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Edição 08 : : Julho de 2014 : : Itajaí LE PARKOUR Veja o que é, e como você pode utilizar CARRO INOVAÇÃO O esporte francês que conquistou o Brasil Você está cuidando bem dele? R$ 2,00 9 772357 717009 00008 ISSN 2357-7177

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A sua revista de negócios e atualidades

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Edição 08 : : Julho de 2014 : : Itajaí

LE PARKOUR

Veja o que é, e como você pode utilizar

CARRO

INOVAÇÃO

O esporte francês que conquistou o Brasil

Você está cuidandobem dele?

R$ 2,00

9 772357 717009

0 0 0 0 8ISSN 2357-7177

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editorial 04

EDITOR Henrique Otávio de Almeida

DIRETOR DE CRIAÇÃOFábio Kiyoshi Suzuki

GERENTE COMERCIALRodrigo da Costa

TEXTOS João Pedro Machado Pereira, Marcelo Baumgarten,

Adriana Sikora, Julia Wiltgen, Janete Krueger, Rafaella C.G. Baldança, Flávia Mantovani

CAPAFotos: Fábio Kiyoshi Suzuki

COLABORARAM NESTA EDIÇÃOSayonara Fotos

IMPRESSÃO E ACABAMENTOTipotil

DISTRIBUIÇÃOEditora Norte Catarinense Ltda

Revista PERFIL Itajaí é distribuída com exclusividade no litoral norte de Santa Catarina, na cidade de Itajaí.

PARA ANUNCIAR (47) 3345.2554 (47) 9912.9179 (47) 9961.4191 [email protected]

REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO Rua Albatroz 158, Balneário Piçarras – SC

CEP 88380-000(47) 3345.2554 | (47) 9912.9179

[email protected]

Revista PERFIL Itajaí, edição 08, Ano 02, é uma publicação mensal da Editora Norte Catarinense Ltda.

Todos os direitos reservados.

Revista PERFIL Itajaí não se responsabiliza por conceitos emitidos em artigos assinados ou por qualquer

conteúdo publicitário e comercial, sendo esse último de inteira responsabilidade dos anunciantes. As imagens

sem créditos foram fornecidas para divulgação.

ATENDIMENTO AO LEITOR [email protected] conosco, dê sua opinião!

DIRETOR - EDITOR Henrique Otávio de Almeida

Itajaí

Ela é simpática, divertida e muito profissional. Estamos apre-sentando o trabalho e a vida da arquiteta que já ilustrou duas capas da revista PERFIL - em Setembro de 2013 na cidade de Navegantes e no mês de Março de 2014 na cidade de Joinville.

Esta é a terceira vez que ilustramos a vida de Janete Krueger, uma mulher empreendedora que investiu no nome sua paixão.

Conhecida no litoral norte de Santa Catarina por seus projetos residenciais, agora investe positivamente no projeto de decora-ção. Aliando todos os serviços em seu escritório, abre as portas para a imaginação e desejo de seus clientes, que agora podem escolher a qualquer momento o layout ideal para seu imóvel.

Confira a entrevista exclusiva e aproveite a sabedoria!

Henrique OtávioEditor

EmpreendedoraArquiteta e

Arquiteta e Empreendedora

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O termo “Inovação” apareceu fortemente no ce-nário empresarial como ferramenta chave para construção do diferencial competitivo das or-ganizações. Derivativa da palavra latina “Inno-

vatio”, inovação significa tornar novo, introduzir novidade ou fazer algo como não era feito antes.Apesar do conceito já ser comumente usado no âmbito estratégico empresarial, tendo empresas como a 3M, Google e Apple como referencial de sucesso neste campo, muitos empresários ainda desconhecem o seu funciona-mento, mesmo que já tenham usado inovações em suas empresas.Desde o surgimento do tema até os dias atuais muitas coisas já se transformaram no uso da inovação como es-tratégia, porém ainda existem muitas frentes divergentes quanto ao que é ou não inovação.Para compreendermos melhor o conceito, temos que fazer a distinção entre: inovação e invenção. Invenção é a criação de algo, sem que necessariamente esteja im-plementado no mercado, uma invenção criada poderá

Por : : Marcelo Baumgarten – Consultor [email protected]

até se tornar uma inovação. Já a inovação é a criação de algo novo ou significativamente melhorado que foi imple-mentado e aceito com sucesso pelo mercado e que tem a capacidade de gerar valor econômico. Como exemplos, podemos citar a criação do avião ou o telefone celular. Quando se fala em inovação como estratégia empresarial, entende-se que é possível criar através da formatação de um processo de gestão de inovação, vantagens contínuas para as empresas, e essas vantagens poderão contribuir com o crescimento do diferencial competitivo de uma or-ganização frente aos seus concorrentes.A inovação nas organizações é também um processo fi-nito, pois uma vez que uma inovação concebida por um empresário é aplicada em outro negócio, o diferencial competitivo criado acaba se perdendo, fazendo com que o empresário tenha que buscar uma nova inovação com capacidade de colocá-lo à frente novamente.Bom, até aí tudo bem, mas como usar a inovação como ferramenta estratégica na minha empresa?Primeiro é necessário conhecer a empresa como um todo,

saber o que ela tem de bom e de ruim, é preciso identifi-car as oportunidades e ameaças existentes no mercado e modificar a cultura da empresa para que esta passe atra-vés da cooperação mútua dos seus colaboradores a criar soluções para as questões identificadas. A criação desta cultura organizacional pautada na criação de soluções para as questões identificadas é que permitirá que a empresa esteja sempre à frente, criando ações novas ou melhoradas para seus processos, produtos e serviços deixando sempre consigo a vantagem sobre as outras no mercado.

Referências de leituras sobre o tema:

O Poder da Inovação - a Experiência da 3m e de Outras Empresas Inovadoras de Luiz Eduardo Serafim, editora Sa-raiva.A Estratégia do Oceano Azul - Como Criar Novos Merca-dos e Tornar a Concorrência Irrelevante de W. Chan Kim e Renée Mauborgne, editora Campus.

A TAL DA

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consultoria & negócios08

A preocupação das empresas com o seu maior patrimônio, o funcionário, é cada vez mais eviden-te. Reflexo dessa relação estreita são os serviços prestados pelas grandes e pequenas companhias, muitos deles quase imperceptíveis, mas que agre-gam valor e reconhecimento ao colaborador. O transporte corporativo nasceu de uma neces-sidade básica de deslocamento comum à maioria das empresas. Mais do que uma prestação de ser-viço, a oferta ganhou o mercado com outro rótulo. “Muitos acham que é um gasto, mas eu vejo dife-

rente. O transporte corporativo é um investimen-to, como é o plano de saúde”, compara Marcilene Freitas de Souza, 38 anos, gerente administrativa da 4 Ilhas Transportes, de Itajaí. O trabalho consiste em deixar o funcionário na empresa, no início do expediente, e levá-lo de volta para casa, ao final dele. Para isso, a 4 Ilhas dispõe de oito vans, todas confortáveis e que atendem às exigências de segu-rança e comodidade. “O colaborador não precisa acordar cedo, no frio, e ainda ter que dirigir. Nós o pegamos e deixamos na porta de casa”, acrescen-ta Marcilene. Além da segurança do funcionário, o transporte corporativo, de acordo com Marcilene, garante a pontualidade e evita o estresse, causado, sobretudo, durante os horários de pico no trânsi-to. “Nós temos quatro ou cinco clientes, entre eles a Bunge Alimentos e a Adina”, revela. Boa parte dos clientes atendidos pela 4Ilhas oferece o ser-viço gratuitamente ao funcionário, o que, para a gerente administrativa, reflete a importância dada à prestação do serviço. “É uma maneira de mos-trar ao colaborador que ele vale muito e não está ali apenas para servir”, conclui. A terceirização do

serviço de transporte de funcionários é uma prá-tica antiga adotada pelas empresas brasileiras, a maioria delas preocupada com o deslocamento dos colaboradores, dentro e fora do ambiente de trabalho. De acordo com a 27ª Pesquisa “Plano de Benefícios”, feita com 262 empresas, em 2009, 56% das companhias já ofereciam transporte cor-porativo funcional aos colaboradores. Essa mesma pesquisa apontou que os empresários optaram pelo serviço devido, sobretudo, ao conforto, pon-tualidade, segurança e tranqüilidade propiciada aos funcionários e ao próprio empregador. Além disso, concluíram que o trabalhador evita o estresse do congestionamento e o desconforto do transporte público. Dois dos pontos mais abordados foram a “disposição” e a “energia” com que os funcionários chegariam para trabalhar, o que, automaticamente, influenciaria diretamente na produtividade. A pró-pria imagem da empresa foi citada como benefici-ária. Para os empresários ouvidos, a terceirização agrega valor e faz com que a companhia seja vista como um local agradável para se trabalhar.

transporte corporativoUm investimento chamado

Por : : João Pedro Machado Pereira - Jornalista

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10 motors sports

NÃO FAZER O REPARO IMEDIATO DE POSSÍVEIS AMASSADOS Rodar com o veículo que sofreu algum tipo de amassado por muito tempo, sem fazer os reparos necessários, pode sair ainda mais caro do que seria. “Ocorre que com o tempo a peça danificada sofre corrosão, pre-judicando o processo de reparação da peça e fazendo com que a mes-ma tenha de ser trocada por uma nova”, explica José Luis Anapolski, engenheiro mecânico e proprietá-rio da loja especializada em pintura automotiva Clinicar de Porto Alegre.

MANTER O PÉ NA EMBREAGEM AO LONGO DO PERCURSO Este vício do motorista é muito arriscado, pois reduz a vida útil do conjunto disco, platô e rolamentos.“Em qualquer sis-tema de embreagem, seja à cabo ou hidráulico, essa prática pode afetar até mesmo o volante do motor, acarretando em uma manutenção cara”, alerta Francisco Oliveira, da Copa-gra. Segundo Tales Roger, o registro de ocorrências envolven-do problemas com a embreagem é frequente. “Geralmente a garantia de uma embreagem é de seis meses ou 10 mil quilômetros.rodados.Quem tem a mania de deixar o pé sempre na embreagem reduz esse tempo pela metade”, conta. Em média, o cus-to de um novo conjunto de embreagem é deR$ 290.

responsáveis pelo desgaste precoce do carro Por : : Adriana Sikora – Jornalista

DEIXAR DE LAVAR O CARRO POR LONGOS PERÍODOS

Para manter a pintura do carro impecável, existem diversos recursos disponíveis como polimento, espelhamento e en-velopamento do automóvel. Porém, de nada adianta investir nas técnicas sem realizar a manutenção básica de limpeza. Uma série de fatores como sementes e resíduos de árvores e dejetos de pássaros, se não retirados rapidamente e de for-ma correta, podem danificar a pintura com manchas. Antes de tentar retirar os resíduos já fixados na pintura o ideal é umedecê-los até que amoleçam e saiam com facilidade, sem riscar a lataria”, explica Andre Martini, gerente da unida-de Azenha da empresa especializada em pintura automotiva Make-Up. Outra dica é carregar sempre no carro itens para fazer a retirada imedia-ta das sujeiras: “tenha sempre no veículo um borrifador de água e um detergente neutro para remover as resinas”, in-dica José Luis Anapolski, da Clinicar.

Realizar todas as revisões programadas pela con-cessionária em seu carro pode não ser garantia absoluta de que a vida útil de suas peças seja prolongada. Tudo porque, uma série de cuidados especiais extra-oficina devem ser tomados pelos proprietários de veículos. A fim de esclarecer o que ocorre a partir de alguns dos principais hábi-tos duvidosos dos motoristas em relação aos seus automóveis - como circular com tanque de com-bustível na reserva, manter o pé na embreagem durante o percurso ou postergar o conserto de amassados - consultamos especialistas do setor automotivo. Confira abaixo as explicações e evite que diversos sistemas do seu automóvel sofram desgaste antes do prazo normal.

CIRCULAR COM COMBUSTÍVEL NA RESERVA Deixar o tanque de combustível atingir a reserva e ainda rodar com ele pelas ruas, oferece diversos riscos ao moto-rista. Entre eles estão à pane seca - quando o motor apagar por falta de combustível - e a queima do motor da bomba elétrica de combustível. “ Essa prática pode reduzir a vida útil do sistema”, garante Francisco Oliveira, gerente da Ford Copagra em Porto Alegre. Um novo conjunto de tanque de

combustível pode custar em média cerca de R$ 280, fora das conces-sionárias. “Os problemas podem aparecer já nos três primeiros me-ses de vida do carro”, afirma Tales Roger, consultor técnico da Pedroso Auto Center há 18 anos.

RASPAR RODAS NO CORDÃO DA CALÇADA A falta de atenção ao estacionar ocasiona não só o prejuízo estéti-co ao automóvel, como também danos à roda e à banda lateral do pneu. “Outro problema é o desali-nhamento da geometria do veículo, que pode até rasgar a lateral do pneu e torná-lo inútil”, explica Fran-cisco Oliveira.

PASSAR EM QUEBRA-MOLAS NA DIAGONAL Prática muito realizada por donos de carros rebaixados para não “raspar” a lataria, é considerada pelos especia-listas, um “tempo perdido”. “Esse movimento costuma torcionar excessivamente a estrutura do veículo e com o tempo resulta em ruídos e desalinhamento. O correto é sempre passar em linha reta”, garante Francisco Oliveira.

DEIXAR O CÂMBIO EM ”PONTO MORTO” (MODO NEUTRO, SEM ENGATE EM MARCHA) Ao contrário do que muitos moto-ristas, pensam deixar o cambio em ponto morto em descidas (lombas) não promove economia de com-bustível. “É uma prática errônea porque impede a ação do freio motor, sobrecarregando o sistema de freios”, explica o gerente da Co-pagra.

NÃO ATIVAR VIDROS ELÉTRICOS REGULARMENTE Pode não ser óbvio, mas a movimentação frequente de todos os vidros do carro – em especial dos vidros elétri-cos – evita possíveis travamentos e até mesmo a quebra de peças como a máquina de vidro, uma das principais ligadas à sustentação do vidro. Segundo Robson Morei-ra, proprietário da Agora Baterias e Acessórios, a falta de ativação e de outros cuidados, pode ocasionar problemas já nos primeiro meses de vida de alguns modelos do mer-cado. “Para garantir o bom funcionamento recomenda-se realizar a subida e descida dos vidros frontais e traseiros diariamente. Se possível o ideal é também fazer a lubrifi-cação das canaletas, pelo menos uma vez por semana”, recomenda. A ativação dos vidros também auxilia na remoção de detritos alojados nas pestanas e canaletas das janelas.

8 maus hábitos

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Não há bolha imobiliária, mas imóvel está caroAnálise da Poli-USP mostra que tudo indica que não há bolha no mercado imobiliário; o que não significa que imóveis não estejam caros para a população

Por : : Julia Wiltgen – Jornalista

Não, o Brasil não está vivendo uma bolha imobiliária no mercado residencial, mas re-almente os preços dos imóveis cresceram muito acima da renda do brasileiro – ou seja,

apesar do aumento da renda dos últimos anos, os imó-veis residenciais ficaram sim caros para a população. É o que mostra uma análise capaz de desanimar ainda mais os brasileiros que se sentem longe de conseguir comprar um imóvel próprio que não seja um cubículo em uma boa localização de um grande centro urbano no Brasil.

Feito pelo professor João da Rocha Lima, coordenador do Núcleo de Real Estate da Escola Politécnica da Universi-dade de São Paulo (Poli-USP), o trabalho foi publicado na última Carta do NRE-Poli, publicação trimestral enviada ao mercado e disponível no site do núcleo. Intitulada “Lições sobre Bolhas”, a carta mostra que, ao se deflacionar a alta dos preços dos imóveis residenciais brasileiros entre 2005 e 2013 com base nos custos de construção, o que se mostra não é um cenário de bolha. Mas em 2011 houve sim um ciclo especulativo, já corrigido.“No segundo semestre de 2011, os preços do mercado chegaram a 22% acima do preço justo dos imóveis. Os preços cresceram gradativamente contra o preço justo, até se acomodarem novamente em dezembro de 2013”, disse Rocha Lima em entrevista.

Mas se, por um lado, a disparada dos custos de terrenos e de construção faz com que os preços dos imóveis não es-tejam altos em relação aos custos, o crescimento da renda do brasileiro no período, apesar de significativo, ainda ficou muito aquém da alta dos preços dos imóveis. Segundo a análise do NRE-Poli, de 2005 a 2011, um mesmo imóvel ficou nada menos que 74% mais caro para uma pessoa de um mesmo estrato social. Daí vem o desconforto das pessoas que sonham com a casa própria, mas sentem que não conseguirão pagar por ela tão cedo.

“Seria razoável se os preços subissem de acordo com a curva de capacidade de compra. Mas eles cresceram mui-to acima dessa curva. O que comprova que isso é verda-deiro é que os imóveis estão ficando cada vez menores. A renda não tem crescido na mesma proporção, porque os custos de construção estão subindo muito acima da renda”, diz o professor. Embora não espere uma queda acentuada de preços dos imóveis residenciais nas grandes cidades brasileiras, Rocha Lima acredita que agora os pre-ços devem ficar paralisados, crescendo apenas modesta-mente, de acordo com a inflação.Isso na média. O professor lembra que, em certos lugares – cidades ou mesmo bairros específicos – os custos de produção continuarão a pressionar os preços, por motivos pontuais.

“Ao se aprovar o novo Plano Diretor da cidade de São Paulo, por exemplo, os custos dos terrenos devem crescer muito, o que deve elevar os custos de construção. E não há como embarcar esse crescimento de custos em margens de lucro ainda menores para as construtoras, porque elas já estão muito comprimidas. Assim, os preços dos imóveis devem continuar aumentando”, explica.

Em outras localizações, por outro lado, os preços podem até cair nominalmente. “Construtoras que querem sair de alguns mercados estão fazendo liquidações de estoques, oferecendo descontos. É o que ocorre em Salvador, por exemplo”, observa Rocha Lima. O professor, no entanto, não descarta a possibilidade de queda de preços modera-da dentro de três ou quatro anos. Segundo ele, atualmente, o espaço para queda de preços seria de 6%, em média, segundo estudos da Poli-USP.“Para isso ocorrer, as construtoras precisam praticar custos mais eficazes. A partir do momento em que elas forem capazes de moderar sua eficiência de produção, em que se verificar que a obra ficou mesmo mais barata, aí pode ha-ver uma compressão de preços. Mas as empresas primeiro precisam ter essa visão de que os custos devem baixar e aplicar novas metodologias”, avalia Rocha Lima.

12 mercado imobiliário

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14 ambiente & decoração

Por : : Janete Krueger - Arquiteta Além das grandes intervenções arquitetônicas, o que mais chama a atenção é a preocupação com a sustentabilidade. A maioria dos estádios reaproveita água da chuva e tem geração de energia própria. Os padrões internacionais se baseiam na sustentabilida-de, que é o uso dos recursos naturais para a satis-fação das necessidades presentes e que não pode comprometer as gerações futuras. Alguns estádios como o Mineirão, em Belo Horizonte (MG), que foi um dos primeiros a ficarem prontos, em dezembro de 2012, sofreu intervenções preservando alguns traços. O estádio está na Pampulha, região turística projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer. “Como se tratava de um prédio tombado, tivemos que pre-servar seu casco e, simultaneamente, atender às exigências da FIFA para a construção dos estádios”,

A Arquitetura na nossa vidaA Arquitetura dos Estádios de futebol está um pouco longe do nosso dia a dia, afinal são usados para grandes eventos esportivos em momentos específicos, mas neste mês vamos falar um pou-co deles para entender como a arquitetura e suas intervenções melhoram nossa vida e o uso que fazemos do espaço.

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ambiente & decoração 15

informa um dos arquitetos responsáveis pela obra, Silvio Todeschi. O campo foi rebaixado para melho-rar a visibilidade, corredores foram abertos, elevado-res instalados; tudo para possibilitar que, em caso de imprevistos, os torcedores consigam evacuar o local em até 8 minutos, como a FIFA exige. O estádio mi-neiro, como os demais, adota diversos materiais e ferramentas para preservar o meio ambiente, como o reuso da água de chuva para fins não potáveis (ir-rigação do gramado, lavagem do estádio, descargas, etc. Também possui uma espécie de usina para gerar energia em seu interior. Isso graças às placas foto-voltaicas da cobertura que captam a energia solar e a transformam em energia elétrica suficiente para abastecer 2 mil residências.

O estádio Mané Garrincha, em Brasília abriga tribu-nas projetadas pelo arquiteto brasileiro Castro Mello. E a esplanada ao seu redor, projeto de um escritório alemão, que conta com um teto em forma de anéis sustentado por pilares cilíndricos e uma cobertura suspensa, enquadra seus projetos em conceitos ecologicamente corretos, pois os estádios precisam obter a certificação LEED (Leadership in Energy and Enviromental Design), que avalia itens de acordo com um sistema de pontos, no qual são avaliados critérios como a localização da obra, conexão à rede de trans-portes públicos, teor de energia primária dos materiais de construção, gerenciamento da energia e da água, tetos solares fotovoltaicos, coleta do lixo, assim como o monitoramento de operações, dentre outros.

Os projetos arquitetônicos de grandes estádios, shoppings, hospitais e até mesmo de residências levantam questões importantes na sociedade atual, no qual a preocupação com eficiência energética, coleta de lixo, conceitos estéticos, preservação da história, dentre outros, são assuntos recorrentes e relevantes. Precisamos considerar todas as questões e aprender com o legado que nos é deixado, para assim melhorarmos nossas residências, espaços co-merciais e claro: nossa qualidade de vida.

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Nome completo: Janete KruegerIdade: 38

Naturalidade: BlumenauProfissão: Arquiteta e urbanista

Escolaridade: Superior completoHobby: Leitura

Inspiração: Adora andar na cidade para se inspirar

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Por : : João Pedro Machado Pereira - Jornalista

Lidar com os sonhos do cliente exige a habilidade de entendê-lo em sua essência.Essa capacidade endógena, quase crônica, foi a chave com a qual a arquiteta e urbanista blumenauense Janete Krueger, 38 anos, abriu as portas do mercado de trabalho e alimentou o próprio sucesso. “Eu não imponho meus gostos pessoais sobre os do cliente. Sou apenas uma canalizadora”, revela a profissional.Desde o ano passado, a Janete Krueger Arquitetura e Design oferece também o serviço de revenda e instalação de produtos de acabamento e decoração. Mais do que uma proposta comercial agregada ao trabalho, a ideia é conceber um ambiente harmonioso, que agrade aos olhos e inspire comodidade. “Quando alguém quer decorar, renovar a casa, precisa de tempo para fazê-lo. A Krueger Decor torna essa tarefa mais prática e fácil”, explica a arquiteta.A necessidade de uma transformação urbana em curto, médio e longo prazo inspira ações que Janete levou para a vida profissional. Crítica e ao mesmo tem-po contemporânea, ela assume que a verticalização eliminou um problema, mas criou um monstro com nome e sobrenome. “A estrutura urbana não acompanha esse acréscimo populacional. Os edifícios crescem em número e tamanho, e essas pessoas trouxeram novas demandas”, analisa.Precisa na avaliação, a arquiteta admite que o mercado de trabalho vive uma transformação, justificada, sobretudo, pelo processo de reconhecimento da pro-fissão. “As pessoas estão começando a enxergar a importância do arquiteto no mercado de trabalho”, acredita.Janete recebeu a equipe da revista PERFIL e revelou novidades sobre os novos serviços prestados. Fez ainda uma análise do mercado e dos problemas urbanos da região. Leia e aprenda!

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Há quanto tempo você atua no ramo?Sou formada em Arquitetura desde 2002. Em 2014 faz exatamente 12 anos que eu estou nesse ramo. Inicialmente eu não tinha escritório, trabalhava com atendimento aos clientes na própria residência, de maneira menos formal. A demanda e outras necessidades naturais nos levaram a abrir a sede própria, que está no mercado há quatro anos.

O que exatamente a levou a abrir o escritório?Conforme foi crescendo o trabalho, houve uma necessidade natural de termos um espaço próprio. Além de uma estrutura física para receber o cliente, o espaço ajudou a fortalecer a marca e os serviços prestados.

O que a levou para o mundo da arquitetura? O que mais lhe atraiu na profissão?O mundo da construção civil é o ambiente onde eu sempre vivi, até em função do trabalho desenvolvido pelo meu pai. É o que eu gosto de fazer, o que me realiza profissionalmente e aquilo com o qual me identifico. O tempo passou, e a faculdade nada mais foi do que uma conseqüência dessa relação estreita, que sempre me ligou à atividade. Acredito que desde sempre eu já sabia o que queria para a minha vida profissional. Logo que entrei na faculdade fiz estágio e acabei me envolvendo intimamente com a profissão.

O que exige do profissional para que ele seja um bom arquiteto?A profissão exige criatividade, persistência e, sobretudo, uma conexão, tanto com o projeto quanto com o cliente. Tudo isso precisa estar integrado para que o trabalho possa efetivamente funcionar. O arquiteto precisa se envolver com o projeto e com a ideia do cliente, e não simplesmente fazer o desenho.

Essa habilidade é “crônica” no arquiteto, ou ele a de-senvolve no decorrer da profissão?Não sei se todos os profissionais enxergam da mesma maneira, mas essa é a

forma como eu vejo a arquitetura e como acabo me envolvendo. Como eu trabalho, essencialmente, com arquitetura residencial e comercial de pequeno e médio porte, tenho um contato pessoal muito grande. O envolvimento com os proprietários das lojas e das residências é inevitável, principalmente quando o trabalho é o de designer de interiores. Aí, então, vira uma relação de intimida-de com o cliente. É diferente, por exemplo, se compararmos com o profissio-nal que trabalha com arquitetura institucional, de postos de gasolina, prédios públicos e edifícios multifamiliares. Esse arquiteto, talvez, tenha outro tipo de relacionamento com a arquitetura e com os clientes. Presto consultoria na área de designer de interiores, em que você resolve o problema de um espaço, o repagina, sem necessariamente conceber um novo projeto.

Você lançou recentemente a Krueger Decor. Do que trata essa novidade?A Janete Krueger Arquitetura e Home Design já está firme no mercado e pres-ta serviços de projetos dentro da área residencial e comercial, arquitetura de interiores e de paisagismo. Com a ampliação do espaço físico e também da equipe, acrescentamos a Krueger Decor, uma divisão do escritório, em que são vendidos materiais de acabamento que complementam os serviços já presta-dos. Teremos, entre outros, piso vinílico, cortinas e persianas, papéis de parede, pastilhas de vidro, sancas e rodapés. O cliente pode fechar conosco o projeto e o acabamento, como também apenas só o material de acabamento. A Krue-ger Decor, portanto, vai oferecer esses produtos como um serviço, fazendo a revenda e a instalação desses materiais.

O cliente, de certa forma, cobrava esse tipo de serviço?Surgiu de uma necessidade. Ao prestar consultoria, percebi que o cliente não quer procurar ou não pode, pela falta de tempo, determinados produtos de decoração e acabamento ou então serviços como instaladores. É exatamente isso que a Krueger Decor pensou em oferecer. O serviço está ligado ao es-critório, ficará atrelado ao mesmo espaço, mas cuidará desse detalhe mais

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específico, que são os produtos de acabamento para a decoração. Além de venda direta destes produtos, temos também nossos parceiros, como as lojas especializadas da região.

Há uma tendência de mercado para essa necessidade? Outros profissionais também estão aderindo aos pro-dutos de decoração?Já vi outros profissionais oferecerem esse tipo de serviço, mas não sei que di-mensão isso tomou. Vejo, apesar de tudo, que virou uma necessidade. Quan-do alguém quer decorar ou renovar a casa, precisa de tempo para fazê-lo. A Krueger Decor torna essa tarefa mais prática e fácil. E nem sempre é somente a questão do tempo. Imagine alguém completamente fora desse universo da arquitetura saindo às ruas atrás de uma peça específica. Provavelmente ela vai se questionar se essa peça cairá bem em determinado ambiente. Muitas vezes, nós fechamos a consultoria e a compra do objeto, casamos um e ou-tro, e montamos a imagem daquele ambiente para que o cliente analise as escolhas feitas. Às vezes há um valor agregado num pendente e num sofá, por exemplo, que não viabiliza a compra. A consultoria monta o ambiente, leva os objetos, e a pessoa decide se compra ou não. Isso ajuda, pois muitas vezes o cliente compra um produto de alto valor agregado, põe na sala e este, simplesmente, não vai combinar com o cenário.

Como está a aceitação do público a esse novo serviço?A procura é bastante interessante. Não fizemos grandes trabalhos de anúncio e divulgação, devido à ausência de espaço físico adequado. O que temos feito ainda é aquela propaganda verbal, o chamado boca a boca. Ainda assim, somos obrigados a acelerar o passo para dar conta de atender todo mundo.

Você é uma profissional respeitada. O que acha que fez valer esse reconhecimento?Acredito que a seriedade com que trato o meu trabalho e meus clientes. Exis-te uma relação de muito respeito. Não me importo com a situação social, nem as questões adversas. Da mesma forma, não imponho os meus gostos pessoais sobre os do cliente. Sou uma orientadora, uma canalizadora, tanto na questão técnica, quanto na pessoal, para auxiliar na realização de sonhos.

Às vezes o cliente sabe o que quer, mas não como fazer. Eu não imponho a minha ideia, e essa talvez seja a chave, pois o trabalho é de orientação. É como um rio: se você o tem dentro da calha, ele flui normalmente, mas a partir do momento em que interfere no desenvolvimento dele, passa a ter problemas. Com o cliente é a mesma coisa. Ele tem os próprios anseios, que precisam ser respeitados. Nós tentamos orientá-lo com um amparo técnico e estético.

O que a arquiteta Janete faz para ter inspiração?Tudo é motivo de inspiração, desde o que você lê e assiste até onde você vai e as lojas que visita. Nesse ano visitei a Casa Cor, e isso também ajuda. Uma ideia que você teve com um cliente, uma situação por qual passou, muitas vezes, também o amadurece. Você aprende muito mais com os erros do que com os próprios acertos, e essas experiências inspiram o arquiteto a melhorar. Quando tudo flui facilmente, normalmente não amadurecemos.

O mercado de trabalho está favorável aos arquitetos? Não há dúvida de que temos ainda uma longa caminhada pela frente. Há muita coisa a ser resolvida. Desde o tempo em que eu me formei até agora é pos-sível dizer que a situação melhorou bastante. As pessoas estão começando a enxergar a importância do arquiteto no mercado de trabalho. Então, quando idealizam seu projeto, seja na arquitetura comercial ou residencial, descobrem o quanto o arquiteto pode auxiliar na difícil tarefa de desenvolvê-lo.

Qual é a principal dificuldade de um arquiteto, tanto do que está se formando, quanto daquele que procura colocação no mercado?O maior problema ainda é a falta de reconhecimento da população, de uma maneira geral. As pessoas ainda não entendem a importância de contratar um profissional que o ajude a obter o melhor resultado. Muitos remédios, por exemplo, tiveram o comércio proibido porque os cidadãos se automedicavam. Achavam que tinham conhecimento médico para proceder dessa ou daquela maneira. Na arquitetura funciona da mesma forma.

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O serviço prestado pelo arquiteto ainda é visto como de alto custo financeiro. O que você pensa a respeito disso?Talvez não seja um dos serviços mais baratos disponíveis no mercado, mas há uma explicação bem simples e objetiva para isso. Uma coisa delicada na arqui-tetura e que esbarra no anseio do cliente é que se trata de um trabalho muito demorado. Pensar, desenhar e projetar o que a pessoa pede é um processo lento. Você não pode, simplesmente, fazer qualquer coisa e entregar. O resulta-do desse trabalho, na maioria dos casos, compensa o investimento e a espera.

Você acredita que o fenômeno da verticalização, como acontece, por exemplo, na Praia Brava, em Itajaí, é um mal necessário? O que ele implica para as cidades?A verticalização está acontecendo em toda a região. Nós temos um grande volume de pessoas se deslocando de outras cidades para as cidades litorâ-neas, como Itajaí, por exemplo. A verticalização é necessária porque, simples-mente, você não tem espaço para acomodar todo mundo, todos querem es-tar no mesmo lugar, que é próximo à praia. Houve uma evolução financeira e social nos últimos anos que permitiu às pessoas conquistarem a casa própria, o carro, casa de campo e apartamento na praia. Consequentemente, elas pas-saram a vir para essa região litorânea, devido à grande oferta de trabalho, ou

até mesmo a passeio. O grande problema é que a estrutura urbana não acom-panha esse crescimento populacional. Os edifícios aparecem, crescem, tanto em tamanho quanto em infra-estrutura interna, e essas pessoas constituem uma nova geração que traz consigo mais carros, demanda para coleta de lixo, uso do sistema de transporte público e uso de energia. Tudo isso, fatalmente, trouxe uma sobrecarga para as cidades do litoral.

De que forma acredita que esse problema poderia ser resolvido pelos administradores públicos? É preciso tomar atitudes em curto, médio e longo prazo. Transporte público, abastecimento de água, abastecimento de energia, tratamento de esgoto, coleta de lixo, circulação e mobilidade urbana são situações urgentes e que deveriam estar na pauta. É muito importante pensar em como essas pessoas vão se deslocar. Nós temos basicamente duas situações distintas nas cidades litorâneas: as pessoas que vêm nos finais de semana porque têm apartamento aqui, e o acréscimo de pessoas que vêm morar aqui. Nesse caso, elas agregam em números os serviços públicos já deficientes. Não há transporte público suficiente para atender uma demanda antiga, então o que esperar das cidades com este acréscimo de pessoas? Há problemas a se pensar em curto prazo, como a coleta de lixo e o transporte público. Em médio prazo, é preciso am-pliar o transporte público e a melhoria das vias de acesso. Já em longo prazo,

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ANTES

DEPOIS

Os proprietários precisavam ampliar o espaço para receber mais membros da família, porém

não poderiam interferir no pavimento existente, afinal acabara de passar por uma reforma.

Então a opção foi executar um 2º pavimento, ampliando o espaço, modernizando a edificação

e levando em consideração a questão estética.

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planejar melhor as cidades, bem como aplicar as regras do plano diretor. O pla-nejamento urbano tem de ser eficaz. Todas as novas obras precisam atender às novas normas de construção das cidades, para que se tenha o controle e o dimensionamento das pessoas que vão morar ali. Começa-se a cobrar hoje, mas isso precisa continuar sempre.

O mercado está repleto de arquitetos, mas nem sem-pre é possível identificar o bom profissional, aquele capaz de atender às necessidades do cliente. A que a pessoa deve ficar atenta ao procurá-lo?A minha recomendação é que pesquise. É interessante conhecer a forma como o arquiteto atende seus clientes, faz e desenvolve seu trabalho. Nem sempre um profissional é necessariamente bom ou ruim. A identificação com o arquiteto é tão ou mais importante do que a qualificação dele. Muitos são excelentes arquitetos, mas o cliente simplesmente não se identificou com eles, não tendo um diálogo harmônico. Há também a situação inversa, em que um profissional aparentemente não tão bom conquista o cliente porque conseguiu estabelecer uma relação mais próxima, de confiança com o consumidor, na troca de informações. A chave está no quanto você consegue explorar aquele profissional e a condição que você oferece para que ele apresente e exponha suas ideias.

Deixe uma mensagem para o leitor da PERFIL:Procure sempre um profissional que se identifique com a sua ideologia e seus conceitos sobre arquitetura. Alguém que possa lhe oferecer, sobretudo, aquilo que você idealizou e que acompanhe sua obra. A construção civil é um univer-so extremamente desgastante, então é aconselhável se cercar dos melhores profissionais. É importante ter uma referência tanto em termos de capacitação quanto de identificação pessoal.

Onde fica o escritório: Av. Eugênio Krause, 3034 Armação - Penha

Horário de funcionamento: 8:00 às 12:00 | 14h às 17h

Telefone: 3361-6459 / 9112-3156

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ANTES

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Bandagem FuncionalPor : : Dra. Rafaella Caroline Gaya Baldança. Fisioterapeuta - CREFITO 10-177142-F da Clínica Humana - Navegantes

Em clima de Copa do Mundo no Brasil mais um recurso da fisioterapia ganha destaque. As bandagens funcionais são muito populares entre os atletas, sendo fácil observar essas “fitas coloridas” em qualquer esporte. A bandagem foi desenvolvida na década de 70, no Japão, sendo utilizada em clínicas de diversos países orientais. Porém, o método teve evidência internacional nas olimpíadas de Seoul, em 1988, e a partir deste momento a técnica foi difundida e vem ganhando cada vez mais adeptos.A bandagem é um método terapêutico, capaz de promover estímulos contínuos e prolongados na pele, por diminuir a pressão nos mecanorreceptores e receptores nervosos. Essa diminuição de pressão reduz o envio de estímulos nociceptivos (“dor”) através do sistema nervoso, fazendo diminuir a dor. As fitas não possuem medicamentos, elas agem apenas por efeitos neurofisiológicos e biomecânicos.Essas fitas são constituídas de 100% de algodão e micro fios de elastano, são porosas permitindo que possam ser molhadas e não contém látex, sendo hipoalérgica. Apresentam durabilidade de 3 à 5 dias.Este recurso é indicado para prevenção, tratamento e reabilitação das lesões, sendo um tratamento complementar. Pode ser utilizada para auxiliar na contração ou no relaxamento muscular. São indicadas para alívio da dor em geral, como tendinites, epicondilites, lombalgias, lesões em joelhos, edema, cicatrizes, entre outros.A bandagem funcional é um recurso da fisioterapia, sendo apenas realizada por fisioterapeutas que tenham conhecimento da técnica. O bom resultado da aplicação não está relacionado apenas ao material da bandagem, mas principalmente à avaliação, diagnóstico e aplicação correta, por depender do tipo de tensão necessária, do sentido e da biomecânica corporal.

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Por : : Flávia Mantovani – Jornalista

Le parkourEsporte francês que usa objetos da cidade como obstáculos, conquista adeptos no Brasil

Desenvolvido pelos franceses David Belle e Sebastien Foucan, o esporte foi se alastrando para outros países, principalmente por meio da internet. Os vídeos e fotos com imagens das manobras feitas pelos “traceurs” - como são chamados seus praticantes - rodaram o planeta e foram reproduzidos por pessoas dos mais diversos lugares. No início de 2004, um desses vídeos foi parar nas mãos do animador brasileiro Jacques Kaufmann, 28. “Fiquei impressionado, mostrei para os meus amigos, a gente se empolgou e começou a fazer”, conta ele, que montou com os amigos o grupo Le Parkour Brasil, que se reúne periodicamente para treinar o esporte. Assim como Jacques, que já lutava kung fu, muitos adeptos do “parkour” têm em comum o trajeto pelas artes marciais. “Alguns movimentos são parecidos, como o rolamento no chão”, diz Jacques. Outro integrante do grupo, o psicanalista Eduardo Bittencourt, 29, diz que, além de treinar quatro vezes por semana, percorre os 40 minutos a pé para o trabalho praticando uma modalidade um pouco mais leve do esporte, que ele chama de “miniparkour”. “Sempre levo para o meu consultório uma maleta com roupa esportiva. Tento usar as calçadas de forma criativa, andar pelas cerquinhas, saltar canteiros e pequenos lugares. É algo que exige muito equilíbrio”, conta Eduardo, que, devido à idade média dos participantes - quase todos com pouco mais de vinte anos -, se diz “praticamente um vovô do “parkour’”. “Muitas pessoas querem fazer uma atividade física que emagreça e deixe o corpo mais ágil sem precisar ir a uma academia”, diz o instrutor de defesa pessoal Leonard Akira Hka, 21, que dá também algumas aulas de “parkour” em Bauru e Botucatu (interior paulista). Ele conta que um aluno, que é executivo, usou as técnicas que aprendeu para driblar um engarrafamento. “Ele estava atrasado e ficou preso no trânsito. Estacionou o carro, tirou o blazer, colocou uma regata e saiu correndo e fazendo “parkour”. Ao chegar ao trabalho, se enxugou e entrou no prédio na hora exata.” Segundo Leonard, esse aluno não assume publicamente que pratica o esporte. “Ainda existe um preconceito envolvido. É uma atividade muito rápida, alguns acham até que estamos fugindo da polícia”, diz. De fato, a reação das pessoas ao “parkour” nem sempre é de simpatia. Se há transeuntes que se admiram, param para ver e tiram fotos, outros consideram vandalismo e chegam a chamar a polícia. “Quando eu estou sozinho, as pessoas se surpreendem e acham que sou meio maluco. Quando o grupo está junto, é quase um evento. Tem uma coisa de arte e de criatividade, de improvisar com o espaço que se tem. Muita gente gosta e pára para olhar. Mas tem outro time que acha que estamos destruindo o lugar”, diz Eduardo. Para evitar conflitos, muitos praticantes do “parkour” seguem algumas regras, das quais a não-invasão do espaço privado é a principal. “Há várias regras de bom senso, como não pular carro ou casa dos

O “parkour” é uma atividade puxada, que trabalha várias partes do corpo e exige uma boa dose de equilíbrio. “É um exercício físico completo. No dia seguinte, você estará totalmente cansado, não tem nenhum músculo que você não tenha usado. É um exercício aeróbico, de impacto muscular e ósseo”, afirma Diogo. De acordo com os “traceurs”, isso não significa que pessoas sem um grande preparo físico não possam se aventurar no esporte. “São movimentos que qualquer um pode fazer. No início, você pula de lugares baixos, claro, mas é uma questão de auto-superação”, diz Eduardo. “Correr, pular, saltar e escalar são coisas que o ser humano faz há milhares de anos e que todos deveríamos conseguir fazer naturalmente. O que acontece é que, com a vida moderna, nosso corpo acaba se despreparando”, completa Jacques. O importante é fazer um bom aquecimento antes e treinar a forma correta de realizar as manobras para amortecer o impacto. Há praticantes que usam joelheiras, luvas e caneleiras, mas muitos se valem apenas de uma roupa confortável e um bom tênis. A internet é o melhor lugar para encontrar os “traceurs”: muitos deles se reúnem em blogs e em fóruns virtuais. No site de relacionamentos Facebook, por exemplo, as comunidades sobre o esporte têm milhares de membros.

outros. O “parkour” é um esporte mesmo, não um ato rebelde”, afirma o bailarino Diogo Granato, 28, que decidiu começar a treinar quando viu os “traceurs” fazendo manobras na frente da casa onde mora. “A gente tenta deixar o lugar exatamente como estava quando entramos”, resume Jacques. “Não podemos colocar em risco os objetos públicos nem invadir o espaço do próximo”, diz Leonard.

David Belle Sebastien Foucan

corpo & fitness

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Imagens : : Sayonara Foto e Video

Aconteceu no dia 24-05-2014Igreja São Roque | Recepção: Vieira Gril

Decoração: Carlos Decoração

Casamento Roberto e Graziela

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