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Photographias, vistas instantâneas, desenhos e caricaturas»

REVISTA DA SEMANAEdição semanal illustrada do JORNAL DO BRASIL

Bedactor-gerente. DR. CÂNDIDO MENDES-Redaotor-chefe, DR. FERNANDO MENDES DE ALMEIDA - Director-technico, GASPAR DE SOUZA

Anno II — K. 61 DOMINGO, 14 DE JULHO Numero: 3oo réisn*^*»--' • •¦ "»¦ ¦ •'• .¦¦¦¦- ¦¦• ""'//~:r//./ ¦¦¦. -•;.:"::'•"";•'•

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A VOLTA — Desta vez vem para instaurar um processo contra a empreza de carnes verdes, por concurrencia desleal.

506 N. 61 REVISTA DA SEMANA 14 de Julho de 1901

CHRONICAj?»ào, minha boa amiga, nào satisfarei desta vez a suacuriosidade, duplamente justa, jjjo.ftjuc é mulher e bra-sileira. Contar-lhe o que se lem passado nesta terraque tanto ama ?!... Deus me livre ! Prefiro deixar-lheas bellas illusões de quem abandonou a rua do Ouvi-dor quando ella era um centro de elegância e o Rio deJaneiro quando nclle se respirava um perfume sadiode liberdade e se vivia num polvilho dourado de abas-tança. Eu mesmo, senhora minha, se ás vezes queroter uma idéa vaga dessa harmonia tão essencial á ce-rebraçáo artística como a água salgada para os peixesc a água doce para as rãs, lá vou postar-me no éricõn-tri das duas grandes artérias, nesse quebra-mar dasondas de fichús e rendas, a ver se na inércia dessaatmosphera que a luz do sol, a alegria das almas, ashüde das consciência e os milagres da riqueza já nãorenovam, acaso nào ficariam algumas gottas da raraessência dos seus lenços, algumas linhas da rara so-berania do seu ¦perfil.

Mas tudo falta, ó linda flor tropical exilada nasparagens remotas da Avenida dos Açcacias. Tudo faltaç Deus sabe se um dia voltará. A sua capital, tão so-berba, tão orgulhosa do seu scenario deslumbrante, doseu a trio de espumas, do seu amphylhealrode gigan-tes, contemporâneos da Creaçào e rivaes da divindade,só prostrados pela suprema Força ; a sua terra, quetanto se comprazia em corrigir a brutalidade das sei-vas a transbordar em plethorasde vida com a< meiastintas das re piintadas civilisaçõe-s ocei lentaes, mate-rialisou-se, horrivelmente se materializou e a pobrezafel-a avara, mesquinha, egoísta, lbrrela, unhas de fome.Em vão buscaria, neste cipoal do sullos, tarifas, im-postos, carimbos e addicionaes a suave fragrancia dosrecantos onde se elabora a vida m mtal. Os laborato-rios onde outr'ora, por processos mysteriosos só co-nhecidos dos artistas, se extraída a porcentagem deidéaes latentes no espirito publico e que a uma nacio-nalidade dão caracter e feitio, fecharam á mingua dematéria prima. Ninguém cuida das regalias do pensa-mento, pois mal sobra o tempo para acudir lãs recla-mações do estômago. Não ha um nome novo "na litteratura. Em compensação, muitos dos novos do seu tempoenvelheceram e alguns houve que caducaram. Os pou-cos que restam, unem fileiras, por um principio ele-montar de conservação, mas receio deveras que lhessueceda... o que suecedeu ao quadrado de Waterloo.E aqui tem a minha querida Olga porque me recuso anarrativas que, na mais favorável das hypotheses, lhetrariam uma dessas enxaquecas impertinentes e des-traidoras de valenciennes caras, de maravilhas de vi-ene Sevres, de edições luxuosas de Musset e Maupas-sant.

Ficaria porém sinceramente admirada, minha en-canladora correspondentc,se podesse de perto attentarno que lucramos em vaidade, em amor próprio, em in-consciência do perigo e na cultura das formas larvadasda bajulação e na* deformações teratologicas dos sen-timentos. Proscriptos o mérito e o talento como facto-res da victoria na luta pela vida, passámos a encarara existência pelo seu lado pratico e mercantil e a ado-ptar os caracteres ás süperióridádes do acaso, á ini-qua crueldade dos fados consummados. O culto daForça é agora a nossa grande religião e perante o ven-cedor é universal o fakirismo. Odiámos a nobreza, ospergaminhos eas veneras, mas não prescindimos dosgalões e das patentes; somos profundamente demo-cratas mas adoramos o reíle c daríamos alguns annosde vida por um bom lyraniio, um Francia providencial:perdemos a noção do valor intrínseco das individualida-des, no nosso desamor da desegualdade.mas dêmos embrindar todos os analphabctaa com um chuveiro de adje-ctivos onde «illustre » e «impérlcrrito » já não contam,á força de banaes. E até o alicerce elhnico começa aderrocar-se, pois muita gente boa conheço cujo deses-pero único é nào ter nascido norle-americano.

Eu, minha boa Olga, como deve suppòr, continuono meu posto. Latinos, latinos sempre, não é verdade?Se 6! Nem podia ser de outro modo. Loucos... Visio-narios... Creanças... Que importa?! Somos ainda, navasta família humana, os grandes distribuidores da luze do calor. Veja só como os outros povos, quando tèmino, procuram o nosso sol: o lindo sol da Provença, oazul transparente do céo napolitano, aquellc ouro meioarrepiado de Lisboa, as ondas fulvas da aurora gadi-lana. Raça de trovadores e troveiros, bandolin a liracole o coração encadernando um livro de canções. E, apropósito, visto que tanto se interessa pelas cousas doBrasil, devo dizer-lhe que vi um destes dias, na rua doOuvidor,uma toilelte diliciosa, um verdadeiro mimo detoilette.

Jacqiies Bonlioiiimc.

ARREPENDIMENTOOnde yaes tu este Natal ? perguntou a irlan-deza Nora a íngleza Lizzie, volteando, endiabrada-mente, em uni pé só, na praça de Drury LanoIinham acabado de dansar ao som de um realeio o«ora distinguira-se muito das companheiras ésbe-cialmente em um certo passo muito seu predilectóApesar da miséria evidente que todo o sou norteaceusavn, era uma linda creatura, de compridos cã-bellos castanhos, aos anneis e uns olhos azues formosos e expressivos. Lizzie era francamente feiamas tinha um ar gaiato que altrahia.Eu vou ao Drury Lane, respondeu, grave-mente, a interrogada, como se so tratasse cio ne-í7oc,o mais grave deste mundo. Entro na paritò-mima. |,ull<JAh! Nos podemos dansar alli?Certamente que sim.E pagam-nos?

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nitqs olhos do vágtibLui-do é logo foi descendo,dcosendo. na escala da

COPIA DE UM PASTEL, de J. ARTHUR

— Já sove. Então a gente havia de trabalharde graça?

Nora estendeu uma perna e poz-se a.contem-plar essa cousa informe e avariada a que ella cha-mava «oft seus sapalos.» Mas não pensava em si,no vestido em farrapos, no seu appetite sempre ili-snciavol porque nunca era salcsfeilo. Nào se lhe

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degradação. O maridoindjgno acabou i>orabandonal-a. O púe, l'u-rioso, recusou-se a réce-bel-a e, ultimamente,nem ella lhe sabia doparadeiro. Deu a beber:a principio um copinho,depois dous,ein seguidamais até que, íinalmeríte,só encontrava repousomoral no embruteci-mento physico. Noradansava nàs ruas e pra-ças, ao som do realejo.De quando cm quandoatiravam-lhe uns cobres.Quando elles faltavam,as duas passavam ioine.

No dia em que sepassava o episódio quedeu origem á presentenarração, Nora entroucomo um foguete na pos-silga immunda. Mrs.Connor dormitava emuma cadeira de braços.No rosto esmaecido lia-via ainda traços dessabelleza radiante quetransmitira á íilhinha.

Mamãe, excla-mou, a pequena, beíjan-do-a, vou dansar noLane!

Sim?! respondeua infeliz, acordada dasua apathia, não pelameiguice das ca ri ciasmas pela idéa do lucro.

Sim, mãesinha. Eterás a tua garra linha.Vou daqui direi.a veraquelle senhor quemanda no theatro. -

Mrs. Connor poucos e incorrimodava q u eNora passasse a noite

fora. Apenas a criança sahiu tratou de ir buscarmais gin com os dous pence que ella deixara.

Nora não tinha a minima idéa do que lhecumpria fazer. O seu plano era ir ter com v admi-nistrador do theatro. Para dar com a casa inter-rogou quanto policia foi encontrando e, aos tom-bos de um lado para o outro, cahe aqui, levantaacolá, viu-se, já muito tarde, em frente de umgrande palaccte em um bairro onde nunca pene-trára. Hesitou um momento, mas logo, resoluta-mente, puxou o cordnoda sineta. Ao som vibrantegntador, metallico, associaram-se, em um realejoque passava, os primeiros compassos de uma áriapopular. Nora nào poude resistir e assim mesmoesfomeada, a cahir da fadiga, com os pesistos la-cerados, desandou em um volteio vertiginoso.Que infernei ra é esta? bradou, mal humo-rado, um velho de ca bellos brancos abrindo o por-tão. Mas, de repente, parou, muito pallido, todotremente, a respiração suspensa.

Kate! murmurou, em voz dorida emquantoa criança parava, muito pasmada. Kate! repetiuelle, julgando ver ainda na netinha a filha aban-donada. Kate! gemeu o velho, tomando-a nos bra-ços e cobrindo-a de beijos. Minha Kate !

Foram-se em um carro, Nora e o avô mas já nàopoderam acudir a Mrs. Connor. A desgraçada foraesmagada por um omnibus ao voltar da venda.Foi grande o desespero da filha, maior ainda o dopae. Mas se o arrependimento nào aproveitou ámorte, aproveitou á innocencia. Nora conheceu alelicidade,uma felicidade tão grande que o Passadosó lhe apparecia como um sonho muito vago,muito remoto, quasi a diluir-se em brumas.

Mary.

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apagava da memória a mulher pallida c magra quecomia pouco, bebin muito o habitava unia mah-sarda negra e infec a no fundo de um palco tám-bem inleclo e negro. Nora não esquecia sua mãe aquem dedicava um alíeel.o hinlo mais singularquanto ella n"o podia corresponder-lhe, eas cri-ancas são geralmente interesse iras.

Mas o bom padre que mais de uma vez pro-curara desviar a pobre mulher da máo caminho sa-bin que Mrs. Connor já fora rica e feliz. Deixara aIrlanda para casar com um beberrào, só pelos bo-

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.Santo Antônio Guarulhos, Rio Parahyba, em Campos.

14 DE JULHO DE 1901 REVISTA DA SEMANA 507 - -iN 61

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CIDADE DE CAMPOS - Visita do rcpresrnlánte do Jornal do Brasile cia Revista da Semana no clero campista, composto do monsenhor Corroa de S.m,cunego Cruz Paulo, padres Ambrosius Maycr c Nazareno Bocchi.

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Os alumnos c professores do Lyceu de Artes, da cidade de Campos, por oceasicia visita do represenlante do Jornal do Brasil e cia Revista dá Semana.ao

AS NOSSAS GRAVURASAclualidade lunsih h:t. — EST,\no io Hm u; J\-NEino. Dessa iniporlante cidade líuhíihêiísc publicamosainda neste numero photogíaphias representando: aCaixa d Água: o arrabalde de Guarulhos: os diíecto-res e os alumnos do Lyceu Bclhencourl da Silva, oAlto Lyceu e os dignos representantes do clero cnni-pista, por oceasião das visitas <|ue respectivamente lheslez o representante do Jornal do Brasil e da Revista daSemana.

n-A S'D'íinE DE Maqãíié. Vista geral dessa florescente-Ciqao:e, numincnse^Jâo importante pelo seu movimentocommcrcial e pela riqueza de sua lavoura, e photogra-pina da prospera freguezia da Conceição do Macabú, umaos dislrictos do município de Macàhé.Estado de s. Haulo. Da futurosa cidade de Jahú.oe que ja publicámos algumas gravuras, damos o re-servalono d'agüa e a fachada do bello edifício em que'luncciona a Câmara Municipal.Estado no Maramiãò. Também desse iniporlanteusiaclo do Norte apresentamos duas lindas gravuras

uma representando Cócló,com a sua poética egreji-nha (jtic domina toda alocalidade e a outra o va-por Carlos Coelho que allinavega no rio llapycurú.

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Edifício do Alto Lyceu, onde funecionam o Lyceu de Humanidades, a EscolaINormal e o Grupo Escolar, da cidade de Campos.(Photograplíiffs do amador Alfredo .labor.)

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n)IA particularidade Vap0'' '"'"'^ í;o''//,0, nj,ve^am,° no p»|> ílapyeur.i. no Eslacío do Maranhão.

^-/*- curiosa dos ele-phantes é gostarem de genebra c abominarem em casa é condeninado a trabalhai alaumàs senià-champagne. nas em beneficio da visinhança eiueommòdadaOs pintores c os photographos opinam que pelos latidos.o lado esquerdo da cara é sempre mais bello que — A celebre cantora Melba tens pronunciadao direito. tendência para engordar. Afim de evitar o desen->o Japão, quando um cao ladra persisten- volvimento de sua gordura toma Iodos os dias Irestemente de noite ha direito para os visinhos de aü- banhos de água fria.toar o seu dono ; e, se esle persiste em ter o cào y# _g

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508 — N. 61 REVISTA DA SEMANA 14 de Julho de 1901

NO PAMPAA Meu Irmão Lculfrido Bello Cnrvoliva

—PAYSAÓEM QUE VII1HA —

O malhado bagual tomando, de sopetão, o freionos dentes, qual alígcra visão phantastica deitou á todabrida em vertiginosa carreira, estonteado e feroz!

O cavalleiro —um desses typos vermelhos como asbrumas de sangue dos horisontes dos campos percorrea esmo o ermo vasto e profundo, sem se pcrlurbar,sereno, firme na montaria, deixando se ir na convulsae energúmena carreira do bravio animal. De repenteestaca-o cravando-lhe nas paletas os dentes de grossaschilenas que traz presas aos callejados calcanharesnus...

Estaca o redomão, vacilla um pouco, estremecetodo, cambalèa e... de no\o vae-se impetuoso, a re-

datidas,—que mais pode fazer moça ao belluariocampanha, á potestade dos pampas ?

— « Se esta porquera dá mais um pinote, já eu des-pacho pVó.s urubus, ckima ferrada no buxo ... Eu jánem enxergo mais nada pelo frontespicio !... » solilo-quiou entredentes, a principio num berro de raiva,d e-pois batendo o pé, com força, sobre a terra crua numamímica de formidável decisão. E o guasca invencível,senhor das savannas do Sul, pondo-se em enérgicaaltitude, ameaçador e hostil, arrancou da bainha ogrande facão de ponta aguçada, que reluziu ao Sol umailammula de Luz!

Um reflexo generoso dessa luz triumphal do Meio-dia veio bater-lhe em cheio na fronte, e o Vendavalsoprando em alvoroço estridente esfriou-lhe a cóleraque se foi suavemente extinguindo, fazendo-o voltar,afinal, á concentração indifferente e serena...

E o animal, como si também o empolgasse umavibração de consciência, acalmou a fúria e nem maistentou evadir-se do férreo guante que o subjugara...

dro ainda pflde me atopetá a guayáca. Ah, mas o demoque te carregue, si tu me pregas outra!»

E o gaúcho desabafou toda a sua raiva atrabiliáriae selvagem e, cedendo á rusticidade do seu tempera-mento, fez echoar, durante alguns minutos, um rosáriode blasphemias nas quebradas do Espaço!

Depois da coléra veio um grande halo de humour,de satisfação renascente, resplandorar o espirito moçodaquelle homem inteiramente livre e inteiramente fe-liz. E os seus lábios, de repente, abriram a flor exóticade um sorriso dulcissimo, para vasarem toda uma ex-pansão luminosa de Paz e de Bonança. E durante ai-guns momentos levou o gaúcho, os cotovellos poisa-dos sobre o pellêgo do bagual, as mãos postas emprece, voltado p'ra o Oriente, estropeando pesadamente,mas com sentimento, uma saudosa estância de Amor,nessa lendária expressão, onomatopaica e bucólica,das campanhas do Sul.

Ja se ia fazendo a tarde quando o cavalleiro deuaccordo de si. Foi a uma toiça de tribulhos, ceifou-a,

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linchar, a segregar pelo canto negro da bocca a babu-gem espumosa e verde...

Então o gaúcho, rápido como a flecha, como o raio,em gracioso pulo de gymnasla eqüestre, apèa-se logoe, com a ligeireza da onça que volteia em torno dapresa, accintosamente, famelicamente, —procura cer-car o passo, sustar a carreira do animal furioso...

Depois... frenético, estafado, colérico, a despedirrelâmpagos dos olhos injectados, consegue por-lhe asmãos nas crinas c agarrar-lhe as rédeas... O tordilhorecua eriçando os pellos fulvos, as orelhas, bufa, escar-rancha-se, escabecèa, fazendo tilintar os ferros da ca-beçada... e assim arrastando... arrastando o cavalleirointrépido, que, de pé. esmurra-lhe o focinho. enfren-tando-o com a linha nobre do seu vulto tilanico, semmedo, guinchando lambem, tal si fora aquillo uma es-caramuça de brutos, a se esca rapei Ia rém, cada qual omais obstinado, cada qual o mais terrível !

E das bandas do Sudoeste vinha a zimbradora ra-jada do Miriuano, a soprar búzios eólios, a brandir ar-mas brancas, cortantes, como um demônio! E vinhaterrível o furacão, aluindo, agachando os buritisàesdos capões, revolvendo os loja cs, estrebuchando.

Não importava ao gaúcho o perigo que vinha, hy-dra de sele cabeças flammiyòmas desbaratando tudo.focando a terra, levantando a poeira lugubre do terror 'Que sã», as fúrias dos elementos assalariados paraquem tem a vida Ioda cheia de tempestades c de re-voluções?Para quem já arrastou incólume a caudal das en-xurradas das cochilhas c já esgrimiu, peito a peito afacão, com o inimigo, em pleno campo ?Affrontando todos as intempéries, acostumado a tu-ctar e a vencer sempre, desde pequeno no dorso do ca-vallo, com o laço, com as bolas, com a garrucha, accei-tando como homem todos os cartéis de desafio em qual-

quer terreno, confirmando o seu valor em todas as «or-

SCENAS DO 1110 DE JANEIRO - O Kiosque.

Tinham chegado a uma restinga, contornada deum arroio chryslallino e murmuro.

O caboclo* sem largar as rédeas que sustinha, fe-chou a dextra cm concha c bebeu, a longos hauslos,com prazer, demoradamenle.—da preciosa lympha.

O animal eslava estenuado; saciou longamente asede que o devorava e o cnfehrecia.— « Tá bem, que vá lá! Ja ruminei que este pol-

prendeu-a em nós no corréame da chibata e, comoem um rodopio, galgou de um salto o lombo da alima-ria: metteu o facão na bainha e esta no largo cinto depélles que prendia o xiripá... E, desabando para a nucao grande chapéu de couro, os cabellos hirsutos a ba-loiçar na testa, num «upá!» seguido de trez estalosde chicote, foi-se com a velocidade de uma corça per-seguida, campo em fora, e desappareceu na immensi-dão da planície, onde àgitava-se-lhe o pâlla ao passarousado da ventania ululante!

Agenor Cnrvoliva»(De um livro de oulr'óra )

IN MEZZO DEL CAMIN. ..ma guarda, e passa,

( Òante )

Paremos um momento... e olhemos para a estradaQue nós dous, cora<;ão, licar a traz deixámos.Paremos um momento. A loira madrugadaClarèa alegremente a cúpula dos ramos.— « E' muilo longe ainda aquillo a que nós vamos?..Ainda é muito longe a estância desejada ?. »—Quem sabe, coração.?..-. A plaga que'buscamosPertence do futuro á região velada.

Quem sabe o que se occulla além dessa muralhaUne Deus pòz anle o olhar daquclles que amortalhaDa vida no sudario?...— < A aurora dcsenlaçaDe todo a loira trança, e á sua luz, risonho,Vejo ao longe uni pai/..» —Esse é o paiz do Sonho..Cuidado, coração!... Olha, somente ... e passa

RecifeMendes Martins

14 DE Jui.no DE 1901 REVISTA DA SEMANA 509 — N. 61

OS THEATROSSM^AAA/

ÍJomo novidade, para nós, a companhia portuguezaapenas deu 0 noivado de Merluchel, opereta fraca, devida curta por conseguinte, levando todas as noites, haum mez e tanto A Boneca, A Pericholc, Girotlè-Girofláe 0 Testamento da Velha.

Do seu annunciado repertório novo, devia ler dado,ao menos, uma das peças reputadas de resistentes, quea época ja não é de fazer dinheiro com qualquer cousa.

Perdem com isso publico e empreza.Colas seguiu com a sua companhia de operetas

para Minas e oxalá lhe soprem os ventos da felici-dade, tão contrários nos últimos tempos, a tudo quantoseja theatro.

A época çstá para ursos, leões e outros bichos-bi-cho jogo, inclusive.Actualmente só variando espectaculos e compondo-se estes de boas peças, uma empreza consegue atira-nir o publico, e o facto de não sahirem dos annunciosda companhia Souza Bastos as peças de que acima fal-íamos, so tem uma justificação e vem a ser, que o re-pertorio novo para nós, não se acha ensaiado, promptoa ira scena. ' FO morto-vivo levou bastante povo ao jardim daliuarda-Velha, onde se conservou deitado de costas,desde ás 10 horas da noite de sabbado até ás 10 da noitede segunda-feira, dentro de um ataúde fechado e la-crado, dormindo apenas 1 hora por dia, sem comernem beber.Têm ido vel-o vários médicos, jornalislas e outras

pessoas.

Está a chegar a esta capital a companhia Iyrica,organisada na Itália, pelo conhecido emprezario San-sone.

P.

Em uma sala uma senhora está ouvindo outratocar muito mal piano, em unia attitude de pro-funda melancolia.

— V. ex. parece estar muito latigada diz-lheao ouvido um visinho amável.

Nâo... Estou perfeitamente resignada a esteprazer'*!

Na estrada de ferro.A que horas sae o trem das dez o meia?A's dez horas e trinta minutos.

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NICTHEROY - Praia de Icarahy. (Phot. Bastos k Dias.)

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Câmara Municipal de Jahü. ESTADO DE S. PAULO Reservatório dágua de Jahü.

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510 — N. 61 REVISTA DA SEMANA 14 de Julho1 de 1901

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ESTADO DO RIO DE JANEIRO — Cidade de Macahé. Vista da freguezia da Conceição do Macabú, município de Macahé.

CHRONICA DA ELEGÂNCIA

Paris, 2-2 de junho de 1901.

l*o baile que deu, ha poucos dias, essa formosamillionaria que todo Paris elegante conhece pela r/enliiamericana, tive ensejo de conversar longamente com odr. J. T. sobre modas e loilelles.

A grande voga de que goza esse il lustre mediconos salões aristocráticos, a sua clientela enorme nohitjh lifc parisiense, dão ás suas opiniões uma impor-lanei a dupla.

Abaixo o figurino, uma completa liberdade na es-colha cio estofo, do modelo, dos enfeites c de tudomais, ou, em outros termos, a abolição completa disso

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que se chama a moda, eis em resumo o que elle querc por que se bate.

— Um mesmo vestido não veste da mesma fôrmaduas mulheres diflerenles !.. Olhe para aquellas duas ir-mãs: as toilettes são eguaes, entrelanto,ao passo que uma

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Caixa"d'agua, em Campos.

está a pedir um prêmio de elegância ede bom gosto, aoutra parece até estar ridiculàmcntc vestida !

E, aproveitando-se do effcito, que aquelle argu-mento vivo não pôde deixar de produzir no meu espi-rito, aceresentou logo :

— A revolução caminha mais depressa do que todosesperam! Não está muito longe o dia da victoria!...

Simples acaso ou prevenção deixada por aquelleeloqüente plaidoire^ — o facto é que nas três grandessolemnidades da quinzena finda, o grand steeple de An-tcuil,no prêmio de Longchampena testadas flores,noteiuma variedade de loilelles tão grande, uma tal inde-pendência de figurinos que pergunto a mim própria se o

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MODAS DA SEMAXA —Últimos figurinos

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futuro previsto pelo dr. J. T. estará mesmo tão próximocomo elíe annuncia.

Coliiiette.

DOCUMENTOS . li INFORMAÇÕES

Um liquido que funde o ferro—Um chimicoallemão de Essen, inventou um composto de alluminioe um oxydo metallico, a que deu o nome de «Thermit,»e que tem uma temperatura excessivamente alta noestado liquido.

O Thermit é usado em Essen para cortar e repararartefactos de ferro, forjas, cadinhos etc. Derramadosobre blocos de ferro produz o effeilo da água quentesobre a neve. Com a nova descoberta não ha mais se-guranças.

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MODAS DA SEMAXA — Últimos figurinos

14 de Julho de 1901 REVISTA DA SEMANA 511 — N. 61

RAOUL DE NAVERY(46)

XPFOJECTOS DESMANCHADOS

A ofíicina de Benedicto Fugeraisestava situada nas lojas da casa n. 11do boulevard de Cíichy, que tem ahonra de contar entre seus inquili-nos Jacques, o pintor da raça gallinacea, e Diaz,o luminoso colorista.

Está officina, bastante vasta, mobiliada no*gosto severo, correspondia completamente ao ca-racter daquelle que alli passava a vida.

As tapeçarias, de vermelho escuro, faziam so-brcsahir a transparência dos mármores, os toquesdourados do bronze, a platina sóbria e suave daprata brunida.

Sobre aparadores de carvalho, esculpidos comimagens ingênuas, ostentavam-se vasos de relevovigoroso, e uma chapa de lava, pintada por JoséDcvcrs parecida com uma das maravilhas àe Luccadelia Robbia, de quem perpetua as tradiccõesDous quadros de poderoso colorido, ,1e que o tempoalterara as harmonias, decoravam a parede doSobre pedestaes, envolvidos em pannos de vel-ludo, as obras do artista, bem expostas á luz re-velavam-se em toda a sua nitidez. 'Em vão se procurariam neste santuário da arteos assumptos preieridos por Pradier, as nymphasde Clodion, as obras dessa escola, que, falta deideal, fizera-se realista e cuja decadência, masca-rou-se com uma denominação ignorada pelos an-tigos. lSer realista, não é tomar nas obras divinas deDeus o que e Ias nos ofíerecem, para accrescentara inspiração talento, é antes escolher o baixo de

prelerencia ao bello, applicar-se á traducção doignobi , tornar a expressão do feio, a ultima pa-lavra da degeneração. ^Ser realista, não é reproduzir as figuras queMiguel Ange o esculpia nos túmulos, e que foramacolhidas pelos Papas em S. Pedro de Roma ; aNoite e o Dia do mestre não traduziriam suffici-entemente, no enteder dos realistas, a fôrma liu-

casUdade 1R ^ SUa í,0r6a e revestida da sua

Os mestres de nossos tempos transmittiram áarte a desíaçatez das idéas, os meneios immodes-tos do livro ; trabalha-se para camarins, e não paraos templos. Ao obra são pequenas, vulgares e in-salubres. Esta arte, porém, rende e vende-se. Da,ao mesmo tempo, aos que a exploram, dinheiro elacil nomeada.Destes grupos, destas figuras, destes baixo-re-levos nada iicarà no futuro; mas o artista d'agora,nada perde alem do presente. Não espera nada daímmortalidade, assim como da vida futura. A fé naarte extinguiu-se ao mesmo tempo que as suascrenças religiosas. Julgando Deus ausente do céu,nunca encontra no camino a grande poesia.Ha algumas nobres excepções entre os artistas

que isolam-se dos grupos realistas, uns por amorcia pura antigüidade, outros movidos por um in-centivo mais digno e elevado.Quand<> Benedicto Fougerais cessou de fazertrabalhos de ornamentação e objectos para pen-cnuas, de conta de seu protcctor, entrou na ofíicinaue um membro da Academia, que não tem aindauma nomeada egual á sisudez de seu talento.Júlio Autran foi, ao mesmo tempo, para Bene-ciiclo, um mestre austero e bom.Graças a seus conselhos, o moço completou asua educação artística.Aprendeu a historia, que tantos artistas igno-iam ; tornou se archeologo e numismata e não es-

queceu algum ramo da esculptura e architectura«os antigos, cujos vestígios nos causam admiraçãopelo seu engenho e nos dão a medida de nossa Ira-queza. Estudou a vida dos grandes artistas daectacie media edo renascimento ed'ahi tirou a con-cmusuo, que antes de serem artistas capazes de cau-sar admiração no mundo, tinham sido homens.Benedicto, sem pretender egualar um mestrecomo Leonardo de Vinci, que conhecia todas asa tes .de maneira excellente e sabia fortificar umac aaue com a mesma habilidade com que produzia7 M»adro como a Santa Família, de Francisco I,bem esperar attmgir a força de um esculptor comownovciiuto Çellini, que cinzelava uma jóia com aesma mão que fundiu o Perseu, —tentou enri-queceiva memória com o maior numero possívelue conhecimentos, reconhecendo que Iodas as sei-^nuas, todas as artes estão em contado c se com-pletam entre si.dm -?cc*iGtonunca conheceu as horas de perigosoucNauco, durante as quaes, sob pretexto de invocar1 inspiração, Dom nuniero tj0 artistas entorpecem

o ce ebro cornos vapores embrutecedores do fumoNnnln ,T

todaS a,S to?mas c em todas as doses.S?J! ?S0U em ,azcr sobre a arte theorias sem

^^fQ™ar-se. grande homem para um cena-« n «m .thllnlc,'ai>,o« vadios. Enclausurava-se na

OC I n A I A i\ hZh,or£^ 6' qUand° Se,llia a n1ao 1,ebeldc ™U S I LI fl II \ efln? S?ía Pensam^to não apressava a produc-W %J I U U L U O ggfo gf!

^pousava em estudos de distraecão e

Tly*

(Continua).

^j^vajsj3RECREAÇÕES

As soluções dos prob lemas publicados no nosso nu-mero passado são as seguintes :Da charada novíssima, Corina; da pergunta enigma-tica,, Gallo ; e da charada casal, Aro-Ara.Carmelita, Glorinha, San Juan, Macambira, Trovão,woemia 13., Neranto e Dagmar solveram todos essesiroDlemas ; D. Lobão, Pandorga, Aristobulo e Jaco-)ino os dous primeiros; Vandorf, Mylord, Zut, Grand-íomme, Gondoleiro e Vintenove os dous últimos.Para hoje apresentamos:

CHARADA EM QUADRA (Mylord)De casa sahiu este deus pagão para iogar o ani-mal dentro de uma embarcação/

charada invertida (Carmelita)(ao surico)

— A tua bandeira é a bebida.charada apocopada (Glorinha)

— 2 — A concha transformou-se em quadrúpede.%*v^^^w\^

Nada.

TORNIQUETESOLUÇÃO DO PROBLEMA N. 45

PROBLEMA N. 46O que é que e meu, meu tão somente, e de que osoutros se servem mais do. que eu, sem que eu possa

protestar ?Archiaaaedes Jiaiaior.

XADREZPROBLEMA N. 60 - g. chocholous

Pretas (G)

Brancas (7) — Mate em 3 lances^^^^V^^^N^W

Solução do problema n. 581 T2C,1 ,

B X TT 4 B

2. DST etc2. D 3 B D x etcwwwrx

Resolvido pelos srs. Thco, Silvano, Lafs, Alipio deOliveira, dr. C. L, Salvio, Coq Gaulois e Aminadab.

Malch Brasil —Argentina.Com o recebimento do convile official, dirigido pelo

presidente do Club Progresso de Buenos Aires aoCentro enxadrista desta cidade, nada faltaria para quedentro em breve fosse iniciado o malch internacional,se, a censura telegraphica estabelecida naquella Capi-tal platina, em conseqüência do estado de sitio allidecretado, não viesse, infelizmente, adiar por algumtempo, essa grande prova, esperada com justa ancie-dade nas rodas enxadristicas.

Publicamos abaixo o convite em sua integra e nopróximo numero daremos conta de outros detalhes, su-jeitos ainda á deliberação do Centro; podemos entre-tanto adiantar, sem indiscripção, que esse malch serágraciosamente patrocinado pclaredacção d' «A Noticia».

« Buenos Ayres, Junio 22 de 1901—AI Senòr Presi-dente dei Centro de Ajedrecistas, Rio de Janeiro —

Distinguido Senor. — Los aficionados ai ajedrez,sócios dei Club dei Progresso, me han honrado con eiencargo de invitar ai Centro de ajedrecistas, que Vd.tan dignamente preside, á jugar dos partidas simulta-neas por cable.

Si esla invitacion, que eslrechará los vínculos demutuo aprecio, entre ambas asociaciones, fuera acep-tada, como Io espero, será Ilegado ei momento de con-venir ias bases dei malch; sin perjuicio de (pie, si Vd.Io considera oportuno para ahorrar perdida de tiempo,se digne propormelasen su conlcstación á esta.

Sabida á Vd. con Ia mayor consideraciún.—S. A. S S./. Balbin. »

Toda a correspondência deve ser dirigida para aredacção do Jornal do Brasil, á rua Gonçalves Diasn. 54, «Secção de Xadrez».Heibtis.

Todas as cartas dirigidas a esta redacção serãopromptamente respondidas pela secção Correspunden-cia do Jcnml do Brasil.

&JLMJL3 # * *? IA ACUMULAT1VA

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Aulorisada por decreto de 15 de Junho de 1899,do Governo Argentinoe por decreto do Governo Federal de 19 de No-vembro do 1900Capital: 1.000.000 de PESOS ARGENTINOS

200-Maipú Esq. Cangallo.-Buenos AiresAgencias nas principaes cidades das Republicas-

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HOJESABBADO 13 DE JULHO DE 1901

ÁS 3 HORAS DA TARDEN. OO — l»

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IInteiros 6$000 — Oitavos 750 réis

Os bilhetes acham-se á venda nas agencias geraesJe 1 aiaaões & C, becco das Cancellas n. 2 A, endereçotelegraphico PEKIN, caixa do Correio 946 e Luli Vel-loso & C, rua Nova do Ouvidor n. 10, endereço tele-graphico LUZVEL, caixa do Correio 817, as quaes sórecebem em pagamento e pagam bilhetes premiadosdas loterias da Capital Federal e encarregam-se dequaepqner pedidos, rogando-se a maior clareza nasdirccçòes.

Acceitam-se agentes no interior e nos Estados, dan-do-se vantajosa commissão.

ATTENÇÃO — A venda cessa uma hora antes damarcada para a extracção.

5 001000

512 - N. 61 REVISTA DA SEMANA 14 de Julho de 1901

APHORISMO E PARAPHRASEf*1"**^

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BRAZ BÓCÓ-Mas, chefe, fama sem proveito faz queixa de peito.-Pois sim, filho, mas fama e proveito não cabem no mesmo sacco.