A SOCIEDADE PORTUGUESA DO SÉCULO XIII

Sociedade Portuguesa do Século XIII

• O ambiente de guerra em que Portugal se formou influenciou a organização da sociedade portuguesa.

• À medida que reconquistavam terras aos mouros, os nossos primeiros reis encontravam muitas povoações abandonadas e muitas terras devastadas.

• Como recompensa pela ajuda prestada na guerra, e para as povoar, defender e cultivar, os reis doavam terras aos nobres e às ordens religiosas. Formaram-se assim grandes domínios (QUINTAS E HERDADES) onde o povo trabalhava.

A Sociedade Portuguesa do século XII é formada por 3 grupos, com direitos e deveres diferentes:

• a nobreza e o clero (grupos privilegiados):

não pagavam impostos;possuíam extensas

propriedades;tinham o poder de aplicar justiça

e cobrar impostos;tinham exército próprio.

Vida Quotidiana da Nobreza

• As suas funções eram guerreiras. Participaram na Reconquista e em troca receberam rendas (somas periodicas de dinheiro) e terras.

• Senhorio: Propriedade de um nobre onde viviam camponeses e servos e estava dividida em reserva (explorada pelo Nobre) e mansos (terra arrendada aos camponeses).

• Nas suas terras podia cobrar impostos e fazer justiça.

• Cada Senhor tinha um exército próprio composto por camponeses e servos.

Senhorio

Vida Quotidiana do Clero

• O clero tinha como função prestar assistência religiosa (e por vezes socia) às populações (Nobreza e Povo). Algumas ordens religiosas dedicavam-se ainda ao sector militar, lutando contra os Mouros em nome da Fé Cristã.

• Também eles tinham propriedades doadas pelo Rei e também não pagavam impostos.

• A organização dos seus senhorios era semelhante à da Nobreza.

O Clero na Sociedade

• Os Elementos do Clero Secular(Cardeais e Bispos) possuiam um papel de destaque na corte e muitos deles viviam junto do Rei. Eram também donos de grandes propriedades e tinham tantos privilégios como os Senhores Feudais.

• Do Clero Regular faziam parte os padres que estavam responsáveis pelas paróquias das freguesias e aldeias, os frades, os monges e as freiras que viviam em mosteiros e conventos e dedicavam a sua vida à meditação e oração.

POVO

• O povo, o grupo mais desfavorecido, que executava todo o tipo de trabalho e pagava impostos.

• Tinha ainda a obrigação de combater juntamente com o seu Senhor sempre que havia uma guerra.

Vida Quotidiana de um Camponês

• A maioria dos membros do povo, vivia nos senhorios e eram camponeses (ou pastores), trabalhavam desde que o sol nascia até que se punha, debaixo de sol intenso ou chuva e frio fortes.

• Viviam em pequenas casas (de pedra ou madeira, com telhados de colmo e chão de terra batida), nas aldeias próximas do castelo do Senhor a quem deviam obediência.

• Alimentava-se de pão, vinho, legumes, ovos, toucinho e queijo (que eles próprios produziam).

PIRÂMIDE SOCIAL

REI

NOBREZCLERO

POVO

A Vida nas Cidades

• Nas cidades (que na época eram poucas), a Nobreza vivia na Corte do Rei e dedicavam-se apenas a actividades de lazer como as caçadas, os bailes e festivais. Tinham ainda a função de aconselhar o Rei nos principais assuntos de estado.

• As mulheres nobres eram Aias das Rainha, ou seja faziam-lhe companhia e dedicavam-se à música ou à costura.

A Vida nas Cidades

• Para o povo, a vida nas cidades também não era fácil, viviam em pequenas casas, dentro das muralhas do castelo e dedicavam-se a actividades profissionais que prestavam apoio ao Rei e sua corte. Ferreiros, sapateiros, comerciantes, lavadeiras, oleiros…

A Vida nos Campos

• Os Grandes Senhores Feudais (donos de terras) viviam fora das cidades com as suas famílias, em pequenos castelos com vastos campos de cultivo onde trabalhavam os camponeses (elementos do povo) que eram obrigados a paga-lhes os impostos e a prestar-lhes vassalagem (servi-los e defendê-los, em troca de casa e protecção).

Principais Actividades Económicas

• Como país marcadamente agrícula, as principais actividades que sustentavam a economia de Portugal eram:

• Cultivo de cereais, legumes e fruta;• Produção de vinho;• Produção de azeite;• Produção de Linho

Castelo Medieval