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SERVIÇOS PÚBLICOS

 Nem toda atividade exercida pelo Estado é serviço público.

A doutrina moderna tem restringido cada vez mais a noção de serviços públicos.Para que determinada atividade seja considera serviço público precisa atender !

requisitos"

# $ubstrato material" o serviço público é uma comodidade ou utilidade prestada a todasociedade de %orma cont&nua. ' serviço público não é estanque não tem in&cio meio e(m ele é cont&nuo.# )rato %ormal" ' serviço público precisa ser prestado sob um regime de direito públicoainda que prestado por um particular.# Elemento subjetivo" o Estado é quem promove a prestação do serviço direta ouindiretamente. * ele quem é o titular do serviço público. ' particular pode até prestaro serviço mas mediante delegação do Estado.

+,- Art. /01. 2ncumbe ao Poder Público na %orma da lei diretamente ou sob regime de concessão ou

permissão sempre através de licitação a prestação de serviços públicos.

' serviço público não pode se con%undir com o poder de pol&cia pois este não écomodidade e sim restrição ainda que exercido na busca do interesse público.

$erviço público também não é obra pois esta tem in&cio meio e (m não é cont&nua.* muito comum que a obra seja necess3ria para a prestação de um serviço mas aindaassim ela não se con%unde com o pr4prio serviço que é cont&nuo não tem (m.

' serviço público também não se con%unde com a exploração de atividade econ5micapelo Estado pois esta é %eita sob o regime jur&dico de direito privado sem asprerrogativas estatais.

's serviços públicos estão regulamentados pela 6ei 7870981.

Princípios inerentes à prestação de serviços púbicos !"rt #$%&

'% Princ&pio da generalidade ou universalidade"

's serviços não podem ser direcionados a determinadas camadas da população.' serviço publico precisa ser destinado a todas as pessoas ou pelo menos a maiorquantidade de pessoas poss&vel.

(% Princ&pio da modicidade das tari%as"'s serviços tem que ser prestados com tari%as m4dicas pois se o serviço %or prestadode %orma cara ele é restrito. A modicidade é também uma garantia da generalidade.

)% Princ&pio da atualidade"

' Estado deve se adaptar :s técnicas mais modernas e atuais na prestação deserviços.Não pode buscar técnicas obsoletas.

*% Princ&pio da cortesia"

;eve <aver =cortesia> na prestação do serviço. ' usu3rio deve ser enxergado comoum sujeito que em princ&pio tem razão.

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+% Princ&pio da continuidade"' serviço deve ser prestado de %orma ininterrupta.A continuidade admite exceç?es como no caso de greve ou de exceção de contratonão cumprido. @as ainda assim é preciso <aver %ormas de suplncia e substituiçãopara garantir a continuidade.

#% Princ&pio da 2sonomia"

' serviço público deve ser prestado a todos de %orma igualit3ria sem distinção dosusu3rios.No entanto deve também se observar a isonomia material tratando desigualmente osdesiguais na medida de suas desigualdades.A concession3ria que presta serviço público deve o%erecer no m&nimo B datas devencimento.

Cassi,cação dos Serviços Púbicos&

'% Cerais"$ão usu%ru&dos pela coletividade ao mesmo tempo e portanto o Estado não tem comomedir a utilização individual.Ex" segurança pública de%esa nacional limpeza pública iluminação pública.Por isso esses serviços são custeados pela arrecadação geral dos impostos.

(% 2ndividuais"

' Estado tem como medir individualmente a utilização desses serviços DEx" 3guaenergia elétrica etc.Por isso os serviços são prestados mediante a cobrança de tari%as proporcionais :

utilização desse serviço.

's serviços podem ainda ser e-c.sivos indee/0veis Dprestados sempre de %ormadireta como o serviço postal segurança pública organização judici3ria etc oue-c.sivos dee/0veis Dserviços que o Estado pode prestar de %orma direta ouindireta mediante delegação a particulares como tele%onia 3gua g3s e luz.

Existem ainda os serviços púbicos e-c.sivos de dee/ação obri/at1ria2 quenão podem ser prestados sozin<os pelo Estado como televisão e r3dio em virtude deum sistema plural e democr3tico.

Existem também osserviços púbicos não e-c.sivos

que o Estado tem o dever deprestar diretamente e o particular também tem o poder de prestar por iniciativapr4pria sem delegação como saúde educação e previdncia. ' Estado s4 ir3autorizar e (scalizar e não delegar. Esses serviços não exclusivos não são serviçospúblicos propriamente ditos o $)- c<ama de serviços de utilidade pública. $ãoserviços de interesse público prestados pelo particulares. Portanto um <ospitalprivado segue a reparação do regime do direito civil e não est3 submetido : regra doart. !0 FBG. $ão também c<amados de serviços públicos impr4prios. 's demaisserviços exclusivos são os serviços públicos pr4prios.

A descentralização pode se dar por o.tor/a ou por dee/ação.Por meio da outorga o Estado trans%ere a titularidade e a execução de um serviço. A

outorga s4 pode ser %eita a pessoas jur&dicas de direito público mediante lei.Na delegação o Estado se mantém na titularidade e trans%ere somente a execução doserviço. Pode ser %eita aos entes da administração indireta de direito privado Dpor lei

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ou a particulares Dmediante contrato como os contratos de concessão.'$" ;escentralização por serviço H 'utorga 999 ;escentralização por colaboração H;elegação

Concessão de Serviços Púbicos

A 67870 é a 6ei b3sica que regulamenta os contratos de concessão de serviçospúblicos.' contrato de concessão é um contrato administrativo como outro qualquer eportanto quase todas as demais regras vistas no resumo anterior também se aplicama ele.No contrato de concessão a administração contrata uma empresa a empresa prestao serviço e é remunerada pelo usu3rio do serviço. Iuem paga a prestadora de serviçonão é a administração e sim o usu3rio.

'$" 6impeza de uma cidade não é concessão de serviço público pois nesse caso éum serviço remunerado pela administração. A empresa não é remunerada explorando

o serviço que ela presta através da cobrança de tari%a.

A concessão de serviço público pode ser simples ou precedida de obra pública. Nosegundo caso a empresa antes de explorar o serviço deve executar uma obra.Ex" constr4i uma estrada e depois se remunera com o ped3gio.

' contrato de concessão necessariamente deve ser %eito através de uma licitação namodalidade concorr3ncia.

Na concessão de serviço público o edital da concorrncia pode prever uma inversãodas fases sendo %eita primeira a classi(cação e depois a <abilitação. Não é umainversão %eita pela lei como no pregão e sim pelo edital. * uma possibilidade e não

obrigatoriedade Dver resumo sobre 6icitaç?es e 67BBB.

's critérios de escol<a não são os mesmos da 67BBB. Existem outros critérios comomenor tari%a.

' Estado é o poder concedente e o particular é a concession3ria.A concession3ria é sempre pessoa jur&dica ou cons4rcio de empresas.Não se celebra contrato de concessão com pessoas %&sicasJIuando as empresas quiserem participar em cons4rcio podem participar com ocompromisso de (rmar o cons4rcioK não precisa o cons4rcio estar (rmadoanteriormente : licitação.

Esse contrato segue as regras gerais dos contratos administrativos Dinstrumento decontrato publicação do resumo do contrato organização das cl3usulas exorbitantesequil&brio econ5mico#(nanceiro prazo pré#determinado etc. #L Mer resumos sobre+ontratos Administrativos

No tocante :s cl3usulas exorbitantes <3 algumas di%erenças.' poder de alteração unilateral segue o mesmo regramento da 67BBB obedecendoaos mesmos limites.No poder de rescisão unilateral pela administração a rescisão unilateral por interessepúblico recebe o nome de encampação e a rescisão unilateral por inadimplemento doparticular recebe o nome de caducidade.

No poder de (scalizar a execução do contrato <3 uma (scalização ainda mais intensa.' poder concedente pode em determinadas situaç?es determinar até a intervençãona empresa concession3ria por meio de um decreto. ' Estado nomeia um agente

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público como interventor que ir3 a%astar o dirigente da empresa e tomar conta destadurante o per&odo de intervenção. 2sso acontece sempre que a administração veri(carind&cios de irregularidade e a administração decreta a intervenção para apur3#los.;epois de decretada a intervenção a administração tem ! dias para dar in&cio a umprocesso administrativo que apure as irregularidades sendo /7 dias para que esteprocesso acabe Dou seja a intervenção pode durar no m3ximo O/ dias. $e veri(carque a empresa agiu de %orma correta sem irregularidades o Estado de(ne aintervenção mediante decreto e e%etiva a prestação de contas. No entanto se %orapurada a irregularidade da intervenção decorrer3 a caducidade do contrato e eleser3 extinto.A administração também tem o poder de ocupação tempor3ria de bens para evitar aparalização do serviço público respeitando o princ&pio da continuidade. $e <ouverdano nessa ocupação tempor3ria o Estado ter3 que indenizar.

Nos contratos de concessão <3 ainda a possibilidade de reversão dos bens ao-2NA6 do contrato.A reversão é uma trans%erncia de propriedade. Ao (nal do contrato de concessão aadministração pode reverter para si todos os bens da concession3ria atrelados :

prestação do serviço sempre mediante o pagamento de indenização. )ambém é umagarantia do princ&pio da continuidade.A aplicação de penalidades segue as mesmas regras da 67BBB Dadvertnciasuspensão de contratar com o poder público declaração de inidoneidade e multainclusive quanto ao prazo do m3ximo de O anos para as penas mais graves.

Em OB %oi inserido o artigo O!#A na 67870 que prev a possibilidade de celebraçãode arbitragem em contratos de concessão de serviço público. )ambém existearbitragem na lei das PPPs.

Art. O!#A. ' contrato de concessão poder3 prever o emprego de mecanismos privados para resolução dedisputas decorrentes ou relacionadas ao contrato inclusive a arbitragem a ser realizada no rasil e em

l&ngua portuguesa nos termos da 6ei no 8.!0 de O! de setembro de /88B

Parcerias Púbico4Privadas !PPPs%&

As PPPs nada mais são do que espécies de concessão de serviço público. $ãoconcess?es especiais que podem ser"# +oncessão patrocinada# +oncessão administrativa

 )odas as regras da 6.7870 se aplicam subsidiariamente :s PPPs.No silencio da //08Q segue as regras de concessão da lei geral de serviçospúblicos.

' esquema b3sico é o mesmo" a administração contrata a empresa a empresa prestao serviço e é remunerada pelo usu3rio.

No entanto na concessão patrocinada a empresa adicionalmente :s tari%as dousu3rio recebe uma remuneração do Estado para garantir a modicidade das tari%as. *como se o Estado patrocinasse a concessãoK ele subsidia a concessão.$alvo disposição legal espec&(ca a regra é que o Estado remunera a empresa em até0R do lucro dela. Pelo menos !R ela precisa ser remunerada pelo usu3rio a t&tulode tari%a. A lei espec&(ca pode ampliar essa porcentagem.

 S3 na concessão administrativa2 a pr4pria administração é a usu3ria direta ouindireta do serviço e por isso ela é quem %az o pagamento das tari%as. Ela atua comousu3ria e não como contratante.Exemplo" construção e manutenção de pres&dios pelos particulares.

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A administração paga /R das tari%as da empresa.

Re/ras das PPPs&

# Prazo" m&nimo de 1 e m3ximo de !1 anos.# Malor m&nimo do contrato" O mil<?es de reais# Necessariamente o objeto tem que ser a prestação de um serviço público. Nãoprecisa ser um objeto únicoK pode ser precedida de obra mas tem que ter um serviçopúblico.# +elebrado um contrato de PPP ocorre o c<amado compartilhamento de riscos. 'Estado responde solidariamente com o parceiro privado pelos danos causadosdi%erente nas demais concess?es em que a reponsabilidade é subsidi3ria. Essa regraacaba reduzindo os riscos do contrato gerando maiores lucros. +ompartil<am#setambém todos os gan<os decorrentes da redução desse risco.

'$" A 6ei //08 criou a possibilidade de que nos contratos de PPPs se (rme umcompromisso arbitral. A arbitragem %unciona como uma %orma de garantir que oEstado não precise pagar por meio de precat4rio o que %az os pagamentos serem

mais céleres e o contrato dispon<a de menos riscos. Essa regra depois também %oiinserida na 67870.

# A gestão do contrato de PPP precisa ser %eita por uma sociedade de propósitoespecíco criada unicamente para esse (m. Essa sociedade tem natureza  privadapode ser criada como compan<ia de capital aberto mas não pode ter a maioria dasaç?es na mão do Estado pois se não ela deixa de ser imparcial. ' Estado não pode tero controle acion3rio dessa sociedade.

Per5issão de Serviço Púbico

Toje entende#se que a permissão é um contrato administrativo e não um ato.

Artigo Q da 67870" A permissão de serviço público é um contrato de adesão por meiodo qual se trans%ere a prestação de serviço público a t&tulo prec3rio.

No entanto entende a doutrina majorit3ria que a permissão por ter natureza decontrato deixa de ser prec3ria.

A permissão de U$' é ato prec3rio mas a permissão de serviço público é um+'N),A)'.

Na permissão o permission3rio também é remunerado pelo usu3rio.

A primeira grande di%erença da concessão pra permissão é a modalidade licitat4ria. Napermissão a modalidade licitat4ria NV' é obrigatoriamente a concorrnciaK amodalidade varia de acordo com o valor do contrato nos moldes da 67BBB Dconvitetomada de preços e concorrncia.A licitação na permissão é obrigat4riaJ $4 a modalidade que pode variar.

A segunda grande di%erença é que a permissão pode ser celebrada com pessoa %&sicaou jur&dica enquanto os contratos de concessão s4 são celebrados com pessoa

 jur&dica ou cons4rcios de empresa.Permissão não pode ser %eita com cons4rcios de empresa.

Uma terceira di%erença no tocante : necessidade de lei espec&(ca na concessão e nãona permissão vem sendo mitigada.

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A autorização de serviço público não tem previsão constitucional mas boa parte dadoutrina entende que ela pode ocorrer mediante um ato administrativo discricion3rioe prec3rio.

Cons1rcios Púbicos

,egulados pela 6//001' cons4rcio público não tem natureza contratual.Enquanto o contrato é celebrado por pessoas com vontades e (ns di%erentes nocons4rcio e nos convWnios as pessoas tem vontades convergentes DEx" ambos agemno interesse público.

' cons4rcio é uma gestão associadas de pessoas que se associam para prestaremserviços de interesse comum. Portanto o cons4rcio público é uma gestão associada depessoas jur&dicas de direito público. $ão entes %ederativos que se associam paraprestarem serviços de interesse comum entre esses entes. Ao invés de cada um %azera sua parte os entes se reúnem para prestarem de %orma associada um determinado

serviço público de interesse comum.

;esse cons4rcio nasce uma nova pessoa jur&dica que não se con%unde com apersonalidade dos entes associados. ' cons4rcio tem personalidade jur&dica pr4pria.Esse cons4rcio pode ser uma pessoa jur&dica de direito privado ou de direito públicoKna %ormação do cons4rcio é que de(nir3 a natureza jur&dica do cons4rcio. ' cons4rcioprivado segue as regras das associaç?es no direito civil. $e a personalidade %or dedireito público esse cons4rcio ser3 c<amado de ASSOCIAÇÃO !"#ICA queintegrar3 a administração indireta de cada um dos entes %ormadores do cons4rcio. Aassociação pública é um ente da administração indiretaK é uma espécie de autarquiae não uma nova modalidade. * a c<amada autarquia associativa. * uma autarquiamultipersonalizada Dser3 por exemplo do Estado do ,io de Saneiro do munic&pio deNiter4i e da União.

+om a junção dos entes %ederativos é celebrado o c<amado protocolo deintenç$es que é a intenção dos entes na %ormação do cons4rcio que ainda não %oicelebrado. ;epois cada um desses entes %ederativos encamin<ar3 o protocolo deintenç?es como projeto de lei para seu respectivo legislativo DEx" União para o+ongresso Nacional. Iuando esse protocolo %or rati(cado pelo legislativo ser3trans%ormado em lei. Portanto o cons4rcio se %orma com a lei que rati(ca o protocolode intenç?es. * uma lei que cria uma espécie de autarquia.

Iuando se celebra o protocolo de intenç?es é (rmado também o CO%&'A&O ()

'A&)IO que de(ne quanto que cada ente dever3 contribuir para a %ormação emanutenção do cons4rcio público.

+riada a associação aplica#se a ela todas as regras aplic3veis a uma autarquia.Portanto precisa licitar para contratar com particulares Dainda que seja um cons4rcioprivado.

's valores de licitação mudam. $e o cons4rcio %or %ormado por até ! entes os valoresdas modalidades licitat4rias serão duplicados. $e %or um cons4rcio %ormado por maisde ! entes os valores serão triplicados.

Em algumas situaç?es o cons4rcio público pode celebrar um contrato com um dos

entes %ormadores do cons4rcio ou qualquer ente da administração direta ou indiretade um de seus entes consorciados que ser3 o c<amado CO%&'A&O () 'O*'A+A.Esse contrato Dart OQ inc. XXM2 da 67BBB tem dispensa de licitação pois j3 <avia sido

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previamente programado no cons4rcio.

'$Y" $e o ente consorciado se desliga do cons4rcio o contrato de programa estar3automaticamente extinto.

'$Z" União e munic&pio s4 podem participar de um mesmo cons4rcio se o Estado queesse munic&pio integra estiver participando desse cons4rcio.