roberto teixeira pessine 25 abril 2008

46
COGERAÇÃO IMPACTOS POSITIVOS E ADVERSOS NO MEIO AMBIENTE Instituto de Eletrotécnica e Energia - USP São Paulo, 25 de abril de 2008 Roberto T. Pessine

Upload: guestd0f8d58

Post on 21-Jun-2015

1.714 views

Category:

Business


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008

COGERAÇÃO

IMPACTOS POSITIVOS E ADVERSOS NO MEIO AMBIENTE

Instituto de Eletrotécnica e Energia - USP

São Paulo, 25 de abril de 2008Roberto T. Pessine

Page 2: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008

ÍNDICE

1. Conceitos e definições

2. A industria sucroalcooleira

3. Sistemas de cogeração do setor sucroalcooleiro 4. Sistema de Cogeração/ meio ambiente 5. Projeto conceitual de uma unidade industrial 6. Cenário típico de um up-grade em cogeração 7. Simulações 8. Up-grade radical 9. Cogeração:conseqüências da otimização energética 10.Cogeração/meio ambiente: enfoque global

Page 3: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008

1. CONCEITOS E DEFINIÇÕES Conceito termodinâmico – cogeração é a produção de mais de uma forma de energia útil, a partir de um único energético num mesmo processo.

Conceito empregado no setor elétrico- Res. ANEEL 235/2006 Art 3º inciso I – Cogeração: processo operado numa instalação específica para fins da produção combinada das utilidades calor e energia mecânica, esta geralmente convertida total ou parcialmente em energia elétrica,a partir da energia disponibilizada por uma fonte primária, ....

Definição do Cogeneration Handbook (Califórnia Energy Commission, September 1982) – In broadest terms, cogeneration is the simultaneous production of electrical or mechanical energy and thermal energy.

Outras definições – em geral limitadas Observação: a análise de sistemas de cogeração compreende necessariamente o enfoque de duas centrais de potência e sistemas para aproveitamento de calor residual. Nesses processos, em geral, as transformações energéticas enfocam 04 formas de energia: energia elétrica (mais nobre das energias), energia mecânica, calor de processo e refrigeração.

Page 4: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008
Page 5: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008

Comentários sobre as definições:

• cogeração: aplicação direta da 1ª e 2ª leis da termodinâmica

• conceito de calor empregado como energia útil – a exergia

• a forte presença da energia elétrica nas definições

• fronteiras das definições: ciclo combinado a gás natural etc.

Implicação das definições que enfatizam a energia elétrica :

Definição dos ciclos de operação de cogeração:

CICLO TOPPING: Combustível eletricidade calor de processo

CICLO BOTTOMING: Combustível calor de processo eletricidade

Page 6: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008

caldeira

geração elétrica

geração mecânica

bagaço

água de reposição

T V

T V

T V – turbina a vapor

DIAGRAMA TÉRMICO – UTE - COGERAÇÂO

bomba

bomba

vapor (P1, T1, H1)

vapor (P, T, H)

calor deprocesso

Page 7: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008

2.A INDÚSTRIA SUCROALCOOLEIRA

• O processo global

• A unidade industrial

• Ciclo de vapor: cogeração

• A evolução tecnológica no tempo:

- Processos/equipamentos

- O impacto no meio ambiente

Page 8: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008

PROCESSOINDUSTRIAL

USINACANA CRUA LIMPA

(90 A 95 T.C./há)

OUTROS RESÍDUOSVINHOTO, TORTA, ETC.

SOBRA DE BAGAÇO

20 A 28 kg /T.C.

ENERGIAMECÃNICA

CALORDE

PROCESSO

PROCESSO INDUSTRIALVAPOR DE ALTA PRESSÃO

1,9 A 2,6 kg VAPOR/kg BAGAÇO

PROCESSO INDUSTRIALVAPOR DE ALTA PRESSÃO

1,9 A 2,6 kg VAPOR/kg BAGAÇO

T.C. = TONELADA DE CANA LIMPA

ENERGIA ELÉTRICA( 2,4 A 8,8 ) kg BAGAÇO / kWh

RETORNO30 A 50 %

DISPONÍVEL(60 A 200)kg /T.C.

COLHEITAMECÂNICA

INDUSTRIA SUCROALCOOLEIRASUBPRODUTOS DISPONÍVEIS PARA COGERAÇÃO DE ELETRICIDADE

BAGAÇO(200 A 280) kg /T.C.~ 50% UMIDADE

PALHA E PONTA(120 A 280) kg /T.C.~ 50% UMIDADE

Page 9: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008

Panorama de uma Usina de Açúcar

Page 10: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008
Page 11: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008

USINA DE AÇÚCAR - SISTEMA DE MOAGEM

Page 12: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008

Turbina de acionamento da moenda

Page 13: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008

USINA DE AÇÚCAR - PRODUÇÃO DE AÇÚCAR

Page 14: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008

USINA DE AÇÚCAR – PRODUÇÃO DE ÁLCOOL

Page 15: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008

USINA DE AÇÚCAR – CICLO DE VAPOR

Page 16: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008

COMBUSTÍVELBAGAÇO DE CANA

ENERGIA ELÉTRICAkWh

CANA DE

AÇÚCAR

COGERAÇÃO - BAGAÇO DE CANACALDEIRA

ABAGAÇO DE CANA

REDESE ELEVATÓRIA

GERADOR

TURBINA

Page 17: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008

EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA DAS USINAS AO LONGO DO TEMPO

– Resumo da evolução temporal em ordem crescente:

– 1980 a 1990, 1990 -1995 - 2000, 2000 a 2007.

– Processo: modernização de equipamentos, métodos (álcool anidro), controle de processo.

– Cogeração: otimização e racionalização energética – caldeiras, turbinas, interligação com a rede elétrica (paralelismo), tubulações.

– Informatização.

Page 18: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008

EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA DAS USINAS AO LONGO DO TEMPOMEIO AMBIENTE

• Decréscimo da agressão ao meio ambiente ao longo do tempo

– produtos impactantes:

• processo: vinhoto,tortas,óleo fúsel, rectisol etc.

• sistema de cogeração:

– caldeira: MP, cinzas, CO2 ,etc.

– o excesso de bagaço (queima, fermentação na armazenagem, etc.)

– Consumo de recursos naturais: água, lenha, cal, etc.

Page 19: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008

3. Sistemas típicos de cogeração do setor sucroalcooleiro

No processo de beneficiamento da cana ,seja para a produção de açúcar ou de álcool, atualmente são empregados três formas de energia, todas obtidas a partir do bagaço de cana:

• Calor (parâmetro determinante na definição dos equipamentos do sistema de geração elétrica

e mecânica);• Eletricidade• Energia mecânica.

Nas unidades mais modernas a energia elétrica tem sido privilegiada em detrimento da mecânica

Page 20: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008

DIAGRAMAS PADRÃO DE SISTEMAS DE COGERAÇÃO

DIAGRAMAS PADRÃO DE SISTEMAS DE COGERAÇÃO

• EMPREGADOS PELAS INDÚSTRIAS DO SETOR SUCROALCOOLEIRODO ESTADO DE SÃO PAULO

• EMPREGADOS PELAS INDÚSTRIAS DO SETOR SUCROALCOOLEIRODO ESTADO DE SÃO PAULO

Page 21: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008

DIAGRAMA PADRÃO DE SISTEMA DE COGERAÇÃO EMPREGADO PELAS INDÚSTRIAS DO SETOR SUCROALCOOLEIRO

DO ESTADO DE SÃO PAULO

DIAGRAMA PADRÃO DE SISTEMA DE COGERAÇÃO EMPREGADO PELAS INDÚSTRIAS DO SETOR SUCROALCOOLEIRO

DO ESTADO DE SÃO PAULO

BAGAÇO

H2O DEREPOSIÇÃO

CALDEIRA

P=22 kgf/cm2

GERADORTURBINA

CONTRAPRESSÃO

ENERGIAMECÂNICA

VALVULA REDUTORA

T= 300 OC

BOMBA

PROCESSO T=140OC

P=1,6 kgf/cm2

• NÚMERO DE UNIDADES INDUSTRIAIS QUE UTILIZAM ESTE ESQUEMA = 128

• % DA CANA PROCESSADA NESTE MÉTODO = 87,5 ( dados de 1997)

H=720 kcal/kg

H=657 kcal/kg

T=90°C

H=90 kcal/kg

Page 22: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008

DIAGRAMA PADRÃO DE SISTEMA DE COGERAÇÃO EMPREGADO PELAS INDÚSTRIAS DO SETOR SUCROALCOOLEIRO

DO ESTADO DE SÃO PAULO

DIAGRAMA PADRÃO DE SISTEMA DE COGERAÇÃO EMPREGADO PELAS INDÚSTRIAS DO SETOR SUCROALCOOLEIRO

DO ESTADO DE SÃO PAULO

BAGAÇO

H2O DEALIMENTAÇÃO

CALDEIRA

P = 42 kgf/cm2

a 46 kgf/cm2

GERADORTURBINA

CONTRAPRESSÃO

T= 400OC 450OC

BOMBA

PROCESSO

T=140OC

P=1,6 kgf/cm2

• NÚMERO DE UNIDADES INDUSTRIAIS QUE UTILIZAM ESTE ESQUEMA = 05

• % DA CANA PROCESSADA NESTE MÉTODO = 10,5 ( dados de 1997)

Page 23: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008

DIAGRAMA PADRÃO DE SISTEMA DE COGERAÇÃO EMPREGADO PELAS INDÚSTRIAS DO SETOR SUCROALCOOLEIRO

DO ESTADO DE SÃO PAULO

DIAGRAMA PADRÃO DE SISTEMA DE COGERAÇÃO EMPREGADO PELAS INDÚSTRIAS DO SETOR SUCROALCOOLEIRO

DO ESTADO DE SÃO PAULO

BAGAÇO

H2O DEALIMENTAÇÃO

CALDEIRA

P= 60 kgf/cm2

GERADORTURBINA DE

CONTRAPRESSÃO

T= 460OC

BOMBA

PROCESSO

T=300OC

P=18 kgf/cm2

• NÚMERO DE UNIDADES INDUSTRIAIS QUE UTILIZAM ESTE ESQUEMA = 01

• % DA CANA PROCESSADA NESTE MÉTODO = 1,1 ( dados de 1997)

TURBINA DECONTRAPRESSÃO

LINHA DE VAPOR

GERADOR

P=1,6 kgf/cm2

T=140OC

H=794 kcal/kg

H=657 kcal/kg

T=110°C

H=111 kcal/kg

H=722 kcal/kg

Page 24: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008

4.SISTEMA DE COGERAÇÃO/ MEIO AMBIENTE

a) Usina de açúcar

Produtos : açúcar (principal)– eletricidade (secundário)– melaço (secundário)– bagaço (eventualmente secundário)

Setores da indústria que provocam alterações no meio ambiente:– Caldeiras – MP, gases (CO2, CO, NOx, etc.), cinzas, calor

– Armazenagem do bagaço – bagacilho em suspensão– Processo – produtos típicos impactantes da produção de

açúcar– Perdas de água – válvula de alívio, lagoa de refrigeração, etc.

Page 25: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008

4.SISTEMA DE COGERAÇÃO/ MEIO AMBIENTE continuação

b) Usina de açúcar com destilaria anexa

Produtos : açúcar e álcool anidro e/ou hidratado (principal)– eletricidade (secundário)– fermento (secundário)– bagaço (eventualmente secundário)

Setores da indústria que provocam alterações no meio ambiente:– Caldeiras – MP, gases(CO2, CO, NOx etc.), cinzas, calor.

– Armazenagem do bagaço – bagacilho em suspensão– Processo – produtos típicos impactantes do setor de

produção de açúcar e do setor de produção de álcool– Perdas de água – válvula de alívio, lagoa de refrigeração, etc.

Page 26: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008

4.SISTEMA DE COGERAÇÃO/ MEIO AMBIENTE continuação

c) Destilaria autônoma

Produtos : álcool anidro e/ou hidratado (principal)– eletricidade (secundário)– fermento (secundário)– bagaço (eventualmente secundário)

Setores da indústria que provocam alterações no meio ambiente:– Caldeiras – MP, gases(CO2, CO, NOx, etc.), cinzas, calor

– Armazenagem do bagaço – bagacilho em suspensão– Processo – produtos típicos impactantes da produção de

álcool– Perdas de água – válvula de alívio, lagoa de refrigeração, etc.

Page 27: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008

4.SISTEMA DE COGERAÇÃO/ MEIO AMBIENTE continuação

Cogeração: eletricidade, energia mecânica, calor

• Sub-sistemas componentes da cogeração:

– Armazenagem de combustível (bagaço)– Caldeira – geração de vapor (ciclo Rankine)– Turbinas a vapor (contrapressão / condensação)– Geradores elétricos– Sistema de interligação com a rede externa

Page 28: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008

Armazenagem de bagaço de cana

Page 29: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008

Depósito de bagaço de cana de açúcar

Page 30: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008

Caldeira a bagaço de cana

Page 31: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008

Caldeira a bagaço de cana

Page 32: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008

Grupo Turbina - Gerador

Page 33: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008

Depósito de Bagaço

Turbina - gerador

Sala de controle

Page 34: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008
Page 35: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008

5.PROJETO CONCEITUAL DE UMA UNIDADE INDUSTRIAL SETOR SUCROALCOOLEIRO

Definição da capacidade de produção da indústria: cana de açúcar a ser processada

– Equipamentos de processo (moendas e/ou difusores, dornas, evaporadores, equip. de destilação etc)

– Necessidade de água para o processo – Necessidades energéticas:

• calor para processo – vapor (determinante)• energia elétrica (participação temporal crescente)• energia mecânica (participação temporal decrescente)

Page 36: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008

5.PROJETO CONCEITUAL DE UMA UNIDADE INDUSTRIAL SETOR SUCROALCOOLEIRO

1.Caldeira : vapor gerado deve atender a demanda de calor de processo – vapor levemente superaquecido

– Pressão = 1,5 a 2,5 kgf/cm2, Temperatura = 140 a 160 °C

– Consumo de vapor = 350 a 600 kg vapor/TC

2.Eficiência energética do processo industrial global determina o consumo de vapor de água

3.Caldeiras tecnologicamente avançadas:– maior pressão e temperatura ( P ~ 65 kgf/cm2, T~ 480 °C)– maior eficiência energética (88%)– melhor controle operacional– maior confiabilidade e estabilidade (fator de capacidade 95%)– menor interferência no meio ambiente

Definição do porte do sistema de cogeração

Page 37: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008

6.CENÁRIO TÍPICO DE UM UPGRADE EM COGERAÇÃO

Indústria sucroalcooleira

Não há alteração– quantidade de cana moída; área de cultivo da cana– no porte dos equipamentos do processo industrial (moendas,

dornas,torres destilação e outros.)– quantidades de produtos produzidos (álcool, açúcar)

Pode haver mudanças significativas:– na eficiência do uso de calor de processo: dornas fechadas,

tubulações isoladas, sistema de recuperação do calor mais eficiente etc.;

– no consumo de vapor de água ( 380kg/TC a 650kg/TC)– Na reposição de água (ciclo de vapor : 5% a 20%; processo industrial:

1,0 m3/TC a 10,0 m3/TC )

Page 38: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008

6.CENÁRIO TÍPICO DE UPGRADE EM COGERAÇÃO

Indústria sucroalcooleira

Há alteração significativa– sistema de geração de vapor – caldeiras

• eficiência: de ~ 70% para ~ 90%• pressões: de 21kgf/cm2 para ~ 65 a 80 kgf/cm2

• temperatura: de ~ 300°C para ~ 460°C a 520°C• consumo específico de bagaço (kg bagaço / kg vapor)

– função do projeto da caldeira• decréscimo do consumo de bagaço (kg bagaço/TC)

• Elevação do fator de capacidade: de 75% para 95%

– turbinas a vapor (contra pressão ou condensação)– geradores – elevação da geração de eletricidade– diagrama unifilar, interligação com a rede/paralelismo

Page 39: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008
Page 40: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008
Page 41: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008

7.SIMULAÇÃO DE UM UP-GRADE NO SISTEMA DE COGERAÇÃO

Considere um up grade numa usina de açúcar e álcool no qual ocorre uma otimização energética, incluindo a substituição de uma caldeira.Consumo de vapor da usina:

• Antes do up grade (com a caldeira velha) = 600 kg/TC• Após o up grade (com a caldeira nova) = 420 kg/TC

Características da caldeira velha:• Pressão = 22 kgf/cm2; temperatura = 300°C; eficiência = 72%• Consumo específico = 2 kg vapor / kg bagaço

Características da caldeira nova:• Pressão = 80 kgf/cm2; temperatura = 500°C; eficiência = 88%• Consumo específico = 2,8 kg vapor / kg bagaço

Estime a quantidade de combustível (kg de bagaço/TC) a ser usada pela Usina em ambos os casos.

Page 42: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008

7.SIMULAÇÃO DE UM UP-GRADE NO SISTEMA DE COGERAÇÃO

Geração elétrica evitada pela cogeração do setor sucroalcooleiro no Estado de SP

Período seco do sudeste (maio a novembro = 210 dias.)Potência elétrica evitada ~ 2000 MWe (ponta e fora de ponta)

Considere uma UTE funcionando nas condições abaixo:• eficiência da central: η = 35%• nº de horas médio de um mês = 730 h• PCi do óleo combustível 1B = 9.505 kcal/kg• densidade do óleo 1B = 1,04 kg/L• fator de capacidade da UTE = 100%• 1 kWh = 860 kcal

Estimativa de emissão - 100 kg de óleo 1B produz: • CO2 (315,0 kg)• SO2 (5,80 kg)• NO2 (1,28 kg)

Page 43: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008

7.SIMULAÇÃO DE UM UP- GRADE NO SISTEMA DE COGERAÇÃO

Calcule:

1. O volume de óleo combustível 1B que deixou de serConsumido. Comente.

2. A quantidade de emissões atmosféricas evitadas.

3. A quantidade de calor (em Kcal/mês) que deixou de ser emitida para o meio ambiente.

Page 44: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008

8.CENÁRIO DE UM UPGRADE RADICAL EM COGERAÇÃO

Indústria sucroalcooleira• não há expansão da capacidade produtiva

• elevação significativa da produção de energia elétrica: de ~12 kWh/TC para ~ 80 a 100 kWh/TC

• decréscimo do uso da energia mecânica:• acionamento elétrico das moendas

• aumento do consumo próprio de eletricidade

• sistema energético com alta eficiência:• caldeiras de alta pressão (~65 kgf/cm2, 480°C)

• decréscimo do uso de água:• de ~ 600 kg vapor/TC para ~ 400 kg vapor/TC

Page 45: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008

9.COGERAÇÃO: CONSEQÜÊNCIAS DA OTIMIZAÇÃO

ENERGÉTICA DO PROCESSO DE

BENEFICIAMENTO DE CANA DE AÇÚCAR

1. Aumento da energia elétrica excedente.

2. Energia elétrica excedente: disputa espaço com os produtos principais da usina (açúcar e álcool anidro/hidratado).

3. Elevação das sobras de bagaço.

Page 46: Roberto Teixeira Pessine 25 Abril 2008

• Redução de implantação de novas centrais de geração (hidráulicas,

térmicas etc);

• Redução de implantação de novas redes de transmissão e

distribuição e subestações;

• Aumento da eficiência global do sistema de geração elétrica do país;

• Decréscimo das perdas técnicas das LT’s e LD’s;

• Menor consumo de combustível em UTE’s integradas

• Menor consumo de água nos processos industriais e de geração

elétrica: resultado da otimização e racionalização energética.

• Decréscimo do preço da energia elétrica ofertada ao mecado

10.COGERAÇÃO/MEIO AMBIENTE: ENFOQUE GLOBAL

SEM ALTERAÇÃO DA QUANTIDADE DE CANA PROCESSADA