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Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos Secretaria Executiva de Desenvolvimento e Assistência Social Gerência de Planejamento, Projetos e Capacitação

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Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos Secretaria Executiva de Desenvolvimento e Assistência Social

Gerência de Planejamento, Projetos e Capacitação

BENEFÍCIOS EVENTUAIS NO CONTEXTO DO SUAS: CARACTERIZAÇÃO E

REGULARIZAÇÃO

2014

PROCESSO HISTÓRICO

AUXÍLIO NATALIDADE E AUXÍLIO FUNERAL

No âmbito da Previdência Social:

Existência - De 1954 a dezembro de 1995 Instituídos como prestação única a todos os segurados e seus dependentes, no valor de:

Auxílio-natalidade - 1 Salário Mínimo

Auxílio funeral - Até 2 Salários Mínimos

PROCESSO HISTÓRICO

AUXÍLIO NATALIDADE E AUXÍLIO FUNERAL

Restringidos com a aprovação da Lei nº 8.213/91: Aos segurados com renda equivalente, à época, até 3 SM e redução do valor do pagamento.

Extintos pelo Dec. 1.744/95 com fundamento na Lei n.º 8.213/91* e LOAS/93 (Art. 40).

* Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências

PROCESSO HISTÓRICO

AUXÍLIO NATALIDADE E AUXÍLIO FUNERAL

No âmbito da Assistência Social:

Antes da LOAS : Identificação como Assistencialista.

LOAS/93 : Institui como BEs focalizados no seguimento mais pobre da população (renda mensal per capita familiar inferior a ¼ do SM).

ATIVIDADE 2: COM BASE NA RESOLUÇÃO Nº 39, DE 9 DE

DEZEMBRO DE 2010, IDENTIFICAR A POLÍTICA PÚBLICA RESPONSÁVEL

PELA PROVISÃO DE CADA BENEFÍCIO.

O QUE NÃO SÃO PROVISÕES DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

RESOLUÇÃO Nº 39, DE 9 DE DEZEMBRO DE 2010

Dispõe sobre o processo de reordenamento dos Benefícios Eventuais no âmbito da Política de Assistência Social em relação à Política de Saúde.

Art. 1º: Afirma que não são provisões da política de assistência social os itens referentes a órteses e próteses, tais como aparelhos ortopédicos, dentaduras, dentre outros; cadeiras de roda, muletas, óculos e outros itens inerentes à área de saúde, integrantes do conjunto de recursos de tecnologia assistiva ou ajudas técnicas, bem como medicamentos, pagamento de exames médicos, apoio financeiro para tratamento de saúde fora do município, transporte de doentes, leites e dietas de prescrição especial e fraldas descartáveis para pessoas que têm necessidades de uso.

O QUE NÃO SÃO PROVISÕES DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

O QUE NÃO SÃO PROVISÕES DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

RESOLUÇÃO Nº 39, DE 9 DE DEZEMBRO DE 2010

Art. 4º: Recomendar a observância dos marcos regulatórios quanto às provisões da política de saúde, dentre outras, a baixo relacionadas: I. Política nacional de saúde da pessoa com deficiência - (Portaria Ministério da

Saúde - MS nº 1.060, de 05 de junho de 2002); II. Concessão de medicamentos - (Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 – art.

6º e Decreto nº 3.298); III. Concessão de órteses e próteses - (Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de

1999 – arts. 18 e 19; Portaria MS nº 116, de 09 de setembro de 1993; Portaria MS nº 146, de 14 de outubro de 1993; Portaria MS nº 321/2007);

O QUE NÃO SÃO PROVISÕES DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

O QUE NÃO SÃO PROVISÕES DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

RESOLUÇÃO Nº 39, DE 9 DE DEZEMBRO DE 2010

Art. 4º: Recomendar a observância dos marcos regulatórios quanto às provisões da política de saúde, dentre outras, a baixo relacionadas: IV. Alimentação e nutrição (Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 – art. 17); V. Saúde bucal (Política Nacional de Saúde Bucal – Programa Brasil Sorridente); VI. Concessão de óculos (Portaria Normativa Interministerial Ministério da

Educação - MEC/MS nº 15, de 24 de abril de 2007 – Projeto Olhar Brasil) e Portaria MS nº 254, de 24 de julho de 2009).

O QUE NÃO SÃO PROVISÕES DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

OS BENEFÍCIOS ASSISTENCIAIS

Integram a política de assistência social e se configuram como direito do cidadão e dever do Estado. São prestados de forma articulada, por meio da inclusão dos beneficiários(as) e de suas famílias nos serviços socioassistenciais e de outras políticas setoriais, ampliando a proteção social e promovendo a superação das situações de vulnerabilidade e risco social.

OS BENEFÍCIOS ASSISTENCIAIS

OS BENEFÍCIOS ASSISTENCIAIS

Os Benefícios Assistenciais se dividem em duas modalidades direcionadas a públicos específicos: Benefício de Prestação Continuada (BPC); Benefícios Eventuais.

BENEFÍCIOS DE PRESTAÇÃO CONTINUADA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL (BPC)

Garante a transferência mensal de 1 (um) salário mínimo vigente ao idoso, com

idade de 65 anos ou mais, e à pessoa com deficiência, de qualquer idade. Em ambos os casos, devem comprovar não possuir meios de prover a própria

manutenção, nem tê-la provida por sua família.

BENEFÍCIOS EVENTUAIS

Eles são benefícios da Política de Assistência Social de caráter SUPLEMENTAR e PROVISÓRIO, prestados aos cidadãos e às famílias em virtude de nascimento, morte, situações de vulnerabilidade temporária e de calamidade pública. Os benefícios eventuais integram as garantias do Sistema Único de Assistência Social – SUAS, e são regulados no município por meio de resolução do conselho municipal de assistência social ou por iniciativa do gestor municipal de assistência social, portanto os seus beneficiários(as) também são usuários(as) dos serviços socioassistenciais no município.

BENEFÍCIOS EVENTUAIS

OBJETIVO: Visam o atendimento das necessidades humanas básicas e devem ser integrados aos demais serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social no município, contribuindo dessa forma, com o fortalecimento das potencialidades de indivíduos e familiares.

BENEFÍCIOS EVENTUAIS

LEGISLAÇÃO: Assegurados: Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS (Lei 8.742, de 7 de

dezembro de 1993). Regulamentada: Conselho Nacional de Assistência Social - CNAS, por meio da

Resolução Nº 212, de 19 de outubro de 2006. União, por intermédio do Decreto Nº 6.307, de 14 de dezembro de 2007. Estabeleceram critérios orientadores para a regulamentação e provisão de Benefícios Eventuais no âmbito da Política Pública de Assistência Social pelos Municípios, Estados e Distrito Federal.

BENEFÍCIOS EVENTUAIS

LEGISLAÇÃO: ESTADO DE PERNAMBUCO - LEI Nº 14.984, de 13 de maio de 2013.

Institui a concessão de benefícios eventuais em decorrência de situação de vulnerabilidade temporária, de calamidade pública e de situação de emergência, nos termos da Lei Federal nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993, Lei Orgânica da Assistência Social.

BENEFÍCIOS EVENTUAIS

REGULAMENTAÇÃO: A forma e regulamentação dos benefícios eventuais devem observar alguns aspectos: 1. Os benefícios eventuais serão regulamentados pelos municípios e Distrito

Federal. Esta legislação será baseada em critérios e prazos definidos pelo Conselho Nacional de Assistência Social, atualmente previstos na Resolução 212 do CNAS;

2. As características dos benefícios eventuais foram definidas pela União por meio do Decreto nº 6.307 de 14 de dezembro de 2007;

BENEFÍCIOS EVENTUAIS

REGULAMENTAÇÃO: 3. Os Estados devem destinar recursos financeiros aos municípios, a título de

participação no custeio; 4. A regulamentação e a adoção de critérios de acesso aos benefícios eventuais

devem ser feitas de acordo com a Política Nacional de Assistência Social.

BENEFÍCIOS EVENTUAIS

MODALIDADES:

decreto 6.307/2007

1. Auxílio por natalidade; 2. Auxílio por morte; 3. Atendimento a situações de vulnerabilidade temporária; 4. Atendimento a situações de calamidade pública.

BENEFÍCIOS EVENTUAIS

MODALIDADES:

Auxílio por natalidade (art. 3º) Na eventualidade de nascimento de um membro da família, este benefício atende alguns aspectos: 1. Necessidades do bebê que vai nascer; 2. Apoio à mãe nos casos em que o bebê morre logo após o nascimento ou nasce

morto; 3. Apoio à família no caso de morte da mãe.

BENEFÍCIOS EVENTUAIS

MODALIDADES:

Auxílio por morte (art. 4º) É voltado para suprir a família nas ocasiões relacionadas ao falecimento de algum de seus membros.

1. Despesas de urna funerária, velório e sepultamento; 2. Necessidades urgentes da família para enfrentar riscos e vulnerabilidades

advindas da morte de um de seus membros; 3. Ressarcimento, no caso da ausência do benefício eventual no momento em que

este se fez necessário.

BENEFÍCIOS EVENTUAIS

MODALIDADES:

Atendimento a situações de vulnerabilidade temporária (Art. 7º)

Caracteriza-se pelo advento de riscos, perdas e danos à integridade pessoal e familiar e pode decorrer de:

1. Falta de acesso a condições e meios para suprir a necessidade social cotidiana

da família, principalmente a de alimentação; 2. Falta de documentação; 3. Falta de domicílio.

BENEFÍCIOS EVENTUAIS

MODALIDADES:

Atendimento a situações de vulnerabilidade temporária (Art. 7º)

4. Situação de abandono ou impossibilidade de garantir abrigo aos filhos; 5. Perda decorrente da ruptura de vínculos familiares da presença de violência

física ou psicológica na família ou por situações de ameaça à vida; 6. Situações de desastres e calamidade pública; 7. Outras situações sociais identificadas que comprometam a sobrevivência.

BENEFÍCIOS EVENTUAIS

MODALIDADES:

Atendimento a situações de calamidade pública (art. 8º)

Para atendimento de vítimas de calamidade pública, poderá ser criado benefício eventual de modo a assegurar-lhes a sobrevivência e a reconstrução de sua autonomia, nos termos do § 2º do art. 22 da Lei nº 8.742, de 1993. (LOAS)

(§ 2º Poderão ser estabelecidos outros benefícios eventuais para atender necessidades advindas de situações de vulnerabilidade temporária, com prioridade para a criança, a família, do idoso, a pessoa portadora de deficiência, a gestante, a nutriz e nos casos de calamidade pública.)

BENEFÍCIOS EVENTUAIS

MODALIDADES:

Calamidade pública

É o reconhecimento pelo poder público de situação anormal, advinda de baixas ou altas temperaturas, tempestades, enchentes, inversão térmica, desabamentos, incêndios, epidemias, causando sérios danos à comunidade.

PRINCÍPIOS

Integração à rede de serviços socioassistenciais, com vistas ao atendimento das necessidades humanas básicas;

Proibição de subordinação a contribuições prévias e de vinculação a contrapartidas;

Adoção de critérios de elegibilidade em consonância com a Política Nacional de Assistência Social - PNAS;

Garantia de qualidade e prontidão de respostas aos usuários, bem como de espaços para manifestação e defesa de seus direitos

Ampla divulgação dos critérios para a sua concessão; e

Desvinculação de comprovações complexas e vexatórias de pobreza, que estigmatizam os benefícios, os beneficiários e a política de assistência social.

ATIVIDADE 3

ATIVIDADE EM GRUPO Grupo 1 : Análise a lei municipal a luz do decreto nº 6.307, de 14 de dezembro

de 2007. Grupo 2 : Análise a lei municipal a luz da resolução nº 39, de 9 de dezembro de

2010. Grupo 3 : Análise da lei municipal a luz da resolução nº 212, de 19 de outubro de

2006.

ATIVIDADE 4

ATIVIDADE EM GRUPO De acordo com os conteúdos apresentados e dos marcos legais, elaborar plano ou diretrizes para revisão da lei de bernefícios eventuais do seu município.

ATENÇÃO!!!

Envolver diversos atores - A ideia é oferecer diversos olhares sobre o assunto, a fim de propiciar ampliação e aprofundamento da reflexão, bem como subsidiar formulações que qualifiquem a prestação desses benefícios;

Desafios - que os benefícios eventuais se tornem instrumentos de proteção social juntamente com as demais provisões da política de assistência social, indicando novas configurações para esses benefícios;

Normatização e o Reordenamento - da prestação dos benefícios eventuais no município contribuirá para a consolidação do novo modelo de gestão da assistência social.

NÃO DEIXE DE CONSULTAR!

O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) por meio da: Resolução nº 212, de 19 de outubro de 2006 - Propõe critérios orientadores

para a regulamentação da provisão de benefícios eventuais no âmbito da política pública de assistência social.

Resolução nº 39, de 9 de dezembro de 2010 - Dispõe sobre o processo de reordenamento dos Benefícios eventuais no âmbito da Política de Assistência Social em relação à Política de Saúde. A União por meio do decreto nº 6.307, de 14 de dezembros de 2007. Estabeleceram critérios orientadores para a regulamentação e provisão de Benefícios Eventuais no âmbito da Política Pública de Assistência Social pelos Municípios, Estados e Distrito Federal.

ATENÇÃO!!!

RESOLUÇÃO Nº 212, DE 19 DE OUTUBRO DE 2006 (Art. 3º) Recomendar aos órgãos gestores e Conselhos de Assistência Social das três esferas de governo que o reordenamento tratado nesta resolução se dê por meio de um processo de transição construído de maneira planejada e articulada com gestores e conselhos de saúde nas respectivas esferas de governo, com definição das necessidades, estratégias, atividades e prazos.

OBRIGADA !

GERÊNCIA DE PLANEJAMENTO, PROJETOS E CAPACITAÇÃO – GPPC

(81) 3183-6956 / 3183-3258 / 3183-3259

[email protected]