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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude Secretaria Executiva de Assistência Social Gerência de Projetos e Capacitação Centro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES-UNITA

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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social

Gerência de Projetos e CapacitaçãoCentro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES-UNITA

CURSOATUALIZAÇÃO DE PLANOS

DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

Facilitador(a): Tatiana Pereira

Objetivos de aprendizagem:

• identificar a razão de ser dos diferentes elementos que compõem o PAS

• relacionar os diferentes elementos que compõem o PAS

• como elaborar um PAS, conforme a estrutura básica estudada, de modo a exercitar a construção de um PAS com base na realidade do município.

Módulo 2Unidade 2.2CONSTRUÇÃODO PLANODE ASSISTÊNCIASOCIAL

SUGESTÃO DE DESAGREGAÇÃOPara que o diagnóstico e o processo de planejamentoda politica de assistência social seja mais eficaz,recomenda-se desagregar os temas em diversos níveis,tantos quanto possíveis e necessários, de acordo como critério de aprofundamento da análise adotado. Ex.

TEMAS / EIXOS

TEMAS MACRO/ EIXOS MACRO

TEMAS MICRO/ EIXOS MICRO

Gestão da

PMAS

Planejamento

Elaboração do Plano, Plano Plurianual, Revisões Anuais, Orçamento,

Participação, Incorporação da Metas do Pacto de Aprimoramento e

das Deliberações da Conferência

Monitoramento e

Avaliaçãotro

Diagnósticos / Conhecimento da Realidade, Gestão da Informação,

Vigilância Socioassistencial

Controle Social Conferências Conselheiros, participação, assessoramento técnico

Gestão do Trabalho Vínculos, Plano de Cargos e Carreira, Educaçao Permanente

Intersetorialidade Estratégias de articulação. Saúde, Educação

TEMAS / EIXOSTEMAS MACRO/

EIXOS MACROTEMAS MICRO/ EIXOS MICRO

Proteção Básica

Trabalho Social com

Famílias

Estratégias politico-pedagógicas, modelos de

atendimento, encaminhamento e acompanhamento

CRASDiagnósticos Socioterritoriais, Articulação de redes, ID

CRAS

Programas, Projetos,

Serviços e Benefícios

Estruturas, Equipes de referência, estratégias politico-

pedagógicas, registro e produção de informação,

recursos

Proteção Especial

Trabalho Social com

Famílias

Estratégias politico-pedagógicas, modelos de

atendimento, encaminhamento e acompanhamento

CREASDiagnósticos Socioterritoriais, Articulação de redes,

relação com o sistema de justiça, ID CREAS

Programas, Projetos e

Serviços

Estruturas, Equipes de referência, estratégias politico-

pedagógicas, registro e produção de informação,

recursos

NO QUE CONSISTE UM DIAGNÓSTICO SOCIOTERRITORIAL?

• No campo da promoção e da proteção social, o território éentendido como o eixo para a compreensão da dinâmica dosproblemas sociais relacionados às situações de vulnerabilidadee risco, assim como o lócus para seu enfrentamento.

• É no território, pelas questões de proximidade e de identidadecultural, onde acontecem as relações sociais mais identificadascom as reais demandas por direitos, serviços e benefíciossociais.

• É onde são produzidas as necessidades dos cidadãos, comomoradia, transporte, educação, saúde, saneamento e tantasoutras. Para as políticas sociais, essas necessidades deixam deter caráter individual e passam a ser percebidas comodemandas coletivas.

• O território é o “chão da cidadania”

• É no território que direitos são negados ou assegurados.

Uma boa atividade de planejamento da intervençãogovernamental depende do reconhecimento darealidade do território no qual se está inserido.

Os municípios possuem estruturas, realidades,dimensões territoriais e populacionais distintas. Porisso, seus diagnósticos devem ser territorializados,levando em consideração as particularidades locaisdas diferentes regiões (bairros), a fim de que seconheça a real demanda por proteção social doscidadãos, segundo as características da comunidadelocal.

o diagnóstico socioterritorial consiste em uma análisesituacional do município, compreendendo acaracterização (descrição interpretativa), acompreensão e a explicação de uma determinadasituação, detalhada, sempre que possível, segundodiferentes recortes socioterritoriais (microterritórios)

EM GERAL, O DIAGNÓSTICO SOCIOTERRITORIAL

ABRANGE AS SEGUINTES QUESTÕES:

Informações sobre a realidade local

i) uma análise histórico-conjuntural da realidade, tendo como baseinformações sociais, demográficas, educacionais e econômicas(identificação da vocação econômica e das potencialidades)

ii) uma descrição da rede socioassistencial e de sua cobertura

Demandas da população destinatária

i) na identificação de demandas expressas, emergentes e potenciais

ii) na identificação de territórios com concentração da população emsituação de vulnerabilidade social

“GEORREFERENCIAMENTO”

O diagnóstico socioterritorial possibilita aos gestores eoperadores da política de assistência socialcompreender as particularidades de cada território.

Por meio da análise de dados socioeconômicoslevantados no diagnóstico socioterritorial, o gestormunicipal é capaz de desenhar o mapa devulnerabilidades e riscos do município, identificando asáreas de concentração de famílias com algumavulnerabilidade assim como torna-se capaz deresponder a perguntas fundamentais para a intervençãogovernamental, tais como:

Quantas famílias ganham menos de um saláriomínimo per capita?

Onde há a maior concentração delas?

Quantas têm moradias precárias, sem banheiroou luz elétrica?

As crianças trabalham em vez de ir à escola?

Informações georreferenciadas são fundamentais paraconhecer a distribuição das necessidades e demandasdentro do município, com a finalidade de:

• direcionar a realização da estratégia de BuscaAtiva

• identificar as regiões com concentração dopúblico que demanda por programas, serviços ebenefícios da assistência assim como de seusequipamentos (CRAS, CREAS, Centro POP)

• planejar investimentos e mobilizar novosrecursos

!!!! Trata-se de uma forma de atuação que visa romper com a lógicada demanda espontânea (pela qual cabe às famílias procurar osserviços públicos) em prol de uma lógica segundo a qual o Estadovai ao encontro das famílias, assegurando-lhes direitos e ofertando-lhe oportunidades. Destaca-se inclusive o caráter preventivo dessaforma de atuação, que objetiva evitar o agravamento das situaçõesde risco e vulnerabilidade já vivenciadas pelas famílias.

QUEM É RESPONSÁVEL PELO DIAGNÓSTICO SOCIOTERRITORIAL NO MUNICÍPIO?

É responsabilidade da Vigilância Socioassistencialelaborar e atualizar periodicamente o diagnósticosocioterritorial, por meio da coleta e análise de dados ede informações produzidas tanto pelo Governo Federal,quanto pelo próprio município – especialmente oCadastro Único.

As informações produzidas pela VigilânciaSocioassistencial, devem ser repassadas, de formadetalhada, às equipes dos serviços, sobretudo, aos CRAS,para que sejam realizadas as ações de Busca Ativa

Por exemplo: A Vigilância pode fornecer aos CRAS ou às equipes volantes o nome e o endereço de pessoas

idosas que moram sozinhas ou de famílias com presença de pessoas com deficiência, de famílias extremamente pobres com elevado número de crianças, até mesmo de famílias que

descumpriram as condições do Programa Bolsa Família, situação que, em geral, provoca ou decorre do agravamento das vulnerabilidades vivenciadas.

Também é de responsabilidade da Vigilância agestão e a alimentação de sistemas deinformação que geram dados sobre osindivíduos e famílias, bem como sobre a redesocioassistencial e os atendimentos por elarealizados.

Mas quem alimenta a Vigilância Social com informações?

Além de fontes de dados externas, as equipes de referência dos serviços e equipamentosda assistência social são as responsáveis por registrar e alimentar instrumentos como oProntuário SUAS e o Registro Mensal de Atividades (RMA), gerando um fluxo recíproco deprodução e uso qualificado da informação, especialmente no Cadastro Único

VIGILÂNCIA SERVIÇOS

!!!! O ZELO PELA QUALIDADE DAS INFORMAÇOES REGISTRADAS É PARTE DA A DIMENSÃO ÉTICA E POLÍTICA DO TRABALHO NO SUAS

BONS DIAGNÓSTICOS REÚNEM: Indicadores de saúde (leitos por mil habitantes, percentual

de crianças nascidas com baixo peso adequado, porexemplo)

Indicadores educacionais (taxa de analfabetismo,escolaridade média da população de quinze anos ou mais,etc.)

Indicadores de mercado de trabalho (taxa de desemprego,rendimento médio real do trabalho, etc.)

Indicadores habitacionais (posse de bens duráveis,densidade de moradores por domicílio, etc.)

Indicadores de segurança pública e justiça (mortes porhomicídios, roubos à mão armada por cem mil habitantes,etc.)

Indicadores de infraestrutura urbana (taxa de cobertura darede de abastecimento de água, percentual de domicílioscom esgotamento sanitário ligado à rede pública, etc.)

Indicadores de renda e desigualdade (proporção de pobres,índice de Gini, etc.)

(JANNUZZI, 2009).

O QUE SÃO INDICADORES?

Os indicadores sociais são medidas usadas paratransformar conceitos abstratos, como “fome”ou “miséria”, em algo que possa ser analisado equantificado.

Transformam aspectos da realidade emnúmeros, taxas e razões, seja essa umarealidade dada (situação social) ou construída(decorrente da intervenção governamental),tornando possível sua observação e avaliação.

Vídeo

“O que são indicadores”

https://www.youtube.com/watch?v=2Ns1Bnmhrn4

QUAIS INDICADORES TRADUZEM RISCO E VULNERABILIDADE SOCIAL?

Em 2005, a NOB/SUAS elencou as variáveis que determinam apopulação vulnerável, como o conjunto de pessoas residentes queapresentem pelo menos uma das características relacionadas aseguir:

1. Famílias com serviços de infraestrutura inadequados:

1.1. Abastecimento de água provenientes de poço ounascente ou outra forma

1.2. Sem banheiro ou sanitário

1.3. Destino do lixo inadequado conforme legislação

1.4. Mais de 2 moradores por dormitório

2. Famílias com renda familiar per capita inferior ¼ saláriomínimo:

3. Família com renda familiar per capita inferior ½ salário mínimo:

3.1. Com pessoas de 0 a 14 anos

3.2. Com responsável com menos de 4 anos de estudo

4. Família no qual há um chefe de família mulher,sem cônjuge:

4.1. Com filhos menores de 15 anos

4.2. Ser analfabeta

5. Família no qual há uma pessoa com 16 anos oumais:

5.1. Desocupada (procurando trabalho)

5.2. Com quatro ou menos anos de estudo

6. Família na qual uma pessoa de 10 a 15 anostrabalhe

7. Família na qual há uma pessoa de 4 a 14 anosque não estude

8. Família com renda familiar per capita inferior a½ salário mínimo:

8.1. Com pessoa com deficiência

8.2. Com pessoa de 60 anos ou mais

CadÚnico Relatório de Informações Sociais e outras

ferramentas da SAGI Censo SUAS Prontuário SUAS IBGE (Censo; PNAD; PNUD) Atlas do Desenvolvimento Humano Relatórios das áreas do órgão gestor (PSB,

PSE, Vigilância socioassistencial) Estudos e pesquisas produzidos por órgãos

especializados

Coerência entre:

A análise do contexto e as vulnerabilidadee riscos que demandam proteção social.

A análise da assistência social e asdiretrizes, objetivos e metas estabelecidos.

Contexto / diretrizes / objetivos / metas. Os instrumentos de planejamento da

assistência social. O planejamento da assistência social e suas

pactuações com outras áreas de políticas.

Vigilância de Riscos e Vulnerabilidades; Produzir, sistematizar e analisar informações

territorializadas sobre a incidência dassituações de risco e vulnerabilidade queincidem sobre as famílias e os indivíduos.

Vigilância dos Padrões dos Serviços; Monitorar e produzir dados, informações e

análises sobre o tipo, volume e padrões dequalidade dos serviços ofertados pela redesocioassistencial nos distintos territórios.

VIGILÂNCIA SOCIOASSISTENCIAL

RISCO é a probabilidade ou eminência de umevento acontecer, podendo, portanto, serprevenido a partir da leitura sobre oscontextos, como por exemplo, violações dedireitos ou rompimento de vínculos

VULNERABILIDADE é a situação de fragilidaderelacional ou social,situações de “pobreza, privação (ausência derenda, precário ou nulo acesso aos serviçospúblicos, dentre outros) e, ou, fragilização devínculos afetivos – relacionais e depertencimento social (discriminações etárias,étnicas, de gênero ou por deficiência, entreoutras).

RISCO X VULNERABILIDADE SOCIAL

!!!! Além do risco e dasvulnerabilidades sociais, o diagnósticosocioterritorial deve levantar dadossobre a rede socioassistencial doterritório.

O objetivo é verificar quantas famílias jáestão sendo atendidas pela redesocioassistencial, bem como quantas famíliassão demandantes, mas ainda não estãosendo adequadamente atendidas.

O mapeamento da rede prestadora deserviços é fundamental tanto para conhecera oferta já existente quanto para subsidiar aapresentação de propostas em atendimentoàs demandas atuais e às projeções dedemandas futuras.

1) Unidades públicas e privadas da rede referenciada, isto é, a redede proteção social de Assistência Social.

Número e localização de CRAS, CREAS, bem como o quantitativode usuários e famílias atendidas; número e localização deentidades de acolhimento institucional para crianças eadolescentes; número e localização de instituições de longapermanência para idosos; serviços, projetos e programassocioassistenciais desenvolvidos no município por organismosgovernamentais e não governamentais, entre outros.

O DIAGNÓSTICO TAMBÉM DEVE REFERENCIAR:

2) Unidades públicas e privadas de outras políticas públicas quepossam auxiliar no desenvolvimento da capacidade de proteção dasfamílias;

Escolas, unidades de saúde da família, núcleos de inclusãoprodutiva, conselhos tutelares, entre outras.

EXERCÍCIO – PREPARAÇÃO

1. Qual será a metodologia utilizada para aelaboração do diagnóstico? Ex. Designação deprofissional responsável, grupo de trabalho,grupos de estudo temáticos, atividades nosterritórios, seminário municipal, levantamentoe análise de indicadores, audiência pública,etc.

2. Quais atores sociais serão mobilizados aparticipar da elaboração do diagnóstico?

3. Quais os dados e indicadores serãolevantados e analisados? Quais as fontes aserem consultadas?

D. Objetivos: Definição de onde se quer chegar.

Existe dois níveis de expressão dos objetivos: geral e específicos

(utilização de verbos)

Geral: apresenta o resultado ou a mudançaesperada na situação geral da população a quem sedestina as ações do PAS.

Específicos: são o detalhamento do objetivo geral.

É importante que sejam relacionados por eixo daPolítica de Assistência Social: Proteção Social Básica;Proteção Social Especial (média e alta complexidade); eeixo de Aprimoramento da Gestão e da RedeSocioassistencial.

Exemplo de um objetivo claro e quepreenche suas características é o daPNAS (2004):

“Prover serviços, programas, projetos ebenefícios de proteção social básicae/ou especial para famílias, indivíduos egrupos que dele necessitarem”.

Esse enunciado oferece os elementos essenciaispara a compreensão da mudança a ser planejada:

Objetivo: prover serviços, programas, projetose benefícios.

Tipo de serviços ofertados: proteção básicae/ou especial.

Público-alvo: famílias, indivíduos e grupos emsituação de risco e vulnerabilidade sociais

E. Diretrizes:

• Uma diretriz é uma orientação geral que organiza as decisões eações.

• O Plano de Assistência Social deve ser coerente com as diretrizes queorientam a administração pública, expressas no Plano Diretor, PlanoPlurianual e outros.

• O Plano deve considerar, ainda, as Diretrizes Organizacionaisestabelecidas pelo SUAS, expressas no artigo 5º da NOB/SUAS 2012:

I. primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social;II. descentralização político-administrativa e comando único das ações em cada esfera de governo;III. financiamento partilhado entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;IV. matricialidade sociofamiliar;V. territorialização;VI. fortalecimento da relação democrática entre Estado e sociedade civil;VII. controle social e participação popular.

Devem considerar outros documentosexistentes no município que tambémexpressam diretrizes, tais como, o PlanoPlurianual, os Planos que norteiam asPolíticas Setoriais que se articulam com aAssistência Social e os Planos voltados parasituações específicas, tais como: Plano deEnfrentamento à Violência Sexual e Plano deErradicação do Trabalho Infantil, PlanoNacional de Promoção, Proteção e Defesa doDireito à Convivência Familiar e Comunitária eo Sistema Nacional de AtendimentoSocioeducativo – SINASE.

F. Ações Estratégicas

Na escolha das ações e estratégias os gestoresdevem observar o artigo 22 da NOB/SUAS 2012 quedetermina que os planos devem observar as açõesarticuladas e intersetoriais .

É fundamental superar abordagens pontuais,focadas em indivíduos com particularidades ou faixaetária específica, que deslocam cidadãos do seugrupo familiar/comunitário/social, isolando-os noprocesso de atenção.

É sempre recomendável que os Planos Municipais deAssistência Social prevejam a localização dosserviços e programas em micro territórios próximosà vida cotidiana dos indivíduos e grupos, facilitando-lhes o acesso.

A partir dos objetivos específicos indicados poreixo, são descritas as ações necessárias,traduzidas em programas, projetos, serviços (éimportante descrever os serviços de acordocom a Tipificação Nacional dos ServiçosSocioassistenciais – Resolução CNAS109/2009) e benefícios (permanentes eeventuais), a serem realizados diretamentepelo município ou em parceria com asociedade civil, por meio da rede prestadora deserviços.

G. Metas

É a quantificação dos objetivos.

Ao se prever as metas, há que se considerar onúmero de famílias e territórios que já vêmsendo atendidos, bem como a ampliaçãonecessária, levando em conta os recursosdisponíveis – humanos, materiais e financeiros,e aqueles que podem ser mobilizados.

Ex.: Objetivo: Capacitar os representantes dasinstituições da rede socioassistencial.Meta: 3 trabalhadores da área por instituição,totalizando as 20 instituições do município. Ex.:Meta: capacitar 60 representantes de instituições.

Problema: Insuficiência da cobertura da proteção social básica em áreas de vulnerabilidade

Objetivo Específico: Ampliar a cobertura da proteção social básica em áreas de vulnerabilidade

Ação estratégica: Ampliar o numero de equipamentos e/ou equipes volantes da proteção social básica nas

seguintes áreas de vulnerabilidade: XX, XY e XZ.

Meta: 03 CRAS/EQUIPE VOLANTE até 2021, sendo 01 em 2019, 01 em 2020, 01 em 2021.

Exemplo:

EIXO OBJETIVO METAAÇÕES/

ATIVIDADESPRAZO

GESTÃO

PSB

PSE

CONTROLE

SOCIAL

H. Resultados e Impactos

Estipular indicadores para mensurar resultados eimpactos previstos e alcançados;

Os resultados são as mudanças diretas alcançadas pelosbeneficiários por meio da participação em uma políticapública.

Exemplo: o recebimento do benefício do Programa BolsaFamília é um resultado de estar incluído no Cadastro Único.

Os impactos são as contribuições da política de assistênciasocial para determinadas mudanças sociais. Essecomponente indica os efeitos indiretos de uma políticapública sobre a sociedade como um todo.

Exemplo: aumento do peso das crianças em decorrência dadiversificação da dieta familiar, ocorrida por meio doaumento da renda

I. Recursos Os recursos materiais dizem respeito a rede

socioassistencial e equipamentos disponíveiscom a quantidade.

Os recursos humanos se referem à quantidadee à qualidade dos recursos humanos . Énecessário o levantamento e mapeamento dosrecursos humanos, dos perfis e necessidadesde qualificação.

I. Recursos

Recursos financeiros a serem aplicadospara os:1. Serviços de Proteção Social Básica

2. Serviços de Proteção Social Especial deMédia Complexidade

3. Serviços de Proteção Social de AltaComplexidade

4. Programas

5. Benefícios eventuais

Sugere-se em forma de quadro para cada ano,prevendo recursos municipal, estadual efederal.

J. Mecanismos e Fontes deFinanciamento

• O gestor municipal deve definir com clarezaos recursos disponíveis para a consecuçãodo Plano, explicitar as fontes definanciamento que subsidiarão as ações,sejam do orçamento próprio, dastransferências estaduais, federais ou deapoios privados.

• O Plano de Assistência Social é uminstrumento valioso de captação derecursos. É preciso divulgá-lo e utilizá-lo nosprocessos políticos de negociação paragarantir seu financiamento

J. Mecanismos e Fontes deFinanciamento

• Sugere-se que no Plano, o detalhamentofísico-financeiro seja apresentado em formade planilha (quadro), por ano de execução,com previsão, dos recursos orçamentários efontes de financiamento (municipal,estadual e federal, ou outros).

• As planilhas devem apresentar a totalidadedos recursos que serão alocados no FundoMunicipal da Assistência Social,contemplando o cofinanciamento dosdemais entes estadual e federal.

Um Modelo de Planilha Financeira... * Material disponível na internet

k. Cobertura da Rede Prestadora deServiços A malha de serviços que deve ser mapeada e

analisada quanto à localização, natureza dasatenções oferecidas, cobertura, padrões dequalidade, quadro profissional disponibilizado eníveis de desempenho;

Além de informações sobre os serviços eprogramas da assistência social, é necessárioconhecer a rede assistencial das demais políticaspúblicas existentes no território, bem como asinexistentes e necessárias;

O Plano deve prever estratégias de integração doconjunto de serviços socioassistenciais doterritório.

k. Cobertura da Rede Prestadora deServiços

Detalhar as modalidades de relaçãoadotadas entre a administração pública e asentidades de assistência social, se convênioou outras formas de articulação, comocontrato, acordo de cooperação técnica, etc.;

Uma caracterização abrangente dasinstituições parceiras, sua capacitaçãoinstitucional e competência técnicademonstradas publicamente para cumprir oscompromissos firmados são elementosimprescindíveis a serem contemplados noPlano.

L. Monitoramento e Avaliação

acompanhamento contínuo e sistemático dodesenvolvimento dos serviços, programas,projetos e benefícios socioassistenciais.

A atividade de monitoramento estáconectada com os objetivos e metas definidoso monitoramento deve ser realizado por meioda produção regular de indicadores e dacoleta de informações.

L. Monitoramento e Avaliação

Monitoramento: É acompanhar a execuçãodo que foi planejado, o que permite criarcondições para as correções em processo.

Avaliação: É comparar os resultados obtidoscom o que foi planejado.

Não pode haver avaliação se não háplanejamento.

L. Monitoramento e Avaliação Definir alguns aspectos, como:

Qual a periodicidade envolvida e quais instrumentos e modo de verificação serão utilizados para acompanhar a execução das ações?

1. Visitas periódicas junto aos beneficiários;2. Reuniões junto aos executores;3. Supervisão das executoras e com que regularidade;4. Acompanhamento das metas físicas e de execuçãoorçamentária e financeira dos recursos por ação;5. Aplicação de questionários qualitativos para osexecutores e/ou para beneficiários;6. Definição das diferentes fontes de informação paragerar os dados do monitoramento e da avaliação,hierarquizando e atendendo a necessidade do usuárioda mesma.

Monitoramento

Refere-se à “observação regular e sistemáticado desenvolvimento das atividades, do uso dosrecursos e da produção dos resultados,comparando-os com o planejado”, devendoconter dados confiáveis para subsidiar asanálises e decisões de revisão do projeto.

Avaliação

Trata de “analisar criticamente o andamentodo projeto segundo seus objetivos, tendo porbase as informações produzidas pelomonitoramento”.

Controle

“Pressupõe o acompanhamento sistemático, amensuração e o registro das atividades executadas,dos recursos utilizados, do tempo dispendido emcada fase, dos resultados alcançados”

A ação é, pois, mensurada em termos de seuPROCESSO, de seus MEIOS, e de seu PRODUTO.

Objetivos: A verificação da correspondência do realizadocom o planejado A identificação/correção de desvios e bloqueiosna execução O fornecimento de subsídios para avaliação erevisão da ação

• Monitoramento da correspondência entre oprogramado e o realizado em termos dedesempenho:

técnico (métodos e técnicas utilizados,instrumental, rentabilidade)

administrativo (prazos, rotinas, fluxos,aplicação de recursos, uso de equipamentos,produtos, etc.)

• Instrumentos utilizados para adquiririnformações: planos, fluxogramas, orçamento,relatórios, gráficos, registros, entre outros.

Quanto aos CRITÉRIOS de avaliação...EFICIÊNCIA: Objetiva reestruturar a ação para obter, ao menorCUSTO, TEMPO E ESFORÇO, melhores RESULTADOS. Critérios: otimização dos recursos, padrões de qualidade dos

resultados, capacidade de atender a demanda.

EFICÁCIA: Estudo DA ADEQUAÇÃO DA AÇÃO para o alcance dosOBJETIVOS E METAS e do GRAU em que foram alcançados. Estabelecem em que medida os objetivos foram alcançados e quaisas razões. Necessita de um instrumental de controle.

EFETIVIDADE: Estudo do IMPACTO do planejado sobre a situação. Relação entre resultados e objetivos. Adequação dos objetivos para o atendimento do problema. Questiona a proposta, os objetivos e a ação, não em termos decapacidade executiva, mas em dar respostas adequadas.

Uma Avaliação deve responder:

O que Funciona?

Para Quem? Como funciona?

Sob quais Circunstâncias? Qual o Custo?

Quais os Resultados?

O controle social é o exercício democráticode acompanhamento da gestão e avaliaçãoda Política de Assistência Social, do PlanoPlurianual de Assistência Social e dosrecursos financeiros destinados a suaimplementação.

Zelar pela ampliação e qualidade da rede deserviços socioassistenciais para todos osdestinatários da Política.

• conselhos, pois a eles competem :

Conferências

Deliberar políticas - aprovar o plano de ações;

Fiscalizar o desenvolvimento das ações e a utilização dos recursos, inclusive aprovar ou rejeitar a prestação de contas.

Novos Espaços Públicos de Participação e Controle Social

Formas democráticas de elaborar e executar as ações públicas:

Conselhos Gestores de Políticas Públicas Conferências

Fóruns

Orçamento Participativo

Representação Governamental – indicada pelo poder público

Representação Não Governamental – indicada em fórum próprio (usuários dos serviços públicos, profissionais, sindicatos, organizações que prestam atendimento à população, etc.)

AvançosParticipação efetiva na definição de prioridades:

Discussão da agenda Proposição de políticase programas sociais;

Aprovação de Planos Estratégicos;

Fiscalização envolvendo o controlefinanceiro e a qualidade das políticasimplementadas (acompanhamento /monitoramento / avaliação).

• Dimensão Política - relaciona-se àmobilização da sociedade para influenciar aagenda governamental e indicar prioridades;

• Dimensão Técnica - diz respeito ao trabalhoda sociedade para fiscalizar a gestão derecursos e a apreciação dos trabalhosgovernamentais, inclusive sobre o grau deefetividade desse trabalho na vida dosdestinatários;

• Dimensão Ética - trata da construção denovos valores e de novas referências,fundadas nos ideais de solidariedade, dasoberania e da justiça social.

Acréscimo na composição dos conselhos deusuários (e não apenas de organização deusuários) e de entidades de defesa de direitos(e não apenas prestadoras de serviço).

Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social

Gerência de Projetos e Capacitação

www.sigas.pe.gov.brE-mail: [email protected]

Telefone: 81 3183 0702

Centro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES-UNITA

E-mail: [email protected]: (081) 2103-2096