secretaria de desenvolvimento social, criança e juventude · módulo ii: 8h provisões e gestão...
TRANSCRIPT
Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social
Gerência de Projetos e CapacitaçãoCentro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES-UNITA
ATUALIZAÇÃO SOBRE
ESPECIFICIDADE, INTERFACES E
PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL
NO SUAS
CURSO
Facilitador(a): Brígida Taffarel
Módulos Unidades Temas
Módulo I:8h Concepção Proteção Social
1
1.1 Introdução histórica e conceitual sobre a proteção social
1.2 Proteção social e Assistência Social no Brasil
1.3A NOB SUAS e as seguranças afiançadas pela Política de Assistência
Social E Níveis de proteção social (Básica e Especial)
1.4 As equipes de Referência no SUAS
1.5Trabalho social: Aportes éticos políticos, teórico metodológicos e
técnicos-operativos
Módulo II: 8hProvisões e Gestão da PSE
2
2.1 O papel do órgão gestor e da Coordenação das Unidades de PSE
2.2Área de Gestão da PSE – Planejamento das Unidades e Serviços da
PSE
2.3PSB e PSE: atuação integrada da Rede Socioassistencial e com as
políticas setoriais
2.4A estruturação dos serviços de Proteção Social Especial de Média e
alta complexidade
Objetivos
1. Elevar a capacidade teórica dos profissionais que atuam no âmbito do SUAS através da elevação das capacidades psíquicas superiores;
2. Qualificar e fortalecer a política de Assistência Social frente aos desafios colocados na conjuntura atual;
• A implementação das políticas está sujeita ao papel crucialdesempenhado pelos agentes (VOCÊS) encarregados de colocá-la em ação!!!(Paulo Januzzi)
POR QUE QUALIFICAR?
1. CONSTATAR O REAL CONCRETO – AVALIAR ASITUAÇÃO EM SUA TOTALIDADECOMPREENDENDO SUAS CONTRADIÇÕES;
2. COMPREENDER, EXPLICARCIENTIFICAMENTE/TECNICAMENTE ASDETERMINAÇÕES, TOMAR UMA POSIÇÃOPERANTE A SITUAÇÃO DIAGNÓSTICADA;
3. PROPOR - POSSIBILIDADES SUPERADORASCONSIDERANDO A CONDIÇÃO INDIVIDUAL ECOLETIVA DO SUJEITO (PROJETO HISTÓRICODA CLASSE TRABALHADORA).
Métodoproposto considera 3 passos:
Saviani
- Pois o processo educativo não é neutro
- Precisa ser direcionado para o enfrentamento das situações que negam direitos (pobreza, fome, miséria, violações...);
- Processo educativo é determinante para a emancipação humana...poisos homens não nascem humanos...
SÓ NESSE SENTIDO O CONHECIMENTO SE TORNA TRANSFORMADOR
LIGIA MARTINS:- Os homens não nascem humanos!- Humanização: conquista das características que lheconferem a condição de ‘ser humano’ !
“O trabalho educativo é o ato de produzir,direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular,a humanidade que é produzida histórica ecoletivamente pelo conjunto dos homens” (Saviani,2003, p. 13)
Sobre o Pensamento humano
“ A aranha realiza operações que lembram o tecelão, e as caixas suspensas que as abelhas constroem envergonham o trabalho de muitos arquitetos. Mas até mesmo o pior dos arquitetos difere, de início, da mais hábil das abelhas pelo fato de que, antes de fazer uma caixa de madeira, ele já a construiu mentalmente. No final do processo de trabalho, ele obtém um resultado que já existia em sua mente antes de ele começar a construção. O arquiteto não só modifica a forma que lhe foi dada pela natureza, dentro das restrições impostas pela natureza, como também realiza um plano que lhe é próprio, definindo os meios e o caráter da atividade aos quais ele deve subordinar sua vontade – Karl Marx, O Capital.
É precisamente a alteração da natureza pelos homens, e não a natureza enquanto tal, que constituiu a base mais essencial e imediata do pensamentohumano – Friedrich Engels, Dialética da Natureza.
Bibliografia
Filmes: - Desmundo – Alain Fersnot. Brasil 2003- Chico Rei – Walter Lima Jr. Brasil 1985.-Terra para Rose.
Livros:- História do Brasil – Boris Fausto- História Econômica do Brasil – Caio Prado Júnior- Formação Econômica do Brasil – Celso Furtado.- Os despossuídos: crescimento e pobreza no país do milagre – Sérgio
Henrique Abranches.- O que é Questão Social? Brás Edimar Pinto, in:
http://assistentefac4.blogspot.com.br/2011/05/o-que-e-questao-social.html
BibliografiaQUESTÃO SOCIAL:
CASTELL, Robert. As metamorfoses da questão social. Uma crônica do salário. 6 ed. Petrópolis, 1998.
IAMAMOTO, M.V. O Serviço Social na Contemporaneidade: trabalho e formação profissional. 7 ed. São Paulo, Cortez, 2004.
NETO, J. P. Cinco Notas a Propósito da “Questão Social “. In: Revista Temoralis nº 3. ABEPSS, 2003.
PEREIRA, Potyara, A. Perspectivas teóricas sobre a questão social no serviço social. In: Revista Temoralis CFESS,2003.
YASBEK, Maria Carmelita. Pobreza e exclusão social: expressões da questão social no Brasil. In: Revista Temoralis nº 3. ABEPSS, 2003.
Bibliografia
ARCOVERDE, Ana C.B. Questão Social no Brasil e Serviço Social.Capacitação em Serviço Social e política Social , Brasília, EAD 1999.
CASTELL, Robert. As metamorfoses da questão social. Uma crônica do salário. Editora vozes, 6 ed. 1998.
NETTO, Jose Paulo; Braz, Marcelo. Economia Política: uma introdução critica. 3 ed. São Paulo, Cortez, 2007.
PASTORINI, Alejandra. A categoria “questão social” em debate. São Paulo, Cortez, 2004.
STEIN, R. “A (nova) questão social e as estratégias de seu enfrentamento”. Ser Social nº 6. Revista do programa de Pós Graduação em Política Social. UNB.DF, Jan a jun. 2000, p. 133-168.
Bibliografia
NETTO, Jose Paulo; Braz, Marcelo. Economia Política: uma introdução critica. 3 ed. São Paulo, Cortez, 2007.
PASTORINI, Alejandra. A categoria “questão social” em debate. São Paulo, Cortez, 2004.
STEIN, R. “A (nova) questão social e as estratégias de seu enfrentamento”. Ser Social nº 6. Revista do programa de Pós Graduação em Política Social. UNB.DF, Jan a jun. 2000, p. 133-168.
YASBEK, Maria Carmelita. Pobreza e exclusão social: expressões da questão social no Brasil. In: Revista Temoralis nº 3. ABEPSS, 2003.
BOCK, Ana Marai Bahia (org). Psicologia e o Compromisso Social. 2º edição. Editora Cortez: São Paulo, 2009.
VYGOTSKY, L.S. A Formação Social da Mente. 2º edição. Martins Fontes: São Paulo, 1988.
MARTINS, Ligia Márcia. O Desenvolvimento do Psiquismo e a Educação Escolar – Contribuições à Luz da Psicologia Histórico-Cultural e da Pedagogia Histórico-Crítica. Editora Autores Associados: Campinas, São Paulo, 2013.
SANTOS, Josiane Soares. “Questão Social”: Particularidades no Brasil. Coleção biblioteca básica de serviço social; v.6. Editora Cortez: São Paulo, 2012
Bibliografia
• CONCEITUAÇÃO HISTÓRICA DA DESPROTEÇÃO E DA PROTEÇÃO SOCIAL NO BRASIL
Entendendo a questão social e o fenômeno da pobreza no contexto do desenvolvimento da
sociedade brasileira (modo de produção feudal/capitalista) e suas peculiaridades no
Brasil.
Quando a proteção social passa a ser questãoDO Estado e quando a proteção social passa a
ser política DE estado
PRECISAMOS EXPLICAR CIENTIFICAMENTE POR QUE HÁ CERCA DE 130 ANOS PODÍAMOS COMPRAR SERES HUMANOS (1888)
OU ACREDITAMOS QUE ISSO É NATURAL?? UM DEUS QUIS?? A PESSOA É INFERIOR POR NATUREZA, POR PREGUIÇA??
PRECISAMOS ENTENDER A GÊNESE DA “QUESTÃO SOCIAL” E AS FORMAS QUE A ESCRAVIDÃO VEM
ASSUMINDO (1888 A 2018)
https://oglobo.globo.com/sociedade/torcida-de-escola-privada-de-natal-ofende-rivais-de-instituto-federal-sua-mae-minha-empregada-22048240
Sua mãe é minha empregada
Torcedores de escola de elite promovemlamentável “espetáculo” de preconceito durantecompetição contra equipe de outro colégio.
Afinal: Que política é essa e qual seu objeto?
1. Política Pública de proteção social que se estabelece numa dada realidade social
Aldaíza Sposati: Ampliação de um padrão básico de civilidade que afiança
respostas dignas a determinadas
necessidades sociais
Compreender essa afirmação é compreender a política de assistência social.
FILME: A GUERRA DO FOGO2:27 – 21:00
- HÁ 80.000 ANOS ATRÁS A SOBREVIVÊNCIA DO HOMEMNUMA TERRA VASTA E DESCONHECIDA DEPENDIA DA POSSE DO FOGO.
- PARA AQUELES HUMANOS PRIMITIVOS O FOGO ERA UM OBJETO DE GRANDE MISTÉRIO, UMA VEZ QUE NINGUÉM DOMINAVA A SUA CRIAÇÃO.
- O FOGO TINHA QUE SER ROUBADO DA NATUREZA, TINHA QUE SER MANTIDO VIVO, PROTEGIDO DO VENTO E DA CHUVA, GUARDADO DA COBIÇA DAS TRIBOS RIVAIS.
- O FOGO ERA UM SÍMBOLO DE PODER E SIGNIFICAVA SOBREVIVÊNCIA. A TRIBO QUE POSSUISSE O FOGO, POSSUIA A VIDA!!!!!
O HOMEM PRECISAVA ATENDER A NECESSIDADES BÁSICAS PARA SOBREVIVER: ALIMENTAÇÃO E PROTEÇÃO
“A Guerra do Fogo”
PRIMEIRAS COMUNIDADES HUMANAS
DOMÍNIO DA NATUREZA E SUA TRANSFORMAÇÃO ATRAVÉS DO TRABALHO FOI DETERMINANDO PADRÃO DE
DESENVOLVIMENTO HUMANO E DE CIVILIZAÇÃO = NOVAS NECESSIDADES
MARCOS HISTÓRICOS DA COMPREENSÃO DO FENÔMENO HUMANO E SOCIAL
Nicolau Copérnico: Teoria heliocêntrica - Da sua publicação - 1543, até aproximadamente 1700, poucos astrônomos foram convencidos pelo sistema de Copérnico
Charles Darwin: Teoria da Seleção Natural - 1858, introduziu a ideia de evolução a partir de um ancestral comum... outros
antes dele tinham sido severamente punidos por sugerir ideias como aquela
Sigmund Freud: Teoria inconsciente –1899 = compreensão do ser humano, como um animal dotado de razão imperfeita e influenciado por seus desejos e sentimentos.
Karl Marx: Capitalismo 1867 = sociedade humanas progridem através da luta de classes: entre a que controla os meios de produção e a que fornece a mão de obra; e o Estado que protege os interesses da classe dominante
MAS SERÁ QUE ESSE PADRÃO DE CIVILIZAÇÃO É ALCANÇADAS POR TODOS OS SERES DE FORMA IGUAL?
O MENINO E O URUBU
Kevin Carter, em 1993.Ganhou o prêmio Pulitzer (mais importante prêmio jornalístico do mundo)
Todos conseguem acessar as riquezas que os homens acumularam em milhares de anos e nos possibilitaram um padrão civilizatório elevado?
1º Bill Gates / Estados Unidos Fortuna em 2017: US$ 86 bilhões
Principal fonte de receita: Microsoft
2º Warren Buffett / Estados Unidos Fortuna em 2017: US$ 75,6 bilhõesPrincipal fonte de receita: Berkshire Hathaway (algodão-1889)
3º Jeff Bezos / Estados Unidos Fortuna em 2017: US$ 72,8 bilhões
Principal fonte de receita: Amazon.com (eletrônicos por internet)
4º Amancio Ortega / Espanha Fortuna em 2017: US$ 71,3 bilhõesPrincipal fonte de receita: Zara (responsabilizada por trabalho análogo ao escravo pela 4ª TRT/SP)
5º Mark Zuckerberg / Estados Unidos Fortuna em 2017: US$ 56 bilhões
Principal fonte de receita: Facebook
6º Carlos Slim / México Fortuna em 2017: US$ 54,5 bilhõesPrincipal fonte de receita: Telecom
7º Larry Ellison / Estados Unidos Fortuna em 2017: US$ 52,2 bilhõesPrincipal fonte de receita: software
8º Charles Koch / Estados Unidos Fortuna em 2017: US$ 48,3 bilhõesPrincipal fonte de receita: diversos (asfalto , commodity, energia, fertilizante, fibras, finanças, gás, mineral, papel, petróleo, plástico e substâncias )
8º David Koch / Estados Unidos Fortuna em 2017: US$ 48,3 bilhõesPrincipal fonte de receita: diversos
10º Michael Bloomberg / Estados Unidos Fortuna em 2017: US$ 47,5 bilhõesPrincipal fonte de receita: Bloomberg LP ( principais provedores mundiais de informação para o mercado
financeiro )
11º Bernard Arnault / França Fortuna em 2017: US$ 41,5 bilhões
Principal fonte de receita: LVMH (bebidas, relógios e joias, roupas –Louis Vitton, lojas, perfumes – Dior)
12º Larry Page / Estados Unidos Fortuna em 2017: US$ 40,7 bilhõesPrincipal fonte de receita: Google
Por outro lado, a grande maioria das famílias estão em situação de precário ou nenhum acesso para atender suas
necessidades: VULNERABILIDADE e RISCO!
Por isso Aldaíza afirma que a Assistência Social é uma “Política pública de forte calibre humano”
Afinal: Que política é essa e qual seu objeto?
1. Política Pública de proteção social que se estabelece numa dada realidade social
Aldaíza Sposati: Ampliação de um padrão básico de civilidade que afiança
respostas dignas a determinadas
necessidades sociais
Compreender essa afirmação é compreender a política de assistência social.
PROTEÇÃO SOCIAL VISA RESTAURAR, AMPLIAR OU
MESMO GARANTIR UM PADRÃO BÁSICO / MÍNIMO DE
CIVILIDADE ONDE AS PESSOAS CONSIGAM SATISFAZER
NECESSIDADES (INDIVIDUAIS E COLETIVAS) QUE HOJE
DETERMINAM SUA EXISTÊNCIA E SUA EMANCIPAÇÃO
COMO SER HUMANO
Aldaíza Sposati: Ampliação de um padrão básico de civilidade que
afiança respostas dignas a determinadas necessidades sociais
Existem pessoas estão em relações de desvantagens sociais firmadas em um modelo societário baseada no lucro e na exploração – sistema capitalista, no qual:
Alguns poucos indivíduos e famílias possuem situação privilegiado de acessos porque são proprietários privados dos meios de produção que atendem às necessidade
de humanização (escola, hospital, tecnologia, alimentos...)
-Se viabilizaria uma redistribuição de dotações primárias e não
básicas que permita aos menos favorecidos formular expectativas, realizando seus objetivos e escolhas livremente e ao abrigo da estigmatização?
ou
- apenas mantê-los sobrevivendo em um mundo onde multiplicam-se riscos e incertezas, onde a economia do conhecimento, a tecnologia e a concorrência, sob a égide do mercados e da lógica financeira, aceleram processos de obsolescência, levando recorrentemente a uma redefinição das necessidades básicas?
Mínimos sociais: A pergunta que se coloca:
“Quero reestruturar a minha vida por
meio do estudo e do trabalho, formar um novo ciclo, com novas amizades e refazer os laços familiares"...
MINHA CASA, MINHA VIDA
Roseana Jovêncio viveu por sete anos em condições muito precárias família ... um cômodo sem janelas e um banheiro.
Questão social
Pobreza
Sistema capitalistaEstado
Proteção social
“TEORIA SE TRANSFORMA EM FORÇA MATERIAL QUANDO
PENETRA NAS MASSAS”KARL MARX
- Primeiro: Para compreendermos que existem determinações (complexas redes de relações) para que a realidade se apresente como é, rompendo com visões naturalizantes sobre a pobreza.
- Segundo: Para compreendermos como a sociedade atual foi constituída e quais foram essas determinações, pois só assim poderemos agir sobre elas no PRESENTE modificando o FUTURO, quebrando ciclos de violações.
POR QUE É IMPORTANTE ENTENDERMOS OS CONCEITOS E A HISTÓRIA?
• Quando a POBREZA se torna uma questão social:
- O termo surge na Europa ocidental, Inglaterra, quando eclode a revolução industrial = Séc. XVIII
- A revolução industrial inicia uma nova fase da produção generalizada da pauperização = sistema capitalista x rompimento feudalismo (escravidão-
patrimonialismo)
Aumentava a capacidade de produzir riqueza
Menor distribuição dessa riqueza, menos acessos, maior pobreza.
• Nesse contexto de contradição os “pauperizados” reagiram, se organizaram enquanto classe para
enfrentar a ordem burguesa
• Aqui nasce a QUESTÃO SOCIAL.
Portanto, ela é fruto:
1. Consolidação do processo de industrialização quefaz emergir o modo de produção capitalista.
2. Da reação da classe explorada e pauperizada.
Ela se manifesta: nas relações sociais, políticas ehumanas através exploração, fome,descriminação, violência, abuso de xploraçãosexual, trabalho infantil, etc.
ATENÇÃO!!!
Esse curso toma rumo de EXTENÇÃO na medida em que:
a) Pressupõe domínio teórico anterior;b) Pressupõe que em cada área de conhecimento, o profissional que a representa tenha clareza do seu objetoe a relação deste com a “questão social”
-Temos realmente essa clareza?- Compreendemos porque psicólogos, pedagogos, advogados, sociólogos atuam na Política de Assistência Social?
• Quando a POBREZA se torna uma questão social no BRASIL:
- Diferente do que aconteceu na Europa a revolução burguesa no Brasil não rompeu com
a sociedade patrimonialista, escravocrata (Senhor de engenho – proprietário da terra)!
- A revolução industrial no Brasil foi lenta e só no século XX avançou (1930)
Portanto:
A consolidação do sistema capitalista no Brasil (economia nacional mais fortemente comandada pelo
mercado interno) foi lenta, violenta e fez nascer questões sociais as mais complexas.
A forte repressão contra os insurgentes marca até hoje os organismo de resistência no Brasil.
Apenas no século XX o Estado se ocupa das questões pertinentes a parcela empobrecida da população, ou
seja, enfrentou as expressões manifestas do capitalismo, que são particulares no Brasil!
SÓ NO SÉCULO XX O Estado se ocupa das questões pertinentes a parcela empobrecida da população
É QUANDO SE APROFUNDA NO BRASIL O MODELO CAPITALISTA QUE TEM POR CARACTERÍSTICA:
Super exploração do trabalho;
Organização dos trabalhadores enquanto classe que passa a se organizar;
Dessa organização inicia o processo de lutas/revindicações para obtenção de direitos.
- Surge como resposta a esse movimento de resistência emmeio ao processo de disputa política entre burguesiaindustrial e os senhores do café.
“Campo marcado por paradoxos e contradições que seexpressam por formas variadas, entre as quais, por maisincoerente que possa parecer, a reiteração da desproteçãosocial.”
(Aldaíza Sposati)
Isso porque o Estado que se ocupa dessa PROTEÇÃO foi constituído fortemente por essa contradição!!!
PROTEÇÃO SOCIAL
COMO ESSES CONCEITOS SE TRADUZEM NA GÊNESE DO MODELO DE PROTEÇÃO
SOCIAL BRASILEIRO????
Filme: história da assistência social
Quando a proteção social passa a ser questão DO Estado
- ESTADO AUMENTA SUA ATUAÇÃO NA ÁREA SOCIAL COMO RESPOSTA ÀS LUTAS DA CLASSE TRABALHADORA E AOS MOVIMENTOS SOCIAIS QUE SURGEM COM O DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA CAPITALISTA INDUSTRIAL;
-“CIDADANIA REGULADA / CONTRIBUTIVA”: TRABALHADORES REGULARIZADOS
-FICAM DE FORA: AUTÔNOMOS, DOMÉSTICAS, RURAIS = ASSISTÊNCIA ESMOLADA;
Quando a proteção social passa a ser Políticade Estado
- Constituição Federal de 1988: Abre a possibilidade um Estado democrático, cidadão que GARANTA DIREITOS!
- Isso implica numa mudança na forma de GESTAR o Estado não mais com foco apenas na manutenção dos privilégios e interesses do Capital, mas com vistas a distribuição de renda, prover condições dignas de existência para todos e ERRADICAR A POBREZA!
Art. 1º : Fundamentos e Art. 3º: objetivos fundamentais
A CF VISA ASSEGURAR:- A PREVALÊNCIA DE UM MODELO DE NAÇÃO NA QUAL SE
PRIVILEGIA A DIGNIDADE E OS DIREITOS HUMANOS E NÃO O CAPITAL COMO PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS;
ATRAVÉS, POR EXEMPLO:- ERRADICAÇÃO DA POBREZA E A MARGINALIZAÇÃO, REDUZIR AS DESIGUALDADES SOCIAIS E REGIONAIS E PROVER O BEM DE TODOS, NUMA SOCIEDADE LIVRE, JUSTA E SOLIDÁRIA;
A Constituição Federal de 1988
SEGURIDADE SOCIAL
-Seguridade Social: Regida pelos princípios universalidade, da seguridade e da cidadania- PREVIDÊNCIA: Seguro social CONTRIBUTIVO.
- SAÚDE: Política pública de direitos que opera através do SUS com agenda de cobertura estendida à prevenção, para além da intervenção de aporte clínico, hospitalar ou não, e cirúrgico.
- ASSISTÊNCIA SOCIAL: Política pública proteção social NÃO CONTRIBUTIVA;
- Política pública proteção social que opera por um sistema único
federativo, o SUAS;
- Não contributiva;
ASSISTÊNCIA SOCIAL NO MARCO DA SEGURIDADE SOCIAL
CF 1988 -O QUE MARCA A POLÍTICA DE
ASSISTÊNCIA SOCIAL APÓS SUA
PROMULGAÇÃO
Década de 90 até 2002: manutenção do caráter
focalizado, das ações fragmentado, primeiro
damismo, falta de regulamentação em relação
as entidades. As grandes mudanças acontecem a partir de 2003 IV Conferência e instituição
do SUAS
Avanços técnicos e normativos, assegurando a institucionalidade da política de assistência social:
1988
CF
1993
LOAS
2004
PNAS
2005
NOB
SUAS
2009
TIPIFICAÇÃO
4 ANOS
1 ANO
11 ANOS
5 ANOS
2010
CENSO SUAS
1 ANO
2011LEI SUAS
1 ANO
1 ANO
2012
NOB SUAS
1 ANO
2013PENEP
ATIVIDADE:
- Formar dois grupos-Cada grupo deverá realizar as três atividades - Final será feita a observação coletiva sobre as atividades
Década de 90 até 2002 2003 IV Conferência e instituição
do SUAS
ANÁLISE DO QUADRO DA PROTEÇÃO SOCIAL ATRAVÉS DE INDICADORES SOCIAIS E ECONÔMICOS!
Ferramenta que mede CONCEITOS!
Os avanços constitucionais, legais e normativos da Política de Assistência Social e da Seguridade Social podem ser observados nos
seguintes indicadores:
Entre 2001 e 2012, o total de benefícios diretos da Seguridade passou de 24 para 37 milhões:
- Na Previdência Urbana, eles cresceram 48% (passando de 11,6 para 17,2 milhões);-Na Previdência Rural, o acréscimo foi de 38% (de 6,3 para 8,7 milhões); - Na Assistência Social* (Benefício de Prestação Continuada, BPC) o acréscimo foi de 83% (de 2,1 para 4,1 milhões); - No seguro-desemprego a ampliação do número de benefícios emitidos teve incremento de 86% (de 4,1 para 7,5 milhões).
* Considerar o aumento do SM contribuindo na redução da pobreza
INDICADOR 2002 2015
Criação de Universidades Federais - 18
Criação de Escolas Técnicas - 140
Renda Per capita* 16 mil 22 mil (2012)
Taxa de Pobreza 34% 15%
Taxa de Extrema Pobreza 15% 5,2%
Índice de Desenvolvimento Humano 0,669 (2000) 0,730 (2012)
Mortalidade Infantil 25,3 12,9
CRAS 464 (2003) 7446 (2012)
CREAS 305 (2003) 5460 (2012)
Per Capita: latin: por cabeça = renda média, por pessoa
INDICADORES = INVESTIMENTO NA PROTEÇÃO SOCIAL E NO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
INDICADORES = INVESTIMENTO NA PROTEÇÃO SOCIAL E NO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
INDICADOR 2002 2013
PIB R$ 1,48 trilhões (02) R$ 5,3 trilhões(13)
Lucro do BNDES R$ 550 milhões R$ 8,15 bilhões
Lucro do Banco Brasil R$ 2 bilhões R$ 15,8 bilhões
Safra Agrícola 97 milhões toneladas 188 milhões toneladas
Empregos Gerados 627 mil/ano 1,79 milhões/ano
Taxa de Desemprego 12,2% 5,4%
Valor Mercado da Petrobras R$ 15,5 bilhões R$ 104,9 bilhões
Lucro médio da Petrobras R$ 4,2 bilhões/ano R$ 25,6 bilhões/ano
INDICADORES COMPARATIVOS ENTRE DOIS PROJETOS DE GOVERNO
INDICADOR 2002 2015
Salário Mínimo R$ 200 $ 788 (2015)
Posição Economias Mundo 13ª 7ª
PROUNI - 1,2 milhões de bolsas
Passagens Aéreas Vendidas 33 milhões 100 milhões
FIES (Ensino Superior) - 1,3 milhões de pessoas
Minha Casa Minha Vida - 1,5 milhões de famílias
Ciência Sem Fronteiras - 100 mil
Brasil Sem Miséria - Retirou 22 milhões da extrema pobreza
INDICADOR 2002 2013
Gastos Públicos em Saúde R$ 28 bilhões R$ 106 bilhões
Gastos Públicos em Educação R$ 17 bilhões R$ 94 bilhões
Estudantes no Ensino Superior 583.800 (03) 1.087.400 (12)
Pessoas saíram da miséria (n/t) 42 milhões
FONTES:http://www.dpf.gov.br/agencia/estatisticashttp://www.washingtonpost.comOMS, Unicef, Banco Mundial, ONU e Ministério da Educaçãoíndice de GINI: http://www.ipeadata.gov.brIBGE, Banco Mundial, Notícias, Informações e Debates sobre o Desenvolvimento do Brasil: http://www.desenvolvimentistas.com.brPolíticas sociais, desenvolvimento e cidadania Economia, distribuição da renda e mercado de trabalho. Ana Fonseca e Eduardo Fagnani (orgs.). Fundação perseu Abramo, 2013
INDICADORES = INVESTIMENTO NA PROTEÇÃO SOCIAL E NO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
Investimento Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS)
11,4
14,3
18,3
22,6
24,3
29,1
34,3
38,9
43,2
55,1
62,8
68
0 10 20 30 40 50 60 70 80
2003
2004
2005
2206
2207
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
- ESSES INDICADORES NOS PERMITEM ANALISAR,
AVALIAR, DIAGNÓSTICAR OS DIFERENTES
PROJETOS DE ESTADO E COMO A PROTEÇÃO
SOCIAL ALCANÇOU O POVO BRASILEIRO...MAS
TEMOS MAIS....
- Precisamos refletir sobre o fato de sermos o 10º pior país do mundo em termos de desigualdade de renda apesar dos indicadores apresentarem avanços no campo econômico e social.
Diz o relatório:
“No tocante ao panorama brasileiro, o relatório destaca que o país conseguiu tirar 29 milhões de pessoas da pobreza no período entre 2003 e 2013, mas apresentou um crescimento do índice entre 2014 e 2015, com 4 milhões de pessoas ingressando nessa faixa”.
Relatório do Desenvolvimento Humanos (RDH) 2016, lançado mundialmente pelo Programa das Nações Unidas
para o Desenvolvimento (PNUD) nos chama atenção para:
1. QUAIS AS SITUAÇÕES DE DESPROTEÇÃO SOCIAL MAIS RECORRENTE EM SEU MUNICÍPIO? QUAIS MAIS PROVOCAM A INSTITUCIONALIZAÇÃO
2. OS TRABALHADORES DO SUAS SE COLOCAM SEMPRE COMO AGENTES DE PROTEÇÃO SOCIAL PARA A POPULAÇÃO? EXISTEM SITUAÇÃO EM QUE PERPETUAMOS A DESPROTEÇÃO? COMO ISSO SE DÁ NO ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL?
3. ANALISANDO O CONTEXTO ATUAL QUAIS OS DESAFIOS A SEREM ENFRENTADOS PELOS TRABALHADORES DO SUAS NA OFERTA DA PROTEÇÃO SOCIAL E QUAIS AS ESTRATÉGIAS, INDIVIDUAIS E COLETIVAS, QUE PRECISAMOS DESENVOLVER PARA ENFRENTAR E SUPERAR ESSES DESAFIOS?
ATIVIDADE: discussão coletiva a partir das seguintes questões orientadoras.
Proteção Social entendida como ação preventiva e restaurativa frente as situações de VULNERABILIDADE OU RISCO
vulnerabilidade pode ser definida como exposição a contingências e tensões, e as dificuldades em lidar com elas.Vulnerabilidade se expressa nas dimensões:
MATERIAL (objetiva/concreta) RELACIONAL (subjetiva / sociabilidade)
POBREZA E FALTA DE ACESSOSexpressa no território
FRAGILIDADE VÍNCULOS expressa nas relações interpessoais
“a vulnerabilidade social é uma zona intermediaria, instável, que conjuga a precariedade do trabalho com a fragilidade dos
suportes de proximidade.” (Castel, 1998, p. 24).
CONSIDERAR NOS “TERRITÓRIOS DE VIVÊNCIA” DOS INDIVÍDUOS:
Dirce Koga: compreender as múltiplas formas de relações estabelecidas pelos indivíduos em seus territórios de vivências =
família, comunidade, trabalho, serviços públicos
Primeiro: -Conhecer o que causa a instalação e perpetuação da vulnerabilidade na relação do indivíduo em seus espaços de vivência:
Família: alcoolismo de um dos membros, violência nas relações pouco afetivas, desemprego ou precariedade da renda, machismo, desvalorização pela orientação sexual, exploração em função de benefício, discriminação pela falta de compreensão sobre deficiências, precariedade no acesso às objetivações humanas como cultura, educação, laser.
IDENTIFICAÇÃO DA VULNERABILIDADE
IDENTIFICAÇÃO DA VULNERABILIDADE
CONSIDERAR NOS “TERRITÓRIOS DE VIVÊNCIA” DOS INDIVÍDUOS:
Comunitárias: -Práticas desvalorizadas (religião ou sua ausência, uso da droga, ato infracional, prostituição, abuso sexual, sexualidade), ausência de reconhecimento social por desemprego; - Desvalorização por gênero e etnia (quilombola, indígena)- Isolamento por deficiência e falta de acessibilidade, impedimento de acessar espaços, falta de organização em torno de suas revindicações (grêmios estudantis, associações, organização local, movimento organizado),- Falta de identificação com a história da constituição do território e das relações sociais que ali se desenvolveram.
Trabalho: -Precarizado, sem carteira e sem proteção legal- Não pertencimento a sindicato ou associação de trabalhadores com reivindicações comuns que o identifique como classe trabalhadora.
Serviços públicos: -Não existem no território-Não compreendem a natureza do serviço- Profissionais atendem mal, não há acessibilidade para chegar ao serviço- Não é integrado nos processos decisórios das políticas.
IDENTIFICAÇÃO DA VULNERABILIDADE : CONSIDERAR NOS “TERRITÓRIOS DE VIVÊNCIA” DOS INDIVÍDUOS:
SEGUNDO:
- As temáticas que serão trabalhadas são identificadas no contexto com o usuário, ou seja, obervando, compreendendo, explicando e significando as relações podemos estabelecer, conjuntamente, quais as vulnerabilidades precisam ser enfrentadas:
O que se consegue com isso?
- O engajamento do usuário através da experiência de construção conjunta. - Práticas democráticas, participativas e inclusivas.- Induzir práticas interdisciplinares na execução dos serviços.- Exercício para AUTONOMIA do sujeito na medida em que desenvolve a capacidade do sujeito de tomar decisões e agir sobre si mesmos e sobre o contexto conforme objetivos democraticamente estabelecidos, mediado pelas RELAÇÕES SOCIAIS.
IDENTIFICAÇÃO DA VULNERABILIDADE : CONSIDERAR NOS “TERRITÓRIOS DE VIVÊNCIA” DOS INDIVÍDUOS:
TERCEIRA:
- Isso tem implicação, consequências na nossa forma de compreender e atuar.- Nos ajuda a explicar o que está para além da aparência, ou seja, o que está na essência do fenômeno.
Nosso avanço: Visão de que é do indivíduo a responsabilidade em superar riscos
sociais
XAquelas situações antes pouco visíveis passam a ocupar um lugar na
cena pública e a exigir respostas são coletivas.
IDENTIFICAÇÃO DA VULNERABILIDADE : CONSIDERAR NOS “TERRITÓRIOS DE VIVÊNCIA” DOS INDIVÍDUOS:
FILME TIPIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS SOCIOASSITENCIAIS /PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA E PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIALhttps://www.youtube.com/watch?v=UmrNuVraEKU
ESTRUTURA DO SUAS
- A oferta de serviços e benefícios socioassistenciais se dá por meio do SUAS –
Sistema Único da Assistência Social
Regula, em todo o território nacional, a
hierarquia e responsabilidades dos três entes
federados (atualmente comprometida).
CONHECER O SUAS É FUNDAMENTAL PARA EFETIVAR A POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Pois......
- Existem diferentes formas de desproteção que
incidem sobre indivíduos e famílias e que vão
demandar ações e equipamentos públicos também
diferenciados;
- Estrutura a oferta em proteção social BÁSICA (CRAS) E
ESPECIAL (CREAS)
- Organizada em dois níveis de proteção:
BÁSICA ESPECIAL
- Desenvolve sua ação por meio de serviços e benefícios para o acesso de pessoas e famílias demandantes de proteção social
ASSISTÊNCIA SOCIAL E PROTEÇÃO SOCIAL
PROTEÇÃO SOCIAL NO SUAS
PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA
Objetivo: que visa PREVENIRsituações de vulnerabilidade e risco social o desenvolvimento/ fortalecimento das potencialidades, aquisições e fortalecimento de vínculos familiares e comunitários atuando em caráter:
PROTETIVO
PREVENTIVO
PROATIVO
PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL
Visa contribuir para a reconstrução de vínculos familiares e comunitários, a defesa de direito, o fortalecimento das potencialidades e aquisições e a proteção das famílias e indivíduos para o enfrentamento das situações de violações de direitos.
NOB SUAS e as seguranças Socioassistenciais
As SEGURANÇAS que perpassam, orientam, direcionam e identificam nossa oferta:
“É a responsabilidade por essas seguranças que definem a identidade dessa política”*
* Fundamentos ético-políticos e rumos teórico-metodológicos para fortalecer o Trabalho Social com Famílias na Política Nacional de Assistência Social
“Provisão das necessidades humanas desde à alimentação, vestuário, abrigo e outras, próprias à vida humana em sociedade “
NECESSIDADES INDIVIDUAIS E COLETIVAS
ACOLHIDA
Oferta pública de espaços e serviços para realização da proteção social básica e especial, devendo conter:
a. condições de recepção; b. escuta profissional qualificada; c. repasse de informações e orientações;d. estabelecimento de referência e contrarreferência;e. concessão de benefícios; f. aquisições materiais, econômicas, políticas, culturais e sociais; g. abordagem em territórios de maior vulnerabilidade e de
incidência de situações de risco; h. oferta de uma rede de serviços e de locais de permanência de
indivíduos e famílias para curta, média e longa permanência.
ACOLHIDA
O BICHO HOMEM É DEMORADO
NUNCA É O BASTANTE, TODA HORA, TODO INSTANTE, PRECISA DE MUITO CUIDADO
CUIDA COM CUIDADO: ALIMENTAÇÃO,, IMPACIÊNCIA, SOLIDÃO, VIOLÊNCIA, INTOLERÂNCIA
CUIDA COM CUIDADO: SEM PARANOIA
O PODER DO EU TE AMO
REQUER DE NÓS ENTENDIMENTOS E PRÁTICA
Requer amar o outro, estabelecer relações de solidariedade, de compreensão, de fraternidade;
Requer ter amor à humanidade e, assim, estar disposto a cuidar de todos;
Requer ter amor à vida acima do capital;Requer ter amor à luta/militância para se dedicar a ela;
PORQUE SO PODEMOS DAR O QUE RECEBEMOS!!
O QUE RECEBEMOS NO CONTEXTO DOS SISTEMAS DE RELAÇÃO DESIGUAL ENTRE EXPLORADORES E EXPLORADOS??
A construção, a restauração e o fortalecimento de laços de pertencimento, de natureza geracional, intergeracional, familiar, de vizinhança e interesses comuns e societários.
O exercício capacitador e qualificador de vínculos sociais e de projetos pessoais e sociais de vida em sociedade.
CONVÍVIO
ELEMENTO QUE VIOLA ESSA SEGURANÇA: Cultura de institucionalização
-Está presente na sociedade e nos governos - Modelo tradicional: grandes instituições totais, atendimento massificado , entidades de longa permanência, desqualificação das famílias, aceito socialmente como “solução para o problema das crianças pobres”: • Não respeita a individualidade nem a história do usuário • Não se insere na comunidade, não preserva os laços familiares e comunitários • Revitimiza, ao invés de reparar • Viola direitos, ao invés de proteger
CONVÍVIO
AUTONOMIA
Através:- Desenvolvimento de capacidades e habilidades para o
exercício do protagonismo da cidadania.- Conquista de melhores graus de liberdade, respeito à
dignidade humana, protagonismo e certeza de proteção social para o cidadão, para a família e para a sociedade.
É ainda desafiador que os espaços de atendimento potencializem gradativamente AUTONOMIA E
PROTAGONISMO dos usuários!!!
Publicação: “Concepção de Convivência e Fortalecimento de Vínculos” encontramos a seguinte definição pra AUTONOMIA:
“ A autonomia depende do acesso dos sujeitos à informação, de sua capacidade de utilizar esse conhecimento em exercício crítico de interpretação [...] autonomia pode ser expressa pela maior capacidade dos sujeitos de compreenderem e agirem sobre si mesmos e sobre o contexto conforme objetivos democraticamente estabelecidos” (BRASIL, 2013: 12-13).
Apoio e auxílio: transitório / emergencial = sob riscos circunstanciais, se exige a oferta de auxílios em bens materiais e em pecúnia.
A Resolução nº 212, de 19 de outubro de 2006, do CNAS, e o Decreto nº 6.307, de 14 de dezembro de 2007, estabeleceram critérios orientadores para a regulamentação e provisão de benefícios eventuais no âmbito da Política Pública de Assistência Social pelos municípios, estados e Distrito Federal.
AUXÍLIO
A Resolução nº 212 (outubro/2006 CNAS) = critérios e prazos para a regulamentação
- é uma modalidade de provisão de proteção social básica de caráter suplementar e temporário;
- Na comprovação são vedadas situações de constrangimento ou vexatórias.
a) Benefício natalidadeb) Auxílio-funeral
- Compete aos municípios: coordenação geral, operacionalização, acompanhamento, avaliação, estudos e monitoramento
AUXÍLIO
A Resolução nº 212 (outubro/2006 CNAS) = critérios e prazos para a regulamentação
- Compete aos municípios: coordenação geral, operacionalização, acompanhamento, avaliação, estudos e monitoramento. Promover ações que viabilizem e garantam a ampla e periódica divulgação dos benefícios eventuais e dos critérios para sua concessão.
- Compete aos Conselhos de Assistência Social: Fornecer aos demais entes informações sobre irregularidades na aplicação do regulamento dos benefícios eventuais, avaliar e reformular, se necessário, a cada ano, a regulamentação de concessão e valor dos benefícios natalidade e funeral.
AUXÍLIO
Decreto nº 6.307 (Dezembro/2007 CNAS)
- Para atendimento de vítimas de calamidade pública, poderá ser criado benefício eventual de modo a assegurar-lhes a sobrevivência e a reconstrução de sua autonomia, nos termos do § 2º do art. 22 da Lei nº 8.742, de 1993.
AUXÍLIO
Operada por meio da concessão de auxílios financeiros e da concessão de benefícios continuados, nos termos da lei, para cidadãos não incluídos no sistema contributivo de proteção social e que apresentem vulnerabilidades decorrentes do ciclo de vida e/ou incapacidade para a vida independente e para o trabalho.
O Programa Bolsa Família (PBF) Benefício de Prestação Continuada (BPC)
RENDA
DESAFIOS NA GARANTIA DA PROTEÇÃO SOCIAL COLOCADAS PARA OS TRABALHADORES E USUÁRIOS DO
SUAS
1. REFORMA DA PREVIDÊNCIA - Vídeo 4: ENTREVISTA FATORELLI.
2. Comprometimento no funcionamento do SUAS:- Programa Criança Feliz, acompanhado de ações
“voluntaristas”, descontínuas e pontuais;- O congelamento da expansão de recursos ;- Orçamento 2018- Proposta o corte em 11% do Programa Bolsa Família;
ORÇAMENTO 2018O governo federal fez cortes drásticos na assistência
social que chegam em 98%.
Programa /atividade Aprovado pelo CNAS
PLOA 2018 Diferença no corte
Percentual de corte
Fortalecimento do SUAS (despesa obrigatória - BPC)
55.893.977.918 55.150.895.835 -743.082.083 -1,17%
Pisos de proteção, estruturação da rede, ações complementares, apoio à gestão (despesas discricionárias)
3.171.445.448 62.000.000 3.109.445.448 -98,05%
TOTAL FNAS 59.065.423.366 55.212.895.835 -3.852.527.531 -6,52
ORÇAMENTO 2018O governo federal fez cortes drásticos na assistência
social que chegam em 98%.
Mais detalhes sobre os cortes:
• Os Serviços de Proteção Social Básica passam de R$ 2 bilhões
para R$ 800 mil, o que representa um corte de 99,96%;
• A estruturação dos Serviços de Proteção Social Básica passa de
R$ 7,1 milhões para R$ 200 mil, um corte de 97,18%;
• O ACESSUAS Trabalho passa de R$ 50 milhões para R$ 200 mil,
uma redução de 99,6%;
• Nas atividades de Apoio à Gestão os cortes chegam a 99,7%.
Michel Temer transferiu, por decreto, a administração das pastas responsáveis pelas políticas de reforma agrária para a Casa Civil.
Fonte: http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/05/temer-transfere-incra-e-secretarias-da-reforma-agraria-para-casa-civil.html
Além de deslocar as secretarias para dentro do Palácio do Planalto, determinou, no mesmo decreto, que as políticas de reforma agrária, promoção do desenvolvimento sustentável da agricultura familiar e delimitação das terras dos remanescentes das comunidades dos quilombos sejam administradas pela Casa Civil.
1. Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário2. Secretaria de Reordenamento Agrário3. Secretaria da Agricultura Família4. Secretaria de Desenvolvimento Territorial5. Secretaria Extraordinária de Regularização Fundiária na Amazônia Legal
Reduz a alíquota da contribuição paga por produtores para o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural), usado para auxiliar no custeio da aposentadoria dos trabalhadores rurais, que é subsidiada pela União.
MP permite que produtores com atraso no pagamento das contribuições previdenciárias quitem as dívidas com descontos nas multas e de forma parcelada.
NECESSIDADE DA REFORMA DA PREVIDÊNCIAGoverno federal vai abrir mão de mais de R$ 10 bilhões
em arrecadação com a medida provisória publicada pelo presidente Michel Temer = benefício a produtores
rurais.
O acordo com a bancada ruralista no Congresso foi fechado antes da votação da denúncia de corrupçãopassiva contra o presidente Michel Temer
Para a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco Sindical), a medida retira recursos da Previdência em um momento em que o governo propõe mudanças nas regras de aposentaria para conter o déficit do INSS
Perdão de juros e multas = perda de R$ 7,6 bilhões em 15 anos.Redução da alíquota do Funrural, = Perda de R$ 4,36 bilhões entre 2018 e 2020
TOTAL: R$ 11,96 bilhõeshttps://g1.globo.com/economia/noticia/governo-abre-mao-de-mais-de-r-10-bilhoes-com-alivio-de-dividas-de-ruralistas.ghtml
Proposta de Lei Orçamentária 2018OBTENÇÃO DE TERRA PARA A REFORMA AGRÁRIA
800.000.000
333.401.507
257.023.985
34.291.986
0
100.000.000
200.000.000
300.000.000
400.000.000
500.000.000
600.000.000
700.000.000
800.000.000
900.000.000
2015 2016 2017 2018
PLOA 2018 - Cortede 86.7%
ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXT. RURAL PARA A REFORMA AGRÁRIA
355.367.085
199.571.831
85.403.482
12.636.521
0
50.000.000
100.000.000
150.000.000
200.000.000
250.000.000
300.000.000
350.000.000
400.000.000
2015 2016 2017 2018
PLOA 2018corte de 85.2%
32.550.000
27.027.196
14.800.000
2.053.682
0
5.000.000
10.000.000
15.000.000
20.000.000
25.000.000
30.000.000
35.000.000
2015 2016 2017 2018
PLOA 2018Corte de 86.1%
Promoção da Educação no Campo
Reconhecimento e Indenização deTerritórios Quilombolas
29.500.000
8.003.248
4.920.000
1.846.611
0
5.000.000
10.000.000
15.000.000
20.000.000
25.000.000
30.000.000
35.000.000
2015 2016 2017 2018
PLOA 2018Corte de 62.5%
ATER para a agricultura Familiar
607.367.389
250.967.667 235.221.780
133.042.299
0
100.000.000
200.000.000
300.000.000
400.000.000
500.000.000
600.000.000
700.000.000
2015 2016 2017 2018
PLOA 2018Corte de 43.4%
ATER: PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURALaperfeiçoamento do sistema de produção, de mecanismos de
acesso a recursos , serviços e renda de forma sustentável
Promoção e Fortalecimento da Agric. Familiar
83.199.461
64.662.640
38.808.107
10.217.540
0
10.000.000
20.000.000
30.000.000
40.000.000
50.000.000
60.000.000
70.000.000
80.000.000
90.000.000
2015 2016 2017 2018
PLOA 2018Corte de 73.7%
Apoio à org. econômica e promoção dacidadania de mulheres rurais
18.952.360
9.522.883
11.445.682
3.281.920
0
2.000.000
4.000.000
6.000.000
8.000.000
10.000.000
12.000.000
14.000.000
16.000.000
18.000.000
20.000.000
2015 2016 2017 2018
PLOA 2018Corte de 71.3%
Apoio ao Desenv. Sust. das Comunidades Quilombolas
Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais
1.790.167
1.288.920 1.268.718
00
200.000
400.000
600.000
800.000
1.000.000
1.200.000
1.400.000
1.600.000
1.800.000
2.000.000
2015 2016 2017 2018
PLOA 2018EXTINTO
Programa de Aquisição de Alimentos – PAA
32.843.942
13.682.203
11.484.028
3.294.750
0
5.000.000
10.000.000
15.000.000
20.000.000
25.000.000
30.000.000
35.000.000
2015 2016 2017 2018
PLOA 2018Corte de
71.3%
O número de agricultores familiares participantes do PAA
cresceu de 42 mil em 2003 para 192 mil em 2012 (mas
ainda assim é um número bem pequeno em relação ao
total de agricultores familiares, colocando-se um grande
desafio no que se refere à cobertura do programa).
Situando...
MDS- Inclusão Produtiva Rural / Eixo Plano Brasil sem Miséria (Acesso a serviços e garantia de renda)
213.132.705
70.296.591 68.898.811
32.292.800
0
50.000.000
100.000.000
150.000.000
200.000.000
250.000.000
2015 2016 2017 2018
PLOA 2018Corte de 53.1%
Distribuição de Alimentos a Grupos Tradicionais:Ação de Distribuição de Alimentos a Grupos Populacionais
Específicos (ADA).
78.260.800
42.092.170
250.0000
10.000.000
20.000.000
30.000.000
40.000.000
50.000.000
60.000.000
70.000.000
80.000.000
90.000.000
2015 2016 2017 2018
PLOA 2018Corte de 99.4%
ação não constouem 2016
•Famílias acampadas que aguardam Reforma Agrária;
•Povos indígenas;
•Comunidades remanescentes de quilombos;
•Comunidades de terreiros;
•Famílias atingidas pela construção de barragens;
•Famílias de pescadores artesanais;
•População de municípios em situação de emergência e/ou
calamidade.
Programa de Aquisição de Alimentos –PAApromover o acesso à alimentação e incentivar a agricultura familiar
609.360.875
526.829.061
318.627.982
750.0000
100.000.000
200.000.000
300.000.000
400.000.000
500.000.000
600.000.000
700.000.000
2015 2016 2017 2018
PLOA 2018Corte de 99.8%
Bases de Organização da Política de Assistência Social
Territorialização
Matricialidade sociofamiliar
Intersetorialidade
São bases na efetivação das três principais funções do SUAS
BASES DE ORGANIZAÇÃO DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL PARA O ALCANCE DOS
SEUS OBJETIVOS
PROTEÇÃO SOCIAL
VIGILÂNCIA SOCIOASSISTENCIAL DEFESA DE DIREITOS
- Proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; - Promoção da integração ao mercado de trabalho; - Pessoa com deficiência;- Salário mínimo (BPC) ao idoso e PCD
Territorialização (GT)
- A Territorialização da Política Nacional de Assistência Social
ALICE RAQUEL PIOVESAN E ROSANE BERNARDETE BROCHIER KIST
Matricialidade sociofamiliar (GM)
- A Matricialidade Sociofamiliar do SUAS: diálogo entre possibilidades e limites
Luciana Marques
Intersetorialidade (GI)
- A Intersetorialidade na Política de Assistência Social
DANDARA CRISTINA NASCIMENTO DA COSTA
ATIVIDADE EM GRUPO
TERRITORIALIDADE
- Vigilância Socioassistencial
- Proteção social
- Defesa de direitos
- Vídeo : A territorialidade no SUASFonte: https://www.youtube.com/watch?v=aEF77gGPHc8
VÍDEO SUGERIDO : https://www.youtube.com/watch?v=SSFaYxKhNco (VÍDEO DISCUTE A TERRITORIALIZAÇÃO DA PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA. (46minutos)
TEXTO SUGERIDO: I CONGRESSO INTERNACIONAL DE POLÍTICA SOCIAL E SERVIÇO SOCIAL: DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS “Território, território usado e lugar: interface da Geografia e Assistência Social “ Paula Fonseca do Nascimento Viudes Programa de Pós-Graduação em Geografia da Unesp campus Presidente Prudente/SP, Brasil. E-mail: [email protected]
Bases de Organização da Política de Assistência Social
TERRITORIALIDADE:
- Supera a visão funcional da capacidade do Estado em
ofertar políticas (normalmente de forma fragmentada:
saúde/educação/assistência social)
Bases de Organização da Política de Assistência Social
TERRITORIALIDADE:
- Passa a compreender as necessidades a partir do conhecimento da realidade social/demanda na perspectiva de:
Melhorar o acesso aos serviços e benefícios, favorecendo a articulação da rede de serviços
Potencializando a intersetorialidade como estratégia de gestão
Possibilitando a integração entre serviços e benefícios Aprofundando e materializar processos participativos.
TERRITORIALIDADE:
- Supera a atenção à “público alvo” e incide sobre a perspectiva da realidades socioeconômicas, culturais e políticas onde vivem e se relaciona o público alvo.
Obs: O conhecimento da realidade só é possível através da elaboração de DIAGNÓSTICOS SOCIOTERRITORIAIS
PLANEJAMENTO VIGILÂNCIA SOCIOASSISTENCIAL
MAS ATENÇÃO
NÃO BASTA“OLHAR/CONSTATAR” AS
SITUAÇÕES
PRECISAMOS ANALISAR, APROFUNDAR, ULTRAPASSAR O
PERCEPTÍVEL, IR ALÉM DA APARÊNCIA PRA ALACANÇAR
SUA ESSÊNCIA
PROTEÇÃO SOCIAL NO TERRITÓRIO
As situações próprias da Política de Assistência Social
- Combate à pobreza e a subalternidade;- Prevenção e enfrentamento de vulnerabilidade e riscos;- Ampliação de oportunidades e acesso a serviços sociais;- Defesa dos interesses e necessidades sociais dos segmentos
mais empobrecidos.
Bases de Organização da Política de Assistência Social
MATRICIALIDADE SOCIOFAMILIAR
Supera a fragmentação na atenção aos indivíduos e famílias
(SEGMENTOS RESPONSABILIDADE COLETIVA)
Entende que a família, independentemente dos formatos ou
modelos que assume, é mediadora das relações entre os
sujeitos e a coletividade;
Ela se caracteriza como um espaço contraditório, cuja
dinâmica cotidiana de convivência é marcada por conflitos e
geralmente, também, por desigualdades;
Reconhecer nos territórios onde vivem as famílias
DISPUTAS
RELAÇÕESTROCAS
Contradições e conflitos
Expectativas e sonhos
Construção e desconstrução de
vínculos
... Compreender que esses territórios revelam os significados atribuídos
pelos diferentes sujeitos
Conhecer o nome e a credencial de quem o atende;
Dispor de locais adequados para seu atendimento com
sigilo;
Receber explicações sobre os serviços e sobre seu
atendimento de forma clara, simples e compreensível;
Ter seus encaminhamentos por escrito, identificados com
o nome dos profissionais e seu registro no Conselho ou
Ordem Profissional de forma clara e legível;Fonte: Brasil, Orientações Técnicas – CRAS (2009, p.14).
DIREITOS DAS FAMÍLIAS
Poder avaliar o serviço recebido, contando com espaço de
escuta para expressar sua opinião;
Ter acesso ao registro dos seus dados se assim desejar;
Ter acesso às deliberações das conferências municipais,
estaduais e nacionais de assistência social, entre outros.
Fonte: Brasil, Orientações Técnicas – CRAS (2009, p.14).
DIREITOS DAS FAMÍLIAS
DIREITOS SOCIOASSISTENCIAIS
Garantir que todos acessem os direitos de proteção
social de assistência social consagrados em Lei; Direito de equidade rural-urbana na proteção social (básica e
especial) não contributiva; Direito de equidade social e de manifestação pública
exercendo protagonismo e controle social na política de
assistência social sem discriminações; Direito à igualdade do cidadão e cidadã de acesso à rede
socioassistencial; Direito em ter garantida a convivência familiar,
comunitária e social; Direito à Proteção Social por meio da intersetorialidade das
políticas públicas; Direito à renda; Direito ao controle social e defesa dos direitos socioassistenciais.
Bases de Organização da Política de Assistência Social
INTERSETORIALIDADE
- Integração de diferentes setores na atenção aos usuários;- A proteção social se dá através de mais de uma política, portanto estas devem ser integradas na atenção aos usuários e seu acesso garantido.
TRABALHO SOCIAL NO SUAS E AS EQUIPES DE REFERÊNCIA
NOB-RH/SUAS
-São os servidores efetivos os responsáveis pela organização e oferta de serviços, programas, projetos e benefícios de proteção social básica e especial, levando-se em conta o número de famílias e indivíduos referenciados, o tipo de atendimento e aquisições que devem ser garantidas aos usuários. (NOB-RH/SUAS p. 25)
O trabalhador do SUAS é o responsável: construção de processos interventivos que
contribuam para promover o protagonismo e a autonomia dos usuários e o fortalecimento de práticas democráticas, participativas, inclusivas e da cultura de direitos
TRABALHO SOCIAL NO SUAS E AS EQUIPES DE REFERÊNCIA
NOB-RH/SUAS
PORTANTO, OS TRABALHADORES DO SUAS DEVEM:
- Ser valorizados;- Possuir formação teórico-
metodológica;- Possuir formação ético-política; - Possuir formação técnico-operativa;- Ter a sua disposição as condições
institucionais para a realização do seu trabalho.
EQUIPES DE REFERÊNCIA
Além da NOB-RH/SUAS: Resoluções do CNAS que consideram especificidades dos serviços:
Resolução 17, de 20 de junho de 2011, “Ratificar a equipe de referência definida pela NOB-RH/SUAS e Reconhecer as categorias profissionais de nível superior para atender as especificidades dos serviços socioassistenciais e das funções essenciais de gestão do Sistema Único de Assistência Social – SUAS”.e;Resolução 09, de 15 de abril de 2014 que “Ratifica e reconhece as ocupações e as áreas de ocupações profissionais de ensino médio e fundamental do Sistema Único de Assistência Social – SUAS, em consonância com a Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS – NOB-RH/SUAS.
RELAÇÃO ENTRE A OPÇÃO TEÓRICA-METODOLÓGICA DO PROCESSO DE FORMAÇÃO E O TRABALHO NO SUAS:
“É pela presença, pelo vínculo, que o educador constrói seutrabalho, que se dirige obrigatoriamente tanto ao outro como a simesmo, que admite a transformação interior, que faz da educaçãosocial um instrumento poderoso para a reflexão social.” (OLIVEIRA,2004 p.188)
- TRABALHO SOCIAL COMO PROCESSO EDUCATIVO/REFLEXIVO- TRANSFORMAÇÃO INTERIOR PARTE DO TRABALHO SOCIAL E INSTRUMENTO PARA A REFLEXÃO SOCIAL
QUAIS HABILIDADES O TRABALHADOR DO SUAS PRECISA DESENVOLVER:
1. Conhecer a política pública de assistência social, suas diretrizes, seus princípios, seus aportes teóricos, éticos e políticos e a rede de serviços socioassistenciais.
2. Conhecer a rede de proteção social, de garantia de direitos e o sistema de justiça.
3. Conhecer os fenômenos sociais e aspectos históricos, políticos, econômicos e culturais que impactam e determinam os contextos sociais.
4. Conhecer as especificidades dos riscos e vulnerabilidades da juventude negra, comunidades tradicionais, comunidades indígenas, população LGBT, pessoas com deficiência, pessoas idosas, crianças, adolescentes, mulheres e homens.
QUAIS HABILIDADES O TRABALHADOR SO SUAS PRECISA DESENVOLVER:
5. Possuir escuta e percepção aguçadas. 6. Atuar em equipe de forma interdisciplinar e complementar.7. Atuar em rede. 8. Ter habilidade para lidar com conflitos individuais e coletivos. 9. Ter disponibilidade para o aprendizado e a releitura do processo socioeducativo;10. Compreender e conhecer processos de planejamento.
Trabalho conjuga as dimensões técnicas (conhecimento), éticas(valores e atitudes) e políticas (participação coletiva e transformação)
PRINCÍPIOS ÉTICOS PARA O TRABALHO SOCIAL NO SUAS :
1. Defesa incondicional da liberdade, da dignidade da pessoa humana, da privacidade, da cidadania, da integridade física, moral e psicológica e dos direitos socioassistenciais.
2. Defesa do protagonismo e da autonomia dos usuários e a recusa de práticas de caráter clientelista, vexatório ou com intuito de benesse ou ajuda.
3. Oferta de serviços, programas, projetos e benefícios públicos gratuitos com qualidade e continuidade, que garantam a oportunidade de convívio para o fortalecimento de laços familiares e sociais.
4. Respeito à pluralidade e diversidade cultural, socioeconômica, política e religiosa.
PRINCÍPIOS ÉTICOS PARA O TRABALHO SOCIAL NO SUAS :
5. Combate às discriminações etárias, étnicas, de classe social, degênero, por orientação sexual ou por deficiência, dentre outras.
6. Garantia de acesso à informação, resguardando a proteção àprivacidade dos usuários, observando o sigilo profissional,preservando sua intimidade e opção e resgatando sua história devida.
7. Garantia de acesso à assistência social a quem dela necessitar, semdiscriminação social de qualquer natureza, resguardando oscritérios de elegibilidade dos diferentes benefícios e asespecificidades dos serviços, programas e projetos ereconhecimento do direito dos usuários de ter acesso a benefícios eà renda.
8. Prevalência, no âmbito do SUAS, de ações articuladas e integradas,para garantir a integralidade da proteção socioassistencial aosusuários dos serviços, programas, projetos e benefícios.
IMPORTANTE!!!
Ao mesmo tempo que o trabalho social deve atender as necessidades e interesses dos indivíduos e das famílias, inclusive as imediatas, também visa a (re)construção de padrões de sociabilidade, de projetos de vida e societário.
Isso só é possível se esse trabalho conjugar as dimensões técnicas (conhecimento), éticas (valores e atitudes) e políticas
(participação coletiva e transformação).
Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social
Gerência de Projetos e Capacitação
www.sigas.pe.gov.brE-mail: [email protected]
Telefone: 81 3183 0702
Faculdade de Ensino Superior de Caruaru- ASCES
E-mail: [email protected]: (081) 2103-2096