revista típica - edição 20 - hortolândia

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Ano V Edição 20 Maio de 2012 Sumaré Hortolândia Nova Odessa www.revistatipica.com.br mãe, mulher e exemplo de vida Com garra e persistência essa mulher multifuncional superou os obstáculos que a vida lhe preparou. Célia Leão: Saúde Como se preparar para a Menopausa. Em Alta Problemas em casa? Chamem os maridos de aluguel. Turismo Conheça as maravilhas de Serra Negra.

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A Revista Típica é uma publicação da Editora Seta Regional e têm como objetivo levar a seus leitores, entretenimento, tendências, atualidades, informação regional e divulgação de conteúdos que contribuam na valorização das raízes culturais de nossa região - Sumaré, Nova Odessa e Hortolândia.

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Page 1: Revista Típica - Edição 20 - Hortolândia

TípicaAno V • Edição 20 • Maio de 2012

Sumaré • Hortolândia • Nova Odessawww.revistatipica.com.br

mãe, mulher e exemplo de vidaCom garra e persistência essa mulher multifuncional

superou os obstáculos que a vida lhe preparou.

Célia Leão:

SaúdeComo se preparar para a

Menopausa.

Em AltaProblemas em casa?

Chamem os maridos de aluguel.

TurismoConheça as maravilhas de

Serra Negra.

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Viva toda tranquilidade das praças residenciais até na hora de pagar.

Venha

Conhecer!

Prédios com elevadorPróximo a muitas conveniências

2 dorms.Aptos. de 53m²Portaria 24 horas e lazer completo com piscina e churrasqueira

“Procurando apartamento? Esse eu assino embaixo.”

Ivete Sangalo

Incorporação:Vendas:

CRECI J-20207CRECI 20.006-5-J

Informações:

4003.0980Rossi Praças Ipê Branco: Incorporação e Construção SANTA ZENOBIA EMP. IMOB. LTDA - A/C CONS. AMEMIYA RESIDENCIAL. Vendas: Lopes Consultoria Imobiliária - Creci J-20207 e Rossi Vendas | Criar - Creci 20006-5-J. Projeto Arquitetônico: Primi & Appoloni. Projeto aprovado na Prefeitura Municipal de Su-maré sob o protocolo nº 22875/2009 de 29/10/2009. Alvará de Construção 15823/2011. Memorial de incorporação nº R.04 na matrícula 125.960, expedido em 14/09/2011, registrado no Cartório de Registro de Imóveis de Sumaré - SP. Villa Flora - Condomínio das Camélias: Incorporação e Construção: SANTA MANUELA EMPR. IMOB. LTDA - A/C CONSÓRCIO FAZENDA STA CRUZ. Vendas: Lopes Consultoria Imobiliária - Creci J-20207 e Criar | Rossi Vendas - Creci 20006-5-J. Projeto Arquitetônico: HMK. Projeto aprovado na Prefeitura Municipal de Sumaré sob o protocolo 0056/11 em 09/11/2011. Alvará de Construção 16025/2011. Memorial de Incorporação nº R03 da matrícula 122.664, expedido em 23/11/2011, registrado no Cartório de Imóveis de Sumaré - SP.

Ilustração artística de referência de Voo de Pássaro de Rossi Praças Ipê Branco

Foto

ilus

trat

iva

Condomínio das Camélias, o último e mais surpreendente lançamento do Villa Flora Sumaré. No mesmo Estande de Vendas:

Av. da Amizade, a 500m de Villa Flora Sumaré.

CONFIRA CONDIÇÕES ESPECIAIS

NO PLANTÃO DE VENDAS

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Viva toda tranquilidade das praças residenciais até na hora de pagar.

Venha

Conhecer!

Prédios com elevadorPróximo a muitas conveniências

2 dorms.Aptos. de 53m²Portaria 24 horas e lazer completo com piscina e churrasqueira

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Ivete Sangalo

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CRECI J-20207CRECI 20.006-5-J

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4003.0980Rossi Praças Ipê Branco: Incorporação e Construção SANTA ZENOBIA EMP. IMOB. LTDA - A/C CONS. AMEMIYA RESIDENCIAL. Vendas: Lopes Consultoria Imobiliária - Creci J-20207 e Rossi Vendas | Criar - Creci 20006-5-J. Projeto Arquitetônico: Primi & Appoloni. Projeto aprovado na Prefeitura Municipal de Su-maré sob o protocolo nº 22875/2009 de 29/10/2009. Alvará de Construção 15823/2011. Memorial de incorporação nº R.04 na matrícula 125.960, expedido em 14/09/2011, registrado no Cartório de Registro de Imóveis de Sumaré - SP. Villa Flora - Condomínio das Camélias: Incorporação e Construção: SANTA MANUELA EMPR. IMOB. LTDA - A/C CONSÓRCIO FAZENDA STA CRUZ. Vendas: Lopes Consultoria Imobiliária - Creci J-20207 e Criar | Rossi Vendas - Creci 20006-5-J. Projeto Arquitetônico: HMK. Projeto aprovado na Prefeitura Municipal de Sumaré sob o protocolo 0056/11 em 09/11/2011. Alvará de Construção 16025/2011. Memorial de Incorporação nº R03 da matrícula 122.664, expedido em 23/11/2011, registrado no Cartório de Imóveis de Sumaré - SP.

Ilustração artística de referência de Voo de Pássaro de Rossi Praças Ipê Branco

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São 20 edições ao lado de vocês. Que imensa alegria e satisfação pela fidelidade e apoio. Obrigada mais uma vez! Mais um exemplar preparado com carinho, união e profissionalismo. Lá no fundo fica em nós um gostinho de missão cumprida e a vocês esperamos que gostem de mais esta edição, que por acaso, tem muito assunto dedicado as mulheres, principalmente as mamães de todas as idades.

Trouxemos uma descontraída entrevista com Célia Leão, uma mulher de fibra, que dentro da política, mostrou (e mostra) o verdadeiro papel da mulher, a força que todas têm

desempenhando vários papéis ao mesmo tempo. Que ela possa servir de exemplo e inspiração a ser seguido de que a vida deve ser vivida sempre e jamais devemos desistir de nossos sonhos e ideais.

Na seção Comportamento o assunto é o papel da mãe na família, esta que por sua vez desempenha a função com todo o amor e carinho incondicionalmente. E para ajudar tanto as mamães quanto qualquer outra mulher (e até mesmo os homens) vem aí os “maridos de aluguel”. Se você tem algum tipo de probleminha técnico em casa e precisa de ajuda masculina, chame um marido de aluguel, mas não confunda as coisas. Eles são altamente profissionais. Veja os detalhes na seção Em Alta.

Em Saúde o assunto é menopausa. Quantas mulheres sofrem por antecipação, já sentindo aqueles calores “insuportáveis”. O calor existe mesmo, entretanto a menopausa é uma das melhores fases da mulher. Com os cuidados devidamente prevenidos e uma boa conversa junto ao ginecologista, pode ser mais uma etapa feminina encarada com naturalidade. Saiba como aproveitar esse momento e não permitir que este seja um problema em sua vida. E se você conhece alguém que esteja passando por esse momento, saiba que sua ajuda é muito bem vinda, desde que ministrada com carinho, amor, apoio e paciência.

Na cidade de Hortolândia volte ao passado e descubra a magia desta cidade que mantêm relíquias e alegrias desde os tempos de Jacuba. Parabéns Hortolândia por seus 21 anos.

Na seção Minha Casa, um novo jeito de ter peças de decoração feitas por você. Crie sua ideia e faça a impressão em 3D. E para finalizar, a dica de Turismo é conhecer a cidade de Serra Negra.

Divirtam-se e até a próxima!

A Revista Típica é uma publicação bimestral da Editora Seta Regional. Circula nas cidades de Su-maré, Hortolândia e Nova Odessa no estado de

São Paulo, com tiragem de 15 mil exemplares. Mais informações sobre a publicação podem ser

encontradas no site www.revistatipica.com.br

Edição, Administração e Publicidade:Editora Seta Regional

Rua Joaquim de Paula Souza, 05Jd. Yolanda Costa e Silva - Sumaré/SP

Cep: 13172-210Tel.: (19) 3873.1745

[email protected]: www.setaregional.com.br

Diretoria ExecutivaAndressa Pirschner Assunçã[email protected]

Leandro Perez [email protected]

Editora ChefeAndréia Dorta, MTb: [email protected]

Jornalista AssistenteCleyton A. Jacintho, MTb: 51.959

[email protected]

Edição de Arte/DiagramaçãoEdinelson Cristiano Prazer

[email protected]

Leonardo Gonçalves [email protected]

Tatiana [email protected]

Atendimento/ComercialAna Paula Silva

[email protected]

Cecília Sousa [email protected]

Leandro Perez [email protected]

Administrativo/FinanceiroAndressa Pirschner Assunção

[email protected]

Sinara [email protected]

Fotos, Capa e Matéria de CapaAssessoria de Imprensa

ImpressãoGráfica Mundo Digital

Assessoria ContábilExato Contabilidade

ImportanteAs informações contidas nesta revista são para fins educacionais e informativos. A Revista Típica não se responsabiliza pela utilização inadequada das informações aqui veiculadas, nem pelas opini-

ões de nossos colaboradores e anunciantes.

“Tudo posso naquele que me fortalece” Filipenses 4: 13

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COMPORTAMENTOO papel de mãe na família.

EM FOCOEduardo Machetti, expectativas para a 8ª Edição do Rodeio de Hortolândia.

TURISMOFaça um tour pelas maravilhas de Serra Negra.

CIDADES21 anos de história, em comemoração conheça um dos patrimônios culturais da cidade.

EM ALTATire as dúvidas e conheça detal-hes sobre a nova tendência dos Maridos de Aluguel.

CAPACélia Leão fala dos obstáculos superados e de nunca ter desistido do sonho de ser mãe.

MINHA CASACrie os próprios objetos de deco-ração e deixe todo o lar com o seu jeito.

SAÚDEComo se preparar para a meno-pausa.

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N o dia 24 de abril a cidade de Hortolândia ganhou um novo conceito em alimentação, a primeira Temakeria da cidade

que está localizada na rua João Blumer, 12 Remanso Campineiro, próximo ao Shopping de Hortolândia.

A frente do empreendimento estão os sócios Val e Claudinho. A Temakeria abriu suas portas com um coquetel para

Temakeria Kanpai

amigos e parentes das 20 às 21 horas. No mesmo dia, após

o coquetel os amantes por comida japonesa já puderam

conferir de perto a belíssima estrutura e a diversificação do

cardápio oferecido. A Temakeria Kanpai é aberta de segunda

a segunda servindo almoço e jantar. Maiores informações

pelo telefone 19 3819-4863. Confira fotos da inauguração.

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R ecém inaugurada em Sumaré, a I9 Design & Decoração oferece aos clientes o que há de mais moderno no mercado em

relação a piso laminado, piso vinílico, persianas, forros, revestimentos, dry wall, papéis de parede e divisórias. Segundo os

sócios Marcos Eduardo Batista Neves, Pedro de Souza Batista Neves e Janaina Barbosa de Almeida Martins, existem vários

fatores que os diferem da concorrência como rapidez, lançamentos, qualidade e mão-de-obra qualificada.

As novidades estão nas promoções da loja, principalmente em piso laminado, onde o cliente consegue deixar sua

casa mais bonita, pagando pouco por isso. E também, o cliente visita a loja e pode agendar um orçamento sem compromisso.

“Nós da I9 Design & Decoração trabalhamos com

foco na satisfação integral do cliente, dedicando-nos a

atingir o resultado de cada projeto de forma singular. Pois,

para nós, o cliente é o nosso maior patrimônio.Nossos

valores de qualidade são rígidos, por isso garantimos os

resultados através da parceria com fornecedores, avaliação

e aperfeiçoamento de recursos humanos, manutenção

e estrutura de atendimento, constante reciclagem de

conhecimento e a perfeita qualidade dos produtos”, revelam

os sócios.

E para mais informações envie um e-mail para

[email protected] ou acesse o site www.

i9designedecoracao.com.br. Se preferir, faça uma visita na

loja, localizada na Av. Sete de Setembro, 1216. Vila Menuzzo

ou ainda pelo telefone (19)3308-8525, (19) 3308-8535.

I9 Design & Decoração Tudo o que há de novo em decoração

Sócios Proprietários: Marcos Eduardo Batista Neves, Pedro de Souza Batista Neves e Janaina Barbosa de Almeida Martins.

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A Pradolli Móveis Artesanais trabalha com uma grande variedade de cores de fibras e tecidos, para proporcionar aos seus

clientes inúmeras combinações. Aliada a qualidade, design e bom gosto, você ainda pode optar pela cor do acabamento

da fibra, escolhendo aquela que melhor combine com a decoração de seu ambiente. Horário de atendimento de segunda a

sexta-feira das 09 às 18 horas e aos sábados das 09 às 14 horas.

Recem inaugurada, a Pradolli oferece aos clientes um conceito inovador na linha de móveis em fibra sintética. Este conceito visa mesclar

elegância e qualidade, utilizando materiais como o aço tratado, que garante durabilidade e robustez a peça, o alumínio que além da durabilidade

confere leveza ao móvel, e a fibra sintética de alto padrão aplicada de

forma artesanal, além de trata-se de um produto ecológico, não extraído

da natureza como a fibra natural, preservando, assim, o meio-ambiente.

Os móveis possuem um design inovador podendo ser

usados nos mais variados tipos de ambiente, tanto na área

externa como na interna.

“Qualidade, bons preços (por tratar-se de móveis direto da

fábrica), várias formas de pagamento, materiais de alta qualidade,

fornecedores selecionados com anos de experiência na fabricação

destes móveis, entrega rápida são apenas alguns dos nossos diferenciais

em relação a concorrência”, declaram os sócios Pedro Aquiles Oliveira e

Érica Fernanda Prada Oliveira.

Mais informações pelo site www.pradollimoveis.com.br, pelo

e-mail [email protected] ou ainda pelo telefone 3306-

9585. Se preferir faça uma visita na Av. Rebouças, 1381B, no Jd. Alvorada

em Sumaré.

Pradolli Móveis ArtesanaisUm novo conceito em móveis

Sócios Proprietários: Pedro Aquiles Oliveira eÉrica Fernanda Prada OLiveira

N o último dia 12 de abril a cidade de

Sumaré ganhou um novo conceito em

moda masculina e feminina no quesito Jeans,

a Armazém do Jeans. Localizada na Avenida

Rebouças, 1977 a loja abriu as portas para a

população sumareense com muitas novidades

em seus produtos de fábrica. A inauguração

contou com a presença do ex BBB Rodrigo,

que contagiou a todos com a sua alegria e

beleza.

A loja já é referência na cidade de

Americana e região por qualidade e preço

baixo. Vejam fotos da inauguração.

Armazém do JeansUm novo conceito em móveis

1 – Lucas e Paulo Henrique (proprietários)

2 – Jéssica, Rodrigo, Jéssica e Fabiane

3 – Kerolin, Rodrigo e Leonardo

4 – Rosimar (surpevisora) e Rodrigo

5 – Ana, Rodrigo e Grazieli

6 – Camila, Rodrigo e Fernanda.

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EM ALTA

texto | Clayton Jacintho

Ilustração | Edinelson C. Prazer

Maridos de AluguelEles consertam o encanamento, trocam lâmpadas, rebocam e pintam

paredes, tudo sem reclamar e na hora em que você precisar

Pequenos problemas com

encanamentos? Lustres com

lâmpadas queimadas? Armários

e portas emperradas ou despencadas?

O chuveiro pifou? Não precisa mais se

preocupar, é só chamar o Marido de Aluguel.

Especializados em trabalhos

triviais como reparos elétricos, serviços

de construção civil, pinturas de paredes e

consertos domésticos, eles ainda trocam

lâmpadas, instalam chuveiros, montam

móveis, matam baratas, desentopem pias,

trocam botijões de gás, levam cachorros

para passear e também atuam como

motoristas. Esse tipo de serviço tem crescido

e caído no gosto de mulheres e homens que

não querem ter dor de cabeça com esses

pequenos problemas do dia a dia.

A profissão existe há cerca de 20

anos e surgiu na região metropolitana de São

Paulo, onde há empresas especializadas no

assunto e até sites personalizados, nos quais

os funcionários e serviços oferecidos podem

ser escolhidos e contratados pela internet.

Uma das franquias pioneiras e de

maior sucesso, especializada nesse tipo de

serviço, é a Dr. Faz Tudo. A empresa nasceu

há cerca de 15 anos e hoje tem unidades

espalhadas pelo Brasil inteiro para atender

um público formado por homens, mulheres

e jovens estudantes de todas as classes

sociais que precisam de um reparo em

sua residência, empresa ou condomínio. Os

profissionais são treinados e capacitados

para prestação de serviço e solucionar todos

os problemas.

“Vimos à dificuldade em contratar

mão de obra para pequenos reparos

e também a necessidade de vários

profissionais com especialidades diferentes.

A maioria dos profissionais da área não

aceitam pequenos serviços como: trocar um

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chuveiro ou arrumar uma única torneira com

vazamento”, comentam Adriana Santos

Da Hora Oliveira e Elma Camila Silva Farias,

gestoras da franquia da Dr. Faz Tudo de

Sumaré.

“Mesmo para grandes reformas,

tem-se receio de colocar um profissional em

sua residência sem que tenha uma indicação.

Com a independência das mulheres e a

falta de tempo dos homens, pensou-se em

um profissional que pudesse resolver os

pequenos ou grandes reparos que o cliente

não saiba ou não tenha tempo para fazer”,

completam Abner Leandro e Napolião Silva

De Oliveira também da franquia da Dr. Faz

Tudo.

Segundo as gestoras essa atividade

surgiu com a necessidade de profissionais

da área em aumentar sua renda ou mesmo

de ser a renda principal em momento de

crise, cerca de 20 anos atrás na região

metropolitana de São Paulo. O nome “marido

de aluguel” despertou interesse, curiosidade

a até algumas confusões, como: a cliente

solicitar que um “marido de aluguel” pudesse

sair com ela somente para fazer ciúmes

para seu ex-marido. “Não temos esse tipo

de problema, uma vez que não usamos esse

rótulo, chamamos nossos profissionais de

Doutores. Um profissional capacitado que

prestará um excelente serviço com muito

profissionalismo”, completam.

Outra empresa da região

especializada nesses serviços é a Carvalho

Manutenções. “Morávamos fora do Brasil,

quando voltamos, nosso sonho era abrir um

negócio. Foi quando minha esposa sugeriu

abrir uma empresa de “Marido de Aluguel”,

porque eu sempre gostei de concertar coisas

em nossa casa e na casa dos conhecidos,

parentes, vizinhos e assim por diante”,

explica Carlos Jorge Carvalho Pessoa, gestor

da empresa.

Segundo Jorge esse tipo de serviço

é requisitado e muito aceito tanto por

mulheres quanto por homens. “Hoje em dia

tanto mulher como homem nos procuram,

pois vivemos uma vida muito corrida. Muitas

pessoas, realmente não sabem solucionar

esse tipo de problema, mas a grande maioria

não tem tempo para resolver, é ai que nós

entramos”, diz.

“É muito mais fácil ter um “Marido de

Aluguel” que faça tudo que você precise em

vez de chamar um eletricista, um encanador,

depois um pedreiro, depois um pintor. Marido

de aluguel é tudo isso em um só profissional.

Ele é quase um medico familiar, um amigo,

alguém que você pode confiar, conhece tudo

na sua casa, muitas vezes melhor que você”,

completa o gestor.

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SAÚDE

texto | Andréia Dorta

Menopausa:receio ou falta de conhecimento?

Milhares de mulheres temem essa fase cheia dedescobertas e desafios

Para algumas mulheres é a pior fase da vida,

para outras é um momento único de grandes e

importantes redescobertas de si mesma, talvez

estas perdidas pelo tempo.

Em qual das opções você mulher se encaixa

quando o assunto é menopausa? Ou ainda se não está

passando por esta fase, com certeza pensa (ou vai pensar)

no assunto mediante ao que vive com sua mãe, sua avó,

alguma tia ou até mesmo amigas próximas. Nessa fase a

mulher se sente “menos mulher” pelo fato de não ovular

mais, entretanto a situação é inversa a esse pensamento.

É nesse período que a mulher se redescobre como tal. A

menopausa é apenas mais uma etapa de transformação

(e para melhor) na vida de uma mulher.

Segundo Dr. Sérgio A. Gonçalvez (CRM 120.022),

clínico geral em Campinas, antigamente, a preparação

à menopausa se resumia a ficar tomando hormônios

em determinadas concentrações e ficar monitorando

o exame de sangue tais doses de hormônio, entretanto,

hoje não é mais assim. “Esse procedimento não é mais

indicado primeiro pelos riscos de câncer de mama ou de

endométrio, e segundo, apenas a reposição hormonal não

exclui todos os problemas inerentes a mudança que a

mulher sofre durante a menopausa, que inclui mudanças

emocionais extremamente importantes. A auto estima

fica em desvantagem e muitos casos levam a depressão.

A recomendação é que cada mulher se cuide em duas

frentes, sendo uma a parte orgânica (com visitas regulares

ao ginecologista, exames de mamografia, ultrasom de

mama, Papanicolau, etc), e a outra na área emocional, com

ajuda de terapeutas ou psicólogos, para que mantenha a

auto estima elevada”, revela o especialista.

Ao contrário do que as mulheres acham, é nesse

período que deveriam se achar mais atraentes. Não é

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a menopausa que a deixa mais ou menos

mulher. O importante nessa fase é manter

a auto estima em alta, superar a sensação

de que está limitada (pelo contrário, tudo

continua como antes). Dr. Sérgio recomenda

a companhia de outras mulheres que estejam

encarando a menopausa em grande estilo,

para que uma dê apoio a outra e acima de

tudo, sugere que toda a família se empenhe

em atenção, paciência e entendimento das

mulheres que estão entrando na menopausa.

Não há uma idade concreta para

entrar na menopausa, visto que existem

hoje exemplos de mulheres que entram

na menopausa precoce (antes dos 40

anos), e na menopausa tardia (entre os

50 e 55 anos), mas cada caso é um caso,

considerando o organismo e a estrutura

específica de cada mulher. Em cada delas a

menopausa age de uma forma e para isso

o importante é que cada mulher conheça o

próprio corpo, se interesse pelo assunto e se

previna o quanto antes, pois existem formas

de manter o equilíbrio durante esta fase.

Para Diva Tobias Leite, prestes a

completar 57 anos, essa experiência tem

ocorrido sem nenhum tipo de tribulação. “Não

encaro a menopausa como um bicho de sete

cabeças, pelo contrário, eu a vejo até muito

bem, mas por um fato muito importante:

há anos fiz e ainda faço todo um trabalho

de prevenção, considerando que já tenho

histórico na família de câncer de útero, então,

comecei a me preocupar cedo, já que não

posso tomar remédio algum para reposição

hormonal. Comecei a tomar aquele chá de

folha de amora por indicação de algumas

pessoas que diziam que era bom. Me informei

e descobri, até com minha médica, Dra. Nilza

Aparecida de Souza Di Marzio, que realmente

esse chá faz muito bem.Além disso, tiro todas

as dúvidas com minha médica e mantenho

os exames ginecológicos em dia. De todos os

‘efeitos colaterais’ da menopausa, três coisas

as vezes me incomoda: um calor apenas no

rosto (mas não tanto quanto aquele que

ouço outras mulheres dizerem que sentem

em todo o corpo); o humor, que passei a

me irritar com algumas coisas com mais

freqüência e um frio de repente a noite que

vem de dentro. Fora isso, levo minha vida

como sempre levei”.

Como recomendação, o exemplo

de Diva deveria ser seguido por todas as

mulheres. Não basta esperar as coisas

acontecerem para depois ocorrer a

procura de um especialista. Os cuidados

e precauções são gradativos. As idas ao

ginecologista devem ser regulares, visto que

a mudança requer cuidados no lado físico e

principalmente emocional. E para que essa

alteração não seja drástica, algumas dicas

são essenciais à mulher nesta etapa da

vida, bem como o apoio e compreensão da

família.

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MINHA CASA

Objetos decorativos exclusivosnum passe de mágica

Nova tecnologia de impressoras 3D revolucionam mercado de decoração e design

texto | Clayton Jacintho

Imagine criar um objeto de decoração

exclusivo, aquele que você sempre

imaginou, porém nunca encontrou

para comprar? Isso agora é possível com

as impressoras 3D. Conhecida também

como prototipagem rápida, essa tecnologia

existe há cerca de 10 anos, mas no Brasil

ficou conhecida em 2011.

“O grande diferencial é a

possibilidade de ter objetos que não

são encontrados em lojas de design ou

decoração. Os profissionais podem produzir

um modelo sob demanda e ninguém mais

ter, o que pode atrair clientes que prezam

pela exclusividade, que é um mercado de

alto potencial e em crescimento no Brasil”,

comenta Vinícius Dourado, empreendedor

e gestor do site Imprima 3D. “Significa que,

pela primeira vez, alguém pode realizar

o desejo de ter um produto feito por ele

mesmo, do seu jeito, com o que quiser e

como quiser, produzido com impressoras

supermodernas e com uma tecnologia

inovadora”, completa.

Vinícius explica que o Imprima

3D surgiu da vontade de democratizar a

tecnologia 3D no Brasil. “Acreditamos que

essa tecnologia já é acessível, mas que os

brasileiros ainda acham que está muito

distante. Queremos, ao mesmo tempo,

mostrar que as pessoas podem criar seus

próprios produtos e disseminar o assunto

entre designers. Nossa inspiração foi o

portal Shapeways, que é norte-americano

e tem modelo bem semelhante ao nosso.

Eles estão fazendo um belo trabalho por

lá.”, diz o Gestor.

Existem diversas tecnologias

disponíveis para impressão 3D ou

prototipagem rápida no mercado. Apesar

dessa diversidade, em sua grande maioria,

o processo de produção é basicamente o

mesmo. A impressora deposita a resina do

material camada por camada até o objeto

ser criado. Imagine uma pessoa sendo

impressa em miniatura, agora imagine

essa pessoa “fatiada” em camadas

milimétricas; é basicamente isso o que o

arquivo de modelamento 3D fornece para

a máquina. Ela lê esse arquivo “fatiado” e

reproduz essas camadas na matéria prima,

que pode ser de vários tipos, de plásticos

a resinas.

O próprio site dispõe de diversos

Créditos: www.imprima3d.com.br

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desenhos para os mais variados fins. Entre

eles, porta-lápis, porta-clips, case para

celulares, porta-canetas, capa para caneta,

porta-guardanapo, dock para iPhone e

esculturas em geral. Caso o consumidor

tiver algum conhecimento de softwares

específicos, como o AutoCAD, ele pode

produzir suas próprias peças e mandar

imprimir em 3D. De acordo com Vinícius

Dourado, a área mais procurada no site é

a de acessórios que contém capas para

celulares e porta objetos, seguida da área

de miniaturas.

Existem duas possibilidades de

utilizar o site. Na primeira, o consumidor

pode criar o produto ou objeto em um

software específico, como o AutoCAD

ou o Blender. O arquivo deve ter a

extensão “.STL”. Vale lembrar que, caso a

necessidade seja enviar um projeto para

rápida prototipagem, ele tem de estar no

mesmo formato.

Após essas etapas, o usuário deve

entrar no site, fazer upload do seu projeto,

escolher o material que ele quer utilizar,

sendo as dimensões da peça fornecidas

pelo próprio arquivo e definidas quando o

objeto é projetado, e mandar imprimir em

3D. O pagamento é facilitado e o produto

chega em até 15 dias úteis.

Já na segunda, o cliente pode

escolher os objetos disponíveis em galeria,

que já foram feitos por designers, que

criaram por livre e espontânea vontade

seus desenhos para serem comprados.

“No site temos uma área voltada

exclusivamente para decoração chamada

Arte e Decoração”, completa Vinícius.

Para saber mais detalhes e adquirir

ou produzir seu objeto acesse o site www.

imprima3d.com.

Créditos: www.imprima3d.com.br

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TURISMO

texto | Renato Saes Melhado, Pós Graduado Docência Superior, Guia de Turismo

Nacional e América do Sul e Vice Conselheiro do COMTUR de Sumaré.

Serra Negra, a cidade da saúdeVocê vai as compras com ar puro e muita tranquilidade

S ituada dentro do Circuito

das Águas Paulistas, Serra

Negra é um dos destinos mais

procurados nessa época na nossa

região. Com pouco mais de 25.000

habitantes, chega a receber em um

único dia 100.000 visitantes, que vem

atrás de ar puro, compras variadas e

muito descanso. Para atender todo esse

público, a cidade conta com mais de 50

hotéis instalados.

Além do turismo como fonte

econômica do município, a cidade

conta com a produção de café, sendo

essa uma das principais fontes agrícola

Praça João Zelante - Crédito: Circuito das Águas Paulistas

Lago dos Macaquinhos - Crédito: Circuito das Águas Paulistas

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da cidade e um comércio forte na

rua principal da cidade, com serviços

prestados, através de passeio de trem,

charretes, cavalinhos, etc. Nada supera

a indústria de malharia, sendo o forte do

comércio Serrano junto do artesanato,

sendo comercializados os produtos

como: artigos em couro, madeira, palha,

bambu, tecidos, lã e linha, bem como

porcelana, entre outros.

Com um clima de montanha,

mais as águas minerais radioativas,

Serra Negra traz até a gente de todo

o Brasil os proveitos dos Balneários da

cidade, que guardam ainda o carinho

de receber bem os visitantes, sendo

conhecida também e recebendo o título

de “Cidade da Saúde”.

Um dos atrativos turísticos mais

visitados pelos turistas é o monumento

ao Cristo Redentor, localizado a 1.080

metros no Pico do Fonseca, inaugurado

em 1952. O monumento tem 18 metros

de altura e o melhor jeito de se chegar

até ele é pegando o miniférico, na praça

central da cidade. Existem mais de 100

cadeirinhas que percorrem cerca de 153

metros, que faz deste passeio um dos

maiores e melhores do país.

A cidade na região central,

quanto em seus entornos e divisas de

município, são agraciados por inúmeras

fontes de águas minerais, sendo uma

das mais conhecidas a Fonte São Carlos,

localizada na praça John Kennedy,

próximo a prefeitura. Para quem dela

beber, pode se beneficiar na eliminação

do Cloreto de Sódio excessivo, corrigindo

e ajudando na hipertensão arterial,

edemas e obesidade, bem como o

aliviamento do trabalho cardíaco, entre

outros benefícios.

O clima ameno, a altitude

diferenciada e a tranquilidade que o

visitante encontra em Serra Negra

convidam-no à busca de opções

gastronômicas saborosas, oferecendo

especialidades entre carnes vermelhas,

peixes, fondues, pratos típicos como

o frango com polenta e a feijoada.

Isso tudo oferecido em espaços

aconchegantes, atendimento rápido

e com qualidade, envoltos por muito

charme e tradição.

Contando também com um

turismo rural muito abrangente, vale

uma visita ao Vale do Ouro Verde, onde

se encontra um pequeno Museu, o

“Museu do Café”, que reúne a história

do café, curiosidades e virtudes do

produto, além de equipamentos e

ferramentas de época.

Este é o destino especial para

as mamães se divertirem e fazerem

suas compras de “Dias das Mães”, e

os melhores meses para aproveitar a

cidade são os meses de Maio, Junho e

Julho.

O melhor acesso para Serra

Negra é passando por Campinas

pela rodovia SP 340, via Jaguariúna,

Pedreira, Arcadas, Amparo e Serra

Negra. Todo esse percurso tem 72 km

aproximadamente, em torno de 1 ½ de

viagem, para quem vai de carro.

Bom planejamento e até a

próxima dica de viagem!

Loja de Couros - Crédito: Circuito das Águas Paulistas

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COMPORTAMENTO

texto | Oswaldo José Ottaviano - Advogado e corretor de imóveis em Sumaré.

Sócio do Rotary Club Sumaré - Norte.

Ser MãeO papel da Mãe na educação

M ãe é – ou pelo menos

deveria ser – tudo de bom.

O nenê fala primeiro papai

que mamãe. Não fiquem bravas com ele.

É que sendo palavra nasalizada é mais

difícil de aprender. Mas ele gosta muito

mais da mãe.

É lá que está seu restaurante

sempre com o mesmo cardápio. O colo é

mais macio, é ela que troca suas fraldas.

Se bem que hoje já tem pai que ajuda

muito, mas não vamos argumentar com

as exceções.

O papel da mãe na educação é

fundamental. Ela ensina tudo à criança.

Segurar a mamadeira, depois a colher, o

garfo, a faca. Descascar as frutas, montar

o sanduíche, até alfabetizar. Escrever o

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27próprio nome e ler alguma coisa é papel

da mãe. Mesmo a mãe analfabeta sabe

ensinar respeito e bons modos ao bebê.

É preciso notar que a primeira

educadora é a família, que ensina a viver.

A escola pode completar a educação,

trazendo cultura. Se a família não educa,

deixando a criança com a babá eletrônica

(TV) ou empregada mal educada, mais

tarde terão filhos malcriados. Lembre-se,

você vai colher o que plantou. E não é só

plantar é preciso cuidar.

Maria, a mãe de Jesus, sendo a

mãe por excelência, deve ter tido alguma

dificuldade com a educação. É que seu

filho sabia tudo e é difícil lidar com criança

assim. A Igreja narra que nas Bodas de

Caná foi realizado o primeiro milagre. Mas

num dos evangelhos apócrifos consta

que quando Jesus estava com seis ou

sete anos a mãe pediu para que buscasse

água na fonte. Ele foi, mas o cântaro se

quebrou. Então ele levou água no avental.

Ora, na época não havia plástico, logo a

peça era de pano. E levar água no avental

de pano só por milagre.

Mas no episódio há o maior

exemplo que conheço de comportamento

de mãe. Quando o filho se torna adulto

ela diminui sua participação na educação.

A frase fazei tudo o que ele vos disser

(ou mandar) é o maior exemplo de

humildade que uma mãe pode dar em

respeito à liberdade do filho. Ela sabia a

educação que o filho tinha e que dele só

poderia sair coisa boa. Então, devia estar

pensando, vindo dele eu assino em baixo

sem ler. Isso é que é confiança no filho!

E quem quer ser mãe e não pode! Existe a adoção.

A medicina evoluiu muito e

muitas vezes soluciona problemas de

infertilidade. Mas nem sempre. Para esses

casos existe a adoção, que é um gesto

de amor.

Antigamente se dizia que a

adoção dá filhos àqueles que não os

pode ter. Mais modernamente a adoção

dá um lar à pessoa que não o teve.

Usamos pessoa de propósito, pois não é

só criança que é adotado. Adulto também

pode.

Até 1980 havia uma tradição

em Sumaré de que família que já tinha

uma criança não podia adotar outra.

O promotor sustentava a tese e o

magistrado ia na dele. Até que um dia

resolvi recorrer de uma sentença dessas.

Encontrei um trabalho de um ex-professor

que pensava como eu. Deu o que fazer,

mas como resultado recurso 730-0 de

Sumaré, da relatoria do Des. Dalmo do

Vale Nogueira, a situação foi alterada e

hoje em toda comarca se pensa diferente.

Nada contra bichinhos de

estimação, mas se você quer ser mãe e

não pode por problemas de saúde, pense

em adoção. Vai dar muito mais trabalho,

mas você participará plenamente da

educação que uma mãe pode dar.

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CAPA

texto | Andréia Dorta

Célia Leão é modelo de mãe e mulher moderna

Mesmo diante dos obstáculos, a vida a tornou ainda mais guerreira

Mais um ano e cá estamos celebrando mais um Dia das Mães.

Para este dia tão especial, nosso presente é, de certa forma,

aumentar a auto-estima de tantas mulheres, que além de mãe,

são também profissionais competentes, esposas atenciosas, mães zelosas,

chefes de família, e na hora do descanso ainda domésticas nos afazeres

da casa. Essas mulheres multifuncionais existem e estão ao nosso lado

constantemente, ora na presença de alguém da família, ora no reflexo

da própria imagem. Sim, essas heroínas existem e Célia Camargo Leão

Edelmulth é uma delas. Extremamente decidida no que quer da vida, Célia

nos contou um pouco da própria trajetória, desde a infância, o acidente que

a deixou paraplégica aos 19 anos, até o momento na carreira de advogada e

Deputada Estadual por seis mandatos consecutivos.

Típica: Você é uma figura importante, referência para as mulhe-

res. O que te levou a ser o que é hoje?

Célia Leão: Desde cedo, quando, aos 19 anos de idade

sofri um acidente de automóvel e fiquei paraplégica,

já sentia que as mulheres precisavam ocupar seu lu-

gar de direito na sociedade de maneira geral. E, com

a deficiência adquirida devido ao acidente, as dificul-

dades eram ainda maiores em todos os sentidos.

Na visão da maioria das pessoas a deficiência e

o fato de ser mulher colocavam uma espécie de

ponto final em minha trajetória e eu simples-

mente não aceitava esta concepção. Passei a

fazer parte de um grupo de ativistas. Eu lutava

pelos direitos das pessoas com deficiência

no começo dos anos 80 e, a partir daí,

as coisas começaram a acontecer, os

espaços passaram a ser conquista-

dos e uma coisa acabou puxando

a outra. Naquela época estávamos

ainda nos primórdios da luta pelo reco-

nhecimento e inclusão das pessoas com

deficiência, não somente no Bra-Foto: Arquivo pessoal

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sil, mas também no resto do

mundo. Não foi nada fácil, mas

consegui trilhar este caminho

tortuoso e que permanece até

hoje, pois a luta, o trabalho não

pode cessar jamais. Em 1988

me tornei vereadora em Cam-

pinas e desde então estamos

neste caminho, sempre dentro do Le-

gislativo Paulista e na sociedade como

um todo. E, ao meu entender, este trabalho

nunca poderá terminar.

Típica: Você é uma mulher multifuncional.

Como é dar conta de tudo isso?

Célia Leão: Eu diria que sou mais que mul-

tifuncional. Aliás tive que aprender a ser

assim, para poder conciliar trabalho intenso,

família, marido e questões pessoais. Não é

fácil cuidar de tudo, mas graças à Deus, ao

longo dos últimos 30 anos, consegui conci-

liar tudo isso. Minha agenda é muito bem

estruturada de modo que torna possível re-

alizar tudo aquilo que o trabalho e tudo que

mais exigem.

Típica: O papel de mãe é importante. Como

foi essa experiência com seus filhos?

Célia Leão: Ser mãe é uma das coisas

mais importantes e maravilhosas e eu não

poderia passar por esta vida sem ter tido

esta experiência. Quando fiquei paraplégica

devido ao acidente de automóvel, os médi-

cos disseram que eu nunca poderia ter filhos

ou uma vida normal. Só de teimosia eu me

casei e tive três filhos maravilhosos que se

tornaram a alegria da nossa vida.

Típica: Ser mãe hoje para você continua

sendo um sonho? O que mudou de quando

eram pequenos e agora que são grandes?

Célia Leão: O meu sonho de ser mãe foi

realizado com meus três filhos, Rodrigo, Dio-

go e Stephanie. Hoje eles estão com 24, 21

e 18 anos respectivamente, e todos estão

na faculdade e serão futuros médicos. Quer

mais alegria que isso? Ser mãe e ver os fi-

lhos também construindo sua trajetória, sua

vida e, em breve, suas famílias, é uma das

maiores alegrias que Deus pode conceder

a uma mulher. Sou muito feliz por tudo isso.

Típica: Como foi sua infância? Do que se

recorda?

Célia Leão: Minha infância foi bastante

tranquila ao lado do papai Cândido e da

mamãe Rute. Lembro de fazer parte de uma

família boa, de respeito mútuo, de amor e

especialmente carinho entre todos nós, eu e

meus irmãos Celso e Claúdio.

Típica: O que mais de alegre te marcou até

hoje?

Foto: Arquivo pessoal - Deputada e o filho Diogo Edelmuth Leão e o marido Daniel Edelmuth.

Foto: Arquivo pessoal - Deputada Céia e o filho Rodrigo Edelmuth Leão, estudante de medicina.

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Célia Leão: Minhas viagens e passeios ao

lado de meu pai e minha mãe.

Típica: E o que não te traz boas recorda-

ções?

Célia Leão: Um fato que me deixou muito

triste foi quando papai morreu, em decor-

rência de um acidente de carro. Eu tinha

apenas 21 anos e isso me marcou profun-

damente.

Típica: Um sonho ainda não realizado?

Célia Leão: Já realizei muitos sonhos em

minha vida. Só o fato de eu estar hoje aqui,

atuante na política, com meu marido Daniel

e meus filhos já é uma vitória.

Típica: Como você vê o papel da mulher na

sociedade hoje?

Célia Leão: A nossa luta, que começou a

muito tempo reflete o papel da mulher na

sociedade atual. O mundo já não pode e

não deve mais continuar sua trajetória sem

a participação efetiva da mulher. É questão

de direito, pois homens e mulheres fazem

parte de um todo e não há como excluir o

papel feminino da sociedade. Muito já fize-

mos e muito já conquistamos, mas ainda há

muito espaço a ser conquistado e isso é um

trabalho permanente que temos que realizar

a todo instante.

Típica: O que significa a família para você?

Célia Leão: Família é tudo, é a base para

a construção social. Não há sociedade que

possa se manter em equilíbrio e justa sem

essa célula importante.

Típica: Como é sua rotina?

Célia Leão: Minha rotina fica entre Cam-

pinas e São Paulo. Praticamente estou

todos os dias na Capital paulista, na As-

sembleia Legislativa, onde as questões po-

líticas que envolvem nosso Estado

são discutidas e colocadas em

prática. Além disso, temos inú-

meros eventos que envolvem

as questões legislativas e parti-

dárias que me obrigam a es-

ticar ainda o meu dia e isso

é uma constante na minha

agenda. Mas, como já disse,

graças a uma agenda bem

estruturada faço isso tudo

com harmonia e tranquili-

dade.

Típica: Como anda a vida na

Foto: Arquivo pessoal

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33política? Conte um pouco do presente e os

planos futuros.

Célia Leão: A vida política anda bem agita-

da, especialmente agora em 2012, quando

teremos as eleições municipais em todo o

Brasil. Em nossa base, ou seja, a região de

Campinas, as questões políticas ganharam

destaque especial devido às denúncias de

corrupção e à cassação do prefeito e vice-

-prefeito de Campinas. Por isso estamos tra-

balhando forte para mudar este cenário, com

bons candidatos do nosso partido, o PSDB, e

o nosso apoio ao PSB para a prefeitura de

Campinas. Não está fácil, mas certamente,

com trabalho sério vamos construir juntos

um futuro mais digno para todos nós.

Típica: Como é ser mulher na política?

Célia Leão: A política é um campo que

necessita da participação tanto masculina

quanto feminina. Felizmente isso está se

tornando cada vez mais claro ao longo dos

anos e temos conquistado nosso espaço de

direito. Os problemas e as demandas são as

mesmas que enfrentam os homens, porém, te-

mos que fazer mais e melhor, sempre.

Típica: O que mudou em sua vida antes e de-

pois do acidente?

Célia Leão: Depois do acidente, quando fiquei

paraplégica, virei cadeirante, como dizem, tudo

mudou. Mas o que importa mesmo não é se po-

demos andar ou não, o que importa é a vida e o

que fazemos dela e o que podemos fazer para

melhorar a vida dos outros. E tenho certeza, es-

tou fazendo o melhor possível e os nossos sete

mandatos, um de vereadora e outros seis de

deputada estadual podem comprovar tudo isso.

Típica: Como aconteceu o acidente que a dei-

xou na cadeira de rodas?

Célia Leão: Naquela época, em 1974, era muito

jovem. Estava indo pela Rodovia Pedro Taques

(litoral paulista), na época, mal conservada.

Chovia bastante. Perdi o controle do carro e o

capotei.

Foto: Arquivo pessoal - Deputada e os filhos quando pequenos, passeiam na Lagoa do Taquaral, Campinas

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Típica: Você culpou alguém na época por

isso? Conte um pouco dos seus sentimentos

durante esse momento..

Célia Leão: Não culpei ninguém, exceto a

mim mesma. No começo não foi fácil para

nenhum de nós, especialmente para o meu

pai Cândido que, mesmo com longa expe-

riência na área médica, não suportava ver

a filha naquele estado. Os amigos e família

passaram a dar a maior força na tentativa

de amenizar o problema. Acabei indo até

mesmo para a Europa em busca de trata-

mento que pudesse reverter a lesão mas,

claro, acabou não dando certo, pois as le-

sões na medula são irreversíveis. Assim, aca-

bei me agarrando às esperanças de ter uma

vida mais próxima do normal, entrei para a

militância dos direitos das pessoas com de-

ficiência e hoje estou aqui, como uma refe-

rência nesta luta. Não há nenhum mal do

qual não podemos tirar nenhum proveito.

Típica: Quais as maiores dificuldades que

enfrenta (ou já enfrentou) na vida?

Célia Leão: As dificuldades são as mesmas

de sempre, principalmente por ser mulher,

portadora de uma deficiência e estar den-

tro da política. As cobranças são muitas, as

demandas não param de chegar. O proble-

ma da acessibilidade, que é uma das nossas

bandeiras dentro da Assembleia Legislativa

de São Paulo, ainda é um dos

principais e maiores obs-

táculos que eu e a maioria

das pessoas com alguma de-

ficiência ainda enfrentamos.

Mas estamos trabalhando for-

te neste sentido, ou seja, não

inclusão social possível sem a

promoção da acessibilidade. E

venceremos esta luta.

Típica: Você se considera uma

personalidade? Como é lidar

com a situação?

Célia Leão: Nunca me consi-

derei uma personalidade, sou

apenas uma cidadã

que opto pela

vida pública

e é claro que

isso implica em estar constantemente sob

os olhares da sociedade e os holofotes da

mídia. A melhor maneira de lidar com isso é

mostrando trabalho, seriedade, ética e com-

promisso com a população.

Típica: De tudo que viveu até hoje, do que

mais se arrepende ter feito. E também não

ter feito?

Célia Leão: Ao longo dos meus 56 anos de

vida muita coisa eu pude fazer e muitas ou-

tras não me foi possível fazer ou conquistar.

Não me arrependo de nada, apenas con-

tinuo meu trabalho com a certeza de que

tudo o que foi feito está dentro daquilo que

era possível fazer, e o que ainda não pude

fazer será, certamente, conquistado ao longo

do tempo. Não existe fracasso, o que existe é

a falta de dedicação ao trabalho.

Típica: Um conselho (ou uma frase) a todas

as mulheres.

Célia Leão: Nunca desistam de seus so-

nhos. Somos capazes de tudo e podemos

conquistar tudo aquilo que o nosso coração

deseja.

Típica: Um conselho (ou uma frase) a todas

as mães em comemoração ao Dia das Mães

2012.

Célia Leão: Só há uma coisa mais bela no

mundo do que a mulher: a mãe.

Típica: Deixe uma mensagem a to-

dos os leitores da Típica.

Célia Leão: A todos os leito-

res e amigos desta importante

revista desejo um feliz Dia das

Mães. Que a paz faça moradia

em seus corações e que Deus

conceda a saúde e a alegria

para cada um de vocês. A cons-

trução de uma sociedade melhor

para todos nós também passa pela

informação e a Típica vem fazendo

seu papel de maneira sóbria, com res-

peito e dedicação permanentes. E isso só

merece o nosso aplauso.

Típica: Fique a vontade para acrescentar o

que desejar de informação.

Célia Leão: Aos leitores, amigos, jornalistas

e parceiros da revista Típica quero aproveitar

a oportunidade para reiterar que estamos

com as portas do nosso gabinete abertas

sempre para todos. Juntos somos sempre

mais fortes e São Paulo precisa da nossa

união e trabalho. Quem puder visite nosso

site (www.celialeao.com.br) ou faça uma visi-

ta ao nosso escritório político em Campinas.

Teremos o maior prazer e o maior carinho

em recebê-los.

Foto: Arquivo pessoal - Deputada e os atletas paraolimpicos. Entre eles a nadadora campneira Fabiana Sugimori, medalha de ouro nos jogos de 2004.

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CIDADES

ESPECIAL HORTOLÂNDIA 21 ANOSEstação Ferroviária Jacuba: Patrimônio Cultural Municipal de Hortolândia

T odas e quaisquer comunidades

são possuidoras e usuárias

de bens culturais de diversos

matizes: edificados, móveis, naturais,

arqueológicos, imateriais. Estes bens

culturais representam e interagem com

as experiências, passadas e presentes,

destas respectivas comunidades. Tais

experiências, passadas e presentes,

moldam as memórias e identidades

das quais essas comunidades são

processualmente imbuídas, de maneira

que estas se constituem enquanto

cerne da produção e/ou apropriação

daquilo que são denominados bens

culturais.

Passíveis de novos usos e outras

atribuições estéticas e socioeconômicas,

os bens culturais, quando em situação de

precariedade infraestrutural e desvirtuação

dos sentidos tradicionais de manifestações

emanadas dessas comunidades, dependem

de ações de defesa e preservação, para

que estes sejam revitalizados e imunes

a intempéries e interesses particulares

ou escusos. Estas ações de defesa e

preservação de bens culturais, uma vez

partidas do poder público, são entendidas

como ações de “salvaguarda”; e que, para

tanto, é necessário, pois, viabilizar decretos

e promulgações que tornem estes bens

culturais, sobretudo aqueles edificados,

naturais e imateriais, como objetos de

interesse público, e, por fim, patrimônios

culturais. Ou seja, nem todos os bens culturais

são considerados patrimônios: somente

os são aqueles que passaram por uma

libação legal e institucional, a fim de serem

“salvaguardados”. Apesar de haver uma

“filtragem” para a seleção daqueles bens

culturais que merecem ou necessitam, por

urgência/emergência, de seu tombamento

ou registro enquanto patrimônios culturais,

tais localidades e comunidades também

são e devem ser responsáveis pela defesa e

preservação de seus bens culturais.

Neste sentido, o município de

Hortolândia vem desenvolvendo ações

patrimoniais para a salvaguarda de seus

bens culturais há quase duas décadas.

Declarações de “defensores do patrimônio

texto | Gustavo Esteves Lopes, Bacharel e Mestre em História Social pela USP. Pesquisador do Centro de Memória de

Hortolândia. Agente Cultural Concursado – Prefeitura Municipal de Hortolândia.

Reprodução em ilustração, Estação de Jacuba ano de 1918 - Crédito: Tatiana Santos

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37diretamente o referido patrimônio.

A Estação Ferroviária Jacuba, e

outras duas benfeitorias pertencentes ao

patrimônio da extinta “Companhia Paulista

de Estradas de Ferro”, foram construídas em

povoado homônimo, localizado no antigo

distrito de Santa Cruz, Campinas, entre

os anos de 1916 e 1917. A área adquirida

pela referida Companhia, cedida pelo

poder público (por meio da Lei Provincial

n°44/1869), era inicialmente de 1340m²,

sendo esta finalmente ampliada para

5.077m², após a compra de 3.737m² de

terras então pertencentes ao casal Antônio

Gomes Beato e Maria de Jesus, ao preço

de R$1:494$800, firmada na Comarca

de Campinas a 19 de Abril de 1916, e cuja

escritura se encontra no Livro 34, fls. 32-

34, do 3° Tabelionato de Transcrição de

Imóveis deste município. O edifício utilizado

como Estação Ferroviária fora construído

em uma área de 123,5m², ao passo que

outras duas benfeitorias, utilizadas como

moradias, em áreas de 52,5m² e 45,75m²,

respectivamente. Todas estas edificações

foram construídas em alvenaria e cobertura

de telhas de barro, com presença de

instalações elétricas e hidráulicas.

A 1° de Abril de 1917 fora inaugurada

a Estação Ferroviária Jacuba, 42 anos após

a inauguração da linha-tronco Jundiaí-

Campinas, a qual, com o passar dos anos,

fora paulatinamente estendida a outras

localidades do Oeste Paulista. Nesta área

da então recém construída estação, já havia

em funcionamento um posto telegráfico da

Cia. Paulista. A exata localização da estação

e entorno está entre o Km62+552,5m e

o Km62+780,5m da referida linha-tronco,

em área que jamais chegou a tocar as

margens do Ribeirão Jacuba. A partir de

sua inauguração, a Estação Ferroviária

Jacuba se tornara o marco referencial do

povoado homônimo para seus moradores

do povoado e visitantes alhures. Tornara-

se o mais prático e acessível meio de

transporte para uma população demasiado

distante de seu distrito-sede, Campinas,

como de qualquer outra localidade. Apesar

de estradas vicinais existirem desde a época

em que as redondezas de Jacuba serviam

de pouso para tropeiros que perfaziam

trechos paralelos aos seculares “Caminhos

dos Goyazes”, como o que ligava Campinas

a Monte Mor, o isolamento geográfico

desta população era um caso de carência

infraestrutural e logístico gravíssimo, o qual

fora relativamente aliviado com a

Antiga Estação Ferroviária de Hortolândia (Estação Jacuba). Fotos: Anderson Zotesso Rodrigues, jornalista, agente cultural concursado Prefeitura Municipal de Hortolândia.

cultural”; decretos de “áreas de interesse

público”; decretos de “tombamento de

bens culturais” foram algumas das poucas,

mas necessárias, ações institucionais do

poder público municipal, neste âmbito legal.

Dentre os diplomas mais relevantes no

que concerne à ação cultural patrimonial

em Hortolândia, citem-se: o tombamento

do edifício da antiga Estação Ferroviária

Jacuba (decreto n°1.150/2003) e o recém

firmado “termo de cessão provisória

gratuita” deste patrimônio ao poder público

municipal para fins culturais e turísticos, por

parte da Superintendência do Patrimônio da

União em São Paulo, responsável pelo antigo

patrimônio industrial e ferroviário da extinta

Rede Ferroviária Federal S.A (processo

n°0497.039110/2008-41, Secretaria do

Patrimônio da União). Deve-se compreender

que a Estação Ferroviária Jacuba, no

contexto do Sistema Nacional do Patrimônio

Cultural (SNPC) e da vigente Lei Federal

n°11.483/07, é patrimônio cultural partícipe

da memória ferroviária e industrial nacional,

e passível de ser cedido pela SPU ao poder

público municipal, em vista do desinteresse

do Instituto do Patrimônio Histórico e

Artístico Nacional (IPHAN) não declarar

e constituir interesse em administrar

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construção da estação Ferroviária,

e posteriormente com o desenvolvimento

da indústria automobilística. Até a chegada

de empreendedores pioneiros, como

o senhor João Ortolan, ao povoado, a

Estação Ferroviária Jacuba não somente

servia para o embarque/desembarque

de passageiros e posto telegráfico, como

também para milhares de cabeças de gado

que ali embarcavam/desembarcavam, de

maneira que isto se consolidava como um

dos principais alentos econômicos para o

carente povoado. Esta era uma das principais

marcas de Jacuba, que também faziam do

entorno da Estação Ferroviária área seja

para se fazer comércio, passear, namorar ou,

simplesmente, contemplar o fluxo diário de

gente e de gado.

No auge das atividades da Estação

Ferroviária Jacuba, uma vez inserida nas

extensas e seguras malhas do Estado de São

Paulo, entre as décadas de 1950 e 1960,

o então distrito de Hortolândia – então

ligado ao recém emancipado município de

Sumaré, ex-Rebouças, entre 31 de dezembro

de 1953 e 19 de maio de 1991, ano em que

também conquistara sua emancipação –

deixara para trás seu passado de extremo

isolamento geográfico (como assim ocorrera

principalmente até 1917), para se tornar

dinamicamente um relevante polo industrial

na crescente região metropolitana de

Campinas.

Particularmente sobre a estação

ferroviária Jacuba, nenhuma intervenção

infraestrutural drástica ocorrera em quase

100 anos de existência destas edificações,

sendo estas mantidas em ótimo estado de

manutenção e conservação até a extinção

da antiga Cia. Paulista, cujo patrimônio fora

transmitido à Ferrovia Paulista S.A. (FEPASA),

a qual também incorporara todo Prefeitura

da Cidade de Hortolândia patrimônio

documental, móvel e imóvel (industrial e

ferroviário) desta e de outras companhias,

como a “Estrada de Ferro Sorocabana”,

“São Paulo Railway” e “Estrada de Ferro

Mogyana”. Em processo de sucateamento

e endividamento, o transporte ferroviário

destas pioneiras estradas paulistas,

administrado pela FEPASA entre 1971 e

1998, e em seguida pela também extinta

Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA) até

2007, limita-se hoje quase exclusivamente

à logística de cargas pesadas, transmitidas

a empresas privadas. Foram muitas as

tentativas, frustradas, de reativação da

Estação

Ferroviária Jacuba, entre as

décadas de 1970 e 1990, de maneira que

seu fechamento definitivo se dera a meados

de 1996. Resistente às intempéries, e vítima

de depredações e invasões perpetradas por

desabrigados e ex-funcionários da antiga

FEPASA, a Estação Ferroviária Jacuba,

certamente, não funcionará mais como

edifício destinado à sua atribuição inicial. Há

que se lamentar por isto, pois Hortolândia

está intimamente ligada à história do

transporte industrial-ferroviário brasileiro,

inclusive como filial de diversas empresas

voltadas para a construção e manutenção

de vagões e eixos férreos (i.e., as extintas

Cobrasma S.A e Braseixos S.A., e, atualmente,

a Construcciones y Auxiliar de Ferrocarriles

– CAF S.A.).

Munícipes de Hortolândia convivem

diariamente com as inúmeras idas e vindas

de trens cargueiros, na linha tronco de bitola

irlandesa de mão dupla, com 1.676mm de

largura cada uma. Imagem recorrente em

diversos pontos do município é o inevitável

congestionamento junto aos numerosos

cruzamentos, criado pela lenta passagem

dos trens cargueiros. É também costume no

município pessoas manterem a imprudência

de caminharem pelas linhas férreas, apenas

para encurtar distâncias (alguns dos motivos

de acidentes fatais e trágicos que marcam

a memória ferroviária local, e que ocorrem

desde há muito tempo). Mas boas lembranças

da Estação Ferroviária e dos trens ainda

são marcantes na memória de seus

Antiga Estação Ferroviária de Hortolândia (Estação Jacuba). Fotos: Anderson Zotesso Rodrigues, jornalista, agente cultural concursado Prefeitura Municipal de Hortolândia.

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munícipes mais antigos – mas marcantes

que fatalidades e frustrações. Firmado

o “termo de cessão provisória gratuita”

desta área de 5.077m², e das benfeitorias

nela localizadas, sendo a principal destas

o edifício da Estação Ferroviária Jacuba,

essa área será inteiramente revitalizada, e

receberá novas atribuições e usos, frente

à relevância histórica, cultural e dentitária

do referido patrimônio cultural municipal

de Hortolândia. Assim, por meio de projeto

arquitetônico de restauro/reforma das

edificações e entorno (o qual atenderá

todos os requisitos de acessibilidade e

sustentabilidade ambiental/paisagística, e

que se encontra em viabilização), a Prefeitura

Municipal – e, por sua vez, a Secretaria

Municipal de Cultura – implementará

nessas edificações a sede definitiva do

Centro de Memória de Hortolândia (órgão

público criado pelo decreto-lei municipal

n°225/1994). Este órgão há pouco mais de

um ano vem deixando de ser “letra morta”,

de maneira que projetos culturais elaborados

por seus pesquisadores já estão em

andamento, antevendo-se e se preparando

para o momento de sua transferência e

funcionamento nas edificações da antiga

Estação Ferroviária Jacuba.

É importante ressaltar o aporte

paisagístico que receberá o entorno das

edificações, para este se tornar um ponto

de encontro com finalidades turísticas e

culturais, em benefício, sobretudo, à própria

população munícipe – local este que irá se

somar aos outros parques socioambientais

municipais construídos no decorrer das

últimas gestões públicas, como medida

urgente para a melhoria da qualidade de

vida da população local hortolandense. Para

tanto, fora celebrado contrato de repasse

de verbas, datado de 7 de dezembro de

2010, firmado entre o Ministério de Turismo,

representado pela Caixa Econômica Federal,

e a Prefeitura Municipal de Hortolândia,

para que a reforma/restauro da estação e

entorno sejam viabilizados. Em termos de

valores financeiros exclusivos para o referido

restauro/reforma, o ministério repassou ao

município R$292.500,00 à prefeitura, cuja

contrapartida fora de 157.500,00. No que

tange ao mobiliário e demais equipamentos

destinado ao Centro de Memória de

Hortolândia, ainda é necessário que seja

elaborado projeto técnico específico a

esta futura necessidade. Espera-se que a

exposição de alguns dados técnicos legais,

agrimensores, arquitetônicos, culturais,

históricos, propriamente ditos, possa revelar

aos leitores da presente revista Típica o

esforço das seguidas gestões públicas em

tornar este patrimônio cultural municipal

algo em real e plena interação junto à

comunidade local. Espera-se que a antiga

Estação Ferroviária Jacuba se consolide o

quanto antes enquanto patrimônio cultural

municipal entendido e vivenciado como

lugar de memória e identidade; e, mesmo,

simplesmente, como ambiente sugestivo

e agradável para o entretenimento de

munícipes e visitantes.

Esses 21 anos passaram tão rápido...Parece que nem os carros equipados com o nosso câmbio esportivo deram conta de alcançar.

Uma homenagem da Magneti Marelli ao aniversário de Hortolândia.

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sexta-feira, 4 de maio de 2012 16:10:58

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EM FOCO

SEGURA PEÃO!8ª Festa do Peão de Hortolândia comemora evolução

O “boom” econômico que a cidade

de Hortolândia encontra-se é

favorável ao conjunto estrutural

que move todo este desenvolvimento, haja

vista o crescimento e implantação de novas

e gigantes empresas do mercado industrial

brasileiro, bem como a vinda de importantes

empresas estrangeiras em nosso território

hortolandense.

Dessa mesma forma, é visível toda

melhoria que participamos e produzimos

durante os oito anos da Festa do Peão de

Hortolândia. A equipe de organização busca

avanços ao longo desta data, procurando

aperfeiçoar as técnicas precisas, além de

proporcionar entretenimento à população

hortolandense e região.

Neste ano a tecnologia estará

ainda mais presente nos painéis digitais,

no ampliação da área de circulação, no

aumento do número de camarotes, área

vip, arquibancada e tendas musicais. Todos

em um melhor posicionamento e disposição

para visualização dos shows, tudo em prol

do aconchego e bem estar do público.

Ao decorrer dos anos estamos

adquirindo experiência para o progresso

necessário, com isso tornamos o rodeio uma

tradição na cidade. Todos os anos o evento

ocorre junto ao aniversário de Hortolândia

que agita a cidade em um clima de festa,

alegria e grande comemoração.

A parceira da Prefeitura é de

grande importância para ambas as partes,

tanto pelo apoio dado à festa como pela

arrecadação de alimentos as doações às

famílias necessitadas, que ocorre na primeira

noite do evento.

Os shows são excelentes. A

medida que cresce o público, crescem as

possibilidades de melhor aquilo que já é feito

com dedicação, trabalho, profissionalismo e

respeito a público presente. Tamanho é o

sucesso que alcançamos a cada ano que

duplas que estão fazendo sucesso mundial

se apresentam em Hortolândia em cinco

incríveis noites. Isto valoriza a região.

Acreditamos que é sempre muito

inovador, a cada ano, fazemos mais

parceiras que contribuam para as mudanças

e melhorias que ocorrem na festa. A cada

evento, novos obstáculos são superados,

desafios são vencidos, parcerias fechadas e

acima de tudo o melhor aos presentes em

cada noite do evento. O trabalho é árduo,

cansativo, mas a satisfação e o sucesso no

final valem muito a pena.

Parabéns Hortolândia por seus 21

anos.

“Aproveitem” bom Rodeio a todos!

Eduardo MachettiEmpresário , formado em Educação Física, organizador do Rodeio de Hortolândia.

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