secretaria de estado da assistÊncia social, trabalho

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1 SECRETARIA DE ESTADO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL, TRABALHO E HABITAÇÃO DIRETORIA DE HABITAÇÃO PROGRAMA LAR LEGAL PLANO DE EXPANSÃO ESTADUAL PARA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA Florianópolis 2013

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Page 1: SECRETARIA DE ESTADO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL, TRABALHO

1

SECRETARIA DE ESTADO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL,

TRABALHO E HABITAÇÃO

DIRETORIA DE HABITAÇÃO

PROGRAMA LAR LEGAL

PLANO DE EXPANSÃO ESTADUAL PARA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA

Florianópolis

2013

Page 2: SECRETARIA DE ESTADO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL, TRABALHO

2

MARCONDES MARCHETTI

ANTONIO RUBENS ALMEIDA

CARLOS CÉSAR DOS SANTOS

MARIA IRIS BESSA MACHADO LOPES

PROGRAMA LAR LEGAL

PLANO DE EXPANSÃO ESTADUAL PARA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA

Versão Atualizada do Plano de Expansão do Projeto Lar Legal de Regularização Fundiária para a obtenção de títulos das moradias de famílias inseridas no Cad. Único e residências em situação de irregularidade fundiária no Estado de Santa Catarina.

Florianópolis

2013

Page 3: SECRETARIA DE ESTADO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL, TRABALHO

3

FICHA TÉCNICA

Governo do Estado de Santa Catarina

João Raimundo Colombo

Governador do Estado

Secretaria da Assistência Social Trabalho e Habitação

João José Cândido da Silva

Secretário

Eleudemar Ferreira Rodrigues

Secretário Adjunto

Marcondes Marchetti

Consultor Geral

Diretoria de Habitação do Estado

Antonio Anselmo Granzotto de Campos

Diretor de Habitação

Carlos César do Santos

Gerente de Habitação

Maria Iris Bessa Machado Lopes

Analísta Técnica de Gestão

Poder Judiciário

Secretaria de Estado da Assistência Social Trabalho e Habitação

Poder Legislativo

Ministério Público

Municípios Aderentes

Partícipes

Page 4: SECRETARIA DE ESTADO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL, TRABALHO

4

ÓRGÃOS PÚBLICOS PARTICIPANTES E REPRESENTANTES

Ministério Público de Santa Catarina

Procurador Geral Lio Marcos Marin

Tribunal de Justiça

Presidente José Trindade dos Santos

Assembléia Legislativa

Presidente Gelson Merísio

Governo do Estado

Secretário João José Cândido da Silva

Tribunal de Justiça

Desembargador Lédio Rosa de Andrade

Ministério Público

Promotor de Justiça Luis Eduardo Couto de Oliveira Souto

Assembléia Legislativa

Deputado Estadual Volnei Morastoni

Page 5: SECRETARIA DE ESTADO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL, TRABALHO

5

TERMO DE ABERTURA DO PLANO

NOME DO PLANO

Plano de Expansão Estadual para Regularização Fundiária

GESTORA| EXECUTORA

Secretaria de Assistência Social Trabalho e Habitação do Estado de Santa

Catarina

COORDENADOR

Dr. Marcondes Marchetti, Consultor Geral da SST

CONSULTORES

Dr Marcondes Marchetti e Dr. Rodrigo Mello da Rosa.

EQUIPE TÉCNICA

Antonio Rubens de Almeida; Carlos César dos Santos e Maria Iris Bessa

Machado Lopes.

PARTÍCIPES

Poder Judiciário; Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e

Habitação; Poder Legislativo; Ministério Público e Municípios Aderentes.

Page 6: SECRETARIA DE ESTADO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL, TRABALHO

6

OBJETIVO DO PLANO

Regularizar moradias de famílias inseridas no CAD-Único, e residências em

situação de irregularidade fundiária no Estado de Santa Catarina.

JUSTIFICATIVA

O Plano de Expansão do Projeto Lar Legal de Regularização Fundiária

justifica-se por sua alta relevância Social, e pretende trabalhar para reverter o quadro

de irregularidade fundiária no Estado de Santa Catarinense, já que este problema

afeta praticamente todos os seus municípios. Ressaltando as iniciativas do Governo

Federal e do Estadual em oferecer apoios vinculados às famílias em estado de

vulnerabilidades social é que o Plano em questão destaca como beneficiárias as

famílias inseridas no CAD-Único (Cadastro Único) e as famílias que possuem

residências em situações de irregularidade fundiária.

ESCOPO DO PLANO

Regularização Fundiária dos municípios que possuem o maior número de

famílias inseridas no CAD-Único (Cadastro Único), e residências em situações de

irregularidade fundiária no Estado de Santa Catarina.

PREMISSAS

Necessidades conflitantes com relação ao andamento do Projeto – Lar

Legal de Regularização Fundiária e suas prioridades serão resolvidas pelos

Órgãos Públicos envolvidos;

É necessário o apoio irrestrito de todos os envolvidos dentro da divisão;

Os membros da equipe terão dedicação exclusiva ao Plano.

RESTRIÇÕES

Page 7: SECRETARIA DE ESTADO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL, TRABALHO

7

O Plano deve ser mantido dentro da esfera departamental;

O prazo de implantação deste Plano é final de dezembro de 2014.

Florianópolis(SC), .... de janeiro de 2013.

__________________________ _____________________

Ministério Público Tribunal de Justiça

_________________________ _____________________

Assembléia Legislativa Secretário de Estado da Assistência

Social Trabalho e Habitação

Testemunhas:

Page 8: SECRETARIA DE ESTADO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL, TRABALHO

8

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

Cad-Único – Cadastro Único

DIHA – Diretoria de Habitação

GETIN – Gerência de Tecnologia da Informação

MBP – Morador Beneficiado pelo Plano

Mcidades – Ministério das Cidades

MP – Ministério Público

SST – Secretaria da Assistência Social Trabalho e Habitação

Page 9: SECRETARIA DE ESTADO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL, TRABALHO

9

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO........................................................................................................10

1 JUSTIFICATIVA.......................................................................................................12

2 OBJETIVOS................................................................................................................14

2.1 OBJETIVO GERAL .................................................................................................14

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS....................................................................................14

3 CONCEITOS DE REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA...........................................15

4 FUNDAMENTAÇÕES LEGAIS DO PLANO........................................................16

5 PARTICIPANTES LEGAIS DO PLANO ..............................................................17

6 ÁREA DE ABRANGÊNCIA ....................................................................................17

7 AÇÕES DESENVOLVIDAS PELA EXECUTORA/GESTORA DO PLANO..18

7.2 CRITÉRIOS DE PRIORIZAÇÃO DAS ÁREAS.....................................................20

8 PERÍODO DE EXECUÇÃO DO PLANO...............................................................20

8.1 CRONOGRAMA DO PLANO.................................................................................20

9 UM BREVE HOSTÓRICO DA SISTEMÁTICA DE ADESÃO...........................22

9.1 DIRETRIZES DE ADESÃO E PACTUAÇÃO ......................................................22

9.2 INCUMBÊNCIAS DA EMPRESA CREDENCIADA PARA EXECUÇÃO DO

PLANO............................................................................................................................23

9.2.1 Responsabilidades da Empresa Credenciada....................................................23

9.3 RESPONSABILIDADE DA EQUIPE TÉCNICA MUNICIPAL NA EXECUÇÃO

DO PLANO.....................................................................................................................26

9.5 ETAPAS DE TRABALHO ELABORADO PELA GESTORA/EXECUTORA......26

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................27

ANEXOS.........................................................................................................................28

Page 10: SECRETARIA DE ESTADO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL, TRABALHO

10

APRESENTAÇÃO

Retomando os fundamentos conceituais do Projeto Lar Legal de Regularização

Fundiária, deve-se lembrar que, no Brasil, anos de pressão dos movimentos sociais

colocaram a questão do acesso à terra urbana e à igualdade social no topo da lista das

agendas políticas e de desenvolvimento. Confrontado com as diferenças sociais criadas

por uma das sociedades mais desiguais do mundo, a resposta do Brasil foi a de mudar a

Constituição a fim de promover uma reforma fundamental de longo prazo na dinâmica

urbana. Como conseqüência, as estruturas fundamentais dessa nova ordem jurídica

urbanística foram abrigadas na Constituição Federal de 1988 e na Lei 10.257 de 2001,

conhecida como o Estatuto da Cidade.

Entre os desafios encarados pelos Governos está o de trabalhar para reverter uma

característica marcante das suas cidades e comum em outras tantas cidades do mundo: a

segregação sócio-espacial. Bairros abastados que dispõem de áreas de lazer,

equipamentos urbanos modernos coexistem com imensos bairros periféricos e favelas

marcadas pela precariedade ou total ausência de infraestrutura, irregularidade fundiária,

riscos de inundações e escorregamentos de encostas, vulnerabilidade das edificações e

degradação de áreas de interesse ambiental.

Durante muitos anos, somente as partes das cidades brasileiras que atraíam a

atenção dos planejadores foram beneficiadas pelos serviços públicos e tiveram uma

participação desproporcional dos orçamentos locais.

O governo brasileiro sinalizou suas intenções de mudança deste quadro com a

criação do Ministério das Cidades, em 2003.

Em que pesem algumas diferenças quanto aos significados adotados, o

entendimento atual e o direcionamento de estudiosos no que diz respeito a projetos de

urbanização e recuperação de aglomerados habitacionais e favelas são no sentido de

integrar as regularizações urbanística, jurídica e técnica (edilícia), somando-se a essas

ações, o trabalho social junto à comunidade. Em algumas concepções, o conjunto dessas

ações é denominado de Regularização Fundiária.

De acordo com a Constituição Federal/1988 e a Lei 11.977/2009 (Lei que

dispõe sobre o Programa Minha Casa, Minha Vida – PMCMV) “A Regularização

Fundiária consiste no conjunto de medidas jurídicas, urbanísticas, ambientais e sociais

que visam a regularização de assentamentos irregulares e a titulação de seus ocupantes,

de modo a garantir o direito social à moradia, o pleno desenvolvimento das funções

Page 11: SECRETARIA DE ESTADO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL, TRABALHO

11

sociais da propriedade urbana e o direito ao meio ambiente ecologicamente

equilibrado”. Em poucas palavras: a regularização fundiária é um processo para

transformar terra urbana em terra urbanizada (com infraestrutura e integração à cidade).

Segundo o artigo – 47 Incisos VII e VIII da lei 11.977/2009 (Artigo que explica os

conceitos de Regularização Fundiária), segundo ele, a Regularização Fundiária pode ser

de interesse Social, de interesse Específico e de Desapropriação.

Atualmente devem ser ressaltadas as iniciativas do Governo Federal e do

Estadual, numa crescente preocupação em oferecer apoios vinculados às famílias em

estado de vulnerabilidade social. Estas famílias, que são justamente aquelas isoladas das

políticas de moradia habitacional (e de propriedade imobiliária) têm extrema dificuldade

em obter regularizações da sua propriedade. Não seria demais afirmar que a

oportunidade dada a estas famílias pelo Plano Estadual de Regularização Fundiária pode

se constituir numa oportunidade única de adquirir a documentação fundiária de seus

imóveis.

O caráter social deste plano, alavanca esta preocupação, justa e humanitária. O

Gestor/Executor do programa tem como meta, num esforço concentrado, levantar

gradativamente o problema de regularização das moradias e dos vínculos desta

população, para fundamentar as proposições de apoio e de correção das situações

encontradas.

Estima-se que em Santa Catarina existem em torno de 117 mil moradias que não

possuem Regularização Fundiária (Conforme Plano Catarinense de Habitação de

Interesse Social, PCHIS/COHAB-2011). Em todo o mundo, debates existentes sobre o

tema confirmam a importância da Regularização Fundiária como uma das formas de

resolver parte da problemática que envolve a habitação popular e cada vez mais,

configura-se como uma das alternativas de enfrentamento e solução para o problema da

falta de moradia.

Page 12: SECRETARIA DE ESTADO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL, TRABALHO

12

1 JUSTIFICATIVA

Por iniciativa de Especialistas do Poder Judiciário, e com participações do

Ministério Público Estadual e da Assembléia Legislativa, o Governo do Estado, através

da Secretaria de Assistência Social, Trabalho e Habitação (SST) aderiu ao Projeto de

Regularização Fundiária “Lar Legal”, através do Termo de Cooperação Institucional

firmado em 03 de novembro de 2011. (ANEXO VI).

Coube a SST, a Gestão e Execução do Plano ora proposto, que através do Edital

de Credenciamento Nº 0051/2011(ANEXO IX) instituiu o Plano, que parte de uma

adesão inicial de 12 municípios; a saber: São Francisco do Sul, Guaramirim, Corupá,

Barra Velha, Piçarras, Ituporanga, Concórdia, Garopaba, Laguna, Tubarão, Criciúma e

Schroeder. Com a propositura do Plano de Expansão Estadual para Regularização

Fundiária em setembro de 2012, Através do Edital de Credenciamento Nº 0046/2012 (

ANEXO VIII) novas adesões estão surgindo; a saber: Florianópolis, Biguaçu, São José,

Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz, Anitápolis, Pescaria Brava, Ilhota, Blumenau,

Massaranduba, Gaspar e Rio do Sul.

Cumpre destacar que, segundo o senso demográfico do Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística – IBGE/2010, Santa Catarina apresenta uma população de

6.249.682 pessoas, distribuídas em 293 municípios, sendo que destas, 102.672

encontram-se em situação de Vulnerabilidade Social.

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD/06 - S.C;

além das pessoas que se encontram em situação de Vulnerabilidade Social,

aproximadamente 170 mil famílias são consideradas pobres. Destas, 140 mil recebem o

benefício Bolsa Família (Programa de transferência direta de renda com

condicionalidades, que beneficia famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza)

e 38 mil recebem o Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social – BPC

(benefício no valor de um salário-mínimo destinado a pessoas idosas que não têm

direito à previdência social e pessoas com deficiência que não possam garantir sua

sobrevivência seja por conta própria ou com o apoio da família - e que não possuam

benefício previdenciário de qualquer natureza). Conforme mapa sobre vulnerabilidade

social. (ANEXO I).

Cientes da importância social do Plano e da existência de problemas de

Regularização Fundiária em praticamente todos os municípios do Estado faz-se

Page 13: SECRETARIA DE ESTADO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL, TRABALHO

13

necessário urgentemente planejar, com os devidos cuidados, a expansão da

Regularização Fundiária, observando-se a real necessidade de estabelecer as regras e os

procedimentos. Dentre as regras e procedimentos citamos:

a) Planejar as ações a serem implantadas;

b) Proceder a levantamentos que indiquem o estágio atual do programa, em seu

todo, compartilhando com os demais parceiros o status atual e as

proposições de implementação;

c) Alocar a equipe de trabalho na SST;

d) Ativar e formalizar as Adesões das prefeituras;

e) Exigir relatório mensal da Empresa Credenciada e dos Municípios,

informando sobre o andamento dos trabalhos realizados;

f) Acompanhar os levantamentos in loco das áreas determinadas pela equipe de

Regularização Fundiária do Município, onde será executado o Projeto de

Regularização Fundiária;

g) Exigir Relatórios Financeiros das Credenciadas, apontando o número de

lotes e os respectivos parcelamentos com as datas de inicio e fim das

prestações e valores acordados e também uma panorâmica da regularidade

do pagamento das prestações;

h) Estabelecer que na Gerência de Tecnologia da Informação (GETIN) da SST

o Programa de Cadastro e Monitoramento de Regularização Fundiária nos

Municípios;

i) Informar através de Relatório Trimestral, as ações de Regularização

Fundiária por Município aos Poderes envolvidos no Projeto “Lar Legal”,

Tribunal de Justiça, Ministério Público, Assembléia Legislativa e Governo

do Estado e repartições aderentes;

j) Realizar pesquisas qualitativas que avaliam o grau de satisfação das famílias

contempladas e o índice de cobertura alcançado dentro do Projeto de

Regularização Fundiária, realizado nos Municípios do Estado de Santa

Catarina para seu constante aperfeiçoamento e para sua ampliação;

Observações:

Page 14: SECRETARIA DE ESTADO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL, TRABALHO

14

1. Se no desenvolvimento dos trabalhos, constatarem-se alguma

irregularidade gerando qualquer impasse no Plano de

Expansão de Regularização Fundiária nos Municípios, o

Gestor/Executor recorrerá aos demais poderes envolvidos

para avaliação dos procedimentos;

2. Parágrafo único: A Secretaria de Assistência Social,

Trabalho e Habitação se resguardam da responsabilidade

sobre ônus Financeiro junto a Empresa e Municípios,

(Conforme clausula 5ª da Não Onerosidade do Termo de

Cooperação Institucional). (ANEXO VI)

A realização do trabalho integrado, fundamentado nas diretrizes do Plano de

Expansão Estadual de Regularização Fundiária sob a gestão/execução da Secretaria de

Assistência Social, Trabalho e Habitação, deverá investir preferencialmente em metas

de superação da extrema pobreza, inclusão social, proteção social e fortalecimento dos

vínculos sociais tendo na propriedade e na moradia a matriz de organização familiar.

É importante destacar a articulação inter – setorial do Poder Judiciário, do Poder

Executivo, do Poder Legislativo e do Ministério Público para a desburocratização, a

simplificação de processos e procedimentos legais, como resposta prática esta grave

demanda social. E ainda que, este modelo cooperativo singular e inovador está sendo

realizado a um custo socialmente justo.

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

• Regularizar moradias de famílias inseridas no CAD-Único, e residências em

situação de irregularidade fundiária no Estado de Santa Catarina.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Localizar as Áreas Prioritárias para Regularização Fundiária

conforme o CAD Único;

Page 15: SECRETARIA DE ESTADO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL, TRABALHO

15

• Contactar municípios para adesão ao Contrato Administrativo de

credenciamento;

• Apresentar a empresa credenciada aos municípios;

• Formar e registrar a equipe técnica de trabalho em Ata própria;

• Fiscalizar a atuação da empresa credenciada;

• Sistematizar a entrega das Titulações nas comunidades.

3 CONCEITOS DE REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA

De acordo com a Constituição Federal (1988) e a Lei 11.977/2009,

A Regularização Fundiária consiste no conjunto de medidas

jurídicas, urbanísticas, ambientais e sociais que visam à regularização de

assentamentos irregulares e à titulação de seus ocupantes, de modo a garantir

o direito social à moradia, o pleno desenvolvimento das funções sociais da

propriedade urbana e o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.

Em poucas palavras: a Regularização Fundiária é um processo para transformar

terra urbana em terra urbanizada, com infra - estrutura e integração à cidade. A referida

Lei em seu art. 47 – incisos VII e VII, define que a Regularização Fundiária pode

ocorrer por interesse social, por interesse específico e por desapropriação.

De Interesse Social ocorre com a Regularização de assentamentos irregulares

ocupados, predominantemente, por população de baixa renda, nos casos:

a) em que tenham sido preenchidos os requisitos para usucapião ou

concessão de uso especial para fins de moradia;

b) de imóveis situados em Zona Especial de Interesse Social –ZEIS (Zona

Especial de Interesse Social);

c) de áreas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios

declaradas de interesse para implantação de projetos de Regularização Fundiária de

interesse social;

De Interesse Específico ocorre a Regularização Fundiária na qual não está

caracterizado o interesse social nos termos acima.

Page 16: SECRETARIA DE ESTADO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL, TRABALHO

16

A Desapropriação poderá ser utilizada como medida complementar necessária

ao processo de urbanização para a integração de assentamentos irregulares à estrutura

das cidades (abertura de vias públicas, espaços necessários às obras de infra-estrutura,

etc.).

4 FUNDAMENTAÇÕES LEGAIS DO PLANO

Como já estabelecido nos documentos constituintes do Plano, pelos proponentes,

no Estado não existe uma Lei específica sobre Regularização Fundiária. Todavia conta-

se com a Resolução N. 11/2008 – CM do Tribunal de Justiça do Estado de Santa

Catarina que: “Institui o Projeto “Lar Legal”, que objetiva a regularização de registros

de imóveis urbanos e urbanizados loteados, desmembrado, fracionados ou não” (2008,

p.1). Consubstancia-se o sistema da Legislação Ordinária e o sistema processual acerca

da aquisição de imóveis, é sabidamente burocrático e moroso. O Projeto “Lar Legal”

consolida-se num instrumento de concretização da função social da propriedade,

estampada em nossa Constituição Cidadã. A esse respeito, a Resolução 11/08 do

Tribunal de Justiça afirma que “a atual função do Direito não se restringe à solução de

conflitos de interesses e a busca de segurança jurídica, mas em criar condições para a

valorização da cidadania e promoção da justiça social”. (ANEXO VII)

Porém vale lembrar que, a Lei nº 11.977/2009,

dispõe sobre o Programa Minha Casa, Minha Vida – PMCMV e a

regularização fundiária de assentamentos localizados em áreas urbanas; altera

o Decreto-Lei no 3.365, de 21 de junho de 1941, as Leis n

os 4.380, de 21 de

agosto de 1964, 6.015, de 31 de dezembro de 1973, 8.036, de 11 de maio de

1990, e 10.257, de 10 de julho de 2001, e a Medida Provisória no 2.197-43,

de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências.

A Lei acima citada autoriza que o Município legisle sobre o procedimento de

Regularização Fundiária em seu território, observando suas próprias disposições e o

Estatuto da Cidade. Entretanto, a ausência dessa regulamentação municipal não impede

a regularização fundiária (art. 49, parágrafo único), devendo-se utilizar os dispositivos

da legislação existente.

Page 17: SECRETARIA DE ESTADO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL, TRABALHO

17

A destacar também o aspecto já referido do foco social do projeto

consubstanciado pela reflexão do Termo de Cooperação Institucional:

Ainda, alicerça-se no fato de que essa antiga demanda que nos últimos anos

avança de maneira abruta e alcança desmedidas proporções, constitui uma

das mais poderosas engrenagens da máquina de exclusão social/territorial que

hoje assola o cenário de urbanização dos Municípios Catarinenses, fazendo-

se urgente, daí a necessidade de senão erradicar, ao menos refrear o vasto

contingente de assentamentos inseridos de forma ambígua nas cidades do

Estado de Santa Catarina (2011, p. 2).

No que precede as preocupações fundiárias organizacionais das cidades

previstas no Estatuto das Cidades, deve-se caminhar em paralelo com as Leis vigentes

de forma que este aspecto social legitime um ao outro.

5 PARTICIPANTES DO PLANO DE EXPANSÃO DE REGULARIZAÇÃO

FUNDIÁRIA

Os esforços e ações serão desenvolvidos entre o Poder Judiciário, Secretaria de

Assistência Social, Trabalho e Habitação, Ministério Público e o Poder Legislativo, com

o único e específico fim de viabilizar os procedimentos necessários para concretização

da Regularização Fundiária no Estado de Santa Catarina. Também terão participação

neste projeto, todos os Municípios de Santa Catarina que aderirem ao Plano com o

intuito de viabilizar e diagnosticar os locais de atuação.

O Termo de Cooperação Institucional e o Plano de Trabalho assinados pelos

poderes participes deste Projeto, contém as obrigações de cada um para a efetivação da

Regularização Fundiária do Estado de Santa Catarina. (ANEXO VI)

6 ÁREA DE ABRANGÊNCIA

Page 18: SECRETARIA DE ESTADO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL, TRABALHO

18

Plano de Expansão Fundiária beneficiará todos os municípios do Estado de

Santa Catarina que possuem o maior número de famílias inseridas no Cadastro Único-

CAD Único, (ANEXOIII) e residências em situações de irregularidade fundiária.

7 AÇÕES DESENVOLVIDAS PELA EXECUTORA/GESTORA DO PLANO

A Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação - SST tem

por missão desenvolver Políticas Públicas no âmbito de sua gestão, colocando em

prática através das Diretorias de Assistência Social, Trabalho Emprego e Renda e

Habitação.

A Assistência Social promove a garantia de direitos e a proteção social de

pessoas em situação de vulnerabilidade social;

A Diretoria de Trabalho Emprego e Renda visa facilitar a inserção ou reinserção

dos usuários no mercado de trabalho; A Diretoria de Habitação, tem como finalidade

central formular a política habitacional do Estado acompanhando e supervisionando

programas, projetos e ações nas áreas habitacionais. A SST possui ainda a Política de

Segurança Alimentar e Nutricional que tem como função a articulação e a gestão de

ação e programas de Segurança Alimentar e Nutricional junto ao Ministério de

Desenvolvimento Social e Combate a Fome (MDS). Na dinâmica de trabalho da

Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho e Habitação – SST inclui-se

também os Conselhos Estaduais, Setoriais e de Direitos.

A Secretaria, como gestor/executor Estadual, com o Plano de Expansão Estadual

de Regularização Fundiária vai corroborar e expandir o Projeto Lar Legal de

Regularização Fundiária do Estado de Santa Catarina, onde serão atendidas as

populações inseridas em parcelamentos informais ou irregulares, localizadas em áreas

urbanas públicas ou privadas, predominantemente utilizadas para fins de moradia.

Dentre as regras e procedimentos cita-se:

a) Planejar ações a serem implantadas;

Page 19: SECRETARIA DE ESTADO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL, TRABALHO

19

b) Proceder a levantamentos que indiquem o estágio atual do programa, em

seu todo, compartilhando com os demais parceiros o status e as proposições de

implementação;

c) Alocar equipe de trabalho na SST;

d) Ativar e formalizar Adesões das Prefeituras;

e) Exigir um relatório mensal das Empresas Credenciadas e das Equipes de

Regularização Fundiária dos Municípios, informando sobre o andamento dos trabalhos

realizados;

f) Acompanhar os levantamentos in loco das áreas determinadas pela

equipe de Regularização Fundiária dos Municípios, informando sobre o andamento dos

trabalhos realizados;

g) Exigir Relatórios Financeiros das Credenciadas, apontando o número de

lotes e os respectivos parcelamentos com as datas de inicio e fim das prestações e

valores acordados e também uma panorâmica da regularidade do pagamento das

prestações;

h) Estabelecer que seja implantado na Gerência de Tecnologia da

Informação (GETIM) da SST, o Programa de Cadastro e Monitoramento da

Regularização Fundiária nos Municípios.

i) Informar através de Relatório Trimestral, as ações de Regularização

Fundiária por Município ao Poderes envolvidos no Projeto Lar Legal, Tribunal de

Justiça, Ministério Público, Assembléia Legislativa e repartições aderentes;

j) Realizar pesquisas qualitativas que avaliem o grau de satisfação das

famílias contempladas e o índice de cobertura alcançado dentro do Plano de

Regularização Fundiária, realizado nos municípios do Estado de Santa Catarina para seu

constantes aperfeiçoamento e para sua ampliação.

Obs.:

1. Se no desenvolvimento dos trabalhos, constarem-se algumas

irregularidades gerando qualquer impasse no Plano de Expansão de

Regularização Fundiária nos Municípios, a Gestora/Executora recorrerá

aos poderes envolvidos para avaliação dos procedimentos.

2. A Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação se

resguarda da responsabilidade sobre ônus Financeiro junto a Empresa,

Page 20: SECRETARIA DE ESTADO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL, TRABALHO

20

(conforme cláusula 5ª da Não Onerosidade do Termo de Cooperação

Institucional).

7.1 CRITÉRIOS DE PRIORIZAÇÃO DAS ÁREAS

Subsidiaram-se os critérios de priorização das áreas em algumas referências

citadas no Plano Catarinense de Habitação, conforme segue:

a) Inadequação Fundiária sinalizada pelo Plano Catarinense de Habitação;

b) Números de Cadastros da População em Vulnerabilidade Social, no

Cadastro Único/CAD Único que é regulamentado pelo Decreto nº 6.135/07 pelas

Portarias nº 177, de 16 de junho de 2011, e nº 274, de 10 de outubro de 2011 e

Instruções Normativas nº 1 e nº 2, de 26 de agosto de 2011, e as Instruções Normativas

nº 3 e nº 4, de 14 de outubro de 2011(PRESIDENCIA DA REPÚBLICA, 2007).

c) Cidades com adensamento populacional;

d) Cidades pólos com desenvolvimento;

e) População em assentamentos em área urbana e rural, conforme Lei

11.977/2011.

8 PERÍODOS DE EXECUÇÃO DO PLANO

O período para implantação deste Plano de Expansão do Projeto de

Regularização Fundiária será de Setembro de 2012 a Dezembro de 2014.

8.1 CRONOGRAMA DO PLANO

Page 21: SECRETARIA DE ESTADO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL, TRABALHO

21

ATIVIDADE MÊS ANO

Etapa de Adesão e Pactuação - Fase I janeiro/ junho 2012

Relatório Trimestral

janeiro a março 2012

abril a junho 2012

julho a setembro 2012

outubro a dezembro 2012

janeiro a março 2013

abril a junho 2013

julho a setembro 2013

outubro a dezembro 2013

janeiro a março 2014

abril a junho 2014

julho a setembro 2014

outubro a dezembro 2014

Entrega dos Títulos dezembro 2012/2014

2ª Etapa de Adesão e Pactuação – Fase II agosto a dezembro 2012

Relatório Trimestral janeiro a março 2013

abril a junho 2013

julho a setembro 2013

outubro a dezembro 2013

Entrega de Títulos dezembro 2014

3ª Etapa de Adesão e Pactuação – Fase III

Relatório

Entrega de Títulos dezembro 2012/2014

Page 22: SECRETARIA DE ESTADO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL, TRABALHO

22

9 UM BREVE HISTÓRICO DA SISTEMÁTICA DE ADESÃO E

PACTUAÇÃO

A sistemática de Adesão ocorrerá quando o Município oficialmente enviar a

SST (Secretaria de Estado da Assistência Social Trabalho e Habitação) um pedido

de adesão ao Plano justificando-se através do quadro de irregularidade fundiárias do

município. Com a Pactuação formalizada a Gestora/Executora mobiliza o município

aderente ao Plano para consolidar o Contrato de Credenciamento entre município,

SST e Empresa Credenciada.

9.1 DIRETRIZES DE ADESÃO E PACTUAÇÃO

As diretrizes de adesão ao Plano de Expansão Estadual de Regularização

Fundiária ocorrerão em face das ações a seguir:

a) A Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação – SST,

promoverá a partir da localização das áreas prioritárias, o chamamento dos Gestores

municipais para apresentação do Plano de Expansão Estadual de Regularização

Fundiária e adesão;

b) Após a adesão dos municípios ao Plano, a Secretaria de Estado da Assistência

Social, Trabalho e Habitação visitará o município para formalização e credenciamento;

c) A Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação,

juntamente com a Empresa Credenciada organizará a equipe técnica de trabalho no

nível municipal, composta por: Técnicos da área de Assistência Social, da Habitação e

Urbanismo. A Empresa Credenciada será composta por: Técnico Administrativo,

Técnico Social, Técnico de Engenharia, Jurídico, e serviços específicos de mediação e

arbitragem;

d) Após a estruturação da equipe técnica, sua formação é registrada em ata

própria, com a finalidade de instruir formalmente parte do processo de Regularização

Fundiária.

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23

9.2 INCUMBÊNCIAS DA EMPRESA CREDENCIADA PARA EXECUÇÃO DO

PLANO

Mediante aos formulários de Adesão e Pactuação, a Empresa Credenciada

deverá:

a) Ser apresentada ao Município sobre a coordenação da equipe da

Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação;

b) Ter equipes de trabalho com suportes administrativo, técnico social, técnico

de engenharia, jurídico e serviços específicos de mediação e arbitragem;

c) Abastecer as telas de sistemas de trabalho e colocar quais os tipos de

Relatório que a mesma possui;

d) Comunicar ao Município e a Diretoria de Habitação da SST (Secretaria de

Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação) através de meio eletrônico, todas as

dificuldades encontradas e não resolvidas dentro das datas estabelecidas.

9.2.1 Responsabilidades da Empresa Credenciada

A empresa Credenciada ao Plano Estadual de Regularização Fundiária tem como

responsabilidades as seguintes vertentes:

a) Trabalhar a Regularização Fundiária em todo e qualquer município que

obedeça aos termos de Adesão e Pactuação do Plano Estadual de Regularização

Fundiária, os quais serão sinalizados com base nos critérios específicos pela Secretaria

de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação, adequados de modo a garantir a

integral conclusão do cronograma proposto, observando a capacidade técnica

comprovada pela mesma, que deverá dispor dos setores: administrativo, técnico social,

técnico de engenharia, jurídico, de mediação e arbitragem.

b) Seguir o Plano de Expansão Estadual para Regularização Fundiária;

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24

c) Subsidiar quando requisitado pelo Gestor/Executor na realização de

discussões comunitárias, audiências públicas, regulamentação no âmbito municipal e

Estadual para eficiência do Plano;

d) Atender os critérios de valor determinado no Edital nº 0046/2012, sempre

restando disponível a forma de pagamento parcelado, com o fito de atender às condições

sociais do beneficiado de todos os munícipes envolvidos no referido Plano.

e) Arcar com o ônus físico financeiro da realização do trabalho mediante

contrato administrativo com o beneficiário;

f) Ao constatar situações de ocupação de famílias em locais de risco,

impedimento ou inapropriado, emitir relatório circunstanciado ao Ministério Público,

prefeitura Municipal e o Gestor/Executor para as providências de remoção através de

recursos próprios ou obtidos junto ao Governo Federal conforme previsto no Edital de

Licitação nº 0046/2012em anexo.

g) A Empresa Credenciada fica impedida do uso da identidade visual do

Governo do Estado sem o aval prévio da Gestora/Executora;

h) Para execução dos trabalhos nos Municípios, a Empresa Credenciada deverá

colocar em uma área de circulação pública uma placa com caráter informativo (ANEXO

XI) com as seguintes informações:

Titulo da Placa (Plano de Expansão para Regularização Fundiária “Lar Legal”);

Entidades Cooperadas;

Tipo de Atividade;

Término Previsto;

Equipe Técnica Responsável.

i) A Empresa Credenciada deverá comunicar oficialmente ao Ministério

Público, quando houver múltipla propriedade consolidada com o mesmo dono;

j) Prezar pela máxima eficiência com o mínimo de custo no projeto ora

proposto, apoiando e participando de todas as ações dos partícipes integrantes do Plano

Estadual de Regularização Fundiária.

j) Cumprir com o Contrato de Prestação de Serviços, respondendo em caso

de descumprimento contratual com a Credenciada, beneficiário e o Município, perante

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25

a Secretaria de Assistência Social, Trabalho e Habitação na responsabilidade civil e

criminal a ser apurada;

OBS: Não imputando a entidade Gestora/Executora qualquer prejuízo

financeiro eventual diante de quebra contratual.

9.2 RESPONSABILIDADES DA EQUIPE TÉCNICA MUNICIPAL

a) Confirmação das áreas prioritárias, conforme CAD Único (Cadastro

Único);

b) Delimitar juntamente com as Secretarias de Habitação, Assistência Social e

Planejamento do Município as áreas de trabalho mediante cronograma específico para o

trabalho da equipe técnica;

c) A decisão das prioridades deverá ser subsidiada pelos documentos das

Plantas, das Matriculas, do cadastro Municipal, dos levantamentos com base em

georeferenciamento, aero fotos e/ou memorial descritivo das áreas a serem trabalhadas;

d) Apresentar documentação desejada num prazo de 30 dias, que deflagrem o

processo de trabalho, caso contrário será feito um comunicado formal ao Prefeito

Municipal para conferir seu interesse na Execução do Plano;

e) Preencher o Relatório de Atividades através do portal da Secretaria de

Estado da Assistência, Social Trabalho e Habitação/SST, a cada 30 dias para conferir o

status da execução do Plano de Regularização no Município. Esta Secretaria

disponibilizará do sistema de Relatório Eletrônico de acompanhamento de execução da

Regularização Fundiária, cuja capacitação desse Sistema será fornecida pelo Órgão

Executor em questão.

Obs.: Todo o processo de priorização de áreas, ordenação, acompanhamento e

avaliação serão executados pela Secretaria de Estado da Assistência Social,

Trabalho e Habitação através da Diretoria de Habitação e da Coordenação do

Plano

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9.5 ETAPAS DE TRABALHO ELABORADO PELA GESTORA/EXECUTORA

a) A Prefeitura estabelece contato com a Secretaria para aderir ao Plano Estadual

de Regularização Fundiária;

b) Firma o Contrato Administrativo de Credenciamento entre Prefeitura, Empresa

Credenciada e a Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e

Habitação;

c) A Empresa Credenciada iniciará os trabalhos técnicos no Município

(levantamento detalhado de cada área a ser regularizada e determinação de

cronograma pela equipe de Regularização Fundiária instituída nos municípios);

d) A Credenciada executará: (I) levantamentos documentais/cadastramento nos

locais (áreas) definidas pelo município; (II) atendimento nos locais conflitantes

necessários; (III) medições/topografia específicas e individuais de cada lote em

regularização e (IV) preparação e ajuizamento da demanda judicial coletiva do

projeto “Lar Legal”.

e) A Gestora/Executora juntamente com o Município e a Empresa Credenciada

realizarão reunião consultiva com o Promotor de Justiça responsável da

Comarca (MP/SC), para apresentar e contextualizar a respeito de cada área

designada ao desenvolvimento dos trabalhos, verificando os óbices legais

existentes;

f) A Empresa Credenciada Realizará a identificação do proprietário de cada área

designada e apta a ser Regularizada de acordo com a Lei 11977/2009 e a

Resolução Nº 11/2008-CM para em seguida firmar “Protocolo de Intenções”

(autorização expressa de regularização da área pelo morador).

g) Iniciam-se reuniões explicativas nas comunidades conforme cronograma

determinado pela equipe de Regularização Fundiária instituída no Município.

h) Após a seleção das áreas conforme lei 11977/2009 e Resolução 11/08/CM e

obtido a manifestação favorável do Ministério Público quanto a legalidade das

áreas a serem regularizadas, a Credenciada iniciará o processo de cobrança dos

aderentes através de um Contrato de Serviços e Procuração para a regularização

da área pelo morador beneficiado;

i) A Credenciada ingressará em Juízo a Ação Judicial de Regularização Fundiária,

acompanhando toda a tramitação, e cumprindo com celeridade e os despachos e

providências determinadas pelo juízo;

j) Entrega dos títulos de propriedade pelo Poder Judiciário, Governo do

Estado/SST, Ministério Público, Assembléia Legislativa e Prefeitura.

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27

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Estatuto da Cidade: Lei 10.257/2001 que estabelece diretrizes gerais da

política urbana. Brasília, Câmara dos Deputados, 2001, 1a Edição.

BRASIL. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

www.ibge.gov.br/catálogos/indicadores. Acesso em junho 2010.

BRASIL. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Decreto nº 6.135. Brasília: Casa Civil,

2007.

BRASIL. Lei 11.977, de julho de 2009. Dispõe sobre o Programa Minha Casa, Minha

Vida. PMCMV e a Regularização Fundiária de Assentamento localizados e, áreas

urbanas e dá outras providências. In: Diário Oficial da União, Brasília. v.540, n.128,

p.2. 8 de jul. 2009.

PODER JUDICIÁRIO, A SECRETARIA DE ESTADO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL,

TRABALHO E HABITAÇÃO, MINISTÉRIO PÚBLICO, PODER LEGISLATIVO.

Plano de trabalho para Cooperação entre o Poder Judiciário, a Secretaria de

Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação, o Ministério Público e o Poder

Legislativo. Florianópolis: 2011.

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ANEXOS

Anexo I: Mapas demonstrativos sobre Vulnerabilidade Social com renda per

capita inferior a R$ 70,00 e IDH 0,68 conforme cadastro da Bolsa Família;

Anexo II: Mapas demonstrativos da distribuição do CAD Único;

Anexo III: Mapa ilustrativo do CAD Único – 10.000 a 17.500 relacionado ao

Termo de Adesão do Plano de Expansão de Regularização Fundiária;

Anexo IV: Mapa ilustrativo do CAD Único –4.000 a 9.999, relacionado ao

Termo de Adesão do Plano de Expansão de Regularização Fundiária;

Anexo V: Mapa ilustrativo do CAD Único – 1.000 a 3.999, relacionado ao

Termo de Adesão do Plano de Expansão de Regularização Fundiária;

Anexo VI: Termo de Cooperação Institucional;

Anexo VII: Resolução 11/08 do Tribunal de Justiça do Estado de Santa

Catarina;

Anexo VIII: Edital de Credenciamento Nº 0046/2012.

Anexo IX: Edital de Credenciamento Nº 0051/2011;

Anexo X: Termo de Contrato Administrativo;

Anexo XI: Placa Informativa do Plano Estadual de Regularização Fundiária.