secretaria de desenvolvimento social, criança e juventude · exige ações profissionais e sociais...

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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude Secretaria Executiva de Assistência Social Gerência de Projetos e Capacitação Centro Universitário Tabosa de Almeida – (ASCES-UNITA)

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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social

Gerência de Projetos e CapacitaçãoCentro Universitário Tabosa de Almeida – (ASCES-UNITA)

Introdução ao Provimento dos Serviços e

Benefícios Socioassistenciais do SUAS

CURSO

Módulo I e III

Facilitador(a): Angélica Alves

O Curso

A estruturação do SUAS e a consolidação da

PNAS estão intrinsecamente relacionados as

práticas dos trabalhadores e gestores do SUAS

que deve repercutir diretamente na

compreensão, participação e protagonismo das

famílias contempladas pela política de

Assistência Social. Nesse sentido, O Curso

introduz o debate sobre o conhecimento, às

habilidades e às atitudes necessários ao

provimento dos serviços e benefícios

socioassistenciais do SUAS, e a implementação

das ações do Plano Brasil Sem Miséria.

Desenvolver competências em

gestores e técnicos da gestão estadual

e municipais quanto ao provimento

dos serviços e benefícios

socioassistenciais, previstos no SUAS.

Objetivo Geral

Módulo I – Assistência Social e a Garantia dos

Direitos Socioassistenciais por Meio do SUAS

Unidade 1 (03/04 – Manhã):

•Compreender a trajetória de construção do conceito e

das políticas de proteção social;

•Compreender a Assistência Social enquanto política

de garantia de direitos assegurados na Constituição de

1988;

•Descrever o campo específico de ação da Política de

Assistência Social.

Unidade 2 (03/04 – Tarde):

•Compreender os conceitos que fundamentam a

política de assistência social;

•Compreender e correlacionar os conceitos com o

Sistema Brasileiro de Proteção Social;

•Compreender e correlacionar os conceitos com o

SUAS.

Objetivos

Módulo I – Assistência Social e a Garantia dos

Direitos Socioassistenciais por Meio do SUAS

Unidade 3 (04/04):

(1ª Parte – Manhã)

•Descrever os princípios, diretrizes e eixos

estruturantes do SUAS;

•Descrever a arquitetura organizacional do SUAS;

•Identificar o lugar e a função desempenhada pelas

diferentes instâncias e equipamentos do SUAS;

(2ª Parte – Tarde)

•Descrever os diferentes serviços e benefícios

ofertados pelo SUAS, seus públicos e objetivos;

•Compreender as razões e os processos relacionados

à gestão integrada dos serviços e benefícios ofertados

pelo SUAS.

•Compreender o direito à renda como uma das

garantias da Proteção Social, para a redução das

desigualdades e fortalecimento da autonomia da

população.

Objetivos

Módulo III – O SUAS no Fortalecimento do Combate

à Pobreza, aos Riscos e às Vulnerabilidade Sociais

Unidade 1 (05/04 – Manhã):

•Compreender a importância do planejamento

estratégico e da integração de políticas públicas sociais

para o combate da pobreza, riscos e vulnerabilidades

sociais;

•Compreender o papel da Vigilância Socioassistencial

na identificação de vulnerabilidades e riscos, de forma

a subsidiar a gestão e o planejamento do trabalho

social.

Objetivos

Módulo III – O SUAS no Fortalecimento do Combate

à Pobreza, aos Riscos e às Vulnerabilidade Sociais

Unidade 2 (05/04 – Tarde):

•Compreender a importância da intersetorialidade e

integração das ações para o combate à pobreza, riscos

e vulnerabilidades sociais;

•Compreender o processo de construção de agendas

estratégicas, considerando atores envolvidos e a

necessidade de articulação e integração de políticas e

ações.

•Compreender o processo de integração entre os

serviços, benefícios e transferência de renda do SUAS

e sua relação com ações intersetoriais.

Objetivos

Unidade I

Módulo I Assistência Social e

a Garantia dos

Direitos

Socioassistenciais

por Meio do SUAS

O QUE É

PROTEÇÃO

SOCIAL

De diferentes formas, apesar de variaçõeshistóricas e culturais, todas as sociedadeshumanas desenvolveram alguma forma deproteção aos seus membros mais vulneráveis.

A proteção supõe, além da oferta de bensmateriais, o acesso a bens culturais, políticos,econômicos, sociais e simbólicos que permitema sobrevivência e a integração na vida social.

A PROTEÇÃO SOCIAL não é objeto de definiçãoconsensual. Há diferenças expressivas entre asexperiências nacionais e suas trajetóriashistóricas e institucionais. Há ainda diferençasentre autores e correntes analíticas quanto aoconceito, ao escopo das ofertas, às políticasque as integram ou sobre seu papel naregulação das sociedades modernas.

PROTEÇÃO SOCIAL TEM RELAÇÃO DIRETA COMO ACESSO AOS DIREITOS DE CIDADANIA NAFORMAÇÃO INTEGRAL DO SER, O QUE REVELAA NECESSIDADE DE AÇÕES INTERSETORIAIS EEM REDE.

PROTEÇÃO SOCIAL

“A Proteção Social pode ser definida como umconjunto de iniciativas públicas ou estatalmentereguladas para a provisão de serviços e benefíciossociais visando a enfrentar situações de risco socialou de privações sociais.”

(JACCOUD, 2009:58)

A PROTEÇÃO

SOCIAL NÃO SE

LIMITA A UMA

POLÍTICA SOCIAL

Advento do

Estado

Capitalista

nos

primórdios

da

industrialização

Questão

Social

Advento

Transformação

radical nos

mecanismos de

proteção social

realizada pelas

famílias, ordens

religiosas e

comunidades.

Conjunto de expressões que

definem as desigualdades

sociais.

Introdução Histórica e Conceitual sobrea Proteção Social

Revolução

Industrial

(Inglaterra,

França e

outros

países

europeus)

Aumento

massivo da

pobreza da

classe

trabalhadora

(condições

de vida

degradantes)

Posterior

organização

da classe

trabalhadora

em sindicatos

partidos –

movimentos

operário/

reivindicações.

Melhores

condições de

trabalho e

início das

primeiras

instituições de

proteção

social

Introdução Histórica e Conceitual sobrea Proteção Social

Com o advento do Estado Capitalista, nosprimórdios da industrialização, a questão socialse expressou pela primeira vez, provocandotransformação radical nos mecanismos deproteção social dos indivíduos, até então sob aresponsabilidade das famílias, ordens religiosase comunidades.

PROTEÇÃO SOCIAL

Com o desenvolvimento do assalariamento e daurbanização, são institucionalizados, no âmbitodo Estado, mecanismos complementares ousubstitutos ao aparato familiar, religioso ecomunitário de proteção social, configurando aemergência da política social nas sociedadescontemporâneas.

PROTEÇÃO SOCIAL

As desigualdades sociais não apenas passarama ser reconhecidas como problema social comotambém reclamaram a intervenção dospoderes políticos na regulação pública dascondições de vida e de trabalho dessestrabalhadores.

As lutas e reivindicações do movimentooperário (que inclusive organizou-se emsindicatos e partidos) geraram melhorescondições de trabalho e deram início asprimeiras instituições de proteção social.

Dinâmica com grupos:

Qual o modelo de Proteção Socialconstruído na história do Brasil?

Quem produz Proteção Social nos diferentescenários e territórios?

O que há de novo no modelo de ProteçãoSocial do SUAS?

PROTEÇÃO SOCIAL

ASSISTÊNCIA SOCIAL NO BRASIL

Elaborar a linha do tempo da Assistência social

Vídeo:A História da Assistência

Social no Brasil

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=qPE5MdntV2Y

Como está essa

história no seu

município

ASSISTÊNCIA SOCIAL NO BRASIL

Quando em nome da

Proteção Social cometemos a

exclusão

Quando produzimos desproteção

social nos serviços

Dinâmica com grupos:

ASSISTÊNCIA SOCIAL NO BRASIL

A ASSISTÊNCIA SOCIAL NO CAMPO DASEGURIDADE SOCIAL

A Seguridade Social é composta por três políticas dePROTEÇÃO SOCIAL:

A inclusão da política pública de AssistênciaSocial no Sistema Brasileiro de Proteção Socialpromove importantes rupturas na área.

Que rupturas foram essas

SEGURIDADE SOCIAL

Mas do que tratam essas rupturas?

É fundamental compreendermos que aassistência social, como um dos direitos daseguridade social brasileira, é responsável porum conjunto de desproteções sociais advindasdesde as fragilidades dos ciclos de vida humanoaté as socialmente construídas nas relaçõessociais estabelecidas na sociedade. “Fragilidadesessas que se constituem em desproteções oudemandas de proteção social que exigem acobertura por seguranças sociais a seremprovidas pela assistência social”(BRASIL/CAPACITASUAS 1, 2013, p.26).

A ASSISTÊNCIA SOCIAL NO CAMPO DASEGURIDADE SOCIAL

Unidade II

Módulo I Assistência Social e

a Garantia dos

Direitos

Socioassistenciais

por Meio do SUAS

PROTEÇÃO SOCIAL

Esse modelo Socioassistencial requer acompreensão de alguns conceitos queperpassam seu campo de intervenção:

POBREZA

RISCOS SOCIAIS

VULNERABILIDADE SOCIAL

POBREZA

Há uma relação estreita entre a situação depobreza ou ausência de renda do cidadão e suafamília com o acesso ao serviço público.

Que relação é essa? O que isso significa?

Problema social e econômico;

Insuficiência de Renda;

Insuficiência de acesso a alimentos e de seuconsumo;

RISCOS SOCIAIS

Diz respeito ao convívio conflituosoconfiguradas por ofensas, desigualdade,desrespeito à equidade e violações daintegridade física e psíquica.

São os riscos relacionados à violência física esexual nas formas de convívio.

São os riscos que surgem das relações e quelevam à apartação, isolamento, abandono eexclusão.

(Sposati, 2009)

OS RISCOS SOCIAIS OCORREM NO COTIDIANO DAS PESSOAS, NA VIDA

COMO ELA É, NOS TERRITÓRIOS ONDE ELAS VIVEM

Para trabalhar as situações de risco é necessárioproatividade e conhecer:

RISCOS SOCIAIS

VULNERABILIDADE SOCIAL

Decorre:

Da pobreza;

Da ausência de renda;

Do precário ou nulo acesso aos serviçospúblicos;

Da intempérie ou calamidade;

Da fragilização dos vínculos afetivos epertencimento social decorrentes dediscriminações etárias, étnicas, de gênero,relacionadas à sexualidade, deficiência, entreoutras.

É um fenômeno complexo, não semanifestando da mesma forma, o que exigeuma análise especializada para sua apreensãoe respostas intersetoriais para o seuenfrentamento;

VULNERABILIDADE SOCIAL

Se não compreendida e enfrentada, tende agerar ciclos intergeracionais de reprodução dassituações de vulnerabilidade vivenciadas;

As situações de vulnerabilidade nãoprevenidas ou não enfrentadas tendem a setornar uma situação de risco;

A vulnerabilidade não é sinônimo da pobreza;a pobreza é uma condição que agrava avulnerabilidade vivenciada pelas famílias.

VULNERABILIDADE SOCIAL

A vulnerabilidade não é um estado, umacondição dada, mas uma zona instável que asfamílias podem atravessar, nela cair oupermanecer ao longo da história.

“A ATUAÇÃO COM VULNERABILIDADES SIGNIFICA

REDUZIR FRAGILIDADES E CAPACITAR AS POTENCIALIDADES. ESSE É O SENTIDO EDUCATIVO DA

PROTEÇÃO SOCIAL [...]”

Sposati, 2009

A política pública de assistência social asseguradeterminados direitos de proteção social inscritosno âmbito da seguridade social brasileira, cujadeclinação se sustenta e se orienta pelasseguranças sociais as quais é responsável. (Sposatie Regules, 2013, p.13)

A PNAS (2004) identifica as seguranças sob aresponsabilidade da assistência social, e em tornodas quais se consolida o campo protetivo destapolítica. A partir de 2004, a assistência socialpassou a ter nova materialidade com construçãonacional e federativa do SUAS, posteriormenteconvertido em Lei nº 12.435/2011 alterando aLOAS .

PROTEÇÃO SOCIAL E ASSISTÊNCIASOCIAL NO BRASIL

Quais são as Seguranças

definidas pela PNAS (2004)?

Segundo a NOB SUAS 2012 são seguranças afiançadas pelo SUAS:

- Acolhida;

- Renda;

- Convívio ou Vivência Familiar, Comunitária e

Social;

- Desenvolvimento da Autonomia;

- Apoio e Auxílio.

Segurança de Acolhida: provida por meio da ofertapública de espaços e serviços para a realização daproteção social básica e especial, devendo asinstalações físicas e ação profissional conter:-Condições de recepção;- Escuta profissional qualificada;- Repasse de informações e orientações;- Estabelecimento de referência e contra referência;- Concessão de benefícios;- Aquisições materiais, econômicas, políticas, culturaise sociais;- Abordagem em territórios de maior vulnerabilidade ede incidência de situações de risco;- Oferta de uma rede de serviços e de locais depermanência de indivíduos e famílias sob curta, médiae longa permanência.

Segundo a NOB SUAS 2012:

Segurança de Renda: operada por meio daconcessão de auxílios e da concessão debenefícios continuados, nos termos da lei, paracidadãos não incluídos no sistema contributivode proteção social, que apresentemvulnerabilidades decorrentes do ciclo de vidae/ou incapacidade para a vida independente epara o trabalho.

Exemplos: BPC e PBF.

Segurança de Convívio ou Vivência Familiar,Comunitária e Social: exige a oferta pública econtinuada de serviços que garantamoportunidades e ação profissional para:a. A construção, a restauração e o

fortalecimento de laços de pertencimento,de natureza geracional, intergeracional,familiar, de vizinhança e interesses comuns esocietários;

b. O exercício capacitador e qualificador devínculos sociais e de projetos pessoais esociais de vida em sociedade.

Segurança de Desenvolvimento da Autonomia:exige ações profissionais e sociais para:a. O desenvolvimento de capacidades e

habilidades para o exercício doprotagonismo, da cidadania;

b. A conquista de melhores graus deliberdade, respeito à dignidade humana,protagonismo e certeza de proteção socialpara o cidadão, a família e a sociedade;

c. Conquista de maior grau deindependência pessoal e qualidade nos laçossociais, para os cidadãos sob contingências evicissitudes.

Exemplo: acesso a saúde, educação, documentaçãocivil, habitação, geração de trabalho, emprego e

renda.

Apoio e Auxílio: quando sob riscoscircunstanciais, exige a oferta de auxílios em bensmateriais e em pecúnia, em caráter transitório,denominados de benefícios eventuais para asfamílias, seus membros e indivíduos.

Exemplo: Auxílio funeral.

Os Benefícios Eventuais são assegurados peloartigo 22 da LOAS, e integram organicamente asgarantias do SUAS. A Resolução nº 212, de 19 deoutubro de 2006, do CNAS, e o Decreto nº 6.307,de 14 de dezembro de 2007, estabeleceramcritérios orientadores para a regulamentação eprovisão de Benefícios Eventuais no âmbito daPolítica Pública de Assistência Social pelosMunicípios, Estados e Distrito Federal.

DIREITOS SOCIAIS

Os Direitos Sociais têm por finalidade permitir

que as pessoas disponham de serviços que

garantam uma mínima qualidade de vida.

São os direitos que visam a garantir,

aos indivíduos, o exercício e usufruto

de direitos fundamentais em condições de

igualdade para que tenham uma vida digna

por meio da proteção e garantias dadas

pelo estado de direito.

Art. 6º São direitos sociais a educação, a

saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia,

o lazer, a Segurança, a previdência social, a

proteção à maternidade e à infância, a

assistência aos desamparados, na forma

desta Constituição.

DIREITOS HUMANOS

Direitos inerentes à pessoa humana, que

visam resguardar a sua integridade física e

psicológica perante seus semelhantes e

perante o Estado em geral. Destina-se a

limitar os poderes das autoridades,

garantindo, assim, o bem estar social através

da igualdade, fraternidade e da proibição de

qualquer espécie de discriminação.

Os profissionais do SUAS devem pautar suas

ações na promoção, proteção e defesa dos

direitos humanos.

Atividade – Trabalho em grupo – Segurançasafiançadas pelo SUAS.

Considerando a nossa prática, comoestamos propiciando-as/ garantindo-as?

Quais as dificuldades vivenciadas nocotidiana para propiciá-las?

Quais estratégias?

Unidade III

Módulo I Assistência Social e

a Garantia dos

Direitos

Socioassistenciais

por Meio do SUAS

SISTEMA ÚNICO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL (SUAS)

PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA

PROTEÇÃO SOCIAL

ESPECIAL

MÉDIA COMPLEXIDADE

ALTA COMPLEXIDADE

ALTA VULNERABI

LIDADE PESSOAL E

SOCIALCaráter

preventivo e de

inclusão social

CRASPAIF

CREASPAEFI

O SUAS tem a função de proteção, vigilância e defesa de direitos e oferta serviços,

benefícios, programas aos/às usuários/as.

CENTRO POP

PRINCÍPIOS DO SUAS

Supremacia do atendimento às necessidades sociaissobre as exigências de rentabilidade econômica;

Universalização dos direitos, a fim de tornar odestinatário da ação socioassistencial alcançável pelasdemais políticas públicas;

Respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia eao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bemcomo à convivência familiar e comunitária, vedando-sequalquer comprovação vexatória de necessidade;

Divulgação ampla dos benefícios, serviços, programase projetos assistenciais, bem como dos recursosoferecidos pelo Poder Público e dos critérios para suaconcessão.

Igualdade de direitos no acesso ao atendimento, semdiscriminação de qualquer natureza, garantindo-seequivalência às populações urbanas e rurais;

DIRETRIZES ESTRUTURANTES DO SUAS

Matricialidade sociofamiliar

Descentralização político-administrativa,comando único das ações em cada esfera degoverno;

Fortalecimento da relação democrática entreEstado e sociedade civil;

Controle social e participação popular.

Cofinanciamento das três esferas de governo

Primazia da responsabilidade do Estado àcondução da política de Assistência Social;

Monitoramento e avaliação constantes, comanálise e levantamento de informações;

Territorialização;

EIXOS ESTRUTURANTES

DO SUAS

Descentralização político administrativa; Participação e controle Social;Matricialidade Sociofamiliar; Território; Rede Socioassistencial; Intersetorialidade.

EIXOS ESTRUTURANTES DO SUAS

Descentralização político administrativa –indica que as três esferas têm responsabilidadesespecíficas e cooperadas. Tornou os municípiosautônomos e independentes no planoinstitucional.

Do ponto de vista do desenho da gestão da política de assistência social, podemos citar como uma relevante mudança nacional, a exigência de

implantação de Conselhos, Planos e Fundos de Assistência Social, nos três níveis de governo

(federal, estadual e municipal), enquanto instrumentos básicos da descentralização e

democratização, que possibilitam o acesso ao financiamento público.

Participação e controle Social – pode se dar

por meio das organizações representativas, naformulação e no controle das ações da política deassistência social, constitui-se na segunda diretrizda LOAS.

Matricialidade Sociofamiliar – o foco atribuídono SUAS, a centralidade da família, pressupõeromper com a lógica individualista de prestaçãodos serviços socioassistenciais, o que significaavançar da atenção individual ou ainda por faixaetária e por necessidades específicas, paraintervir considerando a dinâmica familiar.

FAMÍLIA OU FAMÍLIAS?

A família exerce uma função assistencialprimária;

Toda proteção passa pela via da famíliacom uma íntima relação com o território;

É preciso buscar a segurança deconvivência para a família e seus membros.

Por que a FAMÍLIA é o OBJETO DE PROTEÇÃO para a Política de

Assistência Social?

MATRICIALIDADE SOCIOFAMILIAR

Rede Socioassistencial – é composta por serviçospúblicos prestados pelo órgãos governamentais ou pororganizações e entidades de assistência social.

Intersetorialidade – refere-se ao diálogo comas demais políticas e setores, garantindo oacesso das famílias aos serviços setoriais e aoutros direitos e oportunidades. As normativasdo SUAS reconhecem a necessáriacomplementaridade entre os serviços dasdiversas políticas públicas sociais, visandogarantir proteção integral às famílias eindivíduos.

Território – é a base de organização do SUAS,temos de explicar que o território representamuito mais do que o espaço geográfico.

Trabalho em Grupo

O que você já sabe sobre ela?

Vídeo: Síntese da Tipificação - https://www.youtube.com/watch?v=UmrNuVraEKU

GESTÃO DOS BENEFÍCIOS

SOCIOASSISTENCIAIS

BENEFÍCIOS SOCIOASSISTENCIAIS

Benefício de Prestação Continuada (BPC) –Benefício constitucional previsto na LOAS e no Estatutodo Idoso, é provido pelo Governo Federal, consistindono repasse de 1 (um) salário mínimo mensal ao idoso(com 65 anos ou mais) e à pessoa com deficiência quecomprovem não ter meios para suprir sua subsistênciaou de tê-la suprida por sua família. Esse benefíciocompõe o nível de Proteção Social Básica, sendo seurepasse efetuado diretamente ao beneficiário.

O BPC foi instituído pela Constituição Federal de 1988, garantido no âmbito da proteção social não contributiva da Seguridade Social e regulamentado pela Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS, Lei nº 8.742, de 7/12/1993 e pelas Leis nº 12.435, de 06/07/2011 e nº 12.470, de 31/08/2011, que alteram dispositivos da LOAS e pelos Decretos nº 6.214/2007 e nº 6.564/2008. O BPC é coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS e operacionalizado pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS.

A partir da publicação, pelo Governo Federal, do Decreto nº 8.805, de 7 de julho de 2016, passa a ser exigida a inscrição de todas as

pessoas que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) no Cadastro Único para

Programas Sociais (CadÚnico) e no Cadastro de Pessoa Física (CPF).

Benefício Eventuais – são previstos no art. 22da LOAS e visam ao pagamento de auxílio pornatalidade ou morte, ou para atender asnecessidades advindas de situações devulnerabilidade temporária, com prioridade àcriança, à família, ao idoso, à pessoa comdeficiência, à gestante, à nutriz e também emcasos de calamidade pública.

Conforme o Decreto nº 6. 307, de 14 de dezembro de 2007, cabe aos municípios e DF, segundo estabelecido na LOAS, em seus artigos 14 e 15, destinar recursos financeiros para o custeio do pagamento dos auxílios natalidade e funeral, mediante critérios estabelecidos pelos Conselhos de Assistência Social do DF e dos Municípios. Os estados também têm a responsabilidade na efetivação desse direito ao destinar recursos financeiros aos municípios, a título de corresponsabilidade no custeio do pagamento dos auxílios natalidade e funeral, mediante critérios estabelecidos pelos Conselhos Estaduais de Assistência Social, de acordo com o disposto no art. 13 (OT, PAIF, p.41).

Transferência de Renda – Programa BolsaFamília – Benefício socioassistencial que temcomo meta o repasse direto de recursos dosfundos de Assistência Social aos beneficiários,como forma de acesso à renda; destina-se acombater a fome, a pobreza e outras formas deprivação de direitos, que levem à situação devulnerabilidade social.

PROTOCOLO DE GESTÃO

INTEGRADA DE SERVIÇOS,

BENEFÍCIOS E

TRANSFERÊNCIA DE RENDA

O Protocolo de Gestão Integrada de Serviços,Benefícios e Transferências de Renda, pactuado einstituído pela Resolução da ComissãoIntergestores Tripartite (CIT) nº 7, de 10 desetembro de 2009, estabelece os procedimentospara integração/articulação da gestão dos serviços,benefícios e transferências de rendas.

Público Prioritário para o AcompanhamentoFamiliar:

I. As famílias que vivenciam situações de riscosocial;

II. As famílias do PBF que estão emdescumprimento de condicionalidades, narepercussão:“suspensão do benefício pordois meses”, a fim de garantir a segurança derenda das famílias;

III. Demais famílias do PBF em situação dedescumprimento de condicionalidades;

IV. Famílias com beneficiários do BPC que seencontrem em situação de maiorvulnerabilidade;

Este Protocolo estabelece procedimentosnecessários para a garantia da oferta prioritáriade serviços socioassistenciais nos CRAS às famíliasdo Programa Bolsa Família (PBF), do Programa deErradicação do Trabalho Infantil (PETI), doBenefício de prestação continuada (BPC) eBenefícios Eventuais, especialmente das queapresentam maior vulnerabilidade.

Por fim, destacamos que o Protocolo norteia oplanejamento e a execução de ações orientadaspela perspectiva da vigilância social, uma vez queé, a partir do processamento e análise dasinformações, que será feita a identificação dasfamílias, assim como sua localização no território,viabilizando a busca ativa e a inserção destas nosserviços socioassistenciais.

Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social

Gerência de Projetos e Capacitação

www.sigas.pe.gov.brE-mail: [email protected]

Telefone: 81 3183 0702

Centro Universitário Tabosa de Almeida – (ASCES-UNITA)

E-mail: [email protected]: (081) 2103-2096