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REVISTA TU Photographias, vistas instantâneas, desenhos e caricaturo». 1 s. k„, ^-_^. ___ T _m_ bdição semanal illustrada do ÍORNAÍ HO rraqit Redactor-gerente, DR. CÂNDIDO MENDES RftHQn+ u,^ JUIV^AL UU JtSKAÒlL ========^1^^^DE ALME,DA-D,rectOM6chn,oo, GASPAR 0E S0U7, SEMANA :':<¦-¦¦ Aimo III N. 93 '¦!.' .' '•'¦:'r' ¦'¦¦':: "..! '. j DOMINGO, 23 DE FEVEREIRO Numero : ;-u>o réis ':-¦ r-.;'^ '¦¦' ;:;;V:-V- ':,]'(' ;;/^^Mí3^ . .-... Bc^BBBBgBBfeffflJri^^ ¦^^^ThHbISlrfflB^BbBtT^BMP '¦¦•.¦¦ ^fSw ' ¦;'"'í^^&^^Í^^^^R-JwFí;..GB^K*t ¦ •J^!*¦ , 'w-'-/- ¦¦' * '^'^•(Sí ÍSi^5íj^ístf*t"íík "»^>.i'tj. *?B BBBBJBBmBBBB^LJkbIty.:^flWBHÍÍBBBtili,v**^i"'lifi*il^MBBBM^Bff^Mj^B^^^^a^n ,B^BBSlreÍBp*^!^?^e^^''¦"¦'.'' '_^iÍb21 kE@B9sBbBBIBBiIBI^BkB BNIRpPIPAmmRP^^'5A''^' íbbIBCTo^KMPwlkvS bbl í* ,<í y ¦ jé^B BttMÍiiBílsIiijSwsSw^^ ¦BBHhBHmHb'JrÜtf'^^JB^BBBBBHBBBBatBBB^^S^.j^BBg^syBBm ^*^BBBa^^ '«'¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦YB| B^ w «**> á ..*.J ^^Bf ^^^BBi B«riBinraStMÍÍT*i»J~^^T>ifi*i| MBr^^SfcB HT^^^^^^ æ-' - >li-f**í«l F*$y»«£jB|B*rT^^"'* '"^^MPj-« -/ "^*VV.'S->'* -'¦'.'3*^' ^'"''*'^íJBHí1^ í f aP^r'' A'¦-'^$f j5fl FJflBBi^yfrjSl''p^b*S^R^*Maf"y^lSfl*8"BKÍA ^^bT^bb^b^b^b^b^b^b^b^b^b^b^b^b^b^b^b^b^b^b^^^í^b^^b^m&A*bJ3B^b^b^b^^^». ^^íi*¦ Bir^iifi*^*•*¦ °ffl*'jjflBfl^r^lV^.iú .ti^/.'**!'/''.tAi..''•" V-íS CjKraflffljffff^íSH^^^^SJ^Bafrr ^j^EJÉBÍBÉÉflB|^^^^^^^^^^fl^Bpj^y: æ'•'¦'' .¦_éÉÊf*r<r^' ''^^^B155w!^K^';J'^sSr^J^^H^^3^i»ÍM^!.*.''^ ¦ ''*""''"'^üjt%*^y.jv ^ ''^ *^Sb^S ¦ v^^^r^mB^Bi JY^aBB^^*?:^^STj^5^!f^':TT'iÉSffiJJÍÍIn^*J^' "W à fãBjff' ËJtS''^^S*^T*''"''li^^t&^fâHBsIsSB II*.'':--' ^''V/A ¦¦'i**'.'.':':¦'-''"' ''C^2^^':,:^'¦/¦':':/¦¦'¦'¦ ¦ Si¦ ;¦!*<*"*i*—*•.¦'..,,-",••_.W^ > "vHí." '• V^/^ |0Í':-jyBBBBBBBMlBBBBBiBBalii —^^^^'¦^-^—"^ ¦¦¦¦- ::-= ¦•:•.-•¦ ¦ >¦-¦¦•. 'Vf^''jp Esmí^*^'5 ¦' •'^^r^^^'^^^^PS^^WfHP^fltp y""T^^R^MffwBil"^rWtlrBW*BBÍBBBBBM my ^^^llll^^^^ifii/^^psá^l ^^f^^! •-¦. ^ -• «BBBaBPHy^^l :V ' ¦ ¦ ^^CAI^'ã5Pfc3aB|><» JffMB^^B|BM||BBBBBli^1*11' ' I ii I li1 i ^T^nTilBPÍBMMirpfl - #??fTÍBMFS|BÍ!ti^ g^^Sl^^^p^g^B|^p^?%^p^^ i^^tSW?^i STWlMRinjalBHjPDiliDWljBliL'i?TTlinWWBwiii|M "' i i íi" ''ii Irn1 Y¦ "'¦~-.>£$Bm_\ vjft liiilwl^iWiJlll 'ii i'lM| tfiWilWf'Ui' W ii11' ^ ' < iflilMWH"'r. ' •-...-¦'"í3^^ ' **-- .-.^KmmmmEB____KKi&mKmwmmim^I"¦'-,.'-,.. " A-i^iL.--"c;fl . ^-V'-^iBH^s^^-k^áSy&M^ Ia SwfR-'''- ..^JlMBft-; æ.-¦¦.¦i-v^^Steap** . --¦ ¦-¦:_¦?-* ¦ * . v-j,¦..._ i.1*^ ¦ ^ESffiLwSga^&ag^-v ,-*^^^BBl .3k..¦ - w*-..-..ac^': -X^í: ••«?¦- -,"-'ai •-^^-'MHrtiiMP'»"1'BüiíM^ImIiB WL'ffiii1ÍíiiilÉÍBffff*^^MK9B^pBBt|k'; - ^' ?' '* V .-V*i."-.''-:^v 5 ."& ¦ . ¦ . I* ¦¦¦• ¦'¦•- ^S^ÃljE}^£^ic^/£| A\;Af^«HHACAl>è\KA!;- i.^ jrü^^.;iiJi^ r^^>o-..- ^^,« ^p Peçam somente FRANZISKANER BRÂU ou CERVEJA PILSENER, ainda,,, e sempre a melhor cerveja

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REVISTA TUPhotographias, vistas instantâneas, desenhos e caricaturo».

1 s. k„, ^-_^. ___ T _m_bdição semanal illustrada do ÍORNAÍ HO rraqitRedactor-gerente, DR. CÂNDIDO MENDES RftHQn+ u, ^ JUIV^AL UU JtSKAÒlL========^1^^^ DE ALME,DA-D,rectOM6chn,oo, GASPAR 0E S0U7,

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Aimo III — N. 93

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REVISTA DA SEMANA 23 de Fevereiro de 1902

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Concilio provincial do norte realisado na archidíocese da Bahia.

CHRONICA4=J administração do coronel Roosevelt, novo

J -^presidente da Republica dos Estados-Unidosda America do Norte, tem sorprendiclo o mundocivilisado e os próprios Yankees, que, seja dito emabono da verdade,nào primam pela accessibiíidadeá sorpresa.

O coronel Roosevelt, em poucos mezes, tem-serevelado um revolucionário no bom sentido, rom-pendo com uma serie cie preconceitos secularesque pareciam definitivamente enkistados no plasmaaffectivo dos seus compatriotas. O caso do negrorecebido, ágasalhado e festejado pelo primeiromagistrado da União é typico.' As declarações pre-sidenciaes relativas aos trusts omnipotentes tam-bem indicam uma dessas temperas de antes quebrarque torcer, uma vontade firme, intelligente e muito ;acima dos interesses privados e das suggestões in-'confessavéis da camarilha.

Mas nem só é'1'le está transformando ou aOfmenos modificando sensivelmente a physiononiiaído seu paiz. Sua esposa, Mrs. Roosevelt, pareceresolvida a coadjuval-o dentro da esphera especialde acção que os hábitos sociáes attribuem á mii-lher. A esposa do director temporário dos destinosamericanos, senhora, distinctissima e typo da mãede família; ideal, deliberou usar da sua alta jnflu-encia para corrigir uns tantos exageros .soclaesque cila reputa nocivos á constituição da famíliae á consciência moral da sua pátria. Ora— ce quefemme veut Dieu le veiit-^.e como hão de as lindasmillionarios da Quinta Avenida resistir ao exemplovindo de tão alto?... <

Mrs. Roosevelt procura simplesmente véltir

as elegantes tanagras, asprofessional beaulies domundo elegante de New-York. Pouco a pouco osdecoles têm assumidotaes proporções, que ovestido se tornou ummeroaccessorioda pelle,a simples almoiada ne-gra ou azul onde o joa-flieiro expõe o brilhante,o rubi ou n esmeraldaem toda a sua nudez tri-umphal. Mrs. Rooseveltque entende, e muitobem,que o mundo é com-posto mais de gulososque de estatuarios, deli-

, berou podar essa maci-eira exhuberarite, reser-vando para os espososlegítimos segredos deformosura que só ellesdevem conhecer.

Que pensarão as lei-toras da Revista do pro-jecto de Mrs. Roosevelt?Decerto pensam bem. 0homem normal é diverso

de Lúcio Setalla «que não nascera para esculpiralmas».

Jacqties Bòiiliommc»* VXV VW' • -*~" '.

O GOLEIO NAS ALDEIAS

Que horas de commoções aquellasT em que se

abrem as malas, onde vêm encerrados por-ventura os destinos de tantas pobres famílias.

Nas grandes cidades dispersam-se estas com-moções; passam-se no recinto dos gabinetes decada um. Lembrem-se,porém,das vezes em que têmsegurado com nulo tremula na correspondência^que o correio lhes traz ; no ancear do coração comque lhe rasgam o sêllo, nas lagrimas ou sorrisoscom que lhe interrompem a leitura ; lembrem-se detudo isso, multipliquem depois esses affectos to-dos e digam se concebem muitas outras scenasrem que' mais sentimentos e paixões se agitem.

Chegou em|im o homem das cartas, e a custoconseguiu romper até ao mostrador, onde pousoua mala. 0 « director», depois de tossir, de se as-soar, de cuspir, à& limpar os óculos com umas-delongas, que formavam com a anciedade do povo

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Guarniçâo da fortaleza de Santa Cruz. (Phot. da Revista da Semana).

um contraste desesperador, abriu ileugmaticamenteo sacco, extrahiu um não muito volumoso maçode cartas, que despejou num cesto de vime, e to-mou apontamentos.

Era digno do pincel de um artista aquellegrupo de physionomias que seguiam ávidas todos,os movimentos de mestre Bento. Olhos e boccasabertas, mãos juntas, pescoços estendidos, a ca-beca inclinada para receber o menor som, tudocaracterisava profundamente a anciedade, que lhes-dominava os ânimos.

Mestre Dento Pétrunhas achou a' oceasiãoapropriada para dizer a Henrique :

Pois, senhor, eu nasci paravartista. Quasisem mestre aprendi a tocar trompa, e não é porme gabar, mas prezo-me de tocar com certo mimoe expressão.

Henrique volveu o olhar para o auditório;apiedou-o a consternação daquellas physionomias,.e resolveu a valer-lhe:

Tenha a bondade de ver se ha alguma cartapara mim?

Ah ! pois já as espera hoje?Não é provável; porém...

Mestre Bento Pétrunhas, em vista disso come-çou em voz lenta e fanhosa a leitura dos sobres-criptos.

Seguiu-se o novo e não menos interessanteespectaculo.

A cada nome proferido erguia-se quasi sempreuma voz, ás vezes um grito; estendia-se por cimadas cabeças um braço; e —podemos acrescentar —ainda que se não visse, alvorotava se um coração.

Outros, os não nomeados ainda, olhavam gohl

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23 de Fevereiro de 1902

A PARTIDA DA 3a DIVISÃO NAVAL 7 í

Cruzador Raivoso.

anciedade para o maço, que diminuía,—e cada vezmais se assombrava o seu semblante.Luiza Escolastica, do losrar dos Góios —lia o mestre Petrunhas. "Sou eu, senhor, sou eu! Ai, o meu rico ho-mem! — exclamou uma mulher jo-ven, apoderando-se avidamente dacarta.Joanna Pedrosa, de Serve-

do... — Continuava elle.Aqui estou! será do meu An-tomo, senhor?— disse uma velha,

pobremente vestida.Será do seu Antônio, será —

respondeu o insensível funccionario;— o que lhe posso dizer é que trazobreia preta.A mulher, que já tremia ao re-eeber a carta, deixou-a cahir, ou-vindo aquellas sinistras palavras.Apanharam-llfa ; e ella, tomando-a,sahm da loja, a chorar lastimosa-

mente.Se foi o filho que lhe morreu,inãoseioque ha de ser delia...—disse um dos circumstantes.Cousas do munbo ! respon-deu outro. :< .-.-

, Estes commentarios 'foram inter-rompidos pela continuação da lei-tura: ,; ...João Carrasqueiro!•¦— Prompto senhor! — bradouum velho.

_ — A mezada,hein?—disse Bentopaz™oasSè esquece"0 P°r CÍma d°S °Culos' ° ra"

filholemsahido80 SeDh0r ° ajUde' qUe bem bo:"D. Magdalena Adelaide de...

a „m tLTrgad-lnha' é a morg:adinha !-disserama um tempo muitas vozes.Agradecido pela novidade! era cá muito

Cruzadores Andrada e Trajano.

EfQ a exfPlicaeão...- disse Petrunhas; e, pas-sando a carta a uma mulher, que era encarregada

— Leve-lh'a á casa.

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".'':¦¦'¦'

Torpedeira Pedro Ivo. (Phot da Revista da Semana).

E proseguiu.Augusto Gabriel...É' o mestre escola...Ora façam o favor de estar calados? Esta ...como elle vem por aqui... pôde ficar... aindaque... será melhor levar-lha a casa; leve, leve, levetambém...

João Cancella...

Esse foi a Lisboa.Então quando vier que appareça.; — 0 tio Zé Pereira ficou de receber as cartas:e compadre delle. .Eu não quero saber de compadrices. O tioZé Pereira que se occupe com oseu zabumba è deixe lá os outros.

A leitura, mais ou menos acom-panhada destes diálogos, proseguiu,redobrando, de momento para mo-mento, a anciedade dos que iam fi-cando. Um fundo suspiro, unisono,melancólico, expressivo de desalen-to, seguiu-se á leitura do ultimonome e ás poucas palavras com queo funccionario fechou a tarefa.— E acabou-se...

Os que ainda estavam na lojasahiram cabisbaxos, tão morosos, ecom tão má vontade, como se aindativessem esperanças de com mover ainexorável sorte.Júlio hiuiz.

Recebemos :Os dous primeiros números d'4Madrugada, bem organisada revista

que se publica nesta capital ;Os .ns. 5 e 6 d'A Fronde, corres-pondentes aos mezes de agosto esetembro do anno findo, excellenterevista litteraria que se publica emOuro Preto.

Nos números presentes vimosbellissimas producções litterarias,assignadas por pessoas de reconhecido mérito lit-terano e que muito recommendam essa revista.

i u 9,uerendo estabelecer-se numa aldeia, cuja sa-lubndade lhe gabaram muito, pergunta um pari-siense a um visinho.E' verdade que aqui se morre pouco?Assim como nas outras partes, uma só vezl

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Rua do Egypto. S. LUZ DO MARAMIAO Avenida Gomes de Castro.-í*:.'„ I

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60 - N. 93 REVISTA DA SEMANA 23 de Fevereiro de 1902

B# $Jp^!T£B#x&o Lu cinda subiu á scena, terça-feiraultima, pela troupe Cinira Polônio, a co-media-vaudeville em três actos, de Man-nequin, traducçâo de Adolpho Faria, Amulher do commissario.

;; Sem ser uma peça de muita resisten-cia,, não deixa comtudo de agradar; dostrês actos destaca-se o 2o em que hascenas touito interessantes e parte do 3oque também convém salientar. O restoda peça, embora tendo passagens e epi-sodios bem traçados e, dispondo de certagraça, ruão desperta muita attençâo.

A mise-en-scene é muito boa, assimcomo a traducçã > que é bem pita.; odesempenho egual, destacando-se Mattose Peixoto que compuzeram excelientestypos, agrndando-nos também - sobre-modo Cinira Polonh», no papel de mulherdo commissario e Kosa Villiot.

Com o Quasi!... fez a sua festaartística, na ultima quinta-feira, o actorMattos.

Foi mais uma vez adiada a premièredo Quo Vadis?, cujo desempenho aindase resente de alguns defeitos que o activoemprezario Dias Braga pretende expur-gar.

E' preferível esperar...Suspendeu temporariamente seus

espectaculos <» Jardim Concerto GuardaVelha, que vae passar por importantesreformas.

O Cassino Nacional, a tão apreciadacasa,de diversões, continua variando osseus artistas, com o que consegue con-stante suecesso. ,

Também o Parque Fluminense, aMaison Moderne e o High-Life, dandosempre excelientes espectaculos eleva-

boa concurrencia.P. V.

riedades, conseguem

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AS NOSSAS GRAVURAS,/\/V\/\/W^

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Num exame de agricultura :— Qual é a oceasião mais pro-

pria de colher os melões ?.— Quando o dono da, chácara

está ha rua e o cão entrej^ído a co-mer.

|! TICTBIÍ JiB:GB*ô século passado foi, elle, o im mortalpoeta, que soube desenhar em traçosrápidos da palavra escripta todos os sen-timentos de gerações que se suceederam,emquanto o seu espirito lúcido pairavanas regiões dos gênios e observava comolhar' scintillante ele águia, lá dos pára-irios luminosos, ai tingido, apenas pelovôo condoriano, o borborinho dos povosno labútar constante pela conquista dobem, da justiça, do progresso e da civi-lisação.

Numa palavra ás vezes, õ grandeautor dos Miseráveis dizia mais do quecem perioelos de uma epopéa grandiosa.

Nesse particular repousava a subli-mielade de seu cérebro angusto, iUumi-nado pela scentelha divina que aureólaa fronte dos immortaes.

Lendo-se Victor Hugo experimenta-de quem consegue fixar a luz solar no

VICTOR HUGOCopia de um retrato feito por Ângelo Agostini e publicado no n. 410 da Revista Illustrada, em 1885

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Ib«BBbm^m> -;' 'M * T-'sy^__m_\ mmm wM&è(Ê$$. MKMmm m

Autographo e assignatura de Victor Hugo.

meio-dia, que cega de tanto brilho, de tanta mages-tade, na apotheóse sublime da natureza gigante e illu-minada!

Nos seus versos inimitáveis os pensamentos alta-neiros chocam-se como nuvens carregadas em dia detempestade, produzindo relâmpagos fugaces e ribom-barde trovões formidáveis...

Não foi um homem, foi a humanidade no centenioem que viveu e morreu.

Uma personalidade só não poderia fazer o queelle fez. — symbolisou a perfectibilidade intellectual noséculo das luzes.

Foi além.Immnrtalisou o século em que estamos com a

prophecia da conquista do espaço, audaciosamenterealizada por um filho da terra em cujo céo se ostentao fulgor do Cruzeiro constellado!

Maior do que elle, nenhum ser humano!Salve, Victor Hugo.

Ed. »lax.

ATTRACÇÃO E RKPULSÃO

Actuálidade brasileira. — Os ba-CIIAHEISDO COLLECÍIO AnCHIISTA EM 1901 —

No collegio Anchieta, em Friburgo, acre-ditado estabelecimento de, instrucção,equiparado ao Gymnasio Nacional, e ha-bilmente dirigido pelos revs. padres je-suitas, realizou-se no dia 8 de dezembroa primeira collae;ão sòlemne do gráo debacharel em sciencias physicas e mnthe-maticas aos alumnos que alli concluiramo seu curso naeiuelle anno.

Como recordação dessa brilhantefesta publicamos o quadro dos referidosbacharéis, contendo os retratos do rev.padre Domingos ele Méis, reitor daquellecollegio, do dr. Fernando Mendes deAlmeida, paranympho naepjella solemni-dade, e do dr. Júlio Zamith, fiscal do go-verno junto áquelle estabelecimento.

Pahtiua da 3a divisão naval —No dia8 do corrente zarparam elo porto do Rio dee Janeiro a 3a divisão naval, a divisão detorpecleiras, o cruzador Andrada e o re-bocador Audaz.

Cerca de 9 1/2 horas ela manhã,a di-visão de torpedeiras, deixando seu an-coradouro habitua', na ilha do Mocanguê,veiu para o Poço onde aguardou ossignaes elo commando do navio chefe da3a divsão.

Meia hora depois o cruzador Barrosopoz-se em movimento e suecessivamenteos demais navios foram deixando asrespectivas boias, sendo o cruzador tor-pedeiro Tymbira o ultimo a desfazer aamarração,

O cruzador Barroso fez uma bellacurva pelo fundo ela bahia, seguido peloscruzadores-torpedeiros Tamoyo e Tym-bira, cruzador Trajano, vapor AndradaTcaça torpedeiras Gustavo Sampaio, tor-pedeiras Pedro Ivo, Pedro Afjonso e Bento-Gonçalves, navegando em linha, e o re-bocador Audaz.

O nosso photographo conseguiu tiraralgumas instantâneas que hoje publica-mos.

A EXCURSÃO DO SR. MINISTRO DA GUERRA.— Em janeiro ultimo o sr. marechalMallet, ministro da guerra, acompanhadoda respectiva commissão e do represen-tante militar do Jornaldo Brasil, fez umaexcursão por vários pontos do Estado des. Paulo, com destino a S. Francisco deCampos do Jordão, onde escolheu localpara a installação da fabrica de pólvorasem fumaça, do sanatório de tuberculosose para a construcção de uma via férrea.

Desses sítios, o repórter photogra-phico da Revista da Semana, que tambémacompanhou os illustres viajantes, tirouvarias vistas instantâneas, das quaesainda hoje publicamos algumas.

Estado do Maranhão — S. Luiz doMaranhão é uma das cidades mais bellasdo extremo norte.

A construcção de seus edifícios, ai-guns dos quaes de singular architecturae solidez secular, apresentam uma feiçãoprópria, que dá á cidade um tom saudosoe melancólico...

As suas ruas e praças são vastasrbordadas de arvores rumorejantes, cujofarfalhar se casa harmoniosamente como barulho das vagas rumorosas da bahiade S. Marcos.

Publicamos hoje algumas vistas daquella adiantadacapital do longinepjo Estado nortista.

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Cathedral, em S. Luiz do Maranhão.

Eu nada mais sonhava nem queriague

de ti não viesse ou não fallasse:como a ti te amei, que alguém te amasse,

Cousa incrivel até nie parecia!Uma eslrella mais lúcida eu não viaQue ne-4a vida os passos me guiasse,E tinha té cuidando me encontrasseApós tanta amargura, uma alegria.Mas tão cedo extinguiste esse risonho,Esse encantado e deleitoso engano,Que o bem que achar suppuz já não supponhoVejo, emfim, que és um peito deshumano!,— Se fui té junto a ti de sonho a sonho,Voltei de desengano em desengano!

Adelino Fontoura.

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S. José do Desterro, em Luiz do Maranhão. iB1^ ¦

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23 de Fevereiro de 1902 REVISTA DA SEMANA 61 - N. 93

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MODAS DA REVISTA—1 —Vestido de linho azul claro,guarnecido em baixo com borda-dos brancos e pretos. Mesmobordado no collarinho do mi-moso corpinho-blusa, simulandoum bolero, abotoado ao lado porumaoriginalgravata.de setimbranco bordado formando *bor-boleta. Cinto de setim branco,mangas com bordado e pregas.

£ —Vestido de alpaca, en-feitadas com entrerheioa saia e atúnica. 0 corpo franzido, comum gracioso figaro curto e guar-necido com o mesmo entremeio.

3—Vestido. de fustão ver-melho . pontilhado de preto eguarnecido de preto e branco.

4—Vestido para recepções,de crêpe de China guarnecidode valencianas. /

5—Peignoir forma Império,de musselina guarnecido derenda guipure.

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62 — N 93REVISTA DA SEMANA

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23 de Fevereiro de 1902

mais um instante, e quem sabe? Talvez a água pare.Adeus, minha querida mulher. Se eu morrer, e tute salvares, bom será. Dize ao Raulsinho que selembre do pae.Penhor obedeceu, e apenas subiu passou aágua acima da cabeça de Amei.Penhor, chorando doidamente, segurava nacriança. Quando a água lhe chegou á cintura, le-vantou o pequenino Raul, depois de o ter apertadoao peito e disse-lhe:

Trepa por mim acima que eu te ajudo. Põeos teus pésinhos nos meus íiombros,'e segura-tebem...O1 mãe! disse a criança. Eu não quero.Anda depressa. Quero eu. Talvez a água afim venha a parar. Seguranclo-te a mim, sempre

A EXCLUSÃO DO SR. MINISTRO DA GUERRA A CAMPOS DO lOnnin v *de S. Francisco, onde .Ste^vKateÇfaforadÍ!8*41.86"11 d° P°nt° W^

A FAMÍLIAJKra no tempo em que houve um dilúvio na Bre-m.: tanha nao o diíuvio de todos, mas o aue se

O XU>dVSP^t0 Para a BretaiS qO Monte de S. Miguel fazia então parte da terrafirme, e ainda para8 lá existia ái bSradorio deCaneson a freguezia de S. Vinol, que"está aaora£^&.na Bahia de Canca?e- «^«ssss

sou com a loura Penhor, que tinha entfo 18 a„„os"Amavam-se deveras. Ella era bondosa e linda Hlealto e forte, e não tinha medo do trabalho Eraelteque levava a Virgem aos hombros? no dia daEra toda de prata a Virgem de S, Vinol pera r.ca porque a gente da terra sup» onerasgatavaosseus peccados com o linlo §M 1Çm que depunha aos seus pés. Enganavam si osPeC Amei eS6Penho,;S8t40,m ° WiSAmeie Penhor não tinham filhos OuandnAmei estava no campo, e Penhor ficava sósinha nacabana, pensava tristemente:«se eu tivesse ?2

v°Jó0demm^maridoPe?nenÍnp ^ MMvivo_ae meu mando, como eu seria mais feliz'nhos dt"seiPamoaVa'<rpqUaKnt° ^Uardava os ™^

:0^Zrat°' qUe al^ia' «í-esp^/Sdos pfsto^d^e:''

"^ V°UaVa todo preoccupado0 -^ Penhor, minha mulhersinha, se tecessem umbum

1°TS a Santa Maria, sempre vfrgemteCella ie desse um anjinho para tu embalW.Imaginam que seja um homem que pense orimeiro:em qualquer cousa? Não! El sempre a mu'lher. Penhor foi buscar o véo que iáSateeHn"ma.s hranco do que a neve, eVa ^transparente

que os nevoeiros de verão. "cuisparente

accettou^ SfMJ°? viu- ficou sa«sfeita eacceitou-o. Amei e Penhor tiveram um filhinho eamaram-se ainda mais ao pé do berço d^ScaQuando a criança chegou aos nove dias Pe'nhor, que ainda estava multo fraca, tomou a nosbraços efoi ao altar da Virgem— Santa Maria! disse ella ajoelhada aaui estáo thesouro que tu nos deste, fo PestftbiS aueseja. teu: o que cresça, consagrado á tua Ileste côrOlha para elle, doce Virgem, chamamos- he Raul'como se chamava o pae de seu pae. Olha bem para

freffuezJa d S Vinnl P° C9USa dos Pecados daireguezia ae í>. Vinol, se por causa dos oeccadosmanaaaaa, a água do no entumeceu como a ae-naquando íerve e que salta para fora do vaso^ue a c?ntéra. O vento soprava tempestuosamente a chu %cahia em torrentes, a ferra parecia tTemer de febreCobnu-sedeagua todo a planície, e quando romoeua manha viu-se que não era o rio4que transfo?dava, era o mar. 4 iransDor-

Vinha o mar sombrio, onduioso, e revolto. Rom-

Se DeusbarreÍraS qUG á SUa C°lera °WozerSi a mão

rhàmivh' c^ÍPin.hava' J'á se não chamava mar,cnamava-se dilúvio.

Como a egreja de S. Vinol estava situada numaPpntn'

°c mundados fugiram para lá; mas Amei eíív» ™ -1Ca u m/ P°rla de sua casa' que ainda fi"cava mais alta do que a egreja.miflE quando à água chegou, subiram com o pe-queno Raul para o primeiro andar e quando a águaatr!segdenesreParam Para ° telhado- A a&u-> ^

' todo7*untU

marid°' disse Penhor> vamos morrerNão ! respondeu Amei.Que ! disse ella. Pensas em abandonar-nos?

: — JNao, tornou o pastor.E a água subia. E elle accrescentou, em pé naaresta do telhado: ' [Pega no nosso Raul ao collo. Vou-te ajudara trepar por mim acima; põe os pés em cima demeus hombros, e segura-te bem.Penhor deitou-se-lhe ao pescoço, chorando aDom chorar.Nunca! disse ella.Despacha-te! Despacha-te! que épor causaoo pequeno. Segurando-te em cima de mim, vives

ffi ¦:• • • ¦' ¦: '¦¦-. .-:': >¦¦¦" >¦ y . '¦'«'

'•.. ¦ "¦¦¦¦.¦¦'¦ ;¦:;•. . ¦¦"¦¦¦ •¦'.;'.''' .- ¦¦::: ^^--k^^ "'-''¦¦ : .^¦¦¦^¦^¦'^"M

MME. BASCANS, cantora lyríca.

duras mais um instante, e se te salvares bom seráh,ae^i"eU

COrasâo- Leml>™-te de teu pae e detua inae.Não pôde fallar mais, porque a água lhe chegoua bocca. Por cima das vagas viam-se aoenal aloura cabeça de Raul e uma lobra do teTvZiálnho azul que fluctuavam na correnteOra, a Virgem de Vinol exactamente nesse mo-mento saia pela mais alta janella da egreia, ondeestava tudo alagado, abandonando oVi ni"hosubmergido para se refugir no céo. Levava com-sigo todas as suas offercndas. Quando soltou o

^HhB^V mwkwmmimmumJ^fi ^BaBN W^' ** iMflWffW.'* <JiBBR^<i^^^l^j^v^»ffn^?TlMfc§Kl»5'jwHS6j*r^Bj^^BWrEfl ^S*^K*88 BffiS

Grupo ao alto, na Cascata dos Tatus, em S. Francisco.(Phot. da Reuista da Semana.)

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23 de Fevereiro de 1902' REVISTA DA SEMANA 63 - N, 93

vôo, descortinou a cabeça loura do Raulsinho, e adobra do seu vestido azul. E a virgem parou.

Esta criança pertence-me, disse ella. Queroleval-a também.

E effectivãmente deitou a mão aos seus finoscabèllos, suppondo que podía levantal-a facilmente;mas a criança era pesada, em proporção ao seucorpinho tão pequeno, tão pesada que a Virgemfoi obrigada a largar todas as suas offerendas, e apuxar com ambas as mãos.

Quando largou tudo, o linho, os tecidos e asflores, pôde emíim puxar a criança e então deixoude se espantar do peso. Penhor, sua mãe, affer-rara-se-lhe com os seus dedos moribundos e tambémá pobre mãe se afferrara o marido e o pae.— Oh! disse a Virgem commovida e alegre aover esse cacho de corações, Deus realmente naterra fez cousas bem formosas.

Enum panno do seu vestido estreitado metteuo pae, a mãe e o filho, três amores que tem umnome só — a família!

Paulo Féval.

B BI^CB ]\ÍB§T31E(Conclusão do n. 92)

Que bonitinho é este vermelho! E1 paramim?

Não, meu amor, é para outros. Levanta aponta dessa cortina que occulta uma porta; passapara o aposento visinho e alli verástrês homens em fila com a cabeça vol-tada para a parede e as mãos atrazdas costas assim, em concha. Namão direita de cada um delles põe umadestas rodinhas, depois vem ter com-migo.

Abby sumiu-se por detraz da cor-tina e o Protector ficou só. « Gertoque, em meio da minha perplexidade,feliz inspiração me veiu d'Aquelleque jamais abandona as suas creaturase lhes dá luz ao entendimento e con-forto ás almas. Elle sabia em quemdeveria recahir a sorte e enviou-meum mensageiro sem macula comoinstrumento dos seus designios. Outroqualquer poderia errar, mas elle nâoerra. Bemdito seja o seu santo Nome!»murmurou, reverente.

A linda fada deixou cahir a cor-tina atraz de si e prescrutou por ummomento, com infantil curiosidade,todos os cantos e recantos da vastaquadra demorando-se sobre os vultosrígidos dos soldados e dos prisionei-ros. De repente, o rosto dilatou-se-lhe em uma expressão alacre. — « Olha! Um dellesé o meu papá. Eu conheço-o pelas costas. Vou dar-lhe a rodinha mais bonita» —Em um abrir efecharde olhos, collocou os discos fataes nas mãos aber-tas e passando a cabecinha entre o braço e o cin-turão do pae, exclamou:

Papá! papá! Vê o que ganhaste. Eu escolhipara ti o mais bonito.

Elle fitou o sinistro presente e, cahindo dejoelhos, apertou contra o peito, em uma supremaagonia de amor e pena, o pequenino verdugo in-consciente. Soldados e officiaes, a principio para-

lysados perante a vastidão da tragédia, não pode-ram reprimir a dôr immensa que os torturava; ar-rasaram-se-lhes os olhos dágua e deram largas aopranto, sem rebuço. Silencio atroz! Ao cabo, o oi'-ficialxia guarda, fazendo um hercúleo esforço so-bre.si.próprio, deu alguns passos e pondo a mãono nombro do prisioneiro, murmurou melancoli-ca mente:

Muito me doe, senhor, mas o dever obri-ga-me!A que? interrogou a menina.Tenho de leval-o daqui. Muito me peza, mascumpro ordens superiores.Leval-o daqui? Para onde?Para... para outro logar da Torre.Não pôde ser. A minha mama está doentee eu vim buscal-o de propósito para elle lhe fazercompanhia. ;;: *

E passando os braços em^ volta do pescoço dopae, exclamou carinhosamente.:

Abby está prompta, papá, Vamos embora !Minha pobre filha, eu nâo posso. Tenho deobedecer.

A criança desprendeu-se do pescoço do coronele, correndo para o official, apostrophou-o, irada,batendo o pesinho:Já te disse que a mama está doente. Nàoouviste? Deixa-nos ir embora. Mando eu !Prouvera a Deus que o podesse fazer... masnão posso... Attençào, guardas 1... Braço... ar-mas! Hombro... armas!

Abby atravessara o aposento como um relam-

A vontade de Satanacto mais cruel que

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pago. N'um momento estava de volta com o Gene-ralissimo pela mão. Ao aspecto desse vulto tão res-peitado e temido, todos emmudeceram: os officiaessaudaram com as espadas, os soldados apresenta-ram armas.

Acudi-me, senhor. A minha mama estádoente e precisa do papá perto delia. Eu disse istoa estes homens mas elles não me deram ouvidos equerem leval-o comsigo.¦i 0 Generalissimo quedou, assombrado.

Teu papá, meu amor? Aquelle éo teu papá?Está claro que é, Sempre foi. A quem havia

de eu dar a rodinha vermelha, a mais bonita, senãoa elle? Quero-lhe tanto bem!

Profunda consternação invadiu o rosto doProtector.

Meu Deus! Meu Deusimpelliu-me a commetter ojamais creatura humana commetteu. E... sem remédio... sem remédio! Que posso eu fazer?...

Abby, desesperada e impaciente, gritou:Podes, sim, podes mandal-o em paz.E, soluçando:Anda, ordena-lhes que o deixem ir commigo.

Disseste-me que era só eu mandar porque tu obe-decerias e aqui está como tu respondes á primeiracousa que te peço !

Um raio de ternura'illuminou o rosto austerodo Generalissimo e pondo a mão sobre a cabecinhado lindo tyrannete exclamou:

Graças vos dou, meu Deus, por este inci-dente salvador, por me haver cie lembrado, por in-termedio do vosso mensageiro innocente, o cum-primento da minha promessa. Tens rasão, criançaincomparavel... Officiaes, obedecei ao seu com-mando! Ella falia pela minha bocca. Perdôo aoprisioneiro. Estás livre, coronel Mayíair.

{Versão do inglez.) Marc Twain.

Em Mairy, pequena aldeia de França, ha um ho-mem chamado Hédin que, desde 1870, nunca mais dor-miu em uma cama nem tomou alimentos cosinhados.Desde esse tempo que passa os dias e as noites emum bosque visinho, chamado o bosque de S. Pedro. Deverão, dormita era uma cova perto de umcaminho que corta o bosque, e de inverno

embrenha se na floresta, onde faz lumepara se aquecer, mas não para cosinhar,porque vive de raízes, de batatas e até dehervas, que colhe nas immediações. Nosmais rigorosos invernos, que são frigidis-simos nessa região, nunca procura outroabrigo além da cavidade de qualquer ar-vore. Mal coberto de farrapos, e com opeito nú, esse homem parece insensívelás intempéries. Nunca ninguém o viudoente e hoje, contando mais de cincoentaannos, parece que tem trinta. De pequenaestatura, os cabèllos, que elle nunca corta,cahem-lhe pelas costas abaixo. A barbatambém viu uma única vez navalha. Foiha trinta annos, quando o prenderam parao serviço militar, tendo de o mandar em-bora no fim de quatro dias.

Fallando a raras pessoas que lhes ca-ptaram a confiança, nunca pede esmola.Se lhe dão alguma pequena moeda, ac(cei-ta-a, mas trocando-a por qualquer objectoinsignificante que traz sempre nos boísos.Não acceita nem pão, nem outro qualqueralimento. Houve um dia quem lhe fizessebeber um pouco de aguardente, que elleingeriu com grande repugnância.

Tem ainda vivos um irmão e uma ir-mã, que nunca conseguiram arrancal-o

dessa vida de homem dos bosques. Hédin é inoffenbivo,mas tem manias curiosas. Nunca pega com a mão nodinheiro que alguém lhe dá; manda pousar a moedasobre o braço direito, que dobra para esse eíleito, ouentão quer que a deitem ao chão, de onde a levantadepois. Uma outra singularidade desta extravagantecreatura é não consentir ninguém á sua direita.

Foi uma vez única á aldeia, onde os garotos o cer-caram e acompanharam sem que elle desse signaesdeimpertinencia ou até de ter reparado em tal escolta.

Convencido o povo da aldeia de que não ha ninguémque seja capaz de o arrancar da floresta, hoje nem se-quer alli nisso se pensa.

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ESTADO DE HHVAS GERA ES -S. Pedro de Uberabinha - Grupo de criançaslevando coroas ao cemitério, no .dia de finados. ESTADO DE S. PAULO — JACAREHY — Gymnasio Nogueira da Gama.

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64 — N. 93 REVISTA DA SEMANA 23 de Fevereiro de 1902. H1 WJmMWtfwTBfftlJM

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POR ESSE MUNDO duas saccas de farinha de trigo, novecentos ovos etudo o mais em proporção.Diz o Echo de Paris que a justiça na Ingla-«egündo diz Le Journal, os cafés brasilpim* HnTL™ ape"aS i5'557275 fra™os. O ordenadoA^ na_-am em Fran™ do dL.L, a*.!*}-8}161™* dos juizes somma somente 3.826.625 francos.Acaba de ser installada uma linha tele-pnonica entre Londres e Bruxellas, pondo em com-murncaçAo directa, além daquellas duas cidadesas de Liege, Anvers, Liverpool, Manchester e Bir-migham. Mede a linha 463 kilometros, sendo 105submarinos.

~ A primeira linha terrestre da telegraphiasem íio, destinada a um serviço publico regularJá está em construcçào nos Estados Unidos, li-

T-jKuuivno cuz Le Journal, os caf</— pagam em França de direitos de entrada 156francos por cem kilos. Na Itália, 130; na Sanha105; em Portugal e na Áustria,'l00; na RuTa 95•'na AHeroanha, 59; na Noruega, 41 na lfiSSttW34; na Dinamarca, 33; na Suécia, 16; i a BeSca'10; e na Suissa 3. Na Hollanda n3o pagam nada'— No dia deseusannos, Eduardo VII mandou'aos recolhidos do hospital de Chelsea um plumpudding monstro, em cuja confecção se gastaram

gando Washington e Baltimore e dahiás mais importanles cidades da republica americanaTU total da energia utilisada em Franca nn..peio de machinas a vapor ao serviródUWà Pndustria* ó Ha 7nn ntv\ \\ r\lço das diversasumustrias, e de /OO.Ü00 cava lios. A Inglaterra p n«Estados Unidos u ti lisam dousmilhoSTeflAliem*nha um nnlhão c meio. Nestas c ias nlo S

S__SS_,M Cam'nh0S de fe™' -*«^ eSet°O exercito allemào, no anno corrente mm

cav_Ktvfs^SS ^ Pret- ° nUn,er° deFelp.

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REVISTA DAPhotographiâs, bistas instantâneas, desenhos e caricatura*

SEMANAEdição semanal Ülustrada do JORNAL DO BRASIL

Redaotor-eerente, Dr. CAND.DO MENDES - Redactor-ch.fe, Dr. FERNANDO MENDES DE ALMEIDA - Direotor-.echnico.

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GASPAR DE SOUZA

Anno III — N. o3 DOMINGO, 23 DE FEVEREIROTT^!mTm ' ¦ ¦ " i ¦ ¦ ¦¦ - > ¦*

_- . ... -- ^ Numero : 3oo réis

O CRIME DO MORRO SOUZA CRUZ — Reconstrucçâo da cobarde açgressão de que foi victima, no dia 17 do corrente, ás 2 horas da madrugada.no morro Souza Cruz, o pertuguez Antônio Maria Castanheiro e autor Lúcia no de ta^

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REVISTA DA SEMANA —Edição semanal illustrada do JORJVAL DO BRASIL

RAOUL.DE NAYERY

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(76)

OS ÍDOLOSxir

O REZERRO DE OURO

- Sim, meu irmão, mais do que na sua jus-ti£â, se é possível; pois, de todas as perfeiçõesdignas, a bondade, a misericórdia, parecem ser asqu^mais dominam as outras. Vossa morte vos será

||p|lmpensada em vossos filhos. Fallaes de justiça!pííl será íeita. Pereceremos hoje, amanha os nossos

^assassinos tremerão mais do que nós. Martyres de,;lii;ma santa causa,estamos certos de uma eterni-^Sdade comprada pela nossa morte.; mas elles! esses

gÉpseraveis! o que poderão esperar? Cobertos de^pplgue derramado, acossados como animaes fero-p!Jè&v:Loucos' de desespero, com a blasphemia nos, f'#íábÍQ>, morrerão amaldiçoando os seus amigos, e

aos que sobreviverem será pequena a vida cheia;' de angustias para expiar o morticínio de hoje.I^lgnoro quem se encarregará de vossos filhos,% -"mas ha almas nobres que se commoverão com;J;';;óp5Jbu abandono, e, em nome do Mestre a quem»|írvo, eu vol-o juro.

È%fprn quanto se trocavam, entre os martyres,estas supremas palavras, os condemnados subiampelo! boulevard de Amandiers, do lado da rua deParis, e caminhavam parallelamente ao boulevarddáslCorôas.l^fDúrante esse tempo, os clarins e tambores to-cavam uma espécie de marcha alegre, ás vezes do-

tminiada pelo canto da Marselheza e os gritos ferozesda multidão.

f|l|y#Ips federados, irritados pela calma concentradaV^doBlcondemnados, esforçavam-se por tirar-lhes a

paz da ultima hora, batendo lhes com as coronhasIfà^Jespingardas, as folhas dos sabres, e acabru-nhândoos com grosseiras injurias."De espaço a espaço, esta jornada do Calvárioatrazava-se pelo súbito apparecimento de um ma-gote de curiosos.^. Megeras, com um tope tricolor na coita e umlaiçõ vermelho na cintura, vomitavam insultos con-traos padres, que rezavam era voz alta.

JB Uma deltas agarrou emíum filho, ergueu-o noshornbros, e disse-lhe, com voz áspera :

~- Repara nos embusteiros e assassinos dopòyOíjfVão fuzilal-os. Quando ticares grande, mos-traces tanto ódio como lhes tem teu pae.

A criança, bonito anjinho alvo e rosado, olhousorprendido para os ;que arrastavam; depoisreconhecendo ao pé seú pae, na turba dos federa-d^s, estendeu-lhe os bracinhos.|fi Então um soluço ouviu-se atraz delle, e o fe-derado, voltando-se, viu correrem grossas lagrimasjj^rosto bronzeado de um oldado.1 — Meus filhos! disse, meus pobres filhos !W — Olha ! disse o filho.da megera, o pobre ho-;j|em está chorando.. .Porque chora, meu papae?¦3 — Porque o vão fuzilar em nome da com-

»,£>imiha'.íjf O menino, que nào comprehendeu, fez um movi-mento para enxugar as lagrimas do soldado.

A mulher o arrancou bruscamente dos braçosdo marido e desappareceu entre o povo; os garotos:;$|jjam-se e diziam graças sinistras, fazendo apostas

^'¦¦¦tábre a altitude provável dos condemnados, quando/pegasse a hora de morrerem.

H Um delles, um padre velho, cahiu. Levantadobrutalmente, atísomado de golpes, acceitou o braço

;.;tj^'um guarda militar, pois a força faltava-lhe parap/oseguir. Comtudo não queria parecer que ira-

Hqueára.Quando o sinistro cortejo chegou em frente á

ua de Paris, seguiu-a até o logar em que ella é cor-ada, á direita, pela rua Haxo.

O logar escolhido para a matança era a villa Vi-' cennes, cuja entrada fica no n. 83, da rua Haxo.Penetra-se nessa villa, muito conhecida dos ga-m tunos do bairro, atravessando uma pequena horta,

S á qual suecede um grande pateo, precedendo um|L corpo de edificações de apparencia sórdida, e nas

& quaes os insurgentes tinham estabelecido o quartel-f|general. Mais adiante ha um segundo edifício que,Hantes da guerra, fora preparado para sala de baile

campestre. Um alicerce, destinado a receber gradesenfeitadas de folhas nesse logar de prazeres sus-peitos, estendia-se até a altura da mão diante dasparedes do cercado.

Entre essa parede e o alicerce havia uma espéciede fosso, da largura de quinze metros.

Uma fresta bastante larga, que dava para umaadega, estava no centro."Quando

oá reféns chegaram á villa Vincennes,julgaram qne seriam fuzilados immediatamente,mas os chefes que deviam assistir á execução damatança ainda lá rrlo estavam.

Talvez, também, se quizesse simplesmente pro-longar a agonia dos martyres.

Um dos federados do posto emittiu a opini:Io defecha 1-os provisoriamente em uma adega.

Esta proposta foi geralmente approvada.A mal ilha dos insurgentes empurrou os infelizes

pelo corredor sombrio de uma casa, fel-os desceruma escada enlameada e fechou-os era uma vasta

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adega, que recebia o ar e a luz por uma fresta auedava para a rua.

Nem mesmo molhos de palha tiveram para dei-tar-se nó ultimo asylo que lhes deram antes a horasuprema.

Os padres ajoelharam-se e cantaram psalmos.Ent'io da rua irrompeu uma explosno.de asso-

bios. Homens e mulheres, mettendo as cabeças he-diondas de encontro ás grades de ferro da adega,escolhiam, na sua torpe linguagem, o que maispodia perturbar, embaraçar, torturara agonia dosinfelizes. Esta calma sublime forçava-os a uma ad-miração que lhes exaltava as fúrias até o delírio.

(Continua.)

RECREAÇÕESTvy x!^S~1A,

As soluções dos problemas publicados no nossonumero passado são as seguintes :

Da charada mephistophrlica, Fragata; da charadanovíssima, Arcole; e da charada casal, Cauallinho—Cavallinha.

Aymoré, Glorinha, Carmelita, Nhazinha, Dr. Apito,Aristobulo e Dagmar solveram todos os três proble-mas; Rose Provins, Pery. Condorcet e Bôer os dousprimeiros; Clio, Heitor'Lima e Gondoleiro os dousúltimos.

Para hoje apresentamos :

CHARADA CASTELLO-VIDENSE (NhaZUlha)

Lindo nome de certo barulho.CHARADA BENKDICTINA (Tupy)

2 — Esta ave tem cara de pato.charada josephinica (Glorinha)

AA-E' rio que tem. serpente.

T0RN1QUETE

SOLUÇÀO DO PROBLEMA N. 77

Em ter assento.PROBLEMA N. 78

Gomo poderá um fumista.deitar fumo pelos olhos?N/S/N^v^ «•s-^j" w

CORRESPONDÊNCIA

Nhazinha, Dagmar, Carmelita, Clio, Aymoré, Glo-rinha, Heitor Lima, Oiram, Sycophanta, Abacaro,Aristobulo e ZuL. — Recebemos os problemas.

Grandhomme. — Agradecidos pela delicada o flerta,Archhucdes Júnior-

XADREZ

PROBLEMA N. 113-Salvio (Rio)Pretas (10)

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Brancas (8i —Mate em 3 lances

PROBLEMA N. 114-Eugênio Pinto (Rio)Pretas (8?

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Solução do problema n. 109 (Eug. Pinto)

1 _T 7 í (Jogada inicial) 9 variantes.

Solução do problema n. 110-(Ocl. De Vincenzi)

1-C3B, R xCou3R-2-C5D etc.1 , Outra — 2 - D 4 C x etc.

Resolvidos pelos srs.: Theo, Lafs, Mlle. B. E, Anto,Silvano, dr. C. L.; Alipio de Oliveira, Salvio, Eug.Agos-tini, Roberts, e dr. B. C. R. (Palmyra) n. 109: Vedo, eps'; 107 e 108, (anteriores) K. R.

O problema n. 113, que hoje publicamos, está ex-cluido do torneio, visto não figurar sób ,o verdadeironome do autor.

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.....

I!' 1Partida n. 36 — Ruy Lopez

Brancas (Schlecter)1 P 4 P 4. R2(3 BR C3BD

B 5 P 3 DP 4 B 2 D

5C3B CR 2 RB 4 B P 3 T RR 3 T C 3 CB 3 C 5 BB X P X B

10D2D P4CR11 P 4 T B 2 C12 P X phH P13 T X T x. B X T14 Roque R 1 B15 T 1 B 2 C16 T 5 P 3 B17 D 1 R B 1 R18 T 7 B 2 B19 BX R X! B

20 P21 T22 P232425 D26 D27 R28 P29 C30 D31 D32 D33 C34 D35 D36 C37 C38 C

Pretas5 DX Bx.

X C4D5 Bxl.T

Tx.R

C R(2 Rl^P2T

T3T5 T3 B D x.MPBx.XPDx.3 C D2 D x.

(Steinitz)R 1 CRX TPXBD iR2

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1 BRB

X P4R

R 3 RT2 BR4 RP4DP5 DB.X PP 5 CD 4 DAbandonam.

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CORRESPONDÊNCIA

E. P. — Para corresponder á sua gentileza, apres-samo-nos em publicar um dos problemas que nos en-viou, deixando o de três lances para mais tarde.

O outro dous lances, porém, não tem solução nahypothese: B2C, pois, se 2—BX P, R><j T; além disso,,resolve-se clandestinamente com as jogadas:•Dl.BRe3D.

Toda a correspondência deve ser dirigida para aredacçã'-' do Jornal do Brasil, á rua Gonçalves Diasn, 54. # secção de Xadrez*.

Ileibas.

Brancas ^8; — Mate em 2 lances

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