scada_br e geracao heolica

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Implementação de um sistema utilizando o Lazarus.

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  • 1

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

    PR-REITORIA DE PS-GRADUAO E PESQUISA

    PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM ENGENHARIA ELTRICA

    RONALDO ANDRUSYSZYN CELINO

    APLICAO DA NORMA IEC 61400-25 NA AUTOMAO E CONTROLE DE

    PARQUES ELICOS NO BRASIL

    SO CRISTVO (SE)

    FEVEREIRO DE 2014

  • 2

    RONALDO ANDRUSYSZYN CELINO

    APLICAO DA NORMA IEC 61400-25 NA AUTOMAO E CONTROLE DE

    PARQUES ELICOS NO BRASIL

    Dissertao de Mestrado apresentado ao

    Programa de Ps-Graduao em

    Engenharia Eltrica PROEE, da Universidade Federal de Sergipe, como

    parte dos requisitos necessrios

    obteno do grau de Mestre em

    Engenharia Eltrica.

    Orientador: Prof. Dr. Milthon Serna Silva

    SO CRISTVO (SE)

    FEVEREIRO DE 2014

  • 3

    APLICAO DA NORMA IEC 61400-25 NA AUTOMAO E CONTROLE DE

    PARQUES ELICOS NO BRASIL

    RONALDO ANDRUSYSZYN CELINO

    DISSERTAO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO PROGRAMA DE PS-

    GRADUAO EM ENGENHARIA ELTRICA PROEE DA UNIVERSIDADE

    FEDERAL DE SERGIPE COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSRIOS PARA

    A OBTENO DO GRAU DE MESTRE EM ENGENHARIA ELTRICA.

    EXAMINADOR POR:

    Prof. MilthonSerna Silva, D.Sc.

    Orientador DEL/UFS

    Prof.Selnio Rocha Silva,D.Sc.

    Examinador Externo DEE/UFMG

    Prof. Carlos Alberto Villacorta Cardoso, D.Sc.

    Examinador Interno DEL/UFS

    SO CRISTVO (SE)

    FEVEREIRO DE 2014

  • 4

    Dedico esta pesquisa s pessoas que,

    direta ou indiretamente, contriburam

    para a sua realizao, principalmente, ao

    meu filho Lucas que, certamente, foi o

    que mais sentiu com a minha ausncia e,

    muitas vezes com os meus excessos.

    Uma dedicatria especial para a minha

    me Maria Cristina que, em todos os

    momentos bons e ruins, da minha

    formao, sempre esteve ao meu lado,

    em todos os sentidos, quer apoiando,

    auxiliando ou socorrendo.

  • 5

    AGRADECIMENTOS

    Ao final do Mestrado em Engenharia Eltrica, conquistado com muito sacrifcio

    e afinco, os meus sinceros agradecimentos:

    Primeiramente a DEUS que sempre esteve ao meu lado, orientando-me na busca

    do caminho correto da boa frequncia, pela oportunidade e pelo privilgio no

    compartilhamento da experincia acadmica. Por ter me capacitado e derramado toda

    sorte de bnos, para chegar ao final do Mestrado, com este projeto conclusivo.

    Aos meus pais, Agnaldo Celino e Maria Cristina, a quem devo a minha educao

    e formao, que ensinaram a mim o caminho do bem, da moral e que, certamente,

    contriburam para realizao deste sonho.

    Ao meu filho Lucas, fonte principal de inspirao e entusiasmo, na minha

    caminhada acadmica e, tambm, na concluso desta dissertao.

    minha esposa Polyana, amiga e companheira, pela pacincia e compreenso

    nos momentos difceis que vivemos, deixando de lado, quase sempre, as diverses e

    passeios.

    Ao meu sogro Valdison e a minha sogra Alneide, pelo apoio incondicional nesta

    minha jornada.

    Aos meus irmos, parentes e amigos, com os quais sempre posso contar.

    Universidade Federal de Sergipe, que juntamente com os seus mestres e

    doutores, tem proporcionado a todos os seus alunos, a determinao pela busca contnua

    do conhecimento renovado.

    Ao professor orientador Doutor Milthon Serna Silva por suas seguras e

    atenciosas orientaes sobre esta pesquisa, levando-me a acreditar sempre.

    Aos professores Josevaldo Feitoza e Fbio Menezes (ambos Petrobrs) pela

    ateno, vocs contriburam muito com esta pesquisa.

    Agradecer, antecipadamente, aos membros da banca examinadora, por suas

    participaes e honrosas contribuies.

    Enfim, esta dissertao no poderia ser produzida sem ajuda de muitas pessoas.

    Muito Obrigado.

  • 6

    No confunda derrotas com fracasso nem vitrias com sucesso. Na vida de um campeo sempre haver algumas

    derrotas, assim como na vida de um perdedor sempre haver

    vitrias. A diferena que, enquanto os campees crescem nas

    derrotas, os perdedores se acomodam nas vitrias. (Roberto Shinyashiki).

    "Nas tendas dos justos h jubiloso cntico de vitria; a destra

    do Senhor faz proezas."(Salmos 118:15)

  • 7

    Resumo da Dissertao de Mestrado apresentado ao PROEE/UFS como parte dos

    requisitos necessrios para a obteno do grau de Mestre (Me.).

    APLICAO DA NORMA IEC 61400-25 NA AUTOMAO E CONTROLE DE

    PARQUES ELICOS NO BRASIL.

    RONALDO ANDRUSYSZYN CELINO

    FEVEREIRO/2014

    Orientador: Prof. Dr. Milthon Serna Silva

    Programa: Engenharia Eltrica

    O objetivo da pesquisa desenvolver um sistema de superviso, comunicao e

    controle, implementado em um software de superviso livre o ScadaBR, para parques

    elicos instalados e/ou a serem instalados no Brasil, a partir das consideraes e

    recomendaes da norma IEC 61400-25. A construo de parques elicos completos,

    com automao total, tem levado os empreendedores a focalizar seus esforos no s no

    lucro e produtividade, mas tambm no: capital humano, preocupando-se com o sistema

    de gesto, domnio tecnolgico e comunicao em todos os nveis. O processamento da

    informao com a comunicao, abriu fronteiras com as novas formas de

    relacionamento e a crescente tendncia na rea de automao industrial, favorece que

    diferentes dispositivos comuniquem-se com outros de uma maneira cooperativa. No

    entanto, os maiores fabricantes de usinas de gerao elica ainda oferecem solues

    proprietrias caixas pretas para as redes de campo, o que resulta numa diversidade de

    protocolos de sistemas, levando dependncia desses fornecedores. Visando a

    interoperabilidade e flexibilidade de operao, grupos de pesquisadores defendem

    normas de padro aberto, como a soluo de redes e protocolos para todos, deixando os

    clientes livres. Nesta luta, a organizao mais conhecida na rea de energia elica a

    norma IEC 61400-25, especificamente para o sistema de monitoramento e comunicao

    livre entre diferentes fornecedores de equipamentos, porm a comunicao interna dos

    componentes da usina de energia elica no est no mbito desta norma. A faixa de

    aplicao da norma abrange parte da operao desse tipo de usina, incluindo turbina de

    vento, sistema de medio meteorolgica, sistema eltrico e sistema de gesto, mas no

    inclui a linha relevante de alimentao e informao da subestao. Da a interao com

    o sistema supervisrio ScadaBR, desenvolvido em modelo open-source de licena

    gratuita. Prope-se a aplicao de uma multi-plataforma baseada em Java, a partir de

    um servidor de aplicaes, com o Apache Tomcat a escolha padro. Considerando as

    exigncias do modelo de comunicao presentes na Norma IEC 61400-25-2, define-se

  • 8

    um modelo de informao para monitoramento e controle de usinas elicas, para tal,

    parte-se do simulador de dados MatrikonOPC, por meio da interao cliente / servidor

    OPC DA (Object Linkingand Embedding for Process Control Data Access), com o

    software ScadaBR.

    Palavras-chaves: Energia elica, SCADA, Sistema supervisrio ScadaBR, OPC,

    protocolo OPC DA, Automao e Controle, Norma IEC 61400-25.

  • 9

    Abstract of Dissertation presented to PROEE/UFS as a partial fulfillment of the

    requirements for the degree of Master.

    APLICAO DA NORMA IEC 61400-25 NA AUTOMAO E CONTROLE DE

    PARQUES ELICOS NO BRASIL.

    RONALDO ANDRUSYSZYN CELINO

    FEBRUARY/2014

    Advisors: Prof. Dr. Milthon Serna Silva

    Department: Electrical Engineering

    The goal of this project is to develop a system of supervision, communication

    and control, implemented in a free supervisory software the SCADABR for installed

    wind farms and/or to be installed in Brazil, from the considerations and

    recommendations of IEC 61400 - 25. The construction of complete wind farms with full

    automation, has led entrepreneurs to focus their efforts not only on profit and

    productivity, but also in: human capital, concerned with the management system,

    technological mastery and communication at all levels. Information processing with

    communication, opened borders with new forms of relationship and growing trend in

    the industrial automation field, which favors different devices to communicate with

    others in a cooperative way. However, the largest manufacturers of wind generation

    plants still offer proprietary solutions "black boxes" for the networks field, which results

    in a variety of protocols of systems, causing the client the full dependence on these

    suppliers. Aiming interoperability and flexibility of operation, groups of researchers

    advocate standards of open model, as the solution of networks and protocols for all,

    leaving customers free. In this struggle, the best-known organization in the field of wind

    energy is IEC 61400-25, specifically for the monitoring system and free communication

    among different equipment vendors, nevertheless internal communication of the

    components of wind power plant is not within the standard. The application range of

    the standard covers the operation of this kind of wind farm, including wind turbine,

    meteorological measurement system, electrical system and management system, but

    does not include the relevant line of the substation feeding and information. Hence, the

    interaction with the supervisory system SCADABR developed in "open-source" model

    of free license. It is proposed the application of a multi-platform Java-based, from an

    application server, like Apache Tomcat the standard choice. Considering the

    requirements of the present communication model in IEC 61400-25-2 it is defined a

    model of information for monitoring and control of wind power plants, to this end, part-

  • 10

    data simulator MatrikonOPC through customer / OPC DA server interaction (Object

    Linking and Embedding for Process Control Data Access), with ScadaBR software.

    Keywords: Wind power, SCADA, Supervisory system Scada BR, OPC, OPC DA

    protocol, Automation and Control, IEC 61400-25.

  • 11

    LISTA DE ILUSTRAES

    Figura 2.1 Hierarquia tpica de um controle de potncia 24

    Figura 2.2 rvore com os passos lgicos para a implementao da automao 26

    Figura 2.3 Estgios da automao e controle 28

    Figura 2.4 Modos do estado de operao do sistema eltrico 29

    Figura 2.5 Exemplos dos tipos de dados adquiridos 31

    Figura 2.6 Diagrama tpico do limite de uma quantidade controlada 32

    Figura 2.7 Configurao tpica de um sistema SCADA 35

    Figura 2.8 Elementos de um sistema SCADA aplicado ao sistema de potncia 37

    Figura 2.9 Estrutura do modelo simplificado do SCADA em tempo real 37

    Figura 2.10 Sistema de comunicao primrio em uso para automao 38

    Figura 2.11 Tipos de comunicao atualmente em uso para automao 39

    Figura 2.12 Opes de tecnologia de comunicao fsica 40

    Figura 2.13 Arquitetura do protocolo DNP 42

    Figura 2.14 Arquitetura da camada IEC 60870-5-101 43

    Figura 3.1 Tarefa do sistema de controle de uma turbina elica 47

    Figura 3.2 Sistema de medio de vento na nacelle de uma turbina offshore 49

    Figura 3.3 Sensores de velocidade e direo de vento combinados 49

    Figura 3.4 Medindo o ngulo de azimute da direo do vento e da nacelle 50

    Figura 3.5 Comparao do controle de uma estao de energia trmica e elica 51

    Figura 3.6 Sistema de controle ativo de uma turbina elica 52

    Figura 3.7 ngulo de passo e de ataque 53

    Figura 3.8 Atuadores de controle 56

    Figura 3.9 Sensores de velocidade 57

    Figura 3.10 Sensores de vibrao 57

    Figura 3.11 Anemmetro e cata-ventos 58

    Figura 3.12 Sensores eltricos 58

    Figura 3.13 Straingages 59

    Figura 3.14 Regies tpicas de operao de uma turbina elica 59

    Figura 4.1 Modelo conceitual da IEC 61400-25 66

    Figura 4.2 Processamento de dados pelo servidor 67

    Figura 4.3 Modelagem virtual (conceitual) 68

    Figura 4.4 Relao de ns lgicos 69

    Figura 4.5 Estrutura do modelo de informao de uma usina elica 71

    Figura 4.6 Uso de instncias para ns lgicos 74

    Figura 4.7 O papel do cliente e do servidor 75

    Figura 4.8 Modelos de servios do modelo de troca de informao 75

    Figura 4.9 Modelo conceitual de troca de informaes para uma usina elica 77

    Figura 4.10 Modelo de servio IEM com exemplos 78

    Figura 4.11 Diagrama de sequncia 79

    Figura 4.12 ACSI mapeamento de pilhas de comunicao / perfis 81

    Figura 4.13 Perfis de comunicao 82

    Figura 4.14 Resumo de mapeamento de IEC 61400-25-3 83

  • 12

    Figura 5.1 Parte da norma sobre os ns lgicos especficos da turbina elica 86

    Figura 5.2 Janela MatrikonOPC Server for Simulation and Testing 88

    Figura 5.3 Janela Insert New Alias 89

    Figura 5.4 Janela MatrikonOPC Server for Simulation and Testing 90

    Figura 5.5 Janela MatrikonOPC Explorer 91

    Figura 5.6 Janela MatrikonOPC Explorer (Group0) 91

    Figura 5.7 Janela MatrikonOPC Explorer com as tags do projeto 92

    Figura 5.8 Tela de login do sistema supervisrio 93

    Figura 5.9 Tela de configurao para usurios 93

    Figura 5.10 Tela para configurar data sources 94

    Figura 5.11 Tela Propriedades do OPC DA 95

    Figura 5.12 Lista de tags no MatrikonOPC Server for Simulation 95

    Figura 5.13 Tela Propriedades do OPC DA exibindo as tags adicionadas 96

    Figura 5.14 Data point sendo visualizado na aba watchlist 97

    Figura 5.15 Lista dinmica com data points selecionados 97

    Figura 5.16 Tela sobre os detalhes do data point 98

    Figura 5.17 Tela Propriedades do data point 98

    Figura 5.18 Tela inicial do sistema 99

    Figura 5.19 Tela do sistema representando o estado de Sergipe 99

    Figura 5.20 Tela do sistema representando a Barra dos Coqueiros 100

    Figura 5.21 Tela do sistema representando uma turbina 100

    Figura 5.22 Tela Fila de relatrios 101

    Figura 5.23 Tela gerada pelo relatrio do ScadaBR 101

    Figura 5.24 Tela Alarmes pendentes 102

    Figura 5.25 Tela configuraes de e-mail 102

    Figura 5.26 Tela para exportar ou importar um projeto 103

    Figura 1A Menu iniciar no Windows 7 109

    Figura 2A Janela executar com o comando dcomcnfg 110

    Figura 3A Janela Servios de Componente 110

    Figura 4A Aba Geral na janela Propriedades de Meu Computador 111

    Figura 5A Aba Propriedades Padro 112

    Figura 6A Aba Segurana COM na janela Propriedades de Meu Computador 113

    Figura 7A Janela Selecionar Usurios ou Grupos 113

    Figura 8A Janela Selecionar Usurios ou Grupos com opes de Avanado 114

    Figura 9A Janela Permisso de Acesso 114

    Figura 10A Janela Permisso de Incio e Ativao 115

    Figura 11A Janela Servios de Componente com opo Config DCOM 116

    Figura 12A Janela exibindo os servidores OPC da Matrikon 116

    Figura 13A Aba Geral na Janela Propriedades de MatrikonOPC Server 117

    Figura 14A Aba Local na Janela Propriedades de MatrikonOPC Server 118

    Figura 15A Janela Firewall do Windows com Segurana Avanada 119

    Figura 16AJanela Diretiva de Segurana Local 121

  • 13

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 4.1 Funes operacionais 65

    Tabela 4.2 Resumo de aplicao das funes de gesto 65

    Tabela 4.3 Categorias de informaes da usina de energia elica 70

    Tabela 4.4 Tabela de estrutura geral de um n lgico (LN) 72

    Tabela 4.5 Dados de atributos de classe em um n lgico 72

    Tabela 4.6 Ns lgicos especficos do sistema 72

    Tabela 4.7 Ns lgicos especficos de uma usina elica 72

    Tabela 4.8 Ns lgicos especficos de uma turbina elica 73

    Tabela 4.9 LN: Informaes gerais da turbina elica (WTUR) 73

    Tabela 4.10 Tabela de servios 78

  • 14

    LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

    ACSI Abstract Communication Service Interface

    ASCII American Standard Code for Information Interchange

    CASM Common Application Service Model

    CDC Common Data Class

    DA Data Attribute

    DC Data Classes

    DLC Distribution Line Carrier

    DNP Distributed Network Protocol

    EPRI Electric Power Research Institute

    GOOSE Generic Object Oriented Substation Event

    GOMSFE Generic Objects Models for Substation and Feeder Equipment

    GPRS General Packet Radio Service

    GUI Graphical User Interface

    HTTP Hypertext Transfer Protocol

    IEC International Electrotechnical Commission

    IED Intelligent Electronic Device

    IEM Information Exchange Model

    IEEE Institute of Electrical and Electronics Engineers

    IM Information Model

    IP Internet Protocol

    ISO International Organization for Standardization

    LAN Local Area Network

    LCB Log Control Block

    LD Logical Device

    LN Logical Node

    LPHD Logical node Physical Device Information

    LTR Logic Trunked Radio

    MMS Manufacturing Message Specification

    OSI Open System Interconnection

    RCB Report Control Block

    RTU Remote Terminal Unit

    SBO Select Before Operate

    SCADA Supervisory Control and Data Acquisition

    SCL Substation (system) Configuration Language

    SCSM Specific Communication Service Mapping

    SOAP Simple Object Access Protocol

    TC Technical Committee

    TCP Transmission Control Protocol

    UCA Utility Communications Architecture

    UDP User Datagram Protocol

    VHF Very High Frequency

    WAN Wide Area Network

  • 15

    WPP Wind Power Plant

    WT Wind Turbine

    XML Extensible Markup Language

  • 16

    SUMRIO

    1 Introduo .......................................................................................................................... 18

    1.1 Objetivo geral ................................................................................................................ 19

    1.2 Objetivos especficos ..................................................................................................... 20

    1.3 Metodologia ................................................................................................................... 20

    1.4 Organizao da pesquisa ................................................................................................ 20

    2 Automatizao de sistemas eltricos de potncia .............................................................. 22

    2.1 Aceitao da automao ................................................................................................ 22

    2.2 Hierarquia de controle ................................................................................................... 23

    2.3 Sistema de automao e controle ................................................................................... 25

    2.3.1 rvore de deciso para automao ................................................................................ 25

    2.3.2 Estgios da automao ................................................................................................... 27

    2.4 Central de controle e gesto ........................................................................................... 28

    2.5 Operao do sistema eltrico de potncia ...................................................................... 28

    2.6 Sistema de controle em tempo real (scada) ................................................................... 30

    2.6.1 Aquisio de dados ........................................................................................................ 30

    2.6.2 Monitoramento e processamento de eventos ................................................................. 31

    2.6.3 Funo de controle ......................................................................................................... 33

    2.6.4 Armazenamento de dados e anlise ............................................................................... 34

    2.7 Configuraes de hardware ........................................................................................... 34

    2.8 Servidores de interface homem mquina (IHM) ........................................................... 35

    2.9 Servidores de banco de dados (SBD) ............................................................................ 36

    2.10 Princpios do sistema scada ........................................................................................... 36

    2.11 Estruturas de base de dados e interfaces ........................................................................ 36

    2.12 Sistemas de comunicao de controle e automao ...................................................... 38

    2.12.1 Comunicao e automao ......................................................................................... 39

    2.12.2 Comunicao fsica .................................................................................................... 39

    2.12.3 Protocolos de comunicao ........................................................................................ 40

    2.12.3.1 Protocolo MODBUS .............................................................................................. 41

    2.12.3.2 Protocolo DNP 3.0 .................................................................................................. 41

    2.12.3.3 Protocolo IEC 60870-5-101 ................................................................................... 42

    2.12.3.4 Protocolo UCA 2.0, IEC 61850 .............................................................................. 43

    3 Sistemas de controle para gerao elica .......................................................................... 46

    3.1 Sistema de medio de vento ......................................................................................... 48

    3.1.1 Localidade da medio de vento .................................................................................... 48

    3.1.2 Sensores de vento e processamento de dados ................................................................ 49

    3.1.3 Yawcontrol ..................................................................................................................... 50

    3.1.4 Potncia e controle de velocidade por meio de ps do rotor ......................................... 50

    3.1.5 Activestall control .......................................................................................................... 52

    3.1.6 Pitch control (ou controle de passo) .............................................................................. 52

    3.2 Controle de superviso e estados operacionais .............................................................. 53

  • 17

    3.3 Comportamento de uma turbina elica .......................................................................... 55

    3.4 Controle de perturbao ................................................................................................. 60

    4 O padro IEC 61400 para gerao de energia elica ........................................................ 61

    4.1 IEC 61400-25-1: Descrio geral dos princpios e modelos ......................................... 62

    4.2 IEC 61400-25-2: Modelo de informao ....................................................................... 65

    4.3 IEC 61400-25-3: Modelo de troca de informao ......................................................... 74

    4.4 IEC 61400-25-4: Mapeamento para protocolos de comunicao .................................. 80

    5 Implementao do supervisrio com softwareScadaBR ................................................... 84

    5.1 ScadaBR ......................................................................................................................... 85

    5.2 Selecionando os ns lgicos .......................................................................................... 85

    5.3 Introduo ao opc ........................................................................................................... 86

    5.3.1 Servidores opc ................................................................................................................ 87

    5.3.2 Clientes opc .................................................................................................................... 87

    5.4 Adicionando as tags (ns lgicos) ao servidor matrikon ............................................... 88

    5.5 Implementao do sistema supervisrio atravs do ScadaBR ....................................... 92

    6 Concluses e recomendaes .......................................................................................... 104

    7 Referncias ...................................................................................................................... 106

    APNDICE A - Configurao da dcom ................................................................................. 109

    APNDICE B - Erros encontrados durante a implementao do sistema supervisrio ......... 122

    ANEXO A - Lista de abreviaturas das classes de dados dos ns lgicos ............................... 124

    ANEXO B - Component object model / Distributed component object model ...................... 126

    ANEXO C - Termos relacionados com automao de subestaes eltricas ......................... 128

    ANEXO D - Resumo do protocolo padro OSI/ISO .............................................................. 129

    ANEXO E - Recomendaes de sites sobre scadabr e softwares similares ........................... 131

  • 18

    Captulo 1

    1 Introduo

    Desde os primrdios da existncia da humanidade a comunicao uma de suas

    maiores necessidades. A comunicao longa distncia se tornava cada vez mais

    importante e um desafio para a sociedade humana. As formas mais primitivas de

    comunicao eram atravs de sinais de fumaa e pombos-correios, que foram os meios

    encontrados para aproximar comunidades distantes. Uma grande revoluo para

    comunicao se deu em 1838 com a inveno do telgrafo, desenvolvido por Samuel F.

    B. Morse, e a transmisso de pulsos eltricos, denominado de cdigo Morse. Aps esta

    inveno surgiram outras como o telefone, rdio, televiso, TV a cabo, Internet entre

    outras. Neste contexto, novas tecnologias so exigidas no ambiente industrial e agora

    com a crescente demanda no setor de automao, no qual mudanas conceituais e de

    projeto so cada vez mais frequente.

    Existe um consenso cada vez maior entre fornecedores e usurios de

    equipamentos de sistemas industriais acerca da necessidade de produtos com sistema

    proprietrio, independente de fabricantes, que tenham alto desempenho, comprovados

    mecanismos de segurana e que sejam tecnologicamente modernos e robustos. Estes

    produtos precisam: atender s novas exigncias de controle, distribuio e

    armazenamento de informaes; ter maior interoperabilidade entre plataformas de

    diferentes fabricantes e apresentarem maior facilidade em manuteno. Tais tecnologias

    comearam de modo bastante simples, no qual a comunicao utilizava o padro serial

    ou paralelo, mas com o passar do tempo foram desenvolvidos sistemas mais complexos,

    com tecnologias prprias, protocolos, software e hardware apropriados para suas

    necessidades.

    A crescente tendncia na rea de automao industrial do uso de arquiteturas

    computacionais distribudas, nas quais diferentes dispositivos podem se comunicar com

    outros e, de uma maneira cooperativa, realizar tarefas que levem ao atendimento dos

    requisitos impostos, pelas aplicaes, aumentou consideravelmente o interesse por

    dispositivos e protocolos de comunicao. Por protocolo de comunicao entende-se o

    conjunto de regras e convenes que permitem a conversao e troca de informao

    entre sistemas. Isto significa que, conhecendo-se exatamente as regras e convenes

    definidas num dado protocolo, a princpio, pode-se construir um dispositivo capaz de

    trocar informaes usando aquele protocolo.

    Diversos fornecedores possuem solues de redes de campo proprietrias,

    fazendo com que o cliente fique dependente de produtos, servios e manuteno de um

    nico fabricante. Com o objetivo principal da interoperabilidade e flexibilidade de

    operao, grupos de desenvolvedores definem normas de padro aberto para o

    desenvolvimento de redes e protocolos. Os desenvolvedores tm a flexibilidade de

    desenvolver linhas de produtos em funo da demanda, e o cliente no fica totalmente

  • 19

    preso a apenas um fornecedor. Atualmente, diversos protocolos de padro aberto de

    vrios fabricantes esto disponveis no mercado. Definir uma soluo de arquitetura

    industrial para estabelecer comunicao em uma empresa uma deciso importante. Os

    profissionais devem desenvolver e manter a integridade e a funcionalidade das redes

    industriais, aperfeioar o desempenho e torn-las mais confiveis, escalveis e seguras.

    A finalidade da padronizao e normatizao definir as plataformas em que

    uma indstria possa operar de forma eficiente e segura. Os maiores fabricantes de

    usinas de gerao elica oferecem sistemas proprietrios, o que resulta numa

    diversidade de protocolos de sistemas numa mesma planta elica. Na luta pela

    padronizao de protocolos, existem muitas organizaes envolvidas nos projetos de

    tecnologias. A mais conhecida na rea de energia elica a IEC (International

    Electrotechnical Commission).

    A norma IEC 61400-25 elaborada pela IEC Technical Committee TC 88 uma

    extenso da norma IEC 61850 na rea de gerao de energia elica, especificamente

    para o sistema de monitoramento e comunicao, visa realizao da livre comunicao

    entre diferentes fornecedores de equipamentos. A faixa de aplicao da norma abrange

    parte da operao da usina elica, incluindo turbina de vento, sistema de medio

    meteorolgica, sistema eltrico e sistema de gesto, mas no inclui a linha relevante de

    alimentao e informao da subestao.

    A implementao desta norma permite que os sistemas SCADA (Supervisory

    Control And Data Acquisition Sistemas de Superviso e Aquisio de Dados) se

    comuniquem com as unidades de aquisio de dados de turbinas elicas de vrios

    fabricantes. Normalizaes de aplicaes SCADA so excludas da norma IEC 61400-

    25, mas inclui informaes padro-comum de turbinas elicas para reutilizao de

    aplicaes e telas de operao das turbinas elicas de diferentes fornecedores. A norma

    IEC 61400-25 pode ser aplicada a qualquer parque elico, ou seja, tanto em turbinas

    individuais, como num grupo de turbinas elicas. A inteno da norma permitir que os

    componentes de diferentes fabricantes operem em conjunto com outros componentes,

    em qualquer local, proporcionando homogeneidade na rede ou no sistema. Esta norma

    suporta escalabilidade, conectividade e interoperabilidade. A comunicao interna

    dentro de cada componente est alm do alcance desta norma.

    Como a indstria elica tem experimentado um crescimento extensivo em todo

    mundo durante os ltimos anos, torna-se fundamental o estudo especfico das normas.

    Esta pesquisa procura desenvolver um sistema de superviso usando software livre

    para o controle e automao de parques elicos.

    1.1 Objetivo geral

    Desenvolver um sistema de superviso com comunicao e controle

    implementado em software de superviso livre ScadaBR para ser utilizado em parques

    elicos instalados no Brasil a partir das consideraes e recomendaes da norma IEC

    61400-25.

  • 20

    1.2 Objetivos especficos

    Analisar as recomendaes da norma IEC 61400-25 para os sistemas

    supervisrios aplicados a parques elicos;

    Identificar critrios da norma IEC 61400-25 a serem utilizadas em parques

    elicos no Brasil;

    Utilizar os preceitos da norma IEC 61400-25 na construo de algoritmos

    computacionais dentro do software de superviso livre ScadaBR.

    Implementar supervisrio para gerao elica no Brasil utilizando software

    livre.

    1.3 Metodologia

    O estudo do tema apresentado ser feito atravs de uma pesquisa com

    levantamento bibliogrfico atravs de leituras e fichamento de fontes diretas de autores

    que tenham materiais acerca do tema, ter uma abordagem qualitativa, tendo em vista os

    objetivos a serem alcanados no decorrer da pesquisa.

    Os critrios metodolgicos para execuo da pesquisa, em um primeiro

    momento, consistiro em descrever as recomendaes e diretrizes da norma IEC 61400-

    25 a luz dos conceitos contemporneos da engenharia de automao e controle

    especficos para parques elicos.

    Para o desenvolvimento da interface homem mquina e toda implementao da

    comunicao e controle para gerao elica utiliza-se o software open-source ScadaBR

    que trabalha com interoperabilidade de acordo com a norma IEC 61850/61400

    permitindo melhor performance e mais opes de segurana.

    1.4 Organizao da pesquisa

    Esta dissertao de mestrado foi elaborada na forma de seis captulos,

    articulados entre si, dispostos da seguinte maneira:

    Captulo 1: Introduo Trata de uma introduo sobre o tema do trabalho que ser

    abordado nesta dissertao, assim como a motivao, objetivo geral e especficos,

    metodologia e, por fim, descreve a estrutura deste relato.

    Captulo 2: Automatizao de Sistema Eltrico de Potncia Neste captulo so

    apresentados os conceitos extrados de bibliografias, que descrevem a automao do

    sistema eltrico de potncia.

  • 21

    Captulo 3: Sistema de controle para gerao elica Apresenta-se uma viso atual da

    automao e controle de usina de energia elica de forma a contextualizar o leitor a

    respeito do tema.

    Captulo 4: O padro IEC 61400 na energia elica Aqui aborda-se a norma que trata

    de energia elica a IEC 61400, especificamente a parte 25, cujo escopo a

    comunicaes de dados e monitoramento de centrais de energia elica.

    Captulo 5: Implementao do supervisrio com software ScadaBR Neste captulo so

    apresentados os principais pontos do software livre ScadaBR, implementao do

    supervisrio para um parque elico no Brasil e tambm descreve-se a metodologia

    utilizada para que os objetivos possam ser alcanados.

    Captulo 6: Concluses e Recomendaes Apresenta-se as consideraes finais acerca

    dos resultados encontrados pela pesquisa proposta, a descrio dos objetivos atingidos

    assim como os intervenientes que dificultaram as solues procuradas. Este captulo

    finalizado com recomendaes para novas pesquisas a serem abordadas neste campo do

    saber.

  • 22

    Captulo 2

    2 Automatizao de sistemas eltricos de

    potncia

    As empresas de energia eltrica tm se esforado para gerir seus negcios como

    empresas eficientes de fornecimento de energia a um nvel aceitvel de qualidade. O

    surgimento dadesregulamentao1 mudou drasticamente o ambiente de negcios. Essa

    mudana radical nos objetivos de negcios ocupa agora as empresas de energia, em

    muitos pases, resultado da desregulamentao, do acesso aberto e da privatizao,

    fatores que causam uma reviso significativa de projeto de rede e das prticas

    operacionais. As empresas de distribuio tambm esto sendo obrigados a maximizar o

    uso e a vida de seus ativos atravs de um melhor monitoramento e anlise.

    O controle de rede e automao iro desempenhar um papel fundamental para

    permitir que as empresas se adaptem evoluo da situao e as oportunidades para

    alcanar seus objetivos de negcios, garantindo um retorno adequado para os acionistas.

    2.1 Aceitao da automao

    A avaliao do grau de utilizao da automao da indstria difcil, no s

    devido s diferentes interpretaes, mas tambm devido s estratgias de implantao.

    Algumas empresas so foradas pelo rgo regulatrio2, para ter imediata ao de

    melhorar todo o sistema da rede ou fornecer servios mais significativos aos seus

    clientes, enquanto outras empresas so capazes de justificar o melhoramento gradual da

    automao em seus sistemas.

    Uma pesquisa com mais de 500 concessionrias nos Estados Unidos revelou que

    apenas 14% tinham implementado automao e um adicional de 12% tiveram em

    prtica uma estratgia. O contexto da automao neste perodo foi a implantao da

    distribuio SCADA at a subestao de distribuio usando RTU (Remote Terminal

    Unit ou Unidade Terminal Remota). A adio de controle estendido fora da subestao

    estava sendo considerada por 70% dessas distribuies de aplicao SCADA.

    ------------------ 1 Remoo dos entraves burocrticos (leis, decretos, portarias, atos normativos) que

    interferem de maneira exagerada nas relaes de direito e obrigaes entre Estado e

    Cidado. 2A Agncia Nacional de Energia Eltrica (ANEEL) uma autarquia sob

    regime especial (Agncia Reguladora), vinculada ao Ministrio de Minas e Energia,

    com sede e foro no Distrito Federal, com a finalidade de regular e fiscalizar a produo,

    transmisso e comercializao de energia eltrica, em conformidade com as Polticas e

    Diretrizes do Governo Federal.

  • 23

    Pesquisas demonstram que uma dcada mais tarde, tanto nos Estados Unidos

    quanto fora deste pas (predominantemente Canad, Reino Unido e Austrlia), para

    automao de subestaes, mostraram um claro aumento da aplicao de automao

    usando um barramento de comunicao dentro da subestao.

    2.2 Hierarquia de controle

    A automao de rede aplicada dentro de uma hierarquia de controle estruturada

    que engloba a necessidade das diferentes camadas de entrega da rede. Isso requer a

    habilidade de controlar uma rede a partir de um ponto, o centro de controle ou um

    nmero de centros de controle com controles distribudos. Este processo chamado de

    SCADA ou telecomando, e depende de links de comunicao do centro de controle para

    o dispositivo primrio (gerador, disjuntor, comutador, etc.) ser operado. Os dispositivos

    primrios devem ser equipados com atuadores ou mecanismos para realizar a abertura

    mecnica e a operao de fechamento. Estes atuadores devem ser ligados a um

    dispositivo secundrio IED (Intelligent Electronic Device ou Dispositivo Eletrnico

    Inteligente).

    O IED liga o atuador com o sistema de comunicao. O tamanho relativo e a

    sofisticao do IED dependem da configurao do sistema de controle e da sua camada

    na hierarquia. A combinao do sistema de sala de controle, comunicao e IED

    compreendem um sistema SCADA. Os sistemas SCADA so implantados para

    controlar as diferentes camadas da rede, ou como um sistema integrado por um nmero

    de camadas, ou, ainda, como sistemas separados passar informaes selecionadas para a

    camada de controle acima. A seleo vigente de como o controle central organizado

    depende da propriedade das camadas de rede. Proprietrios de redes de distribuio

    simples, com tenso inferior a 33 kV, tendem a usar um sistema SCADA para controlar

    toda a rede. Mesmo os utilitrios com extensas redes que cobrem uma grande rea

    geogrfica esto consolidando o controle dos centros de controle distribudo para uma

    operao central.

    Uma hierarquia tpica de controle da rede est representada na Figura 2.1 e

    constituda por cinco camadas.

  • 24

    Figura 2.1 Hierarquia tpica de um controle de potncia

    Fonte: Northcote-Green (2007, p. 10)

    Camada 1 Utilidade:

    O nvel superior da hierarquia cobre toda a empresa, o gerenciamento de ativos e

    os sistemas de negociao de energia.

    Camada 2 Rede:

    Historicamente, esta camada tem controlado as redes de transmisso de energia

    em massa, incluindo o despacho econmico dos geradores.

    Camada 3 Subestao:

    O controle integrado de todos os disjuntores dentro da subestao com a

    comunicao de toda proteo do estado do rel.

    Camada 4 Distribuio:

    Esta camada da hierarquia de controle abrange os sistemas de alimentao de

    mdia tenso, reflete a expanso da capacidade de controle em tempo real por meio de

    um controle remoto e uma automao local dos dispositivos de alimentao localizados

    abaixo das subestaes primrias.

    Camada 5 Consumidor:

    A camada mais baixa de controle onde o sistema de entrega interage

    diretamente com o consumidor. Ela representa uma atividade em crescimento, na qual

    so necessrios sistemas de medio mais flexveis para permitir a reviso conveniente

    de tarifas e de controle de carga.

  • 25

    2.3 Sistema de automao e controle

    Na prtica, dentro do conceito de automao, h dois termos especficos, que so

    vulgarmente utilizados na indstria: Sistema de gesto e Sistema de automao.

    Sistema de gesto: O sistema de gesto tem uma sede na sala de controle, onde

    abastece o operador com a melhor, "manejvel", vista da rede. Ele coordena todas as

    funes da jusante em tempo real, dentro da rede de distribuio com as informaes

    em tempo no real (dispositivos operados manualmente) necessrias para controlar e

    gerenciar corretamente a rede em uma base regular. A chave para um sistema de gesto

    a organizao do banco de dados do modelo de rede de distribuio, o acesso a toda

    infraestrutura de apoio TI e aplicaes necessrias para preencher o modelo e sustentar

    as outras tarefas operacionais dirias. A IHM comum e do processo de estrutura de

    comando otimizado vital no fornecimento de operadores com uma facilidade que

    permite o desempenho intuitivo e eficiente das suas funes.

    Sistema de automao: Sistema de automao de distribuio se encaixa

    abaixo do sistema de gesto e inclui todos os dispositivos de controle remoto na

    subestao e nveis de alimentadores (por exemplo, disjuntores, religadores, auto

    seccionadoras), a automao de locais distribudos nesses dispositivos e a infraestrutura

    de comunicaes. um subsistema do sistema de gesto essencial por cobrir todos os

    aspectos em tempo real no processo de controle da rede jusante.

    Para aplicar a automao e o controle existem trs maneiras diferentes de olhar

    para automao:

    Automao local: a operao da chave de proteo do interruptor ou a lgica

    baseada em tomada de deciso.

    SCADA (telecomando): controlar com monitoramento remoto de status,

    indicaes, alarmes e medies.

    Automao centralizada: controle automtico para fazer isolamento de

    falhas, reconfigurao da rede e restaurao de servio.

    2.3.1 rvore de deciso para automao

    A seleo das maneiras de automatizar um dispositivo pode ser ilustrada atravs

    da rvore de deciso na figura 2.2. Uma vez que o dispositivo primrio foi selecionado

    com base em seu fornecimento de energia necessria e o dever de proteo na rede, o

    grau de automatizao pode ser determinado. A implementao da automao em

    qualquer interruptor manual pode ser descrito como certo nmero de passos e caminhos

    alternativos que conduzem ao grau e tipo de arquitetura de controle. Alguns caminhos

    so opcionais, mas muitos so obrigatrios se a automao deseja ser implementada.

  • 26

    Figura 2.2 - rvore com os passos lgicos para a implementao da automao

    Fonte: Northcote-Green (2007, p. 15)

    Etapa 1:

    Os interruptores sempre foram operados manualmente, mas dispositivos

    armazenadores de energia ou atuadores foram adicionados para assegurar que o

    funcionamento do interruptor seja independente do esforo manual. A segurana

    aumentada porque o operador tende a ficar mais longe do interruptor.

    Etapa 2:

    Apesar da instalao de um atuador, o objetivo principal o de facilitar a

    operao automtica no local ou atravs de controle remoto, e no simplesmente usar

    botes.

  • 27

    Etapa 3:

    Uma vez que o controle eletrnico foi instalado no atuador, uma das funes

    principais da automao conectar um sistema de comunicao para permitir control-

    lo remotamente.

    Etapa 4:

    Basicamente, o controle remoto adicionado automao local, de modo que o

    operador vai ser informado de qualquer operao do dispositivo e pode tanto suprimir

    esta ao local quanto tomar a deciso remotamente.

    Etapa 5:

    O passo final aplica-se as mesmas opes do passo 4.

    Os resultados desta rvore de deciso em termos de cumprimento a definio

    bsica de automao so os seguintes:

    A rede deve ter capacidade de operao por controle remoto;

    A tomada de deciso implementada, seja localizada no centro de um

    servidor, em combinao com a tomada de deciso local e central, ou atravs

    da interveno humana remotamente;

    A operao local deve ser possvel mecanicamente ou por boto.

    2.3.2 Estgios da automao

    A seleo do nvel de automatizao, ilustrada atravs da rvore de deciso na

    seo anterior, pode ser visto a partir de uma perspectiva diferente, quanto mais

    sofisticado a automao e controle, maior o peso e complexidade do servio de

    mensagens. Observe-se agora os estgios da automao na figura 2.3.

    Na etapa 1 designado para atender os requisitos bsicos da automao,

    fornecer o status remoto e funes de controle. Informaes binrias, tais como alarmes,

    fechamento de contato, valores acima ou abaixo de um limiar podem ser comunicadas

    digitalmente. Comunicao de valores digitais diminui significativamente a

    complexidade e o comprimento do pacote de dados. Para atender as necessidades do

    controle e consumir baixa potncia, foram introduzidos os sistemas de rdio.

    Na prxima etapa adiciona-se a transmisso das medies analgicas para o

    status do controle de comando. medida que a carga da comunicao vai aumentando,

    a capacidade de protocolos usados por sistemas SCADA necessria. O grau de tomada

    de deciso central depender no apenas da quantidade e detalhe das informaes

    passadas para o servidor, mas tambm a velocidade da transmisso dos dados.

  • 28

    Figura 2.3 Estgios da automao e controle

    Fonte: Northcote-Green (2007, p. 16)

    2.4 Central de controle e gesto

    O centro nervoso de qualquer rede de energia a central de controle e gesto, na

    qual a coordenao de todas as estratgias de operao levada a cabo. Mesmo se a

    operao e o controle distribudo sejam implementados, os resultados de tal ao devem

    ser comunicadas ao coordenador central.

    As redes de energia eltrica em todo o mundo esto entrando em um perodo de

    mudana que necessita melhorar os mtodos de controle e gesto.

    2.5 Operao do sistema eltrico de potncia

    A operao do sistema de energia requer manter o equilbrio entre a segurana,

    economia e qualidade ao entregar energia eltrica a partir da fonte geradora para

    satisfazer as exigncias do usurio final. Historicamente, os sistemas de controle foram

    implementados em sistema de energia em massa no qual foi econmico monitorar todos

    os pontos de entrada e sada da rede. Os sistemas de tempo real que oferecem a

    facilidade de controle de superviso e aquisio de dados so conhecidos como sistemas

    SCADA. Os avanos na computao e modelagem do sistema de energia criaram

    aplicaes rpidas para serem alimentadas com os dados em tempo real com a funo

  • 29

    de fornecer informaes adicionais e tomada de deciso para os operadores. A evoluo

    natural dessas aplicaes permitiu aumento dos nveis de automao no processo de

    deciso.

    Os quatro estados de uma operao so mostrados na figura 2.4.

    Figura 2.4 Modos do estado de operao do sistema eltrico

    Fonte: Northcote-Green (2007, p. 29)

    O estado de emergncia reflete o colapso do sistema de energia como uma

    consequncia de grande perda de gerao ou linha de transmisso. J o estado de alerta

    significa que uma perturbao ocorreu e a ao deve ser levada diretamente para aliviar

    a situao. Por exemplo, em sistemas de abastecimento a granel, o estado de alerta pode

    se mover muito rapidamente para o estado de emergncia, que o torna impossvel para

    um operador evitar o colapso do sistema. O objetivo da operao do sistema manter o

    sistema no interior do estado normal e devolver o processo de restaurao o mais

    rapidamente possvel. O operador, usando todas as facilidades do centro de controle, o

    principal tomador de decises na restaurao do sistema.

    Atualmente, o modo em que as redes so operadas influenciado pela falta de

    controle remoto e monitoramento em tempo real, exigindo considervel interveno

    manual para a tomada de deciso e restaurao. A extenso e a multido de elementos

    que compreendem uma rede impe a necessidade de manipulao de informao

    considervel para assegurar um funcionamento satisfatrio e a segurana das pessoas.

    No ambiente da operao existem trs condies para os operadores do controle,

    tais como:

    Condies normais

    Durante as condies normais do sistema, o operador capaz de preparar a

    mudana dos planos para a manuteno planejada, monitorar o sistema e efetuar as

    devidas configuraes para ter um funcionamento dentro dos limites. As informaes

    gerais da manuteno, como o diagrama da rede e as estatsticas da gesto, so

    completadas com o tempo.

    Situaes de emergncia

    Falhas na rede no so planejadas e o operador deve estar preparado para este

    estado. O objetivo principal consiste em organizar a restaurao da rede o mais

    rapidamente possvel.

  • 30

    Administrao

    As tarefas dirias de eventos de registro, relatrios de gesto e estatstica de

    desempenho so demorados. Privatizao e presses externas exigem auditoria para um

    melhor desempenho do sistema.

    2.6 Sistema de controle em tempo real (SCADA)

    A base de qualquer controle em tempo real o sistema SCADA, que adquire

    dados a partir de diferentes fontes, pr-processa e armazena em um banco de dados

    acessvel a diferentes usurios e aplicaes. Os modernos sistemas SCADA so

    configurados em torno das seguintes funes: (7)

    Aquisio de dados;

    Monitoramento e processamento de eventos;

    Controle;

    Armazenamento de dados e anlise;

    Aplicao especfica de apoio deciso;

    Relatrios.

    2.6.1 Aquisio de dados

    Informaes bsicas descrevendo o estado de funcionamento da rede de energia

    so passadas para o sistema SCADA. Este recolhido automaticamente pelo

    equipamento em vrias subestaes e dispositivos, inserido manualmente pelo operador

    ou utilizado pelas equipes de campo. Em todos os casos, a informao tratada da

    mesma forma. Esta informao categorizada como:

    Indicaes de status;

    Valores medidos;

    Valores de energia.

    Os status dos dispositivos de comutao e sinais de alarme so representados por

    estado de indicaes. Estas indicaes so fechamento de contato conectado entrada

    digital no dispositivo de comunicao e so indicaes normalmente simples ou duplas.

  • 31

    Figura 2.5 Exemplos dos tipos de dados adquiridos

    Fonte: Northcote-Green (2007, p. 40)

    Alarmes simples so representados por indicao nica, enquanto todos os

    interruptores e dispositivos de dois estados tm indicao dupla. Os valores medidos

    refletem as diferentes variveis em relao ao tempo, tais como a tenso, temperatura,

    corrente e as posies do comutador. Eles se dividem em dois tipos bsicos, analgico e

    digital. Todos os sinais analgicos so transformados por meio de um conversor A/D de

    formato binrio, porque so tratados como valores momentneos, portanto precisam ser

    normalizado antes de serem armazenados no banco de dados do sistema SCADA. A

    varredura dos valores medidos feita ciclicamente ou enviando somente os valores

    alterados. Valores de energia so geralmente obtidos a partir de contadores de pulso ou

    IEDs.

    2.6.2 Monitoramento e processamento de eventos

    A coleta e armazenamento de dados por si s produzem poucas informaes,

    assim, uma importante funo estabelecida dentro de todos os sistemas SCADA a

    capacidade de monitorar todos os dados apresentados em relao aos valores normais e

    limites. O objetivo do controle de dados varia para os diferentes tipos de dados

    coletados e as exigncias dos dados individuais no sistema. Particularmente, se uma

    mudana de estado ou indicao veio a ser maior ou menor que o limite, ir requerer um

    evento para ser processado. O monitoramento do estado requer que cada indicao seja

  • 32

    comparada com o valor anterior armazenado no banco de dados. Qualquer mudana

    gera um evento que notifica o operador. Para expandir o contedo da informao, as

    indicaes de status so atribudas a uma condio normal, desencadeando assim um

    alarme diferente com uma mensagem para avisar a condio normal.

    O monitoramento para o valor limite aplica-se a cada valor medido. Quando

    ocorrem mudanas de status, um valor de evento gerado, mas para que isso acontea,

    a mudana deve exceder um valor limite.

    Figura 2.6 Diagrama tpico do limite de uma quantidade controlada

    Fonte: Northcote-Green (2007, p. 42)

    O monitoramento de tendncias outro mtodo presente em sistemas SCADA.

    usado para disparar um alarme se alguma quantidade ir mudar, ou seja, muito

    rapidamente ou na direo errada para um funcionamento satisfatrio do dispositivo. A

    necessidade de fornecer continuamente informaes ao operador dos dados recolhidos

    resultou a ideia de aplicar atributos de qualidade de dados, os quais, por sua vez,

    invocam um mtodo de sinalizao, sejam os dados de uma determinada cor ou smbolo

    no console do operador. A seguir, so atributos tpicos desse sistema:

    No atualizado / atualizados aquisio de dados / manual / calculado;

    Manual de instrues;

    Calculado;

    Bloqueado para atualizao;

    Bloqueado para processamento de eventos;

    Bloqueado para controle remoto;

    Normal / estado no normal;

    Fora do limite, razovel / alarme / alerta / zero;

    Estado do alarme;

    No reconhecido.

  • 33

    O processamento de eventos necessrio para todos os eventos gerados pela

    funo de monitoramento ou causados por aes do operador. Este processamento

    classifica os eventos, de modo que as informaes apropriadas sejam enviadas tela

    IHM para representar a criticidade do alarme ao operador. O controle de eventos uma

    funo crucial dentro do sistema de controle e influencia significativamente o

    desempenho em tempo real, particularmente durante vrios alarmes. O resultado do

    processamento de eventos a lista de alarmes em ordem cronolgica. A fim de auxiliar

    o operador, os eventos so classificados em uma srie de categorias a fim de gerar uma

    lista de alarmes.

    As seguintes categorias mais usuais so:

    Categoria alarme persistente no reconhecido: Alertar no visor tais como

    piscar com uma cor, e em alguns casos, um sinal audvel gerado. O alarme

    no reconhecido permanece at que o reconhecimento do operador seja feito.

    O alarme persiste at que o estado desaparea (geralmente atravs da ao do

    operador), ou seja inibido;

    Um evento associado a um determinado tipo de dispositivo, tais como uma

    tenso de barramento ou proteo do rel de operao;

    Motivo da ocorrncia do evento por meio da sesso ao acompanhamento da

    funo;

    A prioridade atribuda para a classificao de todos os eventos.

    O propsito dessas classificaes a de filtrar os eventos mais importantes

    dentre as ocorrncias para que o operador possa resolv-las em primeiro lugar.

    2.6.3 Funo de controle

    Funes de controle so iniciadas pelos operadores, ou automaticamente, a partir

    de aplicaes de software e afetam diretamente o funcionamento do sistema de energia.

    Eles podem ser agrupados em quatro subclasses:

    Dispositivo de controle individual: representa o comando abrir / fechar direto

    a um dispositivo individual;

    Controlar mensagens para equipamentos que requer operao, uma vez

    iniciada na sala de controle, para ser conduzida automaticamente pela lgica

    local no dispositivo a fim de garantir a operao, permanece dentro dos

    limites pr-determinados;

    Controle sequencial: conjunto articulado de aes de controle uma vez que o

    comando de partida sequencial foi iniciado. Um conjunto de passos

    sequenciais de comutao para restaurar a energia atravs de uma

    configurao pr-definida;

    Controle automtico: acionado por um evento ou momento especfico que

    chama a ao de controle.

  • 34

    As trs primeiras categorias de controle acima so iniciadas manualmente,

    exceto quando o controle sequencial iniciado automaticamente. Aes de controle

    iniciadas manualmente podem ser sempre uma seleo do tipo confirmado antes de

    operar ou dar o comando imediato.

    2.6.4 Armazenamento de dados e anlise

    Os dados recolhidos a partir do processo so armazenados no banco de dados em

    tempo real no servidor de aplicativos SCADA para criar uma atualizao do processo

    supervisionado. Os dados da RTUs so armazenados no momento da coleta e qualquer

    atualizao de dados substitui os valores antigos pelos novos. Estatsticas de

    desempenho capturadas pelos sistemas SCADA so extremamente importantes na

    qualidade de energia como um todo. Normalmente, somente os dados alterados so

    armazenados para economizar espao em disco. Os dados podem ser extrados em uma

    data posterior para muitas formas de anlise, tais como planejamento, clculos

    numricos, carga do sistema, auditorias de desempenho e relatrios de produo.

    2.7 Configuraes de hardware

    Os sistemas SCADA so implementados em hardware composto por uma

    extremidade frontal com mltiplas comunicaes que gerem o processo de aquisio de

    dados a partir de RTUs. Os dados recebidos so ento passadas para o servidor

    SCADA, atravs de uma rede local, para o armazenamento e acesso pelos operadores e

    outras aplicaes.

    O sistema SCADA termina suportando uma variedade de configuraes de rede.

    O mais popular em uso hoje em dia so:

    Multiponto uma configurao radial, na qual as RTUs so sondadas em

    sequncia atravs de um canal de comunicaes. Isso resulta em uma soluo

    barata custa do tempo de resposta;

    Ponto-a-ponto dedica um canal de comunicao para uma RTU. comumente

    usados quando apresenta alta resposta com muitos canais de comunicao;

    Configurao em estrela uma combinao de ponto-a-ponto que controla o

    acesso aos dados da RTUs escravos configurados como ponto-a-ponto ou

    multiponto.

    O sistema central compreende acima de tudo frente das comunicaes e

    chamado de estao mestre. Na indstria, existem muitos protocolos e suas variantes

    em uso, entre a estao mestre e as RTUs. A configurao geral de um sistema SCADA

    tpica mostrada na figura 2.7.

  • 35

    Figura 2.7 Configurao tpica de um sistema SCADA.

    Fonte: Northcote-Green (2007, p. 46)

    2.8 Servidores de interface homem mquina (IHM)

    So mquinas equipadas com um ou mais monitores de vdeo colorido de alta

    resoluo, impressora grfica b/p ou cor, com perifricos para manipulao de

    informaes ou console de operao (trackball, mouse, etc.), processando um software

    SCADA que proporciona ao operador todas as facilidades necessrias ao comando e

    superviso do processo, possibilitando a execuo correta das funes de superviso,

    controle, comando-remoto, etc. A rede de comunicao permite a incluso de vrios

    consoles de operao sem grande transtorno, no havendo nenhuma restrio quanto

    quantidade e a configurao dos mesmos. A quantidade e a localizao dos consoles so

    estabelecidas pelas necessidades de aplicao, dependendo do meio fsico da rede,

    existe ainda a possibilidade de se instalar consoles-remotos a uma distncia

    relativamente grande, sem perda do desempenho.

  • 36

    2.9 Servidores de banco de dados (SBD)

    So utilizados para armazenar a base de dados de tempo real e histrica, alm de

    arquivos de sequncia de eventos, valores de ajuste de rels de proteo, dados

    cadastrais de equipamentos, etc. Para tanto so usadas mquinas velozes de alta

    capacidade de armazenamento, geralmente, empregadas em configurao dual por se

    tratar de uma funo crtica para a operao do sistema. Sistemas de controle fazem uso

    de diversos tipos de informaes, cada uma delas com requisitos prprios de

    desempenho e estrutura de dados.

    2.10 Princpios do sistema SCADA

    preciso entender que o desempenho tem sido uma grande preocupao do

    sistema SCADA, devido limitao do histrico de velocidades de comunicao. A

    velocidade lenta afeta a funo de aquisio de dados, que formam a base de arquitetura

    de todos os sistemas SCADA. O ciclo de aquisio de dados recolhe dados to rpidos

    quanto comunicao do processo em tempo real. A apresentao do estado do

    processo para os operadores feita a partir deste banco de dados. Uma particularidade

    das baixas taxas de transmisso e demandas de alta segurana que os protocolos da

    RTU foram projetados com caractersticas muito especiais. O mesmo projeto bsico que

    formou o SCADA desde o incio vlido hoje, mesmo se as larguras de banda forem

    muito superiores com modernos PLCs (Programmable Logic Controller ou

    Controladores Lgicos Programveis) e com a utilizao de fibra ptica. A nica

    diferena hoje que a imagem espelhada do processo muito mais perto (no tempo)

    para o processo real.

    2.11 Estruturas de base de dados e interfaces

    Uma das questes desafiadoras dentro de um sistema de gesto a resoluo de

    dados de diferentes estruturas que existem entre as vrias aplicaes, tanto interna,

    dentro do SCADA, quanto aplicaes avanadas e funo de interrupo. Existem

    vrios modelos de dados para representar a rede eltrica com diferentes graus

    desenvolvidos na indstria.

    Tradicionalmente, os sistemas SCADA aplicados aos sistemas de potncia

    podem empregar uma estrutura hierrquica do sistema de energia composto por

    subestao, estao, baa e terminal.

  • 37

    Figura 2.8 Elementos de um sistema SCADA aplicado ao sistema de potncia

    Fonte: Silva (2002, p. 25)

    A base de dados em tempo real do sistema SCADA descrita em termos de

    pontos e dados de aquisio dados, cada ponto deve ser definido em entrada em uma

    estrutura muito plana. Esta estrutura plana sem relaes inerentes construda

    possuindo um modelo de processo. O conceito de modelo de dados em um sistema

    SCADA mostrado de forma simplificada na figura 2.9.

    Figura 2.9 Estrutura do modelo simplificado do SCADA em tempo real

    Fonte: Northcote-Green (2007, p. 89)

  • 38

    Diferentes nveis de interface foram estabelecidas dentro da indstria, muitas

    vezes ditadas por uma implementao, em particular para a base de dados, onde tem

    sido preenchido para aplicao de gesto de ativos e, s vezes, s se expandiu para

    incluir em aplicaes de engenharia. O nvel de interface possvel ditado pela

    aplicao exata dos vrios sistemas, devido a disponibilidade de dados no modelo de

    dados implementado. No momento, sem padres e diretrizes dentro da indstria, cada

    interface SCADA tem que ser personalizada usando meio comuns de TI, ou seja,

    mecanismos de transporte de dados (CSF, ASCII, XML).

    2.12 Sistemas de comunicao de controle e automao

    O link de comunicao um componente vital da automao, a maioria das

    implementaes de grande escala requerem comunicaes para iniciar ou denunciar

    uma ao de um centro de controle. Os sistemas de comunicao tm sido usados h

    dcadas pela indstria de energia eltrica em uma ampla variedade de aplicaes. Em

    termos mais simples, um sistema de comunicao proporciona o elo entre a extremidade

    de envio (transmissor) e o receptor. Muitos so os meios utilizados para transmitir os

    sinais que vo de circuitos de cobre, rdio, micro-ondas, fibras ticas e at mesmo por

    satlite. Uma pesquisa feita nos Estados Unidos em meados da dcada de 90 identificou

    os meios de comunicao aplicados nos projetos de energia eltrica.

    Figura 2.10 Sistema de comunicao primrio em uso para automao

    Fonte: Northcote-Green (2007, p. 290)

    As tendncias deste levantamento inicial continuaram, como foi confirmado por

    uma nova pesquisa realizada cinco anos depois. Isso mostrou o rdio de dois canais

    como a forma mais utilizada de comunicao, mas com novos tipos de recursos da

    comunicao como a fibra tica, satlite e celular.

  • 39

    Figura 2.11 Tipos de comunicao atualmente em uso para automao

    Fonte: Northcote-Green (2007, p. 291)

    2.12.1 Comunicao e automao

    Os componentes de um sistema de comunicao so mais frequentemente

    referenciados em termos da norma ISO a modelo OSI (Open System Interconnection ou

    Interconexo de Sistemas Abertos) de sete camadas do modelo de referncia. As

    camadas so camada de aplicao, apresentao, sesso, transporte, de rede, dados e

    fsicos. Todas estas camadas podem ou no ser aplicveis em todos os sistemas. A

    camada fsica fornece o meio de comunicao entre o equipamento de transmisso e

    recepo. a forma fsica, tal como fios de cobre, fibra tica, ou sem fio que so muitas

    vezes utilizados. Em um caso simples, um cabo RS-232 pode ser ligado de um

    dispositivo para outro.

    O protocolo de comunicao especifica o endereo do dispositivo da mensagem

    a ser enviado, o endereo do dispositivo que enviou a mensagem, a informao sobre o

    tipo de dados na mensagem e os dados propriamente ditos, bem como a deteco de

    erros ou de outras informaes. Alguns protocolos se tornaram padres na indstria,

    mas a maioria particular.

    2.12.2 Comunicao fsica

    A figura 2.12 mostra as diferentes tecnologias de comunicao que podem ser

    utilizadas para aplicaes de automao.

  • 40

    Figura 2.12 Opes de tecnologia de comunicao fsica

    Fonte: Northcote-Green (2007, p. 292)

    2.12.3 Protocolos de comunicao

    Com o passar dos anos, inmeros recursos foram surgindo, novos equipamentos

    foram instalados nas subestaes e, dentro deste novo cenrio, novos protocolos de

    comunicao foram sendo implementados no nvel do processo, tambm denominado

    de comunicao horizontal, e na comunicao entre a subestao e os centros de

    controle, tambm denominado de comunicao vertical. Os protocolos de comunicao

    so regras entre dois dispositivos capazes de estabelecer um canal de comunicao para

    troca de dados. Basicamente so definidos por um conjunto de: (24)

    a) Formato de mensagens;

    b) Servios;

    c) Procedimentos;

    d) Endereamento;

    e) Conveno de nomes.

    At a dcada de 80, cada fabricante desenvolvia seu prprio protocolo de

    comunicao, o que provocou a existncia de sistemas operando de forma isolada

    dentro de uma mesma subestao, dificultando a integrao, o gerenciamento e a

    manuteno. As dificuldades geradas por essa profuso de protocolos proprietrios deu

    origem, por presso dos usurios, a uma tendncia no sentido da criao de protocolos

    abertos.

    Na essncia, protocolos de comunicao definem as regras para a transmisso de

    dados entre os dispositivos de comunicao. Em palavras simples, um protocolo de

    comunicao seria o idioma empregado entre o transmissor e o receptor. Os

    protocolos de comunicao mais comuns para automao em sistema de energia eltrica

    so: MODBUS, DNP 3.0, IEC 60870-5-101, UCA 2.0 e IEC 61850.

  • 41

    2.12.3.1 Protocolo Modbus

    Modbus um protocolo de transmisso desenvolvido pela Gould Modicon

    (subsidiria da Schneider Automation) para sistemas de controle de processo. O Modbus

    simples e flexvel sendo um protocolo divulgado publicamente, o que permite que os

    dispositivos possam trocar os dados discretos e analgicos.

    O Modbus, devido sua necessidade de transferir sinais de controle entre os

    controladores lgicos programveis, atuadores, etc., descreve o processo de um

    controlador que utiliza a solicitao do acesso a outro dispositivo, como ele vai

    responder s solicitaes do outro dispositivo e como os erros sero detectados.

    O protocolo Modbus utilizado para estabelecer comunicao mestre-escravo

    entre os dispositivos inteligentes e tem dois modos de transmisso ASCII e RTU.

    Diferentes vantagens e desvantagens so obtidas por cada um dos modos de

    transmisso. Uma vantagem do modo RTU que ele tem uma densidade maior de

    caracteres, e, por conseguinte, pode transmitir mais informaes pela mesma taxa de

    transmisso. A vantagem do ASCII que permite que os intervalos de tempo de at 1

    segundo a ocorrer podem ser transmitido sem causar erros.

    As transaes possveis podem ser do tipo pergunta e resposta, no qual apenas

    uma nica estao endereada ou de tipo Broadcast, em que todas as estaes

    escravas so endereadas. Cada transao compreende uma nica mensagem de

    pergunta e s uma nica mensagem de resposta. (22)

    O Modbus admite at 247 equipamentos escravos em uma rede fsica. Ao

    receber uma mensagem, o escravo, aps efetuar o teste de integridade de erros, executa

    a ordem recebida, monta a estrutura da mensagem resposta e a envia ao mestre.

    Mensagens tipo Broadcast no necessitam de resposta.

    2.12.3.2 Protocolo DNP 3.0

    DNP 3.0 fornece as regras para computadores de subestao e computadores

    estao mestre de comunicao de dados e comandos de controle. Westronic, agora GE

    Harris criou o protocolo de rede distribuda DNP em 1990. O protocolo DNP depois

    mudou de um protocolo proprietrio para um protocolo de domnio pblico em 1993, o

    DNP 3.0. Em Novembro de 1993, o grupo de usurio DNP, composto por utilitrios e

    fornecedores, adquiriu a propriedade do protocolo. Em 1995, uma comisso tcnica

    DNP foi formada tendo a responsabilidade de recomendar as especificaes e novos

    desenvolvimentos para o grupo de usurios DNP.

    DNP um protocolo de camada e composto por trs camadas e uma camada

    pseudo. A Comisso Internacional de Eletrotcnica (IEC) denomina a estrutura e as

    camadas como Enhanced Performance Architecture (EPA).

  • 42

    Figura 2.13 Arquitetura do protocolo DNP

    As mensagens construdas so ento passadas para a camada pseudo de

    transporte na qual so fragmentadas. A camada de enlace recebe as mensagens

    fragmentadas da camada pseudo de transporte e envia para a camada fsica, onde

    finalmente as mensagens so enviadas. Quando a quantidade de dados a serem

    transmitidos demasiado, grande para uma nica mensagem de camada de aplicao,

    vrias mensagens da camada de aplicao podem ser construdas e transmitidas

    sequencialmente. A camada enlace tem a responsabilidade de fazer a ligao fsica

    vivel. Ela incorpora a deteco de erros e deteco de quadros duplicados a fim de

    aumentar a confiabilidade da transmisso dos dados. O envio e recebimento de pacotes

    so chamados de frames. O tamanho mximo de uma estrutura de ligao de dados de

    256 bytes. A camada fsica est principalmente preocupada com o meio fsico sobre o

    qual o protocolo DNP est sendo comunicado. Esta camada lida com os estados das

    informaes e sincronizao entre os meios de comunicao, como iniciar e parar, entre

    outros. O protocolo DNP implementado com os meios fsicos, tais como RS-232 ou

    RS-485.

    2.12.3.3 Protocolo IEC 60870-5-101

    A IEC 60870-5 uma definio geral do protocolo desenvolvido pelo comit

    tcnico 57 da IEC. Os padres da companhia de energia so integrados por selees de

    sees feita a partir dos padres base, de modo a adquirir uma configurao especfica.

    O perfil IEC 60870-5-101 tem uma estrutura de mensagem de comunicao RTU-IED.

  • 43

    Figura 2.14 Arquitetura da camada IEC 60870-5-101

    O modelo bsico de referncia contm sete camadas. No entanto, o modelo de

    referncia simplificado, que utilizado na norma IEC 60870-5-101, tem menos

    camadas, e chamado modelo de arquitetura desempenho melhorado.

    2.12.3.4 Protocolo UCA 2.0, IEC 61850

    O Electric Power Research Institute (EPRI) comeou o projeto de arquitetura

    em novembro de 1998 como parte do programa integrado de comunicao. A verso 1.0

    da UCA foi baseada em discusses com 14 empresas de energia eltrica. A UCA 2.0

    evoluiu da 1.0, e geralmente dividida em UCA 2.0 para troca de dados em tempo real

    e UCA 2.0 para os dispositivos de campo. O Manufacturing Message Specification

    (MMS) e Generic Objects Models for Substation and Feeder Equipment (GOMSFE)

    foram desenvolvidos com base nessa atividade de pesquisa.

    O objetivo da UCA prover a integrao sem problemas dos sistemas nas

    empresas eltricas pelo empreendimento e uso de pacote de padres internacionais que

    beneficiar a reduo de custos. UCA Verso 2.0 foi publicada como relatrio tcnico

    IEEE TR1550 em novembro de 1999.

    A UCA difere dos demais protocolos anteriores, por causa do uso dos modelos

    orientados a objeto em dispositivos e componentes. Estes modelos definem dados

    comuns, formatos, identificadores, controladores, dispositivos de alimentao como

    unidade de medida, interruptores, reguladores de tenso, rels, etc., utilizados dentro de

    uma subestao.

    O funcionamento e comportamento integral do dispositivo so especificados

    pelos modelos, isto permitir aos fabricantes a utilizao em futuras inovaes. Os

    modelos foram desenvolvidos dentro de um processo aberto que incluem as

    fornecedoras, concessionrias e empresas ligadas ao mercado eltrico.

    O protocolo MMS, desenvolvido pelo padro ISO 950.6, controla em tempo real

    a aquisio de dados. MMS define a estrutura da mensagem que apoia o acesso aos

    dados, programas, eventos, e outros que constituem parte comum dos dispositivos de

    tempo real. Estas mensagens podem ser transportadas usando uma pilha diferente de

    protocolos correlatos.

  • 44

    Os documentos da UCA especificam um pacote de padres internacionais que

    podem ser aplicados a diferentes requisitos de arquiteturas de comunicaes existentes

    nas concessionrias. A UCA pode ser usada para definir e implementar uma grande

    variedade de funes que possuem padres para apoiar tanto a automao de sistemas

    de distribuio, quanto sistemas de administrao da demanda, sistemas de controle de

    subestaes, automao de plantas de energia, sistemas de gua, gs e interface com

    clientes. A UCA inclui os seguintes documentos:

    Introduo para UCA;

    Especificao do perfil da comunicao UCA;

    Modelos comuns para aplicao de servios (CASM);

    Modelos objeto genricos para subestaes e equipamentos de alimentao

    (GOMSFE);

    Modelos de dispositivo de interface com cliente e de dispositivo para plantas

    de energia (em preparao).

    O GOMSFE define padres de modelos de dados para equipamentos e funes

    que se encontram em uma SE, usando para esses modelos objetos comuns; que

    proporcionam a interao e interoperabilidade entre os dispositivos e suas interfaces ao

    usurio; GOMSFE prov, tambm, as diretrizes para a modelagem dos IED.

    Os objetos GOMSFE podem trocar mensagens e gerar objetos entre si por meio

    de um protocolo padronizado, segundo o formato Generic Object Oriented Substation

    Event (GOOSE). Compondo-se os mdulos estabelecidos, possvel modelar desde

    um terminal, remoto ou equipamento digital de medio, at um cubculo de um

    alimentador de distribuio representando-se seus elementos de controle e proteo.

    A norma IEC 61850 contm a maioria da especificao da UCA 2.0, como as

    comunicaes cliente / servidor e peer-to-peer, alm de funcionalidades adicionais

    como o projeto e a configurao de subestaes, ensaios e padres. (24)

    Por ser uma norma relativamente recente, a IEC 61850 ainda se encontra em

    evoluo contando para isso com o esforo conjunto de fabricantes, instituies de

    pesquisa e rgos normativos internacionais. Atualmente, esta norma apresenta as

    seguintes caractersticas principais:

    a) Representa um conjunto de protocolos e critrios;

    b) Est sendo adotada em diversos pases;

    c) Corresponde ao estado da arte da tecnologia digital na rea de automao de

    subestaes;

    d) Permite uma completa integrao entre os diversos equipamentos digitais

    inteligentes, atravs do uso de redes Local Area Network (LAN) de alta

    velocidade e de elevada confiabilidade, baseadas na tecnologia Ethernet;

    e) Possibilita o compartilhamento das informaes atravs do uso de tecnologia

    j largamente comprovadas como a linguagem Extensible Mark-up

    Language (XML), facilitando dessa forma, a implantao de funes de

    automao e de auxlio operao e manuteno.

  • 45

    Adicionalmente, a norma IEC 61850 veio solucionar o problema das expanses

    dos sistemas digitalizados, oferecendo a garantia de interoperabilidade entre IEDs de

    fabricantes diferentes, eliminando a dependncia de um nico fornecedor e reduzindo

    drasticamente o tempo de implantao e os perodos de desligamentos necessrios.

  • 46

    Captulo 3

    3 Sistemas de controle para gerao elica

    A gerao de energia eltrica um processo contnuo com rgidos requisitos de

    segurana e confiabilidade que refletem a importncia deste insumo para todos os ramos

    da atividade econmica. O atendimento destes requisitos impe restries aos sistemas

    de controle das usinas, em relao s funes lgicas de controle e seus

    intertravamentos de segurana, bem como ao desempenho e confiabilidade dos

    equipamentos. As empresas devem adaptar-se evoluo da situao e criar

    oportunidades para atingir os seus objetivos de negcio, assegurando um retorno

    adequado para os acionistas.

    Com o aumento da complexidade dos processos, um nmero maior de dados

    deve ser tratado. Assim, foi necessria a adoo da tecnologia digital em detrimento da

    analgica. Esta nova tecnologia contribuiu para a elevao dos padres de qualidade dos

    servios prestados pelas empresas geradoras de energia eltrica, suportando um nvel

    crescente de automao e inteligncia. Os equipamentos de uma unidade geradora, a

    turbina, o gerador e seus componentes auxiliares (transformadores, bombas, tanques,

    vlvulas, etc.), geralmente so instalados em uma rea relativamente extensa. Estes

    componentes interagem entre si sob controle e superviso de um sistema hierrquico

    com capacidade de adquirir, processar, transferir e armazenar os dados do processo.

    Estes dados so, basicamente, os estados dos equipamentos (ligado/desligado,

    aberto/fechado, normal/falha, etc.) e os valores de grandezas analgicas (tenses,

    correntes, temperaturas, nveis, vazes, etc.).

    As principais reas beneficiadas pelo controle esto apresentadas aqui de forma

    sucinta:

    Otimizao da operao: O operador tem acesso a todas as informaes de

    forma centralizada via computador, minimizando a necessidade de

    deslocamentos at os equipamentos;

    Agilizao da manuteno: Em caso de alguma anormalidade que envolva as

    unidades geradoras e servios auxiliares, o sistema memoriza a sequncia de

    eventos digitais e analgicos envolvidos e permite uma ao direcionada da

    manuteno, diminuindo o tempo de parada das unidades geradoras;

    Padronizao da operao: Atravs das Interfaces Homem Mquina (IHM),

    h maior padronizao das operaes da usina e registro das aes

    operacionais para anlise posterior;

    Manuteno preventiva: O tempo de operao ou o nmero de manobras

    efetuadas pelos principais equipamentos so acompanhados. O sistema alerta

    sobre o momento de parada para manuteno peridica;

  • 47

    Informaes gerenciais para usurio remoto: Disponibilidade remota on-line

    das informaes do sistema, incluindo todas as telas grficas, grficos de

    tendncias e relatrios do sistema;

    Aumento da produtividade de operao de todo sistema: Desenvolve e

    implementa projetos visando redues de custos, de refugo (desperdcio) e

    de tempo do processo.

    Segundo HAU (2006), sistemas de controle de uma turbina elica deve

    principalmente assegurar o seu total funcionamento automtico. Qualquer abordagem

    que exija alguma interveno manual durante a operao normal seria totalmente

    inaceitvel. Alm disso, consideraes econmicas exigem dos sistemas de controle

    eficincia mxima a ser alcanada em cada ponto de operao.

    Alm destes requisitos, h outras tarefas a serem cumpridas pelo sistema de

    controle. Entre estas, a segurana operacional, que da mais alta prioridade. Falhas

    tcnicas e riscos ambientais devem ser reconhecidos e os mecanismos de segurana

    fornecidos devem ser disparados. Oportunamente, a funo do sistema de controle

    contribuir para reduzir as cargas estruturais sobre a turbina de vento.

    No menos importante, o sistema de controle esperado por ser suficientemente

    flexvel para se adaptar ao desempenho da turbina para variadas condies de

    funcionamento sem extensas modificaes tcnicas. Esta adaptao pode ser fornecida

    por tecnologia de controle digital moderno por meio de uma mera mudana no software.

    Figura 3.1 - Tarefa do sistema de controle de uma turbina elica.

    Fonte: Gasch (2012, p. 403)

    O controlador recebe entradas externas de acordo com as condies de

    funcionamento e, acima de tudo, as condies de vento e as intenes do operador.

    Estas informaes determinam os valores de referncia para o controlador que tambm

  • 48

    ir monitorar as condies operacionais e tomar decises relativas ao modo de

    operao, com base em dedues lgicas. O sistema de controle cuida dos processos de

    controles internos da turbina. De certa forma, representa o elo entre o controlador e os

    componentes mecnicos e eltricos da turbina. O sistema de controle deve, portanto, ser

    combinada com as caractersticas de funcionamento e os limites de resistncia estrutural

    da turbina. (6)

    Em turbinas elicas com controle nas ps, o sistema de controle controla trs

    sistemas funcionais: controle de velocidade da guinada, potncia do rotor e a sequncia

    operacional. As turbinas de ventos menores que, frequentemente, no tem controle de

    ps tambm no tm velocidade ativa e controle de potncia. A limitao destas

    turbinas menores dada pela prpria rede. Mas mesmo nesta verso mais simples, um

    sistema de controle necessrio para um bom funcionamento de operao. Os

    problemas de controle de turbinas elicas so conduzidos com os mesmos pressupostos

    que os sistemas de geradores eltricos, os fundamentos de controle de mquinas

    eltricas devem ser conhecidos.

    3.1 Sistema de medio de vento

    O sistema de controle e de guinada requer a medio da velocidade e direo do

    vento, pelo menos no caso das turbinas de maior dimenso. Pequenas turbinas podem,

    em algumas circunstncias, fazer sem a medio destes dois tipos de controle.

    3.1.1 Localidade da medio de vento

    A localizao para medio do vento deve ser escolhida com cuidado, uma vez

    que o fluxo de ar nas imediaes da turbina influenciado pelo rotor girando. Se a

    medio da velocidade e direo do vento no deve ser influenciada pelo rotor, ento

    um ponto de medio teria que ser colocado atrs do rotor a uma distncia de dez vezes

    o dimetro do rotor. Considerando o exposto, compreensvel que a medio do vento

    operacional, independentemente da corrupo dos resultados nas imediaes do rotor,

    seja geralmente colocada na parte superior da nacelle (Figura 3.2). Em alguns casos, o

    anemmetro tambm montado na torre, abaixo do raio do rotor. (6)

    Seja como for, a medio precisa do vento no vivel. No entanto, o

    funcionamento prtico no requer uma medio exata do vento, enquanto a discrepncia

    provocada pela rotao do rotor conhecida com exatido e tomada em considerao

    na transformao dos dados obtidos. A uma velocidade nominal de vento de cerca de 10

    m/s, as medies de velocidade do vento na parte superior da nacelle, ir mostrar uma

    diferena de 2 a 3 m/s, depende ainda se a medio efetuada em frente ou atrs do

    plano do rotor. Tomando em considerao esta diferena da velocidade do vento ir

    fornecer resultados que so suficientemente precisos para a gesto da operao da

    turbina. por esta razo, mas tambm por razes de redundncia, que so por vezes

    montados dois anemmetros em grandes turbinas.

  • 49

    Figura 3.2 - Sistema de medio de vento na nacelle de uma turbina offshore

    Fonte: Hau (2006, p. 360)

    3.1.2 Sensores de vento e processamento de dados

    O sistema de medio de vento, basicamente, consiste de dois componentes

    principais: o sensor e o sistema de processamento de dados. Sensores para medio

    combinando velocidade e direo de vento esto disponveis em vrios formatos. A

    velocidade do vento e a direo do vento determinada com o auxlio de sensores. Os

    dados medidos so normalmente processados eletronicamente. (6)

    Figura 3.3 Sensores de velocidade e direo de vento combinados.

    Fonte: Hau (2006, p. 361)

  • 50

    3.1.3 Yawcontrol

    O controle de movimento da guinada caracterizado por objetivos

    contraditrios. Por um lado, o desvio do rotor a partir da direo do vento, ngulo de

    guinada, supostamente to pequena quanto possvel para evitar a perda de potncia.

    Por outro lado, o sistema de controle de guinada no deve responder muito

    sensivelmente, a fim de evitar movimentos pequenos contnuos de guinada, que

    poderiam reduzir a vida til dos componentes mecnicos. No possvel encontrar uma

    regra geral, a soluo determinada pelas propriedades especificas da turbina, bem

    como pelas condies de ventos locais. O ngulo de guinada mdio da magnitude de

    cerca de 5 graus. Isto envolve certa perda de potncia do rotor. Como s se torna visvel

    na gama da carga parcial, a perda permanece dentro dos limites tolerveis de

    aproximadamente 1% a 2% da produo anual de energia. (6)

    Figura 3.4 - Medindo o ngulo de azimute da direo do vento e da nacelle