sinais e sintomas em cardiologia fisioterapia - fmrpusp paulo paulo evora

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SINAIS E SINTOMAS EM CARDIOLOGIA FISIOTERAPIA - FMRPUSP FISIOTERAPIA - FMRPUSP PAULO PAULO EVORA

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Page 1: SINAIS E SINTOMAS EM CARDIOLOGIA FISIOTERAPIA - FMRPUSP PAULO PAULO EVORA

SINAIS E SINTOMAS EM CARDIOLOGIA

FISIOTERAPIA - FMRPUSPFISIOTERAPIA - FMRPUSP

PAULOPAULO EVORA

Page 2: SINAIS E SINTOMAS EM CARDIOLOGIA FISIOTERAPIA - FMRPUSP PAULO PAULO EVORA

SINAIS E SINTOMAS EM CARDIOLOGIA

DISPNÉIA

EDEMA

CIANOSE

SÍNCOPE

PALPITAÇÕES

DOR TORÁCICA

Page 3: SINAIS E SINTOMAS EM CARDIOLOGIA FISIOTERAPIA - FMRPUSP PAULO PAULO EVORA

DISPNÉIADISPNÉIA

Page 4: SINAIS E SINTOMAS EM CARDIOLOGIA FISIOTERAPIA - FMRPUSP PAULO PAULO EVORA

DISPNÉIADISPNÉIA

Conceito: É a consciência da necessidade Conceito: É a consciência da necessidade de um esforço respiratório aumentado.de um esforço respiratório aumentado.

Na linguagem dos pacientes a dispnéia Na linguagem dos pacientes a dispnéia recebe a designação de "cansaço", recebe a designação de "cansaço",

"canseira", "falta de ar", "fôlego curto", "canseira", "falta de ar", "fôlego curto", "fadiga" ou "respiração difícil". "fadiga" ou "respiração difícil".

Diferenciar dispnéia de astenia e de Diferenciar dispnéia de astenia e de fatigabilidade, pois algumas expressões fatigabilidade, pois algumas expressões usadas pelos pacientes podem causar usadas pelos pacientes podem causar

confusão.confusão.

Page 5: SINAIS E SINTOMAS EM CARDIOLOGIA FISIOTERAPIA - FMRPUSP PAULO PAULO EVORA

Mecanismos da dispnéiaMecanismos da dispnéia

O aparelho ventilatório normalmente deve O aparelho ventilatório normalmente deve ter :ter :

Eficiente comando nervoso pelos centros Eficiente comando nervoso pelos centros respiratórios e quimioreceptores centrais e respiratórios e quimioreceptores centrais e

periféricos. periféricos.

Adequada resposta dos músculos respiratórios Adequada resposta dos músculos respiratórios aos comandos nervosos.aos comandos nervosos.

Boa complacência pulmonar.Boa complacência pulmonar.

Ampla permeabilidade das vias aéreas. Ampla permeabilidade das vias aéreas.

A anormalidade de um ou mais destes setores pode A anormalidade de um ou mais destes setores pode levar à dispnéia. levar à dispnéia.

Page 6: SINAIS E SINTOMAS EM CARDIOLOGIA FISIOTERAPIA - FMRPUSP PAULO PAULO EVORA

Teorias da dispnéia Teorias da dispnéia

Aumento do trabalho respiratório Aumento do trabalho respiratório

Isquemia dos músculos respiratórios. Isquemia dos músculos respiratórios.

Estimulação excessiva dos centros Estimulação excessiva dos centros respiratórios. respiratórios.

Transtorno na relação comprimento/ tensão Transtorno na relação comprimento/ tensão (tensão excessiva nos músculos respiratórios). (tensão excessiva nos músculos respiratórios).

A estimulação dos receptores A estimulação dos receptores "J"(justacapilares) "J"(justacapilares)

na congestão pulmonar, fibrose pulmonar, na congestão pulmonar, fibrose pulmonar, na na

asma brônquica.asma brônquica.

Page 7: SINAIS E SINTOMAS EM CARDIOLOGIA FISIOTERAPIA - FMRPUSP PAULO PAULO EVORA

Em qualquer hipótese, a dispnéia é Em qualquer hipótese, a dispnéia é caracterizada por uma ativação excessiva ou caracterizada por uma ativação excessiva ou anormal dos centros respiratórios no tronco anormal dos centros respiratórios no tronco cerebral. Esta ativação ocorre através das cerebral. Esta ativação ocorre através das

seguintes vias e estruturas :seguintes vias e estruturas : Receptores intratorácicos, via vago. Receptores intratorácicos, via vago.

Nervos somáticos aferentes (musculatura Nervos somáticos aferentes (musculatura torácica e parede torácica). torácica e parede torácica).

Quimioreceptores no cérebro, corpos Quimioreceptores no cérebro, corpos carotídeos e aórticos. carotídeos e aórticos.

Centros corticais superiores. Centros corticais superiores.

Fibras aferentes no nervo frênico.Fibras aferentes no nervo frênico.

Page 8: SINAIS E SINTOMAS EM CARDIOLOGIA FISIOTERAPIA - FMRPUSP PAULO PAULO EVORA

Etiologia Etiologia

A dispnéia pode ser atribuída a A dispnéia pode ser atribuída a causas :causas :

Pulmonares Pulmonares

Cardíacas Cardíacas

Metabólicas (acidoses diabética e Metabólicas (acidoses diabética e urêmica) urêmica)

Condições que alteram a ventilação Condições que alteram a ventilação (gravidez, obesidade, anemia, ascite)(gravidez, obesidade, anemia, ascite). . Psíquicas Psíquicas (dispnéia suspirosa)(dispnéia suspirosa)..

Page 9: SINAIS E SINTOMAS EM CARDIOLOGIA FISIOTERAPIA - FMRPUSP PAULO PAULO EVORA

A dispnéia constitui um dos sintomas A dispnéia constitui um dos sintomas mais importantes dos cardiopatas e mais importantes dos cardiopatas e

significa a sensação consciente e significa a sensação consciente e desagradável do ato de respirar. desagradável do ato de respirar.

Apresenta-se sob duas formas: uma Apresenta-se sob duas formas: uma subjetivasubjetiva, que é a dificuldade , que é a dificuldade

respiratória sentida pelo paciente , e respiratória sentida pelo paciente , e outra outra objetivaobjetiva, que se evidencia pelo , que se evidencia pelo aprofundamento ou aceleração dos aprofundamento ou aceleração dos

movimentos respiratórios e pela movimentos respiratórios e pela participação ativa da musculatura participação ativa da musculatura

acessória da respiração (músculos do acessória da respiração (músculos do pescoço na inspiração e músculos pescoço na inspiração e músculos

abdominais na expiração). abdominais na expiração).

Page 10: SINAIS E SINTOMAS EM CARDIOLOGIA FISIOTERAPIA - FMRPUSP PAULO PAULO EVORA

A dispnéia no cardiopata indica uma congestão A dispnéia no cardiopata indica uma congestão pulmonar decorrente da pulmonar decorrente da insuficiência ventricular insuficiência ventricular esquerdaesquerda, apresentando características próprias , apresentando características próprias

quanto à duração, evolução, relação com esforço e quanto à duração, evolução, relação com esforço e posição adotada pelo paciente, que permitem posição adotada pelo paciente, que permitem

reconhecer os seguintes tipos: reconhecer os seguintes tipos:

dispnéia de esforçodispnéia de esforço dispnéia de decúbitodispnéia de decúbito dispnéia paroxísticadispnéia paroxística

A dispnéia de esforço é o tipo mais comum na A dispnéia de esforço é o tipo mais comum na

insuficiência ventricular esquerda. A análise da insuficiência ventricular esquerda. A análise da relação com esforços deve levar em conta, em relação com esforços deve levar em conta, em

primeiro lugar, as atividades habituais exercidas primeiro lugar, as atividades habituais exercidas pelo paciente. Isto porque, para um trabalhador pelo paciente. Isto porque, para um trabalhador

braçal, exercício pesado é algo diferente do que é braçal, exercício pesado é algo diferente do que é entendido por uma pessoa de vida sedentária. entendido por uma pessoa de vida sedentária.

Page 11: SINAIS E SINTOMAS EM CARDIOLOGIA FISIOTERAPIA - FMRPUSP PAULO PAULO EVORA

De conformidade com o tipo de exercício, De conformidade com o tipo de exercício, é classificada em dispnéia aos grandes, é classificada em dispnéia aos grandes,

médios e pequenos esforços.médios e pequenos esforços.

Quando um cardiopata relata dispnéia aos grandes Quando um cardiopata relata dispnéia aos grandes esforços, significa que passou a ter dificuldade respiratória esforços, significa que passou a ter dificuldade respiratória

ao executar uma atividade anteriormente feita sem ao executar uma atividade anteriormente feita sem qualquer desconforto. Por exemplo, escadas que eram qualquer desconforto. Por exemplo, escadas que eram

galgadas sem problemas passam a provocar falta de ar. galgadas sem problemas passam a provocar falta de ar. Não consegue andar depressa, subir uma rampa, executar Não consegue andar depressa, subir uma rampa, executar trabalhos costumeiros ou praticar um esporte para o qual trabalhos costumeiros ou praticar um esporte para o qual estava treinado. A dispnéia aos médios esforços é a que estava treinado. A dispnéia aos médios esforços é a que

surge durante a realização de exercícios físicos de surge durante a realização de exercícios físicos de intensidade mediana, tais como andar em local plano a intensidade mediana, tais como andar em local plano a

passo normal ou subir alguns degraus, mesmo devagar. A passo normal ou subir alguns degraus, mesmo devagar. A dispnéia aos pequenos esforços é a que ocorre ao fazer dispnéia aos pequenos esforços é a que ocorre ao fazer exercícios leves, como tomar banho, trocar de roupa, exercícios leves, como tomar banho, trocar de roupa,

mudar de posição na cama. Às vezes, a dispnéia é mudar de posição na cama. Às vezes, a dispnéia é provocada por atividades que exigem mínimos esforços, provocada por atividades que exigem mínimos esforços,

como o ato de falar mais alto e mais depressa. como o ato de falar mais alto e mais depressa.

Page 12: SINAIS E SINTOMAS EM CARDIOLOGIA FISIOTERAPIA - FMRPUSP PAULO PAULO EVORA

A dispnéia de decúbito é a que surge A dispnéia de decúbito é a que surge quando o paciente se põe na posição quando o paciente se põe na posição

deitada. deitada.

Para aliviá-la, o paciente eleva a cabeça e o Para aliviá-la, o paciente eleva a cabeça e o tórax, usando dois ou mais travesseiros, tórax, usando dois ou mais travesseiros,

chegando a adotar, consciente ou chegando a adotar, consciente ou inconscientemente, a posição semi-sentada inconscientemente, a posição semi-sentada

para dormir. Em fase mais avançada, quando a para dormir. Em fase mais avançada, quando a dispnéia se torna muito intensa, o paciente é dispnéia se torna muito intensa, o paciente é forçado a sentar-se na beira do leito, com as forçado a sentar-se na beira do leito, com as

pernas para fora. É o que se chama pernas para fora. É o que se chama ortopnéiaortopnéia. . Explica-se a dispnéia de decúbito pelo aumento Explica-se a dispnéia de decúbito pelo aumento

da congestão pulmonar em virtude do maior da congestão pulmonar em virtude do maior afluxo de sangue proveniente dos membros afluxo de sangue proveniente dos membros

inferiores e da área esplâncnica. Este tipo de inferiores e da área esplâncnica. Este tipo de dispnéia aparece tão logo o paciente se deita, dispnéia aparece tão logo o paciente se deita, particularidade que permite diferenciá-la da particularidade que permite diferenciá-la da

dispnéia paroxística. dispnéia paroxística.

Page 13: SINAIS E SINTOMAS EM CARDIOLOGIA FISIOTERAPIA - FMRPUSP PAULO PAULO EVORA

A dispnéia paroxística ocorre com mais freqüência A dispnéia paroxística ocorre com mais freqüência à noite, justificando, por isso, a clássica à noite, justificando, por isso, a clássica

denominação de dispnéia paroxística noturna.denominação de dispnéia paroxística noturna.

Sua característica principal consiste no fato de o paciente Sua característica principal consiste no fato de o paciente poder dormir algumas horas, acordando de madrugada, com poder dormir algumas horas, acordando de madrugada, com intensa falta de ar, acompanhada de sufocação, tosse seca e intensa falta de ar, acompanhada de sufocação, tosse seca e

opressão torácica, que o obriga a sentar-se na beira da opressão torácica, que o obriga a sentar-se na beira da cama ou levantar-se. Durante a cama ou levantar-se. Durante a crise dispnêicacrise dispnêica pode haver pode haver

broncoespasmobroncoespasmo, responsável pelo aparecimento de , responsável pelo aparecimento de chiadeira cuja causa é a congestão da mucosa brônquica. chiadeira cuja causa é a congestão da mucosa brônquica.

Nestas condições recebe a denominação de Nestas condições recebe a denominação de asma cardíacaasma cardíaca. . Nas crises mais graves, além da intensa dispnéia, surge Nas crises mais graves, além da intensa dispnéia, surge

tosse com expectoração espumosa, branca ou rósea, tosse com expectoração espumosa, branca ou rósea, cianose, respiração ruidosa pela presença de sibilos e cianose, respiração ruidosa pela presença de sibilos e

estertores finos. Este conjunto de sintomas caracteriza o estertores finos. Este conjunto de sintomas caracteriza o edema agudo de pulmãoedema agudo de pulmão, a condição mais grave da , a condição mais grave da

congestão pulmonar, que põe em risco a vida do paciente. congestão pulmonar, que põe em risco a vida do paciente. Os pacientes que apresentam Os pacientes que apresentam falência ventricular esquerda falência ventricular esquerda agudaaguda, conseqüência de , conseqüência de crise hipertensivacrise hipertensiva ou de ou de infarto do infarto do miocárdiomiocárdio ou que têm uma obstrução a nível da valva mitral ou que têm uma obstrução a nível da valva mitral - - estenose mitralestenose mitral - são os mais propensos a desenvolverem o - são os mais propensos a desenvolverem o

quadro de edema agudo de pulmão.quadro de edema agudo de pulmão.

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EDEMAEDEMA

Page 15: SINAIS E SINTOMAS EM CARDIOLOGIA FISIOTERAPIA - FMRPUSP PAULO PAULO EVORA

EDEMAEDEMA

A quantidade de água do organismo é de aproximadamente A quantidade de água do organismo é de aproximadamente 60% do peso corporal total. Seu valor varia de um órgão para 60% do peso corporal total. Seu valor varia de um órgão para

outro e sua distribuição se faz de maneira funcional e outro e sua distribuição se faz de maneira funcional e harmoniosa graças à ação de fatores hemodinâmicos, renais harmoniosa graças à ação de fatores hemodinâmicos, renais e hormonais que regulam o metabolismo hídrico. Numerosas e hormonais que regulam o metabolismo hídrico. Numerosas

afecções que alteram esses fatores acarretam distúrbios afecções que alteram esses fatores acarretam distúrbios desse metabolismo, destacando-se como dos mais desse metabolismo, destacando-se como dos mais

característicos o característicos o acúmulo de líquido no espaço intersticialacúmulo de líquido no espaço intersticial. .

Tal aumento, constituído de transudato do plasma Tal aumento, constituído de transudato do plasma relativamente desproteinizado e deslipidizado, denomina-se relativamente desproteinizado e deslipidizado, denomina-se

edema.edema.

O edema pode ser localizado e estabelecer-se, por vezes de O edema pode ser localizado e estabelecer-se, por vezes de modo significativo, em determinado órgão, como pulmão e modo significativo, em determinado órgão, como pulmão e

cérebro; outras vezes decorre de reação inflamatória e cérebro; outras vezes decorre de reação inflamatória e comprometimento da drenagem venosa e linfática. Em outras comprometimento da drenagem venosa e linfática. Em outras

condições, como na condições, como na insuficiência cardíacainsuficiência cardíaca, , síndrome síndrome nefróticanefrótica, , cirrose hepáticacirrose hepática e nos e nos estados carenciaisestados carenciais, ,

encontra-se outra modalidade de edema, dito generalizado.encontra-se outra modalidade de edema, dito generalizado.

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EDEMA

As expressões "inchaço" e "inchume" são as mais usadas pelos pacientes

para relatar este sintoma. No edema da insuficiência cardíaca o acúmulo

de líquido pode ocorrer com aumento de até 10% do peso corporal total, sem que apareçam sinais evidentes de edema. Aliás, aumento brusco do peso corporal permite suspeitar de retenção líquida, antes de o edema tornar-se clinicamente detectável.

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EDEMAEDEMALocaliza-se primeiramente no membros inferiores, Localiza-se primeiramente no membros inferiores, pela ação da gravidade, iniciando-se em torno dos pela ação da gravidade, iniciando-se em torno dos maléolos. À medida que vai progredindo, atinge as maléolos. À medida que vai progredindo, atinge as pernas e as coxas. Por influência da gravidade, pernas e as coxas. Por influência da gravidade, o o edema cardíaco aumenta com o decorrer do diaedema cardíaco aumenta com o decorrer do dia, ,

atingindo máxima intensidade à tarde; daí a atingindo máxima intensidade à tarde; daí a denominação de edema maleolar vespertino. denominação de edema maleolar vespertino.

Diminui ou desaparece com o repouso noturno. Diminui ou desaparece com o repouso noturno. Com o agravamento da função do ventrículo Com o agravamento da função do ventrículo

direito o edema atinge o corpo todo, inclusive o direito o edema atinge o corpo todo, inclusive o rosto, quando recebe a denominação rosto, quando recebe a denominação anasarcaanasarca. . Nos pacientes que permanecem acamados, o Nos pacientes que permanecem acamados, o

edema localiza-se predominantemente nas regiões edema localiza-se predominantemente nas regiões sacral, glútea, perineal e parede abdominal. sacral, glútea, perineal e parede abdominal.

Page 18: SINAIS E SINTOMAS EM CARDIOLOGIA FISIOTERAPIA - FMRPUSP PAULO PAULO EVORA

EDEMAEDEMA

Na insuficiência cardíaca direita, a elevação Na insuficiência cardíaca direita, a elevação da pressão hidrostática nos capilares venosos da pressão hidrostática nos capilares venosos

constitui um dos fatores que aumentam a constitui um dos fatores que aumentam a passagem de água para o interstício, aonde passagem de água para o interstício, aonde

vai acumular-se. vai acumular-se.

Outro fator seria o aumento de produção de Outro fator seria o aumento de produção de aldosterona, hormônio que regula a retenção aldosterona, hormônio que regula a retenção

de sódio e a eliminação de potássio, por de sódio e a eliminação de potássio, por diminuição da volemia e aumento da pressão diminuição da volemia e aumento da pressão venosa nos rins. O sódio, retido nos rins pela venosa nos rins. O sódio, retido nos rins pela

aldosterona, aumenta a pressão osmótica aldosterona, aumenta a pressão osmótica intravascular e via osmorreceptores intravascular e via osmorreceptores

hipotalâmicos, pela produção de hormônio hipotalâmicos, pela produção de hormônio antidiurético, há retenção de água pelos rins antidiurético, há retenção de água pelos rins

para restabelecer o volume sanguíneo para restabelecer o volume sanguíneo circulante.circulante.

Page 19: SINAIS E SINTOMAS EM CARDIOLOGIA FISIOTERAPIA - FMRPUSP PAULO PAULO EVORA

SÍNDROME DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA SÍNDROME DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVACONGESTIVA

DISPNÉIA:DISPNÉIA: de esforço, progressiva, de decúbito, de esforço, progressiva, de decúbito, ortopnéia, trepopnéia, asma cardíaca, edema agudo do ortopnéia, trepopnéia, asma cardíaca, edema agudo do

pulmão. pulmão.

EDEMA:EDEMA: inicia-se nos pés e progride para cima, pode inicia-se nos pés e progride para cima, pode haver ascite e derrame pleural. haver ascite e derrame pleural.

CIANOSE MISTA:CIANOSE MISTA: Central e periférica. Central e periférica.

ALTERAÇÕES URINÁRIAS:ALTERAÇÕES URINÁRIAS: oligúria, nictúria. oligúria, nictúria.

ALTERAÇÕES DIGESTIVAS:ALTERAÇÕES DIGESTIVAS: Anorexia, desconforto no Anorexia, desconforto no epigástrio.epigástrio.

ALTERAÇÕES PSICONEUROLÓGICAS:ALTERAÇÕES PSICONEUROLÓGICAS: Atividade mental Atividade mental diminuída, coma.diminuída, coma.

ALTERAÇÕES CARDÍACAS E VASCULARES:ALTERAÇÕES CARDÍACAS E VASCULARES: Palpitações Palpitações

por arritmias. por arritmias.

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CIANOSECIANOSE

Page 21: SINAIS E SINTOMAS EM CARDIOLOGIA FISIOTERAPIA - FMRPUSP PAULO PAULO EVORA

CIANOSECIANOSE

Cianose, termo de origem grega e que Cianose, termo de origem grega e que significa azul-escuro, designa em clínica a significa azul-escuro, designa em clínica a tonalidade especial que assumem a pele e tonalidade especial que assumem a pele e

mucosas em determinadas condições. mucosas em determinadas condições. Geralmente é devida à coloração azulada Geralmente é devida à coloração azulada

conferida pela conferida pela hemoglobina reduzida hemoglobina reduzida que no que no sangue circulante se apresenta aumentada sangue circulante se apresenta aumentada em quantidade absoluta. Mais raramente é em quantidade absoluta. Mais raramente é

relacionada à presença de outros relacionada à presença de outros pigmentos, como nos casos de pigmentos, como nos casos de

metahemoglobinemiametahemoglobinemia e de e de sulfahemoglobinemiasulfahemoglobinemia que também conferem que também conferem

coloração acinzentado-azulada à pele.coloração acinzentado-azulada à pele.

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CIANOSECIANOSE

Na história clínica tem importância a duração da cianose. Se Na história clínica tem importância a duração da cianose. Se ela estiver presente desde o nascimento, leva-nos a pensar ela estiver presente desde o nascimento, leva-nos a pensar

que seja devida a doença cardíaca congênita. Quanto à que seja devida a doença cardíaca congênita. Quanto à fisiopatologia,fisiopatologia, há quatro tipos de cianose: central, há quatro tipos de cianose: central, periférica, mista e por alterações da hemoglobinaperiférica, mista e por alterações da hemoglobina. .

A cianose do tipo central é a mais freqüente, podendo ocorrer A cianose do tipo central é a mais freqüente, podendo ocorrer nas seguintes condições:nas seguintes condições:

Diminuição da tensão de O2 no ar inspirado Diminuição da tensão de O2 no ar inspirado (grandes (grandes

altitudes)altitudes). .

Transtorno da ventilação pulmonar Transtorno da ventilação pulmonar (obstrução de vias (obstrução de vias aéreas)aéreas)..

Transtorno da difusão Transtorno da difusão (congestão pulmonar)(congestão pulmonar)..

Transtorno da perfusão Transtorno da perfusão (embolia pulmonar)(embolia pulmonar)..

Curto-circuito ou shunt direita/esquerda Curto-circuito ou shunt direita/esquerda (tetralogia de (tetralogia de

Fallot).Fallot).

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CIANOSECIANOSE

A cianose do tipo periférico se A cianose do tipo periférico se acompanha de pele fria e a causa mais acompanha de pele fria e a causa mais comum é a vasoconstrição generalizada comum é a vasoconstrição generalizada devido à exposição ao ar ou à água fria. devido à exposição ao ar ou à água fria.

A cianose do tipo misto é assim A cianose do tipo misto é assim chamada porque se associam os chamada porque se associam os

mecanismos da cianose do tipo central mecanismos da cianose do tipo central com os do tipo periférico. Exemplo: a com os do tipo periférico. Exemplo: a

cianose da Insuficiência Cardíaca cianose da Insuficiência Cardíaca Congestiva grave.Congestiva grave.

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SÍNCOPESÍNCOPE

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SÍNCOPESÍNCOPE

Desmaio é a perda súbita e transitória da Desmaio é a perda súbita e transitória da consciência (síncope). Nem sempre, contudo, consciência (síncope). Nem sempre, contudo,

o desmaio ocorre em sua forma completa, o desmaio ocorre em sua forma completa, podendo ser parcial a perda da consciência podendo ser parcial a perda da consciência

(pré-sincope ou lipotímia) (pré-sincope ou lipotímia)

Pode ser de origem psicogênica ou por Pode ser de origem psicogênica ou por redução aguda, mas transitória, do fluxo redução aguda, mas transitória, do fluxo

sanguíneo cerebral. sanguíneo cerebral.

Quase sempre o quadro evolui rapidamente Quase sempre o quadro evolui rapidamente para a recuperação da consciência, pois, se para a recuperação da consciência, pois, se não houver melhora da perfusão cerebral, não houver melhora da perfusão cerebral,

sobrevirá a morte em curto período de tempo. sobrevirá a morte em curto período de tempo.

Page 28: SINAIS E SINTOMAS EM CARDIOLOGIA FISIOTERAPIA - FMRPUSP PAULO PAULO EVORA

SÍNCOPESÍNCOPE

Principais causas de síncopePrincipais causas de síncope

I.I. Causas cardíacas:Causas cardíacas: Arritmias, Diminuição do Arritmias, Diminuição do débito cardíaco (Estenose aórtica), Diminuição débito cardíaco (Estenose aórtica), Diminuição mecânica do retorno venoso (Mixoma atrial), mecânica do retorno venoso (Mixoma atrial),

HipovolemiaHipovolemia

II.II. Causas extracardíacas: Causas extracardíacas: Metabólicas: Metabólicas: (Hipoglicemia), Neurogênicas: (Síndrome do seio (Hipoglicemia), Neurogênicas: (Síndrome do seio

carotídeo), síncope da micção. Obstrução carotídeo), síncope da micção. Obstrução extracardíaca do fluxo de sangue: trombose extracardíaca do fluxo de sangue: trombose

carotídea. Síncope psicogênica.carotídea. Síncope psicogênica.

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SÍNCOPE CAUSAS CARDÍACAS

As alterações na origem ou na condução do estímulo podem causar síncope quando houver bradicardia com

freqüência inferior a 40 batimentos por minuto ou taquicardia com freqüência acima de 180 batimentos por

minuto.

Excepcionalmente, a insuficiência cardíaca é capaz de reduzir o fluxo sanguíneo cerebral a ponto de produzir

sintomas cerebrais.

Na crise hipertensiva grave e na hipotensão postural pode ocorrer desmaio, especialmente quando a elevação ou a

queda dos níveis tensionais se faz bruscamente.

Na tetralogia de Fallot, ocorre redução do fluxo pulmonar, a mistura do sangue venoso com o arterial na aorta dextroposta e conseqüente redução no conteúdo de

oxigênio do sangue que vai para os órgãos.

Page 30: SINAIS E SINTOMAS EM CARDIOLOGIA FISIOTERAPIA - FMRPUSP PAULO PAULO EVORA

SÍNCOPESÍNCOPE

CAUSAS EXTRACARDÍCASCAUSAS EXTRACARDÍCAS

Síncope psicogênicaSíncope psicogênica

Hipotensão posturalHipotensão postural Síndrome do seio carotídeoSíndrome do seio carotídeo Alcalose respiratória por Alcalose respiratória por

hiperventilaçãohiperventilação Hipoglicemia. Hipoglicemia.

Page 31: SINAIS E SINTOMAS EM CARDIOLOGIA FISIOTERAPIA - FMRPUSP PAULO PAULO EVORA

SÍNCOPESÍNCOPE

A hipotensão postural caracteriza-se por rápida A hipotensão postural caracteriza-se por rápida queda da pressão arterial quando o paciente se queda da pressão arterial quando o paciente se

levanta do leito e adota a posição de pé. levanta do leito e adota a posição de pé.

Pode ocorrer em indivíduos normais que Pode ocorrer em indivíduos normais que permanecem em pé durante muito tempo, numa permanecem em pé durante muito tempo, numa posição fixa (desmaios de soldados e colegiais posição fixa (desmaios de soldados e colegiais em dias de solenidades com longos discursos). em dias de solenidades com longos discursos).

A hipotensão pode ser observada após A hipotensão pode ser observada após exercícios físicos exaustivos, inanição, exercícios físicos exaustivos, inanição,

enfermidades prolongadas, desequilíbrio enfermidades prolongadas, desequilíbrio hidroeletrolítico e uso de medicamentos anti-hidroeletrolítico e uso de medicamentos anti-

hipertensivos. hipertensivos.

Page 32: SINAIS E SINTOMAS EM CARDIOLOGIA FISIOTERAPIA - FMRPUSP PAULO PAULO EVORA

SÍNCOPESÍNCOPE

A síncope psicogênica é o tipo mais comum de desmaio, podendo A síncope psicogênica é o tipo mais comum de desmaio, podendo ser desencadeada por impacto emocional, visão de sangue, dor ser desencadeada por impacto emocional, visão de sangue, dor

intensa, lugar fechado, ambiente quente.intensa, lugar fechado, ambiente quente.

Uma de suas principais características é a rápida recuperação ao Uma de suas principais características é a rápida recuperação ao se deitar o paciente. se deitar o paciente.

A perda da consciência pode ocorrer abruptamente ou ser A perda da consciência pode ocorrer abruptamente ou ser precedida de sensação de mal-estar geral, fraqueza, tonturas, precedida de sensação de mal-estar geral, fraqueza, tonturas,

palidez, sudorese, bocejos, desconforto abdominal ou náuseas. palidez, sudorese, bocejos, desconforto abdominal ou náuseas.

Admite-se que o mecanismo básico da síncope psicogênica seja o Admite-se que o mecanismo básico da síncope psicogênica seja o desvio brusco do sangue para os músculos, em conseqüência de desvio brusco do sangue para os músculos, em conseqüência de

rápida queda da resistência periférica por vasodilatação.rápida queda da resistência periférica por vasodilatação.

Do ponto de vista neurovegetativo, há inibição generalizada do Do ponto de vista neurovegetativo, há inibição generalizada do tono simpático com aumento relativo da atividade vagal.tono simpático com aumento relativo da atividade vagal.

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PALPITAÇÕESPALPITAÇÕES

Page 34: SINAIS E SINTOMAS EM CARDIOLOGIA FISIOTERAPIA - FMRPUSP PAULO PAULO EVORA

PALPITAÇÕES PALPITAÇÕES

Palpitações podem ser definidas como a Palpitações podem ser definidas como a percepção incômoda dos batimentos cardíacos. percepção incômoda dos batimentos cardíacos.

São relatadas como "disparos", "batimentos São relatadas como "disparos", "batimentos mais fortes", "falhas", "arrancos", "paradas", mais fortes", "falhas", "arrancos", "paradas",

"tremor no coração", "o coração deixa de "tremor no coração", "o coração deixa de bater", "o coração pula", além de outras bater", "o coração pula", além de outras

expressões. expressões.

As palpitações devem ser analisadas quanto As palpitações devem ser analisadas quanto à freqüência, ritmo, horário de aparecimento, à freqüência, ritmo, horário de aparecimento, modo de instalação e desaparecimento, isto é, modo de instalação e desaparecimento, isto é,

se têm início e término súbitos. Convém se têm início e término súbitos. Convém indagar, também, quanto ao uso de chá, coca-indagar, também, quanto ao uso de chá, coca-

cola, café, bebida alcoólica, cigarros e cola, café, bebida alcoólica, cigarros e medicamentos.medicamentos.

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PALPITAÇÕES PALPITAÇÕES

Há três tipos principais de palpitações - as palpitações Há três tipos principais de palpitações - as palpitações de esforço, as que traduzem alterações do ritmo de esforço, as que traduzem alterações do ritmo

cardíaco e as que acompanham os distúrbios cardíaco e as que acompanham os distúrbios emocionais. emocionais.

As palpitações de esforço surgem durante a execução As palpitações de esforço surgem durante a execução de esforços físicos e desaparecem com o repouso.de esforços físicos e desaparecem com o repouso.

Nos pacientes com cardiopatia têm o mesmo Nos pacientes com cardiopatia têm o mesmo

significado da dispnéia de esforço, sendo comum significado da dispnéia de esforço, sendo comum ocorrerem simultaneamente. ocorrerem simultaneamente.

As palpitações decorrentes de alterações no ritmo As palpitações decorrentes de alterações no ritmo cardíaco são descritas pelos pacientes com expressões cardíaco são descritas pelos pacientes com expressões

ou comparações que permitem ao médico presumir até o ou comparações que permitem ao médico presumir até o tipo de arritmia. Assim, o relato de "falhas" e "arrancos" tipo de arritmia. Assim, o relato de "falhas" e "arrancos"

indica quase sempre a ocorrência de (extrassístoles).indica quase sempre a ocorrência de (extrassístoles). ..

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PALPITAÇÕES PALPITAÇÕES

É provável que o paciente perceba mais os É provável que o paciente perceba mais os batimentos pós-extra-sistólicos do que as batimentos pós-extra-sistólicos do que as

contrações prematuras. contrações prematuras.

De outro modo, a sensação de que o coração De outro modo, a sensação de que o coração "deixa de bater" corresponde mais às pausa "deixa de bater" corresponde mais às pausa

compensadoras. compensadoras.

Quando as palpitações têm início e fim súbitos, Quando as palpitações têm início e fim súbitos, costumam ser indicativas de taquicardia costumam ser indicativas de taquicardia

paroxística, enquanto as que têm início súbito e paroxística, enquanto as que têm início súbito e fim gradual sugerem taquicardia sinusal ou fim gradual sugerem taquicardia sinusal ou

estado de (ansiedade). estado de (ansiedade).

O relato de taquicardia com batimentos O relato de taquicardia com batimentos irregulares pode levantar a suspeita de irregulares pode levantar a suspeita de

(fibrilação atrial).(fibrilação atrial).

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PALPITAÇÕES PALPITAÇÕES

As palpitações constituem queixa comum dos As palpitações constituem queixa comum dos pacientes com transtornos emocionais, podendo pacientes com transtornos emocionais, podendo fazer parte, de síndromes psíquicas, cuja origem fazer parte, de síndromes psíquicas, cuja origem

reside nas agressões emocionais sofridas nos reside nas agressões emocionais sofridas nos primeiros anos de vida (castigo, medo, ameaças) primeiros anos de vida (castigo, medo, ameaças)

ou nas dificuldades e desajustes ocorridos na ou nas dificuldades e desajustes ocorridos na vida adulta, incluindo carência afetiva, desajuste vida adulta, incluindo carência afetiva, desajuste

conjugal, problemas econômicos, insatisfação conjugal, problemas econômicos, insatisfação sexual.sexual.

Cumpre ressaltar que as palpitações de causa Cumpre ressaltar que as palpitações de causa emocional costumam ser desencadeadas por emocional costumam ser desencadeadas por

agressões emocionais e, muitas vezes, agressões emocionais e, muitas vezes, acompanha-se de sudorese, dormências, além de acompanha-se de sudorese, dormências, além de

outros distúrbios neurovegetativos.outros distúrbios neurovegetativos.

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DOR PRÉ-CORDIALDOR PRÉ-CORDIAL

Page 39: SINAIS E SINTOMAS EM CARDIOLOGIA FISIOTERAPIA - FMRPUSP PAULO PAULO EVORA

Dor Precordial TípicaDor Precordial Típica

QualidadeQualidade– Peso, opressão, aperto, queimação, Peso, opressão, aperto, queimação,

dolorimentodolorimento LocalizaçãoLocalização

– Retroesternal ou discretamente à esquerda Retroesternal ou discretamente à esquerda da linha médiada linha média

RadiaçãoRadiação– Pescoço, mandíbula, braço esquerdo, Pescoço, mandíbula, braço esquerdo,

porção medial braço esquerdo, porção medial braço esquerdo, ocasionalmente braço direito, região ocasionalmente braço direito, região interescapular, epigástrico, infraescapularinterescapular, epigástrico, infraescapular

IntensidadeIntensidade– Leve a moderada; geralmente bem Leve a moderada; geralmente bem

toleráveltolerável

DOENÇA CORONARIANA DOENÇA CORONARIANA CRÔNICACRÔNICA

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Dor Precordial TípicaDor Precordial Típica

Modo de início e desaparecimentoModo de início e desaparecimento– Aumento e redução gradualAumento e redução gradual

DuraçãoDuração– 2 a 15 minutos2 a 15 minutos

Fatores precipitantesFatores precipitantes– Exercício, estresse emocional, refeições Exercício, estresse emocional, refeições

pesadas, frio ambientepesadas, frio ambiente Fatores de alívioFatores de alívio

– Repouso, nitratosRepouso, nitratos Sintomas associadosSintomas associados

– Dispnéia, tontura, fadiga, síncopeDispnéia, tontura, fadiga, síncope

DOENÇA CORONARIANA DOENÇA CORONARIANA CRÔNICACRÔNICA

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Dor Precordial TípicaDor Precordial Típica Sinal de LevineSinal de Levine

– Punho fechado sobre esternoPunho fechado sobre esterno

DOENÇA CORONARIANA CRÔNICADOENÇA CORONARIANA CRÔNICA

Page 42: SINAIS E SINTOMAS EM CARDIOLOGIA FISIOTERAPIA - FMRPUSP PAULO PAULO EVORA

Critério para classificar dor torácicaCritério para classificar dor torácica

CritérioCritério

1.1. Relação com esforçoRelação com esforço

2.2. Duração breve (2 a 15 min)Duração breve (2 a 15 min)

3.3. Melhora com repouso ou nitratoMelhora com repouso ou nitrato

4.4. RetroesternalRetroesternal

5.5. Radiação para mandíbula, pescoço ou Radiação para mandíbula, pescoço ou

braço esquerdobraço esquerdo

6.6. Ausência de outra causa de dorAusência de outra causa de dor

DOENÇA CORONARIANA DOENÇA CORONARIANA CRÔNICACRÔNICA

Patterson e Horowitz. J Am Coll Cardiol. 13:1653, 1980Patterson e Horowitz. J Am Coll Cardiol. 13:1653, 1980

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Critério para classificar dor torácicaCritério para classificar dor torácicaClassificaçãoClassificação

I – Angina TípicaI – Angina Típica

– Critério 1 a 3 positivosCritério 1 a 3 positivos

– Quaisquer 4 critérios positivosQuaisquer 4 critérios positivos

II – Dor torácica atípicaII – Dor torácica atípica

– Quaisquer 2 critérios positivosQuaisquer 2 critérios positivos

– Somente critérios 4 – 6 Somente critérios 4 – 6 positivospositivos

III – Dor torácica não anginosaIII – Dor torácica não anginosa

– Somente um critério positivoSomente um critério positivo

DOENÇA CORONARIANA DOENÇA CORONARIANA CRÔNICACRÔNICA

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DOENÇA CORONARIANA CRÔNICADOENÇA CORONARIANA CRÔNICA

Gradação da intensidade da angina de acordo com a classificação da Sociedade Canadense de Cardiologia

Classe Classe Manifestações clínicasManifestações clínicasII

IIII

IIIIII

IVIV

Atividade física habitual, como andar ou subir Atividade física habitual, como andar ou subir escadas, não causa angina. Ela ocorre durante escadas, não causa angina. Ela ocorre durante exercício extenuante, rápido ou prolongado, realizado exercício extenuante, rápido ou prolongado, realizado durante trabalho ou recreação.durante trabalho ou recreação.Limitações leves na atividade habitual. Angina ocorre Limitações leves na atividade habitual. Angina ocorre ao andar ou subir escadas rapidamente; andar em ao andar ou subir escadas rapidamente; andar em aclive; andar ou subir escadas após refeições, no frio aclive; andar ou subir escadas após refeições, no frio ou sob estresse emocional; ou somente poucas horas ou sob estresse emocional; ou somente poucas horas após despertar. Angina ocorre após andar 2 após despertar. Angina ocorre após andar 2 quarteirões no plano ou subir mais que um andar em quarteirões no plano ou subir mais que um andar em escadas convencionais, no passo normal e sob escadas convencionais, no passo normal e sob condições normais.condições normais. Limitações acentuadas da atividade física habitual. Limitações acentuadas da atividade física habitual. Angina ocorre ao andar 1 a 2 quarteirões no plano ou Angina ocorre ao andar 1 a 2 quarteirões no plano ou subir um andar de escadas sob condições normais e no subir um andar de escadas sob condições normais e no passo normal.passo normal.Incapacidade de executar qualquer atividade física Incapacidade de executar qualquer atividade física sem desconforto – angina pode manifestar-se em sem desconforto – angina pode manifestar-se em repouso.repouso. ACC/AHA guidelines for Unstable Angina, 2000

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Isquemia MiocárdicaIsquemia Miocárdica

Manifestações atípicasManifestações atípicas

– Dispnéia, fadiga, fraqueza (equivalente Dispnéia, fadiga, fraqueza (equivalente

anginoso)anginoso)

– Ausência de dor precordial (isquemia Ausência de dor precordial (isquemia

silenciosa)silenciosa)

Até 25% pacientes (especialmente Até 25% pacientes (especialmente

diabéticos)diabéticos)

– Dor precordial atípica (mulheres)Dor precordial atípica (mulheres)

DOENÇA CORONARIANA DOENÇA CORONARIANA CRÔNICACRÔNICA

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Dor Precordial AtípicaDor Precordial Atípica

DOENÇA CORONARIANA DOENÇA CORONARIANA CRÔNICACRÔNICA

▼ caráter pleurítico

▼ desconforto localizado na porção média ou inferior do abdômen

▼ dor que pode ser localizada apenas com a ponta de um dedo

▼ dor que pode ser reproduzida com o movimento ou palpação da parede torácica ou dos braços

▼ episódios de dor muito curtos que duram alguns segundos ou dor constante que dura muitas horas

▼ dor que se irradia para extremidades inferiores

Características que não são típicas de isquemia miocárdica: