saúde do trabalhador - sus

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  • 8/6/2019 Sade do Trabalhador - SUS

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    MINISTRIO DA SADE

    Braslia DF2002

    SADETRABALHADOR

    DO

    SUS

    MDULOINSTRUCIONAL

    DE CAPACITAODA REDE BSICA

    DE SADE DO

    EM SADE DO

    TRABALHADOR

    SUS

    MDULOINSTRUCIONAL

    DE CAPACITAODA REDE BSICA

    DE SADE DO

    EM SADE DO

    TRABALHADOR

    SUS

    MDULOINSTRUCIONAL

    DE CAPACITAODA REDE BSICA

    DE SADE DO

    EM SADE DO

    TRABALHADOR

    Instrutor

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    MINISTRIO DA SADESecretaria de Poltica de Sade

    rea Tcnica de Sade do Trabalhador

    Braslia DF

    2002

    Srie F. Comunicao e Educao em Sade

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    2002. Ministrio da Sade. permitida a reproduo parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.

    Srie F. Comunicao e Educao em SadeTiragem: 1. edio 1. reimpresso 1.000 exemplares

    Barjas NegriMinistro de Estado da Sade

    Silvandira Paiva FernandesChefe de Gabinete

    Cludio Duarte da FonsecaSecretrio de Polticas de Sade

    Heloza Machado de SouzaDiretora do Departamento de Ateno Bsica

    Jacinta de Ftima Senna da SilvaCoordenadora da rea Tcnica de Sade do Trabalhador

    Elaborao, distribuio e informaes:MINISTRIO DA SADE

    Secretaria de Polticas de Saderea Tcnica de Sade do TrabalhadorEsplanada dos Ministrios, bloco G, 6. andar, sala 647CEP: 70058-900, Braslia DFTel.: (61) 315 2610Fax: (61) 226 6406E-mail: [email protected]

    Equipe responsvel pela elaborao:Paulo Roberto Gutierrez CoordenadorElisabete de Ftima Plo de Almeida NunesGlucia Maria de Luna IenoLuiz Carlos Fadel de Vasconcellos

    Colaboradores:Antnio Alves de Souza

    Ftima Cristina C. M. SilvaJacinta de Ftima Senna da SilvaJos Luiz Riani da CostaMaria Anglica Cria Cerveira

    Projeto grfico: Daniel Carvalho

    Impresso no Brasil / Printed in Brazil

    Ficha Catalogrfica

    Brasil. Ministrio da Sade. Secretaria de Polticas de Sade. rea Tcnica de Sade do Trabalhador.Sade do Trabalhador: mdulo instrucional de capacitao da rede bsica de sade do SUS em sade do trabalhador: instrutor / Ministrio

    da Sade, Secretaria de Polticas de Sade, rea Tcnica de Sade do Trabalhador. 1. ed., 1. reimpresso. Braslia: Ministrio da Sade,2002.

    32 p. (Srie F. Comunicao e Educao em Sade)

    ISBN 85-334 0527-8

    1. Capacitao em servio. I. Brasil. Ministrio da Sade. II. Brasil. Secretaria de Polticas de Sade. rea Tcnica de Sade do Trabalhador.III. Ttulo. IV. Srie.

    NLM HF 5549.5.T7

    Catalogao na fonte Editora MSEDITORA MSDocumentao e InformaoSIA, Trecho 4, Lotes 540/610

    CEP: 71200-040, Braslia DFFones: (61) 233 1774/2020 Fax: (61) 233 9558E-mail: [email protected]

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    SUMRIOSUMRIO

    APRESENTAO ......................................................................................................................... 5

    INTRODUO............................................................................................................................. 7

    PROGRAMA.................................................................................................................................. 9

    UNIDADE PEDAGGICA .......................................................................................................... 11

    PRIMEIRA UNIDADE ................................................................................................................. 14

    SEGUNDA UNIDADE ................................................................................................................. 18

    TERCEIR A UNIDADE................................................................................................................. 22

    QUARTA UNIDADE .................................................................................................................... 26

    QUINTA UNIDADE .................................................................................................................... 29

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    APRESENTA OAPRESENTAO

    5

    A presente publicao tem por objeto capacitar profissionais de sade que atuam na ateno bsica,

    especialmente as equipes de sade da famlia. Nesse sentido, pretende-se que seja incorporado prtica desses

    profissionais a rea de Sade do Trabalhador, qualificando-os para considerar a relao entre o trabalho e o

    processo sade-doena no desenvolvimento de suas aes, de acordo com os princpios de regionalizao e

    descentralizao.

    Para tanto, considera-se que a compreenso clnica e epidemiolgica dos agravos sade dos usurios dos

    servios de sade da rede ambulatorial fundamental, especialmente na perspectiva de promover a sadee controlar os riscos da populao adstrita s Unidades Bsicas, tanto no mbito domiciliar quanto ao dos

    locais de trabalho.

    Ao editar este mdulo, o Ministrio da Sade reafirma seu compromisso de continuar reforando medidas

    e aes necessrias para qualificao de profissionais de sade, elemento ativo nas transformaes necessrias

    no Setor Sade, rumo a melhores condies de vida do trabalhador e da populao em geral.

    Cludio Duarte da Fonseca

    Secretrio de Polticas de Sade

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    INTRODU OINTRODUO

    7

    O mdulo de Capacitao em Sade do Trabalha-

    dor para a Rede Bsica de Sade do SUS foi organi-

    zado para ser utilizado como um dos instrumentos

    para a qualificao dos trabalhadores da sade que

    atuam no sentido da (re)organizao dos servios

    de sade.

    O mdulo foi organizado para profissionais denvel superior, no nvel local. Aps a devida adapta-

    o, poder ser aplicado aos membros da equipe de

    sade da famlia de nvel mdio.

    O pressuposto para a realizao do curso baseia-se

    no processo de mudana das prticas sanitrias vol-

    tadas para a efetivao do Sistema nico de Sade

    e coerente com o processo de criao e desenvolvi-

    mento de distritos sanitrios, cuja estruturao tem

    hoje como estratgia o Programa Sade da Famlia,constituindo-se, portanto, em clientela preferencial

    os profissionais que atuam nesse Programa.

    Nesse sentido, pretende-se que seja incorpora-

    do prtica desses profissionais a rea de Sade do

    Trabalhador, qualificando-os para considerar a rela-

    o entre o trabalho e o processo sade-doena no

    desenvolvimento de suas aes, de acordo com os

    princpios de regionalizao e descentralizao, sem

    perder a viso da totalidade do sistema.Para tanto, considera-se que a compreenso clnica

    e epidemiolgica dos agravos sade dos usurios

    dos servios de sade da rede ambulatorial funda-

    mental, especialmente na perspectiva de promover

    a sade e controlar os riscos da populao adstrita s

    Unidades Bsicas, tanto ao nvel domiciliar quanto

    ao dos locais de trabalho.

    Nos momentos de disperso previstas no curso

    imprescindvel o envolvimento dos auxiliares de

    enfermagem e dos agentes comunitrios de sade

    que, embora no participem dos momentos de

    concentrao, tm competncias na rea de Sade do

    Trabalhador e conhecimentos sobre os trabalhadores e

    ambientes de trabalho no seu territrio. A integrao

    de todos os membros da equipe imprescindvel

    para o desenvolvimento de prticas sanitrias desade do trabalhador coerentes com os princpios

    e diretrizes do SUS.

    Caso os cursos introdutrios j tenham con-

    templado algum dos contedos das Unidades, a

    critrio dos coordenadores do nvel local (Plos de

    Capacitao e reas Tcnicas de Sade do Traba-

    lhador), a(s) mesma(s) poder(o) ser adaptada(s),

    com reduo da carga horria, desde que no haja

    prejuzo na compreenso da abordagem de sadedo trabalhador como campo de conhecimento em

    construo no SUS.

    A concepo pedaggica deste mdulo baseia-se

    em experincias anteriores, aplicadas em diversos

    processos educativos de formao de profissionais,

    a exemplo do Projeto Gerhus, Projeto Larga Escala,

    Curso de Atualizao em Desenvolvimento de Re-

    cursos Humanos (CADRHU).

    O material bibliogrfico, que embasou esta pro-posta pedaggica, tem como princpios: indivisibi-

    lidade do mtodo-contedo, coerncia do mtodo

    com a natureza do objeto e apropriao da estrutura

    do conhecimento pelo ator da aprendizagem. Dessa

    forma, buscou-se na construo das Unidades desse

    curso desenvolver estratgias de problematizao da

    realidade, visando interao entre sujeito (aluno)

    e objeto (contedo), considerando as formas de

    aprender do sujeito e recortes do objeto que per-

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    mitam, a partir do seu referencial de percepo da

    realidade, reconstruir os seus conhecimentos sobre

    esta mesma realidade, tornando-o elemento ativo

    nas transformaes necessrias ao Setor Sade, ru-mo a melhores condies de vida do trabalhador e

    da populao em geral.

    Nas seqncias de atividades didticas, o aluno

    realiza operaes de desenvolvimento intelectual,

    desde a descrio e definio de dados da realidade,

    a comparao, a discriminao e a relao entre fatos

    na tentativa de explic-los e avanar na compreenso

    de suas determinaes mais amplas, at o exerccio de

    planejamento de aes concretas que inclui a definiode objetivos, a seleo de mtodos e tcnicas e as formas

    de controle e avaliao dos resultados. Em resumo, as

    atividades esto seqenciadas de modo a permitir a

    interao gradual com o objeto e o desenvolvimento

    de capacidade de generalizao e abstrao.

    A organizao das unidades didticas e das se-

    qencias de atividades obedece a princpios pedag-

    gicos que articulam contedos, mtodos e tcnicas

    de ensino-aprendizagem. A opo da estruturaode mdulo instrucional visa facilitao da disse-

    minao do curso.

    O mdulo possui a estruturao clssica dos cur-

    sos que se utilizam dessa metodologia, ressalvando-

    se que em sua organizao esto sugeridas algumas

    atividades que podero ser utilizadas ou no pelos

    monitores. No deve ser entendido, portanto, o

    mdulo como uma camisa de fora, quando de sua

    aplicao, o que, certamente, o transformaria emum kit instrucional.

    Por outro lado, as alteraes das atividades no

    devero ser feitas aleatoriamente, devendo ser man-

    tida a coerncia em ordem temporal e de contedo,

    respeitados seus respectivos objetivos. Portanto, asubstituio de uma atividade s deve ser conside-

    rada e realizada por outra de natureza equivalente,

    para o mesmo contedo ou para sua atualizao ou

    quando for necessrio mudar a tcnica utilizada. Por

    exemplo, pode-se substituir um texto por outro que

    atualize as informaes, com abordagem equivalente

    sobre o tema estudado naquele momento do curso;

    pode-se tambm substituir uma leitura por uma

    palestra sobre o mesmo tema ou vice-versa, e assimpor diante.

    necessrio preparar instrutores que atuem co-

    mo multiplicadores para que adquiram domnio da

    proposta tcnico-pedaggica, possibilitando o de-

    senvolvimento dos processos de ensino-aprendiza-

    gem que assegurem tanto a integridade do mdulo

    como sua adaptao s diferentes situaes em que

    ela seja implementada.

    A estratgia desenhada para a operacionalizao dacapacitao desdobra-se em dois momentos que so

    necessariamente distintos: preparao de instrutores e

    realizao de cursos para profissionais da Rede Bsica

    de Servios de Sade, de nvel superior, preferencial-

    mente s equipes de sade da famlia.

    Aps a realizao do curso, de todo desejvel que se

    faa uma avaliao geral do processo, visando a analisar

    o processo ensino-aprendizagem e sistematizar conclu-

    ses que aperfeioem os prximos mdulos.

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    PROGRAMAPROGRAMA

    9

    O programa est organizado em cinco unidades

    didticas bsicas, distribudas da seguinte forma:

    UNIDADE PEDAGGICA

    Apresenta a proposta pedaggica que d supor-te ao Mdulo Instrucional para a Capacitao da

    Rede Bsica do SUS em Sade do Trabalhador e

    so trabalhados os conceitos bsicos do processo

    ensino-aprendizagem, relao aluno-professor e

    trabalho em equipe.

    PRIMEIRA UNIDADE

    Que trabalhador este?

    So trabalhados conceitos de trabalho, trabalha-

    dor, processo de produo, processo de trabalho e

    seus elementos, diviso da produo social e tcnica

    do trabalho.

    SEGUNDA UNIDADE

    Como investigar a relao entre o trabalho e o

    processo sade-doena?

    So trabalhados conceitos de risco, carga e des-

    gaste do trabalhador. Alm disso, so discutidos os

    processos de investigao que contribuem para o

    entendimento do processo sade-doena no cole-

    tivizar do adoecer.

    TERCEIRA UNIDADE

    Agravos relacionados ao trabalho.

    A partir dos agravos mais freqentes, identificados

    na rea de abrangncia dos alunos, sero discutidos

    os conceitos de acidente de trabalho, doena ocupa-

    cional, doena do trabalho e doena relacionada aotrabalho. Discute-se quais as aes (prticas) a serem

    desenvolvidas pela equipe local para o enfrentamen-

    to desses agravos.

    QUARTA UNIDADE

    A vigilncia da sade e o controle social em sade

    do trabalhador na perspectiva do SUS.Sero discutidas as aes de acordo com os n-

    veis de ateno e a importncia da participao

    dos trabalhadores nos mecanismos institucionais

    propostos pelo SUS para o exerccio do controle

    social em sade.

    QUINTA UNIDADE

    Tecendo a mudana.

    Busca instrumentalizar os profissionais de sade na

    formulao de propostas de interveno na realidade

    atravs da aplicao do planejamento estratgico e a

    necessidade do desenvolvimento de aes interseto-

    riais no enfrentamento dos problemas relacionados

    ao campo do trabalho.

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    NIDADE PEDAGGICAUNIDADE PEDAGGICA

    11

    Conceitos-chave

    Processo ensino-aprendizagem, relao aluno-

    professor, trabalho em equipe.

    Objetivos

    Apresentar a proposta pedaggica que d suporte

    ao "Mdulo Instrucional para Capacitao da Rede

    Bsica do SUS em Sade do Trabalhador".

    Competncias

    Desenvolve as funes de facilitador no processode capacitao proposto pelo mdulo, apresentando

    situaes de ensino-aprendizagem que viabilizem a

    participao do grupo, partindo de problemas con-

    cretos e objetivos, estimulando a criatividade, a crti-

    ca, a tomada de deciso e a responsabilidade baseada

    na participao.

    Anotaes!

    Anotaes!

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    13

    6. Alguns aspectos tericos sobre o processo

    ensino-aprendizagem.

    Leitura do texto (Bordenave ou aula expo-

    sitiva-dialogada).Destacar o conceito das concepes peda-

    ggicas:

    - Tradicional: valorizao do contedo, educao

    bancria ou da transmisso. A relao do

    educador autoritria e paternalista. Aos

    alunos, cabe receber e repetir sem aprender.

    So passivos, acrticos, obedientes s normas,

    pouco criativos.

    - Conduo: valorizao do efeito ou resulta-do. Sua nfase recai nos resultados concre-

    tos de mudanas de habilidades e atitudes.

    Educador o programador e sua relao com

    os alunos autoritria e persuasiva. Alunos

    tornam-se muito ativos e competitivamente

    individualistas.

    - Participativa: a nfase no processo, na trans-

    formao das pessoas, grupos e comunidade,

    chamada por Paulo Freire de problematizado-ra, libertadora. O papel do educador de ser

    um facilitador, propondo situaes de ensino

    e aprendizagem que viabilizem a participao

    real e o dilogo, estimulando a criatividade, a

    crtica e a tomada de deciso de todos os envol-

    vidos. Parte-se do problema concreto e objetivo.

    Conhecimento socializado e desmitificado.

    7. Apresentao da estrutura do mdulo.- Carga horria, unidades, objetivos, atividades

    de concentrao e disperso, clientela.

    6. Realizar leitura e/ou participar em aula

    expositiva-dialogada sobre alguns aspectos

    tericos do processo ensino-aprendizagem,

    esclarecendo dvidas.

    7. Participar da apresentao, esclarecendo asdvidas.

    Nota: este mdulo s ser aplicado na capacitao dos instrutores/multiplicadores. Ele servir de subsdio para a reflexo do processo ensino-apren-dizagem nas atividades que se desenvolvero na aplicao do mdulo junto aos profissionais da Rede de Ateno Bsica de Sade.

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    PRIMEIRA UNIDADEPRIMEIRA UNIDADE

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    Que trabalhador este?

    Conceitos-chave

    Trabalho, trabalhador, processo de produo,processo de trabalho e seus elementos, diviso da

    produo social e tcnica do trabalho.

    Carga horria prevista

    Concentrao: 8 horas

    Disperso: 8 horas

    Objetivos

    1. Conceituar trabalho e trabalhador.

    2. Conceituar processo de produo.

    3. Conceituar processo de trabalho.

    4. Identificar os elementos do processo de trabalho

    (fora de trabalho; meios de produo; matria-

    prima ou bruta; objetos).5. Descrever e identificar os diferentes tipos de

    diviso do trabalho, diviso da produo social,

    diviso tcnica do trabalho e diviso social do

    trabalho.

    6. Identificar os diferentes ramos de produo

    (diviso da produo social) e de servios exis-

    tentes em sua rea de abrangncia.

    Competncia

    - Conhece a populao economicamente ativa e

    grupos ocupacionais, por sexo e faixa etria,

    de sua rea de abrangncia e influncia.

    - Conhece as atividades produtivas existentesna rea; reconhece a importncia das infor-

    maes sobre trabalho, contidas nos cadas-

    tros por famlia (desempregados, ativos no

    mercado formal ou informal, precarizados

    no domiclio, trabalho infantil, rural ou

    urbano, sexo e faixa etria).

    Anotaes!

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    Aluno

    1. Em subgrupos discutir as seguintes questes:

    a) O que se entende por trabalho e por trabalha-dor?

    b) A importncia do trabalho para o homem.

    c) Qual a diferena entre a construo de uma

    casa pelo homem e pelo pssaro joo-de-bar-

    ro, colmia pelas abelhas, cupinzeiro pelo

    cupim, etc.?

    d) Qual a diferena entre o trabalho de um ar-

    teso (ou trabalhador autnomo) e de um

    trabalhador fabril?

    2. Assistir ao filme Ilha das Flores (ou simi-

    lar). Em subgrupos, responder s seguintes

    questes:

    a) Quais os tipos de trabalho identificados no

    filme e as respectivas atividades desempenha-

    das pelos trabalhadores?b) Quais os recursos necessrios para a realizao

    destes tipos de trabalho?

    3. Representar:

    a) Quem o trabalhador da sua rea de abran-

    gncia, por sexo e faixa etria?

    b) Onde e como ele trabalha?

    4. Em subgrupos, preparar atividade que aborde

    as seguintes questes: trabalho/trabalhador;

    elementos do processo de trabalho; Popu-

    lao Economicamente Ativa (PEA).

    Instrutor

    1. Apoiar a discusso, estimulando a reflexo

    sobre o trabalho como meio utilizado pelohomem para a transformao da natureza

    para a produo de bens de consumo, e na

    qual se estabelece relaes de poder e de sa-

    ber diferenciada nos diversos tipos de pro-

    cessos produtivos. O trabalho animal de

    natureza instintiva que se repete de gerao

    a gerao, enquanto para o homem, o tra-

    balho tem como caracterstica fundamental

    a criao ou a concepo do produto finalantes de sua execuo. No trabalho fabril,

    o homem deixa de ser dono do tempo.

    2. Orientar os alunos para a atividade e apoiar

    a discusso a partir dos ramos de produo

    e as classes sociais apresentados no filme,

    levando-os a elaborar os conceitos de diviso

    de produo social, processo de trabalho e

    seus elementos e a diviso tcnica do tra-balho. No item b, sugere-se que para cada

    grupo seja oferecida uma atividade para a

    listagem dos recursos.

    3. Orientar dinmica podendo utilizar tcni-

    cas ludopedaggicas (dramatizao, msica,

    colagem ou outras), que dinamizem e enri-

    queam as discusses. Estimular os alunos

    a identificar os diversos atores envolvidosna diviso social do trabalho no seu muni-

    cpio, resgatando o conceito de classe social

    discutidos na atividade 2.

    4. Orientar atividade, distribuir textos de apoio

    para realizao dos trabalhos.

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    16

    5. Plenria. Apresentar atividade. Sistematizar

    as discusses anteriores.

    6. Em subgrupos, listar alguns agravos decor-

    rentes de atividades produtivas em pessoas

    conhecidas. Discutir como a organizao

    do trabalho pode acarretar problemas para

    a sade, a partir dos exemplos citados.

    7. Discutir as orientaes de traba lho de

    campo.a) Realizar atividade de mapeamento dos estabe-

    lecimentos com atividades laborais existentes

    na sua rea de abrangncia.

    b) Ler as trs opes propostas para o trabalho

    de campo e dividir-se em grupos para sua

    realizao.

    Roteiro para trabalho de campo

    Opo 1

    Visitar um ambiente de trabalho com o objetivo

    de observar o processo de trabalho e fazer uma lis-

    tagem do que existe neste processo que pode pro-

    vocar problemas de sade do trabalhador. Conside-

    ra-se ambiente de trabalho: fbricas (indstrias de

    transformao), servios (aougues, farmcias), o

    domiclio (costureiras, doceiras), postos de sade,hospitais, entre outros.

    Opo 2

    Acompanhar a visita de profissionais responsveis

    pelas inspees nos locais de trabalho (vigilncia

    sanitria, subdelegacias regionais do trabalho),

    com o objetivo de observar como realizada uma

    inspeo nos ambientes de trabalho. Verificar co-

    mo estes profissionais realizam tais levantamentos

    5. Estimular os alunos na elaborao dos con-

    ceitos de trabalho/trabalhador nas diferen-

    tes sociedades; fora de trabalho; meios de

    produo, PEA.

    6. Estimular a discusso, destacando os pro-

    blemas de sade decorrentes do trabalho.

    7. Orientar a realiz ao do traba lho de

    campo.a) A confeco do mapa da sua rea de abran-

    gncia, sinalizando as atividades laborais de-

    senvolvidas pelo mercado formal e informal.

    b) Distribuir as opes de trabalho de campo, esclare-

    cer dvidas e solicitar a subdiviso em grupos, que

    contemple a realizao das trs opes propostas.

    Referncia bibliogrfica

    HARNECKER, Marta. Os conceitos ele-

    mentares do materialismo histrico. 2.ed.

    So Paulo: Global, 1983. p. 31-40. (Coleo

    Bases, n. 36)

    LACAZ, Francisco Antonio de Castro. Sade-

    doena e trabalho no Brasil. In: TODESCHI-

    NI, Remigio (Org). Sade, meio ambientee condies de trabalho: contedos bsicos

    para uma ao sindical. So Paulo. CUT,

    Fundacentro, 1996

    Bibliografia recomendada

    ABRASCO. Sade e trabalho: desafios de

    uma poltica. Rio de Janeiro, 1990. 72 p.

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    (caso no seja permitido o acompanhamento na

    visita, realizar entrevistas com os profissionais so-

    bre como so realizadas as inspees no ambiente

    de trabalho).

    Opo 3

    Entrevistar trabalhadores de um ramo produtivo

    ou de servios com o mesmo objetivo da opo 1.

    Anotaes!

    Anotaes!

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    SEGUNDA UNIDADESEGUNDA UNIDADE

    18

    Conceitos-chave

    Risco, carga, desgaste do trabalhador.

    Carga horria prevista

    Concentrao: 8 horas

    Disperso: 8 horas

    Objetivos

    1. Conceituar risco e fatores de risco.

    2. Classificar os riscos. Reconhecer como os riscos

    so classificados no Brasil.

    3. Conceituar cargas de trabalho e sua classi-

    ficao.

    4. Conhecer o instrumental de Investigao da

    Vigilncia em Sade a partir dos dispositivos

    legais.5. Relacionar riscos com etapas do processo de

    trabalho.

    Competncias

    - Reconhece a ocorrncia de acidentes

    e/ou doenas relacionadas ao trabalho

    que acometem trabalhadores inseridos

    tanto no mercado formal como informal

    de trabalho.

    - Inclui o item ocupao e ramo de atividade

    em toda ficha de atendimento individual de

    crianas, adolescentes e adultos.

    - Investiga o local de trabalho, visando a esta-

    belecer relaes entre situaes de risco obser-

    vadas e o agravo que est sendo investigado.

    Anotaes!

  • 8/6/2019 Sade do Trabalhador - SUS

    20/33

    19

    Aluno

    1. Participar da apresentao das atividades

    dos subgrupos, descrevendo os trabalhosdesenvolvidos na sua rea de abrangncia,

    as etapas do processo de trabalho, o que

    existe nestes processos que pode provocar

    problemas de sade no trabalhador.

    2. Em subgrupos, refletir o que se entende por

    risco e fator de risco, relacionados aos pro-cessos de trabalho e ao ambiente, a partir

    da seguinte situao: qual o risco de um

    trabalhador morrer no exerccio de suas ati-

    vidades, neste Estado? E no seu Municpio?

    E na sua rea de abrangncia? Por que estes

    trabalhadores morrem?

    - Listar os fatores de risco encontrados e os re-

    cursos (equipamentos) normalmente utilizados

    na investigao para sua identificao.

    3. Ler o texto Uma contribuio da epide-

    miologia: o modelo de determinao social

    aplicado sade do trabalhador

    Discutir:

    a) as diferenas entre conceito de risco, fator de

    risco e carga de trabalho;

    b) as possibilidades e limites de sua aplicao.

    4. Discutir as figuras das pginas 19 e 25 a 30 do

    livro Ambiente de Trabalho Oddone.

    - Ler a interpretao dos trabalhadores sobre As

    causas da nocividade ambiental e seus efeitos

    sobre a sade do mesmo livro.

    Instrutor

    1. Orientar apresentao. Solicitar que os alu-

    nos realizem uma classificao sobre o queeles identificaram como existentes no pro-

    cesso de trabalho, capaz de provocar pro-

    blemas de sade do trabalhador. Destacar

    tambm para atividades no remuneradas,

    a exemplo do trabalho domstico (domici-

    liao do risco).

    2. Levar o aluno a distinguir risco e fator de

    risco, ocupacional e ambiental, entendendoo risco como uma probabilidade de ocorrn-

    cia de um determinado agravo.

    3. Salientar a diferenciao das concepes

    de risco, fator de risco e carga de trabalho,

    ampliando a compreenso dos determinan-

    tes da sade do trabalhador, considerando

    a diviso e a organizao do processo de

    trabalho.

    4. Levar o aluno a compreender que a alterna-

    tiva para a sade dos trabalhadores requer

    a efetiva participao destes, seja no reco-

    nhecimento dos riscos, bem como no enfren-

    tamento dos problemas. Requer tambm,

    a troca de conhecimentos entre tcnicos e

    trabalhadores, socializando a informao,

    para a construo de um ambiente de tra-

    balho saudvel.

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    20

    5. Retomar os itens, identificados como exis-

    tentes no processo de trabalho, que podem

    provocar problemas de sade do trabalha-

    dor, levantados na atividade 1 desta unida-de, correlacionando os fatores de risco com

    possveis agravos.

    6. Discutir as orientaes de trabalho de campo.

    Levantar as seguintes questes:

    a) Quantos e quais casos de agravos relacionadosao trabalho esto registrados em sua Unidade

    Bsica de Sade?

    b) Qual o encaminhamento dado a esses casos?

    c) Estudar as legislaes sobre os acidentes de

    trabalho, doenas relacionadas ao trabalho e

    os benefcios previdencirios.

    d) Verif icar se os agravos identificados no item a

    desta unidade so considerados na legislao

    estudada no item c.

    Referncia bibliogrfica

    FACCHINI, Luis Augusto. Uma contribui-

    o da epidemiologia: o modelo da determina-

    o social aplicado sade do trabalhador. In:

    BUSCHINELLI, Jos T. P; ROCHA, Lys E. R;

    RIGOTTO, Raquel M. (Org). Isto trabalhode gente?: vida, doena e trabalho no Brasil.

    So Paulo: Vozes, 1993. p. 178-186.

    ODDONE, Ivar et a lli.Ambiente de traba-

    lho: a luta dos trabalhadores pela Sade. So

    Paulo: Hucitec. 1986.

    5. Apoiar os alunos na classificao e na identi-

    ficao dos agravos, estimulando a reflexo

    sobre a importncia da participao do tra-

    balhador e de sua percepo na investigaodo agravo.

    Refletir sobre a organizao do trabalho,

    o uso de equipamentos de proteo e sua

    limitao no controle dos agravos sade

    do trabalhador.

    6. Orientar a realizao do trabalho de campo,

    esclarecendo dvidas.

    Ressaltar a importncia do dado ocupaopara a produo de informaes sobre a si-

    tuao de sade do trabalhador na sua rea

    de abrangncia. Orientar sobre as fontes de

    notificao (Unidade Bsica de Sade, Sin-

    dicato e o prprio trabalhador).

    Disponibilizar cpias do Decreto n. 3.048/

    99. Home page: www.mpas.gov.br

    Anotaes!

  • 8/6/2019 Sade do Trabalhador - SUS

    22/33

    21

    Bibliografia recomendada

    ABRASCO. Sade e trabalho: desafios de

    uma poltica. Rio de Janeiro, 1990. 72 p.

    BRASIL. Decreto n 3.048 de 6 de maio de

    1999, artigos 336 a 347.

    BRASIL. Lei 8.213 de 24 de julho de 1991.

    Dispe sobre o custeio da Seguridade Social.

    In: MARTINEZ, W. N. Nova lei bsica da

    previdncia social. So Paulo: Ed. LTr, 1991.

    (Arts. 19 a 21 e 23).

    COHN, Amlia; MARSIGLIA, Regina G.

    Processo e organizao do trabalho. In: BUS-

    CHINELLI, Jos T. P.; ROCHA, Lys E.R.;

    RIGOTTO, Raquel M. (Org). Isto trabalho

    de gente?: vida, doena e trabalho no Brasil.

    So Paulo: Vozes, 1993. p. 187-202.

    CORRA FILHO, Heleno Rodrigues. OutraContribuio da Epidemiologia. In: BUSCHI-

    NELLI, Jos T. P.; ROCHA, Lys E. R.; RI-

    GOTTO, Raquel M. (Org). Isto trabalho

    de gente?: vida, doena e trabalho no Brasil.

    So Paulo: Vozes, 1993. p. 56-75.

    RIGOTTO, Raquel M. Investigando a relao

    entre sade e trabalho. In: BUSCHINELLI,

    Jos T. P.; ROCHA, Lys E.R.; RIGOTTO,Raquel M. (Org). Isto trabalho de gente? :

    vida, doena e trabalho no Brasil. So Paulo:

    Vozes, 1993. p. 159-177.

    SIVIERI, Luiz Humberto. Sade no trabalho e

    mapeamento dos riscos. In: TODESCHINI, Re-

    migio (Org).Sade, meio ambiente e condies

    de trabalho: contedos bsicos para uma ao

    sindical. So Paulo: CUT, Fundacentro, 1996.

    Anotaes!

  • 8/6/2019 Sade do Trabalhador - SUS

    23/33

    ERCEIRA UNIDADETERCEIRA UNIDADE

    22

    Conceitos-chave

    Acidente de trabalho, doenas ocupacionais, doen-as do trabalho, doenas relacionadas ao trabalho.

    Carga horria prevista

    Concentrao: 8 horas

    Disperso: 8 horas

    Objetivos

    1. Identificar os agravos mais freqentes do

    municpio e/ou da rea de abrangncia.

    2. Conceituar acidente (tipo, doenas do trabalho

    e doenas relacionadas ao trabalho).

    3. Discutir alguns agravos no que se refere clnica (sinais e sintomas, seqelas, etc.), na

    perspectiva da estruturao de um protocolo

    junto aos demais membros da equipe.

    4. Dar relevncia ao fator ocupao dos pacien-

    tes atendidos ambulatorialmente procuran-

    do estabelecer nexo do agravo com os riscos

    decorrentes do processo de trabalho.

    5. Discutir o sistema de referncia e contra-refe-

    rncia no SUS para os agravos identificados.

    6. Identificar informaes, fontes de informa-

    es formais e alternativas para o estudo da

    relao trabalho e sade.

    7. Discutir o sub-registro dos acidentes e doen-

    as ocupacionais.

    Competncias

    - Reconhece os principais agravos relaciona-

    dos ao trabalho.

    1. Conduz clinicamente os casos (diagnstico,tratamento e alta) para aquelas situaes de

    menor complexidade.

    2. Estabelece os mecanismos de referncia e con-

    tra-referncia necessrios ao caso.

    3. Acompanha o caso at a sua resoluo.

    - Identifica e reconhece a importncia dos

    dados obtidos atravs do sistema formal do

    SUS (Sistema de Informaes de Mortalidade SIM, Sistema de Informaes Hospitalares

    do SUS SIH, Sistema de Informaes Am-

    bulatoriais SIA, Sistema de Informaes

    de Agravos Notificveis SINAN e Sistema

    de Informao da Ateno Bsica SIAB) e,

    informalmente, atravs das visitas domici-

    liares realizadas pelos agentes ou auxiliares

    de sade e/ou por membros das equipes de

    sade da famlia.

  • 8/6/2019 Sade do Trabalhador - SUS

    24/33

    231 A CAT dever ser emitida obrigatoriamente pelo empregador, podendo tambm ser emitida, extraordinariamente, pelo sindicato da ca-tegoria, pelo pr prio trabalhador ou pelo servio de sade. Ca so o empregador recuse a emisso, o fato dever ser comunicado pelo ser vio desade Vigilncia Sanitria e Delegacia Regi onal do Trabalho para as providncias.

    - Registra os casos atravs dos instrumentos

    do Setor Sade: SINAN, SIAB, SIM do SUS

    e CAT do MPAS.

    - Suspeita do acidente do trabalho ou doena

    relacionada ao trabalho e, tratando-se de

    trabalhador inserido no mercado formal,

    preencher o item II campo Atestado M-

    dico da CAT ou do SINAN.

    Aluno

    1. Participar da apresentao das atividades :

    a) Descrever quais os agravos relacionados ao

    trabalho identificados na sua rea de abran-

    gncia.

    b) Descrever o que voc entende por acidente

    de trabalho, doenas relacionadas ao trabalho

    e identificar quais os trabalhadores que tm

    benefcios assegurados pela Previdncia.

    2. Discutir:

    a) Que fontes de informaes do SUS subsidiam

    a anlise do processo sade-doena na popu-

    lao?

    b) Que fontes de dados alimentam este sistema?

    c) Como a sade do trabalhador est represen-

    tada nestas fontes?

    d) O que feito com estes dados?

    e) Quais seriam outras fontes de dados sobresade do trabalhador?

    3. Em subgrupos, realizar estudo dos agravos

    mais freqentes apresentados no item anterior,

    utilizando-se dos documentos: Cadernos de

    Ateno Bsica, Programa Sade da Famlia,

    Caderno 5 Sade do Trabalhador e Doenas

    Anotaes!

    Instrutor

    1. Orientar apresentao. Resgatar os ramos

    produtivos e os agravos levantados na Pri-

    meira e Segunda Unidade.

    Salientar que a maioria das informaes dis-

    ponveis refere-se aos trabalhadores formais

    (contribuintes da Previdncia).

    2. Orientar a discusso. Estimular os alunos a

    identificar os sistemas de informaes for-

    mais (SINAN, SIAB, SIM), fontes de dados

    formais (AIH, CAT, Atestado de bito) e in-

    formais (trabalhador, jornais, sindicatos).

    Disponibilizar texto de apoio sobre sistema

    de informao. Discutir a subnotificao,

    com nfase na falta de diagnstico.

    Ratif icar, portanto, a necessidade de se va-lorizar a ocupao como um dado impor-

    tante para o estabelecimento do nexo entre o

    agravo e trabalho exercido pelo paciente.

    3. Orientar a atividade, priorizando a leitura

    dos agravos levantados nas atividades an-

    teriores.

    Fornecer os documentos: Cadernos de

    Ateno Bsica, Programa de Sade da

  • 8/6/2019 Sade do Trabalhador - SUS

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    24

    Relacionadas ao Trabalho Manual de

    Procedimentos para os Servios de Sade.

    4. Ler uma histria sobre investigao de al-

    guns agravos para o estabelecimento de nexo

    causal (LER, Intoxicaes, PAIR e outros).

    Com base nesta leitura e nas reflexes an-

    teriores, descreva para o caso estudado as

    relaes entre os conceitos trabalhados an-

    teriormente, trabalho do paciente e o agravo

    estudado.

    5. Retomar os agravos at agora identificados

    e discutir:

    a) O que da competncia da Rede de Ateno

    Bsica no atendimento destes agravos?

    b) Quais as competncias da equipe de sade

    para o controle de tais cargas?

    c) Quais os recursos do municpio para o controledos agravos?

    6. Participar das orientaes do trabalho de

    campo.a) Levantar as instituies pblicas e privadas

    que realizam aes diretamente relacionadas

    sade do trabalhador (DRT, Vigilncia Sa-

    nitria, INSS, Ministrio Pblico e outros).

    b) Levantar os recursos de assistncia sade

    existentes no municpio desde a rede bsica,

    ambulatrios especializados, laboratrios e

    outros.

    Famlia, Caderno 5 Sade do Trabalhador,

    e Doenas Relacionadas ao Trabalho

    Manual de Procedimentos para os Servios

    de Sade.4. Ratif icar a necessidade de ser valorizado o

    item ocupao na anamnese do paciente.

    - Resgatar na discusso as diversas categorias de

    anlise (processo de produo, processo de tra-

    balho fora de trabalho, meios de produo,

    matria-prima ou bruta, objetos-diviso da pro-

    duo social e tcnica do trabalho.

    - Ramos de produo, classe social, fatores de

    risco e cargas de trabalho, etc. que podem seridentificados a partir da histria.

    5. Apoiar os alunos na discusso. Resgatar

    os nveis de hierarquizao propostos pelo

    SUS, para os servios de sade (primrio,

    secundrio, tercirio), f luxo de atendimento

    dos agravos ocorridos com os trabalhadores,

    atividades de promoo e preveno.

    Salientar as seguintes questes:- a importncia da ao intersetorial e multipro-

    fissional no enfrentamento dos problemas da

    rea de Sade do Trabalhador;

    - a organizao do trabalho e o uso de equipa-

    mentos de proteo e sua limitao no controle

    dos agravos sade do trabalhador.

    6. Orientar a realizao do trabalho de campo,

    esclarecendo dvidas.Orientar sobre a busca de informaes de

    instituies que atuam diretamente com o

    trabalhador: ambulatrios, DRT, servios

    privados, Vigilncia Sanitria, identificando

    o fluxo de atendimento oferecido ao traba-

    lhador no municpio ou regio.

    Disponibilizar texto sobre o quadro insti-

    tucional em sade do trabalhador.

  • 8/6/2019 Sade do Trabalhador - SUS

    26/33

    25

    Referncia bibliogrfica

    BRASIL. Ministrio da Sade; Secretaria de

    Polticas de Sade; rea Tcnica de Sadedo Trabalhador. Doenas relacionadas ao

    trabalho: manual de procedimentos para os

    Servios de Sade. Braslia: Ministrio da

    Sade, 2001.

    BRASIL. Ministrio da Sade, Departamento

    de Aes Programticas Estratgicas. Lista de

    doenas relacionadas ao trabalho: Portaria

    n. 1.339/GM, de 18 de novembro de 1999.Braslia: Ministrio da Sade, 2000.

    BRASIL. Ministrio da Sade; Secretaria de

    Polticas de Sade; Departamento de Ateno

    Bsica. Caderno de ateno bsica: progra-

    ma sade da famlia 5. Braslia: Ministrio

    da Sade, 2001.

    Bibliografia recomendada

    MENDES, Ren (Org.). Patologia do traba-

    lho. Rio de Janeiro: Atheneu, 1995.

    SES-BAA/DVS/CESAT. Manual de normas

    e procedimentos tcnicos para a vigilncia

    de sade do trabalhador. Salvador, Bahia:

    CESAT, 1996.

    Anotaes!

  • 8/6/2019 Sade do Trabalhador - SUS

    27/33

    QUARTA UNIDADEQUARTA UNIDADE

    26

    A ateno sade e ocontrole social em sadedo trabalhador naperspectiva do SUS

    Conceitos-chave

    Vigilncia, assistncia, intersetorialidade, con-

    trole social, participao.

    Carga horria prevista

    Concentrao: 8 horas

    Disperso: 8 horas

    Objetivos

    1. Descrever, na rede de sade local do SUS, as

    estruturas com capacidade de atendimento

    mdico e de vigilncia em sade do traba-

    lhador, como ambulatrios, hospitais, vigi-

    lncia sanitria e outras.

    2. Descrever outras instituies locais do po-

    der pblico com atuao direta na rea de

    Sade do Trabalhador, como INSS, DRT,

    Promotoria e outros.

    3. Discutir o fluxo de encaminhamento dos tra-

    balhadores enfermos e o fluxo para a avaliao

    ambiental, incluindo o do trabalho.

    4. Discutir as formas de controle social no SUS.

    5. Identificar as entidades que atuam na rea de

    Sade do Trabalhador (entidades de classe, as-

    sociaes, sindicatos, conselhos e outros).

    Competncias

    - Mapeia na rede de sade local as estruturas

    com capacidade de resposta s questes de

    sade do trabalhador, como ambulatrios,

    hospitais, vigilncia sanitria e outros.

    - Mapeia as instituies locais do poder pblico

    com atuao na rea de Sade do Trabalha-dor, como INSS, DRT, promotorias, rgos

    e instituies de sade ambiental e outros.

    - Mapeia as instncias locais da sociedade com

    capacidade de estabelecer mecanismos de

    controle social, como Conselhos de Sade

    (municipais e locais), sindicatos, associaes

    de classe, ONGs.

    - Constri um fluxograma de referncia e

    contra-referncia ao acidentado e portador

    de doena ocupacional ou suspeito.

    - Considera os riscos ambientais na avalia-

    o dos determinantes de sade e doena

    do trabalhador.

    - Fomenta e apia espao de controle social.

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    27

    Aluno

    1. Em plenria:

    a) Apresentar os dados levantados sobre a redede sade local, as estruturas com capacidade

    de atendimento sade do trabalhador, como

    ambulatrios, hospitais e outros.

    b) Descrever as instituies locais do poder p-

    blico com atuao direta na rea de Sade do

    Trabalhador, como INSS, DRT, Vigilncia

    Sanitria, Ministrio Pblico, rgos e insti-

    tuies de sade ambiental e outros.

    2. Ler a Portaria GM/MS n. 3.120/98, no Ca-

    derno de Ateno Bsica, Programa Sade

    da Famlia, Caderno 5 Sade do Traba-

    lhador Anexo V, e discutir :

    a) O que voc entende por vigilncia sade no

    modelo do SUS?

    b) E por vigilncia em sade do trabalhador?

    c) Como est organizada em seu municpio?

    3. Discutir:

    a) O que voc entende por controle social?

    b) Como est definido o controle social para

    o SUS?

    c) Como est organizado o controle social em

    sade no seu municpio?

    4. Plenria para sistematizao dos itens

    anteriores.

    Instrutor

    1. Apoiar apresentao do trabalho de cam-

    po, identificando o f luxo de atendimentodisponibilizado ao trabalhador no muni-

    cpio ou regio e a discusso sobre o papel

    das instituies envolvidas em sade do

    trabalhador.

    Estimular a visita aos endereos eletrni-

    cos das instituies, disponibilizando seus

    endereos.

    2. Orientar trabalho em subgrupos, podendo

    realizar atividade sob a forma de cartazes,

    dramatizao, apresentao oral ou outras.

    Apoiar a discusso sobre a organizao

    da vigilncia em sade do trabalhador,

    no que diz respeito descentralizao

    das aes.

    3. Em subgrupos, estimular os alunos a resga-

    tarem as leis que regulamentam o controle

    social no SUS (Leis 8.080 e 8.142) e como

    esto propostas para o nvel federal, esta-

    dual e municipal.

    Disponibilizar textos de apoio (texto do Vic-

    tor Vincent Valla e outros que dem conta

    da participao social).

    4. Organizar e coordenar plenria para sis-

    tematizar os conceitos de controle social,

    participao popular, vigilncia sade.

    Podero participar representantes institu-

    cionais e de trabalhadores.

  • 8/6/2019 Sade do Trabalhador - SUS

    29/33

    28

    5. Discutir as orientaes de trabalho de campo.

    a) Organizar listagem dos problemas relacionados

    rea de Sade do Trabalhador por ordem de

    prioridade.b) Realizar levantamento sobre as entidades de

    classe (associaes, sindicatos, conselhos e

    outros) que atuam na abordagem destes pro-

    blemas.

    Referncia bibliogrfica

    BRASIL. Ministrio da Sade; Secretaria dePolticas de Sade; Departamento de Aten-

    o Bsica. Sade do trabalhador: caderno

    de ateno bsica - n. 5. Braslia: Ministrio

    da Sade, 2002.

    VALLA, Victor V. Participao popular e

    os servios de sade: o controle social co-

    mo exerccios da cidadania. Rio de Janeiro:

    Pares, 1993.

    Bibliografia recomendada

    MENDES, Eugnio V. (Org.). Distrito sani-

    trio: o processo social de mudana das pr-

    ticas sanitrias do Sistema nico de Sade.

    So Paulo: Hucitec, 1993.

    5. Orientar trabalho de campo. Resgatar, a par-

    tir das discusses anteriores, os problemas

    ligados rea de Sade do Trabalhador em

    sua rea de abrangncia.Orientar sobre levantamento das entidades

    de classe.

    Anotaes!

  • 8/6/2019 Sade do Trabalhador - SUS

    30/33

    QUINTA UNIDADEQUINTA UNIDADE

    29

    Tecendo a mudana

    Conceito-chave

    Planejamento

    Carga horria prevista

    Concentrao: 8 horas

    Objetivos

    1. Planejar as aes integrais em sade do tra-

    balhador e executar aes que visem maior

    resolutividade para o atendimento aos agra-

    vos decorrentes dos processos de trabalho.

    Competncia

    - Desenvolve, juntamente com a comunidade einstituies pblicas (Centros de Referncia

    em Sade do Trabalhador, Fundacentro, Mi-

    nistrio Pblico, Laboratrios de Toxicolo-

    gia, Universidades, etc.), aes direcionadas

    para a soluo dos problemas encontrados,

    para a resoluo de casos clnicos e/ou para

    as aes de vigilncia e educao popular

    em sade do trabalhador.

    Anotaes!

  • 8/6/2019 Sade do Trabalhador - SUS

    31/33

    30

    Aluno

    1. Discutir a importncia do planejamento

    intra e interinstitucional na organizaodos servios de sade.

    2. Apresentar os problemas levantados no tra-

    balho de campo. Selecionar um problema

    prioritrio. Responder s seguintes ques-

    tes:

    a) Que fontes de informao apontam ou con-

    firmam o problema?b) Quais as causas destes problemas?

    c) Identifique as pessoas e/ou instituies que

    estabelecem relao e/ou interface com os

    problemas.

    d) Identifique as pessoas e/ou instituies que

    tm interesse no enfrentamento do problema.

    H pessoas/instituies que no tm interesse

    pelo problema?

    e) O que poderia ser feito (aes) para o enfren-tamento do problema?

    f) Defina estratgias de interveno para a im-

    plementao das operaes.

    g) Que indicadores podem contribuir para a

    avaliao?

    3. Apresentar e discuti r os resultados em

    plenria.

    4. Em grande grupo listar os produtos que

    se espera obter, a partir deste processo de

    capacitao, no trabalho e como construir

    um plano de ao na rea de Sade do Tra-

    balhador a ser desenvolvido pelos profissio-

    nais da Rede Bsica de Sade e/ou Sade da

    Famlia.

    Instrutor

    1. Orientar as discusses podendo utilizar

    tcnicas ludopedaggicas (dramatizao,msica, colagem ou outras) que dinami-

    zem e enriqueam as discusses.

    2. Dividir em subgrupos e apoiar na realiza-

    o do exerccio, destacando os seguintes

    pontos:

    a) quanto descrio do problema;

    b) quanto anlise do problema, elaborao da

    rede explicativa, consolidando um quadro queevidencie causas e conseqncias;

    c) quanto s frentes de ataque, a identificao de

    pontos crticos, caminhos ou possibilidades de

    atuao.

    d) a importncia do trabalho intersetorial e mul-

    tiprofissional para o enfrentamento dos proble-

    mas de sade propicie, se possvel, assessoria de

    especialistas aos grupos de trabalho, em funo

    da natureza dos problemas em pauta.

    3. Coordenar a plenria, apresentando suges-

    tes, complementando as anlises e esclare-

    cendo as dvidas.

    4. Organizar atividade para que os alunos re-

    gistrem e expressem suas expectativas para

    a transformao do trabalho a partir deste

    processo de capacitao.

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    31

    5. Participar da avaliao do mdulo.

    Bibliografia recomendada

    ORGANIZAO PAN-AMERICANA DA

    SADE. Desenvolvimento gerencial de uni-

    dades bsicas do Sistema nico de Sade

    (SUS). Braslia, 1997. p. 63-76 e 158-172.

    Anotaes!

    5. Realizar atividade de avaliao oral e/ou es-

    crita sobre o mdulo quanto a carga horria,

    contedo, mtodo e aplicabilidade.

    Anotaes!

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    EDITORA MSCoordenao-Geral de Documentao e Informao/SAA/SE

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