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Gerenciamento de Riscos Módulo I Aula de 11/04/2015 Prof. João Paulo Seno [email protected] FACULDADE PITÁGORAS DE UBERLÂNDIA CURSO DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO TURMAS PST16 1 Objetivos do módulo Discutir o conceito de risco de maneira ampla, inclusive como medi-lo; Discutir o gerenciamento do risco – o que podemos fazer; Apresentar um conjunto de técnicas de apoio ao gerenciamento de riscos; Discutir o controle e prevenção de perdas; Discutira elaboração de um plano para o gerenciamento de riscos a partir da ISO 31000. 2

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Gerenciamento de riscos conforme NBR 31000

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  • Gerenciamento de RiscosMdulo I

    Aula de 11/04/2015

    Prof. Joo Paulo [email protected]

    FACULDADE PITGORAS DE UBERLNDIACURSO DE ENGENHARIA DE SEGURANA DO TRABALHOTURMAS PST16

    1

    Objetivos do mdulo

    Discutir o conceito de risco de maneira ampla, inclusive como medi-lo;

    Discutir o gerenciamento do risco o que podemos fazer;

    Apresentar um conjunto de tcnicas de apoio ao gerenciamento de riscos;

    Discutir o controle e preveno de perdas;

    Discutira elaborao de um plano para o gerenciamento de riscos a partir da ISO 31000.

    2

  • Contedo programtico do mdulo

    Apresentao;

    Conceituao e evoluo histrica: definio de gerenciamento de riscos e outros termos utilizados;

    Natureza dos riscos;

    Inspeo de riscos;

    Tcnicas de anlise e avaliao de riscos: Anlise Preliminar de Riscos (APR);

    What-If;

    Sries de riscos;

    Checklist;

    What-If/Checklist;

    Tcnicas de incidentes crticos;3

    Contedo programtico do mdulo

    Tcnicas de anlise e avaliao de riscos (cont.): Anlise de modos de falha e efeitos (AMFE).

    Tcnicas de Anlise e Avaliao de Riscos (continuao e concluso).

    Anlise de rvore de falhas;

    Estudo de Operabilidade e Riscos (HAZOP).

    Avaliao quantitativa x qualitativa de riscos;

    Confiabilidade de sistemas e equipamentos;

    Teoria da Perspectiva e Teoria Cultural do Risco;

    Preveno e controle de perdas;

    Plano de gerenciamento de riscos.4

  • Avaliao

    Atividades em sala de aula - Peso: 50%;

    Trabalho individual - Peso: 30%;

    Participao em sala de aula - Peso: 20%.

    Nota mnima para aprovao: 70,0

    Frequncia mnima para aprovao: 75%

    5

    Referncias bibliogrficas1. ADAMS, J. Risco. Editora Senac, So Paulo, 2009.

    2. ARAJO, W. T. Segurana no Trabalho. Editora DCL, So Paulo, 2013.

    3. BERNSTEIN, P. L. Desafio aos Deuses: A fascinante Histria do Risco, 2 ed. Editora Campus, Rio de Janeiro, 1997.

    4. SOUZA, C. R. C. Anlise e Gerenciamento de Riscos de Processos Industriais. Universidade Federal Fluminense. Disponvel em: http://www.areaseg.com/bib/12 -Arquivos_Diversos/Apostila_de_Gerenciamento_de_Riscos.pdf, acesso em 07/01/2014.

    5. TALEB, N. N. A Lgica do Cisne Negro. Editora Best Seller, So Paulo: 2008.

    6. Normas Regulamentadoras NR 1 a 37 (mais especificamente as NR 4, 5, 6, 9 e 36).

    7. Norma NBR 31000/2009 Gesto de Riscos Princpios e Diretrizes.6

  • Risco

    7

    O que risco?

    Discusso preliminar: O que risco pra vocs?

    Tempo: 10 minutos;

    Atividade: Numa folha de papel A4, identificada, coloquem sua prpria definio de risco.

    8

  • O que risco?

    Para Adams (2009),

    todas as pessoas so verdadeiras especialistas em risco no sentido original do termo, uma vez que fomos treinados pela prtica e pela experincia a gerenciar o risco. Todas as pessoas tm uma contribuio vlida a

    fazer numa discusso sobre esse assunto

    9

    O risco onipresente

    Veja a manchete abaixo, de uma pgina de notcias na Internet, em 10 e 11/04:

    Exerccio: Quando estiver navegando na Internet, observe o risco envolvido nas notcias.

    10

  • Risco x Incerteza

    Classificao tcnica existente na literatura sobre risco;

    Se voc no sabe ao certo o que acontecer, mas conhece as probabilidades, isso risco e

    Se voc no conhece nem mesmo as probabilidades, incerteza.

    Nas discusses no tcnicas, esta distino perde, com frequncia, sua nitidez.

    11

    A reao ao risco

    Breve discusso:

    Como voc reage ao risco?

    12

  • A reao ao risco

    Todos tm propenso a correr riscos;

    Essa propenso varia de um indivduo para outro;

    Essa propenso influenciada pelas possveis recompensas obtidas quando se corre um risco;

    As percepes do risco so influenciadas pela experincia de perda em acidentes perdas prprias e das pessoas prximas;

    13

    A reao ao risco

    As decises individuais relativas a correr riscos apresentam um ato de equilbrio no qual as percepes do risco so ponderadas em relao propenso de correr riscos;

    As perdas por acidentes so, por definio, consequncia da atitude de correr riscos, pois, quanto mais riscos um indivduo corre, maior, em mdia, sero as recompensas e tambm as perdas em que ele incorre.

    14

  • Risco algo sobre o futuro

    Logo, sempre estaremos fazendo previses;

    E quando falamos em previses, sabemos que sempre vamos errar!

    Temos tambm a questo da preciso, que a diferena entre estas previses e o que realmente acontece.

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    Risco em Segurana do Trabalho

    Geralmente, para a segurana do trabalho, encontramos as seguinte definies para risco:

    Combinao da probabilidade da ocorrncia e da(s) consequncia(s) de um determinado evento perigoso;

    Incerteza quanto a ocorrncia de determinado evento (no caso, um acidente);

    A chance de perda ou perdas que uma empresa pode sofrer por causa de um acidente ou srie de acidentes;

    16

  • Nomenclatura De uma forma mais precisa, considerando os termos

    em ingls utilizados na literatura:

    Perigo (Hazard): uma ou mais condies de uma varivel com potencial suficiente para causar danos. Esses danos podem ser entendidos como leses a pessoas, danos equipamentos ou estruturas , perda de material em processo, ou reduo da capacidade de desempenho de uma funo pr-determinada.

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    Nomenclatura E tambm:

    Risco (Risk): expressa uma probabilidade de possveis danos dentro de um perodo especfico de tempo ou nmero de ciclos operacionais. O valor quantitativo do risco de uma dada instalao ou processo industrial pode ser conseguido multiplicando-se a probabilidade de ocorrncia (taxa de falha ) de um acidente pela medida da consequncia/dano ( perda material ou humana) causada por este acidente.

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  • Definio de Risco para a NBR 31000 (2009)

    efeito da incerteza nos objetivos

    Considerando que: Um efeito um desvio em relao ao esperado positivo

    e/ou negativo.

    Os objetivos podem ter diferentes aspectos (tais como metas financeiras, de sade e segurana e ambientais) e podem aplicarse em diferentes nveis (tais como estratgico, em toda a organizao, de projeto, de produto e de processo).

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    Definio de Risco para a NBR 31000 (2009)

    Considerando que (continuao): O risco muitas vezes caracterizado pela referncia aos

    eventos potenciais e s consequncias, ou uma combinao destes.

    O risco muitas vezes expresso em termos de uma combinao de consequncias de um evento (incluindo mudanas nas circunstncias) e a probabilidade de ocorrncia associada.

    A incerteza o estado, mesmo que parcial, da deficincia das informaes relacionadas a um evento, sua compreenso, seu conhecimento, sua consequncia ou sua probabilidade.

    20

  • Perigo

    Expressa uma situao que favorece a materializao do risco em dano.

    comumente entendido como um potencial de causar danos ou perdas humanas, ou de valores materiais.

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    Sobre a exposio ao perigo

    A variao na exposio, se considerarmos a definio de risco como uma combinao de consequncia e probabilidade de ocorrncia, dificulta a obteno de medidas objetivas de risco.

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  • O risco como um fenmeno interativo

    As pessoas modificam, em variados graus, seus nveis de vigilncia e sua exposio a perigo em resposta a suas percepes do risco;

    Isto dificulta a criao de medidas objetivas do risco;

    Para isso seria necessrio incluir nos clculos as caractersticas pessoais do indivduo e a exposio ao risco.

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    O termostato do riscoAs setas indicam a influncia e a sequncia

    Fonte: Adams (2009, p. 49)24

  • Incidente

    Qualquer evento ou fato negativo com potencial para provocar danos.

    tambm chamado de quase-acidente.

    Atualmente, este conceito tem sido muito contestado , uma vez que pela definio de acidentes, estes se confundiriam , ficando a diferena em se ter ou no leso.

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    Acidentes (de trabalho)

    So ocorrncias de menor frequncia, que se restringem na maior parte das vezes a uma pessoa, no passando dos limites da empresa envolvida.

    Por exemplo: cortes, queimaduras trmicas/qumicas, tores, etc.

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  • (grandes) Acidentes

    So eventos de maior gravidade e de frequncia significativamente menor, cujas consequncias se estendem a um maior nmero de pessoas. Estes eventos causam grandes perdas s prprias instalaes da empresa, podendo ultrapassar os seus limites geogrficos e causam substanciais danos ambientais.

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    Um esquema de referncia...

    O risco inerente a qualquer atividade e devemos analisar e classificar os riscos e perigos em funo do grau de exposio e suas consequncias, assim teremos , de forma tcnica, condies de estabelecer medidas que previnam a ocorrncia de um evento indesejvel. 28Fonte: Souza (20XX, Acesso em 07/01/2014)

  • Teoria do Risco e Perigo

    Riscos: no so consequncias apenas do ambiente fsico, das mquinas, equipamentos, produtos substncias, mas tambm esto relacionados forma pela qual o trabalho est organizado e maneira como ele gerenciado;

    A anlise (discutida adiante) do profissional de segurana deve levar em conta o conjunto desses fatores.

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    Teoria do Risco e Perigo

    Exemplos de aspectos que influenciam o risco que esto ligados organizao trabalho:

    Treinamento;

    Diviso de tarefas;

    Cobrana de produtividade;

    Intensificao do trabalho;

    Mecanismos de correo, punio e premiao.

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  • Teoria do Risco e Perigo

    Outros aspectos relevantes que impactam o risco:

    Terceirizao;

    Medidas para reduo de custo que envolvam reduo do efetivo, substituio de peas e componentes de mquinas por similares, falta de respeito s recomendaes do fabricante,...

    A manuteno das mquinas, equipamentos e instalaes.

    31

    Teoria do Risco e Perigo

    Os riscos mudam visto que as empresas e ambientes mudam:

    Novas tecnologias;

    As mquinas, equipamentos e instalaes se degradam com o passar do tempo;

    Mudanas organizacionais.

    Consequncia: a anlise do risco deve ser feita e revista periodicamente!

    32

  • Teoria do Risco e Perigo

    Os efeitos ou consequncias do risco podem ser a curto ou longo prazos;

    Exemplo: Perdas auditivas resultantes de rudo excessivo, geram consequncias no longo prazo.

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    Classificao dos Riscos Ambientais

    H cinco categorias:

    Riscos fsicos;

    Riscos qumicos;

    Riscos biolgicos;

    Riscos ergonmicos;

    Riscos de acidentes.

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  • Riscos fsicos

    Agentes Possveis danos sade

    RudoCalorRadiao ionizanteCondies hiperbricasRadiao no ionizanteFrioUmidade

    Cansao, irritao, dores de cabea, diminuio da audio, aumento da presso arterial, taquicardia, etc.Insolao, prostrao trmica, cibras, catarata.Alteraes celulares, cncer, problemas nos olhos, etc.Dores nas articulaes, ruptura do tmpano, embolia gasosa, etc.Queimaduras, leses nos olhos, etc.Cansao, irritao, dores nas articulaes, leses sseas, problemas circulatrios, etc.Necrose da pele, vaso constrio, amputao do membro lesado, etc.Doenas do aparelho circulatrio e do respiratrio, doenas da pele, etc. 35

    pa! O que isso?Radiaes ionizantes x no ionizantes

    As radiaes ionizantes so ondas eletromagnticas de frequncia muito elevada (raios X e raios gama), que contm energia fotnica suficiente para produzir a ionizao (converso de tomos ou partes de molculas em ons com carga eltrica positiva ou negativa) mediante a ruptura dos enlaces atmicos que mantm unidas as molculas na clula.Fonte: The Federal Communications Commission (FCC) EUA

    36

  • pa! O que isso?Radiaes ionizantes x no ionizantes

    As radiaes no ionizantes so a parte do espectro eletromagntico cuja energia fotnica muito fraca para romper as ligaes atmicas. Entre elas tem-se a radiao ultravioleta, infravermelha, luz visvel, campos de rdio frequncias e micro-ondas, campos de muito baixas frequncias e campos eltricos e magnticos estticos. Podem produzir efeitos biolgicos, como aquecimento, alterao das reaes qumicas e induo de correntes.Fonte: The Federal Communications Commission (FCC) EUA 37

    Lembram-se? Acidente com Csio 137, em Goinia, 1987.

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  • Riscos qumicos

    Agentes Possveis danos sade

    Poeiras mineraisPoeiras vegetaisNvoasNeblinasGasesVaporesProdutos qumicos em geral

    Doenas respiratrias, dor de cabea, nuseas, sonolncias, convulses, ao depressiva sobre o sistema nervoso, danos a diversos rgos, etc.

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    Riscos biolgicos

    Agentes Possveis danos sade

    VrusFungosBactriasProtozoriosParasitasBacilos

    Diversas doenas contagiosas, intoxicaes alimentares, doenas generalizadas, etc.

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  • Riscos ergonmicos

    Agentes Possveis danos sade

    Postura inadequadaRepetitividadeLevantamento e transporte manual de peso

    Diversas doenas osteomuscularesrelacionadas com o trabalho.

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    Riscos de acidentes

    Agentes Possveis danos sade

    Incndio/ExplosoFerramentas improvisadasMquinas sem proteoLeiaute inadequadoChoque eltrico

    Queimaduras, cortes, quedas, traumatismos diversos, morte.

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  • Graus de Riscos das Empresas (NR 4)

    A NR 4 (Quadro I) classifica as atividades econmicas em graus de risco;

    Estes graus de risco so utilizados para definir as caractersticas do Servios Especializados em Engenharia de Segurana e em Medicina do Trabalho.

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    Graus de Riscos das Empresas (NR 4)

    Grau de risco 1: Existe risco, porm em baixa escala. As atividades dos funcionrios no exigem esforo demasiado. Ex. Atividades associativas.

    Grau de risco 2: Existe o risco, em maior intensidade que o anterior, mas sem interferir demasiadamente na sade do trabalhador. Ex. Atividades desportivas e recreativas;

    Grau de risco 3: O grau de risco requer cuidados especiais. Ex.: Atendimento hospitalar;

    Grau de risco 4: Exposio intensa ao risco. As atividades so unicamente de riscos sade, bem-estar e vida do trabalhador. Ex. Indstria metalrgica. Indstria vidreira.

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  • Outras formas de classificar o risco

    Riscos conhecidos e j devidamente controlados;

    Riscos conhecidos, porm ainda noaceitavelmente controlados;

    Riscos ainda desconhecidos, mas que so perfeitamente identificveis atravs de metodologias j empregadas pela empresa;

    Riscos totalmente desconhecidos por falta de informaes que nos permita identific-los.

    Fonte: SOUZA, C. R. C. Anlise e Gerenciamento de Riscos de Processos Industriais.45

    Riscos conhecidos e j devidamente controlados

    Ex.: Uma sala de transformadores isolada e fechada. Uma casa de mquinas e compressores com elevado nvel de rudo, totalmente fechada e sinalizada.

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  • Riscos conhecidos, porm ainda no aceitavelmente controlados

    Ex.: O produto qumico Hexano ainda muito utilizado em alguns tipos de solventes, podendo gerar problemas sade do trabalhador. Numa escada com degraus pequenos onde necessrio transportar volumes grandes deste produto, foi colocado um piso antiderrapante e placas de aviso, mas o risco de queda continua.

    47

    Riscos ainda desconhecidos, mas perfeitamente identificveis atravs de metodologias j

    empregadas pela empresa

    Ex.: Armazenamento de produtos txicos e inflamveis em reas de presena permanente de pessoas. A aplicao da inspeo planejada no almoxarifado constatou que estavam armazenando produto txico e inflamvel em locais que poderiam prejudicar a sade das pessoas e provocar um incndio.

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  • Riscos totalmente desconhecidos por falta de informaes que nos permita identific-los

    Ex.: O Ascarel era um produto muito usado nos anos 70, em todo o mundo, para refrigerar transformadores, at descobrirem que ele altamente cancergeno.

    49

    Outras classificaes...

    Adams (2009) cita ainda: Risco objetivo: diz respeito ao que os especialistas

    sabem, riscos conhecidos pela cincia;

    Risco percebido: referem-se a antecipao de acontecimentos futuros, com frequncia muito divergente, feita por pessoas leigas.

    Quais as implicaes dessa classificao? A falta de compreenso cientfica do fenmeno

    distorce as noes de risco e consequncias;

    Conhecer bem um fenmeno faz com que busquemos as respostas sempre neste corpo de conhecimentos.

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  • Gerenciamento de riscos

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    Gerenciamento do Risco

    Discusso preliminar: O que significa gerenciamento do risco pra vocs?

    Tempo: 10 minutos;

    Atividade: Na mesma folha de papel A4, utilizada anteriormente, identificada, coloquem sua prpria definio de gerenciamento de risco.

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  • Gerenciamento de RiscoHistrico

    A Gerncia de Riscos teve seu incio formal na Indstria Moderna, logo aps a Segunda Guerra Mundial, devido rpida expanso das indstrias, com consequente crescimento da magnitude dos riscos incorporados, tornando-se imprescindvel garantir a proteo da empresa frente aos riscos de acidentes;

    J haviam alguns estudos anteriores ligados aos acidentes nas indstrias.

    53

    Gerenciamento do RiscoHistrico

    Primeiro estudo estatstico de acidentes foi feito na dcada de 1920, por H. W. Heinrich;

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  • Gerenciamento do RiscoHistrico

    Este estudo de Heinrich comeou a mostrar como os acidentes evoluem nas empresas, e fez surgir o ditado:

    O acidente manda o recado, e o recado o quase-acidente

    Antes de um acidente grave acontecer, ele manda vrios avisos, e esses avisos vm na forma de acidentes com apenas danos propriedade, acidentes apenas com perda de tempo e acidentes sem leso.

    55

    Gerenciamento do RiscoHistrico

    Frank E. Bird Jr., funcionrio de uma companhia de seguros, aprofundou os estudos de Heinrich, em 1966;

    Anlise de 90.000 acidentes na Luckens Steel, nos EUA, durante um perodo de sete anos;

    56

  • Gerenciamento do RiscoHistrico

    Em 1969, Bird realizou um segundo estudo, em 297 empresas, a pedido de uma companhia de seguros dos EUA, analisando 1.753.498 ocorrncias;

    Este estudo, realizado com uma amostra significativamente grande, incluiu uma nova categoria, os quase-acidentes.

    57

    Gerenciamento do RiscoPara pensar...

    As ideias anteriores continuam vlidas;

    A partir do que foi exposto pelos trabalhos anteriores, o que se espera do especialista em segurana do trabalho?

    Resposta: Que ele desenvolva a sensibilidade e perceba as mensagens que esto sendo enviadas, identifique as situaes de risco e tome as medidas possveis para eliminar ou atenuar estes riscos.

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  • Gerenciamento do RiscoHistrico (continuao)

    Em 1970, John Fletcher props que as ideias de Bird fossem aplicadas a todos os acidentes com mquinas materiais, instalaes, meio ambiente, etc., sem deixar de lado as prevenes de leses, com o objetivo de reduzir ou eliminar todos os acidentes que pudessem interferir negativamente no processo produtivo;

    Acrescentou, ento, as ideias de:

    Segurana Ambiental;

    Segurana Patrimonial;

    Segurana de Produto;

    Segurana de Processo.59

    Gerenciamento do RiscoHistrico (continuao)

    Em 1972, Willie Hammer prope a Engenharia de Segurana de Sistemas;

    Juntou os trabalhos anteriores, de Heinrich, Bird, Fletcher e outros e deu um enfoque de engenharia;

    Para Hammer, muitos erros humanos so provocados por projetos mal feitos ou materiais deficientes;

    Apesar de considerar as atividades administrativas muito importantes, para ele, problemas tcnicos deveriam ter necessariamente solues tcnicas;

    No justo atribuir todos os erros aos executantes! O operrio a ponta do sistema.

    60

  • Mas afinal, como poderamos definir Gerenciamento de Riscos?

    a formulao e implantao de medidas e procedimentos tcnicos e administrativos, que

    tm por finalidade prevenir, controlar, ou reduzir os riscos; e ainda, manter uma instalao

    operando dentro dos padres de segurana considerados tolerveis ao longo de sua vida til

    preciso considerar que toda instalao assume riscos indispensveis, inerentes.

    61

    Gerenciamento de RiscosPara pensar...

    Nenhum avio poderia voar se todos os riscos tivessem que ser eliminados antes;

    Feche a fbrica que no teremos acidentes!

    Portanto, devemos proporcionar a maior segurana possvel num sistema, indstria ou processo, tendo como base um pleno conhecimento dos riscos envolvidos e alternativas para enfrent-los.

    62

  • Gerenciamento de RiscosO que podemos fazer?

    H duas formas de atuar:

    PREVENO Reduo da frequncia, evitar que acontea; o gerenciamento do risco e perigo propriamente dito;

    PROTEO Reduo de consequncias. Aconteceu, que se pode fazer para reduzir as consequncias? o gerenciamento de emergncias. Ex. Seguro.

    Estas aes caracterizam, de forma geral, o gerenciamento de riscos.

    63

    Natureza dos Riscos Empresariais

    Como j havamos dito, h mais uma classificao de riscos quando se fala em seu gerenciamento;

    A gerncia de riscos tem classificado os riscos que podem atingir uma empresa basicamente em:

    Riscos especulativos (ou dinmicos) e

    Riscos puros (ou estticos)

    64

  • Riscos especulativos

    Envolvem uma possibilidade de ganho ou perda;

    Esto relacionados ao negcio, aos processos de deciso gerencial;

    Se subdividem em riscos de mercado, financeiros, polticos, de inovao,...

    65

    Riscos puros

    Envolvem somente uma chance de perda, no existindo nenhuma possibilidade de ganho ou lucro;

    Este o tipo de risco considerado na Segurana do Trabalho e na gesto da produo.

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  • Atividade

    Considerando uma instituio de ensino como a Faculdade Pitgoras, liste alguns riscos especulativos e alguns riscos puros que voc consegue identificar;

    Tempo: 10 minutos;

    Anote na folha A4, na qual voc j respondeu s outras perguntas;

    Voc pode discutir com seu colega ao lado.

    67

    Identificao dos riscos

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  • Identificao de Riscos

    Antes de iniciar a apresentao da tcnicas de anlise de riscos, vamos falar sobre a identificao dos principais riscos existentesnos processos de trabalho, ambiente e organizao;

    Como?

    Podemos fazer uso de documentos da empresas e;

    Podemos realizar uma inspeo de riscos.

    69

    Fontes de informao para identificao de riscos

    Fluxograma de produo da empresa, contando os principais passos para a fabricao dos produtos produzidos ou dos servios prestados pela empresa;

    Leiaute ou planta baixa com os principais equipamentos e instalaes;

    Descrio das principais caractersticas da organizao do trabalho, existncia de turnos, noturnos e alternantes, e atividades realizadas.

    70

  • Fontes de informao para identificao de riscos (cont.)

    Descrio dos principais equipamentos e instalaes, podendo incluir detalhes como capacidade de produo e outras caractersticas;

    Listagem das principais matrias-primas, produtos em processo e produtos acabados, e os resduos produzidos ao longo do processo de fabricao, assim como sua destinao final e formas de tratamento.

    71

    Inspeo de Riscos(ou Inspeo de Segurana)

    Normalmente realizada por profissionais especializados (inspetores de risco) atravs de visitas Empresa, que efetuam a identificao, anlise e dimensionamento das perdas s quais a Empresa est exposta, considerando os diversos riscos potenciais;

    So levantadas as diversas condies de risco e utiliza-se como referncia para comparao, padres nacionais, internacionais e normas vigentes.

    72

  • Inspeo de RiscosAspectos abordados/analisados

    Danos propriedade (incndio, exploso, etc.); Leses pessoais (morte, mutilaes, doenas,

    ocupacionais, etc.); Parada de produo (quebra de mquina, queima

    de motores e transformadores, etc.); Perda de qualidade (falta de controle de processo,

    instrumentos e maquinrio inadequados, etc.); Poluio ambiental (tratamento inadequado de

    efluentes, gases e resduos industriais slidos, etc.);

    Riscos comunidade (vazamento de gases txicos, lquidos inflamveis, etc.).

    73

    Inspeo de RiscosBenefcios

    Adequa o seguro aos reais riscos da Empresa; Reduz a frequncia e gravidade de eventos

    indesejados (incndio, leses, interrupo da produo, etc.);

    Preserva a imagem; Mantm os funcionrios mais satisfeitos; Prioriza a tomada de decises dos investimentos

    necessrios em preveno e permite a anlise da relao custo/beneficio;

    Outros...

    74

  • Inspeo de RiscosProcedimentos

    O inspetor realizar entrevistas tcnicas, reunies com gerentes, supervisores, profissionais da rea industrial e de segurana, que devem fornecer informaes referentes ao fluxo produtivo e aspectos de funcionamento da Empresa, para a melhor identificao das possibilidades de perdas, bem como acompanh-lo na inspeo a campo para poderem aprender a tcnica;

    preciso lembrar que esta uma atividade dinmica, ou seja, precisa ser executada periodicamente, medida que mudanas vo acontecendo.

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    Inspeo de RiscosProcedimentos

    Ao trmino da inspeo ser elaborado um relatrio detalhado (com fotos, quadros, anexos, etc.) de todos os parmetros identificados que possam causar qualquer tipo de perdas.

    Estes parmetros sero apresentados e acompanhados das respectivas recomendaes para eliminao ou reduo dos riscos.

    76

  • Exemplos de formulrios(em planilha eletrnica)

    77

    Exemplos de formulrios

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  • Exemplos de formulrios

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    Atividade

    Elabore um check-list para uma inspeo de segurana nesta sala de aula;

    Tempo: 15 minutos.

    Considere os riscos fsicos, ergonmicos e de acidentes;

    Vocs podem discutir com os colegas;

    Faa as anotaes na folha A4 distribuda no incio da aula;

    Ao final, entreguem a folha ao professor.

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  • FimPrxima aula: 18/04/2015, somente parte da manh.

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