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SESSÃO MAGNA PUBLICA DE ENTREGA DA COMENDA DA ORDEM D. PEDRO I Na noite de 01 de dezembro de 2015, no Templo Maçônico da A.’. R.’. L.’. S.’. OBREIROS DO VALE Nº 3317, federada ao GOB e jurisdicionada ao GODF, presidida pelo Ven.. M.. JOSÉ PAULO MIRANDA realizou a Sessão Magna Pública de Entrega ao Sapientíssimo Irmão ISAÍAS DA SILVA OLIVEIRA da Comenda da Ordem do Mérito D. Pedro I. A mais elevada Comenda maçônica do Grande Oriente do Brasil foi entregue pelo Soberano Irmão MARCOS JOSÉ DA SILVA, Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil. Da esquerda para a direita Il.. Ir.. JOSÉ PAULO MIRANDA (Ven.. Mestre da ARLS Obreiros do Vale nº 3317), Sap.. Ir.. ISAÍAS DA SILVA OLIVEIRA (Detentor da Comenda da Ordem do Mérito D. Pedro I), e familiares do homenageado e o Sob.. Ir.. MARCOS JOSÉ DA SILVA, Grão-Mestre Geral do GOB Para dar início a Sessão Magna Pública em referência, o Venerável Mestre JOSÉ PAULO MIRANDA, solicitou, inicialmente ao Ir.. Secretário da Loja fossem lidas as Pranchas enviadas pelo GODF e SUPREMO CONCLAVE DO BRASIL no que tange à representatividade, pelo Secretário de Relações Públicas do GODF e Delegado Litúrgico do Rito Brasileiro no DF, Poderoso Irmão JOSÉ ROBSON GOUVEIA FREIRE, naquele ato representando o Eminente Irmão LUCAS FRANCISCO GALDEANO (Grão-Mestre do GODF) e o Soberano Grande Primaz NEI INOCENCIO DOS SANTOS 33º (Grande Primaz do Supremo Conclave do Brasil), respectivamente. Na sequência foi lido o Ato do GOB nº 21.591/2015 que concedeu a Comenda da Ordem do Mérito D. Pedro I, ao Sapientíssimo Irmão Isaias.

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SESSÃO MAGNA PUBLICA DE ENTREGA DA COMENDA DA

ORDEM D. PEDRO I

Na noite de 01 de dezembro de 2015, no Templo Maçônico da A.’. R.’. L.’. S.’.

OBREIROS DO VALE Nº 3317, federada ao GOB e jurisdicionada ao GODF,

presidida pelo Ven.’. M.’. JOSÉ PAULO MIRANDA realizou a Sessão Magna

Pública de Entrega ao Sapientíssimo Irmão ISAÍAS DA SILVA OLIVEIRA da

Comenda da Ordem do Mérito D. Pedro I.

A mais elevada Comenda maçônica do Grande Oriente do Brasil foi entregue

pelo Soberano Irmão MARCOS JOSÉ DA SILVA, Grão-Mestre Geral do

Grande Oriente do Brasil.

Da esquerda para a direita – Il.’. Ir.’. JOSÉ PAULO MIRANDA (Ven.’. Mestre da ARLS Obreiros do

Vale nº 3317), Sap.’. Ir.’. ISAÍAS DA SILVA OLIVEIRA (Detentor da Comenda da Ordem do Mérito D. Pedro

I), e familiares do homenageado e o Sob.’. Ir.’. MARCOS JOSÉ DA SILVA, Grão-Mestre Geral do GOB

Para dar início a Sessão Magna Pública em referência, o Venerável

Mestre JOSÉ PAULO MIRANDA, solicitou, inicialmente ao Ir.’. Secretário da

Loja fossem lidas as Pranchas enviadas pelo GODF e SUPREMO CONCLAVE

DO BRASIL no que tange à representatividade, pelo Secretário de Relações

Públicas do GODF e Delegado Litúrgico do Rito Brasileiro no DF, Poderoso

Irmão JOSÉ ROBSON GOUVEIA FREIRE, naquele ato representando o

Eminente Irmão LUCAS FRANCISCO GALDEANO (Grão-Mestre do GODF)

e o Soberano Grande Primaz NEI INOCENCIO DOS SANTOS 33º (Grande

Primaz do Supremo Conclave do Brasil), respectivamente. Na sequência foi lido

o Ato do GOB nº 21.591/2015 que concedeu a Comenda da Ordem do Mérito D.

Pedro I, ao Sapientíssimo Irmão Isaias.

Da esquerda para a direita os Ilustres Irmãos ANTÔNIO LEITE NETO e JOSÉ PAULO MIRANDA (Veneráveis

Mestres – anterior e atual – da ARLS Obreiros do Vale nº 3317, o Sap.’. Ir.’. ISAÍAS DA SILVA

OLIVEIRA (Detentor da Comenda da Ordem do Mérito D. Pedro I), o Sap.’. Ir.’. JOSÉ ROBSON GOUVEIA

FREIRE (Delegado Litúrgico do Rito Brasileiro no DF e Secretário de Relações Públicas do GODF) e o Pod.’.

Ir.’. ORLANDINO ALVES DE ARAÚJO (Grão-Mestre de Honra do Grande Oriente do Distrito Federal)

Em seguida, deu-se a apresentação de números musicais pela Banda

de Música do Corpo de Bombeiros Militar do DF, de Repentistas da Casa do

Cantador da Ceilândia e de três músicos destacados pelo Clube do Choro de

Brasília que na ocasião deram ênfase à música regional nordestina, com

destaque para o saudoso Irmão e Músico Luiz Gonzaga. Momentos de grande

alegria e emoção por todos os presentes.

Como homenagem especial ao Sapientíssimo Irmão Isaías, o

Venerável concedeu a palavra ao Ilustre Irmão HÉLIO PEREIRA LEITE

FILHO, ex-Venerável da ARLS e Grande Benfeitora da Ordem UNIÃO E

SILÊCIO Nº 1.582 que se manifestou relatando o seguinte enunciado.

ISAIAS, UM TIMONENSE NA CAPITAL DO BRASIL (*)

O percurso de um guerreiro

ISAIAS DA SILVA OLIVEIRA, filho de Raimundo da Silva Oliveira e Margarida Rodrigues

de Oliveira, nasceu no dia 17 de outubro de 1940, na localidade de Gameleira, no

município de Timon, no Estado do Maranhão. Seu pai, além do comércio de cereais,

tocava roça de banana, arroz, cana de açúcar, além da exploração de coco de babaçu.

Isaias aprendeu as primeiras letras, com a professora Maria Gomes, que morava na

localidade de Monte Belo, próxima à Gameleira, onde estudava juntamente com

outras crianças.

Cedo, Isaias, sentiu que não tinha tendência para os trabalhos de roça, sonhava em

alçar novos horizontes. Seu pai, que mantinha comércio com fornecedores instalados

em Timon, resolveu ali abrir um pequeno ponto comercial, o qual sortiu de

mercadorias, para que Isaias com apenas 13 anos de idade, começasse uma vida

independente.

Em sua primeira atividade como comerciante, Isaias lutou por dois anos, mas em face

de sua tenra idade não conseguiu o sucesso comercial esperado por seu pai. Para não

causar prejuízos maiores encerrou suas atividades. Envergonhado e sem coragem de

enfrentar seu pai, escreveu uma carta, pedindo a um conhecido que fizesse o favor de

entregar tal missiva e a chave do ponto comercial ao seu genitor, porém na carta não

mencionava o seu destino à partir de Timon.

Isaias, com apenas 15 anos de vida, resolveu aceitar um convite que havia recebido de

seu cunhado, que morava na cidade de São Luis, para conhecer a capital do Estado.

Para tanto se deslocou para a cidade de Teresina, capital do Piauí e de lá empreendeu

sua primeira viagem de trem, rumo ao futuro. Naquela época os vagões dos trens

eram de madeira e as máquinas que deslocavam os vagões eram movidas à lenha, por

isso eram chamados de “Maria Fumaça”, por causa da fumaça que soltava, além das

faíscas que se desprendiam a todo instante. Tal Viagem levou cinco dias para chegar ao

seu destino final.

Ao chegar na estação de trem Isaias foi recebido por sua irmã Maria de Lourdes e seu

cunhado. Em São Luis voltou a estudar e a procurar emprego. Porém, somente após

um ano e meio que lá estava, é que resolveu dar notícias para seus pais, informando o

seu paradeiro, notícias que a princípio não foram bem recebidas, mas o tempo

encarregou-se de amenizar e de reequilibrar seu relacionamento familiar.

O seu primeiro emprego foi de garçom, no Hotel Central, categoria 5 estrelas,

localizado no centro da cidade. Sempre prestativo e atencioso para com os clientes,

Isaias angariou muitas amizades e inúmeros conhecidos, dentre eles o senhor Antônio

Dias Teixeira, então, gerente da agência do Banco da Lavoura que, juntamente com

sua família, morava no hotel, a qual era bem servida por Isaias, mais conhecido por

“Oliveira”.

Num certo dia senhor Antônio em conversa com o seu “Oliveira” lhe disse que tinha

uma surpresa para ele, um convite para trabalhar na agência do Banco, como servente.

Convite aceito com muita alegria, pois sonhava em trabalhar em outra atividade.

Em sua nova atividade, como servente, Isaias, “seu Oliveira”, como era conhecido, era

responsável pela confecção do café, que era servido aos clientes e funcionários,

atendendo a todos com muita cordialidade. Como tinha vontade de aprender outras

tarefas bancárias, em suas horas vagas atendia as solicitações de alguns funcionários,

arquivando documentos e colecionando avisos etc., tarefas que eram feitas

manualmente.

Posteriormente surgiu uma vaga de escriturário, tendo sido indicado para preenchê-la

pelo Contador da agência, para tanto teve que estudar e dali a 30 dias foi submetido a

um teste de conhecimentos, tendo sido aprovado. Grande vitória em sua vida. Três

meses depois foi promovido ao cargo de caixa, atividade que permitiu multiplicar suas

amizades.

Dentre essas novas amizades conheceu a senhora Elza Serra Pinheiro, procuradora de

mais ou menos 100 aposentados, cujo atendimento era bastante demorado e para não

incomodar aos demais clientes, ela em confiança deixava com Isaias as procurações; e

ele fora do seu horário de trabalho separava os pagamentos de cada um dos

aposentados, que eram por ela recebidos fora da fila. Nascendo assim entre eles uma

grande amizade.

Isaias, convidado pela senhora Elza compareceu à festa de 15 anos de sua filha Lucy-

Mary. E, conversa vai, conversa vêm, terminou iniciando um namoro com a jovem Lucy

e dali menos de um ano de namoro estavam casados, ele com 24 anos e ela com 16

anos. A cerimônia de casamento aconteceu no dia de seu aniversário, no dia 17 de

Outubro de 1964 e a festa e confirmação de seu casamento foi realizada no Templo da

Loja Maçônica 17 de Outubro, Loja onde seu sogro e o sogro do seu sogro eram

filiados. Com isso ganhou uma nova família. Dona Elsa, considerada segunda mãe, e

seu marido, Godofredo Figueiredo Pinheiro, que tinham pelo genro grande apreço e

amizade.

Com poucos meses de casado, seu sogro o convidou para ingressar na maçonaria, na

Loja 17 de Outubro, tendo sido iniciado no dia 17 de Outubro de 1965.

Após dois anos de casado nasceu seu primogênito, Isaias Silva Oliveira Junior. A

chegada do seu primeiro filho foi um momento de grande alegria para ele e sua

esposa, bem como para os demais familiares e amigos.

Em 1967 foi promovido ao cargo de procurador da agência, que corresponde hoje a

chefe de carteira. Todavia, por causa dessa promoção Isaias foi transferido para a

agência de Capanema, no Pará. Contudo, sua família não concordou com tal

transferência, por isso após trabalhar por 13 anos no Banco da Lavoura, que havia sido

vendido para o Banco Real, e com apoio de seu sogro e seus irmãos de Loja, resolveu

pedir seu desligamento do quadro de empregados, celebrando um acordo trabalhista

com o Banco.

Com o dinheiro da indenização adquiriu um posto de gasolina. Todavia, não foi feliz

nessa nova atividade, tendo passado tal empreendimento para terceiro.

Diante desse impasse em sua vida, sem perspectiva de conseguir uma nova atividade

na cidade de São Luís, e aconselhado por familiares e por seus irmãos de Loja, resolveu

vir à Brasília em busca de novos horizontes.

Para tanto, conseguiu uma passagem num avião da FAB, que transportava uma equipe

médica e de enfermagem, que fazia vários pousos, para atender moradores de cidades

do interior. O embarque aconteceu às 8 horas do dia, pernoitando na cidade de Porto

Nacional, em Goiás, chegando em Brasília no dia seguinte. No decorrer da viagem,

Isaias manteve contato com outros passageiros e um deles morava em Taguatinga,

para onde se dirigiu, tendo se hospedado no Hotel Globo, dirigido por dona Neide,

onde morou aproximadamente um ano.

Assim, no final de fevereiro de 1972, começava Isaias uma nova etapa em sua vida, um

novo desafio, numa cidade desconhecida, trazendo consigo algumas cartas de

apresentação e um grande desejo de vencer na capital da República.

Resolveu então ir a uma agência do Unibanco, onde solicitou uma entrevista com o

gerente de então, a quem mostrou suas credenciais. Após a realização de um teste foi

contratado para trabalhar na agência da 308 sul. Mesmo assim continuou visitando

empresas e pessoas a quem as cartas de apresentação eram endereçadas, dentre elas

o Dr. Edilson Borba Santos, que era irmão do Venerável Mestre da Loja 17 de Outubro,

Dr. Lourival Borba Santos.

E em contato com Dr. Edilson informou que já estava trabalhando no Unibanco,

mesmo assim, ele deu um cartão de visita apresentando Isaias ao Dr. João Luiz Direito,

presidente da Importadora de Ferragens, única concessionária da Chevrolet, em

Brasília, cuja sede ficava na 504 sul do Plano Piloto.

Isaias fez uma visita ao Dr. João Luiz. Na chegada foi atendido pelo Sr. Gote, que o

encaminhou para a sala do presidente. Isaias, logo percebeu que o tal presidente era

um homem muito atarefado, sistemático, conversava sem olhar para o interlocutor,

pois não parava de trabalhar. Ao ser apresentado entregou o cartão enviado pelo Dr.

Edilson, e sem nenhuma manifestação o dirigente ligou para o Sr. Gote determinando

que o “entrevistado” fosse admitido como vendedor externo de veículos.

Na entrevista com o Sr. Gote, Isaias informou que era ex-bancário e que não era

vendedor de veículos. Na ocasião foi informado que o salário de vendedor

correspondia a um salário mínimo, e mais comissão de 10% sobre as vendas.Também

foi informado que o carro da moda era o Opala e o preço do mais simples estava em

torno de 24 mil. Como o salário do banco era de uma salário e meio fixo, acreditou que

vender carros lhe daria uma renda melhor, para trazer sua família para Brasília e aqui

mantê-la com dignidade, por isso desistiu do trabalho no banco.

Inicialmente, trabalhou interno por 30 dias, para aprender e conhecer os detalhes

técnicos dos veículos. Em seguida iniciou suas atividades externas, tendo feito várias

visitas a servidores que trabalhavam na Esplanada dos Ministérios, onde por sorte

encontrou várias conhecidos de São Luís.

Em sua nova atividade, Isaias nada vendeu no primeiro mês, no segundo vendeu um

Opala, no quinto mês alcançou o primeiro lugar em vendas, mantendo-se nessa

posição por dois anos, quando foi convidado para exercer o cargo de gerente de

vendas, na filial, no Setor de Indústrias e Abastecimento de Brasília, onde inaugurou o

departamento de vendas. Ali trabalhou noite e dia, por 24 anos.

Depois desse período resolveu abrir sua própria empresa, a ISAIAS VEÍCULOS, com

sede na 705 da Asa Norte, onde representou a AutoArte, empresa de Uberlândia que

transformava camionete em cabine dupla.

Em face de dificuldades comerciais, ocasionadas pelas diversas crises financeiras,

enfrentadas pelo nosso país, Isaias resolveu encerrar suas atividades comerciais e

atualmente vive de sua aposentadoria e de suas economias.

Isaias e sua família

No âmbito familiar, Isaias e Lucy-Mary construíram uma família composta por quatro

filhos, dois homens e duas mulheres. Isaias Junior, Isa-Mary, Geovane e Mary Lucy,

que lhes deram 6 netos e uma bisneta.

Vivendo em Taguatinga, seus filhos estudaram no Colégio Stella Maris e hoje Isaias

Junior, é vendedor de veículos, casado, com três filhos: Gabriel, Pedro Paulo e

Manoele. Isa Mary, casada, economista, empregada no Banco Itaú, onde exerce o

cargo de Diretora, na cidade de Belém, Pará, com um filho, Leonardo. Geovane,

representante comercial, divorciado, com dois filhos: Vinícius (casado, com uma filha,

a bisneta Maria Cecília) e Isadora. E Mary Lucy, solteira, empregada no Itaú, onde

exerce o cargo de gerente.

Isaias e sua caminhada maçônica

Na Maçonaria, Isaias, como acima dito, foi iniciado no dia 17 de outubro de 1965, na

Loja 17 de outubro, no dia do seu aniversário, no Oriente de São Luís, Maranhão,

tendo sido elevado a companheiro no dia 29/11/65 e exaltado a mestre maçom, em

16/04/66.

Em Brasília, reencontrou um amigo e maçom que conheceu em São Luís. Os dois se

conheceram porque as namoradas eram irmãs. Esse amigo era o maçom Ivan Lima

Verde, na época sargento do Exército Brasileiro, que terminou por casar com uma das

irmãs, com quem namorava, tendo sido transferido para o Rio de Janeiro e anos depois

foi transferido para Brasília, onde morou por vários anos, residindo atualmente na

cidade de São Luís.

O reencontro entre os dois se deu por ocasião de uma visita de Isaias ao Quartel Geral

do Exército, em Brasília, onde fora atuar como vendedor de veículos. Nesse reencontro

falaram dos tempos passados em São Luís e de maçonaria. E aproveitando o ensejo o

irmão Lima Verde convidou Isaias para juntar-se a ele e a outros irmãos para fundarem

uma Loja Maçônica.

A reunião de fundação dessa Loja, ocorreu no dia dois do mês de outubro de 1976, na

residência do Irmão Ivan Lima Verde, sito a QRS casa 410, no Setor Militar Urbano, na

cidade de Brasília – DF, onde reuniram-se 12 Mestres Maçons, com o objetivo de

fundarem uma Loja Maçônica, sob os auspícios do Grande Oriente do Brasil.

Naquela oportunidade, abrindo a reunião, Lima Verde agradeceu a presença dos

irmãos, tendo esclarecido sobre os objetivos do encontro. Em seguida sugeriu que a

loja a ser fundada praticasse o Rito Adonhiramita, pois ainda não tinha nenhuma loja

em Brasília e pelo significado muito grande deste Rito na história da Maçonaria do

Brasil.

Por unanimidade, os irmãos presentes aprovaram a sugestão do irmão Lima Verde,

que em seguida colocou em votação o nome de Hipólito da Costa para o título

distintivo da nova Oficina, em homenagem ao grande maçom e paladino da mudança

da capital do Brasil, para o planalto central brasileiro, também aprovado pelos

presentes, como uma justa homenagem aos esforços do patrono da Loja em prol da

Independência do Brasil.

No final da reunião alguns dos irmãos fundadores usaram da palavra, mas Isaias dá

destaque a última fala de Lima Verde, que declarava, portanto, a implantação do Rito

Adonhiramita em Brasília – DF., que Agradecia aos amados irmãos que atenderam ao

seu chamamento; lembrando que a 20 anos atrás – 1956 – era determinado pelo

presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira o início das obras de construção de Brasília.

E, encerrando sua fala, Lima Verde disse: “ Os doze Mestres Maçons que hoje

fundaram a Loja Hipólito da Costa vem relembrar também os doze arquitetos que

planificaram o Templo de Salomão. E que sejamos respeitáveis pela maneira fidalga

com que iremos daqui para frente tratar os nossos irmãos de outros Ritos.”

Para Isaias, o maçom Ivan Lima Verde é um grande obreiro da Arte Real, um baluarte

da maçonaria brasileira e da maçonaria adonhiramita e particularmente, um grande

amigo, a quem devota elevado respeito.

Voltando à sua caminhada pessoal maçônica em Brasília, Isaias ajudou a fundar as

seguintes Lojas Maçônicas: a Hipólito da Costa (2 de outubro de 1976), onde exerceu o

cargo de Orador, na primeira diretoria eleita, tendo como Venerável Mestre o Irmão

Lima Verde; a Thomas Kemphis (27 de julho de 1982); a Luz do Oriente (23 de

novembro de 1995), onde exerceu os cargos de Chanceler e Tesoureiro; a Grão-Mestre

José de Melo e Silva (31 de março 2005); e a Presidente Juscelino Kubitschek ( 21 de

outubro de 2003).

Atualmente está filiado às Lojas Maçônicas: Filadélfia (BA); Grão-Mestre José de Melo

e Silva e Obreiros do Vale, essas no Oriente do Distrito Federal.

Segundo anotações em seu cadastro maçônico, Isaias exerceu ainda em seu percurso

maçônico os seguintes cargos: Deputado Distrital e Deputado Federal, maçônico, como

representante da Loja Obreiros do Vale. E atualmente exerce o cargo de Deputado

Federal pela Loja Maçônica Filadélfia, Oriente da Bahia.

Por ter prestado relevantes serviços à Maçonaria do Distrito Federal e do Brasil, lhe

foram concedidos e outorgados os seguintes títulos e comendas: Diploma de Membro

Remido da Loja Maçônica Hipólito da Costa nº 1960, em 1º de outubro de 1988;

Diploma de Benemérito da Ordem, em 2002; Estrela da Distinção Maçônica, em 2008;

Cruz da Perfeição Maçônica, em 2012 e por último, lhe foi outorgada a Comenda da

Ordem do Mérito D. Pedro I, em 2015.

Ainda, em sua trajetória obreira galgou degrau por degrau a Escada de Jacó, tendo

atingindo o Grau 33, o último de sua escalada maçônica, no Rito Escocês Antigo e

Aceito, filiado ao Supremo Conselho do Brasil, para esse Rito. Recentemente seus

irmãos do Consistório Príncipes do Real Segredo nº 50078 lhe prestaram uma

significativa homenagem, pelos seus 50 anos de iniciado na Maçonaria.

Eis ai, queridos e amados irmãos, cunhadas, sobrinhos e convidados para esta festa,

promovida pela Loja Maçônica Obreiros do Vale, sob a presidência do Venerável

Mestre Paulo Miranda, o anfitrião da noite, em rápidas pinceladas, a trajetória de vida

civil, familiar e maçônica de nosso querido e amado irmão Isaias da Silva Oliveira, um

homem de grande credibilidade, por sua honestidade, humildade, integridade,

lealdade, transparência, dignidade e ética.

Hoje, dia 1º de dezembro de 2015, Isaias, rodeado e amparado por seus familiares,

irmãos e amigos, tem a subida honra de receber das mãos do nosso Soberano Irmão

Marcos José da Silva, Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil, a mais alta

honraria, concedida somente àqueles maçons que completam 50 anos de atividades

ininterruptas em nossa Sublime Ordem. É sem dúvida um momento de muitas

emoções, para ele e para todos os que se fazem presentes a esta sessão solene. É,

também, uma data histórica para ele e para a Loja Obreiros do Vale, que também se

sente homenageada, por ter em seu quadro social, um maçom que honra e enobrece a

Oficina, o Grande Oriente do Distrito Federal e ao Grande Oriente do Brasil.

Os nossos sinceros aplausos e o nosso terno e fraternal abraço para Isaias da Silva

Oliveira, um verdadeiro Construtor Social e um grande Obreiro da Arte Real.

(*) Texto de autoria do Eminente Irmão Hélio Pereira Leite, Grão-Mestre de Honra do

Grande Oriente do Distrito Federal, Conselheiro Federal do GOB e Membro ativo da ARLS

Obreiros do Vale nº 3.317.

Por último teríamos (não fosse a grande emoção de que estava tomado o

homenageado e também pelo adiantado da hora) o seguinte Discurso que seria

proferido pelo Sap.’. Ir.’. IZAIAS:

Soberano Irmão MARCOS JOSÉ DA SILVA, Grão-Mestre Geral do GOB, Eminente Irmãos

LUCAS FRANCISCO GALDEANO, Grão-Mestre do Grande Oriente do Distrito Federal e

Soberano Irmão Grande Primaz NEI INOCENCIO DOS SANTOS, ora representados pelo

Poderoso Irmão ROBSON GOUVEIA, Secretário de Relações Públicas do GODF, Meus

Amados Irmãos, Cunhadas, Sobrinhos, e Convidados Especiais.

É bom saber que temos Irmãos e Amigos em quem podemos confiar.

Pessoas que nos apoiam e nos acolhem com tanto carinho.

É certo que os momentos nem sempre são fáceis, porém, comigo estão sempre os

amigos leais dando-me conforto e ânimo.

Sou grato a ao GADU por ter do meu lado tantas pessoas boas, de corações abertos e

firmes.

Quero agradecer de modo especial ao Soberano Irmão MARCOS JOSÉ DA SILVA, Grão-

Mestre Geral do GOB pela concessão da Veneranda Comenda da Ordem do Mérito D.

Pedro I, a maior comenda que um Maçom pode aspirar, e que, nesta Loja Obreiros do

Vale é a primeira vez que tal solenidade ocorre.

Deixo à reflexão dos Amados Irmãos o seguinte texto:

COISAS FORA DE MODA NO MEIO MAÇÔNICO

Se não estivesse tão fora de moda, eu iria falar de "Solidariedade”.

Daquela vontade de repartir, de conquistar todas as coisas, mas não para retê-las no egoísmo

material da posse, mas para doá-las, no sentimento nobre de amar...

Se não estivesse tão fora de moda, eu iria falar em "Sinceridade"...

Sabe aquele negócio antigo de fidelidade, respeito mútuo e aquelas outras coisas que deixaram

de ter valor…

Aquela sensação que embriaga mais que a bebida, que é ter numa só pessoa, a soma de tudo

que, às vezes, procuramos em muitas...

A admiração pelas virtudes e a aceitação dos defeitos, mas, sobretudo, o respeito pela

individualidade, que até julgamos nos pertencer, mas que cada um tem o direito de possuir...

Se não estivesse tão fora de moda, eu iria falar em "Amizade”.

Na amizade sincera que deve existir entre pessoas que se querem bem, de que a Loja, em

passado longínquo, já foi exemplo...

O apoio, o interesse, a solidariedade de um pelas coisas do outro, e vice-versa.

A união além dos sentimentos, a dedicação de compreender, para depois gostar...

Se não estivesse tão fora de moda, eu iria falar em "Família”.

Sim... “Família”...

Essa instituição que, ultimamente, vive à beira da falência, sofrendo contínuas e violentas

agressões: pai, mãe, irmãos, filhos, casamento, lar...

Família…, aquele bem maior de ter uma comunidade unida pelos laços sanguíneos e protegidas

pelas bênçãos divinas…

Um canto de paz no mundo, o aconchego da morada, a fonte de descanso e a renovação das

energias, realização da mais sublime missão humana de sequenciar a obra do Criador...

Se não estivesse tão fora de moda, eu iria falar em “Tolerância”.

- Num mundo onde o senso natural de fraternidade é frequentemente submergido sob o peso

opressivo da intolerância sectária, ou do nacionalismo estridente que é o reverso do verdadeiro

patriotismo, esta é estimulante para lembrar-nos que a não distinção de cor, religião ou classe

social é uma consequência para o verdadeiro maçom em sua parte com seus irmãos.

Exatamente como todos os homens são iguais à vista de Deus, assim eles são aos olhos

maçônicos.

Se não estivesse tão fora de moda, eu iria falar em “Realizações”.

-O compromisso maçônico para melhoramento do homem encontra algumas expressões

práticas - não somente em trabalhos de caridade, mas também em projetos educacionais e

empreendimentos que visem promover entendimento recíproco entre homens e entre nações.

Escolas, hospitais, creches e bibliotecas são exemplos do que pode ser realizado, construindo

ou patrocinando-os, abertos a todos, maçons ou não, os quais a propósito não confinam a si

mesmos, propriedade de material maçônico.

Se não estivesse tão fora de moda, eu iria falar em “Caridade”.

– Sabemos, desde nossa Iniciação que atenuar o aflito é uma obrigação e dever de todos os

homens, mas, particularmente dos Maçons Livres, que são ligados juntamente através de uma

indissolúvel cadeia de afeição sincera.

Abrandar o infeliz, simpatizar com seus infortúnios, compadecer-se de seus tormentos e

restaurar suas mentes perturbadas, é o grande objetivo que temos em vista.

Sejamos, então, generosos com os nossos produtos do Tronco de Beneficência, atualmente

beirando às raias da insignificância.

Se não estivesse tão fora de moda, eu iria falar em “Integridade”.

- Em comum com todas respostas, para aprofundar experiências espirituais, cada Maçom Livre

tem sua própria particular, resposta interior para sua iniciação.

Estes sentimentos não podem ser comunicados aos outros, por não existir linguagem que possa

expressá-lo completamente.

Embora a Maçonaria Livre não seja uma religião, ela é preocupada com os valores espirituais

de seus membros, e exige que eles acreditem em Deus.

Este é um importante passo para que sua postura e conduta sejam exemplo para outros

homens.

Como ele ganha em sua jornada um material valioso para ele mesmo, a Maçonaria torna-se

um caminho de vida.

Se não estivesse tão fora de moda, eu iria falar em “Fidelidade”.

- A Maçonaria Livre busca instilar em seus membros, as virtudes da tolerância, honestidade,

caridade e lealdade.

O laço invisível que liga todos maçons livres conjuntamente é parte da experiência deles na

cultura das Artes - não somente o trabalho dentro da Loja, mas também no mundo.

A qualquer parte onde ele vá, qualquer posição dele na vida, o maçom sabe que quando ele

encontra um irmão ele está encontrando alguém quem oferecerá a amizade dele, suporte

moral e qualquer ajuda prática que ele possa necessitar.

A Maçonaria Livre em todos sentidos é uma sociedade baseada na verdade:

A verdade que é enfatizada no fechamento de todos encontros maçônicos quando os presentes

unem-se para expressar fidelidade mútua.

E por último eu iria, até quem sabe, falar sobre algo como... a "Felicidade"….

É uma pena que a felicidade, como tudo mais, há muito tempo, já esteja tão fora de moda e

tenha dado seu lugar aos modismos da civilização…

Ainda assim, desejo que sua vida seja repleta dessas questões tão fora de moda e que, sem

dúvida, fazem a diferença, notadamente entre nós, MAÇONS que somos!!!

Muito obrigado!

Ao final, como forma de estreitar ainda mais os laços fraternais que nos unem, foi servido um delicioso jantar, ocasião em que todos os presentes puderam se confraternizar em torno da boa música do Trio do Clube do Choro, agora de forma bem mais descontraída.