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SISTEMATIZAÇÃO DAS NORMAS ELEITORAIS Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral Brasília TSE 2019 7

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Eixo Temático VI:Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

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Eixo Temático VI:Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

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SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS© 2019 Tribunal Superior Eleitoral

É proibida a reprodução total ou parcial desta obra sem a autorização expressa dos autores.

Secretaria de Gestão da Informação SAFS, Quadra 7, Lotes 1/2, 1º andar Brasília/DF – 70070-600Telefone: (61) 3030-9225

Secretário-Geral da Presidência Estêvão Waterloo

Diretor-Geral da Secretaria do TribunalAnderson Vidal Corrêa

Secretária de Gestão da InformaçãoZélia Oliveira de Miranda

Coordenadora de Editoração e PublicaçõesRenata Motta Paes

Responsáveis pelo conteúdoGrupo de Trabalho para a Sistematização das Normas Eleitorais (GT-SNE) – Eixo VI: Luiz Carlos dos Santos Gonçalves (coordenador), Fernando Gaspar Neisser e Pedro Barbosa Pereira Neto

Produção editorial e diagramaçãoSeção de Editoração e Programação Visual (Seprov/Cedip/SGI)

Capa e projeto gráfico Leandro Morais e Rauf Soares

Revisão e normalizaçãoMarina Ribeiro (estagiária), Paula Lins e Patrícia Jacob

Impressão e acabamento Seção de Serviços Gráficos (Segraf/Cedip/SGI)

As ideias e opiniões expostas neste volume são de responsabilidade exclusiva dos autores e podem não refletir a opinião do Tribunal Superior Eleitoral.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)Tribunal Superior Eleitoral – Biblioteca Professor Alysson Darowish Mitraud

Brasil. Tribunal Superior Eleitoral. Sistematização das normas eleitorais [recurso eletrônico] : eixo temático VI : crimes eleitorais e processo penal eleitoral / Tribunal Superior Eleitoral. – Brasília : Tribunal Superior Eleitoral, 2019.

100 p. ; 27 cm. – (Coleção SNE ; 7)

Responsáveis pelo conteúdo: Grupo de Trabalho para a Sistematização das Normas Eleitorais (GT-SNE) – EIXO VI: Luiz Carlos dos Santos Gonçalves (coordenador), Fernando Gaspar Neisser e Pedro Barbosa Pereira Neto.

Modo de acesso: tse.jus.br/o-tse/catalogo-de-publicacoes/lista-do-catalogo-de-publicacoesDisponível, também, em formato impresso.ISBN 978-85-54398-13-2 (coleção). – ISBN 978-85-54398-28-6 (v. 6)

1. Legislação eleitoral – Análise – Relatório – Brasil. 2. Crime eleitoral – Legislação – Brasil. 3. Proces-so penal eleitoral – Legislação – Brasil. I. Brasil. Tribunal Superior Eleitoral. Grupo de Trabalho para a Sistematização das Normas Eleitorais. II. Título. III. Série.

CDD 342.810 7CDU 342.8(81)

Bibliotecária: Sabrina Ruas Lopes – CRB-1/1865

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SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL

PresidenteMinistra Rosa Weber

Vice-PresidenteMinistro Luís Roberto Barroso

MinistrosMinistro Edson Fachin

Ministro Jorge Mussi

Ministro Og FernandesMinistro Luis Felipe Salomão

Ministro Tarcisio Vieira de Carvalho Neto

Ministro Sérgio Banhos

Procurador-Geral EleitoralAugusto Aras

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SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Coordenador-Geral do GT-SNEMinistro Luiz Edson Fachin

Conselho Consultivo do GT-SNEMinistro Og Fernandes

Coordenação Executiva do GT-SNEMinistro Tarcisio Vieira de Carvalho Neto

Juiz Auxiliar Nicolau Konkel Junior

Polianna Pereira dos Santos

Elaine Carneiro Batista

Gabriel Menezes Figueiredo

Eron Júnior Vieira Pessoa

Diego Messina Felisbino

Frederico Alvim

Diogo Cruvinel

Coordenadores dos Eixos TemáticosJoão Andrade Neto (Eixo I)

Carlos Bastide Horbach (Eixo II)

Alexandre Basílio Coura (Eixo III)

Denise Goulart Schlickmann (Eixo IV)

Roberta Maia Gresta (Eixo V)

Luiz Carlos dos Santos Gonçalves (Eixo VI)

Lara Marina Ferreira (Eixo VII)

Jaime Barreiros Neto (Eixo VIII)

Secretaria-Geral do GT-SNEFlávio Pansieri

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SUMÁRIO

Prefácio ................................................................................................................................................................ 7

Apresentação....................................................................................................................................................11

Introdução ........................................................................................................................................................14

1. Exame dos crimes eleitorais ....................................................................................................................16

2. Processo penal eleitoral ............................................................................................................................62

3. Contribuições sem indicativo de norma ..............................................................................................97

4. Referências ...................................................................................................................................................99

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Prefácio

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Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Prefácio

Preambularmente, cabe registrar que o relatório final do Eixo Temático VI escrutinou 16 diplomas normativos e mais de 120 dispositivos legais atinentes às esferas penal e processual penal. Em várias ocasiões, foi sugerida a não recepção de tipos penais materialmente incompatíveis com a Constituição Federal de 1988, dentre os quais cabe exemplificativamente citar os arts. 290, 292, 293, 296, 297, 300, 303, 304, 310, 319, 321, 335, 338, 342, 343, 345, todos do Código Eleitoral (CE)/1965, para demonstrar como a legislação anterior precisa ser esquadrinhada e passada pela filtragem constitucional.

Perceberá o leitor quão minudente e profundo é o relatório, pois trouxe à baila sugestões de revogação de dispositivos, tais como os arts. 295, 320 e 358 do CE/1965, e de declaração de incompatibilidade, como o art. 58, § 7º, da Lei nº 9.504/1997 (diante do estatuto constitucional da magistratura) e o art. 100-A da Lei nº 9.504/1997 (em face do Direito Penal do Estado democrático de direito).

Interessantíssimo perceber como o relatório final foi detalhista, pois ora propugnou pela antinomia de dispositivos legais, como o art. 357, § 1º, do CE/1965 diante do art. 62, IV, da Lei Complementar nº 75/1993; ora requestou o reconhecimento de antinomia parcial, como o caso do art. 339 do CE/1965 em relação ao art. 72 da Lei nº 9.504/1997 (apenas no trecho relativo à destruição de urna); e chegou até mesmo a suscitar declaração de antinomia de apenas um inciso, no caso o inciso III do § 5º do art. 39 da Lei nº 9.504/1997. Tudo isso a demonstrar, de modo insofismável, a diligência na busca de sistematização, no nível mais granular.

Casos há em que as normas continuam em vigor, mas encontram-se de há muito sem aplicabilidade, identificando o relatório que já perderam o objeto (como os arts. 311 e 330 do CE/1965) ou estão em processo de perda de objeto (como os arts. 307, 308, 313 e 315 do mesmo diploma legal). Essa análise é sobremaneira instrutiva, pois auxilia o operador do Direito a identificar normas sumamente atingidas pelo fator temporal, ainda que continuem intactas no texto normativo. Vale aqui frisar o que o próprio coordenador desse Eixo Temático ressaltou na introdução ao relatório final: “Ainda que o caráter de menor potencial ofensivo dificulte o acesso à instância superior, o passar dos anos demonstra que se trata de dispositivos de escassa judicialização, se existente”.

O nobre leitor irá notar que o relatório enfrentou destemidamente vários casos polêmicos, como o cabimento ou não do recurso de embargos infringentes ou de nulidade, bem como do recurso em sentido estrito, no âmbito eleitoral. Na incansável luta por garantir segurança jurídica, aquilatou o relatório, igualmente, temas como o do art. 286 do CE/1965, em que se sugeriu que a resolução sobre crimes e processo penal eleitoral trouxesse detalhamento sobre fixação, cobrança e execução da multa penal eleitoral.

Louvável o relatório final também quando, na busca de conclusões orgânicas, harmônicas e integradoras, perscrutou casos e dispositivos legais, levantou dúvidas quanto a

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Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

eles, os colocou à prova e a teste, mas, ao fim e ao cabo, entendeu não existir antinomia (como o art. 344 do CE/1965) ou prescindir de sugestão no âmbito do projeto de Sistematização de Normas Eleitorais (por exemplo, os arts. 331, 332, 340, 346 e 360 do mesmo diploma legal).

O relatório, ainda, sugere a inserção de algumas normas na Resolução-TSE nº 23.396/2013: a) a possibilidade de que a polícia judiciária instaure, de ofício, inquérito eleitoral; b) a não recorribilidade das decisões interlocutórias, mas o cabimento de mandado de segurança no caso de eventuais gravames irreparáveis; c) a aplicação do art. 319 do Código de Processo Penal no processo-crime eleitoral e o cabimento de habeas corpus no caso de gravame. Com isso tudo, a resolução específica de crimes e de processo penal eleitoral restaria ainda mais completa e atualizada, além de melhor assegurar os valorosos direitos fundamentais e seus remédios constitucionais.

Levando-se em consideração que muitas matérias podem ser detalhadas na forma de resoluções do TSE, o relatório sugeriu que: a) a resolução sobre crimes e processo penal eleitoral poderia indicar o cabimento de embargos à execução da pena de multa, à luz do art. 914 do Código de Processo Civil; b) a resolução poderia regulamentar as audiências de custódia no âmbito eleitoral.

Em suma, o substancioso relatório final configura-se como indispensável para o debate aprofundado dos temas levantados. Os dispositivos e diplomas normativos da esfera penal e processual penal, dessa feita, estarão cada vez mais afinados com os ditames constitucionais e com a sistematicidade do Direito, escopo precípuo do projeto em questão.

Gabriel Menezes Figueiredo

Seção de Pesquisa de Jurisprudênciado Tribunal Superior Eleitoral

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Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

RELATÓRIO FINAL Eixo Temático VI:

Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

(Grupo de Trabalho criado pela Portaria-TSE nº 115 de 13 de fevereiro de 2019)

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SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Apresentação

Excelentíssimo Senhor Ministro Edson Fachin,

Cumprimentando Vossa Excelência, apresentamos o relatório final do Grupo de Trabalho VI (GTVI), relativo às normas penais e processuais penais eleitorais, no bojo do projeto de Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ministra Rosa Weber.

O Ofício nº 2/2016 – GMTVC/TSE, de 27 de março de 2019, encaminhado pelo Excelentíssimo Ministro Tarcisio Vieira de Carvalho Neto, convidou o primeiro signatário a coordenar o GTVI. Aceito o honroso convite, o primeiro signatário convidou, para integrarem o GT, os colegas Pedro Barbosa Pereira Neto, Procurador Regional Eleitoral-Substituto de São Paulo, e Fernando Gaspar Neisser, advogado, Presidente da Comissão de Direito Eleitoral do Instituto dos Advogados de São Paulo.

Depois de estudos preliminares, consulta à literatura e à jurisprudência pertinente, as primeiras impressões do GTVI foram, somadas às dos demais grupos, publicadas e submetidas a exame, crítica e aperfeiçoamentos da sociedade civil e da comunidade científica em audiências públicas realizadas em Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba.

As atividades do GT contaram com o essencial apoio e liderança do Coordenador Executivo, Ministro Tarcisio Vieira de Carvalho Neto, e do Ministro Geraldo Og Nicéas Marques Fernandes, do Conselho Consultivo. O Diretor da Escola Judiciária Eleitoral, Dr. Flávio Pansieri, bem como o Assessor-Chefe da EJE, Dr. Rene Sampar, proporcionaram suporte e incentivo para o bom êxito dos trabalhos. Igualmente imprescindível foi a colaboração dos membros da Coordenadoria Executiva, Dr. Nicolau Konkel (TSE), Polianna Santos (TSE), Frederico Alvim (TRE/SP), Diogo Cruvinel (TRE/MG), Elaine Batista (Assessoria Consultiva/TSE), Gabriel Menezes (Sepjur/TSE) e Diego Felisbino (Seleg/TSE).

A estes agradecimentos soma-se o devido ao Excelentíssimo Presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, Desembargador Carlos Eduardo Cauduro Padin, pelo apoio e espaço cedido para a realização da audiência pública em São Paulo, bem como ao Excelentíssimo Presidente do Instituto dos Advogados de São Paulo (Iasp), Dr. Renato da Silveira, advogado e professor, que propiciou reunião da Advocacia e de representantes do Ministério Público para refletir sobre a proposta de sistematização dos crimes e do processo penal eleitoral.

Por igual, fica o agradecimento ao Excelentíssimo Vice-Procurador-Geral Eleitoral, Dr. Humberto Jacques de Medeiros, pelo apoio pessoal e institucional ao projeto e ao GTVI.

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Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Valiosas participações e contribuições foram dadas pela Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep) e pelo Instituto Brasileiro de Direito Eleitoral (Ibrade). Advogados, funcionários da Justiça Eleitoral e do Ministério Público Eleitoral, professores e estudiosos do tema somaram com sugestões, críticas e aportes, sendo o caso de mencionar o Excelentíssimo Ministro Humberto Martins (STJ); Hélio Freitas de Carvalho da Silveira (advogado e Presidente da Comissão de Direito Eleitoral da OAB/SP); Larissa Tardin Cardoso (TRE/ES); Letícia Garcia de Farias (TRE/RS); Daniela de Cássia Wochnicki (TRE/RS); Matheus França de Souza (Universidade Católica de Petrópolis); Bruno Ferreira de Oliveira (advogado); Rudi Badi Loewenkron (Poder Judiciário); Caio Silva Guimarães (TRE/CE); Rafael Morgental (TRE/RS); André Ramos Tavares (Universidade de São Paulo); ex-Ministro do TSE e advogado Henrique Neves da Silva (Ibrade); Diego Fernandes Gradim (advogado); Antonio Carlos da Ponte (Procurador de Justiça de São Paulo); Igor Pereira Pinheiro (Promotor de Justiça do Ceará); Rodrigo López Zilio (Promotor de Justiça do Rio Grande do Sul e membro auxiliar da Procuradoria-Geral Eleitoral); Silvana Batini (Procuradora Regional da República e professora da Fundação Getulio Vargas); Vera Lúcia Taberti e Ana Laura Bandeira Lins Lunardelli (Promotoras de Justiça e assessoras eleitorais do Ministério Público de São Paulo); Gustavo Badaró e Alamiro Velludo Salvador Netto (professores da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo e advogados); Yasmin Brehmer Handar, Juliana Bertholdi, Marina Pinhão Coelho Araújo e Maria Claudia Bucchianeri Pinheiro (advogadas); Joel de Souza Batista Daniel Zaclis, Rafael Sonda Vieira, Francisco Octavio De Almeida Prado Filho, Milton de Moraes Terra e Audrey Rodrigues de Oliveira (advogados).

Fica o agradecimento aos coordenadores dos demais GTs de Sistematização das Normas Eleitorais, ao Instituto de Referência em Internet e Sociedade (Iris), à Organização dos Estados Americanos (OEA) e à Procuradoria Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte.

No âmbito da Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo, destacaram-se, por seu trabalho, Robson Soares Valença, Fábia Lima de Brito Damia, Guilherme Guimarães Coam, Shaieny Ernandes Biancolin, Italo Aoki e, em especial, a assessora Lais Passos Lauand, sem os quais este relatório não teria sido feito, muito menos de forma tempestiva.

A pesquisa tem como objetivo identificar conflitos na norma eleitoral vigente, no campo dos crimes e do processo penal, revelando antinomias e propondo as soluções que, sem carecer de reforma legislativa, possam ser adotadas, na superior avaliação da Corte Eleitoral, no âmbito de suas competências. As proposições afinal feitas são de responsabilidade do coordenador do GT, não traduzindo, necessariamente, a opinião dos demais membros.

Ao TSE, o agradecimento dos signatários pela confiança em nosso trabalho.

São Paulo, 2 de setembro de 2019.

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Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Luiz Carlos dos Santos Gonçalves

Procurador Regional Eleitoral de São Paulo

Coordenador do Eixo Temático VI

Pedro Barbosa Pereira Neto

Procurador Regional Eleitoral de São Paulo – Substituto

Membro colaborador do Eixo Temático VI

Fernando Gaspar Neisser

Advogado

Presidente da Comissão de Direito Eleitoral do Iasp

Membro colaborador do Eixo Temático VI

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SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Introdução

Tipos penais eleitorais são previstos, de maneira abundante, no Código Eleitoral (CE), Lei nº 4.737/1965. O Código procurou, para cada momento relevante do processo eleitoral, prever um rol de tipos penais sem, muitas vezes, descrever, de modo suficiente, a conduta proibida. Há comportamentos carentes de dignidade penal, protegendo bens jurídicos que poderiam, superiormente, ser tutelados por normas extrapenais. Uma das antinomias de direto interesse do Grupo de Trabalho (GT) é justamente o rol desses crimes sob a ótica da Constituição Federal de 1988, que, além de garantias como a legalidade estrita em matéria penal, traz principiologia afinada com a aplicação subsidiária das normas penais.

Sede alargada de antinomias dá-se com a aplicação subsidiária do Código Penal (CP), determinada pelo art. 287 do Estatuto Eleitoral: “Aplicam-se aos fatos incriminados nesta Lei as regras gerais do Código Penal”. Conquanto necessária, vez que a codificação eleitoral nada fala de temas como causalidade, concurso de agentes, dolo e culpa, extinção da punibilidade, entre outros, a aplicação subsidiária enseja dúvidas sobre a prevalência das normas do CP que, ao menos em sua parte geral, é mais moderno que o diploma de 1965.

Os tipos penais eleitorais saíram de relativo oblívio – em alguns casos, até de dessuetudo – por disposições das demais leis eleitorais. Assim, a Lei nº 9.840/1999, ao prever o ilícito cível da captação ilícita de sufrágio, iluminou a necessidade de aplicação do tipo do art. 299 do CE. Por igual, a Lei Complementar nº 135/2010, chamada de Lei da Ficha Limpa, ao prever inelegibilidade para condenados por extenso rol de tipos penais, incluiu os crimes eleitorais sancionados com pena privativa de liberdade, a partir de condenações colegiadas. Mais recentemente, por força de processos-crime por crimes contra a administração pública e lavagem de dinheiro, com larga repercussão social, condutas como a dos falsos eleitorais, que incluiriam o caixa dois eleitoral, passaram a ganhar visibilidade e destaque. A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) – Inquérito nº 4.435 – que reconheceu a aplicabilidade do art. 350 do CE e vis attractiva dos crimes eleitorais, por igual, trouxe-os ao primeiro plano da atenção pública.

Sem embargo, dados estatísticos da atividade da Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo (www.presp.mpf.mp.br) relativos aos três anos anteriores ao deste relatório indicam a média de que menos de 5% da movimentação processual que ali teve lugar se referiu a processos-crime, em qualquer de seus momentos (inquéritos, recursos, ações originárias, habeas corpus, revisões criminais, etc.).

Pesquisa realizada com o setor próprio do TSE mostrou que muitos dos tipos penais eleitorais jamais mereceram acórdãos desta Corte. Ainda que o caráter de menor potencial ofensivo dificulte o acesso à instância superior, o passar dos anos demonstra que se trata de dispositivos de escassa judicialização, se existente.

Por igual, a normativa processual penal eleitoral, além de antiga, recebe incipiente regramento eleitoral, que remete à aplicação da lei processual comum quando não houver

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Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

dispositivo em sentido contrário. É de controvérsia perene saber quais dispositivos processuais comuns são aplicáveis – até porque o Código de Processo Penal (CPP) recebeu atualizações de índole mais favorável à ampla defesa. O debate sobre a primazia da norma processual comum ou especializada é duradoura e informa boa parte das antinomias ora relatadas.

As tabelas que seguem encontram-se organizadas do seguinte modo: o artigo de lei, a controvérsia suscitada, as opiniões doutrinárias e a solução analítica proposta. Esta última pode ser plural, colhendo opiniões distintas no próprio seio deste GT e nos debates e discussões historiados. Nos casos em que não se faz destaque das visões distintas, estas não foram detectadas. É convergência a oferecer luz forte, conquanto indicativa, sobre a realidade sistêmica da norma penal ou processual referida.

Foram examinados os seguintes diplomas normativos:

• Constituição da República Federativa do Brasil (CF);

• Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965 (Código Eleitoral – CE);

• Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997 (Lei das Eleições – LE);

• Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal – CP);

• Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal – CPP);

• Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil – CPC);

• Lei nº 6.091, de 15 de agosto de 1974;

• Lei nº 6.996, de 7 de junho de 1982;

• Lei nº 7.960, de 21 de dezembro de 1989;

• Lei nº 12.850, de 2 de agosto de 2013;

• Lei Complementar nº 75, de 20 de maio de 1993;

• Resolução-TSE nº 20.105, de 4 de março de 1998;

• Resolução-CNJ nº 213, de 15 de dezembro de 2015;

• Resolução-TSE nº 23.396, de 17 de dezembro de 2013;

• Resolução-TSE nº 23.424, de 27 de maio de 2014;

• Enunciado nº 29 das Câmaras de Coordenação do Ministério Público Federal, aprovado na sessão 468, de 9 de junho de 2009.

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resp

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rá p

or e

sse

crim

e, e

não

pel

o do

art.

290

(REs

pe n

º 198

).

Com

rela

ção

ao a

rt. 2

89, n

ada

a su

gerir

. Ver

, aba

ixo, p

ropo

sição

so

bre

o cr

ime

do a

rt. 2

90.

Códi

go E

leito

ral

Art.

290.

Indu

zir a

lgué

m a

se

insc

reve

r el

eito

r com

infra

ção

de q

ualq

uer

disp

ositiv

o de

ste

Códi

go.

Pena

- re

clusã

o at

é 2

anos

e

paga

men

to d

e 15

a 3

0 di

as-m

ulta

.

Pena

mui

to b

rand

a em

rela

ção

ao

tipo

ante

rior,

cria

ndo

desp

ropo

rção

en

tre a

inst

igaç

ão d

a co

ndut

a e

sua

efet

ivaçã

o. A

des

criçã

o, p

or d

emai

s ge

néric

a, d

a co

ndut

a de

litiva

.

Dout

rina

Para

Jos

é Ja

iro G

omes

, há

nece

ssid

ade

de

inte

rpre

tar e

xten

sivam

ente

a n

orm

a le

gal,

no

sent

ido

de q

ue q

ualq

uer i

nfrin

gênc

ia d

e pr

ecei

to

elei

tora

l, in

depe

nden

tem

ente

de

esta

r ou

não

locali

zado

no

Códig

o, le

va à

oco

rrênc

ia do

deli

to e

m

ques

tão

(GO

MES

, Jos

é Ja

iro. C

rimes

Ele

itora

is e

Proc

esso

Pen

al E

leito

ral. 2

. ed.

Atla

s, 20

16. p

. 51)

.

Antin

omia

em

gra

u m

áxim

o é

a qu

e se

entre

disp

ositiv

o le

gal e

nor

ma

cons

tituc

iona

l. A

reda

ção

do ti

po d

o ar

t. 29

0, a

o m

encio

nar “

infra

ção

de

qual

quer

disp

ositiv

o de

ste

Códi

go”

ofer

ece

desc

rição

inco

mpa

tível

com

o

grau

de

delim

itaçã

o ex

igid

o pe

la

estri

ta le

galid

ade

pena

l. Su

gere

-se

Page 17: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

17

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Cons

titui

ção

Fede

ral

Art.

5º […

]

XXXI

X - n

ão h

á cr

ime

sem

lei a

nter

ior

que

o de

fina,

nem

pen

a se

m p

révia

co

min

ação

lega

l;

Para

Lui

z Ca

rlos

dos

Sant

os G

onça

lves,

a

exte

nsão

do

elem

ento

nor

mat

ivo d

o tip

o, “i

nfra

ção

de q

ualq

uer d

ispos

itivo

dest

e Có

digo

”, é

indi

cativ

a de

sua

não

rece

pção

con

stitu

ciona

l, à

luz

da n

eces

sidad

e de

des

criçã

o le

gal d

a co

ndut

a cr

imin

osa,

art.

5, X

XIX

(GO

NÇAL

VES,

Lu

iz Ca

rlos

dos

Sant

os. C

rimes

Ele

itora

is e

Pr

oces

so P

enal

Ele

itora

l, 2.

ed.

Atla

s, 2

015)

.

que,

por

reso

luçã

o ou

em

resp

osta

a

even

tual

con

sulta

, a C

orte

co

nsid

ere

não

rece

bido

o ti

po d

o

art.

290

pela

Con

stitu

ição

Fede

ral

de 1

988

(CF/

1988

).

Códi

go E

leito

ral

Art.

291.

Efe

tuar

o ju

iz,

fraud

ulen

tam

ente

, a in

scriç

ão

de a

lista

ndo.

Pena

- re

clusã

o at

é 5

anos

e

paga

men

to d

e 5

a 15

dia

s-m

ulta

.

A de

scon

fianç

a em

rela

ção

à at

ivida

de

do ju

iz fa

z m

erec

er ti

po c

rimin

al

autô

nom

o?

As ra

zões

pel

as q

uais

o ju

iz el

eito

ral p

ratic

aria

es

se ti

po d

e fra

ude

talve

z es

tives

sem

cla

ras

em 1

965,

sen

do, a

tual

men

te, o

bscu

ras,

qui

çá

inex

isten

tes.

Não

há,

ent

reta

nto,

ele

men

tos

para

in

dica

ção

de re

voga

ção

cons

tituc

iona

l.

Nada

a s

uger

ir no

am

bien

te

de s

istem

atiza

ção

de n

orm

as

antin

ômica

s.

Códi

go E

leito

ral

Art. 2

92. N

egar

ou

reta

rdar

a a

utor

idade

jud

iciár

ia, se

m fu

ndam

ento

lega

l, a

inscr

ição

requ

erida

:

Pena

- pa

gam

ento

de

30 a

60

dias-

mult

a.

Cons

titui

ção

Fede

ral

Art.

93. [

…]

IX -

todo

s os

julg

amen

tos

dos

órgã

os

do P

oder

Jud

iciár

io s

erão

púb

licos

, e

fund

amen

tada

s to

das

as d

ecisõ

es,

sob

pena

de

nulid

ade,

pod

endo

a le

i lim

itar a

pre

senç

a, e

m d

eter

min

ados

at

os, à

s pr

ópria

s pa

rtes

e a

seus

ad

voga

dos,

ou

som

ente

a e

stes

, em

ca

sos

nos

quai

s a

pres

erva

ção

do

dire

ito à

intim

idad

e do

inte

ress

ado

no s

igilo

não

pre

judi

que

o in

tere

sse

públ

ico à

info

rmaç

ão;

A ex

tens

ão d

o el

emen

to n

orm

ativo

“s

em fu

ndam

ento

lega

l” e

a co

mpa

tibilid

ade

dess

e di

spos

itivo

com

o

perfi

l con

stitu

ciona

l da

mag

istra

tura

.

Dout

rina

Trat

a-se

de

tipo

pena

l que

pod

eria

ter s

ua n

ão

rece

pção

reco

nhec

ida, p

or n

ão a

tend

er à

exig

ência

da

des

criçã

o leg

al da

cond

uta

(GO

NÇAL

VES,

Luiz

Ca

rlos d

os S

anto

s. In

: FUX

, Luiz

; PER

EIRA

, Luiz

Fe

rnan

do C

asag

rand

e; A

GRA

, Walb

er d

e M

oura

; PE

CCIN

IN, L

uiz E

duar

do. D

ireito

Pen

al e

Pro

cess

o Pe

nal E

leito

ral. F

órum

, 201

8. p

. 56)

. É d

escr

ição

que

esba

rra n

a ne

cess

idade

de

mot

ivaçã

o de

toda

s as

dec

isões

judic

iárias

e n

a po

ssibi

lidad

e de

recu

rso

diant

e de

imot

ivada

recu

sa o

u re

tard

amen

to d

a ex

pediç

ão d

a ins

criçã

o ele

itora

l.

Disp

ositiv

o le

gal q

ue n

ão te

ve p

rece

dent

es

loca

lizad

os e

m p

esqu

isa n

o TS

E. P

esqu

isa

nº 6

81/2

019,

fina

lizad

a na

Sec

reta

ria d

e G

estã

o da

Info

rmaç

ão d

o TS

E (S

eção

de

Pesq

uisa

de

Juris

prud

ência

).

Antin

omia

em

gra

u m

áxim

o é

a qu

e se

entre

disp

ositiv

o le

gal

e no

rma

cons

tituc

iona

l. A

reda

ção

do ti

po d

o ar

t. 29

2, a

o m

encio

nar

“sem

fund

amen

to le

gal”,

ofe

rece

de

scriç

ão in

com

patív

el c

om o

gra

u de

del

imita

ção

exig

ido

pela

est

rita

lega

lidad

e pe

nal.

Suge

re-s

e qu

e,

por r

esol

ução

ou

em re

spos

ta a

ev

entu

al c

onsu

lta, a

Cor

te c

onsid

ere

não

rece

bido

o ti

po d

o ar

t. 29

2 pe

la

CF/1

988.

Page 18: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

18

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imin

arSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

Códi

go E

leito

ral

Art.

293.

Per

turb

ar o

u im

pedi

r de

qual

quer

form

a o

alist

amen

to:

Pena

- de

tenç

ão d

e 15

dia

s a

seis

mes

es o

u pa

gam

ento

de

30 a

60

dias

-mul

ta.

O e

mpr

ego

de v

erbo

s in

dica

tivos

de

cond

utas

mui

to v

aria

das,

am

plific

ado

pela

inex

istên

cia d

e fo

rma

prev

ista

para

a c

ondu

ta, p

ratic

ável

“de

qual

quer

form

a”.

Dout

rina

Não

se a

dmite

figu

ra tí

pica

dol

osa

(com

o sã

o to

dos

os c

rimes

ele

itora

is) c

om e

sse

grau

de

aber

tura

na

desc

rição

da

cond

uta

proi

bida

(G

ONÇ

ALVE

S, L

uiz

Carlo

s do

s Sa

ntos

. Crim

es

Elei

tora

is e

Pro

cess

o Pe

nal E

leito

ral.

2. e

d. A

tlas,

20

15. p

. 37)

.

Posic

ionam

ento

cont

rário

de

Igor

Per

eira

Pinh

eiro,

qu

e re

lata

que

o dis

posit

ivo é

com

patív

el co

m a

CF

/198

8 (P

INHE

IRO

, Igo

r Per

eira.

Leg

islaç

ão

Crim

inal

Ele

itora

l: Asp

ecto

s Mat

eriai

s e

Proc

essu

ais. E

ditor

a Ju

sPod

ivm, 2

018.

p. 1

65-1

66).

Disp

ositiv

o le

gal q

ue n

ão te

ve p

rece

dent

es

loca

lizad

os e

m p

esqu

isa n

o TS

E. P

esqu

isa

nº 6

81/2

019,

fina

lizad

a na

Sec

reta

ria d

e G

estã

o da

Info

rmaç

ão d

o TS

E (S

eção

de

Pesq

uisa

de

Juris

prud

ência

).

Antin

omia

em

gra

u m

áxim

o é

a qu

e se

entre

disp

ositiv

o le

gal e

nor

ma

cons

tituc

iona

l. A

reda

ção

do ti

po

do a

rt. 2

93, a

o m

encio

nar r

esul

tado

qu

e pr

atica

do “d

e qu

alqu

er fo

rma”

tis

ne a

tran

quilid

ade

do a

lista

men

to,

ofer

ece

desc

rição

inco

mpa

tível

com

o

grau

de

delim

itaçã

o ex

igid

o pe

la

estri

ta le

galid

ade

pena

l. Su

gere

-se

que,

por

reso

luçã

o ou

em

resp

osta

a

even

tual

con

sulta

, a C

orte

co

nsid

ere

não

rece

bido

o ti

po d

o

art.

293

pela

CF/

1988

.

Códi

go E

leito

ral

Art.

295.

Ret

er tí

tulo

ele

itora

l con

tra a

vo

ntad

e do

ele

itor:

Pena

- de

tenç

ão a

té d

ois

mes

es o

u pa

gam

ento

de

30 a

60

dias

-mul

ta.

Lei n

º 9.5

04/1

997

Art.

91. N

enhu

m re

quer

imen

to d

e in

scriç

ão e

leito

ral o

u de

tran

sfer

ência

se

rá re

cebi

do d

entro

dos

cen

to e

cin

quen

ta d

ias

ante

riore

s à

data

da

elei

ção.

Pará

graf

o ún

ico. A

rete

nção

de

títul

o el

eito

ral o

u do

com

prov

ante

de

alist

amen

to e

leito

ral c

onst

itui c

rime,

Dúvid

a so

bre

sua

revo

gaçã

o pe

lo

art.

91, p

arág

rafo

úni

co, d

a Le

i nº

9.5

04/1

997.

Dout

rina

José

Jairo

Gom

es a

firm

a a

revo

gaçã

o de

sse

artig

o

pelo

pará

graf

o ún

ico d

o ar

t. 91

da L

ei nº

9.5

04/1

997,

que

este

regu

lou to

da a

mat

éria

(GO

MES

, Jos

é Ja

iro. C

rimes

Ele

itora

is e

Proc

esso

Pen

al E

leito

ral.

2. e

d. A

tlas,

2016

. p. 5

8). G

onça

lves v

ai no

mes

mo

sent

ido (G

ONÇ

ALVE

S, L

uiz C

arlos

dos

San

tos.

Cr

imes

Ele

itora

is e

Proc

esso

Pen

al E

leito

ral. 2

. ed.

At

las, 2

015.

p. 3

8 e

265)

.

Igor

Per

eira

Pin

heiro

diz

que

não

há fa

lar e

m

revo

gaçã

o tá

cita

do a

rt. 2

95 d

o CE

pel

o cr

ime

esta

bele

cido

no a

rt. 9

1, p

arág

rafo

úni

co, d

a Le

i nº

9.5

04/1

997,

em

razã

o da

s di

fere

nças

das

co

ndut

as v

edad

as (P

INHE

IRO

, Igo

r Per

eira

. Le

gisl

ação

Crim

inal

Ele

itora

l: As

pect

os M

ater

iais

e Pr

oces

suai

s. E

dito

ra J

usPo

divm

, 201

8. p

. 174

).

Suge

re-s

e o

reco

nhec

imen

to, e

m

reso

luçã

o ou

resp

osta

a e

vent

ual

cons

ulta

, que

o a

rt. 9

1 da

Lei

9.

504/

1997

revo

gou

o ar

t. 29

5 do

CE

, dad

a a

iden

tidad

e da

s co

ndut

as

desc

ritas

.

(Con

tinua

ção)

Page 19: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

19

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

puní

vel c

om d

eten

ção,

de

um a

trê

s m

eses

, com

a a

ltern

ativa

de

pres

taçã

o de

ser

viços

à c

omun

idad

e po

r igu

al p

erío

do, e

mul

ta n

o va

lor d

e cin

co m

il a d

ez m

il Ufir

s.

Tam

bém

Rod

rigo

Lópe

z Zi

lio o

pina

que

co

exist

em a

s fig

uras

del

itivas

pre

vista

s no

ar

t. 29

5 do

CE

e do

art.

91,

par

ágra

fo ú

nico

, da

Lei n

º 9.5

04/1

997

(ZIL

IO, L

ópez

Rod

rigo.

Crim

es

Elei

tora

is. E

dito

ra J

usPo

divm

, 201

4. p

. 96)

.

Estu

dos

e su

gest

ões

Mat

éria

regu

lada

em o

utro

dipl

oma

norm

ativo

. Ar

t. 91

, par

ágra

fo ú

nico,

da

Lei n

º 9.5

04/1

997

(sug

estã

o de

: Ibr

ade

– An

exo

I – O

fício

GT

Po

rtaria

-TSE

nº 1

15 –

CE

– an

álise

de

dispo

sitivo

s).

Códi

go E

leito

ral

Art.

296.

Pro

mov

er d

esor

dem

que

pr

ejud

ique

os

traba

lhos

ele

itora

is.

Pena

- de

tenç

ão a

té d

ois

mes

es e

pa

gam

ento

de

60 a

90

dias

-mul

ta.

O q

ue v

em a

ser

“des

orde

m” e

qua

l o

mod

o de

men

sura

r se

ela

prej

udico

u os

trab

alho

s el

eito

rais?

Dout

rina

Suza

na e

Lui

z Ca

rlos

dos

Sant

os G

onça

lves

ente

ndem

que

ess

e tip

o de

sate

nde

à ex

igên

cia

cons

tituc

iona

l da

desc

rição

lega

l da

cond

uta

crim

inos

a. A

final

, o q

ue v

em a

ser

“des

orde

m”?

O

que

a c

arac

teriz

a? Q

uem

vai

men

sura

r o

grau

de

“ord

enaç

ão” a

par

tir d

o qu

al o

trab

alho

el

eito

ral f

ica p

reju

dica

do?

(G

OM

ES, S

uzan

a de

Cam

argo

. Crim

es E

leito

rais

. Rev

ista

dos

Trib

unai

s, 3

. ed.

São

Pau

lo, p

. 307

.)

Em s

entid

o di

vers

o, p

ara

Igor

Per

eira

Pin

heiro

, a

crim

inal

izaçã

o da

des

orde

m n

ão é

exc

lusiv

a da

sea

ra e

leito

ral e

a d

escr

ição

não

é va

ga e

su

bjet

iva a

o po

nto

de im

pedi

r que

se

cons

iga

extra

ir se

u co

nteú

do (P

INHE

IRO

, Igo

r Per

eira

. Le

gisl

ação

Crim

inal

Ele

itora

l: As

pect

os M

ater

iais

e Pr

oces

suai

s. E

dito

ra J

usPo

divm

, 201

8. p

. 181

).

Rodr

igo L

ópez

Zilio

men

ciona

que

o T

RE/R

S m

ante

ve co

nden

ação

de

cand

idata

a ve

read

ora

que

prom

oveu

des

orde

m e

pre

judico

u os

trab

alhos

na

seçã

o ele

itora

l – R

ecur

so C

rimina

l nº 3

2, re

l. Dra

. Ana

Be

atriz

Iser

, j. 1

6.12

.200

9 (Z

ILIO

, Lóp

ez R

odrig

o.

Crim

es E

leito

rais.

Edit

ora

JusP

odivm

, 201

4. p

. 96)

.

Antin

omia

em

gra

u m

áxim

o é

a qu

e se

entre

disp

ositiv

o le

gal e

nor

ma

cons

tituc

iona

l. A

reda

ção

do ti

po d

o ar

t. 29

6, a

o m

encio

nar “

deso

rdem

”, co

ncei

to in

dete

rmin

ado

e de

forte

vié

s id

eoló

gico

, sem

o m

ínim

o de

talh

amen

to d

a co

ndut

a pr

oibi

da,

adot

a de

scriç

ão in

com

patív

el c

om

o gr

au d

e de

limita

ção

exig

ido

pela

es

trita

lega

lidad

e pe

nal.

Suge

re-s

e qu

e, p

or re

solu

ção

ou e

m re

spos

ta

a ev

entu

al c

onsu

lta, a

Cor

te

cons

ider

e nã

o re

cebi

do o

tipo

do

ar

t. 29

6 pe

la C

F/19

88.

Page 20: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

20

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imin

arSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

Códi

go E

leito

ral

Art.

297.

Impe

dir o

u em

bara

çar o

ex

ercí

cio d

o su

frági

o:

Pena

- de

tenç

ão a

té s

eis

mes

es e

pa

gam

ento

de

60 a

100

dia

s-m

ulta

.

Empr

ego

de v

erbo

s típ

icos

de

signi

ficaç

ão v

aria

da, “

impe

dir”

e “e

mba

raça

r”, s

em in

dica

ção

adici

onal

do

s co

ntor

nos

da c

ondu

ta.

Dout

rina

Gon

çalve

s, na

sua

obra

dou

triná

ria C

rimes

El

eito

rais

e Pr

oces

so P

enal

Ele

itora

l, afir

ma

que

esse

arti

go ta

mbé

m é

indic

ativo

de

incon

stitu

ciona

lidad

e po

r des

aten

der a

o pr

evist

o no

ar

t. 5º

, XXX

IX, d

a CF

/198

8, se

ndo

que,

da

mes

ma

man

eira

com

o ab

orda

do n

o ar

t. 29

3, o

s ver

bos

do

tipo

pena

l são

abr

ange

ntes

(GO

NÇAL

VES,

Luiz

Ca

rlos d

os S

anto

s. Cr

imes

Ele

itora

is e

Proc

esso

Pe

nal E

leito

ral. 2

. ed.

Atla

s, 20

15. p

. 41)

.

Posic

iona

men

to c

ontrá

rio d

e Ig

or P

erei

ra

Pinh

eiro

, que

rela

ta q

ue a

crim

inal

izaçã

o do

ex

ercí

cio d

o su

frági

o de

form

a liv

re é

pre

vista

no

art.

238

do C

E e

que

a co

ndut

a nã

o é

tão

vaga

e

subj

etiva

a p

onto

de

impe

dir a

pro

ibiçã

o do

tipo

(P

INHE

IRO

, Igo

r Per

eira

. Leg

isla

ção

Crim

inal

El

eito

ral:

Aspe

ctos

Mat

eria

is e

Proc

essu

ais.

Ed

itora

Jus

Podi

vm, 2

018.

p. 1

91-1

92).

Antin

omia

em

gra

u m

áxim

o é

a qu

e se

entre

disp

ositiv

o le

gal

e no

rma

cons

tituc

iona

l. A

reda

ção

do ti

po d

o ar

t. 29

7, a

o pr

ever

re

sulta

dos

lesiv

os s

em d

eclin

ar a

co

ndut

a do

losa

que

a e

les

cond

uz,

desa

tend

e à

exig

ência

da

rese

rva

de le

i pen

al.

A su

gest

ão é

que

, por

reso

luçã

o ou

em

resp

osta

a e

vent

ual c

onsu

lta, a

Co

rte c

onsid

ere

não

rece

bido

o ti

po

do a

rt. 2

97 p

ela

CF/1

988.

Códi

go E

leito

ral

Art.

298.

Pre

nder

ou

dete

r ele

itor,

mem

bro

de m

esa

rece

ptor

a, fi

scal

, de

lega

do d

e pa

rtido

ou

cand

idat

o,

com

vio

laçã

o do

disp

osto

no

art.

236:

Pena

- re

clusã

o at

é qu

atro

ano

s.

Códi

go E

leito

ral

Art.

236.

Nen

hum

a au

torid

ade

pode

rá, d

esde

5 (c

inco

) dia

s an

tes

e at

é 48

(qua

rent

a e

oito

) hor

as d

epoi

s do

enc

erra

men

to d

a el

eiçã

o, p

rend

er

ou d

eter

qua

lque

r ele

itor,

salvo

em

fla

gran

te d

elito

ou

em v

irtud

e de

se

nten

ça c

rimin

al c

onde

nató

ria p

or

A co

mpa

tibilid

ade

cons

tituc

iona

l da

imun

idad

e à

prisã

o ca

utel

ar e

m p

rol

de c

andi

dato

s, e

leito

res,

mes

ário

s e

fisca

is de

par

tido

é co

ntro

vers

a.

A co

mpa

tibilid

ade

cons

tituc

iona

l do

trata

men

to d

ivers

o da

do a

ele

itore

s,

mes

ário

s e

cand

idat

os ta

mbé

m o

é.

Por i

gual

, há

dúvid

as s

obre

sua

ap

licaç

ão e

m c

asos

com

o o

da

pror

roga

ção

da p

risão

tem

porá

ria,

da o

rdem

de

prisã

o an

terio

rmen

te

expe

dida

, da

prisã

o cí

vel e

m ra

zão

do in

adim

plem

ento

vol

untá

rio e

in

escu

sáve

l de

pres

taçã

o al

imen

tícia

.

Dout

rina

Antô

nio C

arlos

da

Pont

e af

irma

que

o ar

t. 236

do

CE,

ao q

ual o

art.

298

se re

fere

, não

foi re

cepc

ionad

o pe

la C

F/19

88, c

arac

teriz

ando

, hod

iern

amen

te,

desig

uala

ção

desp

ropo

rcio

nal a

det

erm

inad

o se

gmen

to (P

ONT

E, A

nton

io C

arlo

s da

. Crim

es

Elei

tora

is. 2

. ed.

Sar

aiva

, 201

6. p

. 145

-146

).

Igor

Per

eira

Pinh

eiro

com

parti

lha d

e po

sicion

amen

to

sem

elha

nte

e in

dica

que

o a

rt. 5

º, LX

I, da

CF/

1988

o ex

cepc

iono

u as

pris

ões

em p

erío

do e

leito

ral

e co

nclu

i que

tant

o o

art.

298,

qua

nto

o ar

t. 23

6 do

CE

não

fora

m re

cepc

iona

dos

pela

CF/

1988

. (P

INHE

IRO

, Igo

r Per

eira

. Leg

islaç

ão C

rimin

al

Elei

tora

l: As

pect

os M

ater

iais

e Pr

oces

suai

s.

Edito

ra J

usPo

divm

, 201

8. p

. 201

).

Inclu

ída

entre

as

“gar

antia

s el

eito

rais”

, a im

unid

ade

prisi

onal

pr

evist

a no

art.

236

e a

resp

ectiv

a cr

imin

aliza

ção

disp

osta

no

art.

298

do C

E nã

o se

mos

tram

com

patív

eis

com

a C

F/19

88 e

seu

am

bien

te d

e pr

isões

judi

cialm

ente

con

trola

das

e de

ele

ições

livre

s. P

osiçã

o do

re

lato

r des

te G

T.

Em s

entid

o di

vers

o, o

pini

ão d

a Ab

rade

p de

que

ess

as g

aran

tias

fora

m re

cebi

das

pela

CF/

1988

, mas

ca

rece

m d

e de

talh

amen

tos,

que

po

deria

m s

er fe

itos

por r

esol

ução

do

TSE.

Ela

pod

eria

indi

car o

s ca

sos

(Con

tinua

ção)

Page 21: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

21

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

crim

e in

afia

nçáv

el, o

u, a

inda

, por

de

sres

peito

a s

alvo

-con

duto

.

§ 1º

Os

mem

bros

das

mes

as

rece

ptor

as e

os

fisca

is de

par

tido,

du

rant

e o

exer

cício

de

suas

funç

ões,

o po

derã

o se

r det

idos

ou

pres

os,

salvo

o c

aso

de fl

agra

nte

delito

; da

mes

ma

gara

ntia

goz

arão

os

cand

idat

os d

esde

15

(qui

nze)

dia

s an

tes

da e

leiçã

o.

§ 2º

Oco

rrend

o qu

alqu

er p

risão

o

pres

o se

rá im

edia

tam

ente

con

duzid

o à

pres

ença

do

juiz

com

pete

nte

que,

se

verif

icar a

ilega

lidad

e da

de

tenç

ão, a

rela

xará

e p

rom

over

á a

resp

onsa

bilid

ade

do c

oato

r.

Luiz

Carlo

s do

s Sa

ntos

Gon

çalve

s co

ncor

da

com

ess

e en

tend

imen

to, r

essa

lvand

o a

prot

eção

ao

mes

ário

e a

o fis

cal p

artid

ário

dur

ante

os

traba

lhos

ele

itora

is (G

ONÇ

ALVE

S, L

uiz

Carlo

s do

s Sa

ntos

. Crim

es E

leito

rais

e P

roce

sso

Pena

l El

eito

ral.

2. e

d. A

tlas,

201

5. p

. 43)

.

Mar

cos

Viní

cius

Furta

do C

oêlh

o ap

rese

ntou

hi

póte

ses

de p

risão

do

elei

tor d

uran

te a

ele

ição

(5 d

ias

ante

s e

até

48 h

oras

dep

ois)

, qua

is se

jam

: pris

ão e

m fl

agra

nte

(art.

302

, inc

isos

I a

IV, d

o CP

P); p

orse

nten

ça c

onde

nató

ria p

or

crim

e in

afia

nçáv

el; p

or c

rimes

inaf

ianç

ávei

s;

por d

esre

spei

to a

sal

vo-c

ondu

to. R

elat

a, n

o en

tant

o, q

ue e

stão

ved

adas

, no

perío

do p

revis

to

no a

rt. 2

36 d

o CE

, as

prisõ

es te

mpo

rária

s, a

s pr

even

tivas

, as

deco

rrent

es d

e se

nten

ça d

e pr

onún

cia e

de

sent

ença

s co

nden

atór

ias

por

crim

es a

fianç

ávei

s, b

em c

omo

a pr

isão

do

deve

dor d

e al

imen

tos

(CO

ELHO

, Mar

cus

Vini

cius

Furta

do. D

ireito

Ele

itora

l e P

roce

sso

Elei

tora

l. 3.

ed.

revis

ta, a

tual

izada

e a

mpl

iada

, Rio

de

Jane

iro: R

enov

ar, 2

012.

p. 3

13-3

14).

Disp

ositiv

o le

gal (

CE a

rt. 2

98) q

ue n

ão te

ve

prec

eden

tes

loca

lizad

os e

m p

esqu

isa n

o TS

E.

Pesq

uisa

nº 6

81/2

019,

fina

lizad

a na

Sec

reta

ria

de G

estã

o da

Info

rmaç

ão d

o TS

E (S

eção

de

Pesq

uisa

de

Juris

prud

ência

).

nos

quai

s as

gar

antia

s se

apl

icam

e

em q

uais

não

se a

plica

m,

dirim

indo

as

dúvid

as s

obre

pr

isões

ant

erio

rmen

te d

ecre

tada

s e

pror

roga

ções

de

prisõ

es

caut

elar

es n

o cu

rso

dos

perío

dos

de im

unid

ade.

Por

igua

l, ca

be

escla

rece

r se

a ga

rant

ia im

pede

a

prisã

o civ

il.

Códi

go E

leito

ral

Art.

299.

Dar

, ofe

rece

r, pr

omet

er,

solic

itar o

u re

cebe

r, pa

ra s

i ou

para

ou

trem

, din

heiro

, dád

iva, o

u qu

alqu

er

outra

van

tage

m, p

ara

obte

r ou

dar

voto

e p

ara

cons

egui

r ou

prom

eter

ab

sten

ção,

ain

da q

ue a

ofe

rta n

ão

seja

ace

ita:

A co

nven

iênc

ia d

a de

scriç

ão d

as

cond

utas

de

corru

pção

ativ

a e

pass

iva

no m

esm

o tip

o pe

nal,

dific

ulta

ndo

a ap

licaç

ão p

ropo

rcio

nal d

a pe

na.

Trat

a-se

de

um d

os p

ouco

s tip

os p

enai

s el

eito

rais

bras

ileiro

s co

m s

imila

res

em o

utra

s na

ções

. Co

nsta

ver

são

em n

ossa

ord

em ju

rídica

des

de

o Có

digo

Crim

inal

do

Impé

rio, d

e 18

30. C

ritica

-se,

po

rém

, a re

uniã

o, n

a m

esm

a fig

ura

típica

, das

di

stin

tas

cond

utas

da

com

pra

e da

ven

da d

o vo

to,

que

deve

riam

rece

ber t

ipos

aut

ônom

os, a

té e

m

razã

o da

dist

inta

gra

vidad

e qu

e po

dem

ass

umir.

A

pena

, por

igua

l, é

desp

ropo

rcio

nalm

ente

bra

nda.

Não

há fa

lar e

m a

ntino

mia

em se

ntido

cnico

. Tra

ta-s

e de

nor

ma

impe

rfeita

, cu

ja co

rreçã

o de

pend

eria

de a

tivida

de

legisl

ativa

, fora

do

alcan

ce d

o pr

ojeto

de

siste

mat

izaçã

o. A

dem

ais, a

jur

ispru

dênc

ia do

TSE

tem

se m

ostra

do

corre

tiva

de e

xage

ros q

ue p

oder

iam

advir

de

inter

pret

açõe

s da

norm

a dis

socia

das d

a re

alida

de so

cial d

esse

tip

o de

cond

uta.

Page 22: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

22

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Pena

- re

clusã

o at

é qu

atro

ano

s e

paga

men

to d

e 5

a 15

dia

s-m

ulta

.

Códi

go E

leito

ral

Art.

300.

Val

er-s

e o

serv

idor

púb

lico

da s

ua a

utor

idad

e pa

ra c

oagi

r al

guém

a v

otar

ou

não

vota

r em

de

term

inad

o ca

ndid

ato

ou p

artid

o:

Pena

- de

tenç

ão a

té s

eis

mes

es e

pa

gam

ento

de

60 a

100

dia

s-m

ulta

.

Pará

graf

o ún

ico. S

e o

agen

te é

mem

bro

ou fu

ncio

nário

da

Just

iça E

leito

ral e

co

met

e o

crim

e pr

eval

ecen

do-s

e do

ca

rgo

a pe

na é

agr

avad

a.

Art.

301.

Usa

r de

violê

ncia

ou

grav

e am

eaça

par

a co

agir

algu

ém a

vot

ar,

ou n

ão v

otar

, em

det

erm

inad

o ca

ndid

ato

ou p

artid

o, a

inda

que

os

fins

visad

os n

ão s

ejam

con

segu

idos

:

Pena

- re

clus

ão a

té q

uatro

ano

s

e pa

gam

ento

de

cinc

o a

quin

ze

dias

-mul

ta.

Cont

radi

ção

entre

o ti

po d

e vio

lênc

ia

mor

al, c

om p

ena

mui

to b

rand

a, e

o

tipo

do a

rt. 3

02, q

ue ta

mbé

m tr

ata

de

coaç

ão e

traz

pen

a se

vera

. A c

ondu

ta

mai

s br

anda

é ju

stam

ente

a p

ratic

ada

por f

uncio

nário

púb

lico.

É a

coaç

ão m

ais

bran

da d

e to

do o

ord

enam

ento

ju

rídico

bra

silei

ro, t

raze

ndo

inju

stific

ável

fa

vore

cimen

to p

ara

o fu

ncio

nário

púb

lico,

até

em

face

da

cond

uta

de v

iolê

ncia

e g

rave

am

eaça

pr

evist

a no

art.

301

.

Tem

-se

aqui

ant

inom

ia e

ntre

o

disp

osto

no

art.

300

e a

figur

a do

ar

t. 30

1, a

ser

inte

rpre

tada

à lu

z da

CF/

1998

, que

não

aut

oriza

ou

torg

a de

priv

ilégi

o ju

stam

ente

ao

intra

neus

, em

det

rimen

to d

a pe

ssoa

co

mum

. O m

etus

pub

licae

pot

esta

tis

é eq

uiva

lent

e à

grav

e am

eaça

e,

inclu

sive,

dig

no d

e m

aior

repr

ovaç

ão.

Por d

esig

uala

r sem

disc

rímen

co

nstit

ucio

nalm

ente

aut

oriza

do,

suge

re-s

e o

reco

nhec

imen

to, p

or

reso

luçã

o ou

em

resp

osta

à

Cons

ulta

, da

não

rece

pção

do

ar

t. 30

0 do

CE

pela

CF/

1988

.

Códi

go E

leito

ral

Art.

302.

Pro

mov

er, n

o di

a da

el

eiçã

o, c

om o

fim

de

impe

dir,

emba

raça

r ou

fraud

ar o

exe

rcíc

io d

o vo

to a

con

cent

raçã

o de

ele

itore

s,

sob

qual

quer

form

a, in

clusiv

e o

forn

ecim

ento

gra

tuito

de

alim

ento

e

trans

porte

col

etivo

:

Pena

- re

clusã

o de

qua

tro (4

) a s

eis

(6) a

nos

e pa

gam

ento

de

200

a 30

0 di

as-m

ulta

.

Dúvid

a so

bre

a pe

rman

ência

da

pa

rte fi

nal d

esse

arti

go, c

onfro

ntad

a pe

la L

ei n

º 6.0

91/1

974,

qua

ndo

se

refe

re a

forn

ecim

ento

gra

tuito

de

alim

ento

s e

trans

porte

.

O s

istem

a el

eito

ral v

eda,

a p

artir

de

dois

disp

ositiv

os c

rimin

ais

dive

rsos

, o fo

rnec

imen

to

grat

uito

de

alim

ento

s e

de tr

ansp

orte

a e

leito

res

no d

ia d

a el

eiçã

o (a

rt. 3

02 e

art.

11,

III,

da

Lei n

º 6.0

91/1

974)

. Há

clara

ant

inom

ia, a

ser

re

solvi

da p

elo

crité

rio c

rono

lógi

co, m

otivo

pel

o qu

al d

eve

ter-s

e co

mo

revo

gada

a p

arte

fina

l do

art.

302

do

CE –

“inc

lusiv

e o

forn

ecim

ento

gr

atui

to d

e al

imen

to e

tran

spor

te c

olet

ivo”.

Igor

Per

eira

Pin

heiro

info

rma

que

se tr

atav

a de

an

tinom

ia re

solvi

da p

elo

crité

rio c

rono

lógi

co e

que

a

revo

gaçã

o do

disp

ositiv

o pe

nal é

con

sent

ida

por

toda

a d

outri

na e

tam

bém

pel

o TS

E (P

INHE

IRO

,

A pr

ovid

ência

cab

ível

já fo

i ado

tada

pe

lo T

SE n

o ju

lgam

ento

em

que

co

nsid

erou

revo

gado

o tr

echo

fin

al d

o ar

tigo,

que

diz

“inclu

sive

o fo

rnec

imen

to g

ratu

ito d

e al

imen

to e

tra

nspo

rte c

olet

ivo”.

Page 23: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

23

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Igor

Per

eira

. Leg

isla

ção

Crim

inal

Ele

itora

l: As

pect

os M

ater

iais

e Pr

oces

suai

s. E

dito

ra

JusP

odivm

, 201

8).

Há d

ecisã

o do

TSE

, no

REsp

e nº

21.

401,

no

sent

ido

de q

ue a

Lei

nº 6

.091

/197

4 re

vogo

u a

parte

fina

l des

se a

rtigo

.

Códi

go E

leito

ral

Art.

303.

Maj

orar

os

preç

os d

e ut

ilidad

es e

ser

viços

nec

essá

rios

à re

aliza

ção

de e

leiçõ

es, t

ais

com

o tra

nspo

rte e

alim

enta

ção

de e

leito

res,

im

pres

são,

pub

licid

ade

e di

vulg

ação

de

mat

éria

ele

itora

l:

Pena

- pa

gam

ento

de

250

a 30

0 di

as-m

ulta

.

Dúvid

a so

bre

a pe

rman

ência

des

se

crim

e di

ante

da

orde

m e

conô

mica

tra

zida

pela

CF/

1988

.

O a

rt. 3

03 d

o CE

não

pos

sui c

ompa

tibilid

ade

mat

eria

l com

o fu

ndam

ento

do

Esta

do b

rasil

eiro

di

spos

to n

o ar

t. 1º

, V, n

em c

om o

s pr

incí

pios

da

ord

em e

conô

mica

pre

visto

s no

art.

170

, no

tada

men

te n

o in

ciso

IV, a

mbo

s da

CF/

1998

.

Dout

rina

Rodr

igo

Zilio

diz

que

essa

“var

iaçã

o de

pre

ço q

ue

obse

rva

a os

cilaç

ão d

o m

erca

do, p

or s

i só,

não

po

de s

er p

unid

a cr

imin

alm

ente

” (ZI

LIO

, Lóp

ez

Rodr

igo.

Crim

es E

leito

rais

. Edi

tora

Jus

Podi

vm,

2014

. p. 1

14).

Ness

e m

esm

o se

ntido

, é o

pos

icion

amen

to d

e Ig

or

Pere

ira P

inheir

o (P

INHE

IRO

, Igor

Per

eira.

Leg

islaç

ão

Crim

inal E

leito

ral: A

spec

tos M

ater

iais e

Pro

cess

uais.

Ed

itora

JusP

odivm

, 201

8. p

. 231

-232

) e L

uiz C

arlos

do

s San

tos G

onça

lves (

GO

NÇAL

VES,

Luiz

Car

los

dos S

anto

s. Cr

imes

Elei

tora

is e

Proc

esso

Pen

al

Eleit

oral.

2. e

d. A

tlas,

2015

).

Suza

na d

e C

amar

go G

omes

, em

apo

ntam

ento

s di

vers

os, r

elat

a qu

e, n

o di

a da

s el

eiçõ

es,

“o tr

ansp

orte

, a a

limen

taçã

o e

o m

ater

ial d

e pr

opag

anda

, ess

e úl

timo

dura

nte

as e

leiç

ões,

o de

ve s

ofre

r aum

ento

s ab

usiv

os d

e pr

eços

” (G

OM

ES, S

uzan

a de

Cam

argo

. Crim

es

Elei

tora

is. R

evis

ta d

os T

ribun

ais,

3. e

d. S

ão

Paul

o, 2

006.

p. 2

26).

Antin

omia

, res

olvid

a pe

la n

ão

rece

pção

, ent

re e

sse

artig

o e

a CF

/198

8 em

sua

s di

spos

ições

sob

re

orde

m e

conô

mica

. Sug

estã

o de

re

conh

ecim

ento

da

revo

gaçã

o

pelo

TSE

, em

reso

luçã

o so

bre

crim

es e

leito

rais

ou e

m re

spos

ta

a ev

entu

al c

onsu

lta.

Page 24: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

24

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Disp

ositiv

o le

gal (

CE, a

rt. 3

03) q

ue n

ão te

ve

prec

eden

tes

loca

lizad

os e

m p

esqu

isa n

o TS

E.

Pesq

uisa

nº 6

81/2

019,

fina

lizad

a na

Sec

reta

ria

de G

estã

o da

Info

rmaç

ão d

o TS

E (S

eção

de

Pesq

uisa

de

Juris

prud

ência

).

Códi

go E

leito

ral

Art.

304.

Ocu

ltar,

sone

gar a

çam

barc

ar

ou re

cusa

r no

dia

da e

leiçã

o o

forn

ecim

ento

, nor

mal

men

te a

todo

s,

de u

tilida

des,

alim

enta

ção

e m

eios

de

trans

porte

, ou

conc

eder

exc

lusiv

idad

e do

s m

esm

os a

det

erm

inad

o pa

rtido

ou

can

dida

to:

Pena

- pa

gam

ento

de

250

a 30

0 di

as-m

ulta

.

Revo

gaçã

o.Do

utrin

a

Trat

a-se

de

tipo

pena

l que

não

ate

nde

à or

dem

ec

onôm

ica tr

azid

a pe

la C

F/19

88 (G

ONÇ

ALVE

S,

Luiz

Carlo

s do

s Sa

ntos

. In:

FUX

, Lui

z; P

EREI

RA,

Luiz

Fern

ando

Cas

agra

nde;

AG

RA, W

albe

r de

Mou

ra; P

ECCI

NIN,

Lui

z Ed

uard

o. T

omo

de

Dire

ito P

enal

e P

roce

sso

Pena

l Ele

itora

l. Be

lo

Horiz

onte

: Fór

um, 2

018.

p. 5

8).

Disp

ositiv

o le

gal (

CE, a

rt. 3

04) q

ue n

ão te

ve

prec

eden

tes

loca

lizad

os e

m p

esqu

isa n

o TS

E.

Pesq

uisa

nº 6

81/2

019,

fina

lizad

a na

Sec

reta

ria

de G

estã

o da

Info

rmaç

ão d

o TS

E (S

eção

de

Pesq

uisa

de

Juris

prud

ência

).

Antin

omia

, res

olvid

a pe

la n

ão

rece

pção

, ent

re e

sse

artig

o e

a CF

/198

8 em

sua

s di

spos

ições

sob

re

orde

m e

conô

mica

. Sug

estã

o de

re

conh

ecim

ento

da

revo

gaçã

o

pelo

TSE

, em

reso

luçã

o so

bre

crim

es e

leito

rais

ou e

m re

spos

ta a

ev

entu

al c

onsu

lta.

Códi

go E

leito

ral

Art.

305.

Inte

rvir

auto

ridad

e es

tranh

a à

mes

a re

cept

ora,

sal

vo o

juiz

elei

tora

l, no

seu

func

iona

men

to s

ob

qual

quer

pre

text

o:

Pena

- de

tenç

ão a

té s

eis

mes

es e

pa

gam

ento

de

60 a

90

dias

-mul

ta.

Dúvid

a so

bre

a ne

cess

idad

e de

sse

crim

e qu

e, a

pare

ntem

ente

, tra

ta a

pena

s de

irre

gula

ridad

e ad

min

istra

tiva.

Dout

rina

Trat

a-se

de

tipo

pena

l que

pod

eria

ser e

xtint

o po

r nã

o at

ende

r à e

xigên

cia d

a de

scriç

ão le

gal d

a co

ndut

a (F

UX, L

uiz; P

EREI

RA, L

uiz F

erna

ndo

Casa

gran

de; A

GRA

, Walb

er d

e M

oura

; PEC

CINI

N,

Luiz

Edua

rdo.

Dire

ito P

enal

e P

roce

sso

Pena

l El

eito

ral. F

órum

, 201

8. p

. 57)

.

Disp

ositiv

o le

gal (

CE, a

rt. 3

05) q

ue n

ão te

ve

prec

eden

tes

loca

lizad

os e

m p

esqu

isa n

o TS

E.

Pesq

uisa

nº 6

81/2

019,

fina

lizad

a na

Sec

reta

ria

de G

estã

o da

Info

rmaç

ão d

o TS

E (S

eção

de

Pesq

uisa

de

Juris

prud

ência

).

Sem

sug

estõ

es n

o âm

bito

do

proj

eto

de s

istem

atiza

ção

de

norm

as, p

ois

não

há a

ntin

omia

. O

corre

pro

váve

l des

suet

udo,

sem

m

arca

s de

inco

nstit

ucio

nalid

ade.

Códi

go E

leito

ral

Art.

306.

Não

obs

erva

r a o

rdem

em

que

os

elei

tore

s de

vem

ser

ch

amad

os a

vot

ar:

Dúvid

a so

bre

a ne

cess

idad

e de

sse

crim

e qu

e, a

pare

ntem

ente

, tra

ta a

pena

s de

irre

gula

ridad

e ad

min

istra

tiva.

Dout

rina

Rodr

igo

Lópe

z Zi

lio a

pont

a co

ncor

dânc

ia c

om

o po

sicio

nam

ento

de

Luiz

Carlo

s do

s Sa

ntos

G

onça

lves,

que

ace

ntua

que

o “t

ipo

pena

l ‘per

faz

Inco

mpa

tibilid

ade

entre

ess

a de

scriç

ão tí

pica

e a

nec

essid

ade

de re

levâ

ncia

, ain

da q

ue m

ínim

a, a

ju

stific

ar a

impo

sição

de

qual

quer

pe

na c

rimin

al, m

esm

o a

pecu

niár

ia.

Page 25: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

25

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Pena

- pa

gam

ento

de

15 a

30

di

as-m

ulta

.m

era

irreg

ular

idad

e ad

min

istra

tiva,

a n

ão s

er

que

efet

ivam

ente

impl

ique

em

coa

ção,

frau

de o

u im

pedi

men

to p

ara

o ex

ercí

cio d

o vo

to’,

não

tend

o um

mín

imo

de d

igni

dade

pen

al, o

u m

esm

o, n

ão

apre

sent

ando

tipi

cidad

e m

ater

ial (

pp. 5

9/60

)” (Z

ILIO

, Lóp

ez R

odrig

o. C

rimes

Ele

itora

is. E

dito

ra

JusP

odivm

, 201

4. p

. 121

).

José

Jai

ro G

omes

tam

bém

acr

edita

que

a

crim

inal

izaçã

o da

con

duta

é e

xage

rada

e

desp

ropo

rcio

nal,

em v

irtud

e de

não

exis

tir

ferim

ento

rele

vant

e a

bem

juríd

ico tu

tela

do p

elo

orde

nam

ento

(GO

MES

, Jos

é Ja

iro. C

rimes

El

eito

rais

e P

roce

sso

Pena

l Ele

itora

l. 2.

ed.

Atla

s,

2016

. p. 8

8).

Igor

Per

eira

Pin

heiro

com

parti

lha

da m

esm

a or

ient

ação

, no

que

indi

ca q

ue e

sse

disp

ositiv

o nã

o ap

rese

nta

rele

vânc

ia c

rimin

al, e

xcet

o se

ta

l fat

o ge

rar p

reju

ízo

para

a p

ossib

ilidad

e de

al

guém

vot

ar, o

que

est

á pr

evist

o no

art.

297

do

CE (P

INHE

IRO

, Igo

r Per

eira

. Leg

isla

ção

Crim

inal

El

eito

ral:

Aspe

ctos

Mat

eria

is e

Proc

essu

ais.

Ed

itora

Jus

Podi

vm, 2

018.

p. 2

43).

Trat

a-se

de

mer

a irr

egul

arid

ade

adm

inist

rativ

a,

que

pode

ser

reso

lvida

pel

o po

der d

e po

lícia

do

juiz

elei

tora

l ou

do p

resid

ente

da

mes

a re

cept

ora

de vo

tos.

Desr

espe

itada

a o

rdem

lega

l das

pes

soas

no

pro

cess

o de

vot

ação

(art.

143

, § 2

º, CE

e

art.

45, §

2º,

da R

esol

ução

-TSE

nº 2

3.45

6/20

15),

a at

uaçã

o ad

min

istra

tiva

é su

ficie

nte

para

san

ar

a irr

egul

arid

ade.

Ess

e ar

tigo

fere

os

prin

cípi

os

do E

stad

o de

dire

ito e

da

inte

rven

ção

mín

ima,

co

nsag

rado

s na

CF (s

uges

tão

de: G

rupo

de

Trab

alho

das N

orm

as E

leito

rais,

Por

taria

nº 1

8.61

5/20

19 T

RE

PRE

DG S

GP C

opes

SRF

[e-m

ail])

.

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26

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Disp

ositiv

o le

gal (

CE, a

rt. 3

06) q

ue n

ão te

ve

prec

eden

tes

loca

lizad

os e

m p

esqu

isa n

o TS

E.

Pesq

uisa

nº 6

81/2

019,

fina

lizad

a na

Sec

reta

ria

de G

estã

o da

Info

rmaç

ão d

o TS

E (S

eção

de

Pesq

uisa

de

Juris

prud

ência

).

Códi

go E

leito

ral

Art.

307.

For

nece

r ao

elei

tor c

édul

a of

icial

já a

ssin

alad

a ou

por

qua

lque

r fo

rma

mar

cada

:

Pena

- re

clusã

o at

é cin

co a

nos

e pa

gam

ento

de

5 a

15 d

ias-

mul

ta.

Ato

prep

arat

ório

para

frau

de e

leito

ral, c

om

pena

seve

ra. P

ossív

el de

snec

essid

ade

diant

e da

s urn

as e

letrô

nicas

.

Dout

rina

Igor

Per

eira

Pin

heiro

ent

ende

que

ess

e tip

o pe

nal

é de

apl

icaçã

o su

bsid

iária

dia

nte

da re

alid

ade

da

Just

iça E

leito

ral,

send

o qu

e o

siste

ma

man

ual

só é

pos

síve

l qua

ndo

a ur

na e

letrô

nica

apr

esen

ta

defe

ito in

saná

vel o

u de

difíc

il rep

araç

ão (P

INHE

IRO

, Ig

or P

erei

ra. L

egisl

ação

Crim

inal

Ele

itora

l: As

pect

os M

ater

iais

e Pr

oces

suai

s. E

dito

ra

JusP

odivm

, 201

8. p

. 244

).

Gon

çalve

s, n

a su

a ob

ra d

outri

nária

, tam

bém

af

irma

que

essa

con

duta

tend

e a

desa

pare

cer

com

as

cédu

las

impr

essa

s e

com

a u

rna

com

um

(GO

NÇAL

VES,

Lui

z Ca

rlos

dos

Sant

os. C

rimes

El

eito

rais

e P

roce

sso

Pena

l Ele

itora

l. 2.

ed.

Atla

s,

2015

. p. 3

3).

No m

esm

o se

ntid

o, T

ito C

osta

men

ciona

que

o

disp

ositiv

o es

taria

pra

ticam

ente

revo

gado

em

razã

o da

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a el

etrô

nica

e d

a m

oder

nida

de

do s

istem

a, e

som

ente

ser

ia c

onsid

erad

o se

im

poss

ível

a v

otaç

ão e

letrô

nica

por

out

ros

mot

ivos

(CO

STA,

Tito

. Crim

es E

leito

rais

e

Proc

esso

Pen

al E

leito

ral.

Edito

ra J

uare

z de

O

livei

ra, 2

002.

p. 7

3-74

).

Rodr

igo

Lópe

z Zi

lio a

firm

a qu

e es

sa in

fraçã

o pe

nal

som

ente

pod

erá

ser c

omet

ida

no p

roce

sso

de

vota

ção

man

ual e

que

, se

a vo

taçã

o oc

orre

r no

siste

ma

info

rmat

izado

, o c

rime

em q

uest

ão n

ão

pode

rá o

corre

r (ZI

LIO

, Lóp

ez R

odrig

o. C

rimes

El

eito

rais.

Edi

tora

Jus

Podi

vm, 2

014.

p. 1

21).

Norm

a em

pro

cess

o de

per

da

de o

bjet

o, p

elo

empr

ego

das

urna

s el

etrô

nica

s e

da b

iom

etria

. O

utro

ssim

, sem

ant

inom

ia

cons

tituc

iona

l ou

lega

l a re

conh

ecer

. Em

sen

tido

dive

rso,

orie

ntaç

ão d

e Br

ehm

er H

anda

r, qu

e re

conh

ece

a an

tinom

ia e

ntre

ess

e ar

tigo

e a

CF/1

988.

Page 27: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

27

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

José

Jai

ro G

omes

afir

ma

tam

bém

que

o c

rime

se e

ncon

tra p

ratic

amen

te e

xtin

to p

or im

prov

ável

oc

orrê

ncia

da

cond

uta,

em

razã

o da

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ação

el

etrô

nica

e d

a id

entif

icaçã

o bi

omét

rica

dos

elei

tore

s (G

OM

ES, J

osé

Jairo

. Crim

es E

leito

rais

e Pr

oces

so P

enal

Ele

itora

l. 2.

ed.

Atla

s, 2

016.

p. 8

7).

Estu

dos

e su

gest

ões

“O p

rincí

pio

da fr

agm

enta

rieda

de d

eter

min

a um

a es

pécie

de

sele

ção

não

apen

as d

os b

ens

juríd

icos

que

serã

o tu

tela

dos,

mas

acim

a de

tudo

de

qua

is of

ensa

s a

este

s be

ns ju

rídico

s se

rão

tute

lada

s. O

u se

ja, n

em to

das

as le

sões

a b

ens

juríd

icos

serã

o pe

nalm

ente

tute

lada

s –

apen

as

as q

ue s

ejam

reco

nhec

idas

com

o gr

aves

o

sufic

ient

e pa

ra e

nsej

ar o

uso

do

dire

ito p

enal

. Aq

ui p

ode-

se tr

azer

pra

ticam

ente

todo

s os

de

litos

proc

edim

enta

is do

Cód

igo

Elei

tora

l (p

ertu

rbaç

ão d

e al

istam

ento

ele

itora

l, pr

omoç

ão

de d

esor

dem

em

trab

alho

ele

itora

l, vo

tar e

m

seçã

o el

eito

ral d

istin

ta, n

ão o

bser

var a

ord

em d

a vo

taçã

o, e

tc).

Em q

ue p

ese

o fa

to d

e o

norm

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dese

nvol

vimen

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os tr

abal

hos

elei

tora

is co

mo

mei

o pa

ra g

aran

tir a

lisur

a do

ple

ito p

ossa

ser

en

tend

ido

com

o um

bem

juríd

ico d

igno

de

tute

la

pena

l, nã

o po

de q

ualq

uer s

orte

de

pertu

rbaç

ão

ser c

ompr

eend

ida

com

o le

gítim

a pa

ra a

trair

a in

terv

ençã

o pe

nal.

E m

ais,

mui

tos

dest

es d

elito

s nã

o so

brev

ivera

m s

eque

r ao

voto

ele

trôni

co

(com

o os

art.

307

e 3

08),

razã

o pe

la q

ual f

az-s

e ur

gent

e um

a sis

tem

atiza

ção

em re

laçã

o a

este

cr

itério

.” (S

uges

tão

de:

Yasm

in B

rehm

er H

anda

r. En

cont

ro R

egio

nal T

RE/P

R.)

Disp

ositiv

o le

gal (

CE, a

rt. 3

07) q

ue n

ão te

ve

prec

eden

tes

loca

lizad

os e

m p

esqu

isa n

o TS

E.

Pesq

uisa

nº 6

81/2

019,

fina

lizad

a na

Sec

reta

ria

de G

estã

o da

Info

rmaç

ão d

o TS

E (S

eção

de

Pesq

uisa

de

Juris

prud

ência

).

Page 28: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

28

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imin

arSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

Códi

go E

leito

ral

Art.

308.

Rub

ricar

e fo

rnec

er a

céd

ula

ofici

al e

m o

utra

opo

rtuni

dade

que

não

a

de e

ntre

ga d

a m

esm

a ao

ele

itor:

Pena

- re

clusã

o at

é cin

co a

nos

e pa

gam

ento

de

60 a

90

dias

-mul

ta.

Ato

prep

arat

ório

para

frau

de e

leito

ral, c

om

pena

seve

ra. P

ossív

el de

snec

essid

ade

diant

e da

s urn

as e

letrô

nicas

.

Dout

rina

Igor

Per

eira

Pinh

eiro

ente

nde

que

esse

tipo

pena

l é

de a

plica

ção

subs

idiár

ia dia

nte

da re

alida

de d

a Ju

stiça

Elei

tora

l, sen

do q

ue o

siste

ma

man

ual s

ó é

poss

ível q

uand

o a

urna

elet

rônic

a ap

rese

nta

defe

ito

insan

ável

ou d

e dif

ícil r

epar

ação

(PIN

HEIR

O, I

gor

Pere

ira. L

egisl

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Crim

inal

Ele

itora

l: Asp

ecto

s M

ater

iais e

Pro

cess

uais.

Edit

ora

JusP

odivm

, 201

8.

p. 2

49-2

50).

Tito

Cos

ta ta

mbé

m m

encio

na q

ue a

crim

inal

izaçã

o só

pod

erá

ocor

rer s

e se

trat

ar d

e vo

taçã

o m

anua

l e

aleg

a qu

e, e

m c

otej

o co

m a

tipi

ficaç

ão d

o ar

t. 30

7 do

CE,

trat

a-se

de

infra

ção

tend

ente

a

desv

irtua

r a e

leiçã

o, o

que

com

prom

ete

a lim

pide

z e

trans

parê

ncia

(CO

STA,

Tito

. Crim

es E

leito

rais

e Pr

oces

so P

enal

Ele

itora

l. Ed

itora

Jua

rez

de

Oliv

eira

, 200

2. p

. 75)

.

Rodr

igo

Lópe

z Zi

lio a

firm

a qu

e es

sa in

fraçã

o pe

nal

som

ente

pod

erá

ser c

omet

ida

no p

roce

sso

de

vota

ção

man

ual e

que

, se

a vo

taçã

o oc

orre

r no

siste

ma

info

rmat

izado

, o c

rime

em q

uest

ão n

ão

pode

rá o

corre

r (ZI

LIO

, Lóp

ez R

odrig

o. C

rimes

El

eito

rais.

Edi

tora

Jus

Podi

vm, 2

014.

p. 1

23).

José

Jai

ro G

omes

afir

ma

tam

bém

que

o c

rime

se e

ncon

tra p

ratic

amen

te e

xtin

to p

or im

prov

ável

oc

orrê

ncia

da

cond

uta,

em

razã

o da

vot

ação

ele

trônic

a e

da

ident

ificaç

ão b

iomét

rica

dos e

leito

res

(GO

MES

, Jos

é Ja

iro. C

rimes

Elei

tora

is e

Proc

esso

Pe

nal E

leito

ral. 2

. ed.

Atla

s, 20

16. p

. 87)

.

Estu

dos

e su

gest

ões

“O p

rincí

pio

da fr

agm

enta

rieda

de d

eter

min

a um

a es

pécie

de

sele

ção

não

apen

as d

os b

ens

juríd

icos

Norm

a em

pro

cess

o de

per

da

de o

bjet

o, p

elo

empr

ego

das

urna

s el

etrô

nica

s e

da b

iom

etria

. O

utro

ssim

, sem

ant

inom

ia

cons

tituc

iona

l ou

lega

l a re

conh

ecer

. Em

sen

tido

dive

rso,

orie

ntaç

ão d

e Br

ehm

er H

anda

r, qu

e re

conh

ece

a an

tinom

ia e

ntre

ess

e ar

tigo

e a

CF/1

988.

(Con

tinua

ção)

Page 29: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

29

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

que

serã

o tu

tela

dos,

mas

acim

a de

tudo

de

quai

s of

ensa

s a

este

s be

ns ju

rídico

s se

rão

tute

lada

s.

Ou

seja

, nem

toda

s as

lesõ

es a

ben

s ju

rídico

s se

rão

pena

lmen

te tu

tela

das

– ap

enas

as

que

seja

m re

conh

ecid

as c

omo

grav

es o

suf

icien

te p

ara

ense

jar o

uso

do

dire

ito p

enal

. Aqu

i pod

e-se

traz

er

prat

icam

ente

todo

s os

del

itos

proc

edim

enta

is do

Cód

igo

Elei

tora

l (pe

rturb

ação

de

alist

amen

to

elei

tora

l, pr

omoç

ão d

e de

sord

em e

m tr

abal

ho

elei

tora

l, vo

tar e

m s

eção

ele

itora

l dist

inta

, não

ob

serv

ar a

ord

em d

a vo

taçã

o, e

tc.).

Em

que

pes

e o

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de

o no

rmal

des

envo

lvim

ento

dos

trab

alho

s el

eito

rais

com

o m

eio

para

gar

antir

a lis

ura

do

plei

to p

ossa

ser

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endi

do c

omo

um b

em ju

rídico

di

gno

de tu

tela

pen

al, n

ão p

ode

qual

quer

sor

te d

e pe

rturb

ação

ser

com

pree

ndid

a co

mo

legí

tima

para

at

rair

a in

terv

ençã

o pe

nal.

E m

ais,

mui

tos

dest

es

delito

s nã

o so

brev

ivera

m s

eque

r ao

voto

ele

trôni

co

(com

o os

art.

307

e 3

08),

razã

o pe

la q

ual f

az-s

e ur

gent

e um

a sis

tem

atiza

ção

em re

laçã

o a

este

cr

itério

. Por

est

e cr

ivo ta

mbé

m n

ão p

assa

riam

os

delito

s de

ate

ntad

o (o

u de

em

pree

ndim

ento

) –

aque

les

nos

quai

s a

tent

ativa

é p

unid

a co

m a

m

esm

a pe

na d

o cr

ime

cons

umad

o, q

ue e

stão

no

s ar

ts. 3

09 (t

enta

r vot

ar m

ais

de u

ma

vez)

, 312

(te

ntar

vio

lar o

sig

ilo d

o vo

to) e

317

(ten

tar v

iola

r o

sigilo

da

urna

).” (S

uges

tão

de:

Yasm

in B

rehm

er

Hand

ar. E

ncon

tro R

egio

nal T

RE/P

R.)

Disp

ositiv

o le

gal (

CE, a

rt. 3

08) q

ue n

ão te

ve

prec

eden

tes

loca

lizad

os e

m p

esqu

isa n

o TS

E.

Pesq

uisa

nº 6

81/2

019,

fina

lizad

a na

Sec

reta

ria

de G

estã

o da

Info

rmaç

ão d

o TS

E (S

eção

de

Pesq

uisa

de

Juris

prud

ência

).

Códi

go E

leito

ral

Art.

310.

Pra

ticar

, ou

perm

itir

mem

bro

da m

esa

rece

ptor

a qu

e se

ja

Desc

rição

por

dem

ais

abra

ngen

te d

a co

ndut

a e

aber

tura

inco

mpa

tível

com

os

crim

es d

olos

os.

Dout

rina

Para

Igor

Per

eira

, ess

e tip

o pe

nal n

ão fo

i re

cepc

iona

do p

ela

CF/1

988

e nã

o po

ssui

Em ra

zão

da in

adeq

uaçã

o co

nstit

ucio

nal d

a no

rma,

dia

nte

da

exig

ência

de

defin

ição

lega

l das

Page 30: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

30

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

prat

icada

, qua

lque

r irre

gula

ridad

e qu

e de

term

ine

a an

ulaç

ão d

e vo

taçã

o, s

alvo

no

caso

do

art.

311:

Pena

- de

tenç

ão a

té s

eis

mes

es o

u pa

gam

ento

de

90 a

120

dia

s-m

ulta

.

mai

s vig

ência

, poi

s of

ende

ao

prin

cípi

o da

ta

xativ

idad

e po

r abo

rdar

“qua

lque

r irre

gula

ridad

e”

(PIN

HEIR

O, I

gor P

erei

ra. L

egis

laçã

o C

rimin

al

Elei

tora

l: As

pect

os M

ater

iais

e Pr

oces

suai

s.

Edito

ra J

usPo

divm

, 201

8. p

. 261

).

Da m

esm

a fo

rma,

Luiz

Car

los d

os S

anto

s Gon

çalve

s po

ntua

ofe

nsa

à re

serv

a de

lei p

enal

que

exige

da

lei

a de

scriç

ão d

a co

ndut

a cr

imino

sa (G

ONÇ

ALVE

S,

Luiz

Carlo

s dos

San

tos.

Crim

es E

leito

rais

e Pr

oces

so

Pena

l Elei

tora

l. 2. e

d. A

tlas,

2015

. p. 6

8).

Tito

Cos

ta re

lata

que

“a e

xpre

ssão

con

stan

te

do p

rece

ito ‘q

ualq

uer i

rregu

larid

ade’

pod

e le

var a

dúv

idas

ou

mes

mo

equí

voco

s na

sua

in

terp

reta

ção”

(CO

STA,

Tito

. Crim

es E

leito

rais

e

Proc

esso

Pen

al E

leito

ral.

Edito

ra J

uare

z de

O

livei

ra, 2

002.

p. 7

8).

cond

utas

pre

vista

s co

mo

crim

e

(art.

5º,

XXXI

), ca

be re

conh

ecer

sua

o re

cepç

ão. H

á es

paço

par

a es

sa

indi

caçã

o em

reso

luçã

o do

TSE

ou

em e

vent

ual r

espo

sta

a co

nsul

ta

even

tual

men

te fo

rmul

ada.

Códi

go E

leito

ral

Art.

311.

Vot

ar e

m s

eção

ele

itora

l em

que

não

est

á in

scrit

o, s

alvo

nos

ca

sos

expr

essa

men

te p

revis

tos,

e

perm

itir, o

pre

siden

te d

a m

esa

rece

ptor

a, q

ue o

vot

o se

ja a

dmitid

o:

Pena

- de

tenç

ão a

té u

m m

ês o

u pa

gam

ento

de

5 a

15 d

ias-

mul

ta p

ara

o el

eito

r e d

e 20

a 3

0 di

as-m

ulta

par

a o

pres

iden

te d

a m

esa.

Subs

istên

cia d

essa

figu

ra tí

pica

dia

nte

do s

istem

a de

con

trole

dos

vot

ante

s na

s se

ções

ele

itora

is.

Dout

rina

José

Jai

ro G

omes

diz

que

o tip

o pe

nal a

qui t

rata

do

enco

ntra

-se

extin

to p

ela

impo

ssib

ilidad

e le

gal d

e oc

orrê

ncia

das

con

duta

s qu

e o

cara

cter

iza, b

em

com

o pe

la im

poss

ibilid

ade

prát

ica d

eter

min

ada

pelo

sist

ema

de v

otaç

ão e

letrô

nica

(GO

MES

, Jos

é Ja

iro. C

rimes

Ele

itora

is e

Proc

esso

Pen

al E

leito

ral.

2. e

d. A

tlas,

201

6. p

. 92)

.

Rodr

igo L

ópez

Zilio

ent

ende

que

, com

o si

stem

a ele

trônic

o de

vota

ção,

o e

leito

r está

vinc

ulado

à

seçã

o ele

itora

l em

que

está

insc

rito,

send

o inv

iável

o

exer

cício

do vo

to se

o n

ome

do e

leito

r não

con

star

na

folha

de

vota

ção

(ZIL

IO, L

ópez

Rod

rigo.

Crim

es

Elei

tora

is. E

ditor

a Ju

sPod

ivm, 2

014.

p. 1

29).

Igor

Per

eira

Pin

heiro

apo

nta

tam

bém

a

impo

ssib

ilidad

e da

oco

rrênc

ia d

o tip

o em

razã

o do

sist

ema

elet

rôni

co d

e vo

taçã

o, s

endo

pos

síve

l qu

e o

elei

tor v

ote

em s

eção

ele

itora

l dive

rsa

da

O ti

po le

gal d

e cr

ime

perd

eu s

eu

obje

to, o

que

pod

e se

r rec

onhe

cido

pelo

TSE

por

reso

luçã

o ou

em

re

spos

ta a

eve

ntua

l con

sulta

.

Page 31: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

31

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

que

está

insc

rito,

ape

nas

no c

aso

de s

e pa

ssar

po

r ter

ceiro

(PIN

HEIR

O, I

gor P

erei

ra. L

egis

laçã

o C

rimin

al E

leito

ral:

Aspe

ctos

Mat

eria

is e

Proc

essu

ais.

Edi

tora

Jus

Podi

vm, 2

018.

p. 2

62).

Códi

go E

leito

ral

Art.

312.

Vio

lar o

u te

ntar

vio

lar o

sig

ilo d

o vo

to:

Pena

- de

tenç

ão a

té d

ois

anos

.

Dúvid

a so

bre

a ne

cess

idad

e de

sse

tipo

pena

l e s

obre

a c

ongr

uênc

ia d

e pu

nir t

enta

tiva

e cr

ime

cons

umad

o do

m

esm

o m

odo.

Dout

rina

De a

cord

o co

m L

uiz

Carlo

s do

s Sa

ntos

G

onça

lves,

trat

a-se

de

tipo

pena

l que

mer

ecer

ia

mul

ta n

ão p

enal

. (FU

X, L

uiz;

PER

EIRA

, Lui

z Fe

rnan

do C

asag

rand

e; A

GRA

, Wal

ber d

e M

oura

; PEC

CINI

N, L

uiz

Edua

rdo.

Dire

ito P

enal

e

Proc

esso

Pen

al E

leito

ral.

Belo

Hor

izont

e: F

órum

, 20

18. p

. 59)

.

Estu

dos

e su

gest

ões

“O p

rincí

pio

da fr

agm

enta

rieda

de d

eter

min

a um

a es

pécie

de

sele

ção

não

apen

as d

os b

ens

juríd

icos

que

serã

o tu

tela

dos,

mas

acim

a de

tudo

de

qua

is of

ensa

s a

este

s be

ns ju

rídico

s se

rão

tute

lada

s. O

u se

ja, n

em to

das

as le

sões

a b

ens

juríd

icos

serã

o pe

nalm

ente

tute

lada

s –

apen

as

as q

ue s

ejam

reco

nhec

idas

com

o gr

aves

o

sufic

ient

e pa

ra e

nsej

ar o

uso

do

dire

ito p

enal

. Aq

ui p

ode-

se tr

azer

pra

ticam

ente

todo

s os

del

itos

proc

edim

enta

is do

Cód

igo

Elei

tora

l (pe

rturb

ação

de

alis

tam

ento

ele

itora

l, pr

omoç

ão d

e de

sord

em

em tr

abal

ho e

leito

ral,

vota

r em

seç

ão e

leito

ral

dist

inta

, não

obs

erva

r a o

rdem

da

vota

ção,

etc

.).

Em q

ue p

ese

o fa

to d

e o

norm

al d

esen

volvi

men

to

dos

traba

lhos

ele

itora

is co

mo

mei

o pa

ra g

aran

tir

a lis

ura

do p

leito

pos

sa s

er e

nten

dido

com

o um

be

m ju

rídico

dig

no d

e tu

tela

pen

al, n

ão p

ode

qual

quer

sor

te d

e pe

rturb

ação

ser

com

pree

ndid

a co

mo

legí

tima

para

atra

ir a

inte

rven

ção

pena

l. E

mai

s, m

uito

s de

stes

del

itos

não

sobr

evive

ram

se

quer

ao

voto

ele

trôni

co (c

omo

os a

rt. 3

07 e

Nada

a p

roce

der d

iant

e de

pro

jeto

de

sist

emat

izaçã

o de

nor

mas

, qu

e nã

o in

clui a

tuaç

ão le

gisla

tiva.

Em

bora

haj

a po

sição

dou

triná

ria

resp

eitá

vel e

m s

entid

o co

ntrá

rio,

os c

rimes

de

tent

ativa

nos

qua

is se

eq

uipa

ra a

lesiv

idad

e do

con

atus

e

da fo

rma

cons

umad

a nã

o sã

o in

cons

tituc

iona

is, p

erm

itindo

ao

juiz,

ao

con

sider

ar a

s cir

cuns

tânc

ias

do

caso

con

cret

o, m

odul

ar a

pen

a.

Page 32: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

32

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

308)

, raz

ão p

ela

qual

faz-

se u

rgen

te u

ma

siste

mat

izaçã

o em

rela

ção

a es

te c

ritér

io. P

or

este

criv

o ta

mbé

m n

ão p

assa

riam

os

delito

s de

at

enta

do (o

u de

em

pree

ndim

ento

) – a

quel

es n

os

quai

s a

tent

ativa

é p

unid

a co

m a

mes

ma

pena

do

crim

e co

nsum

ado,

que

est

ão n

os a

rts. 3

09

(tent

ar v

otar

mai

s de

um

a ve

z), 3

12 (t

enta

r vio

lar

o sig

ilo d

o vo

to) e

317

(ten

tar v

iola

r o s

igilo

da

urna

).” (S

uges

tão

de:

Yasm

in B

rehm

er H

anda

r. En

cont

ro R

egio

nal T

RE/P

R.)

Códi

go E

leito

ral

Art.

313.

Dei

xar o

juiz

e os

mem

bros

da

junt

a de

exp

edir

o bo

letim

de

apur

ação

imed

iata

men

te a

pós

a ap

uraç

ão d

e ca

da u

rna

e an

tes

de

pass

ar à

sub

sequ

ente

, sob

qua

lque

r pr

etex

to e

ain

da q

ue d

ispen

sada

a

expe

diçã

o pe

los

fisca

is, d

eleg

ados

ou

can

dida

tos

pres

ente

s:

Pena

- pa

gam

ento

de

90 a

120

di

as-m

ulta

.

Pará

graf

o ún

ico. N

as s

eçõe

s el

eito

rais

em q

ue a

con

tage

m fo

r pr

oced

ida

pela

mes

a re

cept

ora

inco

rrerã

o na

mes

ma

pena

o

pres

iden

te e

os

mes

ário

s qu

e nã

o ex

pedi

rem

imed

iata

men

te o

re

spec

tivo

bole

tim.

Pena

- de

tenç

ão a

té d

ois

mes

es o

u pa

gam

ento

de

90 a

120

dia

s-m

ulta

.

Dúvid

a so

bre

a ne

cess

idad

e de

sse

crim

e qu

e, a

pare

ntem

ente

, tra

ta a

pena

s de

irre

gula

ridad

e ad

min

istra

tiva.

Dout

rina

Rodr

igo

Lópe

z Zi

lio d

iz qu

e es

se ti

po p

enal

so

men

te o

corre

ria n

o pr

oced

imen

to m

anua

l de

vota

ção

e ap

uraç

ão, s

endo

inviá

vel o

corrê

ncia

no

pro

cess

o el

etrô

nico

e q

ue, p

orta

nto,

não

que

se fa

lar n

a in

cidên

cia d

essa

figu

ra d

elitiv

a (Z

ILIO

, Lóp

ez R

odrig

o. C

rimes

Ele

itora

is. E

dito

ra

JusP

odivm

, 201

4. p

. 144

).

Tito

Cos

ta, p

or s

ua v

ez, e

nten

de q

ue e

ssa

figur

a pe

nal n

ão s

eria

tipi

cam

ente

de

natu

reza

cr

imin

al, e

sim

de

orde

m a

dmin

istra

tiva.

Ale

ga

que,

ape

sar d

o sis

tem

a el

etrô

nico

, ain

da é

vál

ida

a pr

eocu

paçã

o do

legi

slado

r no

sent

ido

de

prot

eger

a re

gula

ridad

e do

pro

cess

o de

vot

ação

e

apur

ação

(CO

STA,

Tito

. Crim

es E

leito

rais

e

Proc

esso

Pen

al E

leito

ral.

Edito

ra J

uare

z de

O

livei

ra, 2

002.

p. 8

2).

Gon

çalve

s in

dica

que

ess

e cr

ime

foi r

evog

ado

pelo

art.

87

da L

ei 9

.504

/199

7 (G

ONÇ

ALVE

S, L

uiz

Carlo

s do

s Sa

ntos

. Crim

es E

leito

rais

e Pr

oces

so

Pena

l Ele

itora

l. 2.

ed.

Atla

s, 2

015.

p. 7

1).

Em te

se, p

ode

ocor

rer a

con

duta

se

hou

ver e

mpr

ego

de c

édul

as d

e pa

pel.

O ti

po c

amin

ha p

ara

a pe

rda

do o

bjet

o, m

as a

inda

não

che

gou

lá.

Nada

a s

uger

ir no

âm

bito

de

proj

eto

de s

istem

atiza

ção

norm

ativa

.

Códi

go E

leito

ral

Art.

315.

Alte

rar n

os m

apas

ou

nos

bole

tins

de a

pura

ção

a vo

taçã

o ob

tida

por q

ualq

uer c

andi

dato

ou

Dúvid

a so

bre

a su

bsist

ência

do

“map

ismo”

dia

nte

dos

proc

edim

ento

s el

etrô

nico

s de

apu

raçã

o.

Dout

rina

Rodr

igo

Zilio

ale

ga q

ue e

sse

tipo

pena

l som

ente

oc

orre

no

proc

edim

ento

man

ual d

e vo

taçã

o,

cont

agem

e a

pura

ção

de v

otos

. No

proc

esso

Em te

se, p

ode

ocor

rer a

con

duta

se

hou

ver e

mpr

ego

de c

édul

as d

e pa

pel.

O ti

po c

amin

ha p

ara

a pe

rda

do o

bjet

o, m

as a

inda

não

che

gou

lá.

Page 33: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

33

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

lanç

ar n

esse

s do

cum

ento

s vo

taçã

o qu

e nã

o co

rresp

onda

às

cédu

las

apur

adas

:

Pena

- re

clusã

o at

é cin

co a

nos

e pa

gam

ento

de

5 a

15 d

ias-

mul

ta.

elet

rôni

co, e

ssa

cond

uta

de a

ltera

ção

de

resu

ltado

das

céd

ulas

, se

prat

icada

, rec

eber

á sa

nção

tam

bém

do

art.

315

do C

E, e

m

aten

dim

ento

ao

art.

15 d

a Le

i nº 6

.996

/198

2; e

, qu

ando

hou

ver a

ltera

ção

de re

sulta

dos

por m

eio

da u

rna

elet

rôni

ca, é

tipi

ficad

a co

mo

crim

e pe

lo

art.

72 d

a LE

(ZIL

IO, L

ópez

Rod

rigo.

Crim

es

Elei

tora

is. E

dito

ra J

usPo

divm

, 201

4. p

. 148

-149

).

Conf

orm

e Ig

or P

erei

ra P

inhe

iro, e

sse

tipo,

at

ualm

ente

, não

pos

sui in

cidên

cia n

a pr

ática

el

eito

ral (

PINH

EIRO

, Igo

r Per

eira

. Leg

isla

ção

Crim

inal

Ele

itora

l: As

pect

os M

ater

iais

e Pr

oces

suai

s. E

dito

ra J

usPo

divm

, 201

8. p

. 279

).

Tito

, por

sua

vez

, men

ciona

que

, com

o a

dven

to

dos

serv

iços

de c

ompu

taçã

o el

etrô

nica

dos

vo

tos,

a p

rátic

a do

del

ito to

rna-

se c

ada

vez

men

os p

ossí

vel (

COST

A, T

ito. C

rimes

Ele

itora

is

e Pr

oces

so P

enal

Ele

itora

l. Ed

itora

Jua

rez

de

Oliv

eira

, 200

2. p

. 84)

.

Estu

dos

e su

gest

ões

O ti

po p

enal

pre

ssup

õe o

sist

ema

de to

taliz

ação

m

anua

l, ra

zão

pela

qua

l é in

aplic

ável

dia

nte

do

siste

ma

de v

otaç

ão e

letrô

nica

. Por

tant

o, n

ão

poss

ui in

cidên

cia n

a pr

ática

ele

itora

l (su

gest

ão

de: G

rupo

de

Trab

alho

das

Nor

mas

Ele

itora

is,

Porta

ria n

º 18.

615/

2019

TRE

PRE

DG

SG

P Co

pes

SRF)

.

Mat

éria

regu

lada

em

out

ro d

iplo

ma

norm

ativo

. Ar

t. 72

da

Lei n

º 9.5

04/1

997

e ar

t. 15

da

Lei

nº 6

.996

/198

2 (s

uges

tão

de: I

brad

e –

Anex

o I –

O

fício

GT

Porta

ria-T

SE n

º 115

– C

E –

anál

ise

de d

ispos

itivos

).

Nada

a s

uger

ir no

âm

bito

de

proj

eto

de s

istem

atiza

ção

norm

ativa

.

Page 34: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

34

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imin

arSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

Lei n

º 6.9

96/ 1

982

Art.

15. I

ncor

rerá

nas

pen

as d

o ar

t. 31

5 do

Cód

igo

Elei

tora

l que

m,

no p

roce

ssam

ento

ele

trôni

co d

as

cédu

las,

alte

rar r

esul

tado

s, q

ualq

uer

que

seja

o m

étod

o ut

ilizad

o.

Em ra

zão

da te

cnol

ogia

das

urn

as,

a m

ençã

o a

“céd

ulas

” tor

na o

tip

o in

aplic

ável

.

Dout

rina

De a

cord

o co

m L

uiz

Carlo

s do

s Sa

ntos

Gon

çalve

s,

trata

-se

de ti

po p

enal

que

rem

anes

ceria

, ain

da q

ue

mer

eced

or d

e al

tera

ção

(FUX

, Lui

z; P

EREI

RA,

Luiz

Fern

ando

Cas

agra

nde;

AG

RA, W

albe

r de

Mou

ra; P

ECCI

NIN,

Lui

z Ed

uard

o. D

ireito

Pen

al e

Pr

oces

so P

enal

Ele

itora

l. Be

lo H

orizo

nte:

Fór

um,

2018

. p. 6

9).

Jairo

Gom

es a

rgum

enta

que

atu

alm

ente

não

que

se fa

lar e

m c

édul

as, e

xcet

o em

situ

ação

de

vota

ção

man

ual,

ou s

eja,

def

eito

insa

náve

l ou

de

difíc

il rep

araç

ão d

as u

rnas

ele

trôni

cas

(GO

MES

, Jo

sé J

airo

. Crim

es E

leito

rais

e P

roce

sso

Pena

l El

eito

ral.

2. e

d. A

tlas,

201

6. p

. 282

).

Pinh

eiro

aco

mpa

nha

o po

sicio

nam

ento

de

José

Ja

iro G

omes

(GO

MES

, Jos

é Ja

iro. C

rimes

El

eito

rais

e P

roce

sso

Pena

l Ele

itora

l. 2.

ed.

Atla

s,

2016

. p. 4

99-5

00).

A es

trita

lega

lidad

e pe

nal,

infe

nsa

à an

alog

ia in

mal

am p

arte

m, n

ão

perm

ite s

oluç

ão d

a in

adeq

uaçã

o da

nor

ma

às n

ovas

tecn

olog

ias.

So

men

te p

or a

ltera

ção

lega

l se

ria p

ossí

vel s

oluc

iona

r a

ques

tão

prop

osta

.

Códi

go E

leito

ral

Art.

316.

Não

rece

ber o

u nã

o m

encio

nar n

as a

tas

da e

leiçã

o ou

da

apur

ação

os

prot

esto

s de

vidam

ente

fo

rmul

ados

ou

deixa

r de

rem

etê-

los

à in

stân

cia s

uper

ior:

Pena

- re

clusã

o at

é cin

co a

nos

e pa

gam

ento

de

5 a

15 d

ias-

mul

ta.

Dúvid

a so

bre

a ne

cess

idad

e de

sse

crim

e qu

e, a

pare

ntem

ente

, tra

ta a

pena

s de

irre

gula

ridad

e ad

min

istra

tiva.

Dout

rina

De a

cord

o co

m L

uiz C

arlos

dos

San

tos G

onça

lves,

tra

ta-s

e de

tipo

pena

l que

mer

ecer

ia m

ulta

não

pena

l (FU

X, L

uiz; P

EREI

RA, L

uiz F

erna

ndo

Casa

gran

de; A

GRA

, Walb

er d

e M

oura

; PEC

CINI

N,

Luiz

Edua

rdo.

Dire

ito P

enal

e P

roce

sso

Pena

l El

eito

ral. B

elo H

orizo

nte:

Fór

um, 2

018.

p. 6

0).

Disp

ositiv

o le

gal (

CE, a

rt. 3

16) q

ue n

ão te

ve

prec

eden

tes

loca

lizad

os e

m p

esqu

isa n

o TS

E.

Pesq

uisa

nº 6

81/2

019,

fina

lizad

a na

Sec

reta

ria

de G

estã

o da

Info

rmaç

ão d

o TS

E (S

eção

de

Pesq

uisa

de

Juris

prud

ência

).

Em te

se, p

ode

ocor

rer a

con

duta

se

hou

ver e

mpr

ego

de c

édul

as d

e pa

pel.

O ti

po c

amin

ha p

ara

a pe

rda

do o

bjet

o, m

as a

inda

não

che

gou

lá.

Nada

a s

uger

ir no

âm

bito

de

proj

eto

de s

istem

atiza

ção

norm

ativa

.

(Con

tinua

ção)

Page 35: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

35

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imin

arSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

Códi

go E

leito

ral

Art.

318.

Efe

tuar

a m

esa

rece

ptor

a a

cont

agem

dos

vot

os d

a ur

na q

uand

o qu

alqu

er e

leito

r hou

ver v

otad

o so

b im

pugn

ação

(art.

190

):

Pena

- de

tenç

ão a

té u

m m

ês o

u pa

gam

ento

de

30 a

60

dias

-mul

ta.

Dúvid

a so

bre

a ne

cess

idad

e de

sse

crim

e qu

e, a

pare

ntem

ente

, tra

ta a

pena

s de

irre

gula

ridad

e ad

min

istra

tiva.

Dout

rina

Tito

Cos

ta a

firm

a tra

tar-s

e de

com

porta

men

to

de n

atur

eza

adm

inist

rativ

a qu

e, e

m v

irtud

e de

o

legi

slado

r bus

car a

pro

teçã

o do

vot

o, c

rimin

alizo

u a

cond

uta

(CO

STA,

Tito

. Crim

es E

leito

rais

e

Proc

esso

Pen

al E

leito

ral.

Edito

ra J

uare

z de

O

livei

ra, 2

002.

p. 8

8).

Igor

Per

eira

Pin

heiro

apo

nta

a in

aplic

abilid

ade

prát

ica d

o cr

ime

em v

irtud

e do

sist

ema

elet

rôni

co

de v

otaç

ão, p

ois

esse

tipo

de

impu

gnaç

ão d

a fig

ura

pena

l dev

e se

r res

olvid

a an

tes

de o

vot

o se

r rea

lizad

o, c

om o

sist

ema

elet

rôni

co d

as u

rnas

(P

INHE

IRO

, Igo

r Per

eira

. Leg

isla

ção

Crim

inal

El

eito

ral:

Aspe

ctos

Mat

eria

is e

Proc

essu

ais.

Ed

itora

Jus

Podi

vm, 2

018.

p. 2

88).

Disp

ositiv

o le

gal (

CE, a

rt. 3

18) q

ue n

ão te

ve

prec

eden

tes

loca

lizad

os e

m p

esqu

isa n

o TS

E.

Pesq

uisa

nº 6

81/2

019,

fina

lizad

a na

Sec

reta

ria

de G

estã

o da

Info

rmaç

ão d

o TS

E (S

eção

de

Pesq

uisa

de

Juris

prud

ência

).

Em te

se, p

ode

ocor

rer a

con

duta

se

hou

ver e

mpr

ego

de c

édul

as d

e pa

pel.

O ti

po c

amin

ha p

ara

a pe

rda

do o

bjet

o, m

as a

inda

não

che

gou

lá.

Nada

a s

uger

ir no

âm

bito

de

proj

eto

de s

istem

atiza

ção

norm

ativa

.

Códi

go E

leito

ral

Art.

319.

Sub

scre

ver o

ele

itor m

ais

de u

ma

ficha

de

regi

stro

de

um o

u m

ais

parti

dos:

Pena

- de

tenç

ão a

té 1

mês

ou

paga

men

to d

e 10

a 3

0 di

as-m

ulta

.

Dúvid

a so

bre

a co

mpa

tibilid

ade

dess

e tip

o co

m a

liber

dade

de

cria

ção

parti

dária

e c

om o

dire

ito d

e op

iniã

o.

Por q

ue o

cid

adão

não

pod

e ap

oiar

a

cria

ção

de m

ais

de u

m p

artid

o?

Dout

rina

Igor

Per

eira

Pinh

eiro

repu

ta a

exis

tênc

ia de

dua

s po

siçõe

s qua

nto

à re

cepç

ão co

nstitu

ciona

l des

se tip

o.

O se

ntido

da

não

rece

pção

é p

or co

nta

da a

uton

omia

de

ferid

a ao

s par

tidos

polí

ticos

pelo

art.

17

da C

F.

Poré

m, a

cred

ita q

ue o

pos

icion

amen

to m

ais co

rreto

e

majo

ritário

da

dout

rina

é de

o cr

ime

perm

anec

er e

m

pleno

vigo

r, ve

z que

a co

ndut

a pr

oibida

tem

o fim

de

evita

r fra

udes

no

núm

ero

de a

poios

form

ais p

ara

o re

gistro

de

partid

o po

lítico

(PIN

HEIR

O, Ig

or P

ereir

a.

Legis

lação

Crim

inal E

leito

ral: A

spec

tos M

ater

iais e

Pr

oces

suais

. Edit

ora

JusP

odivm

, 201

8. p

. 289

).

A lib

erda

de d

e op

iniã

o e

expr

essã

o po

de in

cluir

juíz

o fa

vorá

vel à

cria

ção

de m

ais

do q

ue u

m p

artid

o. N

orm

a nã

o re

cebi

da p

ela

CF/1

988,

o q

ue

pode

ser

reco

nhec

ido

em re

solu

ção

ou e

vent

ual c

onsu

lta. D

e ou

tro

lado

, ant

e o

cont

role

ele

trôni

co

dos

apoi

amen

tos

no p

roce

sso

de

cria

ção

de u

m p

artid

o de

term

inad

o,

é im

poss

ível

pra

ticar

o c

rime

– ve

z qu

e ne

m m

esm

o de

risc

o de

lesã

o se

po

de c

ogita

r – a

ssin

ando

dua

s ve

zes

o ap

oiam

ento

seq

uenc

ialm

ente

.

(Con

tinua

ção)

Page 36: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

36

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Assim

, a c

ondu

ta n

ão m

erec

e tu

tela

pe

nal s

e pr

atica

da n

a m

odal

idad

e “a

poia

r a c

riaçã

o de

doi

s pa

rtido

s di

vers

os”,

e é

crim

e im

poss

ível

na

mod

alid

ade

“apo

iar d

uas

veze

s a

cria

ção

de u

m m

esm

o pa

rtido

”.

Códi

go E

leito

ral

Art.

320.

Insc

reve

r-se

o el

eito

r, sim

ulta

neam

ente

, em

doi

s ou

m

ais

parti

dos:

Pena

- pa

gam

ento

de

10 a

20

di

as-m

ulta

.

Dúvid

a so

bre

a vig

ência

, dia

nte

da

atua

l red

ação

do

pará

graf

o ún

ico d

o ar

t. 22

da

Lei n

º 9.0

96/1

995:

“Par

ágra

fo ú

nico

. Hav

endo

co

exist

ência

de

filiaç

ões

parti

dária

s,

prev

alec

erá

a m

ais

rece

nte,

dev

endo

a

Just

iça E

leito

ral d

eter

min

ar o

ca

ncel

amen

to d

as d

emai

s”.

Não

rece

pção

do

crim

e pe

la CF

/198

8, p

or vi

olar o

pr

incíp

io da

inte

rven

ção

mín

ima

ou su

bsidi

aried

ade

do D

ireito

Pen

al, a

inda

mais

com

a re

daçã

o do

ar

t. 22

, par

ágra

fo ú

nico,

da

Lei n

º 9.0

96/1

995

(dad

a pe

la Le

i nº 1

2.89

1/20

13 –

man

uten

ção

da fil

iaçã

o m

ais re

cent

e e

anula

ção

das a

nter

iores

).

Dout

rina

Jairo

Gom

es re

lata

que

ess

e de

lito n

ão s

e en

cont

ra m

ais

vigen

te, p

ois

o pa

rágr

afo

único

do

art.

22

da L

ei n

º 9.0

96/1

995

esta

bele

ceu

que,

em

cas

o de

dup

la fi

liaçã

o, a

mai

s re

cent

e se

man

tida

com

o c

ance

lam

ento

das

ant

erio

res

(GO

MES

, Jos

é Ja

iro. C

rimes

Ele

itora

is e

Proc

esso

Pe

nal E

leito

ral.

2. e

d. A

tlas,

201

6. p

. 107

-108

).

Igor

Per

eira

Pin

heiro

tam

bém

def

ende

a n

ão

rece

pção

, poi

s o

crim

e nã

o po

derá

ser

com

etid

o,

após

a n

ova

reda

ção

do a

rt. 2

2, p

arág

rafo

úni

co,

da L

ei n

º 9.0

96/1

995

(PIN

HEIR

O, I

gor P

erei

ra.

Legi

slaç

ão C

rimin

al E

leito

ral:

Aspe

ctos

Mat

eria

is e

Proc

essu

ais.

Edi

tora

Jus

Podi

vm, 2

018.

p. 2

95).

Lópe

z ap

onta

que

ess

e tip

o pe

nal d

eve

ser r

evog

ado

ou c

onsid

erad

o co

mo

não

rece

pcio

nado

pel

a CF

/198

8, a

com

panh

ando

ta

mbé

m o

s ou

tros

apon

tam

ento

s já

abo

rdad

os

(ZIL

IO, L

ópez

Rod

rigo.

Crim

es E

leito

rais

. Edi

tora

Ju

sPod

ivm, 2

014.

p. 1

58).

Tipo

revo

gado

pel

a no

va re

daçã

o do

art.

22,

par

ágra

fo ú

nico

, da

Lei

nº 9

.096

/199

5, o

que

pod

e se

r re

conh

ecid

o pe

lo T

SE e

m

reso

luçã

o ou

no

julg

amen

to

de e

vent

ual c

onsu

lta.

Page 37: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

37

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Estu

dos

e su

gest

ões

Mat

éria

regu

lada

em o

utro

dipl

oma

norm

ativo

. Art.

22

da L

ei n

º 9.0

96/1

995

(sug

estã

o de

: Ibr

ade

Anex

o I –

Ofíc

io G

T Po

rtaria

-TSE

nº 1

15 –

CE

– an

álise

de

disp

ositiv

os).

Códi

go E

leito

ral

Art.

321.

Col

her a

ass

inat

ura

do

elei

tor e

m m

ais

de u

ma

ficha

de

regi

stro

de

parti

do:

Pena

- de

tenç

ão a

té d

ois

mes

es o

u pa

gam

ento

de

20 a

40

dias

-mul

ta.

Dúvid

a so

bre

a co

mpa

tibilid

ade

dess

e tip

o co

m a

liber

dade

de

cria

ção

parti

dária

e c

om o

dire

ito d

e op

iniã

o.

Por q

ue o

cid

adão

não

pod

e ap

oiar

a

cria

ção

de m

ais

de u

m p

artid

o? N

esse

ca

so, p

or q

ue te

rcei

ra p

esso

a nã

o po

deria

aux

iliá-lo

?

Dout

rina

Gon

çalve

s m

encio

na q

ue e

sse

tipo

pena

l é u

ma

form

a de

aux

ílio m

ater

ial p

ara

o co

mpo

rtam

ento

pr

evist

o no

art.

319

e re

puto

u qu

e es

sa c

ondu

ta

tam

pouc

o fo

i rec

ebid

a pe

la C

F/19

88.

Igor

Pinh

eiro

e Ja

iro G

omes

segu

em n

o m

esm

o se

ntido

(PIN

HEIR

O, Ig

or P

ereir

a. L

egisl

ação

Crim

inal

Eleit

oral:

Asp

ecto

s Mat

eriai

s e P

roce

ssua

is. E

ditor

a Ju

sPod

ivm, 2

018.

p. 2

98. G

OM

ES, J

osé

Jairo

. Cr

imes

Elei

tora

is e

Proc

esso

Pen

al El

eitor

al. 2

. ed.

At

las, 2

016.

p. 1

08-1

09).

Disp

ositiv

o le

gal (

CE, a

rt. 3

21) q

ue n

ão te

ve

prec

eden

tes

loca

lizad

os e

m p

esqu

isa n

o TS

E.

Pesq

uisa

nº 6

81/2

019,

fina

lizad

a na

Sec

reta

ria

de G

estã

o da

Info

rmaç

ão d

o TS

E (S

eção

de

Pesq

uisa

de

Juris

prud

ência

).

A lib

erda

de d

e op

iniã

o e

expr

essã

o po

de in

cluir

juíz

o fa

vorá

vel à

cria

ção

de m

ais

do q

ue u

m p

artid

o. N

orm

a nã

o re

cebi

da p

ela

CF/1

988,

o q

ue

pode

ser

reco

nhec

ido

em re

solu

ção

ou e

vent

ual c

onsu

lta.

Códi

go E

leito

ral

Art.

323.

Divu

lgar

, na

prop

agan

da,

fato

s qu

e sa

be in

veríd

icos,

em

re

laçã

o a

parti

dos

ou c

andi

dato

s e

capa

zes

de e

xerc

erem

influ

ência

pe

rant

e o

elei

tora

do:

Pena

- de

tenç

ão d

e do

is m

eses

a

um a

no, o

u pa

gam

ento

de

120

a 15

0 di

as-m

ulta

.

Pará

graf

o ún

ico. A

pen

a é

agra

vada

se

o c

rime

é co

met

ido

pela

impr

ensa

, rá

dio

ou te

levis

ão.

Dúvid

a so

bre

a in

com

patib

ilidad

e.Do

utrin

a

Fern

ando

Nei

sser

ent

ende

que

ess

e tip

o nã

o fo

i rec

ebid

o pe

la C

F/19

88 (N

EISS

ER, F

erna

ndo

Gas

par.

Crim

e e

Men

tira

na P

olíti

ca. B

elo

Horiz

onte

: Edi

tora

Fór

um, 2

016)

.

A de

spei

to d

e re

spei

táve

l opi

nião

do

utrin

ária

de

um d

os m

embr

os

do G

T, fo

rma

a re

lato

ria c

om a

op

iniã

o de

que

ess

e cr

ime

não

é in

com

patív

el c

om a

CF/

1988

, nem

se

col

oca

em p

osiç

ão a

ntin

ômic

a co

m o

utro

arti

go d

a Le

i Ele

itora

l. Ev

entu

al s

uges

tão

de re

voga

ção

só p

oder

ia s

er e

xam

inad

a pe

lo

Pode

r Leg

isla

tivo.

Page 38: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

38

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imin

arSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

Códi

go E

leito

ral

Art.

324.

Cal

unia

r alg

uém

, na

prop

agan

da e

leito

ral,

ou v

isand

o fin

s de

pro

paga

nda,

impu

tand

o-lh

e fa

lsam

ente

fato

def

inid

o co

mo

crim

e:

Pena

- de

tenç

ão d

e se

is m

eses

a

dois

anos

, e p

agam

ento

de

10 a

40

dias

-mul

ta.

§ 1º

Nas

mes

mas

pen

as in

corre

qu

em, s

aben

do fa

lsa a

impu

taçã

o, a

pr

opal

a ou

divu

lga.

§ 2º

A p

rova

da

verd

ade

do fa

to

impu

tado

exc

lui o

crim

e, m

as

não

é ad

mitid

a:

I - s

e, c

onst

ituin

do o

fato

impu

tado

cr

ime

de a

ção

priva

da, o

ofe

ndid

o,

não

foi c

onde

nado

por

sen

tenç

a irr

ecor

rível

;

II - s

e o

fato

é im

puta

do a

o pr

esid

ente

da

Repú

blica

ou

chef

e de

go

vern

o es

trang

eiro

;

III -

se d

o cr

ime

impu

tado

, em

bora

de

açã

o pú

blica

, o o

fend

ido

foi

abso

lvido

por

sen

tenç

a irr

ecor

rível

.

Dúvid

a so

bre

a co

nstit

ucio

nalid

ade

da p

roib

ição

de p

rova

da

verd

ade

em

rela

ção

ao p

resid

ente

da

Repú

blica

e

dign

itário

s es

trang

eiro

s.

Pade

ce d

e in

cons

tituc

iona

lidad

e a

rest

rição

da

pro

va d

a ve

rdad

e da

impu

taçã

o se

o fa

to

é im

puta

do a

o pr

esid

ente

da

Repú

blica

ou

ao

chef

e de

gov

erno

est

rang

eiro

.

A re

striç

ão à

exc

eção

da

verd

ade,

em

cas

o de

ofe

nsa

ao p

resid

ente

da

Repú

blica

ou

dign

itário

est

rang

eiro

, é

inco

nstit

ucio

nal,

por o

fens

a à

liber

dade

de

opin

ião

e ex

pres

são.

Su

gere

-se

que

o TS

E o

reco

nheç

a,

via re

solu

ção

ou d

iant

e de

eve

ntua

l co

nsul

ta a

ele

form

ulad

a.

Códi

go E

leito

ral

Art.

325.

Difa

mar

alg

uém

, na

prop

agan

da e

leito

ral,

ou v

isand

o a

fins

de p

ropa

gand

a, im

puta

ndo-

lhe

fato

ofe

nsivo

à s

ua re

puta

ção:

Pena

- de

tenç

ão d

e trê

s mes

es a

um

an

o e

paga

men

to d

e 5

a 30

dias

-mult

a.

Dúvid

a so

bre

a di

vulg

ação

de

fato

ver

dade

iro, m

as o

fens

ivo, n

o pr

oces

so e

leito

ral.

Dúvid

a so

bre

a co

mpa

tibilid

ade

cons

tituc

iona

l de

rest

ringi

r a p

rova

da

verd

ade

apen

as

ao fu

ncio

nário

púb

lico

vítim

a.

A di

fam

ação

não

pod

e in

cluir

fato

que

sej

a ve

rdad

eiro

, ao

men

os n

o pr

oces

so e

leito

ral.

Além

diss

o, a

rest

rição

da

prov

a da

ver

dade

da

impu

taçã

o ap

enas

no

caso

de

o of

endi

do s

er

func

ioná

rio p

úblic

o, m

ostra

-se

inco

nstit

ucio

nal.

Disp

ositiv

o leg

al (C

E ar

t. 32

5, p

arág

rafo

únic

o) q

ue

não

teve

pre

cede

ntes

loca

lizad

os e

m p

esqu

isa n

o

Inco

nstit

ucio

nalid

ade

da re

striç

ão d

a pr

ova

da v

erda

de a

pena

s pa

ra o

fu

ncio

nário

púb

lico

vítim

a. R

estri

ção

não

rece

bida

pel

a CF

/198

8.

Poss

ibilid

ade

de in

terp

reta

ção

conf

orm

e, p

ara

afas

tar d

a in

cidên

cia

do ti

po, n

o pr

oces

so e

leito

ral,

a im

puta

ção

de fa

to v

erda

deiro

, co

nqua

nto

ofen

sivo.

(Con

tinua

ção)

Page 39: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

39

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Pará

graf

o ún

ico. A

exc

eção

da

verd

ade

som

ente

se

adm

ite s

e of

endi

do é

func

ioná

rio p

úblic

o e

a of

ensa

é re

lativ

a ao

exe

rcíc

io d

e su

as fu

nçõe

s.

TSE.

Pes

quisa

nº 6

81/2

019,

fina

lizad

a na

Se

cret

aria

de

Ges

tão

da In

form

ação

do

TSE

(Seç

ão d

e Pe

squi

sa d

e Ju

rispr

udên

cia).

Códi

go E

leito

ral

Art.

327.

As

pena

s co

min

adas

nos

ar

ts. 3

24, 3

25 e

326

, aum

enta

m-s

e de

um

terç

o, s

e qu

alqu

er d

os c

rimes

é

com

etid

o:

I - c

ontra

o p

resid

ente

da

Repú

blica

ou

che

fe d

e go

vern

o es

trang

eiro

;

II - c

ontra

func

ioná

rio p

úblic

o, e

m

razã

o de

sua

s fu

nçõe

s;

III -

na p

rese

nça

de v

ária

s pe

ssoa

s,

ou p

or m

eio

que

facil

ite a

divu

lgaç

ão

da o

fens

a.

Dúvid

a so

bre

a co

nstit

ucio

nalid

ade

do a

umen

to d

a pe

na s

e a

vítim

a fo

r o

pres

iden

te d

a Re

públ

ica o

u di

gnitá

rio

estra

ngei

ro.

A ca

usa

de a

grav

ação

do

item

I pa

rece

in

just

ificáv

el.

Nada

a s

uger

ir, p

ois

não

se

desc

arta

a v

iabi

lidad

e co

nstit

ucio

nal

de o

fere

cer p

rote

ção

pena

l mai

s se

vera

ao

carg

o de

pre

siden

te

da R

epúb

lica,

ou

a di

gnitá

rios

estra

ngei

ros,

dia

nte

da d

igni

dade

do

s re

spec

tivos

car

gos.

Códi

go E

leito

ral

Art.

330.

Nos

cas

os d

os a

rts. 3

28 e

32

9 se

o a

gent

e re

para

o d

ano

ante

s da

sen

tenç

a fin

al, o

juiz

pode

redu

zir

a pe

na.

Prej

udica

da e

m ra

zão

da re

voga

ção

dos

artig

os a

nter

iore

s.Do

utrin

a

Prej

udica

do e

m ra

zão

da re

voga

ção

dos

artig

os

ante

riore

s (C

OST

A, T

ito. C

rimes

Ele

itora

is e

pr

oces

so p

enal

ele

itora

l. Ed

itora

Jua

rez

de

Oliv

eira

, 200

2. p

. 103

).

Gon

çalve

s, n

o m

esm

o se

ntid

o, m

encio

na q

ue

a Le

i nº 9

.504

/199

7, q

ue re

vogo

u os

arts

. 328

e

329,

esq

uece

u-se

de

revo

gar e

sse

tipo

pena

l, o

deixa

ndo

inap

licáv

el, o

corre

ndo

a re

voga

ção

tácit

a (G

ONÇ

ALVE

S, L

uiz

Carlo

s do

s Sa

ntos

. C

rimes

Ele

itora

is e

Pro

cess

o Pe

nal E

leito

ral.

2.

ed.

Atla

s, 2

015.

p. 9

2).

Ente

ndim

ento

sem

elha

nte

do d

outri

nado

r Rod

rigo

Lópe

z Zi

lio (Z

ILIO

, Lóp

ez R

odrig

o. C

rimes

El

eito

rais.

Edi

tora

Jus

Podi

vm, 2

014.

p. 1

78).

Artig

o qu

e pe

rdeu

obj

eto

em

razã

o da

revo

gaçã

o do

s tip

os

que

men

ciona

.

Page 40: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

40

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Disp

ositiv

o le

gal (

CE, a

rt. 3

30) q

ue n

ão te

ve

prec

eden

tes

loca

lizad

os e

m p

esqu

isa n

o TS

E.

Pesq

uisa

nº 6

81/2

019,

fina

lizad

a na

Sec

reta

ria

de G

estã

o da

Info

rmaç

ão d

o TS

E (S

eção

de

Pesq

uisa

de

Juris

prud

ência

).

Códi

go E

leito

ral

Art.

331.

Inut

ilizar

, alte

rar o

u pe

rturb

ar m

eio

de p

ropa

gand

a de

vidam

ente

em

preg

ado:

Pena

- de

tenç

ão a

té s

eis

mes

es o

u pa

gam

ento

de

90 a

120

dia

s-m

ulta

.

Dúvid

a so

bre

a ne

cess

idad

e de

m

ante

r ess

a cr

imin

aliza

ção.

Dout

rina

Gon

çalve

s re

lata

que

ess

e ar

tigo

“cla

ma

pela

re

voga

ção”

e q

ue s

eja

subs

tituí

do p

or s

ançã

o ad

min

istra

tiva

elei

tora

l (G

ONÇ

ALVE

S, L

uiz

Carlo

s do

s Sa

ntos

. Crim

es E

leito

rais

e P

roce

sso

Pena

l Ele

itora

l. 2.

ed.

Atla

s, 2

015.

p. 9

4).

Nada

a s

uger

ir no

âm

bito

de

proj

eto

de s

istem

atiza

ção

das

norm

as.

A in

conv

eniê

ncia

do

disp

ositiv

o é

mat

éria

con

fiada

ao

legi

slado

r.

Códi

go E

leito

ral

Art.

332.

Impe

dir o

exe

rcíc

io d

e pr

opag

anda

:

Pena

- de

tenç

ão a

té s

eis

mes

es e

pa

gam

ento

de

30 a

60

dias

-mul

ta.

Dúvid

a so

bre

a ne

cess

idad

e de

m

ante

r ess

a cr

imin

aliza

ção.

Dout

rina

De a

cord

o co

m L

uiz C

arlos

dos

San

tos G

onça

lves,

tra

ta-s

e de

tipo

pena

l que

mer

ecer

ia m

ulta

não

pena

l (FU

X, L

uiz; P

EREI

RA, L

uiz F

erna

ndo

Casa

gran

de; A

GRA

, Walb

er d

e M

oura

; PEC

CINI

N,

Luiz

Edua

rdo.

Dire

ito P

enal

e P

roce

sso

Pena

l El

eito

ral. B

elo H

orizo

nte:

Fór

um, 2

018.

p. 6

0).

Disp

ositiv

o le

gal (

CE, a

rt. 3

32) q

ue n

ão te

ve

prec

eden

tes

loca

lizad

os e

m p

esqu

isa n

o TS

E.

Pesq

uisa

nº 6

81/2

019,

fina

lizad

a na

Sec

reta

ria

de G

estã

o da

Info

rmaç

ão d

o TS

E (S

eção

de

Pesq

uisa

de

Juris

prud

ência

).

Nada

a s

uger

ir no

âm

bito

de

proj

eto

de s

istem

atiza

ção

das

norm

as.

A in

conv

eniê

ncia

do

disp

ositiv

o é

mat

éria

con

fiada

ao

legi

slado

r.

Códi

go E

leito

ral

Art.

335.

Faz

er p

ropa

gand

a,

qual

quer

que

sej

a a

sua

form

a, e

m

língu

a es

trang

eira

:

Pena

- de

tenç

ão d

e trê

s a

seis

mes

es

e pa

gam

ento

de

30 a

60

dias

-mul

ta.

Pará

graf

o ún

ico. A

lém

da

pena

co

min

ada,

a in

fraçã

o ao

pre

sent

e ar

tigo

impo

rta n

a ap

reen

são

e pe

rda

do m

ater

ial u

tiliza

do n

a pr

opag

anda

.

Dúvid

a so

bre

a re

cepç

ão

cons

tituc

iona

l des

se ti

po,

apar

ente

men

te, x

enóf

obo.

Dout

rina

Tito

Cos

ta re

ssal

ta q

ue o

art.

13

da C

F/19

88,

aind

a qu

e te

nha

esta

bele

cido

a lín

gua

portu

gues

a co

mo

idio

ma

ofici

al d

o Br

asil,

não

esta

bele

ce

nenh

uma

sanç

ão q

uant

o ao

seu

des

cum

prim

ento

(C

OST

A, T

ito. C

rimes

Ele

itora

is e

Proc

esso

Pen

al

Elei

tora

l. Ed

itora

Jua

rez

de O

livei

ra, 2

002.

p. 1

09).

Rodr

igo

Lópe

z Zi

lio c

onco

rda

com

Lui

z Ca

rlos

dos

Sant

os G

onça

lves,

dize

ndo

que

a pe

naliz

ação

de

ssa

cond

uta

se to

rna

exag

erad

a no

s di

as a

tuai

s e

cont

raria

dire

tam

ente

o c

arát

er fr

agm

entá

rio d

o

Crim

e nã

o re

cebid

o pe

la CF

/198

8,

seja

pela

liber

dade

de

expr

essã

o, s

eja

pelo

cará

ter x

enóf

obo

e, p

orta

nto,

dis

crim

inató

rio a

pes

soas

est

rang

eiras

ra

dicad

as n

o Br

asil.

Poss

ibilid

ade

de

reco

nhec

imen

to d

e su

a nã

o re

cepç

ão

por r

esolu

ção

do T

SE o

u em

resp

osta

a

even

tual

cons

ulta.

Page 41: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

41

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Dire

ito P

enal

e o

prin

cípi

o co

nstit

ucio

nal d

e lib

erda

de d

e m

anife

staç

ão d

o pe

nsam

ento

(Z

ILIO

, Lóp

ez R

odrig

o. C

rimes

Ele

itora

is. E

dito

ra

JusP

odivm

, 201

4. p

. 185

).

José

Jai

ro G

omes

inda

ga q

ue, c

aso

esse

tipo

pe

nal t

enha

sid

o re

cepc

iona

do p

ela

CF/1

988,

o fa

z se

ntid

o se

con

front

ado

com

o d

ireito

co

nstit

ucio

nal à

livre

man

ifest

ação

do

pens

amen

to

(GO

MES

, Jos

é Ja

iro. C

rimes

Ele

itora

is e

Proc

esso

Pe

nal E

leito

ral.

2. e

d. A

tlas,

201

6, p

. 162

).

Igor

Per

eira

Pinh

eiro

argu

men

ta q

ue a

pos

ição

majo

ritár

ia da

dou

trina

elei

tora

l é d

e qu

e es

se a

rtigo

o fo

i rec

epcio

nado

pela

CF/

1988

, por

viola

r o

princ

ípio

da in

terv

ençã

o m

ínim

a ou

subs

idiar

iedad

e do

Dire

ito P

enal

(PIN

HEIR

O, I

gor P

ereir

a.

Legi

slaçã

o Cr

imin

al E

leito

ral: A

spec

tos M

ater

iais

e Pr

oces

suais

. Edit

ora

JusP

odivm

, 201

8. p

. 342

).

Estu

dos

e su

gest

ões

O re

ferid

o pr

ecei

to in

crim

inad

or n

ão fo

i re

cepc

iona

do p

ela

CF/1

988,

por

vio

lar o

prin

cípi

o da

inte

rven

ção

mín

ima

ou s

ubsid

iarie

dade

do

Dire

ito P

enal

. Há

sanç

ões

cíve

is ap

licáv

eis

ao

caso

(int

erdi

ção

ou c

essa

ção

da p

ropa

gand

a e

ap

reen

são

do m

ater

ial il

ícito

), m

edid

as e

ficaz

es e

id

ônea

s pa

ra c

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r a ir

regu

larid

ade

(sug

estã

o de

: G

rupo

de

Trab

alho

das

Nor

mas

Ele

itora

is, P

orta

ria

nº 1

8.61

5/20

19 T

RE P

RE D

G S

GP

Cope

s SR

F).

“O p

rincí

pio

da le

sivid

ade

trans

porta

par

a a

sear

a pe

nal a

que

stão

da

exte

riorid

ade

do d

ireito

. Ou

seja

, par

a al

ém d

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ferê

ncia

a u

m b

em ju

rídico

, é

nece

ssár

io q

ue h

aja

a po

tenc

ialid

ade

de e

ste

sofre

r alg

uma

lesã

o po

r con

duta

s qu

e po

ssam

se

r rea

lizad

as n

o m

undo

fátic

o.

Page 42: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

42

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

A ní

vel e

xem

plific

ativo

, cite

-se

o tip

o pe

nal

elei

tora

l que

ved

a a

prop

agan

da e

m lí

ngua

es

trang

eira

(art.

335

) no

qual

o b

em ju

rídico

pr

oteg

ido

é a

sobe

rani

a na

ciona

l. O

ra, n

ão

rest

a dú

vida

de q

ue a

sob

eran

ia n

acio

nal é

bem

ju

rídico

que

mer

ece

ser t

utel

ado

pelo

dire

ito

pena

l ele

itora

l. No

ent

anto

, ent

re a

real

izaç

ão d

e pr

opag

anda

em

líng

ua e

stra

ngei

ra e

a o

fens

a à

sobe

rani

a do

paí

s há

um

sal

to h

erm

enêu

tico

que

não

pass

a pe

lo c

rivo

do p

rincí

pio

da le

sivi

dade

.” (S

uges

tão

de:

Yasm

in B

rehm

er H

anda

r. En

cont

ro R

egio

nal T

RE/P

R.)

Disp

ositiv

o le

gal (

CE, a

rt. 3

35) q

ue n

ão te

ve

prec

eden

tes

loca

lizad

os e

m p

esqu

isa n

o TS

E.

Pesq

uisa

nº 6

81/2

019,

fina

lizad

a na

Sec

reta

ria

de G

estã

o da

Info

rmaç

ão d

o TS

E (S

eção

de

Pesq

uisa

de

Juris

prud

ência

).

Códi

go E

leito

ral

Art.

336.

Na

sent

ença

que

julg

ar

ação

pen

al p

ela

infra

ção

de q

ualq

uer

dos

arts

. 322

, 323

, 324

, 325

, 326

, 32

8, 3

29, 3

31, 3

32, 3

33, 3

34 e

335

, de

ve o

juiz

verif

icar,

de a

cord

o co

m o

se

u liv

re c

onve

ncim

ento

, se

dire

tório

lo

cal d

o pa

rtido

, por

qua

lque

r dos

se

us m

embr

os, c

onco

rreu

para

a

prát

ica d

e de

lito, o

u de

la s

e be

nefic

iou

cons

cient

emen

te.

Pará

graf

o ún

ico. N

esse

cas

o, im

porá

o

juiz

ao d

iretó

rio re

spon

sáve

l pen

a de

susp

ensã

o de

sua

ativi

dade

elei

tora

l po

r pra

zo d

e 6

a 12

mes

es, a

grav

ada

até

o do

bro

nas

rein

cidên

cias.

Dúvid

a so

bre

se e

sse

tipo

traz

resp

onsa

bilida

de p

enal

da p

esso

a jur

ídica

e se

é p

ossív

el ap

licar

a sa

nção

ao

dire

tório

que

não

inte

grou

a lid

e, o

u ao

s se

us m

embr

os, n

a m

esm

a sit

uaçã

o.

Suge

stão

de

deta

lham

ento

da

norm

a de

resp

onsa

biliz

ação

pen

al.

Dout

rina

Rodr

igo Z

ilio a

pena

s arg

umen

ta q

ue o

CE

se

ante

cipou

à M

agna

Car

ta, q

ue so

men

te d

eter

mino

u a

resp

onsa

bilida

de p

enal

da p

esso

a jur

ídica

apó

s 20

ano

s (ZI

LIO

, Lóp

ez R

odrig

o. C

rimes

Ele

itora

is.

Edito

ra Ju

sPod

ivm, 2

014.

p. 5

4).

Tito

Cos

ta a

pont

a im

prop

rieda

des

na d

escr

ição

do ti

po p

enal

, prim

eira

men

te p

or a

front

ar o

pr

incí

pio

cons

tituc

iona

l do

art.

5º, L

V, d

a CF

/198

8 e

em ra

zão

de a

Lei

men

ciona

r que

a s

uspe

nsão

im

post

a at

ingi

rá a

ativ

idad

e el

eito

ral d

a ag

rem

iaçã

o po

lítica

, que

é a

fina

lidad

e pr

ecíp

ua

de p

artid

os p

olíti

cos

(CO

STA,

Tito

. Crim

es

Elei

tora

is e

Pro

cess

o Pe

nal E

leito

ral.

Edito

ra

Juar

ez d

e O

livei

ra, 2

002.

p. 1

10).

Gon

çalve

s su

sten

ta, e

m o

bra

dout

rinár

ia, q

ue

ning

uém

pod

e se

r con

dena

do s

em o

dev

ido

proc

esso

lega

l, qu

e de

vem

ser

obs

erva

das

as

Resp

onsa

bilid

ade

pena

l da

pess

oa

juríd

ica a

vant

la le

ttre.

Sua

apl

icaçã

o de

pend

e de

impu

taçã

o na

den

úncia

, an

otan

do-s

e, p

orém

, a re

voga

ção

dos

arts

. 322

, 328

, 329

e 3

33 d

o Có

digo

Ele

itora

l e a

sug

estã

o de

não

re

cepç

ão c

onst

itucio

nal d

o ar

t. 33

5.

Ou

seja

, a re

spon

sabi

lidad

e fic

a

rest

rita

a cr

imes

rela

tivos

à

prop

agan

da e

leito

ral.

O T

SE p

oder

ia

faze

r ess

a in

dica

ção

na re

solu

ção

dos

crim

es e

leito

rais.

Page 43: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

43

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

regr

as d

o pr

oces

so p

enal

e q

ue n

ão é

pos

síve

l co

nsid

erar

a s

ançã

o de

sus

pens

ão c

omo

efei

to d

e co

nden

ação

de

terc

eiro

s, e

sim

ap

enas

a s

uspe

nsão

com

o fig

ura

autô

nom

a de

re

spon

sabi

lizaç

ão, o

que

torn

a a

susp

ensã

o de

at

ivida

des

com

patív

el c

om a

nat

urez

a ju

rídica

da

agr

emia

ção

(GO

NÇAL

VES,

Lui

z Ca

rlos

dos

Sant

os. C

rimes

Ele

itora

is e

Pro

cess

o Pe

nal

Elei

tora

l. 2.

ed.

Atla

s, 2

015.

p. 9

8).

Estu

dos

e su

gest

ões

“Faz

-se

nece

ssár

io es

clare

cer:

i) é

uma

puniç

ão d

e ca

ráte

r adm

inistr

ativo

ou

crim

inal?

A su

spen

são

se

restr

inge

à at

ivida

de e

leito

ral o

u po

de a

lcanç

ar

os se

rviço

s adm

inistr

ativo

s, no

caso

de

dem

issão

?;

ii) o

orde

nam

ento

juríd

ico b

rasil

eiro

restr

inge

as

poss

ibilid

ades

de

resp

onsa

biliza

ção

pena

l das

pe

ssoa

s jur

ídica

s; de

ste m

odo,

seria

pro

porc

iona

l re

spon

sabil

izar p

enalm

ente

o p

artid

o po

lítico

?”

(Sug

estã

o de

: Abr

adep

.)

Disp

ositiv

o le

gal (

CE, a

rt. 3

36) q

ue n

ão te

ve

prec

eden

tes

loca

lizad

os e

m p

esqu

isa n

o TS

E.

Pesq

uisa

nº 6

81/2

019,

fina

lizad

a na

Sec

reta

ria

de G

estã

o da

Info

rmaç

ão d

o TS

E (S

eção

de

Pesq

uisa

de

Juris

prud

ência

).

Códi

go E

leito

ral

Art.

337.

Par

ticip

ar, o

est

rang

eiro

ou

bra

silei

ro q

ue n

ão e

stive

r no

gozo

dos

seu

s di

reito

s po

lítico

s,

de a

tivid

ades

par

tidár

ias

inclu

sive

com

ício

s e

atos

de

prop

agan

da e

m

recin

tos

fech

ados

ou

aber

tos:

Pena

- de

tenç

ão a

té s

eis

mes

es e

pa

gam

ento

de

90 a

120

dia

s-m

ulta

.

Dout

rina

Rodr

igo L

opez

Zilio

suste

nta

que

o TS

E re

conh

eceu

qu

e es

se cr

ime

não

foi r

ecep

ciona

do p

ela C

F/19

88

(REs

pe n

º 361

-73,

rel. M

in. D

ias T

offo

li, j. 1

4.10

.201

4)

(ZIL

IO, L

ópez

Rod

rigo.

Crim

es E

leito

rais.

Edit

ora

JusP

odivm

, 201

4. p

. 188

-189

).

Estu

dos

e su

gest

ões

O T

SE já

dec

laro

u co

mo

não

rece

pcio

nada

ess

a di

spos

ição

norm

ativa

por

inco

mpa

tibilid

ade

Nada

a s

uger

ir, e

m ra

zão

da d

ecisã

o do

TSE

no

REsp

e nº

361

-73.

Page 44: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

44

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Pará

graf

o ún

ico. N

a m

esm

a pe

na

inco

rrerá

o re

spon

sáve

l pel

as

emiss

oras

de

rádi

o ou

tele

visão

qu

e au

toriz

ar tr

ansm

issõe

s de

que

pa

rticip

em o

s m

encio

nado

s ne

ste

artig

o, b

em c

omo

o di

reto

r de

jorn

al

que

lhes

divu

lgar

os

pron

uncia

men

tos.

com

os

prec

eito

s in

scul

pido

s no

s ar

t. 5º

, IV,

VI,

VIII,

e a

rt. 2

20 d

a CF

, que

ass

egur

am a

livre

m

anife

staç

ão d

o pe

nsam

ento

e a

liber

dade

de

cons

ciênc

ia (s

uges

tão

de: G

rupo

de

Trab

alho

da

s No

rmas

Ele

itora

is, P

orta

ria n

º 18.

615/

2019

TR

E PR

E DG

SG

P CO

PES

SRF)

.

Códi

go E

leito

ral

Art.

338.

Não

ass

egur

ar o

func

ioná

rio

post

al a

prior

idade

pre

vista

no

art.

239:

Pena

- pa

gam

ento

de

30 a

60

di

as-m

ulta

.

Dúvid

a so

bre

a co

mpa

tibilid

ade

dess

e tip

o co

m a

ord

em e

conô

mica

da

CF/1

988

e so

bre

sua

conv

eniê

ncia

, po

r se

trata

r, ap

aren

tem

ente

, de

mer

a in

fraçã

o ad

min

istra

tiva.

Dout

rina

Gon

çalve

s afir

ma

que

o tip

o nã

o fo

i rec

epcio

nado

pe

la CF

/198

8, p

or o

fens

a à

rese

rva

de le

i pen

al, p

or

poss

uir in

dicaç

ão g

enér

ica e

impr

ecisa

sobr

e “n

ão

asse

gura

r prio

ridad

e po

stal”

(GO

NÇAL

VES,

Luiz

Ca

rlos d

os S

anto

s. Cr

imes

Ele

itora

is e

Proc

esso

Pe

nal E

leito

ral. 2

. ed.

Atla

s, 20

15. p

. 118

).

Tito

Cos

ta a

firm

a qu

e at

ualm

ente

o S

edex

pod

e te

r tor

nado

o ti

po o

bsol

eto

(CO

STA,

Tito

. Crim

es

Elei

tora

is e

Pro

cess

o Pe

nal E

leito

ral.

Edito

ra

Juar

ez d

e O

livei

ra, 2

002.

p. 1

14-1

15).

Rodr

igo

Lópe

z Zi

lio m

encio

na q

ue a

cr

imin

aliza

ção

dess

e ar

tigo

é in

just

ificáv

el e

sem

ap

licab

ilidad

e em

razã

o da

difu

são

dos

mei

os d

e pr

opag

anda

ele

itora

l e p

ela

supr

emac

ia d

a fo

rma

livre

e d

ifusa

de

outra

s fo

rmas

de

com

unica

ção

com

o e

leito

r, ap

onta

ndo

com

o ex

empl

o a

inte

rnet

(ZIL

IO, L

ópez

Rod

rigo.

Crim

es E

leito

rais

. Ed

itora

Jus

Podi

vm, 2

014.

p. 1

88-1

89).

Igor

Per

eira

Pin

heiro

ress

alta

que

, por

mai

s qu

e se

con

sider

e o

avan

ço te

cnol

ógico

, ess

e tip

o pe

nal d

eve

perm

anec

er v

igen

te, j

á qu

e ai

nda

há o

uso

do

mat

eria

l impr

esso

(PIN

HEIR

O, I

gor

Pere

ira. L

egis

laçã

o C

rimin

al E

leito

ral:

Aspe

ctos

M

ater

iais

e Pr

oces

suai

s. E

dito

ra J

usPo

divm

, 20

18. p

. 350

-351

).

Suge

re-s

e o

reco

nhec

imen

to d

a nã

o re

cepç

ão c

onst

itucio

nal d

esse

di

spos

itivo,

pel

o TS

E, s

eja

por

reso

luçã

o, s

eja

em re

spos

ta a

co

nsul

ta e

vent

ualm

ente

form

ulad

a.

Page 45: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

45

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imin

arSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

Códi

go E

leito

ral

Art.

339.

Des

truir,

sup

rimir

ou o

culta

r ur

na c

onte

ndo

voto

s, o

u do

cum

ento

s re

lativ

os à

ele

ição:

Pena

- re

clusã

o de

doi

s a

seis

anos

e

paga

men

to d

e 5

a 15

dia

s-m

ulta

.

Pará

graf

o ún

ico. S

e o

agen

te é

mem

bro

ou fu

ncion

ário

da Ju

stiça

Elei

tora

l e

com

ete

o cr

ime

prev

alece

ndo-

se d

o ca

rgo,

a p

ena

é ag

rava

da.

Lei n

º 9.5

04/1

997

Art.

72. C

onst

ituem

crim

es, p

unív

eis

com

reclu

são,

de

cinco

a d

ez a

nos:

[…]

III -

caus

ar, p

ropo

sitad

amen

te, d

ano

físico

ao

equi

pam

ento

usa

do n

a vo

taçã

o ou

na

tota

lizaç

ão d

e vo

tos

ou a

sua

s pa

rtes.

Dúvid

a so

bre

a re

voga

ção

parc

ial

dess

e tip

o di

ante

do

art.

72 d

a Le

i nº

9.5

04/1

997:

“Art.

72.

Con

stitu

em c

rimes

, pun

ívei

s co

m re

clusã

o, d

e cin

co a

dez

ano

s:

I - o

bter

ace

sso

a sis

tem

a de

tra

tam

ento

aut

omát

ico d

e da

dos

usad

o pe

lo s

erviç

o el

eito

ral,

a fim

de

alte

rar a

ap

uraç

ão o

u a

cont

agem

de

voto

s;

II - d

esen

volve

r ou

intro

duzir

com

ando

, in

stru

ção,

ou

prog

ram

a de

com

puta

dor

capa

z de

des

truir,

apa

gar,

elim

inar

, al

tera

r, gr

avar

ou

trans

mitir

dad

o,

inst

ruçã

o ou

pro

gram

a ou

pro

voca

r qu

alqu

er o

utro

resu

ltado

dive

rso

do

espe

rado

em

sist

ema

de tr

atam

ento

au

tom

ático

de

dado

s us

ados

pel

o se

rviço

ele

itora

l;

III -

caus

ar, p

ropo

sitad

amen

te, d

ano

físico

ao

equi

pam

ento

usa

do n

a vo

taçã

o ou

na

tota

lizaç

ão d

e vo

tos

ou

a su

as p

arte

s”.

Dout

rina

José

Jai

ro G

omes

men

ciona

que

o a

rt. 7

2 da

Le

i nº 9

.504

/199

7 re

voga

em

par

te e

sse

tipo

pena

l “no

tada

men

te s

e fo

r pro

voca

do d

ano

físico

a

urna

que

est

iver s

endo

usa

da p

ara

vota

ção.

To

davia

, se

houv

er s

upre

ssão

ou

ocul

taçã

o –

sem

pr

ovoc

ação

de

dano

– d

e ur

na e

letrô

nica

con

tend

o vo

tos,

incid

irão

refe

rido

art.

339”

(GO

MES

, Jos

é Ja

iro. C

rimes

Ele

itora

is e

Proc

esso

Pen

al E

leito

ral.

2. e

d. A

tlas,

201

6. p

. 261

).

Antin

omia

reco

nhec

ida

apen

as n

o tre

cho

rela

tivo

à de

stru

ição

de u

rna.

Ne

sse

trech

o, a

nor

ma

foi o

bjet

o de

re

voga

ção

pela

Lei

nº 9

.504

/199

7,

o qu

e po

de s

er re

conh

ecid

o pe

lo

TSE

em re

solu

ção

ou re

spos

ta a

ev

entu

al c

onsu

lta.

Códi

go E

leito

ral

Art.

340.

Fab

ricar

, man

dar f

abric

ar,

adqu

irir,

forn

ecer

, ain

da q

ue

grat

uita

men

te, s

ubtra

ir ou

gua

rdar

ur

nas,

obj

etos

, map

as, c

édul

as

ou p

apéi

s de

uso

exc

lusiv

o da

Ju

stiça

Ele

itora

l:

Pena

- re

clusã

o at

é trê

s an

os e

pa

gam

ento

de

3 a

15 d

ias-

mul

ta.

Dúvid

a so

bre

a su

bsist

ência

des

se tip

o dia

nte

do si

stem

a de

vota

ção

eletrô

nica.

Dout

rina

Tito

Cos

ta re

lata

que

ess

e tip

o pe

nal p

erde

u pa

rte d

e su

a fo

rça

e fin

alid

ade

em ra

zão

do v

oto

elet

rôni

co a

dota

do n

o Br

asil (

COST

A, T

ito. C

rimes

El

eito

rais

e Pr

oces

so P

enal

Ele

itora

l. Ed

itora

Ju

arez

de

Oliv

eira

, 200

2. p

. 122

).

Nada

a s

uger

ir no

âm

bito

de

proj

eto

de s

istem

atiza

ção

de n

orm

as.

(Con

tinua

ção)

Page 46: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

46

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Pará

graf

o ún

ico. S

e o

agen

te

é m

embr

o ou

func

ioná

rio d

a Ju

stiça

Ele

itora

l e c

omet

e o

crim

e pr

eval

ecen

do-s

e do

car

go, a

pen

a

é ag

rava

da.

Códi

go E

leito

ral

Art.

341.

Ret

arda

r a p

ublic

ação

ou

não

publ

icar,

o di

reto

r ou

qual

quer

ou

tro fu

ncio

nário

de

órgã

o of

icial

fe

dera

l, es

tadu

al, o

u m

unici

pal,

as

decis

ões,

cita

ções

ou

intim

açõe

s da

Ju

stiça

Ele

itora

l:

Pena

- de

tenç

ão a

té u

m m

ês o

u pa

gam

ento

de

30 a

60

dias

-mul

ta.

Dúvid

a so

bre

a su

bsist

ência

des

se

tipo

pena

l, ap

aren

tem

ente

, mer

a in

fraçã

o ad

min

istra

tiva.

Dout

rina

Gon

çalve

s m

encio

na s

er m

ais

uma

infra

ção

adm

inist

rativ

a in

trodu

zida

com

o cr

ime

no

CE/1

965

(GO

NÇAL

VES,

Lui

z Ca

rlos

dos

Sant

os.

Crim

es E

leito

rais

e P

roce

sso

Pena

l Ele

itora

l.

2. e

d. A

tlas,

201

5. p

. 104

).

Zilio

ent

ende

pel

o m

esm

o se

ntid

o, o

u se

ja, q

ue a

m

anut

ençã

o de

sse

tipo

pena

l rep

rese

nta

exce

sso

puni

tivo

crim

inal

(ZIL

IO, L

ópez

Rod

rigo.

Crim

es

Elei

tora

is. E

dito

ra J

usPo

divm

, 201

4. p

. 194

).

Tito

Cos

ta re

lata

que

ess

a fig

ura

deliti

va p

ossu

i re

daçã

o de

feitu

osa,

poi

s pr

ocur

a ab

rang

er c

omo

agen

tes

do c

rime

os fu

ncio

nário

s es

tadu

ais

e m

unici

pais

(CO

STA,

Tito

. Crim

es E

leito

rais

e

Proc

esso

Pen

al E

leito

ral.

Edito

ra J

uare

z de

O

livei

ra, 2

002.

p. 1

22).

O ti

po c

amin

ha p

ara

a pe

rda

do

obje

to, m

as a

inda

não

che

gou

lá.

Nada

a s

uger

ir no

âm

bito

de

proj

eto

de s

istem

atiza

ção

norm

ativa

.

Códi

go E

leito

ral

Art.

342.

Não

apr

esen

tar o

órg

ão d

o M

inist

ério

Púb

lico,

no

praz

o le

gal,

denú

ncia

ou

deixa

r de

prom

over

a

exec

ução

de

sent

ença

con

dena

tória

:

Pena

- de

tenç

ão a

té d

ois

mes

es o

u pa

gam

ento

de

60 a

90

dias

-mul

ta.

Apar

ente

inco

mpa

tibilid

ade

dess

e tip

o co

m o

per

fil co

nstitu

ciona

l do

Mini

stério

blico

e co

m o

s mec

anism

os d

e tu

tela

de

obr

igato

rieda

de d

a pr

omoç

ão d

a aç

ão

pena

l elei

tora

l, inc

lusive

a p

revis

ão d

a aç

ão p

enal

priva

da su

bsidi

ária

da a

ção

públ

ica e

a p

ossib

ilidad

e de

recla

maç

ão

pera

nte

o Co

nselh

o Na

ciona

l do

Mini

stério

Púb

lico

(CNM

P).

Dout

rina

De a

cord

o co

m L

uiz

Carlo

s do

s Sa

ntos

G

onça

lves,

trat

a-se

de

tipo

pena

l que

pod

eria

se

r ext

into

, por

não

con

dize

r com

o e

stat

uto

cond

icion

al d

o M

inist

ério

Púb

lico

(MP)

(FUX

, Lu

iz; P

EREI

RA, L

uiz

Fern

ando

Cas

agra

nde;

AG

RA, W

albe

r de

Mou

ra; P

ECCI

NIN,

Lui

z Ed

uard

o. D

ireito

Pen

al e

Pro

cess

o Pe

nal

Elei

tora

l. Be

lo H

orizo

nte:

Fór

um, 2

018.

p. 5

9).

Rodr

igo

Zilio

com

parti

lha

dess

e en

tend

imen

to

e di

z qu

e a

tipific

ação

afro

nta

o pr

incí

pio

da

inde

pend

ência

func

iona

l do

Min

istér

io P

úblic

o e

não

perm

anec

e no

ord

enam

ento

juríd

ico a

tual

Norm

a nã

o re

cebi

da p

ela

Cons

titui

ção,

poi

s in

com

patív

el

com

a d

igni

dade

inst

itucio

nal

da m

agis

tratu

ra e

m p

é e

a in

depe

ndên

cia fu

ncio

nal d

o ór

gão

do M

P. D

iant

e de

eve

ntua

l om

issão

, ca

be re

pres

enta

ção

ao C

NMP,

ou

à Co

rrege

doria

inst

itucio

nal,

sem

pr

ejuí

zo d

e of

erta

de

quei

xa-c

rime

subs

idiá

ria (C

F/19

88, a

rt. 5

º, LI

X).

Page 47: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

47

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

(ZIL

IO, L

ópez

Rod

rigo.

Crim

es E

leito

rais

. Edi

tora

Ju

sPod

ivm, 2

014.

p. 1

95/1

97).

José

Jai

ro G

omes

rela

ta q

ue, c

om a

inér

cia d

o M

inist

ério

Púb

lico,

o a

rt. 5

º, LI

X, d

a CF

/198

8 ad

mite

a p

ropo

situr

a da

açã

o pr

ivada

nos

crim

es

de a

ção

públ

ica (G

OM

ES, J

osé

Jairo

. Crim

es

Elei

tora

is e

Pro

cess

o Pe

nal E

leito

ral,

2. e

d. A

tlas,

20

16. p

. 177

).

Igor

Pin

heiro

Per

eira

des

taca

que

a s

egun

da

parte

do

artig

o, q

uant

o à

prom

oção

da

exec

ução

, en

cont

ra-s

e re

voga

da; e

, em

rela

ção

a pr

imei

ra

parte

, qua

nto

ao n

ão o

fere

cimen

to d

a de

núnc

ia,

disc

orda

da

tese

de

não

rece

pção

, com

o

fund

amen

to d

e qu

e a

inde

pend

ência

func

iona

l do

mem

bro

do M

inist

ério

Púb

lico

“não

pod

e se

r esc

udo

prot

etor

par

a pr

ática

s ile

gais”

(P

INHE

IRO

, Igo

r Per

eira

. Leg

isla

ção

Crim

inal

El

eito

ral:

Aspe

ctos

Mat

eria

is e

Proc

essu

ais.

Ed

itora

Jus

Podi

vm, 2

018.

p. 3

74-3

75).

Estu

dos

e su

gest

ões

O a

rt. 3

42 d

o CE

ofe

nde

o pr

incí

pio

cons

tituc

iona

l da

inde

pend

ência

func

iona

l dos

m

embr

os d

o M

P –

art.

127,

§ 1

º, da

CF

–,

dent

re o

utro

s fu

ndam

ento

s. A

seg

unda

par

te d

o di

spos

itivo

enco

ntra

-se

revo

gada

em

face

do

disp

osto

no

art.

105,

da

Lei d

e Ex

ecuç

ão P

enal

(L

EP),

que

impõ

e ao

mag

istra

do o

dev

er d

e ex

pedi

r ex

offic

io a

car

ta d

e gu

ia re

fere

nte

ao

iníc

io d

e pe

na p

rivat

iva d

e lib

erda

de, o

que

exc

lui

os m

embr

os d

o M

P pa

ra ta

nto

(sug

estã

o de

: G

rupo

de

Trab

alho

das

Nor

mas

Ele

itora

is, P

orta

ria

nº 1

8.61

5/20

19 T

RE P

RE D

G S

GP

COPE

S SR

F).

Page 48: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

48

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

O a

rtigo

é ile

gítim

o, e

xces

sivo

e in

viáve

l co

nstit

ucio

nalm

ente

, poi

s o

mod

elo

de p

roib

ição

não

se c

oadu

na c

om a

CF/

1988

. Ade

mai

s,

exist

e pr

evisã

o do

aju

izam

ento

de

ação

pen

al

subs

idia

ria, e

m c

aso

de in

ação

do

órgã

o m

inist

eria

l, be

m c

omo

há o

crim

e de

pre

varic

ação

pr

evist

o na

legi

slaçã

o co

mum

(sug

estã

o de

: M

arin

a Pi

nhão

Coe

lho

Araú

jo, G

usta

vo B

adar

ó –

Reun

ião

de T

raba

lho

– Ia

sp).

“Exis

te u

m e

viden

te co

nflito

do

dispo

sitivo

com

o

princ

ípio

cons

titucio

nal d

a ind

epen

dênc

ia fu

ncion

al

dos m

embr

os d

o M

inisté

rio P

úblic

o co

m a

tribu

ições

ele

itora

is. O

tipo

não

exige

um

a fin

alida

de e

leito

ral

na co

ndut

a, q

ue p

oder

ia jus

tificá

-lo p

elo e

xam

e su

bjetiv

o da

inte

nção

do

agen

te, c

omo,

por

ex

emplo

, par

a sa

tisfa

zer i

nter

esse

pes

soal

ou

bene

ficiar

cand

idato

. Ade

mais

, os p

razo

s par

a of

erec

imen

to d

e de

núnc

ia sã

o im

próp

rios,

de

form

a qu

e, n

ão se

conf

igura

ndo

a pr

escr

ição,

o há

pre

juízo

na

sua

não

obse

rvân

cia. P

or fim

, va

le lem

brar

que

o p

rincíp

io da

obr

igato

rieda

de

da a

ção

pena

l tam

bém

é m

itigad

o pe

la ap

licaç

ão

dos d

ispos

itivos

relat

ivos à

tran

saçã

o pe

nal, n

os

caso

s em

que

os r

éus a

tend

erem

aos

requ

isito

s do

be

nefíc

io de

spen

aliza

dor.

Em re

lação

ao

art.

343,

re

prisa

-se

que

o §

3º d

o ar

t. 35

7 de

term

ina q

ue

a au

torid

ade

judici

ária

repr

esen

tará

cont

ra o

ór

gão

do M

inisté

rio P

úblic

o se

este

não

ofe

rece

r a

denú

ncia

no p

razo

lega

l. Rep

risa-

se q

ue a

ind

epen

dênc

ia fu

ncion

al do

Mini

stério

Púb

lico

e as

exc

eçõe

s à o

briga

torie

dade

do

ofer

ecim

ento

da

den

úncia

esv

aziam

o co

nteú

do d

o tip

o pe

nal,

já qu

e, n

ão h

aven

do o

briga

ção

de d

enun

ciar,

não

resta

rá o

dev

er d

e re

pres

enta

r con

tra o

Par

quet

. PR

OPO

SIÇÃ

O: D

eve

se c

onsid

erar

que

os

Page 49: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

49

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

arts

. 342

e 3

43 d

o Có

digo

Ele

itora

l não

fora

m

rece

pcio

nado

s pe

la C

onst

ituiçã

o.” (

Suge

stão

de:

Da

niel

a de

Cás

sia W

ochn

icki e

Let

ícia

Gar

cia

de F

aria

s. E

ixo T

emát

ico C

rimes

Ele

itora

is e

Proc

esso

Pen

al E

leito

ral.

Estu

do p

ara

Sist

emat

izaçã

o da

s No

rmas

Ele

itora

is, p

. 15.

)

Códi

go E

leito

ral

Art.

343.

Não

cum

prir

o ju

iz o

disp

osto

no

§ 3º

do

art.

357:

Pena

- de

tenç

ão a

té d

ois

mes

es o

u pa

gam

ento

de

60 a

90

dias

-mul

ta.

Inco

mpa

tibilid

ade

dess

e tip

o co

m o

pe

rfil c

onst

itucio

nal d

a m

agist

ratu

ra

e co

m o

s m

ecan

ismos

de

tute

la d

e ob

rigat

orie

dade

da

prom

oção

da

ação

pe

nal e

leito

ral,

inclu

sive

a pr

evisã

o da

açã

o pe

nal p

rivad

a su

bsid

iária

da

açã

o pú

blica

e a

pos

sibilid

ade

de re

clam

ação

per

ante

o C

onse

lho

Nacio

nal d

e Ju

stiça

(CNJ

).

Dout

rina

De a

cord

o co

m L

uiz

Carlo

s do

s Sa

ntos

Gon

çalve

s,

trata

-se

de ti

po p

enal

que

não

con

diz

com

o

esta

tuto

con

stitu

ciona

l da

mag

istra

tura

(FUX

, Lui

z;

PERE

IRA,

Lui

z Fe

rnan

do C

asag

rand

e; A

GRA

, W

albe

r de

Mou

ra; P

ECCI

NIN,

Lui

z Ed

uard

o.

Dire

ito P

enal

e P

roce

sso

Pena

l Ele

itora

l. Be

lo

Horiz

onte

: Fór

um, 2

018.

p. 5

9).

José

Jairo

Gom

es d

iz qu

e es

se a

rtigo

não

“sub

siste

” po

r não

ter s

ido re

cepc

ionad

o pe

la CF

/198

8 (G

OM

ES, J

osé

Jairo

. Crim

es E

leito

rais

e Pr

oces

so

Pena

l Ele

itora

l. 2.

ed.

Atla

s, 2

016.

p. 1

81).

Zilio

man

tém

o e

nten

dim

ento

sup

racit

ado

no

art.

342

e di

z qu

e a

tipific

ação

afro

nta

o pr

incí

pio

da in

depe

ndên

cia fu

ncio

nal d

o m

embr

o do

Pod

er

Judi

ciário

, o q

ue to

rna

sua

prev

isão

exag

erad

a e

inco

nstit

ucio

nal (

ZILI

O, L

ópez

Rod

rigo.

Crim

es

Elei

tora

is. E

dito

ra J

usPo

divm

, 201

4. p

. 196

-197

).

Igor

Per

eira

Pin

heiro

apo

nta

que

esse

tipo

pen

al

não

poss

ui c

ompa

tibilid

ade

com

a C

F/19

88,

razã

o pe

la q

ual n

ão d

eve

ser r

ecep

ciona

do

(PIN

HEIR

O, I

gor P

erei

ra. L

egis

laçã

o C

rimin

al

Elei

tora

l: As

pect

os M

ater

iais

e Pr

oces

suai

s.

Edito

ra J

usPo

divm

, 201

8. p

. 384

).

Estu

dos

e su

gest

ões

“Exis

te u

m e

viden

te c

onflit

o do

disp

ositiv

o co

m

o pr

incí

pio

cons

tituc

iona

l da

inde

pend

ência

fu

ncio

nal d

os m

embr

os d

o M

inist

ério

Púb

lico

Nor

ma

não

rece

bida

pel

a C

F/19

88, p

ois

inco

mpa

tível

co

m a

dig

nida

de in

stitu

cion

al d

a m

agis

tratu

ra e

a in

depe

ndên

cia

func

iona

l do

juiz

púb

lico.

Dia

nte

de e

vent

ual o

mis

são

do P

arqu

et,

cabe

repr

esen

taçã

o ao

CN

MP,

à

Cor

rege

doria

inst

ituci

onal

, ou

ofer

ta d

e qu

eixa

-crim

e su

bsid

iária

.

Page 50: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

50

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

com

atri

buiçõ

es e

leito

rais.

O ti

po n

ão e

xige

uma

final

idad

e el

eito

ral n

a co

ndut

a, q

ue p

oder

ia

just

ificá-

lo p

elo

exam

e su

bjet

ivo d

a in

tenç

ão

do a

gent

e, c

omo,

por

exe

mpl

o, p

ara

satis

faze

r in

tere

sse

pess

oal o

u be

nefic

iar c

andi

dato

.

Adem

ais,

os

praz

os p

ara

ofer

ecim

ento

de

denú

ncia

são

impr

óprio

s, d

e fo

rma

que,

não

se

con

figur

ando

a p

resc

rição

, não

prej

uízo

na

sua

não

obs

ervâ

ncia

. Por

fim

, val

e le

mbr

ar

que

o pr

incí

pio

da o

brig

ator

ieda

de d

a aç

ão

pena

l tam

bém

é m

itigad

o pe

la a

plica

ção

dos

disp

ositiv

os re

lativ

os à

tran

saçã

o pe

nal,

nos

caso

s em

que

os

réus

ate

nder

em a

os re

quisi

tos

do b

enef

ício

des

pena

lizad

or. E

m re

laçã

o ao

ar

t. 34

3, re

prisa

-se

que

o §

3º d

o ar

t. 35

7 de

term

ina

que

a au

torid

ade

judi

ciária

repr

esen

tará

co

ntra

o ó

rgão

do

Min

istér

io P

úblic

o se

est

e nã

o of

erec

er a

den

úncia

no

praz

o le

gal.

Repr

isa-s

e qu

e a

inde

pend

ência

func

iona

l do

Min

istér

io

Públ

ico e

as

exce

ções

à o

brig

ator

ieda

de d

o

ofer

ecim

ento

da

denú

ncia

esv

azia

m o

con

teúd

o

do ti

po p

enal

, já

que,

não

hav

endo

obr

igaç

ão d

e de

nunc

iar,

não

rest

ará

o de

ver d

e re

pres

enta

r co

ntra

o P

arqu

et. P

ROPO

SIÇÃ

O: D

eve

se

cons

ider

ar q

ue o

s ar

ts. 3

42 e

343

do

Códi

go

Elei

tora

l não

fora

m re

cepc

iona

dos

pela

Co

nstit

uiçã

o.” (

Suge

stão

de:

Dan

iela

de

Cáss

ia

Woc

hnick

i e L

etíc

ia G

arcia

de

Faria

s. E

ixo

Tem

ático

Crim

es E

leito

rais

e Pr

oces

so P

enal

El

eito

ral.

Estu

do p

ara

Sist

emat

izaçã

o da

s No

rmas

Ele

itora

is, p

. 15.

)

Disp

ositiv

o le

gal (

CE, a

rt. 3

43) q

ue n

ão te

ve

prec

eden

tes

loca

lizad

os e

m p

esqu

isa n

o TS

E.

Pesq

uisa

nº 6

81/2

019,

fina

lizad

a na

Sec

reta

ria

de G

estã

o da

Info

rmaç

ão d

o TS

E (S

eção

de

Pesq

uisa

de

Juris

prud

ência

).

Page 51: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

51

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imin

arSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

Códi

go E

leito

ral

Art.

344.

Rec

usar

ou

aban

dona

r o

serv

iço e

leito

ral s

em ju

sta

caus

a:

Pena

- de

tenç

ão a

té d

ois

mes

es o

u pa

gam

ento

de

90 a

120

dia

s-m

ulta

.

Dúvid

a so

bre

a su

bsist

ência

des

se

tipo

pena

l, ap

aren

tem

ente

, mer

a in

fraçã

o ad

min

istra

tiva.

Dout

rina

Tito

Cos

ta re

alça

que

o T

SE te

m d

ecisã

o qu

e co

nsid

era

esse

tipo

com

o sa

nção

adm

inist

rativ

a,

o qu

e, p

ara

ele,

soa

est

ranh

o, p

or s

e tra

tar d

e pr

ecei

to d

e m

atér

ia p

enal

, por

tant

o de

sen

tido

mai

s gr

ave

(CO

STA,

Tito

. Crim

es E

leito

rais

e

Proc

esso

Pen

al E

leito

ral.

Edito

ra J

uare

z de

O

livei

ra, 2

002.

p. 1

27-1

28).

Estu

dos

e su

gest

ões

Segu

ndo

ente

ndim

ento

do

TSE,

“o n

ão

com

pare

cimen

to d

e m

esár

io n

o di

a da

ele

ição

não

conf

igur

a o

crim

e es

tabe

lecid

o no

art.

344

do

CE,

poi

s pr

evist

a pu

niçã

o ad

min

istra

tiva

no

art.

154

do m

esm

o di

plom

a, o

qua

l não

con

tém

re

ssal

va q

uant

o à

poss

ibilid

ade

de c

umul

ação

co

m s

ançã

o de

nat

urez

a pe

nal”.

Ent

reta

nto,

a

dout

rina

se p

osici

ona

de m

anei

ra d

ifere

nte

ao a

rgum

ento

de

que

o fa

to d

e um

a in

fraçã

o ad

min

istra

tiva

não

ress

alva

r a o

corrê

ncia

de

crim

e nã

o é

just

ificat

iva id

ônea

par

a ex

cluir

esse

tipo

de

ilícito

, por

vig

orar

o p

rincí

pio

de

inde

pend

ência

das

inst

ância

s. E

xistê

ncia

de

sanç

ão a

dmin

istra

tiva

(mul

ta) e

xclu

i a a

plica

ção

dess

e cr

ime

na m

aior

ia d

os c

asos

(HC

nº 6

38)

(sug

estã

o de

: Gru

po d

e Tr

abal

ho d

as N

orm

as

Elei

tora

is, P

orta

ria n

º 18.

615/

2019

TRE

PRE

DG

SG

P Co

pes

SRF

[e-m

ail])

.

Exist

ência

de

sanç

ão a

dmin

istra

tiva

(mul

ta)

exclu

i a a

plica

ção

dess

e cr

ime

na m

aior

ia d

os

caso

s (H

C n

º 638

e o

utro

s)

(sug

estã

o de

: Ib

rade

– A

nexo

I –

Ofíc

io G

T –

Porta

ria-T

SE

nº 1

15 –

CE

– an

álise

de

disp

ositiv

os [e

-mai

l]).

Não

se re

conh

ece

a an

tinom

ia e

ntre

es

sa n

orm

a e

a do

art.

154

do

CE.

A in

conv

eniê

ncia

e d

esne

cess

idad

e do

tipo

do

art.

344

pode

riam

leva

r à

atua

ção

legi

slativ

a, q

ue e

stá

fora

do

esco

po d

esse

pro

jeto

de

siste

mat

izaçã

o no

rmat

iva.

(Con

tinua

ção)

Page 52: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

52

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imin

arSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

Códi

go E

leito

ral

Art.

345.

Não

cum

prir

a au

torid

ade

judi

ciária

, ou

qual

quer

func

ioná

rio

dos

órgã

os d

a Ju

stiça

Ele

itora

l, no

s pr

azos

lega

is, o

s de

vere

s im

post

os

por e

ste

Códi

go, s

e a

infra

ção

não

estiv

er s

ujei

ta a

out

ra p

enal

idad

e:

Pena

- pa

gam

ento

de

30 a

90

di

as-m

ulta

.

Dúvid

a so

bre

se e

sse

tipo

aten

de à

ex

igên

cia c

onst

itucio

nal d

a de

scriç

ão

lega

l da

cond

uta

crim

inos

a, d

iant

e da

ab

rang

ência

da

cond

uta.

Dout

rina

Tito

Cos

ta a

pont

a qu

e o

enun

ciado

do

tipo

é va

go e

abr

ange

nte,

o q

ue d

ificul

ta a

inte

rpre

taçã

o pa

ra lo

caliz

ar o

s de

vere

s im

post

os e

não

cu

mpr

idos

(CO

STA,

Tito

. Crim

es E

leito

rais

e

Proc

esso

Pen

al E

leito

ral.

Edito

ra J

uare

z de

O

livei

ra, 2

002.

p. 1

28-1

29).

Rodr

igo

Lópe

z Zi

lio c

once

de ra

zão

ao

ente

ndim

ento

de

Mar

cos

Ram

ayan

a e

Luiz

Carlo

s do

s Sa

ntos

Gon

çalve

s e

apon

ta q

ue e

sse

tipo

impl

ica a

front

a ao

prin

cípi

o da

lega

lidad

e es

trita

do

Dire

ito P

enal

(ZIL

IO, L

ópez

Rod

rigo.

Crim

es

Elei

tora

is. E

dito

ra J

usPo

divm

, 201

4. p

. 200

).

Conf

orm

e Jo

sé J

airo

Gom

es, e

sse

artig

o nã

o fo

i re

cepc

iona

do p

ela

CF/1

988,

poi

s vio

la p

rincí

pios

fu

ndam

enta

is (G

OM

ES, J

osé

Jairo

. Crim

es

Elei

tora

is e

Pro

cess

o Pe

nal E

leito

ral.

2. e

d. A

tlas,

20

16. p

. 185

/187

).

A an

otaç

ão d

e Ig

or P

erei

ra P

inhe

iro ta

mbé

m

é pe

la n

ão re

cepç

ão d

o tip

o, s

egui

ndo

o en

tend

imen

to d

os d

emai

s (P

INHE

IRO

, Igo

r Pe

reira

. Leg

isla

ção

Crim

inal

Ele

itora

l: As

pect

os

Mat

eria

is e

Proc

essu

ais.

Edi

tora

Jus

Podi

vm,

2018

. p. 3

93/3

95).

Gon

çalve

s res

salta

que

ess

e tip

o é

desp

ropo

rcion

al,

pois

crim

inaliz

a o

não

cum

prim

ento

do

Códig

o El

eitor

al, q

ue p

ossu

i inúm

eros

arti

gos.

Deste

mod

o,

não

é co

mpa

tível

com

a C

F/19

88, a

rt. 5

º, XX

XIX

(GO

NÇAL

VES,

Luiz

Car

los d

os S

anto

s. Cr

imes

El

eito

rais

e Pr

oces

so P

enal

Ele

itora

l. 2. e

d. A

tlas,

20

15. p

. 110

).

Não

rece

pção

con

stitu

ciona

l de

sse

disp

ositiv

o, e

m ra

zão

da

sua

exce

ssiva

abr

angê

ncia

e

laco

nicid

ade

desc

ritiva

. O T

SE

pode

, por

reso

luçã

o, in

dica

r ess

e re

conh

ecim

ento

ou

resp

onde

r, ne

sse

sent

ido,

a e

vent

ual c

onsu

lta.

(Con

tinua

ção)

Page 53: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

53

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Estu

dos

e su

gest

ões

Mat

éria

regu

lada

em

out

ros

disp

ositiv

os n

orm

a-tiv

os. A

rt. 5

8, §

7º,

e ar

t. 94

, §§

1º e

2º,

da L

ei

nº 9

.504

/199

7 (s

uges

tão

de: I

brad

e –

Anex

o I –

O

fício

GT

Porta

ria-T

SE n

º 115

– C

E –

anál

ise

de d

ispos

itivos

).

Códi

go E

leito

ral

Art.

346.

Vio

lar o

disp

osto

no

art.

377:

Pena

- de

tenç

ão a

té s

eis

mes

es e

pa

gam

ento

de

30 a

60

dias

-mul

ta.

Pará

graf

o ún

ico. I

ncor

rerã

o na

pen

a,

além

da

auto

ridad

e re

spon

sáve

l, os

serv

idore

s qu

e pr

esta

rem

serv

iços e

os

cand

idat

os, m

embr

os o

u di

reto

res

de

parti

do q

ue d

erem

caus

a à

infra

ção.

Códi

go E

leito

ral

Art.

377.

O s

erviç

o de

qua

lque

r re

parti

ção,

fede

ral,

esta

dual

, m

unici

pal,

auta

rqui

a, fu

ndaç

ão d

o Es

tado

, soc

ieda

de d

e ec

onom

ia

mist

a, e

ntid

ade

man

tida

ou

subv

encio

nada

pel

o po

der p

úblic

o,

ou q

ue re

aliza

con

trato

com

est

e,

inclu

sive

o re

spec

tivo

préd

io e

sua

s de

pend

ência

s, n

ão p

oder

á se

r ut

ilizad

o pa

ra b

enef

iciar

par

tido

ou

orga

niza

ção

de c

arát

er p

olíti

co.

Pará

graf

o ún

ico. O

disp

osto

ne

ste

artig

o se

rá to

rnad

o ef

etivo

, a

qual

quer

tem

po, p

elo

órgã

o co

mpe

tent

e da

Jus

tiça

Elei

tora

l, co

nfor

me

o âm

bito

nac

iona

l,

Disp

ositiv

o co

m p

enas

de

spro

porc

iona

is.As

pen

as d

esse

del

ito, q

ue p

odem

env

olve

r va

ntag

ens

elei

tora

is da

das

a ca

ndid

atos

com

re

curs

os p

úblic

os, s

ão ín

fimas

, des

prop

orcio

nais

para

men

os.

Nada

a s

uger

ir no

âm

bito

de

proj

eto

de s

istem

atiza

ção

de n

orm

as

elei

tora

is. A

revis

ão d

o di

spos

itivo

quan

to à

s pe

nas

mui

to b

rand

as

depe

nde

do P

oder

Leg

islat

ivo.

Page 54: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

54

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

regi

onal

ou

mun

icipa

l do

órgã

o in

frato

r med

iant

e re

pres

enta

ção

fund

amen

tada

de

auto

ridad

e pú

blica

, re

pres

enta

nte

parti

dário

ou

de

qual

quer

ele

itor.

Códi

go E

leito

ral

Art.

350.

Om

itir, e

m d

ocum

ento

blico

ou

parti

cula

r, de

clara

ção

que

dele

dev

ia c

onst

ar, o

u ne

le in

serir

ou

faze

r ins

erir

decla

raçã

o fa

lsa o

u di

vers

a da

que

dev

ia s

er e

scrit

a,

para

fins

ele

itora

is:

Pena

- re

clusã

o at

é cin

co a

nos

e pa

gam

ento

de

5 a

15 d

ias-

mul

ta,

se o

doc

umen

to é

púb

lico,

e

reclu

são

até

três

anos

e p

agam

ento

de

3 a

10

dias

-mul

ta, s

e o

docu

men

to é

par

ticul

ar.

Esse

tipo

pun

e o

caixa

doi

s?Es

se ti

po p

enal

, pen

sado

par

a om

issão

con

tábi

l, te

m s

ido

usad

o pa

ra re

grar

o e

mpr

ego,

nas

el

eiçõ

es, d

e re

curs

os n

ão d

ecla

rado

s na

s pr

esta

ções

de

cont

as –

o c

ham

ado

caixa

doi

s.

Para

ess

a ta

refa

, a d

escr

ição

típica

e a

s pe

nas

são

insu

ficie

ntes

.

Nada

a s

uger

ir no

âm

bito

de

proj

eto

de s

istem

atiza

ção

de n

orm

as.

A in

sufic

iênc

ia d

esse

tipo

par

a o

fim q

ue s

e te

m c

olim

ado

– pr

even

ir e

repr

imir

o us

o do

cai

xa d

ois

nas

elei

ções

– é

mat

éria

que

dem

anda

so

luçã

o le

gisla

tiva.

Lei n

º 9.5

04/1

997

Art.

33. [

...]

§ 4º

A d

ivulg

ação

de

pesq

uisa

fra

udul

enta

con

stitu

i crim

e, p

unív

el

com

det

ençã

o de

sei

s m

eses

a u

m

ano

e m

ulta

no

valo

r de

cinqu

enta

mil

a ce

m m

il Ufir

s.

Disp

ositiv

o co

m p

enas

de

spro

porc

iona

is.Do

utrin

a

Igor

Per

eira

Pin

heiro

trat

a co

mo

tipo

pena

l in

efici

ente

em

rela

ção

ao g

rau

de p

ena

(PIN

HEIR

O, I

gor P

erei

ra. L

egis

laçã

o C

rimin

al

Elei

tora

l: As

pect

os M

ater

iais

e Pr

oces

suai

s.

Edito

ra J

usPo

divm

, 201

8. p

. 521

).

A re

visão

do

disp

ositiv

o qu

anto

às

pena

s de

spro

porc

iona

is de

pend

e do

Po

der L

egisl

ativo

.

Lei n

º 9.5

04/1

997

Art.

34. (

Veta

do).

§ 1º

Med

iant

e re

quer

imen

to à

Ju

stiça

Ele

itora

l, os

par

tidos

pod

erão

te

r ace

sso

ao s

istem

a in

tern

o de

co

ntro

le, v

erific

ação

e fi

scal

izaçã

o da

co

leta

de

dado

s da

s en

tidad

es q

ue

Disp

ositiv

o co

m p

enas

de

spro

porc

iona

is.Do

utrin

a

Igor

Per

eira

Pin

heiro

tam

bém

trat

a co

mo

tipo

pena

l inef

icien

te e

m re

laçã

o à

grav

idad

e da

co

ndut

a (P

INHE

IRO

, Igo

r Per

eira

. Leg

isla

ção

Crim

inal

Ele

itora

l: As

pect

os M

ater

iais

e Pr

oces

suai

s. E

dito

ra J

usPo

divm

, 201

8. p

. 521

).

A re

visão

do

disp

ositiv

o qu

anto

às

pen

as d

espr

opor

ciona

is de

pend

e do

Pod

er L

egisl

ativo

.

Page 55: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

55

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

divu

lgar

am p

esqu

isas

de o

pini

ão

rela

tivas

às

elei

ções

, inc

luíd

os

os re

fere

ntes

à id

entif

icaçã

o do

s en

trevis

tado

res

e, p

or m

eio

de

esco

lha

livre

e a

leat

ória

de

plan

ilhas

in

divid

uais,

map

as o

u eq

uiva

lent

es,

conf

ront

ar e

con

ferir

os

dado

s pu

blica

dos,

pre

serv

ada

a id

entid

ade

dos

resp

onde

ntes

.

Lei n

º 9.5

04/1

997

Art.

34. (

Veta

do).

[...]

§ 3º

A c

ompr

ovaç

ão d

e irr

egul

arid

ade

nos

dado

s pu

blica

dos

suje

ita o

s re

spon

sáve

is às

pen

as m

encio

nada

s no

par

ágra

fo a

nter

ior,

sem

pre

juíz

o da

obr

igat

orie

dade

da

veicu

laçã

o do

s da

dos

corre

tos

no m

esm

o es

paço

, lo

cal,

horá

rio, p

ágin

a, c

arac

tere

s e

outro

s el

emen

tos

de d

esta

que,

de

acor

do c

om o

veí

culo

usa

do.

Disp

ositiv

o co

m p

enas

de

spro

porc

iona

is.Do

utrin

a

De a

cord

o co

m L

uiz C

arlos

dos

San

tos G

onça

lves,

tra

ta-s

e de

tipo

pena

l que

mer

ecer

ia m

ulta

não

pena

l (FU

X, L

uiz; P

EREI

RA, L

uiz F

erna

ndo

Casa

gran

de; A

GRA

, Walb

er d

e M

oura

; PEC

CINI

N,

Luiz

Edua

rdo.

Dire

ito P

enal

e P

roce

sso

Pena

l El

eito

ral. B

elo H

orizo

nte:

Fór

um, 2

018.

p. 6

1).

A re

visão

do

disp

ositiv

o qu

anto

às

pena

s de

spro

porc

iona

is de

pend

e do

Po

der L

egisl

ativo

.

Lei n

º 9.5

04/1

997

Art.

39. [

...]

§ 5º

Con

stitu

em c

rimes

, no

dia

da

elei

ção,

pun

ívei

s co

m d

eten

ção,

de

sei

s m

eses

a u

m a

no, c

om a

al

tern

ativa

de

pres

taçã

o de

ser

viços

à

com

unid

ade

pelo

mes

mo

perío

do,

e m

ulta

no

valo

r de

cinco

mil a

qu

inze

mil U

firs:

I - o

uso

de

alto

-fala

ntes

e

ampl

ificad

ores

de

som

ou

a pr

omoç

ão d

e co

míc

io o

u ca

rreat

a;

Há d

efei

to té

cnico

na

lei,

tend

o em

vis

ta q

ue o

pre

visto

no

incis

o III

ab

rang

e os

dem

ais,

à e

xceç

ão d

o IV

?

Dout

rina

Rodr

igo Z

ilio re

lata

que

a re

daçã

o at

ual é

conf

usa,

o

que

nece

ssita

de

inter

pret

ação

conju

nta

ao p

rincí

pio

cons

titucio

nal d

a lib

erda

de d

e ex

pres

são.

Aind

a m

encio

na se

r des

nece

ssár

io es

se d

ispos

itivo,

pois

o

inciso

III d

o m

esm

o ar

tigo

veda

“qua

lquer

esp

écie

de

divu

lgaçã

o de

pro

paga

nda”

(ZIL

IO, L

ópez

Ro

drigo

. Crim

es E

leito

rais.

Edit

ora

JusP

odivm

, 20

14. p

. 239

e 2

43).

Luiz

Carlo

s do

s Sa

ntos

Gon

çalve

s ap

onta

par

a o

mes

mo

sent

ido

(GO

NÇAL

VES,

Lui

z Ca

rlos

dos

Sant

os. C

rimes

Ele

itora

is e

Pro

cess

o Pe

nal

Elei

tora

l. 2.

ed.

Atla

s, 2

015.

p. 1

33).

Acolh

imen

to d

a su

gestã

o no

sent

ido d

e qu

e o

inciso

III é

ant

inôm

ico e

m re

lação

ao

s dem

ais in

cisos

, con

front

ando

-se,

ad

emais

, com

hipó

tese

s aut

oriza

das

de m

anife

staçã

o da

pre

ferê

ncia

do

eleito

r. Po

r res

oluçã

o ou

em

resp

osta

a

even

tual

cons

ulta,

a C

orte

pod

eria

co

nside

rar a

plicá

veis

apen

as o

s inc

isos I

, II e

IV d

o ar

t. 39,

§ 5

º.

Page 56: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

56

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

II - a

arre

gim

enta

ção

de e

leito

r ou

a pr

opag

anda

de

boca

de

urna

;

III -

a di

vulg

ação

de

qual

quer

esp

écie

de

pro

paga

nda

de p

artid

os p

olíti

cos

ou d

e se

us c

andi

dato

s;

IV -

a pu

blica

ção

de n

ovos

con

teúd

os

ou o

impu

lsion

amen

to d

e co

nteú

dos

nas

aplic

açõe

s de

inte

rnet

de

que

trata

o a

rt. 5

7-B

dest

a Le

i, po

dend

o se

r man

tidos

em

func

iona

men

to

as a

plica

ções

e o

s co

nteú

dos

publ

icado

s an

terio

rmen

te.

José

Jai

ro G

omes

men

ciona

que

, em

ob

serv

ância

à C

F/19

88, a

ved

ação

con

tida

no in

ciso

III d

eve

ser p

onde

rada

, sob

pen

a de

af

ront

a ao

s di

reito

s fu

ndam

enta

is (G

OM

ES,

José

Jai

ro. C

rimes

Ele

itora

is e

Pro

cess

o Pe

nal

Elei

tora

l. 2.

ed.

Atla

s, 2

016.

p. 2

39).

Zilio

arg

umen

ta n

o m

esm

o se

ntid

o (Z

ILIO

, Lóp

ez

Rodr

igo.

Crim

es E

leito

rais

. Edi

tora

Jus

Podi

vm,

2014

. p. 2

46).

Suge

stão

de

Joel

de

Souz

a Ba

tista

no

sent

ido

de q

ue h

á an

tinom

ia e

ntre

o in

ciso

III e

as

form

as d

e pr

opag

anda

aut

oriz

adas

, mes

mo

no d

ia d

as e

leiç

ões,

com

o o

da in

dica

ção

sile

ncio

sa d

a pr

efer

ênci

a do

ele

itor p

or m

eio

de

cam

iset

as o

u br

oche

s.

Lei n

º 9.5

04/1

997

Art.

40. O

uso

, na

prop

agan

da

elei

tora

l, de

sím

bolo

s, fr

ases

ou

imag

ens,

ass

ocia

das

ou s

emel

hant

es

às e

mpr

egad

as p

or ó

rgão

de

gove

rno,

em

pres

a pú

blica

ou

socie

dade

de

econ

omia

mist

a co

nstit

ui c

rime,

pu

níve

l com

det

ençã

o, d

e se

is m

eses

a

um a

no, c

om a

alte

rnat

iva d

e pr

esta

ção

de s

erviç

os à

com

unid

ade

pelo

mes

mo

perío

do, e

mul

ta n

o va

lor

de d

ez m

il a v

inte

mil U

firs.

Dúvid

a so

bre

a sa

nção

pre

vista

no

tip

o pe

nal.

Dout

rina

De a

cord

o co

m L

uiz C

arlos

dos

San

tos G

onça

lves,

tra

ta-s

e de

tipo

pena

l que

mer

ecer

ia m

ulta

não

pena

l (FU

X, L

uiz; P

EREI

RA; L

uiz F

erna

ndo

Casa

gran

de; A

GRA

, Walb

er d

e M

oura

; PEC

CINI

N,

Luiz

Edua

rdo.

Dire

ito P

enal

e P

roce

sso

Pena

l El

eito

ral. B

elo H

orizo

nte:

Fór

um, 2

018.

p. 6

1).

A al

tera

ção

do d

ispos

itivo

depe

nder

ia d

e le

i, se

m p

rovid

ência

s a

adot

ar n

o âm

bito

do

proj

eto

de

sist

emat

izaçã

o.

Lei n

º 9.5

04/1

997

Art.

57-H

. [...

]

§ 1º

Con

stitu

i crim

e a

cont

rata

ção

dire

ta o

u in

dire

ta d

e gr

upo

de

pess

oas

com

a fi

nalid

ade

espe

cífic

a de

em

itir m

ensa

gens

ou

com

entá

rios

na in

tern

et p

ara

ofen

der a

hon

ra o

u

Dúvid

a so

bre

a co

nstit

ucio

nalid

ade

dess

e di

spos

itivo,

no

sent

ido

de

rest

ringi

r o d

ebat

e po

lítico

.

Dout

rina

Gon

çalve

s ac

redi

ta q

ue e

ssa

crim

inal

izaçã

o é

inco

nstit

ucio

nal,

pois

rela

ta q

ue “o

ver

bo

‘den

egrir

’ não

pod

e, e

m n

enhu

m c

aso,

ser

in

terp

reta

do n

o se

ntid

o de

ved

ar a

crít

ica p

olíti

ca,

aind

a qu

e ás

pera

, em

face

de

parti

cipan

tes

da

disp

uta

elei

tora

l” (C

rimes

Ele

itora

is e

Pro

cess

o Pe

nal E

leito

ral.

Ed. A

tlas/

GEN

, 2. e

d. 2

015)

.

Há a

ntin

omia

ent

re e

ssa

desc

rição

típ

ica e

a C

F/19

88, q

ue tu

tela

a

liber

dade

de

expr

essã

o. A

s fig

uras

el

eito

rais

cont

ra a

hon

ra, c

om

adeq

uada

des

criçã

o, e

stão

nos

cr

imes

dos

arts

. 323

a 3

26 d

o CE

. In

cons

tituc

iona

lidad

e qu

e po

deria

se

r rec

onhe

cida

no ju

lgam

ento

de

Page 57: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

57

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

dene

grir

a im

agem

de

cand

idat

o,

parti

do o

u co

ligaç

ão, p

unív

el c

om

dete

nção

de

2 (d

ois)

a 4

(qua

tro)

anos

e m

ulta

de

R$15

.000

,00

(qui

nze

mil r

eais)

a R

$50.

000,

00

(cin

quen

ta m

il rea

is).

caso

con

cret

o, e

m re

solu

ção

ou

em

resp

osta

a e

vent

ual

cons

ulta

form

ulad

a.

Lei n

º 9.5

04/1

997

Art.

58. [

...]

§ 7º

A in

obse

rvân

cia

do p

razo

pr

evis

to n

o pa

rágr

afo

ante

rior

suje

ita a

aut

orid

ade

judi

ciár

ia à

s pe

nas

prev

ista

s no

art.

345

da

Lei

nº 4

.737

, de

15 d

e ju

lho

de 1

965

– C

ódig

o El

eito

ral.

Dúv

ida

sobr

e a

com

patib

ilidad

e co

nstit

ucio

nal d

esse

tipo

dia

nte

do e

stat

uto

cons

tituc

iona

l da

mag

istra

tura

e s

obre

a a

mpl

itude

do

s m

eios

e re

curs

os p

ara

corre

ção

da in

érci

a ju

dici

al.

Dout

rina

Rodr

igo

Zilio

rela

ta q

ue e

sse

tipo

não

foi

rece

pcio

nado

pel

a CF

/198

8, p

ois

não

cons

ider

a os

prin

cípi

os d

a ra

zoab

ilidad

e e

da

prop

orcio

nalid

ade

(ZIL

IO, L

ópez

Rod

rigo.

Crim

es

Elei

tora

is. E

dito

ra J

usPo

divm

, 201

4. p

. 256

).

Gom

es s

uste

nta

a nã

o re

cepç

ão d

a no

rma,

po

is o

“mer

o de

scum

prim

ento

de

um p

razo

pr

oces

sual

não

ost

enta

lesiv

idad

e ba

stan

te

para

ser

erig

ido

à ca

tego

ria d

e cr

ime”

(GO

MES

, Jo

sé J

airo

. Crim

es E

leito

rais

e P

roce

sso

Pena

l El

eito

ral.

2. e

d. A

tlas,

201

6. p

. 255

).

Pinh

eiro

afir

ma

tam

bém

que

o ti

po n

ão

foi r

ecep

ciona

do p

ela

CF/1

988

por v

iola

r, pr

incip

alm

ente

, o p

rincí

pio

da s

ubsid

iarie

dade

pe

nal (

PINH

EIRO

, Igo

r Per

eira

. Leg

isla

ção

Crim

inal

Ele

itora

l: As

pect

os M

ater

iais

e Pr

oces

suai

s. E

dito

ra J

usPo

divm

, 201

8. p

. 556

).

Norm

a in

com

patív

el c

om o

est

atut

o co

nstit

ucio

nal d

a m

agist

ratu

ra,

o qu

e po

deria

ser

reco

nhec

ido

no ju

lgam

ento

de

caso

con

cret

o,

em re

solu

ção

ou e

m re

spos

ta a

ev

entu

al c

onsu

lta.

Lei n

º 9.5

04/1

997

Art.

87. N

a ap

uraç

ão, s

erá

gara

ntid

o ao

s fis

cais

e de

lega

dos

dos

parti

dos

e co

ligaç

ões

o di

reito

de

obse

rvar

di

reta

men

te, à

dist

ância

não

sup

erio

r a

um m

etro

da

mes

a, a

abe

rtura

da

urn

a, a

abe

rtura

e a

con

tage

m

das

cédu

las

e o

pree

nchi

men

to d

o bo

letim

.

Dúvid

a so

bre

a sa

nção

pre

vista

no

tip

o pe

nal.

Dout

rina

De a

cord

o co

m L

uiz

Carlo

s do

s Sa

ntos

G

onça

lves,

trat

a-se

de

tipo

pena

l que

mer

ecer

ia

mul

ta n

ão p

enal

(FUX

, Lui

z; P

EREI

RA, L

uiz

Fern

ando

Cas

agra

nde;

AG

RA, W

albe

r de

Mou

ra; P

ECCI

NIN,

Lui

z Ed

uard

o. D

ireito

Pen

al e

Pr

oces

so P

enal

Ele

itora

l. Be

lo H

orizo

nte:

Fór

um,

2018

. p. 6

2).

Nada

a s

uger

ir no

âm

bito

de

proj

eto

de s

istem

atiza

ção

de n

orm

as, p

ois

a m

udan

ça tí

pica

dep

ende

ria d

e le

i.

Page 58: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

58

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imin

arSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

Lei n

º 9.5

04/1

997

Art.

90. A

os c

rimes

def

inid

os n

esta

Le

i, ap

lica-

se o

disp

osto

nos

arts

. 287

e

355

a 36

4 da

Lei

nº 4

.737

, de

15 d

e ju

lho

de 1

965

– Có

digo

Ele

itora

l.

Revo

gaçã

o do

tipo

pen

al.

Dout

rina

Rodr

igo

Lope

s Zi

lio e

nten

de s

er d

esne

cess

ária

a

prev

isão

lega

l, po

is a

“apl

icaçã

o da

par

te g

eral

do

Códi

go P

enal

é d

ada

pelo

art.

12

dest

e di

spos

itivo

e o

proc

edim

ento

crim

inal

par

a as

pes

soas

sem

pr

erro

gativ

a de

foro

é o

mes

mo

para

todo

s os

cr

imes

ele

itora

is in

depe

nden

tem

ente

de

sua

prev

isão

norm

ativa

no

Códi

go E

leito

ral o

u em

lei

espa

rsa”

(ZIL

IO, L

ópez

Rod

rigo.

Crim

es E

leito

rais.

Ed

itora

Jus

Podi

vm, 2

014.

p. 2

65).

Nada

a s

uger

ir no

âm

bito

de

proj

eto

de s

istem

atiza

ção

de

norm

as. A

nor

ma

é de

snec

essá

ria,

efet

ivam

ente

, mas

sua

revo

gaçã

o de

pend

eria

de

lei.

Lei n

º 9.5

04/1

997

Art.

91. N

enhu

m re

quer

imen

to d

e in

scriç

ão e

leito

ral o

u de

tran

sfer

ência

se

rá re

cebi

do d

entro

dos

cen

to e

cin

quen

ta d

ias

ante

riore

s à

data

da

ele

ição.

Pará

graf

o ún

ico. A

rete

nção

de

títul

o el

eito

ral o

u do

com

prov

ante

de

alis

tam

ento

ele

itora

l con

stitu

i cr

ime,

pun

ível

com

det

ençã

o, d

e um

a

três

mes

es, c

om a

alte

rnat

iva d

e pr

esta

ção

de s

erviç

os à

com

unid

ade

por i

gual

per

íodo

, e m

ulta

no

valo

r de

cinco

mil a

dez

mil U

firs.

Esse

arti

go, e

m s

eu p

arág

rafo

, re

vogo

u o

art.

295

do C

ódig

o El

eito

ral?

Conf

orm

e Lu

iz Ca

rlos

dos

Sant

os G

onça

lves,

es

se p

arág

rafo

revo

gou

o ar

t. 29

5 do

CE

(GO

NÇAL

VES,

Lui

z Ca

rlos

dos

Sant

os. C

rimes

El

eito

rais

e P

roce

sso

Pena

l Ele

itora

l. 2.

ed.

Atla

s,

2015

. p. 2

65).

Suge

re-s

e o

reco

nhec

imen

to, e

m

reso

luçã

o ou

resp

osta

a e

vent

ual

cons

ulta

, de

que

o ar

t. 91

da

Lei

nº 9

.504

/199

7 re

vogo

u o

art.

295

do

CE,

dad

a a

iden

tidad

e da

s co

ndut

as d

escr

itas.

Lei n

º 9.5

04/1

997

Art.

100-

A. [.

..]

§ 5º

O d

escu

mpr

imen

to d

os lim

ites

prev

istos

nes

ta L

ei s

ujei

tará

o

cand

idat

o às

pen

as p

revis

tas

no

art.

299

da L

ei n

º 4.7

37, d

e 15

de

julh

o de

196

5. (I

nclu

ído

pela

Lei

12.

891,

de

2013

.)

É co

nstit

ucio

nal e

ssa

equi

para

ção

entre

gas

tos

com

cab

os e

leito

rais

e co

rrupç

ão e

leito

ral?

Dout

rina

De a

cord

o co

m L

uiz

Carlo

s do

s Sa

ntos

G

onça

lves,

trat

a-se

de

tipo

pena

l que

mer

ecer

ia

mul

ta n

ão p

enal

(FUX

, Lui

z; P

EREI

RA, L

uiz

Fern

ando

Cas

agra

nde;

AG

RA, W

albe

r de

Mou

ra; P

ECCI

NIN,

Lui

z Ed

uard

o. D

ireito

Pen

al e

Pr

oces

so P

enal

Ele

itora

l. Be

lo H

orizo

nte:

Fór

um,

2018

. p. 6

3).

Cons

ider

ar c

ompr

a de

vot

os a

mer

a su

pera

ção

de lim

ites

de g

asto

s é

pres

unçã

o in

com

patív

el c

om o

Di

reito

Pen

al d

o Es

tado

dem

ocrá

tico

de d

ireito

.

Suge

re-s

e o

reco

nhec

imen

to

dess

a ei

va n

o ca

so c

oncr

eto,

em

reso

luçã

o ou

em

resp

osta

a

even

tual

con

sulta

.

(Con

tinua

ção)

Page 59: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

59

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imin

arSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

Lei n

º 6.0

91/1

974

Art.

11. [

...]

II - d

esat

ende

r à re

quisi

ção

de q

ue

trata

o a

rt. 2

º:

Pena

- pa

gam

ento

de

200

a 30

0 di

as-m

ulta

, alé

m d

a ap

reen

são

do

veíc

ulo

para

o fi

m p

revis

to;

Inco

nstit

ucio

nalid

ade

da n

orm

a.Do

utrin

a

Luiz

Carlo

s do

s Sa

ntos

Gon

çalve

s di

z qu

e es

se

tipo

traz

indi

cativ

o de

inco

nstit

ucio

nalid

ade,

poi

s pr

evê

a re

quisi

ção

de p

ropr

ieda

des

parti

cula

res,

o

que,

em

seu

ent

endi

men

to, é

abu

sivo

por n

ão

se e

nqua

drar

nas

situ

açõe

s de

imin

ente

per

igo

públ

ico p

revis

tas

na C

F/19

88 (G

ONÇ

ALVE

S, L

uiz

Carlo

s do

s Sa

ntos

. Crim

es E

leito

rais

e Pr

oces

so

Pena

l Ele

itora

l. 2.

ed.

Atla

s, 2

015.

p. 1

51).

Pinh

eiro

ress

alta

que

o d

ispos

itivo

poss

ui n

ítida

in

com

patib

ilidad

e m

ater

ial c

om a

CF/

1988

, se

guin

do a

linha

de

pens

amen

to d

o Pr

ocur

ador

e

prof

esso

r Lui

z Ca

rlos

(PIN

HEIR

O, I

gor P

erei

ra.

Legi

slaç

ão C

rimin

al E

leito

ral:

Aspe

ctos

Mat

eria

is e

Proc

essu

ais.

Edi

tora

Jus

Podi

vm, 2

018.

p. 4

73).

Gom

es re

lata

que

o d

ireito

de

prop

rieda

de n

ão

pode

ria s

er “m

enos

cabo

por

ato

arb

itrár

io d

e au

torid

ade

elei

tora

l” (G

OM

ES, J

osé

Jairo

. Crim

es

Elei

tora

is e

Pro

cess

o Pe

nal E

leito

ral.

2. e

d. A

tlas,

20

16. p

. 272

).

Zilio

cita

, em

sua

dout

rina,

o p

osici

onam

ento

de

Luiz

Carlo

s Gon

çalve

s (ZI

LIO

, Lóp

ez R

odrig

o. C

rimes

El

eito

rais.

Edit

ora

JusP

odivm

, 201

4. p

. 223

).

A Le

i nº 6

.091

/197

4, e

m s

eus

aspe

ctos

pen

ais,

não

foi r

eceb

ida

pela

CF/

1988

, por

laco

nicid

ade

na

desc

rição

típi

ca e

cla

ro a

buso

no

uso

do in

stru

men

tal p

enal

, com

pe

na d

espr

opor

ciona

l.

Suge

re-s

e qu

e es

se

reco

nhec

imen

to s

eja

feito

pel

o TS

E po

r mei

o de

julg

amen

to d

e ca

so

conc

reto

, res

oluç

ão o

u em

resp

osta

a

even

tual

con

sulta

.

Lei n

º 6.0

91/1

974

Art.

11. [

...]

III -

desc

umpr

ir a

proi

biçã

o do

s ar

tigos

5º,

8º e

10;

Pena

- re

clusã

o de

qua

tro a

sei

s an

os e

pag

amen

to d

e 20

0 a

300

dias

-mul

ta (a

rt. 3

02 d

o Có

digo

El

eito

ral);

Não

rece

pção

e in

cidên

cia d

e pr

opor

ciona

lidad

e e

razo

abilid

ade

na

pen

a.

Dout

rina

Ness

e in

ciso,

Lui

z Ca

rlos

indi

ca q

ue o

art.

8º a

qu

e o

incis

o fa

z cit

ação

foi r

evog

ado

por p

revis

ão

expr

essa

na

Lei n

º 9.0

96/1

995

– RE

spe-

TSE

nº 2

8.51

7/20

08 (G

ONÇ

ALVE

S, L

uiz

Carlo

s do

s Sa

ntos

. Crim

es E

leito

rais

e P

roce

sso

Pena

l El

eito

ral.

2. e

d. A

tlas,

201

5. p

. 152

).

Ness

e in

ciso,

Pin

heiro

ress

alta

que

não

se

fala

r em

bis

in id

em e

ntre

ess

e in

ciso

e o

crim

e de

cor

rupç

ão e

leito

ral (

PINH

EIRO

, Igo

r Per

eira

.

A Le

i nº 6

.091

/197

4, e

m s

eus

aspe

ctos

pen

ais,

não

foi r

eceb

ida

pela

CF/

1988

, por

laco

nicid

ade

na

desc

rição

típi

ca e

cla

ro a

buso

no

uso

do in

stru

men

tal p

enal

, com

pe

na d

espr

opor

ciona

l.

Suge

re-s

e qu

e es

se re

conh

ecim

ento

se

ja fe

ito p

elo

TSE

por m

eio

de

julga

men

to d

e ca

so co

ncre

to, r

esol

ução

ou

em

resp

osta

a e

vent

ual c

onsu

lta.

(Con

tinua

ção)

Page 60: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

60

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Legi

slaç

ão C

rimin

al E

leito

ral:

Aspe

ctos

Mat

eria

is e

Proc

essu

ais.

Edi

tora

Jus

Podi

vm, 2

018.

p. 4

74).

José

Jai

ro G

omes

rela

ta q

ue, a

o in

terp

reta

r o

incis

o so

b o

aspe

cto

estri

tam

ente

form

al,

dar c

aron

a no

dia

das

ele

ições

con

figur

aria

a

real

izaçã

o da

figu

ra d

elitiv

a; p

orém

dev

e-se

ap

licar

a C

F/19

88 q

uant

o à

liber

dade

indi

vidua

l e

ao d

ireito

de

prop

rieda

de (G

OM

ES, J

osé

Jairo

. C

rimes

Ele

itora

is e

Pro

cess

o Pe

nal E

leito

ral.

2.

ed.

Atla

s, 2

016.

p. 2

74-2

75).

Suge

stõe

s e

estu

dos

O ti

po d

elin

eado

no

art.

11, i

ncis

o III

, da

Lei

fede

ral n

º 6.0

91/1

974,

em

com

bina

ção

com

o

art.

5º d

a m

esm

a le

i, tra

ta d

o tra

nspo

rte d

e el

eito

res

de m

anei

ra m

uito

mai

s ex

aspe

rada

, no

toca

nte

aos

limite

s m

ínim

o e

máx

imo

da

pena

, do

que

em c

asos

que

são

pot

enci

alm

ente

be

m m

ais

grav

es, c

omo

nas

hipó

tese

s de

cai

xa

dois

. Alé

m d

isso

, ess

a si

tuaç

ão in

viab

iliza

a in

cidê

ncia

ade

quad

a do

s pr

incí

pios

da

prop

orci

onal

idad

e e

da ra

zoab

ilidad

e, p

orqu

e a

pena

mín

ima

é po

sta

em q

uatro

ano

s de

re

clus

ão, o

que

já in

duz

essa

san

ção

àque

le

que

trans

porta

r um

úni

co e

leito

r ou

um ô

nibu

s lo

tado

de

elei

tore

s (s

uges

tão

de: A

brad

ep).

Lei n

º 6.0

91/1

974

Art.

11. [

...]

IV -

obst

ar, p

or q

ualq

uer f

orm

a, a

pr

esta

ção

dos

serv

iços

prev

istos

nos

ar

ts. 4

º e 8

º des

ta L

ei, a

tribu

ídos

à

Just

iça E

leito

ral:

Pena

- re

clusã

o de

2 (d

ois)

a

4 (q

uatro

) ano

s;

Não

rece

pção

.Do

utrin

a

O e

nten

dim

ento

do

Luiz

Car

los

dos

Sant

os

Gon

çalv

es é

de

que

esse

arti

go n

ão fo

i re

cepc

iona

do p

ela

Con

stitu

ição

Fed

eral

, po

r não

ate

nder

“às

exig

ênci

as d

a de

finiç

ão

da c

ondu

ta c

rimin

osa”

(art.

5º,

XXXX

, CF)

(G

ON

ÇAL

VES,

Lui

z C

arlo

s do

s Sa

ntos

. Crim

es

Elei

tora

is e

Pro

cess

o Pe

nal E

leito

ral.

2. e

d.

Atla

s, 2

015.

p. 1

54).

A Le

i nº 6

.091

/197

4, e

m s

eus

aspe

ctos

pen

ais,

não

foi r

eceb

ida

pela

CF/

1988

, por

laco

nicid

ade

na

desc

rição

típi

ca e

cla

ro a

buso

no

uso

do in

stru

men

tal p

enal

, com

pe

na d

espr

opor

ciona

l.

Suge

re-s

e qu

e es

se re

conh

ecim

ento

se

ja fe

ito p

elo

TSE

por m

eio

de

julg

amen

to d

e ca

so c

oncr

eto,

Page 61: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

61

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Jairo

Gom

es a

rgum

enta

que

, ao

inte

rpre

tar o

di

spos

itivo,

não

tipici

dade

e, p

orta

nto,

não

crim

e se

a p

roib

ição

for q

uant

o ao

forn

ecim

ento

de

refe

ições

ou

trans

porte

por

linha

s re

gula

res

e ve

ícul

os d

e lo

caçã

o (G

OM

ES, J

osé

Jairo

. Crim

es

Elei

tora

is e

Pro

cess

o Pe

nal E

leito

ral.

2. e

d. A

tlas,

20

16. p

. 279

).

reso

luçã

o ou

em

resp

osta

a

even

tual

con

sulta

.

Lei n

º 6.0

91/1

974

Art.

11. [

...]

V - u

tiliza

r em

cam

panh

a el

eito

ral,

no d

ecur

so d

os 9

0 (n

oven

ta) d

ias

que

ante

cede

m o

ple

ito, v

eícu

los

e em

barc

açõe

s pe

rtenc

ente

s à

Uniã

o,

esta

dos,

terri

tório

s, m

unicí

pios

e

resp

ectiv

as a

utar

quia

s e

socie

dade

s de

eco

nom

ia m

ista:

Pena

- ca

ncel

amen

to d

o re

gist

ro d

o ca

ndid

ato

ou d

e se

u di

plom

a, s

e já

ho

uver

sid

o pr

ocla

mad

o el

eito

.

Dúvid

a so

bre

a sa

nção

pre

vista

no

tip

o pe

nal.

Dout

rina

Em re

lação

a e

sse

inciso

, Luiz

Car

los e

nten

de q

ue,

ainda

que

a sa

nção

não

seja

cara

cteris

ticam

ente

pe

nal, n

ão é

por

isso

que

é in

apro

priad

a ou

inc

onsti

tucio

nal (

GO

NÇAL

VES,

Luiz

Car

los d

os

Sant

os. C

rimes

Ele

itora

is e

Proc

esso

Pen

al

Elei

tora

l. 2. e

d. A

tlas,

2015

. p. 1

55).

Pinh

eiro

sus

tent

a qu

e o

fato

de

exist

ir sa

nção

cív

el

não

revo

ga a

s di

spos

ições

crim

inai

s, p

or n

osso

sis

tem

a se

r de

inde

pend

ência

das

inst

ância

s,

exce

to n

a sit

uaçã

o de

abs

olviç

ão p

or n

egat

iva d

e au

toria

ou

mat

eria

lidad

e (P

INHE

IRO

, Igo

r Per

eira

. Le

gisla

ção

Crim

inal

Ele

itora

l: As

pect

os M

ater

iais

e Pr

oces

suai

s. E

dito

ra J

usPo

divm

, 201

8. p

. 486

).

A Le

i nº 6

.091

/197

4, e

m s

eus

aspe

ctos

pen

ais,

não

foi r

eceb

ida

pela

CF/

1988

, por

laco

nicid

ade

na

desc

rição

típi

ca e

cla

ro a

buso

no

uso

do in

stru

men

tal p

enal

, com

pe

na d

espr

opor

ciona

l.

Suge

re-s

e qu

e es

se

reco

nhec

imen

to s

eja

feito

pel

o TS

E po

r mei

o de

julg

amen

to d

e ca

so

conc

reto

, res

oluç

ão o

u em

resp

osta

a

even

tual

con

sulta

.

Page 62: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

62

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

2. P

roce

sso

pena

l ele

itor

al

Cons

titu

ição

Fed

eraL

de

1988

(CF

/198

8); C

ódig

o El

eito

ral (

CE);

Códi

go P

enal

(CP

); Le

i Com

plem

enta

r nº

79/

1994

; Cód

igo

Proc

essu

al

Pena

l (CP

P); L

ei C

ompl

emen

tar

nº 7

5/19

93; E

nunc

iado

nº 2

9 da

s Câ

mar

as d

e Co

orde

naçã

o do

Min

isté

rio

Públ

ico

Fede

ral;

Res

oluç

ão-

-CN

J nº 2

13/2

015;

Dec

reto

nº 6

78/1

992;

Cód

igo

Proc

essu

al C

ivil

(CPC

); Le

i nº 1

2.85

0/20

13

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imin

arSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

Códi

go E

leito

ral

Art.

22. C

ompe

te a

o Tr

ibun

al

Supe

rior:

I - p

roce

ssar

e ju

lgar

orig

inar

iam

ente

:

[…]

d) o

s cr

imes

ele

itora

is e

os c

omun

s qu

e lh

es fo

rem

con

exos

com

etid

os

pelo

s se

us p

rópr

ios

juíz

es e

pel

os

juíz

es d

os T

ribun

ais

Regi

onai

s;

Cons

titui

ção

Fede

ral

Art.

102.

Com

pete

ao

Supr

emo

Trib

unal

Fed

eral

, pre

cipua

men

te, a

gu

arda

da

Cons

titui

ção,

cab

endo

-lhe:

I - p

roce

ssar

e ju

lgar

, or

igin

aria

men

te:

[…]

c) n

as in

fraçõ

es p

enais

com

uns e

no

s cr

imes

de

resp

onsa

bilida

de, o

s m

inist

ros

de E

stado

e o

s com

anda

ntes

da

Mar

inha,

do

Exér

cito

e da

Ae

roná

utica

, res

salva

do o

disp

osto

no

art.

52, I

, os

mem

bros

dos

Trib

unai

s

Disc

ussã

o qu

anto

à re

cepç

ão d

o

art.

22 d

o Có

digo

Ele

itora

l.Es

tudo

s e

suge

stõe

s

“A C

onst

ituiçã

o Fe

dera

l, no

art.

102

, inc

. I,

alín

ea c

, reg

ula

a co

mpe

tênc

ia d

o Su

prem

o Tr

ibun

al F

eder

al p

ara

proc

essa

r e ju

lgar

or

igin

aria

men

te, n

as in

fraçõ

es p

enai

s co

mun

s e

nos

crim

es d

e re

spon

sabi

lidad

e, o

s m

embr

os

dos

Trib

unai

s Su

perio

res.

Da

mes

ma

form

a,

no a

rt. 1

05, i

nc. I

, alín

ea a

, est

á pr

evist

a a

com

petê

ncia

orig

inár

ia d

o Su

perio

r Trib

unal

de

Jus

tiça

para

pro

cess

ar e

julg

ar, n

os c

rimes

co

mun

s e

de re

spon

sabi

lidad

e, o

s m

embr

os

dos

Trib

unai

s Re

gion

ais

Elei

tora

is.

Dess

a fo

rma,

o T

ribun

al Su

perio

r Elei

tora

l não

te

m co

mpe

tênc

ia cr

imina

l orig

inária

. A a

línea

d

do in

ciso

I do

art.

22 d

o Có

digo

Eleit

oral

deve

ser

co

nside

rada

não

rece

pcion

ada.

PRO

POSI

ÇÃO

: Co

nside

ra-s

e nã

o re

cepc

ionad

a pe

la Co

nstitu

ição

a alí

nea

d do

incis

o I d

o ar

t. 22

do

Códig

o El

eitor

al”

(Sug

estã

o de

: Dan

iela

de C

ássia

Woc

hnick

i e

Letíc

ia G

arcia

de

Faria

s. Ei

xo te

mát

ico C

rimes

El

eitor

ais e

Pro

cess

o Pe

nal E

leito

ral. E

studo

par

a Si

stem

atiza

ção

das N

orm

as E

leito

rais,

p. 6

.)

O In

stitu

to B

rasil

eiro

de D

ireito

Elei

tora

l inclu

i o

art. 2

2, in

ciso

I, alín

eas d

, e e

j, do

Cód

igo E

leito

ral

entre

disp

ositiv

os re

voga

dos,

derro

gado

s, nã

o re

cepc

ionad

os, e

m d

esus

o ou

com

mat

éria

regu

lada

O re

conh

ecim

ento

da

não

rece

pção

do

art.

22

do C

ódigo

Elei

tora

l rec

ebeu

ap

oio

unân

ime

de to

da a

dou

trina

co

nsul

tada

e d

os p

artic

ipan

tes

dos

even

tos

que

last

rear

am o

pre

sent

e re

lató

rio. S

uger

e-se

que

, por

re

solu

ção

ou e

m re

spos

ta a

eve

ntua

l co

nsul

ta, o

TSE

se

man

ifest

e a

esse

re

spei

to.

Page 63: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

63

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Supe

riore

s, o

s do

Tribu

nal d

e Co

ntas

da

Uni

ão e

os

chef

es d

e m

issão

di

plom

ática

de

cará

ter p

erm

anen

te;

Cons

titui

ção

Fede

ral

Art.

105.

Com

pete

ao

Supe

rior

Trib

unal

de

Just

iça:

I - p

roce

ssar

e ju

lgar

, or

igin

aria

men

te:

a) n

os c

rimes

com

uns,

os

gove

rnad

ores

dos

Esta

dos e

do

Dist

rito

Fede

ral, e

, nes

tes e

nos

de

resp

onsa

bilid

ade,

os d

esem

barg

ador

es

dos T

ribun

ais d

e Ju

stiça

dos

esta

dos

e do

Dist

rito

Fede

ral, o

s mem

bros

dos

Tr

ibuna

is de

Con

tas d

os e

stad

os e

do

Dist

rito

Fede

ral, o

s dos

Trib

unais

Re

gion

ais F

eder

ais, d

os T

ribun

ais

Regi

onais

Ele

itora

is e

do T

raba

lho, o

s m

embr

os d

os C

onse

lhos

ou

Tribu

nais

de C

onta

s dos

mun

icípio

s e o

s do

Min

istér

io Pú

blico

da

União

que

ofic

iem

pera

nte

tribu

nais;

em o

utro

s dipl

omas

, com

as s

eguin

tes o

bser

vaçõ

es:

alín

ea d

– C

F, a

rt. 1

02. C

ompe

te a

o Su

prem

o Tr

ibuna

l Fed

eral,

[...]

: I -

proc

essa

r e ju

lgar,

origi

naria

men

te: [

...] c

) nas

infra

ções

pen

ais co

mun

s e

nos c

rimes

de

resp

onsa

bilida

de, [

...] o

s mem

bros

do

s Trib

unais

Sup

erior

es, [

…].

Art.

105.

Com

pete

ao

Sup

erior

Trib

unal

de Ju

stiça

: I -

proc

essa

r e

julga

r, or

igina

riam

ente

: a) n

os cr

imes

com

uns,

[...]

e

nos d

e re

spon

sabil

idade

, os d

esem

barg

ador

es

[...],

dos

Trib

unais

Reg

ionais

Elei

tora

is [..

.];

alín

ea e

– *H

abea

s C

orpu

s: C

F, a

rt. 1

02, I

, i,

(STF

-pre

siden

te) e

art.

105

, I, c

(min

istro

de

esta

do);

*Man

dado

de

Segu

ranç

a: A

Res

.-SF

nº 1

32/1

984

su

spen

deu

a lo

cuçã

o “o

u m

anda

do d

e se

gura

nça”

, em

razã

o do

MS-

STF

nº 2

0.40

9.

*STF

– R

ecur

so E

xtra

ordi

nário

nº 1

63.7

27,

inco

nstit

ucio

nalid

ade

limita

da a

o M

S co

ntra

ato

do

pres

iden

te d

a Re

públ

ica.

alín

ea j

– Pa

rte fi

nal d

ecla

rada

inco

nstit

ucio

nal,

ADI n

º 1.4

59 (

Ibra

de. A

nexo

I. C

E –

Lei

nº 4

.737

/196

5. D

ispos

itivos

revo

gado

s,

derro

gado

s, n

ão re

cepc

iona

dos,

em

des

uso

ou

com

mat

éria

regu

lada

em

out

ros

dipl

omas

).

Códi

go E

leito

ral

Art.

35. C

ompe

te a

os ju

ízes

:

[…]

II - p

roce

ssar

e ju

lgar

os

crim

es

elei

tora

is e

os c

omun

s qu

e lh

e fo

rem

co

nexo

s, re

ssal

vada

a c

ompe

tênc

ia

orig

inár

ia d

o Tr

ibun

al S

uper

ior e

dos

Tr

ibun

ais

Regi

onai

s;

Disc

ussã

o qu

anto

à re

cepç

ão d

o

art.

35 d

o Có

digo

Ele

itora

l.De

pois

do re

conh

ecim

ento

da

aplic

abilid

ade

dess

e di

spos

itivo

do C

E pe

lo S

TF, p

or o

casiã

o do

Inqu

érito

nº 4

.435

, rem

anes

cera

m d

úvid

as e

m

rela

ção

ao e

ncam

inha

men

to d

e fe

itos

cone

xos

à Ju

stiça

: se

apre

sent

am re

quisi

tos

a se

rem

ex

amin

ados

pel

a Ju

stiça

orig

inár

ia; s

e se

trat

a de

rem

essa

aut

omát

ica, m

edia

nte

aleg

ação

, ai

nda

que

sem

ade

quad

a fu

ndam

enta

ção;

e s

e po

de h

aver

, pel

a Ju

stiça

Ele

itora

l, re

cusa

no

reco

nhec

imen

to d

e su

a co

mpe

tênc

ia p

rorro

gada

.

A re

solu

ção

rela

tiva

aos

crim

es

elei

tora

is e

proc

esso

s-cr

ime

elei

tora

is de

ve d

etal

har a

s hi

póte

ses

de a

plica

ção

da d

ecisã

o do

STF

, es

tabe

lece

ndo

parâ

met

ros

para

o

envio

, à J

ustiç

a El

eito

ral,

de

inve

stig

açõe

s e

proc

esso

s-cr

ime

cone

xos

com

os

elei

tora

is, b

em

com

o di

spor

sob

re a

s sit

uaçõ

es n

as

quai

s a

Just

iça E

spec

ializ

ada

pode

Page 64: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

64

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Há d

úvid

a, p

or ig

ual,

em re

laçã

o à

exte

nsão

da

cone

xão,

por

exe

mpl

o, e

m re

laçã

o ao

s cr

imes

do

loso

s co

ntra

a v

ida

e se

crim

es e

leito

rais

de

men

or p

oten

cial o

fens

ivo p

ossu

em, t

ambé

m, a

vi

s at

rativ

a pa

ra a

reun

ião

de fe

itos.

Que

stão

com

plex

a é

sabe

r se

os c

rimes

con

exos

do

CP

e de

leis

espa

rsas

e o

s el

eito

rais,

ao

virem

par

a a

Just

iça E

leito

ral,

serã

o re

gido

s pe

las

regr

as d

o pr

oces

so p

enal

ele

itora

l, m

ais

expe

dita

s, o

u se

ser

ão n

eces

sária

s ad

apta

ções

.

Nos

deba

tes

havid

os n

os e

ncon

tros

regi

onai

s e,

ta

mbé

m, n

o ev

ento

do

Iasp

/PRE

-SP,

sur

gira

m,

em u

m s

entid

o, p

ropo

siçõe

s pa

ra f

avor

ecer

o

pron

to e

ncam

inha

men

to d

e re

quer

imen

tos

de re

uniã

o de

pro

cess

os p

eran

te a

Jus

tiça

Elei

tora

l e, e

m o

utro

sen

tido,

pro

posiç

ões

para

qu

e so

men

te d

iant

e de

evid

ência

s co

ncre

tas

de

crim

es e

leito

rais

ou in

vest

igaç

ões

e pr

oces

sos

elei

tora

is pr

eexis

tent

es s

eja

poss

ível

a re

mes

sa

à Ju

stiça

Esp

ecia

lizad

a.

São

mat

éria

s qu

e ag

uard

am, e

m te

se, l

ugar

em

re

visão

da

atua

l res

oluç

ão s

obre

crim

es e

leito

rais

e pr

oces

so p

enal

ele

itora

l.

decli

nar d

a jun

ção

de p

roce

ssos

e

da p

rorro

gaçã

o de

sua

com

petê

ncia.

A

reso

lução

pod

e ab

orda

r cas

os

espe

cífic

os, p

or e

xem

plo o

s re

lativo

s a

crim

es d

oloso

s co

ntra

a v

ida, c

rimes

ele

itora

is de

men

or p

oten

cial o

fens

ivo,

etc.

, bem

com

o tra

zer o

s co

ntor

nos

do

proc

edim

ento

a s

er a

dota

do n

essa

s hip

ótes

es. D

epois

do

reco

nhec

imen

to

da a

plica

bilida

de d

este

disp

ositiv

o do

CE

pelo

STF

, por

oca

sião

do In

quér

ito

nº 4

.435

, rem

anes

cera

m d

úvida

s em

relaç

ão a

o en

cam

inham

ento

de

feito

s co

nexo

s à

Just

iça: s

e ap

rese

nta

requ

isito

s a

sere

m e

xam

inado

s pe

la

Just

iça o

riginá

ria; s

e se

trat

a de

re

mes

sa a

utom

ática

, med

iante

ale

gaçã

o, a

inda

que

infun

dada

; e s

e po

de h

aver

, pela

Jus

tiça

Eleit

oral,

re

cusa

no

reco

nhec

imen

to d

e su

a co

mpe

tênc

ia pr

orro

gada

.

Há d

úvid

a, p

or ig

ual,

em re

laçã

o à

exte

nsão

da

cone

xão,

por

exe

mpl

o,

em re

laçã

o ao

s cr

imes

dol

osos

co

ntra

a v

ida.

São

tem

as q

ue p

odem

, com

o su

gest

ão, i

nteg

rar a

revis

ão d

a at

ual

reso

luçã

o so

bre

crim

es e

leito

rais

e pr

oces

so p

enal

ele

itora

l.

Códi

go E

leito

ral

Art.

284.

Sem

pre

que

este

Cód

igo

não

indi

car o

gra

u m

ínim

o,

ente

nde-

se q

ue s

erá

ele

de q

uinz

e di

as p

ara

a pe

na d

e de

tenç

ão e

de

um

ano

par

a a

de re

clusã

o.

Revo

gaçã

o.Es

tudo

s e

suge

stõe

s

Revo

gaçã

o do

art.

284

do

CE, q

ue e

stab

elec

e id

êntic

a pe

na m

ínim

a pa

ra c

rimes

de

grav

idad

es

dive

rsas

, que

tam

bém

tute

lam

ben

s ju

rídico

s de

di

fere

ntes

gra

us d

e im

portâ

ncia

.

É in

viáve

l, no

âm

bito

dos

trab

alho

s de

sist

emat

izaçã

o no

rmat

iva, a

al

tera

ção

da le

gisla

ção

vigen

te, o

qu

e de

pend

eria

de

lei.

Não

há ó

bice

s co

nstit

ucio

nais

à pl

ena

aplic

ação

de

sse

disp

ositiv

o, q

ue n

ão im

pede

a

adeq

uada

dos

imet

ria d

a pe

na.

Page 65: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

65

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Cons

titui

ção

Fede

ral

Art.

5º […

]

XLVI

- a

lei r

egul

ará

a in

divid

ualiz

ação

da

pena

e a

dota

rá,

entre

out

ras,

as

segu

inte

s: [.

..]

Subs

tituiçã

o do

disp

ositiv

o re

voga

do p

ela fix

ação

de

pena

s mín

imas

nos

pre

ceito

s san

ciona

tório

s om

issos

re

lativ

os a

os d

ivers

os c

rimes

ele

itora

is pr

evist

os

no C

E em

tal c

ondi

ção,

par

a m

elho

r ade

quaç

ão

da le

gislaç

ão e

leito

ral a

o pr

incíp

io co

nstitu

ciona

l da

indivi

duali

zaçã

o da

pen

a (s

uges

tões

de:

Rud

i Bald

i Lo

ewen

kron

[site

do

TSE]

).

Códi

go E

leito

ral

Art.

285.

Qua

ndo

a le

i det

erm

ina

a ag

rava

ção

ou a

tenu

ação

da

pena

se

m m

encio

nar o

qua

ntum

, dev

e o

juiz

fixá-

lo e

ntre

um

qui

nto

e um

te

rço,

gua

rdad

os o

s lim

ites

da p

ena

com

inad

a ao

crim

e.

Códi

go P

enal

Art.

68. A

pen

a-ba

se s

erá

fixad

a at

ende

ndo-

se a

o cr

itério

do

art.

59

dest

e Có

digo

; em

seg

uida

ser

ão

cons

ider

adas

as

circu

nstâ

ncia

s at

enua

ntes

e a

grav

ante

s; po

r últim

o, a

s ca

usas

de

dimin

uição

e d

e au

men

to.

Pará

graf

o ún

ico. N

o co

ncur

so d

e ca

usas

de

aum

ento

ou

de d

iminu

ição

prev

istas

na

parte

esp

ecial

, pod

e o

juiz

limita

r-se

a um

aum

ento

ou

a um

a só

dim

inuiçã

o, p

reva

lecen

do, t

odav

ia, a

ca

usa

que

mais

aum

ente

ou

dim

inua.

Cons

titui

ção

Fede

ral

Art.

5º […

]

XLVI

- a

lei r

egul

ará

a in

divid

ualiz

ação

da

pena

e a

dota

rá,

entre

out

ras,

as

segu

inte

s: [.

..]

Dúvid

a qu

anto

à n

atur

eza

juríd

ica d

as

hipó

tese

s tra

zidas

pel

o ar

t. 28

5 do

CE

e su

a re

voga

ção

pelo

art.

68

do C

P.

Estu

dos

e su

gest

ões

“Qua

ndo

da e

diçã

o do

Cód

igo

Elei

tora

l, o

orde

nam

ento

bra

silei

ro u

tiliza

va o

crit

ério

bifá

sico

para

o c

álcu

lo d

a pe

na. P

elo

crité

rio tr

ifásic

o, q

ue

é aq

uele

atu

alm

ente

utili

zado

no

Códi

go P

enal

, as

fraç

ões

indi

cada

s no

art.

285

do

Códi

go

Elei

tora

l não

mai

s co

nstit

uiria

m a

grav

ante

s e

aten

uant

es, e

sim

cau

sas

de a

umen

to e

di

min

uiçã

o da

pen

a.

Agra

vant

es e

ate

nuan

tes

não

têm

fraç

ão d

efin

ida

no s

istem

a pr

oces

sual

pen

al a

tual

. Ass

im,

em p

rest

ígio

ao

prin

cípi

o da

indi

vidua

lizaç

ão

da p

ena

cons

agra

do n

a Co

nstit

uiçã

o Fe

dera

l e

cons

ider

ando

o s

istem

a tri

fásic

o ad

otad

o pe

lo C

ódig

o Pe

nal,

o tre

cho

‘a a

grav

ação

ou

aten

uaçã

o’ d

ever

ia s

er lid

o co

mo

‘o a

umen

to

ou a

dim

inui

ção’

.” (S

uges

tão

de: D

anie

la d

e Cá

ssia

Woc

hnick

i e L

etíc

ia G

arcia

de

Faria

s.

Eixo

Tem

ático

Crim

es E

leito

rais

e Pr

oces

so

Pena

l Ele

itora

l. Es

tudo

par

a Si

stem

atiza

ção

das

Norm

as E

leito

rais,

p. 7

.)

Suge

re-s

e qu

e, p

or re

solu

ção

ou

em re

spos

ta a

eve

ntua

l con

sulta

, o

TSE

se m

anife

ste

a es

se re

spei

to,

incli

nand

o-se

o p

ensa

men

to

dout

rinár

io e

a o

pini

ão d

os

parti

cipan

tes

dos

even

tos

que

la

stre

aram

ess

e re

lató

rio n

o se

ntid

o de

que

sej

a ap

licad

o o

proc

edim

ento

trifá

sico

do a

rt. 6

8 do

CP

, val

endo

as

fraçõ

es d

o ar

t. 28

5

do C

E co

mo

limite

s m

áxim

os

para

a a

grav

ação

e a

ate

nuaç

ão.

Vale

dize

r, re

conh

ecen

do, n

esse

s ín

dice

s, a

nat

urez

a ju

rídica

de

agra

vant

es e

ate

nuan

tes.

Page 66: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

66

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imin

arSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

Códi

go E

leito

ral

Art.

286.

A p

ena

de m

ulta

con

siste

no

pag

amen

to a

o Te

sour

o Na

ciona

l, de

um

a so

ma

de d

inhe

iro, q

ue é

fix

ada

em d

ias-

mul

ta. S

eu m

onta

nte

é, n

o m

ínim

o, 1

(um

) dia

-mul

ta e

, no

máx

imo,

300

(tre

zent

os) d

ias-

mul

ta.

Códi

go P

enal

Art.

49. A

pen

a de

mult

a co

nsist

e no

pa

gam

ento

ao

Fund

o Pe

niten

ciário

da

quan

tia fix

ada

na s

ente

nça

e ca

lcula

da

em d

ias-

mul

ta. S

erá,

no

mín

imo,

de

10

(dez

) e, n

o m

áxim

o, d

e 36

0 (tr

ezen

tos

e se

ssen

ta) d

ias-m

ulta.

§ 1º

O v

alor

do

dia-

mul

ta s

erá

fixad

o pe

lo ju

iz nã

o po

dend

o se

r inf

erio

r a

um tr

igés

imo

do m

aior

sal

ário

m

ínim

o m

ensa

l vig

ente

ao

tem

po d

o fa

to, n

em s

uper

ior a

5 (c

inco

) vez

es

esse

sal

ário

.

§ 2º

O v

alor

da

mul

ta s

erá

atua

lizad

o, q

uand

o da

exe

cuçã

o,

pelo

s ín

dice

s de

cor

reçã

o m

onet

ária

.

Lei C

ompl

emen

tar n

º 79/

1994

Art.

2º C

onst

ituirã

o re

curs

os d

o Fu

npen

:

[…]

V - m

ulta

s de

corre

ntes

de

sent

ença

s pe

nais

cond

enat

ória

s co

m tr

ânsit

o em

julg

ado;

Com

o se

cal

cula

e s

e ap

lica

a m

ulta

pen

al e

leito

ral?

Apl

icam

-se

as re

gras

do

CP?

A m

ulta

não

pag

a to

rna-

se d

ívid

a de

val

or?

Man

tém

-se

a su

spen

são

dos

dire

itos

polít

icos

enqu

anto

não

pag

a?

Dout

rina

Igor

Pin

heiro

apo

nta

que,

con

form

e en

tend

imen

to

do T

SE, a

mul

ta e

leito

ral d

ecor

rent

e da

sen

tenç

a pe

nal é

des

tinad

a ao

Fun

do P

enite

nciá

rio

Nacio

nal (

Funp

en).

Ress

alta

que

, do

seu

pont

o de

vis

ta, a

pen

a de

mul

ta p

oder

á se

r red

uzid

a pe

lo

juiz,

que

pod

e at

é ise

ntar

o c

onde

nado

de

seu

paga

men

to, d

iant

e da

pro

va d

e m

isera

bilid

ade.

M

encio

na q

ue, n

o ca

so d

os c

rimes

que

est

ipul

am

a pe

na d

e m

ulta

em

Ufir

(cas

o do

art.

33,

§ 4

º, da

Lei

nº 9

.504

/199

7), n

ão s

e ap

lica

o sis

tem

a bi

fásic

o do

art.

286

, mas

o d

ispos

to n

o ar

t. 59

do

CP. S

uste

nta

que

a co

bran

ça d

a m

ulta

seg

ue

o rit

o da

exe

cuçã

o fis

cal (

Lei n

º 6.8

30/1

980)

, se

ndo

a le

gitim

idad

e ex

clusiv

a da

Pro

cura

doria

da

Faz

enda

Púb

lica

(Súm

ula-

STJ

nº 5

21)

(PIN

HEIR

O, I

gor P

erei

ra. L

egisl

ação

Crim

inal

El

eito

ral:

Aspe

ctos

Mat

eria

is e

Proc

essu

ais.

Ed

itora

Jus

Podi

vm, 2

018.

p. 4

8-49

).

Ente

nde

José

Jai

ro G

omes

que

, do

cote

jo e

ntre

CE

e o

CP,

resu

lta q

ue: (

i) na

apl

icaçã

o da

pen

a de

mul

ta, n

o qu

e fo

r cab

ível

, dev

em-s

e ap

licar

os

crit

ério

s do

CP;

(ii)

caso

sej

a in

sufic

ient

e, e

m

razã

o da

situ

ação

eco

nôm

ica d

o ré

u, p

ode

ser

elev

ada

até

o tri

plo,

ain

da q

ue a

plica

da n

o m

áxim

o (C

P, a

rt. 6

0, §

1º);

(iii)

a m

ulta

crim

inal

des

tina-

se

ao F

undo

Pen

itenc

iário

, com

o es

tabe

lece

o c

aput

do

art.

49

do C

P, e

não

ao

Teso

uro

Nacio

nal;

(iv

) o p

agam

ento

dev

e se

r fei

to d

entro

de

10

dias

apó

s o

trâns

ito e

m ju

lgad

o da

sen

tenç

a co

nden

atór

ia, p

oden

do s

er c

obra

da m

edia

nte

desc

onto

no

venc

imen

to d

o co

nden

ado

(C

P, a

rt. 5

0, §

1º);

(v) n

ão h

á co

nver

são

de

mul

ta e

m p

ena

de d

eten

ção,

sen

do q

ue o

de

scum

prim

ento

da

mul

ta e

nsej

a su

a co

bran

ça

judi

cial;

(vi)

para

fins

de

exec

ução

e

A tip

icida

de d

a m

ulta

ele

itora

l não

pe

rmite

a a

plica

ção

tota

l do

disp

osto

no

Cód

igo

Pena

l, po

is há

, em

m

uito

s tip

os p

enai

s el

eito

rais,

limite

s m

ínim

os e

máx

imos

. Hav

eria

gan

ho

de s

impl

icida

de n

a fix

ação

e n

a ex

ecuç

ão d

a m

ulta

pen

al e

leito

ral

se o

s cr

itério

s do

Cód

igo

Pena

l, em

re

laçã

o ao

val

or m

áxim

o e

mín

imo,

fo

ssem

ado

tado

s.

A de

stin

ação

da

mul

ta e

leito

ral n

ão

cíve

l é a

o Fu

npen

. Sua

cob

ranç

a é

deve

r do

Min

istér

io P

úblic

o El

eito

ral,

pera

nte

a va

ra q

ue a

com

panh

a a

exec

ução

da

pena

. Sug

ere-

se q

ue a

re

solu

ção

sobr

e cr

imes

e p

roce

sso

pena

l ele

itora

l tra

ga d

etal

ham

ento

so

bre

fixaç

ão, c

obra

nça

e ex

ecuç

ão

da m

ulta

pen

al e

leito

ral.

Os

mem

bros

de

sse

GT

veem

com

sim

patia

a

poss

ibilid

ade

de o

juiz

eleito

ral c

ertifi

car

o trâ

nsito

em

julga

do d

a co

nden

ação

a

desp

eito

de se

pro

sseg

uir n

a co

bran

ça

da m

ulta.

Isso

favo

rece

ria a

reins

erçã

o do

cond

enad

o na

vida

em

socie

dade

, inc

lusive

na

cond

ição

de e

leito

r.

(Con

tinua

ção)

Page 67: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

67

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

cobr

ança

judi

cial,

é “c

onsid

erad

a dí

vida

de v

alor

, ap

lican

do-s

e-lh

es a

s no

rmas

da

legi

slaçã

o re

lativ

a à

dívid

a at

iva d

a Fa

zend

a Pú

blica

, inc

lusiv

e no

que

con

cern

e às

cau

sas

inte

rrupt

ivas

e su

spen

sivas

da

pres

criçã

o” (C

P, a

rt. 5

1, c

om a

re

daçã

o da

Lei

nº 9

.268

/199

6) (G

OM

ES, J

osé

Jairo

. Crim

es E

leito

rais

e Pr

oces

so P

enal

Ele

itora

l. 2.

ed.

Atla

s, 2

016.

p. 2

5/28

).

Luiz

Carlo

s dos

San

tos G

onça

lves m

encio

na q

ue

exist

e re

gram

ento

pró

prio

para

a a

plica

ção

da

pena

de

mult

a no

CE.

Diz

que

“cab

e ao

Mini

stér

io

Públi

co E

leito

ral c

obrá

-las,

e nã

o à

Proc

urad

oria

da

Faz

enda

Nac

ional,

em

bora

haja

dive

rgên

cia

sobr

e o

assu

nto”

(GO

NÇAL

VES,

Luiz

Car

los

dos S

anto

s. Cr

imes

Ele

itora

is e

Proc

esso

Pen

al

Elei

tora

l. 2. e

d. A

tlas,

2015

. p. 2

8-29

). Es

se m

esm

o au

tor,

na co

ndiçã

o de

Pro

cura

dor R

egion

al El

eitor

al

de S

ão P

aulo,

opin

ou n

o se

ntido

do

pleno

goz

o do

s dire

itos p

olític

os p

ara

quem

, ten

do cu

mpr

ido

pena

carc

erár

ia, o

btev

e ce

rtidã

o de

exti

nção

de

punib

ilidad

e na

Justi

ça C

omum

, aind

a qu

e a

mult

a te

nha

sido

rem

etida

par

a co

bran

ça ju

dicial

.

Prop

osiç

ão

“O d

ispos

itivo

do C

ódig

o El

eito

ral d

eve

ser l

ido

da s

egui

nte

form

a: ‘A

rt. 2

86. A

pen

a de

mul

ta

cons

iste

no p

agam

ento

ao

Fund

o Pe

nite

nciá

rio

Nacio

nal –

Fun

pen,

de

uma

som

a de

din

heiro

, qu

e é

fixad

a em

dia

s-m

ulta

. Seu

mon

tant

e é,

no

mín

imo,

1 (u

m) d

ia-m

ulta

e, n

o m

áxim

o, 3

00

(trez

ento

s) d

ias-

mul

ta’.”

(Sug

estã

o de

: Dan

iela

de

Cás

sia W

ochn

icki e

Let

ícia

Gar

cia d

e Fa

rias.

Ei

xo T

emát

ico C

rimes

Ele

itora

is e

Proc

esso

Pe

nal E

leito

ral.

Estu

do p

ara

Sist

emat

izaçã

o da

s No

rmas

Ele

itora

is, p

. 8.)

Page 68: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

68

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imin

arSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

Códi

go E

leito

ral

Art.

356.

Tod

o cid

adão

que

tive

r co

nhec

imen

to d

e in

fraçã

o pe

nal

dest

e Có

digo

dev

erá

com

unicá

-la a

o ju

iz el

eito

ral d

a zo

na o

nde

a m

esm

a se

ver

ificou

.

§ 1º

Qua

ndo

a co

mun

icaçã

o fo

r ver

bal,

man

dará

a a

utor

idad

e ju

dicia

l red

uzi-la

a

term

o, a

ssina

do p

elo a

pres

enta

nte

e po

r dua

s tes

tem

unha

s, e

a re

met

erá

ao

órgã

o do

Min

istér

io Pú

blico

loca

l, que

pr

oced

erá

na fo

rma

deste

Cód

igo.

§ 2º

Se

o M

inist

ério

Púb

lico

julg

ar

nece

ssár

ios

mai

ores

esc

lare

cimen

tos

e do

cum

ento

s co

mpl

emen

tare

s ou

ou

tros

elem

ento

s de

con

vicçã

o,

deve

rá re

quisi

tá-lo

s di

reta

men

te

de q

uaisq

uer a

utor

idad

es o

u fu

ncio

nário

s qu

e po

ssam

forn

ecê-

los.

Reso

luçã

o-TS

E nº

23.

396/

2013

Art.

8º O

inqu

érito

pol

icial

ele

itora

l so

men

te s

erá

inst

aura

do m

edia

nte

requ

isiçã

o do

Min

istér

io P

úblic

o El

eito

ral o

u de

term

inaç

ão d

a

Just

iça E

leito

ral,

salvo

a h

ipót

ese

de

pris

ão e

m fl

agra

nte.

Códi

go P

roce

sso

Pena

l

Art.

5º N

os c

rimes

de

ação

púb

lica

o in

quér

ito p

olici

al s

erá

inici

ado:

I - d

e of

ício

;

Dúvid

a so

bre

a po

ssib

ilidad

e de

a

auto

ridad

e po

licia

l inst

aura

r, de

ofíc

io,

fora

de

situa

ção

de fl

agra

nte,

inqu

érito

pa

ra a

pura

r crim

es e

leito

rais.

Opi

nião

dou

triná

ria d

e Lu

iz Ca

rlos

dos

Sant

os

Gon

çalve

s de

que

o a

rt. 3

56 d

o CE

não

co

nflita

com

o a

rt. 5

º do

CPP,

por

rege

rem

sit

uaçõ

es d

ivers

as. E

vent

ual e

feito

ele

itore

iro

de in

stau

raçõ

es in

devid

as d

e in

quér

ito n

ão s

ão

coar

ctad

as p

ela

norm

a do

art.

356

ou

pelo

ar

t. 8º

da

Res.

-TSE

nº 2

3.39

6, p

ois

eles

se

refe

rem

ape

nas

a cr

imes

ele

itora

is. O

u se

ja,

even

tual

aut

orid

ade

ines

crup

ulos

a te

m c

amin

ho

aber

to p

ara

agir,

des

de q

ue o

crim

e qu

e la

stre

ia

a in

vest

igaç

ão n

ão s

eja

elei

tora

l. A

norm

a,

por o

utro

lado

, cria

inju

stific

ável

cer

ceam

ento

à

ativi

dade

pol

icial

.

Suge

re-s

e a

alte

raçã

o da

Re

s.-T

SE n

º 23.

396/

2013

par

a in

cluir

a po

ssib

ilidad

e de

que

a

políc

ia ju

diciá

ria in

stau

re, d

e of

ício

, in

quér

ito e

leito

ral.

(Con

tinua

ção)

Page 69: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

69

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

II - m

edia

nte

requ

isiçã

o da

au

torid

ade

judi

ciária

ou

do M

inist

ério

blico

, ou

a re

quer

imen

to d

o of

endi

do o

u de

que

m ti

ver q

ualid

ade

para

repr

esen

tá-lo

.

Códi

go E

leito

ral

Art.

357.

Ver

ificad

a a

infra

ção

pena

l, o

Min

istér

io Pú

blico

ofe

rece

rá a

den

úncia

de

ntro

do

praz

o de

10

(dez

) dias

. Có

digo

Pro

cess

o Pe

nal

Art.

46. O

pra

zo p

ara

ofer

ecim

ento

da

den

úncia

, est

ando

o ré

u pr

eso,

se

rá d

e 5

dias

, con

tado

da

data

em

qu

e o

órgã

o do

Min

istér

io P

úblic

o re

cebe

r os

auto

s do

inqu

érito

pol

icial

, e

de 1

5 di

as, s

e o

réu

estiv

er s

olto

ou

afia

nçad

o. N

o úl

timo

caso

, se

houv

er

devo

luçã

o do

inqu

érito

à a

utor

idad

e po

licia

l (ar

t. 16

), co

ntar

-se-

á o

praz

o da

dat

a em

que

o ó

rgão

do

Min

istér

io

Públ

ico re

cebe

r nov

amen

te o

s au

tos.

[N

orm

a co

nflita

nte.

]

Dúvid

a so

bre

a ap

licaç

ão s

ubsid

iária

do

CPP

par

a of

erec

imen

to d

a de

núnc

ia d

entro

do

laps

o te

mpo

ral d

e cin

co d

ias,

se

o ré

u es

tiver

pre

so.

Dout

rina

Mar

cos R

amay

ana

apon

ta d

uas c

orre

ntes

do

utrin

árias

que

trat

am d

o pr

azo

para

ofe

recim

ento

da

den

úncia

. A p

rimeir

a co

rrent

e ad

uz q

ue o

pr

azo

é de

10

dias p

ara

indici

ado

pres

o e

solto

. Na

segu

nda

corre

nte,

por

sua

vez,

cons

ta q

ue o

pr

azo

para

ofe

recim

ento

da

denú

ncia

é de

10

dias

para

o in

diciad

o so

lto e

de

5 dia

s par

a o

pres

o (R

AMAY

ANA,

Mar

cos.

Dire

ito E

leito

ral. 1

6. e

d. R

io

de Ja

neiro

: Im

petu

s, 20

18. p

. 102

8-10

29).

Zilio

aco

mpa

nha

a pr

imei

ra c

orre

nte,

vez

que

co

nfirm

a qu

e o

praz

o pa

ra d

enún

cia fi

xado

em

lei

é un

ificad

o, o

u se

ja, 1

0 di

as, i

ndep

ende

ntem

ente

da

situ

ação

do

réu

(ZIL

IO, R

odrig

o Ló

pez.

C

rimes

Ele

itora

is. S

ão P

aulo

: Edi

tora

Jus

Podv

m,

2014

. p. 6

8).

Gom

es s

egue

a s

egun

da c

orre

nte

ao m

encio

nar

que

o la

pso

de 5

dia

s do

art.

46

do C

PP d

eve

ser

obse

rvad

o na

sea

ra e

leito

ral (

GO

MES

, Jos

é Ja

iro.

Crim

es E

leito

rais

e Pr

oces

so P

enal

Ele

itora

l. 2.

ed.

re

v., a

tual

. e a

mpl

. São

Pau

lo: A

tlas,

201

6. p

. 329

).

Estu

dos

e su

gest

ões

O p

roje

to d

e cr

iaçã

o de

nov

o CE

, des

envo

lvido

po

r Raf

ael M

orge

ntal

, sug

eriu

o d

ispos

itivo

nos

segu

inte

s te

rmos

:

“Art.

464

. O in

quér

ito p

olici

al e

leito

ral s

erá

conc

luíd

o em

até

dez

dia

s, s

e o

indi

ciado

tive

r sid

o pr

eso

em fl

agra

nte

ou p

reve

ntiva

men

te,

cont

ado

o pr

azo

a pa

rtir d

o di

a em

que

se

Suge

re-s

e qu

e a

Just

iça E

leito

ral,

via re

solu

ção,

por

inte

rpre

taçã

o sis

tem

ática

, apr

esen

te s

oluç

ão

para

a a

ntin

omia

apr

esen

tada

qu

anto

ao

praz

o de

ofe

recim

ento

da

denú

ncia

par

a ré

u pr

eso.

Se

deve

ap

licar

a d

ispos

ição

elei

tora

l ou

a in

terp

reta

ção

subs

idiá

ria d

o CP

P.

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70

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

exec

utar

a o

rdem

de

prisã

o, o

u em

até

trin

ta

dias

, qua

ndo

estiv

er s

olto

”.

(Sug

estã

o de

: Raf

ael M

orge

ntal

. Pro

jeto

Nov

o Có

digo

Ele

itora

l. TR

E/RS

. Por

to A

legr

e 20

10.)

Em re

uniã

o de

trab

alho

oco

rrida

no

Iasp

, fico

u su

gerid

o o

praz

o de

10

dias

tant

o pa

ra ré

u so

lto

quan

to p

ara

réu

pres

o, le

vand

o em

con

sider

ação

qu

e a

lei e

leito

ral n

ão fa

z di

stin

ção

para

am

bos

(sug

estã

o de

: Reu

nião

de

Trab

alho

Iasp

).

Códi

go E

leito

ral

Art.

358.

A d

enún

cia s

erá

reje

itada

qu

ando

:

I - o

fato

nar

rado

evid

ente

men

te n

ão

cons

titui

r crim

e;

II - j

á es

tiver

ext

inta

a p

unib

ilidad

e,

pela

pre

scriç

ão o

u ou

tra c

ausa

;

III -

for m

anife

sta

a ile

gitim

idad

e da

pa

rte o

u fa

ltar c

ondi

ção

exig

ida

pela

le

i par

a o

exer

cício

da

ação

pen

al.

Pará

graf

o ún

ico. N

os c

asos

do

núm

ero

III, a

reje

ição

da d

enún

cia

não

obst

ará

ao e

xerc

ício

da

ação

pe

nal,

desd

e qu

e pr

omov

ida

por p

arte

le

gítim

a ou

sat

isfei

ta a

con

diçã

o.

Códi

go P

roce

sso

Pena

l

Art.

394.

O p

roce

dim

ento

ser

á co

mum

ou

espe

cial.

§ 4º

As d

ispos

ições

dos

arts

. 395

a 3

98

deste

Cód

igo a

plica

m-s

e a

todo

s os

proc

edim

ento

s pen

ais d

e pr

imeir

o gr

au,

ainda

que

não

regu

lados

nes

te C

ódigo

.

Dúvid

a qu

anto

à re

voga

ção

do a

rt. 3

58

do C

E em

razã

o da

nov

a re

daçã

o da

Le

i nº 1

1.71

9/20

08.

Estu

dos

e su

gest

ões

“A L

ei 1

1.71

9, d

e 20

de

junh

o de

200

8, q

ue

alte

rou

proc

edim

ento

s pr

evist

os n

o Có

digo

de

Pro

cess

o Pe

nal,

repe

rcut

iu n

o pr

oces

so

pena

l ele

itora

l, na

med

ida

em q

ue, t

acita

men

te,

revo

gou

o ar

tigo

358

do C

ódig

o El

eito

ral.

Com

efe

ito, d

ispõe

o §

4º d

o ar

t. 39

4 do

CPP

, co

m a

reda

ção

dete

rmin

ada

pelo

nov

el d

iplo

ma

lega

l que

as

‘disp

osiçõ

es d

os a

rts. 3

95 a

398

de

ste

Códi

go [C

PP] a

plica

m-s

e a

todo

s os

pr

oced

imen

tos

pena

is de

prim

eiro

gra

u, a

inda

qu

e nã

o re

gula

dos

nest

e Có

digo

’.

No c

aso,

já q

ue fo

i exp

ress

amen

te p

revis

to, a

Le

i nº 1

1.71

9/08

, nor

ma

gera

l, al

tero

u no

rma

espe

cial,

o Có

digo

Ele

itora

l, já

que

pre

viu q

ue o

s di

spos

itivos

que

der

roga

ram

o a

rt. 3

58 fo

ssem

ap

licad

os a

todo

s os

pro

cedi

men

tos

pena

is de

pr

imei

ro g

rau,

ain

da q

ue n

ão re

gula

dos

pelo

digo

de

Proc

esso

Pen

al. P

ROPO

SIÇÃ

O:

Deve

-se

cons

ider

ar q

ue o

art.

358

do

Códi

go

Elei

tora

l foi

revo

gado

pel

a Le

i nº 1

1.71

9/20

08,

send

o ap

licáv

el, e

m s

eu lu

gar,

o ar

t. 39

5 e

segu

inte

s do

Cód

igo

de P

roce

sso

Pena

l.”

(Sug

estã

o de

: Dan

iela

de

Cáss

ia W

ochn

icki e

Le

tícia

Gar

cia d

e Fa

rias.

Eixo

Tem

ático

Crim

es

Suge

re-s

e qu

e a

Just

iça E

leito

ral,

por i

nter

pret

ação

sist

emát

ica, v

ia

reso

luçã

o, c

onsid

ere

revo

gado

o

artig

o, d

ada

a no

va le

itura

do

disp

ositiv

o do

CPP

pel

a Le

i nº

11.

719/

2008

.

Page 71: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

71

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

§ 5º

Apl

icam

-se

subs

idia

riam

ente

ao

s pr

oced

imen

tos

espe

cial,

su

már

io e

sum

arís

simo

as

disp

osiçõ

es d

o pr

oced

imen

to

ordi

nário

. [No

rma

conf

litant

e.]

Códi

go P

roce

sso

Pena

l

Art.

394-

A. O

s pr

oces

sos

que

apur

em a

prá

tica

de c

rime

he

dion

do te

rão

prio

ridad

e de

tra

mita

ção

em to

das

as in

stân

cias.

[N

orm

a co

nflita

nte.

]

Códi

go P

roce

sso

Pena

l

Art.

395.

A d

enún

cia o

u qu

eixa

ser

á re

jeita

da q

uand

o:

I - fo

r man

ifest

amen

te in

epta

;

II - f

alta

r pre

ssup

osto

pro

cess

ual o

u co

ndiçã

o pa

ra o

exe

rcíc

io d

a aç

ão

pena

l; ou

III -

falta

r jus

ta c

ausa

par

a o

exer

cício

da

açã

o pe

nal.

[Nor

ma

conf

litant

e.]

Eleit

orais

e P

roce

sso

Pena

l Elei

tora

l. Estu

do p

ara

Siste

mat

izaçã

o da

s Nor

mas

Elei

tora

is, p

. 17.

)

Códi

go E

leito

ral

Art. 3

59. R

eceb

ida a

den

úncia

, o ju

iz de

signa

rá d

ia e

hora

par

a o

depo

imen

to

pess

oal d

o ac

usad

o, o

rden

ando

a

citaç

ão d

este

e a

not

ificaç

ão d

o M

inist

ério

Púb

lico.

Códi

go P

roce

sso

Pena

l

Art.

400.

Na

audiê

ncia

de

instru

ção

e ju

lgam

ento

, a s

er re

aliza

da n

o pr

azo

máx

imo

de 6

0 (s

esse

nta)

dias

,

Dúvid

as s

obre

o m

omen

to d

o in

terro

gató

rio d

o ac

usad

o. S

e ao

re

cebi

men

to d

a de

núnc

ia o

u du

rant

e a

audi

ência

de

inst

ruçã

o.

Dout

rina

Rodr

igo

Zilio

Lóp

ez a

duz

que,

na

dout

rina

elei

tora

l, a

mat

éria

qua

nto

ao m

omen

to d

o in

terro

gató

rio

não

está

sedim

enta

da. R

elata

que

, com

a a

ltera

ção

proc

edid

a pe

la L

ei n

º 11.

719/

2008

e a

par

tir d

as

decis

ões

do S

TF (v

.g. A

ção

Pena

l nº 5

28),

a te

ndên

cia é

de

o in

terro

gató

rio s

er d

iferid

o pa

ra

a au

diên

cia d

e in

stru

ção,

con

sistin

do n

o úl

timo

ato

real

izado

(ZIL

IO, R

odrig

o Ló

pez.

Crim

es E

leito

rais.

2.

ed.

rev.

am

pl. e

atu

al. S

alva

dor:

Ed. J

usPo

divm

, 20

16. p

. 78-

79).

Mat

éria

já d

iscip

linad

a no

art.

13

da R

esol

ução

-TSE

nº 2

3.39

6, q

ue

disp

õe s

obre

crim

es e

leito

rais

e pr

oces

so p

enal

ele

itora

l, no

sen

tido

da a

plica

ção

do a

rt. 4

00 d

o CP

P ao

s pr

oces

sos-

crim

e el

eito

rais.

Page 72: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

72

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

proc

eder

-se-

á à

tom

ada

de

decl

araç

ões

do o

fend

ido,

à

inqu

iriçã

o da

s te

stem

unha

s ar

rola

das

pela

acu

saçã

o e

pela

de

fesa

, nes

ta o

rdem

, res

salv

ado

o

disp

osto

no

art.

222

dest

e C

ódig

o,

bem

com

o ao

s es

clar

ecim

ento

s do

s pe

ritos

, às

acar

eaçõ

es e

ao

reco

nhec

imen

to d

e pe

ssoa

s e

cois

as, i

nter

roga

ndo-

se, e

m

segu

ida,

o a

cusa

do.

[Nor

ma

conf

litan

te.]

O S

TF já

lidou

com

o te

ma

(HC

nº 1

0779

5MC/

SP,

DJe

de 7

.11.

2011

).

O In

stitu

to B

rasil

eiro

de

Dire

ito E

leito

ral in

clui

o ar

t. 35

9 do

CE

entre

disp

ositiv

os re

voga

dos,

de

rroga

dos,

não

rece

pcio

nado

s, e

m d

esus

o ou

com

mat

éria

regu

lada

em

out

ros

dipl

omas

, co

m a

cita

ção

do a

rt. 4

00 d

o CP

P e

mar

caçã

o em

ver

mel

ho d

a pa

rte d

o CE

que

ent

ra e

m

cont

radi

ção,

qua

l sej

a: “o

juiz

desig

nará

dia

e

hora

par

a o

depo

imen

to p

esso

al d

o ac

usad

o”.

(Sug

estã

o de

: Ibr

ade.

Ane

xo I.

CE

– Le

i nº

4.73

7/19

65. D

ispos

itivos

revo

gado

s, d

erro

gado

s,

não

rece

pcio

nado

s, e

m d

esus

o ou

com

mat

éria

re

gula

da e

m o

utro

s di

plom

as.)

Prop

osiç

ão

“Dev

e-se

con

sider

ar q

ue o

art.

359

do

Códi

go

Elei

tora

l foi

alte

rado

pel

a Le

i nº 1

1.71

9/20

08

para

fins

de

esta

bele

cer q

ue o

inte

rroga

tório

do

acu

sado

sej

a o

últim

o at

o da

inst

ruçã

o pr

obat

ória

.” (S

uges

tão

de: D

anie

la d

e Cá

ssia

W

ochn

icki e

Let

ícia

Gar

cia d

e Fa

rias.

Eixo

Te

mát

ico C

rimes

Ele

itora

is e

Proc

esso

Pen

al

Elei

tora

l. Es

tudo

par

a Si

stem

atiza

ção

das

Norm

as E

leito

rais,

p. 2

1.)

Códi

go E

leito

ral

Art.

363.

Se

a de

cisão

do

Trib

unal

Re

gion

al fo

r con

dena

tória

, bai

xarã

o im

edia

tam

ente

os

auto

s à

inst

ância

in

ferio

r par

a a

exec

ução

da

sent

ença

, qu

e se

rá fe

ita n

o pr

azo

de 5

(cin

co)

dias

, con

tado

s da

dat

a da

vist

a ao

M

inist

ério

Púb

lico.

Dúvid

a qu

anto

à a

dmiss

ão d

e em

barg

os in

fring

ente

s e

de n

ulid

ade

no p

roce

sso

elei

tora

l.

Dout

rina

Tito

Cos

ta c

onfir

ma

que

não

exis

tem

em

barg

os

infri

ngen

tes

ou d

e nu

lidad

e no

pro

cess

o el

eito

ral,

dize

ndo

que

o TS

E já

se

man

ifest

ou q

uant

o a

isso

(TSE

– B

E 15

3/31

5) (C

OST

A, T

ito.

Rec

urso

s em

Mat

éria

Ele

itora

l. 8.

ed.

rev.

atu

al. e

am

pl. S

ão P

aulo

: Edi

tora

Rev

ista

dos

Trib

unai

s,

2004

. p. 1

06).

Suge

re-s

e o

não

reco

nhec

imen

to d

e an

tinom

ia e

ntre

a n

orm

a es

pecí

fica

do C

E e

a ge

néric

a do

CPP

. Po

de a

reso

luçã

o so

bre

crim

es

elei

tora

is di

spor

sob

re in

exist

ência

de

ssa

mod

alid

ade

recu

rsal

no

âmbi

to e

leito

ral,

em ra

zão

do n

ão

fracio

nam

ento

do

cole

giad

o do

s

Page 73: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

73

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Pará

graf

o ún

ico. S

e o

órgã

o do

Min

istér

io P

úblic

o de

ixar d

e pr

omov

er a

exe

cuçã

o da

sen

tenç

a se

rão

aplic

adas

as

norm

as

cons

tant

es d

os p

arág

rafo

s 3º

, 4º e

do a

rt. 3

57.

Códi

go d

e Pr

oces

so P

enal

Art.

609

[...]

Pará

graf

o ún

ico. Q

uand

o nã

o fo

r un

ânim

e a

decis

ão d

e se

gund

a in

stân

cia, d

esfa

vorá

vel a

o ré

u,

adm

item

-se

emba

rgos

infri

ngen

tes

e de

nul

idad

e, q

ue p

oder

ão s

er

opos

tos

dent

ro d

e 10

(dez

) dia

s, a

co

ntar

da

publ

icaçã

o de

acó

rdão

, na

form

a do

art.

613

. Se

o de

saco

rdo

for

parc

ial,

os e

mba

rgos

ser

ão re

strit

os

à m

atér

ia o

bjet

o de

dive

rgên

cia.

Da m

esm

a fo

rma,

Lui

z Ca

rlos

dos

Sant

os

Gon

çalve

s re

lata

que

não

são

cab

ívei

s em

barg

os

infri

ngen

tes

e de

nul

idad

e no

pro

cess

o pe

nal

elei

tora

l, po

r não

hav

er fr

acio

nam

ento

das

Cor

tes

em tu

rmas

de

julg

amen

to n

o am

bien

te e

leito

ral.

Aleg

a, p

orém

, que

ain

da a

ssim

deci

são

do

TSE

adm

itind

o es

sa m

odal

idad

e (G

ONÇ

ALVE

S,

Luiz

Carlo

s do

s Sa

ntos

. Crim

es E

leito

rais

e

Proc

esso

Pen

al E

leito

ral.

2. e

d. S

ão P

aulo

: Atla

s,

2015

. p. 1

83-1

84).

José

Jai

ro G

omes

fund

amen

ta q

ue o

s em

barg

os

não

são

cabí

veis

tão

som

ente

se

houv

er

dive

rgên

cia e

m o

utro

mei

o im

pugn

atór

io,

com

o ha

beas

cor

pus,

revis

ão c

rimin

al e

re

curs

o es

pecia

l, ar

gum

enta

ndo

aind

a qu

e “a

nte

o sil

êncio

da

norm

a el

eito

ral e

a n

ão

inco

mpa

tibilid

ade

dos

emba

rgos

infri

ngen

tes

e de

nul

idad

e co

m o

sist

ema

proc

essu

al p

enal

el

eito

ral,

são

eles

adm

itido

s ne

ssa

sear

a”

(GO

MES

, Jos

é Ja

iro. C

rimes

Ele

itora

is e

Pr

oces

so P

enal

Ele

itora

l. 2.

ed.

rev.

, atu

al. e

am

pl. S

ão P

aulo

: Atla

s. 2

016.

p. 3

43).

Em s

entid

o di

vers

o, D

ra. M

arin

a Pi

nhão

Coe

lho

Araú

jo, n

a re

uniã

o do

Iasp

-PRE

-SP,

no

sent

ido

de q

ue n

ão c

abe

inte

rpre

taçã

o qu

e re

duza

as

opor

tuni

dade

s de

def

esa.

Tam

bém

pel

a ad

miss

ão d

os in

fring

ente

s:

“[...]

Des

ta fo

rma,

em

bora

não

pre

visto

s na

legisl

ação

elei

tora

l, os e

mba

rgos

infri

ngen

tes

são

cabí

veis

no p

roce

sso

pena

l elei

tora

l e, p

rese

ntes

os

pre

ssup

osto

s par

a su

a ad

miss

ão, s

ão a

ptos

a

susp

ende

r os e

feito

s da

cond

enaç

ão e

nqua

nto

não

julga

dos.

Assim

, a d

ecisã

o co

nden

atór

ia nã

o un

ânim

e nã

o po

de se

r exe

cuta

da a

utom

atica

men

te

em ra

zão

da e

ficác

ia su

spen

siva

dos e

mba

rgos

inf

ringe

nte,

o q

ue é

corro

bora

do p

ela ju

rispr

udên

cia

tribu

nais

elei

tora

is, s

ituaç

ão

impr

escin

díve

l par

a o

recu

rso.

Des

se

mod

o, in

aplic

ável

o d

ispos

to n

o CP

P,

até

por e

cono

mia

pro

cess

ual.

Page 74: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

74

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

do T

ribun

al S

uper

ior E

leito

ral (

Rec

urso

Esp

ecia

l El

eito

ral n

º 484

66, a

córd

ão, r

elat

or(a

) Min

. N

apol

eão

Nun

es M

aia

Filh

o, p

ublic

ação

: DJe

Diá

rio d

e Ju

stiç

a el

etrô

nico

, dat

a 10

.8.2

017,

gina

152

), co

mo

tam

bém

do

Supr

emo

Trib

unal

Fed

eral

e d

o Su

perio

r Trib

unal

de

Just

iça

(STF

: HC

81.

901/

PE, r

el. M

in. C

elso

de

Mel

lo, D

Je 1

º.2.2

013;

STJ

: HC

375

.922

/MG

, re

l. M

in. M

aria

The

reza

de

Assi

s M

oura

, DJe

16

.12.

2016

, HC

359

.377

/MG

, rel

. Min

. Nef

i C

orde

iro, D

Je 1

2.8.

2016

, HC

110

.121

/RJ,

rel.

Min

. Fel

ix F

isch

er, D

Je 1

6.2.

2009

). Po

rtant

o,

há d

e se

faze

r res

salv

a ao

cum

prim

ento

im

edia

to d

a de

cisã

o pr

evis

to n

o ca

put d

o ar

t. 36

3. E

m re

laçã

o ao

par

ágra

fo ú

nico

do

disp

ositi

vo, i

nvoc

amos

as

razõ

es e

xpos

tas

nos

com

entá

rios

ao a

rt. 3

57 p

ara

cons

ider

á-lo

não

re

cepc

iona

do p

ela

Con

stitu

ição

dev

ido

à af

ront

a à

inde

pend

ênci

a fu

ncio

nal d

o M

inis

tério

Púb

lico.

PR

OPO

SIÇ

ÃO: O

par

ágra

fo ú

nico

do

art.

363

deve

ser

con

side

rado

não

rece

pcio

nado

pel

a C

onst

ituiç

ão e

a p

ossi

bilid

ade

de o

posi

ção

de

emba

rgos

infri

ngen

tes

deve

ser

con

side

rada

ex

ceçã

o ao

cap

ut d

o m

esm

o di

spos

itivo

” (s

uges

tão

de: D

anie

la d

e C

ássi

a W

ochn

icki

e

Letíc

ia G

arci

a de

Far

ias.

Eix

o Te

mát

ico

Crim

es

Elei

tora

is e

Pro

cess

o Pe

nal E

leito

ral.

Estu

do

para

Sist

emat

izaçã

o da

s No

rmas

Ele

itora

is, p

. 22)

.

Juris

prud

ênci

a

“Em

barg

os in

fring

ente

s e

de n

ulid

ade.

Jus

tiça

Elei

tora

l. Ad

miss

ibilid

ade.

Art.

609

, par

ágra

fo

único

, Cód

igo

de P

roce

sso

Pena

l. Ap

licaç

ão

subs

idiá

ria. A

rt. 3

64 d

o Có

digo

Ele

itora

l. Re

curs

o. E

xclu

sivid

ade.

Def

esa.

1. O

s em

barg

os

infri

ngen

tes

e de

nul

idad

e co

nstit

uem

recu

rso

Page 75: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

75

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

crim

inal

diri

gido

ao

próp

rio T

ribun

al q

ue p

rofe

riu

a de

cisã

o, tê

m n

ítido

car

áter

ofe

nsiv

o e

de

retra

taçã

o e

busc

am a

refo

rma

do ju

lgad

o em

barg

ado

pelo

vot

o ve

ncid

o fa

vorá

vel a

o ac

usad

o. 2

. Ain

da q

ue a

s co

rtes

regi

onai

s el

eito

rais

sej

am ó

rgão

s qu

e nã

o se

frac

iona

m

em tu

rmas

, câm

aras

ou

seçõ

es, n

ão h

á ex

ceçã

o pr

evis

ta n

o ar

t. 60

9 do

CPP

, no

sent

ido

de n

ão s

erem

cab

ívei

s os

em

barg

os

infri

ngen

tes

e de

nul

idad

e co

ntra

dec

isão

do

Ple

no d

o pr

óprio

Trib

unal

. 3. C

onqu

anto

no

Cód

igo

Elei

tora

l haj

a a

prev

isão

de

um

sist

ema

proc

essu

al e

spec

ial p

ara

apur

ação

dos

cr

imes

ele

itora

is, q

ue p

rest

igia

a c

eler

idad

e no

pr

oces

so e

julg

amen

to d

esse

s de

litos

, ess

a m

esm

a ce

lerid

ade

não

pode

ser

invo

cada

par

a ne

gar a

o ré

u o

dire

ito d

e in

terp

or u

m re

curs

o ex

clus

ivo,

que

a le

i lhe

ass

egur

a, p

revi

sto

apen

as p

ara

situ

açõe

s em

que

haj

a di

verg

ênci

a na

Cor

te R

egio

nal.

Agra

vo d

e in

stru

men

to

prov

ido.

Rec

urso

esp

ecia

l con

heci

do e

pr

ovid

o a

fim d

e de

term

inar

que

o T

ribun

al a

qu

o ex

amin

e, c

omo

ente

nder

de

dire

ito, o

s em

barg

os in

fring

ente

s e

de n

ulid

ade

inte

rpos

tos

pelo

s re

corre

ntes

.” (T

SE, A

I nº 4

590

Pom

peia

/SP,

rel.

Min

. Fer

nand

o N

eves

, j.

17.6

.200

4 –

g.n.

; e T

SE, R

Espe

1-1

2.20

10/M

G e

REs

pe n

º 2-9

4.20

10/

MG

– d

ecis

ões

mon

ocrá

ticas

– re

l. M

in. M

arco

Au

rélio

, DJe

de

3.9.

2013

.)

Códi

go E

leito

ral

Art.

265.

Dos

ato

s, re

solu

ções

ou

desp

acho

s do

s ju

ízes

ou

junt

as

Dúvid

a qu

anto

ao

cabi

men

to d

e in

terp

osiçã

o de

recu

rso

em s

entid

o es

trito

no

Dire

ito E

leito

ral P

roce

ssua

l.

Dout

rina

Luiz

Carlo

s do

s Sa

ntos

Gon

çalve

s di

z qu

e o

recu

rso

cabí

vel e

m fa

ce d

a re

jeiçã

o da

den

úncia

of

erec

ida p

eran

te o

juiz

eleito

ral é

o re

curs

o pr

evist

o no

art.

265

do

CE, n

ão se

ndo

o ca

so d

e ap

licaç

ão

Suge

re-s

e o

não

reco

nhec

imen

to d

e an

tinom

ia e

ntre

a n

orm

a es

pecí

fica

do C

E e

a ge

néric

a do

CPP

. Pod

e

Page 76: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

76

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

elei

tora

is ca

berá

recu

rso

para

o

Trib

unal

Reg

iona

l.

Códi

go P

roce

sso

Pena

l

Art.

581.

Cab

erá

recu

rso,

no

sent

ido

estri

to, d

a de

cisão

, des

pach

o ou

se

nten

ça:

I - q

ue n

ão re

cebe

r a d

enún

cia o

u

a qu

eixa

;

subs

idiár

ia do

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, pois

não

lacun

as, q

uant

o ao

tem

a, n

o ele

itora

l. Por

ém, a

pont

a qu

e a

jurisp

rudê

ncia

dos T

REs b

em co

mo

a do

utrin

a de

Jo

el Câ

ndido

e M

arco

s Ram

ayan

a se

incli

nam

pela

ad

miss

ão d

o re

curs

o em

sen

tido

estri

to p

revis

to

no a

rt. 5

81, I

, do

CPP

(GO

NÇAL

VES,

Luiz

Car

los

dos S

anto

s. Cr

imes

Ele

itora

is e

Proc

esso

Pen

al

Elei

tora

l. 2. e

d. S

ão P

aulo:

Atla

s, 20

15. p

. 180

-181

).

Jairo

Gom

es re

ssal

ta s

er c

abív

el o

recu

rso

em s

entid

o es

trito

, que

pod

erá

ser i

nter

post

o pe

rant

e o

juiz

elei

tora

l, o

qual

pod

erá

retra

tar s

ua

decis

ão (G

OM

ES, J

osé

Jairo

. Crim

es E

leito

rais

e

Proc

esso

Pen

al E

leito

ral.

3. e

d. re

v., a

tual

. e

ampl

. São

Pau

lo: A

tlas,

201

6. p

. 393

).

Anto

nio C

arlos

da

Pont

e re

lata

que

cabe

recu

rso

em se

ntido

estr

ito, n

o pr

azo

de 3

dias

, “da

dec

isão

que

rejei

ta a

den

úncia

ou

a qu

eixa,

que

aco

lhe

as e

xceç

ões p

roce

ssua

is, sa

lvo a

susp

eição

, que

de

cide

sobr

e pr

isão

caut

elar o

u lib

erda

de p

rovis

ória,

qu

e ne

ga se

guim

ento

à a

pelaç

ão, q

ue e

xting

ue a

pu

nibilid

ade

do a

gent

e e

que

decid

e so

bre

incide

nte

de fa

lsida

de” (

PONT

ES, A

nton

io Ca

rlos d

a. C

rimes

El

eito

rais.

São

Pau

lo: S

araiv

a, 2

008.

p. 1

28).

Mar

cos

Ram

ayan

a en

sina

que

“seu

cab

imen

to

é ad

mitid

o pe

la d

outri

na e

juris

prud

ência

(Joe

l Jo

sé C

ândi

do, A

dria

no S

oare

s da

Cos

ta, T

ito

Cost

a, P

edro

Hen

rique

Táv

ora

Nies

s, L

auro

Ba

rreto

e o

utro

s re

nom

ados

mes

tres)

de

form

a pa

cífic

a, a

plica

ndo-

se s

ubsid

iaria

men

te o

Cód

igo

de P

roce

sso

Pena

l, co

mo,

por

exe

mpl

o, n

a hi

póte

se e

m q

ue o

juiz

elei

tora

l rej

eita

a d

enún

cia

ofer

ecid

a pe

lo p

rom

otor

ele

itora

l” (R

AMAY

ANA,

M

arco

s. D

ireito

Ele

itora

l. 13

. ed.

atu

al. R

io d

e Ja

neiro

: Im

petu

s, 2

012,

p. 9

71).

a re

solu

ção

sobr

e cr

imes

ele

itora

is di

spor

sob

re a

inap

licab

ilidad

e do

ar

t. 58

1, I,

do

CPP

ao

proc

esso

-crim

e el

eito

ral,

pela

ex

istên

cia d

e no

rma

elei

tora

l pró

pria

co

m p

razo

pró

prio

, no

caso

, o

art.

265.

Page 77: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

77

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Zilio

arg

umen

ta q

ue “s

e o

próp

rio T

SE p

ropõ

e a

cria

r um

a op

ção

de in

clusã

o do

recu

rso

em

sent

ido

estri

to n

a ta

bela

par

amet

rizad

a de

as

sunt

os d

o sis

tem

a de

cla

sses

de

autu

ação

pr

oces

sual

, par

ece

certo

adm

itir o

cab

imen

to

dess

a es

pécie

recu

rsal

em

mat

éria

pro

cess

ual

pena

l ele

itora

l, o

que

se c

oadu

na c

om o

disp

osto

no

art.

364

do

CE e

com

o p

rincí

pio

da a

mpl

a de

fesa

(que

dev

e re

cebe

r um

pre

stíg

io a

inda

m

aior

na

esfe

ra p

roce

ssua

l pen

al, j

á qu

e em

pau

ta

o st

atus

liber

tatis

do

acus

ado.

)” (Z

ILIO

, Rod

rigo

Lópe

z. C

rimes

Ele

itora

is. 2

. ed.

rev.

, am

pl. e

atu

al.

Salva

dor:

Edito

ra J

usPo

divm

, 201

6. p

.74-

75).

Juris

prud

ênci

a

“Agr

avo

regi

men

tal.

Agra

vo e

m re

curs

o es

pecia

l. Pr

oces

so P

enal

. Dec

isão

inte

rlocu

tória

. Rec

urso

. Nã

o ca

bim

ento

. 1.

O a

grav

ante

não

infir

mou

os

fund

amen

tos

da d

ecisã

o ag

rava

da a

tinen

tes

à ap

licaç

ão d

a Sú

mul

a 18

2 do

Sup

erio

r Trib

unal

de

Just

iça e

ao

não

cabi

men

to d

e re

curs

o au

tôno

mo

no p

roce

sso

pena

l ele

itora

l par

a a

impu

gnaç

ão d

e de

cisão

in

terlo

cutó

ria. I

nvia

bilid

ade

do a

grav

o re

gim

enta

l po

r nov

a in

cidên

cia d

a Sú

mul

a 18

2 do

Sup

erio

r Tr

ibun

al d

e Ju

stiça

.

2. S

alvo

nas

hip

ótes

es d

e ca

bim

ento

do

recu

rso

em s

entid

o es

trito

(art.

581

do

Códi

go d

e Pr

oces

so

Pena

l), a

s de

cisõe

s in

terlo

cutó

rias

prof

erid

as

no p

roce

sso

pena

l ele

itora

l, en

tre a

s qu

ais

se

enqu

adra

m a

s qu

e re

conh

ecem

a te

mpe

stivi

dade

da

ape

laçã

o e

dete

rmin

am o

seu

pro

cess

amen

to,

não

são

impu

gnáv

eis

de im

edia

to, p

oden

do a

m

atér

ia s

er v

entila

da e

m p

relim

inar

do

recu

rso

atin

ente

à d

ecisã

o fin

al p

rofe

rida

no p

roce

sso

ou,

Page 78: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

78

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

no c

aso

de c

onst

rang

imen

to il

egal

, em

sed

e de

hab

eas

corp

us. A

grav

o re

gim

enta

l a q

ue s

e ne

ga p

rovi

men

to.”

(TSE

, AI n

º 122

943

– Na

tal/R

N, A

córd

ão d

e 10

.9.2

015,

rel.

Min

. Hen

rique

Nev

es d

a Si

lva,

DJe

de

23.1

0.20

15, p

. 72.

– g

.n.)

TRE/

SP: R

ECC

nº 2

038

– Re

gist

ro/S

P, re

l. ju

iz Al

berto

Tor

on, A

córd

ão d

e 22

.7.2

014;

TRE/

SC: R

CRIM

E nº

5 –

Vid

eira

, rel

. juí

za E

liana

M

arin

ho, j

. 20.

7.20

10;

TRE/

MG

: RC

– Re

curs

o Cr

imin

al n

º 30.

430

– Ar

axá/

MG

, Acó

rdão

de

28.2

.201

1, re

l. Lu

ciana

Di

niz

Nepo

muc

eno.

Estu

dos

e su

gest

ões

O In

stitu

to B

rasil

eiro

de

Dire

ito E

leito

ral in

clui

o ar

t. 26

5 do

CE

entre

disp

ositiv

os re

voga

dos,

de

rroga

dos,

não

rece

pcio

nado

s, e

m d

esus

o ou

co

m m

atér

ia re

gula

da e

m o

utro

s di

plom

as, c

om a

ob

serv

ação

de

que

não

tem

sid

o ad

mitid

o re

curs

o co

ntra

dec

isão

inte

rlocu

tória

(Ibr

ade.

Ane

xo I.

CE

– L

ei n

º 4.7

37/1

965.

Disp

ositiv

os re

voga

dos,

de

rroga

dos,

não

rece

pcio

nado

s, e

m d

esus

o ou

co

m m

atér

ia re

gula

da e

m o

utro

s di

plom

as).

Há d

ispos

ição

gené

rica

do C

E qu

e di

z “s

e nã

o tiv

er p

revis

ão”,

caso

con

trário

, exis

tindo

pre

visão

, nã

o há

que

se

fala

r em

apl

icaçã

o su

bsid

iária

do

CPP

. Por

ém, n

o ca

so, n

ão e

xiste

pre

visão

es

pecí

fica

de a

plica

ção

para

tant

o; p

orta

nto,

de

fend

e-se

o p

revis

to n

o CP

P (a

rt. 5

81, I

, CPP

) e

o ca

bim

ento

do

recu

rso

em s

entid

o es

trito

(s

uges

tão

de: M

arin

a Pi

nhão

Coe

lho

Araú

jo.

Reun

ião

de T

raba

lho

Iasp

).

Page 79: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

79

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imin

arSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

Códi

go E

leito

ral

Art.

266.

O re

curs

o in

depe

nder

á

de te

rmo

e se

rá in

terp

osto

por

pe

tição

dev

idam

ente

fund

amen

tada

, di

rigid

a ao

juiz

ele

itora

l e

acom

panh

ada,

se

o en

tend

er o

re

corre

nte,

de

novo

s do

cum

ento

s. Có

digo

Pro

cess

o Pe

nal

Art.

600.

Ass

inad

o o

term

o de

ap

elaç

ão, o

ape

lant

e e,

dep

ois

dele

, o

apel

ado

terã

o o

praz

o de

oito

dia

s ca

da u

m p

ara

ofer

ecer

razõ

es, s

alvo

no

s pr

oces

sos

de c

ontra

venç

ão, e

m

que

o pr

azo

será

de

três

dias

.

§ 1º

Se

houv

er a

ssist

ente

, est

e ar

razo

ará,

no

praz

o de

três

dia

s,

após

o M

inist

ério

Púb

lico.

§ 2º

Se

a aç

ão p

enal

for m

ovid

a pe

la

parte

ofe

ndid

a, o

Min

istér

io P

úblic

o te

rá v

ista

dos

auto

s, n

o pr

azo

do

pará

graf

o an

terio

r.

§ 3º

Qua

ndo

fore

m d

ois

ou m

ais

os

apel

ante

s ou

ape

lado

s, o

s pr

azos

se

rão

com

uns.

§ 4º

Se

o ap

elan

te d

ecla

rar,

na

petiç

ão o

u no

term

o, a

o in

terp

or a

ap

elaç

ão, q

ue d

esej

a ar

razo

ar n

a su

perio

r ins

tânc

ia s

erão

os

auto

s re

met

idos

ao

tribu

nal a

d qu

em

onde

ser

á ab

erta

vist

a às

par

tes,

ob

serv

ados

os

praz

os le

gais,

no

tifica

das

as p

arte

s pe

la

publ

icaçã

o of

icial

.

Dúvid

a qu

anto

à a

plica

ção

do

art.

600

do C

PP a

o pr

oces

so

elei

tora

l e s

obre

a p

ossib

ilidad

e de

of

erec

imen

to d

e ra

zões

recu

rsai

s

em s

egun

da In

stân

cia.

Dout

rina

José

Jai

ro G

omes

, arg

umen

ta q

ue, n

o pr

oces

so

pena

l com

um, é

per

mitid

o à

defe

sa a

rrazo

ar s

eu

apel

o em

seg

undo

gra

u, e

m c

onfo

rmid

ade

ao

art.

600,

§ 4

º, do

CPP

, o q

ue n

o pr

oces

so p

enal

el

eito

ral a

juris

prud

ência

não

tem

reco

nhec

ido

(GO

MES

, Jos

é Ja

iro. C

rimes

Ele

itora

is e

Proc

esso

Pe

nal E

leito

ral.

2. e

d. re

v., a

tual

. e a

mpl

. São

Pa

ulo:

Atla

s. 2

016.

p. 3

41).

Zilio

adu

z que

“no

proc

esso

pen

al ele

itora

l, exis

te

uma

obrig

ação

de

a pa

rte re

corre

nte

apre

sent

ar,

em u

m m

esm

o m

omen

to, a

pet

ição

e as

razõ

es

do re

curs

o, so

b pe

na d

e pr

eclus

ão”,

poré

m re

lata

o de

ferim

ento

de

limina

r pelo

Min.

Mar

co A

uréli

o de

Mell

o, q

ue su

spen

deu

a ina

dmiss

ibilid

ade

do re

curs

o de

ape

lação

elei

tora

l, par

a de

finir

a ap

licaç

ão d

o ar

t. 60

0, §

4º,

do C

PP (M

edida

Ca

utela

r no

Habe

as C

orpu

s nº 1

2887

3, re

l. Min.

M

arco

Aur

élio

de M

ello,

j. 7.

9.20

15),

o qu

e, à

épo

ca,

não

havia

sido

julga

do p

elo S

TF (Z

ILIO

, Rod

rigo

Lópe

z. Cr

imes

Ele

itora

is. 2

. ed.

rev.

ampl.

e a

tual.

Sa

lvado

r: Ed

itora

JusP

odivm

, 201

6. p

. 82-

83).

Juris

prud

ênci

a

“Pro

cess

o Pe

nal E

leito

ral –

Rec

urso

– R

azõe

s.

Ante

o p

rincí

pio

da e

spec

ialid

ade,

o re

curs

o, n

o âm

bito

da

Just

iça E

leito

ral,

há d

e se

r int

erpo

sto

med

iant

e pe

tição

fund

amen

tada

– a

rtigo

266

do

Cód

igo

Elei

tora

l –, n

ão c

aben

do a

apl

icaçã

o su

bsid

iária

do

Códi

go d

e Pr

oces

so P

enal

, ou

sej

a, d

o di

spos

to n

o §

4º d

o ar

tigo

600,

no

que

via

biliz

a a

apre

sent

ação

de

razõ

es

post

erio

rmen

te à

form

aliza

ção

do re

curs

o.”

(STF

, HC

nº 1

28.8

73, P

rimei

ra T

urm

a,

rel.

Min

. Mar

co A

uréli

o, A

córd

ão d

e 18

.4.2

017,

DJe

24

.9.2

015

– g.

n.)

Suge

re-s

e o

não

reco

nhec

imen

to d

e an

tinom

ia en

tre a

nor

ma

espe

cífica

do

CE

e a

gené

rica

do C

PP. In

viáve

l a

aplic

ação

de

todo

o a

rt. 6

00 n

o pr

oces

so p

enal

eleito

ral, q

ue te

m

dispo

sitivo

s pró

prios

. Pod

e a

reso

lução

so

bre

crim

es e

leito

rais

indica

r a n

ão

aplic

ação

do

art. 6

00, §

4º,

do C

PP

ao p

roce

sso-

crim

e ele

itora

l, pela

ex

istên

cia d

e no

rma

eleito

ral p

rópr

ia,

com

disc

iplina

pró

pria

– no

caso

, o

art.

266.

Ano

ta-s

e qu

e o

siste

ma

do C

PP re

tira

do M

inist

ério

Púb

lico,

pe

rant

e o

juíz

o el

eito

ral,

o di

reito

de

con

trarra

zoar

ou

supõ

e qu

e os

au

tos

seja

m b

aixa

dos

para

tant

o,

atra

sand

o a

mar

cha

do p

roce

sso

de

mod

o nã

o ju

stific

ável

.(Con

tinua

ção)

Page 80: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

80

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

No e

vent

o Ia

sp-P

RE-S

P, p

osici

onar

am-s

e co

ntra

a

poss

ibilid

ade

de a

rrazo

ar e

m s

egun

da in

stân

cia

o Dr

. Gus

tavo

Bad

aró

e a

Proc

urad

ora

Regi

onal

Dr

. Silv

ana

Batti

ni.

“Tra

tam

ento

mai

s be

néfic

o à

defe

sa e

, co

nseq

uent

emen

te, a

os d

ireito

s fu

ndam

enta

is do

acu

sado

; pro

cess

os c

ada

vez

mai

ores

e m

ais

com

plex

os.”

(Sug

estã

o de

: Abr

adep

.)

Códi

go E

leito

ral

Art.

360.

Ouv

idas

as

test

emun

has

da

acus

ação

e d

a de

fesa

e p

ratic

adas

as

dilig

ência

s re

quer

idas

pel

o M

inist

ério

Púb

lico

e de

ferid

as o

u or

dena

das

pelo

juiz,

abr

ir-se

-á o

pr

azo

de 5

(cin

co) d

ias

a ca

da u

ma

das

parte

s –

acus

ação

e d

efes

a –

para

ale

gaçõ

es fi

nais.

Códi

go P

roce

sso

Pena

l

Art.

156.

A p

rova

da

aleg

ação

in

cum

birá

a q

uem

a fi

zer,

send

o,

poré

m, f

acul

tado

ao

juiz

de o

fício

:

I - o

rden

ar, m

esm

o an

tes

de

inici

ada

a aç

ão p

enal

, a p

rodu

ção

ante

cipad

a de

pro

vas

cons

ider

adas

ur

gent

es e

rele

vant

es, o

bser

vand

o a

nece

ssid

ade,

ade

quaç

ão e

pr

opor

ciona

lidad

e da

med

ida;

II - d

eter

min

ar, n

o cu

rso

da in

stru

ção,

ou

ant

es d

e pr

ofer

ir se

nten

ça, a

re

aliza

ção

de d

iligên

cias

para

diri

mir

dúvid

a so

bre

pont

o re

leva

nte.

Pode

o m

agist

rado

ele

itora

l pro

duzir

pr

ova

de o

fício

?Es

tudo

s e

suge

stõe

s

“Eug

ênio

Pace

lli de

Oliv

eira

denu

ncia

as g

rave

s co

nseq

uênc

ias d

a ve

rdad

e re

al, a

firm

ando

que

a

Cons

tituiçã

o de

198

8 nã

o m

ais p

erm

ite a

tuaç

ão

judici

al su

pletiv

a e

subs

titutiv

a da

atu

ação

m

iniste

rial. D

iante

da

queb

ra d

e im

parc

ialida

de

pela

prod

ução

de

prov

as d

e of

ício

(art.

156

do

CPP

e ar

t. 36

0 do

CE)

e d

a inc

onsti

tucio

nalid

ade

da

utiliz

ação

da

verd

ade

real

com

o fu

ndam

ento

par

a pe

rmitir

que

o ju

iz ar

que

com

o ô

nus p

roba

tório

da

acus

ação

, é in

cons

titucio

nal a

pro

duçã

o de

pro

va

de o

fício

pelo

mag

istra

do, s

endo

a g

estã

o da

pro

va

o nú

cleo

fund

ante

do

siste

ma

acus

atór

io ou

mist

o.”

(Sug

estã

o de

: Abr

adep

.)

Nada

a s

uger

ir no

âm

bito

de

proj

eto

de re

conh

ecim

ento

de

antin

omia

s e

siste

mat

izaçã

o de

nor

mas

. No

atua

l pro

cess

o pe

nal b

rasil

eiro

, o

mag

istra

do te

m in

iciat

iva p

roba

tória

.

Page 81: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

81

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imin

arSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

Códi

go E

leito

ral

Art.

357.

[...]

§ 1º

Se

o ór

gão

do M

inist

ério

blico

, ao

invé

s de

apr

esen

tar a

de

núnc

ia, r

eque

rer o

arq

uiva

men

to

da c

omun

icaçã

o, o

juiz,

no

caso

de

con

sider

ar im

proc

eden

tes

as

razõ

es in

voca

das,

fará

rem

essa

da

com

unica

ção

ao p

rocu

rado

r reg

iona

l, e

este

ofe

rece

rá a

den

úncia

, de

signa

rá o

utro

pro

mot

or p

ara

ofer

ecê-

la, o

u in

sistir

á no

ped

ido

de a

rqui

vam

ento

, ao

qual

entã

o es

tará

o ju

iz ob

rigad

o a

aten

der.

Lei C

ompl

emen

tar n

º 75/

1993

Art.

62. C

ompe

te à

s Câ

mar

as d

e Co

orde

naçã

o e

Revis

ão:

[...]

IV -

man

ifesta

r-se

sobr

e o

arqu

ivam

ento

de

inqu

érito

poli

cial, i

nqué

rito

parla

men

tar o

u pe

ças

de in

form

ação

, ex

ceto

nos

cas

os d

e co

mpe

tênc

ia

orig

inár

ia d

o pr

ocur

ador

-ger

al;

Enun

ciad

o nº

29

das

Câm

aras

de

Coo

rden

ação

do

Min

isté

rio

Públ

ico

Fede

ral

Com

pete

à 2

ª Câm

ara

de

Coor

dena

ção

e Re

visão

do

Min

istér

io

Públ

ico F

eder

al m

anife

star

-se

nas

hipó

tese

s em

que

o ju

iz el

eito

ral

cons

ider

ar im

proc

eden

tes

as ra

zões

Dúvid

a qu

anto

à c

ompe

tênc

ia p

ara

man

ifest

ação

de

arqu

ivam

ento

de

inqu

érito

pol

icial

.

Dout

rina

Rodr

igo L

ópez

Zilio

relat

a qu

e o

ente

ndim

ento

do

TSE

é d

e qu

e “a

atri

buiçã

o pa

ra se

man

ifest

ar

sobr

e o

arqu

ivam

ento

de

inqué

rito

polic

ial, e

m c

aso

de d

iscor

dânc

ia do

órg

ão ju

dicial

, é d

a Câ

mar

a de

Coo

rden

ação

e re

visão

do

Mini

stério

Púb

lico

Fede

ral”.

Obs

erva

que

, no

voto

do

Mini

stro

relat

or

Ceza

r Pelu

so, é

apo

ntad

a a

distin

ção

no se

ntido

de

que

, “qu

ando

o p

edido

de

arqu

ivam

ento

é

feito

pelo

Pro

cura

dor R

egion

al El

eitor

al e

o TR

E nã

o co

ncor

da, é

caso

de

rem

essa

dos

aut

os

para

as C

âmar

as d

e Co

orde

naçã

o e

Revis

ão d

o M

inisté

rio P

úblic

o Fe

dera

l; por

ém, q

uand

o o

pedid

o de

arq

uivam

ento

é fe

ito p

elo P

rocu

rado

r-Ger

al

Eleit

oral

ou p

or S

ubpr

ocur

ador

-Ger

al El

eitor

al

(que

atu

a po

r dele

gaçã

o do

PG

E), é

obr

igató

rio o

ac

olhim

ento

da

man

ifesta

ção

mini

steria

l pelo

Pod

er

Judic

iário”

. Apr

esen

ta q

ue, e

m se

ntido

cont

rário

, o

dout

rinad

or E

ugên

io Pa

celli

“pre

coniz

a qu

e ca

be

ao p

rocu

rado

r reg

ional

eleito

ral ‘e

mitir

juízo

de

valor

ac

erca

do

pedid

o de

arq

uivam

ento

do

inqué

rito

ou p

eças

de

infor

maç

ão, q

uand

o da

disc

ordâ

ncia

m

anife

stada

pelo

juiz

eleito

ral’ e

, no

caso

das

ões p

enais

orig

inária

s, ‘ev

entu

al re

quer

imen

to

de a

rquiv

amen

to fe

ito p

elo p

rocu

rado

r reg

ional

ele

itora

l não

se su

bmet

erá

tam

bém

à C

âmar

a de

Co

orde

naçã

o e

Revis

ão, m

as si

m, a

o pr

ocur

ador

-ge

ral e

leito

ral, q

uand

o re

cusa

do (o

ped

ido d

e ar

quiva

men

to) p

elo re

spec

tivo

Tribu

nal R

egio

nal

Eleit

oral’

, fun

dam

enta

lmen

te p

orqu

e ‘nã

o há

, enf

im,

prev

isão

de a

tuaç

ão d

as C

âmar

as d

e Co

orde

naçã

o e

Revis

ão co

mo

órgã

o do

Mini

stério

Púb

lico

Eleit

oral’

(p. 8

23)”

(ZIL

IO, R

odrig

o Ló

pez.

Crim

es

Elei

tora

is. 2

. ed.

rev.

ampl.

e a

tual.

Salv

ador

: Edit

ora

JusP

odivm

, 201

6. p

. 62)

.

Antin

omia

reco

nhec

ida

entre

o

art.

357

do C

E e

o ar

t. 62

da

LC

nº 7

5/19

93. S

uger

e-se

a a

plica

ção

do d

ispos

to n

a LC

nº 7

5/19

93, s

eja

por s

er n

orm

a m

ais

mod

erna

, se

ja p

or re

ger a

atu

ação

do

Min

istér

io P

úblic

o Fe

dera

l, tit

ular

da

açã

o pe

nal p

úblic

a el

eito

ral.

(Con

tinua

ção)

Page 82: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

82

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

invo

cada

s pe

lo p

rom

otor

ele

itora

l ao

requ

erer

o a

rqui

vam

ento

de

inqu

érito

po

licia

l ou

de p

eças

de

info

rmaç

ão,

derro

gado

o a

rt. 3

57, §

1º d

o Có

digo

El

eito

ral p

elo

art.

62, i

nc. I

V da

Lei

Co

mpl

emen

tar n

º 75/

93.

Ram

ayan

a ar

gum

enta

que

o si

stem

a de

atri

buiçõ

es

do M

PE n

ão é

sim

ilar a

o do

MPF

e co

nclui

, em

ra

zão

disso

, que

seria

mais

corre

ta a

man

uten

ção

da n

orm

a ele

itora

l esp

ecífic

a, in

cum

bindo

ao

proc

urad

or re

giona

l elei

tora

l, exc

lusiva

men

te,

delib

erar

sobr

e a

man

uten

ção

ou n

ão d

o ar

quiva

men

to so

bre

a inv

estig

ação

por

crim

e ele

itora

l; e m

encio

na o

pos

icion

amen

to d

e Eu

gênio

Pa

celli,

que

se m

anife

sta n

o m

esm

o se

ntido

(R

AMAY

ANA,

Mar

cos.

Dire

ito E

leito

ral. 1

3. e

d.

atua

l. Rio

de Ja

neiro

: Im

petu

s, 20

12, p

. 103

0-10

31).

Gon

çalve

s afir

ma

que

a inc

umbê

ncia

dess

e co

ntro

le

de a

rquiv

amen

tos é

da

2ª C

âmar

a de

Coo

rden

ação

e

Revis

ão (G

ONÇ

ALVE

S, L

uiz C

arlos

dos

San

tos.

Cr

imes

Ele

itora

is e

Proc

esso

Pen

al E

leito

ral. 2

. ed.

o Pa

ulo: A

tlas,

2015

. p. 1

75).

Estu

dos

e su

gest

ões

A 2ª

Câm

ara

de C

oord

enaç

ão e

Rev

isão

do M

inist

ério

Púb

lico

Fede

ral c

onsid

era

que

o §

1º d

o ar

t. 35

7 do

Cód

igo

Elei

tora

l fo

i der

roga

do p

elo

art.

62, i

nciso

IV, d

a Le

i Co

mpl

emen

tar n

º 75/

1993

, ten

do e

m vi

sta q

ue

seria

de

sua

com

petê

ncia

a m

anife

staçã

o ac

erca

do

arqu

ivam

ento

do

inqué

rito.

Tal p

osici

onam

ento

est

á es

tam

pado

no

Enun

ciado

29

da C

âmar

a, v

erbi

s: “C

ompe

te à

2ª C

âmar

a de

Coo

rden

ação

e R

evisã

o do

Min

istér

io P

úblic

o Fe

dera

l man

ifest

ar-s

e na

s hi

póte

ses

em q

ue o

Ju

iz El

eito

ral c

onsid

erar

impr

oced

ente

s as

ra

zões

invo

cada

s pe

lo P

rom

otor

Ele

itora

l ao

requ

erer

o a

rqui

vam

ento

de

inqu

érito

pol

icial

ou

de

peça

s de

info

rmaç

ão, d

erro

gado

o a

rt. 3

57,

§ 1º

do

Códi

go E

leito

ral p

elo

art.

62, i

nc. I

V da

Le

i Com

plem

enta

r nº 7

5/93

”.

Page 83: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

83

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Aind

a, c

onfo

rme

com

entá

rios

aos

arts

. 342

e

343

do C

E, o

s §§

3º,

4º e

5º n

ão te

riam

sid

o re

cepc

iona

dos

pela

Con

stitu

ição

porq

ue

afro

ntam

a in

depe

ndên

cia fu

ncio

nal d

o

Min

istér

io P

úblic

o.

Prop

osiç

ão

Deve

-se

ler o

disp

ositiv

o da

seg

uint

e fo

rma:

Art.

357.

Ver

ifica

da a

infra

ção

pena

l, o

Min

isté

rio

Públ

ico

ofer

ecer

á a

denú

ncia

den

tro d

o pr

azo

de

10 (d

ez) d

ias.

§ 1º

Se

o ór

gão

do M

inis

tério

Púb

lico,

ao

invé

s de

apr

esen

tar a

den

únci

a, re

quer

er o

ar

quiv

amen

to d

a co

mun

icaç

ão, o

juiz

, no

caso

de

cons

ider

ar im

proc

eden

tes

as ra

zões

invo

cada

s,

fará

rem

essa

da

com

unic

ação

à 2

ª Câm

ara

de

Coo

rden

ação

e R

evis

ão d

o M

inis

tério

Púb

lico

Fede

ral p

ara

man

ifest

ação

.

§ 2º

A d

enún

cia

cont

erá

a ex

posi

ção

do fa

to

crim

inos

o co

m to

das

as s

uas

circ

unst

ânci

as,

a qu

alifi

caçã

o do

acu

sado

ou

escl

arec

imen

tos

pelo

s qu

ais

se p

ossa

iden

tific

á-lo

, a c

lass

ifica

ção

do c

rime

e, q

uand

o ne

cess

ário

, o ro

l das

te

stem

unha

s.

(Sug

estã

o de

: Dan

iela

de

Cáss

ia W

ochn

icki e

Le

tícia

Gar

cia d

e Fa

rias.

Eixo

Tem

ático

Crim

es

Elei

tora

is e

Proc

esso

Pen

al E

leito

ral.

Estu

do

para

Sist

emat

izaçã

o da

s No

rmas

Ele

itora

is.)

Códi

go d

e Pr

oces

so P

enal

Art.

252.

O ju

iz nã

o po

derá

exe

rcer

ju

risdi

ção

no p

roce

sso

em q

ue:

I - ti

ver f

uncio

nado

seu

côn

juge

ou

pare

nte,

con

sang

uíne

o ou

afim

, em

Impe

dim

ento

do

juiz

elei

tora

l par

a pr

oces

sar e

julg

ar a

ções

pen

ais

que

envo

lvam

fato

s so

bre

os q

uais

foi

cham

ado

a at

uar n

o di

a do

ple

ito, n

o ex

ercí

cio d

e se

u po

der d

e po

lícia

.

“Par

ece-

nos

impo

rtant

e an

alisa

r até

que

pon

to

enco

ntra

-se

afin

ado

com

os

valo

res

do E

stad

o de

moc

rátic

o de

dire

ito o

racio

cíni

o qu

e de

ixa d

e re

conh

ecer

a a

usên

cia d

e im

parc

ialid

ade

do ju

iz el

eito

ral p

ara

proc

essa

r e ju

lgar

feito

s de

nat

urez

a cr

imin

al, d

ecor

rent

es d

e sit

uaçõ

es fá

ticas

sob

re

O e

xerc

ício

da

ativi

dade

ad

min

istra

tiva

– qu

e in

clui o

pod

er

de p

olíc

ia –

é tí

pico

da

Just

iça

Elei

tora

l, nã

o se

ndo

caso

de,

em

razã

o de

le, r

eduz

ir o

espa

ço

prop

riam

ente

juris

dicio

nal d

os

Page 84: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

84

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

linha

reta

ou

cola

tera

l até

o te

rcei

ro

grau

, inc

lusiv

e, c

omo

defe

nsor

ou

adv

ogad

o, ó

rgão

do

Min

istér

io

Públ

ico, a

utor

idad

e po

licia

l, au

xilia

r da

just

iça o

u pe

rito;

II - e

le p

rópr

io h

ouve

r des

empe

nhad

o qu

alqu

er d

essa

s fu

nçõe

s ou

ser

vido

com

o te

stem

unha

;

III -

tiver

func

iona

do c

omo

juiz

de

outra

inst

ância

, pro

nunc

iand

o-se

, de

fato

ou

de d

ireito

, sob

re a

que

stão

;

IV -

ele

próp

rio o

u se

u cô

njug

e ou

pa

rent

e, c

onsa

nguí

neo

ou a

fim

em lin

ha re

ta o

u co

late

ral a

té o

te

rcei

ro g

rau,

inclu

sive,

for p

arte

ou

dire

tam

ente

inte

ress

ado

no fe

ito.

Cons

titui

ção

Fede

ral

Art.

5º, I

I, XX

XVII,

LIII

, LIV

.

as q

uais

coub

e a

ele

próp

rio e

xerc

er, d

ireta

e

pess

oalm

ente

, o s

eu p

oder

de

políc

ia.

[…] A

sol

ução

ser

ia a

pro

ibiçã

o pa

ra o

julg

ador

qu

e at

uou

com

o fis

cal d

a pr

opag

anda

ele

itora

l po

ster

iorm

ente

pro

cess

ar e

julg

ar a

s de

man

das

crim

inai

s de

corre

ntes

des

sa a

tuaç

ão, e

m

aten

dim

ento

à C

F/19

88.”

(Sug

estã

o de

: Lar

issa

Tard

ini C

ardo

so.)

mag

istra

dos

elei

tora

is. A

dem

ais,

o é

poss

ível

, em

pro

jeto

de

reco

nhec

imen

to d

e an

tinom

ias

e sis

tem

atiza

ção,

am

plia

r as

hipó

tese

s de

impe

dim

ento

ou

susp

eiçã

o, o

que

dem

anda

ria

lei p

rópr

ia.

Códi

go d

e Pr

oces

so P

enal

Art.

283.

Nin

guém

pod

erá

ser p

reso

se

não

em fl

agra

nte

delito

ou

por

orde

m e

scrit

a e

fund

amen

tada

da

auto

ridad

e ju

diciá

ria c

ompe

tent

e,

em d

ecor

rênc

ia d

e se

nten

ça

cond

enat

ória

tran

sitad

a em

julg

ado

ou, n

o cu

rso

da in

vest

igaç

ão o

u do

pro

cess

o, e

m v

irtud

e de

pris

ão

tem

porá

ria o

u pr

isão

prev

entiv

a.

Códi

go d

e Pr

oces

so P

enal

Art.

387.

[...]

Dúvid

a so

bre

a ap

licaç

ão d

a sa

nção

pe

nal a

pós

ence

rrada

s as

inst

ância

s pr

oces

suai

s or

diná

rias,

ou

seja

, em

se

gund

a in

stân

cia n

o Di

reito

Ele

itora

l.

Mat

éria

“O S

TF ju

lgou

, rec

ente

men

te, o

Hab

eas

Cor

pus

nº 1

26.2

92/S

P, e

m q

ue e

nten

deu

com

o ne

cess

ária

a p

ront

a ap

licaç

ão d

a sa

nção

pen

al

quan

do e

ncer

rada

s as

inst

ância

s pr

oces

suai

s or

diná

rias,

ou

seja

, qua

ndo

já o

corri

dos

ou a

co

nfirm

ação

da

cond

enaç

ão e

m s

egun

do g

rau

ou o

pro

vimen

to d

e re

curs

o do

Min

istér

io P

úblic

o pe

la c

onde

naçã

o do

réu.

Com

ess

a de

cisão

, o

STF

alte

rou

seu

posic

iona

men

to s

obre

ess

a qu

estã

o, q

ue a

ntes

era

no

sent

ido

de q

ue s

e ag

uard

asse

o e

sgot

amen

to d

e to

dos

os re

curs

os

poss

ívei

s às

inst

ância

s su

perio

res

(STJ

Supe

rior T

ribun

al d

e Ju

stiça

– e

o p

rópr

io S

TF),

para

que

se

inici

asse

o c

umpr

imen

to d

a pe

na.

Não

há a

ntin

omia

a re

solve

r ne

ssa

ques

tão,

dep

ende

nte

do

posic

iona

men

to d

o ST

F, q

ue d

eve

ser a

dota

do p

or to

do o

Jud

iciár

io,

inclu

ído

o El

eito

ral.

Page 85: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

85

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

§ 1º

O ju

iz de

cidirá

, fu

ndam

enta

dam

ente

, sob

re a

m

anut

ençã

o ou

, se

for o

cas

o, a

im

posiç

ão d

e pr

isão

prev

entiv

a ou

de

outra

med

ida

caut

elar

, sem

pre

juíz

o do

con

hecim

ento

de

apel

ação

que

vie

r a s

er in

terp

osta

.

Con

clui

u a

corte

sup

rem

a br

asile

ira q

ue o

di

reito

do

réu

de s

er c

onsi

dera

do in

ocen

te

(art.

5º,

inci

so L

VII,

da C

onst

ituiç

ão F

eder

al)

se e

xaur

e co

m a

con

dena

ção

em s

egun

do

grau

, que

miti

ga a

pre

sunç

ão d

e in

ocên

cia,

po

is, n

essa

situ

ação

, já

há d

ecla

raçã

o do

Pod

er

Judi

ciár

io d

e qu

e o

réu

é cu

lpad

o (a

inda

que

pa

ssív

el d

e al

tera

ção

por T

ribun

al S

uper

ior),

se

ndo

nece

ssár

io in

icia

r-se

a ex

ecuç

ão d

a pe

na, a

inda

que

se

agua

rde

o ju

lgam

ento

de

recu

rsos

a in

stân

cias

sup

erio

res.

” Dis

poní

vel

em: <

http

://w

ww

.pre

sp.m

pf.m

p.br

/inde

x.ph

p/en

/8-n

otic

ias/

1802

-pre

-sp-

obte

m-c

umpr

imen

to-

imed

iato

-da-

pena

-crim

inal

-no-

tre-s

p-co

nfor

me-

novo

-ent

endi

men

to-d

o-st

f>. A

cess

o em

: 8 m

aio

2019

, às

11h5

7.

Juris

prud

ênci

a

“Con

stitu

ciona

l. H

abea

s co

rpus

. Prin

cípi

o co

nstit

ucio

nal d

a pr

esun

ção

de in

ocên

cia

(CF,

art.

5º,

LVII)

. Sen

tenç

a pe

nal c

onde

nató

ria

conf

irmad

a po

r Trib

unal

de

segu

ndo

grau

de

juris

diçã

o. E

xecu

ção

prov

isória

. Pos

sibilid

ade.

1.

A e

xecu

ção

prov

isória

de

acór

dão

pena

l co

nden

atór

io p

rofe

rido

em g

rau

de a

pela

ção,

ai

nda

que

suje

ito a

recu

rso

espe

cial o

u ex

traor

diná

rio, n

ão c

ompr

omet

e o

prin

cípi

o co

nstit

ucio

nal d

a pr

esun

ção

de in

ocên

cia

afirm

ado

pelo

arti

go 5

º, in

ciso

LVII

da

Cons

titui

ção

Fede

ral.

2. H

abea

s co

rpus

de

nega

do.”

(STF

, HC

nº 1

2629

2/SP

, re

l. M

in. T

eori

Zava

scki,

j. 1

7.2.

16; e

STF

, ARE

851

109/

DF, r

el. M

in. M

arco

Aur

élio

, DJe

25

.2.2

016

– g.

n.)

Page 86: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

86

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imin

arSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

Códi

go d

e Pr

oces

so P

enal

Art.

6º L

ogo

que

tiver

con

hecim

ento

da

prá

tica

da in

fraçã

o pe

nal,

a au

torid

ade

polic

ial d

ever

á:

[...]

II - a

pree

nder

os

obje

tos

que

tiver

em

rela

ção

com

o fa

to, a

pós

liber

ados

pe

los

perit

os c

rimin

ais;

Cons

titui

ção

Fede

ral

Art.

5º [.

..]

LXVI

II - c

once

der-s

e-á

habe

as

corp

us s

empr

e qu

e al

guém

so

frer o

u se

ach

ar a

mea

çado

de

sofre

r vio

lênc

ia o

u co

ação

em

su

a lib

erda

de d

e lo

com

oção

, por

ile

galid

ade

ou a

buso

de

pode

r;

Dúvid

a em

rela

ção

ao re

curs

o ca

bíve

l no

Dire

ito E

leito

ral a

pós

med

ida

asse

cura

tória

de

apre

ensã

o de

coi

sas.

É viá

vel o

hab

eas

corp

us?

Juris

prud

ênci

a

Hab

eas

corp

us. I

mpe

traçã

o co

ntra

ato

judi

cial

qu

e au

toriz

ou a

real

izaç

ão d

e bu

scas

e

apre

ensõ

es e

m s

ede

de in

quér

ito p

olic

ial.

Dec

isão

que

men

cion

ou a

s fu

ndad

as ra

zões

qu

e em

basa

vam

a a

doçã

o da

s m

edid

as.

Exce

sso

aos

limite

s da

aut

oriz

ação

judi

cial

o co

nfig

urad

o. A

lega

ção

de a

usên

cia

de

fund

amen

taçã

o af

asta

da. A

dmis

sibi

lidad

e da

m

otiv

ação

per

rela

tione

m. P

rece

dent

es d

o c.

STJ

. Ord

em d

eneg

ada.

(TR

E/SP

, Hab

eas

Cor

pus

nº 5

186

– Sã

o Jo

sé d

o R

io P

reto

/SP,

Ac

órdã

o de

7.4

.201

7, re

l. M

arli

Mar

ques

Fe

rreira

, DJe

/SP

de 2

0.4.

2017

– g

.n.)

(TSE

, Agr

avo

Regi

men

tal e

m R

ecur

so e

m H

abea

s C

orpu

s nº

518

6 –

São

José

do

Rio

Pret

o/SP

, Ac

órdã

o de

10.

10.2

017,

rel.

Min

. Her

man

Be

njam

in, p

ublic

ação

: DJe

de

15.6

.201

8.)

Recu

rso

ordi

nário

. Ele

ições

201

4. D

eput

ado

esta

dual

. Açã

o de

Inve

stig

ação

Jud

icial

Ele

itora

l (A

IJE)

. Abu

so d

e po

der e

conô

mico

. Art.

22

da

LC 6

4/90

. Cen

tro a

ssist

encia

lista

. 1. T

rata

-se

de

recu

rso

ordi

nário

inte

rpos

to p

or M

aria

de

Fátim

a Pe

reira

de

Oliv

eira

– p

rimei

ra s

uple

nte

de

dep

utad

o es

tadu

al n

as E

leiçõ

es 2

014

– co

ntra

ac

órdã

o do

TRE

/RJ

em q

ue, p

or q

uatro

vot

os a

trê

s, d

ecre

tou

perd

a de

dip

lom

a e

inel

egib

ilidad

e po

r oito

ano

s po

r abu

so d

e po

der e

conô

mico

di

ante

de

supo

sto

uso

de c

entro

ass

isten

cialis

ta

para

fins

ele

itore

iros,

em

Açã

o de

Inve

stig

ação

Ju

dicia

l Ele

itora

l (AI

JE).

[…] P

relim

inar

. Nul

idad

e. P

rova

. Juí

zo d

e pr

imei

ro g

rau.

Inco

mpe

tênc

ia. R

ejei

ção.

Pod

er

de

políc

ia. [

...] 3

. Seg

undo

a re

corre

nte,

a

A nã

o re

corri

bilid

ade

das

deci

sões

in

terlo

cutó

rias

é as

pect

o es

senc

ial

do p

roce

sso

judi

cial

ele

itora

l, se

ja

no â

mbi

to c

ível

, sej

a no

crim

inal

. Ev

entu

ais

grav

ames

irre

pará

veis

po

dem

ser

obj

eto

de im

petra

ção

de m

anda

do d

e se

gura

nça.

Su

gest

ão d

e qu

e is

so c

onst

e da

re

solu

ção

do T

SE s

obre

crim

es e

pr

oces

so p

enal

ele

itora

l.

(Con

tinua

ção)

Page 87: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

87

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

com

petê

ncia

par

a de

cret

ar a

bus

ca e

apr

eens

ão

é ex

clusiv

a do

TRE

/RJ,

a q

uem

incu

mbe

pr

oces

sar e

julg

ar a

AIJ

E co

ntra

can

dida

to a

o ca

rgo

de d

eput

ado,

mot

ivo p

elo

qual

ser

ia n

ula

a m

edid

a po

r par

te d

o Ju

ízo

da 7

8ª Z

ona

Elei

tora

l. 4.

Com

pete

ao

Juiz

Elei

tora

l, no

regu

lar e

xerc

ício

do

pod

er d

e po

lícia

, dec

reta

r med

idas

que

vise

m

coib

ir a

prát

ica d

e pr

opag

anda

ilícit

a, c

onfo

rme

prev

isto

nos

arts

. 35,

XVI

I, e

242,

par

ágra

fo

único

, do

Códi

go E

leito

ral.

Prec

eden

tes,

em

es

pecia

l o R

O 3

706-

08/R

J, re

dato

r par

a ac

órdã

o M

in. L

uiz

Fux,

DJe

de

25.6

.201

5. [.

..] (T

RE/R

J,

Recu

rso

Ord

inár

io n

º 355

8 –

Rio

de J

anei

ro/R

J,

Acór

dão

de 7

.11.

2018

, rel

. Min

. Jor

ge M

ussi,

DJe

de

25.

2.20

19, p

. 26

– g.

n.)

Códi

go d

e Pr

oces

so P

enal

Art.

319.

São

med

idas

cau

tela

res

dive

rsas

da

prisã

o:

I - c

ompa

recim

ento

per

iódi

co e

m

juíz

o, n

o pr

azo

e na

s co

ndiçõ

es

fixad

as p

elo

juiz,

par

a in

form

ar e

ju

stific

ar a

tivid

ades

;

II - p

roib

ição

de a

cess

o ou

freq

uênc

ia

a de

term

inad

os lu

gare

s qu

ando

, po

r circ

unst

ância

s re

lacio

nada

s ao

fa

to, d

eva

o in

dicia

do o

u ac

usad

o pe

rman

ecer

dist

ante

des

ses

loca

is pa

ra e

vitar

o ri

sco

de n

ovas

in

fraçõ

es;

III -

proi

biçã

o de

man

ter c

onta

to c

om

pess

oa d

eter

min

ada

quan

do, p

or

circu

nstâ

ncia

s re

lacio

nada

s ao

fato

, de

va o

indi

ciado

ou

acus

ado

dela

pe

rman

ecer

dist

ante

;

As m

edid

as c

aute

lare

s al

tern

ativa

s à

prisã

o ap

licam

-se

ao p

roce

sso-

crim

e el

eito

ral?

Nes

se c

aso,

qua

l o

recu

rso

cabí

vel?

A te

se d

o ca

bim

ento

des

sas

med

idas

ca

utel

ares

alte

rnat

ivas

à p

risão

no

ambi

ente

el

eito

ral f

oi u

nani

mem

ente

apo

iada

no

deba

te

Iasp

-PR

E-SP

. O m

eio

de im

pugn

ação

apo

ntad

o fo

i o h

abea

s co

rpus

.

Juris

prud

ênci

a

“[...]

I. C

abim

ento

do

habe

as c

orpu

s. 5

. Não

ob

stan

te a

s m

edid

as c

aute

lare

s al

tern

ativa

s à

prisã

o nã

o co

nstra

nger

em, d

e fo

rma

imed

iata

, o

dire

ito d

e ir

e vir

dos

pac

ient

es, h

aven

do

poss

ibilid

ade

de e

xped

ição

de o

rdem

de

prisã

o em

cas

o do

resp

ectiv

o de

scum

prim

ento

, m

ostra

-se

cabí

vel a

via

do

rem

édio

her

oico

. Pr

eced

ente

do

STF

e do

STJ

.” (T

SE, R

ecur

so

em H

abea

s C

orpu

s nº

060

7605

81 –

Q

ueim

ados

/RJ,

Acó

rdão

de

19.1

2.20

18, r

el. M

in.

Tarc

isio

Viei

ra d

e Ca

rval

ho N

eto,

DJe

, Tom

o 34

, de

18.

2.20

19.)

Suge

stão

de

que

a re

solu

ção

do

TSE

sobr

e cr

imes

ele

itora

is e

proc

esso

pen

al e

leito

ral m

encio

ne

a ap

licaç

ão d

o ar

t. 31

9 do

CPP

no

proc

esso

-crim

e el

eito

ral,

indi

cand

o,

em c

aso

de g

rava

me,

o c

abim

ento

do

hab

eas

corp

us.

Page 88: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

88

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

IV -

proi

biçã

o de

aus

enta

r-se

da

com

arca

qua

ndo

a pe

rman

ência

sej

a co

nven

ient

e ou

nec

essá

ria p

ara

a in

vest

igaç

ão o

u in

stru

ção;

V - r

ecol

him

ento

dom

icilia

r no

perío

do n

otur

no e

nos

dia

s de

folg

a qu

ando

o in

vest

igad

o ou

acu

sado

te

nha

resid

ência

e tr

abal

ho fi

xos;

VI -

susp

ensã

o do

exe

rcíc

io d

e fu

nção

blica

ou

de a

tivid

ade

de n

atur

eza

econ

ômica

ou

finan

ceira

qua

ndo

houv

er ju

sto

rece

io d

e su

a ut

ilizaç

ão

para

a p

rátic

a de

infra

ções

pen

ais;

VII -

inte

rnaç

ão p

rovis

ória

do

acus

ado

nas

hipó

tese

s de

crim

es p

ratic

ados

co

m v

iolê

ncia

ou

grav

e am

eaça

, qu

ando

os

perit

os c

onclu

írem

ser

in

impu

táve

l ou

sem

i-im

putá

vel (

art.

26

do C

ódig

o Pe

nal)

e ho

uver

risc

o de

re

itera

ção;

VIII

- fia

nça,

nas

infra

ções

que

a

adm

item

, par

a as

segu

rar o

co

mpa

recim

ento

a a

tos

do p

roce

sso,

ev

itar a

obs

truçã

o do

seu

and

amen

to

ou e

m c

aso

de re

sistê

ncia

in

just

ificad

a à

orde

m ju

dicia

l;

IX -

mon

itora

ção

elet

rôni

ca.

Cons

titui

ção

Fede

ral

Art.

5º [.

..]

LXVI

II - c

once

der-s

e-á

habe

as

corp

us s

empr

e qu

e al

guém

sof

rer

ou s

e ac

har a

mea

çado

de

sofre

r vio

lênc

ia

Page 89: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

89

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

ou c

oaçã

o em

sua

liber

dade

de

loco

moç

ão, p

or ile

galid

ade

ou a

buso

de

pod

er;

Códi

go d

e Pr

oces

so P

enal

Art.

76. A

com

petê

ncia

ser

á de

term

inad

a pe

la c

onex

ão:

I - s

e, o

corre

ndo

duas

ou

mai

s in

fraçõ

es, h

ouve

rem

sid

o pr

atica

das,

ao

mes

mo

tem

po, p

or v

ária

s pe

ssoa

s re

unid

as, o

u po

r vár

ias

pess

oas

em

conc

urso

, em

bora

dive

rso

o te

mpo

e

o lu

gar,

ou p

or v

ária

s pe

ssoa

s, u

mas

co

ntra

as

outra

s;

II - s

e, n

o m

esm

o ca

so, h

ouve

rem

sid

o um

as p

ratic

adas

par

a fa

cilita

r ou

ocul

tar a

s ou

tras,

ou

para

con

segu

ir im

puni

dade

ou

vant

agem

em

rela

ção

a qu

alqu

er d

elas

;

III -

quan

do a

pro

va d

e um

a in

fraçã

o ou

de

qual

quer

de

suas

cir

cuns

tânc

ias

elem

enta

res

influ

ir

na p

rova

de

outra

infra

ção.

Códi

go d

e Pr

oces

so P

enal

Art.

77. A

com

petê

ncia

ser

á de

term

inad

a pe

la c

ontin

ência

qu

ando

:

I - d

uas

ou m

ais

pess

oas

fore

m

acus

adas

pel

a m

esm

a in

fraçã

o;

II - n

o ca

so d

e in

fraçã

o co

met

ida

nas

cond

ições

pre

vista

s no

s ar

ts. 5

1,

§ 1º

, 53,

seg

unda

par

te, e

54

do

Códi

go P

enal

.

Dúvid

as s

obre

a re

uniã

o de

pro

cess

os

por c

onex

ão e

con

tinên

cia e

m re

laçã

o ao

s cr

imes

ele

itora

is.

Dout

rina

José

Jai

ro G

omes

com

enta

que

o C

E é

omiss

o qu

anto

a re

gras

de

dete

rmin

ação

de

com

petê

ncia

, o

que

impõ

e a

obse

rvân

cia d

o CP

P. A

pont

a qu

e,

por c

onex

ão, o

s su

post

os p

artíc

ipes

e c

oaut

ores

de

crim

es e

leito

rais

impu

tado

s co

njun

tam

ente

co

m a

utor

idad

es p

erte

ncen

tes

de fo

ro p

rivile

giad

o se

rão

julg

ados

em

um

proc

esso

, ain

da q

ue n

ão

goze

m d

a pr

erro

gativ

a de

foro

. E c

onfir

ma

que

as

hipó

tese

s de

reun

ião

de fe

itos

e pr

orro

gaçã

o da

co

mpe

tênc

ia fu

ncio

nal n

ão o

fend

em a

s ga

rant

ias

do ju

iz na

tura

l, da

am

pla

defe

sa o

u do

dev

ido

proc

esso

lega

l, em

ate

ndim

ento

à S

úmul

a-ST

F nº

704

(GO

MES

, Jos

é Ja

iro. C

rimes

Ele

itora

is e

Proc

esso

Pen

al E

leito

ral.

2. e

d. re

v. a

tual

. e a

mpl

. Sã

o Pa

ulo:

Atla

s. 2

016.

p. 3

21/3

23/3

24).

Gon

çalve

s ta

mbé

m a

lega

que

, em

cas

o de

pr

erro

gativ

a de

funç

ão d

e um

dos

age

ntes

, am

bos

os p

roce

ssos

ser

ão u

nido

s pe

la c

onex

ão,

em a

tend

imen

to à

Súm

ula-

STF

nº 7

04; a

pont

a,

poré

m, q

ue o

STF

“com

porta

ond

ulaç

ões”

qua

nto

à m

atér

ia, u

ma

vez

que,

em

cas

os a

nter

iore

s ao

do

Men

salã

o (A

ção

Pena

l nº 4

70),

cons

ider

ou

o de

smem

bram

ento

com

o re

gra,

apl

icand

o o

prev

isto

no a

rt. 8

0 do

CPP

. Apo

nta

aind

a qu

e a

com

petê

ncia

, qua

ndo

se tr

atar

de

crim

e el

eito

ral

de m

enor

pot

enci

al o

fens

ivo

e cr

ime

com

um, é

da

Jus

tiça

Elei

tora

l, on

de o

s in

stitu

tos

da L

ei

nº 9

.099

/199

5 po

derã

o se

r apl

icado

s,

ente

ndim

ento

dive

rso

de A

ntôn

io C

arlo

s da

Po

nte.

Tra

tand

o-se

de

crim

es in

espe

cífic

os e

m

cone

xão

com

crim

es e

leito

rais

, ser

ão ju

lgad

os

pela

Jus

tiça

Elei

tora

l, ex

ceto

se

o ag

ente

tive

r

Mat

éria

infe

nsa

a ex

ame

em p

roje

to

de s

istem

atiza

ção

de n

orm

as, e

m

razã

o de

sua

cas

uíst

ica.

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90

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

dire

ito a

foro

por

pre

rroga

tiva

de fu

nção

, em

co

ncor

dânc

ia c

om o

art.

35

do C

E (G

ONÇ

ALVE

S,

Luiz

Carlo

s do

s Sa

ntos

Gon

çalve

s. C

rimes

El

eito

rais

e Pr

oces

so P

enal

Ele

itora

l. 2.

ed.

São

Pa

ulo:

Atla

s, 2

015.

p. 1

66/1

70).

Códi

go d

e Pr

oces

so P

enal

Art.

268.

Em

todo

s os

term

os d

a aç

ão p

úblic

a, p

oder

á in

terv

ir, c

omo

assis

tent

e do

Min

istér

io P

úblic

o, o

of

endi

do o

u se

u re

pres

enta

nte

lega

l, ou

, na

falta

, qua

lque

r das

pes

soas

m

encio

nada

s no

art.

31.

Dúvid

as s

obre

a in

terv

ençã

o de

as

siste

nte

de a

cusa

ção

dura

nte

a in

stru

ção

da a

ção

pena

l ele

itora

l.

Dout

rina

Zilio

tam

bém

cita

que

Tito

Cos

ta “a

dmite

o

cabi

men

to d

a as

sistê

ncia

no

proc

esso

pen

al

elei

tora

l, in

clusiv

e po

r par

te d

os p

artid

os

polít

icos,

sem

qua

lque

r lim

itaçã

o (p

p. 2

00/2

01)”,

ao

pon

to q

ue J

oel C

ândi

do te

m p

osici

onam

ento

di

vers

o, a

fast

ando

a p

ossib

ilidad

e da

inte

rven

ção

de p

artid

os p

olíti

cos

com

o as

siste

nte

em a

ção

pena

l ele

itora

l, e

apon

ta q

ue s

omen

te s

eria

po

ssív

el s

e de

mon

stra

da a

ofe

nsa

tam

bém

ao

inte

ress

e pa

rticu

lar,

deve

ndo

a le

são

ser d

ireta

, pe

ssoa

l e c

oncr

eta.

Zilio

leva

em

con

sider

ação

qu

e no

“pro

cess

o ele

itora

l (lat

o se

nsu)

é re

conh

ecida

a

legi

timid

ade

da a

grem

iaçã

o pa

rtidá

ria p

ara

post

ular

dive

rsas

med

idas

visa

ndo

à ap

licaç

ão d

e

grav

osas

sanç

ões c

íveis

eleito

rais”

e q

ue, p

orta

nto,

o

inte

ress

e do

par

tido

com

o as

siste

nte

“dec

orre

da

pró

pria

pro

teçã

o do

s be

ns ju

rídico

s da

no

rmal

idad

e e

lisur

a da

s el

eiçõ

es e

da

isono

mia

en

tre o

s co

ncor

rent

es a

o pr

élio

”. Ap

onta

ess

a co

rrent

e se

r adm

itida

pela

juris

prud

ência

(TSE

, AI

nº 2

.444

, rel

. Min

. Wal

ter C

osta

Por

to, j

. 14

.12.

2000

) (ZI

LIO

, Rod

rigo

Lópe

z. C

rimes

El

eito

rais

. 2 e

d. re

v. a

mpl

. e a

tual

. Sal

vado

r: Ed

itora

Jus

Podi

vm, 2

016.

p. 7

0-71

).

Inap

licaç

ão d

o ar

t. 26

8 do

CPP

ao

am

bien

te e

leito

ral,

tend

o em

vis

ta q

ue o

s cr

imes

ele

itora

is sã

o va

gos,

ou

seja

, tra

zem

co

mo

vítim

a di

reta

a p

rópr

ia

socie

dade

. Pos

sibilid

ade

de, n

o ca

so c

oncr

eto,

adm

itir-s

e at

uaçã

o de

víti

ma

secu

ndár

ia. M

atér

ia

infe

nsa

a tra

tam

ento

em

pro

jeto

de

reco

nhec

imen

to d

e an

tinom

ias.

Códi

go d

e Pr

oces

so P

enal

Art.

401.

Na

inst

ruçã

o po

derã

o se

r in

quiri

das

até

8 (o

ito) t

este

mun

has

arro

lada

s pe

la a

cusa

ção

e 8

(oito

) pe

la d

efes

a.

Dúvid

as s

obre

a q

uant

idad

e de

te

stem

unha

s ar

rola

das

dura

nte

a in

stru

ção

da a

ção

pena

l ele

itora

l.

Dout

rina

Zilio

apo

nta

que

a le

gisla

ção

elei

tora

l não

pre

vê o

mer

o de

test

emun

has

a se

rem

arro

lada

s pe

la

acus

ação

e p

ela

defe

sa e

m m

atér

ia d

e pr

oces

so

pena

l ele

itora

l e q

ue, p

orta

nto,

por

ana

logi

a

Antin

omia

reco

nhec

ida

entre

no

rmas

do

Códi

go d

e Pr

oces

so

com

um, e

m s

ua a

plica

ção

no

ambi

ente

ele

itora

l. Su

gere

-se

que

a re

solu

ção

do T

SE s

obre

crim

es

apon

te o

núm

ero

máx

imo

de

Page 91: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

91

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Códi

go d

e Pr

oces

so P

enal

Art.

532.

Na

inst

ruçã

o, p

oder

ão s

er

inqu

irida

s at

é 5

(cin

co) t

este

mun

has

arro

lada

s pe

la a

cusa

ção

e 5

(cin

co)

pela

def

esa.

ao C

PP, é

pos

sível

arro

lar, n

o m

áxim

o, o

ito

teste

mun

has p

ara

os cr

imes

de

pena

máx

ima

igual

ou

supe

rior a

qua

tro a

nos (

art.

401,

CPP

) e ci

nco

teste

mun

has p

ara

os cr

imes

de

pena

máx

ima

infer

ior a

qua

tro a

nos (

art.

532,

do

CPP)

. Aleg

a qu

e a

mat

éria

não

é un

ânim

e na

dou

trina

, vez

que

Luiz

Ca

rlos G

onça

lves m

encio

na a

pos

sibilid

ade

de

oito

teste

mun

has e

Mar

cos R

amay

ana

corro

bora

a

tese

de

que

o nú

mer

o de

teste

mun

has p

ode

varia

r en

tre ci

nco

e oit

o (Z

ILIO

, Rod

rigo

Lópe

z. Cr

imes

El

eito

rais.

2 e

d. re

v. am

pl. e

atu

al. S

alvad

or: E

ditor

a Ju

sPod

ivm, 2

016.

p. 7

0-71

).

José

Jai

ro G

omes

diz

que,

dia

nte

da a

usên

cia

da e

spec

ificaç

ão n

a le

gisla

ção

elei

tora

l, a

defe

sa

pode

rá a

rrola

r até

oito

test

emun

has

(art.

394

, §

5º, c

.c. o

art.

401

do

CPP)

, não

com

puta

ndo

as q

ue n

ão p

rest

arem

com

prom

isso

e as

re

ferid

as (G

OM

ES, J

osé

Jairo

. Crim

es E

leito

rais

e

Proc

esso

Pen

al E

leito

ral.

2. e

d. re

v. a

tual

. e

ampl

. São

Pau

lo: A

tlas.

201

6. p

. 362

).

test

emun

has

na v

ersã

o m

ais

favo

ráve

l à in

stru

ção

do p

roce

sso

e de

fesa

, ou

seja

, a q

ue p

erm

ite a

oi

tiva

de a

té o

ito te

stem

unha

s.

Códi

go d

e Pr

oces

so P

enal

Art.

282.

As

med

idas

cau

tela

res

prev

istas

nes

te T

ítulo

dev

erão

ser

ap

licad

as o

bser

vand

o-se

a:

I - n

eces

sidad

e pa

ra a

plica

ção

da

lei p

enal

, par

a a

inve

stig

ação

ou

a in

stru

ção

crim

inal

e, n

os c

asos

ex

pres

sam

ente

pre

visto

s, p

ara

evita

r a

prát

ica d

e in

fraçõ

es p

enai

s;

II - a

dequ

ação

da

med

ida

à gr

avid

ade

do c

rime,

circ

unst

ância

s do

fato

e c

ondi

ções

pes

soai

s do

in

dicia

do o

u ac

usad

o.

Subs

titui

ção

das

cate

goria

s pe

ricul

um

in m

ora

e fu

mus

bon

i jur

is p

or fu

mus

co

mis

si d

elic

ti e

peric

ulum

liber

tatis

na

anál

ise d

as c

aute

lare

s.

Estu

dos

e su

gest

ões

“Out

ra im

porta

ção

inde

vida

do p

roce

sso

civil,

essa

s ca

tego

rias

deve

m s

er s

ubst

ituíd

as p

or

fum

us c

omis

si d

elic

ti e

peric

ulum

libe

rtatis

. Não

se

trat

a ap

enas

da

ques

tão

term

inol

ógica

, mas

de

est

abel

ecer

que

a p

roba

bilid

ade

não

é da

ex

istên

cia d

e qu

alqu

er d

ireito

, mas

de

cond

uta

típica

, ilíc

ita e

cul

páve

l. Be

m c

omo

não

se tr

ata

de p

erig

o na

dem

ora,

pos

to q

ue e

sta

não

impl

ica

por s

i só

um p

erig

o e

é ta

mbé

m a

vio

laçã

o de

um

di

reito

do

réu

de s

er ju

lgad

o nu

m p

razo

razo

ável

, m

as d

o pe

rigo

que

a co

ndut

a do

réu

pode

of

erec

er à

s pr

ovas

e à

apl

icaçã

o da

lei p

enal

(fu

ga).”

(Sug

estã

o de

: Abr

adep

.)

Mat

éria

infe

nsa

a ex

ame

em p

roje

to

de s

istem

atiza

ção

de n

orm

as

elei

tora

is, p

ois

não

há a

ntin

omia

a

reco

nhec

er, m

as e

xam

e do

utrin

ário

da

perti

nênc

ia d

e ca

tego

rias

cons

agra

das

no

proc

esso

pen

al c

omum

.

Page 92: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

92

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imin

arSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

Códi

go d

e Pr

oces

so P

enal

Art.

312.

A p

risão

pre

vent

iva p

oder

á se

r dec

reta

da c

omo

gara

ntia

da

orde

m p

úblic

a, d

a or

dem

eco

nôm

ica,

por c

onve

niên

cia d

a in

stru

ção

crim

inal

, ou

para

ass

egur

ar a

ap

licaç

ão d

a le

i pen

al, q

uand

o ho

uver

pro

va d

a ex

istên

cia d

o cr

ime

e in

dício

suf

icien

te d

e au

toria

.

Nece

ssid

ade

de re

striç

ão a

o

requ

isito

de

gara

ntia

da

orde

m

públ

ica p

ara

a fu

ndam

enta

ção

da

s pr

isões

pre

vent

ivas.

Estu

dos

e su

gest

ões

“É c

omum

que

se

decr

ete

prisõ

es p

reve

ntiva

s so

b o

fund

amen

to d

e qu

e o

réu

ofer

ece

risco

à

orde

m p

úblic

a, p

orém

é ta

mbé

m c

omum

qu

e ta

l fun

dam

enta

ção

não

tradu

za u

m ri

sco

prov

ocad

o po

r con

duta

do

auto

r em

liber

dade

, m

as a

utili

zaçã

o de

um

con

ceito

abe

rto a

pon

to

de a

brig

ar p

rete

nsõe

s de

pop

ulism

o pe

nal.

Há, i

nclu

sive,

pos

ição

na d

outri

na d

efen

dend

o su

a in

cons

tituc

iona

lidad

e ef

etiva

ou

quas

e in

cont

orná

vel.

Conf

orm

e en

tend

imen

to d

o ST

F,

as c

aute

lare

s pe

nais

não

poss

uem

a fu

nção

de

ante

cipaç

ão d

a pe

na p

ara

com

bate

r dem

ora

no ju

lgam

ento

ou

impu

nida

de (H

C 7

9857

/PR,

Tur

ma,

rela

tor M

inist

ro C

elso

de

Mel

lo,

julg

amen

to e

m 1

8.4.

2000

, DJ

de 4

.5.2

001)

.” (S

uges

tão

de: A

brad

ep.)

Mat

éria

infe

nsa

a tra

tam

ento

em

pro

jeto

de

siste

mat

izaçã

o

de n

orm

as, p

ois

não

há a

ntin

omia

a

reso

lver.

Códi

go d

e Pr

oces

so P

enal

Art. 3

85. N

os cr

imes

de

ação

púb

lica,

o

juiz

pode

rá p

rofe

rir s

ente

nça

cond

enat

ória,

aind

a qu

e o

Mini

stério

blico

tenh

a op

inado

pela

abs

olviçã

o,

bem

com

o re

conh

ecer

agr

avan

tes,

em

bora

nen

hum

a te

nha

sido

alega

da.

O a

rt. 3

85 d

o CP

P co

nstit

ui v

iola

ção

ao s

istem

a ac

usat

ório

?Es

tudo

s e

suge

stõe

s

“Tra

ta-s

e de

disp

ositiv

o cla

ram

ente

in

cons

tituc

iona

l por

atri

buir

ao ju

iz fu

nção

ac

usat

ória

, usu

rpan

do a

opi

nião

del

icti d

o m

embr

o do

Min

istér

io P

úblic

o e

com

prom

eten

do

sua

impa

rcia

lidad

e. D

e na

da a

dian

ta a

sep

araç

ão

inici

al d

as fu

nçõe

s de

acu

sar e

julg

ar s

e em

m

omen

to p

oste

rior f

or p

erm

itido

que

se

conf

unda

m n

ovam

ente

.” (S

uges

tão

de: A

brad

ep.)

Nada

a s

uger

ir em

pro

jeto

de

siste

mat

izaçã

o de

nor

mas

el

eito

rais.

O ju

iz fic

a ad

strit

o às

pro

vas

do p

roce

sso,

sen

do

cont

rove

rtido

se

deve

tam

bém

fica

r vin

cula

do a

o pa

rece

r min

ister

ial.

Códi

go d

e Pr

oces

so P

enal

Art.

563.

Nen

hum

ato

ser

á de

clara

do n

ulo,

se

da n

ulid

ade

não

resu

ltar p

reju

ízo

para

a a

cusa

ção

ou

para

a d

efes

a.

Esse

arti

go o

fend

e a

exig

ência

da

estri

ta le

galid

ade

das

prov

as e

do

proc

edim

ento

?

Estu

dos

e su

gest

ões

“No

proc

esso

pen

al a

s fo

rmas

repr

esen

tam

ga

rant

ias

do a

cusa

do e

, seg

undo

Lop

es J

r.,

houv

e um

a in

devid

a im

porta

ção

do in

stitu

to d

o pr

oces

so c

ivil p

elo

proc

esso

pen

al, a

firm

ando

o

auto

r que

form

a é

gara

ntia

e d

eve

ser a

nalis

ado

não

o pr

ejuí

zo à

fina

lidad

e do

ato

ou

à ‘ve

rdad

e

Nada

a s

uger

ir no

âm

bito

de

proj

eto

de s

istem

atiza

ção

de n

orm

as

elei

tora

is, d

iant

e da

inex

istên

cia

de a

ntin

omia

reco

nhec

ível

.

(Con

tinua

ção)

Page 93: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

93

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

real

’, m

as a

exis

tênc

ia d

e vio

laçã

o do

prin

cípi

o pr

oteg

ido

pela

form

alid

ade.

Isso

favo

rece

a

eficá

cia d

as g

aran

tias

cons

tituc

iona

is do

ac

usad

o e

evita

mar

gem

de

subj

etivi

smo

na

inte

rpre

taçã

o do

que

ser

ia p

reju

ízo

e co

mo

seria

de

mon

stra

do.”

(Sug

estã

o de

: Abr

adep

.)

Cons

titui

ção

Fede

ral

Art.

5º, L

XII.

Decr

eto

nº 6

78/1

992

Artig

o 7º

, 5.

Reso

luçã

o-CN

J nº

213

, de

15.1

2.20

15

Códi

go d

e Pr

oces

so P

enal

Arts

. 310

e 3

19.

Ausê

ncia

de

regu

lam

enta

ção

espe

cífic

a da

s au

diên

cias

de c

ustó

dia

no â

mbi

to e

leito

ral.

“Rec

onhe

cido

pelo

STF

e dis

ciplin

ado

pelo

CN

J, a

audiê

ncia

de cu

stódia

dev

e se

r rea

lizad

a po

r tod

o e

qualq

uer j

uízo

ou

Tribu

nal, o

qua

l pr

oced

eu a

ltera

ção

na R

esolu

ção

nº 2

13, p

ara

inclui

r, ex

pres

sam

ente

, a o

briga

torie

dade

da

reali

zaçã

o de

aud

iência

de

custó

dia n

os ca

sos

havid

os p

eran

te a

Justi

ça E

leito

ral e

Milit

ar, é

ne

cess

ário

a fo

rmali

zaçã

o de

um

regr

amen

to

aplic

ável

aos c

asos

elei

tora

is, p

oden

do se

rvir

de

parâ

met

ro a

Res

. nº 7

816/

2018

do

TRE/

DF, a

qua

l dis

ciplin

ou a

que

stão

naqu

ele â

mbit

o, re

ssalt

ando

a

nece

ssida

de d

e qu

e o

ato

deva

ser r

ealiz

ado

na

pres

ença

do

Mini

stério

Púb

lico

Eleit

oral,

com

o

direit

o do

pre

so se

r aco

mpa

nhad

o po

r adv

ogad

o,

nom

eado

ou

cons

tituíd

o, se

ndo

resg

uard

ado

praz

o an

terio

r e ra

zoáv

el pa

ra o

seu

cont

ato

rese

rvad

o co

m a

par

te, d

even

do o

juiz,

com

o co

nseq

uênc

ia

do a

to, d

eter

mina

r um

a da

s pro

vidên

cias d

o ar

t. 31

0 do

CPP

. Tra

zer a

disc

ussã

o a

resp

eito

da p

ossib

ilidad

e da

det

raçã

o da

s med

idas

caut

elare

s dive

rsas

da

prisã

o, re

conh

ecen

do a

sua

ap

licab

ilidad

e ao

s cas

os e

m q

ue a

pen

a pr

ivativ

a de

liber

dade

seja

subs

tituíd

a po

r res

tritiv

a de

dir

eitos

, des

de q

ue o

corra

iden

tidad

e ou

ao

men

os

equiv

alênc

ia en

tre e

las.”

(Sug

estã

o de

: Abr

adep

.)

“O T

ribun

al R

egio

nal E

leito

ral (

TRE)

do

Dist

rito

Fede

ral p

asso

u a

obrig

ar a

real

izaçã

o de

au

diên

cia d

e cu

stód

ia p

ara

quem

for p

reso

em

fla

gran

te c

omet

endo

crim

es e

leito

rais

grav

es.

Suge

re-s

e qu

e a

Just

iça E

leito

ral

regu

lam

ente

as

audi

ência

s

de c

ustó

dia

em s

eu â

mbi

to,

por r

esol

ução

.

Page 94: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

94

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

A m

edid

a é

pion

eira

no

país

. Ass

im c

omo

acon

tece

em

crim

es c

omun

s, o

det

ido

deve

ser a

pres

enta

do à

Jus

tiça

em a

té 2

4 ho

ras.

As

nov

as re

gras

fora

m e

stab

elec

idas

em

um

a re

solu

ção

do tr

ibun

al, d

e se

xta-

feira

(21)

. Pel

a de

term

inaç

ão, o

juiz

da a

udiê

ncia

de

cust

ódia

de

verá

se

base

ar n

os fa

tos

do c

aso

espe

cífic

o e

nos

ante

cede

ntes

crim

inai

s do

env

olvid

o, q

ue

deve

m s

er le

vant

ados

pel

a po

lícia

. Com

isso

, o

mag

istra

do v

ai d

ecid

ir se

abs

olve

a p

esso

a,

se a

man

tém

pre

sa p

or te

mpo

inde

term

inad

o (p

risão

pro

visór

ia) o

u se

dei

xa q

ue re

spon

da e

m

liber

dade

até

o ju

lgam

ento

do

proc

esso

. Nes

te

últim

o ca

so, t

ambé

m é

pap

el d

o ju

iz av

alia

r se

cabe

o p

agam

ento

de

fianç

a –

e o

valo

r del

a.

A se

ssão

de

audi

ência

de

cust

ódia

pode

ac

onte

cer c

om a

pre

senç

a de

um

adv

ogad

o ou

de

um d

efen

sor p

úblic

o, n

a se

de d

o pr

óprio

TR

E.” D

ispon

ível

em

: <ht

tps:

//g1.

glob

o.co

m/d

f/di

strit

o-fe

dera

l/ele

icoes

/201

8/no

ticia

/201

8/09

/23/

just

ica-e

leito

ral-d

o-df

-cria

-aud

ienc

ia-d

e-cu

stod

ia-p

ara-

crim

es-e

leito

rais-

grav

es.g

htm

l>.

Aces

so e

m: 7

mai

o 20

19, à

s 16

h23.

“O T

ribun

al R

egio

nal E

leito

ral d

e Sã

o Pa

ulo

(TRE

-SP)

apr

ovou

, na

sess

ão p

lená

ria d

esta

qu

inta

-feira

(28)

a R

esol

ução

nº 4

67/2

019,

qu

e di

spõe

sob

re a

real

izaçã

o de

aud

iênc

ia

de c

ustó

dia

no â

mbi

to d

a Ju

stiça

Ele

itora

l de

São

Pau

lo. D

e ac

ordo

com

a R

esol

ução

, to

da p

esso

a pr

esa

em fl

agra

nte

delito

dev

e se

r obr

igat

oria

men

te a

pres

enta

da a

um

a au

torid

ade

do P

oder

Jud

iciár

io d

entro

de

24

hora

s, p

ara

que

seja

ava

liada

a le

galid

ade

do

ato,

a c

ontin

uida

de d

a pr

isão

ou a

con

cess

ão

de lib

erda

de c

om o

u se

m o

utra

s m

edid

as

caut

elar

es e

, ain

da s

e ho

uve

ocor

rênc

ia d

e m

aus-

trato

s ou

tortu

ra. A

nor

ma

aten

de a

o

Page 95: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

95

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

disp

osto

na

Res

. 213

/201

5, d

o C

onse

lho

Nac

iona

l de

Just

iça

(CN

J), a

ltera

da e

m

outu

bro

de 2

018

por m

eio

da R

es. 2

68/2

018,

pa

ra c

onte

r exp

ress

amen

te a

obr

igat

orie

dade

da

real

izaç

ão d

e au

diên

cia

de c

ustó

dia

no

âmbi

to d

a Ju

stiç

a El

eito

ral.

A de

cisã

o se

al

inha

tam

bém

à C

onve

nção

Am

eric

ana

de

Dire

itos

Hum

anos

, da

qual

o B

rasi

l é u

m d

os

sign

atár

ios.

” Dis

poní

vel e

m: <

http

://w

ww

.tre-

sp.

jus.

br/im

pren

sa/n

otic

ias-

tre-s

p/20

19/M

arco

/tre-

sp-a

prov

a-re

solu

cao-

que-

gara

nte-

a-au

dien

cia-

de-c

usto

dia-

no-a

mbi

to-d

a-ju

stic

a-el

eito

ral>

. Ac

esso

em

: 7 m

aio

2019

, às

16h1

8.

Códi

go d

e Pr

oces

so C

ivil

Art.

369.

As

parte

s tê

m o

dire

ito d

e em

preg

ar to

dos

os m

eios

lega

is,

bem

com

o os

mor

alm

ente

legí

timos

, ai

nda

que

não

espe

cifica

dos

nest

e Có

digo

, par

a pr

ovar

a v

erda

de d

os

fato

s em

que

se

fund

a o

pedi

do o

u a

defe

sa e

influ

ir ef

icazm

ente

na

conv

icção

do

juiz.

Cons

titui

ção

Fede

ral

Art.

5º, L

VI.

Dist

inçã

o en

tre g

rava

ção

ambi

enta

l líc

ita e

flag

rant

e pr

epar

ado.

O fl

agra

nte

prep

arad

o co

nsist

e em

“afro

nta

ao d

ireito

fund

amen

tal à

priv

acid

ade

– ca

usa

lega

l de

sigilo

e d

ireito

à re

serv

a do

diá

logo

; af

ront

a ao

‘nem

o te

netu

r se

dete

gere

’ (di

reito

de

não

pro

duzir

pro

va c

ontra

si)

e ao

prin

cípi

o do

con

tradi

tório

(dire

ito d

e au

diên

cia b

ilate

ral

na p

rodu

ção

das

prov

as);

flagr

ante

pre

para

do e

ilíc

ito im

poss

ível

” (su

gest

ão d

e: A

brad

ep).

Nada

a s

uger

ir em

pro

jeto

de

siste

mat

izaçã

o de

nor

mas

, ob

serv

ando

que

a ju

rispr

udên

cia já

di

stin

gue

entre

as

figur

as lí

citas

e

ilícita

s de

gra

vaçã

o.

Códi

go d

e Pr

oces

so C

ivil

Art.

914.

O e

xecu

tado

, in

depe

nden

tem

ente

de

penh

ora,

de

pósit

o ou

cau

ção,

pod

erá

se o

por

à ex

ecuç

ão p

or m

eio

de e

mba

rgos

.

§ 1º

Os

emba

rgos

à e

xecu

ção

serã

o di

strib

uído

s po

r dep

endê

ncia

, au

tuad

os e

m a

parta

do e

Dúvid

a em

rela

ção

ao c

abim

ento

de

recu

rso

no D

ireito

Ele

itora

l apó

s ex

ecuç

ão d

e pe

na d

e m

ulta

.

São

viáve

is os

em

barg

os à

exe

cuçã

o?

“[…] A

cons

equê

ncia

dess

a co

nclus

ão é

a

incidê

ncia

do d

ispos

to n

o ar

t. 74

5 do

CPC

, ou

seja,

pe

rmite

-se

a re

discu

ssão

da

mat

éria,

inclu

sive

daqu

ela já

julga

da n

a se

de a

dmini

strat

iva q

ue

impô

s a m

ulta.

A vi

a do

s em

barg

os se

rá ú

til,

princ

ipalm

ente

, na

impu

taçã

o de

vício

s for

mai

s ao

at

o ad

mini

strat

ivo d

e ins

criçã

o da

dívi

da a

tiva,

que

de

ve co

nter

, além

dos

requ

isito

s ger

ais p

revis

tos

no a

rt. 2

º, §

5º d

a Le

i nº 6

830/

80 o

s re

quisi

tos

A re

solu

ção

sobr

e cr

imes

el

eito

rais

e p

roce

sso

pena

l el

eito

ral d

o TS

E po

de in

dica

r o

cabi

men

to d

os e

mba

rgos

à

exec

ução

da

pena

de

mul

ta.

Page 96: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

96

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

inst

ruíd

os c

om c

ópia

s da

s pe

ças

proc

essu

ais

rele

vant

es, q

ue

pode

rão

ser d

ecla

rada

s au

tênt

icas

pelo

pró

prio

adv

ogad

o, s

ob s

ua

resp

onsa

bilid

ade

pess

oal.

espe

cífic

os p

revis

tos

no a

rt. 3

º, §

3º d

a

Porta

ria T

SE n

º 94,

de

19.0

4.19

99. [

…]

1. A

s ex

ecuç

ões

das

mul

tas

elei

tora

is pr

oces

sam

-se

pera

nte

a Ju

stiça

Ele

itora

l;

2. A

s ex

ecuç

ões

das

mul

tas

elei

tora

is fu

ndam

-se

no tí

tulo

exe

cutiv

o ex

traju

dicia

l: te

rmo

de

insc

rição

da

mul

ta e

leito

ral,

que

é um

ato

ad

min

istra

tivo;

3. O

âm

bito

de

disc

ussã

o do

s em

barg

os à

exe

cuçã

o da

s m

ulta

s el

eito

rais

é am

plo,

nos

term

os d

o ar

t. 74

5 do

CPC

, pod

endo

se

r disc

utid

os, e

spec

ialm

ente

, asp

ecto

s fo

rmai

s do

term

o de

insc

rição

da

mul

ta e

leito

ral.”

Di

spon

ível

em

: <ht

tps:

//www

.dire

itone

t.com

.br

/arti

gos/

exib

ir/13

71/A

-exe

cuca

o-da

s-m

ulta

s-el

eito

rais>

. Ace

sso

em: 1

0 ju

n. 2

019,

às

15h4

1.

Lei n

º 12.

850/

2013

Dúvid

a so

bre

aplic

ação

da

Le

i de

Crim

e O

rgan

izado

(Lei

12.

850/

2013

) no

Dire

ito E

leito

ral.

Juris

prud

ênci

a

“Ele

ições

200

4. A

grav

o de

inst

rum

ento

. Crim

e el

eito

ral.

Art.

299

do C

ódig

o El

eito

ral.

Prov

as

sufic

ient

es. S

úmul

as n

ºs 2

79 e

704

/STF

. De

spro

vimen

to.

1. A

ale

gaçã

o de

arm

adilh

a po

lítica

por

mei

o da

coo

ptaç

ão d

e te

stem

unha

s nã

o en

cont

ra

resp

aldo

no

acer

vo p

roba

tório

del

inea

do n

o ac

órdã

o, s

endo

impo

ssív

el a

nalis

ar a

ale

gaçã

o se

m e

sbar

rar n

o ób

ice d

a Sú

mul

a nº

279

/ST

F.2.

Não

ilicitu

de n

a oi

tiva

de te

stem

unha

s em

preg

adas

pel

o ad

vers

ário

pol

ítico

, um

a ve

z qu

e o

julg

ador

ass

ento

u su

a id

onei

dade

e

proc

edeu

à v

alor

ação

con

form

e o

prim

ado

da

pers

uasã

o ra

ciona

l. 3.

A c

onex

ão e

julg

amen

to

de c

orré

u no

foro

por

pre

rroga

tiva

de fu

nção

de

um d

os a

cusa

dos

não

viola

a g

aran

tia d

o de

vido

proc

esso

lega

l. In

telig

ência

da

Súm

ula

nº 7

04/

STF.

4. A

gar

antia

do

dupl

o gr

au d

e ju

risdi

ção

não

é ab

solu

ta e

não

mod

ifica

a na

ture

za

extra

ordi

nária

do

recu

rso

espe

cial,

uma

vez

que

Prop

õe-s

e qu

e a

Just

iça E

leito

ral

apre

sent

e re

spos

tas

quan

to à

po

ssib

ilidad

e de

apl

icaçã

o da

Le

i nº 1

2.85

0/20

13 e

m m

atér

ia

elei

tora

l, po

r mei

o de

reso

luçã

o.

Page 97: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

97

(Con

tinua

ção)

Disp

ositi

vo le

gal

Ques

tão

susc

itada

Diag

nóst

ico

prel

imia

rSu

gest

ão d

e en

cam

inha

men

to

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

a co

mpe

tênc

ia re

curs

al o

rdin

ária

des

ta C

orte

oc

orre

ape

nas

nas

hipó

tese

s co

nstit

ucio

nalm

ente

pr

evist

as. P

rece

dent

e.5.

Os

elem

ento

s pr

obat

ório

s de

corre

ntes

de

acor

do d

e de

laçã

o pr

emia

da n

ão s

ão s

ufici

ente

s pa

ra ju

stific

ar a

pr

olaç

ão d

e de

cret

o co

nden

atór

io, n

os te

rmos

do

art.

4º, §

16,

da

Lei n

º 12.

850/

2013

.6. E

m ra

zão

da s

uspe

ita d

e pa

rcia

lidad

e do

col

abor

ador

e s

eu

inte

ress

e no

des

linde

da

caus

a, a

cre

dibi

lidad

e ex

tríns

eca

de s

uas

info

rmaç

ões

depe

nde

da e

xistê

ncia

de

indí

cios

e pr

ovas

que

as

corro

bore

m. [

…]”

(TSE

, AI n

º 427

42 –

Por

to V

elho

/RO

, Acó

rdão

de

1º.6

.201

7, re

l. M

in. G

ilmar

Men

des,

pub

licaç

ão:

DJe,

Tom

o 20

9, d

e 27

.10.

2017

, p. 8

0-81

.)

3. C

ontr

ibui

ções

sem

indi

cati

vo d

e no

rma

Ques

tão

susc

itada

em

eve

nto

em B

rasí

lia

(27

e 28

de

mai

o de

201

9)Di

agnó

stic

o pr

elim

inar

Suge

stão

de

enca

min

ham

ento

Evita

ção

de a

rgum

ento

s de

ord

em m

oral

e e

conô

mica

pa

ra a

cor

reçã

o de

nor

mas

juríd

icas.

“A

Justi

ça E

leito

ral d

eve

prom

over

a p

rese

rvaç

ão d

a au

tono

mia

do d

ireito

e d

a no

rmat

ivida

de co

nstitu

ciona

l. A

pres

erva

ção

da n

orm

ativi

dade

da

Cons

tituiçã

o im

põe

ao Ju

diciár

io um

a co

ndut

a co

ntida

qua

ndo

a op

ção

legisl

ativa

esti

ver e

ntre

as p

ossív

eis n

a Co

nstitu

ição,

co

mo

o qu

e fo

ra fe

ito n

a AD

I 465

0 e

no H

C 12

6.29

2,

evita

ndo

que

argu

men

tos e

xtern

os a

o dir

eito

sejam

us

ados

num

a te

ntat

iva d

e co

rrigi-

lo. A

o m

esm

o te

mpo

, a

man

uten

ção

da a

uton

omia

do d

ireito

e d

a no

rmat

ivida

de

cons

titucio

nal im

põe

a pr

oteç

ão d

e dir

eitos

fund

amen

tais

mes

mo

cont

ra a

maio

ria co

mo

na A

DPF

347

e no

HC

840

78/M

G.”

(Sug

estã

o de

: Abr

adep

.)

Nada

a s

uger

ir em

pro

jeto

de

siste

mat

izaçã

o de

no

rmas

ele

itora

is, p

ois

não

se a

pont

am

even

tuai

s an

tinom

ias.

Page 98: SISTEMATIZAÇÃO · Sistematização das Normas Eleitorais (SNE), objeto da Portaria nº 115 de 13 de fevereiro de 2019, firmada pela Excelentíssima Senhora Presidente do Tribunal

98

SISTEMATIZAÇÃODAS NORMAS ELEITORAIS

Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

Ques

tão

susc

itada

em

eve

nto

em B

rasí

lia

(27

e 28

de

mai

o de

201

9)Di

agnó

stic

o pr

elim

inar

Suge

stão

de

enca

min

ham

ento

Dúvid

a so

bre

o fo

ro p

rivile

giad

o no

s pr

oces

sos

elei

tora

is.“O

s cr

imes

ele

itora

is, d

ifere

ntem

ente

da

mai

oria

cr

imes

com

uns,

tem

ligaç

ão d

ireta

com

o p

leito

el

eito

ral.

Cont

udo,

apó

s o

julg

amen

to d

o ST

F no

Ag

Rg In

q. 4

.435

, fico

u lim

itado

o e

nqua

dram

ento

do

agen

te p

úblic

o no

foro

por

pre

rroga

tiva

de fu

nção

. Es

sa d

ecisã

o se

apl

ica a

os c

rimes

ele

itora

is? Q

uais

seria

m o

s ca

sos

em q

ue p

oder

ia s

e in

terp

reta

r com

o co

met

imen

to d

e cr

ime

elei

tora

l em

razã

o do

car

go?

Essa

s sit

uaçõ

es a

inda

per

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Eixo Temático VI: Crimes Eleitorais e Processo Penal Eleitoral

4. Referências

BRASIL. Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965. Institui o Código Eleitoral. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 19 jul. 1965. Seção 1, p. 6.746.

______. Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997. Estabelece normas para as eleições. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 1º out. 1997. Seção 1, p. 21.801.

______. Lei nº 6.091, de 15 de agosto de 1974. Dispõe sobre o fornecimento gratuito de transporte, em dias de eleição, a eleitores residentes nas zonas rurais, e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 15 ago. 1974.

______. Lei nº 6.996, de 7 de junho de 1982. Dispõe sobre a utilização de processamento eletrônico de dados nos serviços eleitorais e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 8 jun. 1982.

______. Lei nº 12.850, de 2 de agosto de 2013. Define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal; altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal); revoga a Lei nº 9.034, de 3 de maio de 1995; e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 5 ago. 2013. Edição Extra.

______. Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015. Código de Processo Civil. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 17 mar. 2015. Edição Extra.

______. Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Rio de Janeiro, RJ, 31 dez. 1940 e retificado em 3 jan. 1941.

______. Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941. Código Processo Penal. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Rio de Janeiro, RJ, 13 out. 1941 e retificado em 24 out. 1941.

______. Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990. Estabelece, de acordo com o art. 14, § 9º da Constituição Federal, casos de inelegibilidade, prazos de cessação, e determina outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 21 maio 1990.

______. Lei Complementar nº 75, de 20 de maio de 1993. Dispõe sobre a organização, as atribuições e o estatuto do Ministério Público da União. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 21 maio 1993.

______. Tribunal Superior Eleitoral. Resolução nº 20.105, de 4 de março de 1998. Atos preparatórios, recepção de votos e garantias eleitorais (eleições de 1998). Diário de Justiça, 17 mar. 1998, p. 44; Revista de Jurisprudência do TSE, v. 9, n. 3, p. 280, Brasília, DF.

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______. Tribunal Superior Eleitoral. Resolução nº 23.396, de 17 de dezembro de 2013. Dispõe sobre a apuração de crimes eleitorais. Diário da Justiça Eletrônico nº 248, Brasília, DF, 30 dez. 2013, p. 52-55.

______. Tribunal Superior Eleitoral. Resolução nº 23.424, de 27 de maio de 2014. Altera o art. 8º da Resolução-TSE nº 23.396, de 17 de dezembro de 2013, que dispõe sobre a apuração de crimes eleitorais. Diário da Justiça Eletrônico, nº 113, Brasília, DF, 18 jun. 2014, p. 38-39.

______. Conselho Nacional de Justiça. Resolução nº 213, de 15 de dezembro de 2015. Dispõe sobre a apresentação de toda pessoa presa à autoridade judicial no prazo de 24 horas. Texto compilado a partir da redação dada pelas Resoluções nº 254/2018 e nº 268/2018.

______. Ministério Público Federal. Enunciado nº 29, de 9 de junho de 2009. Compete à 2ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal manifestar-se nas hipóteses em que o Juiz Eleitoral considerar improcedentes as razões invocadas pelo Promotor Eleitoral ao requerer o arquivamento de inquérito policial ou de peças de informação, derrogado o art. 357, § 1º do Código Eleitoral pelo art. 62, inc. IV da Lei Complementar nº 75/93. Aprovado na Sessão 468ª, de 9 jun. 2009.

COSTA, Tito. Crimes eleitorais e Processo Penal Eleitoral. Editora Juarez de Oliveira, 2002.

GOMES, José Jairo. Crimes eleitorais e Processo Penal Eleitoral. 2. ed. Editora Atlas, 2016.

GOMES, Suzana de Camargo. Crimes eleitorais. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2000.

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NEISSER, Fernando Gaspar. Crime e mentira na política. Prefácio de Alamiro Velludo Salvador Netto. Belo Horizonte: Editora Fórum, 2016.

PAZZAGLINI FILHO, Marino. Crimes eleitorais: Código eleitoral, Lei das Eleições e Lei das Inelegibilidades. São Paulo: Editora Atlas, 2012.

PINHEIRO, Igor Pereira. Legislação criminal eleitoral: aspectos materiais e processuais. Editora JusPodivm. 2018.

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ZILIO, López Rodrigo. Crimes eleitorais. Editora JusPodivm, 2014.

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