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FACULDADE INTERNACIONAL DE CURITIBA - FACINTER Marcelo dos Santos “O PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA COMO INSTRUMENTAL DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DAS COMPRAS PÚBLICAS NA PREFEITURA DE PINDAMONHANGABA”

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FACULDADE INTERNACIONAL DE CURIT IBA - FACINTER

Marce lo dos Santos

“O PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA COMO INSTRUMENTAL DO PLANEJAMENTO

ESTRATÉGICO DAS COMPRAS PÚBLICAS NA PREFEITURA DE

PINDAMONHANGABA”

Taubaté

2009

FACULDADE INTERNACIONAL DE CURIT IBA - FACINTER

Marce lo dos Santos

“O PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA COMO INSTRUMENTAL DO PLANEJAMENTO

ESTRATÉGICO DAS COMPRAS PÚBLICAS NA PREFEITURA DE

PINDAMONHANGABA”

Trabalho de Conclusão de Curso de

Planejamento e Gestão Estratégica da

Faculdade Internacional de Curitiba –

FACINTER.

Prof. Marcelo Mascarenhas

Taubaté

2009

SUMÁRIO

1 TEMA........................................................................................................................4

1.1 Delimitação do Tema........................................................................................................42 PROBLEMATIZAÇÃO.............................................................................................5

3 JUSTIFICATIVA.......................................................................................................6

4 OBJETIVOS.............................................................................................................7

4.1 Objetivo Geral...................................................................................................................74.2 Objetivos Específicos........................................................................................................7

5 FUNDAMENTAÇÂO TEÓRICA...............................................................................8

5.1 Princípio da eficiência como instrumental de Gestão Estratégica....................................85.1.1 Eficiência da atuação da administração pública........................................................85.1.2 Gestão Estratégica......................................................................................................95.1.3 Planejamento Estratégico.........................................................................................10

5.2 Objetivos Estratégicos da Gestão Pública.......................................................................116 DIAGNÓSTICO.......................................................................................................15

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................16

3

1 TEMA

O princípio da eficiência como instrumental do planejamento estratégico das

compras públicas na Prefeitura de Pindamonhangaba.

1.1 Delimitação do Tema

Não se pretende avaliar o grau de eficácia da Lei Federal nº. 8.666/93, nem

mesmo estudar os capítulos: III - Contratos, IV - Das Sanções Administrativas e da

Tutela Judicial, V - Dos Recursos Administrativos e VI - Disposições Finais e

Transitórias, concentrando a pesquisa ao estudo do principio da eficiência como

instrumental de planejamento estratégico na compras públicas levados a efeito pela

Prefeitura de Pindamonhangaba.

2 PROBLEMATIZAÇÃO

A lei de licitações normaliza atos e contratos no uso do erário público.

Assim surge a pergunta: Como a Lei 8.666/93 rege o uso do erário público em

processos licitatórios e qual a influência do princípio da eficiência no contexto do

planejamento e gestão estratégica da Prefeitura de Pindamonhangaba?

Como alterar processos e procedimentos valendo-se do dispositivo

constitucional supra mencionado e, como alcançar a eficácia das ações públicas?

3 JUSTIFICATIVA

A preferência pelo tema deve-se a considerável, mas, nem sempre

perceptível influência que as compras públicas exercem sobre a qualidade de vida

da sociedade de modo geral.

Segundo Reis (2007), a promulgação da Lei 8.666/93 resulta em enormes

benefícios a sociedade levando-se em conta a importância que tem a

regulamentação dos procedimentos licitatórios para que o dinheiro público seja

empregado da forma correta.

Nasce então o interesse em conhecer quais são esses procedimentos e como

eles regem a condução de um ato licitatório e, como o princípio da eficiência pode

resultar em um melhor planejamento estratégico para as compra públicas.

4 OBJETIVOS

4.1 Objetivo Geral

Explanar parte das normas que regem as licitações públicas com enfoque no

principio da eficiência e, como o mesmo influencia o planejamento estratégico das

compras públicas realizadas na Prefeitura de Pindamonhangaba

4.2 Objetivos Específicos

Levantamento de dados bibliográficos.

Demonstrar como o princípio da eficiência, como instrumental de

planejamento e gestão estratégica, influência as compras públicas do município e

orienta agentes governamentais quanto ao correto uso do erário público.

Analisar a possibilidade de implementar o planejamento estratégico de

forma coerente e definitiva no âmbitos das compras públicas da Prefeitura.

5 FUNDAMENTAÇÂO TEÓRICA

5.1 Princípio da eficiência como instrumental de Gestão Estratégica

A Emenda Constitucional nº. 19, de junho de 1998, acrescentou o princípio da

eficiência aos princípios da Administração enunciados no caput do artigo 37, e

desde então a Administração Pública passou ter o dever de ser eficiente, ou seja,

como disserta Gasparini (2000) “realizar suas atribuições com rapidez, perfeição e

rendimento, além, por certo, de observar outras regras, a exemplo do princípio da

legalidade”.

O princípio da eficiência importa no dever que tem o agente público de realizar suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional. É o mais moderno princípio da função administrativa, que já não se contenta em ser desempenhada apenas com legalidade, exigindo resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das necessidades da comunidade e de seus membros. (MEIRELES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro, 1996, p.90).

Sendo assim, o principio da eficiência como instrumental da Gestão

Estratégica têm a função precípua de nortear a organização pública, promovendo,

para isso, o alinhamento dos recursos e esforços da mesma. Garantindo para a

organização o desenvolvimento de uma cultura que a leve a fazer a coisa certa no

momento certo, e que lhe permita solucionar as duas equações sempre presentes

nas decisões públicas: a importância e a urgência.

5.1.1 Eficiência da atuação da administração pública

Na Administração, eficiência e eficácia são conceitos distintos, como explana

Chiavenato (1993, p. 238): “A eficiência não se preocupa com os fins, mas

simplesmente com os meios. O alcance dos objetivos visados não entra na esfera

da competência da eficiência; é um assunto ligado a eficácia”.

Com base no Princípio da Eficiência e seu conceito científico dentro da

Administração, o gestor público tem um novo desafio: trazer técnicas e conceitos

administrativos próprios do setor privado para dentro da Administração Pública com

base na qualidade, focando resultados e desenvolvendo indicadores de

desempenho, aplicando conceitos como "ênfase nos resultados",

"desburocratização", "flexibilização", "agências executivas", "organizações sociais",

"planejamento estratégico", "desempenho", "controle de qualidade", "terceirização" e

"privatização".

O modelo gerencial, em sua fase inicial, implica em administrar o setor público de forma semelhante ao setor privado, de forma eficiente, com a utilização de ferramentas que consigam maximizar a riqueza acionista, ou a satisfação do usuário (considerando-se a realidade do serviço público). Nesse sentido, buscar-se-á a adoção de uma postura mais empresarial, empreendedora, aberta a novas idéias e voltada para o incremento na geração de receitas e no maior controle dos gastos públicos. (CHIAVENATO, 2006, p. 112)

Nesta nova perspectiva gerencial, o princípio da eficiência, pressupõe maior

participação do usuário, uma vez que se impõe a partir da satisfação deste.

“a grande maioria dos governos em processo de reforma busca uma governança que não apenas seja mais eficiente, logrando otimizar a relação custo-benefício na atuação da administração pública, mas que também contribua para tornar o Estado mais democrático”. (BENTO, 2003, p. 218)

5.1.2 Gestão Estratégica

Nas organizações atuais a satisfação do cliente é a garantia de sobrevivência

no mundo corporativo, tendo como pilar a Administração da Qualidade Total (Total

Qualith Manegement – TQM), em termos de administração pública a qualidade é

voltada para o cidadão. Bento (2003, p.92) elucida que nesta perspectiva, o cidadão

difere do consumidor, pois a cidadania é um conceito mais amplo que envolve uma

dimensão ativa de participação e responsabilização.

8

Na Administração Pública, a Gestão Estratégica, segundo Froes e Neto

(2006), é aplicada para desenvolver uma cultura para a qualidade no contexto das

organizações no século XXI, criar valor para o cidadão/sociedade por meio da

gestão estratégica da qualidade, gerenciar processos e desenvolver indicadores de

desempenho.

5.1.3 Planejamento Estratégico

Costa (2006) afirma que atualmente grandes mudanças ocorrem

rapidamente, nos ambientes, local, nacional e internacional, falando-se muito em

temas como planejamento estratégico, ameaças estratégicas, alianças estratégicas

e ações estratégicas.

O Planejamento estratégico refere-se ao planejamento sistêmico das metas de longo prazo e dos meios disponíveis para alcançá-las, ou seja, aos elementos estruturais mais importantes da empresa e à sua área de atuação, e considera não só os aspectos internos da empresa, mas também, e principalmente, o ambiente externo no qual a empresa está inserida. O planejamento estratégico deve definir os rumos do negócio e, portanto responder a pergunta: qual é o nosso negócio e como deveria sê-lo? Seu propósito geral é influenciar os ambientes interno e externo, a fim de assegurar o desenvolvimento ótimo de longo prazo da empresa de acordo com um cenário aprovado. (Lacombe e Heilborn, 2006, p. 163)

Chiavenato (2000, p. 282) divide a elaboração do planejamento em quatro

fases:

Formulação dos objetivos organizacionais

Análise interna da empresa

Análise externa do ambiente

Formulação das alternativas estratégicas.

O planejamento estratégico deve ser sempre, uma opção inteligente,

econômica e eficaz, constituindo a melhor arma de que pode dispor uma empresa

9

para otimizar o uso de seus recursos, tornar-se altamente competitiva, superar a

concorrência, reduzir seus problemas e otimizar a exploração de possíveis

oportunidades.

5.2 Objetivos Estratégicos da Gestão Pública

Os objetivos são os resultados que a organização pretende atingir. Algumas

empresas utilizam os objetivos como base de seu planejamento estratégico, para

depois pensar nas estratégias específicas.

Os objetivos, que podem ser enunciados como alvos bastante precisos,

focalizam indicadores de desempenho que permitam medir os resultados de

determinada organização.

Na formulação dos objetivos, é necessário, segundo Chiavenato (2000, p.

283) a organização escolhe os objetivos globais que pretende alcançar a longo

prazo e define a ordem de importância e prioridade em uma hierarquia de objetivo.

Estratégia e os objetivos são intercambiáveis; tanto em momentos distintos quanto em níveis diferentes da organização. Assim, alguns atributos de desempenho (como participação no mercado) pode ser um objetivo da empresa num momento e ser sua estratégia em outro. Além disso, à medida que os objetivos e a estratégia vão sendo mais detalhados nos diferentes níveis da organização, acaba aparecendo uma relação hierárquica típica: os elementos da estratégia num nível gerencial mais alto transformam-se em objetivos num nível inferior. (Ansoff e Donnell, 1993, p.71)

Uma organização mede seus resultados por indicadores e na gestão pública

não ocorre diferente, como exemplifica Dumont, etc al (2006) na questão da aferição

do PIB per capita, renda familiar, ICMS, IPTU e outros, de modo a obter um

referencial, reconhecido como padrão de excelência para um processo de negócio

específico em relação a outros paises, utilizando-se para isto a ferramenta

Benchmark.

10

Um sistema estruturado de medição que pretende integrar a formulação

com a operacionalização das orientações estratégicas da organização,

indicadores estratégicos até os indicadores operacionais, busca estabelecer

sempre uma relação de causa e efeito que permita a rápida identificação de

fatores de desvio na conformidade planejada. (Fundação Nacional da

Qualidade, 2005)

Como o objeto central do Planejamento e da Gestão Estratégica, por meio do

princípio da eficiência enfoca nas decisões de alta importância (visto que são

consideradas estratégicas), e que devem ser tomadas no tempo certo, porém sem a

pressão da urgência, uma vez que são objetos do próprio planejamento.

Costa (2006) afirma que atualmente grandes mudanças ocorrem

rapidamente, nos ambientes, local, nacional e internacional, falando-se muito em

temas como planejamento estratégico, ameaças estratégicas, alianças estratégicas

e ações estratégicas. De acordo com o mesmo autor (op. cit.) com a união desses

conceitos tem-se a Gestão Estratégica, uma gestão voltada para o futuro, elaborada

e executada pela alta administração.

O Planejamento estratégico refere-se ao planejamento sistêmico das metas

de longo prazo e dos meios disponíveis para alcançá-las, ou seja, aos

elementos estruturais mais importantes da empresa e à sua área de

atuação, e considera não só os aspectos internos da empresa, mas

também, e principalmente, o ambiente externo no qual a empresa está

inserida. O planejamento estratégico deve definir os rumos do negócio e,

portanto responder a pergunta: qual é o nosso negócio e como deveria sê-

lo? Seu propósito geral é influenciar os ambientes interno e externo, a fim

de assegurar o desenvolvimento ótimo de longo prazo da empresa de

acordo com um cenário aprovado. (Lacombe e Heilborn, 2006, p. 163)

Para que o órgão público atinja, por meio do principio da eficiência, os

resultados esperados, tem-se um conjunto de atos e comportamentos a serem

perseguidos em um futuro próximo e determinado. Na seara desta metodologia,

11

esses os objetivos estão diretamente ligados às questões financeiras e

orçamentárias.

Valendo-se dos estudos de Robert S. Kaplan e David P. Norton, nota-se que

essas questões financeiras não são suficientes para efetivar o Planejamento,

desenvolvendo então conceitos de uma metodologia que ficou conhecida como

Balanced Scorecard (BSC) na Administração Pública. A descrição dessas

perspectivas se mostra fundamental para a distribuição equilibrada dos Objetivos

Estratégicos em relação às diversas perspectivas da Administração Pública.

O BSC traduz a missão e a estratégia das organizações num conjunto

abrangente de medidas de desempenho que serve de base para um sistema de

medição e gestão estratégica. Ainda segundo Dumont, etc al (2006) a perspectiva

de processo do BSC aplicada ao setor público implica em uma visão organizada e

interativa que afeta ao negócio de todos os serviços públicos fazendo cair à lógica

de autogestão, independência funcional destes serviços e a carência de inteligência.

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6 DIAGNÓSTICO

interativa que afeta ao negócio de todos os serviços públicos fazendo cair à

lógica de autogestão, independência funcional destes serviços e a carência de

inteligência.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARROS, M. dos S. 502 Comentários sobre licitações e contratos administrativos. 1. ed. São Paulo: NDJ ltda, 2005.

DECRETO-LEI 8666 DE 21 DE JUNHO DE 1993. Disponível em: http://www.comprasnet.gov.br/legislacao/leis/lei8666.pdf, acessado em 23 de maio de 2009, às 10h.

GASPARINI, D. Comissão de Licitações. 2. ed. São Pulo: NDJ ltda, 2002.

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PRADO, L. C. Licitações e Contratos: A lei nº 8666/93. 1. ed. São Paulo: Impetus, 2008.

REIS, R. Legislação Licitações. 1. ed. Curitiba: Negócios Público, 2007.

CHIAVENATO, Idalberto & SAPIRO, Arão. Planejamento Estratégico. Rio de Janeiro, Ed. Campus, 2003.

BRAGA, Ataíde. Evolução estratégica do processo de compras ou suprimentos de bens e serviços nas empresas. Disponível em:http://www.centrodelogistica.com.br/new/art_Evol_Estrat_de_compras_e_supr_bens_de_serv.pdf.

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CHIAVENATO, Idalberto. Teoria Geral da Administração. 6ª ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração Geral e Pública. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.

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Froes, César e Melo Neto, Francisco Paulo. Administração Pública. Rio de Janeiro: UCB/EB, 2006

MEIRELES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. São Paulo: Malheiros, 1996.

BENTO, Leonardo Valles. Governança, governabilidade na reforma do Estado: entre a eficiência e a democratização. Barueri: Manole, 2003

COSTA, E. A. da. Gestão Estratégica. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2006.

ANSOFF. H. I.; Mc. DONNELL. E. J. Implantando a administração Estratégica. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1993.

LACOMBE, F.; HEILBORN, G. Administração: Princípios e tendências. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2006.

DUMONT, Danilo M.; RIBEIRO, José A.; RODRIGUES, Luiz A. Pública na Era do Conhecimento. São Paulo: Revan, 2006.

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