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Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos Secretaria Executiva de Desenvolvimento e Assistência Social Gerência de Planejamento, Projetos e Capacitação

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Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos HumanosSecretaria Executiva de Desenvolvimento e Assistência Social

Gerência de Planejamento, Projetos e Capacitação

Temática: “O SUAS e a População em

Situação de Rua”

“PROPOSTA METODOLÓGICA – UM OLHAR PARA A POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA”

Pressupostos Metodológicos

Estabelecer vínculos que permitam criar relações de confiança;

Possibilitar o direito à convivência familiar e comunitária;

Incentivar a organização social, reconhecendo o protagonismo;

Reconhecer a trajetória de vida e a sua individualidade;

Redução de Danos;

Promover ações que construam alternativas de produção de bens e cidadania;

Denunciar os mecanismos e situações de exclusão;

Promover acesso à rede socioassistencial, aos demais órgãos do Sistema de

Garantia de direitos e as demais políticas públicas;

Estabelecer parcerias para construção de alternativas: poder público,

universidades e outros.

Metodologia

1º – Conhecer a realidade

Estudo para embasamento teórico;

Estudo do território – mapear e identificar os locais de

permanência e circulação de pessoas em situação de rua;

Avaliar as causas que levam as pessoas para a rua;

Identificar e conhecer a rede de solidariedade.

2º – Construção de vínculo

Busca ativa qualificada;

Convivência e acolhida;

Escuta qualificada;

Reconhecer a trajetória de vida (costumes e crenças);

Conhecer as experiências vivenciadas na rua e o contexto no

qual o povo está inserido;

Encaminhamentos imediatos necessários;

Práticas de Redução de danos;

Articulação e parceria para atendimento.

O mais importante nestes

momentos não é

preencher um cadastro ou

ficha, mas conhecer o

ambiente e as pessoas, ou

seja conversar, observar e

apresentar a si e o Serviço.

3º – (Re)Construção da Cidadania

Resgate da cidadania (documentação, acesso a direitos

etc.);

Fortalecimento de relações solidárias;

Estimular e apoiar o desenvolvimento de ações coletivas;

Preenchimento de Ficha Cadastral;

Propor atendimentos social, psicológicos ou psicossocial –

individual ou em grupo, ou familiar;

Estabelecer técnico de referência – preferencialmente a

partir da identificação/vínculo do usuário com o profissional.

4º – Fortalecimento da autoestima

Preenchimento de Prontuário;

Construção de Plano de Atendimento/ Projeto de Vida;

Inserir na rede socioassistencial e serviços das demais

políticas públicas;

Inserir no CadÚnico;

Estudo de caso;

Realizar atividades de grupo.

5º – Contextualizar e dar visibilidade

Instrumentais de acompanhamento do trabalho realizado na

rua – exemplo: planilhas de visita/identificação;

Construção de indicadores para monitoramento e avaliação

do trabalho;

Georeferenciamento e Geoprocessamento dos dados do

território e dos atendimentos;

Realizar assembleias;

Organizar seminários, congressos, debates e encontros

para capacitação e formação.

6º – Participar na formulação e implementação de políticas

públicas

Construção de fluxos e protocolos de atendimento e

acompanhamento;

Superar a adoção de medidas emergenciais;

Inclusão nos projetos municipais, estaduais e federais de

habitação;

Promoção da inclusão produtiva através da geração de

trabalho e renda;

Instituição de fóruns de discussão e comitês de

acompanhamento e monitoramento.

Vale lembrar que a

Abordagem Social não

está relacionada a retirada

compulsória dessas

pessoas das ruas. Tal

remoção desrespeita o

direito do cidadão e o

desconsidera como sujeito

= prática preconceituosa,

não resolve a situação e

transfere o indivíduo de

local.

“É importante ressaltar que para o sucesso é relativo a especificidade

de cada caso e não corresponde somente à expectativa da equipe e

da sociedade, mas principalmente do usuário. Sendo assim, não só a

emancipação social de uma pessoa que se encontrava em situação

de rua pode ser considerada como sucesso. Da mesma forma, o

retorno dessa pessoa às ruas nem sempre pode ser considerado

como fracasso. O sucesso do trabalho com a população em situação

de rua é baseado no planejamento a longo prazo das ações a serem

desenvolvidas e, principalmente, no respeito à vontade de cada um.”

(Caminhos para a Cidadania, 2012)

GERÊNCIA DE PLANEJAMENTO, PROJETOS E CAPACITAÇÃO – GPPC

(81) 3183-3051 / 3183-3042

[email protected]