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1 SINOPSE SINDICAL JANEIRO DE 2006 AQUAVIÁRIOS. Com data-base em 1º de janeiro, o Sindicato dos Trabalhadores em Embarcações Comerciais e o Sindicato dos Empregados Terrestres em Transportes Aquaviários e Operadores Portuários do Estado de São Paulo renovaram a convenção coletiva de trabalho com o Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo pelo prazo de 2 anos, destarte, beneficiando mais de 4 mil trabalhadores. Destacam-se as seguintes cláusulas: a) Reajuste salarial de 10,7%; b) Vale-refeição passou de R$ 14,00 para R$ 15,50; c) Manutenção das cláusulas sociais. CONSTRUÇÃO CIVIL. Com data-base em 1º de maio, o Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, representando 300 mil trabalhadores, já convocou assembléia para discutir a pauta de reivindicações. Este ano insistirão nas seguintes cláusulas: a) Reajuste integral pela variação integral do INPC no período; b) 12% de aumento real; c) Plano de saúde; d) Prêmio de PLR; e) Manutenção das cláusulas sociais. COUREIROS. Com data-base em 1º de janeiro, o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Couro de Franca, representando 2100 trabalhadores, ainda não chegou a um consenso com a entidade patronal para renovação da convenção coletiva de trabalho. Basicamente, os trabalhadores insistem em 15,5% de reajuste salarial, sendo 5,5% de inflação e o restante de aumento real, manutenção das cláusulas sociais, entre outros pequenos avanços.

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S I N O P S E S I N D I C A L

J A N E I R O D E 2 0 0 6

AQUAVIÁRIOS. Com data-base em 1º de janeiro, o Sindicato dos Trabalhadores em Embarcações Comerciais e o Sindicato dos Empregados Terrestres em Transportes Aquaviários e Operadores Portuários do Estado de São Paulo renovaram a convenção coletiva de trabalho com o Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo pelo prazo de 2 anos, destarte, beneficiando mais de 4 mil trabalhadores. Destacam-se as seguintes cláusulas: a) Reajuste salarial de 10,7%; b) Vale-refeição passou de R$ 14,00 para R$ 15,50; c) Manutenção das cláusulas sociais. CONSTRUÇÃO CIVIL. Com data-base em 1º de maio, o Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, representando 300 mil trabalhadores, já convocou assembléia para discutir a pauta de reivindicações. Este ano insistirão nas seguintes cláusulas: a) Reajuste integral pela variação integral do INPC no período; b) 12% de aumento real; c) Plano de saúde; d) Prêmio de PLR; e) Manutenção das cláusulas sociais. COUREIROS. Com data-base em 1º de janeiro, o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Couro de Franca, representando 2100 trabalhadores, ainda não chegou a um consenso com a entidade patronal para renovação da convenção coletiva de trabalho. Basicamente, os trabalhadores insistem em 15,5% de reajuste salarial, sendo 5,5% de inflação e o restante de aumento real, manutenção das cláusulas sociais, entre outros pequenos avanços.

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DOCES. Com data-base em 1º de março, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Doces e Conservas da Capital, representando 8 mil trabalhadores, definirá , neste mês a pauta de reivindicações que, segundo seu presidente, deverá destacar pedido de 14% de reajuste, já incluso aumento real.

FRENTISTAS. Com data-base em 1º de março, o Sindicato dos Frentistas do Estado de São Paulo entregou a pauta de reivindicações ao sindicato patronal no último dia 26. Este ano, o sindicato dará destaque ao pedido de 5% de aumento real além da reposição da inflação. Insistirão na manutenção da cláusula que proíbe a contratação de cooperativas para atuarem nos postos de gasolina, bem como na redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais e um prêmio de PLR no valor de R$ 650,00.

FRIGORÍFICO . O Grupo Margen, um dos principais frigoríficos do país, com 18 unidades, 7 mil funcionários, sob o argumento de embargo à exportação da carne de Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo, decorrente da febre aftosa, decidiu fechar 6 unidades e conseqüentemente despedir 1.810 funcionários.

IMÓVEIS . Com data-base em 1º de outubro, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis de Santos, São Vicente, Praia Grande e Cubatão (exceto os que atuam em administração de bens e condomínios), representando 2.500 trabalhadores, renovou a convenção coletiva de trabalho com o SECOVI – SP nos seguintes termos: a) Reajuste salarial de 6% retroativo à data-base; b) Piso salarial de R$ 427,55 para mensageiros e recepcionistas e R$ 541,91 para os

demais trabalhadores; c) Cesta-básica no valor de R$ 49,00; d) Manutenção das cláusulas sociais.

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METALÚRGICOS. A Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos da Força Sindical, com 1,1 milhão de trabalhadores na base (700 mil em São Paulo) reuniu-se no dia 1º de fevereiro em Brasília com a finalidade de discutir o plano de lutas para 2006. Um dos pontos principais a ser debatido será a unificação das campanhas salariais em todo o país e o problema da terceirização no setor metalúrgico. PORTUÁRIOS. Com data-base em 1º de março, os 9 mil trabalhadores avulsos (sem vínculo empregatício) do porto de Santos, representados por 10 sindicatos profissionais, aprovaram em assembléia realizada no último dia 10 de janeiro, pauta unificada de reivindicações, destacando-se:

a) Reajuste salarial pelo índice do IPCA/IBGE; b) Valor do vale-refeição de R$ 10,00 para todas as atividades; c) Discussão do intervalo interjornadas de 11 horas; d) Aprimoramento do plano de saúde. TELEFONIA . Com data-base em 1º de fevereiro, os 400 empregados da empresa T. Gestiona, pertencente ao Grupo Telefônica, aprovaram e apresentaram as reivindicações para a campanha salarial deste ano por meio de seu sindicato, o Sintetel. Basicamente, reivindicam 5% de aumento real e manutenção aos benefícios já existentes. VARAS DO TRABALHO. SÃO PAULO. No último dia 6 de janeiro, o TRT de São Paulo inaugurou 11 novas Varas do Trabalho na capital de modo a atender com maior agilidade os trabalhadores, já que no ano de 2005, a 79 Varas do município de São Paulo receberam cerca de 250 mil novos processos. PANORAMA DAS NEGOCIAÇÕES TRABALHISTAS. De acordo com dado levantados pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Sócio-econômicos) enquanto os funcionários públicos federais encerraram o ano de 2004 com número recorde de horas paradas, o setor privado teve o menor índice de greves de sua história recente.

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Registra-se também que 65% das greves buscaram o estabelecimento de um novo direito, o que revela a boa fase de economia, eis que os trabalhadores buscam uma maior participação nos ganhos das empresas, ao contrário do passado em que buscavam basicamente a reposição inflacionária. Para melhor compreensão vide quadro abaixo:

Reajustes salariais concedidos por ano*

363

292

339

214

420

347

2000 2001 2002 2003 2004 2005

30,5% das negociações

tiveram atendimento integral das

reivindicações

Em 2005, 84% dos reajustes foram iguais ou superiores ao INPC/IBGE**, já em 2003, esse percentual foi de 42%

Total de greves por esfera em 2004

Principais reivindicações em 2005, em %***

185

114

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Pública Privada Bancos

Reajuste salarial 55,6

Plano de cargos e salários ou de carreira 18,9

Atraso de salários 18,5

Alimentação 16,6

Contratação 13,6

Condições de trabalho 11,6

Descumprimento de acordo 11,6

Descumprimento de lei 8

Participação nos lucros e resultados 8

Piso salarial 8

Atraso de 13º salário 7

Isonomia salarial 7

Outros 44,9 * só empresas privadas ** Índice Nacional de Preços ao Consumidor *** como pode haver mais de uma reivindicação por greve, a soma dos itens supera 100%

Fonte: Dieese PREVISÃO DE DEMISSÕES NO INÍCIO DO ANO DE ACORDO COM FGV - FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS. De acordo com sondagem da indústria de transformação efetuada pela FGV, 32% das empresas entrevistadas pretendem reduzir o número de trabalhadores, sendo que somente 11% prevêem aumentar o número de contratações no decorrer do primeiro trimestre de 2006. É o pior resultado de expectativa do mercado de trabalho. Entretanto

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quando os industriais olham para um futuro um pouco mais distante, as projeções se mostram mais animadas o que, segundo os especialistas, deve estar relacionado com a perspectiva de redução das taxas de juros do Banco Central. Para melhor compreensão vide quadro abaixo:

Fontes de pesquisa: - Diário de São Paulo, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo, Jornal da Tarde - Boletim Dieese - Diário da Justiça - Informações obtidas junto às entidades sindicais

EMPREGO NA INDÚSTRIA

Folha Dinheiro, 13 de janeiro de 2006, p. B-1