situaÇÃo de aprendizagem 1 cidades: espaÇos...
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GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 8a série – Volume 4
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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
CIDADES: ESPAÇOS RELACIONAIS, ESPAÇOS DE CONEXÃO
Para começo de conversa
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1. Cidade é uma aglomeração de pessoas, de objetos, de negócios e atividades em busca
da maior proximidade possível. É uma configuração espacial em que a distância é
diminuída ao máximo, permitindo que todos seus membros se relacionem no
cotidiano (potencialmente).
A palavra “urbano” foi tratada durante muito tempo como sinônimo de “cidade”, mas
hoje seu conceito abrange uma realidade mais ampla, um sistema, e a cidade seria o
elemento mais importante desse sistema.
2. Expansão, dispersão e espalhamento significam criar e ampliar distâncias entre
pessoas, objetos e atividades. É exatamente o contrário de “cidade” e de “urbano”.
Leitura e Análise de Mapa
Página 3
1. O principal fenômeno representado no mapa, além do próprio território do Estado de
São Paulo, são as cidades, as principais do Estado. Elas são representadas
basicamente do mesmo tamanho, por intermédio de pequenas bolinhas, círculos
sólidos, salvo a capital do Estado, representada por uma bolinha com um círculo.
2. Não está bem representado. O mapa nos dá apenas a localização, mas não nos
informa qual o tamanho dos centros urbanos e nada registra sobre suas formas
geográficas. Aliás, estamos habituados com esse tipo de representação de cidade.
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Leitura e Análise de Texto
Página 4
1. O texto, suas informações e dados mostram que há um processo de urbanização,
tendo em vista a óbvia concentração demonstrada pelo índice elevado de densidade
demográfica em certas áreas (nas áreas metropolitanas, por exemplo), que reúnem
em pouco espaço a maioria da população do estado.
2. Essa concentração ocorre em poucas cidades. Não há uma “distribuição” das pessoas
e dos objetos em muitas cidades – ao contrário, apenas algumas, como São Paulo,
Campinas, Santos, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, São José dos Campos,
Sorocaba, terminam concentrando a maioria da população das cidades e do Estado.
3. O mapa não corresponde às informações trazidas no texto, pois as dimensões e a
tendência à concentração não estão representadas. Quer dizer: a verdadeira geografia
(lógica espacial) do fenômeno não está representada.
4. Quase que a metade da população do Estado de São Paulo está concentrada em
alguns poucos centros urbanos metropolitanos. Disso resulta que as outras áreas
tenham baixa densidade demográfica, e que elas sejam praticamente verdadeiros
vazios populacionais. Aliás, essa é a lógica do espaço humano, marcado por
densidades altas marcantes de pessoas e objetos e vazios de baixa densidade.
PESQUISA EM GRUPO
Página 6
De fato, esta é uma pesquisa importante e de certa complexidade. Nessas duas
cidades concentram-se uma infinidade de atividades e pessoas (em especial em São
Paulo) e não é muito fácil inventariar os elementos mais relevantes. O fundamental é
encontrar fontes que deem uma ideia dos volumes populacionais, econômicos
(comerciais, industriais, serviços) e de circulação (transportes de mercadorias, de
pessoas, presença de aeroportos, estações rodoviárias etc.). É importante estabelecer em
números os volumes do que está fixo e do que está em movimento; isso dará uma ideia
de como cada uma delas constitui um mundo próprio. As fontes para a pesquisa são
diversificadas: sites oficiais no espaço da internet; sites de associações comerciais e
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industriais, e assim por diante. Se o acesso à internet for difícil, pode-se recorrer a livros
e artigos de jornal e revista, por exemplo. De todo modo, se houver dificuldade, uma
conclusão pode ser tirada daí: como dois centros urbanos como esses podem ser tão
pouco conhecidos e divulgados. Mas não tem jeito: uma pesquisa como essa, para ser
feita rapidamente e para dar grandes traços do perfil destas cidades dificilmente poderá
prescindir da internet.
Leitura e Análise de Mapa
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1. Segundo a legenda, trata-se da área urbana, mas na verdade os autores do mapa estão
querendo se referir ao espaço urbano contínuo e contíguo, algo que antes se
procurava expressar por meio de um conceito bastante impreciso: conurbação. Há
problemas nessa designação, porque mesmo o que não é contíguo pode ser
considerado urbano, e urbano da mesma cidade. Alguns dos municípios
representados nessa mancha rosa são: São Paulo, Osasco, Carapicuíba, Taboão da
Serra, Embu, Cotia, Ferraz de Vasconcelos, Santo André, São Bernardo, Diadema
etc.
2. Embora não pertençam à área contígua e contínua (de edificação territorial), as áreas
fora da zona rosa estão conectadas intensamente a esta área por meio de redes, e os
habitantes destes outros municípios têm relações cotidianas com o núcleo da
metrópole, o que os faz integrantes da mesma.
3. São 19 os municípios da região metropolitana de Campinas, e entre eles estão, por
exemplo, Paulínia, Santa Bárbara d’Oeste, Valinhos, Vinhedo, Indaiatuba, Monte
Mor, Sumaré, Hortolândia.
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PESQUISA EM GRUPO
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Completando o quadro:
AAttéé oonnddee vvããoo aass rreeddeess ssoocciiaaiiss ee ggeeooggrrááffiiccaass ddaass ggrraannddeess cciiddaaddeess??
CCaarraacctteerrííssttiiccaass ((eelleemmeennttooss
iinntteeggrraanntteess))
RReeddeess ddee iinnfflluuêênncciiaa
11.. PPooppuullaaççããoo Por ter base migratória e imigratória, estimula a manutenção de vínculos geográficos com as áreas de origem dos habitantes.
22.. TTaammaannhhoo ddaa ppooppuullaaççããoo ((II))
Os grandes volumes populacionais de uma grande cidade atraem negócios que têm origens em outros lugares, inclusive no exterior.
33.. TTaammaannhhoo ddaa ppooppuullaaççããoo ((IIII))
Os grandes volumes populacionais sustentam negócios locais que se
tornam poderosos e se estendem para outras cidades, inclusive do
exterior.
44.. IInnffrraaeessttrruuttuurraa ddee ttrraannssppoorrtteess
Com esses volumes populacionais e de negócios, que se estendem
para além dos seus espaços, as grandes cidades estimulam e
constroem uma rede de ligações em sua direção e para fora
(estradas de rodagem, rotas aéreas, rotas marítimas etc.).
55.. IInnffrraaeessttrruuttuurraa ddee ccoommuunniiccaaççããoo
Em virtude do volume de pessoas, de negócios e das relações internas e externas que se estabelecem numa grande cidade, todas terminam se equipando, necessariamente, com sistemas telefônicos, sistema de correios e internet. Em geral, com o que há de mais avançado em termos tecnológicos.
66.. IInnffrraaeessttrruuttuurraa ddee iinnffoorrmmaaççããoo
O público interno de uma grande cidade estimula e sustenta a
imprensa escrita, o rádio e a televisão e, assim, surgem grupos
poderosos, cujas informações influenciam outras localidades.
77.. AAttiivviiddaaddeess eeccoonnôômmiiccaass ((II))
Redes de diversos negócios (corporações transnacionais, por
exemplo) optam por sediar seus escritórios de comando de suas
atividades no mundo nas grandes cidades, tidas como lugares
geográficos estratégicos para essas funções, entre outras razões
devido à sua infraestrutura de longo alcance (transportes,
comunicações e informações). Isso ocorre em todos os ramos
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(indústria, comércio, finanças).
88.. AAttiivviiddaaddeess eeccoonnôômmiiccaass ((IIII))
As grandes cidades centralizam certos fluxos que articulam a
economia mundial, como bolsas de valores, bolsas de comércio e
sedes dos grandes grupos financeiros.
99.. AAttiivviiddaaddeess eedduuccaacciioonnaaiiss ((II))
Em uma grande população, muitas instituições escolares podem ser
sustentadas em todos os níveis. Em razão disso, essas cidades
possuem universidades e atraem estudantes e professores de outras
localidades que não podem ter todos os níveis de ensino.
1100.. AAttiivviiddaaddeess eedduuccaacciioonnaaiiss ((IIII))
Por serem polos de atração, as universidades das grandes cidades
ganham em qualidade e em recursos. Isso implica ampliação das
ligações com outras universidades do mundo, com outros
pesquisadores e cientistas, por meio da realização de congressos
que atraem pessoas de diversas localidades.
1111.. AAttiivviiddaaddeess cciieennttííffiiccaass
As grandes cidades que constituem uma boa estrutura universitária
e um bom número de pessoas com formação científica tornam-se
um atrativo para os institutos de pesquisa científica públicos e
privados se instalarem nelas. Isso estimula também que as próprias
empresas estabeleçam seus centros de pesquisa nesses espaços.
Assim, as cidades que oferecem tal potencial atraem cientistas e
estudantes de outras partes do mundo.
1122.. AAttiivviiddaaddeess aarrttííssttiiccaass
As grandes cidades fomentam muitas atividades culturais para seu público interno, mas também atraem espetáculos culturais de várias localidades do mundo, em todos os ramos artísticos. Festivais de música e de cinema são comuns nas grandes aglomerações urbanas.
1133.. SSiisstteemmaa ddee hhoossppeeddaaggeemm
Numa cidade que sedia grandes negócios, com atividades culturais
e científicas de importância, que tem infraestrutura de circulação de
bens materiais e imateriais, é comum a circulação de muitos
visitantes, de turistas. A estrutura de hotéis, por exemplo, torna-se
um equipamento natural de uma grande cidade.
1144.. HHáábbiittooss ccuullttuurraaiiss
As grandes cidades, com suas poderosas infraestruturas de
transportes, comunicação, informação, seus negócios, suas ciências,
suas artes, tornam-se fontes irradiadoras de seus modos de vida, de
seus hábitos comportamentais, de consumo etc.
1155.. PPooddeerr Algumas grandes cidades devem parte do seu crescimento ao fato
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ppoollííttiiccoo de terem sido escolhidas como capitais de um país e por serem a
sede do poder político, o que demanda infraestrutura para levar suas
decisões para além de seus territórios. Mas cidades grandes que não
são sede do poder político também terminam, mesmo assim, em
consequência de todos os outros fatores mencionados no quadro,
tendo muita força e influência política em territórios mais amplos.
1. Para esta pesquisa, é preciso dar aos alunos orientações de atividades e exemplos.
2.
a) Sem dúvida, São Paulo é uma cidade que estende muito suas redes de relações e
é um grande espaço de conexões que integra um volume enorme de pessoas e de
atividades tanto internamente quanto com outras realidades geográficas externas. Na
verdade, integra seus habitantes com o mundo.
b) Nesta questão, deve-se avaliar caso a caso. Quanto maior for a cidade, em
termos potenciais, mais ela possui atividades diversificadas que estabelecem relações
múltiplas. As cidades são sempre espaços relacionais, mas o grau dessa condição
varia e isso pode ser verificado.
c) No caso do Estado de São Paulo nada se equipara à cidade de São Paulo. Grande
metrópole, concentra um mundo de atividades e pessoas difícil de ser inventariado,
mas a comparação com outras cidades vale a pena para possivelmente estabelecer-se
a condição de diversidade, a condição relacional que cada cidade possui, tendo São
Paulo como medida comparativa.
Leitura e Análise de Texto
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1. São Paulo é uma metrópole segundo qualquer critério que se queira estabelecer para
definir o que é uma metrópole. Não somente seu tamanho determina tal condição,
mas também seu imenso quadro de atividades e o alcance escalar de suas influências
garantem a denominação metrópole. O papel “comandante” dessa cidade nos campos
da economia, da política, da produção cultural e científica no Estado de São Paulo e
no Brasil é bastante visível.
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2. Pode, sim, embora de menor porte e de menor capacidade de influência em
comparação com São Paulo. Campinas concentra uma economia poderosa, articulou
e integrou a seu núcleo urbano um conjunto de outras áreas urbanas vizinhas, é um
centro cultural e científico importante e também está aberta, recebendo e exercendo
influências significativas em várias escalas.
3. A primeira visão de cidade global que o texto apresenta se refere à influência direta
que a cidade exerce na escala mundial, tendo como referência fundamental sua força
no campo das finanças. Na segunda visão, não se dá ênfase à capacidade isolada da
cidade de influenciar a escala mundial, e, sim, à sua condição de integração numa
rede de cidades que comporia o que se denomina “espaços da globalização”.
4. Podemos inserir São Paulo na segunda visão, pois ela sem dúvida nenhuma integra
essa rede de cidades que se constitui nos espaços da globalização.
LIÇÃO DE CASA
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1. São Paulo é uma metrópole que está situada nesse quadro como o núcleo principal de
uma megalópole (uma configuração urbana de escala regional) sul-americana, que
seria uma das bases (com papel mais ou menos secundário) do Arquipélago
Megalopolitano Mundial, uma designação possível para o que se denominou antes
como espaços da globalização. Essa classificação é uma proposição de classificação
e entendimento dessa rede de cidades que constituíram a escala mundial.
2. Observando-se o quadro mais detalhadamente, pode-se identificar nele uma divisão
entre as megalópoles das áreas de maior desenvolvimento econômico (EUA, Europa
e Japão), que teriam um papel mais ativo nessas redes de cidades, e as megalópoles
das denominadas áreas emergentes, que ainda não têm a mesma importância nessa
rede mundial, embora já a integre. Acrescente-se também que pertencer a essa rede
aumenta o potencial de desenvolvimento desses núcleos urbanos. O modo como a
classificação é feita ressalta ainda a importância da integração regional das
metrópoles, até podermos identificá-las como megalópoles.
3. Este exercício, o de localização dos pontos principais desse arquipélago das cidades
que compõem os espaços da globalização, é importante, para que se notem as
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proximidades regionais, mas também como tudo isso é muito pouco na escala do
planeta em termos de extensão, embora sejam estes os espaços comandantes da
escala mundial.
VOCÊ APRENDEU?
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1. Os exemplos de articulações geográficas que uma grande cidade estabelece com
outras realidades se multiplicam. Um é muito forte: a influência cultural e social. Os
modos de vida desenvolvidos nas grandes cidades são referências importantes para
outras configurações urbanas e para a vida em geral. Boa parte dos direitos
conquistados atualmente no Brasil tem seu exercício primeiro na grande cidade; nela
se conquista a legitimidade dos direitos, o estatuto jurídico-legal, e, a partir dela, os
direitos se estendem.
2. Não é somente o tamanho da cidade que faz dela uma cidade mundial, embora um
número como 18 milhões de habitantes indique que estamos diante de uma realidade
que atrai pessoas e negócios e, se atrai, influencia, e isso é evidente. Cidades
menores também podem ser cidades globais, porque o importante é se articular e
constituir a escala global, dar aos seus habitantes acesso a essa escala.
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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
AS CIDADES: CRIAÇÃO DE IRRADIAÇÃO DO CONSUMO
Leitura e Análise de Texto
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1. Antes da denominada Revolução Industrial, os bens alimentares eram cultivados e
processados pelas próprias famílias. Após a Revolução Industrial, dá-se início ao
mundo como o conhecemos hoje, em que a indústria alimentar e o consumo que ela
gera e obriga ocupam lugar central em nossas vidas. Houve também grande
transformação no modo de vida.
2. O trabalho era essencialmente distinto do que ocorre no mundo contemporâneo
urbano, visto que voltado para a sobrevivência direta (ainda não estruturado com
base na relação assalariada, meio de venda do trabalho). O trabalho não era vendido,
algo que posteriormente vai generalizar-se. O trabalho não produzirá mais nossa
sobrevivência direta, será uma mediação entre o consumo e as nossas necessidades.
3. A resposta é pessoal, mas o importante é que o estudante exercite esse nível de
observação que a comparação sugere. O esquema do modo de vida anterior do
trabalho – sobrevivência direta – exercido na própria casa (a não separação de
trabalho e família) deve ser comparado com as condições contemporâneas. Isso
permite ao estudante vislumbrar na prática as transformações históricas e situar nesse
contexto o consumo.
Leitura e Análise de Texto
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1. Nas cidades a figura econômica do consumo é o mecanismo essencial para a
sobrevivência, neste caso, o abastecimento, de seus moradores.
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2. O consumo é essencial para a vida urbana, visto que ele garante o abastecimento
daquilo que na vida urbana não se pode produzir. Como as pessoas continuam a se
alimentar nas cidades, ele, o consumo, transforma-se num mercado que antes não
existia. O consumo representa um meio técnico de abastecimento, mas vai além
disso: é um elemento essencial de outro modo de vida.
3. Todos os alimentos de um modo geral; vestuário; equipamentos diversos para a casa,
típicos da vida urbana. Coisas assim sempre precisam ser, em geral, compradas, pois
não há uma forma de na vida urbana cada indivíduo ou núcleo familiar produzir
esses bens.
4. O consumo é uma construção social, e está muito longe de ser natural. É criação de
modo de vida e ele está, evidentemente, vinculado às cidades, antes de tudo. Elas são
grandes mercados e instituidoras de novas necessidades, porque criadoras de novos
modos de vida.
5. Sem dúvida têm. As cidades representam a concentração de pessoas e objetos, logo a
eliminação de espaços de cultivo agrícola, atividade que se estabelecerá fora da
cidade e não fará parte do modo de vida dos seus habitantes. Até mesmo a
organização interna dos espaços das cidades vai interferir no modo de vida das
pessoas.
6. Com os grandes centros de consumo concentrados em poucos pontos das cidades, o
comércio de rua, distribuído ao longo da cidade, enfraquece significativamente e fica
restrito a segmentos de baixa renda. Isso não somente empobrece os pequenos
negócios, mas a própria vida pública nas ruas fica comprometida.
7. A concentração dos locais de abastecimento (hipermercados, shoppings centers) em
alguns pontos da cidade implica uma ampliação da circulação das pessoas e também
uma adesão ao modelo automobilístico como um meio para esse tipo de consumo, o
que contribui para o congestionamento, o aumento no uso do tempo etc.
8. É importante esse exercício de observação. Trata-se de um olhar para a Geografia do
lugar, uma Geografia que sempre foi tratada como de menor importância, mesmo
que ela seja a mais ativa na vida das pessoas, visto que os maiores volumes da
população encontram-se nas cidades.
9. As dificuldades de mobilidade nas grandes cidades, as distâncias e o excessivo
consumo de tempo para percorrê-las não permitem que todas as nossas refeições
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sejam feitas em casa. Está aí uma razão para a incrível multiplicação de negócios
voltados para a alimentação nas ruas. É a estrutura urbana e suas dificuldades criando
mercados novos.
PESQUISA EM GRUPO
Página 24
Pesquisa e construção cartográfica, cujo produto será um quadro de uma grande rede
comercial, tipicamente urbana, que opera em várias cidades do mundo, as quais criaram
negócios que adquiriram essa força de alcançar a escala planetária. O encaminhamento
da atividade está bem detalhado, mas vale ressaltar que se trata de um trabalho de
enorme complexidade (o que não quer dizer difícil), mas precioso no desenvolvimento
do estudante. Tal trabalho passa por várias fases de construção do conhecimento: 1.
Identificação e organização de informações; 2. Uma representação organizada e
rigorosa do que foi identificado e organizado por meio da cartografia (uma linguagem
que estrutura e constrói conhecimento); e 3. Uma análise do fenômeno com base no
material construído pelo grupo, o que vai exigir e exercitar a capacidade de realizar
relações, e o planejamento da redação do relato dos resultados. Para isso é preciso
acompanhar os grupos e marcar bem para eles estas fases. É importante o controle e a
consciência do que estão fazendo.
LIÇÃO DE CASA
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1. Alternativa b. Não há, de um modo geral, tempo para se confeccionar o próprio
vestuário em casa. Nem o custo compensa mais nem a mulher está mais confinada
aos lares realizando esse tipo de tarefa.
2. Muitíssimos estímulos. Nas grandes cidades há uma imensa atividade criativa que
gera uma infinidade de mercadorias que nos atraem. Os produtos culturais se
multiplicam, os equipamentos domésticos são expostos prometendo novas
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possibilidades na vida etc. Viver nas cidades é estar exposto em tempo integral aos
apelos do consumo.
3. Sem dúvida têm. Um modelo de consumo, como evidentemente é um shopping
center, multiplica-se por cidades médias sem as mesmas necessidades que se alegam
numa grande cidade, como influência cultural da grande cidade. Este é apenas um
exemplo entre muitos outros que podem ser encontrados. Algumas cidades
expandem suas invenções para o mundo e isso é notório. Já havia sido proposta uma
pesquisa em grupo que ajuda a construir e a visualizar esse cenário de influência de
modelos de consumo de origem nas cidades.
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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
AS REDES TURÍSTICAS: O CONSUMO DOS ESPAÇOS URBANOS
Para começo de conversa
Página 28
1. Uma viagem que proporciona sair fora do cotidiano e do lugar, cujo objetivo é
visitar, conhecer, vivenciar outro lugar. Esse sentido do conhecer outro lugar (e tudo
o que daí decorre), de viver a experiência de ser um indivíduo em outra situação, está
na essência do turismo (fazer um tour, uma experiência, é a origem do próprio
termo).
2. A grande motivação é a experiência pessoal, o conhecer outro lugar. Diante disso, a
indústria moderna do turismo cria sobre essa essência um conjunto de outras
atividades instigantes: atrações naturais, parques temáticos etc.
3.
Hidroterapia: Poços de Caldas, Caldas Novas.
Atrações culturais e econômicas (comerciais): Nova Iorque, Berlim, São Paulo.
Climatismo: Campos do Jordão, Davos (Suíça).
Alpinismo: Himalaia (Nepal), Países andinos (Andes).
Esportes de Inverno: Aspen, Bariloche, Chamonix.
Esportes de Verão: Havaí, Austrália, litoral brasileiro.
Experiências ecológicas: Amazônia, Pantanal, Moçambique (Parque da Gorongosa), África do Sul (Parque Krueger)
Há muitíssimos outros exemplos possíveis.
Leitura e Análise de Texto
Página 29
1.
a) Não necessariamente. Serão turistas apenas aqueles que não são do lugar, que
não moram ali. Os que ali moram são visitantes que estão praticando lazer.
GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 8a série – Volume 4
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b) Os moradores das cidades que estiverem ali são praticantes de lazer. Prática
recreativa, cultural, que se realiza onde se mora.
2. Turista é o viajante que está fora do seu lugar, fora do seu cotidiano e que está em
busca de experiência, de conhecer os lugares. O grande objeto de consumo de um
turista é o lugar visitado, antes de tudo.
3. Sair do lugar, sair do cotidiano, é a melhor definição para viagem. A movimentação
que realizamos dentro do lugar e dentro do cotidiano não se caracteriza como
viagem, pois ela não implica preparação, não implica programação.
4.
(VM) dentro do seu cotidiano
(VV) fora do seu cotidiano
(VM) não está hospedado
(VV) está hospedado
(VM) não está viajando
(VV) está viajando
5. A palavra exata para designar essa prática é “lazer”.
6. As diferenças estão no modo como a prática está sendo realizada: quem é turista está
viajando (fora do seu lugar, fora do cotidiano) e quem é do lugar está onde mora e
usando seu tempo livre.
Leitura e Análise de Quadro
Página 30
1.
CCaarraacctteerrííssttiiccaass LLaazzeerr TTuurriissmmoo
1. Uso de tempo livre sob o domínio do praticante
2. Recreação, diversão e passeios diversos
3. Tempo livre no interior do cotidiano
4. Tempo livre fora do cotidiano
5. Prática realizada no seu lugar
6. Prática realizada fora de seu lugar
GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 8a série – Volume 4
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7. Quando apenas alguns lugares são atração
8. Quando qualquer lugar já é atração
2.
a) Que são situações em que turismo e lazer se misturam. Há muita coisa em
comum entre essas duas práticas; por essa razão, descuidadamente, em várias
situações usa-se uma expressão como sinônimo da outra. Mas lazer e turismo são
práticas distintas de igual status conceitual.
b) Que se encontrou o que distingue o lazer do turismo. Por exemplo: prática no
seu lugar ou prática fora do seu lugar são essenciais para identificar o que é turismo e
o que é lazer.
c) Turismo é a viagem – para fora do lugar, para fora do seu cotidiano, em busca do
conhecimento de um lugar, de viver uma experiência. Já o lazer é uma prática no
cotidiano, são as recreações e atividades culturais no tempo livre, no seu lugar.
Leitura e Análise de Texto
Página 32
1. Cotidiano é o conjunto das atividades e das localidades que dão apoio ao nosso dia a
dia. Que cabe numa jornada, que pode ser repetida sempre.
2. Até onde nosso cotidiano pode ser exercido é o nosso lugar. Isso define o tamanho
geográfico do nosso lugar. Aliás, define o que é lugar.
Desafio!
Página 32
Essa é uma boa discussão: haveria turismo de negócios? É também uma boa
oportunidade para aplicar a discussão conceitual feita anteriormente sobre o que
distingue turismo de lazer. A princípio pode-se dizer que não é propriamente turismo.
Trata-se de trabalho, de viagem feita com propósitos econômicos, algo que não foi
escolhido pelo ator social que a pratica. A viagem não está sendo feita durante o tempo
livre dessas pessoas, o que não impede as organizações, que exploram economicamente
GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 8a série – Volume 4
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o turismo, de procurar atuar nesse caso ofertando serviços a esses viajantes e até criando
um ramo de mercado: o “turismo de negócios”, que turismo não é, mas ganha em
termos econômicos ao ser chamado assim.
Por outro lado, as pessoas que viajam a negócios usam dos serviços de lazer e
turismo em suas horas de folga ou mesmo para fechar negócios: vão a restaurantes,
cinemas, teatro, aproveitam a estrutura do hotel em que estão hospedadas, entre outras
atividades. Isso significa que, de forma indireta, podem utilizar a estrutura criada
inicialmente para o lazer e o turismo. Nesse sentido, em localidades que concentram
muitos viajantes de negócios, é comum encontrar estruturas turísticas criadas para esse
público.
Tais posições vêm reiterar que, no debate promovido em sala de aula, o importante é
que os alunos desenvolvam a argumentação a partir de posições diferentes sobre um
assunto que não apresenta consenso.
Leitura e Análise de Quadro
Página 33
1.
a) Sítio turístico é uma atração turística isolada propriamente dita. Por exemplo: as
pirâmides do Egito, ou então as Cataratas do Iguaçu. Nelas ninguém mora, no
entanto elas são objeto de visitação e preservação.
b) São os serviços que dão suporte ao turismo: transportes diversos (traslados, city
tours ); sistema de hospedagem (hotéis, pousadas, albergues). Esses são os
principais. Quanto mais a atividade se desenvolve, mais se inventam coisas. A
grande e avassaladora invenção nesse ramo que é classificada como infraestrutura,
mas também é atração, são os parques temáticos.
c) São aquelas localidades que recebem fluxos importantes de turismo numa dada
estação do ano (um dos sentidos da palavra que a caracteriza). São cidades médias
que crescem enormemente na temporada: cidades praianas, estações de esqui etc.
Ubatuba, em São Paulo, e Campos do Jordão, também neste estado.
GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 8a série – Volume 4
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d) Uma cidade grande completa, com múltiplas atividades econômicas e culturais,
pode atrair turistas. Aliás, são as grandes cidades os principais destinos turísticos:
Nova Iorque, Paris, Rio de Janeiro, Salvador e Barcelona são bons exemplos.
2. O sítio turístico, a atração propriamente dita, não é localidade de moradia nem de
hospedagem, e não tem escala para isso, além do mais o local tem de ser preservado.
Mas isso não é absoluto, o mundo muda, as possibilidades surgem e hoje já temos
hotéis mergulhados em plena Floresta Amazônica. O hotel e a floresta são em si uma
espécie de sítio turístico.
3. Numa cidade turística a capacidade de recepção é total. A rede de hotéis (e de outros
meios de hospedagem) é vasta e espalhada em seu espaço. Uma cidade como Nova
Iorque, ou Paris, pode receber milhões de turistas em um breve intervalo de tempo.
Já numa estação turística o volume de pessoas também é grande, e ela tem grande
capacidade de recepção. No entanto, fora da temporada aquelas estruturas ligadas à
recepção ficam vazias. Isso é típico das estações turísticas.
4. Nas cidades turísticas a população local é sempre grande, e o turismo é apenas uma
das atividades do espaço e, por mais turistas que cheguem, a população local é
sempre maior. O que não vai acontecer numa estação turística, que na época da
temporada tem nos turistas o seu maior contingente de pessoas.
LIÇÃO DE CASA
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A redação que aqui se propõe está bem clara. Além do texto novo para leitura, está se
propondo que se problematize tudo o que foi trabalhado em termos conceituais
anteriormente. Esse deve ser o critério, aliás, de acompanhamento dessa atividade. O
uso das ideias anteriores, a transferência de conteúdos e de conceitos. É num texto como
o que se propõe que se pode avaliar melhor o andamento do aprendizado.
GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 8a série – Volume 4
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Leitura e Análise de Mapa
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1. Nessa coleção de mapas há duas informações básicas: fluxos de turistas
internacionais (na verdade, de continente a continente). Isso está representado por
meio de setas de larguras variadas e proporcionais ao tamanho do fluxo (quantidade
de turistas que estão no fluxo). Há também uma representação dos turistas dentro dos
continentes (turismo intracontinental). Isso está representado por meio de círculos
proporcionais ao número de turistas.
2. Para que os fluxos não se superpusessem e impedissem a visualização. Afinal, a
cartografia é uma linguagem visual, que deve permitir que percebamos visualmente
(e espacialmente) a geografia do fenômeno. Não se podendo ver, tudo está perdido.
3. O fluxo turístico da Europa para os EUA é enorme. Da Ásia também. Os EUA são
um destino muito procurado, em razão do poderio desse país, das grandes cidades
que possui, das múltiplas atrações que ali existem (parques temáticos visitados pelo
mundo inteiro). É importante lembrar que as influências culturais dos EUA sobre o
mundo são enormes. Por meio do cinema e de programas de televisão os lugares dos
EUA passam a ser conhecidos por todos, tornando-se objeto de desejo de visitação, e
assim por diante. Quem não quer conhecer Nova Iorque, por exemplo.
4. A Europa também é um destino muito procurado (até mesmo mais que os EUA). As
razões são praticamente as mesmas que aquelas que justificam o turismo para os
EUA. Aliás, na Europa inventou-se o turismo. Para a Europa vão, em grande
número, os estadunidenses, os asiáticos, os sul-americanos etc. E a Ásia se integra
cada vez mais ao mundo. O Japão, sua economia e sociedade mais avançada, envia
muitos e muitos turistas para a Europa e os EUA.
5. Estão na Europa tanto quanto nos EUA. Primeiro, porque são os principais destinos e
os principais emissores de fluxos de turistas para outros continentes. Segundo,
porque no interior da Europa ocorre a maior movimentação de turistas nas estações
do ano: dos países frios (nórdicos, Alemanha, Holanda etc.) para os países quentes
(Espanha, Grécia).
6. Está representado o número de turistas que circulam internamente em cada
continente, por meio de círculos proporcionais. Essa forma de representação sem
GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 8a série – Volume 4
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setas nos faz pensar nas menores distâncias que são percorridas. Por essa razão (e por
conta também da largura proporcional das setas) esse mapa pode ser chamado de
mapa quantitativo de fluxos.
7. A largura das setas, que é proporcional, e a legenda podem identificar seus valores
exatos. Mas apenas visualmente isso já é possível, pois larguras diferentes formam
uma imagem muito clara para quem observa o mapa. Não há como olhar a coleção
dos mapas e imediatamente não notar onde estão os maiores fluxos.
8. As grandes atrações turísticas da Europa são suas cidades. Em especial para quem
vem de outros continentes. Mas também não se pode negligenciar a importância do
turismo “sol-areia” de verão que se dá por ali, mas neste caso principalmente para o
público interno do próprio continente europeu.
9. Eis aí uma questão importante. Não parece que as grandes cidades europeias tenham
sofrido processos significativos de degradação, muito ao contrário: o turismo
significa aportes importantes de recursos para várias delas e isso tem revitalizado as
cidades. É bom refletir nisso para não tornar mecânico e natural que turismo sempre
causa degradação. Não é tão óbvio, não é tão simples.
10. Sem dúvida é da Europa, e a representação dá plena visualização dessa situação.
11. Novamente é a Europa. Lá se inventou o turismo, lá se inventou também o tempo
livre disponível para viajar (as férias). A renda também é elevada, as relações de
trabalho, mais sólidas, enfim há todo um contexto que permite que o turismo seja
uma prática bastante difundida na Europa. Condições semelhantes nos outros
continentes estão permitindo o crescimento dessa prática.
12. Essa situação acontece em praticamente todos os continentes. Nos EUA isso é
evidente, na Europa, mais ainda.
13. Pelo que se vê no mapa, não. Existem grandes fluxos turísticos intercontinentais,
logo, percorrem-se grandes distâncias. Eles são crescentes, as viagens estão
barateando, o mundo está encolhendo, está ficando menor para parte da humanidade.
GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 8a série – Volume 4
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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4
UM MUNDO MAIS FLUIDO: OS CAMINHOS GEOGRÁFICOS DAS REDES ILEGAIS
Leitura e Análise de Texto
Página 40
1. Que aumentou a escala das relações. Que hoje é possível agir na escala mundial de
modo cada vez mais eficiente e acelerado (mais um exemplo do mundo diminuindo).
De qualquer forma, nem todos e nem todas as relações podem se beneficiar das ações
nessa escala, mas quem pode consegue vantagens. Empresas transnacionais obtêm
parte de sua força daí. E também redes criminosas. É mais difícil coibir o crime nessa
escala.
2. As vantagens são as seguintes: mercados mais amplos, acesso a fontes de matéria-
prima, controles menos rígidos (acesso a), diversidade de situações para agir mais
criativamente etc.
3. Coibir o crime e os grupos em escala nacional já é difícil, porém as forças policiais
conseguem ter alguma eficiência. Mas na escala global não existem polícias
estruturadas; se as operações criminosas se dão num país e o comando está em
outros, ou pulverizado pelo mundo, reprimir algo assim fica mais difícil.
4. “Dinheiro sujo” são ganhos obtidos com práticas criminosas diversas. Uma maneira
eficiente de combater o crime é dificultar a circulação desse dinheiro, exigindo
demonstração de origem legal. Para os proprietários (criminosos) desse dinheiro é
importante que ele se torne legal, que ele se purifique. Esse mecanismo no mundo do
crime chama-se lavagem de dinheiro. E isso é feito em países que aceitam no seu
sistema bancário oficial o dinheiro sujo e, depois, permitem investimentos e
remuneração, o que dá caráter legal ao dinheiro.
5. Existem vantagens econômicas importantes ao receber dinheiro sujo. Os países que
assim fizerem lucrarão, mas é importante notar que na maioria dos casos estes são
GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 8a série – Volume 4
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países pequenos, sem recursos, que o fazem. Há situações de outro tipo (como no
caso da Suíça), e sobre elas há um pouco mais de controle.
6. São cada vez mais rígidos. Mas ainda estão muito longe da eficiência desejada e são
vários os problemas que se podem notar. Um exemplo é o grande fluxo de produtos
piratas que circulam pelo país.
7. Fragiliza, sim, por um lado. É só verificar o que acontece na internet. É muito difícil
controlar o que circula direta e indiretamente por esse meio. Por outro lado, a
globalização talvez venha dar ensejo à formação de novas maneiras de coibir as
organizações que atuam em escala global.
Leitura e Análise de Texto
Página 42
Os elementos que foram trabalhados anteriormente associados à leitura desse texto
vão permitir que a redação seja feita e tenha resultados produtivos. Note que o que se
pede é que, baseado na ironia presente na expressão “paraíso fiscal”, o aluno procure
relatar tudo o que entendeu sobre o tema tratado. Não importa se haverá repetições,
aliás, elas são necessárias para a familiarização do aluno. Outra vantagem interessante:
um tema como este, bastante voltado para fatos da vida real, um pouco delicado –
crimes, organizações criminosas, esquemas de lavagem de dinheiro etc. –, dá nova
importância à escola e à aproximação com a realidade. Ao mesmo tempo, desmistifica
certos assuntos, tidos como incompreensíveis.
Leitura e Análise de Mapa
Página 44
1. Esse é um mapa qualitativo. Mostra a localização de duas coisas, que são os tipos de
paraíso fiscal. Para isso faz uso de pequenos círculos: um sólido e outro com
contorno marcado. É possível, por seu intermédio, visualizar a distribuição desses
paraísos e notar facilmente como boa parte deles situa-se em ilhas. É um caso a se
pensar, ilhas são pequenas, são isoladas, são protegidas naturalmente.
GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 8a série – Volume 4
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2. O mapa não representa a diferença de importância entre os paraísos fiscais E não usa
nenhum recurso para isso. E também não faz uso de informações desse tipo.
3. Certamente não movimentam volumes semelhantes, mas pela própria natureza do
negócio as informações sobre esses fluxos e volumes são sigilosas, daí a dificuldade
de se chegar a informações mais concretas.
4. Fazer uma lista numa tabela não nos daria a visualização de alguma geografia do
fenômeno, a respeito desse aspecto de eles se situarem especialmente em ilhas.
LIÇÃO DE CASA
Página 46
1. Não exatamente, pois se pode notar a presença de localidades europeias bem ricas,
mas percebe-se principalmente a presença nesta situação de países pequenos e pobres
(ou muito dependentes desse tipo de atividade).
2. Sem dúvida, por enquanto as organizações ilegais estão se beneficiando dessas
facilidades crescentes trazidas pela globalização, pelo aumento da escala geográfica
das relações. Tráfico de drogas, circulação de produtos piratas estão por aí com mais
força de penetração nos mercados. Mas esse é o quadro do momento. É preciso ver
melhor que rumos esse tipo de atividade tomará, e que repressão virá a sofrer no
desenrolar do processo de globalização.
3. Alternativa d. Ilhas distantes favoreciam a atividade de paraíso fiscal por um lado,
mas por outro o acesso difícil, a dificuldade de comunicações impedia um uso maior.
Agora, com os novos sistemas de comunicação as coisas mudaram
significativamente. Operações são feitas com todo o sigilo e em grande velocidade de
qualquer parte do planeta.