gastos no servico
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................. 4
2. OS COMPONENTES DO PREÇO DE VENDA NOS
SERVIÇOS ......................................................................................... 8
3. APURAÇÃO DE CUSTOS E DESPESAS FIXAS .................. 29
4. DEPRECIAÇÃO ......................................................................... 63
5 - APURAÇÃO E DESPESAS DOS CUSTOS – DESPESAS
VARIÁVEIS ..................................................................................... 68
6. CÁLCULO DO VALOR HORA ................................................ 74
7- ENCERRAMENTO .................................................................. 106
8- GABARITO DAS ATIVIDADES ............................................ 115
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1. INTRODUÇÃO Você está iniciando a leitura do material CONTROLE DOS
GASTOS NO SERVIÇO. Para você, que possui um negócio,
chegou o momento de aprender a exercer uma administração
financeira consciente e, assim, aumentar o lucro da sua
empresa.
O SEBRAE-SP já está integrado às redes sociais da Internet.
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parte ou quer iniciar sua participação nas redes, terá uma
ótima oportunidade!
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negócio.
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Imagem de João Paulo na sua oficina
— Olá! Meu nome é João Paulo. Sou empresário da Fórmula
1 Oficina e gostaria de dar boas-vindas a você que vai iniciar o
curso “Controle de Gastos no Serviço”.— Antes de começar,
gostaria de apresentar a você as pessoas que trabalham aqui
comigo.
Imagem dos personagens João Paulo, Décio, Camilo, Joana e
Marina
6
— Marina é minha filha e sócia. Ela está aqui na oficina há
pouco tempo — diz João Paulo.
— Olá! É um prazer receber você em nossa oficina! — diz
Marina.
— Joana é nossa auxiliar administrativa, que nos ajuda muito
— diz João Paulo.
— Com certeza! Aqui trabalho é que não falta! — diz Joana.
— O Décio é meu mecânico de confiança. Trabalha comigo há
muitos anos... Conserta carro como ninguém! — diz João
Paulo.
— Que isso, patrão! Mas, elogios à parte, gosto muito do
trabalho que faço aqui — diz Décio.
— E Camilo é ajudante do Décio. É novo na oficina, mas já
mostra muita competência em seu trabalho — diz João Paulo.
— Obrigado, Sr. João Paulo! — diz Camilo.
— Aqui também trabalham o Gilmar e o Osvaldo, dois
profissionais muito competentes e dedicados — diz João
Paulo.
— Há muitos anos, tenho este estabelecimento e, com o
passar do tempo, reparei que abriram outras oficinas aqui no
bairro. Tenho observado que as novas oficinas possuem
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alguns preços mais baixos e, ainda por cima, fazem diversas
promoções e descontos para o mesmo serviço que eu presto.
— diz João Paulo.
— Além disso, percebi que alguns clientes meus deixaram de
vir à oficina e passaram a procurar os serviços dos meus
novos concorrentes — diz João Paulo.
— Isso me preocupou muito! Fiquei me perguntando o porquê
dessa diferença e como posso agir para manter os meus
preços tão atrativos quanto aos dos meus concorrentes — diz
João Paulo.
— Se você também possui essas dúvidas, venha comigo e
assim aprenderemos juntos! — diz João Paulo.
Você sabe o que é preciso para se ter um controle de
gastos no comércio?
Para responder a esta e outras questões, leia este material até
o fim e aprenda como proceder para manter esse controle.
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2. OS COMPONENTES DO PREÇO DE VENDA NOS SERVIÇOS
Imagem dos personagens João Paulo e Joana conversando na
oficina
— Acho que, com a Marina aqui, vou conseguir tirar as minhas
dúvidas, pois sei que ela tem bons conhecimentos nessa área.
— diz João Paulo.
— Oi, Joana! Você viu a Marina por aí? — diz João Paulo.
— Acho que ela está lá em cima no escritório, Sr. João Paulo.
— Obrigado! Se alguém precisar de mim, me chame lá em
cima então.
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Imagem dos personagens João Paulo e Marina conversando no
escritório da oficina
— Oi, Marina! Então, você já conseguiu descobrir qual o
problema com nossos preços? — diz João Paulo.
— Oi, pai! Que bom que o senhor subiu. Estou justamente
procurando o seu caderno com as anotações dos gastos da
oficina.
— Para entender a situação da empresa e descobrir qual é o
problema com o nosso preço, eu preciso organizar as contas.
Vou começar organizando este caderno — diz Marina.
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— Não tenho esses dados anotados, minha filha. Até comecei
a anotar uma vez, mas não tornei isso uma rotina.
Imagem dos personagens João Paulo e Marina conversando no
escritório da oficina
— Mas, pai, esses dados são muito importantes para o senhor
saber o custo dos seus serviços. Sem eles, fica difícil calcular
os custos e verificar se o lucro da empresa é bom ou se
podemos aumentá-lo.
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— É, filha, eu imaginei... mas eu não sei como fazer essas
anotações da maneira correta, não sei o que anotar e nem
como calcular. Sempre achei muito difícil e, além disso, toma
muito tempo!
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— Tudo bem, vou te explicar, e você vai ver como não é difícil
fazer esses cálculos. Você verá que esse tempo dedicado à
apuração dos custos dá ao empresário mais controle e poder
de decisão sobre o seu negócio. No nosso caso, pai, vamos
entender o que está acontecendo na oficina para deixarmos
de perder clientes para os concorrentes, como está
acontecendo nos últimos tempos — diz Marina.
— Estou muito interessado, Marina. Acho que seria
interessante a Joana saber também. Vamos descer? — diz
João Paulo.
Imagem da Marina, Joana e João Paulo conversando na oficina
13
João Paulo e Marina vão conversar com Joana e, após
explicarem o problema, Joana responde:
— É, Marina, realmente anotamos algumas coisas aqui, mas
não temos esse hábito, não sabemos o que fazer com esses
dados. Acho que o que temos não vai ajudar muito.
— Se você quiser dar uma olhada, tenho esses dados. Eu os
peguei ontem no escritório para arrumar — diz Joana.
— É... Não temos tudo aqui, mas algumas coisas podem
ajudar — diz Marina.
— Bem, primeiro é importante saber que todos os gastos que
a oficina possui “são relevantes”. E, para saber o que foi gasto
e quanto foi gasto, são necessárias três coisas — diz Marina.
— É preciso ter disciplina, um local para anotar e saber usar
as informações que estão ali anotadas — diz Marina.
O que é preciso saber para ter controle dos custos?
Uma mulher e dois homens olhando para algumas folhas que um dos
homens segura nas mãos.
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Em uma empresa, é preciso saber exatamente quanto se
gasta, em que se gasta e por que se gasta! Isso é ter
disciplina. É necessário ter onde anotar os valores gastos para
fazer o controle.
Porém, não basta ter disciplina, ter tudo anotado e não saber
como utilizar as informações que se têm em mãos para saber
o que aconteceu e o que isso representa para a empresa.
Saber utilizar as informações sobre custos é tão importante
quanto registrar os valores gastos, pois com essas
informações é possível entender o que acontece com os
gastos e, assim, saber como é possível gastar menos.
Imagem de uma prancheta com uma folha e um lápis
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ATIVIDADE 1
Verifique os itens abaixo:
Para controlar os gastos, é preciso...
( ) Anotar o que gastou e quanto.
( ) Saber analisar os gastos anotados.
( ) Anotar somente os grandes gastos.
( ) Anotar os gastos diariamente.
( ) Anotar os gastos sem analisá-los.
Não se esqueça! Confira a resposta no gabarito.
Fique atento! Saber utilizar as informações sobre custos é tão
importante quanto registrar os valores gastos, pois com essas
informações é possível entender tudo o que acontece na
empresa para, assim, saber se é possível gastar menos ou
lucrar mais.
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Após voltar à oficina...
Imagem da Marina, Joana e João Paulo conversando na oficina.
— Agora que vocês já sabem da importância de se anotar
gastos, é preciso saber a diferença entre custos e despesas
— diz Marina.
— Nossa, Marina! Eu sempre achei que custo e despesa
fossem as mesmas coisas — diz Joana.
— É verdade... pois, se algo custou algum valor, ele é uma
despesa, não é? — diz João Paulo.
— Bem, isso é verdade, mas a origem do custo é diferente da
origem da despesa — diz Marina.
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Imagem da Marina, Joana e João Paulo conversando na oficina.
— Vejam só! Custo é o gasto que está diretamente ligado à
prestação do serviço — diz Marina.
— Como assim? — diz Joana.
— Vamos até o Camilo para eu poder exemplificar melhor? —
diz Marina.
— As peças utilizadas no conserto dos carros são
consideradas custos, pois estão totalmente ligadas à
prestação de serviços — diz Marina.
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Imagem da Marina, Joana e João Paulo conversando na oficina.
— E o que seria a despesa aqui? — diz João Paulo.
— A despesa é um gasto que não está diretamente envolvido
no serviço, mas que é necessário para a realização desse
serviço. Como, por exemplo, a energia elétrica gasta na
iluminação da oficina para os mecânicos trabalharem — diz
Marina.
— Entendi... Então, quando eu for definir o preço da venda
dos meus serviços, eu devo analisar todos os meus custos e
as minhas despesas? — diz João Paulo.
— Exatamente! E, ao saber quais são os seus custos e as
suas despesas, fica fácil saber quais valores podem ser
alterados para diminuir o seu custo e aumentar o seu lucro —
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diz Marina.
— Mas como assim alterar os valores dos custos e das
despesas? Isso é possível? — diz Joana.
— É possível sim! Existem alguns gastos que podem ter os
seus valores alterados. Mas existem outros que não podem
ser modificados pelo empresário como os impostos, por
exemplo — diz Marina.
Impostos: Toda empresa é obrigada por lei a emitir uma nota
fiscal ao cobrar os seus serviços e, sobre esse total cobrado,
deve-se recolher alguns IMPOSTOS:
ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços:
cobrados em caso de transportadoras e empresas de
manutenção e consertos de máquinas e equipamentos que
vendem peças.
ISS - Imposto Sobre Serviços.
COFINS - Contribuição para Financiamento da Seguridade
Social.
PIS - Programa de Integração Social.
CSSL - Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido.
IRPJ - Imposto de Renda da Pessoa Jurídica.
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SIMPLES - Imposto Simplificado para Microempresas e
Empresas de Pequeno Porte.
A empresa também não pode alterar os valores sobre:
INSS - Instituto Nacional de Seguridade Social.
FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.
IPTU - Imposto Predial e Territorial Urbano.
TFE - Taxa de Fiscalização de Estabelecimento.
IOF - Imposto sobre Operações Financeiras.
De volta à oficina.
Imagem da Marina, Joana e João Paulo
— Como eu disse antes, existem alguns gastos que podem
ser alterados. O aluguel é um deles. Basta negociar com o
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locador. Porém, respeitando as regras do contrato — diz
Marina.
— É verdade, Marina. E também é possível alterar os valores
gastos com água, luz, limpeza e telefone, não é? Pois, para
isso, é só economizar ficando atentos ao consumo — diz João
Paulo.
— Exatamente, pai! — diz Marina.
DICA: Mesmo no caso de imóvel próprio, é importante lançar
o valor do aluguel na sua relação de gastos.
— Também posso reduzir os gastos na compra de material
fazendo pesquisa de preço e analisando qual fornecedor trará
vantagem para a empresa — diz João Paulo.
— Com certeza, pai. Esta é uma ótima forma de diminuir o
custo do seu serviço — diz Marina.
— Outra forma de interferir no preço do serviço é diminuindo o
lucro — diz João Paulo.
— Isso é verdade, Sr. João Paulo. Já li que, reduzindo as
margens de lucro, a empresa pode até alcançar um preço
competitivo em relação aos da concorrência — diz Joana.
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O LUCRO
O lucro só é quantificado depois
que todos os componentes do
preço estiverem considerados, ou
seja, depois de retirar todos os
valores referentes ao preço do
serviço (custos, despesas e pró-
labore – remuneração dos sócios
que trabalham na empresa). O que sobrar, é considerado
lucro.
Uma mão segurando
algumas notas de
cinquenta reais.
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ATIVIDADE 2
Abaixo, há algumas anotações de custos e despesas que
João Paulo fez em seu caderno. Analise cada item e pense
em seis itens que podem sofrer intervenção nos seus valores:
( ) INSS
( ) Salário dos colaboradores
( ) Despesas bancárias
( ) Pagamento do contador
( ) Aluguel
( ) Materiais (do escritório e da oficina)
( ) Manutenções (do prédio, de equipamentos)
( ) Contas de água, telefone e energia
( ) Associações e sindicatos
( ) ICMS
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No escritório da oficina...
— Pensando bem, agora eu sei que posso interferir um pouco
nos salários de meus colaboradores, observando, claro, o
mínimo estabelecido pelo sindicato. E sei também que posso
diminuir os valores pagos na manutenção da oficina buscando
um melhor preço — diz João Paulo.
— Diminuindo os gastos aqui na oficina, poderei ser mais
competitivo com os meus concorrentes e até aumentar o lucro
para investir no meu negócio — diz João Paulo.
— Estou começando a entender por que os meus
concorrentes conseguem preços e descontos tão atrativos —
diz João Paulo.
— Viram como é importante diferenciar as despesas dos
custos? — diz Marina.
— Realmente! Então, Joana, acho que já podemos começar a
organizar o meu caderno... — diz João Paulo.
— Pode deixar comigo, Sr. João Paulo! Vou lá em cima agora
mesmo e depois confirmo com a Marina se está tudo certo —
diz Joana.
Após algum tempo, Marina vai ao encontro de Joana.
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Imagem de Joana e Marina conversando no escritório da oficina
Gastos fixos e gastos variáveis
— E aí, Joana? Está dando tudo certo?
— Está sim, Marina. Só que agora me surgiu uma dúvida...
Percebi que existem gastos que todo mês são iguais e
existem outros gastos que variam conforme nosso volume de
serviços.
— Ah, sim! É que existem alguns custos e despesas que são
fixos e outros que são variáveis. Ao fazer o levantamento de
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custos e despesas em uma empresa, deve-se observar a
forma como o item entra na composição do custo total do
serviço.
— Como assim?
— Por exemplo, os impostos relacionados às vendas: quanto
maior o volume do faturamento de serviços, maior o valor dos
impostos a pagar. Portanto, esse item é variável, ou seja, na
medida em que houver aumento ou diminuição dos serviços,
há também o aumento ou diminuição desse gasto — diz
Marina.
— Já os custos ou despesas fixos independem da venda dos
serviços, ou seja, não aumentam e nem diminuem com o
aumento ou não dos serviços — diz Marina.
— Como o aluguel, por exemplo? Porque não importa o
quanto de serviços a empresa venda, o aluguel sempre será o
mesmo — diz Joana.
— Exatamente, Joana! Mesmo que a oficina não conserte
carro algum, deverá pagar todos os custos e despesas fixos!
— diz Marina.
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ATIVIDADE 3
Agora é com você! Abaixo tem uma coluna com despesas.
Você vai avaliar os itens e ver quais são as despesas fixas e
quais são as variáveis. Lembre-se: essa atividade te ajudará
na compreensão do que foi estudado até agora. Avalie 1 para
despesas fixas e 2 para despesas variáveis. E não se esqueça
de conferir a resposta no gabarito.
( ) Materiais utilizados nos consertos
( ) Honorários do contador
( ) Comissões
( ) Impostos
( ) Salários
( ) Aluguel
( ) Material de limpeza
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Saber distinguir os custos (e despesas)
fixos e variáveis lhe permite gerenciar
melhor a sua empresa e,
consequentemente, formar um preço de
venda mais adequado. O controle dos
custos é uma grande ferramenta para
potencializar seus lucros.
Uma forma prática de entender custos e despesas fixas e
variáveis
Variável – quando o volume de serviços aumenta, os custos e
despesas variáveis também aumentam. Da mesma forma,
quando o volume de serviços diminui, os custos e despesas
variáveis também diminuem.
Fixa – o custo ou despesa fixos permanecem iguais mesmo
se o volume dos serviços aumentar ou diminuir.
Imagem de uma
pessoa pensando
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3. APURAÇÃO DE CUSTOS E DESPESAS FIXAS
Na oficina, João Paulo e sua equipe iniciam a apuração
dos custos e despesas fixas.
Imagem de João Paulo, Marina e Joana na oficina
— Nossa, filha! Nem parece, mas já faz um mês que você
entrou aqui — diz João Paulo.
— É verdade, pai! E estou gostando muito! — diz Marina.
— Sr. João Paulo, chegou este envelope aqui do nosso
contador para o senhor — diz Joana.
— Ah, sim! Deve ser a folha de salários — diz João Paulo.
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Imagem de João Paulo ao telefone no escritório da oficina
— Alô, Sr. Roberto? É o João Paulo, da Oficina Fórmula 1 —
diz João Paulo.
— Eu estou com a folha de salários do pessoal do
administrativo que o senhor me enviou e não estou vendo a
Marina nesta relação — diz João Paulo.
— Ah, sim! Entendi... então, como ela é sócia da oficina, ela
será incluída na folha de pró-labore, assim como eu? — diz
João Paulo.
— Ok! Tudo bem! Muito obrigado, Sr. Roberto. Até breve! —
diz João Paulo.
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DICA
Pró-labore: pago apenas
aos sócios que trabalham
na empresa.
Salários: é a remuneração
básica paga aos
colaboradores pelo trabalho
realizado em um
determinado período.
Verifique as tabelas abaixo:
Nome Função Salário R$
Joana Auxiliar administrativo 560,00
Nome Função Salário R$
João Paulo Sócio-gerente 600,00
Marina Sócio administrativo 600,00
Total 1200,00
A personagem Marina segurando em
suas mãos o valor de seu pró-labore, e
Décio segurando em suas mãos o seu
salário.
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Tabelas com dados dos personagens João Paulo, Joana e
Marina. Essas tabelas mostram o cargo de cada um deles
com seus salários e pró-labore.
Atenção - O pró-labore e os salários são considerados
despesas fixas, pois não variam em função dos serviços
prestados.
No dia seguinte na oficina...
— Bom dia! — diz Marina.
— Bom dia, minha filha! — diz João Paulo.
— Hoje temos muito o que fazer, a começar pelo depósito do
pagamento da primeira parcela do 13° dos nossos
colaboradores — diz Marina.
— Nossa Marina! Estava conversando exatamente sobre isso
com a Joana! — diz João Paulo.
— Por quê? Temos algum problema? — diz Marina.
— Temos sim... Estava vendo o nosso caixa e não terei como
pagar a todos essa primeira parcela — diz João Paulo.
— Mas, pai, por isso que é importante guardar, ou melhor,
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provisionar um pouco de dinheiro todo mês, para não faltar na
data do pagamento, pois além do 13º, há também o adicional
de 1/3 de férias e as indenizações trabalhistas — diz Marina.
— Mas como poderei fazer isso? — diz João Paulo.
— Vamos ao escritório e lá conversaremos melhor — diz
Marina.
— Provisão significa prever e reservar antecipadamente um
custo ou despesa que a empresa terá — diz Marina.
— Existem alguns cálculos para que se possa definir
corretamente essas provisões. Acompanhe! — diz Marina.
No caso do 13º salário e dos 1/3 de adicional de férias, o
cálculo das provisões deve ser feito da seguinte forma:
somam-se os valores dos salários pagos ao mês.
Segue o exemplo da colaboradora Joana:
Nome: Joana
Função: Auxiliar administrativo
Salário: 560,00
Total: 560,00
Divide-se por 12 (meses).
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13º salário = base de cálculo: 1/12 de R$560,00 = Valor: R$ 46,66
Adicional de férias = base de cálculo: 1/3 de 1/12 de R$560,00 = valor:
R$ 15,55
Total: R$ 15,55.
De volta ao escritório da oficina, Marina continua a
explicação ao seu pai João Paulo.
Imagem de Marina e João Paulo no escritório da oficina.
— Já no caso da indenização trabalhista, ou seja, a
indenização paga ao colaborador dispensado sem justa
causa, o cálculo é feito de outra forma — diz Marina.
— É preciso analisar o histórico da oficina, saber em média
quantas pessoas são dispensadas — diz Marina.
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— E pelo histórico da oficina, acredito que 2% sobre o salário
é suficiente para fazer esses pagamentos, caso necessário —
diz Marina.
— Vou anotar e passar para a Joana essa informação — diz
João Paulo.
Provisão das indenizações trabalhistas: cálculo base: 2% de
R$ 560,00. Valor a ser provisionado por mês: R$ 11,20
— Essas são as provisões básicas, mas, se você quiser fazer
outras, fique à vontade — diz Marina.
Na oficina, João Paulo volta a falar com Joana.
Imagem dos personagens João Paulo e Joana conversando na oficina
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— Joana, estava conversando com a Marina e gostaria que
você fizesse os cálculos das provisões que precisam ser feitas
— diz João Paulo.
— Já anotei algumas coisas aqui para ajudar — diz João
Paulo.
— Claro Sr. João Paulo... E, por falar em provisões, estou
incluindo em nossa planilha os encargos sociais — diz Joana.
— Que ótimo! Então, cheguei na hora certa — diz João Paulo.
Dica: Os encargos sociais são as despesas sobre a folha de
pagamento dos colaboradores e sobre as provisões relativas
ao 13º salário e ao adicional de férias, incluindo também o
INSS e o FGTS.
— Só que eu estou com uma dúvida. Qual é o valor percentual
de contribuição ao INSS? — diz Joana.
— Acho melhor você ligar para o Sr. Roberto, o nosso
contador. Com certeza, ele te explicará melhor esses valores.
— diz João Paulo.
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Dica: Os encargos sociais (INSS e o FGTS) são as despesas
sobre a folha de pagamento dos colaboradores e sobre as
provisões relativas ao 13º salário e ao adicional de férias.
Imagem de Joana ao telefone na oficina
— Alô? O Sr. Roberto, por favor! — diz Joana.
— Ele não está? Tudo bem, só peça pra ele me enviar por fax
o valor dos encargos sociais da Fórmula 1 Oficina. Obrigada!
— diz Joana.
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Imagem de Joana recebendo fax no escritório da oficina
Fax do contador:
Joana,
A Fórmula I Oficina é optante do Simples Nacional, portanto a parte
referente ao INSS do empregador já está incluída no simples.
Mas o valor do INSS descontado do colaborador é resolvido
normalmente.
Atenciosamente,
Roberto Carvalho de Almeida.
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Imagem do bilhete que Marina deixou para Joana.
Bilhete que Marina deixou para Joana:
Joana,
Não se esqueça de depositar o FGTS na conta dos colaboradores na
Caixa Econômica Federal.
São 8% do salário deles.
Isso é muito importante, pois esse valor integra o fundo que o
empregado poderá sacar em caso de dispensa sem justa causa ou
aposentadoria.
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ATIVIDADE 4
Observe os itens abaixo e faça uma reflexão sobre cada um.
Anote no papel se for necessário, e não se esqueça de
conferir no gabarito:
(a)Pró-labore | (b)13º salário | (c) Encargos Sociais | (d) FGTS
( ) É depositado 8% do valor do salário.
( ) É importante provisionar os valores mensalmente para não
ter problemas de caixa.
( ) É a remuneração do sócio que trabalha no negócio,
considerada despesa fixa.
( ) Despesas sobre a folha de pagamento dos colaboradores.
Para se fazer o pagamento dos encargos sociais, é preciso
analisar duas situações diferenciadas:
Situação 1
Pense na Fórmula 1 Oficina - Empresa Optante pelo Simples
Nacional
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Situação de Empresas Optantes
pelo Simples Nacional:
A oficina mecânica do Sr. João
Paulo apresenta os seguintes
quadros que organizam os salários,
provisões e encargos, tanto no que
se refere aos empregados quanto à remuneração dos sócios.
Encargos Sociais sobre
Salários
Base de Cálculo Valor $
INSS (560,00+ 46,66 + 15,55) x 0,0% 0,00
FGTS 8% x (560,00+ 46,66 + 15,55) 49,78
TOTAL 49,78
Tabela mostrando o cálculo dos encargos sociais sobre salários
Encargos Sociais sobre Pró-labore Base de Cálculo Valor $
INSS 0% R$1.200,00 0,00
TOTAL 0,00
Tabela mostrando o cálculo dos encargos sociais sobre pró-labore
Imagem da Fórmula I Oficina.
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Dica: Observe que o valor do INSS está incluído na alíquota
do simples, por isso o valor é 0.
Situação 2
Pense na Papelaria Folhetins
Empresa não optante pelo Simples Nacional
Imagem da Papelaria Folhetins.
Situação de empresas não optantes pelo Simples Nacional
Encargos Sociais sobre Salários Base de Cálculo Valor $
INSS 27,8% x (560,00+ 46,66 + 15,55 ) 172,97
FGTS 8% x (560,00+ 46,66 + 15,55) 49,78
TOTAL 222,75
Tabela mostrando o cálculo dos encargos sociais sobre salários
43
Tabela mostrando o cálculo dos encargos sociais sobre pró-labore
Dica: Copiadora deve aplicar a alíquota de 27,8% para INSS.
Imagem de Joana, Décio e Camilo conversando na oficina.
De volta à oficina...
— É, pessoal, já está na hora de ir. Até amanhã! — diz Joana.
— Até, Joana! — diz Décio.
— Vamos, Camilo? Daqui a pouco o nosso ônibus passa —
diz Décio.
Encargos Sociais sobre pró-labore Base de Cálculo Valor $
INSS 20% R$1.680,00 336,00
TOTAL 336,00
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— Já estou indo, Décio. Te encontro no ponto de ônibus — diz
Camilo.
O vale-transporte é um benefício oferecido aos empregados
que não possuem transporte próprio e precisam se deslocar
até a empresa para trabalhar.
O valor do vale-transporte varia de pessoa para pessoa, pois
depende do local onde ela mora e a distância entre a sua
residência e a empresa.
O valor do benefício de vale-transporte engloba a passagem
de ida e volta. E por oferecer esse benefício, a empresa pode
descontar até 6% do salário do empregado, limitado ao valor
total concedido.
— É... acho que perdi meu ônibus — diz Joana.
Na planilha do Sr. João Paulo, aparece a seguinte situação
que corresponde ao que é pago à auxiliar administrativa
Joana. O valor do transporte da Joana é R$ 118,80 por mês.
45
Tabela que mostra dados do cálculo de vale-transporte
Além do vale-transporte, a
empresa poderá também
oferecer outros tipos de
benefícios.
Quando não houver refeitório, a
empresa poderá oferecer o
vale-refeição.
Quando houver necessidade de
vestimenta própria para se fazer um
serviço, a empresa deve se
responsabilizar com os gastos do
uniforme.
Benefício - Vale-Transporte R$
Salário da Auxiliar Administrativo 560,00
Desembolso com a aquisição do vale-transporte 118,00
Desconto do Salário (560,00 x 6%) 33,60
Despesa com vale-transporte 85,20
Imagem de prato de comida.
Imagem dos
colaboradores da
Oficina Fórmula 1
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Atenção! Alguns tipos de benefícios não podem ser anulados,
portanto é preciso avaliar o impacto deles sobre as despesas
da empresa, pois esses benefícios serão incorporados à verba
salarial. Com todos esses elementos analisados, o total de
salários, as provisões, os encargos sociais e os benefícios, é
possível fazer o cálculo do custo total das despesas com o
pessoal.
É essencial que a empresa
faça a relação mensal de
todas as suas despesas com
pessoal, pois esse é um dos
itens mais importantes do
conjunto dos gastos totais de
qualquer organização.
Tabela mostrando valor de despesas fixas do mês
DESPESAS FIXAS DO MÊS VALOR EM R$
1 Despesas com pessoal
1.1 Salários 560,00
1.2 Provisões (13º + Ad. Férias + Ind. Trabalhista) 73,41
1.3 Encargos Sociais (FGTS) 49,78
1.4 Benefícios (vale-transporte) 85,20
1.5 Pró-Labore 1200,00
1.6 Encargos Sociais do Pró-Labore (INSS) 0,00
Subtotal 1.968,39
Imagem de uma calculadora e
uma caneta sobre uma tabela.
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ATIVIDADE 5
Pense em qual seria a resposta verdadeira para as opções
abaixo. Não se esqueça de conferir a resposta no gabarito.
( ) O valor do vale-transporte é fixo por lei, independente do
lugar onde a pessoa mora.
( ) Quando não houver refeitório, a empresa poderá oferecer
o vale-refeição.
Alguns benefícios, como uniforme, por exemplo, ficam a cargo
da empresa. Outros, como vale-transporte, não ficam porque
são descontados em parte do salário dos colaboradores,
lembrando que o vale-transporte é um benefício oferecido aos
empregados que não possuem transporte próprio e precisam
se deslocar até a empresa para trabalhar. O seu valor varia de
pessoa para pessoa, pois depende do local onde ela mora e a
distância entre a sua residência e a empresa.
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Imagem de Marina e Joana no escritório
No escritório da oficina, Marina e Joana discutem sobre o
relatório de despesas fixas do mês.
— Oi, Joana! Estou precisando do relatório com as despesas
fixas do mês aqui da oficina. Você poderia imprimir pra mim?
— diz Marina.
— Claro, Marina! Estava olhando exatamente isso — Joana
diz:
— Vou fazer uma análise dos gastos para poder ver se eles
estão aumentando ou diminuindo — diz Marina.
49
— E, a partir daí, vou conversar com o meu pai para
definirmos quais decisões podemos tomar em relação aos
custos e despesas da empresa — diz Marina.
— Isso é bom mesmo, pois temos que manter esses gastos
bem baixos para que, assim, o nosso preço seja competitivo e
os clientes retornem — diz Joana.
É importante observar que o controle e o conhecimento do
valor das despesas fixas da empresa permitem:
Apurar quanto esses gastos representam no valor do preço do
serviço;
Definir o volume de serviços necessários para conseguir
pagar pelo menos as despesas fixas, mesmo sem lucro;
Saber exatamente quanto o volume total de serviços no
mês apresentou de resultado, e se isso foi lucro ou
prejuízo;
Considerar, no preço do serviço, juntamente com os
outros custos, um valor que contribua para pagar as
despesas fixas.
50
Imagem de Marina, João Paulo e Décio conversando na oficina.
— Pai, eu organizei a pasta de despesas e gostaria que o
senhor desse uma olhada — diz Marina.
— Vamos ao escritório e lá você me mostra como você
organizou — diz João Paulo.
— Décio, depois eu continuo te explicando o que é para fazer
neste carro — diz João Paulo.
— Pode deixar, chefe! — diz Décio
— Marina, eu e a Joana tentamos organizar esta pasta, mas
mesmo assim, vira e mexe, eu deixo uma conta vencer — diz
João Paulo.
— Então acho que, da forma como coloquei, isso não vai mais
acontecer — diz Marina.— Agora, além de separarmos por
despesa, separei também por dia do mês.
51
Imagem de João Paulo e Marina no escritório da oficina
— Nossa! Realmente assim fica bem melhor, pois quando as
contas chegarem, já coloco no dia correspondente ao
vencimento daquela despesa — diz João Paulo.
— Isso mesmo, pai! — diz Marina.
— Veja agora como ficou — diz Marina.
Despesas com ocupação variam de empresa para empresa,
dependendo do ramo de atividade. Acompanhe o exemplo
abaixo:
52
Despesa: Ocupação 10/03
Despesas fixas do mês 3 R$
OCUPAÇÃO*
Aluguel do imóvel 850,00
Energia elétrica 123,00
Água 75,00
IPTU 38,00
SUBTOTAL 1.086,00
Tabela que mostra as despesas fixas do mês 3
Dependendo do porte e do tipo da organização, a quantidade
de itens pode variar. Observe o exemplo abaixo:
Despesa: Comunicação10/03
Despesas fixas do mês 3 R$
COMUNICAÇÃO
Provedor de Internet 30,00
Conta de telefone 95,00
Correio 15,00
SUBTOTAL 140,00
Tabela que mostra as despesas fixas do mês 3
53
Atenção!
Despesas com o veículo do dono da empresa, quando a
serviço dela, devem ser registradas e incluídas nesse grupo.
Por outro lado, se o empresário utilizar o veículo da empresa
para atividades pessoais, as despesas devem ser
consideradas particulares. Acompanhe o exemplo abaixo:
Despesa: Veículos e Locomoção10/03
Despesas fixas do mês 3 R$
VEÍCULOS/LOCOMOÇÃO
Combustíveis e lubrificantes 150,00
Manutenção de veículos 40,00
SUBTOTAL 190,00
Tabela que mostra as despesas fixas do mês 3
Despesa: Propaganda10/03
Despesas fixas do mês 3 R$
PROPAGANDA
Publicidade 100,00
SUBTOTAL 100,00
Tabela que mostra as despesas fixas do mês 3
54
Os gastos com propaganda são aqueles que incluem como
exemplo:
Distribuição de panfletos;
Veiculação de mensagens em rádio ou televisão;
Divulgação em jornais ou revistas;
Utilização de mala direta;
Combinação das várias alternativas anteriores.
Dica: Para saber em que e como gastar seus recursos com a
propaganda, faça o curso “Como divulgar a sua empresa” e
tire todas as suas dúvidas.
Diminuição do valor do bem da empresa em decorrência do
desgaste.
55
Despesa: Depreciação10/03
Máquinas e equipamentos R$
Valor do bem* +8.500,00
Valor residual* - 1.300,00
SUBTOTAL 7.200,00
Meses* +120
TOTAL* 60,00
Tabela que mostra valores de máquinas e equipamentos
De volta ao escritório da oficina, Marina e seu pai, João
Paulo, continuam a conversa.
Imagem de João Paulo e Marina no escritório da oficina
56
— Viu como dessa forma fica muito mais organizado? — diz
Marina.
— Mas, filha, ficaram faltando algumas despesas, como os
honorários do contador — diz João Paulo.
— Ah, sim! Essas despesas e outras eu considerei como
Despesas Gerais. Acompanhe! — diz Marina.
Despesas Gerais10/03
Despesas fixas do mês 3 R$
DESPESAS GERAIS 30,00
Materiais de escritório 30,00
Materiais de limpeza 50,00
Honorários do contador 239,00
Manutenção da oficina 50,00
Ferramentas de uso 65,00
Despesas bancárias 35,00
SUBTOTAL 469,00
Tabela que mostra as despesas fixas do mês 3
57
— Agora, pai, todos os dias que chegarmos aqui na oficina,
temos que olhar essa pasta e verificar o que está para vencer
— diz Marina.
— Isso que eu chamo de organização! Agora consigo ter uma
visão real dos custos e despesas que existem na empresa —
diz João Paulo.
— Com isso, será possível definir quais mudanças podemos
fazer para conseguirmos recuperar nossa clientela — diz João
Paulo.
Dica: Sempre que possível, verifique as contas no final do dia
para chegar no dia seguinte já sabendo o que vai vencer.
58
ATIVIDADE 6
Agora é a sua vez! Faça uma reflexão sobre os valores de
cada grupo de despesa da sua empresa. Ao final, saiba o
valor de gastos totais do mês indicado. Para isto, você
precisará de uma calculadora e, se necessário, anote suas
observações no papel.
Dia: 12
Mês: Dezembro
Ano: 2010
Tipo de despesa: OCUPAÇÃO
DESPESA VALOR (R$)
SUBTOTAL
59
Dia: 12
Mês: Dezembro
Ano: 2010
Tipo de despesa: COMUNICAÇÃO
DESPESA VALOR (R$)
SUBTOTAL
60
Dia: 12
Mês: Dezembro
Ano: 2010
Tipo de despesa: VEÍCULOS
DESPESA VALOR (R$)
SUBTOTAL
61
Dia: 12
Mês: Dezembro
Ano: 2010
Tipo de despesa: PROPAGANDA
DESPESA VALOR (R$)
SUBTOTAL
62
Dia: 12
Mês: Dezembro
Ano: 2010
Tipo de despesa: DESPESAS
GERAIS
DESPESA VALOR (R$)
SUBTOTAL
63
4. DEPRECIAÇÃO
Imagem de um computador
Agora que você já sabe organizar cada grupo de despesa da
sua empresa, saiba que existem duas formas de se apurar
essas despesas:
Regime de Competência: O registro se faz no momento em
que a despesa ocorre independente de ter efetuado o
recebimento ou o desembolso do valor. Esse regime
demonstra um retrato maior da realidade da empresa, porque
nivela todos os gastos, principalmente os futuros.
64
Regime de Caixa: O registro dos documentos se faz quando
eles foram pagos ou recebidos, como se fosse uma conta
bancária. Ou seja, esse registro acontece no momento do
desembolso do dinheiro, no caso de uma despesa, e no
momento da entrada de recursos financeiros, no caso de
recebimento.
Exemplos:
IPTU: R$456,00 ou 10 X R$45,60:
Regime de Competência - Período de 12 meses: R$45,60/12 =
R$38,00 por mês
Regime de Caixa - À vista = R$456,00 - Parcelado = 10 x R$45,60
Assinatura Jornal: 6 meses – 3 x de R$22,00:
Regime de Competência - Período de 6 meses - R$66,00 / 6 = R$11,00
por mês
Regime de Caixa - À vista = R$0,00 - Parcelado = 3 x R$22,00
Materiais de Consumo: 6 meses – R$212,00 ou 2x de R$106,00:
Regime de Competência - Período de 4 meses - R$212,00 / 4 =
R$53,00 por mês
Regime de Caixa - À vista = R$212,00 - Parcelado = 2 x R$106,00
65
Depreciação de Bens: A depreciação de bens é um
fenômeno que expressa a diminuição do valor dos bens da
empresa em decorrência do desgaste, perda de utilidade,
ação da natureza ou obsolescência.
Na apuração dos gastos, é muito importante saber calcular a
depreciação, uma vez que no futuro você precisará repor esse
bem. Por isso, há necessidade de verificar se o que você
ganha hoje, o seu lucro, cobre também essa depreciação.
A depreciação deve ser considerada,
na contabilidade da empresa, a partir
da época em que se der início ao uso
do bem para que, assim, se conte o
tempo de uso exato. Essa
depreciação é calculada de duas
formas:
1 - Depreciação Fiscal:
- Considera a legislação do imposto de renda.
- Considera os prazos fixados por lei.
Imagem de uma
calculadora.
66
Depreciação Mensal = Divisão do valor do bem pelos meses
de vida útil dos Equipamentos e veículos: 5 anos de vida útil
Imóveis: 25 anos
2 - Depreciação Gerencial:
- Considera a vida útil econômica do equipamento.
- Considera o valor residual, ou seja, o valor da venda ao final
da vida útil.
- Considera os prazos fixados pelos fabricantes. Depreciação
Mensal = valor de aquisição – o valor residual ÷ pelo número
de meses de vida útil informado pelo fabricante.
Conheça o cálculo da Depreciação Fiscal:
Equipamentos Eletrônicos e Veículos - 5 anos
Valor do bem ÷ 60 meses = R$ 1.800,00 ÷ 60 meses = R$ 30,00
Imóveis - 25 anos
Valor do bem ÷ 300 meses = R$20,000,00 ÷ 300 meses = R$66,67
Obs.: Terrenos não depreciam
67
Máquinas, equipamentos, móveis e utensílios -10 anos
Valor do bem ÷ 120 meses = R$5,000,00 ÷ 120 meses = R$41,67
Depreciação Gerencial
Valor do bem – valor residual ÷ N° de meses de vida útil
R$1.800,00 – R$360,00 ÷ 24 meses = R$ 60,00
Total de Despesas Fixas
Exemplo:
DESPESAS FIXAS DO MÊS VALOR EM R$
Despesas com Pessoal Administrativo 1.968,39
Despesas de Ocupação 1.086,00
Despesas de Comunicação 140,00
Despesas com Locomoção 190,00
Despesas com Propaganda 100,00
Despesas Gerais 469,00
Depreciação 60,00
TOTAL 4.013,39
Tabela que mostra as despesas fixas do mês
Dica: A depreciação fiscal é a mais aconselhada a ser feita
para apurar os custos e formar os preços.
68
5 - APURAÇÃO E DESPESAS DOS CUSTOS – DESPESAS VARIÁVEIS
Imagem de Joana e João Paulo na oficina
— Sabe, Joana, acho que, com a organização que estamos
fazendo, finalmente vou conseguir ter maior competitividade
aqui no bairro, pois meus preços estarão mais atrativos — diz
João Paulo.
— Com certeza, Sr. João Paulo! Sabendo exatamente o custo
do nosso serviço, podemos analisar onde e quando fazer uma
promoção pra chamar novos clientes também — diz Joana.
69
— Claro! E eu estou muito ansioso para enfim conhecer os
meus custos — diz João Paulo.
— Mas ainda acho que temos muito que fazer — diz Joana.
— Mas não se preocupe, Sr. João Paulo! Com as orientações
da Marina, saberemos calcular rapidamente — diz Joana.
— E eu acho que o próximo item que devemos analisar é a
mão de obra direta, não é mesmo, Joana? — diz João Paulo.
— Concordo com o senhor — diz Joana.
Algum tempo depois no escritório...
— Marina, o que você me diz sobre os gastos com a mão de
obra direta? — diz João Paulo.
— Da mesma forma que calculamos todos os elementos da
folha de pagamento do administrativo, que é um custo fixo,
também temos que calcular todos os elementos pagos à mão
de obra direta — diz Marina.
— Que são os salários, os encargos e os benefícios do
pessoal direto que conserta os carros — diz João Paulo.
— Isso, e ainda vamos considerar o tempo gasto também.
Mas vamos devagar, não é? — diz Marina.
70
Custos da mão de obra direta nos serviços
Salários Diretos
Imagem de notas de dinheiro.
Os salários diretos são os salários pagos aos empregados
diretamente ligados à prestação dos serviços. Conheça os
SALÁRIOS DIRETOS da oficina do Sr. João Paulo:
SALÁRIOS DIRETOS VALOR (R$)
Décio – mecânico de importados 800,00
Olavo – mecânico de nacionais 750,00
Gilmar – Eletricista 850,00
Camilo – ajudante geral 560,00
TOTAL 2.960,00
Tabela que mostra os salários diretos
71
Provisões
Imagem de uma mesa com uma calculadora e um cofre.
Sobre os salários diretos, devem ser calculadas suas
provisões, assim como calculamos para o setor administrativo:
PROVISÃO BASE DE CÁLCULO VALOR ($)
13º salário 1/12 de R$ 2.960,00 246,67
Adicional de Férias 1/3 de 1/12 de R$ 2.960,00 82,22
Indenizações
Trabalhistas
2% sobre R$ 2.960,00 59,20
TOTAL 388,09
Tabela que mostra a base de cálculo da Provisão
72
Encargos sociais
Imagem de uma calculadora, moedas, uma lapiseira e um óculos sobre
um folha com um gráfico.
A empresa do Sr. João Paulo é optante pelo SIMPLES.
Conheça o valor dos encargos sociais sobre a folha de
pagamento:
ENCARGOS
SOCIAIS
BASE DE CÁLCULO VALOR (R$)
INSS
FGTS 8% X (2.960,00 + 246,67 + 82,22 ) 263,11
TOTAL 263,11
Tabela que mostra a base de cálculo dos encargos sociais
73
Benefícios
Imagem de uma mulher em um ponto de ônibus.
Como benefício, o Sr. João Paulo faz o pagamento do vale-
transporte com o desconto de 6% sobre a folha de pagamento
de cada um, e o complemento fica a cargo da empresa:
BENEFÍCIOS VALOR (R$)
Vale-transporte 90,00
Tabela que mostra a base de cálculo dos benefícios
74
6. CÁLCULO DO VALOR HORA
Imagem do João Paulo e Marina no escritório da oficina
— Eu consolidei todos estes cálculos para, assim,
visualizarmos todo o custo com o pessoal direto. Acompanhe
abaixo esse passo a passo — diz Marina.
Tabela que mostra o custo com pessoal da oficina de João Paulo
CUSTO COM PESSOAL VALOR (R$)
Salários 2.281,00
Provisões (13º + Ad. Férias + Ind. Trabalhistas) 299,06
Encargos Sociais (INSS + FGTS) 202,75
Benefícios (vale-transporte) 90,00
TOTAL 2872,81
75
— E o tempo? Você disse que tínhamos que calcular o tempo
também — diz João Paulo.
— Temos sim e, para ser mais exata, temos que calcular a
hora, pois a base para calcularmos o custo do serviço é a hora
trabalhada — diz Marina.
Imagem de uma mulher segurando um calendário e apontando para
uma data com uma caneta vermelha.
Para calcular as horas trabalhadas, é necessário tomarmos
por base os seguintes dados:
Ano 365 dias (-) Domingos 52 dias (-) Sábados 52 dias (-)
Feriados 10 dias (-) Férias dias úteis 21 dias ÷ Dias
disponíveis de trabalho por ano: 230
76
230 ÷ 12 meses = 19,17 dias ou 20 dias inteiros
É muito importante estarmos atentos a dois tipos de cálculo
das horas:
1º: calcular a média mensal e anual, uma vez que, para o
período de um ano, o empregado trabalha 11 meses, pois tem
direito a um mês de férias.
2º: considerar o total de horas que é utilizado para a
realização dos serviços, descontando o tempo ocioso.
Lembrando que este índice pode variar de empresa para
empresa, de atividade para atividade e também da decisão do
dono do negócio.
Acompanhe:
Média anual de dias trabalhados no mês = 20.
Número de horas semanais = 44
Número de dias na semana = 5
Número de horas/dia (44 hs/5 dias) = 8,8 hs/dia
Número de horas/mês (20 dias x 8,8 hs/dia) = 176 hs/mês
Número de horas/ano (176 hs/mês x 11 meses) = 1.963 hs/ano
Índice de ociosidade = 25%
Número de horas/ano s/ociosidade (1.963 hs (-) 25%) = 1452 hs/ano
Média de horas/mês (1452/12) = 121 hs/mês.
77
— Então, agora ficou fácil saber qual é o valor do custo da
hora de serviço aqui — diz João Paulo.
— Basta dividir o total dos salários do mês pela média de
horas do mês — diz João Paulo.
— Isso mesmo, Pai! Pegamos o total dos gastos com salário
direto mensal e dividimos pela nossa média de horas no mês.
Ao final, teremos o valor do custo-hora da oficina — diz
Marina.
Imagem do João Paulo e Marina no escritório da oficina
— E se quisermos saber o custo-hora por colaborador? É só
pegar o custo-hora da oficina e dividir pelo número de
colaboradores diretos que temos — diz João Paulo.
78
Tabela 1: Total de salário direto: R$ 3.701,20 / Total de horas
mensais: ÷121 / Total do custo-hora da oficina: = R$ 30,59
Tabela 2: Total do custo-hora da oficina: R$ 30,59 / Número
de colaboradores diretos: ÷4 / Total do custo/hora para cada
colaborador direto: = R$ 7,65.
Dica: Observe que esse cálculo considera a média do custo-
hora, assim não se trata do custo-hora efetivo por função.
— É, Marina, acho que agora podemos calcular o total do
custo operacional da empresa — diz João Paulo.
— Eu já fiz isso, Pai... E te enviei por e-mail um relatório com
minhas conclusões! — diz Marina.
— Muito bem! Vou abrir meu e-mail para ver e depois nos
falamos mais — diz João Paulo.
Relatório de apuração dos custos operacionais
A - Gastos da empresa
Custo-hora da empresa: +R$ 33,17
Custo-hora de obra direta: + R$ 30,59
Custo total por hora da empresa: = R$ 63,46
Número de colaboradores diretos: + 4
Custo total por hora trabalhada dos colaboradores diretos: = R$ 15,94
79
Relatório de apuração dos custos operacionais
B - Cálculo do custo-hora da empresa
Despesas com pessoal administrativo: 1.968,39
Despesas de ocupação: 1.086,00
Despesas de comunicação: 140,00
Despesas com locomoção: 190,00
Despesas com propaganda: 100,00
Despesas gerais: 469,00
Depreciação: 60,00
TOTAL: 4.013,39
Média de horas mensais: ÷121
Custo-hora empresa: = R$ 33,17
Observação - Cada hora de funcionamento da estrutura da empresa
custa R$ 33,17
Relatório de apuração dos custos operacionais
C - Cálculo do custo-hora com mão de obra direta
Total de gastos com mão de obra direta: + R$ 3.701,17
Média de horas mensais: ÷121
Custo-hora oficina: = R$ 30,59
Observação - Cada hora de trabalho dos quatro colaboradores,
diretamente envolvidos na produção, custa R$ 30,59.
80
Relatório de apuração dos custos operacionais
D - Cálculo do custo-hora com mão de obra direta
Custo total por hora da empresa: R$ 63,76
Número de colaboradores diretos: +4
Custo total por hora trabalhada dos colaboradores diretos: = R$ 15,94.
Observação - Para a empresa, cada hora dos colaboradores
diretamente envolvidos na prestação do serviço custa R$ 15,94.
Imagem do João Paulo e Marina no escritório da oficina
81
Recado da Marina para seu pai:
Pai, observe que esse é o custo mínimo... Ainda não foram inseridos os
custos variáveis!
— Marina, vi seu relatório. Ficou muito bom! Com ele, eu
consigo ver qual o custo operacional de cada hora de serviço
que prestamos — diz João Paulo.
— Pai, se você tiver um tempo agora, gostaria de mostrar os
cálculos dos custos e despesas variáveis — diz Marina.
— Vamos então! Já estou ansioso para que eu possa calcular
todo o meu custo e assim tomar decisões importantes para a
oficina — diz João Paulo.
— Os impostos sobre os serviços são variáveis, não é mesmo,
Marina? — diz João Paulo.
— Exatamente, mas o valor desses impostos é calculado
conforme o tipo de tributação escolhido pela empresa — diz
Marina.
— Bem, como eu disse antes, aqui na oficina eu optei por
aderir ao Simples Nacional — diz João Paulo.
82
Simples Nacional
Você conhecerá abaixo um pouco mais sobre o Simples
Nacional.
Imagem do emblema do Simples Nacional.
O Simples Nacional é o Regime Especial Unificado de
Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte.
A ideia do Simples Nacional originou-se da necessidade de
unificar, dentro do possível, a legislação tributária atualmente
aplicável às micro e pequenas empresas em âmbito Federal,
Distrito Federal, Estados e Municípios.
O Simples Nacional implica no recolhimento mensal, mediante
documento único de arrecadação, dos seguintes impostos e
contribuições:
IRPJ IPI - Recolhe junto com o SIMPLES e não sobre o
produto; CSLL COFINS - Exceto importação PIS/PASEP;
83
INSS - Recolhe junto com o SIMPLES e não sobre a folha
ICMS ISS.
As atividades são tributadas de formas diferentes. É por isso
que o SIMPLES NACIONAL estabeleceu alguns anexos para
que as MPEs possam encontrar o valor devido e quitar, de
uma só vez e em um único documento, os impostos e as
contribuições.
Conheça abaixo o exemplo de como calcular o SIMPLES
NACIONAL.
Simples Nacional – A alíquota varia mês a mês
Exemplo: Serviços, anexo III
Receita bruta: R$ 90.000,00 (últimos doze meses)
Faturamento no mês: R$ 10.000,00 / Até R$ 120.000,00
Alíquota: 6%
Valor do imposto = R$ 10.000,00 x 6% = R$ 600,00.
Dica: As empresas prestadoras de serviços podem ser
tributadas pelos anexos III, IV e V.
Conheça os anexos III, IV e V a seguir:
84
ANEXO III
Partilha do Simples Nacional – Serviços e Locação de
Bens Móveis
(Redação dada pela Lei Complementar nº 128, de 2008 - produção de
efeitos: 1º de janeiro de 2009).
Receita Bruta em 12 meses (em R$)
ALÍQUOTA
IRPJ CSLL COFINS PIS/ PASEP
CPP ISS
Até 120.000,00 6,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 4,00% 2,00%
De 120.000,01 a 240.000,00 8,21% 0,00% 0,00% 1,42% 0,00% 4,00% 2,79%
De 240.000,01 a 360.000,00 10,26% 0,48% 0,43% 1,43% 0,35% 4,07% 3,50%
De 360.000,01 a 480.000,00 11,31% 0,53% 0,53% 1,56% 0,38% 4,47% 3,84%
De 480.000,01 a 600.000,00 11,40% 0,53% 0,52% 1,58% 0,38% 4,52% 3,87%
De 600.000,01 a 720.000,00 12,42% 0,57% 0,57% 1,73% 0,40% 4,92% 4,23%
De 720.000,01 a 840.000,00 12,54% 0,59% 0,56% 1,74% 0,42% 4,97% 4,26%
De 840.000,01 a 960.000,00 12,68% 0,59% 0,57% 1,76% 0,42% 5,03% 4,31%
De 960.000,01 a 1.080.000,00 13,55% 0,63% 0,61% 1,88% 0,45% 5,37% 4,61%
De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 13,68% 0,63% 0,64% 1,89% 0,45% 5,42% 4,65%
De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 14,93% 0,69% 0,69% 2,07% 0,50% 5,98% 5,00%
De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 15,06% 0,69% 0,69% 2,09% 0,50% 6,09% 5,00%
De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 15,20% 0,71% 0,70% 2,10% 0,50% 6,19% 5,00%
De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 15,35% 0,71% 0,70% 2,13% 0,51% 6,30% 5,00%
De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 15,48% 0,72% 0,70% 2,15% 0,51% 6,40% 5,00%
De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 16,85% 0,78% 0,76% 2,34% 0,56% 7,41% 5,00%
De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 16,98% 0,78% 0,78% 2,36% 0,56% 7,50% 5,00%
De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 17,13% 0,80% 0,79% 2,37% 0,57% 7,60% 5,00%
De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 17,27% 0,80% 0,79% 2,40% 0,57% 7,71% 5,00%
De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 17,42% 0,81% 0,79% 2,42% 0,57% 7,83% 5,00%
85
ANEXO IV
Partilha do Simples Nacional – Serviços
Receita Bruta em 12 meses (em
R$)
ALÍQUOTA IRPJ CSLL COFIN
S
PIS/PAS
EP
ISS
Até 120.000,00 4,50% 0,00% 1,22% 1,28% 0,00% 2,00%
De 120.000,01 a 240.000,00 6,54% 0,00% 1,84% 1,91% 0,00% 2,79%
De 240.000,01 a 360.000,00 7,70% 0,16% 1,85% 1,95% 0,24% 3,50%
De 360.000,01 a 480.000,00 8,49% 0,52% 1,87% 1,99% 0,27% 3,84%
De 480.000,01 a 600.000,00 8,97% 0,89% 1,89% 2,03% 0,29% 3,87%
De 600.000,01 a 720.000,00 9,78% 1,25% 1,91% 2,07% 0,32% 4,23%
De 720.000,01 a 840.000,00 10,26% 1,62% 1,93% 2,11% 0,34% 4,26%
De 840.000,01 a 960.000,00 10,76% 2,00% 1,95% 2,15% 0,35% 4,31%
De 960.000,01 a 1.080.000,00 11,51% 2,37% 1,97% 2,19% 0,37% 4,61%
De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 12,00% 2,74% 2,00% 2,23% 0,38% 4,65%
De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 12,80% 3,12% 2,01% 2,27% 0,40% 5,00%
De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 13,25% 3,49% 2,03% 2,31% 0,42% 5,00%
De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 13,70% 3,86% 2,05% 2,35% 0,44% 5,00%
De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 14,15% 4,23% 2,07% 2,39% 0,46% 5,00%
De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 14,60% 4,60% 2,10% 2,43% 0,47% 5,00%
De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 15,05% 4,90% 2,19% 2,47% 0,49% 5,00%
De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 15,50% 5,21% 2,27% 2,51% 0,51% 5,00%
De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 15,95% 5,51% 2,36% 2,55% 0,53% 5,00%
De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 16,40% 5,81% 2,45% 2,59% 0,55% 5,00%
De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 16,85% 6,12% 2,53% 2,63% 0,57% 5,00%
As empresas enquadradas no Simples Nacional, tributadas
pelo anexo IV, deverão recolher o INSS patronal (CPP)
separadamente, uma vez que este anexo não o contempla,
devendo ser calculada e recolhida pela forma convencional.
86
ANEXO V
(Redação dada pela Lei Complementar nº 128, de 2008 - produção de
efeitos: 1º de janeiro de 2009).
Receita Bruta em
12 meses (em R$)
(r)<0,10 0,10=< (r)
e
(r) < 0,15
0,15=< (r)
e
(r) < 0,20
0,20=< (r)
e
(r) < 0,25
0,25=< (r)
e
(r) < 0,30
0,30=< (r)
e
(r) < 0,35
0,35=< (r)
e (r) < 0,40
(r) >= 0,40
Até 120.000,00 17,50% 15,70% 13,70% 11,82% 10,47% 9,97% 8,80% 8,00%
De 120.000,01 a
240.000,00 17,52% 15,75% 13,90% 12,60% 12,33% 10,72% 9,10% 8,48%
De 240.000,01 a
360.000,00 17,55% 15,95% 14,20% 12,90% 12,64% 11,11% 9,58% 9,03%
De 360.000,01 a
480.000,00 17,95% 16,70% 15,00% 13,70% 13,45% 12,00% 10,56% 9,34%
De 480.000,01 a
600.000,00 18,15% 16,95% 15,30% 14,03% 13,53% 12,40% 11,04% 10,06%
De 600.000,01 a
720.000,00 18,45% 17,20% 15,40% 14,10% 13,60% 12,60% 11,60% 10,60%
De 720.000,01 a
840.000,00 18,55% 17,30% 15,50% 14,11% 13,68% 12,68% 11,68% 10,68%
De 840.000,01 a
960.000,00 18,62% 17,32% 15,60% 14,12% 13,69% 12,69% 11,69% 10,69%
De 960.000,01 a
1.080.000,00 18,72% 17,42% 15,70% 14,13% 14,08% 13,08% 12,08% 11,08%
De 1.080.000,01 a
1.200.000,00 18,86% 17,56% 15,80% 14,14% 14,09% 13,09% 12,09% 11,09%
De 1.200.000,01 a
1.320.000,00 18,96% 17,66% 15,90% 14,49% 14,45% 13,61% 12,78% 11,87%
De 1.320.000,01 a
1.440.000,00 19,06% 17,76% 16,00% 14,67% 14,64% 13,89% 13,15% 12,28%
De 1.440.000,01 a
1.560.000,00 19,26% 17,96% 16,20% 14,86% 14,82% 14,17% 13,51% 12,68%
De 1.560.000,01 a
1.680.000,00 19,56% 18,30% 16,50% 15,46% 15,18% 14,61% 14,04% 13,26%
De 1.680.000,01 a
1.800.000,00 20,70% 19,30% 17,45% 16,24% 16,00% 15,52% 15,03% 14,29%
De 1.800.000,01 a
1.920.000,00 21,20% 20,00% 18,20% 16,91% 16,72% 16,32% 15,93% 15,23%
87
Receita Bruta em
12 meses (em R$)
(r)<0,10 0,10=< (r)
e
(r) < 0,15
0,15=< (r)
e
(r) < 0,20
0,20=< (r)
e
(r) < 0,25
0,25=< (r)
e
(r) < 0,30
0,30=< (r)
e
(r) < 0,35
0,35=< (r)
e
(r) < 0,40
(r) >= 0,40
De 1.920.000,01 a
2.040.000,00 21,70% 20,50% 18,70% 17,40% 17,13% 16,82% 16,38% 16,17%
De 2.040.000,01 a
2.160.000,00 22,20% 20,90% 19,10% 17,80% 17,55% 17,22% 16,82% 16,51%
De 2.160.000,01 a
2.280.000,00 22,50% 21,30% 19,50% 18,20% 17,97% 17,44% 17,21% 16,94%
De 2.280.000,01 a
2.400.000,00 22,90% 21,80% 20,00% 18,60% 18,40% 17,85% 17,60% 17,18%
As empresas enquadradas no Simples Nacional, tributadas
pelo anexo V, deverão somar às alíquotas o ISS
correspondente à faixa de receita bruta prevista no anexo IV,
porque o ISS não está contemplado no anexo V.
O anexo V apresenta escalonamento que pode aumentar, ou
diminuir a carga tributária da empresa, de acordo com a
relação entre a receita bruta, e a folha de pagamento e
encargos, ou seja, quanto maior for a folha e encargos, menor
será a alíquota. Esta relação entre receita bruta e folha é
chamada de fator “r”, previsto no anexo V.
1) Será apurada a relação (r) conforme abaixo:
(r) = Folha de Salários incluídos encargos (em 12 meses)
Receita Bruta (em 12 meses)
88
2) Nas hipóteses em que (r) corresponda aos intervalos
centesimais da Tabela V-A, onde "<" significa menor que, ">"
significa maior que, "=<" significa igual ou menor que e ">="
significa maior ou igual que, as alíquotas do Simples Nacional
relativas ao IRPJ, PIS/Pasep, CSLL, Cofins e CPP
corresponderão ao seguinte:
3) Somar-se-á a alíquota do Simples Nacional relativa ao
IRPJ, PIS/Pasep, CSLL, Cofins e CPP apurada, na forma
acima, a parcela correspondente ao ISS prevista no Anexo IV.
4) A partilha das receitas relativas ao IRPJ, PIS/Pasep, CSLL,
Cofins e CPP arrecadadas na forma deste Anexo será
realizada com base nos parâmetros definidos na Tabela V-B,
onde:
(I)= pontos percentuais da partilha destinada à CPP;
(J)= pontos percentuais da partilha destinada ao IRPJ, calculados
após o resultado do fator (I);
(K)= pontos percentuais da partilha destinada à CSLL, calculados após
o resultado dos fatores (I) e (J);
(L)= pontos percentuais da partilha destinada à COFINS, calculados
após o resultado dos fatores (I), (J) e (K);
(M)= pontos percentuais da partilha destinada à contribuição para o
PIS/PASEP, calculados após os resultados dos fatores (I), (J), (K) e (L);
89
(I) + (J) + (K) + (L) + (M) = 100
N = relação (r) dividida por 0,004, limitando-se o resultado a 100;
P = 0,1 dividido pela relação (r), limitando-se o resultado a 1.
Receita Bruta em 12 meses
(em R$) CPP IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP
I J K L M
Até 120.000,00 N x
0,9
0,75 X
(100 - I)
X P
0,25 X
(100 - I)
X P
0,75 X
(100 – I – J - K) 100 – I – J – K - L
De 120.000,01 a 240.000,00 N x
0,875
0,75 X
(100 - I)
X P
0,25 X
(100 - I)
X P
0,75 X
(100 – I – J - K) 100 – I – J – K - L
De 240.000,01 a 360.000,00 N x
0,85
0,75 X
(100 - I)
X P
0,25 X
(100 - I)
X P
0,75 X
(100 – I – J - K) 100 – I – J – K - L
De 360.000,01 a 480.000,00 N x
0,825
0,75 X
(100 - I)
X P
0,25 X
(100 - I)
X P
0,75 X
(100 – I – J - K) 100 – I – J – K - L
De 480.000,01 a 600.000,00 N x
0,8
0,75 X
(100 - I)
X P
0,25 X
(100 - I)
X P
0,75 X
(100 – I – J - K) 100 – I – J – K - L
De 600.000,01 a 720.000,00 N x
0,775
0,75 X
(100 - I)
X P
0,25 X
(100 - I)
X P
0,75 X
(100 – I – J - K) 100 – I – J – K - L
De 720.000,01 a 840.000,00 N x
0,75
0,75 X
(100 - I)
X P
0,25 X
(100 - I)
X P
0,75 X
(100 – I – J - K) 100 – I – J – K - L
90
Receita Bruta em 12 meses (em R$) CPP IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP
De 840.000,01 a 960.000,00 N x
0,725
0,75 X (100 - I)
X P
0,25 X (100 - I)
X P
0,75 X (100 – I –
J - K) 100 – I – J – K - L
De 960.000,01 a 1.080.000,00 N x 0,7
0,75 X (100 - I)
X P
0,25 X (100 - I)
X P
0,75 X (100 – I –
J - K) 100 – I – J – K - L
De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 N x
0,675
0,75 X (100 - I)
X P
0,25 X (100 - I)
X P
0,75 X (100 – I –
J - K) 100 – I – J – K - L
De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 N x 0,65
0,75 X (100 - I)
X P
0,25 X (100 - I)
X P
0,75 X (100 – I –
J - K) 100 – I – J – K - L
De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 N x
0,625
0,75 X (100 - I)
X P
0,25 X (100 - I)
X P
0,75 X (100 – I –
J - K) 100 – I – J – K - L
De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 N x 0,6
0,75 X (100 - I)
X P
0,25 X (100 - I)
X P
0,75 X (100 – I –
J - K) 100 – I – J – K - L
De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 N x
0,575
0,75 X (100 - I)
X P
0,25 X (100 - I)
X P
0,75 X (100 – I –
J - K) 100 – I – J – K - L
De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 N x 0,55
0,75 X (100 - I)
X P
0,25 X (100 - I)
X P
0,75 X (100 – I –
J - K) 100 – I – J – K - L
De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 N x
0,525
0,75 X (100 - I)
X P
0,25 X (100 - I)
X P
0,75 X (100 – I –
J - K) 100 – I – J – K - L
De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 N x 0,5
0,75 X (100 - I)
X P
0,25 X (100 - I)
X P
0,75 X (100 – I –
J - K) 100 – I – J – K - L
De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 N x
0,475
0,75 X (100 - I)
X P
0,25 X (100 - I)
X P
0,75 X (100 – I –
J - K) 100 – I – J – K - L
De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 N x 0,45
0,75 X (100 - I)
X P
0,25 X (100 - I)
X P
0,75 X (100 – I –
J - K) 100 – I – J – K - L
De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 N x
0,425
0,75 X (100 - I)
X P
0,25 X (100 - I)
X P
0,75 X (100 – I –
J - K) 100 – I – J – K - L
91
De volta ao escritório:
— Marina, tenho uma curiosidade. E para quem não é optante
pelo Simples Nacional? — diz João Paulo.
— Bem, pai, primeiro deve-se estabelecer por qual tipo de
lucro queremos calcular as tributações, ou seja, se pelo Lucro
Real ou Lucro Presumido — diz Marina.
Lucro Real: É quando se consideram todas as receitas,
subtraindo todos os custos e despesas da empresa de acordo
com o regulamento do imposto de renda. Dessa forma, os
impostos são calculados com base em seu lucro real.
Lucro Presumido: É o lucro que se presume através da
receita bruta de vendas de mercadorias e/ou prestação de
serviços. A base de cálculo da receita bruta é definida
conforme a atividade principal desenvolvida pela pessoa
jurídica. Veja: Comércio, indústria e alguns serviços: 8%;
Revenda de combustíveis: 1,6%; Prestação de serviços em
geral: 32%; Prestação de serviços em geral com faturamento
de até 120 mil ao ano: 16%. Obs.: Consulte o responsável
92
pela contabilidade da sua empresa para saber quais ramos de
atividade podem utilizar essa alíquota.
Conheça cada um dos impostos e contribuições a serem
pagos e como calculá-los, baseando-se tanto no Lucro Real
quanto no Lucro Presumido:
IR - Exemplo dos Cálculos para
Imposto de Renda:
Considerando um faturamento de R$
45.000,00.
Alíquota do Imposto de Renda: 15% sobre
o lucro real ou presumido.
FIQUE ATENTO! No Lucro Real ou
Presumido superior a 20 mil por mês,
deve-se calcular mais 10% sobre o
excedente.
Imagem de
algumas moedas
de R$1,00
empilhadas.
93
Imagem de várias moedas de um real empilhadas
Lucro Real: R$ 45.000,00 (Receita bruta) – R$ 38.000,00 (Despesas
dedutíveis) = R$ 7.000,00 (Lucro real) / R$ 7.000,00 (Lucro real) x 15%
(Alíquota do imposto de renda) = R$ 1.050,00 (Imposto a ser pago).
Lucro Presumido: R$ 45.000,00 (Receita bruta) x R$ 32%
(Presunção do lucro) = R$ 14.400,00 (Lucro presumido) / R$ 14.000,00
(Lucro presumido) x 15%(Alíquota do imposto de renda) = R$ 2.120,00
(Imposto a ser pago).
94
CSLL - Exemplo dos cálculos da contribuição social sobre
o Lucro Líquido, considerando um faturamento de R$
45.000,00.
Alíquota da CSLL: 9% sobre o Lucro Real 9% sobre 12% do
Faturamento.
Lucro Real: R$ 45.000,00 (Receita bruta) – R$ 38.000,00 (Despesas
dedutíveis) = R$ 7.000,00 (Lucro real) / R$ 7.000,00 (Lucro real) x 9%
(Alíquota da CSLL) = R$ 630,00 (Contribuição a ser paga).
Lucro Presumido: R$ 45.000,00 (Receita bruta) x R$ 12% (Base de
cálculo) = R$ 5.400,00 (Lucro presumido) / R$ 5.400,00 (Lucro
presumido) x 9% (Alíquota da CSLL) = R$ 486,00 (Contribuição a ser
paga).
95
Imagem de várias moedas de um real empilhadas
PIS – Exemplo de cálculo do Programa de Integração
Social Federal, considerando um faturamento de R$
45.000,00. Alíquota do PIS: 1,65% sobre o Lucro Real (não
cumulativo) 0,65% sobre o Lucro Presumido (cumulativo).
Fique Atento! O recolhimento é mensal através do formulário
DARF.
Lucro Real: R$ 45.000,00 (Receita bruta) x 1,65% (Alíquota do PIS)
= R$ 742,50 (Contribuição a ser paga).
Lucro Presumido: R$ 45.000,00 (Receita bruta) x R$ 0,65%
(Alíquota do PIS) = R$ 292,50 (Contribuição a ser paga).
96
COFINS – Exemplo de Cálculo da Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social, considerando um
faturamento de R$ 45.000,00.
PIS: 7,6% sobre o Lucro Real (não cumulativo) 3% sobre o Lucro
Presumido (cumulativo).
Lucro Real: R$ 45.000,00 (Receita bruta) x 7,6% (Alíquota do
COFINS) = R$ 3.420,00 (Contribuição a ser paga).
Lucro Presumido: R$ 45.000,00 (Receita bruta) x R$ 3% (Alíquota
do COFINS) = R$ 1.350,00 (Contribuição a ser paga).
ICMS – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de
Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação. Regra
Geral: 18% - alíquota interna no Estado de São Paulo.
ISS – Imposto sobre Serviços. Regra geral: Base de Cálculo:
valor dos serviços. Alíquota: 5% (recolhimento mensal),
município de São Paulo.
97
Fique Atento! Outros municípios - verificar alíquotas da
atividade na prefeitura local.
Imagem do João Paulo e Marina no escritório da oficina
— Bem, pai, esses são alguns dos custos e despesas
variáveis, mas existem outros também — diz Marina.
— Mas hoje eu já roubei demais o seu tempo... Acho melhor
eu continuar organizando as coisas aqui — diz Marina.
— É verdade! E eu ainda tenho que ver algumas coisas com a
Joana — diz João Paulo.
— Joana, você já colocou o anúncio para contratação de um
vendedor? — diz João Paulo.
— Ainda não, Sr. João Paulo — diz Joana.
98
— Ótimo! Pois ainda tenho que traçar o perfil do profissional
que iremos contratar para depois enviarmos para o jornal —
diz João Paulo.
Alguns dias depois, Joana e João Paulo conversam:
— Bom dia, Joana!
— Bom dia, Sr. João Paulo! Vou enviar hoje mesmo para o
jornal a proposta que estamos oferecendo.
Imagem de um jornal intitulado: Jornal a voz.
— Agora, vou lá no escritório atualizar a lista dos custos e
despesas variáveis, pois como o pagamento será baseado no
número de vendas, tenho que ter esse controle que será
diferente a cada mês — diz João Paulo.
99
COMISSÃO
Considere que o
representante comercial é
o responsável por 50%
dos serviços da Oficina
Fórmula 1, para um
faturamento bruto mensal
estimado em
R$10.000,00.
Conheça o valor aproximado de sua comissão:
Faturamento bruto empresa: (R$ 10.000,00)
Serviços Vendidos: (R$ 5.000,00)
Comissão de vendas: (10%)
Comissão: (R$ 500,00).
Observando que as despesas com a comissão devem ser
incluídas na formação do preço no serviço.
Imagem de um mecânico em
frente a um carro.
100
— Bom dia, pai! Trouxe uma
novidade pra você — diz Marina.
— Sabe, pai, acho que a nossa
oficina está precisando de uma
divulgação mais eficiente, afinal de
contas não dá pra ficar só no boca a
boca — diz Marina.
— É verdade, Marina. Gostei muito
da sua iniciativa e isso também nos
ajuda a ficar mais conhecidos e,
quem sabe, até aumentarmos a
nossa competitividade — diz João
Paulo.
— Isso mesmo! Futuramente, quero até colocar uma
propaganda no rádio — diz Marina.
— Futuramente, não é filha? Pois ainda não temos o dinheiro
necessário para provisionar uma propaganda desse tipo — diz
João Paulo.
Fique atento: Em breve no curso “Divulgue a sua empresa”,
você poderá conhecer todas as formas de divulgação e saber
que é possível sim divulgar a sua empresa, independente do
tamanho dela.
Imagem de um panfleto
de propaganda da
Oficina Fórmula 1.
101
— Pra divulgação, separei 2% sobre o montante dos serviços
prestados pela oficina pra pagar os panfletos — diz Marina.
— É... Realmente. Apesar de não ser necessário fazer
propaganda sempre, precisamos já embutir esse valor em
nossos serviços — diz João Paulo.
Os dados abaixo mostram o custo com propaganda do Sr.
João Paulo:
Faturamento mensal: (R$ 10.000,00)
Base de Cálculo: (R$10.000,00 x 2%)
Publicidade: (R$ 200,00).
Dica: Atenção! Cada empresa define um percentual de
divulgação de acordo com sua estratégia.
102
Imagem do João Paulo e Marina e Joana no escritório da oficina.
— Sr. João Paulo, acabaram de ligar do banco e avisaram que
um cheque de um cliente no valor de R$100,00 foi devolvido
por falta de fundos — diz Joana.
— Sério? Já é a segunda vez este mês que um cheque é
devolvido. Se continuar assim, vamos ultrapassar os dados
históricos dos 3% do faturamento, com a inadimplência de
clientes — diz João Paulo.
— É justamente por conta dessas inadimplências que temos
que fazer os cálculos e embutir essa despesa no valor do
preço de venda do serviço — diz Marina.
103
— Mas isso é um pouco injusto, não é, Marina? — diz Joana.
— Pode ser, Joana! Mas, no momento, temos que fazer isso
até criar algum mecanismo que reduza essa média histórica e,
quem sabe, até diminuir também o valor dos preços — diz
Marina.
— Bem, por enquanto, a média de faturamento para cobrir a
inadimplência está em 3%, o que ainda é aceitável para o
nosso faturamento mensal — diz João Paulo.
Dica: Para obter o percentual de inadimplência, divide-se o
total de títulos não recebidos no final de um período pelo
faturamento acumulado no mesmo período.
— Bem, pai, esta é mais uma despesa que deve estar na
nossa relação de despesas variáveis — diz Marina.
— E vamos tentar diminuí-la até não existir mais — diz João
Paulo.
Abaixo está a tabela de custos e despesas variáveis da
oficina:
104
Faturamento Mensal 10.000,00
Custos e despesas
variáveis mês/ano Valor R$
% Sobre
Faturamento
Simples 600,00 6,00
Comissões 500,00 5,00
Publicidade 200,00 2,00
Inadimplência 300,00 3,00
Total das despesas
variáveis 1.600,00 16,00
Outras Despesas Variáveis: A empresa também pode se
deparar com outras despesas que podem ocorrer dependendo
da sua atividade exercida e da forma que efetua a compra e a
venda de seus produtos e serviços. Então, fique atento a
todas as suas despesas!
Conhecer os custos e despesas incidentes sobre os serviços,
como impostos e mão de obra, é fundamental para o
gerenciamento econômico e financeiro de sua empresa.
105
Imagem de uma agenda com uma caneta e uma calculadora.
É importante que você saiba que a apuração dos valores
totais dos impostos é fundamental para a visualização do
custo do seu serviço.
106
7- ENCERRAMENTO
Imagem de João Paulo e Marina no escritório da oficina
— Agora, as nossas anotações sobre os custos e as despesas
estão completas! — diz Marina.
— Ótimo filha! Sua ajuda foi essencial para que, assim, eu
possa dar início à formação dos preços aqui na oficina — diz
João Paulo.
— É... Porque o que fizemos aqui foi apurar nossos gastos
para iniciar a formação adequada dos preços de nossos
serviços — diz Marina.
107
— E agora que vamos conseguir formar um preço atrativo,
vamos recuperar os antigos clientes que já conhecem o nosso
serviço — diz João Paulo.
— E clientes novos também! Pois agora temos como competir
com os nossos concorrentes e as suas promoções — diz
Marina.
— Ah... Estou muito animado para esta nova fase da oficina —
diz João Paulo.
— Agora que você também aprendeu a calcular os custos e
despesas no serviço, que tal dar continuidade na
aprendizagem e saber formar o seu preço? — diz João Paulo.
— Para isso, vou te dar uma dica: o curso Preço de Venda no
Serviço do SEBRAE-SP apresenta a você todos os passos
para formar o preço no seu serviço — diz João Paulo.
— Eu vou continuar me organizando para poder formar
corretamente o meu preço aqui na oficina — diz João Paulo.
108
ATIVIDADE 7
Para saber se compreendeu o que viu até aqui, faça uma
reflexão:
A) Em relação ao seu controle de custos, você:
( ) Não anota os seus gastos.
( ) Anota os seus gastos, porém não tem um controle sobre
eles.
( ) Anota os seus gastos diários e utiliza essas informações
para tomar suas decisões na empresa.
B) Você precisa alterar alguns valores dos custos e
despesas da sua empresa. Quais seriam eles?
( ) Impostos e despesas bancárias.
( ) Aluguel do imóvel, salário dos empregados e conta de
luz.
( ) Pagamento do sindicato e materiais de escritório.
109
C) São provisões a serem feitas...
( ) 13º salário, Adicional de Férias e Indenizações
Trabalhistas.
( ) Vale-transporte e vale-refeição.
( ) Comissões, publicidade e inadimplência.
D) É preciso ter quais elementos para fazer o cálculo do
custo total das despesas com o pessoal?
( ) Total dos salários, contas de água e luz, e comissões.
( ) Provisões, total de salários, encargos sociais e
benefícios.
( ) Preço de venda, comissões e benefícios.
110
Imagem do João Paulo e Marina no escritório da oficina.
— Pai, a análise de custos ajuda o empresário a tomar
decisões no seu negócio. Lembra aquela cotação de preço
que você pediu para um novo equipamento? — diz Marina.
— Lembro sim — diz João Paulo.
— Para ofertarmos um novo serviço, a oficina terá também um
novo gasto com equipamento, correto? — diz Marina.
— Certamente, Marina, inclusive, precisamos saber se o gasto
com o equipamento é maior ou menor que a contratação de
uma pessoa para realizar esse novo serviço — diz João
Paulo.
111
— Isso mesmo, pai! Eu fiz os cálculos dos impactos nas
despesas da oficina com a compra do equipamento e com a
contratação do empregado para que o senhor possa tomar a
decisão — diz Marina.
Relembrando:
Despesa fixa total da oficina: R$ 7.714,59
(Despesas Fixas - Total R$ 4.013,39 + Custo com Pessoal
Direto R$ 3.701,20);
Horas disponíveis na oficina: R$ 484,00 (121 horas X
4colaboradores);
Custo-hora da oficina: R$ 15,95 (R$ 7.714,59 ÷ R$ 484,00).
Cálculos:
Contratar um colaborador
Salário do colaborador = 540,00
Encargos + provisões e etc. = 108,00
Aumento da despesa fixa = 648,00
Despesa fixa total alternativa 2 = 8.362,59
Horas disponíveis na oficina = 484
Custo-hora da oficina= 17,28
112
Comprar um equipamento
Valor do equipamento = 8.000,00
Vida útil em anos = 5
Valor residual = 1.280,00
Depreciação mensal = 112,00
Gasto de Energia mensal do equipamento = 50,00
Aumento da despesa fixa = 162,00
Despesa fixa total atual = 7.714,59
Despesa fixa total alternativa 1 = 7.876,59
Horas disponíveis na oficina = 484
Custo-hora da oficina = 16,27
De volta ao escritório da oficina, João Paulo e Marina chegam
a uma conclusão:
113
Imagem do João Paulo e Marina no escritório da oficina.
— Que ótimo, Marina, que você fez esses cálculos! O custo da
hora passou de R$ 15,94 para R$ 16,27 com a compra do
equipamento — diz João Paulo.
— E se o senhor decidir pela contratação de um novo
colaborador, será mais oneroso para a oficina — diz Marina.
— Nossa Marina! Posso concluir que a análise de custos da
empresa é muito importante para o empresário tomar uma
decisão gerencial com segurança — diz João Paulo.
Você, empresário, sempre que pensar em fazer um
investimento novo, coloque na ponta do lápis o seu custo,
compare com outras alternativas para tomar a melhor decisão.
O importante é que você perceba que controlar os custos é
essencial!
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Você finalizou o e-book com sucesso! Não se esqueça de
retirar o seu certificado e acessar os outros cursos que o
SEBRAE-SP preparou para empresários como você!
Você, que já está familiarizado com os produtos e serviços do
Sebrae-SP, saiba que esse relacionamento pode ser
permanente! Receba informações e dicas bem objetivas para
melhorar a sua empresa!
Faça parte das redes sociais virtuais das quais o Sebrae-SP
participa. Assim, você fica conectado a tudo o que existe de
melhor para o seu negócio.
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8- GABARITO DAS ATIVIDADES
ATIVIDADE 1
Para controlar os gastos, é preciso anotar o que gastou e
quanto, saber analisar os gastos anotados e anotar gastos
diariamente.
ATIVIDADE 2
Os itens da lista de João Paulo que podem sofrer intervenção
em seus valores são: salário dos colaboradores, pagamento
do contador, aluguel, materiais (do escritório e da oficina),
manutenções (do prédio, de equipamentos) e contas de água,
telefone e energia.
ATIVIDADE 3
Confira as respostas:
(2) Materiais utilizados nos consertos
(1) Honorários do contador
(2) Comissões
(2) Impostos
(1) Salários
116
(1) Aluguel
(1) Material de limpeza
ATIVIDADE 4
Confira a ordem correta:
(d) São depositados 8% do valor do salário.
(b) É importante provisionar os valores mensalmente para não
ter problemas de caixa.
(a) É a remuneração do sócio que trabalha no negócio,
considerada despesa fixa.
(c) Despesas sobre a folha de pagamento dos colaboradores.
ATIVIDADE 5
A afirmativa verdadeira é: quando não houver refeitório, a
empresa poderá oferecer o vale-refeição.
ATIVIDADE 6
A resposta para esta atividade está de acordo com a realidade
da sua empresa.
ATIVIDADE 7
É preciso saber exatamente quanto se gasta e em que se
gasta, isso é ter disciplina. E para manter essa disciplina, é
117
necessário ter onde anotar os valores gastos para fazer o
controle. Porém, não basta ter disciplina, ter tudo anotado e
não saber utilizar as informações que se têm em mãos para
saber o que aconteceu e o que isso representa para a
empresa.
Impostos, despesas bancárias, assim como o pagamento do
sindicato não são itens que podem ser alterados pelo
empreendedor. Já o aluguel do imóvel, as contas de luz,
telefone, água, os materiais de escritório, assim como o
salário dos empregados (o mínimo estabelecido pelo
sindicato) podem ser alterados pelo empreendedor por
diminuir os gastos da empresa.
Com a provisão, é possível efetuar os pagamentos como 13º
salário, Adicional de Férias e Indenizações Trabalhistas. Ela é
uma ação necessária para que não se retire dinheiro do caixa
para um item que pode ser previsto anteriormente.
É essencial que a empresa faça a relação mensal de todas as
suas despesas com pessoal - provisões, total de salários,
encargos sociais e benefícios - pois esse é um dos itens mais
importantes do conjunto dos gastos totais de qualquer
organização.
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2012 © Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo – SEBRAE-SP Todos os direitos reservados A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610). Informações e Contato Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo – SEBRAE-SP Unidade Desenvolvimento e Inovação Rua Vergueiro, 1117 – Paraíso – CEP 01504-001 São Paulo – SP Telefone (11) 3177-4500 Internet www.sebraesp.com.br ACSP – Associação Comercial de São Paulo ANPEI – Associação Nacional de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia das Empresas Inovadoras Banco Nossa Caixa S.A. FAESP – Federação da Agricultura do Estado de São Paulo FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo FECOMERCIO – Federação do Comercio do Estado de São Paulo ParqTec – Fundação Parque Alta Tecnologia de São Carlos IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas
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