Photographias, vistas instantâneas, desenhos e caricaturas.

REVISTA DA SEMANAEdição semanal illustrada do JORNAL DO BRASIL

Redaotor-gerente, Dr. CÂNDIDO MENDES - Redactor-chefe, Dr. FERNANDO MENDES DE ALMEIDA-Director technico, GASPAR DE SOUZA

A4QO IV - N. 166 DOMINGO, 19 DE JULHO Nttmei'0 : 3oo _?6is

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Chegou cedo, seu Caramba. A temporada aqui è em SetembroSei. \;m agora porque annunciam para breve uma grande lourada no dia das eleições. e como sou curioso

WS VISTA »A SEMANA-Ediçío «emanai illMtrada «to JORMAL 00 BRASH.

t>9VALSA por Eduardo da Silva Lima

SEMPRE NA PONTADedicada á illustrada redacção do JORNAL DO BRASIL

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PIANO

PROBLEMA N. 250--Dr. Antônio Pires[S. Francisco dos Campos)

Pretas (9)

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Brancas (9) mate em 2 lances.

PROBLEMA N. 251-Kohtz eKockelkorn

Ptetas (2)

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problema n! 246-^(Dr. C. Vianna)

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problema WM~~ (Pãlkorka)

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Resolvidos pelos srs. M.Lauriano,Theo; Ánto, Alipio de Oliveira, Vedo,C:%e Vincenzi^ Siívano, Jofemo, Gd,Octavio Ceva, Júlio Barreiros, Pequi-titã, Dr. W. tíentz, Salvio, RobertoOe Vincenzi, Caissano, Zut, MuaoiV. N., K. R e Eüg. Agostini;

Partida n. 84-fiambíto RicePretas .

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Brancas(Capitão Perwabo)

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REVISTAi'

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Photographias, vistas instantâneas, desenhos e caricaturúu

DA SEMANAEdição semanal illustrada do JORNAL DO BRASIL

Redactor-gerente, Dr. CÂNDIDO MENDES — Redactor-chefe,' Dr. FERNANDO MENDES DE ALMEIDA —Direutor technico, GASPAR DE SOUZA.,

Anno IV — K. 166 DOMINGO, 19 DE JULHO:« 1

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Numero : 3oo tféià

tfggg COLOMY-CLUB-A KERMESSE DA GRÉGHE

4a dous annos que, pontualmente, oti chronista deste semanário pales-

tranjmosseüsleitoresemdiaecolum-na certos. Faça sol ou chova a potes,hoia ou não haja assumpto, á horaprefixa o paginador, mudo e implaca-yel como umà sphynge, surge á minhaporta com a mâo estendida nesse.gesto profissional que todos nós, ho-

de que é chegada a hora do repouso^da vida animal, ao ar livre, bebendoluz e oxygenio, refazendo o sangue eos nervos. Ai do que resiste a taesadvertências e conselhos! Dia viráem que a perda das suas energias eforças se tornará irremediável.

na* Um sábio eminente, que nàoha Vmuito ensinava e punha cm praticaatlieoria, de que se nâo deve dormirmais do que cinco horas, mOrreu aos 31annos. O hércules ariglq-saxào con-fessà, sem se. envergonhar, que dormenove horas por dia; e quando a sorte

Assini, o chronista deste semana- ljiedçpara um somnp mais, longo, parerio vos abandona por alguns mezes,' ce-lhe que, a Providencia lhe fez iimqueridos leitores. Outro o substituirá, bom presente. Em vez de considerar

bem um ex-cellente exer-ei cio. Nâo oenthusi a s-mal, porém,os' passei os Jàpé. Por ulti-

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com mais sangue na guelra, maisfrescura de imaginação, fantasia maisprimaveril. Nada perderão com atroca, ao contrario; e eu irei buscarno seio da natureza farta e jocundaas forças que meescasseiam, a alegriaque me abandona, a vibração mentalque me desampara.-

Entretanto, pensarei com saudadenestes dous annos passados na ihtimi-dade sympathicà de tantas almas se-quiosas de Verdade e de Bèlleza, naconfidencia de/ tantas curiosidadesinquietas, no. segredo de tantos pro-blemas psycholdgicos qual mais com-pliçado e interessante. Quantas cartasencantadoras! Quantas revelações dasque só se fazem ao confessor e aosnossos autores predilectos!

Jacques Bonhomme.\AAAAAAAAA^AAA

gjir

LopesBarroca dirigida por 'mme./Adelinavieira, óndè se vê

mlie. Maria Adelaide de Almeida

.meus de lettras,iconhecemos pela suaim pertinência e teimosia. E o chro-nista, com os miolos fitos ou desso-rado?, transido de frio humido ou•flisüliando camarinhas caniculares,

a banca como o novilholá vae para

No Lyrico, durante a primeira re-jpresentaçásp do An-toine.douè çavalhei-ros elegantementeencasacádòs trava-ram conversaçãoanimada, cujo the-ma, como é de sup-por, era a arte, masa pura arte...

— Então meucaro, cqmprehendesa philosophia en-cantadora do Antoi-ne quando represen-ta;?-

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¦-t- Pudera nâo IPois nâo vês até quepara melhor de-monstrar a minha

como perdido o tempo dedicado aosomnq,, declara, Sahdoyv, que nâo sepôde-'empregar melhor.

De • manhã, ao levantar, tomaum: banho frio, e mi, desenvolve osmúsculos cóm pesos. .

Os apparelhos de gy.mnastica ins-piram?lhé pouca confiança, e muitomenos o trapezio ou as parallelas. i

— Se tivesse filhos^ diz, princi-piaria a sua educação physica aos dousannos.

Os exercícios d'este hércules emminiatura seriam, de principio, maisum recreio do que um tratamento re-guiar. Mas a partir do» dez annos re:guiaria a sua educação physica ummethodo progressivo.

Começaria por pesosdetresarrateise dous annos mais tarde, se a criançafosse em progresso, permittir-lhe-ia o

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Barraca da Buena-Dicha e mme PintoLima que a dirige.

mo, na questão de dieta, entende quecada qual deve comer conforme o

usodosdedouskilos.Aosquinzeannos appetite; unicamente prohibe damaneira mais absoluta o tomar-se chá ecafé, que aceusa de serem a ruina do

. estômago e perturbarem o systemanervoso.

para o açóugue,até que uma gestação perspiCacia vim coro'laboriosa dê á luz as tiras regulamen- r«

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tares. Nào importa! Em troca de mui-Ins horas de angustia, tem-n'as tam-

1 o chronista bem felizes, quando;>gá uma causa justa, quando a' 1 chamma da aspiração o illuminaraza; e feito o balanço entre

>s o perdas, ainda nos achamos'-aldo.Ias tudo tem o seu limite e nin-

: submette impunemente o cere-a um esforço intensivo. Quandomenos se espera, lá vem o terrível sür-

menaye advertir o homem de lettras

a minha casaca nó-va

benãd\•divov,lur;•COr.

Grupo de senhoras da Creche e famílias de sócios do Colomy-Club.

NOVO SAKSAO

Emancipam-se as mulheres japo-nezas, que durante muitos annos esti-veram sujeitas aos maus tratos, umaespécie de escravidão, recebendo, empaga do 9eu pesado trabalho, o suffi-ciente apenas para nío morrerem defome.

Este tratamento indigno foi ener-gicamente revelado pela imprensa.

E agora, obtêm já empregos nocommerciò, nos caminhos de ferro eno serviço dos omnibus, frequen-tam as escolas, e o não ter o Impera-dor e o Principe herdeiro mais queuma esposa, é de bom agouro parao futuro das mulheres do Japão.

exercitar-se-ianosdedous kilos e meio.E segundo a sua opinião, desse pesonâo se. deve passar nunca, por maisforte que ofatigám osfortificar.

Sándowdos pesos

homem seja,músculos em

porque sevez de os

e umA doutrina

grande enthusiasta

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Sandow é o homem mais robustodo mundo, um novo Samsão que levaás costas columnas de granito, dignaspelo seu tamanho, de figurarem nummonumento, já que; o outro Samsão, ^ _ v ,lvulll„„ „,. .„...,„,não tem opportunidade para derrubar ingiez rec0mmenda que não se proas de nenhum templo. Este homem, • vòque ¦ grande cansaso, que não se

cuja competência em {SiQSLm ((t0urs de force ^ (isto é, re-matérias athieticas e qÔrds.', o que está mais em moda), eindiscutível, partici- que n^0 ge desenvoiva exclusivamente,

do Samsão

rnpo <,e caixeiras e caixeiros das barracas á porta do pavilhão doColomv-Club.

pou ao mundo as suasidéas sobre a força e,conservação da sau-de, c na verdade éuma leitura interes-sante a do seu artigo,acompanhado de pho-togravuras, represen-tando o novo hérculesem diversas attitudes,e sem outro traje quea sandália dos anti-gos athletas e uma pu-dica folha de parra.

Dormir o maispossível constitue

Sara elle o cumulo

a sabedoria huma-

tal ou qual músculo, mas que se sigauin methodo que obrigue todos airem entrando em movimento.

Seguir as inspirações do caprichopara os exercícios ou fazel-os dumamaneira intermittgnte e não todos osdias, é cansar-se inutilmente, acere-scenta.

Para fazer a digestão depois doalmoço, recommenda como exercíciosexcellentes o jogo da bola e a bicy-cleta. Deste então mostra-se muitopartidário, mas com a condição deque o guiador tenha a altura suffici-ente para o cyclista não ir inclinadosobre a machina, como vulgarmenteacontece. A equitação parece-lhe tam-

Barraca Chineza e duas das vendedoras,mlle. Alice da Costa

Ferreira e mme. Alice Varadv.

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668 — N. 166 REVISTA DA SEMANA 19 de Julho de 1903

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pectivo guisado dentro, appãreceram de todas três! Tendes coragem paradispostos em pyramide, na ordem dos essaexistencia ?seus respectivos tamanhos. . £s três virgens .sorriram angí-lj.

Todos concordaram, em que os camente e ajoelhadas,'responderam,processos de que o mágico se servia ao Senhor :para fazer as sortes, não tinham ex- —Cumpra-se o Vosso Intentoplicação plausível. Não havia ajudam Repartiremos a força de nossas acertestes, nno havia alçapões, a caixa era com a humanidade inteira. Nunca "nosuma caixa com-mum o communseram as travos-sas, o balde e opeixe.

Talvez que sepudessem fazersortes mais ex-traord innriascom o auxilio dosàp.e trechos descena e'.nppare-itios de que usaoprestidigitadormoderno^ masentrando ape-nas nestas um

Santos—Club Internacional de Regatas—Praça do forte do ltapema de onde os con- chinez semi-nú, evidados assistiram ás regatas. (Phot. Marques Pereira) S(.ndo únicos ac-

A MAGIA NA CHINA

BIÁ-nos o New York Times noticia dealgumas habilidades de um pre-

stidigitador chinez, a que assistiu umdos seus correspondentes, e em con-fronto das quaes todas as proezas dosHermann europeos íicam a perder devista. Ahi deixamos a descripçào dealgumas :

«O prestidigitador tirou o casaco,enrolou em torno da calva cerviz aimprescindível trança preta e dispoz-sea maravilhar-nos. Todos os olhos es-tavam fitos nelle. Nâo havia na assis-tencia pessoa alguma sobre quem pu-desse pesar suspeitas de lhe servirde ajudante. Abriu uma caixa que tia-zia e tirou de dentro uma vasilha deporcelana, semelhante em forma e ta-manho a um balde usual de lavagem.Apresentou a a toda assistência e ca-da um a examinou, servindo-se paratal dos olhos e das mãos. Collocou avasilha sobre o chào, cinco ou seis

minutos a semente transformara-seem planta; meia hora depois a plantatornava-se arbusto, e decorrida maismeia; hora estava o arbusto carre-gado de flores semelhantes á açucena.De vez alguma, salvo quando desço-bria e cobria a vasilha, o operador seapproximava do vaso mais do quecinco pés.

A terceira^ sorte foi ainda maisextraordinária, e levou ainda maistempo a ser executada. De dentroda caixa tirou o prestidigitador uma

cessorios umacaixa e ura paii-no, ha de con-vir-se que esseoperador fantas-tico na sua profissão, era incontestavelmente um mestre».

... ) ,•;,' : iV _ •" , ¦

1RAM três irmãs

grande travessa azul, em cima da qual annunciáva que a,Divindade se esme- rava>lançou uma libra, mais ou menos, de rara em dar-lhes um reflexo angélico. _ ]

Aspecto geral do terraço do Passeio Publico antes do concertoás quartas esabbados. '

faltará animo em excesso, para bem.cumprir a nossa tarefa. Estaremosem toda a parte sob a vigilância doVosso Olhar Divino, curvadas e con-tentes da Vossa Vontade Suprema.

E o Senhor, abençoando as tres-Virgens, abriu a abobada celeste efel-'as descer até junto á humanidade

espe-

/WWMMMMMWMMMMA

AS THES IÍIMÂS

0 esplendor, dos seus rostos inteira, onde Missão Sagrada as: ¦ ' _.. „ ~ TM.f.'«rlorlo CiA PKTY1P- _~..~

arroz cru. Tod^snada tinha deanormal a traves-sa e que o arrozestava crú c bemcrú; verificámostambém, mor-dendo um punha-do de gràos quetiramos da tra-vessa. Fechou-sea caixa com a

examinaram que Nos olhos, a linguagem da can-

pés distante da caixa, tirou o colletee cobriu com elle a vasilha que, ao tampa. A traves^que a nossa vista e o nosso lacto ve- sa do arroz ioiriíicaram, estav;i inteiramente vasia.Durante todo o tempo que durou aexperiência o artista murmurou umatoada, uniformo, que, provavelmenteera uma exaltação a José (1). Dentro

c o 1 locad a nochio e o pannomágico cobria-a.O prestidigitadoragachou se en-

de um minuto retirou a cobertura da tão, desnudou os

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vasilha.A bacia estava eheia de água o

dentro nadava um peixe de tres polle-gadas de extensão.

A sua segunda proeza foi fazer

braços até o co-tovelo e acompa-nhando-sc á suamelopéa habitualexecutou alguns

A chegada do Prefeito acompanhado de alguns cavalheiros aoPasseio Publico, antes ao concerto desabbado á tarde.

passes por baixobrotar rapidamente uma arvore de do panno. Momentos depois, perceuma semente. Essa habilidade é -ulgar biam se movimentos ondulatorios dona índia, mas a proeza do chinez so- panno, a uma distancia que o opera-brepujou tudo quanto viram fazer dor apparentemente nào podia alçam-pelos fakirs hindus. De dentro da caixa çar. Dentro de meia hora o véo foitirou o prestidigitador um vaso de retirado. Em logar da simples tra-flores; deu o a examinar aos especta- vessa de arroz crú com que elle ini-dores, permittindo que os assistentes ciara a sua sorte, viamos com pasmo,o atravessassem com uma varinha, seis pratos de tamanhos deseguaes,

dura estendia-se á meiguice do sor"riso.

N'alma, a pureza mais que ímma-culada, alliava-se á generosidade dosseus corações.

Juntas, dispensavam toda a mise-ricordia que o Deus Eterno lhes dera

Filhas do Céo, disse a humani-dade cheia de contricçao, as nossasvidas vos pertencem! As lagrimas, quederramarmos, serão enxutas porvossos sorrisos, assim como os nossos^sorrisos nascerão de vossos olhos!Nào afasteis de nossas almas a gran-deza de vosso poder! Protegei os-nossos filhos,que vos abençoarão como peito cheio ae candura e o coraçãoa transbordar de amor puro! Filhasdo Céo, Deus seja Remdito, porquefica reis entre nós, humildes peccado-res de nossos primeiros pães !

E do manto azul, que envolvia aTenda do Senhor, um cântico celestedesceu até a,terra, annunciando aosmortaes que entre elles existia a Fé—permanecia a Esperança—vivia a Ca-ridade!

•Inlio Peixoto.

O Bronchial cura asthma, bronchites, influenza, coqueluche, tule -culose incipiente, etc.

Vende-se em. todas as boas phár>macias e drogarias.

afim de que cada qual ficasse conven-cido de que nelle apenas terra se con-tinha. Plantou a semente e cobriu ovaso com o panno. Dentro de vinte,

ao nascer.Afastadas, buscavam do Senhor o

.__ _o , allivio e sem manchal-o, entregavamconterido todos comestíveis diversos ao infeliz que o implorava, diante a metta-menãodo paiz e um único contendo arroz, lembrança de suas imagens. tornar mais;

Lulú.foi á despensa c comeu todo-oi doce que lá apanhou.

A mãe ralha com Lulú:— Menino, isto nào se faz, pro-

TJlf* A '

mas desta vez cosido. O nigromantemandou circular os pratos entre os

espectadores, pa-ra que os verifi-cassem. Todosacharam excel-lentes os guisa-dos de peixe, decarne e de galli-nha, que o 2hi-nez lhes apresen-tou.

A experien-cia terminouquando o chinezcollocou os pra-tos numa fileira,uns ao lado dosoutros, e os co-briu com umpanno. Vinte mi-

Contam, que ao nascer, o Senhor

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Banda do Instituto Profissional que tocou no concerto de sab-bido no Passeio Publico.

calor. Eternashutos depois, os sejam vocês, ape-pratos, cada um zar de que éter-d elles com o res- na será a tarefa

e muito feiochamou-as e disse: ser guloso...

— Insano e eterno é o trabalho — Poisque vos espera! A humanidade inteira sim, mama, évae precisar tanto do vosso auxilio muito feio,como necessita do Meu Soccorro. mas é bom.Nunca tereis ummomento de re-pouso e desdeque na tenracriança pulsarum coração, ovosso trabalhoir-se-ha augmen-tando. Eu formoos corações, masos corações nàopoderão viversemovossoalen-to, sem o vosso

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Santos — Club Internacional de Regatas — Embarqueconvidados no cáes da Alfândega (Phot. Marques I e

dosretra)

19 ntí Julho de 1903 REVISTA DA SEMANA 6e9 — N. 16b

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¦ r' Para maiorsegurança de suaerhpreza estu-dou a questãopor todas as fa-ces, aperfeiçoou,emendou, tor-no u a aperfei-coar...

Concluídotudo dirigiu-separa a dirccçàode commercioe industria.

— Venho pedir n pntrnt.p de in-vençào e o privilegio*de exploraçãopara...

. È expoz a sua grande descoberta.; ^ Excellente idéa;'S0£é E\ nr.o ó verdade? !

v—- Excellente, maèfssa patente e'esáèprivilegio foram concedidos aindaníToha bem um quarto de hora.

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Embarque.dos alumnos do Collegio de Santa Rosa na ponte do palácio do Cattetepor occasião do;anniversario do Sr. presidente da Republica

PANTALEÃO TARDIO/•^ii amava-se Pantaleào Tardio.^ A fatalidadedoappellidoacom-panhava-o desde os primeiros mo-roeu Los de sua existência.

Estava tudo preparado para a suaentrada neste mundo. Havia 36 horasque a parteira e um medico esperavamno quarto materno.

A família no compartimento con-tiguo, 36 horas havia que estava emprevisões, si seria rapaz ou rapariga,«prestando ouvido ao menor ruido.

Mas de tanto esperar cansaram;suppuzeram adiado o acontecimento.

0 medico declarou que ia ver osseus doentes; a parteira sahiu a cui-dar de outras clientes.

A família também precisava tomarar.

Mal toda a gente sahira Pantale'oviu a luz do dia. • ,:

A màe ia morrendo a falta de so-

Tardio amou. , /vVElla era nova, linda e amava-o.Pantaleào quiz estudar o caracter

daquella que desejava associai' a suaexistência. :

Discretamente continuou indo ácasa da sua amada, sem deixar adivi-nhar as suas intenções.

Ia observando-a. Mal acabou orava a historia de toda a dynaStia estudo, procurou o pae e disse-lhe:carlovingea, sem esquecer um facto. — Meu caro amigo, desejo, fai-

Era tarde, po ; lar-lhe a respeito dorém ; Pantaleào ^^asmVsasmflBasml Bflsasasasaaw casamento de sua

^âÚ ^^ Ah^1 ^tb^

O examinador esperou paciente-mente cinco minutos, ao sexto agi-tou-sc na cadeira; ao sétimo zan-gou-se e ao oitavo deitou uma espheranegra na urna.

Nesse instante Tardio nào só resJpondia a" pergunta como também nar-

¦ccorros.Pantaleão

atrazo na vida.Tardio entrava em

Esta estréa no mundo foi o prelu-•dio de uma serie de atrazos lamenta-veis, que se conspiraram contra odesgraçado, com feroz obstinação.

Tardio foi no collegio um alumnobrilhante, ou antes, esteve para ser¦um alumno brilhante.

Como nunca conseguira conclu rum íliema a tempo e a hora, nuncafifòra classificado.

Thegou a época dos exames ePantáleâO estava muito senhor de si,pois estudara como um mouro e sabiatoda a matéria.

No dia do exame apresenta-se e oexaminador pergunta lhe:

Em que anno nasceu CarlosjMa.-Tiio ?

Foi...Então diga...Foi...Vamos, responda...— Foi...

Am BbsBPSC Asisfl àn^H ¦' ¦ r »'Í'I R^« H R»vBWVÍlIiS^fWvVHlfeBfl iBffri'!! ¦ ¦ 0 JWtmmmmfrS ¦ mmwaTmwm mm\MwmwmwmmwumWjmL.

S. Paulo— <. José dos Campos—Caixa deCaptação do córrego do Ferrão

Era demais. Tontos revezes exas-prearam n'o.

Jurou que. fosse como fosse, haviade ser pontual daquella data emdiante.

Foi-o uma vez na vida.Tinha de estar em Bruxellas no

dia 13 á noite para um negocio ur-gente.

Levantou-se cedo e á hora dapartida lá estava na estação.

Pela primeira vez na sua vida nãoperdeu o comboio.

Atroz ironia 1O comboio descarrilou e Tardio

morreu.O cadáver chegou a Bruxellas no

dia 14 de manha.Estava escripto: nunca chegaria,

á hora.IMerre Veron.

Dean te de um pobre diabo, queos; escuta com anciedade, dous medi-cos. discutem sobre o diagnostico damoléstia que o prende ao leito.

Mas eu affirmo que é a febretyphoide.

Nunca!Nunca! Ha de ver na autópsia.

fíE-pLiGAIa

S. Paulo — S. José dos Campos — Caixa de captação do abastecimento d'agua

de Pantaleào tinha boas protecções ; foi pedida por X? Ia agora justamenteum dos ministros de Luiz Felippe era convidal-o para padrinho,seu patrício. Pcdiulhe um emprego :1

JmW Bnl mWKJBl BH A'iVàlMBaí M^^^BB BHsf8ffJ BP^K*'^¦sH^^T^si BW^-^^sH BhW

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para o rapaz.O ministro disse-lhe:

Manda lá teu filho que o em-prego logo.

Estava aberta a carreira. Imagi-ne-se a alegria da família.

No dia seguinte Napoleào Tardiodirigiu-se ao ministério.

De casaca preta e gravata brancajá se suppunha chefe de repartição,director geral, e, quem sabe, talvezministro.

Mas ao chegar á porta do minis-terio o porteiro gritou-lhe :

«Onde vae? Não pôde entrar.O sr. ministro marcou-me uma

audiência para hoje.— Náo deve ser má a

audiência...A revolução de Feverei-

ro rebentara e o protectorde Tardio fugira.

Pantaleào resolveu lan-çar-se na industria. Era ra-paz de iniciativa.

Procurou... procurou...leve uma inspi-raça o soberba :um processo ine-dito para fa-bricar nào sei oque.

Jogou na Bolsa.Farto de perder na alta arriscou-se

na baixa... na véspera da tomada deSebastopol.

Tardio tinha um prédio: vendeupela metade do valor dous dias antesde ser desappropriado pelo quintuplo.

pàrtiste, minha irmã. te foste embora !Maria Antonieta

E eu parti/.: soluçante de saudadePor te deixar e o nosso lar ditoso,Eiii demanda de um sonho venturosoQue. mais tarde; tornou-se em realidade!

iMas. um dia, voltei... Que Plicidade!Eras a mesma e, o mesmo, nosso pouso...Hoje. ao pensar em dia tâo saudoso,Uma tristeza dideida me invade!

Eu parti e voltei... e tu. querida.Me esperaste a sorrir, no lar paterno...— Ouanto mais triste foi lua partida!

Hei de esperar-te em vão, Outono, Inverno...Pois. de novo me esperas, insoffrida,No lar azul do nosso Pae Eterno!

8-XII—1901Zilda Gama.

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• líuilo — s. José dos Campos — Arco conduetor da linha demanilhas do serviço de captação das águas

Era a íortu-na que lhe sor-ria.

Os alumnos do Collegio de Santa Rosa na ponte do palácio do Cattete,encaminhando-se para a barca

N. 166

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REVISTA DA SEMANA

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19 de Julho de 1903

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rastejos de plantas .condemnndas.Lama e pedras, solo desalentado emque se nâo sentia o fogo (IVsso enormecòraçno de Iunie, que palpiia nas pro-fundezas de toda a Terra, eéa fonteremota onde as plantas yao buscar aexaltação que as; levanta nos ares,tinhp para ella toda a crueldade d'umseiolde&amorpso de madrasta.

Dentro dvella, pelos invernos fora,tiritavam-lheasráizes com frio e tinhaagonientas sôdes de sol, lutando,num esforço, pela vida n'uraa febreestranha, entre repulsos do solo e

Mais uma esplendida corrida serealiza hoje nó sympathico e ele-cante prado de Itámáraty.

ppQgramma, màgnificamenteorganisado, í>or certo despertará eri-thusíasmÓ- entre os amadores do sport-hípico* e offerecerá margem para electnsantes lutas em todos os pareôs.

VOs nossos prognósticos silo osseguintes:

• -é M Ouvidor^-Biva.Iguariaçá—Thiers.- Tymbira—Graciosa.

Vanda—Lola.Sentinella—Libertino.

V Cambyse—Cahgussú. '

AZARES

Therezopolis, LeSo, Galopim, Ne-oulosa, Dumont e Gravàtahy.

Historia d'uma arvore estérilCerta manhã o lavrador viu, pe-

quenina e verde, entre as hervas, umaarvorezinha que tiaziaá flor da terrabrava e inútil um grande desejo devegetar. Enâopen- .sou o homem, todoentregue á sua ta-refa de destruirraizes nocivas,que,transplantada paraoutra terra, a ar-vore pequenina se-ria mais tarde umaarvore do seu pó-mar, cheia de fru-tos doces... Lá adeixou onde O aca-sp a semeara, eonde ella surgirabem enganada na-quella aspiraçãode crescer, coita-dita: porque,.alli,nem raizes d'aço,agudas |como gar-ras, conseguiriamferir a insensibili-dade fria das pe-dras, que lá topa- Jockey-Clul»—Aspecto da archibancada dos sócios porocça-ria no fundo,irrita- sião do Grande Prêmio Guanabara, no domingo Ultimodas e ásperas como ; í-v,: ¦em recusa. Por isso, desde pequeni- desejos de luz que eram uma fomena, viveu alli só, bisonha, isolada soffrega e torturosa,das outras arvores, solitária e esqúe-cida no recanto e pauldo arreto, naobscuridade arrefecida d'altos mu-.ros, onde só medravam ervas damni-nhas, ervas venenosas que fugiam áluz do sol para serem grandes.

Aquelle somitego.pálmó dè terrafria e humida á boroa do poço, Liofundo crue até a água de séu naturalclara e límpida se tornava negra dén-tro delle, era hostil á sua naturezad'arvore delicada, nascida para viver ciosa das hervas espesinhadas á beirana luz e desterrada na sombra entre do seu desamparo. E nem ao menos

bonita era! Paraque nào fossemmagoal-a, teme-rosa de que osque passavam in-ditterentesnasuaalegria, e, comcerteza, para ellarnysteriosos n asua alegria, co-mo, na sua ob-scura dòr myste-riosa a arvorepara elles, nãofossem estrimal-a, de pequeninaque vinha a re-trahir-se, a fugirn'um esforço quea deixara aleija-dinha e torta,sem esse na"o sei-quô de graça quenos faz pousaros olhos sobreuma arvore,eter-lhe amor comose fóra a umacreatura.

E, assim,com os seus bra-

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citos magros a er-guerem-se ao cèodistante n'um ges-to nervoso e affli-cto da sua nudez,lá se lhe foi a in-fancia tristíssima,pedindo uma sedenegada, d'aquellesol pródigo e ma-gnitico que lhefurtavam, louro,amoroso, que bei-ja^ alegra e fecun-da, e de que nuncavsentiu um affagosequer.

Roubar o solás plantas é fazei-as desgraçadas,penso eu ; a luzardente, a luz di-vina que nasce nocéo e cae do céoe amadurece osfrutos e abre asrosas, é o sorriso

Esquecida, deixada ao abandono,sem os cuidados e os caijmhps que.davam ás outras, sentindo^a-j toda ahora a mordedura éffi^l^ilqra dos;animaes brutinlios e òs «iiâos tratosdas crianças, humilde á fòPçá, tirhidapor medo, no seu abandono, assimíoi, arribando, sab(í Deus como, ábeira do atalho, vendo passar cançõese risos, incomprehendidós contenta-mentos humanos, sobre a dôr silen-

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que fecunda e cria,é o amor que en-tumece um ventreem nome do Se-nhor Deus.

O sol ama edesposa a Terra;a Terra deseja osol; vedar, pois,um pedaço desolo á sua luz, é como que fomes e que raivas... — tentemosque um crime de lesa-maternidade. adivinhar, desçamos Ia ao fundo'

Jockey-Club—Um erupopor oceasião da chegada do GrandePrêmio Guanabara, no domingo ultimo

Imaginemos que se furta violentamente a um leito de nupeias o corpovirgem de üma noiva. E' aniquilar to-da a obra bemdita do Amor!...

E á pobre e miserável terra que acriou com desamores de madrasta,apenas chegavam reflexos frouxos da

nâo fariam os seus enormes diasd'arvore enjeitadinha \e desajudaüan'aquelle conflicto da sua próprianatureza com a condição avara daTerra?...

Oh!... Vamos lá nós agora enlen-der a longa tragédia de dores, dan-

Joclíev-Clul»—A sahida dos animaes p^ra a raia paia disputar* o Grande Prêmio Guanabara, no domingo ultimo

immensa luz, rebotamos da claridade cias, de esforços, de luta, realisadacreadora que sentia entornar-se á farta pela semente para tornar-se raiz, delonge das suas raizes, pelos campos raiz a planta qúe viceja, de .'planta auberes, onde sob o céo alegre o seio fruto que colhemos.,,da Terra amamentava as plantas com Se o nosso pequenino entendi-carinhos (Jei ma"e amorosa. mento podesse medir o esforço que a

E que estranho drama, que dores lindesa ingênua d'uma flor representadesconhecidas, que secretas agonias, na vida mysteriosa d'uma arvore,

seriamostodos pas-mo ei um-caos anteuma aivo-re em flor,e regaria-moscomas.nossas (a-.

,g r i m a sagradeci-das a raiz,de cadaplanta, tftl-vez!

:.E, í>hTerra nú-sericord.o.sa e prodi-ga! oh Te-jvra cheia e3bon da dr,tu seria? pnossa ivii-gião, a g--;ite devflfi»'talvez carvar-te ti ejonlhn:- eficar ante.vós oh ter-jra ve !• ( cdas prima-verasUoni'm o v imentf,mãosgüidas.

Foi es-sa lula,sem a pro-tecçào doshomensjrer mi nal1,3o a custonum palmod 0 solohostil, rai-zes proeu-randovào l>(>*7«£r>.

ie

— Eii queria me ver livre do theatroe afinal, acabo vindo ao theatro livre.

O Bohemio — Que maganâo! Comcerteza é algum,livre pensador. EífSSrZZTSfifíu^^

rlttIO

19 db «ulho de 1903 REVISTA DA SEMANA! 671- N . 166

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THKORIAS— O theatro livre, minha cara, consiste em fazer tudo no material, sem

ficções nem convenções; o actor tem de viver o papel. >-'Ah ! Comprehendo; tendo de morrer em scena, o actor deve morrer

bem ao vivo. . .

pedrcgulho leite vivifícante num seioestéril,—desacirado, faminto, sotfren-do na sombra arrefecida a tentaçãoda luz alta e arredia,—foi essa lutaque ella soffreu, sem um queixume,humilde, a arvore dcsgraçadinha eabandonada!

lv um dia chega-se .a Primaveraporalli e diz lhe: sobe!

Nunca ella vira abrir nas manhãsa rosa esplendida do sol; nunca sen-tira a com moça o da luz intensa, quetraz a alegria de florir, a alegria decrear. \ ..-._¦

.Para lá dos muros" fó.rà daquellaprisãoí, a terra sorria, moça, comouma oiva linda que se entregasse aosol,;, livinhava ella.., È naquella pai-

Jfy?

pitação imjnensa do seu seio carre-gado de volupias chegando até ellasmysteriosamente, lá percebeu conten-tamento de raizes e alegrias infindas,que se poz a cubiçar, em quanto ouviarumores de plantas louvando o solbenigno, presentia braços verdes ásua volta, erguidos no grandealvoroçodas seivas, a chamal*a.

E ao alto o céo abria-se num clarão:e tudo a tentava: as alegrias mudasque presentia, um raio de sol varandoas pedras e achegando-serlho:—Anda!

E a voz da Luz annunciando aTerra :

— «Que Ijtemdi.to fosse o fruto doseu ventre))....''/.jn :~

E a'voz da N^Utíreza, distinguindoas arvores:

—« Oue bemditas eram entre as

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em que tomaramFesta Méa< — Concurso de tiro ao alvo no Jardim Zoológico.•^,4. , parte as senhoritasJulieta

©1 Gálaza, Mercedes Calaza, Sarah Sobral e Argentina Benham

mezas com rubis e vestido de sedaroxa, assemelhando-se a uma esplen-dida aurora; á segunda-feira, trajecinzento prateado com pérolas, comoum pallido raio de lua ; á terça, rosacom coraes; á quarta, verde com col-lar, de esmeralda; á quinta, sedaamarellada com enfeites de pedras

plantas por que lhe dava a materni-dade na íuz;;entre5flores;...;))

Gorgeios d'aves tontas, e frêmitosdar e-sol; o grande sorriso d^uro noCéo iftuítò alto,-passando por cima,tudo:éra: uma: tentação; E foi entãoque, ajudada- de 'seiva desperta, foisubindotate o müro,! onde a Prima- ....^ ^.^ -— ,,.,^.^^ w, F^^»o.vera àrabàhdb chamadas «olho de gato», ficando as-terra*que lhe sorria, a ver áquella sim essa «toilette)) mais yaporosa éalegria da Natureza feíiz, desde a ideal; á sexta, todas de branco comherva^.que rasteja ao arbusto que vive brilhantes nas orelhas e nos dedos ;no ar^ídesde a pedra qué reverdece ao sabbado, traje de um deliciosonos m^gps^áí agüa.que passa cor- azul celeste enfeitado á saphiras.rente,como risos fugidios ç brilhantes Nâo .sabemos o que ha de verdadena expressão da payságemi.: ?;r'.n ' ou o que aúgmentou* a fantasia na

^^ i: \ ¦• ¦ ¦'~ descripçãO) desta moda ; mas para a£"" ? » ' imitar o qiie é certo é que tornar-se-

Mesmo sob o muro, estava então ha mui cara.um pomar, pomar vistoso, què eracomojí jittnà grande família devoresfestejando o sol, uma eonfusão amo*rosa M«. braços entrelaçados, de sor- I

a flutfflfl^^iííSí^LÍ.^ik^t^lb flfl Hhím. ¦*#UF*;rWtZ3 *™j2Ã á-flK&BF^ ^sfflfl MflJLu^ |^--'-"; '"^^--M,< l-^- ¦'''"'-f^JUBr fl BBfc f^BBBBBB^fjavjSSHfl^t.- '.'-rjl BVfl P*n|

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Santos —Club Internacional de Regatas—Face latteral do barracão,ponte de embarque e escaleres a 6 remos Guarany e Brasil

GUftfOSIDADESmais antiga fabrica de phospho-ros existe na Suécia.

— Os cartões postaes foram ado-ptados pela União postal Universalem 1880. Na Áustria gastam-se actu-almente 100 milhões de cartões e naInglaterra mais de 250 milhões. Cal-

cula-se que oconsumo an-n u a 1, nomundo intei-ro seja de milmilhões.

- A tor-ça de em ele-phante de ta-manho reçu-lar é egual áde 150 ho-mens.

- O livromais caro domundo está

na bibliotheca do Vaticano: é umaBiblia em hebreu, de extraordináriovolume, que pesa 162. kilos São pre-cisos três homens para movel-a. Em1512 os israelitas ofíereceram ao PapaJúlio II o peso delia em ouro. O valor

risos de flor, na atmosphera clara efestiva d'aquella manhã que rompiapara ellas.

Nas ramagens finas, transparen-tes e miudinhas, como arrendadosverdes no ar azul e ouro, musicas de , .. „ r_..„ ....... ,.„, v,Ltl„. vninhos, beijos ardentes de sol, volu- actual seria.de dois mil contos,pias, tonturas que as requebravam, — Aopalaé a pedra mais difficilarvores graciosas e tenras, sob um de imitar,affago sensual e apaixonado da luz. — Em Veneza, na Ilalia, ha um

Perto, uma videira lubrica, ora café cujas portas nâo se fecham hase enroscava, como quem abraça, ora 150 annos, funccionando dia e noite,cahia, como quem cança de beijar, — O movimento de algumas es-dos braços de um damasqueiro forte trellas é calculado em 19 léguas pore rosado. Mais além, amendoeiras — j~esguias, nervosas, todas desfeitas emflores, sob a caricia terna do sol...

.Iofio Corrêa d'01iveira.

£ (Do livro A tma Verde).(Continua).

segundo.— O maior crescimento da mu-lher é aos 15 annos; a do homem

aos 17.As mulheres de S. Petersburgo

alcançaram uma pequena victoria.Reunidas ás alumnas das escolas

publicas foram autorisadas a nâo pa-Uma moda original reina neste garmais do que meio logar, seia aualilí»nfr\ entro rv nrt»Qt-»Hí» mnn/ln 4Yv ?An r. n/1»/!» 1 ^i •*. *

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grande mundo fe-

Fcsta i«»ôal — Km beneficio do Patrimônio Escolar da Irmandade de Nossa Senhorado Monle Serrai, Houler de Tonneuux — No Jardim Zoológico

momento entre omenino de Siâo

E' a harmonia das pedras preciosas com o vestido.Ao domingo adornam-se as sia

íôr a edade, nos vapores qne através-sam o Neva e os seus numerosos ca~naes.

Havia muito que pediam estaconcessão.

672-N. 166 REVISTA DA SEMANA 19 de Julho m 19Q3

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SaamavJHXSf^>nÉlBHBaaBaBBi RaiLi'^ ¦¦*¦'RI RllB^ffiRl RoléuíLlú ',«.*'¦: > ii

bica, tn mbempulverisada, 50grammas de a.lu-men em pó, 120grammas do vi-trio Io verde e 48de páu campe-che. Junta-se tu-do á 4 kilogram-mas d'agua, ad-dicionam-se 30grammas de gly-cerina, e faz-seferver d u ra n t etrês quartos dehora, para filtrarem seguida, an-tes de colíocarnas garrafas. E'desnecessário di-zer, que esta tin-to presta-se á dar copias, pois contem na minha opinião elle é bastante

¦;.- òl\- oo Jornal ao^.sijfe-"- -

Offlciaes do cruzador Barroso, cm Punia Arenas, Chile

m

Juiz de Fora — Grupo tirado na chácara do Barão de Santa Helena, no dia 29 deMarço de 1903

DOCUMENTOS E INFORMAÇÕESChuva e negócios — Mas o que

tem a ver a chuva com os negócios?exclamara o leitor. Tudo; responde-lhe o meteorologista americano, Clay-ton, com o seu estudo «Influencia dachuva sobre i> commercioe a política ».Neste trabalho, o autor examina asquantidades annuaes de chuva cahidanos valles do Ohio e do Mississipe,que sao os grandes centros agrícolasda America do Norte. Comparandoestes valores com a marcha dos nego-cios nos annos correspondentes, ob-serva-lhe que missa successão de ai-guns annos caracterisada por umdéficit de chuva, corresponde sempre$ alguma crise commercial ou finan-ceira muito pronunciada.

Assim os desastres financeiros de

velho mundo, demais ou menf)schuva. Se é as-sim, vamos to-dos, caros leito-

1837,1857,1873 e 1893 qne pesaram tanto ^ ^nde FnSsobre a America do Morte, foram *

terra cnuvatodos produzidos após 3 a 5 annos de muua chuva! '

chuvas poucos abundantes. Claytonencontra, também, uma relação entreas flutuações do nivel do lago Michi-gan e as diversas vicissitudes obser-vadas na manha dos negócios. Estelago pôde, com effeito., ser conside-rado como enorme reservatório deáguas pluviaes. Se ha excesso dechuva, 6 seu nivel ultrapassa a média,ao passo que durante os annos desecca,a evaporação o faz descer abaixodo normal.

Nao deixa de ser verdade que oseconomistas attribuem á dilferentescausas, as perturbações nos negócios;a verdadeira causa, porém, na opiniãode Clayton, está na abundância ouescassez das precipitações aquosns. E'deste factor que depende o suecessodas colheitas: a abundância de ce-reaes acarreta comsigo baixa no

políticos dos Estados-Unidos,e mesmode outros paizes, se manifestam sem-pre após uma serie de annos semchuva. Esta particularidade é de fácilexplicação. Um partido político queoecupa o poder*durante longo períodode falta de chuvas, terá que ver eouvir os desastres por toda a parte eas lamentações de toda a população,ao passo que o partido que governadurante um periodo normal, sob oponto de viála da chuva, verá o com-mercio prosperar e todos dirão queisto se dá graças a boa administração.

Como se vê, para Clayton, tudodepende neste

glycerina. Ainda mais, esta formulaparece querer voltar ás velhas tintasde que se serviam os nossos avós,onde a nóz de galha, entre outrassubstancias, dava uma coloração muitomais durável do que as cores de ani-lina, de que se faz hoje uso quasiexclusivo.

O Moreira esteve á morteCom asthma, mas afinalCurou-se, está gordo e forte.Forque tomou o Broncbial.

^MMAMMMMM^V«MWW\/«

sua mu-Na policia:Porque razão feriu

lher com dezesete facadas?Sr. delegado, era para seu bem!

A pobre mulher era anêmica e os me-dicos diziam que só o ferro podiacural-a.

Para soldaro vidro ao metal — O processoé aconselhadopelo Drngzistcir-cular, que assimo descreve :Aquecer a partedo objecto de vi-dro onde se deve fazer a soldadu-ra ; em seguida ahi passar, comum pincel de cabello, levemente, umasolução de chlorureto neutro de plati-nade mistura com óleo de camomilla.Deixa-se a evaporação lenta produzir-se soba influenciada temperatura que

il^^'^^^¦X:^>iWf;i'^-^''^•';^ '-\w"Vv^w^t^awtt^i 1iMmn^^aawBa«BBBÍH ».'¦'* ' :' -

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m-telli^ente e dispõe de larga somniàde sisudez.

Dous predicados esses que oChico Pedro conhece por ouvir fallar.

E' uma injustiça da tua partejisso que dizes!Digo e repito; o Chico mio'

vale o tempo de uma discussão, toda-via, lias de,me dizerem que te apegaspara tanto salientar a intelligenciadesse homem.

E' fácil provar.Vejamos.Tu sabes que o Chico Pedro é

a creatura que menos falia, não éverdade?

Ahi estamos de accordo.Pois bem. Raras são as pes-

soas que lhe ouvem a voz. Ora umhomem que constantemente guardasilencio, que não falia, com medo dedizer asneiras é ou não um homemintelligente?

Também estou de accordo.W ou não um homem sizudo?Ainda estou de accordo.Pois o Chico Pedro está nestas

condições; guarda silencio constante-mente porque sabe que nada sabe, etem medo ae, em cada palavra, dizerquatro asneiras; logo é um homemintelligente, sizudo e circumspecto.Negas isso?

Não, meu amigo, nâo nego.Sou da tua opinião: o Chico Pedro éum homem intelligente, sizudo e cir-cumspecto.

Tala co.•vs^aa^^AAAAAAM

Officiaes do cruzador Barroso, em Punta Arenas, Chile

— Incontestavelmente é um rapaz

preço dos viveres e certa abastança possuía o vidro, e desde que não seentre as populações. Da ausência desla manifestem mais vapores esbranqui-abastança proveio o apparecimentode.crises econômicas e sociaes.

E, ainda sobre a política, actúa aalternação de períodos seccos e deperiodos humidos, diz Clayton; De-monstra elle, com o auxilio de estatis-ticas, que os grandes movimentos

Rjflfcfjm "j|mj^^^^aTRfaaWtSTi\AjrRawPlaTWraRam- r^f.1%1 iMa^^aaaaaan rmRaTRaaaaal <aaV

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Officiaes do cruzador Barroso, em Punta Arenas, Chile

çados, aquece-se o vidro fortemente.0 chlorureto de platina reduz-se, en-tão, a umacamadametallicabrilhante.Colloca-se o objecto em um banhoelectrico, de modo a obter um depo-sito cuprico sobre a platina, e é pos-sivel, então, effectuar-se a soldadura.

Nova tinta—Está obtendoactuai mentegrande suecessona Inglaterrauma nova tinta,de que encontra-mos a formulaem um dos ulti-mos números daNalure.

Para a pre-parar, misturam-se 500 grammasde nóz de galhapulverisada, de-j3ois 80 grammasde gomma ara-

bem intelligente.Quem?

O Chico Pedro.O Chico Pedro?

jando; não ha quemignore ser elle incapazde ligar duas idéas. Asua estupidez é tal quejá se tornou notóriaentre os seus conheci-dos.

Es injusto. De-cididamente tens moti-vo de aversão para como pobre do Chico Pe-dro. Pois meu amigo,

Estás grace-

Em um exame de cocheiros:Em prjmeiro logar, o senhor

deve ser corteze delicado com ospas-sageiros; evitar questões, não abusarda tabeliã c depois...

Depois!...E seja honrado... Por exemplo,

se o senhor encontrasse no seu cíum embrulho com cem contos de ique faria?

Nâo faria nada. Ia viveimeus rendimentos.

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|9 de Julho de 1903 REVISTA DA SEMANA 673 N. 166

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Colíegio Pariz —Fundado em 12 de maio de 1877—Sede em Maxambomba. Director: Major Augusto Monteiro Pariz.iTh

OS CAMINHOS DO DESTINO o soíírer mesmo? Eu prefiro, pois, o a conquista da Áustria. Representa-

WWwv^

primeiro caminhoE passou

Em velho, muito alquebradoemuito

calvo, sentou-se uma vez a beira,de um caminho, que se bifurcava logoadiante. ,

. Pouco depois,uma criança esbeltade louros cabellos ondulantes e lindosolhos azues, approximou se delle elhe disse querer seguir.

Então o velhinho lhe fallou :Aqui tendes dous caminhos:

umv cheio de tortuosidades, cheio depedras, é o caminho do soffrimento,o verdadeiro caminho da vida; outro,matizado de plantas, cercado de ílores,é o caminho da felicidade, temporária,o caminho do sonho, da illusão.

Pois eu quero este, disse aloura e esbelta criança, que outra nãoera, sinãoo amor.

E seguiu.Logo depois veiu uma rapariga

robusta, com as vestes grosseiras, osseios nus e desgrenhados os negroscabellos.

Para Ponde devo euperguntou ella ao velhinho.

NSo ha maitò me indagaramisto, disse elle. Aqui. por este caminhozinho pedregoso, ides á realidade,anciães, viveis, como vos manda asorte; alli, por aquella estrada per-famosa, matizada pelas iloi'es e peloverde-' laro da folhagem nascente, idesá realidade também, mas, notae, ellaé a felicidade passageira, o' caminhodo amor: o sonho que enlevai, masque termina no desespero.

Eu sou a própria Realidade,respondeu a moça. Si em viver, eu jásouto, porque hei de enganar-me com

Em um se fizeram os dous cami-nhos.

E delle, em uma noite enluarada,triste noite que estava então, umadébil voz se fez ouvir, tão débil, tão sahiu de péssimo humor, e entrando

nas Tulherias inan-dou chamar Rému-sat (1788 a 1832) en-

va-se o Cid, e os papeis tinham sidodistribuídos aos 20S e 30s actores, em-fim1, um conjunto de fanhosos, detnáos artistas, vociferando e estropi-ando tudo.

O Imperador, depois de ter ouvido2 actos d'aquella ridicuife parodia,

carregado da

seguir?

fraca que seperdia quasino murmu-rio d e u mregato longinquo.

E depoisos soluçosfizeram-nades ap pare-c e r : e opranto, e ochoro tam-bem. ..

Mas lon-ge, muitolonge,uma voz vigo-ijoaa cantava, entoa-va hymnos de ale-grife. .

As duas vozes,sabem-no todos

—eram as vozes doAmor e da Reali-dade, ou—por outra

eram vozes da própria Realidade, censurou-o asperamente pela sua cul-porque ella resume também todas as pada incúria,que deixava entregue aodesillusões, todas as torturas e per- riso publico uma obra prima de Cor

-atftâaáHHHBáy^^N. c ° m*é d l eW^^K^Smm^m^Êt^Ê^' ^\ Française, e ;%l

XfaflN <$**&£fijlmjÊÊm&J^ -j\VaS i aalr {PrmmW*-:l ' ^IhBIHSI IHS m IPIiwí'IH MMm ''iTT- Tj*»ü*;.^» , ãfl . : :. [ Bk-IS**»^ BB^WbbBi i ^^ffflaWa^Efl iaBnS^rTI'» ¦ »¦ a» '*

&**~flfr: •,:;fi piZ^^EZSSmmMM Mm'MWM SiispilfníaTTlV

^^mMm^rMÊffSSS^fM laa&^rr— - -^ClSí^J*- - 72 aa>SliBflafl BuSHa^iaff

Paraná — Castro — Um cesteiro

íidias do amor.Fausto iMaltloiiario.

Napoleâo I (1769 1821) foi umanoite, inesperadamente, para o seucamarote, no Français; estava-seentão entre a conquista da Prússia e

II - '¦; i-'Hfl P-v-,--> ^-:'>8nPSaa^ãGft^y#á9^' ''>'-;^^^^'^V-fl »'•>.'¦ \flfl-* • /•;j«B,-v^ •.'¦::<¦;'-: ¦& ••..'v'---rspi- -||

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Fesia de Sanla Isabel — A procissão sahindo da egreja da Misericórdia

neille (1606 1684).Rémusat detendeu-se como pôde,

e entre outras razões más, teve a infe-licidade de dizer que, na actualidade,o Cid não podia ser distribuído d'ou-tra fôrma.

A cólera do Imperador nào tevelimites, e com aquelle tom de autori-dade, que sabia tomar quando queriaser obedecido:

— Sente-se a essa secretaria e es-creva a distribuição que lhe vou dar :Rodrigue, Talma (1763-1826); Don Dié-gue, Mouvel; Gomté de Gormos; Saint-Prix; Roi, Lafon (1775-1846); DonSanche, Damas: Chiméne, rníle. Du-chesnois 1777-1835). São 11 horas, váá Comédie, reuna o comilé e entregue-lhe esta distribuição, acerescentandoque eu quero que o Cid seja assimrepresentado, e que nessa noite estareiás 7 horas precisas no meu cama-rote. "

Esta ordem, como todas as doImperador, foi executada á risca. Arecita é considerada como uma dasmais brilhantes de que ha memória,sendo o desempenho de tal ordem quesatisfez o Imperador e, se podessemassistir, Corneille e o próprio Cardealde Richelieu (1585-1642 ) apezar dasprevenções que este tinha contrao Cid.

A LÍNGUA PORTUGUEZA:^ DA CORTE NA ALDEIA

Anossalingua portuguezaébrandapara deleitar, grave para engrande-cer, eflicaz paia mover, doce parapronunciar, prevê pala resolver, e ac-commodada ás matérias mais impor-tautes da pratica e rscriplura. Parafaltar é engraçada, com um modo se-nhoril. Pará cantar c suave, com umcerto sentimento que favorece a mu-sica. Para pregar é substanciosa, comuma gravidade que nutorisa as razõese as sentenças. Para escrever cartas,nem tem infinita copia que damne,nem brevidade estéril que a limite.Para historias nem é lào florida quese derrame, nem tào secca que bus-que o favor das alheias.

A pronuneiaçào nào obriga a leriro céo da bocea, com aspereza, nem aarrancar as palavras com vehemenciado gargalo. Escreve-se da maneiraque se íê, e assim se falia. Tem detodas as línguas, o melhor ; a pronun-ciação da latina, a origem da grega,a familiaridadè da castelhana, a bran-dura da franceza, a elegância da ita-liana. Tem mais ádagios e sentençasque todas as vulgar s, em fé da suaantigüidade. E se á língua hebréa,pela honestidade das palavras cha-maram santa, certo que nào sei euoutra que tanto fuja de palavras cia-ras em matéria descomposta, quantoá nossa. E para que diga tudo, só ummal tem, e é que pelo pouco que lhequerem os seus naturaes, a trazemmais remendada que capa de pedintes.

(Séculos XVI-XVII).Rodrigues Lobo.

Egreja da Misericórdia

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REVISTA DA SEMANA 19 de Julho de 1903

HOMENS DE LETTRASB s jornaes lrancezes annunciaram

que a primeira serie de represemtáções do Cyrano de Bergerac produ-zira uma somma de quatro milhões defrancos,—ou seja se-tecentose vint^ con-tos, au pair, o quequer dizer que, porsua parte, esta obrade theatro, Iodos osencargos deduzidos,fez a fortuna do seuautor.

A este resultadomaravilhoso deve-mos accrescentar asreceitas considera-veis do Aiglone ain-dRasàaSamaritaine,Princesse Lointaine,etc, dito o que nàoé affoito assegurarque o sr. EdmndRostand abundante-mente enriqueceupela litteratnra.

E' este caso sin-guiar?De nenhuma ma-neira. A França faz,por via de regra, afortuna dos seus ho-mens de espirito, equando não os enri-quece, torna-lhes avida tão commodade viver,que essegrandep a i z é ,pode-sedizer, oparaizoda intel-ligencia.

A exis-tencia fa-u s to sados sim-pies chroniquéurs, ......... -. -Scholl e Alberto Wolff, emais moder-namente Henrique Fouquier, AffonsoAliais, Huguesde Roux, ahi está a de*monstral-o. O homem equivoco que sechamou Jacques Saint-Cére, e que du-rante tantos annos dirigiu a brevesecção política quotidiana do Figaro,auferindo da sua profissão, sem contaros lucros dos seus tristes negóciosparticulares, um beneficio ahnual su-perior a vinte contos de réis. Há tem-pos,-uma demanda entre HenriqueRofeheforte o gerente do Intransigente,Ernesto Vaughan, revelou que o |a-moso jornalista do segundo Impériio,retirava annua 1 mente dos co.f res- $¥-queílejornal uma somma de setentacontos, correspondente aos seus ho-

norarios de redactor principal (500francos por artigo), e aos seus devi-dendos de maior accionista.

Hugo enriqueceu. Dumas ninopôde pagar as dividas do pae. Zola,como Daudet, tendo conhecido a mi-seria, conheceram aopulencia. Sardou

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gloria

MODAS DA REVISTA-ToileUes de baile e de Inverno

como An rei ia no

começou a se111ir ura pouco de bemestar na sua existência, (jepois que osseus amigos o fizeram nomear paraum cargo publico. Até ahi, esse homeminfatigavel ganhou escassamente paracomer. Camillo preparava na véspera,com as suas numerosas novellas, o

almoço do dia se-guinte. Gomes Lealfaz hoje gazetilhasnos jornaes. Nem asClaridades do Sol,nem a grande vogados seus pámphletos,nem toda a sua obrasubsequente lhe con-cederam a vantagemde um tranquillofim.„*v**"—'

Em plenae em pleno êxito, to-dos estes homens nãopoderam subsistir,nào subsistem pelaslettras. Os que mor-reram deixaram osseus nas peiores cir-cumstancias. Os quesobrevivem vegetamnuma existência me-diocre. Nenhum ho-mem de lettras emPortugal tem, que eusaiba, um domiciliodigno do apparecerphotographado nasíllustrações, como hadias o fez o Blanco yNegro com a casa do

poeta Nu-ílez d'Ar-ce.

Modernamente,vemos umgrande nu-mero dehomens deespirito —uma gera-ção \ intei-ra, consa-

lettras. Esses homensde espirito são outros tantos con-demnados á burocracia, á médio-cridade domestica, á miséria. Sobrea geração que os precedeu, tiveramelles a desvantagem de conhecerum tempo infinitamente mais dif-ficil do que o daquella, pela maiorfadiga que já trouxeram comsigoe pelos novos^embaraços cm que vie-ram enredar-se. A geração que osprocedeu teve confiança. Quando Ra-

ásé o proprietário do chateau de Marly^ grando-seO próprio sr. Jorge Ohnet fez fortuna Aa ^™*"'fcom a passageira voga dos seus detes-taveis aramas e romances. Júlio Vernetem um yacht de recreio, como o teveMaupassant. Anatole France está acaminho da fortuna e é um viajanteinfatigavel. Sem a mania dos nego-cios, Balzac teria acabado no seio daprosperidade. Sten4haj> que não eramais pratico, encorití-È>u amigos quelhe attribuiram os rendimentos de um ._ H- ^capital considerável, em troca da pro-* malho e Queiroz escreveram as Parpriedade das suas obras, que elle nào pas ainda se acreditava na reforma

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Ecrej« da Lapa do Desterro - Andorde S. Sebastião

— ; ^sabia explorar. Aquelles mesmos quesão victimas da incomprehensão doseu tempo, ou dos azares do êxito, oudos vicios do próprio temperamento,raramente lutam com a miséria. Gran-de, ou pequeno, ® espirito é sempreum capital n'essa bella terra de Fran-ça. A par das situações privilegiadas,existem nas lettras francezas situaçõesmodestas, que egualam as situaçõesmais prosperas em qualquer outraprofissão.

Por isso também é pelas lettras enão pela política, como entre nós, quealli se procura subir. Por isso também,as lettras alli estão em maior activi-dade e são fecundas em resultados detodo o gênero, emquanto que entrenós estão paradas e são estéreis. E'que as lettras alli são uma profissão,emquanto que entre nós nlo o são,porque só pôde dar-se o nome de pro-fissão ao exercício de capacidades re-muneradoras e a capacidade inteire-ctual, no nosso paiz, nunca remune-rou e não remunera.

O homem df lettras em Portugalnão vive das lettras.

Sem ascender muito na chrono-logia da historia litteraria, e sem nosreferirmos aos precedentes clássicosde Herculano e Garrett,—Eça de Quei-roz foi funccionario publico, RamalhoOrtigão é outro, Theophilo Braga éprofessor, Guerra Junqueiro agncul-tor. Um dos mais activos trabalhado-res litterarios do período chamado daRegeneração — Pinheiro Chagas, só

"dos costumes da sociedade portu*

gueza.Elles, onde irào buscal-a? Por

outro lado, a geração que os procedeuencontrou no] seio de uma sociedade

á BBTwL í yflflVf ^BflB^ a3i8r*iüiflfl1^flB^B"'i.SR*^anB^^^

Y/ttlfijrvBKnBpi i \ ^ "'¦VíY "*K8flt.M™fl BV^aTflflBVflV

'*3f™S^S^^W^k^BU BatkMtst WÍT ^UkaflF -iLl ' í^. ./jfl WBflaflMrfllal Bai^^aBflfl Bff^

^^Hta-B^^|9'yjaW aail 'év ' &^* * f *~% rflCttaWA*. ^^^b^^V^bb^b^bI

Egreja da Lnpa do Desterro—0 alLar-mór

de que ainda não se descria completa-mente, os recursos de uma existênciaque ainda não era disputada por umtamanho concurso de circumstanciashostis. Elles vieram conhecer os con-flíctos temerosos de' uma profissãomiserável em um meio social empo-brecidòe posto a saque. Os ro maneis-tas entregamiosseüSvromanGesa trocodò'laypr da^utóitcidade. Os jornalis-tas e^é^5en'i*|fcsu^;.profissáõ em condi-çô^S;$.#[$ ella estáhojeíabaji^o/das mais mesquinhas

^^Ç^^^^^esfjjCfj'^ Ha; criados deservir' mais bèni pagos.. Os d ram a tur-

Ègreja da Lapa do Desterro - ArrYir deNosso Senhor da Pacienci

gos empenham as suas obras em «¦dadeiras casas de prego, onde <m .

presta sobre a propriedade li"e^gScomo em outras se empresta soDrecasacos de agasalho. . ,

O trabalho mental não nutre, se

quer. A maior parte dos inciiviüuosque por um máo destino ou mjmsestro, entre nós se lançam na caireira das lettras, lutam dia a wbraço a braço com o problema iow/D'entre os mais incansáveis, ne, humo tem garantido. Que a saflimt,i.&tucia suecumba, òu o seu braço ij.

queje — e eis a miséria.

(Continua)jotío Chagas.

Egreja da Lapa do Desterro —¦ Ándor deSanta Barbara

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REVISTA DA SEMANA- Ed:ção »ema»al ülustrad* do JORNAL DO BRASIL â

CpRRESPONDENCIA

a S. Qaippos Júnior—Causa-nos

maior prazer a noticia (le sua demora

nesta Capital. Ficamos a espera p>s

trabalhos prpmettidos e do seu qffe^

recimento nas rodas enxadnstieas..Anto—Afim de difficultar a solução

do seu problema* mpdificamos Ijger

ramente a disposição, do mesmo, con-forme verá pela versão que hoje pqbli-camos. . \z --a .

Roberto de Vmcenzt—Examinandodetidamente o problema n. 245, pufelj-cado nesta secção, verifica-se que elle-ctivamente a snppressão de um dos

çavalleiros, accarretaria a solução

Clandestina: D 8 B etc, provando-seassim a necessidade daquellas peças(aes como foram dispostas no referidoproblema. Fica portanto, sem effeitoo que respondemos no numero pasrsado aos srs. Gil e Octavio Ceva,sendo justo o que dizíamos aqui: a

perspicácia que o nosso distincto cor-respondente revelou, provando t*ocabalmente a correcção do trabalhodo Dr. Mario Galvão.

•BflL mm

jê^ li/

V \f \ Jílv

PALÁCIO VÀLMS (33)

VERSÃO

Toda a correspondência deve sepdirigida para a redacção do Jornal doBrasil, á rua Gonçalves Dias n. 54—Secçãú de Xadrez.

Heibas.

DE

CUNHA E COSTAx

Entre os filhos d'aquelles villõescorria como certo a voz,de que D. Fer-nando estava comendo o pão que odiabo amassou. E apezar da fome pe-sar sobre quasi todos os habitantesde Rodillero, nào faltavam coraçõescompassivos que procurassem, spccor-rer o nobre cavalheiro sem melindrapa sua extraordinária e delicadisshpasusceptibilidade. O que mais se distin-guia qesta generosa tarefa era o nossoJosé, o qual appellava para mil ardise embustes afim de obrigar o Senhorde Meira a acceitar os seus auxílios:umas vezes invocando uma antigadivida de sua mãe á casa de Meira;outras, presenteando-o coni pescado,algumas, levando n'uma cesta um lar-nel e ceando alegremente com elle.D. Fernando, que conhecia ? precáriasituação do marinheiro, recusava comheroísmo tão cubiçados soecorros esó depois de porfiada luta conseguia

José que elle os acceitasse, voltandoa, cabeça para não ver as lagrimas degratidão ao honrado ancião. Mas es-tes e quejandos soecorros não basta-vam: dias e dias se passavam sem quevivalma entrasse no lobrego casarãoe, durante elles, D. Fernando... tinhafome! ,

Agora, o transe é mais cruel doque nunca. Ha vinte e quatro horasque o cavalheiro náo prova bocado,neni £ crivei que de fora lhe venha oreraedio.pois iú deu meia noite e todoo povoado repousa. A medida que otempo passa cresce a sua angustia:rareiam as passadas; de quando emquando passa a mão pela fronte, poronde escorrem algumas gottas de suorfrio, e deixa escapar alguns suspirosque morrem tristemente antes de ha-ver attingido o âmbito do tenebrososalão.A ultima vergontea da alta e po-derosa casa de Meira está prestes adesfallecer. De repente, sem mesmoaperceber-se do que faz, movido semduvida pelo mero instineto da conser-yação, abandona rapidamente a qua-dra, desce a escada em pé de vento eprecipita-se na rua. Uma vez nella,pára, sem saber que resolução tomar.

Era uma noite de primavera, tem-perada e escura : nuvens espessas ve-lavam por completo o fulgor das es-trellas. D. Fernando olha em volta desi com dolorosa expressão de angustiae, depois de vacinar um momento,entra de caminhar direito ao passado.Ao passar por diante das casas vacilla,hesita em pedir specorro, mas umvivo sentimento de yergtfnha se apo-dera delle no momento de acercar-sedas protase segue o seu caminho;

segue sempre, apezar de convencidode que dahi a pouco cahirá de inani-ção. Começa a sentir vertigens e notaque a vista se lhe perturba, Ao chegar.diante da casa da sra. Isabel, umadas ultimas do logar, pára. Onde vae/Morres como um cão na rua solitáriasEntão, circurnvaga o olhar e dri com áhorta do professor, uma horta amplae feráz cheia de fruetas e legumes; amelhor que existe no povoado, ouantes, a única boá. O pensamento cri-minoso de entrar naquella horta eapoderar-se de alguns legumes per-passa pela mente do bom fidalgo;repelle-o um instante; torna a aco-lhel-o; volta a repellil-o. Finalmente,deppis de uma lula tenaz mas des-egual, vence o peccado e parajustifi-car-se a s^us próprios olhos, D. Fer-nando murmura: «Hei de deixar-memorrer de fome? Algumas batatas demais ou de mertos nada fazem á pro-fessora.., Demais, quasi todos os seushaveres foram adquiridos á custa dospobres pescadores».

E eis como a fome converteu aosocialismo a derradeira vergontea dagrande e illustre casa de Meira.

(Continua).^V*BfVW>/>#^#^»^^#%A»

Dizia urn alegre bohemio :Grande cousa é nào poder

morrer um homem!Então alguém ha que não

morra?Ha, e esse alguém sou eu.Tu? Porque?Porque, não tenho onde cahiv

morto.

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Acceitam-se agentes no interior e nos Estados,dando-se vantajosa conimissuo.

n. B. — A companhia faz publico que continua a restituira impor-iancia do imposto de 5 °(,„ descontado nos bilhetes premiados, super-iores a 20ü$,das loterias extrahidas desde 2 a 14 de Janeiro do correnteanno.

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000101(1Dá-se vantajosa commissão aos

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gidos á caixa do Correio n. 754.O agente geral,

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