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Tendências Artísticas do Pós- Segunda Guerra nos EUA e Europa. Primeiros rastros da Arte Contemporânea. Professor: Ed de Souza, 2012.

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Page 1: Tendências artísticas do pós segunda guerra nos eua e

Tendências Artísticas do Pós-Segunda Guerra nos EUA e Europa.

Primeiros rastros da Arte Contemporânea.

Professor: Ed de Souza, 2012.

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De Paris a Nova York

• Com a destruição dos países europeus na Segunda Guerra e a afirmação do poder bélico e econômico dos Estados Unidos perante o restante do mundo, a “capital cultural do mundo”, a cidade de Paris, na França, deixa seu posto ocupado desde o final do século XVIII. Paris foi o berço do Neoclassicismo e o local onde a Arte Moderna mais se desenvolveu.

• A partir de meados da década de 1940, Nova York passa a ocupar o papel que antes fora de Paris e, por conseguinte, as principais tendências da artísticas começam a florescer ali. Nova York, portanto, começa a ditar os rumos da arte que atualmente chamamos de contemporânea.

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Neoclassicismo – A Academia Francesa de Belas Artes era o principal centro de formação de artistas e produção de arte no

século XIX.

David, Jacques Louis. O Rapto das Sabinas. Ost, 1799.

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O Cubismo – considerado por alguns críticos como um apogeu da arte moderna, foi esboçado por um grupo de artistas de diversas nacionalidades

que viviam em Paris no início do século XX, liderados por Pablo Picasso e Georges Braque.

Pablo Picasso. La Demoselles d’Avignon”. Ost, 1907.

Esta é considerada a obra inaugural do Cubismo.

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Estados Unidos X União Soviética

Capitalismo X Socialismo

Abstracionismo X Realismo

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Duas tendências

• Enquanto os Estados Unidos adotavam o Abstracionismo enquanto critério de qualidade e bandeira; a União Soviética, que mantinha poder sobre uma segunda parcela do Ocidente se agarrava ao chamado “Realismo Socialista”, que, pretensamente, sustentava o heroísmo e a verdade da nação socialista.

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É importante lembrar que a questão da abstração na arte surge na Rússia, que formava a União Soviética, com os movimentos Construtivista e o Suprematismo, nas duas

primeiras décadas do século XX. Os artistas que fizeram parte destes movimentos e suas obras passaram a ser vistas como subversivas no pós-Segunda Guerra.

Kasimir Malevich. Quadrado Negro sobre fundo branco. Ost. 1913-1915.Esta obra do Suprematismo Russo é considerada um ápice na criação abstrata em arte no início do século XX.

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O Realismo Socialista durou, aproximadamente, da década de 1930 a 1960 e dominava todos os

campos da criação, desde a Literatura até a criação de produto e

todas as demais artes. Era uma imposição do sistema comunista

ortodoxo stalinista.Os cartazes relacionados aos temas socialistas são muito comuns. Neles,

a figura humana, geralmente, é central, mostrando diversas facetas

da “força do homem comunista”.

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Os Estados Unidos: um investimento no Abstracionismo.

• Em contraponto ao Realismo soviético, os EUA se auto-afirmam como criadores de “um novo tipo de arte” expressa, principalmente, no abstracionismo dos chamados Expressionistas Abstratos.

• Não se trata de um movimento, pois os artistas não tinham objetivos parecidos, muito menos se reuniram em busca dos mesmos ideais na arte. O termo foi proposto pelo crítico H. Rosenberg, em 1952, quando Nova York já havia se firmado como centro cultural e já dispunha de uma extensa produção de arte abstrata nesta cidade.

• A seguir, veremos alguns destes artistas e as diferenças que marcaram seus trabalhos e acabaram por revolucionar o contexto artístico de então:

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Jackson Pollock (1912-1956),a action painting.

A action painting, ou “pintura de ação” foi considerada revolucionária pois o pintor retirava, pela primeira vez, a pintura do cavalete e a punha no chão. Caminhando em volta da tela e despejando tinta sobre ela, Pollock “registrava o percurso, ação do pintor que realizava a obra”.

Ao lado, foto de Pollock realizando uma de suas telas.

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Abaixo, dois exemplos dos resultados desta “pintura de ação”, de Pollock, feitas entre 1947 e 1950.

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Mark Rothko (1903 - 1970)

• O crítico Clement Greenberg define a obra deste pintor como colorfield painting (pintura do campo de cor).

• Trata-se de uma obra extremamente simples. Em suas telas, ele se exprime exclusivamente por meio da cor em tons indecisos, em superfícies moventes, às vezes monocromáticas, e às vezes compostas por partes diversamente coloridas.

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Geralmente com grandes dimensões, as pinturas de Rothko tem sempre uma estreita ligação com o ambiente e assumem um

caráter meditativo, espiritual.

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Abaixo, dois exemplos da forma como Rothko trabalha a cor em suas obras.Observe como há uma pequena variação entre as cores e como são sensíveis

os campos que as separam.

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Outros Expressionistas Abstratos

• Adolph Gottlieb (1903 - 1974);

• Willem de Kooning (1904 - 1997);

• Ad Reinhardt (1913 - 1967);

• Isamu Noguchi (1904 - 1988).

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Pop Art

• Durante um bom tempo, o mundo da arte foi pensado como uma esfera autônoma, regida por seus próprios códigos e fruto de uma criatividade centrada na individualidade do artista e no seu virtuosismo ao lidar com os materiais, as técnicas e as especificidades de sua forma de expressão (pintura, escultura etc). Contudo, principalmente a partir do século XX, notamos que essa separação entre a arte e o mundo veio perdendo força na medida em que movimentos diversos buscaram quebrar tais limites.

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Exemplos: Van Gogh (Pós-Impressionista) e Matisse (Fauvista), artistas modernos são reconhecidos por sua criatividade

individual, ou seja, por terem criado “obras com suas marcas”.

Vincent Van Gogh, Campo de Trigo com corvos. Ost, 1890.

Henri Matisse. Mulher com Chapéu. Ost, 1905.

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Exemplos: Rodin e Klimt (Secessão) são reconhecidos, dentre outros motivos, pelo virtuosismo em seu uso das técnicas de

escultura e pintura, respectivamente.

Auguste Rodin. Primavera Eterna. Mármore, 1881.

Gustave Klimt. Retrato de Adele Bloch-Bauer. Ost, 1907.

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Quebra da fronteira: Arte e Vida• Quando falamos desta quebra, estamos querendo dizer que os

artistas almejavam minimizar a distância entre a cultura erudita da cultura popular e da cultura de massa.

• Isso dizia respeito a:• 1) Temas;• 2) Materiais;• 3) Fronteiras entre as linguagens artísticas;• 4) Interação com o espectador e com o espaço, incluindo o

aspecto conceitual da arte, da ideia de “obra aberta”, ou seja, da necessidade de o espectador dar sentido os que vê.

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Cultura erudita

• Erudita é a pessoa que tem uma instrução vasta e variada advinda, principalmente, do estudo, da leitura e do contato com uma “cultura elevada” (das classes dominantes).

• Portanto, a cultura erudita é aquela feita por artistas que primam por uma elaboração formal, pelo estudo e a criação de objetos culturais para uma cultura elevada. A cultura erudita, portanto, não pode ser aprendida no cotidiano, está restrita aos espaços convencionais das artes: museus, galerias, teatros etc.

• Por esse motivo, a cultura erudita é a mais ensinada na escola, que é o local onde as pessoas têm contato com a cultura e a ciência que não pode ser aprendida no cotidiano.

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Cultura Popular• Como o próprio nome sugere, é a cultura do povo (das classes

dominadas).

• Por mais que apresente, algumas vezes, uma elaboração formal complexa, é aquela que não necessita de um estudo formal para ser aprendida.

• Apresenta um caráter tradicional (geralmente secular ou, até, milenar), passa de geração para geração, seus modos de transmissão são orais (pela fala) e/ou miméticos (pela imitação).

• Portanto, é uma forma de cultura que se aprende no cotidiano, faz parte da educação de determinada comunidade e todas as pessoas envolvidas têm conhecimentos parecidos sobre o que estão produzindo ou fruindo (assistindo).

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Exemplos de Cultura Popular: as cantigas de roda, o folclore, as danças populares, as lutas, comidas típicas.

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Cultura de Massa• Essa forma de cultura surge, segundo alguns teóricos, entre as décadas de 1920 e

1930 e serve, principalmente, ao convencimento das massas quanto a determinados assuntos políticos e sociais.

• Tanto que Hitler (Nazismo – na Alemanha) e Franco (Fascismo – na Espanha) estão entre os primeiros a utilizar a imprensa de massa (jornais, panfletos e cartazes reproduzidos em grandes quantidades) e o rádio em suas propagandas de regime.

• O cinema também estava entre os instrumentos da cultura de massa, mas, é com a popularização da televisão que essa forma de cultura ganha mais força. Atualmente, soma-se a todas as anteriores a internet.

• A cultura de massa também é uma forma que faz parte do nosso cotidiano, mas, diferente da cultura popular, ela é produzida de cima para baixo, ou seja, alguém que “conhece mais” produz para o convencimento e o consumo das pessoas que “conhecem menos”.

• É característico da indústria cultural absorver toda forma de cultura popular que “dá certo”, que “faz sucesso” e transformá-la em produto, transformando a base daquela manifestação, “esvaziando-a”.

Links: discursos de Hitler, propagandas soviéticas, “Crianças de Hitler”

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Exemplos contemporâneos de apropriação da indústria cultural

• A música é um grande exemplo de apropriação da cultura popular com o intuito de vender, de consumo. No Brasil, são muitas as formas de música popular que têm sido apropriadas pela cultura de massa e transformadas, com intuito de serem “mais facilmente digeridas”. Parte-se do princípio que a música da cultura de massa deve ser simples e fácil, poucos acordes, poucas frases nas letras, “coreografias” simples e repetitivas, que, com poucas variações, criam “modas” passageiras, com a máscara de parecerem “novas”. Exemplos:

• A Música caipira virou “Sertanejo Universitário”;• O Forró também se tornou “Universitário”;• O Samba se converteu em “Pagode”;• O Axé nasce de uma série de manifestações musicais advindas, por exemplo, do

Camdomblé;• As manifestações do Bumba-meu-boi, no norte do país foram “esvaziadas” para se

tornar músicas de bandas como o Calypso, por exemplo.• Internacionalmente, vemos, nos Estados Unidos, a cultura Hip Hop, que, na sua base era

uma forma de protesto sendo feita apenas com o intuito de venda, extremamente sexualizada e fazendo apologias à violência e às drogas, por exemplo.

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Retomando...• Quando Pollock retira a tela dos cavaletes e as desloca para o chão,

ele já estava empreendendo algumas das grandes revoluções que seriam operadas pela Pop Art e suas sucessoras.

• Ele alterava a relação espacial do pintor no momento da realização da obra. Costuma-se afirmar que esta ação imprimia um caráter teatral e coreográfico do pintor com a obra. Era uma quebra entre as fronteiras das linguagens artísticas. Se imprime no campo bidimensional (pintura) uma relação tridimensional (escultura).

• Greenberg, crítico que nomeou os expressionistas abstratos, afirma que, a partir daí, começa a se diluir a ideia de pureza reinante até a arte moderna e as artes começam a se misturar.

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Bidimensional X Tridimensional

• A arte moderna se caracterizou pela pureza. Ou seja, um pintor era considerado excepcional quando realizava algo novo no campo bidimensional, não a reprodução da terceira dimensão como fora do Renascimento ao século XIX, mas em termos dos próprios elementos formais da pintura (cor, volume, plano etc).

• Por outro lado, um escultor excepcional era aquele que sabia lidar com os elementos tridimensionais (relações com os materiais, por exemplo).

• Não havia relação entre as duas linguagens.

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Os Impressionistas realizaram algo novo na pintura quando substituíram a ideia das sombras em claro-escuro, pela representação das formas e cores

como “o olho vê”, pela impressão rápida das coisas representadas.

Claude Monet. Boulevard des Capucines. Ost, 1873.

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Degas e Rodin realizaram algo novo em escultura quando deixavam as figuras presentes “emergirem dos materiais”, ou seja, o material ficava intocado em

algumas partes ou a escultura “ficava inacabada”.

Auguste Rodin. Jovem mãe. Gesso, 1885

Edgar Degas. Toilette. Bronze.

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Diferenciando...

• Pintura: arte que se desenvolve na superfície bidimensional, ou seja, em duas dimensões (altura e largura), como a pintura, a gravura, a fotografia, a colagem etc.

• Escultura: é a arte da construção de objetos tridimensionais (altura, largura e profundidade) e tem suas principais variações nos materiais utilizados (sendo os mais tradicionais: pedras, metais, gesso, madeira, argila etc).

• Obs: a Arquitetura também é uma arte tridimensional, no entanto, a ela se acresce o fato de ser realizada com o intuito de ser um espaço ocupado pelas pessoas.

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Exemplo: as instalações:Espaços planejados para que os espectadores interajam com suas propostas (às vezes dentro

delas). É posterior à Pop Art, mas mostra esse caráter arquitetural de alguns trabalhos tridimensionais, no limite entre a escultura e a arquitetura.

Henrique Oliveira. A origem do terceiro mundo. Bienal de São Paulo de 2010.Na instalação, feita com madeira, as pessoas andam pelo interior que copia a parte interna do corpo humano.

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A Pop Art e a quebra de fronteiras.

• Por sua elaboração formal e por ter nascido em contextos de aprendizagem formais da arte, a Pop Art faz parte da cultura erudita.

• Contudo, sua principal inovação foi se apropriar de símbolos e produtos da cultura de massa e, em alguns casos, da cultura popular, para realizar seus processos e produtos.

• Portanto, as primeiras quebras aqui realizadas estão nos temas (que são do cotidiano capitalista do pós-guerra) e nos materiais utilizados.

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Independent Group• Foi um grupo de artistas ingleses, fundado em 1952, no Instituto da Arte

Contemporânea, em Londres.

• Utilizavam os novos meios de produção gráfica que culminavam durante as décadas de 1950 e 60, com o objetivo de produzir arte que atingisse as grandes massas.

• Esse grupo teve forte ligação com a Pop Art, tendo como seu maior expoente Lawrence Alloway, líder do grupo e criador do termo Pop art.

• O Independent Group se dissolveu em 1956, depois de organizar a exibição "This Is Tomorrow" em Londres, ocasião para a qual Richard Hamilton criou a colagem “O que torna os lares de hoje tão diferentes, tão atraentes?”.

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“O que torna os lares de hoje tão diferentes, tão atraentes?” – Richard Hamilton, 1956.

Neste trabalho, Hamilton se apropria de uma série de imagens da cultura de massa da época, utiliza uma temática completamente cotidiana e uma técnica que, apesar de existir desde o Dadaísmo, a colagem, ainda havia sido pouco explorada por artistas eruditos. Sem contar os materiais, próprios do cotidiano da época.

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Pioneiros da Pop Art nos EUA.

• Os trabalhos de Jasper Johns ("Bandeira sobre Branco" com colagem) e Robert Rauschenberg (colagens, combinações com garrafas de coca-colas e quadros como "Cama") tiveram bastante influência sobre os artistas pop. Rauschenberg fora um artista que iniciou seus trabalhos como expressionista abstrato e se aproximou desta nova tendência, a Pop Art.

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Jasper Johns e sua série de bandeiras dos EUA: de 1955 a 1969, o artista realizou diversas obras (pinturas e esculturas) tendo por base a bandeira do

país. Resolveu adotar esse símbolo nacional como tema, como objeto de consumo.

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Rauschenberg: no limiar entre a pintura e a escultura

– as combine paintings.

Em 1955, o artista cria a obra Cama (ao lado), a primeira de uma série de trabalhos dele que

combinam pintura e escultura. Não se sabe mais até que ponto é um ou outra, se dissolvem as fronteiras entre essas duas artes. A partir daí, o artista realiza

diversos trabalhos com esta característica e abre caminho para diluições futuras muito mais radicais.

As combine paintigs, termo criado pelo próprio artista, tem exatamente este caráter híbrido de pintura com

escultura.

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Monograma, 1955-1959.

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Canion, 1959.

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Breve seleção de artistas Pop.

• A partir da década de 1960, a Pop Art se firma como principal tendência artística dos EUA e se espalha por outros países.

• Dentre os muitos, destacamos 4 artistas que, dentro dos processos de apropriação da cultura de massa, produziram obras diferenciadas:

• Tom Wesselmann, Andy Warhol, Claes Oldenburg e Roy Lichtenstein.

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Tom Wesselmann:Talvez o que mais se aproxime da obra de Hamilton, ficou notabilizado por

suas naturezas-mortas feitas com produtos comerciais.

Still Life, 1963.

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Andy Warhol

• É considerado um dos principais expoentes da arte pop americana (e talvez o artista símbolo dela).

• Suas obras se particularizam pelo uso original da cor brilhante, de materiais industriais e pelo exagero do efeito de simultaneidade.

• A multiplicação das imagens enfatiza a ideia de anonimato e também o efeito decorativo. A imagem destacada e reproduzida mecanicamente, com o auxílio do silkscreen, afasta qualquer vestígio do gesto do artista.

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Uso original da cor brilhante:Warhol inventa a técnica de utilização de cores saturadas (puras) na

composição de retratos, a qual é realizada por artistas até os dias de hoje.

Che Guevara, 1962. Posters. Marilyn Monroe, 1962. Posters.

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Materiais industriais: o artista abusa de materiais como o MDF (tipo sintético de

madeira), como no caso das Caixas de Sabão Brillo, de 1964

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Exagero no efeito de simultaneidade, repetição: Como no caso dos retratos de Marilyn, de Che e das caixas de sabão, em

muitas de suas obras, Warhol expõe várias versões, idênticas ou diferenciadas, uma ao lado da outra.

32 latas de Sopas Campbell, 1961-62.

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Roy Lichtenstein:

O artista se notabilizou por utilizar a linguagem dos HQ (histórias em quadrinhos) para discutir uma série de questões relacionadas à cultura de massa da época.

Suas pinturas são feitas, geralmente, em grandes dimensões e transferem os efeitos pontilhados deste tipo de história, tornando-as bastante impactantes.

Whamm!, 1963.

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Claes Oldenburg• É um escultor. Seu principal tema é a comida: americana,

industrializada e padronizada: os hamburgers, os hot-dogs, os sorvetes que são diariamente introduzidos em quantidades industriais, como combustível nos fornos, nos tubos digestivos de milhões de americanos.

• Os modelos não são sequer essas comidas, mas sua publicidade em cores, ou seja, as fotografias e desenhos feitos destes produtos para a indústria de massa.

• Todas as esculturas têm grandes dimensões e são coloridas. Geralmente, se utiliza de materiais moles, de estofados, suas esculturas se assemelham a pufs e parecem estar sempre se desfazendo.

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Duplo Hamburguer, 1962:a primeira obra que reúne as características postas acima

que seriam notabilizadas como estilo do artista.

Ao lado, uma ideia da dimensão do

trabalho.

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Outras esculturas de Oldenburg.