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 Leitura e Produção de Textos Estrutura básica do texto dissertativo-argumentativo

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Leitura e Produção de Textos

Estrutura básica do texto

dissertativo-argumentativoProfª Cristiane Fuzer

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1) Identificar o contexto de situação (campo, relações emodo) em que se insere o texto;

2) Marcar as palavras-chave ao longo do texto paradepreender o TEMA;

3) Buscar marcas linguísticas do posicionamento do autor 

para depreender a TESE (ideia principal):- índices de avaliação (positiva e negativa);

- modalizadores (possibilidade, certeza, necessidade,

obrigação);

- quantificadores (totalidade e parcialidade).

4) Identificar informações que sirvam de ARGUMENTOSpara fundamentar a Tese.

Passos básicos para a interpretação de textos

dissertativo-argumentativos:

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1) Identificar o contexto de situação em que se insere otexto:

CAMPO:

RELAÇÕES:

MODO:

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2) Marcar as palavras-chave recorrentes no

texto para depreender o TEMA

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A Era do Administrador 

Por que os Estados Unidos são o país mais bem-

sucedido do mundo? Porque são um país que resolveu oproblema da miséria e da estagnação econômica, aocontrário do Brasil?

O segredo americano, e que você jamais encontrará

em nenhum livro de economia, é que os Estados Unidos sãoum país bem administrado, um país administrado por profissionais.

Dezenove por cento dos graduados de universidadesamericanas são formados em administração.Administração é a profissão mais frequente e, portanto, aque dá o tom ao restante da nação.

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Infelizmente, o Brasil nunca foi bem administrado.Sempre fomos administrados por profissionais de outrasáreas, desde nossas empresas até o governo. Atérecentemente, tínhamos somente quatro cursos de pós-graduação em administração, um absurdo!

De 1832 a 1964 a profissão mais frequente no Brasilera a de advogado, e foi essa a profissão que exerceu amaior influência no país, tanto que nos deu a maioria denossos presidentes até 1964. A revolução de 1964 acabou

com a era do advogado e a legalidade, e tivemos a era doeconomista, que perdura até hoje.

Nos próximos dez anos isso lentamente mudará. O

Brasil já tem 2.300 cursos de administração, contra 350 em1994. Estamos logo depois dos Estados Unidos e da Índia.Administração  já é hoje a profissão mais frequente

deste país, com 18% dos formandos. Antes, nossos gênios

escolhiam medicina, direito e engenharia. Agora escolhemmedicina, administração e direito, nessa ordem.

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Há dez anos tínhamos apenas 200.000

administradores, e só 5% das empresas contavam com umprofissional para tocá-las. O resto era dirigido por "empresários" que aprendiam administração no tapa. Por isso, até hoje 50% das empresas brasileiras quebram nos

dois primeiros anos e metade de nosso capital inicial vira pó.O que o aumento da participação dos

administradores na gestão das empresas significará para oBrasil? Uma nova era muito promissora. Finalmente seremosadministrados por profissionais, e não por amadores.Daqui para a frente, 75% das empresas não quebrarão nosprimeiros quatro anos de vida, e nossos investimentos

gerarão empregos, e não falências.Em 2010, teremos 2 milhões de administradoresformados, e se cada um empregar vinte pessoas haverá 40milhões de empregos novos. Será o fim da exclusão social.

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Administradores nunca foram ouvidos por políticos edeputados nem concorriam a cargos públicos. Em 2010, émuito provável que teremos nosso primeiro presidente daRepública formado em administração. Por incrível que

pareça, nunca tivemos um executivo no Executivo.Muitos de nossos ministros e governantes aprendiamadministração no próprio cargo, errando a um custo socialimenso para a nação. Foi-se o tempo em que o mundo era

simples e não havia necessidade de ter um curso deadministração para ser um bom administrador.

Em 2006, o candidato da oposição que demonstrar boacapacidade gerencial será um forte candidato à sucessão deLula. João Paulo Cunha, do PT, já o alertou de que, "se houver um bom administrador , ele conquistará o eleitorado daperiferia".

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Não quero exagerar a importância dos

administradores, mas somente lembrar que eles são o eloque faltava. Ordem não gera progresso, estabilidadeeconômica não gera crescimento de forma espontânea,sempre há a necessidade de um catalisador.

Não será uma transição fácil, pois as classesdominantes não aceitam dividir o poder que têm. Há muitagente interessada em manter essa bagunça e desorganização,

como vivem denunciando Luiz Nassif, Arnaldo Jabor e JoséSimão. Gente que é contra supervisão, eficiência eorganização.

Administradores têm pouco espaço na imprensa para

defender suas idéias e soluções. Em pleno século XXI, sou umdos raros administradores com uma coluna na grandeimprensa brasileira, e mesmo assim mensal. Peter Drucker háquarenta anos tem uma coluna semanal em dezenas de

 jornais americanos, ele e mais trinta gurus da administração.

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Administradores têm outra forma de encarar omundo. Eles lutam para criar a riqueza que ainda não temos.Economistas e intelectuais lutam para distribuir a poucariqueza que conseguimos criar, o que só tem gerado mais

impostos e mais pobreza.Se esses 2 milhões de  jovens administradores quevêm por aí ocuparem o espaço político que merecem,seremos finalmente um país bem administrado, com 500

anos de atraso. Desejo a todos coragem e boa sorte.

Stephen Kanitz é administrador por Harvard (www.kanitz.com.br )Editora Abril, Revista Veja, edição 1886, ano 38, nº 1, 5 de janeiro de 2005, página

21. Com adaptações.

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3) Buscar marcas linguísticas do posicionamento doautor para depreender a TESE (ideia principal):

- índices de avaliação (positiva e negativa);- modalizadores (possibilidade, certeza,

necessidade, obrigação);

- quantificadores (totalidade e parcialidade).

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A Era do Administrador 

Por que os Estados Unidos são o país mais bem-

sucedido do mundo? Porque são um país que resolveu oproblema da miséria e da estagnação econômica, aocontrário do Brasil?

O segredo americano, e que você jamais encontrará

em nenhum livro de economia, é que os Estados Unidos sãoum país bem administrado, um país administrado por profissionais.

Dezenove por cento dos graduados de universidadesamericanas são formados em administração. Administração éa profissão mais frequente e, portanto, a que dá o tom aorestante da nação.

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Infelizmente, o Brasil nunca foi bem administrado.Sempre fomos administrados por profissionais de outrasáreas, desde nossas empresas até o governo. Atérecentemente, tínhamos somente quatro cursos de pós-graduação em administração, um absurdo!

De 1832 a 1964 a profissão mais frequente no Brasilera a de advogado, e foi essa a profissão que exerceu amaior influência no país, tanto que nos deu a maioria denossos presidentes até 1964. A revolução de 1964 acabou

com a era do advogado e a legalidade, e tivemos a era doeconomista, que perdura até hoje.

Nos próximos dez anos isso lentamente mudará. OBrasil já tem 2.300 cursos de administração, contra 350 em1994. Estamos logo depois dos Estados Unidos e da Índia.

 Administração já é hoje a profissão mais frequentedeste país, com 18% dos formandos. Antes, nossos gênios

escolhiam medicina, direito e engenharia. Agora escolhemmedicina, administração e direito, nessa ordem.

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Há dez anos tínhamos apenas 200.000

administradores, e só 5% das empresas contavam com umprofissional para tocá-las. O resto era dirigido por "empresários" que aprendiam administração no tapa. Por isso, até hoje 50% das empresas brasileiras quebram nos

dois primeiros anos e metade de nosso capital inicial vira pó.O que o aumento da participação dos administradores

na gestão das empresas significará para o Brasil? Uma novaera muito promissora. Finalmente seremos administrados

por profissionais, e não por amadores. Daqui para a frente,75% das empresas não quebrarão nos primeiros quatro anosde vida, e nossos investimentos gerarão empregos, e não

falências.Em 2010, teremos 2 milhões de administradoresformados, e se cada um empregar vinte pessoas haverá 40milhões de empregos novos. Será o fim da exclusão social.

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 Administradores nunca foram ouvidos por políticos edeputados nem concorriam a cargos públicos. Em 2010, émuito provável que teremos nosso primeiro presidente daRepública formado em administração. Por incrível que pareça,

nunca tivemos um executivo no Executivo.Muitos de nossos ministros e governantes aprendiamadministração no próprio cargo, errando a um custo socialimenso para a nação. Foi-se o tempo em que o mundo era

simples e não havia necessidade de ter um curso deadministração para ser um bom administrador.

Em 2006, o candidato da oposição que demonstrar boacapacidade gerencial será um forte candidato à sucessão deLula. João Paulo Cunha, do PT, já o alertou de que, "se houver um bom administrador, ele conquistará o eleitorado daperiferia".

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Não quero exagerar  a importância dos

administradores, mas somente lembrar que eles são o elo quefaltava. Ordem não gera progresso, estabilidade econômicanão gera crescimento de forma espontânea, sempre há anecessidade de um catalisador.

Não será uma transição fácil, pois as classesdominantes não aceitam dividir o poder que têm. Há muitagente interessada em manter essa bagunça edesorganização, como vivem denunciando Luiz Nassif,

 Arnaldo Jabor e José Simão. Gente que é contra supervisão,eficiência e organização.

 Administradores têm pouco espaço na imprensa para

defender suas ideias e soluções. Em pleno século XXI, sou umdos raros administradores com uma coluna na grandeimprensa brasileira, e mesmo assim mensal. Peter Drucker háquarenta anos tem uma coluna semanal em dezenas de

 jornais americanos, ele e mais trinta gurus da administração.

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 Administradores têm outra forma de encarar omundo. Eles lutam para criar a riqueza que ainda não temos.Economistas e intelectuais lutam para distribuir a poucariqueza que conseguimos criar, o que só tem gerado mais

impostos e mais pobreza.Se esses 2 milhões de jovens administradores quevêm por aí ocuparem o espaço político que merecem,seremos finalmente um país bem administrado, com 500

anos de atraso. Desejo a todos coragem e boa sorte.

Stephen Kanitz é administrador por Harvard (www.kanitz.com.br )Editora Abril, Revista Veja, edição 1886, ano 38, nº 1, 5 de janeiro de 2005, página

21. Com adaptações.

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A Era do Administrador 

Por que os Estados Unidos são o país mais bem-

sucedido do mundo? Porque são um país que resolveu oproblema da miséria e da estagnação econômica, aocontrário do Brasil?

O segredo americano, e que você  jamais encontrará

em nenhum livro de economia, é que os Estados Unidos sãoum país bem administrado, um país administrado por profissionais.

Dezenove por cento dos graduados de universidadesamericanas são formados em administração. Administração éa profissão mais frequente e, portanto, a que dá o tom aorestante da nação.

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Infelizmente, o Brasil nunca foi bem administrado.Sempre fomos administrados por profissionais de outrasáreas, desde nossas empresas até o governo. Atérecentemente, tínhamos somente quatro cursos de pós-graduação em administração, um absurdo!

De 1832 a 1964 a profissão mais frequente no Brasilera a de advogado, e foi essa a profissão que exerceu amaior influência no país, tanto que nos deu a maioria denossos presidentes até 1964. A revolução de 1964 acabou

com a era do advogado e a legalidade, e tivemos a era doeconomista, que perdura até hoje.

Nos próximos dez anos isso lentamente mudará. OBrasil já tem 2.300 cursos de administração, contra 350 em1994. Estamos logo depois dos Estados Unidos e da Índia.

 Administração já é hoje a profissão mais frequentedeste país, com 18% dos formandos. Antes, nossos gênios

escolhiam medicina, direito e engenharia. Agora escolhemmedicina, administração e direito, nessa ordem.

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Há dez anos tínhamos apenas 200.000administradores, e só 5% das empresas contavam com umprofissional para tocá-las. O resto era dirigido por "empresários" que aprendiam administração no tapa. Por isso,até hoje 50% das empresas brasileiras quebram nos dois

primeiros anos e metade de nosso capital inicial vira pó.O que o aumento da participação dos administradoresna gestão das empresas significará para o Brasil? Uma novaera muito promissora. Finalmente seremos administrados por 

profissionais, e não por amadores. Daqui para a frente, 75%das empresas não quebrarão nos primeiros quatro anos devida, e nossos investimentos gerarão empregos, e não

falências.Em 2010, teremos 2 milhões de administradoresformados, e se cada um empregar vinte pessoas haverá 40milhões de empregos novos. Será o fim da exclusão social.

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 Administradores nunca foram ouvidos por políticos e

deputados nem concorriam a cargos públicos. Em 2010, émuito provável que teremos nosso primeiro presidente daRepública formado em administração. Por incrível que pareça,

nunca tivemos um executivo no Executivo.Muitos de nossos ministros e governantes aprendiamadministração no próprio cargo, errando a um custo socialimenso para a nação. Foi-se o tempo em que o mundo era

simples e não havia necessidade de ter um curso deadministração para ser um bom administrador.

Em 2006, o candidato da oposição que demonstrar boacapacidade gerencial será um forte candidato à sucessão deLula. João Paulo Cunha, do PT, já o alertou de que, "se houver um bom administrador, ele conquistará o eleitorado daperiferia".

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Não quero exagerar a importância dos administradores,

mas somente lembrar que eles são o elo que faltava. Ordemnão gera progresso, estabilidade econômica não geracrescimento de forma espontânea, sempre há a necessidadede um catalisador.

Não será uma transição fácil, pois as classesdominantes não aceitam dividir o poder que têm. Há muitagente interessada em manter essa bagunça e desorganização,como vivem denunciando Luiz Nassif, Arnaldo Jabor e JoséSimão. Gente que é contra supervisão, eficiência eorganização.

 Administradores têm pouco espaço na imprensa para

defender suas ideias e soluções. Em pleno século XXI, souum dos raros administradores com uma coluna na grandeimprensa brasileira, e mesmo assim mensal. Peter Drucker háquarenta anos tem uma coluna semanal em dezenas de

 jornais americanos, ele e mais trinta gurus da administração.

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 Administradores têm outra forma de encarar o mundo.Eles lutam para criar a riqueza que ainda não temos.Economistas e intelectuais lutam para distribuir a poucariqueza que conseguimos criar, o que só tem gerado mais

impostos e mais pobreza.Se esses 2 milhões de jovens administradores quevêm por aí ocuparem o espaço político que merecem,seremos finalmente um país bem administrado, com 500 anos

de atraso. Desejo a todos coragem e boa sorte.

Stephen Kanitz é administrador por Harvard (www.kanitz.com.br )Editora Abril, Revista Veja, edição 1886, ano 38, nº 1, 5 de janeiro de 2005, página

21. Com adaptações.

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4) Identificar informações que sirvam de

ARGUMENTOS para fundamentar a Tese.

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Risco de vidaUm educado leitor escreve para estranhar que este jornal utilize a

expressão risco de vida, alegando que um professor de renome já corrigiueste equívoco de uma vez por todas: “É risco de morte, pois só pode

correr risco de vida um morto que está em condições de ressuscitar”. Sintodizer-te, meu polido leitor, mas não é bem assim que funciona. Aexperiência me ensinou a suspeitar, de antemão, de tais “descobertas”adventícias, feitas por essas autoridades que aparecem para me anunciar,com aquele olhar esgazeado do homem que viu a bomba, que eu estivecego e surdo todo esse tempo. Talvez não saibas, mas o Brasil assisteagora a uma nova safra desses Antônios Conselheiros da gramática: voltae meia, aparece um maluco disposto a reinventar a roda e a encontrar “erros” no Português que já era falado pela avó da minha bisavó e pelos

demais antepassados – incultos, cultos ou cultíssimos. O que essesfanáticos não sabem (até porque, em sua grande maioria, pouco estudotêm de Lingüística e de Gramática) é que, mesmo que a forma que elesdefendem seja aceitável, a outra, que eles condenam, já existia muito

antes do dia em que eles próprios vieram a este mundo para nosincomodar.

1. Como identificar o TEMA do texto?

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Os falantes de Português sempre interpretaram esta expressãocomo a forma elíptica de “risco de perder a vida”. Ao longo dos

séculos, todos os que a empregaram e todos os que a ouviram sabiamexatamente do que se tratava: pôr a vida em risco, arriscar a vida.Assim aparece na Corte na Aldeia, de Francisco Rodrigues Lobo; nasDécadas, de João de Barros; em Machado (“Salvar uma criança comrisco da própria vida...”, Quincas Borba); em Joaquim Nabuco; em Alencar; em Coelho Neto; em Camilo Castelo Branco e Eça de Queirós;na Bíblia, traduzida por João Ferreira de Almeida no século 17 (“Aindaque cometesse mentira a risco de minha vida, nem por isso coisanenhuma se esconderia ao rei”, II Samuel 18:13); e assim por diante.

 Além disso, nossas leis falam em “gratificação por  risco de vida”, oCódigo de Ética Médico fala de “iminente risco de vida” e o dicionáriodo Houaiss, no verbete “risco”, exemplifica com risco de vida. E agora,meu caro leitor? Achas mesmo que o teu renomado professor, se

pudesse entrar em contato com o espírito de Machado ou Eça, teria acoragem de dizer-lhes nas barbas que eles tinham errado durante toda asua vida literária – e que ele estava só esperando a oportunidade paradizer o mesmo para Camilo Castelo Branco, Joaquim Nabuco e outrosescritores que não tinham tido a sorte de estudar na mesma gramáticaem que ele estudou?

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Nota, porém, que a defesa que faço do risco de vida não implica acondenação do risco de morte, que também tem seus adeptos – entreeles, o padre Manuel Bernardes e o mesmo Camilo Castelo Branco, que,nesta questão, acendia uma vela ao santo e outra ao diabo. Na maioria dasvezes, seu emprego parece obedecer a um critério sutilmente diferente,

pois esta forma vem freqüentemente adjetivada (risco de morte súbita, demorte precoce, de morte indigna) ou sugere uma estrutura verbalsubjacente (risco de morte por afogamento, de morte por paradarespiratória, de morte no 1° ano de vida, etc.) – ficando evidente a

impossibilidade de optar por risco de vida nessas duas situações. Comose vê, somos obrigados a reconhecer que também (0) é moeda boa, delivre curso no país, a única a ser usada em determinadas construções –mas (0) não é um substituto obrigatório do consagradíssimo risco de vida. Aliás, a disputa entre as duas formas não é privilégio nosso, pois ocorretambém no Inglês (risk of life, risk of death), no Espanhol (riesgo de vida,riesgo de muerte) e no Francês (risque de vie, risque de mort).

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O equívoco da renomada (famigerada?) autoridade que

mencionas, prezado leitor, foi acreditar ingenuamente que a nossalíngua existe para expressar nosso pensamento, (0) devendo,portanto, obedecer aos critérios da lógica – teoria que andou muito emvoga lá pelo final do século 18 e que foi abandonada junto com a

tabaqueira de rapé e o chapéu de três bicos. Por este raciocínio, seenterro um prego na madeira e enfio a linha na agulha, não poderiaenterrar o chapéu na cabeça e enfiar o sapato no pé (e sim a cabeçano chapéu e o pé no sapato); um líquido ótimo para baratas deveriadeixá-las alegres e robustas, e não matá-las. A língua não pode estar 

submetida à lógica porque é incomensuravelmente maior do que ela, já que lhe cabe também exprimir as emoções, as fantasias, asincertezas e as ambigüidades que recheiam o animal humano. OPortuguês atual, portanto, é o produto dessa riquíssima mistura,

sedimentada ao longo de séculos de uso e aprovada por esseplebiscito gigantesco de 900 anos, que deve ser ouvido com respeito enão pode ser alterado por deduções arrogantes e superficiais.

Língua = inclui “risco de vida” e “risco de morte”

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Risco de vidaUm educado leitor escreve para estranhar que este jornal utilize aexpressão risco de vida, alegando que um professor de renome jácorrigiu este equívoco de uma vez por todas: “É risco de morte, pois só

pode correr risco de vida um morto que está em condições de ressuscitar”.Sinto dizer-te, meu polido leitor, mas não é bem assim que funciona. Aexperiência me ensinou a suspeitar , de antemão, de tais “descobertas”adventícias, feitas por essas autoridades que aparecem para meanunciar, com aquele olhar esgazeado do homem que viu a bomba, que

eu estive cego e surdo todo esse tempo. Talvez não saibas, mas o Brasilassiste agora a uma nova safra desses Antônios Conselheiros dagramática: volta e meia, aparece um maluco disposto a reinventar a rodae a encontrar “erros” no Português que já era falado pela avó da minha

bisavó e pelos demais antepassados – incultos, cultos ou cultíssimos. Oque esses fanáticos não sabem (até porque, em sua grande maioria,pouco estudo têm de Lingüística e de Gramática) é que, mesmo que aforma que eles defendem seja aceitável, a outra, que eles condenam, jáexistia muito antes do dia em que eles próprios vieram a este mundo paranos incomodar .

2. Como identificar a TESE do texto? Índices deavaliação

M d li d Q tifi d

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Os falantes de Português sempre interpretaram esta expressão

como a forma elíptica de “risco de perder a vida”. Ao longo dos séculos,todos os que a empregaram e todos os que a ouviram sabiam exatamentedo que se tratava: pôr a vida em risco, arriscar a vida. Assim aparece naCorte na Aldeia, de Francisco Rodrigues Lobo; nas Décadas, de João deBarros; em Machado (“Salvar uma criança com risco da própria vida...”,Quincas Borba); em Joaquim Nabuco; em Alencar; em Coelho Neto; emCamilo Castelo Branco e Eça de Queirós; na Bíblia, traduzida por JoãoFerreira de Almeida no século 17 (“Ainda que cometesse mentira a risco deminha vida, nem por isso coisa nenhuma se esconderia ao rei”, II Samuel

18:13); e assim por diante. Além disso, nossas leis falam em “gratificaçãopor risco de vida”, o Código de Ética Médico fala de “iminente risco de vida”e o dicionário do Houaiss, no verbete “risco”, exemplifica com risco de vida.E agora, meu caro leitor? Achas mesmo que o teu renomado professor, se

pudesse entrar em contato com o espírito de Machado ou Eça, teria acoragem de dizer-lhes nas barbas que eles tinham errado durante toda asua vida literária – e que ele estava só esperando a oportunidade para dizer o mesmo para Camilo Castelo Branco, Joaquim Nabuco e outros escritoresque não tinham tido a sorte de estudar na mesma gramática em que eleestudou?

Modalizadores Quantificadores

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Nota, porém, que a defesa que faço do risco de vida nãoimplica a condenação do risco de morte, que também tem seusadeptos  – entre eles, o padre Manuel Bernardes e o mesmo Camilo

Castelo Branco, que, nesta questão, acendia uma vela ao santo e outraao diabo. Na maioria das vezes, seu emprego parece obedecer a umcritério sutilmente diferente, pois esta forma vem freqüentementeadjetivada (risco de morte súbita, de morte precoce, de morte indigna)ou sugere uma estrutura verbal subjacente (risco de morte por afogamento, de morte por parada respiratória, de morte no 1° ano devida, etc.) – ficando evidente a impossibilidade de optar por risco devida nessas duas situações. Como se vê, somos obrigados areconhecer que também é moeda boa, de livre curso no país, a única

a ser usada em determinadas construções – mas não é umsubstituto obrigatório do consagradíssimo risco de vida. Aliás, adisputa entre as duas formas não é privilégio nosso, pois ocorretambém no Inglês (risk of life, risk of death), no Espanhol (riesgo de

vida, riesgo de muerte) e no Francês (risque de vie, risque de mort).

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5/16/2018 Slides Tema, Tese, Argumentos - slidepdf.com

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O equívoco da renomada (famigerada?) autoridade quemencionas, prezado leitor, foi acreditar  ingenuamente que a nossalíngua existe para expressar nosso pensamento, devendo, portanto,

obedecer aos critérios da lógica – teoria que andou muito em voga lápelo final do século 18 e que foi abandonada junto com a tabaqueirade rapé e o chapéu de três bicos. Por este raciocínio, se enterro umprego na madeira e enfio a linha na agulha, não poderia enterrar ochapéu na cabeça e enfiar o sapato no pé (e sim a cabeça no chapéue o pé no sapato); um líquido ótimo para baratas deveria deixá-lasalegres e robustas, e não matá-las. A língua não pode estar submetida à lógica porque é incomensuravelmente maior  do queela, já que lhe cabe também exprimir as emoções, as fantasias, as

incertezas e as ambigüidades que recheiam o animal humano. OPortuguês atual, portanto, é o produto dessa riquíssima mistura,sedimentada ao longo de séculos de uso e aprovada por esseplebiscito gigantesco de 900 anos, que deve ser ouvido com

respeito e não pode ser alterado por  deduções arrogantes esuperficiais.

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