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SESSÕES DE COMUNICAÇÕES INTEGRADAS DE LÍNGUA MATERNA Quinta-feira – 23 de outubro Local - Faculdade de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis (FEAC) Horário - 10h50min – 12h30min SESSÃO 1 – SALA 101 Representações de língua portuguesa em narrativas de professores: o ser-estar- entre-línguas NETTO, Angela Derlise Stübe (UNC – SC) [email protected] Neste trabalho, fruto de nossa tese de doutoramento, analisamos a constituição identitária de professores de língua portuguesa (LP) que não possuem exclusivamente essa língua em sua inscrição no campo da linguagem para pensarmos então seu processo de formação. Participaram desta pesquisa 14 professores da educação básica da rede pública de ensino da região de Concórdia/SC, cuja história sociocultural é marcada pela imigração européia. A construção metodológica orientou-se por relatos escritos sobre as histórias das formações lingüística e profissional de cada professor, além de uma entrevista pautada por elementos extraídos daqueles relatos. Nosso pressuposto era o de que, no imaginário, circulava a idéia de que a LP é a língua materna (LM) de quem nasce no Brasil. Entretanto, muitos enunciadores – como verificado em nosso corpus - não possuem exclusivamente a LP como LM. Diante desse complexo contexto, formulamos a hipótese de que histórias de vida caracterizadas por uma constituição lingüística marcadamente plural trazem incidências para a formação de professores de LP. Em termos epistemológicos, situamo-nos na interface de teorias que trabalham com a noção de sujeito da linguagem, compreendido como constitutivamente contraditório, sustentado pelo desejo e pelo inconsciente. A partir das análises, foi possível darmos visibilidade à noção de língua atravessada pela heterogeneidade, que constitui o entre-línguas. Isso implica questionar a uni(ci)dade da língua, que aponta para a presença do outro/Outro do/no dizer. Percebemos que, ao responderem à questão “Qual é sua língua materna?”, os professores não conseguiram designá-la no singular, pois a alteridade a/os constitui: o Real da língua irrompe e – no intradiscurso - (des)constrói a representação de língua una, homogênea e de nação monolíngüe. A alteridade e a heterogeneidade, (des)mascaradas no dizer desses enunciadores, conduzem a uma experiência de estranhamento, o que nos leva a (re)pensar o processo de formação de professores no citado locus. (Apoio: FAPESP) Ângela Delise Stübe Netto é graduada em Letras - Licenciatura Plena, pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (1997); Mestre em Letras pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM (2000); Doutora em Lingüística Aplicada, pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP (2008). Professora licenciada da Fundação Universidade do Contestado - UNC, Campus Concórdia/SC. Tem experiência nas áreas de Letras e de Educação, atuando

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SESSÕES DE COMUNICAÇÕES INTEGRADAS DE LÍNGUA MATERNA

Quinta-feira – 23 de outubro Local - Faculdade de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis (FEAC) Horário - 10h50min – 12h30min SESSÃO 1 – SALA 101 Representações de língua portuguesa em narrativas de professores: o ser-estar-

entre-línguas NETTO, Angela Derlise Stübe (UNC – SC)

[email protected]

Neste trabalho, fruto de nossa tese de doutoramento, analisamos a constituição identitária de professores de língua portuguesa (LP) que não possuem exclusivamente essa língua em sua inscrição no campo da linguagem para pensarmos então seu processo de formação. Participaram desta pesquisa 14 professores da educação básica da rede pública de ensino da região de Concórdia/SC, cuja história sociocultural é marcada pela imigração européia. A construção metodológica orientou-se por relatos escritos sobre as histórias das formações lingüística e profissional de cada professor, além de uma entrevista pautada por elementos extraídos daqueles relatos. Nosso pressuposto era o de que, no imaginário, circulava a idéia de que a LP é a língua materna (LM) de quem nasce no Brasil. Entretanto, muitos enunciadores – como verificado em nosso corpus - não possuem exclusivamente a LP como LM. Diante desse complexo contexto, formulamos a hipótese de que histórias de vida caracterizadas por uma constituição lingüística marcadamente plural trazem incidências para a formação de professores de LP. Em termos epistemológicos, situamo-nos na interface de teorias que trabalham com a noção de sujeito da linguagem, compreendido como constitutivamente contraditório, sustentado pelo desejo e pelo inconsciente. A partir das análises, foi possível darmos visibilidade à noção de língua atravessada pela heterogeneidade, que constitui o entre-línguas. Isso implica questionar a uni(ci)dade da língua, que aponta para a presença do outro/Outro do/no dizer. Percebemos que, ao responderem à questão “Qual é sua língua materna?”, os professores não conseguiram designá-la no singular, pois a alteridade a/os constitui: o Real da língua irrompe e – no intradiscurso - (des)constrói a representação de língua una, homogênea e de nação monolíngüe. A alteridade e a heterogeneidade, (des)mascaradas no dizer desses enunciadores, conduzem a uma experiência de estranhamento, o que nos leva a (re)pensar o processo de formação de professores no citado locus. (Apoio: FAPESP)

Ângela Delise Stübe Netto é graduada em Letras - Licenciatura Plena, pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (1997); Mestre em Letras pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM (2000); Doutora em Lingüística Aplicada, pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP (2008). Professora licenciada da Fundação Universidade do Contestado - UNC, Campus Concórdia/SC. Tem experiência nas áreas de Letras e de Educação, atuando

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principalmente nos seguintes temas: lingüística, formação de professores, leitura e escrita, ensino-aprendizagem de língua materna, políticas lingüísticas. Membro do GT “Práticas Identitárias em Lingüística Aplicada’, na ANPOLL, e participante do Projeto de Pesquisa “(Des)construindo identidade(s): formas de representação de si e do outro nos discursos sobre línguas (materna e estrangeira)” (financiado pelo CNPq), sob coordenação da Profa. Dra.. Maria José Rodrigues Faria Coracini, no DLA/IEL/UNICAMP.

A visão do professor sobre correção gramatical e sua prática corretiva

COSTA, Patrícia da Silva Campelo (UFRGS) [email protected]

SILVA, Betina Rubin da (UFRGS) [email protected]

Partindo dos estudos realizados por Truscott (1996), Ferris (1999) e Barcellos (2006), este trabalho tem como objetivo discutir as crenças de professores de língua materna relacionadas à correção do erro em textos escritos e investigar de que forma elas se refletem na sua prática corretiva. Para tanto, é examinado de que modo foram corrigidas as produções textuais de duas turmas de alunos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio em uma escola da rede privada de ensino por duas professoras de português. Em relação aos dados investigados, foram coletadas redações dos alunos de ambas as turmas e realizadas entrevistas semi-estruturadas com as professoras, nas quais foram incluídos questionamentos relativos às suas percepções sobre o papel da correção e a questão do erro em textos escritos. A partir do exame das redações e das transcrições das entrevistas foi constatada disparidade entre a crença referente ao tratamento corretivo de uma das professoras e seu modo de correção. Desse modo, através da análise dos dados, foram encontradas evidências de que os professores nem sempre seguem suas crenças no processo de prática corretiva. Como não há um número expressivo de trabalhos que relacionem crenças com o tratamento do erro, essa pesquisa vem colaborar com a prática pedagógica dos professores de língua materna a partir da reflexão sobre seu processo corretivo. Patrícia da Silva Campelo Costa é Mestranda em Lingüística Aplicada na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e professora de língua inglesa. Betina Rubin da Silva é Mestranda em Lingüística Aplicada na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e professora de língua portuguesa.

As “faltas” do aluno e professor: um estudo identitário

MARTINS ,Alessandra Avila (UCPel) [email protected]

FIALHO ,Vanessa Ribas (UCPel)

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[email protected]

A partir da disciplina Lingüística Aplicada ao Ensino da Língua Materna (LM), do Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Católica de Pelotas, produzimos um texto sobre “o que significa ser professor de línguas” – neste momento histórico da profissão e do meio social em que estamos estão inseridos. A partir desses textos, foi solicitado para a avaliação da disciplina um artigo que abordasse os aspectos identitários do professor que são discorridos nos textos. Nossos textos e o de mais 7 colegas, totalizando 9, configuram nosso corpus de análise. Para levar a cabo tal análise, partimos das idéias de Hall (2006) sobre identidade e de Coracini (2003) sobre a identidade do professor de línguas. Com esses pressupostos, olhamos os textos em dois nichos: o primeiro aborda a falta do aluno e o segundo, a falta do professor. Os enunciados das professoras (nos incluímos neste grupo) nos permitem visualizar as imagens ou representações que temos do aluno e o olhar sobre nós mesmas. A análise de nossos textos nos permitiu concluir que os discursos das professoras são parte constitutiva da identidade docente do professor de línguas, pois é nesses dizeres que emerge a forma como o professor se relaciona com sua profissão e com seus alunos.

Alessandra Ávila Martins é graduada em Letras – Português (FURG). Especialista em Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa (URI – Campus de Erechim). Mestre em Letras- Estudos Lingüísticos (UPF). Doutoranda em Letras – Lingüística Aplicada (UCPel) Vanessa Ribas Fialho é graduada em Letras - Espanhol - (UFSM). Mestre em Letras - Lingüística Aplicada - (UCPel). Doutoranda em Letras - Lingüística Aplicada Professora da FAMES – Santa Maria.

SESSÃO 2 – SALA 102

O sentido da forma pela enunciação

GOMES, Catiúcia Carniel (UPF) [email protected]

TOLDO, Claudia Stumpf (UPF) [email protected]

Tem-se como objetivo, nesse trabalho, estudar os efeitos de sentido de algumas unidades da língua em situação real de comunicação. O tema desta pesquisa é o estudo dos efeitos de sentido de unidades da língua – nomes, verbos, conjunções, advérbios – previstas no sistema lingüístico, e que podem ser explicados a partir de seu funcionamento em textos/discursos. A área de estudos em que se inscreve o tema desta pesquisa são as Teorias da Enunciação nas abordagens de Bakhtin, Benveniste e Ducrot. Esse trabalho se justifica pelo fato de que não há como analisar qualquer fato da língua sem considerar o funcionamento do texto/discurso, até porque as pessoas usam a língua para produzir sentido. Além disso, nem a língua em si mesma, nem a

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palavra isolada nos dão sua dimensão semântica. Isso só é possível no texto/discurso. Não basta saber o que significa cada uma das unidades da língua que compõem um enunciado, mas é preciso perceber que relações essas unidades do sistema lingüístico mantém com outras unidades em dada situação de uso. Destacamos que só podemos observar a construção do sentido no discurso, ou seja, a partir da sua enunciação.

Catiúcia Carniel Gomes é acadêmica do Curso de Letras da Universidade de Passo Fundo e bolsista de Iniciação Científica, vinculada ao programa PIBIC-UPF. Claudia Stumpf Toldo é Doutor em Lingüística Aplicada pela PUCRS. É professora titular do Curso de Letras e do Programa de Pós-Graduação – Mestrado em Letras da Universidade de Passo Fundo, na área de estudos lingüísticos.

O que se diz às mulheres nos textos publicitários?

SCHOLZE , Nadir Teresinha ( FAHOR)

[email protected]

O presente trabalho tem por objetivo demonstrar, através da análise das marcas lingüísticas, como se constitui a categoria de pessoa no anúncio publicitário veiculado em revistas femininas. Este estuda apóia-se na perspectiva da Teoria da Enunciação, tal como é proposta por Émile Benveniste. Buscou-se o suporte teórico nos estudos desse autor por ser um dos principais estudiosos da enunciação e referência num modelo de análise voltado à enunciação. Apresentamos primeiramente a concepção de enunciação em Benveniste e sua contribuição para os estudos enunciativos. Essa concepção foi consolidada a partir da explicitação de conceitos significativos, que, segundo ele, fazem parte da enunciação: língua e linguagem; sujeito e subjetividade e a categoria de pessoa, espaço e tempo. Em Benveniste constatamos que a enunciação possui uma organização específica, da qual fazem parte o locutor e o alocutário. O locutor (eu) é quem se apropria da língua e se enuncia, instaurando o “tu” (alocutário) a quem se dirige. Quando “eu” se enuncia dirigindo-se a um “tu”, exprime a subjetividade e reafirma a unicidade. O enunciado é o resultado desse ato que pode ser repetido, mas a enunciação é irrepetível. Assim, procuramos verificar, no anúncio publicitário veiculado na Revista Cláudia, ano 45, do mês de julho de 2006, página 125, como o “tu” feminino, ou seja, a imagem da mulher é constituída no discurso publicitário. Nadir Teresinha Scholze é Especialista em Leitura e Redação pela Faculdade Salesiana Dom Bosco – Santa Rosa/RS; Mestre em Letras – Estudos lingüísticos, pela Universidade de Passo Fundo/RS. Professora de Redação e Comunicação na Faculdade Horizontina – FAHOR. Membro da banca corretora de redações do vestibular da FAHOR.

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Bakhtin e a leitura do gênero capa de revista

VALÉRIO , Patrícia da Silva Valério (UPF) [email protected]

DIEDRICH, Marlete Sandra (UPF) [email protected]

O trabalho que segue resulta de um interesse especial nos estudos de Mikhail Bakhtin e de seus colegas Medvedev e Voloshinov que, juntos, constituíram o Círculo de Bakhtin. Nesse texto, procuramos resgatar a origem dos estudos sobre polifonia em Bakhtin a fim de analisar a multiplicidade de vozes presentes em um gênero textual da atualidade. Vimos que a polifonia como conceito teve origem nos estudos de Bakhtin sobre a obra do romancista Fiodor Dostoievski, autor que inaugurou novo gênero romanesco, o qual rompeu com o conceito de romance vigente na época (início século XX) através da apresentação de personagens cuja complexidade se constitui, dentre outras razões, no fato de esses personagens serem portadores de consciência, que Bakhtin denominou dialógica. Para o filósofo russo, onde há consciência começa o diálogo. Após resgatar as origens da polifonia, analisamos o gênero textual capa de revista, a fim de observarmos a multiplicidade de vozes presentes no texto. Para tanto, apoiamo-nos, além das obras de Bakhtin, em autores estudiosos do assunto atualmente, dentre os quais destacamos Carlos Alberto Faraco. Na leitura que o brasileiro faz de Bakhtin, os signos refletem e refratam o mundo. O processo de refração para Bakhtin, esclarece-nos Faraco, é uma espécie de emaranhado de diversos fios dialógicos – ou vozes sociais – que correspondem a complexos semiótico-axiológicos com os quais um determinado grupo social diz o mundo. Ao aplicar os estudos do Círculo de Bakhtin à leitura de textos da atualidade, reconhecemos a heterogeneidade dos signos, característica que dinamiza e democratiza o discurso. Patrícia da Silva Valério é professora do Curso de Letras da UPF, professora de Língua Portuguesa com experiência de 15 anos em ensino médio e fundamental e atualmente coordenadora pedagógica do Centro de Ensino Médio Integrado UPF e do Instituto Estadual Cecy Leite Costa em Passo Fundo, RS. É mestre em Letras pela UPF, especialista em Leitura – Teoria e Prática e especialista em Supervisão Educacional, licenciada em Letras, pela UPF. Marlete Sandra Diedrich é professora de Língua Portuguesa no Colégio Notre Dame Aparecida, em Carazinho e no Colégio Marista Conceição, em Passo Fundo. Mestre em Lingüística Aplicada, pela PUC-RS, atua há 14 anos na Universidade de Passo Fundo, como professora do curso de Letras, ministrando disciplinas da área da Lingüística, Língua Portuguesa e Prática de Ensino. Coordena o projeto de pesquisa Enunciação e Gramática – a língua em uso, à cuja vertente epistemológica se agrega o trabalho apresentado neste seminário. SESSÃO 3 – SALA 103

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O humor em questão: uma abordagem argumentativa

FARINA, Luciane Schiffl (UPF)

[email protected]

O presente trabalho tem por objetivo mostrar uma proposta de análise do discurso humorístico em tiras, com base em conceitos da Teoria dos Blocos Semânticos, terceira fase da Teoria da Argumentação na Língua (TAL), proposta por Ducrot e Anscombre (1983). O embasamento teórico possibilita verificar que o locutor, ao expressar um segmento de enunciado, constitui um bloco semântico, enquanto que, o interlocutor, tentando completar tal encadeamento, forma outro bloco. O humor brota a partir desse descompasso entre os blocos, ocasionando o riso. Luciane Schiffl Farina é Pós-Graduada em Literatura Brasileira (URI-Erechim). Pós-Graduada em Metodologia do Ensino da Língua Inglesa (URI-Erechim). Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Letras-Estudos Lingüísticos – UPF. È Profª de escola pública.

Sob a ótica da teoria dos blocos semânticos análise da campanha publicitária: “o amor é a melhor

herança. Cuide das crianças”

ANTUNES, Vera Lucia da Silva (UPF) [email protected]

A proposta deste trabalho é analisar a Campanha Publicitária: “O Amor é a Melhor Herança. Cuide das Crianças”, a partir da Teoria dos Blocos Semânticos(TBS), fase atual da Teoria da Argumentação na Língua desenvolvida por Oswald Ducrot, Marion Carel e colaboradores. Essa Teoria permite explicitar a argumentação dos enunciados por meio da construção de blocos semânticos, que apresenta os sentidos criado no texto pelos encadeamentos argumentativo, ligados pelos conectores: normativo em DONC (=DC=portanto) e transgressivo em POURTANT (=PT=mesmo assim). A análise da campanha possibilitou compreender os sentidos argumentativos, presentes no texto, tais como: o encadeamento em DC, é representado pela acusação dos personagens, que são maus; já nos encadeamentos em PT, os mesmos se defendem; também, observa-se a partir dessa análise que partindo de diferentes entidades lingüísticas vão sendo reduzidas ao mesmo aspecto argumentativo. A repetição evocando o mesmo sentido onde as feras, as bruxas, e o próprio diabo apelam aos seres humanos que não façam mal as crianças, pois até eles que são símbolos de maldade protegem as crianças. Esses sentidos ficaram evidenciados nos encadeamentos da campanha, não havendo necessidade de se buscar dados ou informações em contexto extralingüístico. Verificou-se que a TBS apresenta potencial para consecução do objetivo proposto.

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Vera Lucia da Silva Antunes possui magistério – Instituto Nossa Senhora Auxiliadora/INSA (2000); graduação em Letras - Português pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (2005); Especialização: Gestão e Organização Escolar - Universidade do Norte do Paraná (2006); Mestranda - Estudos Lingüísticos - Universidade de Passo Fundo (2008). Atualmente, é Assessora Pedagógica de Língua Portuguesa - Secretaria Municipal de Educação e Cultura de São Luiz Gonzaga-RS; Professora de Português, no Ensino Fundamental Séries Finais e Tutora no curso de graduação/Letras, na Universidade do Norte do Paraná/UNOPAR. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em lingüística

Diferentes objetos de discurso e incompreensões em diálogos, pela teoria dos blocos semânticos

GRAEFF,Telisa Furlanetto (UPF)

[email protected]

Este trabalho procura explicitar a origem de incompreensões que ocorrem em diálogos, com base em princípios e conceitos de semântica argumentativa, especialmente os desenvolvidos por Ducrot e Carel na Teoria dos Blocos Semânticos (daqui em diante TBS), iniciada por Carel em 1992. Essa teoria mantém e consolida a tese de que a argumentação está marcada na própria estrutura lingüística (Ducrot e Anscombre, 1983). Segundo a TBS, argumentar é convocar blocos semânticos. Nessa direção, propõe que se atribua como “sentido” a uma entidade lingüística um conjunto de encadeamentos argumentativos em DC (= portanto) e em PT (= mesmo assim) e postula dois modos pelos quais um aspecto argumentativo pode estar associado às palavras cujo sentido ele constitui: o externo, referente aos encadeamentos argumentativos que podem preceder ou seguir a entidade, e o interno, que corresponde aos encadeamentos que a parafraseiam. Assumindo essa noção de argumentação discursiva, é analisado um diálogo em que se pode perceber o surgimento da incompreensão, em virtude das diferentes possibilidades de argumentação externa de uma entidade lingüística e do fato de o sentido argumentativo se constituir unicamente no bloco semântico, sendo expresso por um encadeamento argumentativo desse bloco. Percebe-se que a incompreensão foi ocasionada pelo fato de os interlocutores associarem a uma mesma entidade lingüística argumentações externas diferentes, as quais produziram sentidos completamente diversos. Como o sentido se constitui no bloco, resultou que o objeto do discurso não era o mesmo, daí a ausência de entendimento. A análise realizada é mais uma evidência de que os blocos formados revelam não o sentido que deriva dos conceitos das palavras tomadas isoladamente, mas o sentido produzido pela interdependência existente entre elas, isto é, que o bloco semântico, expresso no encadeamento argumentativo, constrói.

Telisa Furlanetto Graeff, é doutor em Letras/Lingüística Aplicada pela PUC/RS. Foi professora de Letras da UFRGS e da PUC/RS. É professora titular da Universidade de Passo Fundo, atuando na graduação de Letras e na pós-graduação – Mestrado, área de Estudos Lingüísticos. Suas publicações revelam tanto a preocupação com temas vinculados à formação do leitor e do produtor de textos quanto com a análise de textos,

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nas perspectivas da lingüística textual e da semântica argumentativa, especialmente das Teorias da Polifonia e dos Blocos Semânticos a cujo estudo tem se dedicado ultimamente. SESSÃO 4 – SALA 104

“Construção” e os silêncios na música de Chico Buarque de Hollanda: Um gesto de interpretação para a sala de aula

REIS, Susan (UPF) [email protected]

O objetivo do presente trabalho é discorrer a respeito do sujeito e do silêncio local (censura) presentes na canção “Construção” de Chico Buarque, composta no período da ditadura militar no Brasil. Para tanto, baseando-nos na Análise do Discurso de linha francesa, que é uma disciplina de entremeio e, que tem por objetivo analisar a linguagem e seu funcionamento no interior da sociedade, analisaremos os modos de subjetivação do sujeito e as marcas do silêncio imposto pela censura e seus efeitos de evidência, uma vez que a letra de música é considerada uma atividade lingüística e pressupõe a interação homem-língua-mundo. É uma proposta didática de leitura e interpretação para aplicação em aulas de português. Susan Mary dos Reis é professora de línguas particular ( português,espanhol e francês). Licenciatura e Formação de Psicólogo – Faculdades Unidas Católicas de Mato Grosso. Campo Grande – MS. Licenciatura e respectivas literaturas em Letras – Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI – Campus de Erechim – RS. Pós-Graduada em Stricto Sensu em Língua Espanhola – URI Campus de Erechim – RS. Mestranda em Lingüística – Universidade de Passo Fundo – RS.

Autoria e memória: efeitos de evidência, ideologia e institucionalização de lugares

CESARO, Lisiane De (UPF) [email protected]

SCHONS, Carme Regina (UPF) Considerando que a escrita de si impõe aos sujeitos modos de relacionamento com o outro e limitações/delimitações do lugar que ocupam na formação social, o presente estudo, na perspectiva da análise do discurso, investiga a escrita de acadêmicos de Letras e futuros docentes. A análise é constituida por narrativas produzidas em aulas de Leitura e Produção, pois o espaço sala de aula permite que se observe a

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representação de diferentes papéis do sujeito/autor. Ao se inscrever no texto, o sujeito revela suas faltas e também o modo de relacionar-se com o outro e com os saberes da formação discursiva dominante. Nesse sentido, é possível afirmar que o sujeito-autor estabelece uma relação com a exterioridade e constrói sua identidade como autor nos modos de subjetivação, produzindo também memória. Em relação à identidade e à memória, foram observadas as regularidades presentes nas narrativas. Foi possível constatar que os acadêmicos constroem uma imagem, nem sempre muito positiva, sobre o futuro docente e que não é muito comum para o universitário falar de si. Muitos mostraram-se inibidos e desconfiados sobre o destino de sua escrita, ou seja, a escrita representa um ritual onde o sujeito que fala coincide com o sujeito do enunciado e não se confessa sem a presença ao menos virtual de um parceiro, que não é simplesmente o interlocutor, mas a instância que requer a confissão. Na verdade, a escrita de si representa processo continuo de constituição do sujeito e convoca “coisas a saber”. Pêcheux (1995), em Semântica e discurso, numa perspectiva marxista-leninistas, diz que a prática discursiva é a forma como a prática política se materializa no domínio simbólico da linguagem. É, pois, no processo discursivo no qual encontram-se inseridas as condições de observação da prática política na universidade. Lisiane De Cesaro é acadêmica do curso de Letras/Inglês na UPF e já atuou como professora de Língua Inglesa em escolas particulares e em cursos Livres, entre eles o Centro de Línguas Positivo, franquia do Grupo Positivo, e o CCAA entre outras escolas.Atualmente, é aluna bolsista da UPF /Pibic no projeto de pesquisa Memória e Identidade: uma análise da discursividade do aluno de Letras coordenado pela Professora Doutora Carme Regina Schons.

A complexidade da linguagem no discurso jurídico

SCHOLZE, Martha Luciana (UNIJUÍ) [email protected]

O presente texto tem o objetivo de refletir sobre a importância da linguagem para a compreensão do conhecimento jurídico. Essa preocupação decorre da constatação de que o acesso à justiça não ocorre apenas em ocasiões processuais, mas deve ser visto como um direito fundamental do indivíduo no exercício da cidadania. Não se pode falar em acesso à justiça mantendo-se os cidadãos distantes das decisões judiciais impostas pela barreira da complexidade da linguagem jurídica. Para a realização deste trabalho, buscou-se o apoio teórico em estudos desenvolvidos na área da Sociolingüística e em artigos publicados por professores de Direito que julgam oportuna, na atualidade, uma discussão sobre esse tema. Apresentamos primeiramente algumas considerações sobre a linguagem e, posteriormente, a importância da clareza da linguagem para a significação do discurso jurídico. Martha Luciana Scholze é acadêmica do 10º semestre do curso de Direito.

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SESSÃO 5 – SALA 105

Ensino de língua materna na perspectiva do letramento: uma educação para a cidadania

MAGALHÃES , Edna Maria Santana (UFMG) [email protected]

Este estudo discute, com base em teorias que abordam a linguagem do ponto de vista interacional e do letramento, como tornar o ensino de lingua materna – e outros conteúdos escolares – significativo(s) para os alunos na Educação Básica, desenvolvendo habilidades de letramento(s) essencial(is) para a sua atuação no ambiente escolar e, em extensão, em outros meios sociais. O objetivo é apresentar como podemos potencializar as habilidades de leitura e de escrita dos estudantes tanto na escola quanto nas experiências relatadas por eles sobre o uso de tecnologias e de recursos em atividades escritas executadas rotineiramente e tornando-os aptos a exercer plenamente seu papel como cidadão crítico e atuante na sociedade. São considerados para isso: a participação de crianças e adolescentes em eventos de letramento(s), sua relação com os sujeitos sociais, com os objetos, com as atividades e seus comportamentos associados com a cultura escrita, além de aspectos discursivos relativos ao contexto escolar e familar dos estudantes. Apoia-se ainda em pesquisas sobre a relação entre escrita e oralidade que concebem a linguagem sob uma perspectiva dialógica e social e corroboram uma concepção de letramento baseada principalmente na noção bakhtiniana de linguagem social e de gêneros discursivos. Tal discussão é importante para evidenciar as diversas estratégias que podem ser usadas para se compreender diferentes formas do que é ser um sujeito letrado e auxiliar os docentes no entendimento do papel da escola e da família no processo de letramento dos alunos e na constituição de cidadãos cônscios de seu papel social. Edna Maria Santana Magalhães é doutoranda em Educação e Linguagem (em curso), Faculdade de Educação da UFMG, Belo Horizonte, com complementação de estudos na York University/Toronto/Canada. Mestre em Letras/Lingüística, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte. Graduada em Língua Portuguesa e Língua Inglesa, Faculdade de Letras da UFMG, Belo Horizonte. Professora da Escola de Educação Básica e Profissional do Centro Pedagógico da UFMG da Universidade Federal de Minas Gerais. Consultora técnica e pedagógica junto a órgãos públicos para correção de redações para Avaliação Sistêmica dos alunos das redes de ensino Público junto a Prefeituras, ao Estado e ao Governo Federal (ENEM). Membro da equipe de Correção de Provas do Vestibular da UFMG.

O desafio da leitura em uma escola agrotécnica

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SCARIOT, Ivete (EAFS)

[email protected]

A presente proposta de trabalho está baseada no projeto de pesquisa, “O desafio da leitura na Escola Agrotécnica Federal de Sertão”, apresentado ao programa de Pós-Graduação em Educação Agrícola da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Esta proposta de pesquisa surgiu da necessidade de incentivar a leitura em uma escola agrotécnica onde o aluno recebe, concomitantemente, o ensino médio, com um enfoque mais humanista, e o técnico que é voltado ao trabalho, havendo uma valorização excessiva do ensino técnico em detrimento do médio. Nesta escola, o aluno já sai com uma formação profissional, e a habilidade de ler textos diversificados, além de prepará-lo melhor para a utilização de sua língua materna, dará condições ao aluno de ter uma formação mais integral, criando uma consciência social e ecológica, para que se revertam situações calamitosas, que têm sido criadas no meio rural devido à prática de uma agricultura que prioriza o lucro sem avaliar o prejuízo que determinados procedimentos inadequados causam à natureza e, conseqüentemente, à sociedade. A leitura, apesar dos inúmeros artigos científicos que são publicados sobre este tema, continua sendo um desafio, tanto para o ensino técnico como para o ensino geral, porque o indivíduo tem que ser motivado para valorizá-la como uma ferramenta de transformação pessoal e social, durante o período escolar e após sua formação, no exercício de sua profissão. Em artigos veiculados pela imprensa salienta-se que, escolas humildes onde os alunos têm o hábito da leitura transformam-se em campeãs de ensino superando escolas mais sofisticadas que têm traços de modernidade. Portanto, pretende-se avaliar o interesse do aluno pela leitura ao ingressar nesta escola e motivá-lo, através de dinâmicas, a perceber a importância da leitura para sua formação integral e para o exercício de sua profissão. Ivete Scariot é professora de Língua Portuguesa e Língua Inglesa da Escola Agrotécnica Federal de Sertão há 4 anos. É formada pela UPF no curso de Letras - Língua Portuguesa/Inglesa; possui especialização em Literatura Brasileira. Atualmente, cursa o mestrado em Educação Agrícola pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Experiência docente em escola estadual do RS por 15 anos, em São Paulo por 2 anos e meio. Atua também na rede municipal de Passo Fundo.

O ensino da língua portuguesa para estrangeiros: uma torre de babel

RIGHI, Daniela (UNIFRA) DELLA MÉA, Célia H. P.(UNIFRA)

[email protected] BARIN, Nilsa T. R.(UNIFRA)

FONSECA , Nuria dos Santos da (UNIFRA) O projeto O ensino de Português para estrangeiros, desenvolvido pelo Curso de Letras, do Centro Universitário Franciscano de Santa Maria, RS, oportuniza ao acadêmico em Letras o desenvolvimento da docência orientada na língua materna, através de um intercâmbio cultural bastante variado. Este trabalho tem como objetivo expor duas importantes premissas: a diversidade dos alunos que freqüentam as aulas de

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português para estrangeiros, oriundos de diferentes nacionalidades, residentes temporários em Santa Maria, e a proposta metodológica desenvolvida nessa prática docente. Quanto à proposta metodológica, incentiva-se o aluno à compreensão da língua portuguesa por meio de variados recursos, efetivando os objetivos a que o projeto se propõe. Em cada encontro, há estímulo para a integração e participação de cada aluno estrangeiro, via criação de situações lingüísticas reais e verdadeiras em que possa se encontrar o homem moderno em plena interação com o meio. Célia Helena de Pelegrini Della Méa e Nilsa Teresinha Reichert Barin são professoras da UNIFRA e coordenadoras do Programa Ensino de Português como Língua Estrangeira, existente na Instituição há mais de dez anos. Núria dos Santos da Fonseca e Daniela Righi são alunas bolsistas do Curso de Letras e responsáveis pelas aulas ministradas aos estrangeiros residentes em Santa Maria, RS.

SESSÃO 6 – SALA 106

A escola pública e o ensino de língua materna: relatos de uma experiência

ESQUINSANI, Valdocir Antonio (UPF)

Apresentando resultados parciais de uma pesquisa que discute a qualidade na escola pública, o texto empenha-se em mostrar as possibilidades de ensino de língua materna a partir de um estudo de caso, centrado em uma escola pública estadual no interior sul-rio-grandense. Monitorando os processos de ensinar e aprender língua materna dentro desta experiência através de uma pesquisa participante, foi possível perceber questões nucleares como a leitura e produção de textos, trazidas para o centro do processo de ensinar e aprender, em detrimento de um ensino gramatical ou puramente normativo. Também, é perceptível a ênfase no desenvolvimento da competência comunicativa do aluno, levando-o a empregar a língua às mais diversas situações e tendo como unidade de ensino o texto. Dentre os resultados parciais, sublinha-se que na escola focalizada, o ensino de língua materna tem sido trabalhado de forma contextualizada, favorecido pela dilatação do tempo de permanência do aluno na escola. Entretanto, experiências escolares exitosas não sobrevivem isoladamente, sendo que o estudo se propõe lançar marcos para a incorporação de princípios e metodologias do ensino de língua materna, que cotejem o debate mais amplo das políticas educacionais, tendo como pano de fundo a experiência vivenciada e a possibilidade de qualidade na escola pública.

Enunciação, humor e ensino de língua

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SILVA, Adriana Pozzani de La Vielle e (UFRGS) [email protected]

Desde um ponto de vista enunciativo embasado pela teoria de Émile Benveniste, este trabalho problematiza a relação entre saber língua e saber sobre língua. Toma-se como objeto de reflexão, para tanto, a crônica “Papos”, de Luis Fernando Verissimo, tendo-se por propósito pensar duplamente a língua: seja enquanto sistema combinatório de signos, seja enquanto exercício da linguagem pelo homem. Focaliza-se aqui não apenas a singularidade do homem na língua, mas, igualmente, o quanto a dialética eu-tu-ele instaurada pelo locutor é posta em suspenso em prol de uma outra dialética, instituída e sobreposta àquela pelo interlocutor.

Adriana Pozzani de La Vielle e Silva é mestranda em Estudos da Linguagem, na área de Teorias do Texto e do Discurso, pelo Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Interessa-se, especialmente, por questões epistemológicas e temas que implicam as relações entre língua, sentido e sujeito no discurso. É bolsista CAPES e tem Licenciatura Plena em Letras pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande (FURG).

A categoria verbal no livro didático

BATISTA, Sandra Mariani (UPF) [email protected]

O ensino de língua portuguesa vem se transformando, nas últimas décadas, principalmente, a partir das contribuições dos estudos lingüísticos. A preocupação, por parte de lingüistas, com as implicações da lingüística no ensino de língua ocorre já há bastante tempo. Também é grande a angústia de muitos professores de Língua Portuguesa, sobretudo quanto ao quê e como ensinar. Por essas, angústias e inquietações que nos acompanham no dia-a-dia de nosso trabalho que elaboramos este projeto com a finalidade de observar como os livros didáticos de diferentes épocas apresentam o estudo do verbo no ensino fundamental de 5ª e 6ª série nos três tempos presente, passado e futuro. Através desta pesquisa, buscamos responder as seguintes indagações: Como o livro didático apresenta a categoria do verbo? A explicação e as atividades sobre a categoria verbal no livro didático propõem ensinar o aluno a pensar e a raciocinar? Como a gramática de usos apresenta a categoria verbal? O verbo, tal como as outras dimensões da gramática, têm-se caracterizado, nos livros didáticos e nas aulas de português, como um ensino que tem na normatividade a sua base. Para muitos professores, é através desse ensino tradicional – centrado em regras e prescrições em nome de um ideal de língua, com base em atividades mecânicas de repetição e de catalogação de estruturas – que se estará contribuindo para que o aluno tenha melhor desempenho lingüístico. Assim, esse projeto pretende dar uma

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contribuição para o ensino/aprendizagem de Língua Portuguesa tendo por finalidade observar o ensino do verbo no livro didático, ou seja, como esse está distribuído, estruturado e como o manual didático propõe o ensino desse conteúdo gramatical. Para a realização desta pesquisa seguiremos as seguintes etapas: 1ª) Consulta a livros didáticos das décadas de 50, 60, 70, 80, 90 e 2000 observando como eles apresentam a categoria do verbo. 2ª) Pesquisar sobre o aspecto histórico do livro didático e da gramática e a relação com a prática escolar. 3ª) Observar como a gramática de usos trata a categoria do verbo. 3º) Refletir os dados encontrados nos itens 1, 2e 3 comparando-os. 4ª) Discussão das análises, tendo presentes os itens 1, 2 e 3. Sandra Mariani Batista é professora de Língua Portuguesa e aluna do Curso de Mestrado em Letras pela Universidade de Passo Fundo-UPF. Este trabalho é projeto de Dissertação do Curso de Mestrado em Letras, área de Estudos Lingüísticos, da Universidade de Passo Fundo, sob orientação da Professora Drª Cláudia Stumpf Toldo.

Projeto pipas: educação para a cidadania

SÁ, Janaína da Silva (EAFS) [email protected]

O trabalho visa demonstrar experiências advindas de um projeto interdisciplinar realizado na EAFS - Escola Agrotécnica Federal de Sertão que contou com a participação de 07 (sete) professores e suas respectivas disciplinas nessa Instituição de ensino. Inicialmente o projeto surgiu da necessidade de se agregar outros conhecimentos, que não os essencialmente técnicos, oportunizando a essa comunidade uma conexão com assuntos da contemporaneidade. Em princípio, os professores acertaram em fazer a exibição de algum filme, que não os sempre assistidos pelos alunos. Lembra-se que na Instituição a grande maioria dos alunos vive sob o regime de internato. Dessa forma, promove-se, todas as terças-feiras, uma sessão em que os próprios alunos decidem o título a ser visto. Nesse impasse, alguns professores detectaram que a maioria dos filmes da lista era de baixo poder reflexivo e, na maioria das vezes, remetiam à violência. Assim, acertou-se que o filme a ser exibido seria “O caçador de pipas”. Nesse evento cada professor fez sua abordagem o que possibilitou aos alunos novas maneiras de compreensão e apreensão do tema abordado. Metodologicamente, oportunizou-se que eles assistissem ao filme e que fizessem suas devidas reflexões. Logo em seguida demonstrou-se uma contextualização historiográfica, sociológica e geográfica, bem como a participação de professores da área matemática e tecnológica (instrumentação em informática). Além disso, não foi descartado o posicionamento dos professores de língua materna que participaram no intuito de viabilizar oportunidades de apreensão de novas vivências. Janaína da Silva Sá é professora de Língua Portuguesa, Literatura Brasileira e Redação da Escola Agrotécnica Federal de Sertão. Atualmente, trabalha com as turmas de 2ª série do Ensino Médio.

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SESSÕES DE COMUNICAÇÕES INTEGRADAS DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS

Quinta-feira - 23 de outubro Local - Faculdade de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis (FEAC) Horário – 10h50min – 12h30min SESSÃO 1 – SALA 113

Concepções de futuros professores sobre sua formação: Uma análise das dificuldades encontradas ao longo do processo

MARZARI, Gabriela Q. (UNIFRA) [email protected]

O presente trabalho é resultado de discussões teórico-aplicadas previstas no projeto “Processo de desenvolvimento da oralidade em acadêmicos de Letras-Inglês: a busca da autonomia e da identidade do futuro professor de Língua Inglesa”, sob coordenação da professora Gabriela Marzari. Tendo em vista que o objetivo principal do projeto é dinamizar o processo de aprendizagem do futuro professor de Inglês como Língua Estrangeira, considerando-se as quatro habilidades, particularmente a oralidade, a fim de torná-lo um sujeito mais autônomo em relação a sua própria prática, o presente trabalho investiga as concepções de acadêmicos do Curso de Letras-Português/Inglês da UNIFRA sobre sua formação acadêmica. Por meio desta pesquisa, foi possível identificar as principais dificuldades encontradas pelos acadêmicos em relação à aprendizagem da língua-alvo, bem como suas expectativas em relação ao curso. Acredita-se que, a partir da análise dessas dificuldades, seja possível selecionar e/ou elaborar atividades que atendam às necessidades dos aprendizes-futuros professores de forma mais eficaz, tornando-os mais autônomos e eficientes na sua prática docente. Gabriela Quatrin Marzari é graduada em Letras Licenciatura Dupla: Inglês/Português e respectivas literaturas pela Universidade Federal de Santa Maria . É mestre em Lingüística Aplicada pela mesma instituição de ensino . Fez sua pós-graduação na área de Estudos Lingüísticos, investigando sobre gêneros discursivos, especificamente a entrevista de emprego, sob a orientação da Prof. Dra. Desirée Motta-Roth. Como professora de Língua Inglesa, atuou em diferentes contextos de ensino: cursos livres de línguas e de extensão, escolas de ensino médio e universidades. Atualmente é professora do Curso de Letras do Centro Universitário Franciscano, Santa Maria, onde ministra aulas de Língua Inglesa para alunos da Graduação e da Especialização. É professora de cursos oferecidos à comunidade acadêmica pela Pró-Reitoria de

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Extensão da UNIFRA e desenvolve pesquisa na área de Inglês como Língua Estrangeira, orientando alunos da Graduação e da Pós-Graduação.

Autonomia na aprendizagem de L2

PINHO, Isis da Costa (UFRGS) [email protected]

A partir de estudos sobre autonomia na aprendizagem como Benson (2001), Nicolaides (2003), Leffa (2003) e Freire (1996), pretende-se investigar o desenvolvimento da autonomia e as atitudes e percepções dos aprendizes com relação à aprendizagem autônoma em uma sala de aula de inglês como língua dois (L2). O contexto analisado é o de três turmas de nível básico de inglês como L2 em um Curso Livre em Porto Alegre. Os participantes são em sua maioria universitários com idades entre 17 e 50 anos. Pergunta-se qual a atitude e percepção dos aprendizes diante da realização de uma atividade em grupo de livre escolha de tópico, objetivos e estratégias para alcançá-los. A coleta de dados baseia-se em diários de campo, observações das aulas, além da aplicação de questionários e realização de entrevistas com os alunos sobre as suas percepções e atitudes quanto à autonomia na aprendizagem. Esta pesquisa pretende igualmente contribuir para um maior entendimento do papel da autonomia e das atitudes e percepção dos aprendizes no ensino e aprendizagem de línguas de modo geral.

Isis da Costa Pinho é licenciada em Letras Português-Inglês pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul no ano de 2006. Atuou por três anos como bolsista PIBIC/CNPq/UFRGS no projeto ALESA (Aquisição de Língua Estrangeira em Sala de Aula) promovido pelo Programa de Pós-Graduação do Instituto de Letras - UFRGS sob a orientação da Dra. Marília dos Santos Lima. Atualmente, atua como bolsista CAPES, sendo mestranda em Lingüística Aplicada do PPG-Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Além disso, é integrante do Grupo de Pesquisa CNPq Teoria e Prática de Aquisição e Ensino de Língua Estrangeira.

O trabalho docente em curso livre: a perspectiva do interacionismo sociodiscursivo

MALABARBA, Taiane (UNISINOS) [email protected]

Com foco de análise no trabalho do professor e toda sua complexidade, a pesquisa que está sendo desenvolvida (financiada pela CAPES) como requisito parcial para a

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obtenção do título de Mestre em Lingüística Aplicada na UNISINOS tem a pretensão de contribuir para um aprimoramento no que diz respeito ao ensino /aprendizagem de língua inglesa a partir da compreensão da atividade docente de duas professoras de inglês de um mesmo curso livre. Na busca por subsídios que revelem as peculiaridades da atividade, que facilitem o convívio social dentro e fora da sala de aula, a presente investigação busca explicitar as diferenças existentes entre o trabalho prescrito (o que antecede a atividade de sala de aula) e o trabalho real (a atividade em sala de aula) de tais profissionais (Bronckart, 2006). Como pergunta inicial de pesquisa, nos questionamos quanto à influência das prescrições no agir docente em sala de aula: um trabalho prescritivo da ordem dos cursos livres – o chamado “treinamento” – omite a voz das professoras ou seu estilo profissional permanece? Para a realização deste trabalho, dialogarei com autores ligados ao Interacionismo Sociodiscursivo (Bronckart, 1999 e seguidores) e à Ergonomia da Atividade (Faïta, 2001; Clot e Faïta, 2000), cujas obras tratam do tema contemporâneo linguagem e trabalho. A metodologia de coleta de dados consiste na análise dos documentos prescritivos da escola, vinculados principalmente sob a forma do chamado “treinamento” e na filmagem e transcrição de oito horas-aula de cada professora. Na comunicação a ser apresentada, nos propomos a refletir sobre o tema linguagem e trabalho e a discutir os planos do trabalho docente: plano do real e do prescrito. Dentro deste contexto, apresentaremos os dados coletados nesta fase inicial, que já deixam pistas sobre a tessitura da atividade em questão e revelam aspectos relevantes sobre o que é prescrito aos professores e ao que realmente acontece na sala de aula.

Taiane Malabarba é aluna, apoiada pela CAPES, do Mestrado em Lingüística Aplicada na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Possui graduação em Letras pela UNISINOS (2006), período durante o qual atuou como bolsista em projetos de pesquisa desenvolvidos junto ao programa de pós-graduação em Lingüística Aplicada da universidade. Tais trabalhos foram coordenados respectivamente em ordem cronológica pela Profa. Dra. Maria da Glória Corrêa Di Fanti e pela Profª Drª Ana Maria de Matos Guimarães. Atualmente, também é professora de Inglês e diretora em um centro de Idiomas Cultura Americana, na cidade de Novo Hamburgo - RS. Tem experiência na área de Lingüística, com ênfase em Lingüística Aplicada, atuando principalmente nos seguintes temas: gêneros de texto, seqüência didática, aquisição de linguagem, trabalho docente e língua estrangeira, tendo apresentado diversos trabalhos relacionados aos projetos em que esteve envolvida e ao seu atual trabalho de pesquisa de mestrado. Tal investigação volta-se para a atividade docente em curso livre, mais especificamente para o trabalho prescrito (o que antecede a atividade de sala de aula) e o trabalho real (o que realmente acontece na sala de aula), tendo por base teórica maior o Interacionismo Sociodiscursivo (BRONCKART, 1999, 2006, 2008).

SESSÃO 2 – SALA 114

A leitura em L2: os implícitos presentes em histórias da Mônica

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CARVALHO, Verlaine de (UNISC)

[email protected]

BRAUER, Karin Claudia Nin (UNISC)

NASCIMENTO, Márcia Just do (UNISC)

BERTÓ, Suzana de Fátima Fardin (UNISC)

FLÔRES ,Onici Claro (UNISC)

Este estudo discutirá a relevância da utilização de Histórias em Quadrinhos para leitura, entre crianças de dez a doze anos, relacionando a apreensão dos implícitos presentes nos enunciados textuais e a aprendizagem de inglês, como segunda língua. As crianças nessa faixa etária geralmente já estão lendo textos em língua materna e, portanto, já são capazes de inferir para preencher lacunas textuais. Essa capacidade possivelmente possa ser transferida para a leitura em L2. Assim, o propósito maior deste trabalho é, justamente, o de verificar as inferências que cada criança pode produzir ao ler um texto na L2, no caso, as HQ da turma da Mônica, traduzidas para a língua inglesa, detectando ou não os implícitos presentes na história. Como há uma variada gama de autores que teorizam sobre o assunto, relacionando-o à aquisição da linguagem e apontando sua importância no processo de aprendizagem, este estudo fará a análise de três HQ, para discutir como orientar a apreensão desses implícitos.

Karin Claudia Nin Brauer – Mestranda em Letras – UNISC. Professora na escola

Particular de Educação Básica D. Pedro II e Escola Estadual de Educação Básica Prof

Willy Roos em Agudo.

Márcia Just do Nascimento - Mestranda em Letras – UNISC. Escola Politécnica de

Santa Maria.

Suzana de Fátima Fardin Bertó – Mestranda em Letras – UNISC. Escola Estadual

Gaspar Bartholomay em Santa Cruz do Sul.

Verlaine de Carvalho – Mestranda em Letras – UNISC. Professora no Curso de

Língua Inglesa WINNER LANGUAGES e Escola Infantil WINNER KIDS em Sobradinho.

Correção de textos escritos em língua inglesa em cursos de idiomas por professores não-nativos e o feedback corretivo

KIRINUS, Ricardo da Rosa (UPF)

[email protected]

Partindo do pressuposto de que a correção pode ser uma aliada e não inimiga do aluno, esta pesquisa teve por objetivo verificar como os professores de Inglês como LE corrigem as composições dos seus alunos de nível intermediário e como fornecem o

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feedback corretivo. Os dados foram coletados em três cursos livres de idiomas, dois desses localizados em Passo Fundo/RS e um em Carazinho/RS, onde se trabalhou com um professor de cada curso, totalizando três professores, todos brasileiros não-nativos de língua inglesa. A amostra foi composta de seis composições de diferentes aprendizes, já corrigidas por seus respectivos professores, duas de cada aluno, sendo três aprendizes no total, um de cada professor em questão, bem como de um questionário, onde os professores mostram suas opiniões a respeito do erro e da correção escrita. Os resultados deste estudo demonstram que dois dos professores investigados não possuem critérios claros de correção, corrigindo demasiadamente erros gramaticais em detrimento a qualquer outro tipo de erro, dando pouca ênfase para erros referentes à organização textual. Apenas um professor da pesquisa não fornece a resposta correta ao erro do aluno, provendo efetivo feedback corretivo que possibilita o aluno refletir sobre seu processo de aprendizagem e, assim, reformular sua produção. Esses resultados mostram a necessidade de trabalhar mais a fundo a questão da correção e do tratamento corretivo na escrita.

Ricardo da Rosa Kirinus é licenciado em Letras pela UPF, onde realiza o curso de Letras-Licenciatura em Língua Portuguesa, Língua Inglesa e respectivas literaturas. É especialista em Ensino e Aprendizagem de Língua Estrangeira – Inglês pela mesma universidade. Trabalhou como professor de Língua Inglesa nos cursos Yázigi Internexus de 2002 a 2004, Fisk de 2004 a 2006, Wizard de 2006 a 2007 e, atualmente, trabalha no PET Cursos.

Leitura em língua inglesa e ampliação do repertório vocabular: como os

dicionários bilíngües escolares podem auxiliar?

SELISTRE, Isabel Cristina Tedesco (UFRGS) [email protected]

O desenvolvimento da habilidade da leitura em língua inglesa, idioma no qual se produz grande parte do conhecimento científico, permite que o aprendiz prossiga de forma autônoma com seu aprimoramento intelectual após o término do ensino médio (através de uma educação formal ou não). O objetivo desta comunicação é demonstrar como os dicionários bilíngües escolares podem auxiliar nessa tarefa de maneira bastante efetiva. Pretendemos explorar todos os aspectos da microestrutura que constituem esse tipo de obra e que podem facilitar tanto a compreensão de textos quanto a ampliação do repertório vocabular. Isabel Cristina Tedesco Selistre é envolvida com o ensino de língua inglesa desde 1987. Com graduação em Letras Português/ Inglês, mestrado em Lingüística Aplicada (UNISINOS) e doutorado em Lexicografia em andamento (UFRGS).

SESSÃO 3 – SALA 115

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Esperienza di creazione e conduzione di un corso di

Conversazione elementare (livello a1/a2)

SOUZA, Alexandre Antoniazzi Franco de (USP/ FFLCH) [email protected]

Osservando le difficoltà e richieste degli studenti dell’Italiano no Campus (un insieme di corsi di lingua/cultura offerti presso la FFLCH/USP a chiunque voglia iscriversi) ci si è resi conto della necessità di creare corsi specifici sullo sviluppo della loro produzione orale. Sulla base delle proposte del Quadro comune europeo di riferimento per le lingue è stato concepito il programma del corso Conversazione Elementare (A1/A2). Le direttive del Quadro sono state seguite come riferimento sia per la scelta degli atti comunicativi proposti agli studenti che per l’impostazione delle lezioni, nel senso che ci si è preoccupati della formazione pluriculturale e plurilinguistica dei partecipanti. Sono stati dunque usati testi autentici, tratti per lo più da Internet – si è evitato di lavorare con testi dei manuali didattici – che offrissero diversi contesti d’uso della lingua e servissero al tempo stesso come spunto per le attività di conversazione in classe. Inoltre la selezione degli aspetti morfosintattici evidenziati nel corso è stata fatta a partire dalle difficoltà presentate dagli studenti nei corsi regolari; in questo modo sono stati scelti elementi grammaticali particolarmente difficili da essere capiti e/o adoperati dagli studenti brasiliani di livello elementare e, in alcuni casi, non solo. Sono state impiegate diverse tecniche per la conduzione delle attività in classe: quasi tutte, avendo per base il lavoro a coppie o in gruppo, privilegiavano l’interazione tra gli studenti, aspetto questo tra i più importanti poiché, trattandosi di un corso mirante a sviluppare la capacità di esprimersi oralmente in italiano, li stimolava a perdere l’inibizione e li rendeva più sicuri per parlare. Ce ne si è accorti, in particolare, in occasione delle tre valutazioni avvenute durante il corso (nella quinta, decima e quindicesima lezione), che sono state registrate e poi analizzate affinché gli studenti potessero sapere quale aspetto linguistico (pronuncia, lessico, sintassi ecc.) avrebbero dovuto migliorare/perfezionare.

Alexandre Antoniazzi Franco de Souza é formado em Letras Português/Italiano pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas/USP e atualmente freqüenta a sua primeira disciplina do mestrado na área de ensino de italiano como língua estrangeira. Desde 2000 ministra aulas particulares daquele idioma; no primeiro semestre de 2006 comecou a dar aula no Italiano no Campus (cursos extracurriculares oferecidos pela FFLCH/USP) e desde novembro do mesmo ano atua também como assistente, auxiliando a coordenação na organização burocrática/pedagógica dos cursos; ainda em agosto de 2006 foi professor substituto de italiano no Colégio Dante Alighieri em São Paulo; no segundo semestre de 2007 começou a ministrar aulas de italiano com ênfase em humanidades no NELE – Núcleo de Ensino de Línguas Estrangeiras da Faculdade de Filosofia/USP. Estudou no Istituto Italiano di Cultura em Florença, Itália, em janeiro/1999 e obteve o nível 4/C2 da CILS em junho/2007.

O ensino de italiano para a terceira idade: representações e identidade

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FUKUMOTO, Alessandra H. B. (USP) [email protected]

A expectativa de vida no Brasil continua a crescer. E com isso começamos a voltar nossa atenção para um público em crescente aumento: a Terceira Idade. Basta ver a quantidade de universidades que passaram a possuir programas de Universidade Aberta à Terceira Idade. Dentre os cursos oferecidos, os de língua são muito procurados pelo público desta faixa etária. Este público volta-se então, não para as tendências do mercado, mas para os cursos e atividades que lhes tragam prazer. Com isso, o aumento na procura pelo italiano como língua estrangeira (LE) por esse público em especial, tem crescido de forma notável. Grande parte dos estudantes de italiano LE procuram o curso por sua relação afetiva com a língua, pois vários deles são descendentes de italianos. E, como nos mostra José Carlos Ferrigno (2003), a Terceira Idade busca os cursos principalmente como uma forma de socialização, e esta socialização é também responsável por uma melhora notável na qualidade de vida dos idosos. Quais são as expectativas desse público quando começam a fazer um curso de italiano? Quais elementos são mais importantes? O que esperam obter do curso e para qual finalidade o fazem? São para essas perguntas que procuraremos encontrar respostas ao longo da nossa pesquisa. Para tanto não nos basearemos somente no público da Terceira Idade. Utilizaremos os dados do grupo como um todo, para, posteriormente, dividir a pesquisa por faixas etárias. Nos focamos em estudantes ditos "principiantes absolutos", com o objetivo de verificar quais as representações que possuem em relação à língua italiana, à Itália e aos italianos quando iniciam o curso e como se identificam com a língua. Para futuramente checar como essas representações se dissipam ou se fortalecem no decorrer do curso e se elas variam conforme a faixa etária do estudante. Alessandra H. B. Fukomoto é Mestranda do programa de Língua e Literatura Italiana do Departamento de Letras Modernas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, na Universidade de São Paulo. Bacharel e licenciada em Letras-Português/Italiano pela Universidade de São Paulo. Professora de italiano língua estrangeira e monitora junto ao programa de Cultura e Extensão da Universidade de São Paulo.

L’importanza delle attività ludiche nell’insegamento e nell’apprendimento dell’italiano

TRECCO, Lisandra Pegoraro (ACIRS)

Imparare una lingua non significa solo saper scriverla, ma anche saper usarla in vari contesti e situazioni. Niente meglio che cominciare ad applicare la lingua nelle lezioni d’italiano in modo ludico e “senza il dovere di non sbagliare”. La metodologia ludica rappresenta una risposta agli obiettivi e ai principi teorici della glottodidattica umanistico-affettiva, una volta che un ambiente ludico è per definizione un ambiente sereno, di divertimento, di scoperta e giocosità. Essa si pone l’obiettivo di stimolare l’apprendimento facendo vivere allo studente situazioni ed esperienze gradevoli e

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motivanti, capaci di sostenere ed incentivare una motivazione basata soprattutto sul piacere e non sul dovere o sui bisogni. Tali attività effettuate nella classe di lingue favoriscono l’acquisizione della lingua perché consentono di stimolare gli scambi linguistici tra pari, permettono il ripasso e il rinforzo lessicale, attivano meccanismi di inferenza e di deduzione e incoraggiano la cooperazione tra studenti. Lisandra Pegoraro Trecco é formada em Letras – Habilitação em Língua Inglesa e possui Especialização em Língua Portuguesa: Novos Horizontes de Estudo e Ensino ambas pela UPF. Cursou Língua e Cultura Italiana na Università per Stranieri – Perugia. Possui o DIMILS – Diploma di Conoscenza della Metodologia dell’Insegnamento d’Italiano Lingua Straniera – Università per Stranieri - Perugia; CEDILS – Certificazione in Didattica dell’Italiano a Stranieri – Università Cà Foscari - Venezia; CILS – C2 Certificazione di Italiano come Lingua Straniera – Università per Stranieri di Siena. Atua como professora de Línguas Portuguesa e Inglesa no magistério público estadual e como professora de Língua Italiana pela ACIRS.

SESSÃO 4 – SALA 116

Identidade: a representação dos professores de língua espanhola

DOMINGUEZ, Maria Antonia Carballo (UCPel) [email protected]

Contrariamente à modernidade, com o advento da pós-modernidade produz-se uma reavaliação das representações identitárias. Na modernidade a identidade estava bem centralizada, fixa, imutável, o mesmo já não pode- se dizer neste momento. O desenvolvimento da tecnologia junto com a globalização fomenta as mudanças, não só profissionais, mas também as relações humanas, a sexualidade e a vida diária das pessoas. Levando-se em consideração as mudanças como processo de transformação identitária, este trabalho se dedica a conhecer a identidade dos professores de Língua Espanhola. Para isso foi pedido um depoimento individual por escrito, de professores graduados em Letras Português/ Espanhol das escolas públicas do ensino do Espanhol que atuam no interior do RS, que falaram sobre ¨o que significa ser professor de Língua Espanhola?¨ A pesquisa foi feita dentro da linha interpretativista. Os dados são analisados de acordo com a perspectiva bakhtiniana, isto é defini-se a linguagem dentro de uma dialética sócio-histórica. O presente artigo objetiva verificar através de literatura pertinente e também do corpus da análise dos professores de Espanhol participantes do estudo, como se forma a identidade destes, que traços identitários os constituem. Os depoimentos obtidos deixam transparecer contentamento em dar aula e em como pode ser prazeiroso levar o aluno a entrar em outro mundo que não o seu, a conhecer outras falas. Sendo a identidade algo inacabado, sempre uma constante busca, os profissionais que fazem parte deste trabalho participam ativamente desta busca, de forma ideológica. Acreditam estar contribuindo para o desenvolvimento não apenas cultural, mas também social dos seus aprendizes. Espera-se que o professor de Língua Espanhola sinta-se cada vez mais motivado na sua profissão, fazendo com

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que um número maior de pessoas possam conhecer, aprender e valorizar o idioma Espanhol.

Maria Antonia C. Dominguez é como professora de Língua Espanhola em duas escolas particulares da cidade de Rio Grande (onde fiz minha graduação na FURG), uma escola é a Britishi House, onde trabalha com o ensino do idioma espanhol e a Master- Ensino Profissionalizante Técnico no curso de Qualificação em Turismo e Hotelaria, também com a disciplina de Língua Espanhola. Trabalhou por duas vezes como professora substituta na FURG, no Departamento de Letras e Artes com disciplinas como Ensino de Língua Espanhola, Conversação em Espanhol e Espanhol Instrumental para alguns dos diferentes cursos de graduação desta instituição, como orientadora e supervisora de estágio, formulou e aplicou provas de proficiência, atuou também como corretora da prova do vestibular por dois anos. Ministrou aulas de língua no curso de Recepcionista do SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial). Atualmente além de continuar dando aulas, faz parte do Mestrado em Lingüística Aplicada oferecido pela UCPEL, onde se dedica ao tema Identidade.

“A (re) construção pedagógica e ideológica de uma professora formadora de professores de inglês a partir de seus trabalhos acadêmicos de iniciação à pesquisa e estágio supervisionado no curso de letras da Universidade do

Planalto Catarinense.”

OLIVEIRA, Luciane Bittencourt G. B. de (UNIPLAC) [email protected]

DONATO, Rosa Maria Beal (UNIPLAC)

[email protected]

Este estudo é um relato das diversas etapas da formação reflexiva e pedagógica de uma acadêmica de Letras (Inglês), as quais tiveram início com um projeto de iniciação à pesquisa e culminou no seu trabalho como professora de formação continuada de professores de língua inglesa. As etapas percorridas ao longo desta formação foram: 1º: o questionamento de uma acadêmica do 5º Semestre de Letras e uma professora de Prática de Ensino de Língua Inglesa do curso sobre o perfil de professores de inglês, suas crenças, suas práticas pedagógicas, suas necessidades e seu interesse em qualificar-se, aperfeiçoar-se ou titular-se. O desejo de refletir mais sobre estes assuntos e procurar levantar o perfil dos professores de inglês da Rede Municipal de Ensino de Lages e suas necessidades pedagógicas culminou em um projeto de iniciação à pesquisa elaborado e desenvolvido pela então aluna-pesquisadora e a professora orientadora pela Universidade do Planalto Catarinense. De acordo com os resultados da pesquisa foi possível detectar aspectos referentes aos professores de inglês como: situação profissional, experiência, formação, interesses e necessidades relacionados ao aperfeiçoamento pedagógico. O item mais enfatizado na tabulação dos dados foi o interesse e a necessidade destes docentes de uma formação continuada específica na área de inglês. 2º: diante disso, a acadêmica e a professora

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desenvolveram como Estágio Supervisionado de Língua Inglesa um mini-curso para professores de inglês voltado às necessidades e dificuldades apontadas por eles no projeto de pesquisa anterior. Embasado nos resultados da pesquisa o estágio atendeu aos anseios dos professores trabalhando com a prática reflexiva, o desenvolvimento de atividades complementares e a discussão de assuntos pertinentes à área. 3º: Vinculado as duas etapas anteriores, a então acadêmica relata hoje sua (re) construção e experiência como professora de formação continuada dos docentes de língua inglesa da Rede Municipal de Ensino do de Lages. Luciane Bittencourt Gomes Batista de Oliveira é graduada em Letras, especialista em Língua Inglesa e acadêmica do Curso de Pós-Graduação em Metodologia do Ensino Superior pela UNIPLAC. Atuou em escolas públicas como professora de inglês no Ensino Fundamental e Médio, em cursos de Extensão de Línguas da UNIPLAC e institutos de língua. Atualmente trabalha em uma escola privada e como professora de formação continuada de Língua Inglesa de professores da Rede Municipal de Ensino de Lages.

Rosa Maria Beal é graduada em Letras pela Universidade Federal e Santa Catarina, especialista em Metodologia do Ensino de Língua Inglesa e mestre pela UFSC em Leitura de Língua Inglesa. Atuou como professora de inglês em escolas estaduais e municipais, bem como institutos de língua. Atualmente é docente das disciplinas de Língua Inglesa, Prática e Metodologia do Ensino de Língua Inglesa. Orientou diversos trabalhos de Monografias, Estágios Supervisionados, bem como Projetos de Pesquisa.

A pesquisa narrativa e a construção de identidades de alunos em processo de formação

LACOURT, Gisela (UPF) [email protected]

STURM, Luciane (UPF) [email protected]

Pesquisas sobre interação na sala de aula, na área da Lingüística Aplicada (LA), nos anos 90, sugeriram uma falha na formação dos professores de línguas (Gil, 2005). Com isso, os resultados dessas pesquisas impulsionaram justamente a caracterização da "formação de professores" como nova linha de pesquisa em LA. Um dos focos que merece destaque nessa linha é a construção da identidade desses profissionais, justificado pela própria realidade controversa, repleta de incertezas e inseguranças em que se encontram grande parte dos professores que ensinam línguas estrangeiras, principalmente o inglês, em nosso país. A partir desse contexto, nosso trabalho pretende apresentar e discutir a pesquisa narrativa (Connelly & Clandinin, 1990; Telles, 1997, 1998) como alternativa para investigações que buscam estudar a construção das identidades dos professores de línguas. O trabalho destacará a base teórica que sustenta a proposta, bem como os instrumentos que podem ser utilizados para coleta de dados nesse tópico. Ainda, apresentaremos dados parciais de uma pesquisa que tem como objetivo descrever a trajetória de aprendizado de inglês de alunos de Letras de uma universidade do interior do RS, a fim de compreender a construção de suas identidades profissionais.

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Gisela Lacourt é aluna do terceiro semestre de Letras – Português/Inglês e bolsista Pivic – UPF. Luciane Sturm é graduada em Letras – Português/Inglês pela UPF; mestre em Letras/Aquisição da Linguagem pela UFRGS; doutora em Estudos da Linguagem/ Lingüística Aplicada, também pela UFRGS. É professora e pesquisadora do curso de Letras da UPF. Atua nas disciplinas de Língua Inglesa, Pesquisa em Letras, Prática Pedagógica e Estágios. Áreas de interesse: ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras e formação de professores de línguas. SESSÃO 5 – SALA 117

A música como recurso alternativo para a motivação e o ensino de língua inglesa: relato de uma monografia

FRASSON, Lívia (UPF) UPF - [email protected]

O aprendizado de uma língua estrangeira é um processo complexo e que não acontece de um dia para o outro. Pesquisas sobre como se aprende uma língua demonstram que não há nenhuma fórmula mágica, nem um método específico que aponte para um resultado que satisfaça as diferentes necessidades dos aprendizes que precisam aprender inglês. Esta comunicação relatará a experiência de uma monografia realizada para a disciplina de Monografia II, curso de Letras – UPF, entre agosto e novembro de 2007 sob o tema A música como recurso alternativo para a motivação e o ensino de língua inglesa. A monografia teve como objetivo verificar a opinião de professores e de alunos de inglês sobre abordagens, métodos e recursos como aliados no processo de ensino-aprendizagem da língua inglesa – LE e a utilização da música como recurso alternativo para envolver os alunos num processo de aprendizagem mais motivador e com resultados mais satisfatórios. Além disso, verificou-se qual foi a metodologia de ensino adotada por um grupo específico de professores de inglês, do interior do RS; quais foram os recursos e estratégias de ensino mais comuns usados em sala de aula, por esses professores; se a música foi utilizada como um recurso para o ensino e como esse recurso foi usado. Lívia Frasson é acadêmica do Curso de Letras – Habilitação em Língua Portuguesa/ Língua Inglesa e respectivas literaturas. Possui experiência no ensino de inglês em escola particular.

A formação de professores e o ensino-aprendizagem de língua estrangeira para

contextos bilíngues em comunidades carentes

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SANCHEZ, Norma Wolffowitz ( PUC-SP/CAPES)

[email protected] Esta pesquisa tem por objetivo apresentar um estudo cujos objetivos são a) formar professores de língua estrangeira para contextos bilíngües em comunidades carentes e b) tornar o ensino-aprendizagem de uma língua estrangeira acessível a crianças de creches, CEIs e EMEIs. O estudo está sendo conduzido com foco na formação de professores e ensino-aprendizagem de língua inglesa por ser este o idioma presente em grande parte dos discursos que circulam pelo mundo, atualmente, nas mais diversas áreas, desde a acadêmica à tecnológica. Esta é uma Pesquisa Crítica de Colaboração (Magalhães, 2004 - 2007) por entender que nas ações críticas cria-se um lócus de (auto) questionamento análise e conscientização e que nas ações colaborativas a participação é ativa e conjunta e há uma constante negociação dos sentidos de cada participante e o compartilhamento de significados e produção de novos significados pelo grupo. Esse é um processo que leva à produção criativa de novas possibilidades de ações no mundo. No que se refere às crianças, ao entrarem em contato com outro sistema lingüístico-cultural e vivenciar situações sociais em outro idioma, desenvolvem formas múltiplas de organizarem processos psicológicos. Com respeito ao profissional que deseja atuar em contextos bilíngües, esta é uma oportunidade de vivência prática de sala de aula, de estudo teórico voltado para a educação infantil bilíngüe e de estudo de língua de forma a preparar o professor linguisticamente para atuar nesse contexto. A pesquisa está embasada em Vygotsky (1930 - 1934) e Bahktin (1929 – 1975) devido às suas concepções dialógica e sócio-histórica. Outros autores como Mejía (2002-2008), Shimoura (1997 e 2005) e Liberali (2008) servem de base para o estudo sobre formação de professores, cidadania, educação bilíngüe, histórias infantis e o brincar. A pesquisa leva em consideração os documentos sobre Educação Infantil como o Referencial Curricular para a Educação Infantil (1998). Norma Wolffowitz Sanchez é aluna de mestrado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e faz parte do grupo de pesquisa LACE: Linguagem, Multiplicidade e Criatividade com sua pesquisa sendo desenvolvida no segmento Aprender Brincando – Educação Bilíngüe do Projeto Aprender Brincando do Programa Ação Cidadã. Neste projeto atua como pesquisadora-formadora e contribui com sua experiência na formação de professores para o ensino-aprendizagem de inglês na educação infantil bilíngue. Atua também como tradutora pública e intérprete comercial em Português/Inglês e é consultora da BRIDGE® Inglês Personalizado.

Ensino de línguas estrangeiras: o idealizado e o concretizado em sala de aula

SCHETTINI, Rosemary Hohlenweger (University Language System / PUC LAEL) [email protected]

HAWI, Mona Mohamad (USP / PUC- LAEL) [email protected]

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O presente trabalho tem como objetivo mostrar como se desenvolveu uma atividade de aprendizagem de aula em Inglês e propor uma discussão sobre o objeto idealizado pela professora, tal qual aborda Leontiev (1977) e o concretizado, de fato, considerando o próprio desenvolvimento da atividade e no resultado alcançado (Engeström, 1999). A distância entre o que se planeja e o que se realiza em sala de aula distancia muito do objetivo inicial, por esta razão , a necessidade de elaboração de planejamento é fundamental, pois pode prever questões como: o motivo de se trabalhar com um determinado tópico e a razão de trabalhar com um determinado tópico; como desenvolver atividades que permitam alcançar os objetivos propostos e que façam, de fato com que os alunos internalizem o aprendizado; como realizar essas atividades e que resultados põem ser alcançados; e como planejar atividades que façam com que os alunos repensem seu papel e tenham atitudes cidadãs. Para guiar nossa apresentação, adotamos o aporte teórico da Teoria da Atividade Sócio- Histórico-Cultural ( 1999, 2002), pois permite interpretar as questões referentes ao processo de ensino-aprendizagem. Em relação às teorias de ensino e aprendizagem, baseamo-nos no conceito do ensino colaborativo e reflexivo, tal qual interpretada por Freire(1970), já que interessa-nos saber em que lugar nos colocamos como profissional crítico reflexivo que leva em consideração o ensino de línguas como instrumento de mudança rumo a uma cidadania como atitude desejável. A atividade aula foi realizada em um instituto de idiomas com o objetivo de mostrar como o ensino e aprendizado de línguas estrangeiras é inicializado no momento do planejamento da aula O trabalho foi baseado na perspectiva da Teoria da Atividade que entende a linguagem como instrumento e objeto dentro da aula de língua estrangeira. Os resultados mostraram a necessidade de desenvolver uma unidade de ensino pautada por questões de formação e também voltado para o entendimento de que o ensino deve se acontecer na língua estrangeira, objetivando, desta forma, o desenvolvimento das capacidades de compreensão e de inserção social da criança, em língua estrangeira. Rosemary Hohlenwerger Schettini é doutor em Lingüística Aplicada pela PUC/SP no Programa de Estudos Pós-Graduados em Lingüística Aplicada e Estudos da Linguagem e mestre em Psicologia pela PUC/RJ. É sócia proprietária de um Instituto de línguas onde desenvolve cursos de formação para professores de línguas e atua também como Coordenadora. Participa de projetos de pesquisas pela PUC/SP. Suas ações estão baseadas na teoria da atividade Sócio-Histórico-Cultural, na formação crítica e na análise do discurso Participa como professora pesquisadora do Núcleo de Pesquisa Ação Cidadã, que desenvolve pesquisas nas áreas de formação crítica, de inclusão lingüística e de criatividade em múltiplos contextos. Colaborou como professora pesquisadora junto ao Programa Ação Cidadã, que atua com escolas situadas em comunidades carentes para: a) desenvolver a percepção e ação concreta pautada no sentido de Ação Cidadã; b) despertar o sentido de colaboração; c) aprofundar o pensamento crítico do grupo; e d) envolver toda a comunidade escolar em projetos planejados de transformação social. Sua tese de doutorado discutiu dentro de uma perspectiva sócio-histórica-cultural, a construção do objeto como possibilitador de transformação de ações em sala de aula e buscou-se contribuir na discussão sobre formação de professores visto como uma prática favorecedora de reconstrução da escola, através de novas práticas que visem, além da transformação de sala de aula, a construção de uma sociedade mais justa e democrática. Mona Mohamad Hawi é doutor e mestre em Lingüística Aplicada e estudos da Linguagem pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo -PUC/SP e professora

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na USP, com a disciplina língua árabe e lingüística do árabe Também é professora convidada nos cursos de Extensão da COGEAE/PUC-SP, ministrando cursos sobre formação de educadores, na área de Linguagem e Educação. Faz parte do NAC– Núcleo de Ação Cidadã, que tem como um dos objetivos compreender, transformar, através da linguagem em contextos educativos, as intoleráveis condições de existência das comunidades carentes brasileiras – cuja coordenação é da professora Dra. Fernanda Coelho Liberali .Além disso, é também uma das pesquisadoras do PAC - Programa de Extensão Ação Cidadã - e juntamente com as Coordenadoras do projeto Profas. Dras. Maria Cecília Magalhães, Fernanda Coelho Liberali e Ângela Lessa, e demais pesquisadoras- Rosemary Schettini e Alzira Shimoura - trabalha junto a escolas situadas em comunidades carentes do Município de Carapicuíba para desenvolver o sentido de colaboração e o pensamento crítico dos grupos. Dentre os projetos desenvolvidos pelo PAC, está o LDA – Leitura nas Diferentes Áreas -, cujo objetivo é justamente criar grupos de apoio de professores para atuarem junto a outros professores em suas escolas, pautados em questões sobre o agir cidadão.

A produção criativa sustentável na formação de professores que atuam em contextos de educação bilíngüe

MIASCOVSKY, Helena Wolffowitz (Stance Dual School e PUC-COGEAE) [email protected]

Este trabalho pretende discutir a produção criativa na sessão reflexiva em que se quer formar professores para atuarem em contextos bilíngües. O estudo está fundamentado na Teoria da Atividade Sócio-Histórico-Cultural (Leontiev, 1977; Engeström, 1987), na concepção vygotskiana de criatividade (Vygotsky, 1930/1999, 1930/2000) e nos fundamentos de dialogismo (Bakhtin, 1929/2002). O foco está na compreensão do papel da coordenadora e das professoras na produção criativa, concretizadas na sessão reflexiva em que se discutem ações pedagógicas. Para alcançar este objetivo, há a necessidade de se compreender como as vozes de cada interlocutor afetam o discurso do outro, de forma a criar novas possibilidades na produção compartilhada de significados. Esta é uma pesquisa crítica de cunho colaborativo (Magalhães, 1998, 2004; Liberali, 1994, 2007) na qual a reflexão da minha prática como coordenadora se entrelaça com a das professoras no sentido de re-construir nossa própria realidade a fim de reorganizar papéis dentro de uma “responsabilidade universal” (Carta da Terra, 2006:20) Este trabalho é parte de uma investigação realizada em uma escola bilíngüe privada da cidade de São Paulo. De acordo com os dados já coletados e analisados, a produção da criatividade pode ocorrer a partir de um conjunto complexo de fatores, como, por exemplo, os conflitos e as emoções, que levam o ser humano a realizar ações criativas e gera oportunidade(s) para construir novas possibilidades de agir a fim de se resolver questões e conflitos do seu cotidiano.

Helena Wolffowitz Miascovsky é Coordenadora Pedagógica de Língua Inglesa de 1ª a 5ªano da Stance Dual School, escola bilíngüe de São Paulo. Mestre em Lingüística Aplicada pelo LAEL – PUC-SP com o estudo sobre a produção da criatividade na

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sessão reflexiva em contextos de educação bilíngüe. Atualmente também ministra aulas na PUC-COGEAE no curso O papel do coordenador pedagógico.

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SESSÕES DE COMUNICAÇÕES INTEGRADAS DE LÍNGUA MATERNA

Sexta-feira – 24 de outubro Local - Faculdade de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis (FEAC) Horário - 10h20min – 12h SESSÃO 1 – SALA 101

A leitura como uma atividade cidadã na sala de aula de língua portuguesa

ALVES, Viviane de Souza Klen (Programa Ação Cidadã / PUCSP) [email protected]

DAMIANOVIC, Maria Cristina (Programa Ação Cidadã / PUCSP) www.linguagemeformacao.com.br

Esta comunicação apresenta uma pesquisa desenvolvida dentro do Programa de Extensão Ação Cidadã (PAC), parte do grupo de pesquisa Linguagem em Atividades do Contexto Escolar (LACE) - PUC-SP. Objetiva analisar o processo de construção de uma educação crítica na qual estão envolvidas a avaliação e a reorganização das ações pedagógicas que permitem aos participantes discutir, analisar e revisar as forças sociais e históricas (Grimmett, 1988) que permeiam suas ações no macro plano da sociedade. Será salientado o papel determinante da transformação da atitude dos sujeitos envolvidos na comunidade escolar, que passaram de uma postura de envolvimento marginal para um modo de participação periférica legítima (Lave & Wenger, 1991). A pesquisa foi desenvolvida com estudantes, com idades entre 10 e 12 anos, da 5ª serie do ensino fundamental de uma escola pública em Carapicuíba, São Paulo. Esta pesquisa parte do segmento Leitura e Escrita nas Diferentes Áreas (Programa Ação Cidadã) e foca a leitura como uma atividade instrumento-e-resultado (Newman & Holzman, 1993). Os resultados desta pesquisa crítica de colaboração (Magalhães, 1990/2006) indicam que o material baseado na noção de gênero e na metodologia de leitura crítica como instrumento-e-resultado (a) aumentam o conhecimento dos estudantes e melhoram sua postura em relação à leitura e (b) promovem a inclusão dos estudantes que iniciam um processo de tornar-se (Mejia, 2006) cidadãos críticos com ações periféricas legítimas que transformam de forma proposital a realidade natural e social (Davidov, 1990). Viviane de Souza Klen Alves é aluna de graduação na PUC-SP, em Letras Inglês e Português. Atua como Pesquisador nos seguimentos: LEDA (Leitura e Escrita nas Deferentes Áreas) e Aprender Brincando: Educação Bilíngüe, do Programa de Extensão Ação Cidadã (PAC). Orientada pela Profa. Dra. Fernanda Liberali, é apoiada pelo PIBIC-CEPE (2006-2007) e PIBIC-CNPq Brasil (2008-2009) e desenvolve suas pesquisas concentradas na leitura em diferentes áreas e educação bilíngüe, com especial enfoque na inclusão, colaboração e ação cidadã. Maria Cristina Damianovic é doutor em Lingüística Aplicada. Suas áreas de pesquisa concentram-se no papel da linguagem para a construção de um discurso para a paz e

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da literatura no desenvolvimento sustentável da Terra. Coordena os projetos “Páginas Literárias para a Formação Crítico-Política de Novos Leitores e Escritores” e “A Linguagem como Gerenciamento de Conflitos”. É pesquisadora do Grupo de Pesquisa LACE e do Programa Ação Cidadã (PAC) da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Programa ação cidadã: linguagem e transformação social

LIBERALI, Fernanda (Programa Ação Cidadã / PUC-SP) [email protected]

MAGALHÃES, Maria Cecília Camargo (Programa Ação Cidadã / PUC-SP) [email protected]

SHIMOURA, Alzira da Silva Programa Ação Cidadã / PUC-SP - [email protected]

Esta comunicação tem como objetivo apresentar o trabalho de extensão realizado pelo grupo LACE (Linguagem em Atividades do Contexto Escolar), fundado em 2004, que focaliza principalmente a formação de educadores e alunos crítico-reflexivos, por meio de questões de linguagem. O Programa de Extensão Ação Cidadã (PAC) é um trabalho de intervenção colaborativa em Institutos de Educação Infantil, Fundamental e Médio da rede pública, particular e conveniada, situadas em áreas carentes de São Paulo. Parte de necessidades específicas e circunscritas a esses contextos, com vistas à formação de alunos, pais, professores pré e em serviço, diretores e coordenadores para educação básica e à construção da cidadania. Envolve reflexão crítica sobre atividades e linguagem presentes no contexto escolar, que permita um rompimento com práticas a-sociais, a-políticas e a-históricas, isto é, com o individualismo que, em geral, caracteriza o contexto escolar. Tem sua centralidade na linguagem e na sua articulação com outras áreas do saber, tais como Educação, Sociologia e Psicologia. A apresentação discutirá os subprojetos de formação crítico-criativa, desenvolvidos por meio de atividades teórico-práticas, no triênio 2007-2009: 1) “Leitura e escrita nas Diferentes Áreas”, realizado junto a escolas da rede pública de São Paulo e Grande São Paulo; 2) “Aprender Brincando”, realizado junto a instituições de educação infantil de São Paulo; 3) “Múltiplos Mundos”, realizado por meio de plataforma virtual para integrar participantes dos vários projetos, educadores e pesquisadores nacionais e internacionais. O foco principal da comunicação está na apresentação do programa que tem a linguagem como constitutiva de espaços de compreensão, discussão e ação colaborativa crítico-criativa, pautadas pela ética e pela interdependência. Fernanda Coelho Liberali é doutora e mestre em Lingüística Aplicada pela PUC/SP e atua como professora do Programa de Estudos Pós-Graduados em Lingüística Aplicada e Estudos da Linguagem dessa mesma instituição. Em programas de extensão, ministra e coordena cursos sobre formação de educadores, sobre teorias de ensino-aprendizagem, e sobre questões de cidadania. É coordenadora geral do Programa de Extensão Ação Cidadã e diretora do Instituto Ação cidadã. Atua também como consultora para instituições públicas e privadas do estado de São Paulo. Sua pesquisa aborda questões sobre a formação contínua de educadores com foco na

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teoria da atividade, reflexão crítica e na análise do discurso, com foco na argumentação. Maria Cecília Camargo Magalhães é doutor em educação pela Virginia.Polytechnic Institute and State University, USA, professora do Programa de Estudos Pós-Graduados em Lingüística Aplicada e Estudos da Linguagem da PUC/SP. Desenvolve pesquisas na área de Formação Contínua de Professores com foco na análise dos discursos de professores e pesquisadores sobre as ações de linguagem da sala de aula., com base no quadro teórico da reflexão crítica e do interacionismo sócio-discursivo. Alzira da Silva Shimoura é doutor e mestre em Lingüística Aplicada pelo Programa de Estudos Pós-Graduados em Lingüística Aplicada e Estudos da Linguagem (LAEL – PUC-SP). É professora de inglês há 22 anos em escolas de línguas e universidades. Atualmente ministra aulas na graduação da Fecap-SP e em programas de extensão da Cogeae – PUCSP em cursos para formação de educadores, sobre teorias de ensino-aprendizagem e sobre elaboração de material didático. Seu trabalho envolve também consultoria para instituições públicas e privadas do estado de São Paulo. Sua pesquisa aborda questões sobre a formação contínua de educadores com foco na reflexão crítica e na análise do discurso, e também sobre a elaboração de material didático. Participa de 2 grupos de pesquisa na PUCSP que trabalham com formação de educadores com foco na leitura em diferentes áreas usando o gênero como instrumento, projeto político pedagógico, teorias de ensino-aprendizagem e o papel do coordenador. Atualmente seu foco é a Educação Infantil em algumas creches municipais da cidade de São Paulo, desenvolvendo um trabalho que envolve a leitura de livros infantis e a elaboração de atividades sociais a partir desses livros para o ensino-aprendizagem das crianças tendo o brincar como pano de fundo.

Monteiro lobato em quadrinhos

BURLAMAQUE, Fabiane Verardi (UPF) [email protected]

BARBOSA, Márcia Helena Saldanha (UPF) [email protected]

Este trabalho tem o objetivo de analisar, discutir e problematizar a adaptação para os quadrinhos, feita em 2007, da obra “Dom Quixote das crianças”, publicada por Monteiro Lobato em 1936. Para tanto, apresentam-se, primeiramente, algumas considerações acerca da leitura de quadrinhos, os quais, por muito tempo, foram condenados e censurados. A seguir, o estudo coteja a obra adaptada com a obra original, a fim de identificar e examinar as semelhanças entre ambas e as modificações feitas no texto de Monteiro Lobato pelo adaptador. Fabiane Verardi Burlamaque é Doutor em Letras (Teoria da Literatura) pela PUCRS, professora do Curso de Letras e do Mestrado em Letras.

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Márcia Helena Saldanha Barbosa é Doutor em Letras (Teoria da Literatura) pela PUCRS, professora do Curso de Letras e do Mestrado em Letras. SESSÃO 2 – SALA 102

Educação de adolescentes em situação de vulnerabilidade social: quando ensinar é integrar

CHAMORRO, Deise Marques (UNISINOS)

[email protected] TEIXEIRA, Terezinha Marlene Lopes (UNISINOS)

Este projeto tem como objetivo investigar os efeitos da ação pedagógica realizada pela Fundação Projeto Pescar em jovens egressos do programa Escola de Fábrica do ano de 2006. Propomo-nos a contribuir para a compreensão de uma dentre as várias iniciativas de romper com os paradigmas da desigualdade social. A proposta é investigar o sujeito que emerge como efeito da enunciação a partir de entrevistas realizadas com jovens egressos do Programa Escola de Fábrica, ao serem perguntados sobre o que representou o Projeto Pescar em suas vidas. Para tanto nos utilizaremos de 792 questionários constituídos de 50 questões objetivas e 02 questões abertas, tendo sido aplicados de forma individual, aberta e informal. A coleta desse material foi feita no período compreendido entre outubro e dezembro de 2006. Tomamos então como objeto de análise a última das questões do questionário por evocar o tema em torno da representação da não-pessoa na fala do jovem egresso. A metodologia prevê os seguintes procedimentos: levantamento de indicadores lingüísticos de não-pessoa a partir das quais o Programa Escola de Fábrica da Fundação Projeto Pescar é representado; descrição dessas formas a partir da lingüística da enunciação; análise do sujeito que emerge da enunciação a partir dessas representações; interpretação dos resultados da análise enunciativa à luz de reflexões feitas no campo da psicanálise sobre o laço social e a passagem adolescente. O estudo fundamenta-se, principalmente, na teoria enunciativa de Émile Benveniste (1998, 1989) para trabalhar questões relativas à relação indissociável entre subjetividade e linguagem e a emergência do sujeito como efeito da enunciação. Envolver a comunidade universitária na discussão do tema responsabilidade social é uma das formas que encontramos de corroborar, através da realização de estudos, a importância da mobilização da sociedade via educação como forma de inclusão social. Deise Marques Chamorro é bolsista CAPES no Mestrado do PPG de Lingüística Aplicada da Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Graduada em Letras Português Espanhol pela UNISINOS. Título do Trabalho de Conclusão: porque o adolescente não fica.

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Terezinha Marlene Lopes Teixeira foi Bolsista UNIBIC de Iniciação Científica no projeto de pesquisa O trabalho como passagem: da produção da experiência a elaboração subjetiva. Investigou os efeitos da demanda da globalização sobre os processos de identificação profissionais e pessoais de adolescentes em situação de primeiro emprego. Artigo publicado: Teixeira, M; Chamorro, D.M..Adolescentes e primeiro emprego: da produção da experiência à estruturação subjetiva. Alfa: Revista de Lingüística/UNESP. São Paulo: UNESP, 2005. p.89-108.

Uso e menção: a metaenunciação no discurso infanti

DIEDRICH, Marlete Sandra (UPF)

[email protected]

O propósito deste texto é, a partir de considerações epistemológicas da área da enunciação, discutir aspectos da aquisição de habilidades metaenunciativas no discurso infantil.A metaenunciação é representada lingüisticamente pelo ato em que o enunciador se desdobra em dois, um que diz e o outro que se pronuncia de alguma forma sobre esse dizer. Refletir acerca dessa habilidade de uso e menção em torno deste mesmo uso é o objetivo central de nosso trabalho, uma vez que acreditamos ser possível, a partir da análise dessas ocorrências, verificar relações discursivas interessantes no processo de aquisição da linguagem. Partimos da análise de textos falados, uma vez que estes representam a primeira modalidade de comunicação verbal usada pela criança em suas interações, além de apresentar marcas enunciativas específicas que muito dão a conhecer acerca das condições de produção do discurso, o que colabora para apontar aspectos importantes acerca da relação do sujeito com a linguagem no ato enunciativo.

Marlete Sandra Diedrich é professora de Língua Portuguesa no Colégio Notre Dame Aparecida, em Carazinho e no Colégio Marista Conceição, em Passo Fundo. Mestre em Lingüística Aplicada, pela PUC-RS, atua há 14 anos na Universidade de Passo Fundo, como professora do curso de Letras, ministrando disciplinas da área da Lingüística, Língua Portuguesa e Prática de Ensino. Coordena o projeto de pesquisa Enunciação e Gramática – a língua em uso, à cuja vertente epistemológica se agrega o trabalho apresentado neste seminário.

As estratégias utilizadas pelos interlocutores na busca pela solução dos problemas de compreensão

NEUMANN ,Daiane (EAFS)

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Os problemas de compreensão são muito comuns em interações face a face, no diálogo cotidiano. Na produção do texto falado, diferentemente da produção do texto

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escrito, o planejamento e a construção do texto não acontecem em etapas sucessivas, mas sim de forma simultânea. Essa condição de produção deixará uma série de marcas que demonstram o constante trabalho de busca pela compreensão, através de atividades que têm por objetivo evitar e/ou reparar possíveis problemas de compreensão que possam surgir durante a construção do texto falado. Dentre essas atividades, estão as atividades de formulação, que são as interrupções, reinícios, anacolutos, hesitações; as atividades de reformulação, que são as repetições, correções e paráfrases; e, finalmente, as atividades de qualificação discursiva, que são enunciados de natureza metadiscursiva ou metaligüística que têm por objetivo avaliar ou comentar expressões ou seqüências de expressões no desenvolvimento do discurso. No entanto, a diversidade lingüística, o desconhecimento de crenças ou de conhecimentos do interlocutor, as diferenças culturais e ideológicas, o diferente grau de conhecimento dos interlocutores sobre o tema em pauta, faz com que os falantes constantemente se deparem com problemas de compreensão, ou seja, com situações em que um dos locutores expressa a não compreensão diante do enunciado de seu interlocutor. O objetivo geral desse trabalho é analisar quais são os procedimentos utilizados pelos falantes na busca pela solução dos problemas de compreensão que surgem em interações face a face. Para o desenvolvimento do trabalho, elucidamos a noção de compreensão e de problema de compreensão que permeou nossa pesquisa, fizemos a caracterização do corpus de análise, para então operarmos com a análise dos textos. Analisamos sete inquéritos, gravados e transcritos por pesquisadores do projeto NURC (Norma Urbana Culta), presentes no volume A linguagem falada culta na cidade de Porto Alegre – D2, organizado por José Gaston Hilgert.

Daiane Neumann é graduada em Letras pela Universidade de Passo Fundo e mestrado em Estudos Lingüísticos na mesma instituição. Atualmente, atua como professora de Língua Portuguesa na Escola Agrotécnica Federal de Sertão e Língua Inglesa em escola de inglês.

SESSÃO 3 – SALA 103

A descrição argumentativa de adjetivos da língua portuguesa sob a ótica da teoria dos blocos semânticos

ALVES, Aline Fantinel (UPF)

[email protected] Este trabalho visa a refletir sobre a descrição dos adjetivos da língua portuguesa, especialmente distinguindo aqueles que são conhecidos como sinônimos e antônimos. Ainda, será enfocada a questão da não reciprocidade argumentativa desses adjetivos, a partir dos seus aspectos positivos e negativos, bem como da relação de transposição e conversão que se estabelece entre eles. Para tanto, serão analisados dois pares de adjetivos “generoso” e “gastador”, e “materialista” e “pão duro”, que se encontrarão mediados pelo uso do morfema “até”. Inicialmente, os mesmos serão tomados tanto sob a ótica da gramática tradicional quanto sob o prisma do quadrado aristotélico ou

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lógico; posteriormente, os mesmos serão descritos argumentativamente, na perspectiva da Semântica Argumentativa, mais especificamente, da Teoria do Blocos Semânticos e seus desdobramentos, desenvolvida por Oswald Ducrot e Marion Carel. Por fim, procurar-se-á verificar e apontar a descrição que pode dar melhor conta das relações de sentido que podem ser estabelecidas entre eles, em uma situação concerta de comunicação. Aline fantinel Alves é graduada em Letras - Português/ Espanhol e Respectivas Literaturas (2001), Letras - Português/ Inglês e Respectivas Literaturas (2007), e Especialista em Metodologia do Ensino da Língua Inglesa (2005), com ênfase no desenvolvimento de estratégias de leitura em língua estrangeira, pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões - Campus de Erechim. Possui também o Certificado de Proficiência da Universidade de Miami. Tem experiência de 14 anos no trabalho com a língua inglesa em cursos de idiomas e em estabelecimentos de ensino privados. Atualmente, além de trabalhar com o ensino da língua inglesa nesses meios, ainda é mestranda do Curso de Estudos Lingüísticos da UPF.

Polifonia e publicidade: uma relação possível

GOMES, Catiúcia Carniel (UPF) [email protected]

TOLDO, Claudia Stumpf (UPF) [email protected]

O objetivo deste trabalho é estudar a construção de sentidos no discurso a partir da polifonia. Segundo Oswald Ducrot, a descrição do sentido está baseada na Teoria da Polifonia em que o locutor apresenta em seu enunciado um certo número de pontos de vista apresentados pelos enunciadores. Ducrot considera que há ato de argumentação se o locutor se identifica com um enunciador que argumenta. O enunciado é visto como uma representação de sua própria enunciação como uma imagem do momento histórico constituído pela aparição do enunciado. Se se admitir a idéia de que pela polifonia deixa-se ouvir a voz de diversos enunciadores a diversos enunciatários, trata-se, então, da construção, no discurso, do locutor, do alocutário e, conseqüentemente, do sentido. Pretende-se fazer um estudo comparativo entre a teoria da polifonia apresentada por Oswald Ducrot em 1988 com a versão atual apresentada em 2008, juntamente com Marion Carel. Sendo assim, este trabalho procura apontar esses dois momentos dos estudos da polifonia em análise de textos publicitários, em que observaremos, pela polifonia, a construção do sentido do discurso. Catiúcia Carniel Gomes é acadêmica do Curso de Letras da Universidade de Passo Fundo e bolsista de Iniciação Científica, vinculada ao programa PIBIC-UPF.

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Claudia Stumpf Toldo é Doutor em Lingüística Aplicada pela PUCRS. É professora titular do Curso de Letras e do Programa de Pós-Graduação – Mestrado em Letras da Universidade de Passo Fundo, na área de estudos lingüísticos.

A argumentação na atividade de produzir textos na escola

GRAEFF, Telisa Furlanetto (UPF)

[email protected] ALBERTI, Graziela Minas (UPF)

[email protected]

Este trabalho teve o objetivo de explicitar as argumentações de uma proposta de redação e cotejá-las com as argumentações presentes nas redações dos alunos, para verificar se há relação entre elas. Adotou-se, aqui, o conceito de argumentação discursiva, proposto por Carel (1992), em sua Teoria dos Blocos Semânticos, segundo o qual argumentar é estabelecer blocos semânticos e expressá-los em encadeamentos argumentativos de dois tipos: normativos em donc (=DC=portanto) e transgressivos em pourtant (=PT=mesmo assim). Esses encadeamentos estabelecem uma interdependência semântica entre dois predicados, constituindo um sentido unitário indecomponível. Nessa Teoria, o sentido argumentativo de uma entidade lingüística é dado pelo conjunto de encadeamentos possíveis em DC e em PT, que constituem sua argumentação externa; já a argumentação interna de uma entidade lingüística é um encadeamento em PT ou em DC que a parafraseie. Com base nesses conceitos, verificaram-se, primeiramente, os sentidos argumentativos reiterados na proposta e, em seguida, os sentidos argumentativos dos textos dos alunos. Concluiu-se que a proposta de redação é argumentativamente fechada, orientada para um sentido único, tendo-se confirmado, pela análise das redações, a hipótese de que os alunos reproduzem essa argumentação em seus textos, ao invés de a discutirem criticamente, transgressivamente. Telisa Furlanetto Graeff é Doutor em Letras/Lingüística Aplicada pela PUC/RS. Foi professora de Letras da UFRGS e da PUC/RS. É professora titular da Universidade de Passo Fundo, atuando na graduação de Letras e na pós-graduação – Mestrado, área de Estudos Lingüísticos. Suas publicações revelam tanto a preocupação com temas vinculados à formação do leitor e do produtor de textos quanto com a análise de textos, nas perspectivas da lingüística textual e da semântica argumentativa, especialmente das Teorias da Polifonia e dos Blocos Semânticos a cujo estudo tem se dedicado ultimamente. Graziela Minas Alberti é graduada em Letras pela Universidade de Passo Fundo, ex-bolsista de Iniciação Científica da UPF, aluna do Curso de Especialização em Língua Portuguesa da Universidade de Passo Fundo.

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SESSÃO 4– SALA 104

O deus-escravo do neopentecostalismo

FUKUE, Mário Rafael Yudi (UPF) [email protected]

Pretende-se analisar o Discurso Neopentecostal por meio do estudo de alguns recortes de fala da Igreja Universal do Reino de Deus. Foram selecionados 8 recortes que tratam da Fogueira Santa de Israel e do Dízimo e Ofertas, os quais compõem tópicos-chave do Movimento Neopentecostal, que delimitam semelhanças e diferenças entre o Discurso Neopentecostal e o Discurso Protestante Tradicional. Serão de fundamental importância, para o presente trabalho, os pressupostos teóricos da Análise do Discurso desenvolvida no Brasil, a partir de Pêcheux. Na análise do Discurso Neopentecostal evidencia-se o deslizamento da noção de Deus-Servo para Deus-Escravo. Se na época da Reforma costumava-se vender indulgências, hoje o Neopentecostalismo nomeia-se a “agência credenciada dos serviços/bênçãos” do Deus-Escravo. Agora, ao fiel é oferecido um contrato vantajoso, com grande rentabilidade, no qual o ganho dependerá, por um lado, de Deus e de sua “obrigação” em atender ao pedido do fiel e, por outro lado, o ganho do fiel que investe (sacrifíca-se) e constrange Deus com sua fé. O que se observa é que o Discurso Neopentecostal é, assim, atravessado pelo Discurso de Mercado. A ilusão de reversibilidade não se desfaz, mas a ultrapassagem de limites celestial/terreno revela-se na atitude do fiel que busca dominar o poder de Deus. É o plano divino subjugado ao plano temporal. No campo lexical, essa ultrapassagem revela-se no uso, pelo fiel, dos sintagmas determinar e obrigação em relação ao poder de Deus, ou seja, o Discurso Neopentecostal evidencia um Deus controlado pelas leis de mercado neoliberal. Mário Rafael Yudi Fukue é Bacharel em Teologia pelo Seminário Concórdia de São Leopoldo (2004). Pastor ordenado da Igreja Evangélica Luterana do Brasil. Trabalha na Paróquia Luterana “Da Paz” de Passo Fundo, RS, desde 2005. Realiza mestrado em Estudos Lingüísticos na UPF. Cidadania que vem com as letras sobre o papel: escrita e construção de autoria

de jovens em ‘condição de vulnerabilidade social LUZ, Alessandra Rodrigues (UNIPLAC-SC)

[email protected]

De que forma a escrita pode configurar-se, de fato, uma ferramenta de cidadania e inclusão para jovens em condição de vulnerabilidade social? Para responder tal pergunta deslocamos o olhar do texto em si para os efeitos advindos do processo de escrever e publicar – vivenciado por 25 jovens com idade entre 15 e 17 anos

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integrantes de um programa de assistência social do Governo Federal. A exposição dos jovens ao ‘olhar do outro’ por meio do texto escrito e tornado público em diferentes espaços desencadeou um movimento de apropriação do ato de escrever proporcional à ‘publicização’ dos textos. Da mesma forma, foi se configurando a descoberta de uma capacidade antes desconhecida pelos sujeitos: a de que podem e sabem escrever. De tal descoberta decorreram: um cuidado e uma responsabilidade crescentes com o texto escrito; e o sentimento de ser reconhecido, mas também de reconhecer-se autor. A partir dessas constatações e embasados nas conceituações de Barthes (2004), Bahktin (2000), Foucault (1992), Orlandi (1996) e Ricoeur (2006), formulamos, e discutiremos neste trabalho, cinco condições que entendemos como essenciais à construção da autoria e ao trabalho com a escrita – seja na escola ou fora dela: escolha/fruição, alteridade, exposição, responsabilidade, reconhecimento. Apontamos, finalmente, para o fato de que escrever para publicar/’publicizar’ pode ser um caminho alternativo para o trabalho com a produção de textos na escola, para a promoção e construção de autores. Um caminho capaz de contribuir para a reverter o quadro de receio e desestímulo que paira sobre essa prática – especialmente nos bancos escolares –, promovendo certo movimento da exclusão para inclusão no que diz respeito ao domínio/uso efetivo da escrita e sua utilização como ferramenta de cidadania. Alessandra Rodrigues Luz é mestre em Educação pela Universidade do Planalto Catarinense com dissertação intitulada: Marcas no papel, no mundo e na memória: escrita e autoria de jovens considerados em ‘condição de vulnerabilidade social’; Pós-graduada em Língua Portuguesa – Produtor\revisor e Graduada em Letras também pela mesma Universidade. Atualmente é professora de Língua Portuguesa da Rede Bom Jesus e do Senai. Atua ainda como docente contratada na Uniplac.

Os intelectuais orgânicos e o ensino de línguas no brasil

CALIXTO,Marcelo Lima (UFRGS) [email protected]

Quando ingressamos na escola, somos “educados” a aceitar a ciência, a tecnologia, a religião, a arte, a língua e as demais construções do engenho humano, oriundas dos grupos sociais privilegiados ou dominantes, nas diferentes épocas da história da humanidade. Esses grupos, graças ao controle que sempre tiveram sobre o financiamento das formulações teóricas, sempre decidiram sobre o que deveria ser preservado e disseminado das criações da inteligência humana. Por constituir-se como a expressão dos que detêm o poder, na grande maioria das vezes aparece como a única a ser transmitida para as atuais e futuras gerações. Seguindo a mesma linha de pensamento, escutamos a todo o momento, afirmações sobre a “falta de cultura” das classes menos favorecidas. Mesmo que algumas vezes tenhamos escutado sobre os seus diferentes modos de entender a realidade, suas análises e interpretações quase nunca são levadas em consideração e, por isso mesmo, refutadas dos processos de acumulação e transmissão do patrimônio cultural e, conseqüentemente, eliminadas dos

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currículos escolares. Dentro desse quadro é que faremos uma rápida investigação sobre os intelectuais orgânicos dentro da escola pública brasileira. Tomaremos de Gramsci a categoria de intelectual orgânico, e de Pêcheux e Bakhtin (Voloschinov) os estudos sobre linguagem. Marcelo Lima Calixto é Professor de Ensino Médio no I.E.E. São Francisco Solano, na cidade de Não-Me-Toque e no C. S. Rui Barbosa da cidade de Carazinho. Mestre em lingüística pela UPF. Doutorando em Teoria do Texto e discurso pela UFRGS, sob orientação da professora Ana Zandwais. SESSÃO 5 – SALA 105

O humor em sala de aula: uma perspectiva dialógica

LORENZ, Roseméri (UPF) [email protected]

O trabalho procura mostrar a possibilidade, e a necessidade, de se abordar o dialogismo nas aulas de Língua Portuguesa como forma de desenvolver a competência lingüística do aluno. Apoiando-se principalmente nas reflexões de Bakhtin, pretende-se, através da análise de textos humorísticos, apontar para possíveis atividades práticas de leitura e interpretação que proporcionem ao aluno a oportunidade de refletir sobre o caráter interativo da linguagem, levando-o a perceber nos discursos, a presença do discurso de outrem. Roseméri Lorenz é mestre em Letras- Área de Estudos Lingüísticos- pela Universidade de Passo Fundo. Atualmente, é professora do Curso de Letras da Universidade de Passo Fundo e do Instituto Estadual Cecy Leite Costa.

Dicionário e ensino de língua materna: obras lexicográficas diferenciadas para necessidades distintas

HEINRICH, Luciana Trombini [email protected]

Esta pesquisa é norteada pelo pressuposto de que o dicionário é um potencial instrumento didático, para o ensino da língua materna, e que o proveitoso uso pedagógico do dicionário está relacionado à escolha de uma obra lexicográfica adequada ao nível de ensino e aprendizagem dos alunos. Diante disso, este trabalho

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analisa e compara 13, dos 18 dicionários selecionados pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), no âmbito do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD, 2006), visando salientar as características peculiares de cada obra para poder sugerir aquela, ou aquelas obras, mais adequadas a cada situação de aprendizagem. Os dicionários selecionados pelo MEC são considerados como importante material didático de apoio ao ensino e aprendizagem da língua materna, nos dois primeiros ciclos do Ensino Fundamental. A seleção determinou 2 acervos, um destinado ao 1º ciclo, que é composto de 1ª e 2ª série, período em que os alunos se encontram em fase de alfabetização, e outro para o 2º ciclo do Ensino Fundamental, que se forma de 3ª e 4ª série, correspondendo à fase de consolidação da escrita. De igual modo, este estudo leva em consideração as necessidades dos alunos, tendo por base as proposições dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) de Língua Portuguesa. Os propósitos dos PCNs sugerem que os conteúdos do Ensino Fundamental são aqueles considerados importantes para a constituição da proficiência lingüística e discursiva do aluno. Os resultados da análise identificam os recursos lexicográficos que, em cada obra, podem se tornar produtivos para o ensino da língua materna, considerando as necessidades de cada etapa de aprendizagem. A pesquisa situa-se no plano da Lexicografia didática, área ainda nova entre os estudos lingüísticos. Luciana Trombini Heinrich é graduada em Letras - Português/Inglês e especialista em Lingüística Aplicada, pela UPF; mestre em Lingüística Aplicada pela UNISINOS. Atua como professora de inglês na rede pública e privada de Passo Fundo.

A compreensão de textos sob o olhar da teoria polifônica e dos blocos semânticos

TROMBETTA, Vanda Mari (UPF)

[email protected]

Este estudo apresenta com base na Teoria da Polifônia e na Teoria dos Blocos Semânticos, proposta por Carel e Ducrot respectivamente, uma possibilidade de trabalho para com a compreensão de textos argumentativos. No processo de compreensão dos textos argumentativos a percepção dos pontos de vista dos enunciadores e a redução dos enunciados as unidades semânticas básicas, encadeamentos argumentativos em donc (portanto) ou pourtant (mesmo assim) podem oferecer subsídios para a compreensão da argumentação nos textos. Primeiramente traçou-se um caminho teórico das fases da Teoria de Argumentação na Língua, em seguida apresentou-se a proposta de aplicação. Considerou-se na análise do ensaio, a presença dos elementos da Teoria da Polifônia (locutor, enunciador) e os blocos semânticos do texto.

Vanda Mari Trombetta é aluna do mestrado em Lingüística, na UPF. Professora da Rede Estadual de Ensino e Ensino de Terceiro Grau em Pato Branco- PR.

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SESSÕES DE COMUNICAÇÕES INTEGRADAS LÍNGUAS ESTRANGEIRAS

Sexta- Feira - 24 de outubro Local - Faculdade de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis (FEAC) Horário - 10h20min – 12h SESSÃO 1 – SALA 113

A importância do lúdico no ensino de língua italiana

SPENCER, Nathália (UFRGS) UFRGS - [email protected]

O presente trabalho visa discutir uma ferramenta muito importante no ensino e aprendizado de língua estrangeira, o lúdico. Utilizar atividades lúdicas muitas vezes não é visto com bons olhos pelos professores e/ou coordenadores de cursos, pois não encaram tal atividade como exercício de aprendizado, e sim como uma forma de divertir um pouco a aula, sem relação com aprendizado efetivo. Infelizmente, esse aspecto deve-se a pouca informação e discussão e ao precário material didático-teórico referente a este assunto. Através de atividades lúdicas conseguimos com uma maior rapidez e eficiência que o aluno atinja o estágio da comunicação, pois envolvido emocionalmente em tal atividade, deixa de lado o medo de errar e utiliza sem perceber todas as ferramentas lingüísticas adquiridas até o momento. Além disso, podemos proporcionar atividades bem reais através de jogos e simulações, fazendo com que o aprendizado seja muito mais efetivo e prazeroso para o aluno. Sendo assim, busco através deste trabalho, comprovar a eficácia da utilização da ludicidade em sala de aula de língua estrangeira, tendo como base atividades realizadas em sala de aula de língua italiana, mostrando que uma aula lúdica é tão, ou mais, eficiente e proveitosa que uma aula expositiva tradicional. Além de ser uma ótima maneira de propiciar a interação social dentro do ambiente de sala de aula, também é uma excelente ferramenta didática, onde o aluno aprende verdadeiramente o conteúdo de uma forma leve, agradável e divertida. Nathália Spencer é aluna do Curso de Graduação em Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com ênfase em língua portuguesa e italiana, cursa o último semestre do Curso. Atua como professora de língua italiana na cidade de Canoas e realiza estágio de língua portuguesa na cidade de Porto Alegre.

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Reflexões sobre os objetivos das aulas de línguas estrangeiras na escola regular

TREVISAN, Suzana (UFRGS) [email protected]

Pretendo fazer uma breve reflexão sobre os objetivos das aulas de língua estrangeira das escolas regulares, os quais possuem, muitas vezes, uma confusa delimitação ou são comparados aos objetivos de cursos livres. Para tanto, farei uma apresentação histórica do ensino de línguas no Brasil e das concepções de aquisição que foram eleitas no decorrer dos anos. Além disso, citarei dois documentos legais: os Parâmetros Curriculares Nacionais e Orientações Curriculares para o Ensino Médio, a fim de buscar uma referência oficial que auxilie o trabalho dos professores. Por fim, farei o relato de duas experiências: uma corresponde ao trabalho docente em uma escola privada da grande Porto Alegre e a outra durante o Estágio de Língua Inglesa I, realizado em Abril e Maio de 2008. O objetivo destes relatos é sustentar a hipótese de que a Língua Inglesa, durante o Ensino Médio, além do foco no conhecimento lingüístico, deve servir como um instrumento de auxílio à formação do espírito crítico do aluno. Suzana Trevisan é aluna do curso de Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com ênfase em Língua Portuguesa e Inglesa. Possui o certificado de proficiência da Universidade de Cambridge (FCE). Atua como professora em escola regular privada da grande Porto Alegre há 4 anos. Trabalha atualmente como professora de língua Inglesa nos níveis de Educação Infantil e Ensino Fundamental (1° a 4° séries), mas já atuou no Ensino Médio. Realiza o Estágio de Língua Inglesa neste semestre. Formatura prevista para 2009/2.

Aquisição de pronomes possessivos adjetivos em inglês

CALEGARI, Silvana Aparecida (URI- Santo Ângelo) [email protected]

O termo Aquisição de Segunda Língua parece transparente, mas não é. De acordo com Ellis (1997) em um primeiro momento o termo second pode definir aquela língua que é aprendida posterior à língua materna, bem como, pode também se referir à aprendizagem de uma terceira, quarta... Língua então, a aquisição de uma segunda língua (L2) pode ser definida como um caminho na qual as pessoas aprendem uma outra língua, que não seja a língua materna do indivíduo, dentro ou fora de uma sala de aula, e o estudo nesta área denomina-se “Second Language Acquisition”. Veja o exemplo: Se você está aprendendo uma língua naturalmente, ou se você está morando em um país onde se fala outra língua, ou ainda aprendendo em sala de aula a falar genericamente uma segunda língua através de instruções, você está aprendendo uma segunda língua. É fato que a Aquisição da Segunda Língua vem sendo alvo de pesquisa, por ser um assunto de relevância para profissionais que trabalham com o estudo de Língua Estrangeira. Desta forma é de extrema relevância o estudo das diferentes concepções teóricas sobre SLA, como embasamento teórico. Sendo assim, se propôs este estudo sobre pronomes o qual examina o efeito instrutivo em ambiente formal de aprendizagem de sala de aula na aquisição de pronomes possessivos

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adjetivos em Língua Inglesa, sendo o corpus de análise composto de por estudantes do 1º ano do Ensino Médio em uma escola pública, na cidade de Santo Ângelo, RS. A metodologia usada neste estudo deu-se da seguinte forma: Os estudantes apresentaram grande dificuldade na realização do pré-teste, no qual ocorreram trocas significativas de pronomes durante este período. Após o período de duas semanas de instrução, foi aplicado um pós-teste, nos mesmos moldes do pré-teste. No período de pós-teste, os estudantes apresentaram um ótimo desempenho, demonstrando mais facilidade no uso dos pronomes possessivos adjetivos em Língua Inglesa. Isto sugere que a instrução formal aplicada causou efeito positivo na aprendizagem dos alunos. Silvana Aparecida Calegari é Professora em Escola Pública, na cidade de Santo Ângelo. Área de atuação - ensino médio, disciplina - Língua Inglesa. O presente estudo representa o trabalho de conclusão de Especialização em Metodologia de Ensino em Língua Inglesa, Concluído no ano de 2006. Atualmente curso Mestrado em Estudos Lingüísticos nesta Instituição organizadora do presente evento. SESSÃO 2 – SALA 114

Projeto drama club - uma proposta transdisciplinar

BROCH, Ingrid Kuchenbecker [email protected]

PEREIRA, Tatiana Cibele Mendonça Colégio de Aplicação da UFRGS - [email protected]

Esta comunicação tem por objetivo refletir sobre as atividades desenvolvidas no Projeto de Extensão Drama Club do Colégio de Aplicação da Universidade federal do Rio Grande do Sul como uma oportunidade de aprendizagem de língua estrangeira na educação básica. Muitos alunos demonstram interesse em desenvolver a expressão oral em Língua Inglesa na sala de aula. Este potencial é muitas vezes desperdiçado pela falta de uma atividade que oportunize um contato mais abrangente com o idioma e até mesmo um ambiente onde possam desenvolver a oralidade, promovendo maior autoconfiança nos alunos. O Projeto de Extensão Drama Club oportuniza o desenvolvimento da prática oral em Língua Inglesa e promove a inclusão de alunos através da construção coletiva de uma peça teatral. O teatro na escola, por sua vez, parece estar mais associado com entretenimento e não com aprendizado. No entanto, a dramatização potencializa a aquisição de conhecimentos, em especial de línguas estrangeiras, ao inserir a língua estrangeira em um contexto físico e social. Deste modo a língua estrangeira torna-se mais real e presente na vida do aluno, propiciando-lhe também um maior enriquecimento cultural e lingüístico. O Teatro possui linguagens específicas que se entrelaçam com outros saberes, tais como reconhecimento do corpo, estudo do espaço, da luz e da cor, das sonoridades, da palavra falada e escrita, das emoções e da sociabilidade, podendo tornar-se aos olhos dos alunos área de conhecimento tão significativa quanto às demais. Resultados parciais mostram que esse trabalho favorece a prática da expressão oral na língua inglesa, a auto-estima e a ampliação de seus conhecimentos culturais e artísticos.

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Ingrid Kuchenbecker Broch é mestre em Lingüística Aplicada pela UFRGS. Professora de Língua Inglesa do Colégio de Aplicação da UFRGS e coordenadora do Projeto de Extensão Drama Club. Desenvolve projetos utilizando as novas tecnologias de informação e comunicação e realiza pesquisa sobre escrita coletiva em ambiente digital. Tatiana Cibele Mendonça Pereira é formada em Letras – Inglês pela UFRGS e pós-graduanda em Ensino e Aprendizagem de Idiomas pela mesma instituição. Foi professora substituta de inglês do Colégio de Aplicação da UFRGS de 2006 a 2008 e de vários cursos de idiomas. Atualmente, é professora de inglês do NELE – Núcleo de Extensão em Línguas Estrangeiras da UFRGS e atua como participante da Equipe Externa do Projeto Drama Club do Colégio de Aplicação da UFRGS.

Promoting excellence in literacy and numeracy: a social project of improving critical world’s readers

MAGALHÃES, Edna Maria Santana

Faculty of Education/Pedagogic Center/UFMG/Brazil [email protected]

BANHAN, Peter York University – Toronto, Canada

This communication was produced with two goals: it will discuss how is important we decide what kind of readers we would be good for the real society where we are insert, and in consequence of this we will reflect about what is the project of man our schools have worked a long of their history. It is essential to review the school role and its project of education. Countries are around the earth worried about what to do with a great number of students which have access to schools and relation with the patterns of abilities are (and how), more and more, reacquired from people a good (it is in a minimal scale) competence in reading. The second one is to show a project of human being formation in which we have an effective dialogue between university and elementary and high-schools and community where the students live on. We will organize it in three parts: the first one presents the theoretical basis about the conception of literacy and numeracy and their contributions in the process of improving citizens capable of to do change in the world and how they can rebirth themselves the sense of self confidence. The second part brings a scholar and social project, developed in North of Great Toronto, and which we can realize how is possible – and how urgent is – the academic world and teachers, family, social organizations and government work together to promote excellence in literacy and numeracy abilities in students of elementary and high school courses. The third part has results of this project and how are the strategies developed to attend the students and schools and to get their university career and draw some high-lights about the pedagogical and social supports given to the students insert in this hard beautiful social program. Edna M. Santana Magalhães é Doutoranda em Educação e Linguagem (em curso), Faculdade de Educação da UFMG, Belo Horizonte, com complementação de estudos na York University/Toronto/Canada. Mestre em Letras/Lingüística, Pontifícia

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Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte. Graduada em Língua Portuguesa e Língua Inglesa, Faculdade de Letras da UFMG, Belo Horizonte. Professora da Escola de Educação Básica e Profissional do Centro Pedagógico da UFMG da Universidade Federal de Minas Gerais. Consultoria técnica e pedgógica junto a órgãos públicos para correção de redações para Avaliação Sistêmica dos alunos das redes de ensino Público junto a Prefeituras, ao Estado e ao Governo Federal (ENEM). Membro da equipe de Correção de Provas do Vestibular da UFMG.

A importância do uso de vídeos para desenvolvimento da habilidade oral em língua estrangeira

TEIXEIRA, Michele Andreza

[email protected] SCHWERTNER, Michele

[email protected]

No ensino de língua estrangeira, as atividades de desenvolvimento de habilidades orais, principalmente da habilidade auditiva, costumam ser trabalhadas com exercícios de áudio provenientes de gravações em CDs ou fitas cassetes. Entretanto, é fundamental que uma inovação aconteça neste cenário. Ao realizarem esse tipo específico de exercícios de listening, os alunos deixam de praticar fenômenos inerentes ao enunciado, denominados por Lyons (1987:17) paralinguísticos: “Haverá também, associada ao enunciado falado, toda uma série de fenômenos não-vocais (movimentos do olhar, movimentos da cabeça, expressões faciais, gestos, postura, etc.) que determinarão mais profundamente a estrutura ou significado do enunciado, podendo da mesma forma ser identificados como paralinguísticos.” Neste trabalho, buscamos demonstrar que os alunos são beneficiados pelo uso de vídeos em sala de aula de língua estrangeira pois podem desenvolver diversas estratégias de listening. Para tanto, dez alunos de uma escola de idiomas de nível avançado participaram da pesquisa, respondendo a um questionário composto por 10 perguntas de compreensão de um episódio de um sitcom norte-americano. O episódio que possui duração total de 24 minutos foi divido em duas partes de 12 minutos. Nos primeiros 12 minutos, os alunos apenas ouviram os diálogos, sem o auxílio das imagens, enquanto nos 12 minutos subseqüentes puderam assistir a continuação do episódio com áudio e imagens simultaneamente. Dentre as 10 perguntas do questionário, cinco trataram da primeira parte e as outras cinco da segunda parte. Michele Andreza Teixeira Passini has been an English teacher for seven years. She holds a B.A. in Letras Português/Inglês from Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG and a FCE. She is currently taking a graduate course on Linguistics at PUCRS. And she has also presented some works in different EFL seminars and conferences. Michele Schwertner has great experience in EFL, teaching English to children for over 10 years. She has also taken courses for EFL teachers in NY and presented several workshops, papers, poster sessions, etc. at EFL national and international seminars

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and conferences. She is currently teaching a course on teaching English to young children. SESSÃO 3 – SALA 115

Qualificação profissional e aquisição de fluência da língua inglesa através de programas de intercâmbio

SANTOS, Magda Elisabete dos (UPF) [email protected]

SANTOS, Maria Elisabete Mariano dos (UPF) [email protected]

O processo de globalização agrega influências a todos os aspectos da vida humana, transforma pessoas, culturas e nações. Nesse processo, o mercado de trabalho vem também sendo imensamente alterado em razão das novas tecnologias inseridas, da internacionalização de empresas e dos novos conhecimentos exigidos para o desempenho de funções. Portanto, existe hoje a necessidade de novas habilidades, dentre as quais se destaca a fluência na língua inglesa. Dentre os profissionais que buscam qualificar-se para atender as necessidades do mercado, destaca-se o Secretário Executivo. Assim, esta comunicação tem como ponto principal apresentar resultados de uma pesquisa exploratória sobre os programas de intercâmbio como fonte de conhecimento e aprimoramento cultural e lingüístico, além de oportunidade de qualificação profissional. O estudo, que se utilizou de um questionário como instrumento de pesquisa, envolveu dez sujeitos que vivenciaram experiências no exterior. Pode-se afirmar que os resultados obtidos apontam para a eficácia dos programas de intercâmbio em diversos aspectos. Magda Elisabete dos Santos é Acadêmica do VIII nível do curso de Secretariado Executivo Bilíngüe da Universidade de Passo Fundo. Maria Elisabete Mariano dos Santos é Coordenadora do curso de Secretariado Executivo Bilíngüe da Universidade de Passo Fundo. Professora de Língua Inglesa do curso. Mestre em Educação. Áreas de interesse: língua inglesa e formação profissional.

Domínio de idiomas estrangeiros: importância aos profissionais da área secretarial

SCARIOT, Taísa (UPF)

[email protected] DURANTE, Daniela Giareta (UPF)

[email protected]

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Com o advento da globalização e o avanço acelerado da tecnologia, o ambiente organizacional vem se modificando, exigindo a manutenção constante de diferenciais competitivos. Diante disso, empresas têm demandado a atuação de profissionais capacitados para atuarem num mercado global e dentre os requisitos desejados estão as habilidades de negociar e se comunicar em outros idiomas, o que influencia diretamente no perfil dos profissionais da área secretarial. O presente estudo propõe uma discussão da atuação do secretário executivo em empresas que negociam seus produtos e/ou serviços internacionalmente, buscando compreender se esses profissionais possuem as habilidades e conhecimentos necessários para tal. Para tanto, foi realizado um estudo teórico e um levantamento de dados por meio de entrevistas semi-estruturadas com profissionais atuantes no comércio exterior. Os resultados obtidos confirmam os pressupostos teóricos de que habilidades em negociação e comunicação, além do domínio de idiomas estrangeiros e conhecimentos da cultura dos países parceiros são essenciais para quem atua neste campo. Constata-se que esses requisitos são contemplados na formação em secretariado executivo e constituem, dentre outros atributos, o perfil profissional dos mesmos, logo, as relações internacionais representam uma perspectiva de trabalho promissora à área secretarial nesta economia globalizada. Dessa forma, destaca-se a importância do domínio de idiomas estrangeiros aos profissionais da área secretarial, sobretudo, àqueles que atuam em empresas que negociam internacionalmente. Taisa Scariot é Bacharel em Secretariado Executivo Bilíngüe (UPF). Acadêmica do MBA em Economia e Gestão Empresarial (UPF). Professora de inglês na Escola Cipex Idiomas de Ronda Alta desde 2003. Daniela Giareta Durante é mestre em Desenvolvimento (UNIJUÍ). Especialista em Gestão Secretarial (UPF) e Pedagogia Empresarial (UPF). Professora no Curso de Secretariado Executivo Bilíngüe (UPF).

Estratégias lingüísticas no marketing internacional

GARDIN, Aline (UPF)

[email protected] PLETSCH ,Cleonice (UPF)

[email protected] CONSALTER ,Evandro (UPF) [email protected] CAPPELLARI ,Maraísa (UPF)

[email protected] Este trabalho tem como objetivo apresentar o relato de uma experiência de estágio de língua inglesa de alunos do Curso de Letras da UPF. O estágio foi planejado para ser desenvolvido como um workshop para alunos do curso de Publicidade e Propaganda. Pretende-se, também, promover uma reflexão acerca da utilização da língua inglesa no contexto de anúncios publicitários, considerando os mais diversos efeitos causados através de seu uso lingüístico.

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Os autores são acadêmicos do curso de Letras Habilitação em Língua Inglesa, Portuguesa e Respectivas Literaturas e estão em fase final do curso, sendo a proposta de trabalho desenvolvida para o estágio da disciplina de Estágio de Língua Inglesa I, ministrada pela professora Luciana Rosa. SESSÃO 4– SALA 116 Pragmatismo e hibridação: conexões lingüísticas na competência comunicativa

como fonte de pesquisa

RODRIGUES, Dora Angélica Segovia (UPF) [email protected]

A questão do ensino da língua espanhola ainda necessita de pesquisas lingüísticas por causa dos “entre lugares” que tem ficado fora da didática. Quando se trata do ensino da língua espanhola como, por exemplo, a região sul, defendo uma pesquisa panorâmica no contexto multidisciplinar. Para dar conta desta empreitada, a pesquisa precisa conter um enfoque pragmático, dessa forma, contemplaria o uso real e efetivo da língua. As metodologias emanadas das pesquisas promoveriam situações de comunicação dos falantes, levariam em conta os contextos dos enunciados e seus significados, revelando o valor cultural que lhes da vigência. Em La América Hispanohablante de Bertil Malmberg, encontramos interessantes aspectos da história lingüística e cultural dos países americanos colonizados por Espanha. O autor analisa os fenômenos de expansão da língua e suas transformações regionais. Ele examina a metamorfose produzida nos diversos encontros entre a língua da "madre pátria" e as línguas indígenas, a influência da literatura européia e o inicio da escrita nativa, uma literatura que ele denomina "literatura colonial" com seus conteúdos americanistas e anti-espanhóis, textos gerados pelo anseio de libertação. Por um lado, no mundo globalizado urge condensar de forma coerente conteúdos como esse. Por outro, no momento em que estamos incrementando o ensino da língua espanhola nas escolas do Brasil, este enunciado reforça a necessidade de pensar um enfoque diferenciado e multidisciplinar. Dora Angélica Segovia de Rodrigues é Mestre em Literatura pela UFSC e Professora de língua e literatura espanhola da UPF. Produção e análise de material didático: o uso das 4 habilidades no processo de

ensino-aprendizagem de língua estrangeira em curso de idiomas

WARKEN, Sílvia Raquel (CIPEX Idiomas) [email protected]

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A pesquisa ora proposta, com base numa pesquisa-ação, tem como objetivo descrever e analisar o processo interacional na aula de Língua Espanhola, a partir de uma metodologia de ensino comunicativa, com vistas ao desenvolvimento das quatro habilidades comunicativas. O estudo foi realizado em uma escola de idiomas de curso livre e, através de um material didático voltado para as quatro habilidades, foram realizadas gravações em áudio, das aulas, com o objetivo de registrar em detalhes as ações e interações realizadas pelos alunos. A pesquisa focaliza-se na reflexão das atividades realizadas, compreendendo a escrita, a leitura, a fala e a escuta, considerando seus efeitos no processo de ensino e aprendizagem em Língua Estrangeira. Sílvia Raquel Warken é graduada em Letras – Português pela Universidade de Passo Fundo – UPF e Especialista em Ensino e Aprendizagem de Língua Estrangeira pela UPF. É professora de Língua Espanhola em curso de idiomas.

Avaliação: dominação esclarecimento ou inclusão?

JABELUFA , Sergio (Escolas Garra, Menino Deus, Skill) [email protected]

A preocupação com a formação docente e discente orientou a elaboração do presente trabalho, que consiste em fazer uma reflexão sobre a Teoria Crítica voltada para a realidade da avaliação em Língua Estrangeira (LE). Esta vai ao encontro com os pensadores frankfurtianos na tentativa de perceber se por trás da avaliação existem indícios tradicionais, ou seja, avaliação centrada somente na prova como única forma de se obter a aprovação do aluno. Sendo assim, as tendências contemporâneas com base na proposta de um ensino voltado para a cidadania, como recomendam os PCNs (1998), o professor deve ser um sujeito esclarecido para proporcionar a inclusão de si próprio e de seus educandos, superando a dominação que pode provocar a barbárie, barbárie como contraponto do desenvolvimento da sociedade, por exemplo: agressões de crianças nas escolas com tiros em vez de estarem seguras estudando, entre outras. A inclusão depende de uma coerência que envolve o professor e o aluno mediante uma ação concreta, tendo como padrão a auto-crítica. Fazemos uma análise de uma Escola de Línguas Estrangeiras com o intuito de realizar um confronto a respeito do que defendem os seguidores da Teoria Crítica especialmente Adorno e Horkheimer (1985). Sergio Jabelufa é graduado em Filosofia; especialista em Filosofia; mestre em Educação e especialista em Ensino de Línguas Estrangeiras: Espanhol, pela UPF. É professor de espanhol em vários Colégios, Cursos Técnicos e Cursos de Línguas de Passo Fundo e região. Também ministra aulas na Graduação (Filosofia, Sociologia e Metodologia Científica) e na Pós-Graduação (Metodologia da Pesquisa) na Faculdade Portal em Passo Fundo/RS.

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SESSÃO 5 – SALA 117

Estudo e construção de uma ferramenta de auxílio ao ensino da língua inglesa

para o ensino fundamental

Rosane Maria Tonetto (URI- St. Ângelo) [email protected]

Neste trabalho são apresentadas as principais características do desenvolvimento do uso do computador em sala de aula como ferramenta de auxílio ao Ensino da Língua Inglesa e a montagem de um protótipo de software educacional. Objetiva difundir o uso do computador no processo ensino-aprendizagem de língua estrangeira. Após levantamento de dados de uma escola do interior do estado do RS e da disciplina de língua inglesa de uma turma de segunda série do ensino fundamental, foi construído um protótipo, utilizando recursos do PowerPoint. O mesmo foi utilizado e avaliado por duas turmas de segunda-série. Apresentam-se os resultados e discussão, ressaltando-se a avaliação positiva do protótipo e a adequação de seu uso em sala de aula. O sistema foi desenvolvido durante o Curso de Pós-Graduação em Informática na Educação da URI – Campus Santo Ângelo. Rosane M. Tonetto é professora Estadual no Ensino Fundamental e Médio de Língua Portuguesa e língua Inglesa, formada em Licenciatura Inglesa e Língua portuguesa na URI- Santo Ângelo, Cursei a Pós- Graduação na URI em Especialização na Informática na Educação, atualmente estou trabalho na 14ª coordenadoria regional de Santo Ângelo.

A atividade social na escola bilíngüe – por uma educação global

MEANEY, Maria Cristina (LAEL – PUCSP) [email protected]

A educação pautada em princípios sócio-histórico-culturais deve promover a formação global do aluno, visando formar indivíduos autônomos, críticos e éticos. Assim, as atividades desenvolvidas têm que promover esta formação, além de mostrarem-se relevantes para eles, o que é particularmente difícil ao ensinarmos uma língua estrangeira, uma vez que os alunos raramente encontram em seu cotidiano situações em que o uso deste idioma seja realmente necessário. É também meta da educação bilíngüe integrar as diversas áreas do conhecimento, desenvolvendo no aluno a habilidade de acionar os conhecimentos adquiridos de maneira integrada. Articular estes objetivos ao planejar o currículo de uma série, atendendo ao mesmo tempo a demandas institucionais, é uma tarefa complexa e em constante transformação. Nesta apresentação, pretendo mostrar como o conceito de atividade social (Leontiev, 1977) é levado em consideração na construção do currículo de uma escola de ensino bilíngüe de modo a promover a articulação desejada. Partindo da necessidade que os alunos têm de lidar com questões financeiras e de fazer escolhas de cardápio, é preciso desenvolver neles a percepção de autonomia, senso crítico e ética de que precisarão para atuar nas

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inúmeras situações com as quais se depararão. Tal necessidade é colocada mais explicitamente no quarto ano da escola na qual trabalho, pois é nele que os alunos passam a ter a possibilidade de utilizar a cantina da escola. É uma situação conflitante, pois traz prazeres e desafios e, por isso mesmo, é um momento significativo de construção de conhecimento conjunto. Maria Cristina Meaney é mestranda em Lingüística Aplicada e Estudos da Linguagem pela PUCSP. Formada em Letras-Português também pela PUCSP. Atua como professora de inglês do quinto ano (antiga 4ª série) da Escola Stance Dual e também como professora da escola de idiomas Cel-Lep, onde já atuou como coordenadora pedagógica.

Aprender brincando: a contribuição do grupo gestor para a educação bilíngüe

ALVES, Viviane de Souza Klen (Programa Ação Cidadã / PUC-SP) [email protected]

Este resumo tem por objetivo apresentar o trabalho desenvolvido no segmento Aprender Brincando: Educação Bilíngüe, parte do Programa de Extensão Ação Cidadã, coordenado pelas Professoras Doutoras Fernanda Liberali e Cecília Magalhães, têm como foco perceber a contribuição de um grupo gestor no planejamento de atividades para o ensino-aprendizagem em língua estrangeira em uma creche conveniada do Estado de São Paulo. Está pesquisa está situada em paradigma crítico colaborativo (Magalhães, 2007) pressupõe que o Grupo Gestor (Liberali & Sanchez, 2008) colabore na produção de conhecimento e na busca de transformação e de resultados. O projeto é realizado em duas creches conveniadas do estado de São Paulo e têm como participantes o grupo gestor formado por 1 pesquisadora formadora; 1 professora pesquisadora externa em formação; 3 professoras em formação (alunas da graduação); Coordenadoras do PAC/Projeto AB e 20 alunos com faixa etária de 3 a 4 anos. As aulas, com duração de sessenta minutos são realizadas duas vezes por semana durante um ano. Os resultados parciais revelam (i) a importância de se planejar as atividades no Grupo Gestor para este contexto específico; (ii) apontam que o trabalho colaborativo contribui para a reflexão crítica, para a maior autonomia e responsabilidade de todos do grupo, que juntos reconstroem saberes e práticas; (iii) as contribuições do uso da LE como instrumento-e-resultado (Newman e Holzman, 2002); (iv) o trabalho com a contação de histórias infantis em uma língua estrangeira e eixos temáticos promove uma aprendizagem geradora de novas identidades, de mobilidade social e de relações de poder mais equilibradas na medida em que proporciona a todos os participantes oportunidades de reflexão, colaboração, criticidade e transformação. Viviane de Souza Klen Alves é aluna de graduação na PUC-SP, em Letras Inglês e Português. Atua como Pesquisador nos seguimentos: LEDA (Leitura e Escrita nas Deferentes Áreas) e Aprender Brincando: Educação Bilíngüe, do Programa de Extensão Ação Cidadã (PAC). Orientada pela Profa. Dra. Fernanda Liberali, é apoiada pelo PIBIC-CEPE (2006-2007) e PIBIC-CNPq Brasil (2008-2009) e desenvolve suas pesquisas concentradas na leitura em diferentes áreas e educação bilíngüe, com especial enfoque na inclusão, colaboração e ação cidadã.

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DIA 23 DE OUTUBRO – QUINTA-FEIRA

CONFERÊNCIA I - 9h – 10h30

O ensino de língua materna na escola

Dra. Marisa Magnus Smith (PUCRS)

Nestes tempos de grande avanço nas ciências da Linguagem e da Educação, e de renovação das regulações institucionais, como os PCNs, constitui um paradoxo a dificuldade crescente dos jovens para lidar de maneira proficiente e prazerosa com sua língua materna. Academia e sociedade parecem ter pouco a dizer, a não ser apontar possíveis vilões - a falta de leitura e de prática de escrita, a perniciosa influência dos meios de comunicação e do internetês - ou atribuir ao "sistema", essa entidade sem rosto, os impasses que elas próprias não conseguem resolver. Nesse contexto, Escola e professores defendem-se como podem: entre a pressão dos pais que querem para seus filhos "aulas de português de verdade" (leia-se "conteúdos gramaticais") e a vocação para o exercício de um ensino realmente produtivo, sem saber como administrar este cruzamento de discursos tão diferenciados, protegem-se sob o guarda-chuva dos coloridos e bem diagramados livros didáticos, que prometem abordagens diferenciadas mas não respondem às grandes questões que devem iluminar o ensino de língua materna: Para que deve servir a minha aula? Que conteúdos devo desenvolver? Que linguagem(ns) devo privilegiar? Como devo conduzir minhas aulas? Minhas experiências como lingüista e como professora de língua materna têm me ensinado que o lamento pouco adianta e que receitas prontas nem sempre são bem sucedidas. Por isso, minha fala pretende refletir positivamente sobre práticas e propor estratégias pedagógicas que possam dar respostas otimistas a todos aqueles que, não obstante quantas dificuldades encontrem, insistem em acreditar que o papel do professor de língua materna é o de possibilitar ao aluno a apropriação de diferentes modos de inscrever-se como sujeito em sua humana circunstância, pelo processo de tomada da palavra - atividade onde se constituem, revelam e escondem os enfrentamentos, as alianças, a vida, enfim.

Marisa Magnus Smith possui graduação em Letras, especialização no Ensino da Língua Portuguesa, mestrado em Lingüística e Letras e doutorado em Lingüística e Letras pela PUC-RS. Atualmente é professor assistente da PUC-RS e professor titular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Língua Portuguesa, atuando principalmente nos seguintes temas: pontuação, uso atual da pontuação, gramática, pontuação e sintaxe, desvios de pontuação e pontuação no texto jornalístico.

MESA-REDONDA – 16h30min – 18h

Formando professores para a cidadania: diferentes olhares

Esta mesa-redonda pretende apresentar e discutir as contribuições das áreas da Filosofia e da Psicologia para a formação de professores de línguas em geral. Além disso, pretende-se focalizar a reflexão na posição dos professores de língua espanhola diante da obrigatoriedade de oferecimento do espanhol na Educação Básica.

Filosofia e formação de professores de línguas

Dr. Altair Alberto Fávero ( UPF)

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Possui graduação em Filosofia e especialização em Epistemologia das Ciências Sociais , mestrado em Filosofia pela PUC-RS e doutorado em Educação pela UFRGS. Atualmente é professor titular e pesquisador da UPF. É coordenador dos Estágios do Curso de Filosofia, é como professor de Mestrado em Educação da UPF, atuando na linha de Políticas Educacionais. Tem experiência na área de Filosofia e Educação, com ênfase em Epistemologia e políticas para o ensino de Filosofia, atuando principalmente nos seguintes temas: filosofia, ensino de filosofia, educação, pragmatismo, formação docente, políticas educacionais e ética.

Psicologia e formação de professores de línguas

Dra. Rosani Sgari Szilagyi (UPF)

Rosani Sgari Szilagyi possui graduação em Psicologia, especialização em Gerontologia Social, especialização em Epistomologia Pesquisa e Ciência da Educação e mestrado em Educação pela UPF. Realizou doutorado em Educação na UFRGS. Atualmente é professor titular da UPF e coordenadora do curso de Psicologia. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicologia do Desenvolvimento Humano.

Professores de língua espanhola e a cidadania

Dra. Maria Tereza Nunes Marchesan (UFSM)

Formar professores para a cidadania depende de formadores comprometidos não só com o conhecimento teórico-prático especifico das disciplinas curriculares voltados para questões técnicas, mas, também, do compromisso com a formação global do professor em pré-serviço. Formar para a cidadania deve envolver reflexão sobre a realidade brasileira, sobre o significado de princípios de ética, de responsabilidade, de interesse coletivo, sobre a importância de pensar e sentir a identidade nacional. Para tanto, o conhecimento de manifestações culturais e valores sociais vigentes em outras sociedades, que o profissional das Letras traz consigo pela própria natureza do seu saber, deve ser manifestado, exercitado, compartilhado com o professor em formação.

Maria Tereza Nunes Marchesan é professora do Departamento de Letras Estrangeiras Modernas da UFSM desde 1985. É Doutor em Aquisição da Linguagem – PPG Letras – UFRGS. Realizou pós-doutorado na Texas A&M University, Texas, USA em 2007. Atua no Curso de Letras da UFSM, principalmente, na Habilitação em Espanhol e Literaturas de Língua Espanhola. É coordenadora do Curso de Espanhol da UAB/UFSM. Atua como líder do grupo de pesquisa (CNPq) - Núcleo de Estudos de Línguas em Contextos de Ensino. Coordenadora do curso de capacitação em português língua estrangeira instrumental para policiais rodoviários uruguaios. Desenvolve pesquisa em ensino-aprendizagem e formação de professores no âmbito desse projeto.

CONFERÊNCIA II - 19h30 – 21h30

Os gêneros textuais no ensino da língua materna na escola

Dr. José Luiz Meurer (UFSC)

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Ser competente no uso da linguagem implica ser capaz de utilizar um número sempre crescente de gêneros textuais. Nesta palestra, discutem-se diferenças entre gênero e registro, e as inter-relações desses dois conceitos com as noções de práticas e estruturas sócias e sua relevância para o ensino da língua materna na escola. Dedica-se atenção especial aos papéis sociais relativos ao uso de gêneros e registros e suas interconexões com o contexto social mais imediato e com o contexto cultural mais amplo, considerando, igualmente, as implicações pedagógicas.

José Luiz Meurer é professor titular da Universidade Federal de Santa Catarina e exerce a função de Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Inglês. Possui graduação em Letras - Licenciatura em Português / Inglês pela Faculdade Católica de Filosofia, Ciência e Letras de Bagé, mestrado em Letras (Inglês e Literatura Correspondente) pela UFSC, mestrado em Lingüística e doutorado em Lingüística pela Georgetown University. Realizou pesquisa em nível de pós-doutorado na University of Birmingham, UK e na Macquarie Uniiversity, Austrália. Tem experiência na área de Lingüística, com ênfase em Lingüística Aplicada, atuando nas sub-área de lingüística sistêmico-funcional, gêneros textuais, análise (crítica) do discurso e desenvolvimento de um componente sociológico para a análise das inter-relações entre linguagem e contexto.

Dia 24 de outubro – sexta-feira

CONFERÊNCIA III - 8h30 – 10h

Língua estrangeira: ensino e cidadania

Dra. Beatriz Fontana (UNISINOS)

Esta palestra tem o foco na discussão crítica do processo de ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras como prática social na qual estão envolvidas as histórias, idealizações e projeções dos/as participantes aprendizes; tal prática social será considerada nas intersecções ideológicas que atribuem valor simbólico ao capital lingüístico, o qual, quando tratado apenas como recurso lingüístico neutro pode levar à legitimação da hegemonia da cultura subjacente a esse capital. Tendo em vista as orientações dos Parâmetros Curriculares Nacionais para um ensino de Línguas Estrangeiras que contribua para a promoção da cidadania, discutem-se as formas como a cultura permeia todo o processo de ensino-aprendizagem como prática sócial, apontando as questões político-ideológicas embutidas na construção de conhecimento em Línguas Estrangeiras, segundo os princípios fundamentais da pedagogia crítica com inspiração em Paulo Freire. Questões de resistência (CANAGARAJAH, 1999) e não-participação (NORTON, 2002) são também consideradas na análise dos resultados apontados pelo MEC e por pesquisas recentes, encerrando com a discussão dos posicionamentos do educador da linguagem, como agente de mudanças, na mediação desse processo.

Beatriz Fontana possui graduação em Letras pela UCS; mestrado em Letras pela UFRGS e doutorado em Letras pela UFRGS. Atualmente é professora titular da UNISINOS. Atua como editora da revista Entrelinhas, como professora convidada do PPG Lingüística Aplicada da UNISINOS e pesquisadora da UFRGS. Tem experiência na área de Lingüística Aplicada e Letras, com ênfase em Estudos da Linguagem, na perspectiva multidisciplinar das teorias feministas pós-estrututuralistas e da Sociolingüística Interacional, atuando principalmente nos seguintes temas: produção e reprodução de identidades na interação face a face, feminismo e linguagem em uso nas conversas cotidianas. questões político-ideológicas no ensino de inglês como língua estrangeira, interação em sala de aula de línguas estrangeiras, educação em língua estrangeira.

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CONFERÊNCIA IV - 16h25min – 17h30

Língua estrangeira: ensinar e aprender para a autonomia

Dra. Christine Siqueira Nicolaides (UFRGS)

Fomos testemunha e contemporâneos de um dos maiores fenômenos na educação - temos o orgulho de dizer e contar sobre a Pedagogia Crítica introduzida no Brasil na década de 70 por nosso grande mestre Paulo Freire. Seu discurso prega que "quer como leitores, quer como escritores, no compasso da Pedagogia Crítica os alunos são imaginados ou idealizados como sujeitos de sua prática, como agentes históricos da transformação da sociedade em que vivem numa sociedade mais justa, mais igualitária". (Cox e Assis-Peterson 2001:16). Neste trabalho trago esses preceitos para autonomia na aprendizagem de línguas, levando em conta que o aprendiz deve ser estimulado a conscientizar-se do contexto social de aprendizagem e das restrições daí surgidas, interferindo no processo sócio-histórico e tornando-se co-responsável por seu ambiente.

Christine Siqueira Nicolaides possui graduação e mestrado em Letras pela Universidade Católica de Pelotas; doutorado em Letras pela UFRGS. Foi coordenadora de pós-graduação e pesquisa da Faculdade CCAA. Tem experiência na área de Lingüística, com ênfase em Aquisição de Segunda Língua, atuando principalmente nos seguintes temas: autonomia, aprendizagem de língua estrangeira e, mais recentemente em ensino de Inglês por meio da EaD. Atualmente é professor adjunto da UFRGS na área de ensino de inglês.

CONFERÊNCIA V – 19h30min – 21h30min

Avaliação: um processo a ser construído nas aulas de línguas

Dra. Aracy Ernst Pereira (UCPEL)

A produção textual na escola tem sido, ao longo do tempo, tematizada a partir de diferentes pontos de vista e perspectivas teóricas. O objetivo deste trabalho é tentar analisar alguns problemas concernentes a ela sob um enfoque discursivo. Trata-se de refletir sobre aspectos sócio-históricos aí implicados, na tentativa de compreender, por um lado, a interpretação e os procedimentos institucionalizados do professor frente à escrita de seus alunos e, por outro, os modos de produção de sentidos nela presentes. Tomando-a como objeto simbólico privilegiado, a reflexão busca propiciar a abertura de questões cuja natureza não se esgota na identificação de problemas formais, mas o extrapola, na medida em que focaliza a relação do sujeito com a língua e os sentidos.

Aracy Ernst Pereira possui graduação em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande , especialização em Lingüística e Letras pela PUC-RS, mestrado e doutorado em Lingüística e Letras pela PUC-RS; realizou pós-doutorado na Université Paris III - Sorbonne Nouvelle . Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Católica de Pelotas. Tem experiência na área de Lingüística, com ênfase em Lingüística Aplicada. Atuando principalmente nos seguintes temas: discurso, provérbios, alterações, ideologia, inconsciente.

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OFICINAS Quinta - feira – 23 de outubro Local - Faculdade de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis (FEAC) Horário - 14h – 16h OFICINA 1 – SALA 101

A língua em situações de uso

DIEDRICH, Marlete Sandra (UPF) [email protected]

A proposta de trabalho está centrada na abordagem gramatical a partir da instância enunciativa. Assim, explora algumas categorias gramaticais em situações discursivas, analisando o papel que exercem na construção do sentido. Para tanto, explora textos verbais extraído de situações comunicativas do cotidiano, entre eles, jornalísticos, publicitários, escritos e falados. Objetiva apresentar propostas para a abordagem da gramática em sala de aula. Marlete Sandra Diedrich é Professora de Língua Portuguesa no Colégio Notre Dame Aparecida, em Carazinho e no Colégio Marista Conceição, em Passo Fundo. Mestre em Lingüística Aplicada, pela PUC-RS, atua há 14 anos na Universidade de Passo Fundo, como professora do curso de Letras, ministrando disciplinas da área da Lingüística, Língua Portuguesa e Prática de Ensino. Coordena o projeto de pesquisa Enunciação e Gramática – a língua em uso, à cuja vertente epistemológica se agrega o trabalho apresentado neste seminário. OFICINA 2 – SALA 102

A língua portuguesa no ensino fundamental e médio: um trabalho lingüístico, epilingüístico e metalingüístico

ROCHA, Neusa Maria Henriques (UPF)

[email protected]

O propósito da presente oficina é ampliar a discussão acerca da reflexão que nos permite reconhecer que falar uma língua (usá-la em situações reais de comunicação) não significa trabalhar com a língua (analisar a própria linguagem, a partir de suas

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intuições, numa perspectiva consciente e reflexiva) e também não significa falar sobre a língua (discutir ou descrever o seu funcionamento, por meio da categorização ou sistematização do conhecimento). Neste trabalho evidenciaremos que a língua tem de ser tratada no seu contexto de uso e entendida na sua relação com as diversas possibilidades de interação. Tendo em conta essa perspectiva, serão analisados alguns usos de fala e alguns textos escritos, com vistas a propor atividades a serem desenvolvidas nas aulas de Língua Portuguesa, no ensino fundamental e médio. Para tanto, o professor de Língua Portuguesa deverá ter como ponto de partida o que os alunos já sabem sobre sua linguagem, ou seja, o processo através do qual eles realizam atividades lingüísticas. Somente após um longo trabalho epilingüístico – em que o professor cria situações para que os alunos operem sobre a própria linguagem, observando, comparando, transformando e construindo determinados paradigmas das unidades da língua –, deverão os alunos ser conduzidos à sistematização gramatical, isto é, ao trabalho metalingüístico. Neusa M. H. Rocha possui graduação em Letras - Língua Portuguesa/Língua Inglesa/ Língua Espanhola, graduação em Pedagogia pela Universidade de Passo Fundo. É especialista em Língua Portuguesa pela Universidade de Passo Fundo e mestre em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. É professora titular da UPF. Tem experiência na área de Lingüística e ensino da Língua Portuguesa, atuando principalmente com o estudo da sintaxe, livro didático, texto e gramática e gramática funcional. Exerce, ainda, o cargo de Diretora do instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UPF.

OFICINA 3 – SALA 103 Língua portuguesa em sala de aula: reflexões e sugestões para um ensino mais

produtivo

SCHNEIDER , Fernanda UPF - [email protected]

Nas últimas décadas, muito se tem falado na ineficiência do ensino das escolas públicas brasileiras. Ao que se refere à língua portuguesa essa ineficiência pode ser comprovada observando dados apontados pelo ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio): é grande o número de alunos que não sabem selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos. Sendo assim, o que se espera hoje da escola é um ensino de língua portuguesa que ajude o aluno a tornar-se um leitor autônomo e produtor competente de textos. Para isso, deve-se abordar uma gramática escolar que não apenas tenha uma taxonomia e um elenco de funções que legitimada pela sua relação com o uso efetivo da língua dê conta dos usos atuais, considerando as variantes no uso lingüístico, incluída a norma considerada padrão. Porém, isso depende, entre outros aspectos, das concepções de linguagem e de ensino de língua que estão sendo a base do trabalho nas escolas. A escola tem o dever de promover o conhecimento do aluno considerando, como salientam os PCNs,

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que é por meio da língua que o homem tem acesso à informação, comunica-se, defende ou expressa seu ponto de vista, enfim, produz conhecimento. Dessa forma, cabe ao professor de língua portuguesa garantir ao educando o acesso aos saberes lingüísticos necessários para garantir o pleno exercício da cidadania. Considerando essas constatações e acreditando na possibilidade de um ensino mais produtivo, a presente oficina objetiva socializar de forma simples e prática uma reflexão sobre o ensino da língua portuguesa, além de apresentar sugestões de textos, atividades, exercícios e encaminhamentos planejados e aplicados em turmas do Ensino Fundamental e Médio Fernanda Schneider é professora de português e literatura, na rede estadual de ensino/ RS. Formada em Letras, Língua Portuguesa (2004) e Língua Inglesa (2006), pela Universidade de Passo Fundo (UPF). Especialista em Língua Portuguesa (UPF/RS), e aluna especial do curso de Mestrado em Estudos Lingüísticos (UPF). OFICINA 4 – SALA 104

Projeto “action for life” – ecologia na sala de aula de língua inglesa

MEDEIROS, Giovana Magalli Poletto Sunflower Escola de Idiomas - [email protected]

GOECKS, Renata Miranda

Sunflower Escola de Idiomas Este workshop pretende compartilhar nossa experiência enquanto professoras de inglês no desenvolvimento e aplicação do Projeto Action for Life. Em busca de atividades que sigam os princípios da abordagem comunicativa, baseados em Almeida Filho (1993), despertem o prazer dos alunos, desenvolvam as quatro habilidades lingüísticas e principalmente, gerem ações de cidadania e preservação do meio ambiente, foi desenvolvido o projeto “Action for Life”. Este trabalho foi desenvolvido, vem sendo aplicado na Sunflower Escola de Idiomas ao longo do ano de 2008 e tem como fito desenvolver as habilidades da língua estrangeira através deste assunto contemporâneo que pode servir ao propósito de produzir conhecimento na Língua Inglesa. Usando materiais autênticos e exercícios lúdicos que envolvam internet, livros, músicas, filmes, os alunos aprimoram suas habilidades de fala, audição, leitura e escrita, além de se conscientizarem da necessidade de uma mudança em nossas ações cotidianas. A união dessas duas ferramentas, o meio ambiente e o ensino da LE, proporciona que os aprendizes produzam de maneira natural e melhorem suas habilidades. Além disso, observa-se que cada aluno se transforma em um semeador dessa idéia e transmite aos familiares e amigos as lições aprendidas em sala de aula, multiplicando, desta forma, seu conhecimento e fazendo com que os objetivos do projeto sejam atingidos plenamente. Neste workshop os participantes estarão envolvidos em algumas atividades que foram utilizadas com os alunos da escola,

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conhecerão os passos para o desenvolvimento de um projeto desta natureza, farão a seleção de materiais conforme faixa etária e conhecimento lingüístico e serão incentivados a produzir seus próprios materiais a partir das idéias apresentadas.

Giovana Magalli Poletto Medeiros é formada em Ciência da Computação pela UPF, especialista em Sistemas de Informação pela UNISC, especialista em Ensino de Línguas Estrangeiras pela UPF. Atualmente ministra aulas de Inglês na Sunflower Escola de Idiomas e de Espanhol em uma escola de ensino médio. Renata Miranda Goecks, advogada, formada pela UPF, professora de Inglês na Sunflower Escola de Idiomas, possui o certificado FCE da Universidade de Cambridge OFICINA 5 – SALA 106

O ensino-aprendizagem de língua inglesa na era tecnológica: técnicas e estratégias para uma abordagem significativa.

FARIA, Rita Brugin de (Editora Ática)

[email protected] Necessidade do estudo da língua inglesa reconhecida como elo de comunicação universal, para a formação integral do cidadão.Discussão sobre a importância da aprendizagem de idiomas na construção da inteligência do aluno. Apresentação de técnicas e estratégias para um ensino eficiente e motivador através de atividades simples e significativas gerando uma identificação da língua estrangeira com o repertório do educando.Utilização de recursos tecnológicos no processo ensino-aprendizagem como facilitadores do desenvolvimento de habilidades e competências, nas múltiplas situações de comunicação do cotidiano. Fontes de pesquisa, informações, materiais e principalmente a comunicação entre a comunidade educativa como suportes essenciais e facilitadores do nosso trabalho. Rita de Cassia Brugin de Faria é de origem inglesa realizou seus estudos na Sociedade Brasileira de Cultura Inglesa. Graduada pela FASM e Paulista de Arte. Especialização em língua Inglesa na International Bell School of London. Pós Graduação em Metodologia de Língua Inglesa na UTC (Universidade de Tecnologia e Ciência). Especialista em Alfabetização, atuou na Rede Pública e Particular como Professora e Coordenadora Pedagógica atualmente pesquisa temas de aprendizagem em segunda língua com enfoque na educação infantil. Ministra workshops em institutos de ensino de todo país. OFICINA 6 – SALA 107

Portfolios and processfolios: why, what, who, when and how!

SCHWERTNER, Michele

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Yázigi Internexus POA - [email protected]

This workshop aims at discussing the importance of keeping track of students’ development and learning process by using Portfolios and Processfolios. Both of them display every single student’s performance, productions and reflections. Thus, they become a recollection of students’ work so students and teachers can examine their work and process over time, reflect on their performance and improvement, and determine future goals. This workshop also highlights questions such as how and when using them, who is responsible for them, and how they must be used. It offers different ideas and techniques as well. Michele Schwertner has great experience in EFL, teaching English to children for over 10 years. She has also taken courses for EFL teachers in NY and presented several workshops, papers, poster sessions, etc. at EFL national and international seminars and conferences. She is currently teaching a course on teaching English to young children. OFICINA 7 – SALA 116

Reflexões sobre língua e cultura: edá pra “falar” italiano sem “falar” da itália?

SCHROEDER, Daniela Norci (UFRGS) [email protected]

SCHEEREN , Cláudia Mendonça (UFRGS) [email protected]

Partindo do pressuposto de que não podemos desvincular o ensino da língua do ensino da cultura do país no qual esta língua é falada, propomos com esta oficina uma reflexão sobre língua e cultura na sala de aula de língua estrangeira. Em um primeiro momento, trabalharemos com os conceitos de preconceito, relativismo cultural, modelos culturais, estereótipos e civilidade. O ensino da língua estrangeira inserido em uma proposta que venha a contribuir para a formação da cidadania e da consciência crítica, mostrando que o conhecimento de outras culturas contribui para o entendimento e a valorização da própria cultura. Em um segundo momento, proporemos uma atividade trabalhando língua e cultura italiana, como exemplo desta indissociabilidade . Daniela Norci Schroeder é licenciada em Letras com habilitação em Português e Italiano pela UFRGS. Mestre e Doutora em Letras pela UFRGS, na área de Lingüística Aplicada. Bolsista CAPES em 2006, quando freqüentou o curso de Doutorado em Lingüística sincrônica, diacrônica e aplicada da Università degli Studi Roma Tre, em Roma, com bolsa de doutorado sanduíche. Professora da UFRGS desde 1991, atua no Departamento de Línguas Modernas do Instituto de Letras, junto ao Setor de Italiano, com as disciplinas de língua italiana e formação de professores. Cláudia Mendonça Scheeren é professora do Setor de Italiano da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Trabalha com as disciplinas de Língua Italiana e

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Tradução e Versão do Italiano. É Bacharel em Letras e Mestre e Doutora em Lingüística Aplicada, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, atuando na área da Pragmática da LE. Traduz para português e italiano textos de caráter técnico e científico, bem como sites e livros, entre eles "O amor tem mil faces" e "A inaceitável ausência do pai", pela Editora Cidade Nova. OFICINA 8 – SALA 117

Taller navideño

RODRIGUES, Dora Angélica Segovia de (UPF) [email protected]

El taller navideño es un conjunto de actividades que podemos desarrollar durante la época de fin de año. Es la oportunidad de preparar el espíritu navideño en medio al contenido comunicativo de la lengua. Consiste en la demostración de diversas posibilidades para aplicar en la clase relacionadas al tema de la natividad y a diversas áreas como geografía, historia, artes y cultura. Aprovechando la atmósfera de las fiestas vamos a trabajar con la cuestión de la familia y sus valores. Además del uso de materiales, los villancicos y las curiosidades, hay otras novedades. Dora Angélica Segovia de Rodrigues é mestre em Literatura pela UFSC. Professora de língua e literatura da UPF.

OFICINA 9 – SALA 118 Cultura y enseñanza de lengua española: elaboración de actividades didácticas y

pedagógicas

KELLER, Tânia Mara Goellner Keller (UPF) [email protected]

ZIMMERMANN , Rosane Innig Zimmermann (UPF) [email protected]

Los aspectos culturales en la enseñanza de lenguas extranjeras (LE), a lo largo del tiempo, han tenido diferentes visiones del concepto de cultura y, por supuesto, distintas maneras de enfoque del componente cultural en las clases. Algunas actividades propuestas en libros de texto dan una visión sobre este tema, a veces equivocada, sobre la concepción de cultura de sus autores y de cómo creen que el proceso de aprendizaje pueda ocurrir. Hoy por hoy, además de profundizar los conocimientos de

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las teorías del proceso de enseñanza y aprendizaje de lenguas y las diferentes metodologías que están por detrás de las teorías, los profesores de lengua extranjera tienen que perfeccionar la autonomía en la preparación de actividades que mezclen lingüística aplicada a la enseñanza de LE y cultura de los pueblos, y depender cada vez menos de actividades propuestas por libros de texto que desconocen la realidad de los alumnos que están estudiando lengua extranjera. Las actividades propuestas a la enseñanza de LE y, específicamente, de lengua española, deben considerar los aspectos culturales de los pueblos hablantes de español. El objetivo de este taller es desarrollar cuestiones sobre actividades propuestas en aula de lengua española que traigan en su bojo, con mucha clareza para el profesor, no sólo el conocimiento y la valoración de diferentes culturas de los pueblos, pero, también, los objetivos didácticos que se quiere atingir y las destrezas que se quiere practicar y desarrollar, teniendo en cuenta la integración con el componente cultural en clases de español como lengua extranjera. Tânia Mara Goellner Keller é professora de Língua Espanhola, Língua Inglesa e de Lingüística Aplicada da UPF. Graduada em Letras (Inglês e Espanhol) e especialista em Lingüística Aplicada ao Ensino de Língua Estrangeira pela UPF. É mestre em Aquisição da Linguagem pela UFRGS. Realizou cursos de aperfeiçoamento na Inglaterra (Ramsgate) e Espanha (Universidades de Salamanca e de Granada). Atualmente, é pós-graduanda em Tradução Espanhol-Português da Universidade Gama Filho, do Rio de Janeiro. Possui muitos anos de experiência como professora de língua estrangeira em sala de aula do ensino fundamental, médio e superior do ensino particular e público e em cursos pré-vestibulares. Rosane Innig Zimmermann é especialista em formação de professores para Educação a Distância pela UFPR. Especializada em Lingüística Aplicada ao Ensino de Língua Estrangeira pela UPF. Mestre em Comunicação Social pela UMESP. Realizou curso Máster en Lengua y Cultura Españolas na Universidade de Salamanca, Espanha. Atualmente, faz pós-graduação em Tradução Espanhol-Português da Universidade Gama Filho, do Rio de Janeiro. É professora de Língua Espanhola e de Língua Francesa na UPF desde 1994. OFICINA 10 – SALA 105 – (Instituto de Filosofia e Ciências Humanas)

Alice: do país das maravilhas às aulas de língua inglesa

ZAMPROGNA, Temístocles Mario Dreyer (UPF) [email protected]

ROSSATO, Bianca Deon (UPF) [email protected]

Levando-se em consideração um dos objetivos primordiais que orienta a elaboração destas aulas de Língua Inglesa - aumentar a motivação do estudante pela expressão na língua-alvo em situações efetivas de comunicação - é imprescindível que sejam

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desenvolvidas atividades de natureza diversificada, com gêneros textuais diversos, pois os aprendizes não possuem as mesmas habilidades e tampouco os mesmos interesses. O planejamento desta oficina esteve influenciado pelo conteúdo da obra literária Alice no país das maravilhas, de Lewis Carroll, por meio da qual extraiu-se a temática central que norteia grande parte dos encontros pedagógicos: sonhos e pesadelos. Sob a luz desse assunto, criou-se um arquivo de fotografias com o intuito de extrair as primeiras impressões acerca das experiências pessoais com as quais os aprendizes pudessem contribuir para o desenvolvimento das tarefas. Depois de identificados os propósitos relacionados aos tópicos discursivos mencionados, os alunos serão instigados a utilizar as informações aprendidas durante o relacionamento com os colegas, favorecendo a interação e conciliando a socialização e a individualização. As aulas, com base no procedimento inicial descrito, serão constituídas de atividades que visem a real conversação em língua inglesa. Nesse sentido, a partir de um conjunto de imagens fornecidas para a turma, distribuída em grupos, os estudantes poderão perceber os principais elementos literários encontrados por meio do ordenamento dos eventos mais significativos do livro em questão. Depois de comparados e discutidos os modos pelos quais cada grupo de alunos (re)criou sua seqüência narrativa, o professor utilizará fragmentos de duas mídias textuais – texto impresso e produção cinematográfica – para demonstrar as semelhanças e as diferenças observadas em cada adaptação, no que se refere aos seguintes aspectos: personagens, vestimentas, ambientação, diálogos, aventuras, desfecho narrativo. Tais elementos deverão compor um quadro comparativo. A criação de uma fan fiction acerca das aventuras de Alice marcará o término da prática pedagógica.

Temístocles Mario Dreyer Zamprogna é acadêmico do nível VIII do Curso de Letras – Habilitação em Língua Portuguesa e em Língua Inglesa e respectivas Literaturas – da Universidade de Passo Fundo. Bolsista de Iniciação científica PIBIC/CNPq. Bibliotecário do Instituto Menino Deus, desempenha atividades de contação de histórias infantis e infanto-juvenis para as séries inicias da referida instituição educacional. Bianca Deon Rossato é mestranda do Programa de Pós-Graduação em Letras – concentração em Estudos Literários - da Universidade de Passo Fundo. Bolsista CAPES. Professora de língua inglesa, atua no magistério da área de línguas estrangeiras há cerca de sete anos.

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OFICINAS Sexta- feira – 24 de outubro Local - Faculdade de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis (FEAC) Horário - 14h – 16h OFICINA 1 – SALA 101

Virtualidade: uma aliada para aulas mais dinâmicas

DIEDRICH, Marlei Maria Instituto Estadual Cecy Leite Costa - [email protected]

VALÉRIO, Patrícia Instituto Estadual Cecy Leite Costa - patrí[email protected]

O docente que está na sala de aula enfrenta dificuldades reais e complexas que interferem no aprendizado dos discentes, como o ambiente familiar ou a falta dele, o lugar adverso em que vivem, a precariedade física de muitas escolas, a violência e até o desânimo de colegas professores (as). A tecnologia que, em princípio, deveria ser uma ajuda poderosa, torna-se, em algumas situações, mais um problema a ser enfrentado. Ou seja, como competir com o imediatismo, com a rapidez e com a criatividade do mundo virtual? Como, em plena aula de língua portuguesa, utilizar ferramentas disponíveis no ciberespaço e, ao mesmo tempo, aceitar uma linguagem tão abreviada, excêntrica e, igualmente, tão criativa e rica como o “internetês” ("Mózezuiscristim! = Meu Jesus Cristo!), sem deixar que influencie na produção de textos de diferentes gêneros? Não há necessidade de apelar para a providência divina, no entanto é incontestável que, prejudicial ou não, essa língua virtual é uma técnica que tende a crescer e, portanto, não há como ignorá-la. Ela tem sido a forma de comunicação mais usual entre nossos alunos. Nesse contexto, temos de, no mínimo, refletir sobre as limitações e conseqüências desse linguajar. Outro recurso da virtualidade que os “desconcentra” de nossas aulas são os vídeos, acessíveis e, indiscutivelmente, interessantes. O mundo real determina nosso fazer pedagógico. Assim, somos exigidos, mesmo que despreparados para isto, a acompanhar a imediatez, o ritmo, a concretude, a interatividade e a objetividade com que os (as) estudantes agem, envolvidos (as) pela virtualidade. Como, então, sem lamentarmos as dificuldades atuais, nem compararmos a tranqüilidade das aulas no passado, enfrentarmos esse outro momento, a “Idade Mídia”? Em nossas aulas, precisamos identificar a pluralidade de linguagens, as regras que as constituem, para levar os

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alunos a reconhecerem, também, que, nessa diversidade, a língua portuguesa mantém-se rica e necessária.

Marlei Maria Diedrich é mestre em Letras, atua no Ensino Médio, no Instituto Estadual Cecy Leite Costa, como professora de Língua Portuguesa e Literatura. No Ensino Superior, trabalha com Leitura e Produção Textual, no curso de Sistemas de Informação e Metodologia Científica, no curso de Administração, Direito, Gestão Pública, Psicologia e Sistemas de Informação, na IMED – Faculdade Meridional, onde atua também nos cursos de Graduação latu sensu, com Metodologia da Pesquisa. Patrícia Valério é mestre em Letras, professora de língua portuguesa com experiência docente em ensino médio e fundamental há 17 anos e, atualmente, coordenadora pedagógica na rede pública estadual – Insituto Estadual Cecy Leite Costa – e na rede particular – CEM Integrado UPF, além de professora de língua portuguesa, didática e prática pedagógica no Curso de Letras (UPF). OFICINA 2 – SALA 102

Festival de cinema Integrado UPF

RUBERT, Nara Marley Aléssio (UPF)

[email protected]

A leitura dos clássicos da literatura brasileira é a fundamentação de mais alto nível para que se estabeleça, através da boa literatura, o juízo de valor e o gosto pessoal do leitor jovem. Esse tipo de leitura sempre foi um desafio para professores e alunos. Procurando alternativas para suprir esta lacuna e atender ao potencial criativo dos estudantes do Ensino Médio, surge a proposta de transformar essa experiência em um momento de criação artística e também de contato com outras áreas do conhecimento. A familiaridade que os autores e personagens conquistaram entre esses grupos de cineastas iniciantes foi uma experiência muito importante para sua bagagem cultural, tão necessária nas vésperas do ingresso no curso superior; O público alvo foi os alunos do 3º ano de ensino médio do CEM Integrado UPF. Esse trânsito entre ambientes diferentes do espaço da sala de aula e o contato com profissionais de outras áreas, como a Faculdade de Artes e Comunicação, permitiu o conhecimento e interação com profissionais, espaço físico e recursos que estas unidades acadêmicas dispõem. O FESTIVAL DE CINEMA Integrado UPF promoveu a leitura de obras da literatura brasileira e posterior adaptação para “curtas” de três minutos. Os curtas foram adaptados, gravados e encenados pelos alunos; A gravação foi doméstica, com recursos que os alunos buscaram, em espaços escolhidos e montados por eles. Foram três meses de atividades que envolveram: a apresentação do Projeto, a formação dos grupos, sorteio das obras, leitura, síntese das leituras, oficinas sobre cinema, produção dos roteiros dos curtas, locações, filmagens, edição, divulgação, entrevistas, finalização e exibição competitiva

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Nara Marley Aléssio Rubert é formada em Letras pela UNICRUZ – Cruz Alta/RS; Especialista em “Leitura e Produção Textual” pela UNICRUZ em parceira com a UFSM/RS; Especialista em “Arte Literária” pela ULBRA – Canoas/RS; Mestre em “Literatura Brasileira” pela UFRGS e doutoranda, em processo de conclusão, em “Literatura Brasileira”, também pela UFRGS. Atualmente é professora do CEM Integrado da UPF – Passo Fundo/RS, do Colégio Notre Dame, Passo Fundo/RS e do Colégio São José – Erechim/RS. OFICINA 3 – SALA 103

O que subjaz à pergunta que se faz?

VIEGAS, Márcia da Silva (FURG) [email protected]

O trabalho propõe uma análise das atividades de leitura de livro didático. Para isso, se apresentará a responsabilidade do ensino de língua estrangeira na contribuição ao processo de letramento e se verificará a concepção de leitura subjacente às atividades selecionadas e, por fim, se proporá um modelo de alteração para que uma atividade considere as diferentes funções que o leitor deve cumprir. Solicita-se que os participantes tragam livros didáticos que usam em sala de aula. Márcia da Silva Viegas é Licenciada em Letras-Espanhol (LP) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul-PUCRS e Especialista em Ensino e Aprendizagem de Línguas Estrangeiras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul-UFRGS. Realizou um semestre da graduação pela Pontificia Universidad Católica de Chile e participou do Curso de Lengua y Cultura Española para Profesores na Universidad de Granada-Espanha. Atuou como professora no Ensino Fundamental, Médio, Técnico e na Educação de Jovens e Adultos(EJA). Atualmente é professora do Curso de Letras - Português/Espanhol na Universidade Federal do Rio Grande-FURG. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Espanhol, atuando principalmente nos seguintes temas: lingüística, ensino, língua estrangeira, livro didático e dificuldades específicas. OFICINA 4 – SALA 104 O uso de preposições em espanhol – semelhanças e diferenças com o português

MORAES, Gisele Benck (UPF) [email protected]

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Uma das grandes dificuldades, na hora da escrita e da fala, principalmente em língua espanhola, é o uso de determinadas preposições. Muitas vezes, pela semelhança com a língua portuguesa, acabamos transferindo o uso de algumas preposições, dentro de contextos específicos, do português para o espanhol, o que nem sempre, muitas vezes, dá certo ou fica estruturalmente correto, ocasionando assim o famoso “portunhol”. Diante desta dificuldade objetiva-se, de alguma maneira, tornar mais claro o uso de determinados elementos de ligação. Para que isso ocorra, serão estudados vários casos de regência verbal e nominal próprios do uso da língua espanhola, sempre estabelecendo a diferenciação com a língua materna.

Gisele Benck de Moraes é professora do Curso de Letras da Universidade de Passo Fundo. Graduada em Letras pela UPF, Especialista em Língua e Literatura Espanhola pela PUC/RS e Mestre em Lingüística pela UPF. OFICINA 5 – SALA 106

A lógica a partir da pré-escola com teatro de fantoches

MELLO, Ana Maria (Jogos Boole) MELLO, Dora Anita (Jogos Boole)

[email protected]

Tornar o ensino da lógica acessível às crianças tem sido o objetivo dos Jogos Boole. Ao criar elementos lúdicos para estruturar matrizes, o professor Procópio Mello criava um método original para o desenvolvimento do raciocínio lógico. A manipulação do material concreto facilitou a compreensão das estruturas matemáticas. Recentemente, os Jogos Boole elaboraram os elementos do jogo laranja, destinado a crianças a partir dos quatro anos, como fantoches (bonecos em feltro). Desta forma, as histórias podem ser construídas pela manipulação dos objetos pelas próprias crianças, o que torna o aprendizado ainda mais divertido e criativo. Os JOGOS BOOLE resultam de um trabalho desenvolvido há mais de 20 anos a partir das observações em sala de aula. Posteriormente, este método recebeu a aprovação de outros educadores e a oportunidade de ser apresentado no Congresso Mundial de Professores de Francês, na Grécia em 1988. Além disso, participou do 1º Encontro de Informática Educativa do RS quando o Instituto Educacional João XXIII mostrou a aplicação dos Jogos Boole em suas salas de aula. Participou, ainda, do Congresso Nacional de Professores de Francês em Montevidéu e do XII Colóquio de professores em Paris em Julho de 2002. Desde, então, vêm recebendo a aprovação de educadores de todo o Brasil.A fonte de inspiração dos Jogos Boole é George Boole, um dos criadores da matemática utilizada nos computadores de hoje, a Álgebra Booleana. As histórias apresentadas nos Jogos Boole têm como solução verdadeiras matrizes no sentido matemático do termo, isto é,

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quadros de fileiras e colunas conexas. Os Jogos são importantes porque o computador sendo tanto uma máquina lógica como aritmética deve combinar contingências de acordo com algum algoritmo sistemático. Temos apresentado nosso trabalho e sensibilizado professores e educadores para a necessidade de trabalhar o raciocínio lógico de maneira sistemática, pois é a base de todo aprendizado

Dora Anita Mello é Professora de Francês e de Inglês durante 25 anos, diretora da Escola Estadual Infante Dom Henrique. Participou durante 18 anos, da diretoria da Associação de Professores de Francês do Rio Grande do Sul, da qual é atualmente conselheira, atividade esta que mereceu as "Palmas Acadêmicas" do Governo Francês, por serviços prestados à cultura francesa.

Ana Maria Mello possui Formação superior em Pedagogia Habilitação em Inspeção Escolar de 1º e 2º graus, junto à Faculdade Porto-Alegrense de Educação Ciências e Letras - FAPA. Pós-Graduação em Educação na PUC - Curso de Especialização de Supervisores de Treinamento de Empresas. Assessoria pedagógica relacionada aos Jogos Boole - Treinamento em Lógica Matemática junto às ESCOLAS E SECRETARIAS DE EDUCAÇÃO. Curso de Psicopedagogia Operativa e Clínica no CPOP- Centro de Pesquisa e Orientação Psicopedagógica.Profissional. Vivência em treinamentos, elaboração de programas de qualificação e implantação de sistemas de monitoramento de Recursos Humanos.

OFICINA 6 – SALA 116

Efl teaching: culture and citizenship

MENTI, Magali de Moraes (MACMILLAN, FACCAT, SMED/ POA) [email protected]

This workshop will start with a review of important concepts related to EFL teaching, working with culture in the EFL classroom, intercultural studies and activities, and citizenship. There will be discussions on these issues supported by recent trends and research in the area. The second half of the workshop will be dedicated to the analysis and development of activities that encourage tolerance and acceptance of students’ own culture

Magali de Moraes Menti has a Master’s and a PHD degree from the Federal University of Rio Grande Do Sul in Second Language Acquisition. She teaches English at a municipal school in Porto Alegre, a private college in Taquara and is an academic consultant for MACMILLAN

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OFICINA 7– SALA 117

Histórias infantis: ferramenta de comunicação no ensino de inglês para crianças

SPERRY , Denise Vieira Sperry (Sunflower Escola de Idiomas) [email protected]

MEDEIROS , Giovana (Sunflower Escola de Idiomas) [email protected].

O objetivo desta oficina é oferecer aos participantes a oportunidade de experimentar a contação de histórias em uma atmosfera de aprendizagem de língua estrangeira (LE) por meio de atividades comunicativas que promovam a interação, em inglês, mediante o uso de histórias infantis (HIs). Vasta literatura aborda o uso de HIs enquanto instrumento de aprendizagem de língua estrangeira, por exemplo Tonelli (2005), Silva (1997), Machado (2004), Reilly & Ward(1997) e Ellis & Brewser (1991), inclusive ressaltando a importância do uso de histórias como material autêntico. Estudos comprovam que atividades comunicativas bem sucedidas, bem como a interação entre pares, largamente promovida nas sessões de contação de histórias, levam os alunos a uma maior motivação e consequente progresso na produção oral e escrita, conforme Almeida Filho(1993) e Oliveira (2003). Durante a oficina os participantes entrarão em contato com (1) o processo de seleção de livros de história de acordo com a faixa etária e nível de conhecimento linguístico, (2) os benefícios da contação de história na sala de aula de LE para crianças, (3) atividades comunicativas que envolvem leitura compartilhada, vídeos, jogos, rimas, canções infantis, aspectos culturais, produção oral e escrita e interdisciplinaridade. A oficina será conduzida em três etapas: inicialmente as professoras oficineiras apresentarão breve embasamento teórico. Em um segundo momento os participantes serão envolvidos em uma gama de atividades comunicativas que incluem a contação de histórias, a produção de guias de atividades para os livros escolhidos e a criação ou adaptação de atividades para suas realidades de trabalho. Ao final da oficina haverá um momento para discussão dos temas abordados e apresentação da bibliografia. Denise Vieira Sperry é licenciada em Letras pela UPF, especialista em Lingüística Aplicada pela PUC-RS, possui o certificado CAE da Universidade de Cambridge. Atualmente atua como coordenadora pedagógica e professora na Sunflower Escola de Inglês, Passo Fundo-RS. Giovana Magalli Poletto Medeiros é formada em Ciência da Computação pela UPF, especialista em Sistemas de Informação pela UNISC, especialista em Ensino de Línguas Estrangeiras pela UPF. Atualmente ministra aulas de Inglês na Sunflower Escola de Idiomas e de Espanhol em uma escola de ensino médio. OFICINA 8 – SALA 118

Page 71: SESSÕES DE COMUNICAÇÕES INTEGRADAS DE LÍNGUA MATERNAdownload.upf.br/selesselm2008_comunicConfOficinas.pdf · Professora licenciada da Fundação Universidade do Contestado - UNC,

Being cool! Solutions for teaching and managing teens at school

SZABÓ , Piri (Pearson-Longman) [email protected]

Teaching English to hormone-ridden teenagers at school is a real challenge as they lack intrinsic motivation. But don´t worry, it´s not YOU. Everyone has the same challenge…In this workshop we will consider what is different about teaching teenagers, identify ways to help them learn and share some ideas and activities that can help teachers motivate and involve teenagers in learning English. Piri szabó has been an English teacher and teacher trainer for over 23 years. She worked for SBCI as a teacher for 4 years and for CELLEP as a teacher, academic coordinator, teacher trainer and branch manager for 19 years. She worked for NAP-UFPR (extension courses for teachers) and Faculdade Facinter. She has also worked as a teacher trainer for the British Council in the Tocantins English Project. Piri is an ICELT tutor, CELS oral examiner. At present she works as a Senior ELT Academic Consultant and Teacher trainer with Pearson Longman, where she has trained teachers in Brazil and in other countries in Latin America. OFICINA 9 – SALA 105 (Instituto de Filosofia e Ciências Humana)

Perché usare il cinema nella didattica?

DALL’ONDER, Sandra (Associação Cultural Italiana do RS) [email protected]

Perché usare il cinema nella didattica? Il cinema è uno strumento educativo e interculturale che promuove l’avvicinamento degli allievi a problematiche e vicende che difficilmente possono essere percepite attraverso il solo uso della parola. Immagini, suoni, movimenti, colori, luci sono tutti elementi che contribuiscono ad una più immediata ed emotiva simulazione di realtà. Niente come il cinema ci consente di conoscere altre storie, altri luoghi, altri uomini e donne, altri popoli, altre culture. Il cinema presenta: elementi antropologici e sociali, linguistici e semantici, culturali e artistici. Il cinema offre il binomio: testo/contesto; lingua/cultura; forma/contenuto. Il cinema opera a: livello cognitivo/ linguistico/emotivo. E soprattutto perché è DIVERTENTE!!! Sandra Dall’Onder Laureata in Scienze della Comunicazione, Giornalismo, alla PUC-RS nel 1991. Masterina presso il Master in Didattica della Lingua Italiana dell’Università Ca’ Foscari di Venezia. Professore di lingua italiana dal 1991, presso l’ACIRS.