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Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos Secretaria Executiva de Desenvolvimento e Assistência Social Gerência de Planejamento, Projetos e Capacitação

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Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos Secretaria Executiva de Desenvolvimento e Assistência Social

Gerência de Planejamento, Projetos e Capacitação

Contribuições do SUAS para as Ações de Proteção e Prevenção à Usuários de Substâncias Psicoativas

Catarina Medeiros Psicóloga Pós-graduada em Dependência QuÍmica

O incremento do uso de drogas vem sendo associado à situação de vulnerabilidade social vivida, sobretudo, pelas classes sociais desfavorecidas, bem como à cultura do consumo do prazer imediato em nossa sociedade. Sobre o primeiro aspecto, considera-se que ampla parcela da sociedade vive permanentemente ameaçada pela instabilidade de suas condições de vida e pela exclusão social. A pobreza social e o desamparo político têm acarretado novas estratégias de sobrevivência, dentre as quais a entrada cada vez maior de jovens no mundo do tráfico (ZALUAR, 2004)

Marcos importantes para o trabalho social com a questão das drogas no SUAS

• POLÍTICA NACIONAL SOBRE DROGAS (Resolução CONAD Nº 3 de 2005)

Prevenção, Tratamento e Reinserção Social

Dentre seus objetivos, prevê: Reduzir as conseqüências SOCIAIS e de saúde decorrentes do uso de drogas

• Lei Nº 11.343, de 23 de agosto de 2006 – Sistema Nacional de Política sobre Drogas

Prevenção do uso indevido

Atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas

Repressão ao tráfico ilícito de drogas

• O reconhecimento da intersetorialidade;

• Abordagem multidisciplinar e interdependência e complementaridade entre: prevenção, atenção e reinserção social;

• Equilíbrio entre prevenção, atenção e reinserção social de usuários e repressão ao tráfico;

• Previsão de atuação de instituições de saúde e de ASSISTÊNCIA SOCIAL no atendimento aos usuários (art. 16).

Princípios:

• Lei Nº 11.343, de 23 de agosto de 2006

Art. 22. Princípios e diretrizes para a atenção e reinserção social:

Respeito ao usuário;

A adoção de estratégias diferenciadas de atenção e reinserção social dos usuários e familiares que considerem as suas peculiaridades socioculturais;

Definição de projeto terapêutico individualizado, orientado para a inclusão social e para a redução de riscos e de danos sociais e à saúde;

Atenção ao usuário de drogas e aos respectivos familiares, sempre que possível, de forma multidisciplinar e por equipes multiprofissionais.

2010 - INTEGRADO DE ENFRETAMENTO AO CRACK E OUTRAS DROGAS

DECRETO Nº 7179, de 20 de maio de 2010

• CONCRETIZA, DEFINITIVAMENTE, NO PAÍS, O PARADIGMA DA INTERSETORIALIDADE NO CAMPO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE DROGAS.

• ASSISTÊNCIA SOCIAL É DEFINITIVAMENTE CONVOCADA PARA O TRABALHO SOCIAL COM A QUESTÃO.

OBJETIVOS

• Prevenção do uso, tratamento e reinserção social de usuários de crack e outras drogas, contemplando a participação dos familiares e a atenção aos públicos vulneráveis.

DAS AÇÕES DO PLANO

• Executadas de forma descentralizada e integrada, têm como premissa a prevenção do uso, o tratamento e a reinserção social de usuários e o enfrentamento do tráfico de crack e outras drogas ilícitas.

PLANO INTEGRADO DE ENFRETAMENTO AO CRACK E OUTRAS DROGAS

Objetivo:

aumentar, substancialmente a oferta de tratamento de saúde e atenção aos usuários, aprimorar o enfrentamento ao tráfico de drogas e o desmantelamento das organizações criminosas ligadas ao tráfico, implantar o policiamento ostensivo de proximidade nos territórios onde haja concentração no uso de crack e outras drogas, com disponibilização de bases móveis policiais e de sistema de videomonitoramento fixo e móvel, assim como ampliar as atividades de prevenção por meio da educação, informação e capacitação, especialmente junto às escolas públicas.

O plano “Crack é Possível Vencer”

Ações para concretizar o PARADIGMA DA INTERSETORIALIDADE contemplado no país no Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas.

• DESTAQUES: - Planejamento de ações de caráter intersetorial; - Fortalecimento da rede de atendimento aos usuários de drogas e suas

famílias no SUS e SUAS - Fortalecimento da Intersetorialidade no campo da atenção, especialmente

entre SUS e SUAS; - Fortalecimento da intersetorialidade entre os eixos cuidado e autoridade,

articulando ações da saúde e assistência social, com as de segurança pública.

O plano “Crack é Possível Vencer”

PRINCIPAIS AVANÇOS PARA A ASSISTÊNCIA SOCIAL

- Fortalecimento do Serviço Especializado em Abordagem Social;

- Atuação conjunta das equipes de Consultórios na Rua e de Abordagem Social;

- Fortalecimento da articulação em rede no território entre

equipamentos do SUS e do SUAS.

Uso Abusivo ou Dependência de Crack e outras drogas:

Por que falar da política de Assistência Social?

A Constituição Federal de 1988 traz uma nova concepção para a Assistência Social brasileira. Incluída no âmbito da Seguridade Social e regulamentada pela Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS – em dezembro de 1993, como política social pública, a assistência social inicia seu trânsito para um campo novo: o campo dos direitos, da universalização dos acessos e da responsabilidade estatal.

A Política Nacional de Assistência Social elenca entre seus usuários:

Cidadãos e grupos que se encontram em situações de vulnerabilidade e riscos, inclusive por uso de substâncias psicoativas

• Acolhida - através de ações, cuidados, serviços e projetos operados em rede com unidade de porta de entrada destinada a proteger e recuperar as situações de abandono e isolamento de crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, restaurando sua autonomia, capacidade de convívio e protagonismo mediante a oferta de condições materiais de abrigo, repouso, alimentação, higienização, vestuário e aquisições pessoais desenvolvidas através de acesso às ações sócio-educativas;

• Convívio - através de ações, cuidados e serviços que restabeleçam vínculos pessoais, familiares, de vizinhança, de segmento social, mediante a oferta de experiências sócio-educativas, lúdicas, sócio-culturais.

• Sobrevivência (Renda e Autonomia) - através de benefícios continuados e eventuais que assegurem: proteção social básica

Seguranças Socioassistenciais afiançadas:

Potencialização de ações de prevenção, sobretudo em territórios de maior vulnerabilidade;

Atenção, em articulação com a saúde, às situações de vulnerabilidade e risco social, associadas ao uso de drogas.

Papel da Assistência Social

“Diferentes pessoas, usam diferentes drogas, em diferentes contextos, que podem conduzir a diferentes impactos”

Os impactos do uso de drogas incluem também aqueles do campo social. Assim como as condições sociais podem ter impacto sobre o próprio uso de drogas. Contexto

Droga

Indivíduo

SUAS: ENFRENTAMENTO AO CRACK E OUTRAS DROGAS

A assistência social historicamente tem atendido esta população, quando também vivenciam situações de vulnerabilidade ou risco social;

Para além da questão de saúde, uso de crack e outras drogas impacta na dimensão individual, familiar e social dos sujeitos;

A associação entre uso de drogas e vulnerabilidade social ou risco social pode levar a agravamentos na condição de saúde e das vulnerabilidade ou risco social;

O usuário deve ser atendido sob a perspectiva da integralidade: com atenção aos aspectos de saúde e o fortalecimento de outros campos de sua vida (relações familiares, sociais, etc.).

SUAS: ENFRENTAMENTO AO CRACK E OUTRAS DROGAS

VAMOS TOMAR UM CAFEZINHO?

NINGUEM É DE FERRO...

Prevenção: - Orientações/ações preventivas sobre uso de álcool ou outras drogas na família. - Ações intersetoriais nos territórios, sobretudo nos de maior vulnerabilidade.

Cuidado:

- -Identificação, sensibilização para tratamento e encaminhamentos à saúde. - -Acompanhamento, em articulação com a saúde, de famílias em situação de

vulnerabilidade social e uso/abuso de drogas no território; - -Fortalecimento de vínculos familiares/comunitários; - -Encaminhamentos para: Cadastro Único, acesso ao PBF, BPC, documentação; - -Ações em rede com as demais políticas (políticas de Educação, Trabalho e geração

de renda, dentre outras);

Possibilidades no trabalho social no SUAS – Proteção Social Básica

PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL Abordagem social nos espaços públicos

Serviço Especializado em Abordagem Social

CREAS

CENTRO POP

SERVIÇO DE ACOLHIMENTO

- Identificação de situações de uso de crack e outras drogas no atendimento a famílias em situação de risco social, sensibilização e encaminhamento para tratamento de saúde;

- Acompanhamento, INTEGRADO COM A SAÚDE, às situação de risco social

(violência, mse, etc.) e uso de drogas;

- Redução de riscos sociais;

- Reconstrução/fortalecimento de vínculos familiares;

- Articulação com a rede de assistência social, com a rede de políticas setoriais (políticas de Educação, Trabalho e geração de renda, dentre outras), órgãos de defesa de direitos, quando for o caso.

-

Proteção Social Especial - CREAS

“Atenção dia” à população em situação de rua

Espaços para: higienização, alimentação, guarda de pertences;

Trabalho social para:

• Construção do processo gradativo da saída da situação de rua, em articulação com abrigos/repúblicas e a rede das demais políticas;

• Fortalecimento da autonomia e construção de projetos de vida;

• Retomada do convívio familiar/comunitário;

• Trabalho articulado com saúde para acompanhamento de pessoas em situação de rua com abuso/dependência de crack e outras drogas, inclusive após período de tratamento em internação para dependência química;

• Inclusão no Cadastro Único (podendo ser usado como endereço), acesso a PBF, BPC;

• Encaminhamentos para acesso à documentação básica.

Proteção Social Especial – CENTRO POP

Acolhimento para pessoas em situação de rua que não demandem cuidados contínuos de saúde, até que se viabilize a transição para o retorno ao convívio familiar ou vida autônoma:

- Fortalecimento, resgate ou construção de novas vinculações familiares

- Construção do processo de saída da rua: autonomia, acesso a direitos

- Devem funcionar em estreita articulação com Centro POP

- Espaços estratégicos para: identificação de situações de uso de drogas, seguida da sensibilização e encaminhamento para saúde; desenvolvimento de ações preventivas no campo da saúde, inclusive uso de drogas.

- Articulação com rede de saúde, para trabalho adequado nas situações em acompanhamento também na saúde (tratamento)

Proteção Social Especial – Alta Complexidade

• Rede com CRAS, CREAS, Centro POP e CAPs articulados, com atenção

qualificada e integrada; • Equipes do SUS e SUAS atuando de forma integrada (planejamento,

acompanhamento, estudo de casos, avaliação de resultados dos processos de trabalho);

• Atuação conjunta de equipes de Abordagem Social e Consultórios na Rua;

O desafio da integração entre SUS e SUAS

• Estratégias de articulação para operacionalização da atenção articulada no

território, incluindo desenvolvimento de ações conjuntas.

• Capacitações para profissionais do SUS e SUAS

• Fortalecimento das ações de prevenção, cuidado e autoridade, de modo integrado.

O desafio da integração entre SUS e SUAS

"Sejam quais forem os resultados com êxito ou não, o importante é que no final cada um possa dizer: fiz o que pude.“

Louis Pasteur

GERÊNCIA DE PLANEJAMENTO, PROJETOS E CAPACITAÇÃO – GPPC

(81) 3183-6959 / 3183-3258 / 3183-3259

[email protected]