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PSE e ações

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  • 1

    Ministrio da Sade

    Ministrio da Educao

    GUIA DE SUGESTES DE ATIVIDADES

    SEMANA SADE NA ESCOLA

    2015

    - verso preliminar -

    BRASLIA/DF,

    MARO DE 2015

  • 2

    SUMRIO

    APRESENTAO................................................................................................................... 4

    TEMA: ALIMENTAO SAUDVEL ........................................................................................ 5

    NOME DA ATIVIDADE: Antropometria em crianas e adolescentes .................................. 6

    NOME DA ATIVIDADE: A escolha dos alimentos ................................................................. 7

    NOME DA ATIVIDADE: De onde vm os alimentos? ........................................................... 9

    NOME DA ATIVIDADE: Promoo da alimentao saudvel no currculo escolar ........... 11

    TEMA: PRTICAS CORPORAIS, ATIVIDADE FSICA E LAZER ................................................... 13

    NOME DA ATIVIDADE: Corrida do saco gigante ............................................................. 18

    NOME DA ATIVIDADE: Que corpo esse? ......................................................................... 22

    NOME DA ATIVIDADE: Na corda bamba!........................................................................... 25

    NOME DA ATIVIDADE: Todos juntos: superando desafios. .............................................. 27

    NOME DA ATIVIDADE: Circuito Solidrio ........................................................................... 31

    TEMA: DIREITOS HUMANOS E PROMOO DE CULTURA DE PAZ ........................................ 38

    NOME DA ATIVIDADE: D um passo frente .................................................................... 41

    NOME DA ATIVIDADE: Sadako e os tsurus ........................................................................ 46

    NOME DA ATIVIDADE: Quem somos ns? ......................................................................... 52

    NOME DA ATIVIDADE: Com quem contamos? .................................................................. 54

    NOME DA ATIVIDADE: O varal para preveno de violncia ............................................ 57

    NOME DA ATIVIDADE: Jogo dos bales ............................................................................. 59

    NOME DA ATIVIDADE: Jornal mural .................................................................................. 62

    NOME DA ATIVIDADE: Violncia na famlia, fatores de vulnerabilidade e de proteo na

    comunidade atuao em rede......................................................................................... 65

    NOME DA ATIVIDADE: Conceituando bullying .................................................................. 68

    NOME da atividade: Cuidando de Si: Gnero e Sade (A Loteria da Vida) ...................... 70

  • 3

    TEMA: Participao juvenil/infantil .................................................................................... 74

    NOME DA ATIVIDADE: Cuidando de Si: ADOLESCNCIAS E JUVENTUDES ........................ 76

    NOME DA ATIVIDADE: Cuidando de Si: direito sade .................................................... 79

    NOME DA aTIVIDADE: Cuidando de Si A sade que temos e a sade que gostaramos de

    ter ........................................................................................................................................ 82

    NOME DA ATIVIDADE: Coisas que eu amo ........................................................................ 84

    TEMA: Identificando Necessidades e Conhecendo os Parceiros ........................................... 86

    NOME DA ATIVIDADE: Vamos conhecer a Unidade Bsica de Sade? ............................. 87

    NOME DA ATIVIDADE: A salada ......................................................................................... 88

    NOME DA ATIVIDADE: Roda de conversa: Promoo da Sade na escola ....................... 91

    NOME DA ATIVIDADE: Mural Conhecendo minha escola .............................................. 92

    Tema: SADE INDGENA .................................................................................................... 94

    NOME DA ATIVIDADE: Linha do tempo alimentar ............................................................ 96

    NOME DA ATIVIDADE: Roda de conversa. Promoo da sade na escola ....................... 97

    NOME DA ATIVIDADE: A escolha de alimentos saudveis ................................................ 98

    NOME DA ATIVIDADE: Alimentao atual x tradicional ................................................... 99

    NOME DA ATIVIDADE: Educao em sade bucal ........................................................... 100

    NOME DA ATIVIDADE: Escovao bucal supervisionada ................................................ 101

    NOME DA ATIVIDADE: Aplicao tpica de flor ............................................................ 102

  • 4

    APRESENTAO

    Caros profissionais da educao e da sade,

    Este Guia um material orientador para todos e todas envolvidos com o

    Programa Sade na Escola: profissionais de sade, de educao, de assistncia,

    comunidade, educandos e famlias.

    A ideia investir na formao de comportamentos favorveis sade e ao bem

    estar desde a infncia. Se uma criana cresce em meio a uma vida saudvel, a

    tendncia que se torne um adulto saudvel.

    Este Guia contm sugestes de atividades para serem desenvolvidas no

    apenas durante a Semana Sade na Escola, mas ao longo do ano letivo.

    A proposta do Guia fornecer um conjunto de atividades capazes de estimular

    e enriquecer o trabalho educativo dos profissionais de sade e de educao, sendo

    seus princpios a promoo e preveno de agravos sade.

    Espera-se que a Semana Sade na Escola amplie o reconhecimento das aes

    planejadas e executadas no mbito do Programa, alm do fortalecimento da

    integrao e articulao entre os setores da sade e da educao no nvel local.

    A Semana Sade na Escola compreender aes de ateno sade dos

    escolares e de promoo da sade, cuja mobilizao acontecer no perodo de 27 a 30

    de abril de 2015, envolvendo intersetorialmente o planejamento das redes de

    educao bsica e ateno bsica em sade.

    A Semana Sade na Escola, alm de mobilizar e envolver a comunidade no

    territrio com aes de educao em sade fortalece a intersetorialidade. Entretanto,

    devemos ressaltar que quanto maior o envolvimento dos atores do territrio, maior

    xito ter a Semana.

    Esperamos que essas orientaes contribuam e apoiem a organizao das

    atividades durante a Semana Sade na Escola, e que a vida saudvel se torne

    permanente no ambiente do educando. Tenham uma tima Semana Sade na Escola!

  • 5

    TEMA: ALIMENTAO SAUDVEL

    A escola um espao com potencial para promover sade e qualidade de vida,

    influenciando na formao de hbitos saudveis e no desenvolvimento de habilidades

    para o cuidado, pois permite congregar diferentes atores (educandos, famlias,

    profissionais de sade e educao, manipuladores de alimentos, agricultores

    familiares, comunidade, entre outros), para discutir a situao alimentar e nutricional

    do territrio, alm de propiciar a discusso e criao de um ambiente gerador de

    prticas saudveis, que favorea escolhas saudveis extrapolando o espao de sala de

    aula e que incorporem o dilogo com as famlias e o territrio onde vivem os

    educandos.

    A criao desse ambiente requer a compreenso dos fatores que influenciam o

    modo de como/onde/quando nos alimentamos. Esses fatores, conhecidos como

    determinantes do consumo alimentar, agem simultaneamente em nossa vida e podem

    ser sociais (famlia, amigos, status, mdia, escola, trabalho, moda), culturais (cultura

    alimentar local, valor simblico e afetivo do alimento), econmicos (preo dos

    alimentos, renda do consumidor), psicolgicos (prazer, memria afetiva) e ambientais

    (produo de alimentos, uso dos recursos naturais, acesso fsico aos alimentos).

    Assim, aes de promoo da alimentao adequada e saudvel so

    fundamentais para criao de ambientes saudveis. Pode-se entender a promoo da

    alimentao adequada e saudvel como um conjunto de estratgias que proporcionam

    s pessoas e coletividades a realizao de prticas alimentares apropriadas aos seus

    aspectos biolgicos e socioculturais, bem como ao uso sustentvel do meio ambiente,

    tendo como objetivo a melhoria da qualidade de vida da populao, por meio de aes

    intersetoriais, voltadas ao coletivo, a indivduos e aos ambientes (fsico, social, poltico,

    econmico e cultural), de carter amplo e que possam atender s especificidades de

    cada fase do curso da vida.

    Portanto, para apoiar o desenvolvimento de aes de promoo da

    alimentao adequada e saudvel junto aos educandos e a comunidade escolar,

    apresentamos aqui algumas sugestes de atividades a serem desenvolvidas no longo

    do ano letivo.

  • 6

    FICHA DE ATIVIDADE 01

    NOME DA ATIVIDADE: ANTROPOMETRIA EM CRIANAS E ADOLESCENTES

    NVEL DE ENSINO: (X) Fundamental (X) Mdio

    OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: Avaliar o estado nutricional de crianas e adolescentes por

    meio do peso, altura e idade dos educandos. O acompanhamento sistemtico do

    crescimento e do desenvolvimento da criana e do adolescente de grande

    importncia, pois favorece as condies de sade e nutrio dos mesmos. Os ndices

    antropomtricos so utilizados como principal critrio desse acompanhamento.

    MATERIAIS DE APOIO NECESSRIOS: fita mtrica/antropmetro vertical e balana

    plataforma.

    DURAO DA ATIVIDADE: As atividades de pesar, medir e fazer as respectivas

    anotaes em formulrios especficos levam, em mdia, 5 minutos por educando.

    DESCRIO DA ATIVIDADE:

    Articulao com a escola: As equipes de sade devero se articular com as equipes das

    escolas que, por sua vez, devero informar os pais e/ou responsveis e preparar os

    educandos para receber os profissionais de sade.

    Abordagem: Antes do incio de qualquer atividade com as crianas e adolescentes

    perguntar o nome de cada um e se referir a eles pelo nome. Toda e qualquer pergunta

    dos educandos dever ser respondida respeitando a faixa etria e o grau de

    (des)conhecimento sobre o tema em questo. Todas as atividades na escola precisaro

    ser acompanhadas por um educador de referncia das crianas na escola.

    Descrio: As equipes de sade precisam se articular com as escolas a fim de

    estabelecer as metas e os critrios para definio de turmas a serem avaliadas.

    A avaliao antropomtrica deve ser feita por um profissional de sade capacitado,

    segundo tcnicas referenciadas abaixo.

    REFERNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de contedo, publicaes ou sites):

    Brasil. Ministrio da Sade. Vigilncia alimentar e nutricional - Sisvan: orientaes bsicas para a coleta, processamento, anlise de dados e informao em servios de sade. Braslia: Ministrio da Sade, 2004. 120 p. (Srie A. Normas e Manuais Tcnicos).

  • 7

    FICHA DE ATIVIDADE 02

    NOME DA ATIVIDADE: A ESCOLHA DOS ALIMENTOS

    NVEL DE ENSINO: (X) Fundamental Finais (X) Mdio

    OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: apresentar e discutir com os educandos as

    recomendaes gerais que orientam a escolha dos alimentos.

    MATERIAIS DE APOIO NECESSRIOS: cartolinas ou papel pardo, canetinhas coloridas,

    pincel atmico, revistas, jornais, Guia Alimentar para a Populao Brasileira.

    DURAO DA ATIVIDADE: 2 hora ou conforme planejamento da escola

    DESCRIO DA ATIVIDADE:

    1. O(s) facilitadore(s) (professores e/ou profissionais de sade) da atividade

    apresentam-se e expem o objetivo do encontro.

    2. O(s) facilitadore(s) devero dividir a turma em dois grandes grupos:

    Grupo 1 grupo prtico

    Grupo 2 grupo terico/explicativo

    3. Cada grupo desenvolver suas atividades paralelamente (Durao - 40

    minutos):

    Grupo 1 Sem leitura previa e com base nos conhecimentos de cada um, esse

    grupo ir estruturar quatro cartazes contendo a classificao dos alimentos

    segundo seu grau de processamento (alimentos in natura ou minimamente

    processados; alimentos processados; uso de leos, gorduras, sal e acar;

    alimentos ultraprocessados). Esses cartazes podero ser elaborados por meio

    de colagem, desenhos ou escrita.

    Grupo 2 Esse grupo, por meio de pesquisa na internet ou usando a publicao

    do Guia Alimentar para a Populao Brasileira, ir preparar um(s) cartaz(es)

    sntese sobre os conceitos da classificao dos alimentos com base no seu nvel

    de processamento, caractersticas que so importantes a serem observadas

    para a escolha.

    4. Na sequencia, cada o grupo 1 ter 15 minutos para apresentar seu(s)

    cartazes(s) a todo grande grupo.

  • 8

    5. Com base na pesquisa e aps apresentao do grupo 1, os participantes do

    grupo 2 explicaro os conceitos e curiosidades sobre a temtica e com base nos

    cartazes apresentados pelo grupo 1, discutiro sobre os alimentos que

    apareceram nos cartazes. O grupo 2 ter 15 minutos para a apresentao junto

    ao grande grupo.

    6. Diante das apresentaes, o(s) facilitadore(s) promovem uma discusso sobre

    os novos conceitos apresentados relacionados vida dos educandos e sobre a

    possvel mudana de hbitos alimentares diante dos novos conhecimentos.

    7. O(s) facilitador(es) deve concluir e questionar se existe ainda alguma dvida.

    REFERNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de contedo, publicaes ou sites):

    BRASIL. Ministrio da Sade. Guia alimentar para a populao brasileira. 2. ed. Braslia: Ministrio da Sade, 2014. http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira.pdf

  • 9

    FICHA DE ATIVIDADE 03

    NOME DA ATIVIDADE: DE ONDE VM OS ALIMENTOS?

    NVEL DE ENSINO: (X) Fundamental Finais (X) Mdio

    OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: Estimular o interesse pela descoberta da origem dos

    alimentos e promover a reflexo sobre o cuidado com o meio ambiente e produo de

    alimentos.

    MATERIAIS DE APOIO NECESSRIOS: alimentos in natura ou minimamente processado

    (Ex.: arroz, feijo, milho, frutas, hortalias) e alimentos processados e ultraprocessados

    (Ex.: suco em p, biscoito, macarro instantneo);

    DURAO DA ATIVIDADE: 50 minutos

    DESCRIO DA ATIVIDADE: Esta atividade pode ser realizada com educandos de

    diferentes turmas. A escola deve definir se far a atividade envolvendo as famlias ou

    se dividir grupos de acordo com as turmas.

    O(s) facilitador(es), em uma grande roda, faz um levantamento com os educandos

    sobre os alimentos que mais gostam de consumir quando esto em casa, escola ou na

    rua. Todos esses alimentos so listados no quadro ou em um cartaz (10 minutos).

    Na sequncia a turma dividida de dois a quatro grupos, a depender do nmero de

    alunos e de alimentos listados no quadro. Cada grupo dever escrever/desenhar a

    cadeia produtiva dos alimentos listados no quadro. O(s) facilitador(es) deve(m) auxiliar

    os alunos questionando: qual a origem desse alimentos? Ele veio diretamente do

    campo ou se passou pelo processo de industrializao, em maior ou menor grau?

    Existem produtos qumicos adicionados a esse produto? Os grupos tero 30 minutos

    para fazerem a discusso em grupos e prepararem a apresentao da cadeia produtiva

    de seus alimentos.

    Aps, os alunos iro apresentar seus alimentos para o grande grupo (5 minutos para

    cada grupo).

    Ao final o(s) facilitador(es) promove uma discusso dos alunos sobre a cadeia

    produtiva dos alimentos apresentados, qual a principal semelhana e diferena entre

    os alimentos? A produo desses alimentos valoriza a cultura das populaes,

  • 10

    principalmente a local? Esses alimentos so produzidos na regio? E finaliza tentando

    resgatar a cultura local, a valorizao dos alimentos produzidos na comunidade, os

    benefcios que eles trazem. importante destacar que a maioria dos alimentos

    industrializados passa por vrias etapas de processamento antes de estar disponvel

    para consumo, possuem inmeros aditivos alimentares, como corantes e

    conservantes, contm contedos elevados de gordura, acar e sdio. Alm disso,

    algumas etapas do seu processo produtivo podem agredir o meio ambiente e no ser

    socialmente justas.

    Se a escola tiver estrutura para passar um vdeo, indicamos como fechamento dessa

    aula o vdeo Laranja ultraprocessada (industrializados que imitam alimentos)

    https://www.youtube.com/watch?v=WrvLMc2tSAs

    REFERNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de contedo, publicaes ou sites):

    BRASIL. Ministrio da Sade. Guia alimentar para a populao brasileira. 2. ed. Braslia: Ministrio da Sade, 2014. http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira.pdf

    Brasil. Ministrio da Sade. Secretaria de Ateno Sade. Departamento de Ateno Bsica. Alimentos regionais brasileiros / Ministrio da Sade, Secretaria de Ateno Sade, Departamento de Ateno Bsica. 2. ed. Braslia : Ministrio da Sade, 2015. http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/livro_alimentos_regionais_brasileiros.pdf

    Publicaes da Coordenao-Geral de Alimentao e Nutrio. Disponveis em:

    http://nutricao.saude.gov.br/publicacoes.php

    Publicaes do Departamento de Ateno Bsica. Disponveis em:

    http://dab.saude.gov.br/publicacoes.php

  • 11

    FICHA DE ATIVIDADE 04

    NOME DA ATIVIDADE: PROMOO DA ALIMENTAO SAUDVEL NO CURRCULO ESCOLAR

    NVEL DE ENSINO: (X) Fundamental Iniciais e Finais (X) Mdio

    OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: ofertar opes de atividades a serem trabalhadas no

    currculo escolar em diferentes disciplinas.

    MATERIAIS DE APOIO NECESSRIOS: variam de acordo o planejamento da escola.

    DURAO DA ATIVIDADE: no existe tempo padronizado, varia de acordo com o

    planejamento da escola.

    PROPOSTAS DE ATIVIDADE POR DISCIPLINA:

    Geografia

    -Abordar com os educandos as comidas tpicas da regio, associando a vocao agrcola da

    regio de acordo com o tipo de solo e relevo;

    -Realizar pesquisa sobre os hbitos alimentares culturais no seu estado, pas ou mundo,

    apresentando os alimentos cultivados, a cultura envolvida nas preparaes;

    -Fazer feiras na escola sobre a influncia de cada pas na alimentao atual dos brasileiros;

    -Propor a criao de hortas escolares, produo de adubos caseiros e a utilizao de materiais

    reciclveis para a construo e manuteno da horta; alm de se discutir os benefcios dos

    alimentos in natural;

    -Promover discusso sobre as Leis relacionadas alimentao escolar e Segurana Alimentar e

    Nutricional em comparao com a situao de outros pases.

    Cincias ou Qumica

    -Efeitos bioqumicos dos alimentos no organismo;

    -Aula prtica: identificar os estados fsicos utilizando os alimentos: lquido, solido e gasoso;

    -Trazer o conhecimento da origem dos alimentos: discutir sistema alimentar, sustentabilidade;

    -Aula prtica: apresentar e discutir a diferena de alimentos tratados com agrotxicos e

    alimentos orgnicos;

    -Trabalhar os sentidos do corpo atravs dos alimentos (tato, olfato e paladar);

    -Identificar micro-organismos a partir das ms prticas de higiene adotadas com os alimentos,

    discutindo as contaminaes possveis pelo alimento: qumica, fsica e biolgica .

  • 12

    Histria

    - Promover rodas de conversa e pesquisas sobre a alimentao de antigamente e a atual,

    levantando quais so as diferenas, como eram o processamento dos alimentos e como so

    hoje; durao dos alimentos e o que se fazia antigamente e o que se faz hoje; dentre outras

    caracterstica que acharem importantes;

    -Estimular os alunos a construrem Jogo da memria (figura do alimento e o par deve conter

    suas caractersticas e benefcios), para ser utilizado por todas as turmas da escola;

    Portugus

    -Incentivar a pesquisa que resulte em redao sobre alimentos e suas caracteristicas;

    -Trazer temas sobre segurana alimentar e nutricional para serem dissertados e apresentados

    em sala de aula;

    -Determinar a pesquisa de leis que incentivem a alimentao saudvel para dissertao;

    -Dissertaes sobre a relao da alimentao e agravos de doenas no transmissveis

    (diabetes, hipertenso, doenas coronarianas, entre outros);

    -Incentivar a criao de historinhas sobre alimentao;

    -Introduzir a leitura infantil de livros ilustrativos sobre os alimentos.

    Educao Fsica

    - Aproximar a relao alimentao e esporte;

    -Trabalhar a importncia da alimentao saudvel e os prejuzos causados pelos

    anabolizantes;

    -Realizar projetos com os alunos sobre avaliao alimentar e nutricional.

    REFERNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de contedo, publicaes ou sites):

    Brasil. Ministrio da Sade. Secretaria de Ateno Sade. Departamento de Ateno Bsica. Manual operacional para profissionais de sade e educao: promoo da alimentao saudvel nas escolas. Braslia: Ministrio da Sade, 2008. 152p. (Srie A. Normas e Manuais Tcnicos). Disponvel em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_operacional_profissionais_saude_educacao.pdf>

    Publicaes da Coordenao-Geral de Alimentao e Nutrio. Disponveis em:

    Publicaes do Departamento de

    Ateno Bsica. Disponveis em: .

  • 13

    TEMA: PRTICAS CORPORAIS, ATIVIDADE FSICA E LAZER

    A alfabetizao motora de crianas, adolescentes e jovens parte integrante dos

    processos de aprendizagem especialmente no ambiente social, seja na escola ou na

    comunidade.

    Diante do potencial pedaggico e, ao mesmo tempo, de sua capacidade de

    desenvolver de forma harmoniosa as habilidades fsicas e reflexivas, as prticas

    corporais so elemento indispensvel nos processos educativos das pessoas para a

    vida em sociedade. No entanto faz-se necessrio enfatizar aspectos contidos nos jogos

    e atividades, promovendo estratgias que deixem em segundo plano a exacerbao da

    competitividade.

    Quando se coloca em questo a promoo de sade no espao escolar,

    importante que haja um esforo no sentido de proporcionar atividades que produzam

    o fortalecimento das relaes entre os educandos. Uma estratgia significativa de tais

    prticas diz respeito cooperao, tema que fez surgir a corrente denominada, Jogos

    Cooperativos.

    Um dos principais objetivos dos jogos cooperativos o de levar as pessoas a

    vencer os desafios, os limites e os medos pessoais, ultrapassando a ideia de que o

    importante superar os outros a qualquer custo. As crianas, adolescentes e jovens

    em idade escolar necessitam ser expostos a desafios em seus processos de

    aprendizagem que possibilitem a eles a apreenso de regras e condutas sociais.

    Os jogos, a brincadeira e o esporte so poderosas ferramentas que podem

    estimular, por meio de prticas corporais, o entendimento e a vida em sociedade,

    especialmente quando os processos pedaggicos contidos nas atividades so

    enfatizados. Levando-se em considerao os sujeitos da ao como principais

    protagonistas, possvel trazer luz vrios aspectos positivos ou negativos da vida

    social. papel do educador e do profissional de sade explorar os significados que tais

    aspectos tm para a vida social. Essa reflexo pode nortear a conduo de todas as

    atividades propostas na Semana Sade na Escola.

    Quadro 1 Jogos Competitivos X Jogos Cooperativos

  • 14

    JOGOS COMPETITIVOS JOGOS COOPERATIVOS

    So divertidos apenas para uns So divertidos para todos

    Alguns jogadores tm o sentimento de

    derrota.

    Todos os jogadores tm o sentimento de

    vitria.

    Alguns jogadores so excludos por sua falta

    de habilidade

    Todos se envolvem independentemente de

    sua habilidade.

    Os jogadores podem se tornar desconfiados,

    egostas ou se sentirem inseguros com os

    outros.

    Aprende-se a compartilhar e a confiar.

    Diviso por categorias: meninos x meninas,

    altos x baixos, mais habilidosos x menos

    habilidosos, criando barreiras entre as

    pessoas e justificando as diferenas como

    uma forma de excluso.

    H mistura de grupos que brincam juntos

    criando alto nvel de aceitao mtua.

    Os perdedores ficam de fora do jogo e

    simplesmente tornam-se observadores.

    Os jogadores esto envolvidos nos jogos

    por um perodo maior, tendo mais tempo

    para desenvolver suas capacidades.

    Os jogadores no se solidarizam e ficam

    felizes quando alguma coisa de ruim

    acontece aos outros.

    Aprende-se a solidarizar com os

    sentimentos dos outros, desejando tambm

    o seu sucesso.

    Os jogadores so desunidos. Os jogadores aprendem a ter senso de

    unidade.

  • 15

    Os jogadores perdem a confiana em si

    mesmos quando eles so rejeitados ou

    quando perdem

    Desenvolvem a autoconfiana porque todos

    so bem aceitos.

    Pouca tolerncia derrota desenvolve em

    alguns jogadores um sentimento de

    desistncia diante das dificuldades.

    A habilidade de perseverar diante das

    dificuldades fortalecida.

    Poucos tornam-se bem sucedidos.

    Todos encontram um caminho para crescer

    e se desenvolver.

    Fonte: MS/CGAN/DAB.

    Vale lembrar que uma outra corrente trabalha com os jogos competitivos na

    perspectiva de desenvolver nos participantes habilidades referentes ao saber ganhar

    e saber perder. Entendendo que se trata de situao circunstancial estar em uma

    realidade ou outra de forma que quem ganha no se sinta superior em relao ao

    outro e que todos devem agir de forma cooperativa, unindo diferentes habilidades e

    capacidades.

  • 16

    PROPOSTA ESTRUTURAL DAS OFICINAS

    Para facilitar o planejamento e organizao da oficina, e com isso, favorecer o bom

    andamento e aproveitamento das atividades, e consequentemente, maior alcance dos

    objetivos, sugerimos uma sequencia estrutural de 5 momentos, que acreditamos

    poder ajudar voc no desenvolvimento e realizao das atividades.

    Nossa dica que as oficinas tenham a seguinte estrutura:

    Momento 1: Roda de abertura

    A roda de abertura consiste em um momento inicial da atividade em que dispomos o

    grupo em roda, realizamos uma breve conversa sobre a proposta da atividade e

    apresentamos o tema que ser abordado. Fazemos perguntas relacionadas ao

    contedo da oficina, ofertamos um espao para ouvir as expectativas dos participantes

    e, se necessrio adaptamos a proposta conjuntamente criando arranjos para o melhor

    desenvolvimento da oficina.

    Momento 2: Atividade de esquenta

    A atividade de esquenta consiste numa proposta de dinmica para tentarmos

    despertar maior expectativa do grupo em relao ao tipo de trabalho que almejamos

    desenvolver, podendo tambm, ser um momento para soltarmos o corpo,

    movimentarmos nossas articulaes e liberarmos as energias acumuladas que causam

    tenso. Alm disso, serve para iniciarmos uma relao de aproximao e interao

    entre os participantes da roda.

    Momento 3: Atividade principal.

    Consiste na realizao da atividade principal de toda a oficina. importante a escolha

    de uma atividade que d conta de abordar todos os contedos pretendidos, bem

    como, contemple os objetivos almejados na elaborao da mesma.

  • 17

    Momento 4: Atividade de relaxamento/descontrao.

    A atividade de relaxamento/descontrao consiste numa proposta de dinmica que

    almejamos acalmar e tranquilizar os participantes, um momento de parada para

    sentirmos melhor as mudanas produzidas em nosso corpo pelas atividades,

    preparando o grupo para a roda de reflexo, discusso e problematizao.

    Momento 5: Roda de reflexo

    A roda de reflexo consiste em um momento final da oficina, onde colocamos o grupo

    em roda e realizamos uma conversa para saber: como cada participante se sentiu

    durante a oficina? Que aspectos da atividade podemos destacar? Que elementos

    podem ser problematizados para discusso e reflexo? Quais foram os principais

    aprendizados? Com avaliamos a oficina? O que podemos modificar na oficina para que

    ela ficar mais atraente? Foi possvel atingir nossos objetivos? Outras questes.

    Veja alguns exemplos de atividades que voc pode se inspirar e utilizar.

  • 18

    FICHA DE ATIVIDADE 05

    NOME DA ATIVIDADE: CORRIDA DO SACO GIGANTE

    NVEL DE ENSINO: (x) Fundamental / Anos iniciais/ Finais (x) Mdio

    OBJETIVO(S) da atividade: Desenvolver os significados da cooperao por meio do

    despertar para a conscincia de interdependncia, a partir da viso de que, apesar de

    sermos diferentes, estamos integrando um mesmo grupo, logo, importante

    acolhermos as diferenas do outro; Estimular o desenvolvimento de competncias

    colaborativas, tais como: planejamento em equipe, comunicao eficaz, liderana

    compartilhada, dilogo grupal, apoio mtuo, confiana, gerenciamento coletivo, entre

    outras; Fortalecer o trabalho em equipe, a partir da conscincia de que os

    esforos/qualidades/competncias individuais, quando colocados a servio do

    coletivo, podem gerar mais resultados, com muito menos esforo e muito mais

    felicidade.

    MATERIAIS DE APOIO NECESSRIOS: sala de apoio / ptio / quadra, sacos de nylon ou

    estopa. Observao: Em caso de adaptaes, utilizar cordas ou elstico para amarrar as

    pernas dos participantes.

    MATERIAL: um saco gigante feito de nylon, lycra ou estopa, que comporte vrias

    pessoas da equipe. O objetivo o de possibilitar a vivncia por todos do grupo. Pode

    ser saco de entulho, que vendido em lojas de material de construo, ou pode ser

    um saco confeccionado para este fim.

    DURAO DA ATIVIDADE: poder durar at 1h30min.

    PARTICIPAO: Entre 5 a 35 pessoas por saco gigante. Para isso, importante que o

    material seja confeccionado de forma que proporcione resistncia a este nmero de

    pessoas. Observao: Fundamental que a turma no seja dividida, o que possibilitaria

    produzir um sentimento de disputa e competividade entre os participantes.

  • 19

    RODA DE ABERTURA: Breve conversa sobre as prticas corporais com os educandos

    Quais as prticas que vocs costumam fazer? O que vocs mais gostam de fazer

    durante os momentos que no esto na escola? Que prticas corporais vocs

    gostariam de aprender? Vocs gostam de dana? Capoeira ou outra luta? Curtem

    atividades circenses e teatro? Vocs escutam msica? Quais jogos e brincadeiras

    populares vocs conhecem? Explicar a atividade e, se necessrio, faz adaptaes.

    Atividade de esquenta: Pega-pega corrente

    O grupo faz uni-duni-t para escolher o pegador. Os demais participantes se

    espalham e correm, e o pegador corre atrs. Quem for pego deve dar a mo para o

    pegador. Juntos, eles correm atrs dos outros participantes. Assim, quando todos do

    grupo forem pegos, eles formaro uma corrente de pessoas.

    Atividade principal:

    1 Momento Corrida do saco (individual)

    Marque um ponto para ser a linha de chegada e outro de partida. Cada participante

    deve entrar no saco ou fronha ou ter as pernas bem presas por um elstico. Ao ser

    dado o sinal, os jogadores aos pulos precisam cruzar a linha de chegada. Vence aquele

    que cruzar primeiro a linha de chegada. Os tombos so inevitveis, por isso, uma

    superfcie segura fundamental.

    Dica: quando o nmero de participantes for grande, divida-os em grupos iguais e faa

    uma disputa de revezamento. Cada jogador que chegar ao lado oposto passa o saco

    para o parceiro que far o percurso de volta. Com sacos bem grandes os participantes

    podem pular em duplas dentro do mesmo saco.

    2 Momento Corrida do saco gigante (coletivo)

  • 20

    Percorrer um trajeto pr-determinado com toda a equipe dentro de um mesmo saco

    gigante caso este material no esteja disponvel, sugere-se usar uma corda

    comprida o bastante para envolver todos os participantes em um nico lao.

    Todas as pessoas sero convidadas a atravessar um percurso determinado pelo

    facilitador. Porm s podero faz-lo todas juntas, dentro de um mesmo saco

    gigante, tendo um tempo limite para cumprir o desafio. Para tornar o desafio mais

    complexo, o facilitador pode incluir elementos que convidaro o grupo a exercitarem

    um maior grau de cooperao, cuidado, comunicao, como, por exemplo, vendar os

    olhos de alguns participantes, concluir o percurso num menor tempo, percorrer o

    trajeto andando de lado ou de costas.

    Observao: Importante que o espao escolhido para realizao da oficina permita o

    grupo percorrer uma distncia que seja desafiadora, de acordo com a estrutura fsica

    da escola e com as condies e capacidades fsicas da equipe (faixa etria, habilidades

    corporais dos participantes, etc.).

    Atividade de relaxamento/descontrao: onda respiratria

    Os participantes em crculo, todos de mos dadas, realizam atividade de respirao

    coordenada, juntos inspirando (puxando o ar) se deslocam para o centro fechando o

    crculo, em seguida, retornam posio inicial expirando (soltando o ar), abrindo o

    crculo novamente. Aps repetir essa movimentao de 3 a 4 vezes, com o crculo

    aberto, soltam as mos. Cada pessoa expira (soltando o ar) flexionando o corpo para

    frente aproximando as mos do solo, e em seguida, inspira (puxando o ar), trazendo o

    tronco verticalidade elevando os braos l no alto, seguram o ar por 4 segundos,

    retornam ao primeiro movimento. O grupo deve repetir a movimentao completa

    algumas vezes, no incio com movimentos mais rpidos e fortes, e medida que

    repetem, os movimentos vo ficando mais lentos e suaves. Por fim, cada um deve

  • 21

    prestar ateno em sua respirao, tentando acalm-la. Sugere-se ao final da atividade

    que os participantes se abracem.

    Roda de reflexo:

    Para finalizar a oficina, com os participantes agrupados livremente realiza-se uma

    conversa sobre a atividade realizada. Pergunte para os estudantes sobre quais foram

    as suas impresses em relao atividade, como se perceberam durante a realizao

    das brincadeiras do jogo e da atividade de respirao. Tiveram alguma dificuldade?

    Que diferenas puderam perceber entre as duas corridas individual e coletiva? O

    que aprendemos com o jogo corrida do saco gigante? Como podemos melhorar o

    jogo? Que outros jogos podemos elaborar utilizando essa lgica da cooperao? Existe

    algum jogo ou brincadeira que vocs costumam fazer, e que podemos adaptar? Como

    podemos levar essas prticas para outros lugares/espaos que costumamos estar?

  • 22

    FICHA DE ATIVIDADE 06

    NOME DA ATIVIDADE: QUE CORPO ESSE?

    NVEL DE ENSINO: (X) Educao Infantil (X) Fundamental ( ) Mdio

    OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: conhecimento do prprio corpo e de suas partes.

    MATERIAIS DE APOIO NECESSRIOS: o prprio corpo (educao infantil). Desenhos ou

    imagens com partes do corpo confeccionadas em papel/papelo ou outro, fita adesiva

    (ensino fundamental).

    DURAO DA ATIVIDADE: 1 hora.

    DESCRIO DA ATIVIDADE:

    RODA DE ABERTURA: Breve conversa de apresentao da proposta da oficina, onde se

    deve realizar um bate-papo sobre o corpo humano perguntar sobre as curiosidades

    do grupo em relao ao seu corpo, realizar um breve momento de autocuidado,

    quando os participantes se automassageiam, perguntar se algum conhece alguma

    brincadeira que est relacionada ao assunto, se sim, tentar vivenci-la brevemente.

    ATIVIDADE DE ESQUENTA: Pega pega gelo com abrao

    O grupo faz uni-duni-t para escolher o pegador. Os demais participantes se

    espalham e correm, e o pegador corre atrs. Quem for pego deve ficar imvel

    congelado com os braos abertos, s podendo voltar a se mexer se outro

    participante der um abrao nele e descongel-lo. A brincadeira acaba quando o

    pegador conseguir pegar todos.

    Atividade principal:

    Para educao infantil Em um espao que tenha o cho limpo, estimular que os

    educandos engatinhem, rolem, rastejem, andem de joelhos, andem para trs e para

    frente, corram livremente e, ao sinal do professor ou da professora, coloquem as mos

    nas reas do corpo por eles indicadas. Por exemplo: coloquem a mo na cintura, na

    cabea, no p, no brao etc. Repetir os movimentos e colocar as mos, no colega, no

  • 23

    local indicado pelo professor, professora e/ou profissional da sade. Por exemplo:

    colocar a mo na cintura, na cabea, no p, no brao etc. Depois, andar livremente e,

    ao sinal do professor ou da professora e/ou do profissional da sade, saltar para

    frente, saltar para trs, girar para um lado e para o outro, correr para o lado esquerdo

    e para o lado direito. No final da atividade, conversar com as crianas sobre a

    importncia de cada parte do corpo.

    Para ensino fundamental - Dividir a turma em equipes de at 10 educandos. Toda a

    equipe fica em um canto da quadra, escolhendo uma pessoa para ser o modelo do

    corpo humano, a qual esperar a equipe cumprir o circuito. Os outros membros da

    equipe fazem fila e, um a um, devem percorrer at o fundo da quadra e buscar

    imagens de rgos do corpo que estaro em uma caixa, as quais podero ser coladas

    nos colegas, de modo a identificar onde ficam esses rgos. A cada colega que for

    percorrer a quadra, o facilitador sugere uma forma de completar o percurso: de

    costas, na ponta dos ps, pulando num p s, batendo palmas em cima e embaixo,

    fazendo polichinelos, de mos dadas, etc. Tentar completar o circuito colando todas as

    imagens no corpo dos colegas. A atividade pode ser facilitada por professores de

    cincias/biologia.

    Atividade de relaxamento/descontrao: Roda de massagem.

    Com os participantes em roda, retomar a automassagem, todos os participantes

    livremente massageiam as partes do seu corpo. Em seguida organiza-se a roda de

    modo que as pessoas estejam todas direcionadas para o mesmo lado, fechando um

    crculo em fila. Realiza-se massagem em grupo. Cada participante massageia a

    cabea e as costas da pessoa que est a sua frente, automaticamente ao mesmo

    tempo em que recebe a massagem do colega de trs. Importante destacar o respeito,

    o zelo, e o cuidado com o outro (fazer no outro o que gostaria de receber).

    Roda de reflexo:

  • 24

    Finaliza o momento de relaxamento/descontrao. Os participantes sentam em roda

    para um conversa final sobre a atividade realizada. Pergunte para os estudantes sobre

    quais foram as suas impresses em relao atividade, como se perceberam na

    realizao dos movimentos propostos na atividade do corpo humano (ensino infantil e

    fundamental)? Quais as habilidades para cada parte do corpo ao se deslocar de forma

    diferente? Houve facilidade em identificar onde colar as partes do corpo? Para que

    serve cada uma delas? Como devemos cuidar de cada uma delas? Como foi a

    automassagem e a massagem nos colegas? Como eles se sentiram quando estavam

    tocando no colega? Quando estavam tambm recebendo o toque? Algum foi

    desrespeitoso? Descuidado? Qual a importncia do zelo na relao com o outro? H

    algo que gostariam de repetir? O que modificariam na atividade? Leve-os reflexo

    sobre o envolvimento de cada um. Fale sobre o respeito diversidade, s diferenas.

    Proponha a reflexo - nossos corpos so todos iguais? O que nos diferencia uns dos

    outros?

  • 25

    FICHA DE ATIVIDADE 07

    NOME DA ATIVIDADE: NA CORDA BAMBA!

    NVEL DE ENSINO: (X) Educao Infantil - Pr-Escola (X) Fundamental/Anos

    Iniciais/Finais.

    OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: Desenvolver o equilbrio. Desenvolver valores como

    respeito mtuo, cooperao e esprito de equipe. Aprimorar habilidades cognitivas

    como ateno e concentrao.

    MATERIAIS DE APOIO NECESSRIOS: espao amplo, cordas, aparelho de som e cd com

    msicas.

    DURAO DA ATIVIDADE: 1h30.

    DESCRIO DA ATIVIDADE:

    Roda de abertura

    Disponha o grupo em roda e realize uma breve conversa sobre a proposta de atividade

    anunciando o tema que ser abordado. Organize as falas de modo que todos possam

    se expressar. Oua as expectativas dos participantes em relao oficina. Converse de

    forma dialogada com os estudantes sobre a diferena entre cooperao e competio.

    Fale sobre valores como respeito e solidariedade.

    Atividade de esquenta

    Como forma de aquecimento distribua as cordas para os estudantes e pea para que

    eles pulem individualmente, em duplas e coletivamente. Para pular coletivamente dois

    estudantes devem rodar uma corda maior e os demais formam uma fila, entram,

    pulam cinco vezes ou mais e saem dando a vez a outro colega oportunizando a

    socializao.

  • 26

    Atividade principal

    Pea para os estudantes ajudarem a espalhar vrias cordas pelo cho em linhas retas,

    em crculos, em formatos ondulados, caracis e outros que devem ser criados por eles.

    Os estudantes devero caminhar descalos, lentamente sobre as cordas, mantendo o

    corpo ereto. Primeiro cada estudante dever tentar fazer a atividade sozinho sem cair.

    Na sequencia ele dever fazer com o auxilio de um colega e depois eles se revezam.

    importante orient-los para que mantenham a cabea ereta, pois ao olhar para o cho,

    eles inclinam o quadril para trs, desequilibrando-se.

    Atividade de relaxamento/descontrao:

    Sente-se com os estudantes no cho formando um crculo. Para diminuir a ansiedade e

    relaxar, proponha que ouam uma msica com som de elementos da natureza.

    Oriente para que estiquem o corpo, balancem e alonguem braos e pernas,

    espreguicem, inspirem e expirem, entre outros.

    Roda de reflexo

    Aps o relaxamento hora de refletir sobre a atividade realizada. Pergunte para os

    estudantes sobre quais foram as suas impresses em relao atividade e ao ritmo

    dos seus corpos. Como eles se sentiram quando fizeram a atividade sozinhos e quando

    fizeram em grupo (pular corda e andar sobre as cordas)? Como se sentiram quando

    estavam guiando e quando foram guiados? O que aprenderam? H algo que gostariam

    de fazer novamente? O que modificariam na atividade? Leve-os reflexo sobre o

    envolvimento de cada um. Fale sobre o respeito diversidade, s diferenas, a

    capacidade e o empenho no trabalho em grupos, em ajudar o outro.

    Alm de observar a habilidade motora dos estudantes durante a atividade, proponha

    uma autoavaliao, discutindo o fator cooperao presente nesta prtica.

  • 27

    FICHA DE ATIVIDADE 08

    NOME DA ATIVIDADE: TODOS JUNTOS: SUPERANDO DESAFIOS.

    NVEL DE ENSINO: (X) Educao Infantil - Pr-Escola (X) Fundamental - Sries Iniciais

    OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: Desenvolver a lateralidade, noes de equilbrio e

    orientao espacial. Desenvolver habilidades para resolver desafios.

    MATERIAIS DE APOIO NECESSRIOS: espao amplo, trs metros quadrados de lona ou

    outro tecido semelhante, pincis, tinta para tecido de diversas cores, giz branco para

    quadro de sala de aula, cartolina, tesoura, cola e canetinhas.

    DURAO DA ATIVIDADE: 1 hora para confeco do jogo e 1 hora para jogar.

    DESCRIO DA ATIVIDADE:

    Roda de abertura

    Proponha o jogo para os estudantes e explique como ele ser desenvolvido. Converse

    de forma dialogada com eles sobre a diferena entre jogos cooperativos e

    competitivos. Deixe que eles se manifestem e falem o que sabem sobre o assunto

    abordado.

    Atividade de esquenta

    Antes de iniciar o jogo promova um aquecimento, cantando com eles a msica

    Cabea, ombro, joelho e p:

    Letra:

    Cabea, ombro, joelho e p (joelho e p)

    Cabea, ombro, joelho e p (joelho e p)

    Olhos, ouvidos, boca e nariz

    Cabea, ombro, joelho e p (joelho e p).

    (Domnio pblico)

  • 28

    Se houver algum estudante com deficincia personalize a brincadeira de acordo com a

    necessidade dele.

    Atividade principal

    Confeccione um jogo de trilha com os estudantes, numerando de um a vinte, ou mais,

    com largada e chegada, pintando a lona e se utilizando dos recursos materiais

    indicados. Os desafios propostos sero expressos por meio de desenhos,

    acompanhados por frases que descrevem o movimento que dever ser feito. Na

    ausncia dos recursos materiais indicados use giz branco e faa com os estudantes os

    desenhos do jogo no cho.

    Confeccione um dado utilizando-se da cartolina, tesoura, cola e canetinhas para

    representar as quantidades.

    O estudante dever jogar o dado para avanar no jogo. Ao jogar o dado, este ir

    indicar um nmero, e o desafio expresso na casa do nmero que foi sorteado indica o

    movimento que o estudante ter que fazer. Por exemplo, ao jogar o dado o nmero

    que aparece o trs. Ento o estudante anda trs casas e se houver algum desafio

    registrado ele dever execut-lo. Os estudantes podem desenhar uma criana se

    equilibrado num p s, acompanhada da seguinte frase, escrita com o seu auxlio: pule

    num p s; ou um desenho que indique uma criana rodando acompanhada da frase:

    rodopie uma vez para a direita, rodopie uma vez para a esquerda, imite um animal,

    pule cinco vezes, d dois passos para trs, dance, levante o brao esquerdo, avance

    duas casas, entre outros. Os desafios devero ser registrados por meio de frases e

    desenhos ao longo do jogo de trilha.

    Com o objetivo de facilitar a participao voc pode pedir para que joguem um dado

    todos juntos e todos "ficaro" na mesma casa e faro o desafio coletivamente.

    Lembre-se de flexibilizar a brincadeira, respeitando a diversidade. Se houver algum

    estudante com deficincia os colegas podero ajud-lo a superar os desafios de acordo

  • 29

    com as suas possibilidades. Aqui todos vencem! O desafio chegar at o final do jogo

    fazendo todos os movimentos indicados.

    JOGO DE TRILHA: Modelo.

    Atividade de relaxamento/descontrao

    Ao trmino do jogo, sente-se com os estudantes em crculo no cho. Coloque uma

    msica tranquila, ao seu critrio. Faa com eles movimentos calmos, para relaxar. Pea

    para que mantenham o formato de crculo, cruzem as pernas e faam massagem nas

    costas do colega que ficar na frente dele(a).

    Roda de reflexo

    Converse com os estudantes sobre como se sentiram durante o jogo e como foi

    participar desta atividade. Pergunte se eles identificaram em seu corpo alteraes

  • 30

    provocadas pela prtica do jogo, como aumento da frequncia respiratria, por

    exemplo. Pergunte que outro nome eles dariam ao jogo e sobre como participar de

    um jogo onde todos saem ganhando. Como forma de avaliao alm de observar as

    habilidades motoras e cognitivas dos estudantes, observe o trabalho em equipe, ou

    seja, a atitude dos colegas com os que sentirem alguma dificuldade de vencer o

    desafio, como eles resolvem as situaes problemas que surgem durante o jogo.

  • 31

    FICHA DE ATIVIDADE 09

    NOME DA ATIVIDADE: CIRCUITO SOLIDRIO

    NVEL DE ENSINO: (X) Educao Infantil Pr-Escola.

    OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: Desenvolver habilidades motoras. Promover a

    cooperao. Enfatizar a importncia da atividade fsica e de uma alimentao saudvel.

    MATERIAIS DE APOIO NECESSRIOS: espao amplo, cordas, garrafas pet, tampas de

    garrafa, bolas, bexigas, bambols, caixas de papelo, giz branco, fita crepe e tesoura,

    aparelho de som e cd com msicas.

    DURAO DA ATIVIDADE: 1 hora.

    DESCRIO DA ATIVIDADE:

    Roda de abertura

    Antes de iniciar o jogo, converse com as crianas sobre a diferena entre jogos

    cooperativos e competitivos. Proponha s crianas a realizao de um circuito

    solidrio onde todos tero que alcanar um objetivo comum jogando

    cooperativamente, se auxiliando mutuamente.

    Atividade de esquenta

    Antes de iniciar o jogo promova um aquecimento por meio da brincadeira Pega

    pega gelo com abrao. O grupo faz uni-duni-t para escolher o pegador. Os demais

    participantes se espalham e correm, e o pegador corre atrs. Quem for pego deve ficar

    imvel congelado com os braos abertos, s podendo voltar a se mexer se outro

    participante der um abrao nele e descongel-lo. A brincadeira acaba quando o

    pegador conseguir pegar todos os participantes.

    Atividade principal

  • 32

    Para iniciar a construo do Circuito Solidrio separe os materiais indicados e outros

    que estiverem disponveis em sua escola. O circuito dever ser construdo num espao

    amplo da escola, mas pode ser dentro da sala de aula.

    Planeje com os estudantes o trajeto que eles iro fazer e distribua os objetos neste

    trajeto criando obstculos a serem superados por eles. Voc pode iniciar o circuito

    amarrando cordas em duas cadeiras que devem estar firmes e eles devem passar por

    baixo, na sequncia podem contornar os cones que podero ser as garrafas pet

    dispostas em linha, depois podem remover bolas de um cesto e levar at outro,

    decifrar uma carta enigmtica com orientaes do que devem fazer na sequencia,

    estourar bales de uma determinada cor que estiverem misturados a outros bales

    coloridos, pular dentro dos bambols dispostos no cho, atravessar caixas de papelo,

    voc pode espalhar pelo trajeto pastas com figuras de frutas, legumes e verduras

    regionais e eles tm que adivinhar o nome, desmanchar ns de cordas, dobrar tecidos,

    acertar a bola ao cesto, derrubar objetos dispostos em prateleiras lanando uma bola

    de meia, podem separar objetos classificando-os por cores, formas, entre outros.

    Enfim, use a sua criatividade e permita que eles exercitem a deles tambm.

    Voc pode demarcar o trajeto do circuito fazendo setas com fita crepe ou usando

    tampinhas coloridas de garrafas pet. Quando houver um desafio cole um ponto de

    interrogao no cho. Faa um circuito se utilizando de diferentes materiais, criando

    vrios obstculos que incitem as crianas a agirem de forma solidria, coletivamente.

    Aqui todos participam, se ajudam e todos vencem!

    Atividade de relaxamento/descontrao

    Ao trmino do jogo para tranquilizar as crianas, pea para que deitem no cho, em

    colchonetes, tapetinhos ou similar. Pea para levantarem as mos, esticando acima

    dos ombros at o alto e para esticarem bem as pernas, para que fechem os olhos

    respirem e expirem ao som de uma msica bem calma.

  • 33

    Roda de reflexo:

    Depois da atividade de relaxamento, pea para que as crianas se sentem formando

    um crculo e converse com elas sobre como se sentiram fazendo o circuito, sobre o que

    poderiam fazer de diferente, o que foi mais fcil, o que foi mais difcil, se ajudaram os

    coleguinhas, enfim, problematize a atividade com eles.

    Converse sobre diversidade e cooperao. Fale sobre a importncia da atividade fsica

    e de uma alimentao saudvel para a sade. Voc poder fazer a avaliao da oficina

    observando como as crianas se organizam, quais estratgias criam para resolver os

    desafios e se agem cooperativamente durante o jogo.

    OUTRAS SUGESTES DE ATIVIDADE QUE VOC PODE TAMBM UTILIZAR NAS OFICINAS

    Quando se quer o frio espantar quando se quer o calor aumentar: O grupo em roda,

    dana seguindo a orientao de movimentao corporal conforme a msica.

    Quando se quer o frio espantar

    Pe-se os cavalos todos a trotar

    - Cavalos trotando, 1 pata

    - Cavalos trotando, 1 pata, 2 patas

    - Cavalos trotando, 1 pata, 2 patas, 3 patas

    - Cavalos trotando, 1 pata, 2 patas, 3 patas, 4 patas

    Cavalos trotando, 1 pata, 2 patas, 3 patas, 4 patas, a cabea

    Cavalos trotando, 1 pata, 2 patas, 3 patas, 4 patas, a cabea, o corpo.

    (msica de domnio pblico)

    Observao: Indica-se substituir o animal conforme identidade cultural dos

    participantes, por exemplo, ao invs de cavalo, utilizar animais das diferentes regies

    do Brasil.

  • 34

    Dana das cadeiras cooperativas: Para a Dana das cadeiras cooperativas colocamos

    em circulo, um nmero de cadeiras menor que o nmero de participantes. Em seguida

    propomos um objetivo comum. TERMINAR O JOGO COM TODOS OS PARTICIPANTES

    SENTADOS NAS CADEIRAS QUE SOBRAREM! Colocamos a msica e todos danam.

    Quando a msica interrompida, todos devem se sentar usando os recursos que esto

    no jogo: cadeiras e pessoas. Os participantes podem se sentar nas cadeiras, nos colos

    uns dos outros, ou de alguma outra maneira criada por eles. Em seguida, o facilitador

    retira algumas cadeiras. Ningum sai do jogo e a dana continua. Nesse processo os

    participantes vo percebendo que podem se liberar dos velhos, desnecessrios e

    bloqueadores padres competitivos. Ficar colados s cadeiras. (viso de

    escassez). Ir todos na mesma direo (no assumir riscos). Ficar ligado na parada da

    msica (preocupao / tenso). Danar travado (bloqueio de espontaneidade).

    Ter pressa para sentar (medo de perder). E, na medida em que se desprendem dos

    antigos hbitos, passam a resgatar e fortalecer a expresso do potencial cooperativo

    para jogar e viver. Ver as cadeiras como ponto de encontro (viso de abundncia).

    Movimentam-se em todas as direes (Flexibilidade, auto e mtua-confiana). Curtir

    a msica (viver plenamente cada momento). Danar livremente (ser a gente mesmo

    lindo!). O jogo prossegue at onde o grupo desejar. Em geral, a motivao to

    intensa que, mesmo depois de sentarem todos, em uma nica cadeira, o jogo continua

    com uma cadeira imaginria. Da em diante, s dar asas imaginao e danar em

    comum-unidade.

    Escravos de J humanos: Seguindo orientao da msica escravos de j os

    participantes em roda, se movimentam sobre crculos inscritos no solo. Ora para um

    lado, ora para o outro (zigue zigue z) ora para frente (tira), ora para traz (bota), ora

    tambm parados (deixa o Z Pereira ficar).

    Esta dinmica est uma adaptao de uma brincadeira popular do mesmo nome, mas

    que nessa atividade tem o objetivo de "quebra gelo", podendo tambm, ser uma boa

    atividade para observar a ateno e concentrao dos participantes. Em crculo, o

  • 35

    corpo de cada participante est o toquinho. importante ter certeza de que todos

    sabem a letra da msica que deve ser:

    Os escravos de j jogavam cachang;

    Tira, bota, deixa o z pereira ficar;

    Guerreiros com guerreiros fazem zigue, zigue z.

    (msica de domnio pblico)

    1 MODO: Cantando em voz alta.

    Os escravos de j jogavam cachang (todos os participantes, segurando uns aos

    outros pela cintura, se deslocam para direita juntos), Tira (todos os participantes,

    segurando uns aos outros pela cintura, pulam juntos para frente do crculo), bota

    (todos os participantes, segurando uns aos outros pela cintura, retornam juntos para

    dentro do crculo), deixa o z pereira ficar (todos os participantes, segurando uns aos

    outros pela cintura, ficam parados juntos dentro do crculo); Guerreiros com

    guerreiros fazem zigue (todos os participantes, segurando uns aos outros pela cintura,

    pulam juntos para dentro do crculo da direita), zigue (todos os participantes,

    segurando uns aos outros pela cintura, retornam juntos para o crculo da esquerda),

    z (todos os participantes segurando uns aos outros pela cintura retornam juntos

    para o crculo da direita).

    2 MODO: Faz a mesma sequncia acima s para a esquerda e sussurrando.

    3 MODO: Faz a mesma sequncia acima sem cantar em voz alta, nem sussurrando,

    mas canta-se em memria mentalmente.

    4 MODO: Faz a mesma sequncia acima pulando com um p s.

    Para melhor apreciao e entendimento da brincadeira assista o vdeo em destaque.

    Http://www.youtube.com/watch?V=4WXM8pLXemI

    Rolo humano: Os participantes todos de mos dadas formam uma linha horizontal

    semelhante ao um grande cordo humano. Mantendo as posies e o alinhamento.

  • 36

    A pessoa que se encontra em uma das extremidades do cordo comea a se enrolar

    com a pessoa que est ao seu lado, ambas se enrolam com a prxima pessoa, e assim

    sucessivamente, formando um grande rolo humano. Uma vez todos enrolados, em

    grupo, se produzem movimentos circulares. Inicialmente realizam-se movimentos

    amplos e rpidos, e medida que passa o momento, aos poucos se realizam

    movimentos mais calmos e fechados, prximo ao um balanar calmo do mar. Neste

    momento, pode-se cantar uma msica e encerrar a dinmica. Sugere-se a msica

    Como uma onda no mar, do cantor e compositor Lulu Santos.

    Leituras estimuladoras

    BRANDO, C. R. Jogar para competir ou jogar para compartir? Da competio contra o outro a cooperao com o outro. In:______. Aprender o amor: sobre um afeto que se aprende a viver. Campinas SP: Papirus, 2005. P. 85-116.

    BUTENAS, Eliane Aparecida Trojan. NALDONY, Lorena de Ftima. Caderno Pedaggico - Educao Fsica. Curitiba, Secretaria Municipal da Educao, 2006. 88p. BROUGRE, G. Jogo e educao. Traduo de Patrcia Ramos. Porto Alegre: Artes Mdicas, 1998. CORPO MOVIMENTO E PSICOMOTRICIDADE (Blog). Atividade para desenvolver a lateralidade. Disponvel em: . Acesso em: 19 abr. 2013. CURITIBA, Secretaria Municipal da Educao. Diversidade. Diretrizes Curriculares para a Educao Municipal de Curitiba: Princpios e fundamentos. 2. Ed. Curitiba: Secretaria Municipal da Educao, 2006. FAGUNDES, W. V. A mensagem do corpo. 2009. Disponvel em: . Acesso em: 19 abr. 2013. FALKENBACH, A. P. Um estudo de casos: as relaes de crianas com sndrome de down e de crianas com Deficincia auditiva na psicomotricidade relacional. 2003. 448f. Tese (Doutorado em Educao) Faculdade de Educao Fsica, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2003.

  • 37

    Jogos Cooperativos. Disponvel em: Acesso em: 28 fev. 2014.

    MARTIN, C. O. P. Portal do professor: equilibrem-se! Disponvel em: . Acesso em: 1 mar. 2013. NEGRINE, A. Aprendizagem e desenvolvimento infantil: simbologia e jogo. Porto Alegre: Prodil, 1994a. ______. Aprendizagem e desenvolvimento infantil: perspectiva psicopedaggicas. Porto Alegre: Prod il, 1994b. ______. Aprendizagem e desenvolvimento infantil: psicomotricidade: alternativas pedaggicas. Porto Alegre: Prodil, 1995. NEIRA, M. G. A insero da cultura corporal no projeto poltico-pedaggico da escola municipal: uma pesquisa participante. Disponvel em: . Acesso em: 31 abr. 2013. OLIVEIRA, M. K. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento: um processo scio-histrico. So Paulo: Scipione, 1997. ROBINSON, K. Ken Robinson diz que as escolas acabam com a criatividade. New York: Feb. 2006. Entrevista concedida a Belucio Haibara. Disponvel em: . Acesso em:1 mar. 2013. SERAPIO, J. A. Educao inclusiva, jogos para o ensino de conceitos. Campinas: Papirus, 2004. SUGESTES DE ATIVIDADES MOTORAS PARA EDUCAO INFANTIL: . ZANATTA, C. V. Portal do Professor: vamos danar? Disponvel em: . Acesso em: 19 abr. 2013. ZOBOLO, F.; LAMAR, A. R. Incluso e excluso no ensino fundamental: uma abordagem do tratamento da corporeidade. Disponvel em: . Acesso em: 31 abr. 2013. Fonte: Portal do professor, 2010.

  • 38

    TEMA: DIREITOS HUMANOS E PROMOO DE CULTURA DE PAZ

    Os direitos humanos se constrem nos diversos espaos e momentos do convvio

    comunitrio, incluindo o espao escolar, onde se integram as equipes de sade e

    educao, assim como outros setores e organizaes. A proposta do PSE atuar na

    promoo da sade e em processos de educao e sade comprometidos com a

    garantia e ampliao de direitos, a preveno a violaes desses direitos, o cuidado e

    ateno aos estudantes.

    A construo intersetorial de aes de educao e de sade que levam em

    considerao a realidade do territrio, a singularidade dos educandos, a acessibilidade,

    a ambincia1, as relaes e o respeito s diferenas primordial para a promoo da

    sade e a preveno de agravos sade no territrio de responsabilidade

    compartilhada entre sade e educao. A integrao de saberes, de prticas, de

    responsabilidades e de cuidado na perspectiva de fomentar uma postura cidad dos

    educandos e equipes de sade e educao fundamental para que se garanta direitos

    e se promova uma cultura de paz no territrio de responsabilidade compartilhada.

    Espera-se que as aes que compartilham saberes e prticas nas equipes que

    atuam no PSE tenham o papel de fomentar a construo do sentimento de

    pertencimento mtuo entre os agentes dos equipamentos pblicos, em particular a

    escola e a unidade de sade, a comunidade e os educandos. Com isso, produzindo

    avanos na direo da construo da autonomia, emancipao e cidadania, elementos

    essenciais das prticas de educao e sade integral vividas no territrio.

    O territrio de responsabilidade um espao privilegiado para a construo da

    cidadania, onde um convvio respeitoso pode ser capaz de contribuir para a garantia

    dos Direitos Humanos no sentido de evitar as manifestaes da violncia e fomentar a

    construo da Cultura de Paz. Na escola, o exerccio de convivncia com o outro e com

    as diferenas pode ser fomentado e problematizado como uma prtica educativa que

    perpassa todas as aes pedaggicas, inclusive as relacionadas ao PSE. Nesse sentido,

    a cultura da paz induz mudanas inspiradas em valores como justia, diversidade,

    respeito e solidariedade. Essa proposta, baseada na construo cotidiana de direitos

    humanos, enfatiza a necessidade e a viabilidade de se reduzir os nveis de violncia por

    meio de aes fundamentadas na educao, sade, participao cidad e melhoria da

    1 A ambincia se refere ao espao fsico compreendido como social, profissional e de relaes

    interpessoais que proporciona ateno acolhedora e humanizada. A ambincia de um espao se materializa pela constituio de pertencimento, de vnculo, de encontro com o outro, de escuta, de cuidado, e coletividade.

  • 39

    qualidade de vida no territrio de responsabilidade compartilhada entre educao e

    sade.

    Nossa proposta para a Semana Sade na Escola desenvolver atividades que possibilitem a reflexo sobre a responsabilidade dos diversos atores na construo de um territrio de direitos onde se desenvolvam relaes cidads, permeadas pelo respeito e dilogo, de forma a garantir uma Cultura de Paz.

    Sugesto de texto geral para as oficinas

    Para que as prticas intersetoriais de sade e a educao integral, propostas pelo

    Programa Sade na Escola, tornem-se concretas nos territrios de responsabilidade

    compartilhada entre escola e unidade bsica de sade preciso que utilizemos

    mtodos de formao que sejam coerentes com as proposies do Programa. Dessa

    forma a proposta metodolgica que propomos para o trabalho na Semana Sade na

    Escola possam discutir as temticas relativas aos Direitos humanos e cultura de Paz so

    as oficinas. Lembramos que essa no uma receita de como as coisas devem

    acontecer, mas uma possibilidade de trabalho participativo com os estudantes.

    A metodologia de oficina busca privilegiar o compromisso pedaggico do

    Programa Sade na Escola com a produo de prticas libertadoras nos processos que

    envolvem educao e sade. A experincia pedaggica vivida cotidianamente tanto

    por profissionais de educao quanto sade. As aes de promoo da sade,

    preveno de doenas e agravos, assim como as aes de ateno tem sempre uma

    dimenso de construo de conhecimento e por tanto tem sempre uma dimenso

    pedaggica.

    O nome oficina nos instiga a pensar num processo de aprendizagem que

    envolve uma ao concreta, o trabalho com ferramentas, instrumentos, no

    mesmo?! Partimos do pressuposto que processos de aprendizagem significativos

    envolvem superao da separao entre teoria e prtica, assim como entre quem

    ensina e quem aprende. A sugesto que os facilitadores das oficinas proponham, por

    meio delas, um processo de problematizao sobre as situaes que promovem e as

  • 40

    dificultam a vivencia dos direitos humanos e da cultura de paz. Para isso necessrio

    partir do conhecimento que eles j tm sobre a sua realidade.

    Atividades que provem a integrao dos participantes e a criao de vnculo

    entre eles contribuem para que a oficina seja participativa. Lembramos aos

    facilitadores da importncia de incluir atividades de integrao do grupo. Os

    facilitadores, como nos remete a palavra, tem a misso pedaggica de facilitar a troca

    de saberes e problematizar a construo de novos conhecimentos de forma coletiva,

    no devem estar focados na transmisso de saberes. A proposta pedaggica, como j

    nos referimos anteriormente, de produo coletiva, por isso a escuta das diversas

    opinies, a circulao da palavra por todo o grupo, a mediao dos conflitos e

    construo de convergncias e pactuaes comuns so suas principais tarefas. Os

    facilitadores no so os sujeitos que sabem tudo, so os sujeitos que ativam a

    participao e implicao dos estudantes com as discusses propostas para uma

    construo coletiva do conhecimento. Vale lembrar da inspiradora fala de Paulo Freire,

    quando nos diz que mulheres e homens, somos os nicos seres que, social e

    historicamente, nos tornamos capazes de apreender. Por isso, somos os nicos em

    quem aprender uma aventura criadora, algo por isso mesmo, muito mais rico do que

    meramente repetir a lio dada. Aprender para ns construir, reconstruir constatar

    para mudar, o que no faz sem abertura ao risco e aventura do esprito (Freire,

    1996).

  • 41

    FICHA DE ATIVIDADE 10

    NOME DA ATIVIDADE: D UM PASSO FRENTE

    NVEL DE ENSINO: ( )Creche ( ) Pr-Escola ( x) Fundamental Sries Iniciais e Finais (X)

    Mdio

    OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: Promover a empatia e respeito dentro do contexto da diferena, aumentar a conscientizao sobre a desigualdade de oportunidades na sociedade, promover a compreenso das possveis consequncias pessoais de pertencer a determinadas minorias sociais ou grupos culturais, entender os Direitos Humanos.

    MATERIAIS DE APOIO NECESSRIOS: Cartes contendo a descrio dos personagens,

    um espao aberto (pode ser um espao grande, um jardim ou um corredor largo),

    aparelho de som e CD com msica relaxante.

    DURAAO DA ATIVIDADE: 50 min

    DESCRIO DA ATIVIDADE:

    1. Crie um ambiente de trabalho, com uma msica de fundo suave. Em caso de

    ausncia de msica, pea ateno aos participantes.

    2. Pea aos participantes para no informar a ningum sobre o contedo do

    carto que recebero. Distribua os cartes dobrados contendo a descrio dos

    personagens (quadro com sugestes de personagens abaixo) para cada

    participante.

    3. Convide-os a sentar (de preferncia no cho), abrir o carto e ler o seu

    personagem.

    4. Agora pea para que incorporem o personagem por alguns minutos (em

    silncio). Para ajudar, leia algumas das seguintes perguntas, fazendo pausas

    depois de cada uma para que as pessoas tenham tempo de refletir sobre o seu

    personagem e sua vida:

    Como foi a sua infncia desse personagem? Em que tipo de casa ele

    morava? Que tipo de jogos brincava? Que tipo de trabalho seus pais

    faziam?

    Como a sua vida cotidiana agora? uma pessoa socivel? O que voc faz

    de manh, tarde e noite?

    Que tipo de estilo de vida tem? Onde mora? Quanto dinheiro ganha por

    ms? O que faz no seu tempo livre? O que voc em suas frias?

    O que o deixa feliz? O que o deixa com medo?

  • 42

    5. Agora pea s pessoas que faam uma linha ficando um do lado do outro (como

    em uma linha de partida para uma corrida).

    6. Diga aos participantes que voc vai ler uma lista de situaes ou eventos

    (descritas abaixo). Cada vez que eles responderem "sim", devero dar um

    passo a frente. Caso contrrio, eles devem ficar onde esto.

    7. Leia a situaes, uma de cada vez. Faa uma pausa entre cada instruo para

    permitir que as pessoas tenham tempo para avanar e olhar ao redor para que

    percebam as suas posies em relao ao outro.

    8. No final, pea que todos olhem ao redor e vejam as suas posies finais. Aps

    pea que cada um revele o personagem que representou.

    9. D-lhes alguns minutos para sair do personagem e fazer uma roda para discutir

    com o grupo o que perceberam com a atividade.

    10. Reflexo com o grupo sobre a atividade:

    Comece perguntando aos participantes sobre o que aconteceu e como eles se

    sentiram com a atividade. Problematize as questes levantadas e o que eles

    aprenderam. Abaixo sugestes de algumas perguntas que podem contribuir para

    fomentar a conversa:

    1. Como se sentiram as pessoas que deram passos frente?

    2. Para aqueles que deram vrios passos frente, quando comearam a perceber

    que outras pessoas estavam ficando para trs e que no davam tantos passos

    quanto eles, como se sentiram?

    3. Algum acha que houve momentos em que os direitos humanos dos

    personagens foram ignorados?

    4. As pessoas puderam imaginar o personagem dos outros?

    5. Quo fcil ou difcil foi incorporar os diferentes personagens? Como eles

    imaginaram a pessoa que eles estavam representando?

    6. Ser que o exerccio espelha a sociedade de alguma maneira? Como?

    7. Quais direitos humanos esto em jogo para cada um dos personagens? Algum

    poderia dizer que os seus direitos humanos no estavam sendo respeitados ou

    que no tinha acesso a eles?

    8. Quais passos poderiam ser tomados para enfrentar as desigualdades na

    sociedade?

    9. Existem desigualdades semelhantes que so vivenciadas na escola e no

    territrio onde os estudantes vivem? Como poderiam ser superadas?

    Personagens sugeridos (podem ser outros, conforme a realidade vivenciada pelos

    estudantes, situaes que so vivenciadas em relao violao de direitos na

  • 43

    comunidade podem ser incorporadas para que o grupo possa debater alternativas de

    mudana):

    Voc uma me solteira desempregada

    Voc a filha de um gerente de banco e

    estuda economia na faculdade

    Voc uma menina religiosa que mora

    com os pais muito religiosos.

    Voc a filha do embaixador americano

    no Brasil

    Voc um usurio de drogas viciado que

    mora com seus pais em situao de

    conflito.

    Voc o dono de uma empresa bem

    sucedida de importaes

    Voc um jovem que somente pode se

    locomover com cadeira de rodas

    Voc aposentado de uma fabrica de

    sapatos

    Voc uma menina moradora de rua de

    17 anos que abandonou a escola

    Voc a namorada de uma estrela de

    rock que utiliza drogas

    Voc uma profissional de sexo

    Voc um jovem com HIV/AIDS

    Voc um jovem gay de 22 anos

    Voc uma jovem lsbica de 22 anos

  • 44

    Voc um professor desempregado

    morando em um pas onde voc no fala

    a lngua

    Voc uma modelo africana

    Voc um homem de 27 anos que mora

    na rua

    Voc o filho de 19 anos de um

    fazendeiro do interior

    Situaes e eventos

    Leia as seguintes situaes em voz alta. D tempo depois de ler cada situao para

    que os participantes avancem e possam ver aonde estao os outros.

    1. Voc nunca teve uma dificuldade financeira grave.

    2. Voc tem moradia digna com uma linha telefnica e televiso.

    3. Voc sente que a sua lngua, religio e cultura so respeitadas na sociedade

    onde vive.

    4. Voc sente que a sua opinio sobre questes sociais e polticas, e seus pontos

    de vista so ouvidos.

    5. Outras pessoas pedem a sua opinio sobre diversos assuntos.

    6. Voc no tem medo de ser parado pela polcia.

    7. Voc sabe para quem pedir conselhos se precisa de um.

    8. Nunca se sentiu discriminado.

    9. Voc tem proteo social e mdica quando precisa.

    10. Voc pode sair de frias uma vez por ano.

    11. Voc pode convidar amigos para jantar na sua casa.

    12. Voc tem uma vida interessante e tem expectativas para o seu futuro.

    13. Voc pode estudar a carreira que voc escolher.

    14. Voc no tem medo de ser assediado ou atacado na rua ou pela mdia.

    15. Voc pode votar nas eleies.

    16. Voc pode celebrar os feriados religiosos com os seus parentes e amigos

    prximos.

    17. Voc pode participar de um seminrio internacional fora do pas.

    18. Voc pode ir ao cinema ou ao teatro pelo menos uma vez por semana.

  • 45

    19. Voc no tem medo do futuro dos seus filhos.

    20. Voc pode comprar roupa pelo menos uma vez a cada 3 meses.

    21. Voc pode se apaixonar pela pessoa que voc quiser.

    22. Voc sente que as suas competncias so valorizadas e respeitadas na

    sociedade aonde vive.

    23. Voc tem acesso internet.

    Observao: outras situaes podem ser incorporadas de acordo com a

    realidade dos estudantes.

    BIBLIOGRAFIA PARA A ATIVIDADE:

    - O exerccio foi extrado do Manual de Educao em Direitos Humanos para Jovens do

    Conselho de Europa (p.221) adaptado para a realidade brasileira.

    http://www.hrea.org/erc/Library/display_doc.php?url=http%3A%2F%2Feycb.coe.int%

    2Fcompass%2Fen%2Fcontents.html&external=N

  • 46

    FICHA DE ATIVIDADE 11

    NOME DA ATIVIDADE: SADAKO E OS TSURUS

    NVEL DE ENSINO: ( ) Creche ( ) Pr-Escola ( x) Fundamental - Sries Iniciais (X) Mdio

    OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: Problematizar as responsabilidades, contribuir com a

    construo de laos de respeito/amizade e provocar a participao social.

    MATERIAIS DE APOIO NECESSRIOS: folhas de papel cortadas em quadrados

    (13X13cm), barbante e fita crepe.

    DURAO DA ATIVIDADE: aproximadamente 1hora e 30 minutos.

    DESCRIO DA ATIVIDADE:

    - Convide o grupo para escutar uma histria chamada Sadako e os Tsurus. Explique

    que essa histria ser contada em vrias partes e, entre uma e outra, cada

    participante construir um pssaro.

    - Comece a histria explicando que no Japo as pessoas costumam fazer

    animaizinhos de papel usando uma tcnica chamada origami, ou dobradura, em

    Portugus. Um desses animais um pssaro chamado tsuru, que no Brasil tem o

    nome de grou. Segundo a tradio oriental, quem faz 1000 tsurus ter um desejo

    atendido. O mundo inteiro ficou sabendo dessa tradio a partir da histria de uma

    menina chamada Sadako Sasaki.

    - Distribua pedaos de papel quadrados e construa o tsuru em conjunto com os

    estudantes para entenderem o passo a passo da construo do pssaro.

    - Pea que dobrem o papel ao meio e novamente o dobrem, levando uma ponta

    sobre a outra, como no desenho abaixo:

  • 47

    - Depois que tiverem dobrado o papel duas vezes, inicie a histria: Sadako Sasaki

    nasceu em Hiroshima e tinha apenas dois anos de idade quando os norte-

    americanos lanaram uma bomba atmica sobre a sua cidade. Como ela, a me e o

    irmo viviam longe do lugar em que a bomba foi jogada, pareciam estar bem. Mas

    quando a famlia de Sadako fugiu da cidade, foram encharcados por uma espcie

    de chuva que continha substncias que faziam muito mal para a sade.

    - Pea que aos participantes dobrem apenas uma das pontas at a metade do

    tringulo fazendo um vinco. Em seguida, pea que dobrem a aba sobre si mesma

    gerando um losango, de modo que a ponta que estava esquerda aponte para

    baixo. Explique que preciso fazer o mesmo do outro lado.

    - Averigue se todas as dobraduras esto corretas e continue a histria:

    Terminada a guerra, Sadako e sua famlia tocaram sua vida normalmente. Quando

    Sadako completou doze anos de idade, durante uma aula de educao fsica sentiu-

    se muito mal, com tonturas. Alguns dias se passaram e novamente o mal-estar fez

    com que ela casse no cho, sem sentidos. Socorrida e levada a um hospital, depois

    de alguns dias surgiram marcas escuras em seu corpo, e o diagnstico foi de

    leucemia, uma doena que j estava matando outras crianas japonesas que foram

    expostas bomba. Na poca a leucemia era at chamada de doena da bomba

    atmica.

    - Pea que faam um vinco na dobradura e depois peguem a ponta da aba de cima e

    desdobrem-na para cima, puxando as laterais para dentro, de modo a formar um

    novo losango. Solicite que faam o mesmo do outro lado, como mostra o exemplo

    abaixo:

  • 48

    - Depois de terem feito a dobradura, e estando correta, continue a histria:

    Um dia, a melhor amiga de Sadako, Chizuko Hamamoto, foi visit-la no hospital

    levando um pssaro de papel para a amiga. Sadako gostou muito do presente e

    Chizuko lhe falou sobre uma lenda que dizia que quem fizesse 1000 tsurus teria um

    desejo concedido.

    - Solicite que novamente dobrem cada uma das laterais do papel, fechando a

    dobradura e unindo as duas partes. Depois, pea que faam o mesmo do outro

    lado, de modo que as faces visveis agora sejam aquelas que estavam dobradas

    anteriormente:

    - Quando tiverem completado as dobraduras, reinicie a histria contando:

    Sadako decidiu fazer os mil tsurus, desejando a sua recuperao. Mas a doena

    avanava rapidamente e a menina ficava cada vez com mais dificuldade de fazer os

    pssaros. Pensando sobre sua doena, Sadako compreendeu que muitos japoneses

    ficaram doentes por causa da guerra, e em vez de construir os pssaros esperando

    ser curada, continuou a dobrar os tsurus desejando que nunca mais nenhuma

    criana sofresse pelas guerras.

    - Continue a construo do tsuru explicando que preciso fechar a dobradura

    unindo as duas partes. Pea que faam o mesmo do outro lado. Dobre as pontas de

  • 49

    baixo para cima, e em uma delas inverta a ponta para dentro, de modo a criar a

    cabea do tsuru.

    - Feita essa etapa, conte: na manh de 25 de outubro de 1955, Sadako montou seu

    ltimo tsuru e faleceu. Ela fez 644 tsurus. Quando seus colegas da escola souberam

    disso, dobraram os tsurus que faltavam para serem enterrados com a menina.

    - Pea que puxem as pontas para fora e inflem por baixo, de modo a armar o corpo

    do pssaro, como no desenho abaixo:

    - Termine a histria contando que os colegas de Sadako decidiram formar um grupo

    e iniciar uma campanha para construir um monumento em memria da amiga e de

    todas as crianas mortas e feridas pela guerra. Com doaes de alunos de cerca de

    3100 escolas japonesas e de mais nove pases, em 1958 foi erguido em Hiroshima

    o MONUMENTO DAS CRIANAS PAZ, conhecido como Torre dos Tsurus, no

    Parque da Paz.

    - Pea que abram as asas do tsuru.

  • 50

    - Quando todos os tsurus ficarem prontos, proponha que sejam amarrados com um

    barbante, formando uma corrente de tsurus a ser pendurada em algum lugar da

    escola.

    - Abra para o debate a partir das seguintes questes:

    1. O que acharam dessa histria?

    2. J conheciam a histria da bomba atmica e da II Guerra Mundial?

    3. Que outros tipos de guerra vivenciamos em nosso cotidiano, que no

    causam o mesmo mal que o da bomba atmica, mas que impedem as

    pessoas de viver sua vida com alegria e respeito?

    4. Essas guerras do cotidiano existem na nossa escola?

    5. Como podemos agir para que as pessoas no sofram mais com essas

    guerras aqui na nossa escola?

    6- Que desejo coletivo podemos criar para participar da lenda que dizia que quem

    fizesse 1000 tsurus teria um desejo concedido?(Os 1000 tsurus podem ser

    construdos com a turma ou fazer uma quantidade grande que os simbolize).

    REFERNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de contedo, publicaes ou sites):

    DISKIN, Lia e ROIZMAN, Laura Gorresio, Paz, como se faz?

    Disponvel em: http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001308/130851por.pdf.

    DICAS

    Para saber mais sobre a Histria dos Direitos Humanos, pode ser acessado o vdeo:

    http://www.youtube.com/watch?v=uCnIKEOtbfc&feature=share

  • 51

    Uma apresentao em power point com essa histria est disponvel em:

    http://www.slideshare.net/criscorre/sadako-sasaki-2710975

    Para entender melhor o passo a passo para fazer essa dobradura, entre no seguinte

    link: http://www.youtube.com/watch?v=iCwy6lub9ac

  • 52

    FICHA DE ATIVIDADE 12

    NOME DA ATIVIDADE: QUEM SOMOS NS?

    NVEL DE ENSINO: ( ) Creche ( ) Pr-Escola (X) Fundamental - Sries Iniciais e Finais (X)

    Mdio

    OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: estimular o conhecimento e o registro sobre aspectos da

    vida pessoal, da comunidade e do territrio.

    MATERIAIS DE APOIO NECESSRIOS: folhas de papel de diferentes cores, lpis de cor

    ou canetas de vrias cores, cola, fita crepe, rgua.

    DURAO DA ATIVIDADE: maios ou menos 2 horas

    DESCRIO DA ATIVIDADE:

    - -Instigue o grupo a pesar e compartilhar em voz alta o que faz as pessoas felizes?

    Promova uma chuva de ideias sobre o tema. Pergunte sobre o que deixa as pessoas

    tristes e da mesma forma promova uma chuva de ideias sobre o tema.

    - Pea que os participantes fechem os olhos e procurem se lembrar de momentos

    significativos da sua vida. Histrias pessoais e das histrias da famlia, pensando em

    suas origens, em sentimentos de alegria e tristeza e momentos marcantes, em

    sonhos etc. Enfim, em tudo aquilo que cada pessoa considera representativo em

    sua vida.

    - Em seguida, distribua um pedao de papel amarelo e solicite que pintem smbolos

    ou imagens relacionados s lembranas que tiveram. Explique que esse um

    momento individual, que deve levar o tempo necessrio para cada um se sentir

    vontade ao expressar sua histria de vida.

    - Quando terminarem, pea para colocarem os desenhos no cho, formando uma

    espcie de tapete redondo.

    - Em seguida, solicite que formem grupos de 4 ou 5 pessoas e explique que na

    segunda etapa devero compartilhar o que sabem sobre a histria da comunidade

    em que vivem. Cada grupo poder escolher algum fato bons e ruins,

    acontecimento e/ou caracterstica da comunidade para contar.

  • 53

    - Quando terminarem a conversa, distribua pedaos de papel rosa e pea para

    fazerem um novo desenho com as ideias que discutiram em grupo. Para esse novo

    desenho, alm dos materiais disponveis, podero utilizar outros materiais

    existentes na escola como, por exemplo, terra, pedrinhas, folhas, flores etc.

    - Ao trmino dessa etapa, proponha que os grupos coloquem as produes em volta

    das histrias individuais, mantendo o formato redondo.

    - Distribua papis azuis e pea para refletirem sobre o que seria importante mudar

    na comunidade para as pessoas serem mais felizes.

    - Solicite que novamente coloquem as contribuies em volta das colagens,

    representando a comunidade.

    - Na sequncia, solicite que os grupos unam os pedaos de papel com barbantes e

    fita crepe para no desmanchar o tapete.

    - Coloque-o na parede e abra para a discusso a partir das seguintes questes:

    1. Como se sentiram participando dessa atividade?

    2. Como poderamos definir nossa comunidade?

    3. Em nossa comunidade ocorrem situaes de violncia? Quais?

    4. O que podemos fazer para as pessoas de nossa comunidade serem mais

    generosas e solidrias umas com as outras?

    REFERNCIAS PARA A ATIVIDADE (fontes de contedo, publicaes ou sites):

    ALMEIDA, Edison. ARRUDA, Silvani. Cultura de paz e preveno s violncias: guia de

    metodologias e atividades a serem aplicadas nas escolas estaduais para crianas,

    adolescentes, jovens e comunidade. Disponvel em:

    http://www.projetoape.com.br/images/metodologia/PazSite.pdf

    DICAS

    O livro Como restaurar a paz nas escolas: um guia para educadores, escrito por

    Antonio Ozrio Nunes (Editora Contexto, 2010), tem como objetivo orientar atividades de linha restaurativa

    em sala de aula e em outros ambientes. Vrias reflexes e atividades sugeridas nessa publicao podero

    ser teis para evitar que os conflitos na escola se transformem em atos de violncia, promovendo um

    ambiente escolar mais cooperativo e propcio resoluo restaurativa dos conflitos. Sugere ainda

    diferentes atividades para a preveno das situaes de violncia envolvendo toda a comunidade escolar, a

    partir do estabelecimento de laos de cooperao e solidariedade. Algumas atividades prticas,

    programadas para o trabalho com adolescentes, podero ser adaptadas para crianas.

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    FICHA DE ATIVIDADE 13

    NOME DA ATIVIDADE: COM QUEM CONTAMOS?

    NVEL DE ENSINO: ( ) Creche (X) Pr-Escola (X) Fundamental - Sries Iniciais e Finais (X)

    Mdio

    Observao: famlias e pessoas da comunidade podero participar dessa atividade.

    OBJETIVO(S) DA ATIVIDADE: identificar instituies que atuam na ateno ou

    preveno violncia no territrio (comunidade, bairro, regio).

    MATERIAIS DE APOIO NECESSRIOS: pincel atmico, canetas hidrocores, tesoura, fita

    crepe e cartolinas. Cinco cadernos; lpis; cartolinas; canetes coloridos; rguas; mapas

    da regio.

    DURAO DA ATIVIDADE: mais ou menos 3 horas

    DESCRIO DA ATIVIDADE:

    - Com antecedncia, imprima cinco fotocpias do mapa do bairro em que a escola e

    a unidade de sade esto inseridas. Em cada um dos mapas, selecione cinco

    quadras (quarteires) que ficam nas proximidades da escola.

    Observao: a delimitao do territrio deve ser pensada conforme a realidade de

    cada local e a idade dos participantes, avalie o percurso a feito por cada grupo para

    identificar a viabilidade de realizao da tarefa proposta.

    - Informe que a proposta da atividade observar os arredores da escola,

    identificando os espaos e as instituies que fazem as pessoas se sentirem mais

    protegidas.

    - Divida os participantes em grupos mistos (crianas, adolescentes, jovens e adultos),

    e distribua um mapa, um caderno por grupo e um lpis.

    - Pea que percorram as ruas indicadas no mapa, observando os recursos que

    existem no territrio em que essas pessoas vivem.

    - Terminada a caminhada, pea que se mantenham os grupos e distribua cartolinas,

    rguas e canetas coloridas para cada um deles.

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    - Solicite que desenhem o trecho percorrido e sinalizem os espaos de proteo que

    encontraram. Sugira que usem cores diferentes para cada tipo de fator

    encontrado. Por exemplo, verde para os locais em que existem reas de lazer,

    vermelho para os servios de sade, azul para onde existe policia