tcc-a aplicação da contabilidade gerencial na gestão de uma

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  • UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E CONTABILIDADE CURSO DE CINCIAS CONTBEIS

    A APLICAO DA CONTABILIDADE GERENCIAL NA GESTO DE UMA FARMCIA COMERCIAL

    (Trabalho de Concluso de Curso)

    Mariana Rockenbach

    IJU RS, Junho/2010

  • 2

    MARIANA ROCKENBACH

    A APLICAO DA CONTABILIDADE GERENCIAL NA GESTO DE UMA FARMCIA COMERCIAL

    Trabalho de Concluso de Curso apresentado a Uniju para obteno do ttulo de Bacharel em Cincias Contbeis, junto ao DECON- Departamento de Economia e Contabilidade, da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.

    EUSLIA PAVEGLIO VIEIRA

    IJU 2010

  • 3

    A primeira lio que aprendi foi

    simples: se voc quiser nadar entre os

    tubares melhor se tornar um deles. Um

    tubaro nunca desleal ou desonesto:

    implacvel - e sabe muito bem o que quer.

    Roberto Justus

  • 4

    AGRADECIMENTOS

    Ao concluir este curso estou vencendo mais uma etapa de minha vida,

    por isso com profunda gratido quero agradecer a todas as pessoas que

    graas a sua compreenso e colaborao contriburam para a realizao

    do mesmo.

    Agradeo a minha famlia, aos meus amigos pelo apoio, incentivo que

    sempre me proporcionaram.

    Aos meus professores que nunca mediram esforos para passarem os seus

    conhecimentos e experincias profissionais e de vida, em especial a

    minha orientadora Prof. Euslia P. Vieira, que com sua dedicao e

    conhecimento sempre esteve disposio para tirar minhas dvidas e

    fornecer as informaes necessrias.

    Ao proprietrio da Farmcia por ter se disponibilizado e esforado para

    fornecer as informaes necessrias para que este trabalho alcanasse os

    objetivos traados.

    Enfim as inmeras pessoas que de alguma forma contriburam para a

    concluso do curso, o meu muito obrigado.

  • 5

    SUMRIO LISTA DE GRFICOS E FIGURAS ................................................................................................. 9

    LISTA DE QUADROS ..................................................................................................................... 10

    1. CONTEXTUALIZAO DO ESTUDO ..................................................................................... 14

    1.1. rea de Conhecimento Contemplada ..................................................................................... 14

    1.2. Caracterizao da Organizao .............................................................................................. 14

    1.3. Problematizao do Tema ...................................................................................................... 15

    1.4. Objetivos ................................................................................................................................ 16

    1.4.1 Objetivo Geral .................................................................................................................. 16

    1.4.2 Objetivos Especficos ........................................................................................................ 16

    1.5 Justificativa.............................................................................................................................. 17

    1.6 Metodologia ............................................................................................................................ 17

    1.6.1 Classificao da Pesquisa ................................................................................................. 18

    1.6.1.2 Quanto Forma de Abordagem do Problema .............................................................. 18

    1.6.1.3 Do Ponto de Vista de seus Objetivos ............................................................................ 18

    1.6.1.4 Do Ponto de Vista dos Procedimentos Tcnicos ........................................................... 19

    1.6.2 Plano de Coleta de Dados ..................................................................................................... 19

    1.6.3 Plano de Anlise e Interpretao dos Dados ................................................................... 20

    2. REVISO BIBLIOGRFICA ...................................................................................................... 21

    2.1 Contabilidade .......................................................................................................................... 21

    2.1.1 Conceito ........................................................................................................................... 21

    2.1.2 Finalidade ......................................................................................................................... 22

  • 6

    2.1.3 Campos de Atuao .......................................................................................................... 22

    2.2 Contabilidade Gerencial .......................................................................................................... 23

    2.2.1 Conceito ........................................................................................................................... 23

    2.2.2 Aplicao e Finalidade ...................................................................................................... 24

    2.2.3 Contabilidade Gerencial e Contabilidade Financeira ....................................................... 25

    2.3 Contabilidade de Custos .......................................................................................................... 27

    2.3.1 Conceito e finalidade ........................................................................................................ 27

    2.3.2 Custo na Atividade Comercial .......................................................................................... 28

    2.3.2.1 Conceito e Finalidade ................................................................................................ 28

    2.3.2.2 Custos Relativos Aquisio das Mercadorias ......................................................... 29

    2.3.2.3 Despesas Relativas Venda de Mercadorias ............................................................ 29

    2.3.3 Os Componentes Fixos do Custo no Comrcio ................................................................ 30

    2.3.3.1 Despesas Operacionais .............................................................................................. 30

    2.3.3.2 Despesas Administrativas ......................................................................................... 31

    2.3.3.3 Depreciao ............................................................................................................... 31

    2.3.3.4 Custo com Pessoal ..................................................................................................... 32

    2.3.3.5 O Sistema de Custeio Varivel Aplicado no Comrcio ............................................ 32

    2.3.4 Formao do Preo de Venda .......................................................................................... 33

    2.3.4.1 Anlise Custo Volume Lucro .................................................................................... 34

    2.3.4.2 Margem de Contribuio ........................................................................................... 34

    2.3.4.3 Ponto de Equilbrio .................................................................................................... 35

    2.3.4.4 Margem de Segurana Operacional .......................................................................... 36

    2.4 Anlise de balanos ................................................................................................................. 37

    2.4.1 Finalidade ......................................................................................................................... 37

    2.3.2 Anlise Horizontal ............................................................................................................ 38

    2.3.3 Anlise Vertical ................................................................................................................. 39

  • 7

    2.3.4 Indicadores Rotatividades Estoques ................................................................................ 39

    2.5 Sistemas de Informaes Gerenciais ....................................................................................... 40

    2.5.1 Conceito e Importncia .................................................................................................... 40

    2.5.2 Sistema Operacional......................................................................................................... 42

    2.5.3 Sistema Gesto ................................................................................................................. 42

    2.5.4 Nveis do Sistema de Informaes Gerenciais ................................................................. 42

    2.5.5 Tecnologia da Informao ................................................................................................ 44

    2.5.6 Qualidade da Informao ................................................................................................. 44

    3. APLICAO DA CONTABILIDADE GERENCIAL EM UMA FARMCIA COMERCIAL: Estudo de Caso .................................................................................................................................. 46

    3.1 Estrutura da Empresa .............................................................................................................. 46

    3.2 Custo de Aquisio dos Produtos ............................................................................................ 48

    3.2.1 Clculo do Custo de Aquisio dos Produtos ................................................................... 48

    3.3 Apurao das Despesas Mensais da Farmcia ........................................................................ 52

    3.3.1 Custo com Salrios e Encargos Sociais Trabalhistas ......................................................... 52

    3.3.2 Clculo do custo com Depreciao / ms ........................................................................ 52

    3.3.3 Levantamento das Despesas Mensais .............................................................................. 53

    3.3.4 Faturamento Mensal dos Produtos em Estudo ............................................................... 55

    3.4 Clculo do Mark-up para os Produtos de Perfumaria ............................................................. 57

    3.5 Apurao da Margem de Contribuio das Mercadorias em Estudo ...................................... 59

    3.7 Margem de Segurana Operacional ........................................................................................ 79

    3.8 Anlise de Balanos ................................................................................................................ 85

    3.8.1 Anlise Vertical ................................................................................................................. 85

    3.8.2 Anlise Horizontal ............................................................................................................ 86

    3.8.3 Rotatividade dos Estoques ............................................................................................... 87

  • 8

    3.9.1 Nveis e periodicidade das informaes ........................................................................... 89

    3.9.2 Informaes Gerenciais .................................................................................................... 91

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS .............................................................................................. 98

    ANEXOS......................................................................................................................................... 101

  • 9

    LISTA DE GRFICOS E FIGURAS

    Figura 1: Organograma da Frmacia ........................................................................................ 15

    Grfico 1: Despesas Mensais .................................................................................................... 54 Grfico 2: Margem de Contribuio Unitria MCU ............................................................. 63 Grfico 3: Margem de Contribuio Total - MCT ................................................................... 64 Grfico 4: Margem de Contribuio Unitria pelo Preo de Venda Orientativo ..................... 68 Grfico 5: Margem de Contribuio Total pelo Preo de Venda Orientativo .......................... 69 Grfico 6: Ponto de Equilbrio de cada produto pelo Preo de Venda Praticado ..................... 75 Grfico 7: Ponto de Equilbrio de cada produto pelo Preo de Venda Orientativo.................. 78 Grfico 8: Margem de Segurana Operacional pelo Preo de Venda Praticado ...................... 81 Grfico 9: Margem de Segurana Operacional pelo Preo de Venda Orientativo ................... 84

  • 10

    LISTA DE QUADROS

    Quadro 1: Diferenas entre a contabilidade gerencial e a contabilidade financeira ................. 25 Quadro 2: Medicamentos e Perfumarias da Farmcia utilizados nas anlises. ........................ 46 Quadro 3: Valor do ICMS Substituio Tributria de cada produto. ....................................... 48 Quadro 4: Clculo do Custo de Aquisio de cada produto ..................................................... 50 Quadro 5: Clculo do custo com salrios e encargos sociais trabalhistas mensais .................. 52 Quadro 6: Clculo da depreciao anual e mensal ................................................................... 53 Quadro 7: Levantamento das despesas mensais ....................................................................... 53 Quadro 8: Faturamento Mensal dos Produtos em Estudo ........................................................ 55 Quadro 9: Clculo do Mark-up ................................................................................................. 57 Quadro 10: Clculo do Preo de Venda Orientativo ................................................................ 58 Quadro 11: Margem de Contribuio Unitria e Total dos Produtos pelo Preo Praticado ..... 60 Quadro 12: Margem de Contribuio Unitria e Total dos Produtos pelo Preo Orientativo.. 67 Quadro 13: Resultado Lquido de cada produto pelo Preo de Venda Praticado..................... 69 Quadro 14: Resultado Lquido dos produtos de perfumaria pelo Preo de Venda Orientativo71 Quadro 15: Ponto de Equilbrio sobre o Preo de Venda ......................................................... 73 Quadro 16: Ponto de Equilbrio sobre o Preo Orientativo ...................................................... 76 Quadro 17: Margem de Segurana Operacional sobre Preo de Venda Praticado .................. 79 Quadro 18: Margem de Segurana Operacional sobre Preo Orientativo................................ 82 Quadro 19: Rotatividade do Estoque da Farmcia ................................................................... 87 Quadro 20: Nveis e periodicidade das informaes ................................................................ 89

  • 11

    LISTA DE ANEXOS

    ANEXO 1: BALANO PATRIMONIAL DA FARMCIA(ORIGINAL) ....................................... 102 ANEXO 2: BALANO PATRIMONIAL DA FARMCIA (ATUALIZADO) ................................ 104 ANEXO 3: ANLISE VERTICAL DO BALANO PATRIMONIAL DA FARMCIA ................ 106 ANEXO 4: ANLISE HORIZONTAL DO BALANO PATRIMONIAL DA FARMCIA .......... 108

  • 12

    INTRODUO

    A contabilidade gerencial uma das reas que a cincia contbil disponibiliza muito importante, pois ela um instrumento indispensvel na tomada de decises do dia a dia da empresa.

    A contabilidade gerencial um processo que produz informaes para os diversos nveis da empresa e atravs destas informaes so tomadas as decises com mais segurana fazendo com que a empresa cresa e se torne competitiva.

    As empresas de pequeno porte normalmente no possuem um controle gerencial que fornea as informaes contbeis gerenciais para tomada de decises, por isso este trabalho foi realizado em uma farmcia comercial que, neste momento, no possui nenhum tipo de controle gerencial, assim atravs deste trabalho poder contribuir para o crescimento da mesma.

    Para que os objetivos propostos neste trabalho sejam alcanados, desenvolveu-se no primeiro capitulo a contextualizao do estudo, que se constitui na rea de conhecimento contemplada, a caracterizao da empresa, a problematizao, os objetivos, a justificativa e a metodologia.

    No segundo capitulo foi apresentada a reviso bibliogrfica, onde foram aprofundados temas como contabilidade, contabilidade gerencial, custos, anlise de balanos, sistemas de informaes.

  • 13

    No terceiro capitulo foi desenvolvido o estudo aplicado, onde foi demonstrado as informaes referentes a empresa em estudo, foi calculado todos os custos e despesas da farmcia, a margem de contribuio unitria, total, ponto de equilbrio, margem de segurana operacional, foi analisado os balanos horizontal e vertical dos anos de 2007, 2008 e 2009 e analisado os sistemas de informaes da farmcia.

    E por fim, aps todas as anlises so apresentadas a concluso, seguida das referncias bibliogrficas utilizado durante toda a pesquisa.

  • 14

    1. CONTEXTUALIZAO DO ESTUDO

    Neste capitulo consta a contextualizao do estudo que apresenta a definio da rea contemplada, a caracterizao da organizao, a problematizao do tema, os objetivos, a justificativa e a metodologia do trabalho.

    1.1. rea de Conhecimento Contemplada

    A Cincia Contbil uma rea do conhecimento que tem por objetivo estudar, controlar, organizar, registrar e interpretar os fatos ocorridos no patrimnio das entidades nos aspectos quantitativo e qualitativo. Neste sentido o profissional de contabilidade possui diversas alternativas de atuao profissional, uma delas a contabilidade gerencial que a partir dos dados e informaes constantes na contabilidade, analisa, interpreta e transforma em informaes gerenciais que so substanciais na gesto da empresa.

    Com base no exposto, o tema Trabalho de Concluso do Curso estudar a Aplicao da Contabilidade Gerencial na Gesto de uma Farmcia Comercial.

    1.2. Caracterizao da Organizao

    A empresa objeto deste estudo uma farmcia comercial, ela iniciou suas atividades em 15 de agosto de 2000, na cidade de Santa Rosa, constituda por dois scios, um possui 70% das participaes e outro 30% sendo este farmacutico. Possui alm dos dois scios, mais cinco funcionrios, um gerente, uma funcionria formada em tcnico em enfermagem, duas atendentes e uma faxineira. O prdio onde est localizada alugado. A contabilidade feita por um escritrio terceirizado.

    A farmcia est enquadrada em Empresa de Pequeno Porte, seu faturamento mensal de R$ 85.000,00 sendo optante pelo sistema simples gacho, os produtos comercializados so medicamentos, perfumaria, e material de higiene, sendo sua principal receita a venda de medicamentos. Seus clientes so os moradores da cidade e seus principais fornecedores so Santa Cruz, Panarello, Riomed, Gensio Mendes.

  • 15

    A seguir apresentado o organograma da estrutura organizacional da Farmcia.

    Figura 1: Organograma da Frmacia Fonte: dados conforme pesquisa

    Conforme o organograma da figura 1 pode-se identificar os trs nveis organizacionais da farmcia. O nvel estratgico, que so os scios, o nvel ttico que o gerente e o nvel operacional que so os atendentes.

    1.3. Problematizao do Tema

    A contabilidade gerencial um importante instrumento de planejamento, avaliao, controle e tomada de decises numa organizao. Atravs da contabilidade gerencial obtm-se as informaes necessrias para a empresa, como de custos dos recursos para se produzir, fabricar, vender e entregar um produto ou servio aos clientes, lucratividade dos produtos, liquidez da empresa, desempenho de gerentes, de unidades operacionais, financeiro, econmico e competitivo de longo prazo, condies de mercado, preferncias dos clientes e inovaes tecnolgicas.

    Diante da globalizao e do avano tecnolgico, a competitividade est cada vez mais acirrada oferecendo servios e produtos diferenciados, assim para que as empresas tornem-se

    Scio 70%

    Scio 30% e

    Farmacutico

    Gerente

    Atendente Atendente Atendente Faxineira

  • 16

    competitivas precisam ter uma contabilidade gerencial que fornea informaes geis e seguras para a tomada de decises.

    Neste sentido, a farmcia objeto deste estudo no possui um sistema gerencial que processa os dados contbeis e transforma em informaes necessrias para o gerenciamento da mesma. Atualmente ela gerenciada por uma pessoa que possui experincia neste ramo de atividade e com base em alguns controles e rotinas, vai conduzindo o negcio.

    Diante dos fatos relatados surge a seguinte questo de estudo: Qual a contribuio da utilizao de instrumentos gerenciais na tomada de decises em uma farmcia comercial?

    1.4. Objetivos

    Os objetivos definem o tipo de pesquisa realizada, delimitando a rea de investigao e servindo de referncia para o desenvolvimento na indagao levantada na problematizao do tema. Sendo assim, divide-se em objetivo geral e objetivos especficos.

    1.4.1 Objetivo Geral

    Desenvolver um sistema de contabilidade gerencial em uma farmcia comercial que proporcione informaes relevantes para a gesto da mesma.

    1.4.2 Objetivos Especficos

    - Revisar a literatura referente a contabilidade gerencial, contabilidade de custos, anlise de balano e sistemas de informaes.

    - Descrever os sistemas e os subsistemas de informaes da farmcia.

    - Apurar os indicadores gerenciais.

  • 17

    - Analisar as informaes contbeis gerenciais apuradas e a efetiva utilizao na gesto da farmcia.

    1.5 Justificativa

    As empresas precisam se adaptar aos novos paradigmas do mercado globalizado, o mercado sofre constantes mudanas e a competitividade das empresas aumenta cada vez mais, por isso a realizao de uma contabilidade gerencial eficiente e confivel imprescindvel para a empresa tomar suas decises, e conseguir se estabelecer no mercado.

    A farmcia objeto de estudo no possui nenhum sistema de controle que fornea as informaes necessrias para o gerenciamento da mesma, neste sentido este trabalho importante para que ela possa obter estas informaes para tomar suas decises no dia-a-dia e se tornar mais competitiva.

    Como futura Contadora este trabalho foi muito importante, pois possibilitou ampliar meus conhecimentos em contabilidade, principalmente em contabilidade de custos, anlise de balanos e sistema de informaes, proporcionando uma viso mais ampla sobre contabilidade gerencial, assim podendo suprir as dvidas, necessidades que possa encontrar na vida profissional.

    Para o curso de Cincias Contbeis e para a universidade, como para outros usurios este trabalho poder servir como fonte de pesquisa, e tambm como estimulo para novos trabalhos neste ramo de atividade.

    1.6 Metodologia

    De acordo com Gil (1999, p.26) pode-se definir mtodo como caminho para se chegar a determinado fim. E mtodo cientfico como o conjunto de procedimentos intelectuais e tcnicos adotados para se atingir o conhecimento. A metodologia abrange a classificao da pesquisa, o sistema de coleta de dados e por ltimo o plano de anlise.

  • 18

    1.6.1 Classificao da Pesquisa

    O presente estudo se propos aprofundar os conhecimentos na rea de custos, anlise de balanos e sistemas de informaes gerenciais com o objetivo de auxiliar na gesto da farmcia.

    1.6.1.1 Do Ponto de Vista de sua Natureza

    A pesquisa se classifica do ponto de vista de sua natureza como pesquisa aplicada. De acordo com Gil (1999, p.43) tem como caracterstica fundamental o interesse na aplicao, utilizao e conseqncias prticas dos conhecimentos. Est voltada para interesses e verdades locais.

    1.6.1.2 Quanto Forma de Abordagem do Problema

    Quanto forma de abordagem do problema a pesquisa se classifica como qualitativa.

    Pesquisa Qualitativa segundo Oliveira (2004, p. 116) difere do quantitativo pelo fato de no empregar dados estatsticos como centro no processo de anlise de um problema. A diferena est no fato de que o mtodo qualitativo no tem pretenso de numerar ou medir unidades ou categorias homogneas.

    1.6.1.3 Do Ponto de Vista de seus Objetivos

    Do ponto de vista dos objetivos a pesquisa se classifica em pesquisa exploratria e descritiva.

    Segundo Gil (1999, p.43) as pesquisas exploratrias tm como finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idias, tendo em vista, a formulao de problemas mais precisos ou hipteses pesquisveis para estudos posteriores. Habitualmente envolvem levantamento bibliogrfico e documental, entrevistas no padronizadas e estudos de caso.

  • 19

    Pesquisa descritiva de acordo com Gil (1999, p.44) tem o objetivo primordial a descrio das caractersticas de determinada populao ou fenmeno ou o estabelecimento de relaes entre variveis. So inmeros os estudos que podem ser classificados sob este ttulo e uma de suas caractersticas mais significativas est na utilizao de tcnicas padronizadas de coleta de dados.

    1.6.1.4 Do Ponto de Vista dos Procedimentos Tcnicos

    A pesquisa se classifica em pesquisa bibliogrfica, documental e estudo de caso.

    A pesquisa bibliogrfica de acordo com Gil (1999, p.65) desenvolvida a partir de material j elaborado, constitudo principalmente de livros e artigos cientficos. Atualmente tambm com material disponvel na internet.

    A pesquisa documental segundo Gil (1999, p. 66) vale-se de materiais que no receberam ainda um tratamento analtico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa. Podemos citar como exemplos relatrios da diretoria, balanos patrimoniais.

    O estudo de caso conforme Gil (1999, p. 72) caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir o seu conhecimento amplo e detalhado, tarefa praticamente impossvel mediante os outros tipos de delineamento considerados. Melhor conceituado por Yin apud Gil (1999, p.73) o estudo de caso um estudo emprico que investiga um fenmeno atual dentro do seu contexto da realidade, quando as fronteiras entre o fenmeno e o contexto no so claramente definidas e no qual so utilizadas das vrias fontes de evidncia.

    1.6.2 Plano de Coleta de Dados

    Para Roesch (2006, p.128) um projeto pode combinar tcnicas desenvolvidas em um ou outro paradigma. Trata-se de coleta de dados primrios, atravs de entrevistas, questionrios, observao ou testes, importante especificar nesta seo a fonte dos dados (a

  • 20

    populao que ser entrevistada e os documentos que sero analisados), quando estes so levantados e atravs de que instrumentos.

    No caso deste trabalho na rea de contabilidade gerencial foi preciso especificar a origem dos dados dos custos dos produtos, das informaes dos balanos patrimoniais e sistemas de informaes. Isto foi realizado atravs de documentos, relatrios e informaes fornecidas pelos scios da farmcia.

    1.6.3 Plano de Anlise e Interpretao dos Dados

    Este trabalho foi realizado na rea contbil gerencial de uma farmcia com objetivo de analisar os custos dos produtos, os balanos patrimoniais e os sistemas de informaes a fim de ajudar na tomada de decises da mesma. Aps coletar os dados necessrio que os mesmos sejam analisados e interpretados para ver se o problema foi resolvido e os objetivos alcanados, pois atravs desses dados e informaes obtidos no processo de pesquisa possvel atravs de grficos e tabelas constatar a necessidade de informaes gerenciais para que os gestores da empresa se instrumentalizem diante da gesto de suas atividades.

    A anlise tem como objetivo organizar e sumariar os dados de forma tal que possibilitem o fornecimento de respostas ao problema proposto para a investigao. A interpretao tem como objetivo a procura do sentido mais amplo das respostas, o que feito mediante sua ligao a outros conhecimentos anteriores obtidos (GIL, 1999, p. 168).

    Por meio das entrevistas informais com os scios e gerente, funcionrios e com o respectivo contador, foram coletados dados, e estes foram analisados atravs de planilhas, grficos e indicadores para quantificar os dados que foram analisados, tabulados e transformados em informaes que respondam o objetivo do estudo.

  • 21

    2. REVISO BIBLIOGRFICA

    O presente TCC apresenta na seqncia a reviso bibliogrfica referente ao tema abordado nesta pesquisa, envolvendo a contabilidade gerencial uma das reas de atuao profissional, que envolve uma pesquisa ampla sobre contabilidade de custos, anlise de balanos, as quais foram pesquisadas por meio de livros publicados, artigos, revistas e outros.

    2.1 Contabilidade

    A seguir apresenta-se o conceito, as finalidades e campos de atuao da contabilidade. So citados autores com Basso, Franco e Lopes de S, estes importantes pessoas da contabilidade.

    2.1.1 Conceito

    A contabilidade uma cincia social, ela concilia conhecimentos que visam controlar o patrimnio de uma entidade. Dentre vrios conceitos,

    Entendemos que contabilidade, como um conjunto ordenado de conhecimentos, leis, princpios e mtodo de evidenciao prprios, a cincia que estuda, controla e observa o patrimnio das entidades nos seus aspectos quantitativo (monetrio) e qualitativo (fsico) e que, como conjunto de normas, preceitos e regras gerais, se constitu na tcnica de coletar, catalogar e registrar os fatos que nele ocorrem, bem como de acumular resumir e revelar informaes de suas variaes e situao, especialmente de natureza econmico-financeira. (BASSO, 2005, p.22)

    De acordo com Franco apud Basso (2005, p. 22),

    Contabilidade a cincia que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimnio das entidades, mediante o registro, a demonstrao expositiva e a revelao desses fatos, com o fim de oferecer informaes sobre a composio do patrimnio, suas variaes e o resultado econmico decorrente da gesto da riqueza patrimonial.

    Conforme S (2002, p.46), Contabilidade a cincia que estuda os fenmenos patrimoniais, preocupando-se com realidades, evidncias e comportamentos dos mesmos, em relao eficcia funcional das clulas sociais.

  • 22

    Neste sentido a contabilidade a cincia que fornece informaes do patrimnio da empresa para seus administradores, assim conseguem verificar a realidade que a empresa se encontra.

    2.1.2 Finalidade

    O principal objeto da contabilidade o patrimnio, conforme Basso (2005, p.24) a contabilidade tem como finalidade fundamental gerar informaes de ordem fsica, econmica e financeira sobre o patrimnio, com nfase para o controle e planejamento. Ainda segundo o autor

    A informao, dado relevante que evidencia algo importante no processo decisrio das entidades, preocupao constante de executivos, administradores e demais pessoas que tomam decises no dia-a-dia das organizaes. Hoje, mais do que antes, recai sobre a Contabilidade a tarefa de produzir informaes, especialmente sobre aspectos do seu objeto de estudo, ou seja, sobre o patrimnio e suas variaes (BASSO, 2005, p.25).

    De acordo com S (2002, p.94),

    A contabilidade, sendo a cincia apta para contribuir, por meio de modelos prosperidade das aziendas, pode ensejar a prosperidade do todo social, ou seja, a cincia competente para construir a prosperidade social a partir da somatria das unidades.

    Enfim, a contabilidade fundamental para a tomada de decises e a prosperidade da empresa.

    2.1.3 Campos de Atuao

    Um profissional da contabilidade tem muitas opes de trabalho, segundo Basso (2005, p.27)

    Tendo como objeto o patrimnio, pode-se afirmar que o campo da contabilidade o mais amplo possvel, pois onde existir um patrimnio definido e perfeitamente delimitado, pode tambm estar a se definido um campo de aplicao da contabilidade: micros, pequenas, mdias e grandes empresas pblicas e privadas, entidades de fins ideais (sociais, culturais, recreativas, desportivas e outras),

  • 23

    propriedades rurais e pessoas fsicas em geral representam o amplo campo de aplicao da contabilidade.

    Os principais campos de aplicao da contabilidade podem-se classific-los nos seguintes ramos: contabilidade comercial, industrial, pblica, bancria, rural, cooperativas, seguradoras, fundaes, construtoras, hospitalar, condomnios entre outras.

    Assim em todos esses campos de atuao a contabilidade gerencial fundamental para o andamento e crescimento dessas instituies, ela fornece as informaes necessrias para a tomada de decises do dia a dia.

    2.2 Contabilidade Gerencial

    Entre os vrios campos de atuao da contabilidade est a contabilidade gerencial, que nos dias atuais tem sido uma ferramenta de informaes indispensvel para a sobrevivncia das empresas.

    2.2.1 Conceito

    A contabilidade gerencial hoje um dos segmentos da cincia contbil, talvez o primeiro, em que se verificam os maiores esforos de pesquisa em todo o mundo, segundo Padoveze (2000, p. 23) ela se caracteriza por ser uma rea contbil autnoma, pelo tratamento dado informao contbil, enfocando planejamento, controle e tomada de deciso, e por seu carter integrativo dentro de um sistema de informao contbil.

    Segundo Iudcibus, (1998, p.21)

    A contabilidade gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como um enfoque especial conferido a vrias tcnicas e procedimentos contbeis j conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na anlise financeira e de balanos etc., colocados numa perspectiva diferente, num grau de detalhe mais analtico ou numa forma de apresentao e classificao diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das entidades em seu processo decisrio.

  • 24

    J segundo a Associao Nacional dos Contadores dos Estados Unidos, atravs de seu relatrio nmero 1A, apud Padoveze (2000, p.27),

    contabilidade gerencial o processo de identificao, acumulao, anlise, preparao, interpretao e comunicao de informaes financeiras utilizadas pela administrao para o planejamento, avaliao e controle dentro de uma organizao e para assegurar e contabilizar o uso apropriado de seus recursos.

    Percebe-se assim que a contabilidade gerencial indispensvel para a gesto de negcios.

    2.2.2 Aplicao e Finalidade

    A contabilidade gerencial aplicada em todos os setores da empresa, uma fonte de informaes para todos os nveis hierrquicos da empresa.

    Contabilidade gerencial deve suprir, atravs do sistema de informao contbil gerencial, todas as reas da companhia. Como cada nvel de administrao dentro da empresa utiliza a informao contbil de maneira diversa, cada qual com um nvel de agregao diferente, o sistema de informao contbil gerencial dever providenciar que a informao contbil seja trabalhada de forma especfica para cada segmento hierrquico da companhia. (PADOVEZE, 2000, p.34)

    Conforme Crepaldi, (1998, p.18)

    Contabilidade gerencial o ramo da contabilidade que tem por objetivo fornecer instrumentos aos administradores de empresas que os auxiliem em suas funes gerenciais. voltada para a melhor utilizao dos recursos econmicos da empresa, atravs de um adequado controle dos insumos efetuado por um sistema de informao gerencial.

    Em consoante com Santos et al (2002, p.5)

    Auxiliar a gerncia na tomada de decises o objetivo precpuo da contabilidade gerencial, a identificao dos fatos contbeis e sua quantificao para estabelecer as diretrizes a serem adotadas pelos administradores devem acompanhar passo a passo o cotidiano empresarial. Neste particular compete ao contador gerencial evidenciar aquilo que relevante ou irrelevante para ser objeto de anlise, alis, a simples aglomerao de dados algo extremamente simples de se obter atravs dos atuais sistemas de informaes computacionais, a relevncia da contabilidade gerencial reside na identificao daquilo que realmente vai fazer a diferena na deciso de fabricar um bem ou adquirir de terceiros, deixar de produzir uma linha de produtos, terceirizar, enfim, cabe ao contador atuar para subsidiar o modelo para a deciso entre diferentes linhas de ao

  • 25

    A contabilidade gerencial tem como objetivo auxiliar as empresas na tomada de decises, este auxilio deve acompanhar o cotidiano da empresa, assim compete ao contador evidenciar o que relevante e irrelevante e fornecer as informaes que realmente vo fazer a diferena na tomada da deciso.

    2.2.3 Contabilidade Gerencial e Contabilidade Financeira

    A diferena entre a contabilidade gerencial e financeira segundo Warren, Reeve e Fess (2008) so, as informaes da contabilidade financeira so relatadas em demonstrativos financeiros teis para pessoas ou instituies de fora ou externas empresa j as informaes da contabilidade gerencial incluem dados histricos e estimados, usados pela administrao na conduo de operaes dirias, no planejamento de operaes futuras e no desenvolvimento de estratgias integradas de negcios. Entretanto, segundo Horngren et al. (2000, p.2), a Contabilidade Gerencial tambm direcionada as partes externas, onde os administradores cada vez mais compartilham a informao contbil com os fornecedores e clientes.

    O quadro apresentado por Padoveze (1994 p. 24) traz a comparao entre a contabilidade gerencial e a contabilidade financeira.

    Quadro 1: Diferenas entre a contabilidade gerencial e a contabilidade financeira

    Fator Contabilidade Financeira Contabilidade Gerencial Usurios dos relatrios Externos e Internos Internos

    Objetivo dos relatrios Facilitar a anlise financeira para as necessidades dos usurios externos

    Objetivo especial de facilitar o planejamento, controle, avaliao de desempenho e tomada de deciso internamente

  • 26

    Fonte: Padoveze, 1994, p.24.

    Forma dos relatrios Balano Patrimonial, Demonstrao dos Resultados, Demonstrao das Origens e Aplicaes de Recursos e Demonstrao

    das Mutaes do Patrimnio Lquido

    Oramentos, contabilidade por responsabilidade, relatrios de desempenho, relatrios de custo, relatrios especiais no rotineiros para facilitar a tomada de deciso

    Frequncia dos relatrios Anual, trimestral e ocasionalmente mensal

    Quando necessrio pela administrao

    Custos ou valores utilizados Primeiramente histricos (passados)

    Histricos e esperados (previstos)

    Bases de mensurao usadas para quantificar os dados

    Moeda corrente Vrias bases (moeda corrente, moeda estrangeira moeda forte, medidas fsicas, ndices etc.)

    Restries nas informaes

    fornecidas Princpios Contbeis Gerencialmente Aceitos

    Nenhuma restrio, exceto as

    determinadas pela administrao

    Arcabouo terico e tcnico Cincia Contbil Utilizao pesada de outras disciplinas, como economia, finanas, estatsticas, pesquisa operacional e

    comportamento organizacional

    Caractersticas da informao fornecida

    Deve ser objetiva (sem veis), verificvel, relevante e a tempo

    Deve ser relevante e a tempo, podendo ser subjetiva, possuindo menos verificabilidade menos preciso

    Perspectiva dos relatrios Orientao histrica Orientada para o futuro para facilitar o planejamento, controle e avaliao de desempenho antes do fato (para impor metas), acoplada com uma orientao histrica para avaliar os resultados reais (para o controle posterior do fato)

  • 27

    Enfim os mtodos da contabilidade gerencial e financeira foram desenvolvidos para diferentes propsitos e diferentes usurios das informaes.

    2.3 Contabilidade de Custos

    Uma importante ferramenta da contabilidade gerencial para a tomada de decises a contabilidade de custos. A contabilidade de custos aponta o preo orientativo para gerao da margem de lucro desejada, alm de apontar o preo mnimo de venda do produto e quantidade mnima que a empresa deve vender.

    Segundo Vieira, Rossi e Pocai (2003, p.35)

    dentre as ferramentas que podem auxiliar o gestor no processo decisrio pode-se citar: os sistemas de custeio e anlise de custos, do volume e do lucro como margem de contribuio, ponto de equilbrio e margem de segurana, que se constituem em importantes instrumentos da contabilidade gerencial.

    Portanto no decorrer deste trabalho ser abordado estas ferramentas da contabilidade de custos enfocando para o gerenciamento de uma empresa no ramo comercial.

    2.3.1 Conceito e finalidade

    Dentre vrios conceitos, Warren, Reeve e Fess (2008, p.4) Custo um desembolso de caixa,ou seu equivalente, ou o compromisso de pagar em espcie no futuro, com o propsito de gerar receita.

    Segundo Berto e Beulke (2005, p.22)

    Custo uma expresso monetria que deve ter uma menor quantidade final, boa, vendvel de produtos/servios para repor fisicamente, ao trmino de cada ciclo operacional, uma maior quantidade inicial de insumos e consumos do prximo ciclo.

    J de acordo com Bomfim e Passarelli (2008, p.49) Custos so gastos diretamente relacionados com a produo dos bens e servios destinados, pela empresa comercializao.

    Segundo Leone (2008, p. 21)

  • 28

    A contabilidade de custos uma atividade que se assemelha a um centro processador de informaes, que recebe (ou obtm) dados, acumula-os de forma organizada, analisa-os e interpreta-os, produzindo informaes de custos para os diversos nveis gerenciais.

    Ainda de acordo com Leone (2008), a contabilidade de custos fornece informaes tomada de decises de todos os tipos, desde as operaes repetitivas ou no, como ainda ajuda na formulao das polticas das organizaes.

    2.3.2 Custo na Atividade Comercial

    O atual cenrio competitivo, onde as empresas esto inseridas, exige dos gestores uma maior importncia dada s questes relativas aos custos. Essa preocupao no decorre apenas nas empresas industriais e de servios, mas tambm nas empresas comerciais.

    2.3.2.1 Conceito e Finalidade

    Para Bomfim e Passarelli (2008, p.160), Entende-se por custo comercial o total dos dispndios monetrios (imediatos ou futuros) nos quais a empresa incorre para obteno de uma mercadoria ou de um servio.

    Mais simplificado Bernardi (1996, p.102) para qualquer atividade comercial, custos referem-se aos gastos efetuados na compra de mercadorias, objeto da comercializao, que iro gerar as vendas e o resultado da empresa.

    De acordo com Bomfim e Passarelli (2008, p.161),

    Sendo a atividade comercial caracterizada pela compra e venda de mercadorias com objetivo de lucro, o custo comercial dever ser apurado de forma a evidenciar o custo, a receita e o lucro das mercadorias vendidas.

    Ainda de acordo com os autores

    O custo comercial compreende os clculos feitos por meio de fichas ou registros prprios, com o objetivo de determinar o preo de aquisio das mercadorias objeto de compra e venda, assim como as despesas diretamente relacionadas com essas

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    operaes, tais como transporte, impostos, comisses etc. (BOMFIM E PASSARELLI, 2008, p.161)

    Segundo Berto e Beulke (2005) os custos no comrcio podem ser configurados em dois grandes grupos: Custos relativos aquisio das mercadorias e despesas relativas venda das mercadorias. Assim esto conceituados a seguir.

    2.3.2.2 Custos Relativos Aquisio das Mercadorias

    Estes custos so todos os gastos incorridos na compra da mercadoria at o momento que est disposio da empresa.

    Segundo Bonfim e Passarelli (2008, p.160)

    Na atividade comercial o preo de aquisio do produto influi direta e poderosamente no preo de venda, constituindo o aspecto bsico do custo total da mercadoria, apenas acrescido pelos valores provenientes das despesas diretamente relacionadas com a atividade comercial e pelo mark-up.

    Concluindo custos relativos aquisio das mercadorias so gastos incorridos na obteno das mercadorias destinadas revenda pelas empresas comerciais.

    2.3.2.3 Despesas Relativas Venda de Mercadorias

    As despesas relativas venda de mercadorias so as despesas como o prprio nome diz que so feitas para que o produto possa ser vendido.

    Conforme Berto e Beulke (2005, p.43),

    As despesas relativas venda das mercadorias, como o prprio nome indica, referem-se s despesas incidentes no ato da venda. Constituem custos variveis diretos de venda: as despesas financeiras do giro, as despesas diretas com vendas e as despesas tributrias diretas.

    Estas despesas so tributrias Diretas, Despesas Diretas de Vendas e Despesas Financeiras do giro. Nas despesas tributrias so dedutveis os impostos e os juros de mora. Segundo Bert e Beulke (2005) H duas categorias para clculo de custos em termos de

  • 30

    despesas tributrias, as despesas tributrias no vinculadas diretamente ao valor da venda, que so as despesas de natureza indireta e as despesas tributrias relacionadas diretamente com o valor e o volume de vendas.

    As despesas de vendas tambm constituem dois grupos diferenciados que so as despesas de vendas no associadas diretamente ao preo ou ao volume e as despesas diretas de vendas. Como exemplos temos as despesas com comisses de vendas, os fretes de entrega de mercadorias.

    Em conformidade com Bert e Beulke (2005, p.44) As despesas de vendas so, conforme j mencionado, de natureza varivel, incidindo diretamente sobre o preo de venda das mercadorias, integrando portanto, o marcador, ou markup.

    De acordo com Bert e Beulke (2005) As despesas financeiras de giro esto divididas em dois grandes grupos, as relativas ao financiamento do ativo permanente, como exemplo s edificaes e aquisio de mercadorias e as relativas ao financiamento do ativo circulante que so as que financiam o ciclo operacional, estocagem, prazo de vendas.

    2.3.3 Os Componentes Fixos do Custo no Comrcio

    So os custos que a empresa tem para manter o seu funcionamento.

    A rigor, as despesas fixas existem em todas as reas das organizaes comerciais. So despesas necessrias ao funcionamento da estrutura, e a sua ocorrncia est mais atrelada a um perodo de tempo do que ao volume de vendas. Constituem exemplos tpicos das despesas fixas os aluguis (em sua forma convencional), os seguros, os honorrios administrativos, a depreciao etc. (BERT E BEULKE, 2005, p.46)

    Os componentes fixos no comrcio so divididos em despesas operacionais e despesas administrativas.

    2.3.3.1 Despesas Operacionais

    As despesas operacionais so as despesas necessrias atividade da empresa e manuteno da mesma. De acordo com Bert e Beulke (2005, p.46),

  • 31

    Despesas operacionais so todas as despesas incorridas para dar, direta ou indiretamente, sustentao estrutural com vistas realizao das operaes inerentes ao alcance dos objetivos das organizaes comerciais (fundamentalmente a compra e a venda de mercadorias). No comrcio, ao contrrio de outros setores da economia, essas despesas so fixas.

    Essas despesas, no comrcio independente das vendas sero sempre so fixas.

    2.3.3.2 Despesas Administrativas

    So as despesas que decorrem do esforo desenvolvido pela empresa no sentido de cumprir eficazmente as suas funes administrativas de planejamento, organizao e controle.

    Segundo Bert e Beulke (2005, p.46),

    As despesas administrativas compreendem todas as despesas relativas atividade de administrar a organizao comercial no seu mais amplo sentido. Essas despesas, em sua maioria, costumam ter uma natureza fixa em qualquer setor da economia.

    Enfim despesas administrativas so as despesas obtidas pela administrao da empresa.

    2.3.3.3 Depreciao

    Depreciao do imobilizado representa segundo Santos (2009, p.109) a remunerao pelo trabalho prestado, que resulta da perda de eficincia em funo da vida til mdia esperada.

    Ainda de acordo com Santos (2009, p.110) o bem depreciado em funo do uso e da ao de elementos da natureza, que poder torn-lo inadequado, e tambm obsoleto, em razo do aparecimento de tecnologias mais avanadas.

    A depreciao utilizada devido o desgaste dos bens, assim o bem depreciado at que o seu valor tenha sido reduzido zero.

  • 32

    2.3.3.4 Custo com Pessoal

    O Custo com mo de obra segundo Martins (2001, p.143) aquela relativa ao pessoal que trabalha diretamente sobre o produto em elaborao, desde que seja possvel a mensurao do tempo despendido e a identificao de quem executou o trabalho, sem necessidade de qualquer apropriao indireta ou rateio. Se houver qualquer tipo de alocao por meio de estimativas ou divises proporcionais, desaparece a caracterstica de direta.

    No custo com as pessoas devemos considerar o salrio base, os adicionais, proviso de 13, proviso de frias, proviso de 1/3 de frias, o FGTS.

    2.3.3.5 O Sistema de Custeio Varivel Aplicado no Comrcio

    O custeio varivel consiste conforme Santos (2009, p.71) na apropriao de todos os custos de produo aos produtos elaborados de forma direta e indireta (rateios).

    Bruni e Fam (2004, p.212) argumentam que o processo de formao de custos com base apenas nos gastos variveis facilita a tomada de decises. Custos e despesas fixas nunca so rateados.

    Padoveze (1994, p.235) traz as vantagens do custeio varivel

    a) O custo dos produtos so mensurveis objetivamente, pois no sofrero processos arbitrrios ou subjetivos de distribuio dos custos comuns; b) O lucro lquido no afetado por mudanas de incremento ou diminuio de inventrios; c) Os dados necessrios para a anlise das relaes custo volume - lucro so rapidamente obtidas do sistema de informao contbil; d) mais fcil para os gerentes industriais entenderem o custeamento dos produtos sob o custeio direto, pois os dados so prximos da fbrica e de sua responsabilidade, possibilitando a correta avaliao de desempenho setorial; e) O custeamento direto totalmente integrado com custo-padro e oramento flexvel, possibilitando o correto controle de custos; f) O custeamento direto constitui um conceito de custeamento de inventrio que corresponde diretamente com os dispndios necessrios para manufaturar os produtos; g) O custeamento direto possibilita mais clareza no planejamento do lucro e na tomada de decises.

  • 33

    O sistema de custeio varivel produz informaes importantissimas como a margem de contribuio e o sistema que proporciona os subsdios necessrios para a tomada de decises nas empresas. Porm esse mtodo de custeio no aceito para demonstrativos externos, pois fere um os princpios contbeis aceito no Brasil e tambm no aceito perante a legislao do imposto de renda.

    2.3.4 Formao do Preo de Venda

    A competitividade acirrada do mercado no permite que se elabore um preo para o produto sem uma anlise completa dos custos que nele esto envolvidos.

    Conforme Wernke (2001, p.126)

    A correta formao de preos de venda questo fundamental para sobrevivncia e crescimento das empresas, independente do porte e de rea de atuao. comum observar companhias que no tm a menor noo de lucratividade proporcionada por seus produtos e servios, bem como das necessidades para atingir os respectivos equilbrios operacionais.

    Segundo Vieira, Rossi e Pocai (2003, p.40)

    A formao do preo de venda de uma mercadoria deve ser bem estudada, pois vrias questes devero ser analisadas: o preo no mercado, as polticas de venda da empresa, os prazos de pagamentos, a existncia de produtos similares no mercado, a qualidade dos produtos, as exigncias governamentais e os custos, permitindo ainda, um lucro para a empresa. Dessa forma, o empresrio deve dar ateno especial a formao do preo de venda, pois este deve ser suficiente para cobrir os custos, as despesas e deixar sobras sob a forma de lucro, no esquecendo de adequar-se ao mercado.

    Segundo Bomfim e Passarelli (2008, p.504)

    a maneira mais utilizada, na rea comercial, de determinar o preo de um produto baseia-se no princpio do mark-up ( sobremarcao) - o preo determinado adicionando-se uma margem de lucro ao custo do produto.

    De acordo com Padoveze (1994, p.293) o mark-up um multiplicador sobre o custo dos produtos, mas que obtido de relaes percentuais sobre o preo de venda.

    Mark-up = custos + despesas + impostos + lucro

  • 34

    O mark-up tem por finalidade segundo Vieira, Rossi e Pocai (2003, p.38) cobrir os custos de aquisio, as despesas fixas, as despesas variveis e os impostos, sendo que a diferena corresponde ao valor do lucro.

    Portanto um mark-up bem elaborado proporciona a empresa um preo adequado com todos os seus custos alocados, a margem de lucro desejada e ainda se adqua a realidade do mercado.

    2.3.4.1 Anlise Custo Volume Lucro

    A anlise custo volume - lucro composta pela margem de contribuio, ponto de equilbrio e margem de segurana operacional, suas anlises contribuem para o administrador tomar decises rpidas e precisas, tambm fornece informaes da real situao da empresa.

    2.3.4.2 Margem de Contribuio

    A margem de contribuio um indicador que contribui para a formao do lucro.

    De acordo com Padoveze (1994, p.243),

    Representa o lucro varivel. a diferena entre o preo de venda unitrio do produto e os custos e despesas variveis por unidade de produto. Significa que em cada unidade vendida a empresa lucrar determinado valor. Multiplicado pelo total vendido, teremos a contribuio marginal total do produto para a empresa.

    Segundo Leone (2008, p.380) A margem de contribuio a diferena entre as receitas e os custos diretos e variveis identificados a um produto, linha de produtos, servios, processos, segmentos, enfim, a cada um dos objetos em que se pode dividir a atividade de uma empresa.

    margem de contribuio se optem atravs do seguinte clculo:

    MC = PV- (CV+ DV)

  • 35

    MC = Margem de Contribuio PV = Preo de Venda CV = Custos Variveis DV= Despesas Variveis

    Leone (2008) argumenta, a margem de contribuio um indicador de grande auxilio no planejamento e na tomada de deciso, e pode ser a soluo de muitos problemas gerenciais.

    Wernke (2001, p. 44), relaciona as seguintes vantagens da margem de contribuio.

    a) um instrumento para avaliar a viabilidade de aceitao de pedidos em condies especiais. Por exemplo: quando existem restries de matria-prima ou horas de trabalho disponveis ou por preos e quantidades diferentes dos praticados; b) Ajudam a administrao a decidir que produtos devem merecer maior esforo de venda ou colocados em planos secundrios ou simplesmente tolerados pelos benefcios de vendas que possam trazer a outros produtos; c) So essenciais para auxiliar os administradores a decidirem se um segmento produtivo (ou de comercializao) deve ser abandonado ou no; d) Podem ser usadas para avaliar alternativas quanto a redues de preos, descontos especiais, campanhas publicitrias especiais e uso de prmios para aumentar o volume de vendas. As decises desse tipo so determinadas por uma comparao dos custos adicionais, visando ao aumento da receita de venda. Quanto maior for o ndice de margem de contribuio, melhor a oportunidade de promover vendas. Quanto mais baixo o ndice, maior ser o aumento do volume de vendas necessrio para recuperar os compromissos de promover vendas adicionais; e)A margem de contribuio auxilia os gerentes a entenderem a relao entre custos, volume, preos e lucros, fundamentando tecnicamente as decises de venda; f)Basear o clculo dos preos de venda somente com dados da margem de contribuio pode resultar em valores que no cubram todos os custos necessrios para manter as atividades a longo prazo; g) til para a tomada de decises de curto prazo, mas pode levar o administrador a menosprezar a importncia dos custos fixos.

    Pode-se perceber que a margem de contribuio contribui para que a empresa tome as decises, se ou no vantagem fazer determinada venda.

    2.3.4.3 Ponto de Equilbrio

    O Ponto de equilbrio calcula a quantidade mnima que a empresa deve operar para no ter prejuzo.

    Segundo Padoveze (1994, p.243),

  • 36

    Evidencia, em termos quantitativos, qual o volume que a empresa precisa produzir ou vender, para que consiga pagar todos os custos e despesas fixas, alm dos custos e despesas variveis que ela tem necessariamente que incorrer para fabricar\vender o produto. No ponto de equilbrio, no h lucro ou prejuzo. A partir de volumes adicionais de produo ou venda, a empresa passa a ter lucros.

    Ainda de acordo com Padoveze (1994), a informao do ponto de equilbrio importante, atravs dele que se identifica o nvel mnimo de atividade em que a empresa ou cada atividade em que a empresa ou cada diviso deve operar.

    O ponto de equilbrio calculado da seguinte forma:

    PEu = CF

    Mcu

    PEu = Ponto de Equilbrio CF = Custos Fixos

    Mcu = Margem de Contribuio Unitria

    Em consoante

    Dentre as vantagens proporcionadas pela utilizao do clculo de ponto de equilbrio, est o fato de que a partir dele o gestor poder ter uma noo de quantas unidades devero ser vendidas para se obter determinado montante de lucro, bem como os reflexos que ter no resultado da empresa se aumentar os custos fixos, alm de poder analisar qual seria a conseqncia de um determinado desconto no preo de venda, e ainda, com um aumento ou diminuio no preo de venda, saber como ficar o resultado (VIEIRA , ROSSI E POCAI,2003, p.45).

    O ponto de equilbrio proporciona a empresa as informaes sobre a quantidade mnima que necessrio vender, assim a empresa consegue verificar qual a sua situao atual.

    2.3.4.4 Margem de Segurana Operacional

    Atravs da margem de segurana operacional a empresa consegue verificar em que condies ela pode operar.

  • 37

    Segundo Warren, Reeve e Fess (2008, p.112) a diferena entre a receita de vendas atuais e as vendas no ponto de equilbrio chamada de margem de segurana, que indica o decrscimo nas vendas, o qual pode ocorrer antes de atingir um prejuzo operacional.

    De acordo com Padoveze (1994, p.260) margem de segurana pode ser definida como o volume de vendas que excede s vendas calculadas no ponto de equilbrio.

    MSO = Quantidade Vendida Quantidade no Ponto de Equilbrio

    Atravs da margem de segurana percebe-se a quantidade de unidades que a empresa tem de vender alm do ponto de equilbrio, ou seja, aps cobrir todas as despesas fixas e o custo de aquisio da mercadoria.

    2.4 Anlise de balanos

    Outra importante ferramenta para a tomada de deciso em uma empresa a anlise de balanos. Sobre anlise de balano ser abordado a anlise vertical e horizontal e indicadores de rotatividade de estoques.

    Dentre os vrios conceitos segundo Padoveze, (1994, p.115) a anlise de balanos constitui-se num processo de meditao sobre os demonstrativos contbeis, objetivando uma avaliao da situao da empresa, em seus aspectos operacionais, econmicos, patrimoniais e financeiros.

    O produto final da anlise so relatrios escritos, grficos e quadros demonstrando a situao da empresa no momento.

    2.4.1 Finalidade

    A anlise de balanos tem como objetivo fornecer diagnstico sobre a situao da empresa. Segundo Padoveze, (1994, p.115)

  • 38

    A avaliao sobre a empresa tem por finalidade detectar os pontos fortes e os pontos fracos do processo operacional e financeiro da companhia, objetivando propor alternativas de curso futuro a serem tomadas e seguidas pelos gestores da empresa.

    De acordo com Matarazzo, (2003, p.17),

    O analista de balanos preocupa-se com as demonstraes financeiras que, por sua vez, precisam ser transformadas em informaes que permitam concluir se a empresa merece ou no crdito, se vem sendo bem ou mal administrada, se tem ou no condies de pagar suas dividas, se ou no lucrativa, se vem evoluindo ou regredindo, se eficiente ou ineficiente, se ir falir ou se continuar operando. O grau de excelncia da Anlise de Balanos dado exatamente pela qualidade e extenso das informaes que conseguir gerar.

    enfatizado a anlise horizontal e vertical que nos fornece uma viso bem ampla e genrica da empresa demonstrando a participao de cada componente do balano patrimonial.

    2.3.2 Anlise Horizontal

    A anlise horizontal evidncia as modificaes ou evoluo das contas. De acordo com Padoveze (1994, p. 125), A anlise horizontal o instrumental que calcula a variao de um perodo para outro, buscando evidenciar se houve crescimento ou decrescimento do item analisado.

    Segundo Warren, Reeve e Fess (2008, p.522),

    O montante de cada conta da demonstrao mais recente comparado com outra conta ou grupos de contas relacionadas, de uma ou mais demonstraes de anos anteriores. O montante de variao, aumento ou diminuio, em termos absolutos, daquele item, listado ao lado da sua variao percentual.

    Sobre anlise horizontal Matarazo (2003, p.250) diz que seu objetivo mostrar a evoluo de cada conta das demonstraes financeiras e, pela comparao entre si, permitir tirar concluses sobre a evoluo da empresa.

    Quando forem comparadas mais de uma demonstrao se usa como base a demonstrao mais antiga.

  • 39

    2.3.3 Anlise Vertical

    A anlise vertical mostra a composio percentual e a participao de cada conta em relao a um valor base.

    Segundo Padoveze (1994, p.118), A anlise vertical anlise da estrutura da demonstrao de resultados e do balano patrimonial, buscando evidenciar as participaes dos elementos patrimoniais dentro do total.

    Ainda, de acordo com Warren, Reeve e Fess (2008, p.524), Anlise vertical a anlise percentual que pode ser utilizada para mostrar a relao de cada componente em relao ao total daquela demonstrao.

    Matarazo (2003, p. 249) afirma que o objetivo da anlise vertical ,

    mostrar a importncia de cada conta em relao demonstrao financeira a que pertence e, atravs da comparao com padres do ramo ou com percentuais da prpria empresa em anos anteriores, permitir inferir se h itens fora das propores normais.

    A anlise horizontal e vertical devem ser usadas conjuntamente para melhor anlise.

    2.3.4 Indicadores Rotatividades Estoques

    A rotatividade dos estoques baseada nas entradas e sadas do material e no estoque inicial de material. Segundo Wernke (2001, p.160)

    um dos principais fatores do sucesso da atividade varejista a gesto de estoques, que a responsvel pela utilizao da maior parte do capital de giro necessrio para administrar a loja. Existem diversas metodologias aplicveis no gerenciamento de estoques (lote econmico de compra, curva ABC de estoques etc).

    A anlise da poltica de estocagem deve comear pela definio dos dias mdios de estoque de cada mercadoria. Para calcular o dia mdio de estocagem (DE), usa-se a frmula:

    DE = (EA unid.\ VMM unid.) x 30 Onde:

  • 40

    DE = dias de estoque EA unid. = estoque atual em unidades VMM unid. = venda mdia mensal em unidades

    Objetivo principal do gerenciamento de estoques assegurar que o produto seja disponvel no tempo e nas quantidades desejadas.

    2.5 Sistemas de Informaes Gerenciais

    Alm da contabilidade de custos e anlise de balanos os sistemas de informaes tambm uma importante ferramenta para a tomada de deciso. O constante crescimento das empresas, e ao mesmo tempo o afastamento dos administradores dos nveis operacionais mais baixos faz com que a informao seja indispensvel para o andamento da empresa.

    Segundo Lieczbinski e Frohlich (1998, p.59)

    A informao , hoje, um importante recurso de gerencia empresarial. As mudanas na conjuntura econmica e social, em nvel global, acirraram a competitividade entre as organizaes, ocasionando a necessidade de utilizao constante de informaes sobre seus processos internos e externos para avaliao, controle e planejamento de atividades.

    Assim uma informao direcionada para as pessoas certas e no momento certo, proporciona um bom andamento da empresa.

    2.5.1 Conceito e Importncia

    Um sistema uma rede de componentes interdependentes que trabalham em conjunto para realizar o objetivo do sistema.

    Segundo Oliveira (2001, p.40),

    Sistemas de informaes gerenciais o processo de transformao de dados em informaes que so utilizadas na estrutura decisria da empresa, proporcionando, ainda, a sustentao administrativa para otimizar os resultados esperados.

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    Lieczbinski e Frohlich (1998, p.60) afirma que

    os sistemas de informaes so conjuntos de dados registrados e processados, com determinado objetivo, que disponibilizam informaes aos interessados. a unio de procedimentos, que visa a captao de assuntos que interessam organizao, especificamente, com intuito de auxiliar na tomada de decises.

    De acordo com Bio (1996, p.24)

    Os sistemas de informaes so conjuntos de procedimentos que visam captar o que acontece na organizao, apresentando de forma sucinta, a cada nvel o que lhe cabe e tendo por objetivo dar subsdios ao processo decisrio.

    Oliveira (2000, p.185) afirma que os sistemas de informaes gerenciais podem, sob determinadas condies, trazer os seguintes benefcios para as empresas:

    - reduo de custos das operaes; - melhoria no acesso s informaes, propiciando relatrios mais preciosos e rpidos, com menor esforo; - melhoria na produtividade, tanto setorial quando global; - melhoria nos servios realizados e oferecidos; - melhoria na tomada de decises, por meio do fornecimento de informaes mais rpidas e precisas; - estmulo de maior interao entre os tomadores de deciso; - fornecimento de melhores projees dos efeitos das decises; - melhoria na estrutura organizacional, por facilitar o fluxo de informaes; - melhoria na estrutura de poder, propiciando maior poder para aqueles que entendem e controlam o sistema; - reduo do grau de concentrao de decises na empresa; - melhoria na adaptao da empresa para enfrentar os acontecimentos no previstos, a partir das constantes mutaes nos fatores ambientais; - otimizao na prestao dos seus servios aos clientes; - melhor interao com os fornecedores; - melhoria nas atitudes e atividades dos funcionrios da empresa; - aumento do nvel de otimizao das pessoas envolvidas; - reduo dos custos operacionais; - reduo da mo-de-obra burocrtica; e - reduo dos nveis hierrquicos.

    Enfim, os sistemas de informaes so utilizados no processo decisrio da empresa, eles do a sustentao para a administrao.

    Bio (1996) classifica os sistemas em sistema de apoio s operaes e sistema de apoio gesto.

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    2.5.2 Sistema Operacional

    O sistema operacional processa transaes, controla e atualiza dados, no mbito interno e externo.

    Segundo Bio (1996, p.34), Os sistemas de apoio s operaes so tipicamente sistemas processadores de transaes, ou seja, so redes de procedimentos rotineiros que servem para o processamento de transaes recorrentes.

    Ainda segundo Bio (1996) esse sistema pode ser dividido em sistemas processadores de transaes, como folha de pagamento, de pedidos, compra, contas a receber e a pagar, e em sistemas operacionais para a tomada de decises, tais como planejamento e controle de produo, custos, contabilidade.

    2.5.3 Sistema Gesto

    O sistema de gesto so sistemas que apiam os gestores na tomada de decises. De acordo com Bio (1996, p.35) Os sistemas de apoio gesto no so orientados para o processamento de transaes rotineiras, mas existem especificamente para auxiliar processos decisrios.

    Bio (1996) cita que o sistema de gesto inclui sistemas de previses de vendas, de anlises financeiras e oramentos.

    2.5.4 Nveis do Sistema de Informaes Gerenciais

    O sistema de informaes precisa fornecer as informaes para os setores adequados, assim a empresa dividida em nveis hierrquicos.

    De acordo com Zounar, Santiago e Vieira (2007, p. 16)

    as empresas atingem, por meio da informao, um profundo conhecimento de si mesmas e de toda a sua estrutura de negcio, facilitando a sua organizao, o

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    planejamento, os controles dos processos e da gerncia. Em todos os nveis da hierarquia organizacional se faz necessria a tomada de decises, o que difere so suas complexidades e riscos.

    No sistema de informaes temos trs nveis hierrquicos, sendo eles o estratgico, o ttico e o operacional.

    O nvel estratgico de acordo com Zounar, Santiago e Vieira (2007, p.16), aquele responsvel pela absoro das informaes do ambiente externo e das informaes internas da organizao, integrando-as e construindo o planejamento estratgico.

    O nvel ttico Zounar, Santiago e Vieira (2007, p.16), tambm chamado de administrativo, aglutina as informaes de uma determinada rea da empresa, por setores, e responsvel por cuidar do relacionamento e integrao interna da organizao.

    O nvel operacional corresponde ao sistema de informaes operacionais, no qual se considera indispensvel a formalizao, por meio de documentos escritos. Este nvel responsvel pelo controle do trabalho de cada colaborador em uma unidade. So aes pessoais, nas quais se assegura que as tarefas sejam desenvolvidas efetiva e eficientemente. Que planejamento estratgico a metodologia gerencial que permite estabelecer a direo a ser seguida pela empresa, visando maior interao com o ambiente. Planejamento ttico a metodologia gerencial que tem por finalidade otimizar uma situao futura desejada de determinada rea da empresa. Planejamento operacional a formalizao das metodologias de desenvolvimento e de implementao de resultados especficos a serem alcanados pelas reas funcionais da empresa.(ZOUNAR, SANTIAGO E VIEIRA, 2007, p.16)

    Zounar, Santiago e Vieira (2007, p.16) argumentam que

    um sistema de informaes gerenciais necessita de planejamento para que seus relatrios sejam concisos e que efetivamente atendam as necessidades de seus usurios, produzindo informaes adequadas aos diferentes nveis da organizao.

    Para que a empresa possa tomar as decises corretas e de forma gil os nveis de sistemas de informaes devem estar em constante interao.

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    2.5.5 Tecnologia da Informao

    A tecnologia da informao conforme Zounar, Santiago e Vieira (2007, p. 15) um dos fatores determinantes na competitividade de uma organizao, sendo que, alm de a ela no existir obstruo e retrocessos, traz uma tendncia de aperfeioamento a cada ano.

    Segundo Padoveze (2000, p.44) a tecnologia da informao todo o conjunto tecnolgico disposio das empresas para efetivar seu subsistema de informao.

    Ainda Padoveze (2000, p.45)

    Relata que a tecnologia da informao entende que a informao (seus sistemas, recursos, etc.) deve fazer parte de uma estrutura em nvel estratgico das empresas. A informao no deve limitar-se a administrar os recursos internos, mas ultrapassar as fronteiras da empresa e integrar-se sistematicamente com fornecedores, clientes, sendo, portanto, a TI fator chave de competitividade.

    Conforme Oliveira (2000, p.192) o principal objetivo da tecnologia aumentar a eficincia da atividade humana em todas as esferas, incluindo a produo. Poderamos dizer que a tecnologia envolve um conjunto organizado e sistematizado de diferentes conhecimentos, cientficos, empricos, e at intuitivos, voltados para um processo de aplicao na produo e na comercializao de bens e servios.

    Por conseguinte a tecnologia da informao se diversificou e cresceu para atender s demandas da sociedade.

    2.5.6 Qualidade da Informao

    O envolvimento e colaborao de todos os colaboradores da empresa no sistema de informao condio fundamental para a sua eficincia.

    De acordo com Bio (1996), as informaes gerenciais de qualidade caracterizam-se por comparativas, confiveis, geradas em tempo hbil, de nvel de detalhe adequado e por exceo. As informaes devem ser comparadas entre os planos e a execuo, o usurio deve

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    se sentir seguro com a informao, as informaes devem estar disponveis no momento certo, para as pessoas certas e precisam ser relevantes, para que possam tomar as decises.

    Segundo Crepaldi (1998, p.46),

    O sistema de informao gerencial auxilia os executivos das empresas a consolidar a trip bsico de sustentao da empresa: qualidade, produtividade e participao. A qualidade no deve estar associada apenas ao produto ou ao servio final. Deve envolver o nvel de satisfao das pessoas no trabalho associado a uma qualidade de vida que se estenda sua estrutura pessoal, familiar e social. Possveis desequilbrios nessa relao podem resultar em boicotes, greves, acidentes, agressividade outras conseqncias danosas para a empresa.

    De acordo com Crepaldi ( 1998, p.45),

    O sistema de informao equivale aos olhos e ouvidos da administrao e uma das caractersticas que distingue as empresas mais bem-sucedidas , muitas vezes, a qualidade da informao de que dispem os responsveis pela tomada decises. - A informao deve ser suficientemente detalhada para permitir identificao das operaes fora da linha ou possveis problemas; - os relatrios devem conter informao relevante para os usurios; - a forma de apresentao deve destacar a informao de maior importncia; - a informao deve ser distribuda conforme as responsabilidades atribudas; - a informao deve ser usada pelos que tenham competncia e tempo necessrios para compreender seu significado e adotar medidas corretivas, se necessrio.

    Lieczbinski e Frohlich (1998, p.63) argumentam que

    o sistema deve ser eficiente e eficaz no sentido de permitir organizao antecipar se (de forma preventiva) s mudanas e determinar o seu planejamento em relao a diversificao de produtos, alocao de recursos e definio de domnios de atuao, pois a empresa deve considerar sua capacidade de competitividade global.

    Logo a qualidade da informao indispensvel para que a empresa possa ter segurana no gerenciamento da mesma.

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    3. APLICAO DA CONTABILIDADE GERENCIAL EM UMA FARMCIA COMERCIAL: Estudo de Caso

    A seguir apresentado o estudo de caso que foi desenvolvido numa farmcia comercial, este estudo compreende o mapeamento das atividades da farmcia, a apurao dos custos, despesas, formao de preo de venda, a anlise da margem de contribuio, o ponto de equilbrio, margem de segurana operacional, anlise vertical e horizontal dos balanos. Para a tomada de deciso e gerenciamento da farmcia no dia-a-dia estas informaes so muito importantes.

    3.1 Estrutura da Empresa

    A farmcia objeto de estudo composta por dois scios, sendo um destes farmacutico e mais cinco funcionrios, um gerente, uma tcnica em enfermagem, duas atendentes e uma faxineira. Tem como principal atividade o comrcio de medicamentos e perfumaria.

    Para que os objetivos do presente trabalho fossem alcanados foi selecionado trinta medicamentos e vinte e uma perfumarias que esto apresentados no quadro a seguir com seu peso, fabricante e distribuidor.

    Quadro 2: Medicamentos e Perfumarias da Farmcia utilizados nas anlises.

    Produtos Peso Fabricante/ Distribuidor Diclofenaco Sdico comp c/ 20 Cinfa/Gauchafarma Aspirina Sdico comp c/ 10 EMS/Santa Cruz Atenolol 25 comp c/ 30 Biosinttica/Gauchafarma Omeprazol 20g cap c/ 14 Prati Danaduzi/ Prati Riomed Paracetamol 750 comp c/ 12 Prati Danaduzi/ Prati Riomed

    Calmador comp c/ 4 Sade Ltda/ Panarello, Gam(Gensio Mendes)

    Dorflex comp c/ 10 Sonofi Aventis/ Panarello AAS Infantil comp c/ 10 Sonofi Aventis/ Gauchafarma Microvlar comp c/ 21 Schering/ Gam(Gensio Mendes) Enalapril 10 comp c/ 30 Royton/Gauchafarma Ormigrein comp c/ 10 Organon/ Panarello Dipirona Gts Gotas Prati Danaduzi/ Prati Riomed

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    Dipirona comp comp c/ 10 Prati Danaduzi/ Prati Riomed Nimesulida comp c/ 12 Legrand/ Gauchafarma Neosaldina comp c/ 4 Nicomed/ Panarello Doril comp c/ 4 HYPM/ Santa Cruz Azitromicina 500 comp c/ 3 EMS/ AL Distribuidora Almeida Prado 46 comp c/ 60 Almeida Prado/ Gensio Mendes Lortadina 100 ml Legrand/ Gauchafarma Diclof. Gel c/ 60 grms EMS/ Gauchafarma Superhust comp c/ 4 Eurofarma/ Santa Cruz Fluoxetina 20 cap c/ 28 Teuto/ Gauchafarma Sibutramina 15 mg cap c/ 30 Eurofarma/Santa Cruz Sertralina 50 mg cap c/ 28 Eurofarma/Panarello Dexalgem ampolas c/ 1 Eurofarma/ Panarello Aerolim Spray doses c/ 200 Glaxo Smitekline/ Gensio Mendes Biotnico 400 ml Hypermarcas AS/ Gensio Mendes Sorinam Adulto 30 ml Pharmaseense/ Gauchafarma Captopril 25 cap c/ 30 Globo/Gauchafarma Norflaxocina 400 comp c/ 14 EMS/ AL Distribuidora Shampoo Seda 350 ml Unilever Brasil/ Gensio Mendes ABS. Intimus Gel c/ 8 Kimberly-Clark Brasil/ Gensio Mendes Tintura Coreton Kit 125 g Niely gold/ Riomed Creme Dental Colgate 90 g Colgate-Palmolive ind e com.ltda/Santa Cruz Des. Roolon Rexona Mas 50 ml Unilever Brasil/ Gensio Mendes Esmalte Risque 8 ml Niasy Ind. Com.Ltda/ Gensio Mendes Sabonete Palmolive 150g Colgate-Palmolive ind e com.ltda/Santa Cruz Lpis p/ olho 1,40g Gota d' Orvalho/ Marchetti e Cia Fralda Monica G, EG Pacote c/ 28 Kimberly-Clark Brasil/ Gensio Mendes Refil Leno Umedecidos Unidade c/ 75 Lencobrs/ Prisma Acetona 100 ml Farmax/ Wartur Preserv. Prudence Unidade c/ 3 Karex/ Gensio Mendes

    Prestobarba Unidade c/ 2 Procter e Gambele Brasil/ Gensio Mendes/ Santa Cruz

    Shampoo Fructis 300 ml Procosa/ Riomed e Gensio Mendes P Compacto P/ Rosto 10 g Gota d' Orvalho/ Marchetti e Cia Condicionador Seda 300 ml Unilever Brasil/ Gensio Mendes

    Repelente Era Off 165 ml Geras Johnson Ltda/Riomed e Gensio Mendes

    Fralda Pampers P Unidade c/ 10 Procter e Gambele Brasil/ Gensio Mendes/ Santa Cruz

    Band Aid Unidade c/ 10 Johnson e Johnson/ Santa Cruz E Gensio Mendes

    Leno de Baso Des Unidade c/ 10 Kimberly-Clark Brasil/ Gensio Mendes Sabonete Senador Classic 130 g Gnesio Mendes Fonte: Dados fornecidos pela empresa.

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    Com estes produtos foi calculado o custo de aquisio, margem de contribuio, ponto de equilbrio e a margem de segurana para assim analisar a situao da empresa e tambm calcular um preo orientativo para os produtos de perfumaria.

    3.2 Custo de Aquisio dos Produtos

    O custo de aquisio dos produtos foi calculado atravs de trinta medicamentos, entre eles ticos, genricos e similares, e vinte um produtos de perfumaria.

    3.2.1 Clculo do Custo de Aquisio dos Produtos

    No custo de aquisio foi calculado somente o ICMS, pois a empresa no possui despesas com frete, IPI entre outras. Nos medicamentos foi calculado o ICMS substituio tributria usando se alquota correspondente, que 17%, j nas perfumarias com exceo de um produto o Repelente Era Off, tambm foi calculado o ICMS substituio tributria usando se alquotas de 17% e 25% respectivamente.

    O ICMS Substituio Tributria calculada sobre o custo da mercadoria e sobre o preo de venda, a diferena entre o crdito e o dbito destes nos fornece o valor do ICMS. O quadro a seguir apresentar os valores de ICMS correspondentes a cada produto.

    Quadro 3: Valor do ICMS Substituio Tributria de cada produto. Produtos ICMS Venda ICMS Compra ICMS ST Diclofenaco Sdico R$ 0,51 R$ 0,24 R$ 0,27 Aspirina Sdico R$ 0,31 R$ 0,10 R$ 0,20 Atenolol 25 R$ 1,64 R$ 1,06 R$ 0,58 Omeprazol 20g R$ 0,37 R$ 0,07 R$ 0,30 Paracetamol 750 R$ 0,42 R$ 0,15 R$ 0,28 Calmador R$ 0,29 R$ 0,22 R$ 0,07 Dorflex R$ 0,63 R$ 0,47 R$ 0,15 AAS Infantil R$ 0,34 R$ 0,12 R$ 0,22 Microvlar R$ 0,93 R$ 0,68 R$ 0,25 Enalapril 10 R$ 1,43 R$ 0,48 R$ 0,95 Ormigrein R$ 1,04 R$ 0,80 R$ 0,24 Dipirona Gts R$ 0,34 R$ 0,10 R$ 0,24

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    Dipirona comp R$ 1,75 R$ 0,12 R$ 1,63 Nimesulida R$ 2,34 R$ 0,67 R$ 1,68 Neosaldina R$ 0,47 R$ 0,31 R$ 0,15 Doril R$ 0,55 R$ 0,41 R$ 0,14 Azitromicina 500 R$ 3,55 R$ 0,71 R$ 2,84 Almeida Prado R$ 1,42 R$ 1,07 R$ 0,35 Lortadina R$ 2,30 R$ 0,22 R$ 2,07 Diclof. Gel R$ 1,74 R$ 0,43 R$ 1,32 Superhust R$ 0,28 R$ 0,22 R$ 0,06 Fluoxetina 20 R$ 8,54 R$ 6,15 R$ 2,39 Sibutramina 15 mg R$ 5,08 R$ 1,69 R$ 3,39 Sertralina 50 mg R$ 9,01 R$ 3,15 R$ 5,86 Dexalgem R$ 1,60 R$ 1,21 R$ 0,40 Aerolim Spray R$ 4,81 R$ 3,50 R$ 1,31 Biotnico R$ 1,79 R$ 1,23 R$ 0,55 Sorinam Adulto R$ 0,85 R$ 0,30 R$ 0,55 Captopril 25 R$ 1,15 R$ 0,40 R$ 0,75 Norflaxocina 400 R$ 2,13 R$ 0,74 R$ 1,38 Shampoo Seda R$ 1,50 R$ 1,00 R$ 0,50 ABS. Intimus Gel R$ 0,38 R$ 0,26 R$ 0,13 Tintura Coreton Kit R$ 1,83 R$ 1,28 R$ 0,55 Creme Dental Colgate R$ 0,60 R$ 0,40 R$ 0,20 Des. Roolon Rexona Mas R$ 1,63 R$ 1,16 R$ 0,47 Esmalte Risque R$ 0,88 R$ 0,58 R$ 0,29 Sabonete Palmolive R$ 0,30 R$ 0,21 R$ 0,09 Lpis p/ olho R$ 1,40 R$ 0,94 R$ 0,47 Fralda Monica G, EG R$ 3,40 R$ 2,34 R$ 1,05 Refil Leno Umedecidos R$ 0,34 R$ 0,22 R$ 0,12 Acetona R$ 0,34 R$ 0,23 R$ 0,11 Preserv. Prudence R$ 0,26 R$ 0,17 R$ 0,09 Prestobarba R$ 1,19 R$ 0,79 R$ 0,40 Shampoo Fructis R$ 1,88 R$ 1,25 R$ 0,63 P Compacto P/ Rosto R$ 2,13 R$ 1,37 R$ 0,76 Condicionador Seda R$ 1,88 R$ 1,25 R$ 0,63 Repelente Era Off R$ - R$ 1,49 R$ (1,49) Fralda Pampers P R$ 1,02 R$ 0,68 R$ 0,34 Band Aid R$ 0,26 R$ 0,17 R$ 0,09 Leno de Baso Des R$ 0,17 R$ 0,11 R$ 0,06 Sabonete Senador Classic R$ 0,51 R$ 0,34 R$ 0,17 Fonte: Dados fornecidos pela empresa.

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    O preo dos medicamentos tabelado pelo governo, as farmcias podem vender os produtos a um preo menor do que est na tabela mas no maior, assim o ICMS calculado sobre o preo de venda tabelado pelo governo.

    O custo de aquisio dos produtos obtm-se atravs do custo unitrio mais o valor do ICMS, IPI, Fretes se possuir.

    Quadro 4: Clculo do Custo de Aquisio de cada produto

    Produtos $ Unit. $ ICMS ST $ IPI $

    Frete Custo Unit.

    Preo de venda tabelado

    Diclofenaco Sdico R$ 1,44 R$ 0,27 R$ - R$ - R$ 1,71 R$ 9,46 Aspirina Sdico R$ 0,61 R$ 0,20 R$ - R$ - R$ 0,81 R$ 1,81 Atenolol 25 R$ 6,25 R$ 0,58 R$ - R$ - R$ 6,83 R$ 9,64 Omeprazol 20g R$ 0,40 R$ 0,30 R$ - R$ - R$ 0,70 R$ 2,16 Paracetamol 750 R$ 0,87 R$ 0,28 R$ - R$ - R$ 1,15 R$ 2,79 Calmador R$ 1,28 R$ 0,07 R$ - R$ - R$ 1,35 R$ 1,69 Dorflex R$ 2,78 R$ 0,15 R$ - R$ - R$ 2,93 R$ 3,69 AAS Infantil R$ 0,70 R$ 0,22 R$ - R$ - R$ 0,92 R$ 3,30 Microvlar R$ 3,98 R$ 0,25 R$ - R$ - R$ 4,23 R$ 5,45 Enalapril 10 R$ 2,80 R$ 0,95 R$ - R$ - R$ 3,75 R$ 9,86 Ormigrein R$ 4,70 R$ 0,24 R$ - R$ - R$ 4,94 R$ 6,09 Dipirona Gts R$ 0,60 R$ 0,24 R$ - R$ - R$ 0,84 R$ 3,74 Dipirona comp R$ 0,70 R$ 1,63 R$ - R$ - R$ 2,33 R$ 37,10 Nimesulida R$ 3,92 R$ 1,68 R$ - R$ - R$ 5,60 R$ 13,78 Neosaldina R$ 1,85 R$ 0,15 R$ - R$ - R$ 2,00 R$ 2,75 Doril R$ 2,44 R$ 0,14 R$ - R$ - R$ 2,58 R$ 3,25 Azitromicina 500 R$ 4,17 R$ 2,84 R$ - R$ - R$ 7,01 R$ 39,52 Almeida Prado R$ 6,27 R$ 0,35 R$ - R$ - R$ 6,62 R$ - Lortadina R$ 1,32 R$ 2,07 R$ - R$ - R$ 3,39 R$ 15,42 Diclof. Gel R$ 2,50 R$ 1,32 R$ - R$ - R$ 3,82 R$ 11,88 Superhust R$ 1,32 R$ 0,06 R$ - R$ - R$ 1,38 R$ 1,67

    Fluoxetina 20

    R$36,20 R$ 2,39 R$ - R$ -

    R$38,59 R$ 50,26 Sibutramina 15 mg R$ 9,97 R$ 3,39 R$ - R$ - R$13,36 R$ 30,23

    Sertralina 50 mg

    R$18,53 R$ 5,86 R$ - R$ -

    R$24,39 R$ 65,97 Dexalgem R$7,09 R$ 0,40 R$ - R$ - R$7,49 R$ 9,42

    Aerolim Spray

    R$20,60 R$ 1,31 R$ - R$ -

    R$21,91 R$ 28,31 Biotnico R$ 7,24 R$ 0,55 R$ - R$ - R$ 7,79 R$ 12,44 Sorinam Adulto R$ 1,74 R$ 0,55 R$ - R$ - R$ 2,29 R$ 6,49

  • 51

    Captopril 25 R$ 2,36 R$ 0,75 R$ - R$ - R$ 3,11 R$ 12,29 Norflaxocina 400 R$ 4,37 R$ 1,38 R$ - R$ - R$ 5,75 R$ 25,68 Shampoo Seda

    R$ 3,99 R$ 0,50 R$ - R$ - R$ 4,49 R$ -

    ABS. Intimus Gel R$1,50 R$ 0,13 R$ - R$ - R$ 1,63

    R$

    Tintura Coreton Kit R$ 5,12 R$ 0,55 R$ - R$ - R$ 5,67 R$

    Creme Dental Colgate R$ 2,33 R$ 0,20 R$ - R$ - R$ 2,53

    R$

    Des. Roolon Rexona Mas R$ 4,65 R$ 0,47 R$ - R$ - R$ 5,12 R$

    Esmalte Risque R$ 2,33 R$ 0,29 R$ - R$ - R$ 2,62

    R$

    Sabonete Palmolive R$ 1,21 R$ 0,09 R$ - R$ - R$ 1,30 R$

    Lpis p/ olho R$ 3,74 R$ 0,47 R$ - R$ - R$ 4,21

    R$

    Fralda Monica G, EG

    R$13,78 R$ 1,05 R$ - R$ -

    R$14,83 R$

    Refil Leno Umedecidos R$ 1,28 R$ 0,12 R$ - R$ - R$ 1,40 R$

    Acetona R$ 1,33 R$ 0,11 R$ - R$ - R$ 1,44 R$

    Preserv. Prudence R$ 1,00 R$ 0,09 R$ - R$ - R$ 1,09 R$

    Prestobarba R$ 4,66 R$ 0,40 R$ - R$ - R$ 5,06 R$

    Shampoo Fructis R$ 5,00 R$ 0,63 R$ - R$ - R$ 5,63 R$

    P Compacto P/ Rosto R$ 5,48 R$ 0,76 R$ - R$ - R$ 6,24 R$

    Condicionador Seda R$ 5,00 R$ 0,63 R$ - R$ - R$ 5,63 R$

    Repelente Era Off R$ 8,74 R$(1,49) R$ - R$ - R$ 7,25 R$

    Fralda Pampers P R$ 3,99 R$ 0,34 R$ - R$ - R$ 4,33 R$

    Band Aid R$ 1,00 R$ 0,09 R$ - R$ - R$ 1,09

    R$

    Leno de Baso Des R$ 0,62 R$ 0,06 R$ - R$ - R$ 0,68 R$

    Sabonete Senador Classic R$ 1,99 R$ 0,17 R$ - R$ - R$ 2,16

    R$ Fonte: Dados fornecidos pela empresa.

    Como pode se perceber no quadro anterior somente os medicamentos possui preo de venda tabelado, nas perfumarias a farmcia estipula o preo atravs do custo do produto e margem de lucro que deseja.

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    3.3 Apurao das Despesas Mensais da Farmcia

    As empresas para manter as suas atividades possuem despesas mensais, estas despesas contemplam os custos com funcionrios, depreciao, gua, aluguel, luz entre muitas outras.

    3.3.1 Custo com Salrios e Encargos Sociais Trabalhistas

    A Farmcia objeto de estudo possui quatro funcionrios, destes foi calculado os custos com salrios e encargos sociais trabalhistas que a empresa possui, de cada funcionrio foi calculado o salrio, qinqnios, proviso de frias, 13 terceiro, 1/3 frias, previso para demisso sem justa causa ou auxlio doena e FGTS, conforme demonstra o quadro a seguir:

    Quadro 5: Clculo do custo com salrios e encargos sociais trabalhistas mensais Despesa

    Pessoal

    Salrio Quinq (=) Sub Total

    Proviso

    Frias Proviso

    13 Proviso

    1/3 Sub

    Total

    Previso FGTS TOTAL

    A 1.500,00 0 1.500,00 124,95 124,95 41,70 1.791,60 125,41 143,33 2.060,34

    B 1.240,00 0 1.240,00 103,29 103,29 34,47 1481,06 103,67 118,48 1.703,21

    C 1