substituições em sistemas aromáticos (impressão) [modo de compatibilidade]
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Reações de Substituições em sistemas aromáticosTRANSCRIPT
30/11/2008
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃOUNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIACENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXATAS
DISCIPLINA DE MECANISMOS DE REAÇÕES ORGÂNICAS
Santa Maria, outubro de 2008.
REAÇÕES DE SUBSTITUIÇÃO ELETROFÍLICA AROMÁTICA
2
Reações de Substituição Eletrofílica Aromática
1. Introdução
2. Mecanismo de SEAr
3. Efeitos do Substituinte
6. Alquilação de Friedel-Crafts
4. Halogenação
5. Nitração
7. Acilação de Friedel-Crafts
8. Substituição Ipso
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Referências Bibliográficas
1. Solomons, T. W. G.; Fryhle, C. B. Química Orgânica, vol.1, LTC, Rio de Janeiro, 2005.
2. Clayden, J. Organic Chemistry, Oxford University Press Inc., New York, 2001.
3. Carey and Sundberg, Advanced Organic Chemistry ParteA Structure and Mechanisms; Parte B; Reactions andSynthesis, kluwer Academic/Plenum Publishers, New York,2001.
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1. Introdução:
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E AE
H A
REAÇÃO GERAL:
6
X
H EC o m p l e x o
X
+ E +
X
E +
C o m p l e x o
X
E
+ H +
X
E
H +
C o m p l e x o
+
FORMAÇÃO DO COMPLEXO DO COMPLEXO
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E A
E
H
E
H
E
H
E
H
A
E
H A
Complexo
2. MECANISMO GERAL DA SUBSTITUIÇÃO ELETROFÍLICA AROMÁTICA
Etapa 1: complexação do eletrófilo com os elétrons π do anel aromático formando o íon arênio;
Etapa 2: desprotonação e formação do produto.
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2.1. Perfil Energético
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Os grupos substituintes afetam a reatividadee a orientação das substituições eletrofílicasaromáticas;
Ativantes: tornam o anel mais reativo que obenzeno; (orientam orto e para);
Desativantes: tornam o anel menos reativoque o benzeno (orientam meta).
3. EFEITO DOS SUBSTITUINTES
10
Orientadores Orto-Para
Ataque Orto
NH2
E
NH2
EH
NH2
EH
E
NH2
H
NH2
EH
3.1 Grupos Ativantes
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11
Ataque Para
NH2
E
NH2
E H
NH2
E H HE
NH2 NH2
HE
E
NH2
H
NH2
E
NH2
HE
NH2
HE
Ataque Meta
12
3.2. Grupos Desativantes
Ataque Orto
CF3
E
CF3
EH
CF3
EH
E
CF3
H
Ataque Meta
E
CF3
H
CF3
E
CF3
HE
CF3
HE
Orientadores Meta
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13
Ataque Para
HE
CF3
H
CF3
EH
CF3
EE
CF3
14
3.3. Grupos Desativantes
Ataque Orto
Cl
E
Cl
EH
Cl
EH
E
Cl
H
Cl
E
Orientadores Orto-Para
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Ataque Meta
E
Cl
H
Cl
E
Cl
HE
Cl
HE
Ataque Para
Cl
E
Cl
E H
Cl
E H HE
Cl Cl
HE
16
Orientadores Orto-Para Orientadores MetaAtivadores Fortes Desativadores Moderados
Ativadores Moderados Desativadores Fortes
Ativadores Fracos
Desativadores Fracos
OOH
NR2NHRNH2
OROCH3
NHCORNHCOCH3
CH3 C2H5
R C6H5
F Cl
Br I
CORCHOCO2RCO2H
SO3HC N
CCl3
CF3
NR3
NO2
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EXPLICAÇÃO DO EFEITO DO SUBSTITUINTE POR CÁLCULOS DO COEFICIENTE DE HOMO E DE DENSIDADE DE ELÉTRONS - π
C
H
HH OCH3
CH O
NO O
HOMO
0,20
0,520,31
0,24
0,53
0,56
0,58
0,380,31
0,18
0,47
0,53
0,27
0,46
0,28
0,20
0,45
0,28 0,28
0,26
0,510,23
0,26
0,50
Energia -0,48 -0,46 -0,50 -0,57Coeficiente de HOMO
18
1,002
0,982
0,999
0,972
0,999
0,984
1,003
0,957
Substituinte Doador de Elétrons
NH2 OH OCH3 CH30,956
1,070
0,977
1,044
0,975
1,068
0,976
1,039
0,9831,063
0,979
1,038
0,972
1,018
0,994
1,012
Substituinte Aceptor de Elétrons
CH C N CF3 NO21,020
0,9811,056
0,976
1,0350,986
1,0900,958
Densidade de Elétrons π
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EFEITO DE GRUPOS NÃO DIRETAMENTE LIGADOS AO ANEL
Percentual de nitração em meta paragrupos alquil com retiradores de elétrons.
CH2
CO OC2H5
CHCl2 CH2CCl3 CH2NO2 CCl3 CH2N+(CH3)3
11% 34% 37% 55% 64% 85%
20
3.3. Orientação de Benzenos Dissubstituídos
NHCOCH3
CH3
Cl2CH3CO2H
NHCOCH3
CH3
Cl
NHCOCH3
CH3
Cl
ProdutoPrincipal
Secundário
O grupo ativador mais forte geralmentedetermina o resultado da reação.
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3.4. Efeitos estéricos são também importantesem SEA
Cl
Br
C l
Br
NO 2
C l
Br
Cl
Br
O 2N
C l
Br
N O 2
62% 37% 1%
HN O3H2SO4
22
PROPROÇÃO DE ISÔMEROS EM ANÉIS SUBSTITUÍDOS
Produto (%)
Substituinte o m p
3-5 35-50 50-60
0 89 11
5-8 91-93 0-2
9-13 0-1 86-91
38-45 1-2 54-60
6 91 3
56-63 2-4 34-41
30-40 0-2 60-70
NH3+
NO2
FI
CF3
CH3
OCH3
N+(CH3)3
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ESTADO DE TRANSIÇÃO PARA ELETRÓFILOS ALTAMENTE REATIVOS
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ESTADO DE TRANSIÇÃO PARA ELETRÓFILOS POUCO REATIVOS
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Principais reações de Substituição EletrofílicaAromática
1. HalogenaçãoReação só ocorre na presença de ácido deLewis (FeCl3; FeBr3; AlCl3) que torna oseletrófilos ativos.
Reatividade: I2< Br2< Cl2I2< ICl < Br2 < BrCl < Cl2
26
Bromação
• Mecanismo
1° etapa: geração do eletrófilo ativo (Br+);2° etapa: formação do íon arênio (complexo σ);3° etapa: desprotonação, formação do produto e regeneração do catalisador.
Br Br FeBr3 Br Br FeBr3 Br FeBr3Br
Brlenta
HBr
HBr
HBr
HBr
Br FeBr3 Br
+ H Br FeBr3
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• O mecanismo da cloração do benzeno éanálogo ao da bromação; • Iodação: o iodo é tão inerte, que só reage napresença de um agente oxidante como oácido nítrico;• Fluoração: o flúor reage tão velozmente como benzeno que exige condições especiais emesmo assim é difícil limitar a reação aMonofluoração.
28
2. NitraçãoMecanismo:
Etapa 3:
Etapa 4:
lenta
H
NO2
H O
H
NO2
H O H
H
HO3SO H H O NO
OH O N
H O
OH2SO4
H O N
H O
OH2O N
O
O
N
O
O
H
NO2
H
NO2
H
NO2
-Etapa 1:
Etapa 2:
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• Aromáticos de reatividade modesta exibemcinética de 2° ordem, em misturas de HNO3
em H2SO4 conc.ou ác. Perclórico rápidaformação do NO2
+ (2° etapa é determinante davelocidade);• Nitração em solventes inertes (nitrometano,e tetracloreto de carbono), na ausência deácido forte a formação do NO2
+ é lenta determinante da velocidade da reação(cinética de 1° ordem).
30
Outras espécies podem ser eletrófilos ativos nanitração:
Exemplo:
HNO3 em anidrido acético acetilnitrato
HNO3 + (CH3CO)2O CH3CONO2 + CH3CO2H
O
anidrido acético acetilnitrato
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3. SulfonaçãoMecanismo:
Etata 1:
Etapa 2:
Etapa 3:
Etapa 4:
2 H2SO4 SO3 + H3O+ + HSO4-
S
O
O O
lenta S
O
O
OH
Outras estruturas de ressonância
HSO4-
HOS
O
O
RápidaS O
O
O
H2SO4
S O
O
OH O H
HRápida
S O
O
O
H H2O
32
A sulfonação é um processo reversível, porisso o ácido sulfônico é usado na proteçãode uma posição do anel benzênico, sendoremovido por dessulfonação (H2SO4 diluído). Ex: Síntese da o-nitroanilina:
Acetanilida o-nitroanilina (56%)
HNCOCH3 NHCOCH3 NHCOCH3 NH2
NO2HNO3
SO3H SO3H
H2SO4
conc.NO2
(1) H2OH2SO4calor
(2) OH-
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4. Alquilação de Friedel-Crafts
• Geração de E+: • RCl + AlCl3 R+ + AlCl4-
• R3COH + H+ R3COH2 R3C+ H2O• R2C CH’R + H+ R2CCH2R’
Catalisador: AlCl3 (SbF5, TiCl4, SnCl4, BF3)
+
+
34
CHCH3
CH3HCH
CH3
CH3Cl Al
ClCl
Cl
HCl AlCl3
H3CCH
H3CCl Al
ClCl
ClCl Al
Cl
Cl
Cl CHCH3
CH3
CH
CH3
CH3
CHCH3
CH3
Outras estruturas de ressonânciaH
Cl AlCl
Cl
Cl H3CCH
H3C
• Mecanismo:
Etapa 1:
Etapa 2:
Etapa 3:
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Limitações das reações de alquilação de Friedel-Crafts
A) Rearranjo
Exemplo: enquanto o brometo de isopropilareage para dar o isopropil-benzeno:
CH3
CH3
CHCH3
AlCl3++ HBrCH3CHBr
36
O brometo de n-propila, nas mesmascondições, dará principalmente oisopropil-benzeno:
Rearranjo:
Migração 1,2 H
CH3
CHCH3
AlCl3++ HBrCH3CH2CH2Br
CH3 CH CH2 CH3 CH CH3 +
H
+
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B) Polialquilação
Outra limitação do uso de alquilação emsíntese é o fato de que o alquil-benzenogerado na reação é mais reativo do que obenzeno em si e reações colaterais como adialquilação podem ser um problema.
Isopropil-benzeno(24%)
p-diisopropilbenzeno (14%)
CHOH600CBF3
H3C
H3CCH(CH3)2 CH(CH3)2
CH(CH3)2
++
38
Em alquilação FC pode haver o fechamento doanel
C H2
C H2
C H2
H2
C
C l
A l C l3
c a l o r
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7.ACILAÇÃO DE FRIEDEL-CRAFTS
AlCl4
R C Cl
O
AlCl3 AlCl3R C Cl
O
R C Cl
O
AlCl3 R C O R C O
C
R
O
HC
R
O
40
CR
C6H5
O AlCl3 3H2O CR
C6H5
O Al(OH)3 3HCl
AlCl4 HCl AlCl3
C
R
O AlCl3
C
R
O AlCl3
HC
R
OC
R
O
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AlCl3Benzeno em excessoO
CH3C
CH3C800C
++
Anidrido acéticoAcetofenona
(82-85%)
CH3COH
CCH3
O
O
O
O
Acilação de Friedel-Crafts também ocorrem com anidridos de ácidos carboxílicos
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Em reações de acilação Friedel-Crafts pode ocorrer o fechamento do anel:
C H 2 C H 2 C C l
O
O
A lC l3
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8. Substituição Ipso:
CH(CH)3
CH(CH3)
HNO3
H2SO4
CH(CH)3
CH(CH3)
NO2
CH(CH)3
NO2
+
• Ocorre quando o grupo substituído não éo hidrogênio. Exemplos mais freqüenteencontrados envolve a clivagem de umgrupo alquil altamente ramificado.• Ex: nitração de 1,4 – 2 - propilbenzeno
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9. FURANOS E PIRRÓIS:
Sistemas π excedente.
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9. DUREZA DAS DIFERENTES POSIÇÕES.:
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Resultado Experimental
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10. SEAr EM SISTEMAS POLICÍCLICOS E HETEROCÍCLICOS:
Naftaleno
•Maior reatividade na posição 1.•Condições termodinâmicas substituição preferencial na posição 2.
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Antraceno
SEAr no anel central devido a grande estabilização do complexo-σ.
10. SEAr EM SISTEMAS POLICÍCLICOS E HETEROCÍCLICOS:
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃOUNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIACENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXATAS
DISCIPLINA DE MECANISMOS DE REAÇÕES ORGÂNICAS
Santa Maria, outubro de 2008.
REAÇÕES DE SUBSTITUIÇÃO NUCLEOFÍLICA AROMÁTICA
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Reações de Substituição Eletrofílica Aromática
1. Introdução
2. Mecanismo de Adição- Eliminação
3. Mecanismo de Eliminação- Adição (benzino)
4. Mecanismo via Intermediário Ion Diazônio
5. Mecanismo via Radicais Livres
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Referências Bibliográficas
1. Solomons, T. W. G.; Fryhle, C. B. Química Orgânica, vol.1, LTC, Rio de Janeiro, 2005.
2. Clayden, J. Organic Chemistry, Oxford University Press Inc., New York, 2001.
3. Carey and Sundberg, Advanced Organic Chemistry ParteA Structure and Mechanisms; Parte B; Reactions andSynthesis, kluwer Academic/Plenum Publishers, New York,2001.
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Uma reação de substituição Nu bimolecular (SN2) é dificultada pelo ataque do Nu pelo lado contrário do LG.
XNu
Sistemas aromáticos possuem elétrons π sujeitos predominantemente a substituições por regentes eletrofílicos.
1. INTRODUÇÃO
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5353
Em termos energéticos uma SN1 seria dificultada, pois o cátion formado seria altamente instável.
cátion instável
Br-OH
OH
SN2
O átomo de C tetraédrico permite a aproximação do Nu por trás, a ligação C-Br não está no plano do anel.
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Existência de 1 ou mais grupos com grande poder de atrair elétrons ligados ao sistema aromático ou o uso de condições de reação especiais o carbono Sp2 pode sofrer ataque nucleofílico.
Premissa:
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5555
2. Mecanismo de Adição-Eliminação
Consiste na adição de um nucleófilo a um anel aromático, seguida da eliminação do substituinte.
XlentaY
Y
X
Y
X
Y
X
rápidaY
X
Etapa 1:
Etapa 2: Y
X
5656
E
Coordenada de Reação
Z
X
+ Z-
X
Z-
G
Z
X
Z
X
+ X -
1
2
G1
2
2. Mecanismo de Adição-EliminaçãoPerfil energético da substituição nucleofílica aromática pela
adição eliminação:
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5757
2. Mecanismo de Adição-Eliminação
O passo energético determinante da velocidade da reação é a formação do intermediário proveniente da adição do nucleófilo.
Esta etapa de adição produz um intermediário aniônico conhecido como COMPLEXO DE MEISENHEIMER, que é estabilizado por ressonância:
5858
2. Mecanismo de Adição-Eliminação
LG
NuLG
Nu
LG
NU
- -
-
A estabilização por ressonância sozinha não é suficiente para possibilitar a formação do intermediário aniônico. Ele precisa ser estabilizado por grupos fortemente retiradores de elétrons em posições orto e/ou para.
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2. Mecanismo de Adição-Eliminação
Estabilização do intermediário por Grupamentos Retiradores de elétrons
6060
2. Mecanismo de Adição-Eliminação
Exemplo de grupos retiradores comuns para estas reações: -NO2, -CF3, -CN, -CHO, -COR, -COOH, -Br, -Cl, -I.
Grupos “ativantes” devem estar em posição orto/para em relação ao grupo abandonador, pois em meta seu efeito ativante será pequeno:
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6161
2. Mecanismo de Adição-Eliminação
ClOHH
NO2
-ClOH
HNO2
-
ClOHH
NO2
-
A carga negativa deslocalizada não atinge o átomo de carbono ligado ao grupo nitro em nenhuma das formas de ressonância grupo m-nitro NÃO está em posição favorável para estabilizar a carga negativa.
6262
2. Mecanismo de Adição-Eliminação
Se houver dois ou mais grupos atratores de elétrons nas posições orto/para, o intermediário é ainda mais estável e a reação de substituição mais fácil.
Cl
NO2O N2
+ H O2130°C
Na CO Aq2 3
OH
O N2 2N O+ NaCl + H O + CO2 2
Cl
NO2O N2
NO2
+ CH O3- 20° C
O N2
OMe
NO2
NO2
+ Cl -
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6363
2. Mecanismo de Adição-Eliminação
Grupos retiradores facilitam a etapa de adição. Deve-se notar que grupos ativantespara SNAr são grupos desativantes para SEAr.
Na segunda etapa, a eliminação ocorre quando o anel sofre re-aromatização com a perda do grupo abandonador.
6464
2. Mecanismo de Adição-EliminaçãoA habilidade do LG não está relacionada com o
favorecimento da reação, pois a quebra da ligação C – LG não é parte do passo determinante da velocidade.
NO
O
F
NO
O
Br
NO
O
INO
O
Cl
>> ~ >
Além disto a maior eletronegatividade do Flúor estabiliza o E.T. com maior eficiência que os outros halogênios.
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3. Mecanismo Eliminação-Adição
Benzino
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3. Mecanismo Eliminação-Adição
Um anel benzênico contendo um bom LG pode sofrer substituição nucleofílica aromática mesmo sem a presença de grupos fortemente retirantes de elétrons em o/p.
O substrato deve ser tratado com uma base forte o bastante para abstrair um próton.
Quando haletos de arila são tratados com bases fortes estes atuam como ácidos. O halogênio do anel torna o hidrogênio orto um pouco mais ácido e a base o remove, gerando um carbânion.
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X
Hbase ,Nu,H
H
Nu
3. Mecanismo Eliminação-Adição:
Ocorre eliminação do Ocorre eliminação do haletohaleto e formae forma--se se uma nova ligação uma nova ligação ππ gerando um gerando um intermediárointermediároreativo reativo benzinobenzino..
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FORMAÇÃO DO INTERMEDIÁRIO BENZINO
Br
H
NH2
Br
orbital sp2preenchido
Br
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69
3. Mecanismo Eliminação-Adição
A representação mais utilizada do benzino é similar a do benzeno, mas com uma fraca ligação π, a mais,no plano do anel.
Os carbonos acetilênicos no benzino não possuem hibridização sp pois o anel força as ligações a formar ângulos de valor próximo a 120°, em vez de 180°.
7070
Assim, tem-se hibridização próxima a sp2 . A ligação π está no plano, é muito fraca , instável e muito reativa devido ao pequeno entrosamento entre os orbitais com hibridização sp2 .
3. Mecanismo Eliminação-Adição
H
H
HH
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71
3. Mecanismo Eliminação-Adição
No mecanismo que envolve a adição → captura do nucleófilo pelo benzino, seguida pela protonaçãopara dar o produto de substituição.
NuNu
H BNu
B
7272
3. Mecanismo Eliminação-Adição
Grupos retiradores de elétrons favorecem a adição do nucleófilo na ponta mais distante da “tripla ligação” → maior estabilização da carga negativa em formação.
NO 2 NO 2
-
Nu
NO 2
Nu
-
Principal Não é formado
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7373
3. Mecanismo Eliminação-Adição
Com o Substituinte Metoxila ocorre mistura de produtos.
OMe
BrOMe
BrOMe
OMe
NH2
OMe
NH2
NaNH2NH3
Br
+ NH2
Principal
7474
3. Mecanismo Eliminação-Adição Perfil energético do mecanismo Eliminação-
Adição:
Y
H
BaseY
HBase
#
Intermediário Benzino
Nu:
Nu
H
Nu
H
#
1
2
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7575
3. Mecanismo Eliminação-AdiçãoSuporte experimental para o mecanismo via
benzino:
- Habilidade do LG: Br > I > CL >> F desvia da ordem para SNAr mecanismo diferente atuando.
- Quando o LG é Br ou I a remoção do próton é determinante da velocidade. Quando o LG é Cl ou F a clivagem da ligação C – X é determinante da velocidade.
7676
3. Mecanismo Eliminação-AdiçãoOutros métodos para a preparação do Benzino:
- Diazotação de ácido orto-aminobenzóico
- Oxidação de 1- aminobenzimidazol
2N2
NN
N
NH2
NN
NN
CO H 2
NH2
HONOC
O
O-
N N+
+ CO2 + N 2
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77
3. Mecanismo Eliminação-Adição
Na ausência de nucleófilo ou de composto insaturado reativo ocorre a dimerização:
7878
4. Mecanismo Via Intermediário Íon Diazônio
Os íons de Diazônio têm grande aplicação como intermediários devido a habilidade do N2 como LG. São geralmente preparados in situ através de reações da anilina com ácido nítrico.
Diferentemente dos íons de diazônio alifáticos, os íons aril diazônio são estáveis o suficiente para existir em solução a temperatura ambiente ou abaixo.
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79
NH2 N NH
O
HONO H2OH
N NH
O N N OHH
N N
H2O
4. Mecanismo Via Intermediário Íon Diazônio
A formação destes íons envolve a adição de +NO ao grupo amino seguida da eliminação de H2O:
8080
4. Mecanismo Via Intermediário Íon Diazônio
Existem ao menos 3 mecanismos gerais em que as substituições podem ocorrer:
- Decomposição do íon de diazônio seguida pela captura do cátion aril pelo nucleófilo. Ex: hidrólise de sais de diazônio a fenol.
N N
N2
X
X
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8181
4. Mecanismo Via Intermediário Íon Diazônio- Formação do aduto seguida do colapso deste e perda de
N2. Ex: reação do íon diazônio com azida para formar aril azidas.
- Transferência de elétrons. Favorecida pela presença de sais de cobre como catalisadores. Ex: reação de haletos de Cu(II) para formar cloretos e brometos de arila
N N+
+ X - N N X X + N2
N N+
+ Cu︵I ︶ X2- N N.
.. ..+ Cu︵ II ︶ X2
2X︶II︵Cu+.....NN X + Cu︵ I ︶ X + N2
8282
5. Via Radicais Se um radical livre é produzido na presença de um segundo
composto aromático, a substituição principal até biaril é observada.
XHX X
Uma das peças mais importantes da evidência experimental para este mecanismo é o fato de que não há reação quando seqüestradores de radicais são introduzidos na mistura de reação.
30/11/2008
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5. Substituição Via Radicais