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R E V I S T A D E odontologia ANO 4 NÚMERO 2 ABR / MAI / JUN 2007 SOBRALOR Sociedade Brasileira de Estudo da Lesão Orofacial ISSN- 1806-8561

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R E V I S T A D E

o d o n t o l o g i a

ANO 4 • NÚMERO 2 • ABR / MAI / JUN • 2007

SOBRALORSociedade Brasileira de Estudo da Lesão Orofacial

ISSN- 1806-8561

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Editorial

Caros Leitores,

O dinamismo e a velocidade com que novos conhecimentos e tecno-

logia são descobertas e implementadas pela área de saúde, faz com

que seja imperioso uma constante atualização por parte do profi ssio-

nal desta importante área do conhecimento.

A Odontologia é parte integrante deste processo, portanto, precisa-

mos pensar em formas alternativas em propiciar conhecimentos atua-

lizados constantemente, para mantermos a qualidade dos tratamentos

ora realizados.

Este periódico cientifi co, pensou neste fato quando implementou o

Programa de Educação Continuada (PEC), porém , precisamos pen-

sar em maneiras efi cazes de reavaliarmos a qualidade destas atuali-

zação, bem como os profi ssionais que estão no mercado de trabalho,

com o auxílio dos órgãos competentes de classe, a fi m de iniciarmos

um processo de revalorização da classe Odontologia, tão necessário

nos dias de hoje.

Prof. Dr. Laurindo Borelli Neto

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4 Sobralor 2007

Índice

Coordenação editorial, criação, diagramação e produção gráfica:

Atha Comunicação e Editora Rua Machado Bittencourt, 190 - 4º andar - conj. 410 - CEP: 04044-000 - São Paulo - SP

Tel/Fax: (11) 5087-9502 / 5579-5308 - E-mail: [email protected]

ARTRITE REUMATÓIDE X ARTICULAÇÃO TÊMPORO MANDIBULAR: “TRATAMENTO ALTERNATIVO”....................................................5Patrícia H Faé, Tarley Pessoa de Barros, Gabriel D. Campolongo, Laurindo Borelli Neto

CÁRIE DE IRRADIAÇÃO E OSTEORRADIONECROSE: PREVENÇÃO, CONTROLE E TRATAMENTO ........................................................8Almeida FCS, Durazzo MD, Dias RB, Da Silva DP, Antoniazzi TF, Brandão TB

UTILIZAÇÃO DO LASER DE BAIXA INTENSIDADE NO TRATAMENTO DA DOR ORO FACIAL MIOGÊNICA RELACIONADA À DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR .....................................................................................................................................................12Aline Dantas Diógenes Saldanha, Kadidja Claudia Maia e Machado, Ana Paula de Novaes Santos

AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA NA REMOÇÃO DA PLACA BACTERIANA COM DOIS TIPOS DE ESCOVAS DENTAIS EM CRIANÇAS PORTADORAS DA SÍNDROME DE DOWN DE 7 A 14 ANOS DE IDADE .................................................................................................15Ana Paula Teitelbaum, Renata de Oliveira Guaré, Aida Sabbagh-Haddad

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA (PEC): DORES EM ODONTOLOGIA (PARTE II) ....................................................17

DISTRAÇÃO ALVEOLAR .............................................................................................................................................................................29Carlos Augusto da Luz, Daniela Vieira Amantéa, José Accurso

REHABILITACION DE GUIAS CANINAS E INCISIVAS CON RESINAS Y DE LA RELACION CÉNTRICA CON APARATO Y AJUSTE OCLUSAL .......................................................................................................................................................33Fernando R. Jaén

PONTO DE VISTA: QUALIDADE DE VIDA ............................................................................................................................................34João Caramez

Editor CientíficoProf. Dr. Laurindo Borelli Neto

Corpo EditorialProf. Dra. Aida Sabbagh Haddad - SP

Prof. Dr. Aldo Stacchini - SP Prof. Dr. Laurindo Borelli Neto - SP

Prof. Linneu Cuffari - SPProf. Dr. Reinaldo Brito e Dias - SP

Prof. Renato Geromel - SP Prof. Dr. Ricardo José de Holanda Vasconcellos - SP - PE

Prof. Tarley Eloy Pessoa de Barros - SP

Editories InternacionaisProfª Doris Ballestero (Colombia)Prof. Jorge Learreta (Argentina)Prof. Fernando Jaen (Panama)

Periodicidade: Trimestral

Tiragem: 3500 exemplares

Distribuição: Assinatura/ permuta([email protected])

Revista de Odontologia: SOBRALOR - Sociedade Brasileira de Estudo da Lesão Orofacial. Rua Augusta, 1916 - 01412-001 - São Paulo - SP - [email protected]

Revista de Odontologia. Revista da Sociedade Brasileira de Estudo da Lesão Orofacial/SOBRALOR. V. 4, n. 2 (abr./mai./ jun. 2007) - São Paulo.

Trimestral

ISSN- 1806-8561

l- Odontologia - periódicos 2- Dor orofacial - periódicos.Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta edição pode ser utilizada ou reproduzida - em qualquer meio ou forma, seja mecânico ou eletrônico, fotocópia, gravação etc. - nem apropriada ou estocada em sistema de banco de dados, sem a expressa autorização da SOBRALOR.

Impresso no Brasil Printed in Brazil

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5Sobralor 2007

1 - Cirurgiã dentista. Profa de Morfologia da Universidade Bandeirante de São Paulo - UNIBAN.2 - Prof. de Morfologia e Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofaciais da Universidade Bandeirante de São Paulo - UNIBAN. Doutorado pela Universidade de São Paulo - USP.3 - Prof. de Morfologia e Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofaciais da Universidade Bandeirante de São Paulo- UNIBAN. Mestrado pela Universidade de São Paulo - USP.4 - Editor Científico da Revista de Odontologia Sobralor, Professor titular de Periodontia da UNICID, Diretor da Faculdade de Odontologia da UNIBAN

Endereço para correspondência: Al. Casa Branca, 977, ap: 91 - Cep: 01408-001 - E mael:[email protected]

Recebido para publicação em 05/ 04/ 2006. Aceito para publicação em 06/ 07/ 2006

. ABSTRACT

Th e rheumatoid arthritis a systemic infl ammation illness and of unknown etiology, aff ecting one or vary joints of body. A exten-sion of the involvement to indication of fi sioterapicas techniques. In view of that rheumatoid arthritis aff ects the joints, has ob-served commited each bigger time of temporomandibular joint articulate and infl ammation can vary, being slow and chronic, destroying the cartilage the joint and weakening the muscles.Th e treatment basically consists of the use of farmacos and also the correct (TMJ), aff ecting with the respective mandibular mo-viments.

Keywords: Rheumatoide Arthritis, Temporomandibular joint (TMJ), Treatment to multidiscipline.

REVISÃO DE LITERATURA

REVISÃO DA LITERATURA

A Articulação Têmporo Mandibular é uma articulação bi-

lateral que se localiza logo a frente da orelha e é compos-

ta pela cavidade condilar e eminência articular do osso

temporal,côndilo mandibular,disco articular,cápsula arti-

cular e ligamentos(KOSMINSKY E BIANCHINI 1998).

Segundo BIANCHINI (1998) a ATM é uma articulação

sinovial e produz líquido sinovial, que nutre e lubrifi ca as

estruturas mandibulares.

A AR é uma infl amação das articulações que provoca al-

teração das estruturas ósseas e cartilagens. O ponto de

partida da doença é a infl amação da Membrana sinovial,

tornando-a espessa, o que leva interrupção da produção

do líquido sinovial e inicia a excreção de um líquido que

destrói progressivamente as cartilagens que revestem as

ARTRITE REUMATÓIDE X ARTICULAÇÃO TÊMPOROMANDIBULAR: “TRATAMENTO ALTERNATIVO”

Patrícia H Faé1, Tarley Pessoa de Barros2, Gabriel D. Campolongo3, Laurindo Borelli Neto4.

RESUMO

A artrite reumatóide é uma doença infl amatória crônica que compromete primeiramente a membrana sinovial e o tecido conjuntivo.Sua causa é desconhecida, mas está relacionada com o distúrbio do sistema auto imune.O diagnóstico se dá de acordo com a avaliação clínica, labo-ratorial e radiográfi ca.Sendo que a artrite reumatóide pode atingir diversas articu-lações, estaremos discutindo em especial a articulação têm-poro mandibular.

Descritores: Artrite Reumatóide, Articulação Têmporo Mandibular, tratamento multidisciplinar.

articulações, causando dor, perda do movimento e da fun-

ção conseqüentemente.

Segundo SKINNER e THONSON (1985) a AR é caracteri-

zada por uma poliartrite infl amatória não supurativa,muitas

vezes simétrica,que envolve principalmente as articulações

periféricas,podendo ter evolução subaguda ou crônica com

períodos de exacerbações ou remissões.

O início dos sintomas é insidioso e consistem de: febrícula,

mal estar, sudorese, perda do apetite, emagrecimento, mole-

za, angústia e irritabilidade.Apresentam ainda sinais videntes

de infl amação: dor, calor, rubor, edema, rigidez matinal, au-

mento dos gânglios, anemia e nódulos subcutâneos.

O diagnóstico acontece de acordo com uma somatória da

avaliação clínica, laboratorial e radiográfi ca.

Os exames por imagem podem ser utilizados para diagnósti-

co auxiliar, estabelecendo o estágio de comprometimento ar-

RHEUMATOID ARTHRITIS X TEMPOROMANDIBULAR JOINT:

ALTERNATIVE TREATMENT

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ticular e para comparação, visando a efi cácia do tratamento.As radiografi as convencionais não mostram alterações espe-cífi cas da AR. Já a ecografi a articular pode detectar mínimas lesões que ocorrem nos primeiros meses de AR,e a ressonância magnética é sensível para demonstrar infl amação articular.

TRATAMENTO

Os programas de tratamento da AR são prolongados e o pa-ciente deve ser informado sobre as possibilidades de evolução da doença.O objetivo do tratamento é o controle da dor e do processo infl amatório, e prevenir e corrigir deformidades através da terapia farmacológica e da fi sioterapia.Para Dr Von Mühler, reumatologista, os pacientes são en-caminhados para tratamento cirúrgico em casos de grandes destruições articulares onde seriam indicadas as próteses ar-ticulares, devendo ser avaliada quanto ao risco e benefício de cada caso.Em crianças, a artrite Têmporo Mandibular é a caracterís-tica principal para o retardamento do crescimento condilar, sendo responsável por todo seu desenvolvimento. A hipopla-sia é um dos achados mais importantes do que as alterações funcionais.Nos adolescentes, ocorre a destruição do côndilo o que resul-ta na parada do crescimento da mandíbula acarretando em deformidade facial, gerando um quadro clínico de retrogna-tismo.Nos adultos acontece a cronifi cação da artrite, podendo de-terminar a anquilose bilateral, tendo como tratamento cor-reção cirúrgica.Os sinais e sintomas da AR na ATM manifestam-se diferen-temente em cada caso,podendo apresentar dor nos músculos da mastigação , cefaléia ,crepitações, movimentos mandibu-lares irregulares e mobilidade mandibular reduzida.

TRATAMENTO

O tratamento da AR na Articulação Têmporo Mandibular é variável,podendo ser medicamentoso,visando reduzir a dor e a infl amação,odontológico para restabelecimento oclusal e funcional dos maxilares e auxílio de fonoaudiologia,segundo Larb et al,2000 ;Leandro e Nunes,2000 e Ranfj ord e ASH,1983.Dentro do tratamento fi sioterápico diversas são as possibilidades,como a crioterapia, emprego de baixas tempe-raturas, indicados nos casos de limitações articulares, pares-tesias, paralisias faciais, processos dolorosos agudos.A Termoterapia, emprego do calor para obtenção da vasodi-latação, aumentando a oxigenação e o fl uxo sanguíneo, indi-cada nos casos de tensão muscular aumentada, crises álgicas, processos crônicos espasmos musculares (Barros, 1995).Estimulação Elétrica Neural Transcutânea (TENS) É a apli-cação de estimulação elétrica com pulsos bifásicos em bai-xa intensidade e freqüência por meio de eletrodos.(Leandro,

Nunes, 2000 ; Barros, 1995 ) Os efeitos são:bloqueio de con-dução nervosa,produzindo um efeito analgésico ;contração isométrica,aumentando seu trofi smo muscular e a circulação local.(Barros, 1995)A terapia a laser se caracteriza por ter uma ponte ação anal-gésica, reduzindo a infl amação, interferindo na mensagem elétrica durante o impulso dolorido; antiinfl amatório, antie-dematoso e cicatrizante.(Oliveira e Woltmann,2002).Microcorrente é a excitação elétrica indicada para aplicar uma microvoltagem em um alcance semelhante para que aconteça a junção sináptica (Okeson,2000).Essa terapia diminui o quadro álgico, aceleração do processo cicatricial e combate aos efeitos fl ogísticos (Alcaide, 2002).Além das técnicas convencionais da fi sioterapia para o tra-tamento da AR na Articulação Têmporo Mandibular,surge uma alternativa que é a terapia através do PST(Pulsed Signal Th erapy),tratamento que envolve um sinal fi siológico espe-cífi co carregado por uma série de impulsos de campos mag-néticos no local do tratamento.Esse sistema fornece campos eletromagnéticos pulsantes capazes de restaurar estímulos fi siológicos cruciais para a produção da cartilagem, reesta-belecendo a lesão, trazendo inúmeros benefícios ao paciente de forma indolor e não invasiva e sem efeitos colaterais (Ma-rkoll, Ferreira e Toohil, 2003).Essa técnica já é difundida com sucesso em vários países do mundo, Alemanha, Itália, Canadá, Portugal e a cerca de um ano no Brasil, para as diversas articulações do corpo, sendo que para a Articulação Têmporo Mandibular ela é difundida na Alemanha, local de sua origem e agora chega ao Brasil, onde começará a ser aplicada (MARKOLL, FERREIRA e TOOHIL, 2003).A técnica consiste na adaptação de um aparelho, como um fone de ouvido, grande, ajustado nas ATMs;o pacien-te recebe nove sessões consecutivas,cada uma com uma hora de duração,onde a articulação esta exposta ao campo magnético,que é de apenas um milésimo da Ressonância Magnética.(MARKOLL, FERREIRA e TOOHIL, 2003).O profi ssional deve estar habilitado e treinado a executar a técnica, dentro dos padrões internacionais estabelecidos.Esta terapia tem alcançado segundo estudos científi cos mais de 70% de melhora signifi cativa, nos mais de 200 mil pacientes tratado sem mais de 20 países e agora sendo aplicado a ATM (MARKOLL, 2003).Diante de inúmeros pacientes acometidos, constantes trata-mentos sem sucesso com utilização de drogas no alívio da dor, surge uma luz, uma alternativa, que desponta com gran-de sucesso nas articulações em geral e agora na ATM, esta técnica carece de maiores estudos principalmente no que diz respeito às Articulações Têmporo Mandibulares.

DISCUSSÃO

Vários autores defi nem AR como uma doença infl amatória sistêmica ou degenerativa de etiologia desconhecida, que

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALCAIDE,A.A..(09/01/200410:20h)Microcorrente.http:www.fnetsports.hpg.

ig.com.br.

BARROS,J.J.,RODE,S.M..Tratamento das disfunções craniomandibulares: ATM.

1ª ed. São Paulo: Santos Livraria, 1995.

BIANCHINI,EstherM.G. -MastigaçãoeATM.In: MARCHESAN, Irene Queiroz.

Fundamentos em Fonoaudiologia: Aspectos Clínicos da Motricidade Oral. Rio

de Janeiro, Guanabara Koogan, 1998.P.37-49 KOMINSKY, Maurício.-Perguntas

mais freqüentes. http://www.atm.br/i nformativo%20 dos %20pacientes.htm.

Centro da ATM de Pernambuco, Internet, 1998.

LARB,G.A.,et al..Disfunção da ATM e dos músculos da mastigação. 2ª.Ed.São Paulo:

Santos Livraria, 2000.

LEANDRO,L.F.L.,NUNES,L.J..ATM: Diagnóstico e Tratamento 1ª.Ed.São Paulo:

Pancast,2000.

MARKOLL,R.,FERREIRA,D.M.S.,TOOHIL..Pulsed Signal Th erapy:na overview.

Journal of Rheumatology.v.6,p.89-100.2003.

OKESON,J.P..Tratamento das Disfunções Têmporomandibulares e Oclusão. 4ª ed.

São Paulo: Artes Médicas, 2000.

OLIVEIRA.J.M. WOLTMANN, M. (15/01/2004-22:03h) Fisioterapia e odontologia

no tratamento multidisciplinar da disfunção têmporomandibular.http://www.

fi siobrasil.fst.br

RAMFJORD,Sigurd & ASH,Major M-Oclusão.3a .ed.Rio de Janeiro,Guanabara

1983.

SKINNER, Alison T. & THONSON, Ann M. -Duffi eld:Exercícios na água.3a ed.São

Paulo,Manoele Ltda,1985

pode acometer qualquer articulação do corpo, inclusive a ATM, iniciando em adultos jovens atingindo três vezes mais mulheres do que homens, e manifesta-se, predominantemen-te, com dano repetitivo e crônico das estruturas articulares, periarticulares e tendinosas, infl amando o substrato anatô-mico, principalmente da membrana sinovial.Alguns autores explicam que o processo infl amatório da AR nas estruturas articulares,inicia-se pela membrana si-novial, prolonga-se até as superfícies articulares.A membra-na sinovial infl amada cresce sobre as superfícies articulares sob forma de cobertura vascular espessa, destruindo-as e substituindo-as.Por fi m o disco articular é destruído. As aderências entre as camadas da cobertura produzem imobi-lização da articulação, podendo ocorrer anquilose fi brotica ou óssea.

CONCLUSÃO

Podemos concluir que AR é uma doença infl amatória sistêmi-ca, de etiologia desconhecida, que pode acometer qualquer arti-culação do corpo, inclusive a articulação têmporomandibular.O tratamento da artrite reumatóide na ATM é variável, poden-do ser medicamentoso, fi sioterapêutico, fi sioterapia associada ao tratamento odontológico, visando à reabilitação da função comprometida e em alguns casos intervenção cirúrgica.Além das técnicas convencionais de fi sioterapia, existe no Brasil uma nova tecnologia chamada PST, que é uma mo-dalidade de tratamento para lesões crônicas e degenerativas como AR podendo ser aplicada na ATM, gerando uma rege-neração da cartilagem articular, sendo essa técnica indolor e não invasiva.

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1 - Estagiária em Prótese Buco Maxilo Facial do Departamento de Cirurgia, Prótese e Traumatologia Maxilo Faciais da FOUSP2 - Médico Assistente da Disciplina de Cirurgia de Cabeça e Pescoço da FMUSP e pesquisador do GPR.3 - Professor Titular da Disciplina de Prótese Buco Maxilo Facial do Departamento de Cirurgia, Prótese e Traumatologia Maxilo Faciais da FOUSP4 - Professor e Doutor da Disciplina de Prótese Buco Maxilo Facial do Departamento de Cirurgia, Prótese e Traumatologia Maxilo Faciais da FOUSP5 - Pós- Graduanda em Prótese Buco Maxilo Facial do Departamento de Cirurgia, Prótese e Traumatologia Maxilo Faciais da FOUSP e Estágiaria da Disciplina de Prótese Buco Maxilo Facial da UNISA6 - Monitora da Disciplina de Prótese Buco Maxilo Facial do Departamento de Cirurgia, Prótese e Traumatologia Maxilo Faciais da FOUSP

Endereço para correspondência: Rua Antonio Mariani, 355 Butantã cep: 05530-000 São Paulo - e-mail: [email protected]

Recebido para publicação em 05/04/06. Aceito para publicação em 06/07/06.

ABSTRACT

Th e neoplasia of the oral cavity can be treat by radiotherapy. Ir-radiation caries and osteoradionecrosis are several adverse eff ects of therapeutic irradiation during and after treatment and can be minimezed by taking preventive and control measures that proporcionate a better oral health condition to the patient.

Keywords: Irradiation caries; Osteoradionecrosis; Radiotherapy

IRRADIATION CARIES AND OSTEORADIONECROSIS: PREVENTION, CONTROL AND TREATMENT

REVISÃO DE LITERATURA

CÁRIE DE IRRADIAÇÃO E OSTEORRADIONECROSE: PREVENÇÃO, CONTROLE E TRATAMENTO

Almeida FCS1, Durazzo MD2, Dias RB3, Da Silva DP4, Antoniazzi TF5, Brandão TB6

RESUMO

A radioterapia é uma das modalidades terapêuticas para pacientes com câncer bucal. Muitos efeitos adversos são co-muns durante e após o tratamento radioterápico do ponto de vista odontológico, dentre eles, as cáries de irradiação e a osteorradionecrose, e podem ser atenuados tomando-se me-didas preventivas e de controle, proporcionando ao paciente irradiado uma melhor condição de saúde bucal.

Descritores: Cárie de irradiação; Osteorradionecrosse; Radioterapia

INTRODUÇÃO

Dentre as modalidades terapêuticas para cura e controle das neoplasias malignas de cabeça e pescoço, a radiotera-pia (RDT) é um método bem estabelecido e tem como fi -losofi a a erradicação de células tumorais e preservação dos tecidos normais incluídos no campo de irradiação (Berger et al, 1997). Os tecidos subjacentes ao campo de irradiação sofrem ação da RDT que muitas vezes limita o tratamento temporária ou permanentemente. As doses na região de ca-beça e pescoço são muito altas e podem chegar até 8.000cGy, causando diversos efeitos tóxicos aos tecidos normais, que podem ser classifi cados em agudos e tardios (Whitmyer et al, 1997). O tratamento do doente com câncer bucal envolve

uma equipe interdisciplinar que deve trabalhar objetivando a eliminação da doença com manutenção da qualidade de vida do paciente. Fazem parte dessa equipe de profi ssionais: ci-rurgiões-dentistas, médicos (cirurgiões de cabeça e pescoço, cirurgiões plásticos, oncologistas, radioterapeutas), enfermei-ros, psicólogos, fonoaudiólogos, nutricionistas, assistentes so-ciais. A radioterapia pode ser empregada como modalidade exclusiva ou associada à cirurgia e quimioterapia (Almeida et al, 2004a). Sabe-se que a radiossensibilidade das células adjacentes ao tumor pode limitar o tratamento e dependen-do do campo irradiado, resultar em consideráveis seqüelas mórbidas (Almeida et al, 2004b). Se os efeitos agudos da ra-dioterapia de cabeça e pescoço impactam de forma impor-tante o tratamento oncológico e freqüentemente alteram ou

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4). Outro método preventivo é o uso de próteses complemen-

tares à radioterapia, ou próteses radíferas, que têm a fi nali-

dade de afastar as estruturas anatômicas que não devem ser

irradiadas, além de servir de suporte ao colimador e mantê-lo

sempre na mesma posição durante as aplicações, protegendo

ainda os tecidos sadios circunvizinhos à lesão, para que não

sejam destruídos pelas emanações (Carvalho, Dias e Mattos,

1991; Antônio, Maia e Dias, 2001).

Figuras 3 e 4 – Moldeira individual no modelo e em posição na cavidade bucal.

Para minimizar o desconforto da xerostomia e garantir al-

gum tipo de efeito limpante perdido pela diminuição do

fl uxo salivar, a utilização de saliva artifi cial e substitutos de

salivas, diariamente, foi proposto por Da Silva et al, 1999.

Osteorradionecrose

A osteorradionecrose é uma séria complicação da radiotera-

pia de neoplasias, caracterizada por um processo infl amató-

rio crônico, muito doloroso, que pode induzir à fratura pa-

tológica (Maia, Dias e Ribeiro, 1997). A radiação do osso

resulta em danos irreversíveis aos osteócitos e ao sistema

microvascular. O osso afetado torna-se hipóxico, hipocelular

e hipovascularizado (Neville, 1997; Marx, 1983). A osteor-

radionecrose é resultado do osso não cicatrizado que evolui

para necrose, com ou sem a presença de infecções (Figura

5). O sítio de maior freqüência é mandíbula, tanto pela sua

densa confi guração óssea como pelo seu tipo de suprimento

sangüíneo (Watson et al, 1938).

Figura 5- Osteorradionecrose de mandíbula.

1 2

3 4

impedem o curso deste tratamento, os efeitos crônicos, por sua vez, alteram a qualidade de vida do paciente. A osteorradionecrose é caracterizada como um dos efeitos adversos tardios da radioterapia (Almeida et al, 2004a). Os clínicos concordam que, sem dúvida, é a complicação mais severa da radioterapia de cabeça e pescoço e o problema de manejamento, muitas vezes, mais difícil que o próprio câncer do paciente. Outro efeito crônico, considerado por muitos como intratável, é a cárie de irradiação, de progressão rápida e difícil controle.

2. REVISÃO DA LITERATURA

Cárie de irradiação

A cárie de irradiação não é efeito direto da radiação e sim secundário à xerostomia (Neville, 1997), uma vez que o fl uxo salivar pode diminuir em até 90% de sua capacida-de normal e a saliva residual tornar-se viscosa, sendo fator responsável por um menor poder de lubrifi cação e proteção dos elementos dentais e mucosa oral (Antônio, Maia e Dias, 2001). Podemos comparar este tipo de cárie com a “cárie de mamadeira”, que tem como grande agente etiológico o con-sumo noturno de mamadeira por crianças, período caracte-rizado por uma diminuição ou até interrupção da salivação, causando a manutenção do alimento na cavidade bucal por longo tempo sem a ação tampão e auto-limpante da saliva levando à destruição inicial da região cervical dos dentes e atingindo em pouco tempo toda a coroa dental (Almeida et al, 2004a). Deve-se levar em consideração o efeito sobre os odontoblastos, que sofrem redução do seu número, perdendo ou diminuindo sua capacidade de promover a dentina rea-cional, que por sua vez impede agressões a polpa pela cárie. O esmalte dentário também sofre alteração em sua estrutura cristalina, tornando-se mais frágil, quebradiço e susceptível à cárie (Antônio, Maia e Dias, 2001). Trata-se, portanto, de uma cárie rampante, que destrói a coroa expondo a raiz do dente (Figuras 1 e 2).

Figuras 1 e 2 - Cárie de irradiação iniciando-se na região cervical dos dentes e destruindo a coroa dos dentes.

Por se tratar de um quadro grave e de difícil tratamento a literatura indica a fl uorterapia intensa como método profi lá-tico para a cárie severa de irradiação. Epstein (1998) propôs a aplicação tópica de fl úor gel e neutro (1.1% de fl uoreto de sódio) diariamente com moldeiras individuais (Figuras 3 e

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condições duvidosas devem ser extraídos, todos os focos de infecção devem ser eliminados e uma detalhada orientação de higiene com supervisão e controle do cirurgião-dentista deve ser instaurada para diminuir o risco de osteorradione-crose, sem falar da cárie de irradiação (Whitmyer,1997). O emprego da câmara hiperbárica pode ser um método coad-juvante para o controle desses quadros (Kumar, 2000). O aumento da oferta de oxigênio em um osso sabidamente em hipóxia favorece a fi broplasia e angiogênese colaborando na reparação tecidual (Neovius et al, 1997).

METODOLOGIA

Nosso grupo têm utilizado, para minimizar o desconforto da xerostomia, solução de uréia a 10% em solução aquosa (em água destilada). Para controle e remissão dos quadros de osteorradionecrose e osteorradiomielite, realizamos irrigação com gluconato de clorexidine à 0,12% por longos períodos, em média quatro vezes ao dia. O Gluconato de Clorexidine é um antibiótico administrado em forma tópica, que age como bactericida para os microorganismos gram positivos, gram negativos e para algumas leveduras, tornando-se uma opção de tratamento não invasiva. A fi gura 9 demonstra uma lesão que prontamente foi diagnosticada e iniciada a terapêutica não invasiva. Observe que há uma série de pequenos focos de exposição óssea e o paciente relatava dor que não respondia a terapêutica com analgésicos e anti-infl amatórios.

Figura 9

Já na primeira irrigação, houve remissão completa da dor. Após dois meses de tratamento diário, com freqüência de quatro irrigações/dia, o quadro das exposições regrediu. Ini-cialmente houve a remoção de placa bacteriana e de peque-nos fragmentos de osso por pressão da irrigação. Após esta fase de limpeza, observou-se seqüestros ósseos e foi indicada a seqüestrectomia e manutenção da irrigação até epitelização completa (Figuras 10 e 11). Tendo em vista o longo período de tratamento e progressão muitas vezes inevitável das cáries de irradiação, com freqüência, observa-se a perda e fratura de outros elementos dentais, como ocorre nas fi guras 10 e 11, com diferença de 4 meses entre as duas fotos.

O quadro clínico é caracterizado por dor intratável, forma-ção de fístula, seqüestros ósseos, ulceração da pele com ex-posição da cortical e, por fi m, fraturas patológicas (Epstein et al, 1987). Radiografi camente, ela mostra-se com áreas mal defi nidas de radiolucidez (Figura 6) e as áreas que se afastam das áreas vitais do osso podem apresentar certa radiopacida-de (Neville, 1997).

Figura 6- Aspecto tomográfico de osteorradionecrose

Os fatores envolvidos na doença são: radiação, trauma e in-fecção (Figuras 7 e 8). Os mais comuns quanto à infecção, são: doença periodontal, proximidade de um campo conta-minado, cáries em atividade e higiene oral defi ciente. Quanto ao trauma, os mais evidentes são: extração trans e pós-radio-terapia, além da manipulação cirúrgica, álcool e tabaco, ali-mentação dura e parafunção (Maia, Dias e Ribeiro, 1997).

Figuras 7 e 8- Pacientes pré tratamento oncológico: dentes em péssimo estado de conservação, alto risco para osteorradionecrose

Neville (1997) alerta os clínicos quanto aos riscos de uma extração em pacientes irradiados e da falsa idéia que muitos têm de que após 6 meses do fi nal da RDT há uma revas-cularização da área irradiada, quando na verdade, há uma progressiva diminuição da microvascularização com o passar do tempo. A prevenção é a grande arma para evitar quadros graves, muitas vezes incuráveis e ou até incontroláveis, do ponto de vista sistêmico e local, que levam a forte impacto na qualidade de vida do doente comprometendo sua saúde (Eis-bruch et al, 1999). No período pré-radioterapia, os dentes em

7 9

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Figuras 10 e 11- Quadro clínico após 2 meses de tratamento e irrigação após 6 meses de tratamento.

DISCUSSÃO

A cárie de irradiação deve ser analisada como um dos qua-dros mais graves e severos que a odontologia enfrenta no pe-ríodo pós- radioterapia (Almeida et al,2004a). Com base na tríade que defi ne as causas da cárie, de modo geral, devemos controlar a ingestão de açúcar por estes pacientes, inserir e aperfeiçoar hábitos de higiene e disponibilizar maior quanti-dade de fl úor, além da utilização de saliva artifi cial (Epstein,

1998; Da Silva et al, 1999). Para tanto alunos e profi ssionais

do nosso grupo ensinam técnicas de escovação e utilização de

fi o dental, que são reforçadas em todas as consultas de retor-

no. A prevenção, por sua vez, é a grande arma que dispomos

para evitar a destruição parcial ou total dos elementos dentais

(Neville, 1987), que freqüentemente é a causa das osteorra-

dionecroses. Além do uso de próteses complementares à ra-

dioterapia, deve-se estabelecer um plano de tratamento pré,

trans e pós radioterápico, visando uma melhor qualidade da

saúde bucal deste paciente (Carvalho, Dias e Mattos, 1991;

Maia, Dias e Ribeiro, 1997; Antônio, Maia e Dias, 2001).

CONCLUSÃO

Torna-se importante estabelecer um protocolo de tratamento

afi m de minimizar os efeitos adversos comuns à radioterapia

e orientar os pacientes quanto à uma boa higiene oral, edu-

cando e motivando para que esse paciente encontre vontade

de lutar por sua sobrevida.

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1 - Especialista e mestranda em prótese da faculdade de Odontologia de Bauru.2 -Professora da disciplina de Oclusão – Departamento de Odontologia Restauradora da Universidade Federal do Ceará: UFC.3 - Professora da Universidade Bandeirantes de São Paulo- UNIBAN

Endereço para correspondência: Rua Santo Antônio de Pádua, nº 92, ap: 44B - Piqueri- São Paulo- SP - Cep: 02914-050 - E-mail: [email protected]

Recebido para publicação em 14/03/06. Aceito para publicação em 11/04/06.

REVISÃO DE LITERATURA

UTILIZAÇÃO DO LASER DE BAIXA INTENSIDADE NO TRATAMENTO DA DOR OROFACIAL

MIOGÊNICA RELACIONADA À DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR

Aline DANTAS Diógenes Saldanha1, Kadidja Claudia Maia e MACHADO2, Ana Paula de Novaes SANTOS3

RESUMO

Disfunções Craniomandibulares (DCM) são alterações clí-

nicas relacionadas com os músculos mastigatórios e/ou arti-

culações têmporomandibulares (ATM), geralmente associa-

das às dores mandibular, cervical, na região do ouvido, de

cabeça e faciais. As dores na ATM podem ser miogênicas ou

artrogênicas. Dentre as diversas modalidades de tratamentos

terapêuticos clínicos das DCMs podemos encontrar : criote-

rapia, calor, aqualizer, JIG/ calibradores, TENS ( estimula-

ção elétrica neural transcutânea), drogas, iontoforese, placas

interoclusais, exercícios fi sioterápicos e laser de baixa intensi-

dade. Os lasers podem ser classifi cados em dois grandes gru-

pos: não –cirúrgicos ou terapêuticos e os cirúrgicos. O laser

terapêutico de baixa intensidade é usado para uma variedade

de condições, incluindo cicatrização de feridas alivio de dores

e terapias de algumas desordens músculo-esqueléticas e neu-

rálgicas. Sua ação analgésica é observada em receptores pe-

riféricos até o estímulo no sistema nervoso central. As ações

antiinfl amatórias e antiedematosas são exercidas mediante

a aceleração da microcirculação , originando alterações na

pressão hidrostática capilar.

Descritores: DTM, Dor orofacial, Laser de baixa intensidade.

ABSTRACT

Craniomandibulares Disfunctions (CMD) are clinical altera-

tions related with the masticatory muscles and/or temporo-

mandibular joints (TMJ), generally associated to mandibular

pains, cervical, in the face region of the ear, of head and face

pains. Pains in the TMJ can be myogeneous or arthrogeneous.

Amongst the diverse modalities of clinical therapeutical treat-

ments of the CMDs we can fi nd: cryotherapy, heat, Aqualizer,

“JIG”, electric stimulation neural transcutaneous, drugs, ionto-

phorese, interocclusion plates, physiotherapy and low- level laser

therapy. Lasers can be classifi cated in two groups: no - surgical

or therapeutical and the surgical ones. Th e therapeutical laser of

low- level is used for a variety of conditions, including healing of

wounds, alliviate of pains and therapies of some skeletal muscle

and neuralgic desorders. Its painkiller action is observed to the

level of peripheral receivers until the stimulaton in the central

nervous system. Th e anti-infl ammatory and anti-edematous ac-

tions are exerted by acceleration of the microcirculation, having

originated alterations in the hair hydrostatic pressure.

Keywords: Temporomandibular desorder (TMD), Orofacial pain, Low- level laser.

LOW LEVEL LASER USE IN TREATMENT OF MYOGENIC ORAL FACIAL PAIN RELATED

WITH TEMPOROMANDIBULAR DISFUNCTION

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INTRODUÇÃO A articulação temporomandibular (ATM) é uma das mais nobres articulações do corpo humano. Por sua complexidade, está sujeita a uma série de interferências e depende da estabili-dade anatômica funcional de todo o sistema estomatognático. O referido sistema compreende além da ATM, ossos (maxila e mandíbula), músculos, dentes, espaços, vasos sangüíneos,

nervos, órgãos e glândulas, que ao receberem informações do

sistema nervoso central atuam conjuntamente na fala e na

manutenção da postura. (OKESON, 1997)

O termo Disfunção da articulação temporomandibular

(DTM)representa uma série de problemas clínicos envolven-

do a ATM e/ou a musculatura mastigatória. Apesar de ser,

tradicionalmente, vista como uma síndrome, atualmente é

considerada como um conjunto de desordens relacionadas ao

sistema mastigatório. Seu diagnóstico depende da avaliação

dos sintomas, que são revelados pelo paciente durante a ana-

mnese, e dos sinais, que são pesquisados pelo profi ssional du-

rante o exame clínico. O sintoma inicial mais comum é a dor

localizada nos músculos mastigatórios ou na região da ATM,

geralmente agravada durante a mastigação ou movimentos

mandibulares. Um desequilíbrio da ATM, da junção alvéolo-

dental e da oclusão, associados ao desequilíbrio da ação dos

músculos da mastigação, conduzem a uma Disfunção Mio-

fascial. (TOMMASI, 1997)

Os pacientes com DTM relatam como sintoma principal a

dor miofascial associada com a Disfunção Mandibular. A dor

está geralmente sobre a região pré-auricular e se espalha para

as regiões temporais, frontais e occipitais. Podem apresentar-

se como uma dor de cabeça, dor de ouvido, um ruído ou

mesmo dor de dente.( NEVILLE, 1998) Ruídos na articu-

lação e limitações durante os movimentos mandibulares re-

presentam os sinais clínicos mais freqüentemente observados.

Acredita-se que a causa principal de sintomas dolorosos da

DTM são os espamos dos músculos mastigatórios, que po-

dem ser provocados por distensão, contração ou fadiga mus-

cular. (TOMMASI, 1997) Os espamos são causados, por sua

vez, pela a hiperatividade muscular, que é responsável por

80% da etiologia de DTM. (LIU CY. , 2002) A hiperativida-

de muscular é causada principalmente por hábitos parafun-

cionais (bruxismo, onicofagia), que são afetados pelo estresse

emocional. (OKESON,1997)

A bioestimulação a laser é conseguida irradiando a luz, sobre

a ATM afetada, emitida da ponta da sonda do laser, que é co-

locada delicadamente contra a pele, contornando o extremo

da fossa mandibular, no sentido disto-anterior. O tempo de

exposição pode variar de 3 a 5 minutos ou mais. A amplitude

de espectrum mais utilizada varia de 630 a 1330 nm. Os

benefícios desse tratamento podem comumente serem obser-

vados em duas ou três sessões. (DUBIN NL, 1986; CONTI

PC, 1997)

O presente trabalho visa como principal objetivo reafi rmar

o efeito do tratamento terapêutico, através da emissão de luz

laser de baixa intensidade, em pacientes que manifestam dor

miogênica causada por DTM, com o futuro intuito de me-

lhor basear corretos diagnósticos e tratamentos odontológi-

cos da DTM.

REVISÃO DE LITERATURA

Pinheiro et al (1998) selecionou 241 pacientes com queixas de

dor na ATM, neuralgia do trigêmio, dor muscular, apatia, in-

fl amação, hipersensibilidade dentária e pequenas hemangio-

mas e nestes aplicou o laser de baixa intensidade, com 632.8,

670 e 830 nm de laser Diodo, em 12 aplicações, 2 vezes por

semana. O resultado confi rmou que a terapia a laser de baixa

intensidade é uma ferramenta efetiva e benéfi ca para o trata-

mento de muitas desordens na região maxilofacial.

Bertolucci e Grey (1995) selecionaram 32 pacientes com ar-

tralgia degenerativa da ATM que foram divididos em dois

grupos, dos quais metade recebeu tratamento placebo e a

outra metade terapia com laser de média intensidade (laser

infra- vermelho COMBY I), e observou que houve efeito po-

sitivo na redução da dor com o uso do laser infra-vermelho.

Conti (1996) aplicou 4J de laser de baixa intensidade (830 nm

GA- AL – AS) em grupo de 20 pessoas com DTM miogênica

e artrogênica. O autor encontrou uma melhora da dor, relata-

da pelos pacientes, apenas do grupo da DTM miogênica.

Em uma pesquisa, Kulekcioglu et al (2003) aplicou o laser de

baixa intensidade em 20 pacientes e, além de observar uma

redução signifi cativa da dor, relatou que a abertura ativa e

passiva da boca, movimento lateral e número de pontos dolo-

ridos melhoraram signifi cativamente.

Beckerman et al (1992) analisou 36 trabalhos clínicos randô-

micos sobre a efi cácia da terapia a laser para desordens mus-

culares e de pele, percebendo que os trabalhos com resultados

positivos eram na maioria das vezes de melhor qualidade que

os que traziam resultados negativos, portanto, conclui que há

alguma efi cácia da terapia a laser para desordens musculoes-

queléticas, principalmente ao tratamento placebo.

Dantas et al (2004) avaliou a diminuição álgica em pacien-

tes com DTM miogênica, em uma amostra de 30 pacientes,

comparando os efeitos terapêuticos do laser de baixa inten-

sidade e do TENS. Ambos os tratamentos obtiveram resul-

tados positivos em relação a diminuição da dor, porém não

apresentaram diferenças estatisticamente relevantes entre si.

DISCUSSÃO

Com o advento das Academias Americanas e Européia de

Desordens Craniomandibulares, o enfoque científi co sobre

o tema tornou-se mais efetivo e atualmente, mais difundido

em todas as partes do mundo.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Muitos trabalhos foram realizados com o enfoque no assunto

em estudo :aplicação clínica de laser de baixa intensidade em

pacientes com dor oro facial associada à DTM miogênica.

Essas pesquisas confi rmam a efi cácia terapêutica da emissão

de luz laser, em relação ao alívio da dor.

No entanto, ainda é grande a controvérsia q cerca o tema em

foco, não apenas em bases conceituais como em bases etioló-

gicas e terapêuticas.

CONCLUSÃO

Essa pesquisa revisou a literatura através de estudos que com-

provam os efeitos positivos , em relação à diminuição da ma-

nifestação dolorosa em pacientes que sofrem com disfunção

temporomandibular miogênica e que foram tratados com

aplicações de laser de baixa intensidade.

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1 - Especialista em Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais- ABENO2 - Professora Doutora em Odontopediatria pela FOUSP - Professora do Curso de Especialização em Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais- ABENO3 - Professora Doutora em Diagnóstico Bucal/ Radiologia pela FOUSP - Professora Coordenadora do Curso de Especialização em Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais- ABENO

Endereço para correspondência: Rua Antonio Macedo de Soares, 1697 - Campo Belo- São Paulo- SP - Cep: 04607-003

Recebido para publicação em 26/06/2006. Aceito para publicação em 15/08/2006.

TRABALHO DE PESQUISA EXPERIMENTAL

Ana Paula Teitelbaum1, Renata de Oliveira Guaré2, Aida Sabbagh-Haddad3

RESUMO

O objetivo do estudo foi comparar a efi cácia na remoção de placa bacteriana de dois tipos de escovas dentais, uma de ca-beça tripla e a outra monobloco, em 30 crianças portadoras de Síndrome de Down (SD) na faixa etária de 7 a 14 anos de idade, utilizando-se o índice de Greene & Vermilion modifi -cado (1964). As crianças foram divididas em dois grupos de 15 crianças, de acordo com o período escolar e o estudo foi realizado em 4 sessões. Na primeira sessão houve coleta de dados, preenchimentos de fi chas e termos de consentimen-tos. Na segunda foi realizado o índice de placa inicial e fi -nal (denominada etapa 2) após a higienização sem nenhuma orientação. Na terceira sessão as crianças foram motivadas com palestras e treinamento das técnicas indicadas para cada grupo e determinado o índice de placa bacteriana (etapa 3). A quarta sessão foi realizada após 15 dias da terceira sessão, sendo que as crianças realizaram treinamento em casa com a escova específi ca ao grupo que pertencia, e realizado novo índice de placa (etapa 4). Observou-se que não houve dife-rença estatisticamente signifi cante na remoção de placa bac-teriana entre a escova de cabeça tripla e a escova monobloco para crianças portadoras de SD com idade entre 7 a 14 anos.Entretanto, observamos nos dois grupos uma diminuição da placa bacteriana ao longo do tempo, principalmente após as orientações.

Unitermos: Escovas; Placa bacteriana; Higiene; Síndrome de Down

AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA NA REMOÇÃO DA PLACA BACTERIANA COM DOIS TIPOS DE ESCOVAS

DENTAIS EM CRIANÇAS PORTADORAS DA SÍNDROME DE DOWN DE 7 A 14 ANOS DE IDADE

EVALUATION OF EFFICIENCY IN THE REMOVAL OF THE BACTERIAN PLAQUE WAS COMPARED BY USING TWO DIFFERENT KINDS OF TOOTHBRUSHES IN 7 AND 14 YEARS

OLD CHILDREN DOWN SYNDROME

ABSTRACT

In the present study, the effi ciency in the removal of the bacterian plaque was compared by using two diff erent kinds of toothbrushes, one with triple head and the other one with one head only. Th ir-ty Down Syndrome children with ages between 7 to 14 years old were studied. Th e bacterian plaque was showed with the Replak coloring. Th e index of the used plaque was the modifi ed Greene & Vermilion (1964). Th e children were divided in two groups, each one with fi fteen children, according to the period they attended school. Th e study was accomplished in four sessions. In the fi rst ses-sion, there was a meeting with the children’s parents where infor-mation was colected by fulfi lling fi les and agreement terms. In the second stage, the children’s teeth were showed and a reading of the inicial and remaining plaque were made, after each child has bru-shed his teeth with no guidance. In the third stage, children were encouraged by lectures and training techniques indicated to each group, after that, their teeth were examined and each information was written down in each fi le. And the last stage was accomplished fi fteen days after the fi rst session, where the children had their res-pective toothbrushes in this period to practice the techniques, were again examined to see if there was any plaque and its quantinty. We observed that there was no important diff erence in the removal of the bacterian plaque between the two studied toothbrushes (the one with the triple head and the one with only one head) for Down Syndrome children with ages of 7 to 14 years old.

Keywords: Toothbrush; Bacterian plaque; Hygiene; Down syndrome

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INTRODUÇÃO A gengivite, a periodontite e a cárie são doenças infeccio-sas, provocadas por bactérias agregadas, chamadas placa bacteriana, que se instalam nos dentes. O controle da placa bacteriana é realizado por várias medidas, que eliminam as bactérias e previnem novos ataques causados pelas mesmas, utilizando métodos mecânicos ou químicos (BUISCHI & AXELSSON, 1997).Embora exista uma grande variedade de métodos disponí-veis, a remoção mecânica da placa com escovas manuais re-fl ete o método primário na manutenção de uma boa higiene bucal para a maioria da população (COSTA et al., 2001).A placa dental pode ser defi nida como massa concentrada, mole e com microorganismos nela aderentes, colonizando a superfície do dente, embebidos em matriz intercelular de sua própria origem (MENAKER, 1984). A especifi cidade e pato-genicidade dos microorganismos são altamente infl uenciadas pela relação placa-dieta REGESI & SCIUBBA, 1989). O ph da placa necessita estar abaixo de um valor crítico, até que exista sufi ciente quantidade de ácidos, para solubilizar o fosfato de cálcio e iniciar a perda de minerais dos dentes (THYLSTRUP & FEJERSKON, 1988). A velocidade no desenvolvimento da placa e a quantidade formada são in-fl uenciadas por fatores físicos, tais como: superfícies dentais rugosas; lesões de cáries; falhas em margem de restaurações e irregularidades no posicionamento dos dentes. Porém, mes-mo na ausência de tais condições, a placa se desenvolverá sobre os dentes de pessoas que cessem o uso de métodos de higiene bucal ZINGANO, 1985, NEWBRUN, 1988).Foram encontradas signifi cantes relações entre a freqüên-cia de escovação e o índice de higiene bucal, com o índice de placa e cálculo (GREENE & VERMILLION, 1960). A quantidade de placa presente na superfície dental refl ete o equilíbrio entre a quantidade de formação de placa e a fre-qüência através da qual ela é removida (FISHMAN, 1979); o autor chama a atenção para a efi ciência da higiene bucal por meios mecânicos, como escovação e bochecho; entretanto, considerou o fato de que o controle desta forma, só pode ser realizado por pacientes que tenham um certo grau de cons-cientização, motivação e destreza manual. Estudos feitos por Kreifeldt et al., (1980), demonstram que, uma escova dental velha produz uma grande redução na efi ciência da remoção de placa, sendo mais signifi cante quanto mais destruída es-tiver a escova. Halla (1982) concorda com este último au-tor quanto à importância dos meios mecânicos na redução da placa e chama a atenção, também, para a necessidade de um maior tempo na escovação e da utilização de escovas em boas condições de uso, a fi m de se obter uma higiene bucal adequada. Entretanto, estes cuidados talvez não sejam ob-servados nos pacientes deste estudo que, muitas vezes, por problemas até mesmos culturais, provavelmente, não vêem a troca de escova dental como uma real necessidade.Brown (1965), Fink et al. (1975), Finn (1976), Scully (1976), relatam que a defi ciência mental presente nos pacientes com Síndrome de Down é um importante aspecto a se considerar,

pois difi culta a sua conscientização da importância de sua saúde bucal. Fischman (1979) observou que a destreza ma-nual e, muitas vezes, até as motivações, são fatores imprescin-díveis para a efi ciência da higiene bucal por meios mecânicos em pacientes com Síndrome de Down.Os pacientes portadores de defi ciência mental apresentam pobres níveis de higiene oral, com presença constante de gengivite e grande acúmulo de placa provocado pela pouca destreza manual para a realização da escovação, pela difi cul-dade de assimilação das técnicas e falta de concentração no momento da escovação (SHAW et al., 1986).Th ylstrup & Fejerskov (1988) relatam que a prevalência de placa bacteriana aumenta sempre com a idade em pacien-tes normais e naqueles portadores de Síndrome de Down. Shaw et al. (1989) observaram que quanto mais severa a defi -ciência mental piores são os níveis de higiene oral.Os fatores que mais fortemente contribuem para os pobres níveis de higiene bucal dos pacientes portadores de defi ciên-cia mental são a falta de coordenação motora, a baixa moti-vação, a difi culdade de aprendizado das técnicas (DOURY & GHANDRICHE,1990).Nielsen (1990) mostra que o tipo e o grau de defi ciência mental também são fatores importantes, pois quanto maior o grau de defi ciência mental pior o nível de higiene. Dentre os pacientes especiais os portadores de defi ciência mental são os mais afetados e os que apresentam os piores níveis de saúde bucal.A macroglossia e língua protruída, incluídas no grupo das alterações bucais dos pacientes com Síndrome de Down são igualmente prejudiciais à escovação (BROWN,1965; COHEN & WINER, 1965).Cornejo et al. (1996) realizaram um estudo sobre a condição de saúde bucal em 86 pacientes com Síndrome de Down, com 3 a 19 anos de idade, residentes na Argentina e compa-raram com um grupo controle. Os autores observaram que os pacientes com Síndrome de Down estão em desvantagem em relação aos indivíduos saudáveis em termos de saúde oral, devido uma maloclusão do tipo III de Angle, mordida cru-zada posterior e condição gengival defi ciente. Neste trabalho os autores propõem um programa de medidas preventivas de higiene bucal para esses pacientes, pais e professores.Tendo em vista a importância do adequado controle da placa bacteriana para a prevenção das doenças cárie e periodon-tal e manutenção de uma adequada saúde bucal, o objetivo do presente trabalho foi comparar a efi cácia na remoção da placa bacteriana pela utilização da escova dental tripla e es-cova monobloco, em 30 crianças portadoras da Síndrome de Down, na faixa etária de 7 a 14 anos de idade.

REVISÃO DE LITERATURA

Hine (1956) relatou que são várias as funções e os efeitos da escovação dental, como remover os depósitos dos resíduos alimentares dos dentes, acúmulo de microrganismos e re-centes indutos supragengivais não calcifi cados; retirar restos alimentares e acúmulos de microrganismos das faces inter-

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A Sociedade Brasileira para o Estudo da Lesão

Orofacial, SOBRALOR, cria em sua revista um Programa

de Educação Continuada, PEC, com o objetivo de reciclar

o profissional da odontologia em temas atuais e de

relevância importância.

Este Programa de Educação Continuada, PEC, só foi

possível através de uma parceria sólida com o Laboratório

Zambon, que desta forma continua a colaborar com o

importante acervo a comunidade cientifi ca.

O PEC será em quatro módulos, um em cada revista

da SOBRALOR.

Atha Comunicação e Editora – e-mail: [email protected]

Criação e Coordenação editorial

Realização: Apoio:

Programa de Educação

Continuada

(PEC)

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DORES EM ODONTOLOGIA

2. AVALIAÇÃO DAS DORES ODONTOLOGICAS: (Continuação)Após analise de toda a historia do paciente, o cirurgião dentista da inicio ao exame do paciente. Devemos fa-zer uma analise geral do paciente, avaliando as condi-ções clinicas, comportamentais.

Depois do exame das condições gerais, damos seqüên-cia com o exame físico especifi co de cabeça e pescoço, para as dores odontologicas. O exame físico para as dores da região consiste em exame extra oral e intra oral. Sendo que os externos consistem basicamente em observação, palpação e alguns testes. Onde iremos exa-minar todas as estruturas do sistema estomatognatico relacionadas com a face e pescoço, como articulação temporomandibular, músculos da mastigação, testes para avaliar o sistema nervoso e áreas afi ns, ouvido, nariz, olhos, coluna cervical.

Na articulação temporomandibular devemos observar a simetria, movimentos articulares, palpação, sinto-mas dolorosos e também auscultar para identifi carmos ruídos e estalidos.

Quanto aos músculos relacionados aos movimentos mandibulares, avaliar a consistência, sintomas dolo-rosos do temporal, masseter, pterigóideo medial e os supra hiodeos, enquanto o pterigóideo lateral quando possível será avaliado através de palpação intra oral. No momento da analise dos movimentos devemos encontrar medidas que possam ser comparadas a lite-ratura, abertura máxima, tolerável e podemos relacio-na-las com Okesa, que aponta em media 40mm para abertura máxima variando entre os sexos, idade, e hoje já existem trabalhos relacionando com a capacidade auditiva.O profi ssional deve neste momento fazer uma ana-lise dos nervos cranianos, que são responsáveis pela inervação de cabeça e pescoço, devendo priorizar seu trabalho nos nervos de interesse odontologicos, rela-cionados as dores odontologicas e que serão abordados em capitulo especifi co.

Quadro 1 – Avaliação: história do paciente

1.História do paciente

1.1Queixa principal 1.2História de saúde 1.2.1História da dor

1.2.1.1inicio 1.2.1.2curso 1.2.1.3localização 1.2.1.4caracteristicas 1.2.2História medica 1.2.2.1doenças sistêmicas 1.2.2.2cirurgias 1.2.2.3drogas 1.2.2.3.1medicamentos 1.2.2.3.2outras 1.2.3História odontológica 1.2.3.1intra-oral 1.2.3.2extra-oral 1.2.3.3tratamentos realizados 1.2.3.4qualidade / satisfação 1.2.4História emocional 1.2.4.1andamento 1.2.4.2realizados 1.2.4.3quadro típico (ansiedade...) 1.3Observações gerais 1.3.1habitos 1.3.2comentarios

Quadro 2 - Avaliação: Exames

1. Exame geral do paciente2. Exame específi co: cabeça e pescoço 2.1 Exame extra oral 2.1.1 ATM 2.1.2 Músculos 2.1.2.1 Face 2.1.2.2 Mastigação 2.1.2.3 Supra hiodeos 2.1.3 Pescoço e Coluna cervical 2.2 Exame intra oral 2.2.1 Dentes 2.2.2 Periodonto 2.2.3 Língua 2.2.4 Mucosas 2.3 Exames Neurológicos 2.3.1 Nervos cranianos 2.3.1.1 Trigêmeo 2.3.1.2 Facial 2.3.1.3 Glossofaríngeo 2.3.1.4 outros 2.4 Exame de áreas afi ns 2.3.2 Ouvido 2.3.3 Nariz

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2.3.4 Garganta 2.3.5 Seios Paranasais 2.3.6 outras

O exame detalhado das estruturas intra oral é fun-

damental levando-se em consideração que a grande

maioria das dores em odontologia tem sua origem na

boca. Uma cuidadosa avaliação dos dentes para iden-

tifi car possíveis focos de dor. Devemos analisar o tipo

da dor para podermos recomendar um correto exame

do complexo gengivo dentário.

A ausência de dentes, o desgaste dos mesmos, a carac-

terística da mordida são circunstancias que podem ge-

rar ou levar desordens dolorosas na região orofacial.

Na seqüência de um exame clinico apurado, normal-

mente se fazem necessários alguns exames comple-

mentares, para um correto diagnóstico.

Porém muitas vezes podemos lançar mão de medidas

paliativas como drogas, anestésicos, que podem ser

usados como paliativo em procedimentos para elimi-

nar a dor e também podem ser usados como medida

auxiliar para o diagnóstico, porém o profi ssional tem

de apresentar discernimento na interpretação do re-

sultado, sendo que estes assuntos serão abordados em

capítulos específi cos.

EXAMES COMPLEMENTARES

Dentre os exames complementares, iremos analisar e

discutir os mais solicitados para a clinica odontológica

em especial para o diagnostico diferencial da dor;

a.) Exames Radiológicos:

A imagem tem fundamental importância para patolo-

gias relacionadas ao complexo dentário, osso e dente,

sendo que a imagem em algumas patologias é sobera-

na para o diagnóstico, devido ao grande numero de

técnicas radiológicas estaremos apontando as mais

empregadas. As periapicais, de uso indispensável para

o estudo das dores intra oral, são comuns na clinica

geral, com baixo custo, facilidade na técnica, simpli-

cidade e pouca exposição aos raios X.

Ainda utilizamos com freqüência as radiografi as do

tipo panorâmica, fundamental na avaliação e plane-

jamento, pois em uma única exposição permite uma

analise de todo complexo ósseo, dentes, ATM, e es-

truturas correlatas, como forames, seio maxilar entre

outras. Apesar de elas serem de fácil interpretação, não

apresentam clareza das imagens e também dependem

de serviço próprio. Sendo que para ATM podemos

lançar mão das convencionais como, lateral, boca

aberta e fechada, precisam de serviço especializado.

Hoje em dia encontramos as artografi as, com utiliza-

ção de contrastes para as articulações, as tomografi as,

computadorizadas (TC), que se valem da radiação,

tem seu uso em expansão na área, pois apresentam

imagens rica em detalhes e alta nitidez, porém res-

tringe sua utilização o fato de ser encontradas em al-

guns serviços, a presença de elementos metálicos na

cavidade bucal e claro o custo; alem da ressonância

magnética (RM) também utilizadas com freqüência

para patologias de cabeça e pescoço, porém o custo e

difi culdade para realização dos exames, centros espe-

cífi cos não permitem uma maior utilização.

Portanto a imagem desempenha um papel importante

no auxilio de diagnóstico para algumas patologias, é

valida, devendo o clinico lançar mão das mesmas es-

colhendo a técnica adequada ao custo benefi cio.

b.) Exames de laboratório:

Estes exames, específi cos para determinadas doenças,

atuam no diagnóstico diferencial para confi rmação ou

exclusão de patologias. Comumente usados por profi s-

sionais acostumados no tratamento das dores. Entre

os mais solicitados temos os de sangue, que nos per-

mite detectar ou até diagnosticar problemas graves, e

também a urina ajuda a detectar doenças sistêmicas,

as biópsias nos auxiliam principalmente nas lesões da

cavidade bucal.

c.) Analise de modelos:

A confecção de modelos de estudo, com a respectiva

montagem em articulador, deve ser um procedimento

de rotina na clinica geral para analise oclusal, dos den-

tes; e também servem de referencia nos tratamentos

futuros, eles são de grande valia no estudo das articu-

lações temporomandibulares.

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Sendo que os exames serão ainda abordados nos diver-

sos capítulos relacionados com dores especifi cas

Quadro. 3 Avaliação: Exames Complementares

1. Exame radiológico:

1.1 Periapical

1.2 Panorâmica

1.3 Tomografi as

1.4 Ressonância

1.5 Outras

2. Exame de laboratório:

2.1 Sangue

2.2 Urina

2.3 Biopsia

2.4 Outros

3. Analise de modelos

4. Exames específi cos

3. Classifi cação das dores odontologicas:

Desenvolver um programa para classifi car as dores são atributos bastante difíceis, devemos observar muitos detalhes e levar em consideração os mecanismos neu-rofi siológicos relacionados, duração, etiologia, região, entre outros.

Porém sempre que conseguimos classifi car as dores, temos consciência da sua origem, o que permite um planejamento adequado ao clinico e encaminhamento correto, quando necessário.

Dentro das classifi cações clássicas podemos separá-las em dor aguda, aquela relacionada ao período da lesão, respondendo ao tratamento através de farmacos e procedimentos. Enquanto a dor crônica é aquela que persiste por algum tempo, ultrapassando o período de recuperação.

Ainda temos a classifi cação regional, topográfi ca que independe da fi siopatologia ou etiologia, se restringe a área envolvida, e depois se é aguda ou crônica.

Diante de tantas classifi cações e variações iremos di-vidir, classifi car de acordo com as situações mais co-muns de dores em odontologia, as dores orofaciais, associando também ao critério regional.

As dores em odontologia, orofaciais serão classifi cadas em dores extra oral, que atingem os tecidos e regiões da face e pescoço e as dores intra oral, que atingem os tecidos duros e moles da cavidade bucal.

Dentro das dores extra oral, encontramos predomi-nantemente as desordens temporomandibulares e as nevralgias principalmente do nervo trigêmeo.

Enquanto na intra oral, responsáveis pela maioria das dores orofaciais, temos as odontogênicas, relacionadas ao complexo gengivo dentário e as não odntogênicas que dizem respeito a língua e mucosas.

Cada tipo de dor extra ou intra oral será discutida nos capítulos subsequentes em detalhes, por especialistas das respectivas áreas.

Quadro 4 - Classificação das dores em odontologia

1. Dores Extra Oral

1.1 Desordens temporomandibulares

(DTM)

1.2 Nevralgias

1.2.1 Trigêmeo

1.2.2 Glossofaríngeo

1.2.3 Facial

1.2.4 outras

2. Dores Intra Oral

2.1 Odontogênicas

2.1.1 Dente

2.1.2 Periodonto

2.2 Não Odontogênicas

2.2.1 Língua

2.2.2 Mucosas

3. Dores Associadas

3.1 Ouvido

3.2 Nariz

3.3 Seios paranasais

3.4 Garganta

3.5 outras

Quadro 5 Avaliação: Exame dos nervos cranianos de interesse

odontológico.

1. Nervo Trigêmeo: toques suaves na região do

nervo, além de problemas nos

movimentos.

2. Nervo Facial: movimentos da face, lábios,

sorriso, pálpebras e região

anterior da língua.

3. Nervo Glossofaríngeo: movimentos do palato

4. Nervo Hipoglosso: movimentos e posição da

língua.

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proximais nas áreas de contato entre os dentes; promover

uma suave massagem gengival para melhorar a circulação

sangüínea e contribuir para a queratinização do epitélio; a

escovação dental tem o objetivo de não irritar ou dilacerar o

tecido gengival e não desgastar a estrutura dental.

Guedes-Pinto et al. (1972) comentaram sobre a importância

de instruir os pais e pacientes sobre os cuidados de higie-

ne bucal. Orientaram que a escovação deve ser realizada no

máximo dez minutos após a alimentação. A evidenciação da

placa bacteriana e a reavaliação do aprendizado são subsídios

importantes para prevenir as doenças bucais.

Horowitz & Suomi (1974) compararam a efi ciência na remo-

ção de placa bacteriana de uma escova dental convencional

e outra não convencional com cabeça dupla, que promovia

a limpeza simultânea das faces vestibular, oclusal, e lingual

dos dentes. Foram avaliadas 105 crianças, as quais recebe-

ram orientação de higienistas dentais, realizaram a escova-

ção durante cinco dias, na escola, sob a supervisão destes.

Posteriormente higienizaram em casa, por uma semana, sem

supervisão. Os resultados mostraram que a escova dental

convencional foi mais efi caz na remoção de placa bacteriana

quando a escovação era supervisionada, e foi mais efi caz na

limpeza da face vestibular dos incisivos quando a escovação

foi realizada em casa.

Blinkhom (1980) observou que a transmissão de hábitos de

escovação das mães para os fi lhos em idade pré-escolar é mais

facilmente obtida em famílias pequenas, que vão ao dentista

com freqüência. As mães que trabalhavam fora de casa eram

mais interessadas na higienização das crianças do que as que

só fi cavam em casa.

Halla (1982) alertou que a escovação dentária é um proce-

dimento utilizado mundialmente, sendo efi caz para a ma-

nutenção da higiene bucal adequada. Entretanto, para con-

seguir uma boa limpeza da cavidade bucal além das escovas

dentais outros fatores devem ser analisados tais como o tem-

po, a freqüência, técnica de escovação, habilidade manual e

motivação dos pacientes. Além disso, as características físicas

das escovas dentais são importantes, pois são fatores que po-

dem contribuir para resultados de escovação favoráveis ou

não, salientando que não existe uma escova dental que se

adapte a todos os pacientes. Entretanto, as escovas vão re-

mover maior quantidade de placa bacteriana dependendo de

suas características físicas, como: tamanho, forma, rigidez,

comprimento, diâmetro e tipo das cerdas, naturais ou artifi -

ciais (náilon). As dimensões devem permitir a introdução e

facilitar as manobras nas partes mais posteriores e ao mesmo

tempo cobrir de uma só vez um maior número de superfícies

dentárias. As cerdas macias podem ser indicadas em condi-

ções especiais, de acordo com a técnica utilizada. As pontas

das cerdas devem ser arredondadas, pois parecem determinar

menor lesão aos tecidos duros e moles. O comprimento das

cerdas deve ser uniforme para possibilitar contato e ação si-

multâneos de todas as cerdas e pressão uniforme.

Andrade et al. (1991) realizaram uma avaliação comparativa

com a escova monobloco, com a escova comercial de seg-

mento Standard (Tek Júnior) e outra do segmento Premium

(Johnson’s 30), com 85 universitários. A escova Monobloco

obteve maior redução do índice de placa bacteriana (28,4%),

seguida pela escova Johnson’s 30 (24,5%) e Tek Júnior

(15,2%). Entre as escovas dentais estudadas, a escova Mono-

bloco mostrou-se efi ciente, não causando danos aos tecidos

gengivais apesar de sua durabilidade ter-se apresentado infe-

rior em relação com as demais.

Kunert (1992) afi rma que de acordo com a American Den-

tal Association (ADA) uma escova dental satisfatória deve

apresentar algumas características, como: tufos com o mes-

mo comprimento, cabeças e hastes situadas em um mesmo

eixo, leveza, impermeável, fácil limpeza, cabeça contendo

3x6 tufos, cerdas de nylon, fácil manipulação, durabilidade,

efi cácia, baixo custo e ser agradável à vista.

Panzeri et al. (1993), preconizaram que as escovas dentais

devem preencher requisitos mínimos para a remoção de placa

bacteriana. Assim é necessário que suas cerdas tenham rigi-

dez sufi ciente para promover esse efeito e, ao mesmo tempo

não traumatizem os dentes e as gengivas; isto é obtida com

o arredondamento das extremidades ativas das cerdas que

compõem os tufos das escovas; a cerda deve ser macia e a

cabeça pequena.

Pamplona et al. (1994) pesquisaram em 60 crianças de 7 a 8

anos de idade a efi ciência clínica das escovas Monobloco®,

convencional, de um dispositivo de espuma e da auto-remo-

ção digital da placa bacteriana, todas associadas a um fl uo-

retado. Não foi dada nenhuma orientação prévia às crianças

sobre técnicas de escovação e a avaliação foi realizada após

uma única utilização. A escova dental tradicional foi a mais

efi ciente na remoção de placa bacteriana, do que os outros

métodos. A escova Monobloco® foi mais efi caz do que o dis-

positivo de espuma. A auto-remoção foi estatisticamente sig-

nifi cante na remoção de placa bacteriana.

Sauvetre et al. (1995) realizou um trabalho com 30 pacientes

com defi ciência mental em diferentes níveis, com idade entre

18 e 40 anos, que moravam em uma instituição. Concluiram

que a escova de cabeça tripla pode ser recomendada para o

uso em pacientes com defi ciência física e/ou mental, crianças

de pouca idade ou adultos sofrendo de problemas físicos ou

visuais, devido a sua facilidade de manipulação; podem ser

utilizados ainda por uma enfermeira ou um parente, naque-

les pacientes que não conseguem realizar a escovação dental

por si só.

Bregagnolo (1996) avaliou a efi ciência da escova dental Mo-

nobloco® em comparação à Oral B 35, em 160 crianças com

7 a 14 anos de idade. Na fase da pesquisa, foi determinado

o índice de Higiene Oral-Simplifi cado (IHO-S) para avaliar

a efi ciência das escovas na remoção da placa bacteriana pré-

existente. Na segunda fase da pesquisa, o índice IHO-S tam-

bém foi utilizado, para avaliar a efi ciência em não permitir a

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formação de placa bacteriana. Os resultados indicaram que ambas as escovas dentais foram semelhantes na remoção de placa bacteriana num período de 7 dias, mas não consegui-ram evitar a formação de placa bacteriana em um período de 37 dias, mas ambas as escovas agiram de modo semelhante.

Concluiu que a escova Monobloco® foi semelhante à escova Oral B 35 na remoção de placa bacteriana, com a grande

vantagem da escova Monobloco® ter custo reduzido favore-cendo a aquisição por populações de baixa renda.Tomita et al. (1996) compararam índices de placa e gengivite em 85 universitários utilizando 3 tipos diferentes de esco-

vas dentais, a Tek Júnior® para população de baixa renda,

a Johnson’s 30 de custo mais elevado e a Monobloco®, com

menor custo. A escova dental Monobloco® mostrou-se efi caz na remoção de placa bacteriana, com reduções do índice de placa bacteriana de 28,4% e não causou danos aos tecidos gengivais, porém tiveram desgaste aparente maior do que as outras escovas dentais ao fi nal da pesquisa. As reduções do índice de placa bacteriana após o uso das escovas Johnson’s e Tek Júnior foram de 24,5% e 15,2%, respectivamente. Com os resultados obtidos, concluíram que a escova dental Mo-

nobloco® é efi caz na remoção de placa bacteriana e constitui uma importante alternativa tecnológica na redução dos cus-tos no campo da saúde bucal.Villena et al.(1996) observaram que a escova dental com cabe-ça tripla utilizada pelas crianças para higienização foi a mais efi caz na remoção de placa bacteriana quando comparadas ao uso de escova dental convencional (J&J) em crianças de 3 a 5 anos de idade, sem a supervisão dos pais, proporcionando maior motivação e preferência nas crianças e mães.Sarmiento et al. (1996) observaram em crianças entre 3 a 5 anos, num contexto onde não houve treinamento ou super-visão, que a escova de cabeça tripla foi estatisticamente mais efi caz que a escova convencional, pois reduziu o índice de placa em 17% do índice inicial.Brothwell et al. (1998) verifi caram que a qualidade da es-covação é mais importante do que a sua freqüência. Reco-mendaram escovar os dentes duas vezes ao dia com pasta fl uoretada, pois a escovação é fundamental, levando o fl úor das pastas fl uoretadas às superfícies dos dentes prevenindo lesões cariosas e controlando a gengivite. Parizotto (1999) comparou o uso das escovas dentais Mo-

nobloco® com as convencionais associados ou não ao uso de dentifrício, em 32 crianças com 4 a 6 anos de idade, apenas com dentição decídua. As escovas dentais foram igualmente efi cazes em relação à remoção de placa bacteriana, porém a escova do tipo monobloco apresentou maior deformação das hastilhas. Após um período de uso de dois meses, am-bas as escovas dentais permaneceram com sua capacidade de remoção de placa bacteriana constante, apesar do desgaste. O dentifrício não exerceu infl uência durante a remoção da placa bacteriana.Bregagnolo (2001) fez um estudo sobre a efi cácia das escovas e Oral-B 35 na diminuição da infl amação gengival associada

à infantil, em 160 crianças com 7 a 14 anos. Os resultados mostraram que a escova dental Monobloco® foi superior a escova Oral-B 35 na redução do grau de infl amação gengi-val em determinadas idades e etapas do procedimento expe-rimental. É preciso motivar continuamente os pacientes de modo específi co para cada faixa etária, para se obter higiene bucal satisfatória prevenindo a infl amação gengival.Mello (2001) realizou uma pesquisa com 17 escolares de 11 a 13 anos de idade, a fi m de se comparar à efi cácia de duas escovas dentais de uso em saúde bucal coletiva. As esco-vas escolhidas para análise apresentavam marcas diferentes quanto ao material, à forma do cabo, da cabeça e das cerdas, e também em relação ao seu custo. A primeira escova deno-minada Monobloco® apresentava cabo sextavado, fl exível e inclinado, e hastilhas sobre uma plataforma, substituindo as cerdas; a segunda escova selecionada foi a Tandy infantil que possui cabo em formato anatômico, cerdas de nylon e um custo aproximadamente cinco vezes maior. A efi cácia foi me-dida pela quantidade de placa bacteriana removida e o estado da mucosa gengival. Embora as escovas apresentem marcas diferentes tiveram desempenhos semelhantes.Oliveira (2002) observaram que a escova dental convencio-nal utilizadas pelas crianças de 4 anos de idade foi a mais efi caz na remoção de placa bacteriana quando comparadas a escova de cabeça tripla. Na região anterior, não houve dife-renças entre as escovas, e na região posterior, a convencional removeu mais placa (83%) do que a tripla (61%).Oliveira et al. (2002) avaliou a efi cácia na remoção de pla-ca bacteriana pelo cirurgião-dentista com uma escova den-tal convencional infantil (Bitufo®) e uma com cabeça tripla (Dentrust®), sendo que a convencional apresentou desempe-nho superior tanto para superfícies lisas como nas oclusais.Oliveira et al. (2002) compararam a efi cácia de escovação dental realizada por mães com escovas dentais convencional e de cabeça tripla em crianças de 4 anos, sendo que a conven-cional apresentou desempenho superior.

CASUÍSTICA - MATERIAIS E MÉTODOS

CasuísticaA amostra estudada constitui-se de trinta crianças portadoras da Síndrome de Down, ambos os gêneros, sem distinção de etnia, na faixa etária entre 7 a 14 anos de idade, freqüenta-dores da Escola de Educação Especial Professora Maria de Lourdes Canziani (APAE), em Ponta Grossa; fi zeram parte do estudo aquelas crianças cujos responsáveis, depois de es-clarecidos, assinaram o Termo de Consentimento.

Materiais• 15 escovas de cabeça tripla Benefi t® (Figura 1); 15 escovas dentais Monobloco® (Figura 2); espátulas de madeira, para afastar tecidos moles e permitir visão vestibular/lingual dos dentes corados; evidenciador da placa bacteriana em forma de solução Replak®; cotonetes (Figura 3) e fi chas clínicas.

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Figura 1 - Conjunto de escovas dentais Monobloco®

Figura 2 - Conjunto de escovas dentais de cabeça tripla Benefit®

Figura 3 - Materiais utilizados: espátulas, cotonetes e corante de placa bacterina

MÉTODOS

O estudo foi executado em quatro etapas. Na primeira, foi realizada uma reunião com os pais ou responsáveis expli-cando o trabalho que seria efetuado com seus respectivos fi -lhos. O responsável do menor, objeto do estudo, autorizou a participação dele com pleno conhecimento da natureza dos procedimentos aos quais o menor seria submetido, pelo ter-mo de consentimento e preenchimento da fi cha clínica pelo examinador.A segunda etapa deste estudo foi realizada no consultório odontológico da instituição, onde as crianças tiveram seus dentes evidenciados com o evidenciador de placa bacteriana na forma líquida embebida em cotonetes; em seguida os den-tes foram examinados com o auxilio de espátulas verifi cando a quantidade de placa bacteriana corada pré-existente, e estes dados foram anotados numa fi cha padronizada, segundo o ín-dice de GREENE & VERMILLION modifi cado (Figura 4). Após a anotação, cada criança recebeu uma escova identifi ca-da com seu nome, sendo que as mesmas foram divididas em dois grupos de 15 pacientes cada, de acordo com o período de sua freqüência na escola, isto é, o grupo que recebeu a escova tripla foi do período matutino e o grupo que recebeu a escova monobloco foi do período vespertino e fi nalmente

foi realizada a escovação. As crianças foram submetidas ao um segundo exame para verifi cação da quantidade de pla-ca remanescente nas superfícies ainda coradas e esses dados anotados na fi cha.Na terceira etapa, as crianças foram motivadas através de palestras educativas e participaram de um treinamento das técnicas indicadas para cada grupo; o grupo da escova tripla realizou movimentos horizontais para a higienização bucal e o grupo da escova monobloco utilizou a Técnica de Fones. O treinamento foi demonstrado inicialmente em modelos às crianças para visualizarem a técnica (Figura 5 e 6), para de-pois as crianças executarem os movimentos com a escova no modelo (Figura 7 e 8) e, fi nalmente a CD ensinar na boca de cada criança (Figura 9 e 10). Depois disso, elas mesmas rea-lizaram a escovação de seus dentes, esses foram evidenciados, examinados e anotados nas fi chas de cada criança.A quarta etapa foi realizada após 15 dias da terceira etapa, onde as crianças fi caram com suas respectivas escovas neste período realizando sua higiene bucal de acordo com a orien-tação do treinamento; após este período foram submetidas a uma escovação supervisionada pela C.D, evidenciação de placa bacteriana e foram anotados na fi cha os dentes e a quantidade de placa corada.

Índice de placa bacteriana Greene & Vermilion modificado 1964

Neste índice são observadas as quantidades de placa presen-te nas seis superfícies dentárias (superfícies vestibulares de primeiros molares superiores, linguais dos primeiros molares inferiores e vestibulares dos incivisos centrais superior direito e inferior esquerdo), atribuindo a essas superfícies valores que variam de 0 a 3.• 0 - sem placa;• 1 - até1/3 da superfície com placa;• 2 - entre 1/3 até 2/3 com placa;• 3 - mais de 2/3 da superfície com placa.

Figura 4 - Exame da placa bacteriana corada.

Figura 5 - C.D orientando individualmente a técnica para a escova tripla.

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Figura 6 - C.D. orientando individualmente a técnica para a escova monobloco.

Figura 7 - Criança executando os movimentos da técnica com a escova tripla no modelo.

Figura 8 - Criança executando os movimentos da técnica com a escova monobloco no modelo

Figura 9 - C.D. orientando na boca de cada criança a técnica da escova tripla

Figura 10 - C.D. orientando na boca de cada criança a técnica da escova monobloco

RESULTADOS

Para avaliar a efi cácia das escovas, utilizou-se o índice de placa Greene & Vermilion modifi cado (1964) quantifi cando a placa bacteriana em 30 crianças portadoras da Síndrome de Down em quatro fases, as quais foram divididas em dois

grupos, para a utilização das escovas Tripla Benefi t® e Mo-

nobloco®. Para a análise estatística dos dados, foi utilizado o

programa de computador SPSS, versão 10. A análise estatísti-

ca foi obtida utilizando a Análise de Variância para medidas

repetidas com comparações múltiplas pelo teste de Tukey

considerando dois fatores: escova e tempo.

Na tabela 1 estão representados os valores médios com os

respectivos desvios padrão de IP nas etapas: inicial, 2, 3, e 4

que, respectivamente, foram: 1,95 ± 0,47; 0,81 ± 0,46; 0,54

± 0,21; 0,17 ± 0,18.

Grupo Inicial Etapa 2 Etapa 3 Etapa 4

Escova Monobloco®

2,10 (0,35) 1,01 (0,52) 0,49 (0,22) 0,21 (0,18)

Escova Tripla Benefit®

1,81 (0,53) 0,62 (0,32) 0,59 (0,20) 0,13 (0,17)

Total 1,95 (0,47) 0,81 (0,46) 0,54 (0,21) 0,17 (0,18)

Tabela 1 – Média e Desvio Padrão (entre parêntesis) para o índice de placa

O gráfi co 1 apresenta as médias dos grupos com relação ao

índice de placa. No momento inicial observamos uma certa

diferença entre as médias dos dois grupos e pode-se obser-

var também uma queda no IP, com os resultados da escova

monobloco® aparentemente um pouco mais acentuados nas

etapas 3 e 4. Como estamos interessados em estudar a queda

no índice de placa, analisamos os dados do IP considerando

a diferença entre as medições nas etapas menos o valor inicial

obtido.

Gráfico 1 – Médias para o índice de placa

Para compensar a diferença inicial entre os dentes utilizamos

as diferenças do IP em cada etapa menos o IP do momento

inicial. Quanto maior este valor menos placa o dente terá.

Na Tabela 2 e nos Gráfi cos 2 e 3, temos as médias e o desvio

padrão de cada grupo para a diminuição do IP e observa-

mos: para os dois grupos notamos diminuição de placa ao

longo do tempo; para a escova tripla quase não houve dife-

rença entre as etapas 2 e 3; a variabilidade nos dois grupos

é relativamente grande, o que pode difi cultar encontrarmos

diferenças signifi cativas.

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Grupo Etapa 2 Etapa 3 Etapa 4Escova Monobloco® 1,09 (0,48) 1,61 (0,30) 1,89 (0,31)

Escova Tripla Benefit®

1,19 (0,40) 1,22 (0,46) 1,68 (0,47)

Total 1,14 (0,44) 1,42 (0,43) 1,78 (0,41)

Tabela 2 – Média e Desvio Padrão (entre parêntesis) para a diminuição de placa bacteriana

Gráfico 2 – Médias para a diminuição de placa bacteriana

Gráfico 3 – Média ± Desvio Padrão para a diminuição de placa bacteriana

Para analisar a diminuição do IP, utilizamos uma Análise de Variância para medidas repetidas, a qual leva em consideração que o mesmo paciente foi observado diversas vezes.Para termos confi abilidade nesta técnica devemos verifi car duas hipóteses: igualdade das variâncias e normalidade dos resíduos. Para verifi car a igualdade das variâncias, utilizamos o teste de Levene, pelo qual obtivemos o nível descritivo que é a probabilidade de estarmos cometendo um erro ao rejeita-mos a hipótese sendo que esta é verdadeira. Na maioria dos testes a hipótese testada é a hipótese de igualdade, no caso acima, a hipótese é que os desvios padrões (ou as variâncias) sejam todas iguais de 0,290 e concluímos que as variabilida-des não são signifi cativamente diferentes (os desvios padrão não são signifi cativamente diferentes).Para verifi car a normalidade dos resíduos, fi zemos o teste de Anderson-Darling, pelo qual obtivemos o nível descritivo de 0,154, através do qual concluímos pela normalidade dos re-síduos.Na Tabela 3 (observando os valores dos níveis descritivos que para serem signifi cantes devem ser menores que 0,05), temos que existe interação signifi cativa entre os grupos e as etapas, ou seja, a diferença entre os dois grupos é diferente ao longo das etapas.Realizamos uma Comparação Múltipla pelo método de Tukey, a qual compara os resultados dois a dois, para se obter onde estão as diferenças signifi cativas, que pode ser observa-do na Tabela 4. O teste de Tukey evidenciou que para a escova Monobloco há uma diferença entre todas as etapas; para a escova tripla, não há diferença entre a etapa 2 e 3, mas ambas são diferentes da etapa 4; dentro de cada etapa, comparando os dois grupos temos que somente na etapa 3 temos diferença signifi cativa entre eles. Nas duas outras etapas as diferenças não formam signifi cativas.

Fonte de variação graus de liberdade

Soma de quadrados

Soma de quadrados ajustada Quadra-dos médios ajustados

Estatística F nível descritivo

Grupo 1 0,625 0,625 0,625 1,55 0,223Paciente(Grupo) 28 11,263 11,263 0,4023 7,73 0,000Etapa 2 6,2481 6,2481 3,124 60,02 0,000Grupo * Etapa 2 0,9131 0,9131 0,4565 8,77 0,000Resíduo 56 2,9146 2,9146 0,0521Total 89 21,964

Tabela 3 - Análise de variância para a diminuição do índice de placa

Escova Monobloco® Escova Tripla (Benefit®)

Etapa 2 Etapa 3 Etapa 4 Etapa 2 Etapa 3 Etapa 4Escova Monobloco® Etapa 2 0,0001 0,0001 0,8387 0,6068 0,0001

Etapa 3 0,0001 0,0180 0,0002 0,0004 0,9663

Etapa 4 0,0001 0,0180 0,0001 0,0001 0,1310

Escova Tripla (Benefit®)

Etapa 2 0,8387 0,0002 0,0001 0,9987 0,0001

Etapa 3 0,6068 0,0004 0,0001 0,9987 0,0001

Etapa 4 0,0001 0,9663 0,1310 0,0001 0,0001

Tabela 4 – Níveis descritíveis para Comparações Múltiplas pelo método de Tukey. (as diferenças significativas estão hachuradas)

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DISCUSSÃO

Segundo Halla (1982) a escovação dentária é um procedi-mento efi caz para a manutenção da higiene bucal adequada, porém, para conseguir uma boa limpeza da cavidade bucal além das escovas dentais outros fatores devem ser analisados como o tempo, a freqüência, técnica de escovação, habilidade manual e a motivação dos pacientes. Entretanto, os fatores citados acima devem ser analisados com relação a pacientes portadores da Síndrome de Down devido à difi culdade de conscientização da importância de sua saúde bucal e a destreza manual que é imprescindível para a efi ciência da higiene bucal por meios mecânicos (Fis-chman, 1979).Indivíduos portadores de SD apresentam alterações na co-ordenação motora, nos cinco sentidos, na inteligência e em muitos aspectos do comportamento. Conseqüentemente, não terão um desenvolvimento físico e mental igual ao de uma pessoa “normal”, possuindo um quociente de inteligên-cia variando de abaixo de 20 até 70. Shaw et al. (1986); Shaw et al. (1989); Nielsen (1990), relata-ram que estes indivíduos apresentam pobres níveis de higiene oral, com presença constante de gengivite e grande acúmulo de placa provocado pela pouca destreza manual para a re-alização da escovação, pela difi culdade de assimilação das técnicas e falta de concentração no momento da escovação. Segundo Nielsen (1990), a orientação dada pelo responsável durante este processo é signifi cativa para a obtenção de me-lhores resultados. No portador de SD as funções cerebrais se processam mais lentamente, a atenção durante a aprendizagem não é conside-rada ideal, pois o paciente com SD não se concentra o tempo sufi ciente para aprender os ensinamentos. No presente estudo, foram avaliadas as médias e os desvios padrões para o índice de placa nas quatro etapas nos pacientes portadores de SD. De acordo com os dados da Tabela 4 ob-serva-se uma redução da média do índice de placa de forma descritiva, com ambas as escovas, a partir da primeira etapa.De acordo com os dados observados, as médias dos grupos com relação ao índice de placa, esta sofreu redução com as duas escovas e aparentemente de forma descritiva a monoblo-co® apresentou melhores resultados nas etapas 3 e 4.Avaliando as médias e os desvios padrões de cada grupo para a diminuição de placa bacteriana, nota-se que as escovas foram efi cazes na remoção da placa bacteriana apresentado diferenças nas etapas 2 e 3, pois a tripla gerou uma pequena redução enquanto a monobloco® apresentou uma redução mais efetiva.Levando em consideração que o mesmo paciente foi anali-sado mais de uma vez, utilizamos Análise de Variância para medidas repetidas para a diminuição do índice de placa. O teste de Levene foi utilizado para verifi car a igualdade das va-riâncias e obter o nível descritivo. O teste de Anderson-Dar-ling também foi utilizado para a obtenção do nível descritivo.

Assim, na Tabela 3, observamos uma interação signifi cativa entre os grupos e as etapas, ou seja, a diferença entre os dois grupos é diferente ao longo das etapas, mas não estatistica-mente signifi cante.Na Tabela 4, dos níveis descritíveis para comparações múl-tiplas pelo método de Tukey, que avalia a signifi cância dos dados obtidos podemos relatar que após o uso das escovas dentais Monobloco® e Benefi t® não houve diferença estatis-ticamente signifi cante, sendo que ambas removeram placa bacteriana de modo similar ao fi nal das análises.Os resultados do presente estudo com relação à efi ciência na remoção de placa bacteriana pela escova Monobloco® são semelhantes aos de Bregagnolo (1996) que observou que a escova dental Monobloco® apresentou resultados semelhan-tes à escova dental Oral B 35 na remoção de placa bacteria-na, com a vantagem de possuir custo reduzido facilitando a aquisição para população de baixa renda. Parizotto (1999) relatou que as escovas dentais foram igualmente efi cazes em relação à remoção de placa bacteriana, porém a escova do tipo Monobloco® apresentou maior deformação das hasti-lhas em relação à escova dental convencional. Mello (2001) que comparou a efi cácia das escovas dentais Monobloco® e a Tandy infantil sendo que ambas apresentaram desem-penhos clínicos semelhantes com relação a quantidade de placa bacteriana removida e o estado da mucosa gengival. Discordando com os estudos de Andrade et al. (1991) a es-cova Monobloco apresentou maior efi ciência na remoção de placa em relação às outras estudadas, não causando danos aos tecidos gengivais apesar de sua durabilidade ter-se apre-sentado inferior. Tomita et al. (1996) relataram que a escova dental Monobloco® reduziu em 28,4% os índices de placa bacteriana, sendo que a escova Johnson’s 30 reduziu os índi-ces de placa para 24,5% e a Tek Júnior® para 15,2%, e ain-da, salientaram o fato de que a escova dental Monobloco® não causou danos aos tecidos gengivais. Bregagnolo (2001) observou que a escova dental Monobloco® foi superior a es-cova Oral-B 35 na redução de placa bacteriana e na redução do grau de infl amação gengival em determinadas idades e etapas do procedimento experimental; complementou ainda que é preciso motivar continuamente os pacientes de modo específi co para cada faixa etária, para se obter higiene bucal satisfatória prevenindo a infl amação gengival. Com relação à escova tripla, os resultados deste estudo divergem com os estudos de Villena et al. (1996) que observaram que a es-cova dental com cabeça tripla utilizada pelas crianças para higienização foi mais efi caz na remoção de placa bacteriana, sem a supervisão dos pais, proporcionando maior motivação e preferência das crianças e mães em relação a escova nor-mal (J&J). Sarmiento et al. (1996) observaram que quando não ocorre orientação de escovação para crianças, a escova de cabeça tripla foi estatisticamente mais efi caz que a escova convencional na remoção de placa bacteriana. Oliveira et al. (2002) observaram em seus estudos que houve efi cácia na remoção de placa bacteriana, tanto pelas crianças como pelas

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mães com as duas escovas, sendo que a convencional apresen-tou um melhor desempenho em relação a tripla; com relação a remoção de placa realizada pelo cirurgião-dentista, a escova dental convencional infantil (Bitufo®) apresentou desempe-nho superior tanto para superfícies lisas como nas oclusais.Conforme o exposto na revisão de literatura, são poucos os estudos sobre os métodos de higienização em crianças em idade escolar e são ainda mais escassos quando relacionados a crianças portadoras de Síndrome de Down. Considerando a importância deste assunto, dentro do contesto atual da pre-venção, para a obtenção de saúde bucal e geral, mais pesqui-sas são necessárias nesse campo científi co, com a fi nalidade

de melhorar os métodos de higiene bucal utilizados em crian-ças com Síndrome de Down.

CONCLUSÕESA análise dos resultados obtidos no presente trabalho per-mitiu concluir que não houve diferença estatisticamente signifi cante na remoção de placa bacteriana entre as escovas monobloco® e tripla Benefi t® em crianças portadoras de Sín-drome de Down na faixa etária entre 7 a 14 anos de idade. Entretanto, observamos nos dois grupos uma diminuição da placa bacteriana ao longo do tempo, principalmente após as orientações.

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1 - Aluno do curso de Especialização em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofaciais da Associação Brasileira de Ensino Odontológico- ABENO.2- Professores do curso de Especialização em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofaciais da Associação Brasileira de Ensino Odontológico- ABENO.

Endereço para correspondência: Rua Sete de Setembro 1216 - Cidade: Arthur Nogueira- São Paulo -Centro - Fone: 19-3877-1990

Recebido para publicação em 06/07/2006. Aceito para publicação em 08/11/2006.

REVISÃO DE LITERATURA

Carlos Augusto da Luz1, Daniela Vieira Amantéa2, José Accurso3

RESUMO

A distração osteogênica alveolar (DOA), oferece um exce-

lente resultado e boa previsibildade em rebordos alveolares

atrófi cos, com ganhos signifi cativos em tecidos ósseos e

tecidos moles Quando comparados às técnicas tradicional-

mente utilizadas, o caso apresentado trata-se de o cum-

primento e volume ósseo necessário para a instalação e

reabilitação com implantes ósseointegrados. um paciente

masculino 21 anos com severa reabsorção óssea em região

de pré maxila entre os elementos 13 e 23, onde fora instalado

(DOA) da Conexão Implant System-S.P- Brasil. Sendo

realizada ativação 7 dias após a instalação segundo padro-

nização Gavril llizarov , 1m/m diários até alcançar se-

gundo o planejamento a altura desejada , 10 semanas após

fora retirado o dispositivo (DOA) e foi possível comprovar

tanto clínica como radiografi camente um ganho tanto em

altura como em espessura óssea,possoibilitando assim a ins-

talação dos componentes dos implantes ósseointegrados.

Descritores: Distração alveolar osteogênica ,Atrofia do rebordo alveolar.

ABSTRACT

Th e alveolar ostêogenica distraction (DOA), off ers an excellent

result and good previsibildade in atrófi cos alveolar rims, with

signifi cant profi ts in ósseos fabrics and soft fabrics When com-

pared with the traditionally used techniques, the presented case

is about a masculine patient 21 years with severe óssea reabsor-

ção in daily pay region jaw between elements 13 and 23, where

it are installed (DOA) of the Connection Implant System-S.P-

Brazil. Being carried through activation 7 days after the ins-

tallation according to standardization Gavril llizarov, 1m/m

daily until reaching planning the desired height according to,

10 weeks after is removed the device (DOA) and was possible to

prove in such a way clinical as radiografi camente the fulfi lment

and necessary ósseo volume for the installation and whitewa-

shing with ósseointegrados implantations.

Keywords: Alveolar osteogenica distraction, Atroficos alveolar rims.

DISTRAÇÃO ALVEOLAR

INTRODUÇÃO

A distração osteogênica é uma técnica de crescimento ósseo

gradual que oferece a possibilidade de formar novo osso de

forma rápida e previsível por meio dos mecanismos naturais

de regeneração óssea, preparando o leito adequadamente

para receber os implantes osseointegrados (ILIZAROV,

1988).

As defi ciências, notadamente as verticais em rebordos alveo-

lares são um desafi o para o cirurgião (CHIAPASCO et al.,

2001) que precisa alcançar uma restauração estética e funcio-

nal por meio de implantes.

Constitui-se em objetivo deste estudo, revisar e discutir a li-

teratura sobre as indicações, resultados e possibilidades da

técnica de distração osteogênica alveolar.

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Distração Osteogênica

Liou e Huang (1998) aplicaram um modelo inovador de Dis-

tração Osteogênica ao periodonto com a fi nalidade de acele-

rar a movimentação dentária ortodôntica.

ALVEOLAR DISTRACTION

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O método foi denominado de distração dentária. A técni-ca objetiva atingir uma movimentação dentária rápida para o espaço de extração após pequenas corticotomias no septo interdental.

Figura 1. Representação da distração dentária aplicada ao canino. Nesse esquema o aparelho ortodôntico e o distrator não foram incorporados para facilitar a compreensão do procedimento. Em A a seta indica o alvéolo após a exodontia do primeiro pré-molar inferior direito .Fonte: Faber (2005).

Aronson et al (1997) apresenta a distração osteogênica como resultado do deslocamento de duas extremidades ósseas de uma fratura de baixa energia (osteotomia subperiosteal), com um fi xador externo que cria mecanicamente um gap onde o novo osso se regenera entre as duas margens. Este método tem sido aplicado com sucesso em alguns casos de desafi o para cirurgia ortopédica. Os autores dividiram o tecido rege-nerado em três zonas de acordo com a estrutura e o conteúdo de cálcio: zona fi brosa, frente de mineralização principal e zona de formação de micro coluna. Karp et al. (1992), apresenta em diagrama esquemático dois estágios de formação óssea: zona de tecido fi broso no centro, zona de extensão óssea mais lateralmente, e, mais lateralmen-te ainda, em continuação direta com o osso velho, a zona de remodelação óssea. Outros estudos experimentais também lidam com a distração osteogênica na mandíbula, demons-trando um processo de formação de novo osso. Conforme relatado por Cohen et al (1988), nos anos 90, este método da Distração Osteogênica foi aplicado ao osso mem-branoso da face e desde então tem sido objeto de pesquisas e indicações clínicas. O osso criado através da utilização da distração osteogênica fornece um substrato particularmen-te atrativo para o estudo histológico tanto no caso de osso membranoso com no caso de osso endocondral. A utilização de métodos imunohistoquímicos e microscopia eletrônica

podem contribuir para o entendimento dos estágios da re-generação óssea e neovascularização. Sabe-se que qualquer alteração na aplicação de força ou alteração na função do osso é seguida por mudanças na arquitetura óssea. Kaluzinski et al. (2000) apresentou a divisão desta técnica ci-rúrgica, feita por Ilizarov em 1989, em três tipos: monofocal, bifocal e trifocal. A distração osteogênica monofocal apre-senta apenas um nível onde ocorre a distração propriamente dita e a compressão. A bifocal difere da anterior por apresen-tar dois níveis, um de distração e outro de compressão. Este tipo torna possível corrigir defeitos ósseos segmentares com produção de um “disco de transporte”, isto é, um segmen-to ósseo vascularizado que, ao ser tracionado em direção ao coto distal do defeito ósseo, produz uma área de regeneração óssea entre este disco de transporte e o coto ósseo distal A distração osteogênica trifocal permite acelerar o processo de distração com a produção de dois discos de transporte ao invés de apenas um disco, reduzindo à metade o período de distração ativo. Este tipo apresenta duas áreas de distração e uma de compressão. Para Mattick et al (2001), processo de distração osteogênica mandibular como processo que envolve a secção transversal do osso no sítio da distração, com cuidados para preservar o suprimento sangüíneo intramedular e o periósteo. O disposi-tivo de distração é montado no mesmo lado da corticotomia. Este deve ser diretamente inserido ao osso via implantes. O sítio da corticotomia é mantido passivo por um período de 5-10 dias, de modo a permitir a organização do calo ósseo. A distração gradual é então realizada numa escala de 1-2 mm por dia, o que pode ser feito de modo incremental. Isto pode ser realizado pelo clínico, sem controle por parte do pacien-te, ou pelo próprio paciente em casa. Segundo os autores, a distração induz a proliferação e preenchimento fi nal de osso, entre os dois segmentos. O osso pode ser colocado em função ao longo deste período permitindo que o paciente se alimente e converse normalmente, o que é considerado um benefício. Após o período de alongamento desejado, há um período de consolidação antes da remoção do dispositivo.

2.2 Distração Alveolar

A distração osteogênica alveolar é um processo de formação de novo osso para corrigir as deformidades alveolares na al-tura e na largura da crista. Segundo Pólo et al (2004) ocorrem relatos sobre o uso da distração para aumentar o comprimento do ramo, compri-mento do corpo, amplitude da linha média ou combinações. Apesar disso parecer um conceito inicialmente simples, deve-se ter em mente que a mandíbula é um osso tridimensional, curvo, com articulações em ambas as extremidades. Muitos distratores são uni direcionais, e simplesmente abrem o sítio da corticotomia. Apesar deste princípio ser aceito para ossos longos, essa relação simples traz problemas para o complexo craniofacial – os ossos deste complexo não exigem apenas

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um simples alongamento, mas um reposicionamento nas três dimensões da face.De acordo com Pólo et al (2004) a distração osteogênica mandibular pode ser usada para tratar hipoplasia mandibu-lar, microssomia hemifacial, Síndrome de Treacher Collins, Síndrome de Pierre Robin, e Síndrome de Nager. A técnica também pode ser aplicada em casos de reposicionamento de ossos mandibulares após recessão de tumor.Maurette et al (2005) relataram o atendimento de um pa-ciente de 21 anos de idade o qual apressentava atrofi a severa do rebordo alveolar na região anterior da maxila por meio de DOA, utilizando um dispositivo yuxtaoseo (Conexão Im-plant System® - SP-Brasil), começando a ativação do aparelho aos 7 dias após a instalação, com uma padronização de 1mm diários ate lograr os comprimentos ósseos desejado, retiran-do-se o distrator e colocando-se os implantes osseointegrados às 10 semanas posteriores. Os autores comprovaram clínica e radiografi camente o incremento em comprimento e volume ósseo necessário para a reabilitação com implantes (Figuras 1 a 11).

Figura 1 – Imagem pré-operatória demonstrando a atrofia existente na região anterior do rebordo alveolarFonte: Maurette et al (2005)

Figura 2 – Radiografia óssea panorâmica demonstrando a ausência da altura óssea necessária para a colocação de implantes osseointegradosFonte: Maurette et al (2005)

Figura 3 – Dispositivo de distração osteogênica da Conexão Implant System®. SP-Brasil, já adaptado para sua colocaçãoFonte: Maurette et al (2005)

Figura 4 – A - Confecção das osteotomias verticais e horizontais para obtenção do disco de transporte. B – Posicionamento e fixação do distratorFonte: Maurette et al (2005)

Figura 5 – Radiografia panorâmica pós-operatória, 7 dias após a instalação do distrator, antes do início do processo de ativaçãoFonte: Maurette et al (2005)

Figura 6 – Radiografia panorâmica pós-operatória, 10 semanas após o período de ativação. Nota-se ganho de altura ósseaFonte: Maurette et al (2005)

Figura 7 – Imagens clínicas 10 semanas após durante o segundo tempo cirúrgico para a remoção do distrator e colocação dos implantes, onde evidencia-se ganho de altura e volume ósseo e também de tecidos moles.Fonte: Maurette et al (2005)

Figura 8 - Colocação dos implantesFonte: Maurette et al (2005)

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Figura 9 - Imagem clínica onde evidencia-se ganho de tecido ósseo no rebordo alveolarFonte: Maurette et al (2005)

Figura 10 – Imagens pré e pós-operatóriasFonte: Maurette et al (2005)

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Figura 10 – Imagens radiográficas pré e pós-operatórias onde evidencia-se uma notável diferença a respeito da altura óssea inicial e a obtida por meio da distração osteogênica alveolar.Fonte: Maurette et al (2005)

3 CONCLUSÃO

Conclui-se que a reconstrução dos rebordos alveolares atró-

fi cos por meio da técnica de distração osteogênica alveolar

(DOA) oferece um resultado previsível com baixas taxas de

morbidade e uma ganho notável de tecido ósseo e tecidos

moles, em comparação com as técnicas tradicionalmente uti-

lizadas.

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33Sobralor 2007

1 - Odontólogo

Endereço para correspondência: P.O. Box 0831-00642 - Panamá, Rep. de Panamá

Recebido para publicação em 15/04/2006. Aceito para publicação em 11/08/2006.

IRRADIATION CARIES AND OSTEORADIONECROSIS: PREVENTION, CONTROL AND TREATMENT

RELATO DE CASO

El sistema masticatorio esta compuesto de 3 componentes; la neuro musculatura, las 2 articulaciones temporomandibu-lares y la relación interdental. Se considera que la perdida de la armonía de estos componentes puede causar disfunción y daños a sus componentes.1

La terapia Oclusal se utiliza en la Odontología para razones tales como odontalgia, movilidad dental o lograr la estabili-dad de ambas arcadas y existen diferentes tipos de tratamien-tos oclusales tales como los aparatos oclusales, ajuste oclusal, ortodoncia, prótesis, etc. 2

En ocasiones la Terapia Oclusal es necesaria para restaurar la relación (u oclusión) interdental a su función y anatomía optima. Los criterios para una oclusión interdental óptima incluyen: guías caninas e incisivas, ausencia de deslizamien-tos en relación céntrica o máxima intercuspidacion, presen-cia de las curvas incisales y oclusales, todo esto en armonía con los componentes no dentales del sistema. En ocasiones también las limitaciones económicas de los pacientes nos obligan a utilizar alternativas secundarias en el manejo de pacientes con alteraciones oclusales severas 3. A continuación le presentamos un breve resumen de un caso de una paciente de 27 años de edad con signos y síntomas de disfunción mus-cular, articular y dental. Las disfunciones musculares, articulares y de hábitos fueron manejadas con un aparato oclusal y la restauración a una re-

REHABILITACION DE GUIAS CANINAS E INCISIVAS CON RESINAS Y DE LA RELACION CÉNTRICA

CON APARATO Y AJUSTE OCLUSAL

Dr. Fernando R. Jaén1

Figura 1 - Paciente en máxima intercuspidacion inic ial y con desgastes incisales, oclusales y cervicales.

Figura 2 - Paciente con aparato oclusal en relación céntrica.

Figura 3 - Paciente en relación céntrica

y con restauraciones incisales de resina.

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lación interdental optima fue manejada con un ajuste oclu-sal completo y con la restauración de las guias anteriores con resinas. Quizás la mejor indicación para restaurar el desgaste presente era el uso de porcelanas, pero las condiciones econó-micas no lo permitían en el momento. La paciente compren-dió claramente las ventajas y desventajas del material que se tuvo que utilizar para mantener la estabilidad oclusal y restaurar los desgastes coronarios.

ABSTRACT

We present a case report of muscular disfunction and joint treated by oclusal adjustment and restoring anterior guidance by use of resin.

Keywords: Oclusal adjustment.

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34 Sobralor 2007

Com muita freqüência ouvimos e repetimos o

termo: qualidade de vida. Insistimos em di-

vulgar termos e conceitos que, na maioria das

vezes, não compreendemos: será que todos que falam

e buscam qualidade de vida sabem o que isto quer

dizer?

A qualidade de vida não era considerada um compo-

nente de saúde até 1947, quando a OMS – Organiza-

ção Mundial de Saúde – começou a defi nir saúde não

apenas como ausência de doença e enfermidade, mas

também como um estado de bem-estar físico, mental

e social.

É um conceito amplo ligado ao desenvolvimento hu-

mano.

Assim como qualidade de vida implica em saúde, a

saúde está diretamente relacionada com a qualidade

de vida.

É importante ressaltar que quando falamos em saú-

de, estamos contextualizando-a num amplo espectro:

saúde física, mental, emocional, espiritual (no plano

pessoal), relações saudáveis, saúde ambiental, ecológi-

ca, do planeta (no plano comunitário).

Apesar de falarmos tanto em qualidade de vida, ao

nos depararmos com as notícias dos veículos de co-

municação; ao enfrentarmos o caótico trânsito de

uma megalópole como a nossa: ao nos depararmos

com pessoas estressadas, ao sermos impactados com

as tragédias da natureza; ao constatarmos a capacida-

de do homem para a destruição, nossa sensação é de

que o mundo está doente.

É este quadro que se faz necessário e urgente reverter.

Mais do que um modismo, é imprescindível que a

qualidade de vida seja uma bandeira, vivenciada com

o seu real signifi cado e implicações.

É preciso, desde muito cedo, despertar a consciência

e introjetar valores que impliquem em cuidado, éti-

ca, responsabilidade para tornar-se e tornar o mundo

melhor.

Que qualidade de vida seja matéria curricular desde a

educação infantil.

Para um mundo melhor, é preciso paz. A paz advém de

equilíbrio e harmonia e do respeito por si e pelos ou-

tros. Para isto, educadores e políticos, principalmente,

precisam contribuir para a formação de cidadãos par-

ticipativos e integrados à sociedade contemporânea.

No campo ambiental, a preocupação é com a maior

conscientização da comunidade para as questões liga-

das à conservação, melhoria e manutenção da quali-

dade de vida do seu meio.

Finalmente a humanidade está atentando para o peri-

go que corre o nosso planeta. De acordo com cientistas

e especialistas do mundo todo, as emissões de gases,

comprovadamente provocam o aquecimento global, o

que deverá trazer como conseqüência, a médio prazo,

seriíssimos problemas nos ecossistemas, se não forem

tomadas providências imediatas para controlar e ame-

nizar a poluição.

O objetivo desta matéria não é o de alarmar ou ser

pessimista. Ao contrário, quando o tema foi pensado,

o objetivo foi no sentido de chamar a atenção para o

que é a nossa realidade hoje e mudarmos paradigmas,

transformando a cultura vigente do descaso, da in-

conseqüência e negligencia.

Ao invés de meros expectadores, passivos e desencan-

tados, uma nova postura precisa ser adotada: fazer a

nossa parte, pensar e respeitar o outro e o meio am-

biente, cultivando a esperança de um mundo melhor.

Isto resulta em saúde e qualidade de vida.

QUALIDADE DE VIDA

JOÃO CARAMEZ, 56, deputado estadual (PSDB-SP), no exercício do terceiro mandato. Foi prefeito de Itapevi (1993-1996) e Secretário Chefe da Casa Civil (2000-2001). Nesta legislatura é membro das Comissões de Transportes e Comunicação; Agricultura e Pecuária e coordenador das Frentes Parlamentares das Hidrovias; de Apoio a Mineração e Contra a CPMF e Redução da Carga Tributária Brasileira.

PONTO DE VISTA

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35Sobralor 2007

Normas de Publicação1- Objetivo:A SOBRALOR- Revista de Odontologia é dirigida à classemédica e odontológica para divulgação de artigos inéditos de investigação científi ca, relatos de casos clínicos, de técnicas e outros de interesse da área da saúde.

2- Forma de apresentação da revista:2.1- Trabalho de .pesquisa experimental. Título em português e inglês, nome (s) do (s) autor (s), resumo, descritores, introdução, revisão de literatura, proposição, material e método, resultados e discussão, conclusões, abstract, descriptors, referencias.2.2- Relatos de casos de interesse e bem documentados do ponto de vista clínico e la-boratorial. Título em português e inglês, nome (s) do (s) autor (s), resumo, descritores, introdução e revisão de literatura, proposição, relato de caso, discussão, conclusões, abstract, descriptors, referencias.2.3- Artigos de revisão. Título em português e inglês, nome (s) do (s) autor (s), resumo, descritores, introdução, revisão de literatura, proposição, discussão, conclusões, abs-tract, descriptors, referencias.2.4- Editorial. Opinião comentada do corpo editorial sobre assuntos relevantes ao conteúdo da revista.

3- Normas gerais:3.1- Os originais deverão ser enviados para SOBRALOR-Revista de Odontologia- Rua Augusta, 1916- CEP: 01412-001- São Paulo, SP- Brasil.3.2- Os trabalhos para publicação devem ser inéditos, não sendo permitida sua apre-sentação simultânea em outro periódico.3.3- A SOBRALOR- Revista de Odontologia receberá trabalhos redigidos em portu-guês, sendo os textos de inteira responsabilidade dos autores. A redação deve ser clara e precisa, evitando-se trechos obscuros, incoerentes e ambiguidades.3.4- Todos os artigos apresentados para publicação serão previamente submetidos à apreciação do Conselho Editorial ou de outros consultores especializados no assun-to. Quando aceitos, poderão estar sujeitos a correções ou modifi cações, sem alterar o estilo do autor. Quando recusados, os artigos serão devolvidos com a justifi cativa do Coordenador científi co.3.5- A SOBRALOR- Revista de Odontologia passa a deter os direitos autorais exclusi-vos sobre o seu conteúdo, podendo autorizar ou desautorizar a suaĎveiculação, total ou parcial, em qualquer meio de comunicação. Os autores deverão enviar em folha à parte uma declaração de transferência de direitos autorais, sendo esta contendo a assinatura de todos os autores do artigo.Declaração:Eu (nós), [nome do (s) autor(es)], autor(es) do trabalho intitulado [título do trabalho], o qual submeto (emos) a apreciação da SOBRALOR- Revista de Odontologia para nela ser publicado, declaro (amos) concordar que os direitos autorais referentes ao cita-do trabalho torne-se propriedade exclusiva da SOBRALOR- Revista de Odontologia desde a data de sua submissão, sendo vedada qualquer reprodução, total ou parcial, em qualquer outra parte ou meio de divulgação de qualquer natureza, sem que a prévia e necessária autorização seja solicitada e obtida junto a SOBRALOR- Revista de Odon-tologia. No caso de não aceitação do trabalho, a transferência de direitos autorais será automaticamente revogada, sendo feita a devolução do citado trabalho pela SOBRA-LOR- Revista de Odontologia. [Data e assinatura].

4- Apresentação dos artigos:Os originais deverão ser redigidos de acordo com o estilo Van-couver.4.1- Os originais deverão ser digitados em Word ou Windons na fonte arial tamanho 12 em folhas de tamanho A4, com espaço 1,5 cm e margem de 2cm de cada um dos lados da folha, tinta preta, páginas numeradas no canto superior direito, devendo apresentar um máximo de 20 laudas, incluindo texto principal e referências biblio-gráfi cas. Tabelas, gráfi cos e ilustrações poderão ser incorporadas ao texto desde com suas respectivas legendas. Encaminhar a SOBRALOR- Revista de Odontologia cópia do trabalho gravada em disquete ou CD rom, sempre acompanhada de 2 cópias em papel, sem nenhuma identifi cação dos autores. Em folha à parte deve constar o título do trabalho, nome completo dos autores, suas titulações mais importantes, endereço principal para correspondência e e-mail.4.2- Os elementos que fazem parte do texto devem ser apresentados como se segue:Primeira pagina:a- Título e subtítulo (português/ inglês): sintético e objetivo.b- Especifi cação: revisão de literatura, relato de caso. c- Nome dos autores por extenso na ordem a serpublicada, contendo sua titulação e instituiçãovinculada. d- Endereço principal e e-mail para correspondência.Demais páginas:a- Título e Subtítulo (português/ inglês).b- Resumo e Abstract: deve possibilitar o leitor avaliar o interesse pelo artigo, fornecen-do uma visão clara e concisa do trabalho, suas conclusões signifi cativas e contribuição. Deve ter no máximo 250 palavras.

c- Descritores/descriptors: palavras ou expressões que defi nem o contudo do artigo.d- Texto: conforme características individuais de cada trabalho.- Revisão de literatura: deve ser pertinente envolvendo os artigos clássicos e atuais.- Relato de Caso: com informações claras e sufi cientes para bom entendimento, ilus-trado com fotos. Enviar com o trabalho autorização do paciente/ responsável para di-vulgação do caso clínico.- Material e Método: identifi car os métodos, equipamentos e procedimentos em deta-lhes sufi cientes que permita outros pesquisadores reproduzir os resultados.- Resultados: resultados obtidos no trabalho. Pode ser apresentado junto com a dis-cussão.- Discussão: Enfatizar os aspectos novos e importantes do estudo. Relatar observações de outros estudos relevantes e relacioná-los ao conhecimento já existente.- Conclusões: pertinentes aos objetivos propostos. e- Agradecimentos: se houver. f- Referências Bibliográfi cas: ordenadas alfabeticamente, segundo as normas de Van-couver.* Deverá ser citado pelos autores se a pesquisa recebeu alguma fonte de fi nanciamento. Nos casos afi rmativos, deve-se comprovar este fi nanciamento através de cópias dos documentos em questão.

5- Tabelas, quadros, imagens:5.1- As ilustrações (quadros, desesenhos, gráfi cos) deverão ser construídas em pro-grama apropriado como Word, Excel, Corel ou outros fornecidos em formato digital juntamente com o disquete do artigo. As tabelas, gráfi cos e fi guras deverão estar nume-rados consecutivamente em algarismos arábicos e estar citados no texto.5.2- As fotografi as deverão ser fornecidas em slides ou cromos originais, não digitali-zados, com cópias numeradas e com o nome do artigo, não contendo nenhuma forma de identifi cação dos autores. Estes deverão ter uma cópia deste material caso ocorra extravio.5.3- Câmeras digitais: para uma impressão de qualidade é necessária resolução entre 240 e 300 pixeis por polegada. A câmara deve produzir um tamanho de imagem de 3900x 5400 pixeis. Os mesmos deverão ser gravados em CD-ROM, com cópia e en-viadas separadamente do texto.

6- Exemplos para referência bibliográfi ca:6.1- Artigo de periódico:Amantéa DV, Emõd R, Campolongo G. Microterapia Celular e Microcorrente no Tratamento de DTM. SOBRALOR. Sociedade Brasileira de Estudo da Lesão Oro-facial 2004; 1:9-11.Lund JP, Donga R, Widmer CG, Stohler CS. Th e pain-adaptation model: a discusión of the relationship between chronic musculoskeletal pain and motor activity. Can J Physiol Pharmacol 1991; 69:683-94.* Artigos com mais de seis autores:Ono I, Ohura T, Narumi E, Kawashima L, Nakamura IR, Orawa LL et al. Th ree-di-mensional analysis of craniofacial bones. J Craniomaxillofac Surg 2000; 20:49-60.6.2- Artigo em suporte eletrônico: Sitnoveter E. O uso da toxina botulínica na para-lisia iatrogênica do VII par craniano. In: XII Congresso Internacional de Medicina Estética [on line]. [citado 2002 nov 24]. Disponível em: URL: http://www.sbme.org.br/revista3/p28.htm.6.3. Livro:Barros T E P, Santos O B D. Linguagem de Cabeça e Pescoço. São Paulo: Plêiade; 2001. p.l5.6.4- Capítulo de livro:Rosenbauer A K, Engelhardt J P, Koch H, Stüttgen U. Articulação Temporomandi-bular. In: Anatomia clínica de cabeça e pescoço aplicada à odontologia. Porto Alegre: ARTMED; 2001. p. 98 - 108.6.5- Tese e dissertações:Chiao Yi L. Relação da postura corporal com a disfunção da articulação temporoman-dibular: hiperatividade dos músculos da mastigação [tese]. São Paulo: Universidade Federal de São Paulo; 2002.

7- Aspectos Éticos e Legais:7.1- Deve ser evitado o uso de iniciais, nome ou número de registro de pacientes.7.2- O paciente não poderá ser identifi cado em fotografi as, a menos que dê seu consen-timento, por escrito, que deve acompanhar o trabalho original.7.3- Estudos realizados in vivo devem ser acompanhados de avaliação e aprovação por escrito do Comité de Ética em Pesquisa das instituições onde foram realizados os trabalhos.7.4- A revista reserva-se ao direito de não publicar trabalhos que não obedeçam a essas e outras normas legais e éticas explicitadas nas diretrizes internacionais para pesquisas em seres humanos, que incluem a aprovação do trabalho proposto pela Comissão de Ética do estabelecimento onde o mesmo foi realizado e consentimento do paciente, dado livremente, depois de devidamente assinado.

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