologia empregada, tipo de amostragem, forma de coleta das amostras, número, tamanho e representatividade das amostras a serem recolhidas; definição preliminar dos pontos de coleta de amostras; natureza das medições e análises a serem feitas e demais elementos que se considerem importantes para garantir que as informações sejam adequadas e suficientes. b) para resíduos especiais: Deverão ser obtidas informações básicas para a formulação do plano, a partir de dados disponíveis ou através de pesquisas, com relação aos seguintes aspectos:

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massa e/ou volume médios e a forma de coleta, manejo, disposição e/ou eliminação atualmente utilizada dos resíduos de serviços de saúde (RSS), dos resíduos de construção e demolição (RCD), resíduos perigosos, lodos de estações de tratamento, bem como dos lodos de estações de tratamento de esgotos e de eventuais resíduos perigosos gerados abrangido pelo Plano proposto. B. Análises de informações e avaliação da situação atual A partir das informações coletadas, deverá ser realizada a avaliação da situação atual de cada um dos componentes do serviço, levando-se em consideração, no mínimo, os seguintes pontos: a) Verificar a suficiência das informações coletadas e a necessidade de outras verificações e comprovações, para entrar na etapa seguinte do estudo;

b) Avaliar a situação atual do manejo dos diferentes tipos de resíduos a incluir no plano, tais como resíduos comuns (provenientes de coleta domiciliar, de pequenos e grandes produtores, de varrição, limpeza pública, feiras e mercados) e resíduos especiais (hospitalares, perigosos, entulhos, lodos), para o qual deve-se contar com as informações quanto à infraestrutura, usos do solo e demografia;

c) Avaliar os antecedentes de projetos similares realizados na zona de estudo (inclusive em caráter regional para o PGIRS), de forma que permita analisar os pontos fortes e fracos, assim como êxitos e fracassos com relação ao desenvolvimento do trabalho;

d) Avaliar a situação atual da gestão de resíduos sólidos em suas diferentes etapas, incluindo os componentes operacional, administrativo, institucional, socioeconômico, financeiro, normativo, ambiental, instrumentos de gestão e controle e outros, para os quais se considerem, pelo menos, as seguintes atividades:

1. Estudar a operação das diferentes entidades prestadoras de serviço de limpeza urbana em cada município; 2. Estudar os contratos atuais de coleta, transporte e disposição final nos municípios onde eles existam; 3. Avaliar a infraestrutura atual utilizada no tratamento dos resíduos sólidos (locação, tipos de tratamento, quantidades tratadas, quantidades de resíduos resultantes dos tratamentos, disposição final, tecnologias, impactos ambientais, custos e eficiência dos processos, quantidades de materiais aproveitados e não aproveitados); 4. Avaliar as diferentes experiências de reciclagem de resíduos; 5. Identificar problemas sanitários e técnicos atuais; 6. Avaliar o papel dos setores formal e informal nos processos do ciclo dos resíduos sólidos; 7. Avaliar as cadeias de comercialização de resíduos; 8. Analisar a estrutura atual da gestão de resíduos; 9. Revisar a legislação vigente, com base nas legislações de nível nacional e estadual; e) Avaliar a operação financeira e comercial das empresas que atualmente prestam os serviços; f) Avaliar o sistema tarifário aplicado em cada um dos municípios e sua aplicação perante a legislação vigente; g) Realizar uma análise dos pontos fracos e fortes dos sistemas existentes, assim como da regionalização de serviços porventura já existente na região e da operação na prestação de alguns dos componentes do serviço de limpeza; h) Averiguar a situação em que se encontram as empresas prestadoras do serviço de limpeza, com relação à legislação ambiental vigente em seus diferentes componentes.

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4.2 FORMULAÇÃO E AVALIAÇÃO DE ALTERNATIVAS Para a operação e manejo dos componentes do Plano, deve-se delinear e desenvolver as metodologias que serão utilizadas na identificação, avaliação e seleção das alternativas de gestão dos resíduos sólidos contemplados. As alternativas a serem propostas para a gestão e o manejo de resíduos sólidos urbanos deverão ser compatíveis com as efetivas condições técnicas, sociais, econômicas, financeiras, institucionais, jurídicas e ambientais de cada um dos municípios. A gestão integral dos resíduos sólidos deve obedecer aos critérios da política federal de resíduos sólidos. De acordo com os princípios da gestão integrada de resíduos sólidos devem ser consideradas, pelo menos, as seguintes etapas: Redução na origem: A redução na origem está em primeiro lugar na hierarquia porque é a forma mais eficaz de reduzir a quantidade e toxicidade dos resíduos, o custo associado à sua manipulação e os impactos ambientais.

Aproveitamento e valorização: implica no aproveitamento tecnicamente possível e economicamente viável dos resíduos gerados com a separação e coleta dos materiais, preparando-os para sua reutilização, manejo e acondicionamento na origem (de acordo com o tipo de resíduos) para o processamento e transformação em novos produtos, recuperação dos produtos de conversão ou procedimentos de compostagem;

Tratamento e transformação: visa o tratamento adequado dos resíduos inaproveitáveis, especialmente perigosos, implicando na alteração física, química ou biológica dos resíduos. Tipicamente, as transformações que podem ser aplicadas aos resíduos sólidos urbanos são utilizadas para melhorar a eficácia das operações e sistemas de gestão de resíduos sólidos.

Disposição final controlada: Implica na eliminação controlada dos resíduos que não podem ser reciclados ou não têm nenhum uso adicional, da matéria residual proveniente do processo de segregação dos resíduos em instalações para recuperação de materiais ou para conversão em energia. Para esta atividade é necessário adotar as medidas adequadas para o enclausuramento.

A. Prognósticos e critérios de projeção

Considerando o tipo de informação colhida, com relação a dados numéricos e estatísticos, deve-se traçar a metodologia de prognóstico e os critérios de projeção que permitam obter as ferramentas necessárias na formulação de alternativas, considerando que estas devem ser as mais adequadas à realidade da área e estar dentro de uma escala de imediato (1 ano), curto (5 anos), médio (10 anos) e longo prazo (20 anos) e tendo como escopo mínimo os seguintes aspectos:

crescimento populacional;

vetores principais de expansão urbana;

evolução previsível da atividade turística e da infraestrutura física associada à mesma. O prognóstico deverá abranger, do ponto de vista espacial, tanto a sede do município em questão, quanto os principais distritos e povoados com mais de 500 habitantes existentes no mesmo e os pontos de especial interesse turístico em sua zona rural. Deverão ser projetadas as quantidades dos diferentes tipos de resíduos para os cenários de imediato, curto, médio e longo prazo.

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B. Pontos básicos na formulação Com base no diagnóstico integral realizado, identificar as alternativas viáveis para a gestão de resíduos sólidos, inclusive em nível regional, no caso do PRGIRS. As propostas devem considerar, pelo menos, os seguintes pontos:

possibilidades factíveis de agrupamento dos municípios contemplados, avaliando a regionalização porventura existente, de fato, na prestação dos serviços ou com outros fins em que se encontre operando (notadamente na implantação, operação e monitoramento de unidades de processamento, tratamento e/ou destinação final de RSU), abrangendo a análise das implicações inerentes a cada alternativa identificada sobre a eficácia e o custo dos serviços de forma conjunta (para o caso do PRGIRS);

Parâmetros de avaliação das alternativas, considerando aspectos econômicos, técnicos, ambientais, sociais, políticos, financeiros, jurídicos, entre outros;

Alternativas de melhoramento e otimização das operações dos diferentes componentes da gestão de resíduos sólidos e solução dos principais problemas encontrados;

Alternativas de tecnologias aplicáveis a cada um dos componentes da gestão de resíduos sólidos;

Alternativas para o aproveitamento dos RSU gerados, sejam resíduos orgânicos facilmente biodegradáveis (compostagem) ou resíduos inertes potencialmente recicláveis;

Alternativas de manejo de entulhos, lodos, resíduos hospitalares e resíduos perigosos, em geral, para solucionar problemas sanitários e ambientais;

Alternativas locacionais das possíveis áreas para o projeto (no caso de aterro sanitário, consultar o Estudo de Regionalização da Gestão Integrada de Resíduos Sólidos para o Estado da Bahia, onde é definido o município Pólo) de forma que se identifiquem as localizações mais adequadas, em termos de condições técnicas da área, distâncias e densidade populacional, planos de ordenamento territorial e usos do solo, disponibilidade viária, custos da terra e demais elementos necessários para a localização adequada à implementação do projeto;

Deverão ser definidas alternativas para cada uma das estruturas propostas. Para o PRGIRS, levar em consideração eventuais necessidades de estações de transferência, centros de armazenagem, aterro sanitário (consultar o Estudo de Regionalização da Gestão Integrada de Resíduos Sólidos para o Estado da Bahia) e demais estruturas resultantes da análise de alternativas, para o grupo de municípios, incluindo o aspecto social referente à comunidade circunvizinha à área proposta;

Alternativas ambientalmente adequadas, definidas no processo de avaliação ambiental, conforme a legislação aplicável a cada tipo de resíduo manejado;

Alternativas para o fechamento dos depósitos de lixo a céu aberto, incluindo ações de monitoramento e acompanhamento a curto, médio e longo prazo, assim como para o fechamento e desativação de aterros sanitários ao final de sua vida útil;

Ações que envolvam a comunidade em geral e a população de recicladores e ou catadores para melhorar a eficiência e eficácia dos resultados;

Alternativas que permitam modificar gradualmente a gestão atual por meio da implantação dos Planos Municipais e destes por meio do Plano Regional de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos;

Alternativas economicamente e financeiramente viáveis;

Alternativas organizacionais para a gestão de resíduos sólidos, levando em conta a institucionalidade existente atualmente e suas alternativas de otimização, bem como a participação do setor privado. C. Avaliação das alternativas Para realizar uma correta avaliação das alternativas propostas, deve-se fazer um esboço prévio de cada uma, definindo os principais parâmetros, os requisitos de infraestrutura, maquinaria, transporte, recursos físicos e outros.

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Esta avaliação deve ser realizada considerando a eficiência do método de manejo e tratamento dos resíduos sólidos, custo inicial da inversão, taxa de retorno da inversão, disponibilidade de tecnologia, custo e simplicidade de operação e manutenção, cumprimento das normas legais vigentes e, em geral, os demais aspectos que se identifiquem como importantes para a melhor tomada de decisão. As alternativas propostas devem obedecer à todas às normas vigentes. A fim de comparar as alternativas selecionadas e, posteriormente, escolher a melhor opção para a gestão de resíduos sólidos a nível municipal e regional (para o PRGIRS) deve-se analisar, no mínimo, os itens a seguir:

1) A aplicabilidade da tecnologia proposta, sua utilização em nível mundial e a viabilidade de utilização local;

2) Disponibilidade de áreas e aquisição das mesmas; disponibilidade, acessibilidade e viabilidade econômico-financeira das tecnologias a serem utilizadas em cada alternativa estudada;

3) Resposta da alternativa às necessidades do serviço e às condições locais;

4) Experiências nacionais e locais da tecnologia oferecida;

5) Eficiência no método de manejo, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos (a disposição final será analisada somente a nível do PRGIRS), aferida através de seu emprego anterior, por período de tempo suficiente e em contextos similares ao de interesse para o Plano;

6) Impacto da alternativa selecionada sobre os sistemas naturais;

7) Aceitação da comunidade;

8) Impactos sociais da localização do aterro (para o PRGIRS);

9) Possibilidades de contribuir para a consolidação de grupos cooperativos e demais estratégias de geração de emprego;

10) Potencial efetivo de participação de organizações da sociedade civil na escala local e da população em geral na implementação dos procedimentos de gestão e de manejo de RSU, com especial foco na recuperação de materiais recicláveis pela ação de “catadores”, preferivelmente organizados em associações e/ou cooperativas, como forma de promoção de sua inclusão social e econômica;

11) Processos de consulta e negociação;

12) Custos de inversão e operação;

13) Inversões de capital;

14) Benefícios e custos;

15) Vida útil;

16) Análise de custo/benefício das alternativas identificadas, considerando a vida útil prevista das instalações necessárias;

17) Valor presente líquido do investimento e taxa de retorno estimada, caso a caso;

18) Cumprimento de normas ambientais;

19) Custos com medidas de controle e proteção ambiental eventualmente necessárias;

20) Adaptabilidade e compatibilidade com a organização atual do setor das alternativas tecnológicas identificadas ao estágio atual de organização do sistema local de gestão e manejo de RSU, bem como aos recursos técnicos disponíveis ou disponibilizáveis na escala local e regional (para o PRGIRS) (em termos de pessoal qualificado, máquinas, equipamentos mecânicos e veículos);

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21) Impacto tarifário (analisar o impacto das taxas e/ou tarifas em cada município; disposição da população do município a pagar pelos serviços de limpeza urbana que lhes serão prestados, com definição preliminar das taxas e/ou tarifas a serem cobradas).

A partir dos critérios anteriores, deverá ser elaborada a proposta metodológica para a análise de alternativas, de forma que a alternativa selecionada seja a mais favorável para o município e para a região, no caso do PRGIRS. 4.3 SELEÇÃO DE ÁREAS (PRGIRS)

Deverão ser selecionadas, no mínimo, 03 (três) áreas, no município Pólo (ver Estudo de Regionalização da Gestão Integrada de Resíduos Sólidos para o Estado da Bahia), com a indicação da área mais apropriada, tendo em vista todos os condicionantes, o que deverá resultar em um quadro com critérios, pontuação, ponderação e, portanto, hierarquização das áreas escolhidas, além de demais informações requeridas. Ressalte-se que o aterro a ser implantado na área a ser selecionada receberá os rejeitos somente das sedes municipais e que, portanto, para os distritos e povoados, bem como sítios de especial interesse turístico localizados na zona rural, com 500 ou mais habitantes, representando uma geração média diária de aproximadamente 250kg.d-1 de resíduos, deverão ser estudadas alternativas adequadas de tratamento e disposição dos resíduos, a serem contempladas nos Plano Municipais. O processo de seleção de centros de disposição final de resíduos requer, ao menos, três fases seqüenciais: (i) viabilidade técnica e ambiental; (ii) viabilidade social e (iii) viabilidade econômica. (i) Viabilidade Técnica e Ambiental Dentre os locais que podem ser considerados na análise de viabilidade técnica e ambiental, incluem-se novas áreas ou áreas adjacentes a centros de disposição em uso. Dados a serem estudados Levantamento de dados do meio físico:

o Dados geológicos e geotécnicos

Distribuição e características geológico-geotécnicas que ocorrem na região;

Principais feições estruturais (foliação, falhas e fraturas). o Dados pedológicos

Tipos de solo ocorrentes na região;

Identificação dos tipos de solo mais apropriados como material de empréstimo;

Espessura do solo;

Permeabilidade do solo;

Capacidade de carga e deformabilidade do terreno de fundação;

Suscetibilidade do terreno a processos da dinâmica superficial (erosão,escorregamento, colapsos etc.);

Disponibilidade de materiais de empréstimo (para cobertura). o Dados sobre o relevo

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Compartimentação geomorfológica e características das unidades que compõem o relevo (áreas de morros, planícies, encostas etc.);

Declividade dos terrenos. o Dados sobre a hidrologia

Profundidade do lençol freático;

Localização das zonas de recarga das águas subterrâneas;

Principais mananciais, bacias e corpos d’água de interesse ao abastecimento público (âmbito local e regional);

Áreas de proteção de manancial;

Qualidade das águas subterrâneas;

Riscos de contaminação. o Dados sobre o clima

Pluviométrica (série histórica);

Direção e intensidade dos ventos. Levantamento de restrições legais

o Localização das áreas de proteção ambiental, áreas de proteção de mananciais, parques, reservas, áreas tombadas, etc.; o Zoneamento urbano da cidade; o Distância de aeroportos e aeródromos; o Distância dos vetores de expansão urbana conforme Plano Diretor e demais legislações aplicáveis.

Levantamento de informações sobre a infra-estrutura do local.

Condições das vias de acesso; Disponibilidade de água; Disponibilidade de energia elétrica. As áreas pré-selecionadas deverão atender as seguintes exigências técnicas mínimas:

a) A mais de 60 metros de falhas geológicas ou declives não estáveis; b) Fora de depressões acentuadas; c) Fora de zonas de impacto sísmico; d) A mais de 9.000 metros de aeroportos/aeródromos; e) A mais de 200 metros de um corpo de água superficial; f) A mais de 500 metros de poços de abastecimento de água; g) Fora de aquíferos utilizados como fonte de abastecimento de água;

h) Fora de planícies de inundação com tempo de recorrência de 100 anos; i) Fora de zonas úmidas; j) Fora de áreas de proteção ambiental; k) Em zonas aprovadas pelo Plano Diretor Municipal. (ii) Viabilidade Social Tradicionalmente, propostas de centros de disposição final, tecnicamente viáveis, podem conduzir oposição de residentes em áreas vizinhas. A percepção do impacto sobre a saúde pública e o meio ambiente de uma área tecnicamente viável pode determinar que a mesma seja inviável por razões sociais ou, no melhor dos casos, requerer medidas compensatórias.

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A fim de determinar a viabilidade social de locais tecnicamente viáveis, realizar-se-ão consultas públicas correspondentes com a população afetada em um raio de pelo menos 1 km do local, assim como com outros representantes da sociedade civil que possam ter interesse, garantindo ampla participação. Em caso de se requerer compensação monetária, o valor da mesma será estimado utilizando técnicas que permitam valorar adequadamente a disposição a aceitar um aterro sanitário perto do lugar de residência. (iii) Viabilidade Econômica Uma vez definidos os locais viáveis, técnica e socialmente, a terceira fase é determinar a combinação de centros de disposição final que minimiza os custos socioeconômicos de operação e manutenção, transporte, segurança, saúde, proteção ambiental e compensação a residentes. A determinação da combinação ótima requer uma análise comparativa de custos entre as diferentes alternativas locacionais tecnicamente viáveis. Para isso deverão ser estimados os seguintes indicadores:

a) Toneladas métricas (TM) de resíduos gerados anualmente em cada um dos municípios, a partir das projeções realizadas para os Planos Municipais;

b) Distância entre os centros de geração e os locais para disposição final tecnicamente viáveis;

c) Rotas, tipos de pavimentos e de veículos de transporte.

Para cada uma das alternativas viáveis serão estimados os custos em nível de concepção para diferentes tamanhos de aterros. O tamanho será definido com base na capacidade de recepção de resíduos em TM de um centro de disposição final por ano. Os custos a calcular são os seguintes:

a) Custos fixos de construção e investimento de capital, os quais incluem: custos de

obras, escavação, controle de erosão, controle de entrada e segurança, balanças, via de acesso, controle de lixiviados, sistema de drenagem, sistema de controle de gases, armazéns, edifícios para pessoal, controle de emissão, compactadores e outros equipamentos. Estes custos devem assumir um horizonte de projeto de 20 anos ou mais, níveis de permeabilidade e de compactação tecnicamente aceitáveis, de acordo com as características do solo e com as normas da ABNT sobre a matéria;

b) Custos operativos anuais, os quais incluem, entre outros, mão-de-obra, manutenção de equipamentos e monitoramento ambiental;

c) Custos de medidas compensatórias, caso necessário. Adicionalmente, serão estimados custos de transporte dos diferentes centros de geração para cada uma das alternativas viáveis. Para distâncias longas, é necessário fazer uma comparação de custos entre o transporte direto versus transporte com estação de transferência para determinar a alternativa de transporte de mínimo custo. Uma vez calculados os custos de cada alternativa de disposição (porte e localização), de maneira independente, a seleção do número, tamanho e localização de aterros sanitários será feita comparando o valor presente do fluxo de custos fixos, operativos e de transporte, a uma taxa de desconto de 12%a.a., durante o horizonte de projeto de cada alternativa. O sistema ótimo será aquele que minimize o valor presente dos custos totais.

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4.4. VIABILIDADE DA ALTERNATIVA SELECIONADA Uma vez definida a alternativa a implementar, será desenvolvido um estudo de viabilidade a partir dos projetos, no qual se incluam os seguintes fatores:

Projeto definitivo do sistema, o qual deve incluir os diferentes componentes, para os diferentes tipos de resíduos, levando-se em conta o horizonte de projeto;

Definir metas a alcançar em cada uma das etapas do horizonte temporal do Plano proposto;

Seleção das áreas para locação dos diferentes componentes (estações de transferência, outros), incluindo geologia da região do projeto, localização dos aqüíferos presentes na região, profundidade mínima do lençol freático, entre outros. As áreas destinadas à locação devem ser aprovadas pelas autoridades competentes e estar de acordo com os planos de desenvolvimento territorial e demais análises necessárias para a realização dos trabalhos. Toda a informação requerida para este componente será de responsabilidade da equipe que elaborará o Plano. Os critérios de seleção de área para aterro é estabelecida no item 4.3 - Seleção de Áreas;

Estudo de impacto ambiental para cada um dos componentes, de acordo com a legislação e normas vigentes federais, estaduais e municipais sobre o assunto. Para o desenvolvimento deste componente, o processo de avaliação ambiental contará com o acompanhamento permanente do órgão ambiental estadual, a fim de que os estudos de impacto requeridos contemplem todos os requisitos estabelecidos pelo Estado;

Processo de consulta e participação da comunidade afetada;

Custos de inversão e operação de cada um dos componentes da alternativa selecionada;

Avaliação econômica da alternativa selecionada;

Definição de esquemas financeiros levando em conta aspectos referentes ao controle e manejo financeiro, tarifas, estratificação, disposição a pagar, eliminação de subsídios, geração de receitas, outras receitas, recuperação de custos e disponibilidade de recursos para inversão, durante o horizonte de projeto;

Financiamento da alternativa, requerimentos de capital e origem dos recursos - demanda de capital e identificação da(s) fonte(s) dos recursos necessários para o financiamento da implementação de cada alternativa identificada;

Tarifas para os usuários, e para os mesmos sob a ótica da regionalização (PRGIRS);

Análise do impacto das tarifas em cada município;

Desenho do sistema institucional proposto.

4.5. IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO A. Estratégias de Implementação Os Planos propostos deverão definir, com o nível de detalhamento adequado para cada caso, as estratégias de caráter imediato (até 1 ano), curto (5 anos), médio (10 anos) e longo prazo (20 anos) a serem adotadas para a implementação da alternativa selecionada para a gestão e o manejo de resíduos sólidos urbanos no âmbito dos municípios abrangidos, e quando da regionalização pelo PRGIRS. Deverão ser definidas as responsabilidades e competências na escala municipal, regional e estadual, de acordo com Plano (municipal e regional); bem como a participação de empresas prestadoras e operadoras de serviços de limpeza urbana; os mecanismos para efetuar a implementação gradual dos Planos; formulação de estratégias e programas de difusão e promoção dos resultados.

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O objetivo da implementação dos planos municipais é fazer com que os técnicos da Prefeitura leiam e o reconheçam como instrumento de gerenciamento e sua importância para garantir um sistema eficiente de limpeza urbana. Para isto, a empresa consultora deverá estabelecer em campo os planos de serviços de coleta, varrição e congêneres e adequá-los onde se fizer necessário, tão logo o estudo seja aprovado pela CONDER, em todas as localidades. Observe-se que embora não haja implantação do PRGIRS, devem-se constar as estratégias de implantação. B. Programas de acompanhamento e controle Definir, em todos os Planos (inclusive no PRGIRS) os programas de acompanhamento e controle, e estabelecer os indicadores que permitam medir os estágios de progresso que devem incluir, dentre outros, os indicadores de gestão e desempenho das entidades encarregadas, assim como a clara determinação das instituições responsáveis pelo acompanhamento. C. Suporte institucional Definir os mecanismos e procedimentos necessários para a melhoria da capacidade administrativa e operacional das entidades a serem envolvidas com a implementação dos Planos (inclusive no PRGIRS), de modo que possam efetivamente assumir as responsabilidades que lhes caibam, no âmbito de suas competências específicas. Contemplar, entre outros, mecanismos e procedimentos que permitam:

otimizar a estrutura de gestão atualmente existente, especialmente com relação aos aspectos administrativo, contratual, comercial, financeiro, de planejamento (estratégico e operacional), de supervisão e fiscalização e de controle (inclusive de contratos firmados com terceiros);

determinar, no PRGIRS, a participação de cada um dos municípios abrangidos pelo Plano na estrutura global de gestão e manejo de RSU;

Definir alternativas, no caso do PRGIRS, para fortalecer a entidade que deverá assumir a responsabilidade pela gestão e capacitação dos recursos humanos a serem empregados na implementação, de forma a superar limitações porventura existentes;

identificar as competências de cada uma das entidades envolvidas, direta ou indiretamente, com a implementação do Plano (inclusive para o PRGIRS), definindo suas respectivas atividades. D. Elaboração de Planos de Ação Os planos de ação deverão descrever os objetivos, as metas, as metodologias, as estratégias das ações, a forma como se desenvolverão os programas por localidade e todas as informações necessárias para implementar as estratégias definidas, as quais deverão conter ações de imediato, curto, médio e longo prazos que contemplem, no mínimo:

Implementação do plano como um todo e de seus componentes específicos, com a definição dos responsáveis pelas ações, caso a caso (inclusive para o PRGIRS);

Cronograma de execução de programas, projetos, metas e atividades específicas (inclusive para o PRGIRS);

Plano de contingência (inclusive para o PRGIRS);

Programa técnico (inclusive para o PRGIRS);

Programas de mobilização social, sensibilização, conscientização e educação ambiental (inclusive para o PRGIRS);

Programa de ações para o fortalecimento institucional (inclusive para o PRGIRS).

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4.6. CAPACITAÇÃO E INTEGRAÇÃO DA COMUNIDADE O objetivo do programa de capacitação é formar uma consciência em torno da contribuição que o SLU oferece à saúde e ao meio ambiente e a responsabilidade de cada indivíduo como parte desse sistema. O conteúdo do curso deverá contemplar uma visão sistêmica do serviço com relação aos resíduos e saúde, resíduos e meio ambiente, resíduos e educação ambiental, higiene e segurança no trabalho e prevenção. É importante que em aulas práticas, em campo, as pessoas sejam instruídas quanto à maneira correta de desenvolver as atividades de separação, varrição e coleta. Deverão ser capacitados funcionários municipais e líderes comunitários de cada município, por meio de oficinas, trabalhos em grupo, vídeos, conferências e outros instrumentos; bem como os trabalhadores que trabalham com a triagem de materiais, para reconhecimento dos diversos tipos desses materiais, considerando o valor agregado que possuem. Esta capacitação deverá chegar a todos os municípios objeto deste TR, definindo os mecanismos de participação da comunidade desde as fases iniciais, de forma a se obter a participação em todos os níveis. Esta capacitação será conduzida por jornadas, em cada município e, se necessário, nos distritos. Com relação à compostagem deverão ser ensinadas técnicas simplificadas de transformação considerando níveis de umidade, temperatura e aeração. Poderão ser incluídos nesta capacitação os catadores porventura existentes. Os cursos de capacitação deverão abordar temas como:

sistemas de manejo de resíduos sólidos e sua avaliação técnico-econômica;

impactos ambientais;

vantagens e desvantagens;

informação acerca do Plano;

importância da aceitação do Plano por parte da comunidade;

impactos sociais e outras informações. As jornadas de capacitação deverão tratar dos seguintes temas (no mínimo):

Situação atual do manejo de resíduos sólidos municipais;

Legislação atual vigente sobre manejo e disposição de resíduos sólidos;

Informação básica necessária para os municípios na etapa de definição das alternativas;

Procedimentos, requerimentos e prazos para solicitação de licenças e permissões ambientais;

Alternativas de manejo e disposição final, vantagens e desvantagens;

Alternativas para utilização de estações de transferência, vantagens e desvantagens;

Manejo de resíduos perigosos;

Avaliação e estudo dos locais para desenvolvimento de projetos;

Impacto social e econômico na comunidade afetada. O PRGIRS deverá contemplar, de igual forma, um Programa de Capacitação e Integração da comunidade, de forma que possa ser aplicado quando da regionalização. 4.7. DIFUSÃO E PROMOÇÃO O PIGRS deverá prever os mecanismos para a difusão e promoção de seus objetivos, bem como das ações concretas a serem empreendidas para sua implementação, junto a todas

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as comunidades e entidades direta e indiretamente abrangidas pelo mesmo. Para tanto, faz-se necessária à realização de uma apresentação do Plano proposto para as administrações municipais (poderes executivo, legislativo e judiciário) e para representantes das demais entidades organizadas da sociedade civil local envolvidas com a tomada de decisões e/ou com o apoio à implementação do mesmo, abrangendo associações empresariais, profissionais e/ou de classes, entidades comunitárias, beneficentes, educacionais e/ou religiosas, clubes de serviços, etc. Essas apresentações deverão ser realizadas de acordo com um cronograma conveniente às administrações municipais, de forma a garantir a presença de todas as partes envolvidas. Deverá ser igualmente prevista a realização de reuniões informativas ao longo do desenvolvimento dos trabalhos, com participação de representantes das entidades públicas e privadas e da sociedade civil organizada, à medida que se disponha de resultados que se considere conveniente divulgar e/ou que se mostre necessária a rediscussão de aspectos específicos do desenvolvimento do Plano com as diferentes entidades envolvidas com sua implementação. O PRGIRS deverá contemplar, de igual forma, um programa de difusão e promoção de seus objetivos, de forma que possa ser aplicado quando da regionalização. 4.8 ASSESSORIA NO PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO Dentro do programa de implementação das ações imediatas, será necessário buscar apoio nos seguintes campos:

Mecanismos de capacitação para os responsáveis pelo manejo dos resíduos sólidos;

Necessidades de pessoal técnico, por parte das administrações municipais, para realizar o acompanhamento do Plano;

Um sistema de gestão de informações que inclua a coleta, armazenamento, organização, processamento, utilização, relatórios e custos do mesmo. O PRGIRS deverá contemplar, de igual forma, um Programa de implementação de ações, de modo que possa ser aplicado quando da regionalização. 4.9 PROGRAMA PILOTO DE COLETA SELETIVA Para atender a determinação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei 12.305/2010, quanto ao gerenciamento de resíduos sólidos, que se define como conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, este plano deverá propor Programa Piloto de Coleta Seletiva que no Art 8º inciso III da referida lei, coloca que a coleta seletiva, os sistemas de logística reversa como ferramentas relacionadas à implementação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos. Outro item destacado no Art. 18 inciso II salienta que a implantação da Coleta Seletiva deve ocorrer com a participação de cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda. Nesse sentido referendando o Art. 19 inciso X – as ações de educação ambiental devem promover a não geração, a redução, a reutilização e a reciclagem de resíduos sólidos; XI - programas e ações para a participação dos grupos interessados, em especial das cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda, se houver.

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Nesse sentido o Programa Piloto de Coleta Seletiva deverá ser inicialmente executado em uma área piloto do município. Estas áreas serão definidas após a realização do Estudo de Viabilidade, em comum acordo entre a CONDER e administração municipal. Nas propostas do Programa Piloto de Coleta Seletiva para os municípios deverão constar:

problemática da coleta seletiva;

área de intervenção e do entorno;

caracterização da área piloto e população beneficiada;

objetivos;

justificativa (pertinência da proposta em relação à intervenção física a ser realizada, considerando as características da comunidade beneficiária e da área, outras ações/projetos relevantes realizados na área de intervenção e o potencial da participação efetiva da comunidade no processo);

metas quantitativas e qualitativas;

metodologia (descrição de todas as etapas com abordagem das estratégias de participação dos envolvidos)

cronograma;

dimensionamento de equipamentos;

roteiros de coleta (mapa);

implementação do programa;

avaliação e monitoramento. Além dos referidos itens descritos acima deverão ser estabelecidas as estratégias para a implementação do Programa de Coleta Seletiva, caracterização dos resíduos da área piloto; identificação dos catadores formais e informais; empreendimentos; detalhamento do processo de Mobilização Social e Educação Ambiental; divulgação; detalhamento das ações de logística do Programa; formação de parcerias com empresariado local, planejamento das ações de venda ou doação; transporte; triagem dos materiais recicláveis, periodicidade da coleta, armazenamento e mercado de materiais recicláveis. Pretende-se com a implantação do Programa de Coleta Seletiva diminuir os custos de logística dos resíduos até a unidade de disposição final, contribuindo para a diminuição da emissão de gases de efeito estufa; cumprimento da legislação em vigor; incentivar a integração dos catadores de materiais recicláveis no Sistema de Limpeza Urbana, propiciando a geração de emprego e renda. Deverão ser entregues os seguintes produtos: Programa Piloto de Coleta Seletiva, Implementação do Programa Piloto de Coleta Seletiva e Relatório da Implementação.

5. QUALIFICAÇÃO DA EQUIPE TÉCNICA Deverá ser indicada a composição das equipes de trabalho responsáveis pelo desenvolvimento de cada fase de elaboração, definindo a participação de cada integrante das mesmas, bem como a estrutura organizacional proposta para essas equipes, tendo em vista as funções de coordenação geral e setorial, de execução e de controle (do cronograma previsto, da qualidade dos produtos, dos recursos financeiros aplicados e outras pertinentes), discriminando o nível, as funções e responsabilidades específicas e as inter-relações dos diversos grupos de trabalho. Indicar, ainda, os tipos de contratos a serem firmados com profissionais autônomos e/ou com empresas ou entidades a serem subcontratadas para a realização de atividades específicas. A equipe de trabalho deverá ser formada, pelo menos, pelos profissionais relacionados a seguir, legalmente habilitados, levando em conta que os requisitos exigidos para o pessoal

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devem ser cumpridos por todos e que, caso não se cumpra qualquer dos requisitos exigidos, a proposta não poderá ser considerada.

1) Coordenador de Projeto: profissional de nível superior, preferivelmente com especialização, com experiência comprovada, através apresentação de CAT´s, na coordenação e desenvolvimento de planos e projetos na área específica de resíduos sólidos.

2) Especialista em resíduos sólidos: profissionais na área de engenharia, arquitetura, geografia, sociologia e administração com especialização em área afim ou similar à do Plano, e com experiência comprovada nas áreas específicas:

elaboração de projetos executivos (inclusive orçamento) e/ou execução de obras de instalações destinadas ao processamento, tratamento e disposição final de RSU;

planejamento e coordenação técnica de operações de coleta, logística de sistemas de transporte e transferência de resíduos sólidos urbanos;

elaboração de projetos e/ou implantação de procedimentos de recuperação, triagem, acondicionamento, estocagem e comercialização de RSU recicláveis;

elaboração de projetos e/ou operação de instalações destinadas à compostagem de resíduos orgânicos facilmente biodegradáveis;

3) Especialista em gestão do meio ambiente: profissional com especialização na área ambiental e com experiência comprovada em áreas relacionadas ao manejo de recursos naturais, elaboração de estudos de impacto ambiental (preferivelmente no campo do manejo de RSU), gestão ambiental para o desenvolvimento sustentável, monitoramento ambiental, legislação ambiental e planejamento ambiental.

4) Economista e/ou especialista em avaliação financeira de projetos: profissional com formação e/ou especialização em ciências econômicas ou administrativas, com experiência comprovada na avaliação econômica e financeira de projetos, no controle financeiro de projetos públicos, na análise tarifária de serviços de limpeza urbana e/ou no desenvolvimento de atividades relacionadas a estas áreas.

5) Profissional em gestão administrativa: profissional com formação e/ou especialização em ciências administrativas, com experiência comprovada em áreas relacionadas ao planejamento e/ou à implantação de procedimentos de otimização da gestão em empresas prestadoras de serviços públicos (preferivelmente no campo específico da limpeza urbana).

6) Especialista em mobilização social: profissional com formação básica preferencial no campo das Ciências Sociais e com experiência comprovada no desenvolvimento de ações relacionadas à avaliação de impactos sociais decorrentes da implantação de obras de saneamento básico e/ou à implementação de projetos de coleta seletiva de recicláveis com participação comunitária e/ou à gestão do relacionamento entre entidades públicas, comunidades e organizações não governamentais.

7) Profissional de sistemas de informação geográfica: um profissional com experiência em área afim ou similar ao Plano, relacionada com manejo de sistemas de informação geográfica, locação de áreas e análise de ordenamento territorial.

8) Profissional de Direito: um profissional de Direito com experiência em áreas relacionadas com gestão legal e jurídica na área de serviços públicos essenciais e contratação do setor público e privado brasileiro.

9) Equipe Adicional: além desses profissionais, deverão estar envolvidos, com maior ou menor intensidade, com o processo de elaboração do Plano, em todas as suas etapas e atividades específicas e com as ações de educação ambiental, outros especialistas, bem como de profissionais de nível médio, auxiliares administrativos, trabalhadores operacionais (inclusive motoristas) e de estagiários de nível superior e médio (particularmente na fase de levantamento e processamento de dados para o

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diagnóstico). Recomenda-se para as ações de educação ambiental a contratação de 4 (quatro) profissionais de nível médio para formar a equipe local que ficará sob a supervisão do especialista em mobilização social.

6. RELATÓRIOS DE PROGRESSO E RESULTADOS Durante o período de elaboração e execução dos Planos municipais deverão ser apresentados os relatórios abaixo descritos. Os mesmos relatórios serão exigidos durante a elaboração do PRGIRS. Observadas as exceções de conteúdo. Relatórios de Progresso Com frequência mensal, deverá ser apresentado um relatório de progresso das atividades desenvolvidas, contendo, no mínimo, os seguintes itens:

estágio atual dos trabalhos, conforme cada produto concluído no período ou em desenvolvimento;

causas e consequências de eventuais defasagens ocorridas;

modificações efetuadas no planejamento original;

orçamento, desembolsos programados e efetivamente utilizados;

recursos humanos e materiais necessários, previstos e utilizados;

descrição dos trabalhos realizados;

cronograma de atividades, com os percentuais de progresso;

status financeiro do contrato;

descrição das atividades a realizar no mês seguinte;

outras informações consideradas relevantes. Os relatórios mensais de acompanhamento deverão ser apresentados dentro de 05 (cinco) dias úteis após o término do período a que correspondam. Relatório Parcial Deverão ser apresentados 03 (três) relatórios parciais. O primeiro deve ser entregue com os resultados correspondentes à etapa de diagnóstico, o segundo com os resultados das etapas de formulação e avaliação de alternativas e o terceiro com os projetos da alternativa selecionada. Relatório Final Concluído o desenvolvimento dos trabalhos de elaboração do Plano, deverá ser apresentado um relatório final e um resumo executivo, que reúna e torne homogêneo o conteúdo dos diversos relatórios parciais, apresentando a proposta final do modelo de gestão e manejo de RSU escolhido dentre as alternativas estudadas e incorporando, tanto quanto possível, as sugestões apresentadas durante o processo de apresentação e discussão do último Relatório Parcial, que apresenta a proposta do modelo de gestão, com as Prefeituras e com a comunidade sobre a versão preliminar desse modelo. Logo em seguida à entrega versão definitiva dos Planos e sua aceitação, deverá ser promovida uma apresentação formal do Relatório Final em reunião(ões) pública(s) amplamente divulgada(s), com a participação de representantes credenciados da Prefeitura e Câmara Municipal, do Governo Estadual e do Ministério Público, e abertas à plena participação de representantes das comunidades beneficiárias, bem como de entidades

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técnicas, educacionais, beneficentes, religiosas, sindicais e de classe atuantes na escala local e/ou regional. A apresentação formal do Relatório Final do PRGIRS, ou não, em reunião(ões) será definida pela CONDER, bem como os participantes.

6.1 FORMA DE APRESENTAÇÃO Impressos Todos os relatórios impressos deverão ser apresentados em 03 (três) vias, além de igual número de cópias em meio digital, em volumes tamanhos A4, com encadernação que permita a retirada e recolocação de folhas (tipo pasta), de forma a permitir a atualização do Plano, visto que o mesmo deve figurar como um instrumento dinâmico de gestão. Os textos deverão estar digitados em Word for Windows, e as planilhas em Excel for Windows. Os mapas deverão ser digitalizados em arquivos formato DWG, de acordo com as especificações da Auto Desk para o software AutoCad. Toda a cartografia deverá ser apresentada em papel copiativo, em escalas adequadas, para posterior reprodução. As ilustrações fotográficas, em cores, deverão estar escaneadas. Meio Digital CD ROM gravado em seção fechada, utilizando-se para o texto o software Microsoft Office Word 2007. Mapas e plantas deverão estar digitalizados. Encadernação A encadernação dos produtos deverá se do tipo capa dura com sistema de fixação de folhas que permita fácil destaque das mesmas, não se aceitando lombadas com garras plásticas ou espiral. A encadernação dos produtos intermediários poderá ser feita utilizando-se lombadas com espiral plástica. Todas as peças componentes dos trabalhos executados pela Contratada, inclusive originais, serão de propriedade exclusiva da Contratante, não podendo os dados deles resultantes ser reproduzidos sem autorização prévia, por escrito, da CONDER. A Contratada poderá reter cópias dos produtos, mas sua utilização para fins diferentes do objeto deste instrumento necessitará autorização prévia da CONDER, mesmo depois de encerrado o contrato. Os trabalhos deverão seguir as normas da ABNT. As plantas, mapas e diagramas deverão conter os carimbos do Ministério do Turismo, da Secretaria de Cultura e Turismo do Estado da Bahia, Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia e da CONDER. Após os produtos analisados e emitidos os pareceres pela equipe da CONDER, a contratada terá como prazo limite de 15 (quinze) dias para encaminhar formalmente a resposta.

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7. CUSTOS A Proposta Técnica deverá prever, de forma suficientemente explícita e detalhada, todos os custos diretos e indiretos implícitos na utilização continuada ou eventual de todo o pessoal necessário para a elaboração e implantação inicial dos Planos, bem como no uso de meios de transporte, equipamentos e materiais de consumo. Ressalte-se que não haverá a implantação do PRGIRS, não podendo haver custos associados. 8. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO A Proposta apresentada deverá obrigatoriamente conter o cronograma físico e financeiro previsto de desenvolvimento dos trabalhos, com suficiente nível de detalhe e definindo os prazos de entrega dos produtos esperados, bem como o percentual do valor global do contrato a ser pago mediante a apresentação e aprovação de cada um dos produtos. O Quadro abaixo estabelece os prazos de desenvolvimentos das atividades/produtos dos planos e os desembolsos correspondentes.

Atividade / Produto PIGRS Prazo de Entrega

(dias) Desembolso

Planos de Ação

Atividade I - Planos de Ação

Produtos

Plano de Ação para elaboração e Implementação do PIGRS 20

10%

Plano de Ação para Educação Ambiental 10%

Elaboração do PIGRS

Atividade II - Caracterização da área de estudo

Produtos Caracterização do manejo, tratamento e destinação final

30 5%

Atividade III - Diagnóstico da Limpeza Urbana

Produtos Diagnóstico e proposições 45 5%

Atividade IV - Formulação e Avaliação de Alternativas

Produtos

Formulação das Alternativas

60

1%

Avaliação Socioeconômica das Alternativas 1%

Seleção das Alternativas 1%

Atividade V - Viabilidade da Alternativa Selecionada

Produtos Estudo de Viabilidade 60 5%

Atividade VI - Seminário Inicial

Produtos Realização do Seminário Inicial

30 1% Relatório do Seminário Inicial

Atividade VII - Prognóstico da Evolução Futura

Produto Prognóstico da Evolução Futura 30 2%

Atividade VIII - 2º Seminário

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Produtos

Realização do 2º Seminário

90 1%

Relatório do 2º Seminário

1ª Versão do PIGRS 2%

Implementação do PIGRS

Atividade IX - Programa de Educação Ambiental

Produtos

Criação de Material Didático

120

1%

Realização da Capacitação 1%

Relatório de Capacitação 1%

Difusão e Promoção 1%

Atividade X - Programa de Coleta Seletiva

Produtos

Programa Piloto de Coleta Seletiva

60

1%

Estudo de Viabilidade da Coleta Seletiva 1%

Implementação do Programa de Coleta Seletiva 1%

Relatório da Implementação 1%

Atividade XI - Implementação do PIGRS

Produtos

Estratégia de Implantação

180

5%

Assessoria à Implementação 5%

Programa de acompanhamento e controle 5%

Suporte Institucional 10%

Atividade XII - 3º Seminário Consolidado

Produtos

Realização do 3º Seminário

30 1%

Relatório do 3º Seminário

Relatório Consolidado do PIGRS 2%

80%

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Atividade / Produto PRGIRS Prazo de

Entrega (dias) Desembolso

Planos de Ação

Atividade I - Planos de Ação

Produtos

Plano de Ação para elaboração e Implementação do PRGIRS 20

1%

Plano de Ação para Educação Ambiental 1%

Elaboração do PIGRS

Atividade II - Caracterização da área de estudo

Produtos Caracterização do manejo, tratamento e destinação/disposição final

30 1%

Atividade III - Diagnóstico da Limpeza Urbana

Produtos Diagnóstico e proposições 30 1%

Atividade IV - Formulação e Avaliação de Alternativas

Produtos

Seleção das Alternativas

30 1% Avaliação Socioeconômica das Alternativas

Avaliação das Alternativas

Atividade V - Viabilidade da Alternativa Selecionada

Produtos Estudo de Viabilidade 30 1%

Atividade VI - Prognóstico da Evolução Futura

Produto Prognóstico da Evolução Futura 30 1%

Atividade VII - Programa de Educação Ambiental

Produtos Criação de Material Didático 30

1%

Difusão e Promoção 1%

Atividade VIII - Seleção e Análise de Áreas

Produtos

Diagnóstico Ambiental

90 7% Reunião Pública

Relatório Consolidado

Atividade IX - PRGIRS

Produtos

Estratégia de Implantação

90

1%

Programa de acompanhamento e controle 1%

Suporte Institucional 1%

Relatório Consolidado do PRGIRS 1%

20%

A execução dessas atividades serão consideradas PRODUTOS por apresentação de Relatórios Específicos inseridos nos Relatórios Parciais. 9. PRAZO DE ENTREGA O prazo total para execução dos serviços especificados neste Termo de referência é de 12 (doze) meses, conforme estabelecido no Item 8 – Cronograma de Execução. 10. FORMA DE PAGAMENTO

28

Nos custos deverão estar inclusos todos os encargos estipulados na legislação fiscal e trabalhista, devendo ser deduzido no ato do pagamento os descontos cabíveis. Também deverão estar incluídas despesas com alimentação, estadia e deslocamentos, bem como materiais necessários ao desenvolvimento dos trabalhos. O contrato será firmado entre a CONDER e o contratada, após aprovações do órgão financiador. A remuneração dos serviços é por preço global, sendo o pagamento efetuado mediante aprovação dos produtos/atividades pela CONDER e pelo agente financeiro, quando então deve ser apresentada a fatura/nota fiscal. Os serviços não aprovados deverão ser refeitos pela consultoria. A contratada deverá apresentar planilha de discriminação dos custos, conforme modelo que segue:

ITEM ESPECIFICAÇÃO/ DISCRIMINAÇÃO UNID. QTD PREÇO

UNITÁRIO PREÇO TOTAL

A EQUIPE TÉCNICA

1.0 Pessoal de Nível Superior h/t

Coordenador de Projeto

Especialista em Resíduos Sólidos

Especialista em Gestão do Meio Ambiente

Economista e/ou Especialista em Avaliação Financeira de Projetos

Profissional em Gestão Administrativa

Especialista em Mobilidade Social

Especialista de Sistemas de Informações Geográficas

Profissional de Direito

SUBTOTAL 1.0

2.0 Pessoal Auxiliar h/t

Auxiliar Administrativo

Estagiário (nível médio)

Estagiário (nível superior)

Educador Ambiental (nível médio)

Motorista

SUBTOTAL 2.0

B ENCARGOS SOCIAIS (% do item A) %

C OUTRAS DESPESAS

Deslocamento e hospedagem diária

Aluguel de escritório

Serviços Gráficos impressão

Reprodução de material audiovisual para divulgação Unid.

Aluguel de equipamentos digitais e audiovisuais diária

..................... ......

SUBTOTAL A, B, C......................................

D REMUNERAÇÃO DE ESCRITÓRIO (% subtotal a,b,c)

%

29

SUBTOTAL A,B,C,D ..........................................................................

E DESPESAS FISCAIS (% a,b,c,d) %

TOTAL GERAL ...................................................................................