tabeliões
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RESPONSABILIDADE CIVILDOS TABELIÃES
Camila Ribeiro Gonçalves
Carla Lima Duarte
FTC- Itabuna(BA)
QUEM SÃO CONSIDERADOS TABELIÃES (ART.5º DA LEI 8.935/94)
I
- Tabeliães de Notas;
I
I- Tabeliães oficiais de registro de contratos marítimos;
I
II- Tabeliães de protestos de títulos;
I
V- Oficiais de registro de imóveis;
V
- Oficiais de registro de títulos e documentos e civis das pessoas jurídicas;
V
I- Oficiais de registro civis de pessoas naturais e de interdições e tutela;
V
II- Oficiais de registro de distribuição;
ESTABELECE O ARTIGO 236 DA CF/88 QUE "OS SERVIÇOS NOTARIAIS E DE REGISTRO SÃO EXERCIDOS EM CARÁTER PRIVADO, POR DELEGAÇÃO DO PODER PÚBLICO E SUBMETIDOS À FISCALIZAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO". AO MESMO TEMPO, DEFINE QUE "O INGRESSO NA ATIVIDADE NOTARIAL E DE REGISTRO DEPENDE DE APROVAÇÃO EM CONCURSO PÚBLICO DE PROVAS E TÍTULOS".
OS SERVIÇOS NOTARIAIS E DE REGISTRO SÃO EXERCIDOS EM CARÁTER PRIVADO, POR DELEGAÇÃO DO PODER PÚBLICO
A LEI 8935 DE 1994, QUE REGULAMENTA O ARTIGO 236 DA CF/88, REFORÇA ESTE ENTENDIMENTO AO DISPOR, EM SEU
ARTIGO 3º QUE OS NOTÁRIOS E REGISTRADORES SÃO "PROFISSIONAIS DO DIREITO, DOTADOS DE FÉ PÚBLICA, A
QUEM É DELEGADO O EXERCÍCIO DA ATIVIDADE NOTARIAL E DE REGISTRO".
UMA DECISÃO DO PLENO DO STF, CONSIDEROU O NOTÁRIO E O REGISTRADOR FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS. DIZ A EMENTA:
"SENDO OCUPANTES DE CARGO PÚBLICO CRIADO POR LEI, SUBMETIDO À PERMANENTE FISCALIZAÇÃO DO ESTADO E
DIRETAMENTE REMUNERADO À CONTA DE RECEITA PÚBLICA (CUSTAS E EMOLUMENTOS FIXADOS POR LEI), BEM COMO PROVIDO POR CONCURSO PÚBLICO – ESTÃO OS SERVENTUÁRIOS DE NOTAS E REGISTROS SUJEITOS À APOSENTADORIA POR IMPLEMENTO DE IDADE". É ESTE O ENTENDIMENTO QUE VEM PREVALECENDO DESDE ENTÃO.
O ARTIGO 22 DA LEI 8935/94 DIZ: "OS NOTÁRIOS E OFICIAIS DE REGISTRO RESPONDERÃO PELOS
DANOS QUE ELES E SEUS PREPOSTOS CAUSEM A TERCEIROS, NA PRÁTICA DOS ATOS PRÓPRIOS DA
SERVENTIA, ASSEGURADO AOS PRIMEIROS O DIREITO DE REGRESSO NO CASO DE DOLO OU
CULPA DOS PREPOSTOS".
CABE AO ESTADO EXERCER O DIREITO DE REGRESSO NO CASO DE CULPA OU DOLO DOS LESIONADORES DE DIREITO (ART. 37,XXI, PARÁGRAFO 6º DA
CF/88)
O funcionário público é visto como uma extensão do
próprio Estado e se, nessa qualidade, ele vem a causar
dano a alguém, o Estado tem o dever de reparar
diretamente, para que a vítima não tenha prejuízo
ainda maior. Tem porém a obrigação de propor ação
regressiva contra o servidor havendo prova de sua
culpa, pois também não pode a Administração tratar
com desleixo o patrimônio público.
A Responsabilidade Civil do Estado em relação aos Tabeliães é
SUBSIDIÁRIA:
Pelo fato de a responsabilidade do delegado ser objetiva, o Estado só vai
ser obrigado a reparar o dano subsidiariamente.
O Poder Público só será chamado a indenizar se a vítima provar que o
notário ou registrador não é capaz de satisfazer a obrigação.
Assim, num primeiro momento, a vítima deverá buscar o ressarcimento
pelo seu prejuízo diretamente do agente delegado, que responderá
objetivamente.
Somente na hipótese de este provar a sua insolvência é que o prejudicado
poderá buscar a reparação junto ao Estado.
PRINCIPAIS HIPÓTESES DE RESPONSABILIDADE DO NOTÁRIO:
O reconhecimento de firma falsa;
Falta de especificação no testamento, de haverem sido observadas
todas as formalidades legais, dando causa a sua nulidade;
Não recolhimento de selo em papéis passados em notas de seu ofício;
Venda invalidada devido a falsidade da procuração outorgadas pelos
vendedores, sendo a ação movida contra a tabeliã que lavrou o
instrumento público do mandato;
Lavratura de escritura com violação das prescrições previstas em lei;
Falta de imparcialidade;
DA AÇÃO
A ação pode ser direcionada diretamente contra o
Estado, baseada na responsabilidade objetiva, ou
diretamente contra o notário ou registrador, desde que o
autor se proponha, neste caso, a provar a culpa ou dolo
destes.
DAS PENAS E FISCALIZAÇÃO
As penas por infrações disciplinares serão impostas pelo
juízo competente, independentemente da ordem de gradação,
conforme a gravidade do fato (art. 34).
A fiscalização dos atos notariais e de registro competirá
ao Poder Judiciário e será exercido pelo juízo competente,
“sempre que necessário, ou mediante representação de qualquer
interessado, quando da inobservância de obrigação legal por
parte de notário ou de oficial de registro, ou de seus propostos.