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" ... 0 andar tergiversante, parecia reproduzir o esvoaçar das imagens que lhe agitavam 50 o cérebro", descrevia ass im Orris Soares o seu amigo Augusto . Na foto, o poeta caminha pela ru a Duque de Caxi as, na capital paraibana. Sobre Augusto dos Anjos Antônio Houaiss Já a partir dos meados do século passado a segurança do regime econômico e social da burguesia - a qual representara um pon- derável avanço, sob todos os aspectos, para o mundo europeu particularmente e oci- dental de um modo genérico- principiava a sofrer ·seus primeiros abalos. Contradições internacionais, inter-regionais e dentro de vários países se aguçavam, geravam guerras, revoluções e revoltas ou sublevações, com problemas de produção, de consumo, de mercados, o que tudo culmina no século presente, com a guerra de 1914-1918, sem resolver senão alguns aspectos daquelas con- tradições . O século XIX, eminentemente cientificista, é fonte, também, de teorias e doutrinas - políticas, históricas, econômicas, fllosóficas, éticas - de estruturas já raciona- listas, já irracionalistas. Mas as contradições da vida social, agravando-se, dão por terra com certo profetismo eufórico, na medida em que os obstáculos para harmonização dos interesses humanos se multiplicam. No interregno que corresponde a esse quadro sumário, o Brasil é país retardatário em face do padrão cultural de que deriva. A Abolição da Escravatura em 1888, a Pro- clamação da República no ano seguinte, bons resultados no mercado internacional, via de regra, para o seu açúcar - ainda -, a par de seu café - ainda e por longos anos futuros - e de sua borracha - ainda, mas por poucos anos - dão, juntamente com a doutrinação positivista dos primeiros tem- pos do novo regime político, a impressão de possibilidades ilimitadas e bem-estar físi- co e espiritual para as classes dirigentes. Es- tas, na maioria, senão que na totalidade dos seus integrantes, estavam identificadas com a noção de que o país era essencialmente agrícola e o devia ser, país em cujo seio vivia desafogadamente. A ainda pequena intelec- tualidade brasileira principiava, já indivi- dualmente, como intérprete de classes diferentes, já como analista dos problemas da nação, a sentir os efeitos de uma estrutu- ra econômica e social em que as grandes seções do povo pouco ou nada representa- vam, por sua desvalia como produtores e como consumidores, tanto de bens mate- riais quanto espirituais. Dessa intelec;tualidade, é claro, assim, que parte, e não menor, vivesse a existência de problemas especiosos, ou pelo menos não imediatamente suscitados pelo meio nacio- nal. A parte menos alienada dessa intelec- tualidade, entretanto, estaria em breve apta a compreender e descobrir múltiplos estran- gulamentos para o processo de progressão do país : um população rural que tendia para o estado larvar do mais completo atraso, sem nenhuma possibilidade de ascensão ou melhora, imensa massa que era dirigida ou tangida por uma minoria de senhores de terra essencialmeiite monocultores; uma produção voltada fundamentalmente para exportação de matérias-primas cujos preços eram arbitrados por poucos e grandes com- pradores externos, preços cuja flutuação criava instabilidades políticas periódicas, cuja superação provisória esgotava as atividades dos congressistas, eleitos por sistemas eiva- ABL

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" ... 0 andar tergiversante, parecia reproduzir o esvoaçar das imagens que lhe agitavam

50

o cérebro", descrevia assim Orris Soares o seu amigo

Augusto. Na foto, o poeta caminha pela rua Duque de Caxias, na capital paraibana.

Sobre Augusto dos Anjos Antônio Houaiss

Já a partir dos meados do século passado a segurança do regime econômico e social da burguesia - a qual representara um pon­derável avanço, sob todos os aspectos, para o mundo europeu particularmente e oci­dental de um modo genérico- principiava a sofrer ·seus primeiros abalos. Contradições internacionais, inter-regionais e dentro de vários países se aguçavam, geravam guerras, revoluções e revoltas ou sublevações, com problemas de produção, de consumo, de mercados, o que tudo culmina no século presente, com a guerra de 1914-1918, sem resolver senão alguns aspectos daquelas con­tradições . O século XIX, eminentemente cientificista, é fonte, também, de teorias e doutrinas - políticas, históricas, econômicas, fllosóficas, éticas - de estruturas já raciona­listas, já irracionalistas. Mas as contradições da vida social, agravando-se, dão por terra com certo profetismo eufórico, na medida em que os obstáculos para harmonização dos interesses humanos se multiplicam.

No interregno que corresponde a esse quadro sumário, o Brasil é país retardatário em face do padrão cultural de que deriva. A Abolição da Escravatura em 1888, a Pro­clamação da República no ano seguinte, bons resultados no mercado internacional, via de regra, para o seu açúcar - ainda -, a par de seu café - ainda e por longos anos futuros - e de sua borracha - ainda, mas por poucos anos - dão, juntamente com a doutrinação positivista dos primeiros tem­pos do novo regime político, a impressão de possibilidades ilimitadas e bem-estar físi-

co e espiritual para as classes dirigentes. Es­tas, na maioria, senão que na totalidade dos seus integrantes, estavam identificadas com a noção de que o país era essencialmente agrícola e o devia ser, país em cujo seio vivia desafogadamente. A ainda pequena intelec­tualidade brasileira principiava, já indivi­dualmente, já como intérprete de classes diferentes, já como analista dos problemas da nação, a sentir os efeitos de uma estrutu­ra econômica e social em que as grandes seções do povo pouco ou nada representa­vam, por sua desvalia como produtores e como consumidores, tanto de bens mate­riais quanto espirituais.

Dessa intelec;tualidade, é claro, assim, que parte, e não menor, vivesse a existência de problemas especiosos, ou pelo menos não imediatamente suscitados pelo meio nacio­nal. A parte menos alienada dessa intelec­tualidade, entretanto, estaria em breve apta a compreender e descobrir múltiplos estran­gulamentos para o processo de progressão do país : um população rural que tendia para o estado larvar do mais completo atraso, sem nenhuma possibilidade de ascensão ou melhora, imensa massa que era dirigida ou tangida por uma minoria de senhores de terra essencialmeiite monocultores; uma produção voltada fundamentalmente para exportação de matérias-primas cujos preços eram arbitrados por poucos e grandes com­pradores externos, preços cuja flutuação criava instabilidades políticas periódicas, cuja superação provisória esgotava as atividades dos congressistas, eleitos por sistemas eiva-

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dos de fraude; um subcapitalismo nacional eminentemente mercador, incapaz de preencher funções internas de criação e valorização de mercado nacional.

Essa intelectualidade, por isso mesmo, não podia ainda voltar-se para os aspectos técnicos que o progresso material viria a exigir num futuro não remoto. Voltava-se, assim, para genéricos problemas ftlosóficos, quando aguçada pelo desejo de saber. E na medida em que cada intelectual, por suas raízes sociais, por suas idiossincrasias indi­viduais e pessoais, se inseria no corpo social durante esse período, tendia a exprimir-se diferentemente, do mais genérico ao mais específico . É assim que aparecem formas militantes, como a de Euclides da Cunha

' sobretudo em "Os Sertões", já nos primeiros anos deste século, até formas puramente alheadas de qualquer problema _coletivo, ou então até formas como a de Augusto dos Anjos, em que se coloca, essencialmente, o problema da afirmação teleológica do ser, do ser humano sobretudo, na sua ânsia de saber.

O Brasil já era - para mais de três quar­téis de século depois de sua independência política - um país de certa extensa, embora rarefeita, população, com centros regionais e urbanos distanciados, que gestavam, por suas escolas e por sua fermentação ideológi­ca, grupos quase autônomos de artistas e escritores, cujo ideal, sem embargo, seria ainda por muitos anos deslocar-se para a capital da república, na medida em que o Estado de origem oferecia menores possi­bilidades de afirmação material e espiri­tual.

Sem definição programática para a nação, o país apresentava, por isso mesmo, uma inteligência alienada em parte, dila-

cerada freqüentemente, desorientada quase sempre .

No plano estritamente literário, verifica­se, em conseqüência, um reflexo disso: as chamadas escolas literárias oriundas do foco europeu aqui se manifestam fora do tem­po, anacronicamente, procronicamente, às vezes acavalando-se, mesclando-se e fundin­do-se, tumultuando a periodização do mo­delo e comportando, por conseguinte, amálgamas de formas e tendências, quan­do não originalidades mais ou menos per­sonalistas - como é, precisamente, o caso de Augusto dos Anjos .

Vivendo vida consciente de adulto, de 1900 até a morte em 1914, durante esses quinze anos Augusto dos Anjos coexistiu, no Brasil, com escritores integrados nos mais diferentes movimentos literários . Com efeito, dentre os chamados realistas, ou na­turalistas, ou parnasianos - Aluísio Azevedo morre em 1913; Inglês de Sousa, em 1919; Machado de Assis, em 1909; Coelho Neto, em 1934; Afonso Arinos, em 1916; Olavo Bilac, em 1918; Vicente de Carvalho, em 1924; Joaquim Nabuco, em 1910; Rui Bar­bosa, em 1923; Euclides da Cunha, em 1909. Dentre os chamados simbolistas indisputa­dos - Cruz e Sousa morre, é verdade, em 1898, mas "Faróis" são de 1900 e "Últimos Sonetos", de 1905; Pereira da Silva, em 1944; Alphonsus de Guimarães, em 1921; Emi­liano Perneta, em 1921. Dentre os chama­dos simbolistas penumbristas - Mário Pe­derneiras morre em 1921; Gonzaga Duque, em 1911. Dentre os chamados neoparna­sianos - Hermes Fontes morre em 1930; Amadeu Amaral, em 1929; Luís Carlos, em 1932; José Albano, em 1923.

O fato é que, classificado durante certo período como simbolista, associando-se seu nome, via de regra, ao de Cruz e Sousa, os

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teóricos, subseqüentemente, prine1p1aram a impugnar o critério, soltando-o no ar, fa­zendo-o só, Eu e mais ninguém - guando, em tratamento mais judicioso, não há como deixar de reconhecer-lhe a cabida dentro do simbolismo, tomado esse movimento como oposto ao realismo-naturalismo-parna­sianismo. De um lado, essencialmente, o mundo objetivo é mentado como existente em si mesmo e o intérprete procura anular­se, transformando, se possível, seu próprio mundo subjetivo em matéria do mundo ob­jetivo; de outro lado, no simbolismo, o mun­do objetivo e o mundo subjetivo se interpe­netram numa vivência mental única que com­porta, por isso mesmo, modalidades perso­nalíssimas; ambos, entretanto, se aparentam no fato, fundamental, de que traduzem, de regra, uma cosmovisão em que o destino do homem, não se explicando pela vocação mesma de viver, parece tender para uma desgraça essencial.

Pelos dados biográficos por ora conhe­cidos - Augusto dos Anjos espera seu biógrafo na pessoa de Francisco de Assis Barbosa, que já levantou dados fundamen­tais para isso - pode-se depreender que, nascido de casal psicologicamente vibrátil, o poeta herdou essa característica. Ademais, deve ter precocemente participado da aven­tura espiritual e intelectual do seu pai, volta­do intensamente para o conhecimento das teorias científicas do século XIX, tanto filosóficas, quanto, provavelmente, econômicas, políticas e sociológicas. Dando­se de corpo e alma à leitura e à contem­plação, propendeu, também, para certa fraqueza biológica, que já trazia talvez em si e que iria facilitar o surto da doença que o matou, cedo demais . Poetando com notá­vel precocidade - há depoimento de Augus­to dos Anjos que situa essa preocupação na

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infância-, teve tempo para amadurecer sua expressão, na conformidade de sua for­mação intelectual. É de ver, porém, que Augusto dos Anjos, por sua própria contex­tura mental, não é de tipo dialético, lógico e discursivo - malgrado a aparência de sua linguagem: a visão do mundo desse mate­rialista imediato é mediatamente estética e simbólica, pois nas noções (e seu vocabu­lário correspondente) da ciência materialis­ta de que se embebeu - sobretudo nos as­pectos divulgadores que há em Haeckel ou em Spencer - vê, antes de um causalismo necessário, correlações arbritárias ou espan­tosas, que lhe confirmam certas emoções e certas intuições talvez estruturalmente mór­bidas ou tendentes à morbidez. As dificul­dades materiais de sua vida, a luta pelo bem­estar da família, os reveses e as incompreen­sões sofridas, tudo precipitou, nesse autodi­data que acumulou saberes de um plano cognitivo para uso noutro plano expressio­nal, a originalidade de sua cosmovisão e de sua poesia, cuja parte formal, abstraído o vocabulário, poucas inovações apresenta deliberadamente.

Augusto dos Anjos foi e será, tempos em fora, incluído numa modalidade de poetas chamados, a um tempo, cientificistas e filosofantes. A asserção é válida, enquanto se compreenda que, por cientificista, rião se quer senão designar quem se volte para as questões científicas, sem, entretanto, im­buir-se do seu método, em que o raciocínio analógico, simbólico, alógico, emotivo e afetivo deve, na medida do possível, ser neu­tralizado ou pelo menos contra-regrado, aferido, experimentado: nesse sentido, Au­gusto dos Anjos foi o contrá"rio de um cien­tista; foi, repitamos, um cientificista. Aque­la asserção é, ainda, válida, enquanto se compreendà que, por filosofante, não se

quer senão designar quem se volte para as questões filosóficas sem espírito sistemático (mesmo quando esse espírito seja a negação do sistemático através de um sistemático eclético) e, em sendo poeta, não pretenda em sua poesia fazer um tratado de ftlosofia. Augusto dos Anjos é, de fato, um poeta filosofante, como o foi Antero de Quental, e nessa atitude filosofante se reflete, mais do que tudo, a aventura do seu espírito (e do seu corpo), à cata de uma definição para si mesmo, para a sua visão dos outros, para a sua visão do mundo, para a sua inserção dentro da natureza e entre os seus seme­lhantes: seus erros de filosofia, se os há, não têm senão o valor de mostrar que, mesmo com eles, pode orientar-se no mundo ou

"Se no bolso o espelho/ Oculta o teu rosto/ És um clandestino passageiro/ Em cujos sapatos/ Cadarços não são cadarços ... " (Sérgio Castro Pinto). Objetos do uso pessoal de Augusto dos Anjos compõem coleção particular preservada pela família do historiador paraibano Humberto Nóbrega. Há muitas raridades no acervo. Documentos como o título de eleitor do juiz Aprígio Carlos Pessoa de Melo, padastro de dona Esther, esposa do poeta, (no destaque) figuram também na coleção.

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" .. . Eu, depois de morrer/ Depois de tanta tristeza,/

Quero, uma vez de nome­Augusto,/ Possuir aí o nome de um arbusto/ Qualquer ou de qualquer obscura planta!".

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pode estar à procura de uma orientação . O fato de ser ostensivamente um ateu - pelo menos em sua poesia - não exclui, por isso mesmo, de Augusto dos Anjos uma doloro­sa visão solidária com os seres e as coisas, embora lhe permita, na direção desespera­da das perguntas que propôs ao seu mate­rialismo, crer que o mal presida a vida e que esta é, sobretudo, um caminho para a morte. Visão pessimista, está claro, mas que, etica­mente, é acompanhada de uma sentida con­fraternidade com os homens.

Há que prestar atenção especial para o vocabulário do poeta. Oriundo, em grande parte, da linguagem das ciências naturais, não é ele, entretanto, apenas assim carac­terizado. Augusto dos .Anjos matiza, pela riqueza vocabular e sobretudo pelo vocabu­lário de origem erudita, a minúcia original que quer dar ao que designa ou exprime. De modo que, assim, propende para um tipo de fonetismo pouco corrente ao nor­mal da língua portuguesa no Brasil- como oferecer em cada verso grupos consonânti­cos raros nos usos ordinários ou mesmo líri­cos na língua, grupos que, entretanto, pas­sam, na sua, a dar um tipo de verso, cuja originalidade fica, sob esse aspecto, fortale­cida pelos proparoxítonos. Isso, que tem sido um dos motivos para a vivência lúdica com que um grande número de leitores seus se comprazem, é traço que, não sendo com­preendido, pode levar à rejeição quase maciça e total de Augusto dos Anjos. Cum­pre, destarte, captar esse aspecto da poética e da retórica de Augusto dos Anjos, aspecto que condiciona a capacidade de progredir na co-participação de sua poesia, tão rica, a partir daí, e daí inclusive, de sugestões, emoções, tristezas, alegrias e lições.

Em conseqüência dos usos simbólicos feitos por Augusto dos Anjos do material

não raro de proveniência científica, dos usos analógicos e correlatas para fms de enlace estético e emocional, em conseqüência dis­so desde cedo se manifestou entre nós uma tendência a interpretar a poesia de Augus­to dos Anjos como uma poesia esotérica, cuja chave - como a de Cruz e Sousa - po­deria estar na sistemática de certas doutri­nas místicas. Não querendo aqui polemizar quanto a isto, lembramos, apenas, que Au­gusto dos Anjos comporta uma vivência quase literal de sua poesia, sem que, nas suas características, ela saia diminuída.

Após o lançamento da primeira edição do Eu, em 1912, sete a oito anos se passa­ram para que, por iniciativa de um amigo, Orris Soares, a poesia de Augusto dos Anjos lograsse uma segunda edição, em 1920, graças à qual o poeta começou a ser consi­derado pela crítica. Entretanto, foi só a partir da terceira edição, em 1928, que começou a penetrar os meios do leitor co­mum. Daí em diante vem mantendo-se o interesse que desperta, interesse eivado, entretanto, de certos pendores ou equívo­cos, que se nutrem de caracteres reais par­ciais da poesia de Augusto dos Anjos: o aparente preciosismo vocabular; certas imagens fantásticas, fantasmagóricas ou quase surrealistas; certas tiradas pessimistas e afrontosas; certa aparente imaturidade in­conformista. É, assim, um poeta do gosto de certos adolescentes , também, em crise típica de iqade. Só uma síntese conspectiva de sua poesia pode, através de vivência con­tinuada, superar tais qualidades brilhantes e tais defeitos gritantes, para dar a justa medi­da desse tão importante, tão singular e tão expressivo poeta brasileiro.

(ln "Drummond Mais Seis Poetas e Um Problema", Rio de Janeiro, Imago, 1976, págs. 59/65 ).

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