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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MJSP - POLICIA FEDERAL DIRETORIA DE INVESTIGAÇÃO E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO GINQ/STF/DICOR - GRUPO DE INQUÉRITOS DO STF TERMO DE DEPOIMENTO que presta FLAVIO DAVID BARRA: Rub: Aos 25 dias do mês de janeiro de 2018, neste Edifício-Sede da Polícia Federal, em Brasília/DF, onde presente se encontrava LUIS FLAVIO ZAMPRONHA DE OLIVEIRA ' DelegadO(a) de Polícia Federal, Classe Especial, Matrícula n.º 8.220, em exercício na Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado - DICOR, compareceu FLAVIO DAVID BARRA, sexo masculino, casado, filho de Elia Barra e Maria Thereza David Barra, nascido aos 06/05/1962, natural de Varginha/MG, instrução ensino superior, documento de identidade nº 2577507 /SSP/MG, CPF 533.853.226-34, residente na Rua lnhambu, 97, Ap. 21, bairro Moema, São Paulo/SP, fone: (11) 5052-0832, celular (11) 99973-0211, email [email protected]. Cientificado acerca dos seus direitos constitucionais, inclusive o de permanecer calado, inquirido a respeito dos fatos pela Autoridade Policial, RESPONDEU: QUE, o declarante manifesta a sua inteira disposição de colaborar nos termos do artigo 4° e seguintes da lei nº 12850/2013; QUE ressalta o depoente que já firmou acordo de colaboração premiada com a Procuradoria Geral da República-PGR; QUE o depoente voluntariamente neste ato se compromete a falar a verdade e renuncia o direito de permanecer em silêncio, em uma livre e espontânea demonstração de seu dever de colaborar com a investigação em curso e com a justiça; QUE ingressou na Construtora ANDRADE GUTIERREZ em 1985, tendo inicialmente ocupado a função de estagiário na sede da empresa em Belo Horizonte; QUE em 1988 foi transferido para o Estado de São Paulo, tendo inicialmente sendo incumbido de atuar nas obras do metrô da Avenida Paulista, início da Linha 2; QUE quando chegou em São Paulo as obras iniciais da Linha 2 do Metrô de São Paulo já estavam licitadas e em andamento; QUE não tomou conhecimento de nenhum irregularidade ou ilícito relacionado às obras iniciais da Linha 2 do Metrô; QUE em 2004 o Governo de São Paulo retomou as obras de extensão da Linha 2 do Metrô, referente à licitação ocorrida no inicio dos anos 90; QUE como já havia passado mais de dez anos da licitação da Linha 2 do Metrô, houve a necessidade de promover a regularização dos contratos junto ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo-TCE/SP; QUE a ANDRADE GUTIERREZ possuía dois contratos referentes a dois lotes da Linha 2 do Metrô; QUE o Presidente do Metrô à época, LUIZ CARLOS FRAYSE DAVID, afirmou que o Governo só tinha verba para custear o primeiro lote, mas que provavelmente iria providenciar recursos~ para os demais lotes; QUE LUIZ CARLOS FRAYSE DAVID, afirmou que seria ,eressâ<io, ,egola,l~ção •~ oo,tcatos pa,a o l,lcio das obcas; QUE "2""º''°' " """"""·' t::. "s

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Page 1: TERMO DE DEPOIMENTO FLAVIO DAVID BARRA - poder360.com.br · Construtora ANDRADE GUTIERREZ em 1985, tendo inicialmente ocupado a função de estagiário na sede da empresa em Belo

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MJSP - POLICIA FEDERAL

DIRETORIA DE INVESTIGAÇÃO E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO GINQ/STF/DICOR - GRUPO DE INQUÉRITOS DO STF

TERMO DE DEPOIMENTO

que presta FLAVIO DAVID BARRA:

Rub:

Aos 25 dias do mês de janeiro de 2018, neste Edifício-Sede da Polícia Federal, em Brasília/DF, onde presente se encontrava LUIS FLAVIO ZAMPRONHA DE OLIVEIRA

' DelegadO(a) de Polícia Federal, Classe Especial, Matrícula n.º 8.220, em exercício na Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado - DICOR, compareceu FLAVIO DAVID BARRA, sexo masculino, casado, filho de Elia Barra e Maria Thereza David Barra, nascido aos 06/05/1962, natural de Varginha/MG, instrução ensino superior, documento de identidade nº 2577507 /SSP/MG, CPF 533.853.226-34, residente na Rua lnhambu, 97, Ap. 21, bairro Moema, São Paulo/SP, fone: (11) 5052-0832, celular (11) 99973-0211, email [email protected]. Cientificado acerca dos seus direitos constitucionais, inclusive o de permanecer calado, inquirido a respeito dos fatos pela Autoridade Policial, RESPONDEU: QUE, o declarante manifesta a sua inteira disposição de colaborar nos termos do artigo 4° e seguintes da lei nº 12850/2013; QUE ressalta o depoente que já firmou acordo de colaboração premiada com a Procuradoria Geral da República-PGR; QUE o depoente voluntariamente neste ato se compromete a falar a verdade e renuncia o direito de permanecer em silêncio, em uma livre e espontânea demonstração de seu dever de colaborar com a investigação em curso e com a justiça; QUE ingressou na Construtora ANDRADE GUTIERREZ em 1985, tendo inicialmente ocupado a função de estagiário na sede da empresa em Belo Horizonte; QUE em 1988 foi transferido para o Estado de São Paulo, tendo inicialmente sendo incumbido de atuar nas obras do metrô da Avenida Paulista, início da Linha 2; QUE quando chegou em São Paulo as obras iniciais da Linha 2 do Metrô de São Paulo já estavam licitadas e em andamento; QUE não tomou conhecimento de nenhum irregularidade ou ilícito relacionado às obras iniciais da Linha 2 do Metrô; QUE em 2004 o Governo de São Paulo retomou as obras de extensão da Linha 2 do Metrô, referente à licitação ocorrida no inicio dos anos 90; QUE como já havia passado mais de dez anos da licitação da Linha 2 do Metrô, houve a necessidade de promover a regularização dos contratos junto ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo-TCE/SP; QUE a ANDRADE GUTIERREZ possuía dois contratos referentes a dois lotes da Linha 2 do Metrô; QUE o Presidente do Metrô à época, LUIZ CARLOS FRAYSE DAVID, afirmou que o Governo só tinha verba para custear o primeiro lote, mas que provavelmente iria providenciar recursos~ para os demais lotes; QUE LUIZ CARLOS FRAYSE DAVID, afirmou que seria

,eressâ<io, ,egola,l~ção •~ oo,tcatos pa,a o l,lcio das obcas; QUE "2""º''°' • " """"""·' ~ t::. "s

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situação dos contratos junto ao TCE/SP procurou o escritório de LUIZ CARLOS FERREIRA, localizado na Alameda Franca; QUE LUIZ CARLOS FERREIRA possuía um escritório de consultoria financeira e contabilidade; QUE não se recorda quem apresentou LUIZ CARLOS FERREIRA ao depoente, mas pode afirmar que o mesmo foi apresentado como sendo uma pessoa da confiança do Conselheiro do TCE/SP EDUARDO BITTENCOURT; QUE foi posteriormente apresentado por LUIZ CARLOS ao próprio Conselheiro EDUARDO BITIENCOURT, com o qual se encontrou duas ou três vezes para tratar do assunto relacionado à regularização dos contratos da Linha 2 do Metrô; QUE EDUARDO BITIENCOURT era o relator dos processos relacionadas a Linha 2 do Metrô no TCE/SP; QUE esteve com EDUARDO BITTENCOURT no escritório de LUIZ CARLOS FERREIRA, quando trataram dos aspectos técnicos do processo; QUE LUIZ CARLOS FERREIRA afirmou ao depoente que para obter a decisão favorável no TCE/SP haveria necessidade de efetuar o pagamento correspondente a 1 % do valor do faturamento das obras; QUE para o depoente ficou evidente que o destinatário final do valor indevido solicitado por LUIZ CARLOS FERREIRA se destinaria a EDUARDO BITTENCOURT; QUE não foi celebrado nenhum contrato entre a Andrade Gutierrez e LUIZ CARLOS FERREIRA para justificar o pagamento do valor solicitado; QUE de fato houve o pagamento correspondente a 1% do valor do contrato do primeiro lote da expansão da Linha 2 do Metrô; QUE como o contrato do primeiro lote da expansão da Linha 2 do Metrô era de aproximadamente R$ 170 milhões, acredita ter pago a LUIZ CARLOS FERREIRA o valor de R$ 1,7 milhão; QUE os pagamentos realizados a LUIZ CARLOS FERREIRA foram feitos em espécie, ao longo de aproximadamente seis meses; QUE o depoente era o encarregado de levar o dinheiro em espécie no escritório de LUIZ CARLOS FERREIRA; QUE recebia os valores em espécie do setor financeiro da Andrade Gutierrez; QUE o setor financeiro da Andrade Gutierrez tinha um mecanismo para obtenção de dinheiro em espécie por meio de contratos fictícios ou superfaturados; QUE como exemplo do mecanismo utilizado pela Andrade Gutierrez para gerar recursos em "caixa 2" pode citar a utilização das empresas de ADIR ASSAD e SAMIR ASSAD, as quais celebravam contratos fictícios ou superfaturados; QUE após a regularização dos contratos junto ao TCE/SP foi procurado pelo Presidente do Metrô LUIZ CARLOS FRAYSE DAVID para tratar de pagamentos que seriam destinados aos diretores do Metrô de São Paulo; QUE LUIZ CARLOS FRAYSE DAVID afirmou para o depoente que como as nomeações da diretoria do Metrô precisavam de suporte político seria necessária a arrecadação de recursos na ordem de R$ 2 milhões; QUE combinou com LUIZ CARLOS FRAYSE DAVID que efetuaria o pagamento desse valor na medida em que as obras do primeiro lote da expansão da linha 2 do Metrô fossem faturadas; QUE de fato fez os pagamentos solicitados por LUIZ CARLOS FRAYSE DAVID; QUE entregava pessoalmente os valores em espécie na casa de LUIZ CARLOS FRAYSE DAVID; QUE desconhece a origem dos recursos que eram ,epas~dos pelo ~to, fioaacelm da ANDRADE GUTIERREZ para o pagameato

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LUIZ CARLOS FRAYSE DAVID também foram solicitados recursos por SÉRGIO BRASIL, gerente da área de contratos do Metrô de São Paulo; QUE pagou ao longo do período o montante de aproximadamente R$ 500 mil a SÉRGIO BRASIL; QUE também efetuava os pagamentos em espécie a SÉRGIO BRASIL, em encontros ocorridos em restaurantes e cafés; QUE no ano de 2005 a Andrade Gutierrez participou da licitação das obras da Linha 4 do Metrô de São Paulo, tendo vencido apenas o menor dos três lotes, em consórcio com a empresa CAMARGO CORREA; QUE os dois principais lotes da Linha 4 do Metrô de São Paulo foram vencidos pelo consórcio liderado pela ODEBRECHT e do qual faziam parte as empresas QUEIROZ GALVAO e OAS; QUE ANDRADE GUTIERREZ e a construtora ODEBRECHT iniciaram tratativas visando a junção de todos os lotes da Linha 4 do Metrô de São Paulo e a divisão das obras de forma equãnime; QUE os representantes das empresas procuraram o presidente do Metrô LUIZ CARLOS FRAYSE DAVID para tratar do assunto, quando foram informados da necessidade de obter a aprovação da fusão dos consórcios junto ao TCE/SP; QUE LUIZ CARLOS FRAYSE DAVID estipulou que essa fusão não aumentasse os custos para o Metrô; QUE novamente os representantes das empresas procuraram EDUARDO BITTENCOURT para resolver o problema da fusão dos consórcios no TCE/SP; QUE iniciativa de procurar EDUARDO BITIENCOUT partiu de ROMILDO DOS SANTOS, da ODEBRECHT; QUE o depoente juntamente com ROMILDO DOS SANTOS e LÉO PINHEIRO, da OAS, foram á residência de EDUARDO BITIENCOURT, localizada no Morumbi em São Paulo/SP; QUE nesta reunião EDUARDO BITIENCOURT afirmou aos presentes que poderia cuidar da fusão dos consórcios mediante o pagamento de R$ 1 O milhões, valor próximo a 1 % dos contratos dos lotes; QUE de fato a ANDRADE GUTIERREZ efetuou o pagamento de R$ 2 milhões que seriam destinados a EDUARDO BITIENCOURT, tendo novamente utilizado a intermediação de LUIZ CARLOS FERREIRA; QUE o depoente foi o responsável por efetuar os pagamentos a LUIZ CARLOS FERREIRA, que ocorreram entre os anos de 2006 e 2007; QUE em 2006, após a reestruturação administrativa da ANDRADE GUTIERREZ, assumiu a diretoria de São Paulo como um todo, passando a ser o responsável também pelas obras rodoviárias da empresa; QUE no inicio de 2007 o Governador de São Paulo JOSÉ SERRA, que havia sido recém eleito, expediu um decreto determinando a negociação de todos os contratos do Governo visando a redução dos custos; QUE a ANDRADE GUTIERREZ foi convocada por PAULO VIEIRA DE SOUZA, que foi nomeado Diretor de Engenharia do Desenvolvimento Rodoviário S/A - DERSA, para iniciar as tratativas visando a renegociação do contrato do Lote 1 do RODOANEL SUL; QUE a ANDRADE GUTIERREZ era a líder do consórcio detentor do contrato do Lote 1 do RODOANEL SUL, do qual também participava a empresa GALVAO ENGENHARIA; QUE participou de algumas reuniões com PAULO VIEIRA DE SOUSA na sede do DERSA, quando foi exposta a idéia de transformar os contratos do RODOANEL SUL do modelo de preço unitário para a modalidade de preço global; QUE o modelo de preço global a princípio jf\ não era vantajoso para as empresas, tendo em vista que haveria uma redução d(' u

g !,!, RE Nº 003212017-1

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custos e assunção de riscos e imprevistos; QUE entretanto, foi permitido que as empresas pudessem apresentar alternativas técnicas ao projeto visando redução de seus custos com a substituição de tecnologias; QUE após as primeiras reuniões na sede da DERSA foram organizadas reuniões no hotel BLUE TREE da Avenida Faria Lima; QUE participou dessa reunião como representante da ANDRADE GUTIERREZ; QUE nessas reuniões participaram técnicos do DERSA e das empresas; QUE próximo ao desfecho das negociações PAULO VIEIRA DE SOUSA falou para o depoente que tinha conhecimento de um compromisso anterior de doação para o PSDB assumido pelas empresas em razão dos contratos do RODOANEL SUL; QUE o depoente desconhecia qualquer compromisso que havia sido firmado pela ANDRADE GUTIERREZ para doação de recursos ao PSDB em razão dos contratos do Rodoanel Sul; QUE PAULO VIEIRA DE SOUSA então afirmou que iria reduzir o valor das doações que havia sido combinado anteriormente, o qual passaria para o montante de 0,75% sobre o total dos contratos; QUE PAULO VIEIRA DE SOUSA não disse para o depoente qual o valor dos repasses que havia sido combinado com as empresas durante o processo de licitação; QUE o depoente levou ao conhecimento de DARIO LEITE, seu superior imediato, a proposta feita por PAULO VIEIRA DE SOUSA para que a empresa pagasse o valor indevido de 0,75% sobre o valor dos contratos; QUE tomou conhecimento que PAULO VIEIRA DE SOUSA havia feito o mesmo pedido de pagamento de 0,75% aos demais consórcios; QUE PAULO VIEIRA DE SOUSA convocou os líderes de cada um dos consórcios para tratar do pagamento de 0,75%, reunião da qual participaram, além do depoente, ROBERTO CUMPLIDO pela ODEBRECHT, ANTÔNIO ALMEIDA pela CAMARGO CORREA e CARLOS HENRIQUE LEMOS pela OAS; QUE em relação a QUEIROZ GALVÃO, teria participado CARLOS ALBERTO MENDES ou OTHON ZANOIDE, salvo engano; QUE nesta reunião PAULO VIEIRA DE SOUSA reafirmou o pagamento dos valores a título de doação para o PSDB; QUE PAULO VIEIRA DE SOUSA não mencionou para qual político especificamente os recursos seriam destinados; QUE ficou implícito nesta reunião que as empresas concordaram em efetuar o pagamento de 0,75% sobre o valor dos contratos do RODOANEL SUL; QUE a ANDRADE GUTIERREZ concordou em efetuar o pagamento solicitado por PAULO VIEIRA DE SOUSA por vislumbrar uma melhoria das condições negociadas no aditivo contratual que seria assinado para o início das obras; QUE esse aditivo promoveu alteração do modelo de preço unitário para preço global. o que seria vantajoso para o Governo de São Paulo e também para as empresas em razão das alternativas de engenharia; QUE o aditivo contratual negociado por PAULO VIEIRA DE SOUSA provavelmente foi assinado no primeiro semestre de 2007; QUE, entretanto, a ordem de serviço para o início das obras do lote 01 do RODOANEL SUL somente foi expedido no segundo semestre de 2007; QUE no final do ano de 2007, o depoente foi convidado para assumir a direção da área de energia da ANDRADE GUTIERREZ, tendo deixado de atuar nas obras do estado de São Paulo; QUE não tomou conhecimento de qualquer pagamento que tenha sido feit9~ a PAULO VIEIRA DE SOUSA, conforme havia sido acordado com o depoente L u RE Nº 0032/2017-1 A ~ ~.,, 1

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DARIO LEITE; QUE não sabe dizer como a ANDRADE GUTIERREZ teria feito os pagamentos solicitados por PAULO VIEIRA DE SOUSA; QUE após a saída do depoente, as negociações envolvendo o RODOANEL SUL passaram a ser de responsabilidade de ANUAR CARAN, o qual assumiu a Superintendência de Obras de Transportes da ANDRADE GUTIERREZ em São Paulo; QUE pouco antes de deixar a Superintendência de Obras de São Paulo em 2007, tomou conhecimento e autorizou um compromisso negociado por executivos da ODEBRECHT, líder de um consórcio do qual a ANDRADE GUTIERREZ fazia parte, para pagamento de valores a diretores da EMPRESA METROPOLITANA DE TRANSPORTE URBANO DE SÃO PAULO -EMTU; QUE desconhece quem seriam estes diretores de EMTU; QUE esse compromisso de pagamento de valores indevidos dizia respeito a obras de um corredor de ônibus na região de Campinas/SP, o qual acredita denominar "CORREDOR NOROESTE"; QUE não tem conhecimento se esses valores foram efetivamente pagos. Nada mais disse e nem lhe foi perguntado. Encerrado o presente que, lido e achado conforme, assinam com a Autoridade Policial, º<•l Dec'larante, na presença do advogado JULIANO JOSE BREDA, inscrito na OAB/PR sob nº 25717, com escritório na RUA ÉBANO PEREIRA, 11, 4 ANDAR, bairro CENTRO, CEP 80.410-901, Curitiba/PR, com!jr ial (41) 3222-8740, celular (41) 9995-0902, e comigo, André Luis Acosta dos Santos, m exercício na Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado - DIGO~~ que o lavrei.

AUTORIDADE POLICIAL, ...... \.. ···u,i &=·;;;,o;;,e;RÁ··· .............. .

G~~D..L_.../ DEPOENTE

V/O DAVID BARRA

ADVOGADO<Al

ESCRIVÃO(Al ·································º··· .................................................. . EP ANDR.I ~ISACOSTA ps TOS

RE Nº 0032/2017-1 fls. 5 / 5