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Soluções utilizados em Cebtro Cirúrgico e Central Esterilização de Materiais ANTISSÉPTICOS 1.1 - Álcool 70% Na concentração a 70% é efetivo, resseca menos a pele e causa menos dermatites. Possui boa atividade contra o bacilo da tuberculose, atuando ainda contra muitos fungos e vírus incluindo vírus sincicial respiratório, hepatite B e HIV. Vantagem: Ação bactericida contra formas vegetativas de microrganismos Gram positivos e Gram negativos. Desvantagem: É inativo contra esporos. Uso: Higienização de mãos, na higienização do coto umbilical, na antissepsia da pele para punção venosa e para coleta de sangue arterial ou venoso. Principio Ativo: álcool etílico, álcool feniletílico, trietilenoglicol e propilenoglicol Apresentação: Frasco 100 ml e frasco de 1000 ml. Locais de uso: Todas as dependências do Hospital de Clínicas e anexos Descrição para compra: Incolor, pronto para uso, uso hospitalar, para fins de antissepsia da pele e desinfecção de superfícies fixas, em embalagem em frasco opaco ou transparente de 100 ml ou em galão de 5000 ml, com tampa rosqueável, com lacre inviolável; com dados de identificação e procedência. Embalagem que contenha dados de identificação, procedência, lote e validade, conforme RDC 184 de 22/10/2001. Documentos necessários: Registro no ministério da saúde, ficha técnica e ficha de segurança. 1.2 - Gluconato de Clorexidina Essa substância está disponível sob a forma de solução degermante, alcoólica e aquosa.

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Soluções utilizados em Cebtro Cirúrgico e Central Esterilização de Materiais

ANTISSÉPTICOS 1.1 - Álcool 70%Na concentração a 70% é efetivo, resseca menos a pele e causa menosdermatites. Possui boa atividade contra o bacilo da tuberculose, atuando aindacontra muitos fungos e vírus incluindo vírus sincicial respiratório, hepatite B e HIV.Vantagem: Ação bactericida contra formas vegetativas de microrganismos Grampositivos e Gram negativos.Desvantagem: É inativo contra esporos.Uso: Higienização de mãos, na higienização do coto umbilical, na antissepsia dapele para punção venosa e para coleta de sangue arterial ou venoso.Principio Ativo: álcool etílico, álcool feniletílico, trietilenoglicol e propilenoglicolApresentação: Frasco 100 ml e frasco de 1000 ml.Locais de uso: Todas as dependências do Hospital de Clínicas e anexosDescrição para compra: Incolor, pronto para uso, uso hospitalar, para fins deantissepsia da pele e desinfecção de superfícies fixas, em embalagem emfrasco opaco ou transparente de 100 ml ou em galão de 5000 ml, com tamparosqueável, com lacre inviolável; com dados de identificação e procedência.Embalagem que contenha dados de identificação, procedência, lote e validade,conforme RDC 184 de 22/10/2001. Documentos necessários: Registro noministério da saúde, ficha técnica e ficha de segurança.1.2 - Gluconato de ClorexidinaEssa substância está disponível sob a forma de solução degermante, alcoólica eaquosa.

Vantagem: Possui efeito bactericida para cocos Gram positivo e bacilos Gramnegativos, efeito viruscida contra vírus lipofílicos (Influenza, Citomegalovírus,herpes, HIV) e ação fungicida, mesmo na presença de sangue e demais fluidoscorpororais; efeito residual de aproximadamente 6-8 horas por ação cumulativa.Principio Ativo: Gluconato de Clorexidina1.2.1 - Solução alcoólica de clorexidina (0,5%)Uso: utilizada na antissepsia complementar da pele no campo operatório, curativode acesso venoso central e procedimentos invasivos (passagem de cateteresvenosos centrais, drenagem de tórax, toracocentese, biópsias, paracenteses,punção lombar, etc)Apresentação: Frasco 100 mlLocal de uso: Todas as Unidades de Internação, Bloco Cirúrgico, Ambulatórios eServiço de Imagenologia.

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Descrição para compra: Antisséptico dermatológico, para uso hospitalar. Almotoliaplástica descartável lacrada de 100 ml, com sistema de abertura que não necessitede material cortante e permita após a abertura encaixe perfeito da tampa adicionalque deverá conter na embalagem, se for em sistema twist-off, que seja de fácildeslacre, e se for em sistema de tampa com furador, que a membrana seja de fácilpenetração, com ausência de corantes, conservantes e odores. Embalagem quecontenha dados de identificação, procedência, lote e validade, conforme RDC 184de 22/10/2001. Documentos necessários: Registro no Ministério da Saúde paraantissépticos (RDC nº. 199, 26/10/06) e ficha técnica.1.2.2 - Solução aquosa de clorexidina (0,2%)Uso: antissepsia para cateterismo vesical, utilizado também para complementar osprocedimentos invasivos em RN prematuros extremos onde existe o risco dequeimadura química com o uso de soluções alcoólicas.Apresentação: Frasco 100 mlLocal de uso: Todas as Unidades de Internação, Bloco Cirúrgico, Ambulatórios eServiço de Imagenologia.Descrição para compra: Antisséptico dermatológico, para uso hospitalar. Almotolia.

plástica descartável lacrada de 100 ml, com sistema de abertura que não necessitede material cortante e permita após a abertura encaixe perfeito da tampa adicionalque deverá conter na embalagem, se for em sistema twist-off, que seja de fácildeslacre, e se for em sistema de tampa com furador, que a membrana seja de fácilpenetração, com ausência de corantes, conservantes e odores. Embalagem quecontenha dados de identificação, procedência, lote e validade, conforme RDC 184de 22/10/2001. Documentos necessários: Registro no Ministério da Saúde paraantissépticos (RDC nº. 199, 26/10/06) e ficha técnica.1.2.3 - Gluconato de clorexidina degermante (2%)Uso: higiene de mãos em áreas de internação; antes de procedimentos invasivos;degermação da pele nos procedimentos cirúrgicos; banho de recém-nascidoinfectado, especialmente em situações de surtos de infecção por cocos Grampositivos, como o Staphylococcus aureus.Apresentação: Frasco 1000 ml.Local de uso: Todas as Unidades de Internação, Bloco Cirúrgico, CME,Ambulatórios, Laboratório, Patologia Cirúrgica, Farmácia e Serviço deImagenologia.

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Descrição para compra: Para degermação de mãos e braços, antissepsia da pele(campo operatório), banhos pré- cirúrgicos de pacientes e recém-nascidos, emfrascos opacos de 1000 ml, com tampa rosqueável; Embalagem que contenhadados de identificação, procedência, lote e validade, conforme RDC 184 de22/10/2001. Documentos necessários: Registro no Ministério da Saúde paraantissépticos (RDC nº. 199, 26/10/06) e ficha técnica.1.3 – Iodóforos1.3.1- Solução aquosa de povidine 10% com 1% de iodo livre(polivinilpirolidona- iodo / PVPI Tópico )Uso: para antissepsia de cirurgias da oftalmológia e da otorrinolaringologia.Apresentação: Frasco 100mlLocal de uso: Pronto Socorro e Ambulatórios (Oftalmologia e Otorrinonaringologia) Descrição para compra: Indicado para antissepsia complementar da pele, feridascirúrgicas, em frasco opaco de 100 ml, cuja tampa tenha haste presa no corpo daalmotolia, evitando com isso a perda da tampa e consequente contaminação doantisséptico. Embalagem que contenha dados de identificação, procedência, lote evalidade, conforme RDC 184 de 22/10/2001. Documentos necessários: Registro noMinistério da Saúde para antissépticos (RDC nº. 199, 26/10/06) e ficha técnica.

2- Outros produtos padronizados2.1- Álcool gelTem por finalidade reduzir a carga microbiana das mãos quando estas nãoestiverem visivelmente sujas, podendo substituir a higienização com água e sabão.Vantagem: Ação bactericida contra formas vegetativas de microrganismos Grampositivos e Gram negativos.Desvantagem: É inativo na presença de matéria orgânicaUso: Higienização de mãos.Principio Ativo: álcool etílico, álcool feniletílico, trietilenoglicol e propilenoglicol.Apresentação: Sache 800 ml.Local de uso: Todas as Unidades de Internação, Bloco Cirúrgico, Ambulatórios,Serviço de Nutrição e Dietética, Farmácia, Laboratório e Serviço de Imagenologia.Descrição para compra: Álcool etílico hidratado à base de gel, transparente,inodoro, isento de material em suspensão que não deixe resíduos aderentes nasmãos, com intervalo de 68% à 72% pp. Embalagem tipo sache de 800 ml, quecontenha dados de identificação, procedência, lote e validade, conforme RDC 184de 22/10/2001. Documentos necessários: Registro no Ministério da Saúde paraantissépticos (RDC nº. 199, 26/10/06) e ficha técnica.2.2- Álcool Etílico Hidratado 96%

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Têm por finalidade fixação de lâminas utilizadas pela Disciplina de CirurgiaTorácica e pelos Laboratórios Clínico e de Patologia Cirúrgica. Principio Ativo: álcool etílico hidratado 96%.Apresentação: Frasco de 1000 ml.

Local de uso: Bloco Cirúrgico, Laboratório Clínico, Patologia Cirúrgica eAmbulatório Maria da Glória.Descrição para compra: Álcool Etílico hidratado 96%, acondicionado em frascoplástico descartável, lacrado de 1000 ml, que permita a visualização interna dolíquido, que deverá ser incolor e apresentar cheiro característico. Embalagem quecontenha dados de identificação, procedência, lote e validade, conforme RDC 184de 22/10/2001. Documentos necessários: Registro no Ministério da Saúde paraantissépticos (RDC nº. 199, 26/10/06) e ficha técnica.2.3- Álcool Etílico Absoluto 99,9%Têm por finalidade fixação de lâminas utilizadas pela Disciplina de CirurgiaTorácica e pelos Laboratórios Clínico e de Patologia Cirúrgica.Principio Ativo: álcool etílico 99,9%.Apresentação: Frasco de 1000 ml.Local de uso: Bloco Cirúrgico, Laboratório Clínico, Patologia Cirúrgica eAmbulatório Maria da Glória.Descrição para compra: Álcool Etílico 99,9%, acondicionado em frasco plásticodescartável, lacrado de 1000 ml, que permita a visualização interna do líquido, quedeverá ser incolor e apresentar cheiro característico. Embalagem que contenhadados de identificação, procedência, lote e validade, conforme RDC 184 de22/10/2001. Documentos necessários: Registro no Ministério da Saúde paraantissépticos (RDC nº. 199, 26/10/06) e ficha técnica.

MANUAL DE ANTISSÉPTICOS PADRONIZADOS DO HC/UFTM7Atualizado26/06/2012PRODUTOS INDICAÇÕESÁlcool 70% Higienização do coto umbilical, na antissepsia dapele para punção venosa e para coleta de sanguearterial ou venoso.Solução alcoólica declorexidina (0,5%)Antissepsia complementar da pele no campooperatório, curativo de acesso venoso central eprocedimentos invasivos (passagem de cateteresvenosos centrais, drenagem de tórax,toracocentese, biópsias, paracenteses, punçãolombar, etc).Gluconato de clorexidinadegermante (2%)Higienização das mãos em áreas de internação;antes de procedimentos invasivos; degermação da

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pele nos procedimentos cirúrgicos; banho derecém-nascido infectado, pacientes em préoperatóriode cirurgia cardíaca e implantes depróteses ortopédicas e pacientes queimados.Solução aquosa declorexidina (0,2%)Mesma indicação do PVPI Tópico, exceto emcirurgias da oftalmologia e da otorrinolaringologia.Será instituída futuramente no HC/UFTM.Solução aquosa depovidine 10% com 1% deiodo livre (PVPI Tópico)Antissepsia para cateterismo vesical, utilizadotambém para complementar os procedimentosinvasivos em RN prematuros extremos onde existeo risco de queimadura química com o uso desoluções alcoólicas.Álcool gel Higienização das mãos quando as mesmas nãoestiverem visivelmente sujas.Álcool Etílico Hidratado96% (Álcool Absoluto)Fixação de lâminas utilizadas pela Disciplina deCirurgia Torácica e pelos Laboratórios Clínico e dePatologia Cirúrgica.Não é considerado antisséptico

3. LIMPEZA DE ARTIGOS DE SERVIÇOS DE SAÚDEÉ o procedimento de remoção de sujidade e detritos para manter em estado deasseio os artigos, reduzindo a carga microbiana. Constitui o núcleo de todas as açõesreferentes aos cuidados de higiene com os artigos de serviços de saúde. A limpeza devepreceder os procedimentos de desinfecção ou esterilização. Estudos têm demonstradoque a limpeza manual ou mecânica, com água e detergente ou produtos enzimáticosreduz aproximadamente 105 do bioburden (carga microbiológica).O excesso de matéria orgânica aumenta a duração do processo de esterilização,como altera os parâmetros para este processo.3.1. DetergenteCorrespondem a todos os produtos que contém, em sua formulação, um tensoativo parareduzir a tensão superficial da água e promover umectação, dispersão e suspensão daspartículas.3.2. DesincrustantesDetergentes usados para a limpeza de artigos em imersão.Desincrustantes são detergentes, porém nem todo detergente tem ação desincrustante.

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3.3. Detergente EnzimáticoSolução composta pela associação de um detergente não-iônico com uma ou maisenzimas (proteases, amilases, carboidrases e lípases). Recomendado para artigos deserviços de saúde de difícil limpeza. Tem por finalidade digerir e dissolver sangue, restosmucosos fezes, vômitos e outras excreções e secreções orgânicas. Elimina anecessidade de escovação demorada e exaustiva e pode ser usado em qualquer tipo dematerial. Possuem pH neutro, não corroem, são atóxicos e permitem o enxágüe simples.Resíduos de detergentes enzimáticos em artigos podem provocar eventos adversos aopaciente, caso não sejam adequadamente removidos com água corrente abundante.Verificar o modo de diluição, o prazo de validade após a diluição, o tempo de imersão eo método de utilização, de acordo com as recomendações do fabricante. Usar apenasprodutos com registro no Ministério da Saúde. Utilizar obrigatoriamente os detergentesenzimáticos para a limpeza de instrumentos endoscópicos.

3.4. Métodos de Limpeza de ArtigosDeve ser feita de maneira rigorosa e meticulosa. Selecionar o método que seja maisadequado ao artigo utilizado, de acordo com as demandas e com os recursosdisponíveis no serviço.3.4.1. Limpeza ManualProcedimento realizado por meio de fricção com escovas e do uso de soluções delimpeza. Restringir para artigos delicados que não possam ser processados por métodosmecânicos. Empregar preferencialmente soluções enzimáticas. Utilizar os EPI adequados, ou seja, luva grossa de borracha antiderrapante de canolongo, avental impermeável, bota ou sapato impermeável fechado, gorro, protetorfacial ou máscara e óculos protetor. Utilizar escovas não-abrasivas. Substituir as escovas com más condições de uso. Friccionar os artigos sob a água para evitar aerossóis de microrganismos. Enxaguar as peças abundantemente com água até remover a sujidade e odetergente.3.4.2. Limpeza MecânicaFeita por meio de equipamentos – lavadora ultra-sônica, lavadora esterilizadora,lavadora termodesinfetadora, lavadora de descarga ou lavadora pasteurizadora.Minimiza o risco de acidentes com material biológico, pela redução do manuseio dosartigos contaminados. Observar bem a escolha de equipamentos para limpeza que utilizam temperatura, jáque existe a necessidade de um jato de água fria previamente para não coagular asproteínas. Manter a água em torno de 43°C para prevenir a coagulação de proteínas e ajudar aremover sujidades.

Prever tratamento específico da água antes da instalação da máquina de limpeza

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mecânica. A dureza da água é um fator que pode alterar a vida útil dosequipamentos. Promover enxágüe abundante para remover a sujidade e os resíduos de detergente. Realizar o último enxágüe com água deionizada.3.5. Controle Visual da LimpezaApós o processo de limpeza, os artigos devem ser inspecionados para a verificação dalimpeza e de seu funcionamento. Pode ser feito a olho nu ou com o uso de lupa,implicando principalmente a observação, no caso de instrumental cirúrgico, dascremalheiras, das ranhuras, das articulações, dos encaixes de dentes e do sistema detrava das peças.

TIPO DE DOCUMENTO

MANUAL DE ORGANIZAÇÃONº

SMS-MOHCA-002EDIÇÃOANTERIOR ATUAL

01SISTEMA

MANUAL DE PROCESSAMENTO DE ARTIGOS EM SERVIÇOSDE SAÚDESUBSISTEMA / PROCESSO

PARTE I: 4. Desinfecção de Artigos de Serviços de SaúdeSECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - SMSAv. General David Sarnoff, 3113 – Cidade Industrial - Contagem/MG - CEP 32210-110E-mail: [email protected]

14. DESINFECÇÃO DE ARTIGOS DE SERVIÇOS DE SAÚDEProcesso de destruição de agentes infecciosos em forma vegetativa, patogênicos ounão, existentes em superfícies inertes, não garantindo a eliminação total dos esporosbacterianos. A desinfecção pode ocorrer com a aplicação de meios físicos ou químicosO processo de desinfecção pode ser afetado por diferentes fatores:a) Limpeza prévia do materialb) Período de exposição ao germicidac) Concentração da solução germicidad) Temperatura e o pH do processo de desinfecção.4.1. Tipos de DesinfecçãoCLASSIFICAÇÃO MÉTODOS E SOLUÇÕES GERMICIDASDesinfecção de baixo nível: são destruídas asbactérias em forma vegetativa, alguns vírus ealguns fungos. O Mycobacterium tuberculosis,os esporos bacterianos, o vírus da Hepatite B(HBV) e os vírus lentos sobrevivem. Álcool etílico e isopropílico

Hipoclorito de Sódio (100ppm)

Fenólicos

Iodóforos*

Quaternário de amôniaObs.: tempo de exposição ≤a 10 minutosDesinfecção de médio (intermediário) nível:além dos microrganismos destruídos nadesinfecção de baixo nível são atingidos oMycobacterium tuberculosis, a maioria dos vírus(inclusive o HBV) e a maioria dos fungos. Aindasobrevivem os Mycobacterium intracelular e, osesporos bacterianos e os vírus lentos. Álcool etílico e isopropílico (70 a 90%)

Fenólicos

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Iodóforos*

Hipoclorito de Sódio (100ppm)

Pasteurização 75o C a 30 minutosObs.: depende da concentração e/ou período deexposição.Desinfecção de alto nível: destrói todas asbactérias vegetativas – mas nãonecessariamente todos os esporos bacterianos,as micobactérias, os fungos e os vírus. Glutaraldeído

Solução de Peróxido de Hidrogênio

Hipoclorito de sódio (1000 ppm)

Cloro e compostos clorados

Ácido peracético

Orthophtalaldeído

Água super oxidada

Pasteurização 75o C a 30 minutosObs.: Tempo de exposição >ou= 20 minutos.

Não definido: o nível de desinfecção dependerádas variáveis como temperatura e/ouconcentração de germicidas adicionados noprocesso. Calor seco (passar a ferro)

Fervura em água em 30 min

Pastilhas de formaldeído

Termodesinfectadoras

Sanitizadoras* Disponível apenas como anti-séptico. Não disponível como desinfetante no mercado nacional.

4.3. Métodos de Desinfecção4.3.1. Desinfecção por Processo FísicoCompreende a exposição a agentes físicos, tais como temperatura, pressão e radiaçãoeletromagnética, calor úmido ou, preferencialmente, sistemas mecânicos automáticos,com pressão de jatos d água a uma temperatura entre 60°C e 90°C, durante 15 minutos,a exemplo das máquinas lavadoras sanitizadoras, esterilizadoras de alta pressão,termodesinfetadoras e similares.4.3.2. Desinfecção por Processo QuímicoEnvolve a utilização de produtos químicos cujos princípios ativos devem serpreconizados pelas legislações vigentes do Ministério da Saúde.4.3.2.1. Características ideais de um desinfetante químico Aprovado e registrado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Amplo espectro de ação. Ação rápida. Não ser afetado por fatores ambientais (ex: luz solar). Deve ser ativo na presença de matéria orgânica. Compatíveis com sabões, detergentes e outros produtos químicos. Atóxico (não deve ser irritante para o usuário). Compatível com diversos tipos de materiais (não corrosivo em superfícies metálicas enão deve causar deterioração de borrachas, plásticos e outros materiais).

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Efeito residual na superfície desinfetada. Fácil manuseio. Inodoro ou de odor agradável. Econômico. Solúvel em água. Estável em concentração original ou diluído. Inócuo ao meio ambiente.

4.3.2.2. Fatores que interferem na ação do desinfetante químico Natureza do item a ser selecionado: quanto mais lisa, não porosa e simples for àsuperfície do artigo, mais favorável será ao processo de desinfecção. Resistência intrínseca dos microrganismos: os microrganismos apresentam diferentesníveis de suscetibilidade aos germicidas químicos, em função de suas característicaspróprias. Esta diferença determina a classificação dos germicidas em níveis, quantoao seu espectro de ação. Quantidade de matéria orgânica presente: sangue, fezes, muco, dentre outrosmateriais orgânicos presentes no artigo podem ocasionar a ineficácia do germicidadevido a:1. A matéria orgânica pode conter população microbiana em grande quantidade evariedade.2. Pode impedir a penetração do germicida ou funcionar como barreira mecânicapara o contato com o microrganismo, dificultando sua ação letal.3. Pode ocasionar inativação direta e rápida em certos germicidas, afetando oresultado da desinfecção. Tipo e concentração do germicida: a escolha do germicida deve basear-se no nível dedesinfecção necessário para uso seguro do artigo, considerando-se o espectro deação do desinfetante, na concentração recomendada pelo fabricante. Tempo e temperatura de exposição: para cada germicida existe uma relaçãodeterminada entre os parâmetros de tempo de contato e temperatura para atingir umótimo desempenho, no que se refere ao espectro de ação. Em relação à temperatura,é necessário ressaltar que os limites determinados pelo fabricante devem serobservados, pois, acima de certa temperatura, alguns germicidas passam a sedegradar, perdendo a ação desinfetante. Outros fatores: pH da solução, dureza da água usada para diluição e a presença deoutros produtos químicos (exemplo: resíduos de detergente) podem afetarnegativamente a ação do desinfetante. Número de microrganismos presentes no artigo.

4.4. Produtos Químicos4.4.1. GLUTARALDEÍDODialdeído saturado (1,5 pentanedial) com potente ação biocida. Desinfetante de altonível na concentração de 2%. Em solução aquosa apresenta pH ácido e não éesporicida. As formulações que são utilizadas possuem outros componentes para que a

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solução possa ter esta ação. As formulações encontradas são:I.Solução ativada: quando é ativada por agentes alcalinizantes (exemplo:bicarbonato de sódio), que torna a solução alcalina (pH 7,5 a 8,5), tendo entãoatividade esporicida. Uma vez ativada, a solução mantém sua atividadebiocida por 14 a 28 dias. Existe no mercado formulação de glutaraldeído jáativada e com pH ácìdo, não sendo necessária a adição de agentesalcalinizantes.II.Solução potencializada: utiliza uma mistura isomérica de álcoois lineares epossui um pH de 3,4 a 3,5. Essa mistura à temperatura ambiente possuifunção esporicida baixa e se aquecida a 60oC torna-se esporicida emexposição por 6 horas.Mecanismo de açãoAção biocida, bactericida, virucida, fungicida e esporicida. Sua atividade é devida aalquilação de grupos sulfidrila, hidroxila, carboxila e amino dos microrganismos alterandoseu DNA, RNA e síntese protéica. A atividade esporicida se deve ao fato doglutaraldeído reagir com a superfície do esporo, provocando o endurecimento dascamadas externas e morte do esporo. Sua ação contra Mycobacteria requer no mínimo 20 minutos em concentração nãoinferior a 2%, sendo indicada para desinfecção de endoscópios. Concentração superior a 2% é ativo contra bactérias vegetativas em menos de 2minutos, contra M. tuberculosis, fungos e vírus em 10 minutos e contra esporos deBacillus spp e Clostridium spp em 3 horas. Concentração para compra: no mínimo 2% e registro no Ministério da Saúde.

Controle da utilização: Para instrumentos reutilizados e inseridos diretamente na árvoretraqueobrônquica utilizar solução recém ativada ou utilizar fita teste paramedir a concentração de glutaraldeído. A concentração mínima efetiva (MEC) de glutaraldeído para açãomicobactericida é de 1,5%. Recomenda-se usar apenas concentração a2% ou superior. Para materiais que não entram em contato com árvore respiratória, utilizar a soluçãobásica por 14 dias e a ácida por 28 dias. Utilizar a fita teste para medir a concentraçãoe aceitar quando estiver a 1,5 % ou mais. Quando há possibilidade de secagem efetiva dos materiais a freqüência dos testespode ser determinada pela monitorização inicial diária. Repetir inicialmente os testescom a fita a fim de verificar o número de vezes em que determinado procedimento érealizado da mesma forma resultando em concentração semelhante. Desta forma afreqüência de testes através da fita pode ser estabelecida de acordo com cadainstituição e tipos de procedimentos.Indicações Não é corrosivo para metais e não danifica instrumentos como lentes, borracha ouplástico.

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Utilizado para desinfecção de alguns equipamentos como endoscópios, conexões derespiradores, equipamentos termossensíveis de terapia respiratória com fibra ótica,dialisadores, tubos de espirometria e instrumentais odontológicos de coorte e fricção(brocas); para este fim o tempo de exposição é de 30 minutos.Cuidados no uso Realizar limpeza minuciosa e rigorosa; utilizar detergente enzimático em artigos dedifícil limpeza para auxiliar na efetiva remoção de sujidades. Imergir totalmente o material na solução, evitar a formação de bolhas, o recipiente noqual os materiais serão imersos deve estar limpo e deve ser preferencialmente devidro ou plástico.

As soluções neutras ou alcalinas possuem ação microbicida e anti-corrosivasuperiores quando comparadas as ácidas. Tampar o recipiente, e marcar o início da desinfecção. Manusear os materiais com uso de luvas ou pinças e máscara. Enxaguar por três vezes os materiais após a desinfecção, utilizando água ou sorofisiológico estéreis, tomando cuidado para se evitar contaminação dos materiais. O material deve ser utilizado imediatamente. Uma das desvantagens do glutaraldeído é a propriedade de fixar matéria orgânicanos artigos, causando incrustações e até obstrução de lumens. Isto ocorre quando osprocedimentos de limpeza do artigo não são realizados adequadamente, antes daimersão no desinfetante.Vantagens Não é corrosivo a metal. Não altera materiais como plástico e borracha, nem dissolve o cimento de lentes deinstrumentos ópticos e não interfere na condutividade elétrica de equipamentos deanestesia gasosa, pois possui em sua formulação antioxidante. Não descolora materiais. Mantém sua estabilidade a temperatura ambiente.Toxicidade Tóxico para a pele e mucosa, podendo causar irritação nos olhos, garganta e nariz,epistaxe, rinites e sintomas pulmonares (asma). É necessária ventilação adequada – prever sistema de exaustão com 7 a 15 trocas dear por hora, fechamento hermético dos recipientes onde se realizam as desinfecçõese o uso de equipamentos de proteção individual. Após a desinfecção o enxágue cuidadoso deve ser rigoroso para evitar reações nospacientes decorrentes de resíduos de glutaraldeído.

4.4.2. ORTOFTALDEÍDO

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Desinfetante de alto nível composta por 0,55% de 1,2-benzenedicarboxaldehyde (OPA).Possui aspecto límpido, cor azul-clara e pH de 7,5.Mecanismo de ação Age pela interação com aminoácidos, proteínas e microrganismos. Estudos têm demonstrado excelente atividade bactericida in vitro em baixasconcentrações e esporicida em pH 8 e excelente ação micobactericida, sendoinclusive superior ao glutaraldeído. Apresenta boa atividade, inclusive contra cepas demicobactérias resistentes ao glutaraldeído. Possui baixa ação contra esporos. O tempo para a desinfecção de alto nível, em temperatura de 20°C, varia de 5 a 12minutos, em decorrência da metodologia adotada para os testes de validação emdiferentes países (5 minutos na Europa, Ásia e América Latina e 10 minutos noCanadá e Austrália). Liberado pelo Food and Drug Administration (FDA) comodesinfetante de alto nível aprovado para 12 minutos a 20°C, com reuso máximo dasolução por 14 dias. Em processadores automatizados de endoscópio, onde atemperatura do OPA permanece estável em 25ºC, o tempo de contato é de 5 minutos.Indicações Utilizado para desinfecção de alto nível de artigos como os endoscópios. A solução não se polimeriza não decaindo a concentração apenas com o tempo. Em máquinas reprocessadoras de endoscópios o OPA manteve-se efetivo após 82ciclos de uso.Vantagens Menos corrosivo que o glutaraldeído. Odor menos forte do que o do glutaraldeído. Quando a matéria orgânica está presente a ação é pouco afetada. Possui excelente estabilidade em uma ampla faixa de pH (pH 3 a 9). Não requer monitorização ambiental.

Odor quase imperceptível. Não requer ativação.Uma desvantagem do OPA é a formação de manchas acinzentadas por reação aproteínas, inclusive nas mãos dos profissionais quando não utilizam luvas.Toxicidade Não irritante para os olhos e vias aéreas superiores. Sua manipulação requer cuidado rigoroso e o uso de equipamentos de proteçãoindividual (luvas, óculos de proteção e avental resistente a fluidos), devido suacapacidade de manchar os tecidos orgânicos.4.4.3. ÁCIDO PERACÉTICODefinição Consistem em uma mistura equilibrada entre água, ácido acético, oxigênio e peróxidode hidrogênio. Espectro de ação: Desinfetante de alto nível, incluindo Mycobacteria e esporosbacterianos. Sua principal vantagem na decomposição é a inexistência de resíduos. A concentração mínima das soluções de ácido peracético, disponíveis no mercado

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nacional, é de 2% (2.000 ppm). Possui rápida ação contra todas as formas de microrganismos, incluindo esporosbacterianos, a baixas concentrações (0,001 a 0,2%) Mantém atividade mesmo na presença de matéria orgânica e possui atividadeesporicida a baixas temperaturas. Sua estabilidade é menor nas soluções diluídas (solução a 1% perde metade de seupoder biocida em 6 dias); soluções concentradas podem manter sua atividade durantemeses (40% de ácido peracético perde 1 a 2% de sua atividade por mês). Dependendo do pH da solução o ácido peracético pode ser corrosivo para materiaisde cobre, bronze, ferro galvanizado e aço. Utilizado em hemodiálise. Indicada para uso em endoscópios, instrumentos dediagnóstico e outros materiais submersíveis.

Pode corroer cobre, latão, bronze, ferro galvanizado e aço. Estes efeitos, no entanto,podem ser reduzidos por aditivos e modificações de pH.Mecanismo de ação O ácido peracético age de forma semelhante aos agentes oxidantes como o peróxidode hidrogênio e outros agentes oxidantes. Desnatura e oxida proteínas, enzimas eoutros metabólitos e realiza a ruptura da permeabilidade da membrana celular.Indicações O ácido peracético é comercializado puro ou em associação com outras soluções.Em associação com o peróxido de hidrogênio tem sido utilizado para a desinfecçãode hemodializadores em centros de hemodiálise, em substituição às soluções deformaldeído. Este método pode ser aplicado a artigos termossensíveis, devendo ser totalmenteestar submersos na solução. Tempo de processamento: 30 minutos.ToxicidadeBaixa toxidade.4.4.4. ÁLCOOLDefinição Desinfetante de nível intermediário para alguns artigos semi-críticos, não críticos esuperfícies, com tempo de exposição através de imersão por 10 minutos para artigose 3 aplicações intercaladas pela secagem espontânea para superfícies. Concentração ótima: 60 a 90% por volume; atividade decrescente abaixo de 50%. Apresentação: álcool etílico (70% - p/v) e álcool isopropílico (92% - p/v). O álcool etílico possui propriedades germicidas superiores e menor toxidade aoisopropílico.

Evaporam rapidamente, dificultando exposição prolongada, a não ser por imersão doartigo a ser desinfetado. Deve ser estocado em recipiente fechado, local ventilado e

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fresco, distante de fontes de faísca.Mecanismo de ação Ruptura da membrana celular e rápida desnaturação das proteínas na presença deágua com subsequente interferência no metabolismo e divisão celular. Espectro de ação: rápido e amplo espectro de ação contra bactérias vegetativas,bacilo da tuberculose, vírus e fungos, mas não é esporicida. Superfícies e artigos devem ser adequadamente limpos antes do uso do álcool.Indicações Indicado para superfícies externas dos materiais e superfícies de vidro. Não recomendado para cimento de lentes. Ressecam plásticos e borrachas quando utilizado repetidas vezes ao longo dotempo. Opacifica material acrílico. Como evapora rapidamente sua ação é limitada, havendo necessidade desubmersão de objetos para uma ação mais ampla. Artigos e superfícies que podem ser submetidos à desinfecção com álcool: ampolase vidros, termômetro retal e oral, estetoscópios, otoscópios (cabos e cones),laringoscópios (cabos e lâminas sem lâmpadas), superfícies externas deequipamentos metálicos, partes metálicas das incubadoras, mascas, camas,colchões, mesas de exames, pratos de balança, dentre outros.Vantagens Menor custo.Toxicidade Baixa toxidade. Pode causar ressecamento da pele, sendo recomendado o uso deluvas para o seu manuseio.

4.4.5. FOLMALDEÍDODefinição Desinfetante de alto nível em 30 minutos de contato. Apresentação: forma líquida ou sólida, mais conhecida como formalina. A formalina sólida é vaporizada através do calor na presença de umidade. Emboraseja uma opção econômica foi pouco estudada. Tem limitações na mensuração deparâmetros aceitáveis da liberação dos vapores em determinadas dimensões demateriais. Além disto, os resíduos são tóxicos e podem danificar alguns instrumentos. O uso de todas as formulações líquidas e sólidas de formaldeído foi proibido pelaANVISA na forma isolada, para desinfecção de artigos, superfícies e equipamentosem serviços submetidos ao controle e fiscalização sanitária. A utilização de produtosque contenham paraformaldeído ou formaldeído ficou somente permitida quandoassociado a um equipamento de esterilização registrado na ANVISA e obedecendo àscondições de uso exigidas pelo fabricante do equipamento, garantindo a segurança eeficácia do processo de esterilização.Mecanismo de ação Bactericida, fungicida, virucida, tuberculicida.

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Indicações Tratamento de hemodializadores. O uso no processamento de capilares e linhas dehemodiálise pode deixar resíduos, caso não sejam intensamente enxaguados,causando reações no paciente dialisado.VantagensToxicidade Alta toxidade para os profissionais. Carcinogênico. Aplicação limitada em hospitais.

4.4.6. PERÓXIDO DE HIDROGÊNIODefinição Desinfetante de alto nível, principalmente para materiais termossensíveis.Mecanismo de ação Agente oxidante. Desnaturação protéica, ruptura da permeabilidade da membranacelular. Apresenta ação germicida a partir da concentração de 3 a 6%. Atua pela produção deradicais livres que conseguem atacar as membranas lipídicas, DNA e outroscomponentes essenciais da célula microbiana. Solução estabilizada a 7% apresentaação esporicida por 6 horas de exposição, micobactericida em 20 minutos, fungicida evirucida em 5 minutos e bactericida em 3 minutos. A inativação de microrganismos é dependente de tempo, temperatura e concentração. Alguns germicidas à base de peróxido de hidrogênio são associados ao ácidoperacético que lhe propicia efeito sinérgico para ação esporicida. São utilizadas paraprocessamento de capilares e linhas de hemodiálise.Indicações Tratamento de hemodializadores. Corrosão para zinco, cobre e latão.Toxicidade Não há evidências de toxidade do peróxido de hidrogênio aos profissionais e seuodor é bem aceito. A literatura relata caso de lesão de córnea devido ao uso detonômetro desinfetado com peróxido de hidrogênio e enxague inadequado.

4.4.7. SOLUÇÕES CLORADASDefiniçãoDentre os produtos clorados, os hipocloritos são os mais utilizados para desinfecção epodem ser líquidos (hipoclorito de sódio) ou sólidos (hipoclorito de cálcio). Classificadocomo de nível intermediário, porém há controvérsias, pois preenche todos os requisitospara ser considerado como de alto nível. Possui ação bactericida, virucida, fungicida,micobactericida e esporicida para algumas espécies.Mecanismo de AçãoOcorre pela combinação de diversos fatores: oxidação de enzimas e aminoácidos,

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perda de componentes celulares, inibição da síntese protéica, quebra do DNA ediminuição na absorção de nutrientes e de oxigênio.Indicação Desinfecção de artigos de Lactário e cozinha: 200 ppm por 60 minutos. Artigos de Inaloterapia e Oxigenoterapia: 1.000 ppm (0,1%) por 30 minutos ou 200ppm por 60 minutos.Considerações Corrosivo para metais, incompatibilidade com detergentes, ação descolorante, odorforte e irritante para mucosas do trato respiratório. Baixo custo, ação rápida, baixa toxidade e ampla atividade microbicida. Após diluição, o hipoclorito deve ser utilizado em, no máximo, 24 horas.Dependendo do uso, pode ser necessária troca mais freqüente em decorrência desaturação por matéria orgânica ou hiperdiluição. Não se recomenda uso de água sanitária de uso doméstico para instituições desaúde.

5.7.2. Esterilização por vapor de baixa temperatura e formaldeído gasoso (VBTF)Processo físico-químico de esterilização realizado em autoclaves por meio dacombinação de solução de formaldeído com vapor saturado, a uma temperatura entre50°C e 78°C.

Mecanismo de açãoO formaldeído age por alquilação. Reage sobre o DNA das células microbianas duranteo processo e a ação esporicida é acelerada pela combinação de vapor saturado a 70-75°C.ToxicidadeConcentrações gasosas de formaldeído até 10 ppm causam irritação da conjuntiva e damucosa das membranas, dores de cabeça e fadiga. Acima de 10 ppm o gás provocadistúrbios de respiração como pneumonia e edema pulmonar e hepatites tóxicas. Dessaforma é preciso atentar para a existência de resíduos tóxicos nos artigos.Parâmetros do processoIncluem tempo, temperatura, umidade, pressão, concentração e distribuição doformaldeído no interior da câmara e também capacidade de o gás penetrar em todacarga.

Recomendações para a esterilização de artigos por VBTF Utilizar preferencialmente o processo de esterilização por VBTF para artigostermossensíveis compatíveis com o formaldeído. Dispor os materiais verticalmente nos cestos e não compactá-los. Respeitar o volume máximo de preenchimento da câmara, ou seja, até cerca de 70%

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a 80% de sua capacidade. Respeitar as dimensões máximas do pacote. Selecionar os invólucros compatíveis com o processo: papel grau cirúrgico ecombinação de filme plástico e papel. Não esterilizar artigos que absorvam grande quantidade de formaldeído, tais comopapel, papelão e tecidos, pela dificuldade de extrair deles o gás impregnado. Utilizar somente as embalagens permitidas para esse método: Tyvec, SMS, papelgrau cirúrgico, papel crepado e contêineres. Fazer o controle do processo de esterilização.

5.7.3. Esterilização por óxido de etileno (ETO)A esterilização por óxido de etileno consiste em um processo físico-químico que utiliza ogás óxido de etileno, sendo realizada em autoclave a uma temperatura entre 50°C e60°C.Mecanismo de açãoO óxido de etileno (C2H4O) é um gás incolor, miscível em água, acetona, éter, benzeno ena maioria dos solventes orgânicos e altamente explosivo e inflamável. A soluçãoesterilizante pode explodir na presença de ar ou de oxigênio puro. Misturas com dióxidode carbono ou hidrocarbonetos clorofluorados são utilizadas para evitar os riscos deexplosão. Deve-se enfatizar a questão adicional da exigência de controle de resíduos deóxido de etileno em níveis de 1 ppm.ToxicidadeA Portaria Interministerial n° 482, em 1999, contém o regulamento técnico para oprocedimento de instalação e de uso do gás e de suas misturas em unidades deesterilização.Parâmetros do processoIncluem tempo, temperatura, umidade relativa e concentração do gás.Fases do ciclo de esterilização Evacuação da câmara. Umidificação e aquecimento. Injeção do gás. Exposição ao gás. Evacuação e injeção de ar. Aeração

5.7.4. Esterilização por Plasma de Peróxido de HidrogênioProcesso físico-químico realizado por meio de autoclave própria, que gera plasma pormeio do substrato de peróxido de hidrogênio bombardeado por ondas deradiofreqüência. O efeito letal é produzido por radicais livres reativos, que matam os

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microrganismos, incluindo os esporos. O plasma tem sido chamado de quarto estado damatéria diferentemente do líquido, do sólido e do gasoso, ainda definido como umanuvem de íons, elétrons e partículas neutras, muitas das quais em forma de radicaislivres, altamente reativas. Esse processo de esterilização apresenta a vantagem deformar produtos não-tóxicos com a decomposição do peróxido de hidrogênio, ou seja, aágua e o oxigênio.5.7.5. Esterilização química por imersãoDe acordo com a Resolução da Diretoria Colegiada nº. 8, de 27 de fevereiro de 2007, daAgência Nacional de Vigilância Sanitária, que dispõe sobre as medidas para redução daocorrência de infecções por Micobactérias de Crescimento Rápido – MRC em serviçosde saúde, fica suspensa a esterilização química por imersão utilizando agentesesterilizantes líquidos, para instrumental cirúrgico e produtos utilizados em serviços desaúde que realizam procedimentos cirúrgicos e diagnósticos por videoscopias compenetração de pele, mucosas adjacentes, tecidos sub-epiteliais e sistema vascular,cirurgias abdominais e pélvicas convencionais, cirurgias plásticas com o auxilio deópticas, mamoplastias e procedimentos de lipoaspiração.

Uso de Detergente Enzimático ou Desincrostante de ServiçosSECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - SMSAv. General David Sarnoff, 3113 – Cidade Industrial - Contagem/MG - CEP 32210-110E-mail: [email protected]

1ExecutanteEnfermeiro e/ou técnico de enfermagemMateriais/Equipamentos Detergente enzimático ou desincrustante 01 compressa ou pano limpo. Recipiente plástico com tampa. EPI (Luva grossa de borracha antiderrapante de cano longo, avental impermeável,bota ou sapato impermeável e fechado, gorro, máscara ou protetor facial e óculosde proteção).Descrição das Atividades(A) Detergente enzimático1. Higienizar as mãos conforme instrução normativa da CMCISS.2. Colocar os EPI.3. Preparar a solução em recipiente plástico com água ligeiramente morna(preferencialmente) ou fria, nunca quente para evitar a inativação das enzimas,conforme orientação do fabricante.4. Desmontar os artigos, quando necessário.5. Imergir os artigos na solução. Aguardar o tempo recomendado pelo fabricante.6. Para um contato direto da solução no interior de materiais tubulares, usar umaseringa para injetar a solução internamente ao artigo.

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7. Após o tempo de ação, remover completamente o detergente abundantemente emágua corrente.8. Secar os artigos: usar ar comprimido para materiais tubulares; demais artigosutilizar compressas ou pano seco e limpo.9. Encaminhar para desinfecção ou esterilização ou guardar em local limpo eprotegido de poeira.10. Retirar os EPI.11. Higienizar as mãos conforme instrução normativa da CMCISS, ao término daatividade.(B) Desincrostante (pó ou líquido)1. Higienizar as mãos conforme instrução normativa da CMCISS.2. Colocar os EPI.3. Preparar a solução em recipiente plástico, conforme orientação do fabricante.4. Desmontar os artigos, quando necessário.5. Imergir os artigos na solução. Aguardar o tempo recomendado pelo fabricante ou 30minutos.6. Utilizar escovas de cerdas macias para fricção dos artigos.7. Após o tempo de ação, remover completamente o detergente abundantemente emágua corrente.8. Secar os artigos com compressa ou pano seco e limpo.

Uso de Detergente Enzimático ou Desincrostante de ServiçosSECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - SMSAv. General David Sarnoff, 3113 – Cidade Industrial - Contagem/MG - CEP 32210-110E-mail: [email protected]

29. Encaminhar para desinfecção ou esterilização ou guardar em local limpo eprotegido de poeira.10. Retirar os EPI.11. Higienizar as mãos conforme instrução normativa da CMCISS, ao término daatividade.Cuidados Higienizar as mãos antes e após o procedimento. O tempo de imersão dos artigos na solução enzimática, o método de utilização e aconcentração devem seguir as orientações do fabricante. O uso do detergente enzimático está indicado para artigos com maior possibilidadede aderência de sujidade e difícil limpeza (exemplos: circuitos, tubulações,laparoscópios, instrumentais cirúrgicos de traumatologia, dentre outros). Usar os EPI. Trocar a solução enzimática diluída ou desincrostante em até 12/12 horas ouquando da presença de turvação e depósito de sujidade visível. O desincrostante está indicado para remoção de crostas em vidros, marrecos,comadres e alguns instrumentais cirúrgicos. É contra-indicado o uso em plásticos,látex ou borrachas.Resultados Esperados Remover todo o material orgânico e inorgânico das superfícies internas e externasdos artigos.Ações nas Anormalidades

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Caso haja alguma anormalidade comunicar à chefia imediata.

Desinfecção de alto nível de Artigos de Serviços de SaúdeSECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - SMSAv. General David Sarnoff, 3113 – Cidade Industrial - Contagem/MG - CEP 32210-110E-mail: [email protected]

1ExecutanteEnfermeiro e/ou técnico de enfermagemMateriais/Equipamentos Desinfetante padronizado pela SMS. Recipiente de vidro ou plástico rígido com tampa. EPI (Luva grossa de borracha antiderrapante de cano longo, avental impermeável,bota ou sapato impermeável e fechado, gorro, máscara ou protetor facial e óculosde proteção).Descrição das Atividades1. Higienizar as mãos conforme instrução normativa da CMCISS.2. Colocar os EPI.3. Desmontar os artigos, quando necessário.4. Colocar o desinfetante no recipiente, conforme orientações do fabricante.5. Imergir os artigos na solução. Aguardar o tempo recomendado.6. Enxaguar abundantemente os artigos com água estéril.7. Secar os artigos rigorosamente com compressa estéril antes de guardá-los, deforma a evitar o crescimento microbiano.8. Acondicionar o artigo em local limpo.9. Retirar os EPI e higienizar as mãos conforme instrução normativa da CMCISS.Cuidados Verificar o modo de diluição, o prazo de validade do desinfetante após diluição, otempo de imersão dos artigos e o método de utilização, de acordo com asrecomendações do fabricante. Caso seja necessário o uso de cuba metálica, forrar esse recipiente com compressapara evitar que sua superfície entre em contato com os artigos metálicos, evitando aformação de uma corrente galvânica que desgasta os artigos submetidos àdesinfecção química. Lavar o artigo minuciosamente e secá-lo antes de submergi-lo completamente emsolução desinfetante. Imergir o artigo na solução em quantidade suficiente para envolvê-lo totalmente. Preencher com solução desinfetante o instrumento que contenha áreas ocas. Não é recomendada a estocagem dos artigos que passaram por desinfecção. Manter a umidade relativa do ambiente em torno de 30% a 50%, com temperaturapróxima de 20°C. Restringir a circulação de pessoal na área de estocagem. Realizar a desinfecção química em ambiente apropriado.Resultados Esperados Destruir as bactérias vegetativas – mas não necessariamente todos os esporosbacterianos – as micobactérias, os fungos e os vírus.