gastos no servico

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Page 1: Gastos No Servico

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Page 2: Gastos No Servico

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Page 3: Gastos No Servico

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................. 4

2. OS COMPONENTES DO PREÇO DE VENDA NOS

SERVIÇOS ......................................................................................... 8

3. APURAÇÃO DE CUSTOS E DESPESAS FIXAS .................. 29

4. DEPRECIAÇÃO ......................................................................... 63

5 - APURAÇÃO E DESPESAS DOS CUSTOS – DESPESAS

VARIÁVEIS ..................................................................................... 68

6. CÁLCULO DO VALOR HORA ................................................ 74

7- ENCERRAMENTO .................................................................. 106

8- GABARITO DAS ATIVIDADES ............................................ 115

Page 4: Gastos No Servico

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1. INTRODUÇÃO Você está iniciando a leitura do material CONTROLE DOS

GASTOS NO SERVIÇO. Para você, que possui um negócio,

chegou o momento de aprender a exercer uma administração

financeira consciente e, assim, aumentar o lucro da sua

empresa.

O SEBRAE-SP já está integrado às redes sociais da Internet.

Estamos no Twitter, Facebook e Youtube. Se você já faz

parte ou quer iniciar sua participação nas redes, terá uma

ótima oportunidade!

Use os contatos obtidos nas redes sociais para melhorar o seu

negócio.

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Page 5: Gastos No Servico

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Imagem de João Paulo na sua oficina

— Olá! Meu nome é João Paulo. Sou empresário da Fórmula

1 Oficina e gostaria de dar boas-vindas a você que vai iniciar o

curso “Controle de Gastos no Serviço”.— Antes de começar,

gostaria de apresentar a você as pessoas que trabalham aqui

comigo.

Imagem dos personagens João Paulo, Décio, Camilo, Joana e

Marina

Page 6: Gastos No Servico

6

— Marina é minha filha e sócia. Ela está aqui na oficina há

pouco tempo — diz João Paulo.

— Olá! É um prazer receber você em nossa oficina! — diz

Marina.

— Joana é nossa auxiliar administrativa, que nos ajuda muito

— diz João Paulo.

— Com certeza! Aqui trabalho é que não falta! — diz Joana.

— O Décio é meu mecânico de confiança. Trabalha comigo há

muitos anos... Conserta carro como ninguém! — diz João

Paulo.

— Que isso, patrão! Mas, elogios à parte, gosto muito do

trabalho que faço aqui — diz Décio.

— E Camilo é ajudante do Décio. É novo na oficina, mas já

mostra muita competência em seu trabalho — diz João Paulo.

— Obrigado, Sr. João Paulo! — diz Camilo.

— Aqui também trabalham o Gilmar e o Osvaldo, dois

profissionais muito competentes e dedicados — diz João

Paulo.

— Há muitos anos, tenho este estabelecimento e, com o

passar do tempo, reparei que abriram outras oficinas aqui no

bairro. Tenho observado que as novas oficinas possuem

Page 7: Gastos No Servico

7

alguns preços mais baixos e, ainda por cima, fazem diversas

promoções e descontos para o mesmo serviço que eu presto.

— diz João Paulo.

— Além disso, percebi que alguns clientes meus deixaram de

vir à oficina e passaram a procurar os serviços dos meus

novos concorrentes — diz João Paulo.

— Isso me preocupou muito! Fiquei me perguntando o porquê

dessa diferença e como posso agir para manter os meus

preços tão atrativos quanto aos dos meus concorrentes — diz

João Paulo.

— Se você também possui essas dúvidas, venha comigo e

assim aprenderemos juntos! — diz João Paulo.

Você sabe o que é preciso para se ter um controle de

gastos no comércio?

Para responder a esta e outras questões, leia este material até

o fim e aprenda como proceder para manter esse controle.

Page 8: Gastos No Servico

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2. OS COMPONENTES DO PREÇO DE VENDA NOS SERVIÇOS

Imagem dos personagens João Paulo e Joana conversando na

oficina

— Acho que, com a Marina aqui, vou conseguir tirar as minhas

dúvidas, pois sei que ela tem bons conhecimentos nessa área.

— diz João Paulo.

— Oi, Joana! Você viu a Marina por aí? — diz João Paulo.

— Acho que ela está lá em cima no escritório, Sr. João Paulo.

— Obrigado! Se alguém precisar de mim, me chame lá em

cima então.

Page 9: Gastos No Servico

9

Imagem dos personagens João Paulo e Marina conversando no

escritório da oficina

— Oi, Marina! Então, você já conseguiu descobrir qual o

problema com nossos preços? — diz João Paulo.

— Oi, pai! Que bom que o senhor subiu. Estou justamente

procurando o seu caderno com as anotações dos gastos da

oficina.

— Para entender a situação da empresa e descobrir qual é o

problema com o nosso preço, eu preciso organizar as contas.

Vou começar organizando este caderno — diz Marina.

Page 10: Gastos No Servico

10

— Não tenho esses dados anotados, minha filha. Até comecei

a anotar uma vez, mas não tornei isso uma rotina.

Imagem dos personagens João Paulo e Marina conversando no

escritório da oficina

— Mas, pai, esses dados são muito importantes para o senhor

saber o custo dos seus serviços. Sem eles, fica difícil calcular

os custos e verificar se o lucro da empresa é bom ou se

podemos aumentá-lo.

Page 11: Gastos No Servico

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— É, filha, eu imaginei... mas eu não sei como fazer essas

anotações da maneira correta, não sei o que anotar e nem

como calcular. Sempre achei muito difícil e, além disso, toma

muito tempo!

Page 12: Gastos No Servico

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— Tudo bem, vou te explicar, e você vai ver como não é difícil

fazer esses cálculos. Você verá que esse tempo dedicado à

apuração dos custos dá ao empresário mais controle e poder

de decisão sobre o seu negócio. No nosso caso, pai, vamos

entender o que está acontecendo na oficina para deixarmos

de perder clientes para os concorrentes, como está

acontecendo nos últimos tempos — diz Marina.

— Estou muito interessado, Marina. Acho que seria

interessante a Joana saber também. Vamos descer? — diz

João Paulo.

Imagem da Marina, Joana e João Paulo conversando na oficina

Page 13: Gastos No Servico

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João Paulo e Marina vão conversar com Joana e, após

explicarem o problema, Joana responde:

— É, Marina, realmente anotamos algumas coisas aqui, mas

não temos esse hábito, não sabemos o que fazer com esses

dados. Acho que o que temos não vai ajudar muito.

— Se você quiser dar uma olhada, tenho esses dados. Eu os

peguei ontem no escritório para arrumar — diz Joana.

— É... Não temos tudo aqui, mas algumas coisas podem

ajudar — diz Marina.

— Bem, primeiro é importante saber que todos os gastos que

a oficina possui “são relevantes”. E, para saber o que foi gasto

e quanto foi gasto, são necessárias três coisas — diz Marina.

— É preciso ter disciplina, um local para anotar e saber usar

as informações que estão ali anotadas — diz Marina.

O que é preciso saber para ter controle dos custos?

Uma mulher e dois homens olhando para algumas folhas que um dos

homens segura nas mãos.

Page 14: Gastos No Servico

14

Em uma empresa, é preciso saber exatamente quanto se

gasta, em que se gasta e por que se gasta! Isso é ter

disciplina. É necessário ter onde anotar os valores gastos para

fazer o controle.

Porém, não basta ter disciplina, ter tudo anotado e não saber

como utilizar as informações que se têm em mãos para saber

o que aconteceu e o que isso representa para a empresa.

Saber utilizar as informações sobre custos é tão importante

quanto registrar os valores gastos, pois com essas

informações é possível entender o que acontece com os

gastos e, assim, saber como é possível gastar menos.

Imagem de uma prancheta com uma folha e um lápis

Page 15: Gastos No Servico

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ATIVIDADE 1

Verifique os itens abaixo:

Para controlar os gastos, é preciso...

( ) Anotar o que gastou e quanto.

( ) Saber analisar os gastos anotados.

( ) Anotar somente os grandes gastos.

( ) Anotar os gastos diariamente.

( ) Anotar os gastos sem analisá-los.

Não se esqueça! Confira a resposta no gabarito.

Fique atento! Saber utilizar as informações sobre custos é tão

importante quanto registrar os valores gastos, pois com essas

informações é possível entender tudo o que acontece na

empresa para, assim, saber se é possível gastar menos ou

lucrar mais.

Page 16: Gastos No Servico

16

Após voltar à oficina...

Imagem da Marina, Joana e João Paulo conversando na oficina.

— Agora que vocês já sabem da importância de se anotar

gastos, é preciso saber a diferença entre custos e despesas

— diz Marina.

— Nossa, Marina! Eu sempre achei que custo e despesa

fossem as mesmas coisas — diz Joana.

— É verdade... pois, se algo custou algum valor, ele é uma

despesa, não é? — diz João Paulo.

— Bem, isso é verdade, mas a origem do custo é diferente da

origem da despesa — diz Marina.

Page 17: Gastos No Servico

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Imagem da Marina, Joana e João Paulo conversando na oficina.

— Vejam só! Custo é o gasto que está diretamente ligado à

prestação do serviço — diz Marina.

— Como assim? — diz Joana.

— Vamos até o Camilo para eu poder exemplificar melhor? —

diz Marina.

— As peças utilizadas no conserto dos carros são

consideradas custos, pois estão totalmente ligadas à

prestação de serviços — diz Marina.

Page 18: Gastos No Servico

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Imagem da Marina, Joana e João Paulo conversando na oficina.

— E o que seria a despesa aqui? — diz João Paulo.

— A despesa é um gasto que não está diretamente envolvido

no serviço, mas que é necessário para a realização desse

serviço. Como, por exemplo, a energia elétrica gasta na

iluminação da oficina para os mecânicos trabalharem — diz

Marina.

— Entendi... Então, quando eu for definir o preço da venda

dos meus serviços, eu devo analisar todos os meus custos e

as minhas despesas? — diz João Paulo.

— Exatamente! E, ao saber quais são os seus custos e as

suas despesas, fica fácil saber quais valores podem ser

alterados para diminuir o seu custo e aumentar o seu lucro —

Page 19: Gastos No Servico

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diz Marina.

— Mas como assim alterar os valores dos custos e das

despesas? Isso é possível? — diz Joana.

— É possível sim! Existem alguns gastos que podem ter os

seus valores alterados. Mas existem outros que não podem

ser modificados pelo empresário como os impostos, por

exemplo — diz Marina.

Impostos: Toda empresa é obrigada por lei a emitir uma nota

fiscal ao cobrar os seus serviços e, sobre esse total cobrado,

deve-se recolher alguns IMPOSTOS:

ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços:

cobrados em caso de transportadoras e empresas de

manutenção e consertos de máquinas e equipamentos que

vendem peças.

ISS - Imposto Sobre Serviços.

COFINS - Contribuição para Financiamento da Seguridade

Social.

PIS - Programa de Integração Social.

CSSL - Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido.

IRPJ - Imposto de Renda da Pessoa Jurídica.

Page 20: Gastos No Servico

20

SIMPLES - Imposto Simplificado para Microempresas e

Empresas de Pequeno Porte.

A empresa também não pode alterar os valores sobre:

INSS - Instituto Nacional de Seguridade Social.

FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.

IPTU - Imposto Predial e Territorial Urbano.

TFE - Taxa de Fiscalização de Estabelecimento.

IOF - Imposto sobre Operações Financeiras.

De volta à oficina.

Imagem da Marina, Joana e João Paulo

— Como eu disse antes, existem alguns gastos que podem

ser alterados. O aluguel é um deles. Basta negociar com o

Page 21: Gastos No Servico

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locador. Porém, respeitando as regras do contrato — diz

Marina.

— É verdade, Marina. E também é possível alterar os valores

gastos com água, luz, limpeza e telefone, não é? Pois, para

isso, é só economizar ficando atentos ao consumo — diz João

Paulo.

— Exatamente, pai! — diz Marina.

DICA: Mesmo no caso de imóvel próprio, é importante lançar

o valor do aluguel na sua relação de gastos.

— Também posso reduzir os gastos na compra de material

fazendo pesquisa de preço e analisando qual fornecedor trará

vantagem para a empresa — diz João Paulo.

— Com certeza, pai. Esta é uma ótima forma de diminuir o

custo do seu serviço — diz Marina.

— Outra forma de interferir no preço do serviço é diminuindo o

lucro — diz João Paulo.

— Isso é verdade, Sr. João Paulo. Já li que, reduzindo as

margens de lucro, a empresa pode até alcançar um preço

competitivo em relação aos da concorrência — diz Joana.

Page 22: Gastos No Servico

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O LUCRO

O lucro só é quantificado depois

que todos os componentes do

preço estiverem considerados, ou

seja, depois de retirar todos os

valores referentes ao preço do

serviço (custos, despesas e pró-

labore – remuneração dos sócios

que trabalham na empresa). O que sobrar, é considerado

lucro.

Uma mão segurando

algumas notas de

cinquenta reais.

Page 23: Gastos No Servico

23

ATIVIDADE 2

Abaixo, há algumas anotações de custos e despesas que

João Paulo fez em seu caderno. Analise cada item e pense

em seis itens que podem sofrer intervenção nos seus valores:

( ) INSS

( ) Salário dos colaboradores

( ) Despesas bancárias

( ) Pagamento do contador

( ) Aluguel

( ) Materiais (do escritório e da oficina)

( ) Manutenções (do prédio, de equipamentos)

( ) Contas de água, telefone e energia

( ) Associações e sindicatos

( ) ICMS

Page 24: Gastos No Servico

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No escritório da oficina...

— Pensando bem, agora eu sei que posso interferir um pouco

nos salários de meus colaboradores, observando, claro, o

mínimo estabelecido pelo sindicato. E sei também que posso

diminuir os valores pagos na manutenção da oficina buscando

um melhor preço — diz João Paulo.

— Diminuindo os gastos aqui na oficina, poderei ser mais

competitivo com os meus concorrentes e até aumentar o lucro

para investir no meu negócio — diz João Paulo.

— Estou começando a entender por que os meus

concorrentes conseguem preços e descontos tão atrativos —

diz João Paulo.

— Viram como é importante diferenciar as despesas dos

custos? — diz Marina.

— Realmente! Então, Joana, acho que já podemos começar a

organizar o meu caderno... — diz João Paulo.

— Pode deixar comigo, Sr. João Paulo! Vou lá em cima agora

mesmo e depois confirmo com a Marina se está tudo certo —

diz Joana.

Após algum tempo, Marina vai ao encontro de Joana.

Page 25: Gastos No Servico

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Imagem de Joana e Marina conversando no escritório da oficina

Gastos fixos e gastos variáveis

— E aí, Joana? Está dando tudo certo?

— Está sim, Marina. Só que agora me surgiu uma dúvida...

Percebi que existem gastos que todo mês são iguais e

existem outros gastos que variam conforme nosso volume de

serviços.

— Ah, sim! É que existem alguns custos e despesas que são

fixos e outros que são variáveis. Ao fazer o levantamento de

Page 26: Gastos No Servico

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custos e despesas em uma empresa, deve-se observar a

forma como o item entra na composição do custo total do

serviço.

— Como assim?

— Por exemplo, os impostos relacionados às vendas: quanto

maior o volume do faturamento de serviços, maior o valor dos

impostos a pagar. Portanto, esse item é variável, ou seja, na

medida em que houver aumento ou diminuição dos serviços,

há também o aumento ou diminuição desse gasto — diz

Marina.

— Já os custos ou despesas fixos independem da venda dos

serviços, ou seja, não aumentam e nem diminuem com o

aumento ou não dos serviços — diz Marina.

— Como o aluguel, por exemplo? Porque não importa o

quanto de serviços a empresa venda, o aluguel sempre será o

mesmo — diz Joana.

— Exatamente, Joana! Mesmo que a oficina não conserte

carro algum, deverá pagar todos os custos e despesas fixos!

— diz Marina.

Page 27: Gastos No Servico

27

ATIVIDADE 3

Agora é com você! Abaixo tem uma coluna com despesas.

Você vai avaliar os itens e ver quais são as despesas fixas e

quais são as variáveis. Lembre-se: essa atividade te ajudará

na compreensão do que foi estudado até agora. Avalie 1 para

despesas fixas e 2 para despesas variáveis. E não se esqueça

de conferir a resposta no gabarito.

( ) Materiais utilizados nos consertos

( ) Honorários do contador

( ) Comissões

( ) Impostos

( ) Salários

( ) Aluguel

( ) Material de limpeza

Page 28: Gastos No Servico

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Saber distinguir os custos (e despesas)

fixos e variáveis lhe permite gerenciar

melhor a sua empresa e,

consequentemente, formar um preço de

venda mais adequado. O controle dos

custos é uma grande ferramenta para

potencializar seus lucros.

Uma forma prática de entender custos e despesas fixas e

variáveis

Variável – quando o volume de serviços aumenta, os custos e

despesas variáveis também aumentam. Da mesma forma,

quando o volume de serviços diminui, os custos e despesas

variáveis também diminuem.

Fixa – o custo ou despesa fixos permanecem iguais mesmo

se o volume dos serviços aumentar ou diminuir.

Imagem de uma

pessoa pensando

Page 29: Gastos No Servico

29

3. APURAÇÃO DE CUSTOS E DESPESAS FIXAS

Na oficina, João Paulo e sua equipe iniciam a apuração

dos custos e despesas fixas.

Imagem de João Paulo, Marina e Joana na oficina

— Nossa, filha! Nem parece, mas já faz um mês que você

entrou aqui — diz João Paulo.

— É verdade, pai! E estou gostando muito! — diz Marina.

— Sr. João Paulo, chegou este envelope aqui do nosso

contador para o senhor — diz Joana.

— Ah, sim! Deve ser a folha de salários — diz João Paulo.

Page 30: Gastos No Servico

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Imagem de João Paulo ao telefone no escritório da oficina

— Alô, Sr. Roberto? É o João Paulo, da Oficina Fórmula 1 —

diz João Paulo.

— Eu estou com a folha de salários do pessoal do

administrativo que o senhor me enviou e não estou vendo a

Marina nesta relação — diz João Paulo.

— Ah, sim! Entendi... então, como ela é sócia da oficina, ela

será incluída na folha de pró-labore, assim como eu? — diz

João Paulo.

— Ok! Tudo bem! Muito obrigado, Sr. Roberto. Até breve! —

diz João Paulo.

Page 31: Gastos No Servico

31

DICA

Pró-labore: pago apenas

aos sócios que trabalham

na empresa.

Salários: é a remuneração

básica paga aos

colaboradores pelo trabalho

realizado em um

determinado período.

Verifique as tabelas abaixo:

Nome Função Salário R$

Joana Auxiliar administrativo 560,00

Nome Função Salário R$

João Paulo Sócio-gerente 600,00

Marina Sócio administrativo 600,00

Total 1200,00

A personagem Marina segurando em

suas mãos o valor de seu pró-labore, e

Décio segurando em suas mãos o seu

salário.

Page 32: Gastos No Servico

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Tabelas com dados dos personagens João Paulo, Joana e

Marina. Essas tabelas mostram o cargo de cada um deles

com seus salários e pró-labore.

Atenção - O pró-labore e os salários são considerados

despesas fixas, pois não variam em função dos serviços

prestados.

No dia seguinte na oficina...

— Bom dia! — diz Marina.

— Bom dia, minha filha! — diz João Paulo.

— Hoje temos muito o que fazer, a começar pelo depósito do

pagamento da primeira parcela do 13° dos nossos

colaboradores — diz Marina.

— Nossa Marina! Estava conversando exatamente sobre isso

com a Joana! — diz João Paulo.

— Por quê? Temos algum problema? — diz Marina.

— Temos sim... Estava vendo o nosso caixa e não terei como

pagar a todos essa primeira parcela — diz João Paulo.

— Mas, pai, por isso que é importante guardar, ou melhor,

Page 33: Gastos No Servico

33

provisionar um pouco de dinheiro todo mês, para não faltar na

data do pagamento, pois além do 13º, há também o adicional

de 1/3 de férias e as indenizações trabalhistas — diz Marina.

— Mas como poderei fazer isso? — diz João Paulo.

— Vamos ao escritório e lá conversaremos melhor — diz

Marina.

— Provisão significa prever e reservar antecipadamente um

custo ou despesa que a empresa terá — diz Marina.

— Existem alguns cálculos para que se possa definir

corretamente essas provisões. Acompanhe! — diz Marina.

No caso do 13º salário e dos 1/3 de adicional de férias, o

cálculo das provisões deve ser feito da seguinte forma:

somam-se os valores dos salários pagos ao mês.

Segue o exemplo da colaboradora Joana:

Nome: Joana

Função: Auxiliar administrativo

Salário: 560,00

Total: 560,00

Divide-se por 12 (meses).

Page 34: Gastos No Servico

34

13º salário = base de cálculo: 1/12 de R$560,00 = Valor: R$ 46,66

Adicional de férias = base de cálculo: 1/3 de 1/12 de R$560,00 = valor:

R$ 15,55

Total: R$ 15,55.

De volta ao escritório da oficina, Marina continua a

explicação ao seu pai João Paulo.

Imagem de Marina e João Paulo no escritório da oficina.

— Já no caso da indenização trabalhista, ou seja, a

indenização paga ao colaborador dispensado sem justa

causa, o cálculo é feito de outra forma — diz Marina.

— É preciso analisar o histórico da oficina, saber em média

quantas pessoas são dispensadas — diz Marina.

Page 35: Gastos No Servico

35

— E pelo histórico da oficina, acredito que 2% sobre o salário

é suficiente para fazer esses pagamentos, caso necessário —

diz Marina.

— Vou anotar e passar para a Joana essa informação — diz

João Paulo.

Provisão das indenizações trabalhistas: cálculo base: 2% de

R$ 560,00. Valor a ser provisionado por mês: R$ 11,20

— Essas são as provisões básicas, mas, se você quiser fazer

outras, fique à vontade — diz Marina.

Na oficina, João Paulo volta a falar com Joana.

Imagem dos personagens João Paulo e Joana conversando na oficina

Page 36: Gastos No Servico

36

— Joana, estava conversando com a Marina e gostaria que

você fizesse os cálculos das provisões que precisam ser feitas

— diz João Paulo.

— Já anotei algumas coisas aqui para ajudar — diz João

Paulo.

— Claro Sr. João Paulo... E, por falar em provisões, estou

incluindo em nossa planilha os encargos sociais — diz Joana.

— Que ótimo! Então, cheguei na hora certa — diz João Paulo.

Dica: Os encargos sociais são as despesas sobre a folha de

pagamento dos colaboradores e sobre as provisões relativas

ao 13º salário e ao adicional de férias, incluindo também o

INSS e o FGTS.

— Só que eu estou com uma dúvida. Qual é o valor percentual

de contribuição ao INSS? — diz Joana.

— Acho melhor você ligar para o Sr. Roberto, o nosso

contador. Com certeza, ele te explicará melhor esses valores.

— diz João Paulo.

Page 37: Gastos No Servico

37

Dica: Os encargos sociais (INSS e o FGTS) são as despesas

sobre a folha de pagamento dos colaboradores e sobre as

provisões relativas ao 13º salário e ao adicional de férias.

Imagem de Joana ao telefone na oficina

— Alô? O Sr. Roberto, por favor! — diz Joana.

— Ele não está? Tudo bem, só peça pra ele me enviar por fax

o valor dos encargos sociais da Fórmula 1 Oficina. Obrigada!

— diz Joana.

Page 38: Gastos No Servico

38

Imagem de Joana recebendo fax no escritório da oficina

Fax do contador:

Joana,

A Fórmula I Oficina é optante do Simples Nacional, portanto a parte

referente ao INSS do empregador já está incluída no simples.

Mas o valor do INSS descontado do colaborador é resolvido

normalmente.

Atenciosamente,

Roberto Carvalho de Almeida.

Page 39: Gastos No Servico

39

Imagem do bilhete que Marina deixou para Joana.

Bilhete que Marina deixou para Joana:

Joana,

Não se esqueça de depositar o FGTS na conta dos colaboradores na

Caixa Econômica Federal.

São 8% do salário deles.

Isso é muito importante, pois esse valor integra o fundo que o

empregado poderá sacar em caso de dispensa sem justa causa ou

aposentadoria.

Page 40: Gastos No Servico

40

ATIVIDADE 4

Observe os itens abaixo e faça uma reflexão sobre cada um.

Anote no papel se for necessário, e não se esqueça de

conferir no gabarito:

(a)Pró-labore | (b)13º salário | (c) Encargos Sociais | (d) FGTS

( ) É depositado 8% do valor do salário.

( ) É importante provisionar os valores mensalmente para não

ter problemas de caixa.

( ) É a remuneração do sócio que trabalha no negócio,

considerada despesa fixa.

( ) Despesas sobre a folha de pagamento dos colaboradores.

Para se fazer o pagamento dos encargos sociais, é preciso

analisar duas situações diferenciadas:

Situação 1

Pense na Fórmula 1 Oficina - Empresa Optante pelo Simples

Nacional

Page 41: Gastos No Servico

41

Situação de Empresas Optantes

pelo Simples Nacional:

A oficina mecânica do Sr. João

Paulo apresenta os seguintes

quadros que organizam os salários,

provisões e encargos, tanto no que

se refere aos empregados quanto à remuneração dos sócios.

Encargos Sociais sobre

Salários

Base de Cálculo Valor $

INSS (560,00+ 46,66 + 15,55) x 0,0% 0,00

FGTS 8% x (560,00+ 46,66 + 15,55) 49,78

TOTAL 49,78

Tabela mostrando o cálculo dos encargos sociais sobre salários

Encargos Sociais sobre Pró-labore Base de Cálculo Valor $

INSS 0% R$1.200,00 0,00

TOTAL 0,00

Tabela mostrando o cálculo dos encargos sociais sobre pró-labore

Imagem da Fórmula I Oficina.

Page 42: Gastos No Servico

42

Dica: Observe que o valor do INSS está incluído na alíquota

do simples, por isso o valor é 0.

Situação 2

Pense na Papelaria Folhetins

Empresa não optante pelo Simples Nacional

Imagem da Papelaria Folhetins.

Situação de empresas não optantes pelo Simples Nacional

Encargos Sociais sobre Salários Base de Cálculo Valor $

INSS 27,8% x (560,00+ 46,66 + 15,55 ) 172,97

FGTS 8% x (560,00+ 46,66 + 15,55) 49,78

TOTAL 222,75

Tabela mostrando o cálculo dos encargos sociais sobre salários

Page 43: Gastos No Servico

43

Tabela mostrando o cálculo dos encargos sociais sobre pró-labore

Dica: Copiadora deve aplicar a alíquota de 27,8% para INSS.

Imagem de Joana, Décio e Camilo conversando na oficina.

De volta à oficina...

— É, pessoal, já está na hora de ir. Até amanhã! — diz Joana.

— Até, Joana! — diz Décio.

— Vamos, Camilo? Daqui a pouco o nosso ônibus passa —

diz Décio.

Encargos Sociais sobre pró-labore Base de Cálculo Valor $

INSS 20% R$1.680,00 336,00

TOTAL 336,00

Page 44: Gastos No Servico

44

— Já estou indo, Décio. Te encontro no ponto de ônibus — diz

Camilo.

O vale-transporte é um benefício oferecido aos empregados

que não possuem transporte próprio e precisam se deslocar

até a empresa para trabalhar.

O valor do vale-transporte varia de pessoa para pessoa, pois

depende do local onde ela mora e a distância entre a sua

residência e a empresa.

O valor do benefício de vale-transporte engloba a passagem

de ida e volta. E por oferecer esse benefício, a empresa pode

descontar até 6% do salário do empregado, limitado ao valor

total concedido.

— É... acho que perdi meu ônibus — diz Joana.

Na planilha do Sr. João Paulo, aparece a seguinte situação

que corresponde ao que é pago à auxiliar administrativa

Joana. O valor do transporte da Joana é R$ 118,80 por mês.

Page 45: Gastos No Servico

45

Tabela que mostra dados do cálculo de vale-transporte

Além do vale-transporte, a

empresa poderá também

oferecer outros tipos de

benefícios.

Quando não houver refeitório, a

empresa poderá oferecer o

vale-refeição.

Quando houver necessidade de

vestimenta própria para se fazer um

serviço, a empresa deve se

responsabilizar com os gastos do

uniforme.

Benefício - Vale-Transporte R$

Salário da Auxiliar Administrativo 560,00

Desembolso com a aquisição do vale-transporte 118,00

Desconto do Salário (560,00 x 6%) 33,60

Despesa com vale-transporte 85,20

Imagem de prato de comida.

Imagem dos

colaboradores da

Oficina Fórmula 1

Page 46: Gastos No Servico

46

Atenção! Alguns tipos de benefícios não podem ser anulados,

portanto é preciso avaliar o impacto deles sobre as despesas

da empresa, pois esses benefícios serão incorporados à verba

salarial. Com todos esses elementos analisados, o total de

salários, as provisões, os encargos sociais e os benefícios, é

possível fazer o cálculo do custo total das despesas com o

pessoal.

É essencial que a empresa

faça a relação mensal de

todas as suas despesas com

pessoal, pois esse é um dos

itens mais importantes do

conjunto dos gastos totais de

qualquer organização.

Tabela mostrando valor de despesas fixas do mês

DESPESAS FIXAS DO MÊS VALOR EM R$

1 Despesas com pessoal

1.1 Salários 560,00

1.2 Provisões (13º + Ad. Férias + Ind. Trabalhista) 73,41

1.3 Encargos Sociais (FGTS) 49,78

1.4 Benefícios (vale-transporte) 85,20

1.5 Pró-Labore 1200,00

1.6 Encargos Sociais do Pró-Labore (INSS) 0,00

Subtotal 1.968,39

Imagem de uma calculadora e

uma caneta sobre uma tabela.

Page 47: Gastos No Servico

47

ATIVIDADE 5

Pense em qual seria a resposta verdadeira para as opções

abaixo. Não se esqueça de conferir a resposta no gabarito.

( ) O valor do vale-transporte é fixo por lei, independente do

lugar onde a pessoa mora.

( ) Quando não houver refeitório, a empresa poderá oferecer

o vale-refeição.

Alguns benefícios, como uniforme, por exemplo, ficam a cargo

da empresa. Outros, como vale-transporte, não ficam porque

são descontados em parte do salário dos colaboradores,

lembrando que o vale-transporte é um benefício oferecido aos

empregados que não possuem transporte próprio e precisam

se deslocar até a empresa para trabalhar. O seu valor varia de

pessoa para pessoa, pois depende do local onde ela mora e a

distância entre a sua residência e a empresa.

Page 48: Gastos No Servico

48

Imagem de Marina e Joana no escritório

No escritório da oficina, Marina e Joana discutem sobre o

relatório de despesas fixas do mês.

— Oi, Joana! Estou precisando do relatório com as despesas

fixas do mês aqui da oficina. Você poderia imprimir pra mim?

— diz Marina.

— Claro, Marina! Estava olhando exatamente isso — Joana

diz:

— Vou fazer uma análise dos gastos para poder ver se eles

estão aumentando ou diminuindo — diz Marina.

Page 49: Gastos No Servico

49

— E, a partir daí, vou conversar com o meu pai para

definirmos quais decisões podemos tomar em relação aos

custos e despesas da empresa — diz Marina.

— Isso é bom mesmo, pois temos que manter esses gastos

bem baixos para que, assim, o nosso preço seja competitivo e

os clientes retornem — diz Joana.

É importante observar que o controle e o conhecimento do

valor das despesas fixas da empresa permitem:

Apurar quanto esses gastos representam no valor do preço do

serviço;

Definir o volume de serviços necessários para conseguir

pagar pelo menos as despesas fixas, mesmo sem lucro;

Saber exatamente quanto o volume total de serviços no

mês apresentou de resultado, e se isso foi lucro ou

prejuízo;

Considerar, no preço do serviço, juntamente com os

outros custos, um valor que contribua para pagar as

despesas fixas.

Page 50: Gastos No Servico

50

Imagem de Marina, João Paulo e Décio conversando na oficina.

— Pai, eu organizei a pasta de despesas e gostaria que o

senhor desse uma olhada — diz Marina.

— Vamos ao escritório e lá você me mostra como você

organizou — diz João Paulo.

— Décio, depois eu continuo te explicando o que é para fazer

neste carro — diz João Paulo.

— Pode deixar, chefe! — diz Décio

— Marina, eu e a Joana tentamos organizar esta pasta, mas

mesmo assim, vira e mexe, eu deixo uma conta vencer — diz

João Paulo.

— Então acho que, da forma como coloquei, isso não vai mais

acontecer — diz Marina.— Agora, além de separarmos por

despesa, separei também por dia do mês.

Page 51: Gastos No Servico

51

Imagem de João Paulo e Marina no escritório da oficina

— Nossa! Realmente assim fica bem melhor, pois quando as

contas chegarem, já coloco no dia correspondente ao

vencimento daquela despesa — diz João Paulo.

— Isso mesmo, pai! — diz Marina.

— Veja agora como ficou — diz Marina.

Despesas com ocupação variam de empresa para empresa,

dependendo do ramo de atividade. Acompanhe o exemplo

abaixo:

Page 52: Gastos No Servico

52

Despesa: Ocupação 10/03

Despesas fixas do mês 3 R$

OCUPAÇÃO*

Aluguel do imóvel 850,00

Energia elétrica 123,00

Água 75,00

IPTU 38,00

SUBTOTAL 1.086,00

Tabela que mostra as despesas fixas do mês 3

Dependendo do porte e do tipo da organização, a quantidade

de itens pode variar. Observe o exemplo abaixo:

Despesa: Comunicação10/03

Despesas fixas do mês 3 R$

COMUNICAÇÃO

Provedor de Internet 30,00

Conta de telefone 95,00

Correio 15,00

SUBTOTAL 140,00

Tabela que mostra as despesas fixas do mês 3

Page 53: Gastos No Servico

53

Atenção!

Despesas com o veículo do dono da empresa, quando a

serviço dela, devem ser registradas e incluídas nesse grupo.

Por outro lado, se o empresário utilizar o veículo da empresa

para atividades pessoais, as despesas devem ser

consideradas particulares. Acompanhe o exemplo abaixo:

Despesa: Veículos e Locomoção10/03

Despesas fixas do mês 3 R$

VEÍCULOS/LOCOMOÇÃO

Combustíveis e lubrificantes 150,00

Manutenção de veículos 40,00

SUBTOTAL 190,00

Tabela que mostra as despesas fixas do mês 3

Despesa: Propaganda10/03

Despesas fixas do mês 3 R$

PROPAGANDA

Publicidade 100,00

SUBTOTAL 100,00

Tabela que mostra as despesas fixas do mês 3

Page 54: Gastos No Servico

54

Os gastos com propaganda são aqueles que incluem como

exemplo:

Distribuição de panfletos;

Veiculação de mensagens em rádio ou televisão;

Divulgação em jornais ou revistas;

Utilização de mala direta;

Combinação das várias alternativas anteriores.

Dica: Para saber em que e como gastar seus recursos com a

propaganda, faça o curso “Como divulgar a sua empresa” e

tire todas as suas dúvidas.

Diminuição do valor do bem da empresa em decorrência do

desgaste.

Page 55: Gastos No Servico

55

Despesa: Depreciação10/03

Máquinas e equipamentos R$

Valor do bem* +8.500,00

Valor residual* - 1.300,00

SUBTOTAL 7.200,00

Meses* +120

TOTAL* 60,00

Tabela que mostra valores de máquinas e equipamentos

De volta ao escritório da oficina, Marina e seu pai, João

Paulo, continuam a conversa.

Imagem de João Paulo e Marina no escritório da oficina

Page 56: Gastos No Servico

56

— Viu como dessa forma fica muito mais organizado? — diz

Marina.

— Mas, filha, ficaram faltando algumas despesas, como os

honorários do contador — diz João Paulo.

— Ah, sim! Essas despesas e outras eu considerei como

Despesas Gerais. Acompanhe! — diz Marina.

Despesas Gerais10/03

Despesas fixas do mês 3 R$

DESPESAS GERAIS 30,00

Materiais de escritório 30,00

Materiais de limpeza 50,00

Honorários do contador 239,00

Manutenção da oficina 50,00

Ferramentas de uso 65,00

Despesas bancárias 35,00

SUBTOTAL 469,00

Tabela que mostra as despesas fixas do mês 3

Page 57: Gastos No Servico

57

— Agora, pai, todos os dias que chegarmos aqui na oficina,

temos que olhar essa pasta e verificar o que está para vencer

— diz Marina.

— Isso que eu chamo de organização! Agora consigo ter uma

visão real dos custos e despesas que existem na empresa —

diz João Paulo.

— Com isso, será possível definir quais mudanças podemos

fazer para conseguirmos recuperar nossa clientela — diz João

Paulo.

Dica: Sempre que possível, verifique as contas no final do dia

para chegar no dia seguinte já sabendo o que vai vencer.

Page 58: Gastos No Servico

58

ATIVIDADE 6

Agora é a sua vez! Faça uma reflexão sobre os valores de

cada grupo de despesa da sua empresa. Ao final, saiba o

valor de gastos totais do mês indicado. Para isto, você

precisará de uma calculadora e, se necessário, anote suas

observações no papel.

Dia: 12

Mês: Dezembro

Ano: 2010

Tipo de despesa: OCUPAÇÃO

DESPESA VALOR (R$)

SUBTOTAL

Page 59: Gastos No Servico

59

Dia: 12

Mês: Dezembro

Ano: 2010

Tipo de despesa: COMUNICAÇÃO

DESPESA VALOR (R$)

SUBTOTAL

Page 60: Gastos No Servico

60

Dia: 12

Mês: Dezembro

Ano: 2010

Tipo de despesa: VEÍCULOS

DESPESA VALOR (R$)

SUBTOTAL

Page 61: Gastos No Servico

61

Dia: 12

Mês: Dezembro

Ano: 2010

Tipo de despesa: PROPAGANDA

DESPESA VALOR (R$)

SUBTOTAL

Page 62: Gastos No Servico

62

Dia: 12

Mês: Dezembro

Ano: 2010

Tipo de despesa: DESPESAS

GERAIS

DESPESA VALOR (R$)

SUBTOTAL

Page 63: Gastos No Servico

63

4. DEPRECIAÇÃO

Imagem de um computador

Agora que você já sabe organizar cada grupo de despesa da

sua empresa, saiba que existem duas formas de se apurar

essas despesas:

Regime de Competência: O registro se faz no momento em

que a despesa ocorre independente de ter efetuado o

recebimento ou o desembolso do valor. Esse regime

demonstra um retrato maior da realidade da empresa, porque

nivela todos os gastos, principalmente os futuros.

Page 64: Gastos No Servico

64

Regime de Caixa: O registro dos documentos se faz quando

eles foram pagos ou recebidos, como se fosse uma conta

bancária. Ou seja, esse registro acontece no momento do

desembolso do dinheiro, no caso de uma despesa, e no

momento da entrada de recursos financeiros, no caso de

recebimento.

Exemplos:

IPTU: R$456,00 ou 10 X R$45,60:

Regime de Competência - Período de 12 meses: R$45,60/12 =

R$38,00 por mês

Regime de Caixa - À vista = R$456,00 - Parcelado = 10 x R$45,60

Assinatura Jornal: 6 meses – 3 x de R$22,00:

Regime de Competência - Período de 6 meses - R$66,00 / 6 = R$11,00

por mês

Regime de Caixa - À vista = R$0,00 - Parcelado = 3 x R$22,00

Materiais de Consumo: 6 meses – R$212,00 ou 2x de R$106,00:

Regime de Competência - Período de 4 meses - R$212,00 / 4 =

R$53,00 por mês

Regime de Caixa - À vista = R$212,00 - Parcelado = 2 x R$106,00

Page 65: Gastos No Servico

65

Depreciação de Bens: A depreciação de bens é um

fenômeno que expressa a diminuição do valor dos bens da

empresa em decorrência do desgaste, perda de utilidade,

ação da natureza ou obsolescência.

Na apuração dos gastos, é muito importante saber calcular a

depreciação, uma vez que no futuro você precisará repor esse

bem. Por isso, há necessidade de verificar se o que você

ganha hoje, o seu lucro, cobre também essa depreciação.

A depreciação deve ser considerada,

na contabilidade da empresa, a partir

da época em que se der início ao uso

do bem para que, assim, se conte o

tempo de uso exato. Essa

depreciação é calculada de duas

formas:

1 - Depreciação Fiscal:

- Considera a legislação do imposto de renda.

- Considera os prazos fixados por lei.

Imagem de uma

calculadora.

Page 66: Gastos No Servico

66

Depreciação Mensal = Divisão do valor do bem pelos meses

de vida útil dos Equipamentos e veículos: 5 anos de vida útil

Imóveis: 25 anos

2 - Depreciação Gerencial:

- Considera a vida útil econômica do equipamento.

- Considera o valor residual, ou seja, o valor da venda ao final

da vida útil.

- Considera os prazos fixados pelos fabricantes. Depreciação

Mensal = valor de aquisição – o valor residual ÷ pelo número

de meses de vida útil informado pelo fabricante.

Conheça o cálculo da Depreciação Fiscal:

Equipamentos Eletrônicos e Veículos - 5 anos

Valor do bem ÷ 60 meses = R$ 1.800,00 ÷ 60 meses = R$ 30,00

Imóveis - 25 anos

Valor do bem ÷ 300 meses = R$20,000,00 ÷ 300 meses = R$66,67

Obs.: Terrenos não depreciam

Page 67: Gastos No Servico

67

Máquinas, equipamentos, móveis e utensílios -10 anos

Valor do bem ÷ 120 meses = R$5,000,00 ÷ 120 meses = R$41,67

Depreciação Gerencial

Valor do bem – valor residual ÷ N° de meses de vida útil

R$1.800,00 – R$360,00 ÷ 24 meses = R$ 60,00

Total de Despesas Fixas

Exemplo:

DESPESAS FIXAS DO MÊS VALOR EM R$

Despesas com Pessoal Administrativo 1.968,39

Despesas de Ocupação 1.086,00

Despesas de Comunicação 140,00

Despesas com Locomoção 190,00

Despesas com Propaganda 100,00

Despesas Gerais 469,00

Depreciação 60,00

TOTAL 4.013,39

Tabela que mostra as despesas fixas do mês

Dica: A depreciação fiscal é a mais aconselhada a ser feita

para apurar os custos e formar os preços.

Page 68: Gastos No Servico

68

5 - APURAÇÃO E DESPESAS DOS CUSTOS – DESPESAS VARIÁVEIS

Imagem de Joana e João Paulo na oficina

— Sabe, Joana, acho que, com a organização que estamos

fazendo, finalmente vou conseguir ter maior competitividade

aqui no bairro, pois meus preços estarão mais atrativos — diz

João Paulo.

— Com certeza, Sr. João Paulo! Sabendo exatamente o custo

do nosso serviço, podemos analisar onde e quando fazer uma

promoção pra chamar novos clientes também — diz Joana.

Page 69: Gastos No Servico

69

— Claro! E eu estou muito ansioso para enfim conhecer os

meus custos — diz João Paulo.

— Mas ainda acho que temos muito que fazer — diz Joana.

— Mas não se preocupe, Sr. João Paulo! Com as orientações

da Marina, saberemos calcular rapidamente — diz Joana.

— E eu acho que o próximo item que devemos analisar é a

mão de obra direta, não é mesmo, Joana? — diz João Paulo.

— Concordo com o senhor — diz Joana.

Algum tempo depois no escritório...

— Marina, o que você me diz sobre os gastos com a mão de

obra direta? — diz João Paulo.

— Da mesma forma que calculamos todos os elementos da

folha de pagamento do administrativo, que é um custo fixo,

também temos que calcular todos os elementos pagos à mão

de obra direta — diz Marina.

— Que são os salários, os encargos e os benefícios do

pessoal direto que conserta os carros — diz João Paulo.

— Isso, e ainda vamos considerar o tempo gasto também.

Mas vamos devagar, não é? — diz Marina.

Page 70: Gastos No Servico

70

Custos da mão de obra direta nos serviços

Salários Diretos

Imagem de notas de dinheiro.

Os salários diretos são os salários pagos aos empregados

diretamente ligados à prestação dos serviços. Conheça os

SALÁRIOS DIRETOS da oficina do Sr. João Paulo:

SALÁRIOS DIRETOS VALOR (R$)

Décio – mecânico de importados 800,00

Olavo – mecânico de nacionais 750,00

Gilmar – Eletricista 850,00

Camilo – ajudante geral 560,00

TOTAL 2.960,00

Tabela que mostra os salários diretos

Page 71: Gastos No Servico

71

Provisões

Imagem de uma mesa com uma calculadora e um cofre.

Sobre os salários diretos, devem ser calculadas suas

provisões, assim como calculamos para o setor administrativo:

PROVISÃO BASE DE CÁLCULO VALOR ($)

13º salário 1/12 de R$ 2.960,00 246,67

Adicional de Férias 1/3 de 1/12 de R$ 2.960,00 82,22

Indenizações

Trabalhistas

2% sobre R$ 2.960,00 59,20

TOTAL 388,09

Tabela que mostra a base de cálculo da Provisão

Page 72: Gastos No Servico

72

Encargos sociais

Imagem de uma calculadora, moedas, uma lapiseira e um óculos sobre

um folha com um gráfico.

A empresa do Sr. João Paulo é optante pelo SIMPLES.

Conheça o valor dos encargos sociais sobre a folha de

pagamento:

ENCARGOS

SOCIAIS

BASE DE CÁLCULO VALOR (R$)

INSS

FGTS 8% X (2.960,00 + 246,67 + 82,22 ) 263,11

TOTAL 263,11

Tabela que mostra a base de cálculo dos encargos sociais

Page 73: Gastos No Servico

73

Benefícios

Imagem de uma mulher em um ponto de ônibus.

Como benefício, o Sr. João Paulo faz o pagamento do vale-

transporte com o desconto de 6% sobre a folha de pagamento

de cada um, e o complemento fica a cargo da empresa:

BENEFÍCIOS VALOR (R$)

Vale-transporte 90,00

Tabela que mostra a base de cálculo dos benefícios

Page 74: Gastos No Servico

74

6. CÁLCULO DO VALOR HORA

Imagem do João Paulo e Marina no escritório da oficina

— Eu consolidei todos estes cálculos para, assim,

visualizarmos todo o custo com o pessoal direto. Acompanhe

abaixo esse passo a passo — diz Marina.

Tabela que mostra o custo com pessoal da oficina de João Paulo

CUSTO COM PESSOAL VALOR (R$)

Salários 2.281,00

Provisões (13º + Ad. Férias + Ind. Trabalhistas) 299,06

Encargos Sociais (INSS + FGTS) 202,75

Benefícios (vale-transporte) 90,00

TOTAL 2872,81

Page 75: Gastos No Servico

75

— E o tempo? Você disse que tínhamos que calcular o tempo

também — diz João Paulo.

— Temos sim e, para ser mais exata, temos que calcular a

hora, pois a base para calcularmos o custo do serviço é a hora

trabalhada — diz Marina.

Imagem de uma mulher segurando um calendário e apontando para

uma data com uma caneta vermelha.

Para calcular as horas trabalhadas, é necessário tomarmos

por base os seguintes dados:

Ano 365 dias (-) Domingos 52 dias (-) Sábados 52 dias (-)

Feriados 10 dias (-) Férias dias úteis 21 dias ÷ Dias

disponíveis de trabalho por ano: 230

Page 76: Gastos No Servico

76

230 ÷ 12 meses = 19,17 dias ou 20 dias inteiros

É muito importante estarmos atentos a dois tipos de cálculo

das horas:

1º: calcular a média mensal e anual, uma vez que, para o

período de um ano, o empregado trabalha 11 meses, pois tem

direito a um mês de férias.

2º: considerar o total de horas que é utilizado para a

realização dos serviços, descontando o tempo ocioso.

Lembrando que este índice pode variar de empresa para

empresa, de atividade para atividade e também da decisão do

dono do negócio.

Acompanhe:

Média anual de dias trabalhados no mês = 20.

Número de horas semanais = 44

Número de dias na semana = 5

Número de horas/dia (44 hs/5 dias) = 8,8 hs/dia

Número de horas/mês (20 dias x 8,8 hs/dia) = 176 hs/mês

Número de horas/ano (176 hs/mês x 11 meses) = 1.963 hs/ano

Índice de ociosidade = 25%

Número de horas/ano s/ociosidade (1.963 hs (-) 25%) = 1452 hs/ano

Média de horas/mês (1452/12) = 121 hs/mês.

Page 77: Gastos No Servico

77

— Então, agora ficou fácil saber qual é o valor do custo da

hora de serviço aqui — diz João Paulo.

— Basta dividir o total dos salários do mês pela média de

horas do mês — diz João Paulo.

— Isso mesmo, Pai! Pegamos o total dos gastos com salário

direto mensal e dividimos pela nossa média de horas no mês.

Ao final, teremos o valor do custo-hora da oficina — diz

Marina.

Imagem do João Paulo e Marina no escritório da oficina

— E se quisermos saber o custo-hora por colaborador? É só

pegar o custo-hora da oficina e dividir pelo número de

colaboradores diretos que temos — diz João Paulo.

Page 78: Gastos No Servico

78

Tabela 1: Total de salário direto: R$ 3.701,20 / Total de horas

mensais: ÷121 / Total do custo-hora da oficina: = R$ 30,59

Tabela 2: Total do custo-hora da oficina: R$ 30,59 / Número

de colaboradores diretos: ÷4 / Total do custo/hora para cada

colaborador direto: = R$ 7,65.

Dica: Observe que esse cálculo considera a média do custo-

hora, assim não se trata do custo-hora efetivo por função.

— É, Marina, acho que agora podemos calcular o total do

custo operacional da empresa — diz João Paulo.

— Eu já fiz isso, Pai... E te enviei por e-mail um relatório com

minhas conclusões! — diz Marina.

— Muito bem! Vou abrir meu e-mail para ver e depois nos

falamos mais — diz João Paulo.

Relatório de apuração dos custos operacionais

A - Gastos da empresa

Custo-hora da empresa: +R$ 33,17

Custo-hora de obra direta: + R$ 30,59

Custo total por hora da empresa: = R$ 63,46

Número de colaboradores diretos: + 4

Custo total por hora trabalhada dos colaboradores diretos: = R$ 15,94

Page 79: Gastos No Servico

79

Relatório de apuração dos custos operacionais

B - Cálculo do custo-hora da empresa

Despesas com pessoal administrativo: 1.968,39

Despesas de ocupação: 1.086,00

Despesas de comunicação: 140,00

Despesas com locomoção: 190,00

Despesas com propaganda: 100,00

Despesas gerais: 469,00

Depreciação: 60,00

TOTAL: 4.013,39

Média de horas mensais: ÷121

Custo-hora empresa: = R$ 33,17

Observação - Cada hora de funcionamento da estrutura da empresa

custa R$ 33,17

Relatório de apuração dos custos operacionais

C - Cálculo do custo-hora com mão de obra direta

Total de gastos com mão de obra direta: + R$ 3.701,17

Média de horas mensais: ÷121

Custo-hora oficina: = R$ 30,59

Observação - Cada hora de trabalho dos quatro colaboradores,

diretamente envolvidos na produção, custa R$ 30,59.

Page 80: Gastos No Servico

80

Relatório de apuração dos custos operacionais

D - Cálculo do custo-hora com mão de obra direta

Custo total por hora da empresa: R$ 63,76

Número de colaboradores diretos: +4

Custo total por hora trabalhada dos colaboradores diretos: = R$ 15,94.

Observação - Para a empresa, cada hora dos colaboradores

diretamente envolvidos na prestação do serviço custa R$ 15,94.

Imagem do João Paulo e Marina no escritório da oficina

Page 81: Gastos No Servico

81

Recado da Marina para seu pai:

Pai, observe que esse é o custo mínimo... Ainda não foram inseridos os

custos variáveis!

— Marina, vi seu relatório. Ficou muito bom! Com ele, eu

consigo ver qual o custo operacional de cada hora de serviço

que prestamos — diz João Paulo.

— Pai, se você tiver um tempo agora, gostaria de mostrar os

cálculos dos custos e despesas variáveis — diz Marina.

— Vamos então! Já estou ansioso para que eu possa calcular

todo o meu custo e assim tomar decisões importantes para a

oficina — diz João Paulo.

— Os impostos sobre os serviços são variáveis, não é mesmo,

Marina? — diz João Paulo.

— Exatamente, mas o valor desses impostos é calculado

conforme o tipo de tributação escolhido pela empresa — diz

Marina.

— Bem, como eu disse antes, aqui na oficina eu optei por

aderir ao Simples Nacional — diz João Paulo.

Page 82: Gastos No Servico

82

Simples Nacional

Você conhecerá abaixo um pouco mais sobre o Simples

Nacional.

Imagem do emblema do Simples Nacional.

O Simples Nacional é o Regime Especial Unificado de

Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas

Microempresas e Empresas de Pequeno Porte.

A ideia do Simples Nacional originou-se da necessidade de

unificar, dentro do possível, a legislação tributária atualmente

aplicável às micro e pequenas empresas em âmbito Federal,

Distrito Federal, Estados e Municípios.

O Simples Nacional implica no recolhimento mensal, mediante

documento único de arrecadação, dos seguintes impostos e

contribuições:

IRPJ IPI - Recolhe junto com o SIMPLES e não sobre o

produto; CSLL COFINS - Exceto importação PIS/PASEP;

Page 83: Gastos No Servico

83

INSS - Recolhe junto com o SIMPLES e não sobre a folha

ICMS ISS.

As atividades são tributadas de formas diferentes. É por isso

que o SIMPLES NACIONAL estabeleceu alguns anexos para

que as MPEs possam encontrar o valor devido e quitar, de

uma só vez e em um único documento, os impostos e as

contribuições.

Conheça abaixo o exemplo de como calcular o SIMPLES

NACIONAL.

Simples Nacional – A alíquota varia mês a mês

Exemplo: Serviços, anexo III

Receita bruta: R$ 90.000,00 (últimos doze meses)

Faturamento no mês: R$ 10.000,00 / Até R$ 120.000,00

Alíquota: 6%

Valor do imposto = R$ 10.000,00 x 6% = R$ 600,00.

Dica: As empresas prestadoras de serviços podem ser

tributadas pelos anexos III, IV e V.

Conheça os anexos III, IV e V a seguir:

Page 84: Gastos No Servico

84

ANEXO III

Partilha do Simples Nacional – Serviços e Locação de

Bens Móveis

(Redação dada pela Lei Complementar nº 128, de 2008 - produção de

efeitos: 1º de janeiro de 2009).

Receita Bruta em 12 meses (em R$)

ALÍQUOTA

IRPJ CSLL COFINS PIS/ PASEP

CPP ISS

Até 120.000,00 6,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 4,00% 2,00%

De 120.000,01 a 240.000,00 8,21% 0,00% 0,00% 1,42% 0,00% 4,00% 2,79%

De 240.000,01 a 360.000,00 10,26% 0,48% 0,43% 1,43% 0,35% 4,07% 3,50%

De 360.000,01 a 480.000,00 11,31% 0,53% 0,53% 1,56% 0,38% 4,47% 3,84%

De 480.000,01 a 600.000,00 11,40% 0,53% 0,52% 1,58% 0,38% 4,52% 3,87%

De 600.000,01 a 720.000,00 12,42% 0,57% 0,57% 1,73% 0,40% 4,92% 4,23%

De 720.000,01 a 840.000,00 12,54% 0,59% 0,56% 1,74% 0,42% 4,97% 4,26%

De 840.000,01 a 960.000,00 12,68% 0,59% 0,57% 1,76% 0,42% 5,03% 4,31%

De 960.000,01 a 1.080.000,00 13,55% 0,63% 0,61% 1,88% 0,45% 5,37% 4,61%

De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 13,68% 0,63% 0,64% 1,89% 0,45% 5,42% 4,65%

De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 14,93% 0,69% 0,69% 2,07% 0,50% 5,98% 5,00%

De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 15,06% 0,69% 0,69% 2,09% 0,50% 6,09% 5,00%

De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 15,20% 0,71% 0,70% 2,10% 0,50% 6,19% 5,00%

De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 15,35% 0,71% 0,70% 2,13% 0,51% 6,30% 5,00%

De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 15,48% 0,72% 0,70% 2,15% 0,51% 6,40% 5,00%

De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 16,85% 0,78% 0,76% 2,34% 0,56% 7,41% 5,00%

De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 16,98% 0,78% 0,78% 2,36% 0,56% 7,50% 5,00%

De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 17,13% 0,80% 0,79% 2,37% 0,57% 7,60% 5,00%

De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 17,27% 0,80% 0,79% 2,40% 0,57% 7,71% 5,00%

De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 17,42% 0,81% 0,79% 2,42% 0,57% 7,83% 5,00%

Page 85: Gastos No Servico

85

ANEXO IV

Partilha do Simples Nacional – Serviços

Receita Bruta em 12 meses (em

R$)

ALÍQUOTA IRPJ CSLL COFIN

S

PIS/PAS

EP

ISS

Até 120.000,00 4,50% 0,00% 1,22% 1,28% 0,00% 2,00%

De 120.000,01 a 240.000,00 6,54% 0,00% 1,84% 1,91% 0,00% 2,79%

De 240.000,01 a 360.000,00 7,70% 0,16% 1,85% 1,95% 0,24% 3,50%

De 360.000,01 a 480.000,00 8,49% 0,52% 1,87% 1,99% 0,27% 3,84%

De 480.000,01 a 600.000,00 8,97% 0,89% 1,89% 2,03% 0,29% 3,87%

De 600.000,01 a 720.000,00 9,78% 1,25% 1,91% 2,07% 0,32% 4,23%

De 720.000,01 a 840.000,00 10,26% 1,62% 1,93% 2,11% 0,34% 4,26%

De 840.000,01 a 960.000,00 10,76% 2,00% 1,95% 2,15% 0,35% 4,31%

De 960.000,01 a 1.080.000,00 11,51% 2,37% 1,97% 2,19% 0,37% 4,61%

De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 12,00% 2,74% 2,00% 2,23% 0,38% 4,65%

De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 12,80% 3,12% 2,01% 2,27% 0,40% 5,00%

De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 13,25% 3,49% 2,03% 2,31% 0,42% 5,00%

De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 13,70% 3,86% 2,05% 2,35% 0,44% 5,00%

De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 14,15% 4,23% 2,07% 2,39% 0,46% 5,00%

De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 14,60% 4,60% 2,10% 2,43% 0,47% 5,00%

De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 15,05% 4,90% 2,19% 2,47% 0,49% 5,00%

De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 15,50% 5,21% 2,27% 2,51% 0,51% 5,00%

De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 15,95% 5,51% 2,36% 2,55% 0,53% 5,00%

De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 16,40% 5,81% 2,45% 2,59% 0,55% 5,00%

De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 16,85% 6,12% 2,53% 2,63% 0,57% 5,00%

As empresas enquadradas no Simples Nacional, tributadas

pelo anexo IV, deverão recolher o INSS patronal (CPP)

separadamente, uma vez que este anexo não o contempla,

devendo ser calculada e recolhida pela forma convencional.

Page 86: Gastos No Servico

86

ANEXO V

(Redação dada pela Lei Complementar nº 128, de 2008 - produção de

efeitos: 1º de janeiro de 2009).

Receita Bruta em

12 meses (em R$)

(r)<0,10 0,10=< (r)

e

(r) < 0,15

0,15=< (r)

e

(r) < 0,20

0,20=< (r)

e

(r) < 0,25

0,25=< (r)

e

(r) < 0,30

0,30=< (r)

e

(r) < 0,35

0,35=< (r)

e (r) < 0,40

(r) >= 0,40

Até 120.000,00 17,50% 15,70% 13,70% 11,82% 10,47% 9,97% 8,80% 8,00%

De 120.000,01 a

240.000,00 17,52% 15,75% 13,90% 12,60% 12,33% 10,72% 9,10% 8,48%

De 240.000,01 a

360.000,00 17,55% 15,95% 14,20% 12,90% 12,64% 11,11% 9,58% 9,03%

De 360.000,01 a

480.000,00 17,95% 16,70% 15,00% 13,70% 13,45% 12,00% 10,56% 9,34%

De 480.000,01 a

600.000,00 18,15% 16,95% 15,30% 14,03% 13,53% 12,40% 11,04% 10,06%

De 600.000,01 a

720.000,00 18,45% 17,20% 15,40% 14,10% 13,60% 12,60% 11,60% 10,60%

De 720.000,01 a

840.000,00 18,55% 17,30% 15,50% 14,11% 13,68% 12,68% 11,68% 10,68%

De 840.000,01 a

960.000,00 18,62% 17,32% 15,60% 14,12% 13,69% 12,69% 11,69% 10,69%

De 960.000,01 a

1.080.000,00 18,72% 17,42% 15,70% 14,13% 14,08% 13,08% 12,08% 11,08%

De 1.080.000,01 a

1.200.000,00 18,86% 17,56% 15,80% 14,14% 14,09% 13,09% 12,09% 11,09%

De 1.200.000,01 a

1.320.000,00 18,96% 17,66% 15,90% 14,49% 14,45% 13,61% 12,78% 11,87%

De 1.320.000,01 a

1.440.000,00 19,06% 17,76% 16,00% 14,67% 14,64% 13,89% 13,15% 12,28%

De 1.440.000,01 a

1.560.000,00 19,26% 17,96% 16,20% 14,86% 14,82% 14,17% 13,51% 12,68%

De 1.560.000,01 a

1.680.000,00 19,56% 18,30% 16,50% 15,46% 15,18% 14,61% 14,04% 13,26%

De 1.680.000,01 a

1.800.000,00 20,70% 19,30% 17,45% 16,24% 16,00% 15,52% 15,03% 14,29%

De 1.800.000,01 a

1.920.000,00 21,20% 20,00% 18,20% 16,91% 16,72% 16,32% 15,93% 15,23%

Page 87: Gastos No Servico

87

Receita Bruta em

12 meses (em R$)

(r)<0,10 0,10=< (r)

e

(r) < 0,15

0,15=< (r)

e

(r) < 0,20

0,20=< (r)

e

(r) < 0,25

0,25=< (r)

e

(r) < 0,30

0,30=< (r)

e

(r) < 0,35

0,35=< (r)

e

(r) < 0,40

(r) >= 0,40

De 1.920.000,01 a

2.040.000,00 21,70% 20,50% 18,70% 17,40% 17,13% 16,82% 16,38% 16,17%

De 2.040.000,01 a

2.160.000,00 22,20% 20,90% 19,10% 17,80% 17,55% 17,22% 16,82% 16,51%

De 2.160.000,01 a

2.280.000,00 22,50% 21,30% 19,50% 18,20% 17,97% 17,44% 17,21% 16,94%

De 2.280.000,01 a

2.400.000,00 22,90% 21,80% 20,00% 18,60% 18,40% 17,85% 17,60% 17,18%

As empresas enquadradas no Simples Nacional, tributadas

pelo anexo V, deverão somar às alíquotas o ISS

correspondente à faixa de receita bruta prevista no anexo IV,

porque o ISS não está contemplado no anexo V.

O anexo V apresenta escalonamento que pode aumentar, ou

diminuir a carga tributária da empresa, de acordo com a

relação entre a receita bruta, e a folha de pagamento e

encargos, ou seja, quanto maior for a folha e encargos, menor

será a alíquota. Esta relação entre receita bruta e folha é

chamada de fator “r”, previsto no anexo V.

1) Será apurada a relação (r) conforme abaixo:

(r) = Folha de Salários incluídos encargos (em 12 meses)

Receita Bruta (em 12 meses)

Page 88: Gastos No Servico

88

2) Nas hipóteses em que (r) corresponda aos intervalos

centesimais da Tabela V-A, onde "<" significa menor que, ">"

significa maior que, "=<" significa igual ou menor que e ">="

significa maior ou igual que, as alíquotas do Simples Nacional

relativas ao IRPJ, PIS/Pasep, CSLL, Cofins e CPP

corresponderão ao seguinte:

3) Somar-se-á a alíquota do Simples Nacional relativa ao

IRPJ, PIS/Pasep, CSLL, Cofins e CPP apurada, na forma

acima, a parcela correspondente ao ISS prevista no Anexo IV.

4) A partilha das receitas relativas ao IRPJ, PIS/Pasep, CSLL,

Cofins e CPP arrecadadas na forma deste Anexo será

realizada com base nos parâmetros definidos na Tabela V-B,

onde:

(I)= pontos percentuais da partilha destinada à CPP;

(J)= pontos percentuais da partilha destinada ao IRPJ, calculados

após o resultado do fator (I);

(K)= pontos percentuais da partilha destinada à CSLL, calculados após

o resultado dos fatores (I) e (J);

(L)= pontos percentuais da partilha destinada à COFINS, calculados

após o resultado dos fatores (I), (J) e (K);

(M)= pontos percentuais da partilha destinada à contribuição para o

PIS/PASEP, calculados após os resultados dos fatores (I), (J), (K) e (L);

Page 89: Gastos No Servico

89

(I) + (J) + (K) + (L) + (M) = 100

N = relação (r) dividida por 0,004, limitando-se o resultado a 100;

P = 0,1 dividido pela relação (r), limitando-se o resultado a 1.

Receita Bruta em 12 meses

(em R$) CPP IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP

I J K L M

Até 120.000,00 N x

0,9

0,75 X

(100 - I)

X P

0,25 X

(100 - I)

X P

0,75 X

(100 – I – J - K) 100 – I – J – K - L

De 120.000,01 a 240.000,00 N x

0,875

0,75 X

(100 - I)

X P

0,25 X

(100 - I)

X P

0,75 X

(100 – I – J - K) 100 – I – J – K - L

De 240.000,01 a 360.000,00 N x

0,85

0,75 X

(100 - I)

X P

0,25 X

(100 - I)

X P

0,75 X

(100 – I – J - K) 100 – I – J – K - L

De 360.000,01 a 480.000,00 N x

0,825

0,75 X

(100 - I)

X P

0,25 X

(100 - I)

X P

0,75 X

(100 – I – J - K) 100 – I – J – K - L

De 480.000,01 a 600.000,00 N x

0,8

0,75 X

(100 - I)

X P

0,25 X

(100 - I)

X P

0,75 X

(100 – I – J - K) 100 – I – J – K - L

De 600.000,01 a 720.000,00 N x

0,775

0,75 X

(100 - I)

X P

0,25 X

(100 - I)

X P

0,75 X

(100 – I – J - K) 100 – I – J – K - L

De 720.000,01 a 840.000,00 N x

0,75

0,75 X

(100 - I)

X P

0,25 X

(100 - I)

X P

0,75 X

(100 – I – J - K) 100 – I – J – K - L

Page 90: Gastos No Servico

90

Receita Bruta em 12 meses (em R$) CPP IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP

De 840.000,01 a 960.000,00 N x

0,725

0,75 X (100 - I)

X P

0,25 X (100 - I)

X P

0,75 X (100 – I –

J - K) 100 – I – J – K - L

De 960.000,01 a 1.080.000,00 N x 0,7

0,75 X (100 - I)

X P

0,25 X (100 - I)

X P

0,75 X (100 – I –

J - K) 100 – I – J – K - L

De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 N x

0,675

0,75 X (100 - I)

X P

0,25 X (100 - I)

X P

0,75 X (100 – I –

J - K) 100 – I – J – K - L

De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 N x 0,65

0,75 X (100 - I)

X P

0,25 X (100 - I)

X P

0,75 X (100 – I –

J - K) 100 – I – J – K - L

De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 N x

0,625

0,75 X (100 - I)

X P

0,25 X (100 - I)

X P

0,75 X (100 – I –

J - K) 100 – I – J – K - L

De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 N x 0,6

0,75 X (100 - I)

X P

0,25 X (100 - I)

X P

0,75 X (100 – I –

J - K) 100 – I – J – K - L

De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 N x

0,575

0,75 X (100 - I)

X P

0,25 X (100 - I)

X P

0,75 X (100 – I –

J - K) 100 – I – J – K - L

De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 N x 0,55

0,75 X (100 - I)

X P

0,25 X (100 - I)

X P

0,75 X (100 – I –

J - K) 100 – I – J – K - L

De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 N x

0,525

0,75 X (100 - I)

X P

0,25 X (100 - I)

X P

0,75 X (100 – I –

J - K) 100 – I – J – K - L

De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 N x 0,5

0,75 X (100 - I)

X P

0,25 X (100 - I)

X P

0,75 X (100 – I –

J - K) 100 – I – J – K - L

De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 N x

0,475

0,75 X (100 - I)

X P

0,25 X (100 - I)

X P

0,75 X (100 – I –

J - K) 100 – I – J – K - L

De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 N x 0,45

0,75 X (100 - I)

X P

0,25 X (100 - I)

X P

0,75 X (100 – I –

J - K) 100 – I – J – K - L

De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 N x

0,425

0,75 X (100 - I)

X P

0,25 X (100 - I)

X P

0,75 X (100 – I –

J - K) 100 – I – J – K - L

Page 91: Gastos No Servico

91

De volta ao escritório:

— Marina, tenho uma curiosidade. E para quem não é optante

pelo Simples Nacional? — diz João Paulo.

— Bem, pai, primeiro deve-se estabelecer por qual tipo de

lucro queremos calcular as tributações, ou seja, se pelo Lucro

Real ou Lucro Presumido — diz Marina.

Lucro Real: É quando se consideram todas as receitas,

subtraindo todos os custos e despesas da empresa de acordo

com o regulamento do imposto de renda. Dessa forma, os

impostos são calculados com base em seu lucro real.

Lucro Presumido: É o lucro que se presume através da

receita bruta de vendas de mercadorias e/ou prestação de

serviços. A base de cálculo da receita bruta é definida

conforme a atividade principal desenvolvida pela pessoa

jurídica. Veja: Comércio, indústria e alguns serviços: 8%;

Revenda de combustíveis: 1,6%; Prestação de serviços em

geral: 32%; Prestação de serviços em geral com faturamento

de até 120 mil ao ano: 16%. Obs.: Consulte o responsável

Page 92: Gastos No Servico

92

pela contabilidade da sua empresa para saber quais ramos de

atividade podem utilizar essa alíquota.

Conheça cada um dos impostos e contribuições a serem

pagos e como calculá-los, baseando-se tanto no Lucro Real

quanto no Lucro Presumido:

IR - Exemplo dos Cálculos para

Imposto de Renda:

Considerando um faturamento de R$

45.000,00.

Alíquota do Imposto de Renda: 15% sobre

o lucro real ou presumido.

FIQUE ATENTO! No Lucro Real ou

Presumido superior a 20 mil por mês,

deve-se calcular mais 10% sobre o

excedente.

Imagem de

algumas moedas

de R$1,00

empilhadas.

Page 93: Gastos No Servico

93

Imagem de várias moedas de um real empilhadas

Lucro Real: R$ 45.000,00 (Receita bruta) – R$ 38.000,00 (Despesas

dedutíveis) = R$ 7.000,00 (Lucro real) / R$ 7.000,00 (Lucro real) x 15%

(Alíquota do imposto de renda) = R$ 1.050,00 (Imposto a ser pago).

Lucro Presumido: R$ 45.000,00 (Receita bruta) x R$ 32%

(Presunção do lucro) = R$ 14.400,00 (Lucro presumido) / R$ 14.000,00

(Lucro presumido) x 15%(Alíquota do imposto de renda) = R$ 2.120,00

(Imposto a ser pago).

Page 94: Gastos No Servico

94

CSLL - Exemplo dos cálculos da contribuição social sobre

o Lucro Líquido, considerando um faturamento de R$

45.000,00.

Alíquota da CSLL: 9% sobre o Lucro Real 9% sobre 12% do

Faturamento.

Lucro Real: R$ 45.000,00 (Receita bruta) – R$ 38.000,00 (Despesas

dedutíveis) = R$ 7.000,00 (Lucro real) / R$ 7.000,00 (Lucro real) x 9%

(Alíquota da CSLL) = R$ 630,00 (Contribuição a ser paga).

Lucro Presumido: R$ 45.000,00 (Receita bruta) x R$ 12% (Base de

cálculo) = R$ 5.400,00 (Lucro presumido) / R$ 5.400,00 (Lucro

presumido) x 9% (Alíquota da CSLL) = R$ 486,00 (Contribuição a ser

paga).

Page 95: Gastos No Servico

95

Imagem de várias moedas de um real empilhadas

PIS – Exemplo de cálculo do Programa de Integração

Social Federal, considerando um faturamento de R$

45.000,00. Alíquota do PIS: 1,65% sobre o Lucro Real (não

cumulativo) 0,65% sobre o Lucro Presumido (cumulativo).

Fique Atento! O recolhimento é mensal através do formulário

DARF.

Lucro Real: R$ 45.000,00 (Receita bruta) x 1,65% (Alíquota do PIS)

= R$ 742,50 (Contribuição a ser paga).

Lucro Presumido: R$ 45.000,00 (Receita bruta) x R$ 0,65%

(Alíquota do PIS) = R$ 292,50 (Contribuição a ser paga).

Page 96: Gastos No Servico

96

COFINS – Exemplo de Cálculo da Contribuição para o

Financiamento da Seguridade Social, considerando um

faturamento de R$ 45.000,00.

PIS: 7,6% sobre o Lucro Real (não cumulativo) 3% sobre o Lucro

Presumido (cumulativo).

Lucro Real: R$ 45.000,00 (Receita bruta) x 7,6% (Alíquota do

COFINS) = R$ 3.420,00 (Contribuição a ser paga).

Lucro Presumido: R$ 45.000,00 (Receita bruta) x R$ 3% (Alíquota

do COFINS) = R$ 1.350,00 (Contribuição a ser paga).

ICMS – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de

Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte

Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação. Regra

Geral: 18% - alíquota interna no Estado de São Paulo.

ISS – Imposto sobre Serviços. Regra geral: Base de Cálculo:

valor dos serviços. Alíquota: 5% (recolhimento mensal),

município de São Paulo.

Page 97: Gastos No Servico

97

Fique Atento! Outros municípios - verificar alíquotas da

atividade na prefeitura local.

Imagem do João Paulo e Marina no escritório da oficina

— Bem, pai, esses são alguns dos custos e despesas

variáveis, mas existem outros também — diz Marina.

— Mas hoje eu já roubei demais o seu tempo... Acho melhor

eu continuar organizando as coisas aqui — diz Marina.

— É verdade! E eu ainda tenho que ver algumas coisas com a

Joana — diz João Paulo.

— Joana, você já colocou o anúncio para contratação de um

vendedor? — diz João Paulo.

— Ainda não, Sr. João Paulo — diz Joana.

Page 98: Gastos No Servico

98

— Ótimo! Pois ainda tenho que traçar o perfil do profissional

que iremos contratar para depois enviarmos para o jornal —

diz João Paulo.

Alguns dias depois, Joana e João Paulo conversam:

— Bom dia, Joana!

— Bom dia, Sr. João Paulo! Vou enviar hoje mesmo para o

jornal a proposta que estamos oferecendo.

Imagem de um jornal intitulado: Jornal a voz.

— Agora, vou lá no escritório atualizar a lista dos custos e

despesas variáveis, pois como o pagamento será baseado no

número de vendas, tenho que ter esse controle que será

diferente a cada mês — diz João Paulo.

Page 99: Gastos No Servico

99

COMISSÃO

Considere que o

representante comercial é

o responsável por 50%

dos serviços da Oficina

Fórmula 1, para um

faturamento bruto mensal

estimado em

R$10.000,00.

Conheça o valor aproximado de sua comissão:

Faturamento bruto empresa: (R$ 10.000,00)

Serviços Vendidos: (R$ 5.000,00)

Comissão de vendas: (10%)

Comissão: (R$ 500,00).

Observando que as despesas com a comissão devem ser

incluídas na formação do preço no serviço.

Imagem de um mecânico em

frente a um carro.

Page 100: Gastos No Servico

100

— Bom dia, pai! Trouxe uma

novidade pra você — diz Marina.

— Sabe, pai, acho que a nossa

oficina está precisando de uma

divulgação mais eficiente, afinal de

contas não dá pra ficar só no boca a

boca — diz Marina.

— É verdade, Marina. Gostei muito

da sua iniciativa e isso também nos

ajuda a ficar mais conhecidos e,

quem sabe, até aumentarmos a

nossa competitividade — diz João

Paulo.

— Isso mesmo! Futuramente, quero até colocar uma

propaganda no rádio — diz Marina.

— Futuramente, não é filha? Pois ainda não temos o dinheiro

necessário para provisionar uma propaganda desse tipo — diz

João Paulo.

Fique atento: Em breve no curso “Divulgue a sua empresa”,

você poderá conhecer todas as formas de divulgação e saber

que é possível sim divulgar a sua empresa, independente do

tamanho dela.

Imagem de um panfleto

de propaganda da

Oficina Fórmula 1.

Page 101: Gastos No Servico

101

— Pra divulgação, separei 2% sobre o montante dos serviços

prestados pela oficina pra pagar os panfletos — diz Marina.

— É... Realmente. Apesar de não ser necessário fazer

propaganda sempre, precisamos já embutir esse valor em

nossos serviços — diz João Paulo.

Os dados abaixo mostram o custo com propaganda do Sr.

João Paulo:

Faturamento mensal: (R$ 10.000,00)

Base de Cálculo: (R$10.000,00 x 2%)

Publicidade: (R$ 200,00).

Dica: Atenção! Cada empresa define um percentual de

divulgação de acordo com sua estratégia.

Page 102: Gastos No Servico

102

Imagem do João Paulo e Marina e Joana no escritório da oficina.

— Sr. João Paulo, acabaram de ligar do banco e avisaram que

um cheque de um cliente no valor de R$100,00 foi devolvido

por falta de fundos — diz Joana.

— Sério? Já é a segunda vez este mês que um cheque é

devolvido. Se continuar assim, vamos ultrapassar os dados

históricos dos 3% do faturamento, com a inadimplência de

clientes — diz João Paulo.

— É justamente por conta dessas inadimplências que temos

que fazer os cálculos e embutir essa despesa no valor do

preço de venda do serviço — diz Marina.

Page 103: Gastos No Servico

103

— Mas isso é um pouco injusto, não é, Marina? — diz Joana.

— Pode ser, Joana! Mas, no momento, temos que fazer isso

até criar algum mecanismo que reduza essa média histórica e,

quem sabe, até diminuir também o valor dos preços — diz

Marina.

— Bem, por enquanto, a média de faturamento para cobrir a

inadimplência está em 3%, o que ainda é aceitável para o

nosso faturamento mensal — diz João Paulo.

Dica: Para obter o percentual de inadimplência, divide-se o

total de títulos não recebidos no final de um período pelo

faturamento acumulado no mesmo período.

— Bem, pai, esta é mais uma despesa que deve estar na

nossa relação de despesas variáveis — diz Marina.

— E vamos tentar diminuí-la até não existir mais — diz João

Paulo.

Abaixo está a tabela de custos e despesas variáveis da

oficina:

Page 104: Gastos No Servico

104

Faturamento Mensal 10.000,00

Custos e despesas

variáveis mês/ano Valor R$

% Sobre

Faturamento

Simples 600,00 6,00

Comissões 500,00 5,00

Publicidade 200,00 2,00

Inadimplência 300,00 3,00

Total das despesas

variáveis 1.600,00 16,00

Outras Despesas Variáveis: A empresa também pode se

deparar com outras despesas que podem ocorrer dependendo

da sua atividade exercida e da forma que efetua a compra e a

venda de seus produtos e serviços. Então, fique atento a

todas as suas despesas!

Conhecer os custos e despesas incidentes sobre os serviços,

como impostos e mão de obra, é fundamental para o

gerenciamento econômico e financeiro de sua empresa.

Page 105: Gastos No Servico

105

Imagem de uma agenda com uma caneta e uma calculadora.

É importante que você saiba que a apuração dos valores

totais dos impostos é fundamental para a visualização do

custo do seu serviço.

Page 106: Gastos No Servico

106

7- ENCERRAMENTO

Imagem de João Paulo e Marina no escritório da oficina

— Agora, as nossas anotações sobre os custos e as despesas

estão completas! — diz Marina.

— Ótimo filha! Sua ajuda foi essencial para que, assim, eu

possa dar início à formação dos preços aqui na oficina — diz

João Paulo.

— É... Porque o que fizemos aqui foi apurar nossos gastos

para iniciar a formação adequada dos preços de nossos

serviços — diz Marina.

Page 107: Gastos No Servico

107

— E agora que vamos conseguir formar um preço atrativo,

vamos recuperar os antigos clientes que já conhecem o nosso

serviço — diz João Paulo.

— E clientes novos também! Pois agora temos como competir

com os nossos concorrentes e as suas promoções — diz

Marina.

— Ah... Estou muito animado para esta nova fase da oficina —

diz João Paulo.

— Agora que você também aprendeu a calcular os custos e

despesas no serviço, que tal dar continuidade na

aprendizagem e saber formar o seu preço? — diz João Paulo.

— Para isso, vou te dar uma dica: o curso Preço de Venda no

Serviço do SEBRAE-SP apresenta a você todos os passos

para formar o preço no seu serviço — diz João Paulo.

— Eu vou continuar me organizando para poder formar

corretamente o meu preço aqui na oficina — diz João Paulo.

Page 108: Gastos No Servico

108

ATIVIDADE 7

Para saber se compreendeu o que viu até aqui, faça uma

reflexão:

A) Em relação ao seu controle de custos, você:

( ) Não anota os seus gastos.

( ) Anota os seus gastos, porém não tem um controle sobre

eles.

( ) Anota os seus gastos diários e utiliza essas informações

para tomar suas decisões na empresa.

B) Você precisa alterar alguns valores dos custos e

despesas da sua empresa. Quais seriam eles?

( ) Impostos e despesas bancárias.

( ) Aluguel do imóvel, salário dos empregados e conta de

luz.

( ) Pagamento do sindicato e materiais de escritório.

Page 109: Gastos No Servico

109

C) São provisões a serem feitas...

( ) 13º salário, Adicional de Férias e Indenizações

Trabalhistas.

( ) Vale-transporte e vale-refeição.

( ) Comissões, publicidade e inadimplência.

D) É preciso ter quais elementos para fazer o cálculo do

custo total das despesas com o pessoal?

( ) Total dos salários, contas de água e luz, e comissões.

( ) Provisões, total de salários, encargos sociais e

benefícios.

( ) Preço de venda, comissões e benefícios.

Page 110: Gastos No Servico

110

Imagem do João Paulo e Marina no escritório da oficina.

— Pai, a análise de custos ajuda o empresário a tomar

decisões no seu negócio. Lembra aquela cotação de preço

que você pediu para um novo equipamento? — diz Marina.

— Lembro sim — diz João Paulo.

— Para ofertarmos um novo serviço, a oficina terá também um

novo gasto com equipamento, correto? — diz Marina.

— Certamente, Marina, inclusive, precisamos saber se o gasto

com o equipamento é maior ou menor que a contratação de

uma pessoa para realizar esse novo serviço — diz João

Paulo.

Page 111: Gastos No Servico

111

— Isso mesmo, pai! Eu fiz os cálculos dos impactos nas

despesas da oficina com a compra do equipamento e com a

contratação do empregado para que o senhor possa tomar a

decisão — diz Marina.

Relembrando:

Despesa fixa total da oficina: R$ 7.714,59

(Despesas Fixas - Total R$ 4.013,39 + Custo com Pessoal

Direto R$ 3.701,20);

Horas disponíveis na oficina: R$ 484,00 (121 horas X

4colaboradores);

Custo-hora da oficina: R$ 15,95 (R$ 7.714,59 ÷ R$ 484,00).

Cálculos:

Contratar um colaborador

Salário do colaborador = 540,00

Encargos + provisões e etc. = 108,00

Aumento da despesa fixa = 648,00

Despesa fixa total alternativa 2 = 8.362,59

Horas disponíveis na oficina = 484

Custo-hora da oficina= 17,28

Page 112: Gastos No Servico

112

Comprar um equipamento

Valor do equipamento = 8.000,00

Vida útil em anos = 5

Valor residual = 1.280,00

Depreciação mensal = 112,00

Gasto de Energia mensal do equipamento = 50,00

Aumento da despesa fixa = 162,00

Despesa fixa total atual = 7.714,59

Despesa fixa total alternativa 1 = 7.876,59

Horas disponíveis na oficina = 484

Custo-hora da oficina = 16,27

De volta ao escritório da oficina, João Paulo e Marina chegam

a uma conclusão:

Page 113: Gastos No Servico

113

Imagem do João Paulo e Marina no escritório da oficina.

— Que ótimo, Marina, que você fez esses cálculos! O custo da

hora passou de R$ 15,94 para R$ 16,27 com a compra do

equipamento — diz João Paulo.

— E se o senhor decidir pela contratação de um novo

colaborador, será mais oneroso para a oficina — diz Marina.

— Nossa Marina! Posso concluir que a análise de custos da

empresa é muito importante para o empresário tomar uma

decisão gerencial com segurança — diz João Paulo.

Você, empresário, sempre que pensar em fazer um

investimento novo, coloque na ponta do lápis o seu custo,

compare com outras alternativas para tomar a melhor decisão.

O importante é que você perceba que controlar os custos é

essencial!

Page 114: Gastos No Servico

114

Você finalizou o e-book com sucesso! Não se esqueça de

retirar o seu certificado e acessar os outros cursos que o

SEBRAE-SP preparou para empresários como você!

Você, que já está familiarizado com os produtos e serviços do

Sebrae-SP, saiba que esse relacionamento pode ser

permanente! Receba informações e dicas bem objetivas para

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participa. Assim, você fica conectado a tudo o que existe de

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Page 115: Gastos No Servico

115

8- GABARITO DAS ATIVIDADES

ATIVIDADE 1

Para controlar os gastos, é preciso anotar o que gastou e

quanto, saber analisar os gastos anotados e anotar gastos

diariamente.

ATIVIDADE 2

Os itens da lista de João Paulo que podem sofrer intervenção

em seus valores são: salário dos colaboradores, pagamento

do contador, aluguel, materiais (do escritório e da oficina),

manutenções (do prédio, de equipamentos) e contas de água,

telefone e energia.

ATIVIDADE 3

Confira as respostas:

(2) Materiais utilizados nos consertos

(1) Honorários do contador

(2) Comissões

(2) Impostos

(1) Salários

Page 116: Gastos No Servico

116

(1) Aluguel

(1) Material de limpeza

ATIVIDADE 4

Confira a ordem correta:

(d) São depositados 8% do valor do salário.

(b) É importante provisionar os valores mensalmente para não

ter problemas de caixa.

(a) É a remuneração do sócio que trabalha no negócio,

considerada despesa fixa.

(c) Despesas sobre a folha de pagamento dos colaboradores.

ATIVIDADE 5

A afirmativa verdadeira é: quando não houver refeitório, a

empresa poderá oferecer o vale-refeição.

ATIVIDADE 6

A resposta para esta atividade está de acordo com a realidade

da sua empresa.

ATIVIDADE 7

É preciso saber exatamente quanto se gasta e em que se

gasta, isso é ter disciplina. E para manter essa disciplina, é

Page 117: Gastos No Servico

117

necessário ter onde anotar os valores gastos para fazer o

controle. Porém, não basta ter disciplina, ter tudo anotado e

não saber utilizar as informações que se têm em mãos para

saber o que aconteceu e o que isso representa para a

empresa.

Impostos, despesas bancárias, assim como o pagamento do

sindicato não são itens que podem ser alterados pelo

empreendedor. Já o aluguel do imóvel, as contas de luz,

telefone, água, os materiais de escritório, assim como o

salário dos empregados (o mínimo estabelecido pelo

sindicato) podem ser alterados pelo empreendedor por

diminuir os gastos da empresa.

Com a provisão, é possível efetuar os pagamentos como 13º

salário, Adicional de Férias e Indenizações Trabalhistas. Ela é

uma ação necessária para que não se retire dinheiro do caixa

para um item que pode ser previsto anteriormente.

É essencial que a empresa faça a relação mensal de todas as

suas despesas com pessoal - provisões, total de salários,

encargos sociais e benefícios - pois esse é um dos itens mais

importantes do conjunto dos gastos totais de qualquer

organização.

Page 118: Gastos No Servico

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2012 © Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo – SEBRAE-SP Todos os direitos reservados A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610). Informações e Contato Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo – SEBRAE-SP Unidade Desenvolvimento e Inovação Rua Vergueiro, 1117 – Paraíso – CEP 01504-001 São Paulo – SP Telefone (11) 3177-4500 Internet www.sebraesp.com.br ACSP – Associação Comercial de São Paulo ANPEI – Associação Nacional de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia das Empresas Inovadoras Banco Nossa Caixa S.A. FAESP – Federação da Agricultura do Estado de São Paulo FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo FECOMERCIO – Federação do Comercio do Estado de São Paulo ParqTec – Fundação Parque Alta Tecnologia de São Carlos IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas

Secretaria de Estado de Desenvolvimento SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas SINDIBANCOS – Sindicato dos Bancos do Estado de São Paulo CEF – Superintendência Estadual da Caixa Econômica Federal BB – Superintendência Estadual do Banco do Brasil Conselho Deliberativo Presidente Alencar Burti (ACSP) Diretor – Superintendente Bruno Caetano Diretoria de Administração e Finanças Ivan Hussni Diretoria Técnica Ricardo Tortorella Coordenador de Conteúdo Claudia Aparecida Gonçalves Brum Consultoria Especializada José Manoel Oliveira Silva Reinaldo Santos Calipo Coordenador Pedagógico Rita Vucinic Teles Produção Técnica WebAula Produtos e Serviços para Educação

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