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SUMÁRIO

COLABORADORES ENVOLVIDOS NO PROJETO

Palavra da OrganizaçãoÍndice de figuras e tabelasIntroduçãoCondições climáticasMetodologia UtilizadaApoioResultados

04070909121215

Eng. Agr. Dr. Alexandre M. Levien

Eng. Agr. Msc. Kassiana Kehl

Téc. Agr. Delmir N. Cardozo

Eng. Agr. Jacson V. Gandin

Maristela Pedroso

Irajar F. Rech

Joel Campos

Vanderlei T. Ribeiro

E X P E D I E N T E

Esta é uma publicação da Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento da Fundação Pró-Sementes de Apoio à Pesquisa.

54 3314 8983Rua Diogo de Oliveira, nº 640Bairro Boqueirão | CEP: 99025-130Passo Fundo/RS

@fundacaoprosementes fb.com/fundacao.prosementes

www.fundacaoprosementes.com.br

Coordenação:Eng. Agr. Msc. Kassiana Kehl(CREA 174749-RS)

Produção:

54 3046 0030

Jornalista Responsável:Marianna Rebelatto (MTB/RS 13.568)

Projeto gráfico:Guilherme Silveira

Impressão:Graffoluz Editora e Indústria GráficaTiragem: 3.000 exemplares

Artigos Técnicos

Principais doenças radiculares em soja

A responsabilidade da produção de sementes na cultura da soja

Melhoramento genético de soja no Brasil: Contribuições e desafios

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35

40

Revista ECR® Soja | Edição nº1 - Agosto

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ECR Soja RS 2018/2019 4

Gedeão Silveira PereiraPresidente do Sistema FARSUL

Ao entregar mais uma edição dos Ensaios de Cultivares em Rede (ECR), o Sistema Farsul reforça seu compromisso de trabalhar para o constante desenvolvimento do setor agrícola gaúcho e brasileiro. Nossa parceria com a Fundação Pró-Sementes tem o objetivo de auxiliar na tomada de decisões e ampliar o leque de ferramentas disponíveis ao produtor para que ele possa trabalhar de forma cada vez mais eficiente.

É por meio do desenvolvimento de pesquisas e da aplicação de novas tecnologias, aliada a constante capacitação profissional que aumentamos nossa produtividade e garantimos rentabilidade de forma sustentável. Cada uma das parcelas do ECR no Rio Grande do Sul traz uma quantidade significativa de informações, que unidas com um maquinário embarcado com o que há de mais moderno tecnologicamente, nos coloca em posição de destaque no cenário

mundial e, consequentemente, como um dos maiores e mais importantes produtores de alimentos do planeta.

O salto que o agronegócio deu nas últimas décadas foi responsável por tirar o setor de uma participação coadjuvante para a de protagonista, garantindo a sustentação da economia nacional no cenário contemporâneo. Trata-se da recuperação da vocação agrária brasileira fazendo com que os olhos do país novamente voltem-se para o campo com o merecido respeito.

Temos a consciência da importância deste levantamento como suporte às decisões dos produtores, o que nos estimula a mantê-lo e buscar formas de ampliá-lo. Mas, ele, por si só, não é o suficiente para o contínuo crescimento do setor. Por isso, acreditamos mais ainda no trabalho e na capacidade do produtor rural para garantir o desenvolvimento do campo.

2 0 A N O S C O N S T R U I N D O O C O N H E C I M E N T O E M S E M E N T E S

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5Realização: Fundação Pró-Sementes e Sistema Farsul

P A L A V R A D A O R G A N I Z A Ç Ã O

O Ensaio de Cultivares em Rede (ECR) é a grande ferramenta desenvolvida pela Fundação Pró-Sementes para testar agronomicamente e gerar informações técnicas sobre o desempenho das cultivares de trigo e soja incluídas no Zoneamento Agrícola de Risco Climático do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Desenvolvido há mais de 10 anos, este trabalho já gerou um acúmulo de informações que permite chegar a um grau de confiança seguro sobre a performance de cada cultivar em cada região em que os mesmos são realizados, gerando assim a possibilidade de uma melhor escolha da cultivar ideal para cada região, por parte dos agricultores.

Já no primeiro ano, foi consolidada a parceria e apoio financeiro do Sistema FARSUL e SENAR/RS, e as primeiras informações foram disponibilizadas à assistência técnica e aos

Hugo BoffPresidente da Fundação Pró-Sementes

produtores rurais, através da internet e de publicação técnica impressa.

Inicialmente, além do Rio Grande do Sul, os Ensaios de Cultivar em Rede também foram desenvolvidos nos estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Porém, atualmente, os mesmos estão sendo conduzidos somente no Rio Grande do Sul devido à falta de apoio financeiro nos demais estados.

No ano em que a Fundação Pró-Sementes de Apoio à Pesquisa completa seus 20 anos, em nome do Conselho Diretor e Conselho Curador, aproveito para parabenizar aos instituidores, colaboradores, bem como a todos os parceiros, clientes e fornecedores.

Parabéns à Fundação Pró-Sementes de Apoio à Pesquisa, aos que a idealizaram, bem como aos que hoje fazem a história acontecer!

Alexandre M. LevienDiretor da Fundação Pró-Sementes

A pesquisa agrícola é de suma importância para a evolução da agricultura. Através da pesquisa, e a consequente geração de novas tecnologias, é que se avança em direção aos ganhos de produtividade nas lavouras. A valorização das instituições de pesquisa é uma necessidade em nosso país, pois sem investimentos em pesquisa estaremos fadados a estagnação.

Novas cultivares são lançadas a cada safra e muitas vezes os agricultores têm dificuldades de escolher a mais indicada para

sua área de cultivo. O Ensaio de Cultivares em Rede de trigo e soja que a Fundação Pró-Sementes executa, com o apoio do Sistema Farsul, vem auxiliar o agricultor na tomada de decisão para a escolha da melhor cultivar a ser plantada na safra seguinte. Os ensaios são desenvolvidos nas principais regiões produtoras do Rio Grande do Sul, e apresentados nesta revista de maneira que permite ao usuário da informação, uma melhor visualização do conjunto de cultivares indicadas para a sua região.

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Área de abrangência:

O que fazemos:

- Ensaios de validação de produtos químicos;- Ensaios de Valor de Cultivo e Uso (VCU);- Épocas de semeadura;- Densidade de semeadura;- Competição de cultivares;- Condução de progênies;- Multiplicações de pequenos volumes de semente genética;

Como fazemos:

- Planejamento do projeto junto ao cliente;- Condução completa (semeadura, manejo, colheita e relatório final);- Apenas semeadura;- Apenas colheita.

Conheça mais sobre nossos serviços de experimentação:

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7Realização: Fundação Pró-Sementes e Sistema Farsul

E N S A I O S D E C U L T I V A R E S E M R E D E

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Relação de cultivares, grupo de maturação (GM), nome fantasia, obtentor e licenciado. Pág. 13

Tabela 2 - – Rendimento médio de grãos das cultivares de soja de ciclo precoce, indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 101, semeados em Bagé, Cachoeira do Sul e São Gabriel em kg.haˉ¹ e em percentagem com relação à média dos ensaios. Fundação Pró-Sementes, julho/2019. Pág. 16

Tabela 3 -Rendimento médio de grãos das cultivares de soja de ciclo médio/tardio, indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 101, semeados em Bagé, Cachoeira do Sul e São Gabriel em kg.haˉ¹ e em percentagem com relação à média dos ensaios. Fundação Pró-Sementes, julho/2019. Pág. 17

Tabela 4 - Rendimento de grãos das cultivares de soja de ciclo precoce indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 101, semeado em Bagé. Rendimento de grãos (kg.haˉ¹, sacos.haˉ¹) e em percentagem com relação à média do ensaio), dias da emergência à floração e à maturação, altura de planta e reação ao acamamento. Fundação Pró-Sementes, julho/2019. Pág. 18

Tabela 5 - Rendimento de grãos das cultivares de soja de ciclo médio/tardio indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 101, semeado em Bagé. Rendimento de grãos (kg.haˉ¹, sacos.haˉ¹) e em percentagem com relação à média do ensaio), dias da emergência à floração e à maturação, altura de planta e reação ao acamamento. Fundação Pró, julho/2019. Pág. 18

Tabela 6 - Rendimento de grãos das cultivares de soja de ciclo precoce indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 101, semeado em Cachoeira do Sul. Rendimento de grãos (kg.haˉ¹, sacos.haˉ¹ e em percentagem com relação à média do ensaio), dias da emergência à floração e à maturação, altura de planta e reação ao acamamento. Fundação Pró-Sementes, julho/2019. Pág. 19

Tabela 7 - Rendimento de grãos das cultivares de soja de ciclo médio/tardio indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 101, semeado em Cachoeira do Sul. Rendimento de grãos (kg.ha ¹̄, sacos.ha ¹̄ e em percentagem com relação à média do ensaio), dias da emergência à floração e à maturação, altura de planta e reação ao acamamento. Fundação Pró-Sementes, julho/2019. Pág. 19

Tabela 8 - Rendimento de grãos das cultivares de soja de ciclo precoce indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 101, semeado em São Gabriel. Rendimento de grãos (kg.haˉ¹, sacos.haˉ¹ e em percentagem com relação à média do ensaio), dias da emergência à floração e à maturação, altura de planta e reação ao acamamento. Fundação Pró-Sementes, julho/2019. Pág. 20

Tabela 9 - Rendimento de grãos das cultivares de soja de ciclo médio/tardio indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019- Microrregião 101, semeado em São

Gabriel. Rendimento de grãos (kg.haˉ¹, sacos.haˉ¹ e em percentagem com relação à média do ensaio), dias da emergência à floração e à maturação, altura de planta e reação ao acamamento. Fundação Pró-Sementes, julho/2019. Pág. 20

Tabela 10 - Rendimento médio de grãos das cultivares de soja de ciclo precoce, indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 102, semeados em Passo Fundo, Santo Augusto, São Luiz Gonzaga e Tupanciretã em kg.haˉ¹ e em percentagem com relação à média dos ensaios. Fundação Pró-Sementes, julho/2019. Pág. 21

Tabela 11 - Rendimento médio de grãos das cultivares de soja de ciclo médio/tardio, indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 102, semeados em Passo Fundo, Santo Augusto, São Luiz Gonzaga e Tupanciretã em kg.haˉ¹ e em percentagem com relação à média dos ensaios. Fundação Pró-Sementes, julho/2019. Pág. 23

Tabela 12 - Rendimento de grãos das cultivares de soja de ciclo precoce, indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 102, semeado em Passo Fundo. Rendimento de grãos (kg.ha ¹̄, sacos.ha ¹̄ e em percentagem com relação à média do ensaio), dias da emergência à floração e à maturação, altura de planta e reação ao acamamento. Fundação Pró-Sementes, julho/2019. Pág. 24

Tabela 13 - Rendimento de grãos das cultivares de soja de ciclo médio/tardio, indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 102, semeado em Passo Fundo. Rendimento de grãos (kg.ha ¹̄, sacos.ha ¹̄ e em percentagem com relação à média do ensaio), dias da emergência à floração e à maturação, altura de planta e reação ao acamamento. Fundação Pró-Sementes, julho/2019. Pág. 24

Tabela 14 - Rendimento de grãos das cultivares de soja ciclo precoce, indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 102, semeado em Santo Augusto. Rendimento de grãos (kg.haˉ¹, sacos.haˉ¹ e em percentagem com relação à média do ensaio), dias da emergência à floração e à maturação, altura de planta e reação ao acamamento. Fundação Pró-Sementes, julho/2019. Pág. 25

Tabela 15 - Rendimento de grãos das cultivares de soja ciclo médio/tardio, indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 102, semeado em Santo Augusto. Rendimento de grãos (kg.haˉ¹, sacos.haˉ¹ e em percentagem com relação à média do ensaio), dias da emergência à floração e à maturação, altura de planta e reação ao acamamento. Fundação Pró-Sementes, julho/2019. Pág. 25

Tabela 16 - Rendimento de grãos das cultivares de soja ciclo precoce, indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 102, semeado em São Luiz Gonzaga. Rendimento de grãos (kg.haˉ¹, sacos.haˉ¹ e em percentagem com relação à média do ensaio), dias da emergência à floração e à maturação, altura de planta e reação ao acamamento. Fundação Pró-Sementes, julho/2019. Pág. 26

Tabela 17 -Rendimento de grãos das cultivares de soja ciclo médio/

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ECR Soja RS 2018/20198

tardio, indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 102, semeado em São Luiz Gonzaga. Rendimento de grãos (kg.haˉ¹, sacos.haˉ¹ e em percentagem com relação à média do ensaio), dias da emergência à floração e à maturação, altura de planta e reação ao acamamento. Fundação Pró-Sementes, julho/2019. Pág. 26

Tabela 18 - Rendimento de grãos das cultivares de soja ciclo precoce, indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 102, semeado em Tupanciretã. Rendimento de grãos (kg.haˉ¹, sacos.haˉ¹ e em percentagem com relação à média do ensaio), dias da emergência à floração e à maturação, altura de planta e reação ao acamamento. Fundação Pró-Sementes, julho/2019. Pág. 27

Tabela 19 -Rendimento de grãos das cultivares de soja ciclo médio/tardio, indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 102, semeado em Tupanciretã. Rendimento de grãos (kg.haˉ¹, sacos.haˉ¹ e em percentagem

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 – Precipitação Pluvial Registrada no RS em mm, outubro de 2018, segundo informações Instituto Nacional de Meteorologia - INMET. Pág. 10

Figura 2 – Precipitação Pluvial Registrada em mm, novembro de 2018, segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia - INMET. Pág. 10

Figura 3 – Precipitação Pluvial Registrada em mm, dezembro de 2018, segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia - INMET. Pág. 10

Figura 4 – Precipitação Pluvial Registrada em mm, janeiro de 2019, segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia - INMET. Pág. 10

Figura 5 – Precipitação Pluvial Registrada em mm, fevereiro de 2019, segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia INMET. Pág. 11

Figura 6 – Precipitação Pluvial Registrada em mm, março de 2019, segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia INMET. Pág 11

Figura 7 – Precipitação Pluvial Registrada em mm, abril de 2019, segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia - INMET. Pág. 11

Figura 8 - Precipitação Pluvial Registrada em mm, maio de 2019, segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia - INMET. Pág. 11

Figura 9 - Locais dos experimentos, cooperadores, características fisiográficas, microrregiões, datas de semeadura e emergência. Pág. 14

Figura 10 - Gráfico de altitute dos locais de experimento. Pág. 15

Figura 11 - Gráfico demonstrativo de produtividade Rendimento médio de grãos das cultivares de soja de ciclo precoce, indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 101, semeados em Bagé, Cachoeira do Sul e São Gabriel em kg.haˉ¹. Fundação Pró-Sementes, julho/2019. Pág. 16

Figura 12 - Gráfico demonstrativo de produtividade Rendimento médio de grãos das cultivares de soja de ciclo médio/tardio, indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 101, semeados em Bagé, Cachoeira do Sul e São Gabriel em kg.haˉ¹. Fundação Pró-Sementes, julho/2019. Pág. 17

Figura 13 - Gráfico demonstrativo de Rendimento médio de grãos das cultivares de soja de ciclo precoce, indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 102, semeados em Passo Fundo, Santo Augusto, São Luiz Gonzaga e Tupanciretã em kg.haˉ¹. Fundação Pró-Sementes, julho/2019. Pág. 22

Figura 14 - Gráfico demonstrativo de Rendimento médio de grãos das cultivares de soja de ciclo médio/tardio, indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 102, semeados em Passo Fundo, Santo Augusto, São Luiz Gonzaga e Tupanciretã em kg.haˉ¹. Fundação Pró-Sementes, julho/2019. Pág. 23

com relação à média do ensaio), dias da emergência à floração e à maturação, altura de planta e reação ao acamamento. Fundação Pró-Sementes, julho/2019. Pág. 27

Tabela 20 -Rendimento de grãos das cultivares de soja de ciclo precoce, indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 103, semeado em Vacaria. Rendimento de grãos (kg.haˉ¹, sacos.haˉ¹ e em percentagem com relação à média do ensaio), dias da emergência à floração e à maturação, altura de planta e reação ao acamamento. Fundação Pró-Sementes, julho/2019. Pág. 28

Tabela 21 -Rendimento de grãos das cultivares de soja de ciclo médio/tardio, indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 103, semeado em Vacaria. Rendimento de grãos (kg.haˉ¹, sacos.haˉ¹ e em percentagem com relação à média do ensaio), dias da emergência à floração e à maturação, altura de planta e reação ao acamamento. Fundação Pró-Sementes, julho/2019. Pág. 29

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9Realização: Fundação Pró-Sementes e Sistema Farsul

E N S A I O S D E C U L T I V A R E S E M R E D E

Introdução

Anualmente o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) publica o Zoneamento Agrícola para os principais cultivos, indicando épocas de plantio e cultivares para efeito de cobertura do seguro agrícola nas diferentes unidades da federação.

Após a promulgação da Lei de Proteção de Cultivares em 1998, houve um aumento na oferta de novas cultivares. Com esse elevado número de cultivares, seguramente a assistência técnica e os produtores encontram dificuldade em obter uma informação mais detalhada, sobre o seu comportamento na sua região, principalmente sobre o potencial produtivo e outras características agronômicas.

O principal objetivo da rede experimental de soja conduzida pela Fundação Pró-Sementes é fornecer informações adicionais para a tomada de decisão sobre o uso de cultivares de soja nas diferentes regiões onde estão indicadas. Os experimentos são implantados e conduzidos de maneira uniforme, em todos os locais, permitindo ao usuário da informação uma melhor visualização do conjunto de cultivares indicadas para a sua região.

Outro fundamento importante é o compromisso da Fundação Pró-Sementes em disponibilizar os resultados o mais cedo possível, permitindo assim, em tempo hábil, auxiliar na tomada de decisão para a escolha da cultivar a ser plantada na safra seguinte.

Condições climáticas

As condições climáticas na safra 2018/2019 foram favoráveis para a maioria das regiões onde foram conduzidos os ensaios. As exceções foram Bagé que enfrentou escassez hídrica entre os meses de fevereiro e março, e Cachoeira do Sul várzea, ensaio que foi perdido por excesso de umidade após semeadura e ressemeadura. A visualização do regime pluvial registrado nos diversos meses de desenvolvimento da cultura da soja no estado do RS pode ser feita considerando a sequência das Figuras 1 a 8 que abrangem o período de outubro de 2018 a maio de 2019.

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ECR Soja RS 2018/201910

Figura 1 – Precipitação Pluvial Registrada no RS em mm, outubro de 2018, segundo informações Instituto Nacional de Meteorologia - INMET.

Figura 2 – Precipitação Pluvial Registrada em mm, novembro de 2018, segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia - INMET.

Figura 3 – Precipitação Pluvial Registrada em mm, dezembro de 2018, segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia - INMET.

Figura 4 – Precipitação Pluvial Registrada em mm, janeiro de 2019, segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia - INMET.

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11Realização: Fundação Pró-Sementes e Sistema Farsul

E N S A I O S D E C U L T I V A R E S E M R E D E

Figura 5 – Precipitação Pluvial Registrada em mm, fevereiro de 2019, segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia - INMET.

Figura 6 – Precipitação Pluvial Registrada em mm, março de 2019, segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia – INMET

Figura 7 – Precipitação Pluvial Registrada em mm, abril de 2019, segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia – INMET.

Figura 8 – Precipitação Pluvial Registrada em mm, maio de 2019, segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia – INMET.

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ECR Soja RS 2018/201912

Os ensaios foram conduzidos com 38 cultivares que possuem representatividade comercial e são indicadas pelo Zoneamento Agrícola do MAPA, para o estado do Rio Grande do Sul.

Na Tabela 1 é apresentada a relação das cultivares avaliadas, grupo de maturação, nome fantasia, obtentor e licenciado.

Na figura 9 são apresentados os colaboradores de cada município, as datas de semeadura, bem como, coordenadas geográficas onde se instalaram os ensaios e na figura 10, suas altitudes.

O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com três repetições. As parcelas foram constituídas por cinco linhas com quatro metros de comprimento, espaçadas de 0,45 m. A densidade de semeadura foi de 250.000 sementes/ha para a microrregião 103 e 280.000 sementes/ha para as microrregiões 101 e 102, utilizando-se semeadora experimental, marca Vence Tudo, adaptada ao sistema pneumático. Em áreas sem problemas de drenagem utilizou-se o sistema de plantio direto

enquanto que em várzeas foi utilizado o sistema de plantio convencional.

As sementes foram tratadas com inseticidas e fungicidas recomendados para a cultura da soja. A adubação, no momento da semeadura, foi realizada baseando-se nas necessidades expressas na análise de solo de cada área, resultando numa adubação média de 300 kg/ha. Durante o desenvolvimento da cultura foram controlados insetos e doenças com produtos indicados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O número de aplicações, por ensaio, variou de acordo com a intensidade e ocorrência das pragas e enfermidades.

Para avaliação do rendimento foram colhidas as três linhas centrais, totalizando uma área útil de 5,4 m². O rendimento de cada parcela foi obtido pelo peso de grãos colhidos na parcela, corrigida a umidade para 13% e, após, transformado em kg.haˉ¹. A colheita foi mecanizada com colhedora de parcelas marca Wintersteiger.

Metodologia utilizada

Apoio

A realização deste trabalho foi possível graças à parceria estabelecida entre o Sistema FARSUL e a Fundação Pró-Sementes de Apoio à Pesquisa. Ressalte-se o alto grau de informalidade e confiança entre as organizações mencionadas na realização destas atividades.

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13Realização: Fundação Pró-Sementes e Sistema Farsul

E N S A I O S D E C U L T I V A R E S E M R E D E

Tabela 1 - Relação de cultivares, grupo de maturação (GM), nome fantasia, obtentor e licenciado.

Agroeste

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ECR Soja RS 2018/201914

Figura 9 - Locais dos experimentos, cooperadores, características fisiográficas, microrregiões, datas de semeadura e emergência.

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15Realização: Fundação Pró-Sementes e Sistema Farsul

E N S A I O S D E C U L T I V A R E S E M R E D E

Resultados

Figura 10 - Gráfico de altitute dos locais de experimento.

Os diferentes locais dos ensaios foram agrupados de acordo com o zoneamento agrícola para a cultura da soja, nas microrregiões sojícolas 101, 102 e 103 no Rio Grande do Sul (Figura 9). As maiores produtividades médias dentre os locais que compuseram a rede experimental foram registradas em Santo Augusto. A cultivar campeã em produtividade foi a BMX Zeus Ipro a qual produziu 125 scs.haˉ¹. A segunda colocada no ranking foi a cultivar M 5947 Ipro com 122 scs.haˉ¹ seguida da BRS 5601 RR com 121 scs.haˉ¹. As três maiores produtividades anteriormente citadas foram registradas em Santo Augusto.

14375

142 190

707

544

441

223

913

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ECR Soja RS 2018/201916

52694806 4987 4918

44705165 5107

4431

5177 5414

40524513

4978 4909 5021 49624340

5226 50634266 4553

Tabela 2 - Rendimento médio de grãos das cultivares de soja de ciclo precoce, indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 101, semeados em Bagé, Cachoeira do Sul e São Gabriel em kg.haˉ¹ e em percentagem com relação à média dos ensaios. Fundação Pró-Sementes, julho/2019.

Gráfico demonstrativo de produtividades (kg.ha-1)

Microrregião sojícola 101

Figura 11 - Gráfico demonstrativo de produtividade Rendimento médio de grãos das cultivares de soja de ciclo precoce, indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 101, semeados em Bagé, Cachoeira do Sul e São Gabriel em kg.haˉ¹. Fundação Pró-Sementes, julho/2019.

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17Realização: Fundação Pró-Sementes e Sistema Farsul

E N S A I O S D E C U L T I V A R E S E M R E D E

40534935 5513

3862

5486 5356

3681

5854 5665

3949

52875982

45515254 5276

43544909 5267

41705408 5464 4783 5362 5812

38714790

5796

38204521 4770

3875

5380 4892

38114987 5399

3931 40075017

38114173 4544

37534012

33233929

37814419

Tabela 3 -Rendimento médio de grãos das cultivares de soja de ciclo médio/tardio, indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 101, semeados em Bagé, Cachoeira do Sul e São Gabriel em kg.haˉ¹ e em percentagem com relação à média dos ensaios. Fundação Pró-Sementes, julho/2019.

Gráfico demonstrativo de produtividades (kg.ha-1)

Figura 12 - Gráfico demonstrativo de produtividade Rendimento médio de grãos das cultivares de soja de ciclo médio/tardio, indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 101, semeados em Bagé, Cachoeira do Sul e São Gabriel em kg.haˉ¹. Fundação Pró-Sementes, julho/2019.

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ECR Soja RS 2018/201918

Tabela 4 - Rendimento de grãos das cultivares de soja de ciclo precoce indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 101, semeado em Bagé. Rendimento de grãos (kg.haˉ¹, sacos.haˉ¹) e em percentagem com relação à média do ensaio), dias da emergência à floração e à maturação, altura de planta e reação ao acamamento. Fundação Pró-Sementes, julho/2019.

Tabela 5 - Rendimento de grãos das cultivares de soja de ciclo médio/tardio indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 101, semeado em Bagé. Rendimento de grãos (kg.haˉ¹, sacos.haˉ¹) e em percentagem com relação à média do ensaio), dias da emergência à floração e à maturação, altura de planta e reação ao acamamento. Fundação Pró, julho/2019.

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19Realização: Fundação Pró-Sementes e Sistema Farsul

E N S A I O S D E C U L T I V A R E S E M R E D E

Tabela 6 - Rendimento de grãos das cultivares de soja de ciclo precoce indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 101, semeado em Cachoeira do Sul. Rendimento de grãos (kg.haˉ¹, sacos.haˉ¹ e em percentagem com relação à média do ensaio), dias da emergência à floração e à maturação, altura de planta e reação ao acamamento. Fundação Pró-Sementes, julho/2019.

Tabela 7 - Rendimento de grãos das cultivares de soja de ciclo médio/tardio indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 101, semeado em Cachoeira do Sul. Rendimento de grãos (kg.haˉ¹, sacos.haˉ¹ e em percentagem com relação à média do ensaio), dias da emergência à floração e à maturação, altura de planta e reação ao acamamento. Fundação Pró-Sementes, julho/2019.

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ECR Soja RS 2018/201920

Tabela 8 - Rendimento de grãos das cultivares de soja de ciclo precoce indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 101, semeado em São Gabriel. Rendimento de grãos (kg.haˉ¹, sacos.haˉ¹ e em percentagem com relação à média do ensaio), dias da emergência à floração e à maturação, altura de planta e reação ao acamamento. Fundação Pró-Sementes, julho/2019.

Tabela 9 - Rendimento de grãos das cultivares de soja de ciclo médio/tardio indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019- Microrregião 101, semeado em São Gabriel. Rendimento de grãos (kg.haˉ¹, sacos.haˉ¹ e em percentagem com relação à média do ensaio), dias da emergência à floração e à maturação, altura de planta e reação ao acamamento. Fundação Pró-Sementes, julho/2019.

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21Realização: Fundação Pró-Sementes e Sistema Farsul

E N S A I O S D E C U L T I V A R E S E M R E D E

Tabela 10 - Rendimento médio de grãos das cultivares de soja de ciclo precoce, indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 102, semeados em Passo Fundo, Santo Augusto, São Luiz Gonzaga e Tupanciretã em kg.haˉ¹ e em percentagem com relação à média dos ensaios. Fundação Pró-Sementes, julho/2019.

Microrregião sojícola 102

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ECR Soja RS 2018/201922

Gráfico demonstrativo de produtividades (kg.ha-1)

52756443

52935509

62426446

54115883 5281

6109

52755549

6028 6310

52326035

5965 6064 5539 5586 57436841

5610 5784 59156668

56936246

5297

6414 63886050

5354

65015948 6383 6449

7471

5940

6769

4936

7279

52825667 5815

7000

5204

6552

4968

6553

53006092

5797

6594

52975592 5782

6436

53815773

6981 69915957 6047

72006784

55085639

68477314

56476650

5540

6810

3961

60715622

7247

50005688

Figura 13 - Gráfico demonstrativo de Rendimento médio de grãos das cultivares de soja de ciclo precoce, indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 102, semeados em Passo Fundo, Santo Augusto, São Luiz Gonzaga e Tupanciretã em kg.haˉ¹. Fundação Pró-Sementes, julho/2019.

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23Realização: Fundação Pró-Sementes e Sistema Farsul

E N S A I O S D E C U L T I V A R E S E M R E D E

Tabela 11 - Rendimento médio de grãos das cultivares de soja de ciclo médio/tardio, indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 102, semeados em Passo Fundo, Santo Augusto, São Luiz Gonzaga e Tupanciretã em kg.haˉ¹ e em percentagem com relação à média dos ensaios. Fundação Pró-Sementes, julho/2019.

Gráfico demonstrativo de produtividades (kg.ha-1)

60906285

5127

6149

4675

56825559 5533 5806

62856134

64295766 5969

53475448 5806 5632 5800

4703 49995930

53915720 6243 5984

57226488

52016341 5927 5657

6473 61785344

5851 60066406

54385825 6253

5393 59364932

59686176

5534 5759 54596207

52205977

54956335

5431 5851

53746254

49705484

6258 57695322 5577

Figura 14 - Gráfico demonstrativo de Rendimento médio de grãos das cultivares de soja de ciclo médio/tardio, indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 102, semeados em Passo Fundo, Santo Augusto, São Luiz Gonzaga e Tupanciretã em kg.haˉ¹. Fundação Pró-Sementes, julho/2019.

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ECR Soja RS 2018/201924

Tabela 13 - Rendimento de grãos das cultivares de soja de ciclo médio/tardio, indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 102, semeado em Passo Fundo. Rendimento de grãos (kg.ha ¹̄, sacos.ha ¹̄ e em percentagem com relação à média do ensaio), dias da emergência à floração e à maturação, altura de planta e reação ao acamamento. Fundação Pró-Sementes, julho/2019.

Tabela 12 - Rendimento de grãos das cultivares de soja de ciclo precoce, indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 102, semeado em Passo Fundo. Rendimento de grãos (kg.ha ¹̄, sacos.ha ¹̄ e em percentagem com relação à média do ensaio), dias da emergência à floração e à maturação, altura de planta e reação ao acamamento. Fundação Pró-Sementes, julho/2019.

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25Realização: Fundação Pró-Sementes e Sistema Farsul

E N S A I O S D E C U L T I V A R E S E M R E D E

Tabela 14 - Rendimento de grãos das cultivares de soja ciclo precoce, indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 102, semeado em Santo Augusto. Rendimento de grãos (kg.haˉ¹, sacos.haˉ¹ e em percentagem com relação à média do ensaio), dias da emergência à floração e à maturação, altura de planta e reação ao acamamento. Fundação Pró-Sementes, julho/2019.

Tabela 15 - Rendimento de grãos das cultivares de soja ciclo médio/tardio, indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 102, semeado em Santo Augusto. Rendimento de grãos (kg.haˉ¹, sacos.haˉ¹ e em percentagem com relação à média do ensaio), dias da emergência à floração e à maturação, altura de planta e reação ao acamamento. Fundação Pró-Sementes, julho/2019.

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ECR Soja RS 2018/201926

Tabela 16 - Rendimento de grãos das cultivares de soja ciclo precoce, indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 102, semeado em São Luiz Gonzaga. Rendimento de grãos (kg.haˉ¹, sacos.haˉ¹ e em percentagem com relação à média do ensaio), dias da emergência à floração e à maturação, altura de planta e reação ao acamamento. Fundação Pró-Sementes, julho/2019.

Tabela 17 -Rendimento de grãos das cultivares de soja ciclo médio/tardio, indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 102, semeado em São Luiz Gonzaga. Rendimento de grãos (kg.haˉ¹, sacos.haˉ¹ e em percentagem com relação à média do ensaio), dias da emergência à floração e à maturação, altura de planta e reação ao acamamento. Fundação Pró-Sementes, julho/2019.

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27Realização: Fundação Pró-Sementes e Sistema Farsul

E N S A I O S D E C U L T I V A R E S E M R E D E

Tabela 18 - Rendimento de grãos das cultivares de soja ciclo precoce, indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 102, semeado em Tupanciretã. Rendimento de grãos (kg.haˉ¹, sacos.haˉ¹ e em percentagem com relação à média do ensaio), dias da emergência à floração e à maturação, altura de planta e reação ao acamamento. Fundação Pró-Sementes, julho/2019.

Tabela 19 -Rendimento de grãos das cultivares de soja ciclo médio/tardio, indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 102, semeado em Tupanciretã. Rendimento de grãos (kg.haˉ¹, sacos.haˉ¹ e em percentagem com relação à média do ensaio), dias da emergência à floração e à maturação, altura de planta e reação ao acamamento. Fundação Pró-Sementes, julho/2019.

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ECR Soja RS 2018/201928

Tabela 20 -Rendimento de grãos das cultivares de soja de ciclo precoce, indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 103, semeado em Vacaria. Rendimento de grãos (kg.haˉ¹, sacos.haˉ¹ e em percentagem com relação à média do ensaio), dias da emergência à floração e à maturação, altura de planta e reação ao acamamento. Fundação Pró-Sementes, julho/2019.

Microrregião sojícola 103

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29Realização: Fundação Pró-Sementes e Sistema Farsul

E N S A I O S D E C U L T I V A R E S E M R E D E

Tabela 21 -Rendimento de grãos das cultivares de soja de ciclo médio/tardio, indicadas para o Estado do Rio Grande do Sul pelo Zoneamento Agrícola do MAPA – 2018/2019 - Microrregião 103, semeado em Vacaria. Rendimento de grãos (kg.haˉ¹, sacos.haˉ¹ e em percentagem com relação à média do ensaio), dias da emergência à floração e à maturação, altura de planta e reação ao acamamento. Fundação Pró-Sementes, julho/2019.

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31Realização: Fundação Pró-Sementes e Sistema Farsul

A R T I G O S T É C N I C O S

A alta liquidez da soja no mercado de grãos, não tem permitido o produtor executar a alternância ou rotação de culturas. Além disso, o uso de sementes de baixa qualidade e as condições de semeadura inadequadas, somadas aos patógenos de solo, resultou em grandes problemas para o estabelecimento da última safra (2018/2019).

Neste contexto, a manutenção dessa base alimentar disponível aos indivíduos do solo, direcionou a seleção de patógenos que parasitam a cultura da soja. Com isso, o equilíbrio da biota do solo fica cada vez menos estável, proporcionando eventos de intenso dano nas lavouras de soja.

Na última safra (2018/2019), especialmente no sul do pais, foi observada alta agressividade destes patógenos de solo sobre o hospedeiro, a soja. A resultante disso foi um tombamento generalizado de plântulas, tanto pós-emergência como de pré-emergência, levando os produtores a terem que repetir o plantio na mesma área. Esta operação alavancou um incremento de custos da lavoura que reduziu a rentabilidade final.

Podridão radicular de fitóftora (Phytophthora sojae)

Essa doença tem ganhado cada vez mais espaço no cenário de soja atual. Especialmente no sul do país, as condições de semeadura + qualidade da semente + monocultura, tem elevado o nível de destaque para esta doença, podendo causar perdas de grande significado, inclusive, inviabilização da colheita (Costamilan et al., 2010).

Para que ocorra a infecção em raízes de

PRINCIPAIS DOENÇAS RADICULARES EM SOJA

Marcelo Gripa Madalosso, Filipe A. Dalenogare, Jessica S. Boff, Mateus C. Dorneles e Dionatan F. NunesUniversidade Regional Integrada, Campus Santiago.Madalosso Pesquisas

plantas de soja por P. sojae, temperaturas iguais ou superiores a 25°C devem ocorrer concomitantemente a períodos de alta disponibilidade hídrica no solo, pois a água desempenha importante papel tanto na liberação como na disseminação dos zoóporos. Sendo assim, enquanto que elevadas precipitações no início do ciclo da soja facilitam a manifestação da doença em sementes germinando e plântulas emergindo, a concentração das chuvas nas demais etapas do ciclo favorece o surgimento da patogênese em plantas adultas (Costamilan et al., 2010).

A podridão radicular de fitóftora é uma doença monocíclica. Os oósporos formados em cultivos anteriores, e que podem permanecer viáveis no solo ou em restos de cultura por muitos anos, são a fonte de inóculo primário. Assim que ocorrem condições climáticas favoráveis, os oósporos germinam e produzem esporângios, os quais vão se acumulando no solo e, posteriormente, iniciam a liberação dos zoóporos, mediante condições de solo encharcado. Os zoósporos, por sua vez, locomovem-se na água e, atraídos por exsudados radiculares, depositam-se na superfície das raízes, germinam e penetram diretamente no tecido vegetal para iniciar a patogênese. Após a colonização do córtex radicular, tal patógeno realiza reprodução sexuada e encerra o ciclo, produzindo novos oósporos que serão liberados para o ambiente e servirão de inóculo inicial para as próximas epidemias (Schmitthenner, 1985).

Os sintomas da podridão radicular de fitóftora podem se manifestar em qualquer fase de desenvolvimento da soja, causando a morte gradativa de plantas jovens e adultas (Figura 1).

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ECR Soja RS 2018/201932

Na lavoura, os sintomas podem ser notados em plantas isoladas, ou em pontos isolados, mas, sobretudo, em locais onde o relevo é favorável ao acúmulo de umidade no solo. A visualização, em um mesmo instante, de plantas de diferentes estádios de desenvolvimento afetadas pela doença é comum (Costamilan et al., 2010).

Os tecidos afetados por P. sojae normalmente apresentam coloração marrom que evoluem para marrom-escuro (apodrecimento). Quando ocorrem condições favoráveis à infecção simultaneamente ao período germinativo, o patógeno pode ocasionar apodrecimento da semente ou afetar o desenvolvimento da radícula, deixando-a flácida e levando plântulas à morte.

Em plantas jovens, durante a emissão do primeiro trifólio, os sintomas do ataque de P. sojae são flacidez na extremidade da raiz principal, coloração marrom na haste, que atinge hipocótilo até o nó cotiledonar, clorose e murcha das folhas, seca da haste e morte da planta. Em plantas mais desenvolvidas, os sintomas são semelhantes, mas as plantas morrem mais lentamente. As folhas tornam-se amareladas e o tecido seca, primeiramente, entre as nervuras, sem que ocorra queda. Há apodrecimento quase que completo de raízes secundárias e da raiz principal, que adquire coloração marrom escura. A haste principal adquire coloração marrom-escura em toda a sua circunferência, que avançam em direção ao topo da planta, aparecendo, inclusive em hastes laterais (Constamilan et al, 2010).

Podridão cinzenta da raiz (Macrophomina phaseolina)

Aparece normalmente do meio para o final do ciclo produtivo da soja. Em tecidos já colonizados, a partir do micélio, este patógeno também forma microescleródios, os quais são estruturas multicelulares, duras e resistentes a condições ambientais adversas. Tais microescleródios são liberados no solo conforme as plantas infectadas vão sendo decompostas e consistem na principal fonte de inóculo para novas infecções (Almeida et al., 2010; Knox-Davies, 1967).

Este patógeno pode estar presente em sementes, na foma de micélio ou de microescleródios que se desenvolvem dentro do tegumento, situação na qual a doença é transmitida diretamente para a planta. Também possui capacidade de sobreviver no solo, como saprófita ou na forma de microescleródios, os quais germinam e promovem a infecção em raízes, principalmente durante a fase inicial do desenvolvimento das plantas. Normalmente, as infecções permanecem em estado latente e o fungo somente passa a desenvolver-se nos tecidos da planta mediante ocorrência de situações de estresse ambiental, como seca e temperaturas elevadas, sobretudo após o início do período reprodutivo (Almeida et al., 2010; Kunwar et al., 1986; Machado, 1987).

As condições climáticas predisponentes à ocorrência da doença são déficit hídrico, que aumenta a suscetibilidade das plantas e reduz a atividade de organismos antagônicos ao fungo, além de temperatura do solo relativamente elevada. A sobrevivência dos microesclerócios é de vários anos em solo seco, mas pode ser de apenas algumas semanas em solos saturados. Geralmente, as infecções se acentuam quando ocorrem veranicos e especialmente em solos compactados ou rasos, que dificultam a penetração das raízes. Em solos arenosos, muitas vezes também compactados, o problema também se agrava devido à sua baixa capacidade de retenção de água (Henning, A.).

Os primeiros sintomas são visualizados nas folhas pelo amarelecimento que evoluem para o marrom e em seguida murcham e secam sem desprender da planta, ao longo de toda a haste. Esse fato deve-se à obstrução dos feixes vasculares pelos microescleródios. Com isto, rapidamente a planta entra em fase de maturação

Figura 1 Sintomas de P. sojae nas plântulas (a) e planta adulta (b).

a b

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33Realização: Fundação Pró-Sementes e Sistema Farsul

A R T I G O S T É C N I C O S

não dando o tempo necessário para a total formação e enchimento do grão. O grão formado é menor que o normal, o que compromete o lote produzindo em termos de qualidade e peso. É comum encontrar planta sadia ao lado de uma planta com os sintomas desse fungo. Normalmente, essas plantas infectadas pelo fungo, não apresentam resistência ao serem arrancadas, pois o sistema radicular está em decomposição. As raízes apresentam coloração castanha clara e soltam facilmente a epiderme, revelando o lenho acinzentado, o que é o sintoma característico desta doença. Também é possível observar os sinais do patógeno, como a presença de estruturas negras, podendo ser os picnídios ou microescleródios (Figura 2).

Podridão vermelha da raiz (PVR) ou síndrome da morte súbita (SMS)

(Fusarium tucumaniae)

É uma doença que pode afetar diferentes fases do ciclo da soja. A cultura atacada pela doença diminuiu significativamente suas produções, isso é dado pelo fato de diminuir muito os números de vagens por plantas (Freitas et al., 2003).

As condições para estabelecimento da doença são de temperaturas entre 15 a 25°C, umidade de 50 a 75%, ocorrência de ferimentos e plantios em solos contaminados. Ferimentos no sistema radicular, principalmente os ocasionados por nematoides, facilitam a penetração do fungo. Clamidósporos de formato globoso e com dupla parede, servem como estrutura de resistência do patógeno (Kimati et al., 2005).

O sintoma inicia com uma mancha avermelhada, mais visível na raiz principal e geralmente localizada um a dois centímetros abaixo do nível do solo. Com a evolução da infecção, há expansão da lesão que passa a circundar a raiz, assumindo coloração castanho-avermelhado-escuro. A necrose situa-se no tecido cortical, enquanto o lenho da raiz adquire uma coloração castanho-clara, estendendo-se pelo tecido lenhoso da haste a vários centímetros acima do nível do solo. Na lesão, pode ser observada uma massa azulada de esporos do patógeno (Freitas et al, 2004; Kimati et al., 2005). Na folha, o sintoma típico são manchas cloróticas internervais, que surgem normalmente após o estádio R4 (legume completamente desenvolvido) (Figura 3).

a b

Figura 2Sintomas de seca causada pela M. phaseolina (a) e a coloração acinzentada com picnídios e microescleródios (b).

a b

Figura 3Sintomas de PVR. Colo vermelho (a) e sintoma reflexo de “folha carijó” (b).

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A taxa de transmissão do fungo por semente é baixa e sua importância é questionável, pois o mesmo ocorre naturalmente nos solos (Godoy et al., 2014). Em relação a isso, o fungo apresenta grande capacidade competitiva saprofítica no solo (Papavizas e Davey, 1961; Davey e Papavizas, 1963). Portanto, consegue sobreviver facilmente de um cultivo para outro, colonizando restos de cultura, ou ainda, mediante estruturas de resistência (Kimati, 1980).

Os primeiros sintomas causado pelo fungo Rhizoctonia solani são visíveis entre a pré-emergência e 30 a 35 dias após a emergência (Henning et al., 2015). De acordo com Godoy et al., (2014) observa que na plântula ocorre um estrangulamento da haste ao nível do solo, resultando em murcha e tombamento ou sobrevivência temporária, com emissão de raízes adventícias acima da região afetada. Essas plantas normalmente tombam antes da floração. No florescimento ocorre podridão aquosa de coloração castanha na haste próximo ao nível do solo. O sistema radicular adquire coloração castanho-escura, o tecido cortical fica mole e se solta com facilidade, expondo um lenho firme e de coloração branca a castanho-clara. Essas plantas morrem em grupos no campo formando reboleiras, com as folhas presas voltadas para baixo (Figura 4).

Estratégias de manejo integrado

Como são patógenos habitantes naturais do solo, focar no controle específico do indivíduo não é a melhor estratégia. Neste ponto, a utilização de ferramentas que visam focar na qualidade de desenvolvimento do hospedeiro, podem tornar o

manejo destas doenças mais efetivo.Assim, a construção de estratégias que visam melhorar

as condições FÍSICAS, QUÍMICAS e BIOLÓGICAS no solo, são o caminho único em direção à luz deste tema.

FÍSICAS: o uso de ferramentas que visam melhorar o ambiente radicular e reduzir resistência à penetração de raízes é o ponto de partida. Manejos como escarificação e/ou plantio com sulcador (botinha) são pontos a considerar. Rotação de culturas com gramíneas de verão entram muito bem neste tema, pois são as principais espécies que possuem alta agressividade radicular e agregação, etc...

QUÍMICAS: o confinamento que esta ocorrendo atualmente na superfície do solo, é fruto dessa última década de aplicação de adubos a lanço, sem critérios técnicos. Acabou que hoje temos um perfil de 0 - 20 cm com níveis muito bons de nutrientes e abaixo disso, níveis extremamente tóxicos de alumínio e baixa fertilidade. Desta forma, porque uma raiz iria crescer abaixo destes 20 cm? O uso de calagem, gessagem e outras estratégias para fazer o alumínio e outros cátions serem levados para camadas mais profundas, também entram neste conjunto de manejo.

BIOLÓGICAS: um raciocínio é necessário neste ponto... porque a grande maioria dos patógenos se localizam na camada de 0 – 20 cm? Primeiro ponto é a alta disponibilidade de comida (raízes); o segundo, é a presença de temperatura adequada de disponibilidade de oxigênio. Diante disso, criar condições para raiz escapar desta camada é fundamental. Além disso, o desequilíbrio na biota do solo está em uma magnitude que é impossível retornar ao ponto inicial, isoladamente. Com isso, é imperativo a adição de fungos/bactérias através de aplicações em TS e/ou sulco, como forma de tentar equilibrar o sistema. No entanto, é vital que se compreenda que esta se tratando de indivíduos e que seu armazenamento, transporte e aplicação devem ser devidamente respeitados, para manter a viabilidade e posterior colonização do solo. Neste último ponto, é importante a adição constante (pelo menos nos primeiros anos) destes indivíduos benéficos, visto que precisarão colonizar o ambiente para combater os patógenos.

Figura 4Sintomas de R. solani em plântulas de soja (a e b).

a b

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A R T I G O S T É C N I C O S

O Brasil solidifica-se cada vez mais como um dos grandes produtores mundiais de soja. Analisando a série histórica da produção brasileira, na safra de 1998/99 produzíamos aproximadamente 30 milhões de toneladas e desde a safra 2016/17 ultrapassamos a marca de 100 milhões de toneladas. Isso só é possível com profissionalização do setor produtivo, alicerçado pelo uso de sementes de alta qualidade.

Para se fazer agricultura existem três matérias-primas sem as quais não se executa essa atividade: o homem, a terra e a semente. São elementos essenciais nos quais não se pode negligenciar se a gente quiser maximizar a produtividade porque, cada vez mais, precisamos produzir mais por área. Especificamente no quesito sementes, há um envolvimento muito grande por parte dos sementeiros no sentido de disponibilizar sementes com alta qualidade, e na quantidade demandada pelo mercado, sendo este um dos principais desafios do setor.

Embora a Produção de Sementes contemple todas as etapas de campo, envolvendo desde aspectos de escolha da área, planejamento da semeadura até a colheita do campo em si, para fins deste texto, será considerado, além das fases mencionadas todas aquelas que ocorrem após a colheita (secagem, beneficiamento, armazenamento, tratamento químico e outras), pois para os agricultores o que importa é a qualidade da sementes no momento da sua utilização, ou seja, a semeadura.

Existe um jargão sementeiro que diz que “SEMENTE SE FAZ NO CAMPO”, e trata-se de uma verdade, logo, especial atenção é dada a esta fase, pois é o ponto de partida do processo e não há como “finalizar bem” se não iniciamos bem.

A RESPONSABILIDADE DA PRODUÇÃO DE SEMENTESNA PRODUTIVIDADE DA CULTURA DA SOJA

Géri Eduardo Meneghello e José Ricardo Bagateli PPG em Ciência e Tecnologia de Sementes - UFPel (Universidade Federal de Pelotas)

Ademais, nesta fase, por mais que seja utilizada tecnologia de ponta em equipamentos, técnicas e procedimentos, é impossível deter o controle pleno dos fatores envolvidos, especialmente no que se refere a condições edáficas, climáticas e até mesmo biológicas. Logo, os erros no processo devem ser minimizados, o que só é conseguido mediante a utilização de um tripé harmônico com ambiente favorável (escolha da área, época de semeadura, posicionamento de cultivares), adequada infra estrutura física (máquinas, planejamento de atividades) e por fim equipe qualificada e comprometida, pois cada colaborador, além de “saber fazer” deve “fazer corretamente” no momento em que “deve ser feito”.

Campos de Produção

Sabe-se que uma região que apresenta condições favoráveis para a produção de grãos, nem sempre reúne condições satisfatórias para a produção de sementes, gerando a necessidade de se produzir sementes em uma determinada região e transportá-las para outros locais. As condições de temperatura e do regime hídrico estão entre os principais aspectos a serem observados na escolha do local para produção de sementes. Tecnicamente é possível produzir sementes em qualquer local apto ao cultivo, mas os riscos de se produzir com qualidade abaixo da desejada são grandes, além de haver custos altos para criar artificialmente condições para minimizar as chances de insucesso.

Logo, soma-se a isto às dificuldades que o setor enfrenta na logística de distribuição da região produtora até as regiões de consumo. Para

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que a semente chegue até o agricultor com qualidade, é necessário planejamento e adoção de rigoroso controle de qualidade, em todas as fases (produção, colheita, pós-colheita, armazenamento e distribuição); objetivo este alcançado com pessoal devidamente qualificado e treinado.

Colheita

Embora seja uma etapa relativamente rápida, considerando o processo como um todo, é de suma importância, pois caracteriza-se por ser uma fase em que o produtor de sementes ou seu responsável técnico, toma a decisão de antecipar ou retardar, escolhendo a

regulagem da colheitadeira, adotando determinada velocidade na colheita, tipo de equipamento a ser utilizado, ou seja, o agricultor pode escolher quando e como colher. Vamos nos restringir, portanto, em mencionar aspectos que o excesso ou falta de umidade podem causar às sementes.

Sabe-se que as sementes tendem a possuir máxima qualidade no momento da maturidade fisiológica, portanto momento teoricamente mais adequado para a colheita, porém inviável do ponto de vista prático, pois a umidade das sementes impede o processo mecânico de colheita. Logo é necessário esperar reduzir a umidade até atingir a “maturação de colheita”. Considerando aspectos inerentes à fisiologia de cada espécie, em razão das adaptações evolutivas para sua perpetuação, a maturação acontece de forma desuniforme (característica indesejada para os agricultores, mas fundamental para as espécies garantirem a sobrevivência), logo, na colheita há grande variação de umidade entre as sementes, sendo necessário realizar secagem artificial para reduzir o excesso de umidade.

Colher com umidade muito alta pode causar amassamento das sementes de soja, e, com umidade muito baixa pode haver danos por trincamento, sem considerar o fato de que a espera pela redução “natural” da umidade aumenta o tempo de permanência no campo, via de regra sob condições desfavoráveis, muitas vezes oscilando umidade ao longo do dia, contribuindo para acelerar o processo de deterioração.

Em razão disso, são necessários alguns cuidados para aumentar as chances de se obter sementes de alta qualidade

Adotar correto manejo agronômico do campo de produçãoColher o mais próximo possível da maturidade fisiológicaTer boas condições de secagem e de armazenamentoTer uma equipe que tenha duas características: que seja qualificada, ou seja, saiba o que tem que fazer, e que ela seja comprometida, ou seja, fazer o que é preciso ser feito no momento adequadoTambém é bom ter uma boa rede de relacionamento entre empresas produtoras e agricultores para ter confiabilidade, para ter aquela relação comercial sólida e robusta.

1.

2.

3.4.

5.

Campo de produção de semente de soja.

Foto

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A R T I G O S T É C N I C O S

Considerações importantes

A qualidade final de um lote de sementes é a soma de uma série de atributos gerenciados por diversos processos. Cada etapa, se inadequadamente conduzida, contribui para redução da qualidade que atingiu seu ápice na maturidade fisiológica (Qualidade 100). Se quisermos entregar uma semente ao consumidor, por exemplo, com qualidade 90 (Empresas Top devem focar em qualidade maior que este patamar), deve ser buscado a perfeição em cada etapa.

Diversos registros são encontrados na literatura científica comprovando vantagens em se utilizar sementes vigorosas. Portanto, se há vantagens cientificamente comprovada, os produtores de sementes, cientes da demanda por parte dos agricultores, estão comprometidos na produção de sementes de alta qualidade e de variedades melhoradas, cujos benefícios podem ser assim sumarizados:

Sementes de alto vigor têm maiores índices e maior velocidade de germinação e de emergência. Para exemplificar esta situação, quando a semeadura

é realizada com maior profundidade; quando ocorrem compactação superficial ou assoreamentos na linha de semeadura; quando ocorrem ataques de fungos; ou com a ocorrência de baixas temperaturas por ocasião da semeadura há melhor desempenho das sementes de alto vigor quando comparado com aquelas de médio e baixo vigor;

Plantas vigorosas apresentam uma maior taxa de crescimento maior, acúmulo de matéria seca, gerando plantas com maior potencial produtivo. Plântulas que emergem mais cedo têm vantagens competitivas sobre as demais, pois têm melhor aproveitamento de água, luz e nutrientes e o processo fotossintético das plantas é iniciado mais cedo e de maneira mais eficiente;

Fica nítida e evidente as vantagens da utilização de sementes de alta qualidade.

A título de exemplo, ao fazer avaliações do número de sementes por planta em uma lavoura de soja encontram-se grandes variações, por exemplo, plantas com 50 sementes outras chegando a mais de 250 sementes.

A pergunta óbvia diante desta situação é: qual a causa de tão grande diferença, considerando que

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Sementes em maturidade de colheita.

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muitas plantas podem estar lado a lado, sem falhas, e mesmo assim é possível verificar esta grande diferença? Dentre as várias causas possíveis, certamente está o vigor das sementes utilizadas neste campo. Uma planta originária de semente vigorosa tende a produzir mais galhos (guardadas as peculiaridades de cada cultivar), entre outros efeitos, e assim, produz mais sementes. Se considerarmos apenas 12 sementes a mais por planta, que representam em média 2 gramas de incremento em cada planta, se a população for de 240.000 plantas, há um aumento de 480 kg por hectare, ou oito sacos.

Dados experimentais, relacionados ao vigor de sementes de soja e produtividade, mostram um acréscimo de produtividade que pode chegar a mais de 20%, dependendo da proporção de sementes de alto vigor dentro do lote.

Vemos, portanto, que grande é a responsabilidade do produtor de sementes para com o potencial aumento

da produtividade nacional, ofertando ao mercado, além de variedades adaptadas, sementes com alta qualidade, refletida no seu principal atributo fisiológico: O VIGOR.

Altas produtividades implicam em cometer mínimos erros em todas as fases do processo, portanto, o agricultor que realiza a agricultura com excelência, deve ter especial atenção aos cuidados simples que precisam ser feitos para não negligenciar nenhuma parte do processo.

É importante mencionar que o processo de produção de sementes pode ser comparado a uma corrente que será tão forte quanto seu elo mais fraco e, logo, não importa se rompermos o primeiro, o do meio ou o último, uma vez rompido, todo o processo estará comprometido.

Conhecimento técnico e profissionalismo são aspectos chaves para a eficiência. A eficiência deve ser buscada tanto pelo produtor de sementes quanto pelo agricultor, com isso, nos consolidaremos em breve com o almejado posto de MAIOR PRODUTOR MUNDIAL DE SOJA.

Sementes em maturidade de colheita.

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Ao longo dos anos o melhoramento de plantas promoveu a domesticação e adaptação de várias espécies ao redor do mundo, como por exemplo, a soja (Glycine max L.). A soja é uma espécie autógama, originária da China e os primeiros relatos de seu cultivo em território brasileiro são de 1882, quando Gustavo D’utra conduziu a campo algumas cultivares introduzidas dos Estados Unidos no estado da Bahia para fins experimentais. No entanto, devido principalmente a fatores como baixa latitude e fotoperíodo, os primeiros casos de sucesso com a introdução de cultivares estrangeiras aconteceram no Rio Grande do Sul, onde, no início da década de 1940 a cultura passou a ter expressão como cultura de grãos e não mais como forrageira. Posteriormente, com o avanço das pesquisas e colaboração dos programas de melhoramento houve a expansão das áreas agrícolas brasileiras semeadas com soja, principalmente na região dos cerrados (regiões de baixa latitude), onde anteriormente, não havia cultivares adaptadas as condições de ambiente (Figura 1).

É notório que além de contribuir para a expansão territorial da cultura, o melhoramento genético é o grande responsável pelo aumento da produtividade de grãos de soja ao longo dos

MELHORAMENTO GENÉTICO DE SOJA NO BRASIL: CONTRIBUIÇÕES E DESAFIOS

Murilo Viotto Del Conte e Daniel KernkampSupervisores de Pesquisa – GDM

anos, visto que o incremento de produtividade de 1.458,2 kg/ha (80%) entre as safras 1976/77 e 2018/19 está diretamente relacionado ao aumento das pesquisas com a cultura e ao desenvolvimento de novas cultivares, primeiramente por instituições públicas e depois, também as de iniciativa privada (Figura 2). Estima-se que o melhoramento genético de soja seja responsável por aproximadamente 1,5% dos ganhos de produtividade de grãos ao ano. Contudo, é importante ressaltar que além da melhora do potencial produtivo pelo desenvolvimento de novas cultivares, a evolução das técnicas de manejo e dos implementos agrícolas também tiveram importância para o incremento de produtividade com o passar dos anos.

Atualmente, o Brasil é o segundo maior país produtor de soja e existe a expectativa de que em breve, será o primeiro. Além de ser o grão mais cultivado em território nacional, a soja é também a comodity que apresenta maior volume de exportação, sendo o primeiro no ranking mundial, o que contribui em grande parte para o PIB do agronegócio cujo qual é um grande responsável por compor o PIB nacional. A demanda pelo consumo e exportação da oleaginosa é crescente, portanto, se faz necessário o desenvolvimento de novas cultivares que atendam às necessidades do

Figura 1 - Evolução da área plantada de soja nos estados brasileiros. Dados da Conab, 2019.

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41Realização: Fundação Pró-Sementes e Sistema Farsul

A R T I G O S T É C N I C O S

mercado nas diferentes condições ambientais em que a soja é cultivada. Tal necessidade é atendida pelos programas de melhoramento genético.

Normalmente, um programa de melhoramento genético de soja é gerenciado por um profissional conhecido como melhorista (ou Breeder), mas conduzido por uma equipe constituída de profissionais de diversas áreas, entre elas: estatística, genética, biologia molecular, fitopatologia, climatologia, fisiologia vegetal, os quais contribuem com a obtenção de cultivares superiores. Um programa de melhoramento genético de soja pode ser entendido como um processo contínuo de geração de novas cultivares para atender às demandas do mercado, tais como: cultivares mais produtivas, com maior tolerância a doenças (Ferrugem, Mancha-alvo, Antracnose, Oídio etc.), nematoides, maior tolerância a condições ambientais adversas, maior estabilidade de produção e adaptação a diferentes condições de cultivo.

Atualmente o melhoramento genético de soja é realizado sob duas principais metodologias alternativas à introdução de cultivares – como pioneiramente experimentado no Brasil -: a hibridação artificial e a transformação genética. A hibridação artificial é o método mais utilizado e consiste na escolha de cultivares ou linhagens divergentes, ambas com características de interesse agronômico, as quais são utilizadas como

genitores. A flor de um dos genitores é polinizada com pólen do outro genitor. Assim, as plantas oriundas deste cruzamento são conduzidas e avaliadas a campo (Figura 3) ao longo dos anos em vários locais na tentativa de obter uma cultivar superior às disponíveis no mercado. Já no caso da transformação genética, a transgenia é a técnica que mais proporcionou benefícios aos produtores até os dias de hoje. Foi via esta técnica que pesquisadores puderam transferir genes exógenos - de outra espécie - para cultivares de soja a fim de conferir resistência ao herbicida glifosato (tecnologias RR e INTACTA) e a algumas espécies de lagartas (INTACTA). Atualmente, além da transgenia, a edição gênica também vem sendo bastante estudada para transformação do código genético da soja sem a necessidade da inserção de fragmentos de genes de outras espécies. De maneira geral a hibridação artificial visa reunir em um nova cultivar, várias características favoráveis, as quais estão presentes em outras duas cultivares utilizadas como genitores, enquanto a transformação genética é utilizada mais comumente para melhorar características pontuais na cultura da soja. Portanto, estas metodologias são empregadas em programas de melhoramento genético de soja de maneira complementar.

Ao longo do tempo os programas de melhoramento de soja vêm se adaptando as demandas do mercado

Figura 2 - Evolução da produção, área e produtividade de soja no Brasil entre os anos 1976 e 2018. Dados da Conab 2019.

MELHORAMENTO GENÉTICO DE SOJA NO BRASIL: CONTRIBUIÇÕES E DESAFIOS

Figura 1 - Evolução da área plantada de soja nos estados brasileiros. Dados da Conab, 2019.

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ECR Soja RS 2018/201942

e as novas descobertas da ciência para fornecer cultivares produtivas para o agricultor, a custos mais baixos e em menor tempo. Inicialmente, o tempo demandado para que novas cultivares fossem ofertadas aos agricultores era de aproximadamente 12 anos, enquanto hoje, é possível realizar a mesma tarefa em aproximadamente 7 anos. Dentre as ferramentas e técnicas que possibilitaram este ganho em tempo, está o uso de marcadores moleculares, que permitem acessar informações sobre as características das plantas sem testes a campo. Por exemplo: por meio informações de natureza molecular é possível descobrir se uma planta é resistente ou suscetível a um patógeno sem a necessidade da inoculação, mas apenas pela identificação da presença ou ausência do gene de resistência, poupando recursos e tempo. Mais recentemente, os marcadores moleculares têm sido empregados para auxiliar o melhorista na seleção de características mais complexas, como a produtividade de grãos.

Os programas de melhoramento evoluíram também quanto as características desejadas nas cultivares. Até meados dos anos 2000, as cultivares de soja disponíveis no mercado consistiam em plantas com grande número de folhas, fechamento rápido das entrelinhas, folhas largas, porte médio a alto, tudo

isto visando dar vantagens competitivas a cultura da soja frente às plantas daninhas. Após o surgimento da soja RR o controle de plantas daninhas foi facilitado e atualmente as cultivares de soja apresentam porte médio, folhas estreitas, eretas e em menor número, o que promove a melhor penetração de fungicidas, melhor aproveitamento de luz e nutrientes, e prioriza a expressão do potencial produtivo das cultivares. Outras características de interesse nos dias atuais são a precocidade e tipo de crescimento indeterminado que por reduzir o ciclo da cultura no campo e flexibilizar a época de plantio, permitem aos agricultores cultivar o milho de segunda safra, planejar melhor o sistema agrícola e agregar rentabilidade ao negócio.

Os programas de melhoramento de soja estão em constante evolução para atender as necessidades dos agricultores, do mercado e acompanhar o surgimento de novas tecnologias. Sendo assim, fatores como: teor de proteína, qualidade das frações do óleo, soja para consumo humano, novas resistências a herbicidas e insetos-praga etc. abrem novas perspectivas para o melhoramento da cultura, que hoje além da experimentação a campo, lança mão de drones, sensores, ciência de dados, estações meteorológicas e toda tecnologia disponível para superar os novos desafios.

Figura 3 - Imagem aérea de ensaios de produtividade em um programa de melhoramento genético de soja.

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