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revista super sul edição 2

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Page 3: Revista Super Sul

EDITORIAL

Revista Super Sul {Abr/Mai de 2011}

Erik Farina - Editor

[email protected]

oda a empresa de sucesso ou o pro-duto bem sucedido conta com re-cursos humanos capazes de agre-gar qualidade em sua formatação e

contribuir para sua contínua melhoria, sejacom novas ideias, seja com sua experiên-cia ou com sua empatia junto ao cliente.As pessoas são fundamentais em quaisquersetores da economia – e não é diferenteno segmento editorial.

Esta edição que tens em mãos, caro lei-tor, representa mais um passo da Revista SuperSul na direção de compreender as necessida-des do setor supermercadista em cada Esta-

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Reforços na Super Sul

do da Região Sul e desenvolver uma pautacapaz de atendê-las com informações rele-vantes e bem apuradas. Estreamos neste nú-mero parcerias com importantes consultorese observadores do autosserviço no Paraná,em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.

Sérgio Ricardo Simonetti, Ivam Michal-tchuk e Juliano Rigatti dão à editora Concei-tual Press, responsável pela publicação daSuper Sul, a satisfação de contar com suascontribuições através de três colunas per-manentes, nas quais propagarão, a cada edi-ção, as ideias e os valores que prezam notrabalho com o varejo, além de dicas para

melhorar um negócio de autosserviço. Taisartigos certamente se traduzirão em umaoportunidade valiosa para empreendedorese executivos ampliarem sua percepção quan-to ao universo supermercadista.

Qualidade nas reportagens, apuraçãoprópria de informações e discernimento doque é realmente importante para o negóciodos supermercados, têm sido as marcas daRevista Super Sul renovadas a cada edição.Esperamos que nossos esforços possam serrevertidos em negócios cada vez mais ani-madores ao autosserviço do Sul brasileiro.

Um abraço.

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Revis ta Super Sul {Abr/Mai de 2011}

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IHNMAnivdhdyConceitual - Publicações Segmentadas

www.revistasupersul.com.brRua Cel. Fernando Machado, 21

CEP: 90.010-321 - Centro Histórico

Porto Alegre - RS

Fone/Fax: 51 3062.4569

Fone: 51 3392.3975

[email protected]

Direção:

Sílvia Viale Silva

Melina Gonçalves

Edição:

Erik Farina - MTB/RS 12.003

Redação:

Gilmar Bitencourt

Júlio Sortica

Revisão:

Valéria Farina

Departamento Financeiro:

Rosana Mandrácio

Departamento Comercial:

Débora Moreira, Leandro Salinos

Magda Fernandes e Suzi Nascimento

Design Gráfico & Criação Publicitária:

José Francisco Alves (51 9941.5777)

Super Sul é uma publicação da editora Conceitual -

Publicações Segmentadas, destinada a diretores e principais

executivos de pequenos, médios e grandes supermercados

no Sul do Brasil, além dos executivos de grandes redes no

Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná, bem

como fornecedores, representantes, distribuidores,

atacadistas em geral, e, enfim, à cadeia completa do varejo,

da indústria ao ponto de venda. Também recebem

associações, entidades de classe e órgãos públicos.

Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem

necessariamente àquelas adotadas pela revista Super Sul.

É permitida a reprodução de matérias publicadas desde

que citada a fonte.

Tiragem: 12.000 exemplares.

Filiada à

ANATEC - Associação Nacional

das Editoras de Publicações Técnicas,

Dirigidas e Especializadas

ANATECPUBLICAÇÕES SEGMENTADAS

Revista Super Sul {Abr/Mai de 2011}

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EXPEDIENTE

SUMÁRIO

E ainda:Antonio Carlos

Poletini apresentaas novidades

da ExpoSuper2011, em

Santa CatarinaPág. 06

Walmart investe

R$ 150 milhõesno Sul

Pág. 18

Terceirização no

autosserviço ainda estálonge de ser unanimidade

Pág. 40

EspecialParaná: os

desafios e as

oportunidadesde um

mercadodescentralizado

e com alto

poderaquisitivo

Pág. 20

Apelo saudável estimula vendade produtos funcionais e

orgânicos nos supermercadosPág. 30

Os cases desustentabilidade

na MercosuperPág. 24

Agas pondera

guerra às sacolasPág. 34

Asun pede

passagem no RioGrande do Sul

Pág. 48

Colunistas:Ivam MichaltchukPág. 16Sérgio SimonettiPág. 28Juliano RigattiPág. 36Outras Seções:NegóciosPág. 08EventoPág. 10LançamentosPág. 44BibliotecaPág. 49AgendaPág. 50

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Antonio Carlos Poletini, Presidente da Comissão Organizadora da ExpoSuper

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ENTREVISTA Um evento

para manter as

vendas aquecidasma das principais feiras supermercadistas doSul do Brasil está para começar. A Feira deProdutos, Serviços e Equipamentos paraSupermercados e a Convenção Catarinense

de Supermercadistas (ExpoSuper 2011), promovida pelaAssociação dos Supermercadistas de Santa Catarina(Acats), pretende reunir 27 mil supermercadistas,empresários e executivos da cadeia do autosserviço. Oevento acontecerá entre os dias 20 e 22 de junho emJoinville (leia a apresentação em matéria nesta edição)e além do aumento do número de estandes e a ampliação

no volume de vendas, os atrativos da Feira se estendemàs novidades. Na entrevista abaixo, Antonio CarlosPoletini, Presidente da Comissão Organizadora daExpoSuper, explica que a presença de supermercadistasde diferentes regiões do Estado e a instalação de espaçocom atividades práticas potencializarão as visitações –e os negócios – do evento. Em uma leitura do mercadocatarinense, Poletini também fala como os supermercadosdo Estado têm evitado que o aumento da inadimplênciaacarrete prejuízos e aponta as reivindicações dosempresários do autosserviço junto ao poder público.

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Revista Super Sul - Quais serão as princi-pais novidades desta edição da ExpoSuper?Antonio Carlos Poletini - Serão várias.Podemos começar falando do projeto Ca-ravanas, que são roteiros coordenados peloServiço Social do Comércio de Santa Cata-rina (Sesc-SC), abrindo a possibilidade desupermercadistas de todas as cidades e re-giões do Estado participarem da ExpoSuper.No ambiente de exposições, o destaque seráo espaço da panificação, uma parceria en-tre a Moinho Estrela (PanFácil) e a Acats,onde serão promovidas atividades práti-cas com profissionais que atuam neste se-tor. Também está confirmada a presença deum expositor europeu, a Doceleia (fabri-cante portuguesa de doces e bolos conge-lados), abrindo novas perspectivas de ne-gócios aos participantes. Super Sul - Qual o volume esperado deexpositores, visitantes e negócios enca-minhados?Poletini - Deveremos ter a lotação máxi-ma na área de exposições, a exemplo doque ocorreu no ano passado, com 180estandes de tamanhos variados e mais de

130 expositores. Quanto ao volume denegócios, está estimado em mais de R$150 milhões, considerando também operíodo de pós-evento para negóciosiniciados na feira. O público aguardadoé estimado em 27 mil visitantes.

Super Sul - Algum setor da indústria, emespecial, está demonstrando interesseacima da média em apresentar seus pro-dutos na Feira?Poletini - De maneira geral, todos os seg-mentos estão muito animados com as pers-pectivas da Feira, motivados pelo bom mo-mento vivido pelo varejo supermercadistacatarinense e brasileiro nos últimos anos. Aindústria estará bem representada, assimcomo os setores de equipamentos, presta-ção de serviços e os distribuidores. Super Sul - Quanto às palestras da Con-venção, qual será o formato das apresen-tações?Poletini - A ExpoSuper monto, desde o anopassado, um novo formato para as suas pa-lestras técnicas setorizadas e simultâneas, noformato de painel, seguido por debates. Doispalestrantes convidados apresentam suas vi-sões, opiniões e experiências sobre um mes-mo tema e depois participam de debate como auditório. Serão cinco auditórios com fun-cionamentos simultâneos. Esse formato fezmuito sucesso ano passado, quando foi lan-çado, e será repetido em 2011.

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Super Sul - Qual o perfil dos visitantesda ExpoSuper? O evento atrai também em-presários e executivos de fora de SantaCatarina?Poletini - A ExpoSuper é um evento anualcom grande repercussão no segmentosupermercadista catarinense. A grande mai-oria dos visitantes é formada por diretorese compradores de redes e lojas de todos osportes localizadas em diferentes regiões doEstado. Estes profissionais comparecem embusca dos temas abordados na Convençãoe também do contato com os fornecedo-res, novos ou já conhecidos, na área deexposição. Esse ambiente de troca de ex-periências e de informações é muito pro-dutivo para quem participa do evento. Super Sul - Quanto ao crescimento dossúpers de Santa Catarina, como foi o de-sempenho do autosserviço catarinensesno ultimo ranking da Associação Brasi-leira de Supermercados (Abras)?Poletini - O segmento supermercadistacatarinense vem registrando seguidosresultados de crescimento nas vendas,conforme apurou o Termômetro de Ven-das da Acats. No último ranking divul-gado pela Abras, Santa Catarina teveduas redes classificadas entre as 20 mai-ores do Brasil: Angeloni, em 9º lugar, eGiassi, em 20º. Estas presenças represen-tam a pujança do setor. Super Sul - Como o supermercadistacatarinense está reagindo ao novo cená-

rio da economia, com elevação de juros,risco de inflação e aumento doendividamento da população, após um anofavorável como foi 2010?Poletini - De acordo com as manifesta-ções de dirigentes da Acats de todas asregiões do Estado, os fatores menciona-dos que influenciam a economia brasilei-ra ainda têm pouca repercussão no seg-mento supermercadista. O setor mantémuma expectativa otimista por conta dacontinuidade do ciclo de geração de em-pregos formais, um movimento que acabainfluenciando uma cesta de compras maiscompleta e variada dos consumidores. Sãooperações, em sua grande maioria, feitasà vista ou nos cartões de fidelidade dasempresas, concretizadas a partir deseletividade nos cadastros. Isso tem ga-rantido mais segurança e um índice míni-mo de inadimplência nas empresas. Super Sul - Quais são as reivindicaçõesdo setor junto aos governos Estadual eFederal para melhorar o ambiente de ne-gócios e manter as vendas em alta?Poletini - A carga tributária é o grandetema das discussões das lideranças empre-sariais do setor. Os empresários defendemuma política de redução na carga tributá-ria como meio para estimular o crescimen-to econômico, bem como uma profundamudança na legislação trabalhista. Destaforma, será possível ampliar as condiçõesde criar mais vagas de trabalho no setor eestimular o empreendedorismo.

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Indústria

Ouro Fino estréia em bebidas energéticasA empresa Ouro Fino decidiu entrar no segmento debebidas energéticas. A bebida, batizada de Insano, jáestá sendo comercializada no Paraná e em SantaCatarina e começa a chegar ao Estado de São Paulo. Aexpectativa é que até o final do ano seja distribuídapara todo o País. O investimento na nova linha chegaa R$ 1,5 milhão.

Vinhos da Salton chegam à InglaterraA Vinícola Salton comercializou seu primeiro lote deprodutos para a Inglaterra. A terra do príncipe Williame de sua esposa Kate Middleton vai receber todos osvinhos da linha Premium (Talento, Desejo e Virtude)e os da Linha Volpi e Series. Restaurantes, wine-barse hotéis, localizados principalmente em Londres, po-derão oferecer nove diferentes rótulos da Salton.

Etti e Assolan à vendaA Hypermarcas colocou à ven-da a Etti, marca de molhos econservas, e a Assolan, marcade produtos de limpeza, segun-do reportagem do jornal ValorEconômico. De acordo com otexto, a Cosan e a Bunge já fo-ram consultadas para a comprada Etti. A Bombril também te-ria sido procurada pela Hyper-marcas, mas decidiu não acei-tar as ofertas.

Mais congeladosem Lages (SC)A Vossko, empresa alemã de pra-tos congelados de carne bovi-na e de frango, investirá R$ 2milhões na modernização de seuparque industrial em Lages(SC), onde tem quatro linhas deprodução com processamentomédio de 1,1 mil toneladas. Oobjetivo do aporte é diversifi-car os cortes de aves e ampliaro seu portfólio.

Varejo

Fusão de gigantes?Carrefour e Grupo Pão de Açúcar podem estar emvias de fusão no Brasil. Pelo menos foi o que noti-ciou o jornal francês Le Journal du Dimanche no fimde maio. O Carrefour teria contratado o Banco deinvestimentos Lazard para se aproximar da famíliaDiniz, dona do Pão de Açúcar, e sondá-la sobre apossibilidade de fusão, em troca de uma participa-ção no Carrefour. Nenhuma das partes confirmou anegociação.

ALTOS

BAIXOS

ALTOS & BAIXOS

Em Alta:A compra com o uso de dinheiro de plásticosó faz crescer. A Associação Brasileira das Empre-sas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) di-vulgou que nos meses de janeiro, fevereiro e mar-ço houve uma elevação de 18% no faturamentototal do setor e de 16% no número de transaçõesem relação ao primeiro trimestre de 2010.

As classes D e E seguem movimentando ovarejo. Pesquisa da Kantar Worldpanel e apresen-tada pela Associação Paulista de Supermercadosrevela que esse grupo de consumidores aumentousuas compras nos supermercados em 16% em va-lor e em 12% em número de unidades, no anopassado, índice parelho ao das classes A, B e C.

Em Baixa:Os três gigantes do varejo brasileiro têm am-pliado a carga de ataques entre si em prol da pu-blicidade. O Walmart Brasil cassou na Justiça aliminar pedida pelo Grupo Pão de Açúcar que sus-pendeu a veiculação de filme publicitário de com-paração de preços. Há algum tempo, o Carrefourvem contestando o ineditismo da campanha “PreçoBaixo Todo Dia” da multinacional americana.

Os preços dos alimentos seguem em disparada.Os valores das commodities agrícolas subiram paraperto de um novo recorde em abril. O índice orga-nizado pela ONU mostrou que um conjunto de 55tipos de commodities subiu para 232,1 pontos,acima dos 231 pontos atingidos em março.

NEGCIOS

NEGÓCIOS

08

Cai o lucro do Pão de AçúcarO grupo Pão de Açúcar registrou uma que-da de 34,9% no lucro líquido consolidadodo primeiro trimestre, em meio à incorpo-ração das Casas Bahia, que elevou as des-pesas em 81% no período. A companhiateve lucro líquido de R$ 110,8 milhões noprimeiro trimestre, após R$ 170,4 milhõesno mesmo período do ano anterior.

Caixa de olho na CieloA Caixa Econômica Federal estánegociando a compra de parti-cipação na Cielo, com objetivode ter pelo menos 10% do capi-tal da líder em meios de paga-mento eletrônico no Brasil. Emvalores atuais, um décimo docapital da Cielo equivale a cercade R$ 2,1 bilhões. Atualmente,a participação da Caixa na em-presa é de pouco mais de 1%.

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Expansões

Atacadão chega a Rio GrandeA rede Atacadão, bandeira de atacarejo do grupoCarrefour, inaugurou uma nova loja na cidade de RioGrande, litoral do Rio Grande do Sul. Com mais de 10mil itens, a presença do Atacadão na cidade pretendeatender à demanda crescente em função dos novosinvestimentos corporativos na região. No Estado, arede já vende em Sapucaia do Sul e Canoas (foto).

Kock amplia presençaem Santa CatarinaA rede Koch inaugurou a séti-ma loja do grupo em Porto Belo(SC). A abertura da unidademarca mais um passo no pro-cesso de expansão, que incluia inauguração e construção denovas lojas ainda este ano emItajaí (um hipermercado) eItapema (loja no shopping dacidade). A rede saltou da oita-va para a quarta posição noranking dos súpers catarinensesque mais crescem.

Angeloni abresegunda lojaem Comboriú...Balneário Camboriú,em Santa Catarina,ganhou uma segun-da loja do Angeloni.O investimento foide R$ 35 milhões, ese deu pelo bom po-tencial da localida-de. O Angeloni 4ªAvenida será a 23ªloja da rede.

...e mira no ParanáOs planos da Rede vão além de Santa Catarina. A empresa confir-mou interesse em se instalar em Londrina (PR). Segundo notaoficial, o grupo definiu como estratégia de expansão investir noNorte do Paraná e escolheu Londrina e Maringá pelo grande po-tencial das duas cidades.

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Evento

Mercado catarinense

se prepara para a

ExpoSuper 2011

upermercadistas, distribuidores, prestadores deserviços e a indústria estão prontos para a Feirade Produtos, Serviços e Equipamentos para Su-permercados e a Convenção Catarinense de

Supermercadistas (ExpoSuper 2011), promovida pelaAssociação Catarinense de Supermercados (Acats). Nestaedição, são esperados cerca de 27 mil visitantes, maisde 300 expositores e um volume de negócios fechadosou iniciados acima de R$ 150 milhões. No ano passa-do, 25 mil pessoas visitaram os 140 estandes, movi-mentando cerca de R$ 96 milhões.

O evento será promovido entre os dias 20 e 22de junho, em Joinville (SC). Será o segundo ano depromoção da ExpoSuper na cidade – vinha sendo or-ganizada em Florianópolis, mas mudou-se em busca

de mais espaço. O evento terá painéis e seminários,abordando temas como sustentabilidade, origem erastreamento de produtos, código de defesa do con-sumidor, tendências de consumo, substituição tri-butária e aspectos da relação de emprego. Durante aAbertura Oficial, o governador Raimundo Colombo re-ceberá o título de Sócio Honorário da Acats.

Uma novidade na programação da ExpoSuper2011 será a realização de um workshop especial, “AArte de Gerenciar uma Loja”, que será ministrado porEduardo Tevah, um dos mais renomados conferencis-tas do Brasil. O evento será exclusivamente para ge-rentes de lojas, e as vagas serão preenchidas median-te comprovação de função, com prioridade para em-presas associadas à Acats.

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01 Edição

da ExpoSuper

2010: Acats prevê

movimento de R$ 150milhões neste ano

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Evento

O coordenador do evento, Eduardo Tevah, além depalestrante e autor de livros, é vice-presidente do Gru-po que leva seu sobrenome, um conglomerado de diver-sas lojas e uma indústria. A empresa, do segmento demoda masculina, atua no Rio Grande do Sul e em SantaCatarina, empregando ais de 500 funcionários.

Um dos debates programados para a ExpoSuper2011 irá abordar o fenômeno da ascensão da classe Ccomo a nova classe média brasileira e qual o futuro des-se segmento. Os debatedores, convidados para este tema,são a diretora do instituto Kantar WorldPanel, FátimaMerlin, e o vice-presidente de Desenvolvimento e Negó-cios Estratégicos do Ibope, Nelson Marangoni.

No painel, Fátima Merlin prepara respostas paraos seguintes questionamentos: Quem é essa nova clas-se C? Por que institutos de pesquisas, estudiosos,acadêmicos, se viram obrigados a segmentar a classeC em duas faixas (Classe C1 com bolso, comportamen-to, hábitos e anseios muito mais próximo de umaclasse B2, e a Classe C2, também chamado de “osemergentes”)? Portanto, falar da classe C no Brasil éentender estes dois mundos distintos.

“Vamos fornecer elementos para uma reflexão,abordando critérios de classificação, a presença namídia, características atitudinais e expansão do consu-mo. Uma percepção inadequada deste segmento podelevar a riscos relevantes no planejamento das empre-sas”, aponta Nelson Marangoni.

A ExpoSuper também vai mostrar a visão da Nielsensobre Tendência do Varejo no Brasil. A apresentaçãoserá dia 22/06 às 9h com a Coordenadora de Atendi-mento ao Varejo da Região Sul da consultoria, SamantaPuglia. A Nielsen estuda a variação de consumo de

146 categorias de produtos, em valor, preço e volumeem Santa Catarina, região Sul e Brasil tendo as princi-pais lojas e redes de auto-serviço com referências. Osresultados destes levantamentos permitem traçar umretrato minucioso do comportamento do varejosupermercadista brasileiro.

Um dos momentos mais esperados do evento é oPrêmio Mérito Acats ExpoSuper para Supermercadistas eFornecedores mais Admirados, uma iniciativa com ob-jetivo reconhecer e valorizar os melhores fornecedores eos supermercados mais admirados. A escolha apontaaqueles que mais se destacaram nos últimos 12 meses econtribuíram diretamente para o desenvolvimento eexpansão do setor supermercadista catarinense.

Na modalidade Melhor Fornecedor serão 16 ca-tegorias de produtos de empresas associadas à Acatsou expositoras e patrocinadoras na ExpoSuper. Outramodalidade é a de Supermercado Mais Admirado, con-siderando os destaques regionais por porte e os des-taques estatuais. O levantamento e a apuração dosdados estão sendo feitos pelo Instituto Mapa. A en-trega dos troféus, tanto supermercados quanto for-necedores, ocorrerá na cerimônia de encerramentoda ExpoSuper, no dia 22 de junho.

{Lançamentos} Além das palestras e oficinas,a ExpoSuper 2011 será um espaço de apresentação denovidades por parte da indústria. Novos produtos serãoexpostos, assim como diversos tipos de serviços aossúpers. Notícias sobre o desempenho e os investimen-tos dos fornecedores também poderão ser aguardadosem Joinville, da mesma forma que as campanhas demarketing que virão adiante.

A Nordeste Alimentos apresentará ao público suasnovas embalagens para as linhas Doméstica, Profissio-nal e Industrial, e promoverá a exposição de produtospara varejo, com foco na Farinha Tipo 1 Nordeste eMisturas para Bolos Nordeste, além das Pré-misturas eFarinhas para o segmento de panificação. A empresa éuma das cinco maiores do setor na Região Sul, segundodados da Abitrigo (2009). Atualmente, a companhiaconta com 300 profissionais e no próximo mês de maiocompletará 65 anos de atividades.

A cervejaria Bierland, de Blumenau (SC), lançoumais um tipo de cerveja, a Imperial Stout, um produtocom sabor acentuado. O estilo é marcado pela presençade malte escuro, que pode variar entre o chocolate enotas de torrefação. A novidade poderá ser uma dasportas de entrada para uma presença mais maciça daempresa no mercado catarinense, e os contatos serãoestreitados em Joinville.

Em abril, a empresa lançou a cerveja Vienna, umproduto bastante tradicional e com poucos represen-tantes no mercado. Diferente da Imperial Stout, a Viennaé marcada pela forte personalidade dos lúpulos ameri-canos. Ainda neste ano, a Bierland, que já produz os

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02 Tevah

promoveráo workshop “A

Arte de Gerenciar

uma Loja”

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estilos Pale Ale, Bock, Pilsen, Weizen e Vienna, develançar o estilo Strong Golden Ale.

A Panosul vai expor diversas novidades em seuestande, uma delas é a linha de Panos de Microfibra desuper absorção. A Panosul terá diversas outras linhasdisponíveis para os supermercadistas. A empresa temsede em Ibiaçá, Rio Grande do Sul, e trabalha com ossegmentos de cama, mesa, banho, limpeza e tapeçaria,atendendo a todo o Brasil.

A RoyalPack, fabricante de embalagens de alumí-nio e plástico para uso doméstico e uma das apoiadorasdo evento, prepara-se para inaugurar em junho a suaprimeira unidade na região Sudeste. A fábrica, instala-da na Barra do Piraí, região metropolitana do Rio deJaneiro, exigiu investimento de R$ 14 milhões. Com anova unidade, a empresa prevê crescimento de até 35%em 2011 com ampliação da capacidade atual de con-versão de 4,5 mil toneladas por ano de alumínio para 6mil toneladas ao ano. A ExpoSuper servirá de palco paraa RoyalPack informar seus clientes sobre o aumento daprodução e buscar novas oportunidades de negócios.

Os produtos funcionais também estarão à mostradurante o evento. A Vitalin vai apresentar no encontroseu portfólio completo de produtos. Destaque para oQuinoa Shake Orgânico Sabor Chocolate, além da linhaGergelim e o Achocolatado Orgânico, produto que des-

taca as propriedades nutricionais da quinoa em umabebida cremosa e saborosa, ideal para compor o café damanhã e o lanche da tarde.

Localizada em Jaraguá do Sul (SC), a Vitalin sededica à produção de alimentos naturais e funcionais,voltados para a saúde e o bem estar, comercializados emtodo o Brasil. Como referência nacional na produção dealimentos orgânicos.

A Sysmo Sistemas, empresa especializada emsoftwares para gestão e automação de Supermerca-dos, por sua vez, vai mostrar inovações como a novaidentidade visual, além de outros dois destaquesque poderão ser conferidos pelos clientes: a novaversão do Sysmo S1 e a Central de Atendimento aoCliente. A empresa conta ainda com uma nova pági-na, oferecendo formas diversificadas de relaciona-mento online, por meio do Sysmo Net, uma área res-trita exclusiva para clientes Sysmo.

ServiçoO que: Feira de Produtos, Serviços e Equipamentos para Supermercadose Convenção Catarinense de Supermercadistas (ExpoSuper 2011)Quando: Dias 20, 21 e 22 de junho de 2011Onde: Complexo Expoville, em Joinville (SC)Mais informações: http://exposuper.com.br/

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Apas 2011 gerouR$ 5 bilhões de negócios

inco bilhões de reais em negóci-os (representando um crescimen-to de mais de 10%, comparadoao evento anterior), 550 exposi-

tores, 100 palestras com especialistas derenome do Brasil e do exterior, mais de 70mil inscritos, 3,7 mil congressistas e nadamenos que 68 mil metros quadrados para aárea de exposição. Este é o balanço do 27ºCongresso de Gestão e Feira Internacionalde Negócios em Supermercados, promovi-do no início de maio, pela AssociaçãoPaulista de Supermercados (Apas).

Neste ano, o evento recebeu 50 com-panhias de diversos países, como Alemanha,

Turquia, Tailândia, Itália, Espanha, Portugale Finlândia, além de mais de 150 visitantesde todo o mundo. Foram gerados mais de 20mil empregos somente na produção. “Ficomuito entusiasmado com os números da Fei-ra. Geramos negócios para a cidade de SãoPaulo, para o Center Norte e para a rede ho-teleira. Nosso objetivo é tornar esse eventoo maior pólo de negócios latino-americano”,almeja o presidente da Apas, João Galassi.

Além dos negócios fechados, o eventorendeu a assinatura de quatro convênios:Escola Digital de Supermercados (e-super),com o lançamento imediato de seis cursos àdistância; parceria entre a APAS e o Governo

para reduzir as sacolas plásticas em todo oEstado; o Via Rápida, que prevê treinamentopara profissionais desempregados, e o da cri-ação da Câmara Técnica do ComércioSupermercadista, em parceria com o Procon-SP, voltada à aproximação entre o setor e oCódigo de Defesa do Consumidor.

Apenas com o Via Rápida do Emprego,a APAS e o Centro Paula Souza trabalharãojuntos na capacitação e inserção de funcio-nários em supermercados e, com o e-super, aentidade e o Instituto IGA Coca-Cola ofere-cerão mais de 80 cursos online.

O Congresso de Gestão gerou quatrodias de informação e atualização profissio-

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Evento

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nal. O público pôde conferir palestrase debates sobre os mais diversos as-suntos, como tendências de consumo,varejo, inovação, produtividade, ges-tão de produtos, criação de valor,marketing, estratégia, comunicação,redes sociais, finanças e tecnologia,avaliação de pessoas, entre outros.

Como parte da programação,também foram realizadas visitas téc-nicas monitoradas, para comprovarna prática as experiências que fa-zem sucesso, além de workshops gra-tuitos para os funcionários da áreaoperacional, e a Arena do Conheci-mento, para a aplicação de boas prá-ticas no autosserviço do dia a dia.

O Congresso trouxe ideias im-portantes, deixando a conclusão,trazida pela pesquisa “Tendências do Con-sumidor”, de que o brasileiro está gastan-do mais do que ganha, mas que deve su-prir esse déficit com o aumento da renda.O levantamento também apontou as mu-lheres e o crescimento da classe média comofatores importantes para o crescimento de4% que o setor espera registrar em 2011.

“A feira foi um sucesso. Aumentamos ovolume de negócios, fechamos convêniosimportantes para a profissionalização do se-tor e ainda discutimos temas relevantes parao futuro do mercado supermercadista”, dis-se Galassi. O dirigente anunciou o tema dopróximo evento, em 2012: “Colaboração,inteligência compartilhada inovando valorpara o consumidor”.

{Estrangeiros} Neste ano, além dosestandes de Alemanha, Argentina, Chile,Equador, Espanha, EUA, Finlândia, Itália,Peru, Portugal, Tailândia e Turquia, o even-to contou com a participação de 34 redesde supermercados estrangeiras, que fecha-ram US$ 51,1 milhões em negócios. Forammais de 500 reuniões entre executivos de17 países e as empresas brasileiras. Os em-presários – incentivados pela Apas e pelaAgência Brasileira de Promoção de Exporta-ções e Investimentos (Apex-Brasil) – vieramda Angola, Catar, Emirados Árabes Unidos,Eritreia, Líbano, Espanha, França, Polônia,Portugal, Rússia, Argentina, Cuba, Chile,México, Peru, Uruguai e Estados Unidos.

Negociaram produtos como arroz, açú-car, vinho, cerveja, ovos, frango, cachaça,água de coco, açaí, queijo, doce de leite e

máquinas para acondicionamento de água.“A ação superou as nossas expectativas ini-ciais e mostrou que há inúmeras oportuni-dades de negócios ainda a serem explora-das pelas empresas brasileiras. Os compra-dores se impressionaram com a qualidadedo produto nacional e descobriram muitasnovidades para ofertar aos consumidoresem seus países”, afirma Mauricio Borges,presidente da Apex-Brasil.

Segundo a agência, entre os negóciosrealizados pelas redes de supermercados es-trangeiras, destacaram-se as transações daHEB, El Corte Inglés e Shoprite. A rede HEB,que tem mais de 300 lojas no sul dos Esta-dos Unidos, interessou-se principalmente porprodutos típicos. Com mais de 80 lojas emPortugal e na Espanha, a empresa El CorteInglés fechou cerca de US$ 900 mil em com-pras de alimentos e bebidas e, além dessascategorias, a comitiva de executivos veioao País para adquirir também artigos de ves-tuário, calçados, móveis e artesanato queserão comercializados em um espaço dedica-do ao Brasil, a ser lançado na primavera de2012 nas 80 lojas da rede.

Já a Shoprite, principal rede de su-permercados do continente africano, devefechar negócio com até 30 empresas bra-sileiras, que fornecerão itens como sucos,ovos, pão de queijo e requeijão para 12lojas da rede em Angola. “Temos interesseem oferecer uma gama variada de produ-tos brasileiros aos consumidores angola-nos. Há grande demanda e interesse pelosprodutos do Brasil”, comentou a executi-va da rede, Ivania Rodrigues.

São Paulo (SP)

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CO Talentos Humanos: o maior

patrimônio de sua empresa

não está no ativo imobilizado

Por Ivam Michaltchuk

mbora projetos de abertura, reforma e ampliaçãode lojas, incorporação de redes menores ou ade-são a Centrais de Compras figurem como estraté-gia de crescimento ou sobrevivência para várias

organizações, muitos empresários do varejo deautosserviço ainda concentram investimentos e ener-gia apenas nestes quesitos, deixando em segundo pla-no um assunto que deveria ocupar o topo na pirâmidedas decisões importantes: o investimento contínuo eplanejado no desenvolvimento dos Talentos Humanos,que mantém o pulmão dos supermercados respirando.

Afinal, de que adianta uma loja novinha em folha,construída de acordo com os modernos conceitos desustentabilidade, equipamentos de última geração,softwares de gestão para todos os departamentos, mixadequado de produtos, estratégias inovadoras demerchandising e uma completa estrutura de serviços, senão existirem colaboradores motivados, bem treinadospara colocar tudo isso em prática e dispostos a tratarcada cliente como se fosse único, superando suas ex-pectativas e deixando-o com vontade de voltar?

Tamanha é a importância estratégica deste temaque me atrevo a sugerir às empresas de varejo substi-tuírem o tradicional “Departamento de Recursos Hu-manos – RH” por um de “Talentos Humanos – TH”. Játemos um bom exemplo numa tradicional redesupermercadista do norte de Santa Catarina que adotaesta terminologia. Mas trocar o nome apenas não bas-

ta. Precisamos convencer os empresá-rios de que seu maior patrimônio não éo ativo imobilizado que aparece nos ba-lanços contábeis. Investir em bens fí-sicos é necessário à operação, mas amanutenção e a depreciação dos mes-mos são inevitáveis, ano após ano.

Por outro lado, investir nos Talen-tos Humanos de sua empresa significa,na prática, agregar mais valor ao negó-cio, aumentar consideravelmente afidelização de seus clientes, surpreen-der-se com as idéias inovadoras que vemàs vezes de onde menos se espera, ob-servar a queda gradativa do turnover,

verificar a redução de um desperdício sistêmico quecorrói o lucro, além de outros benefícios igualmenteimportantes e salutares para o negócio.

Ao ler a pesquisa “Tendências”, feita anualmentepelo Departamento de Economia e Pesquisa da Abras,constato com satisfação que 84% dos supermercadistasconsideraram muito importante capacitar e treinar oscolaboradores em 2011. Em 2010, este percentual erade 67%. Contratar profissionais já qualificados é fun-damental para 66% das empresas respondentes. Arotatividade de mão de obra, que preocupava 38% dosempresários em 2010, subiu para 60% em 2011 e pas-sou a ocupar importância vital para o setor. Aliás, pelascaracterísticas da operação, o alto índice de turnover(rotatividade) não é exatamente uma novidade e vemdesde os tempos do funcionário “Jaque”: “Já que nãoarrumou emprego em lugar nenhum, foi trabalhar emum supermercado”. Seria cômico se não fosse trágico.

Lembro-me de uma passagem que ilustra bem estarealidade. Conversava com um pequeno empresário e omesmo reclamava que tinha grandes problemas com seuaçougueiro. Estava desmotivado, atendia mal aos cli-entes, o desperdício na seção de carnes era crescente eele não sabia mais o que fazer. Sugeri então que inves-tisse no profissional. “Quem sabe um curso derequalificação?”, perguntei. Ele me olhou com surpresae afirmou: “Gastar dinheiro com ele? Nem pensar, se elefizer curso, vai direto para a concorrência e vou jogardinheiro fora”. Sabem o que aconteceu? Mais seis mesesde prejuízo, vários clientes perdidos, o profissional foidemitido, migrou para um supermercado concorrente eainda entrou com uma ação trabalhista que rendeu aoseu ex-patrão uma bela dor de cabeça e um acordo deR$ 6.000,00. Valeu a pena?

Todo profissional responsável pela gestão de Recur-sos (ou Talentos) Humanos em empresas supermercadistascumpre diariamente uma pesada rotina de recrutamento,seleção, admissão, integração e treinamento operacionalde novos colaboradores. Por mais planejado e metódicoque seja este processo, as estatísticas mostram que 4 emcada 10 novos colaboradores deixam a empresa duranteo período de experiência.

A partir desta constatação, precisamos repensar

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nossas estratégias para desenvolvimento e retenção detalentos. Com raras exceções, bons profissionais nãoestão disponíveis no mercado, aguardando apenas umconvite nosso para começar a trabalhar.

Uma alternativa que tem sido comum é a seduçãode profissionais conceituados que atuam em supermer-cados concorrentes, com um atrativo pacote de benefí-cios. Além de caro, o profissional trará consigo os “víci-os” herdados de outra cultura organizacional e istopoderá ser um enorme problema no médio prazo. Poroutro lado, investir em pessoas totalmente leigas for-mando-as desde a base requer investimentos maiores,riscos de migração depois de formadas e um tempo doqual não dispomos na maioria dos casos.

Há algumas saídas possíveis ao autosserviço emsua busca por profissionais. Uma solução interessantecomeça a ser desenhada em Santa Catarina para ameni-zar o problema, com a participação direta da Associa-ção Catarinense de Supermercados (Acats). Com apoiodo Governo Federal, está sendo estruturado um PlanoSetorial de Qualificação (PLANSEQ), cuja meta é prepa-rar tecnicamente mais de 2 mil jovens, com formaçãoespecífica para supermercados e contratação imediataapós um período mínimo de freqüência aos cursos. Elesserão ministrados em todas as regiões do Estado, e osalunos não terão custo algum para participar da forma-ção. A ideia promete.

Outro bom exemplo vem sendo formatado há trêsanos por uma organização de médio porte, que contacom sete lojas, 1,3 mil colaboradores e atua no Vale doItajaí em SC. Um grupo de 80 profissionais está sendotreinado nas áreas de carnes, frios e laticínios, hortifruti,

padaria e confeitaria, armazenagem e reposição de mer-cadorias e operação de check-out dentro dos padrõesda Escola Nacional de Supermercados (ENS). Após o pro-cesso de certificação, eles se tornarão AgentesMultiplicadores, que acompanharão os novos colabora-dores desde o primeiro dia de trabalho até a capacitaçãotécnica dentro do setor onde o mesmo vai atuar.

Para viabilizar o projeto, foi criado dentro doorganograma o cargo de “multiplicador”, com saláriodiferenciado, atribuições específicas, estrutura para trei-namento em todas as filiais e cronograma de cursos atéo final de 2011. Este planejamento aposta em resulta-dos de médio e longo prazo, oferecendo aos novos co-laboradores uma visão integrada da organização, umacompanhamento direto para potencializar suas habili-dades e desenvolver novas competências, além de umaperspectiva de carreira, fundamental para reter jovenstalentos.

Portanto, existem alternativas viáveis – indepen-dentemente do porte da empresa – para reduzir arotatividade de pessoal, melhorar os resultadosoperacionais, o padrão de atendimento aos clientes eprevenir desperdícios e perdas.

Investir em capacitação não é barato. Mas nãoinvestir é bem mais caro. Reflitam e tomem as atitudesnecessárias para mudar este cenário.

Um abraço e até a próxima.

Ivam Michaltchuk é diretor-técnico da MSIConsultoria (www.msiconsultoria.com.br) e

orientador da Associação Catarinense de Super-mercados. E-mail: [email protected]

“...me atrevo a sugerir

às empresas de varejo

substituírem o tradicional

‘Departamento de Recursos

Humanos – RH’ por um de

‘Talentos Humanos – TH’.”

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rede Walmart Brasil investirá R$ 155 milhõespara ampliar sua presença na Região Sul doBrasil. Os aportes ocorrerão em municípios naárea metropolitana de grandes cidades ou de

porte médio, com alto potencial de crescimento, e te-rão como prioridade a instalação de bandeiras voltadaspara as classes C, D e E, em franco crescimento no País.

No Paraná, além do já inaugurado supermercadoTodoDia, em Araucária, na região metropolitana deCuritiba, para o qual foram investidos R$ 4,5 milhões econtratados 50 empregados, já estão confirmadas asaberturas de um hipermercado BIG em Campo Mourão,localizada a 90km de Maringá, e de um TodoDia em Pon-ta Grossa, a 115 km de Curitiba. Juntas, as três unida-des somam mais de R$ 45 milhões em investimentos egeram cerca de 400 vagas diretas.

Desde 2005, R$ 145 milhões foram investidos em10 novas lojas no Estado, e outros R$ 121 milhões nareforma de 19 unidades – sendo 14 unidades da tradi-cional bandeira Mercadorama. O Walmart Brasil possuihoje no Paraná 7,7 mil funcionários.

Em Santa Catarina, já estão confirmadas as aber-turas de um Hipermercado BIG em Brusque e outro emBlumenau, ambas cidades de médio porte, situadas aoNordeste catarinense. Juntas, as unidades somam maisde R$ 70 milhões em investimentos, e cerca de 570

vagas diretas de emprego serão geradas. Desde 2005,R$ 225 milhões foram investidos em nove novas lojasno território catarinense, e outros R$ 12 milhões nareforma de duas unidades. A varejista possui atualmen-te 3,2 mil funcionários no Estado.

No Rio Grande do Sul, estão confirmadas as aber-turas das lojas BIG em Sapiranga e TodoDia em SãoLeopoldo, municípios estabelecidos na região me-tropolitana de Porto Alegre. Juntas, as unidades so-mam quase R$ 40 milhões em investimentos e de-mandarão 300 funcionários. Mais de R$ 426 milhõesforam investidos no RS em vinte e duas novas lojasdesde 2005, e outros R$ 146 milhões viabilizaram areforma de 30 unidades. O Walmart Brasil tem hoje noEstado 20,8 mil funcionários.

Os aportes no Sul do Brasil estão inseridos em umorçamento de R$ 1,2 bilhão da rede para reformar ouabrir novas lojas no País até o final deste ano. Os pla-nos foram anunciados em maio deste ano pelo presi-dente do Walmart Brasil, Marcos Samaha. “Com a esta-bilidade econômica dos últimos anos, a empresa vêum excelente potencial de crescimento no nosso mer-cado, e por isso vai continuar investindo em expan-são”, afirma Samaha. Os recursos serão destinadosprioritariamente para a abertura de 80 novas lojas, detodos os formatos que a rede opera hoje no País:hipermercados, supermercados, lojas de atacado, clu-bes de compras e lojas de vizinhança. Nos últimos cin-co anos, o Walmart somou R$ 6 bilhões em investi-mentos no País, com a construção de 177 lojas e cercade 25 mil empregos gerados.

A

Walmart destinará mais de R$ 150 milhões

para ampliar a presença em cidades com

potencial de crescimento no Sul do País.

01 Bandeira“Todo o Dia”

será ampliada

no Paraná e Rio

Grande do Sul

Investimento milionário

na Região Sul

Expansão

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Por Erik FarinaEspecial

oportunidadesde norte a sul

Paraná:

Supermercadistas e indústrias colocam suas

fichas no 5º estado mais rico do País, atentos

às oportunidades na Capital e no interior.

stado rico, com um consumidor exigente e pul-verizado geograficamente em oportunidadesde negócios. Assim é percebido o Paraná porsupermercadistas, fornecedores e especialis-

tas. No posto de 5º Estado mais rico do País, atrás deSão Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grandedo Sul, a terra da Ópera de Arame e de Foz do Iguaçuvive um momento favorável ao crescimento da eco-nomia e das vendas no varejo.

A alta nos preços das commodities tem geradomais riqueza aos paranaenses, cuja produção primária,em especial a soja, é muito representativa. No ano pas-sado, o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado inflou8,3%, acima da média nacional (7,5%), de acordo com

o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômicoe Social, puxada por uma safra recorde e um crescimen-to de 14% na produção industrial.

Em Curitiba, o perfil econômico tem se caracteri-zado pela crescente urbanização e as obras de melhoriana infraestrutura da cidade, enquanto no interior doParaná, muitos pólos efervescem em desenvolvimento.No Oeste do Estado, na região de Cascavel e Toledo,assim como no Noroeste, onde estão cidades como Lon-drina e Maringá, a economia apresenta bons resultadose crescimento constante, favorecendo todo o varejo.

“O Paraná tem muitos pólos de desenvolvimento,o que oferece muitas opções de negócios e uma dinâ-mica forte de crescimento”, diz Valdomiro Bocchese daCunha, diretor-presidente da gaúcha Nordeste Alimen-tos, que comercializa no Estado.

Com seu mercado interiorano forte, o Paraná fa-vorece a fortificação de redes regionais, que atuam empontos específicos do Estado e aproveitam a proximi-dade do cliente para promoverem vendas conforme apeculiaridade de cada demanda. Redes como Muffato,presente em 11 cidades de diversas regiões do Paraná,e Condor, com unidades em 10 cidades e com mais deuma loja em Ponta Grossa e Araucária, por exemplo,costumam competir de igual para igual com gigantescomo Walmart, Pão de Açúcar e Carrefour.

Uma das redes que mais cresce no País tambémtem sua sede no território paranaense: a CompanhiaSulamericana de Distribuição, ou CSD, fruto da fusãodas operações de duas redes de supermercados locaisem 2010: a Cidade Canção e a São Francisco, sediadasem Maringá .Há seis meses, a CSD recebeu investimen-tos de R$ 100 milhões da Actis, fundo global de privateequity, com atuação focada em mercados emergentes, edesde então iniciou uma trajetória de inaugurações queultrapassa o Paraná, chegando a Mato Grosso do Sul eSão Paulo, onde promoveu aquisições.

“Os municípios jovens e de menor porte no interi-or do Estado oferecem boas oportunidades de negóci-os, e são nestes que apostamos para crescer”, afirmaCarlos Augusto Ferreira, Diretor de Planejamento Estra-tégico e Novos Negócios da CSD. Para atender a municí-pios com pouca estrutura de fornecimento e abasteci-mento, a rede conta com dois Centros de Distribuição(CDs) próprios em pontos estratégicos, ao centro desua expansão: em Maringá e em Jandaia do Sul.

Diante de uma boa potencialidade de vendas emdiferentes regiões, e tendo à disposição redes regio-nais bem estruturadas, os fornecedores podem ousarlevar seu produto a rincões distantes. A Cantu, empresade beneficiamento de frutas e verduras com sede

01 Paraná: com suadiversidade e

cidades com alto

índice de consumo,

é 5o estado mais

rico do Brasil

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Vitorino, ao Sudoeste paranaense, colocou em práticasua estratégia de vender nas cidades do Norte do Esta-do, próximo à rica fronteira com São Paulo.

“Já vendemos em Curitiba e no Sudoesteparanaense, e estamos expandindo a fabricação de pro-dutos industrializados e de maior valor agregado paraviabilizar as vendas em cidades mais distantes”, explicaNilton Carlos Detoni, organizador de Eventos e Treina-mento da empresa, que já comercializa produtos indus-trializados no Nordeste do País e em São Paulo.

O fato de o Paraná contar com muitas redes médi-as, também facilita a relação entre pequenos e mediosfornecedores e supermercadistas, tirando a tensão so-bre os preços comuns na negociação com grandes re-des. “Os supermercados médios não compram em volu-mes tão grandes, então as margens não são tão aperta-das em um fechamento de negócio como ocorre com asgrandes redes”, observa Detoni.

Além disso, afirma, as redes menores são mais re-ceptivas com produtos de novas indústrias. Esta pecu-liaridade favorece tanto aos supermercadistas, que po-dem oferecer uma variedade maior de produtos aos seusclientes, quanto.às indústrias, que contam com maispontos de vendas em potencial.

Esta descentralização do mercado, no entanto,coloca aos grandes fornecedores um desafio e tanto:levar, com agilidade e preço competitivo, produtos àsregiões mais distantes. A própria Nordeste ampliou em30% sua capacidade de produção e armazenagem emPinhais para atender com maior desenvoltura as deman-das na região – tanto de varejo quanto de atacado.

Os desafios de distribuição estimulam as indústri-as a ampliarem seus canais de distribuição, aproximan-do-se mais do varejo. A Kimberly-Clark, com sede emEldorado do Sul (RS), tem esticado seu abastecimentono Paraná, onde já chega a 95% do território, recru-tando novos executivos de vendas e ampliando os pon-tos de distribuição. Hoje, são três distribuidores noParaná, enquanto há um ano era apenas um.

“Atendemos aos supermercados de todos os por-tes, mas queremos ampliar a presença especialmentenas médias redes”, explica Bianca Pereira, Executivade Ativação de Marcas e Trade. Até as linhas de pro-dutos têm sido adaptadas para atender ao varejistacom pouco espaço de exposição.

As embalagens do papel higiênico Scott fo-ram compactadas, mantendo o volume de conteú-do, de forma que três packs ocupam agora o espa-ço que antes ocupavam duas. Hoje, a Kimberly-Clarkatende a 40 mil pontos de venda no Estado, ondeafirma ser a líder de mercado.

{Súpers em expansão} Dispostas a defen-derem seu espaço neste atraente mercado, as redes re-gionais arregaçam as mangas para continuarem cres-cendo. O Condor Super Center prevê investir este ano

R$ 80 milhões em três novos hipermercados, localiza-dos nas cidades de Castro, Colombo e São José dosPinhais, além da revitalização de mais duas lojas. O su-permercado re-inaugurado em Umbará, Curitiba, pas-sou de 1,5 mil metros quadrados de área de venda e 158colaboradores para 4.200 m² e 350 funcionários.

O Condor entrou para o Top 10 das maiores re-des supermercadistas do Brasil, segundo ranking di-vulgado pela Associação Brasileira de Supermercados(Abras). A rede paranaense atingiu a meta de cresci-mento graças aos investimentos em novas lojas ereformulação das existentes. “Vamos continuar ex-pandindo no Paraná e o nosso objetivo é crescer mais20% em 2011”, afirma Pedro Joanir Zonta, presiden-te do Condor Super Center. A rede apurou umfaturamento de R$ 1,7 bilhão no ano passado.

O grupo Super Muffato, que hoje está entre asoito maiores corporações varejistas do Brasil e é a pri-meira do Paraná, apresentou recentemente o projeto desua segunda unidade em Toledo. O novo Hipermercadoserá instalado no centro da cidade e utilizará práticassustentáveis – que, por sinal, é uma estratégia históricada rede –, como sistema de ar condicionado e refrigera-ção que não prejudica a camada de ozônio, ilhas dereciclagem e o aproveitamento da luz natural.

A CSD, por sua vez, anunciou que tem previsãode inaugurar oito novas lojas no próximo biênio, sen-do cinco em 2011 (as primeira delas foram inaugura-das no início deste ano, em Arapongas e Umuarama eas próximas serão em Toledo, Paranavaí e CornélioProcópio), e três em 2012. Estão previstas, ainda, areforma e ampliação de sete supermercados.

Com aquisições e construção de novos empre-endimentos, a CSD passará a contar com 34 lojas eestará presente em 14 cidades nos três Estados, ge-

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02 Zonta, da

rede Condor:

crescimento de

20% em 2011

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Especial

rando mais de quatro mil empregos diretos. Ofaturamento do grupo saltará da casa dos R$600para R$800 milhões em 2012. A estratégia de mes-clar marcas consagradas com as regionais, que vemgarantindo bons resultados onde atua, continuará.

Os gigantes também estão de olho no Estado. OWalmart Brasil anunciou o início das obras para instala-ção de um hipermercado BIG em Campo Mourão, nocentro-oeste do Estado. A loja será erguida próxima aoterminal rodoviário com um modelo de loja específico –hipermercado, com mais de 4 mil metros quadrados,formatado para oferecer uma variedade de mais de 30mil itens em área de venda. A inauguração está previstapara o segundo semestre deste ano, e o investimentoserá de cerca de R$ 37,2 milhões.

Mesmo redes regionais de outros estados pas-sam a enxergar o varejo paranaense com farto in-teresse. O Supermercado Angeloni, com váriossúpers em Santa Catarina, está chegando a Maringá(PR). A empresa comprou o terreno da antiga ga-ragem do Expresso Maringá, na Avenida BentoMunhoz da Rocha Netto. De acordo com “O Diá-rio”, as obras e os serviços ficarão com empresasde outras cidades (Curitiba, por exemplo), a co-

meçar pela demolição.{Perfil de compra} Quanto ao perfil de

compra do paranaense, as indústrias apontam umapreferência por produtos em maiores volumes, oque reduz sua freqüência de ida aos supermerca-dos. Embora muitos vivam em médias e grandescidades, em geral o paranaense preserva caracte-rísticas de comprador interiorano, mais atento àrelação custo-benefício e disposto a pagar maispor algo que lhe pareça ter maior qualidade.

“O consumidor paranaense é exigente, o que fazcom que a indústria e o varejo qualifiquem seus produ-tos e seu atendimento”, percebe Lincoln Castro, geren-te de Marketing e Planejamento da Dentalclean, fabri-cante de produtos de higiene pessoal com sede em Lon-drina. Esta característica influencia diretamente a pro-dução e o tipo de negócios da empresa, que procurafocar em itens de maior valor agregado e com melhoracabamento, explica o executivo.

Surfando na onda do crescimento do Estado, aDentalclean, que pretende crescer 30% neste ano, am-pliou o seu leque de produtos, de olho no crescimentodas classes C e D, colocando nas gôndolas mais opçõessofisticadas, como escovas de dentes com persona-gens infantis no cabo, e básicas, como packspromocionais, entre outros. Os paranaenses têm perfisde consumo peculiares. Os moradores de Curitiba, porexemplo, são os maiores consumidores de chocolate dopaís, segundo pesquisa do Ibope Mídia. De acordo como levantamento, 73% dos curitibanos consumiram oproduto nos sete dias anteriores à pesquisa. Em SãoPaulo, a parcela de consumidores ficou em 71%, tantona capital quanto no interior (exceto Campinas).

Não obstante sua paixão pelos chocolates, oparanaense tem adotado, nos últimos anos, uma posturamais saudável no momento das compras. De acordo comdados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE) e revelados pela consultoria Geografia de Merca-do, entre 1975 e 2009, o consumidor da Capital ampliouseu consumo de frutas de 25kg para 33kg por domicílioao ano, e de 46,5 litros para 62,5 litros o consumo deleite. Também reduziu o consumo de óleo e gordura dos13,3 kg/ano para 9,3kg/ano neste período.

Os tipos de carnes procurados também mudou.Como ocorre com a maior parte das cidades não-litorâ-neas, o consumo de pescado caiu de 2,7kg/ano para1,6kg/ano, enquanto o consumo de carne de gado su-biu de 25kg/ano para 27kg/ano. Seguindo uma ten-dência das grandes cidades, o consumo de enlatados ealimentos pré-prontos vem subindo anualmente, emespecial em domicílios de solteiros.

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03

03 Mercado

paranaense

estimula expansão

de redes regionais,como a CSD

Paraná

Área: Total 199 314,850 km² (15º) [1]População 2010: Estimativa 10 439 601 hab. (6º)[2]

Densidade: 52,38 hab./km² (12º)Economia 2007PIB R$161.582.000 mil (5º)PIB per capita R$15.711,00 (7º)

(Fonte: IBGE)

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Especial

Negócios com toque

de sustentabilidade

ma amostra do ambiente de negóciosparanaense pôde ser vista em abril, no muni-cípio de Pinhais (PR). A sustentabilidadepautou boa parte dos negócios durante a 30ª

Feira e Convenção Paranaense de Supermercados(Mercosuper 2011), promoção da Associação Paranaensede Supermercados. Estandes montados sob as diretrizesda sustentabilidade, lançamentos de produtos que res-peitam a natureza ao longo da cadeia de produção, eexposição de embalagens feitas de materiais recicláveisderam uma tonalidade verde ao evento.

A Predilecta, fabricante paulista de alimentos,levou ao evento sua linha de produtos armazenadosem embalagens feitas de material reciclável. Tambémapresentou os produtos feitos com menor uso deconservantes e agrotóxicos, que pelo perfil de pro-dução, reduzem a agressão ao meio ambiente. É ocaso da nova linha de molhos de tomate.

“O consumidor tem procurado cada vez mais pro-dutos que são desenvolvidos de formas sustentáveis,e trabalhamos para ser referência neste campo”, dizRogério Byczyk, gerente de Marketing da PredilectaAlimentos. Além das mercadorias que vão para a

gôndola, a linha de produção da empresa tambémprocura obedecer ao conceito de sustentabilidade. Aágua utilizada nas fábricas da empresa é 100% trata-da e reutilizada, o que reduz o consumo e também osgastos com o recurso.

Mostrar aos supermercadistas e aos clientes quea produção está dentro de padrões de respeito à na-tureza, por sinal, foi uma preocupação de boa partedos expositores. A Nordeste Alimentos, com sede emAntônio Prado (RS), anunciou que está em vias deobter a certificação ISO 14.001, norma voltada parasistemas de gestão ambiental.

A empresa tem adaptado sua produção confor-me as orientações para obter o selo, após avaliaçãode consultorias creditadas pela Associação Brasileirade Normas Técnicas (ABNT). Para receber esse certifi-cado, é necessário ter um gerenciamento eficaz sobo ponto de vista da sustentabilidade de suas ativi-dades e serviços, considerando-se a proteçãoambiental, a prevenção à poluição e o desenvolvi-mento compatível com o respeito à natureza.

Além da linha de produção, os próprios produ-tos estão saindo da fábrica com características maissustentáveis, como embalagens que consomem me-nos material e são concebidas com matéria-prima quese decompõe mais facilmente. “Além do consumidor,o próprio varejo está atento às indústrias quanto assuas posturas sustentáveis, e estamos com muitasações neste sentido”, observa Valdomiro Boccheseda Cunha, diretor-presidente da Nordeste.

O Walmart é uma das redes que vem cobrandode seus fornecedores, produtos e sistemas de pro-dução que respeitem o meio ambiente e à socieda-de. Através do projeto “Sustentabilidade de Pontaa Ponta”, a rede e grandes indústrias têm priorizadoprodutos que reduzam o impacto ambiental duran-te seu ciclo de vida.

O projeto teve nova edição em janeiro do anopassado, e promove parcerias com diferentes forne-

01 Movimento

na Mercosuper:

expositores

apresentaraminovações em

sustentabilidade

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cedores. Inicialmente, aderiram 3M, Cargill, Coca-ColaBrasil, Colgate-Palmolive, Johnson&Johnson, Nestlé,Pepsico, Procter&Gamble e Unilever. O trabalho desustentabilidade também tem sido esticado aos for-necedores regionais, que são estimulados a adotarempráticas sustentáveis.

O Grupo Pão de Açúcar incluiu indicadores desusentabilidade na sua metodologia de certificação“Top Log”. Além de medir a eficiência da entrega e daqualidade dos produtos, agora a Rede avalia o de-senvolvimento de ações que resultem em menor utili-zação de combustíveis e emissão de poluentes – nocaso da área logística – além de ressaltar a importân-cia do envolvimento em ações voltadas à educação edisseminação do consumo consciente.

O Carrefour anunciou, no ano passado, quepoderá dar preferência em espaço de exposição enegociações de compras a fornecedores que aderi-rem aos seus programas de sustentabilidade – porexemplo, informando em suas embalagens dicas desustentabilidade.

Uma vez que os três gigantes do autosserviçocolocam a sustentabilidade como pré-requisito de-sejável na sua relação com fornecedores e distri-buidores, os impactos na cadeia são amplos e visí-veis. Mesmo os itens utilizados pelos supermerca-dos em suas operações passaram a ter asustentabilidade como preferência.

As empresas Imprime e Valle dividiram umestande na Mercosuper, em que apresentaram umasérie de alternativas sustentáveis para o uso em su-

permercados. Lixeiras e gôndolas agora podem serfeitas de material reciclável, substituindo, por exem-plo, PVC por Poliestireno (PS), que pode ser reutilizadoem reciclagem, de acordo com as empresas.

Embora seja 20% mais caro, o material feito comsubstâncias consideradas sustentáveis pode compen-sar pela durabilidade, em especial se tomar espaço desuportes de papelão. De acordo com as empresas, hoje80% das encomendas são por itens sustentáveis, en-quanto a minoria são por equipamentos de maiorimpacto ambiental, como chapas galvanizadas.

{Geomarketing} Além da sustentabilidade,estiveram em pauta no evento apresentações e de-bates sobre estratégia corporativa, cenário eco-nômico etc. Uma das palestras que atraiu bom pú-blico durante a Convenção do evento foi proferidapor Tadeu Masano, diretor da consultoria Geogra-fia e Mercado, especializada em seleção e organi-zação de informações para a tomada de decisão.Em sua apresentação, Masano explicou que é pre-ciso conhecer as peculiaridades do mercado dascidades onde se pretende promover inauguraçõespara obter sucesso.

“É preciso pensar no futuro: prever como acidade se expandirá e conhecer as oportunidadesnestes locais”, afirma o diretor da consultoria Ge-ografia e |Mercado. “Ninguém anda 400 metros paracomprar pão, mas pode andar mais do que isso paracomprar em alguma loja especializada. Por isso, éimportante que o varejo conheça seu cliente, sai-

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02 Produtosorgânicos tiveram

espaço exclusivo

para mostra

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Especial

ba de qual forma ele irá consumir seu produto equais as características demográficas e econômi-cas da região”, aponta.

A região Sul do Brasil, por exemplo, mantémuma participação de Produto Interno Bruto (PIB)estável desde 2009, correspondendo a 16,6% dageração de riquezas do País. Com a migração dapopulação do interior às capitais, as grandes ci-dades passaram a concentrar o consumo, atraindoum volume elevado de redes de nível nacional. Noentanto, com os sucessivos bons resultados da sa-fra, o capital migrou também para o interior, ofe-recendo novas oportunidades de negócios.

Pequenas, médias e grandes cidades possuempeculiaridades de mercado e consumo. As grandescidades possuem uma concentração de redes vare-jistas de amplo porte, que atendem ao grosso dademanda da população. As pequenas e médias cida-des são mais propícias às redes regionais, pois pos-suem caráter de abastecimento e consumo diferen-ciado, melhor atendido por companhias menores.

As cidades costumam se encaixar em perfis deexpansão. Ou se ampliam em formato de bolo, cres-cendo em várias direções ao seu redor, ou em for-mato de estrela, apontando para outras cidades daproximidade, ou em leques, crescendo para mes-mas direções e se afastando do centro. A forma deampliação pode ser retangular ou quadrada, comas regiões ganhando núcleos centrais.

Masano cita um exemplo bem próximo do va-rejista do Sul para mostrar como a falha na análisegeográfica pode afundar um negócio: a ocasião emque a C&A apostou na região onde hoje estáencravado o Expotrade, em Pinhais (PR) para inau-gurar uma mega-loja, por acreditar que Curitiba

cresceria para aquelas bandas. A previsão estavaerrada: a Capital cresceu dentro de seus próprioslimites, e as demais cidades da região ampliarampara outros lados. Pouco tempo após a inaugura-ção, a mega-loja da C&A teve de fechar as portas.

Conhecer o formato de expansão da concor-rência pode mostrar para onde ela está indo, e en-tão ficará claro se é melhor acompanhá-la ou man-ter distância. Tadeu Mesano comenta que a análisedo CNPJ de uma empresa aponta, lendo os últimostrês números, qual a ordem de abertura daquela uni-dade. Analisando as três unidades mais recentes,por exemplo, consegue-se observar uma parte daestratégia de crescimento de um varejista.

Em alguns negócios, a presença de empresasdos mesmos setores em uma mesma região faz bem– aqueles que são suscetíveis a muitas pesquisasantes de o consumidor ir às compras, como eletro-domésticos, móveis e imobiliárias. Mas este não éo caso dos supermercados. O cl ientesupermercadista age especialmente por proximida-de e conveniência. Então, é mais vantajoso “vestira camisa” daquela região e, de preferência, estarbem longe da concorrência.

Na análise para a abertura, cabe conhecer asvias de acesso à nova loja, onde está o provávelcrescimento, qual o potencial de valorização daárea e a disponibilidade de terrenos, como é a si-tuação do tráfego de automóveis, o aspecto eco-nômico e demográfico da região, qual a situaçãodo fornecimento e a compatibilidade do negóciocom o bairro. No entanto, um dos principais focosde interesse deve ser o perfil do cliente.

“É preciso conhecer o perfil da vizinhança,como renda, idade, ocasião de compra, qual o ta-manho da família e qual o seu comportamento quantoàs idas ao varejo. Até saber se ele compra de ma-nhã ou de noite pode ajudar a planejar um negó-cio”, diz o consultor. Analisando a direção do cres-cimento da região, caberá ao varejista se adaptaràs motivações de compra daquele consumidor, quepode ser geradora, suscetível ou por proximidade.

O perfil do cliente indica, além de como equando compra, o que compra, informação crucialpara formar um mix. Consumidores das classes C eD, por exemplo, compram muitos produtos indus-trializados, como bolachas recheadas e refrigeran-tes, enquanto clientes das classes A e B comprammais frutas e legumes. No entanto, estas informa-ções genéricas ficarão mais claras conforme a aná-lise da vizinhança.

03 Masano:

geomarketingajuda a direcionar

investimentos

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Por Sérgio Ricardo Simonetti

Não há bairrismo

na hora de

ganhar dinheiroos dicionários encontramos queBairrista é o “Defensor dos inte-resses do seu bairro ou de suaterra, de maneira obsessiva e em

detrimento dos demais.” E bairrismo, é cla-ro, é a qualidade de um bairrista.

A maioria dos povos de uma regiãotem orgulho de sua cultura, seus produtose origem. Mas nos negócios, bairrismosextremos podem furar o bolso, e perderdinheiro ninguém quer. Globalização dei-xou de ser um discurso há algum tempo eefetivamente não combina com bairrismo.

Hoje, as pessoas viajam de um esta-do ou pais para o outro com muita facili-dade. Conforme a oportunidade, fica maisbarato ir para a Argentina ou USA, do quea uma capital do nordeste, por exemplo. Ainternet nos abre as portas para o mundoe permite conhecer e comprar marcas ecategorias de produtos que sequer encon-tramos em nossas cidades. Isso traz umconjunto de referências novas para nossosconsumidores.

Além disso, como diria o poeta “oartista vai onde povo está”, e nós, mor-tais, vamos onde o emprego está. Issotem provocado uma grande movimentaçãode profissionais com suas famílias, por di-ferentes estados ou países, levando suacultura, paladar e preferências. Todas es-sas coisas podem significar oportunidadesde negócios ou um problema competitivopara quem não entender isso.

Em meu último l ivro (http://livrotrademkt.blogspot.com/ ), discuti-mos como a chegada em peso de cadei-as globais de varejo alimentar, somadacom a maior abertura do mercado brasi-

leiro a importações, introduziu umanova lógica competitiva. As barreirasregionais ou nacionais não poderiammais impedir a melhor oferta comercialou a melhor parceria operacional entrevarejos e seus fornecedores.

Agora, produtos da China, da Bahia,da Amazônia chegam às mesmas pratelei-ras em todo País. Esse fenômeno se forta-leceu ainda mais pela entrada de uma clas-se C mais exigente no mercado de consu-mo e uma classe D, sedenta por novas ex-periências. Novas experiências não com-binam com bairrismo.

As redes de supermercados, não sóda Região Sul mas de todo o Brasil, tive-ram que se reinventar nesse aspecto eabrir suas portas e mentes para novasmarcas e categorias. Tome como exem-

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plo a cidade de Curitiba, onde há 15anos, com a chegada das montadoras emilhares de empregos, na sua grandemaioria preenchidos por profissionais deoutras cidades e países, teve inicio umarevolução de consumo.

Alguns varejos já estabelecidos ini-cialmente demoraram para entender essaoportunidade e perderam espaço ao lon-go desses últimos anos; outros consegui-ram ressurgir das cinzas ou se instalaramnesse mercado, abraçando esse novo pú-blico “estrangeiro” , que hoje já cor-respondem a quase 50% da força de con-sumo dessa região.

Do lado das empresas, o consumidorviu marcas consagradas na região, que de-tinham 60% ou 80% das gôndolas, prati-camente desaparecerem das prateleiras.Muitos empresários menosprezaram essemomento, acreditando que suas marcasestavam acima do bem e do mal. Imagina-ram que seu domínio no mercado jamaisseria ameaçado, e infelizmente sucumbi-ram. Outros souberam tirar proveito dessemomento: mapearam bem os riscos e opor-tunidades, estruturaram um novo planoestratégico, revisaram suas operações eportfólio de produtos e assim passaram acompetir em igualdade com as novas mar-cas que chegavam.

“Do limão fez uma limonada”. O quepoderia ser somente um movimento dedefesa permitiu também uma estratégia deexpansão, levando essas marcas regionaisa competirem em outros estados ou atépaíses. São os exemplos de empresas como

Stival Alimentos, Cocamar, Laticínios BomGosto, Seara e tantos outros.

Estudos efetuados por nossaconsultoria indicam que o consumidor estámais disposto a experimentar novas mar-cas de produtos, mesmo em categorias tra-dicionais, como Arroz, Feijão, Macarrão,Café etc., ou novas bandeiras de super-mercados, mas é fato que também mostramque não abandonam alguns produtos regi-onais quando se mudam para outros esta-dos ou países.

Quem nunca ouviu falar de alguémmorando no exterior desesperado para re-ceber uma farinha de mandioca, um pinhão,feijão, paçoquinha e tantos outros produ-tos brasileiros?

Enfim, bairrismo tem limites para fa-bricantes, varejistas e consumidores. É aglobalização do Chimarrão...

* Sérgio Ricardo Simonettié professor e Consultor da FGV

e sócio-diretor das empresasÂnima Inteligência de mercado

(www.animainteligencia.com.br),Praxis pesquisas, web e social

marketing e M2 - Fundos de investi-mentos e recuperação financeira.

Twitter: @[email protected]

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Categoria

Saúde nas gôndolasConsumidores mais preocupados com a saúde e exigentes quanto a práticas de produção

sustentáveis estimulam venda de alimentos funcionais e orgânicos nos supermercados.

onda da sustentabi-lidade e da alimenta-ção saudável tem che-gado cada vez com

mais força aos supermercados.Aos poucos, as redes começama abrir mais espaço para a ven-da de itens orgânicos – produ-zidos sem o uso de agrotóxicos– e alimentos funcionais, cujacomposição alia nutrição a pro-priedades terapêuticas, que tra-gam benefícios ao funciona-mento do organismo.

Diferentemente do queocorria há cinco anos, quandoos itens orgânicos eram rarida-de nos súpers, com presença li-mitada a verduras e legumes,hoje a oferta está ampliada aprodutos como carnes, massase condimentos. São itens valo-rizados pelo público adulto ecom poder de renda mais eleva-do, disposto a pagar mais porprodutos com melhor sabor emenos agrotóxicos.

A maior oferta do autos-serviço está vinculada a umademanda bastante favorável. “Asvendas no segmento de orgâni-

cos, incluindo todas as categorias disponíveis,crescem cerca de 30% a 40% ao ano em nossaslojas”, afirma Sandra Caires Sabóia, Gerente deOrgânicos do Grupo Pão de Açúcar. Os campeõesde venda ainda são as folhas (alface), os legumes(cenoura e tomate) e as frutas (banana).

O Pão de Açúcar tem em seu portfólio maisde 750 itens orgânicos –300 são frutas, verdu-ras, legumes e processados, outros 300 são mer-cearia e mais 150 itens de Padaria, Rotisserie,Congelados, Carnes/Aves, Frios e Laticínios. Em2006, quando a marca de bem-estar Taeq foilançada pelo Grupo, um dos pilares de maior visi-bilidade foram os itens orgânicos. Hoje, a linhaTaeq Orgânico conta com quase 300 itens como

frutas, legumes, verduras e a linha de mercearia,com azeite, geléias, mel e atomatados.

Redes especializadas em produtos conside-rados saudáveis e terapêuticos se espalham pelaRegião Sul. Em agosto do ano passado, RedeMundo Verde inaugurou sua primeira franquia emJoinville (SC). A franquia pretende ser uma refe-rência na cidade para os consumidores que bus-cam uma alimentação saudável e tem, além doespaço de vendas, um salão de eventos destina-do a palestras e encontros sobre o tema.

O mix de produtos gira em torno de quatromil itens, que vão além dos orgânicos. Além des-tes, a Mundo Verde vende alimentos integrais,diet, ligth, até diversos tipos de chás, suplemen-tos para atletas, fitoterápicos, aromáticos, livros,CDs de relaxamento, presentes artesanais, além deuma linha especial para celíacos. Os itens sazo-nais também estão nas gôndolas. Na Páscoa, aunidade vendeu ovos sem açúcar, glúten, lactose,colesterol ou gordura trans.

“Temos um público bastante diversifica-do, com os mais diferentes hábitos de consu-mo e alimentação. Pretendemos atingir a to-das as classes de consumidores, para tanto es-taremos investindo no relacionamento comnossos clientes” diz Judson Rezende Goulart,responsável pela franquia.

A chegada da Rede a Joinville deve ser aprimeira de uma ofensiva a Paraná, Santa Catarinae Rio Grande do Sul. A Região Sul representa umpasso no projeto de alcançar 450 lojas até 2015.Neste Estados, a Mundo Verde também está pre-sente em Florianópolis (SC), Porto Alegre, BentoGonçalves, Caxias do Sul (RS), Curitiba e Londri-na (PR).

01 Rede Pão de Açúcar

abre espaço para

os itens orgânicos

02 Verduras, legumes e

frutas ganham a companhia

de carnes e massas

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O Sul do Brasil também apresenta casesde empresas que têm dedicado mais espaço aosorgânicos. A rede Mufatto inaugurou há pou-co mais de um ano, em Curitiba, uma loja-con-ceito com um departamento totalmente des-tinado a produtos orgânicos, com mais de doismil itens dos mais variados segmentos. A lojaconta com suporte de 200 fornecedores, amaior parte deles regionais.

Um dos gargalos quanto à venda de or-gânicos em alta escala no Brasil é a limitadacapacidade de produção rural. Atualmente,existem no Brasil 7,1 mil produtores certifica-dos como orgânicos e cerca de 13 mil buscama certificação, que tem custo elevado e aindaé uma barreira principalmente para produto-res de pequeno porte.

Enquanto os agricultores ainda se esforçampara elevar a produtividade e atender à crescentedemanda no varejo, os supermercados tratam defirmar parcerias e garantir abastecimento esustentabilidade financeira ao negócio. Há 15anos, quando se começou a avaliar o potencialde negócios de produtos orgânicos no mercado,o Pão de Açúcar iniciou um trabalho de parceriacom vários fornecedores. Essa ação contribuiucom a maior oferta e sortimento de produtos.Hoje, a rede possui fornecedores em todas as Re-giões em que possui lojas.

O Pão de Açúcar tem aproximadamente 130fornecedores de frutas, legumes, verduras, ovos,queijos, cogumelos, carne, frango, pães, sucose mercearia, entre outros, com Centrais de Dis-tribuição em diversos Estados, o que facilita osistema logístico de entregas, um desafio di-ante do menor tempo de vida dos alimentosorgânicos perante os convencionais. Com isso,é possível manter preços competitivos. “As Cen-trais de Distribuição representam ganhos parao produtor e consequentemente para o consu-midor”, sublinha Sandra.

{Funcionais em alta} O interesse emconsumir produtos orgânicos é motivado pelamesma razão que leva um número crescente declientes a lotarem seus carrinhos com itens con-siderados funcionais: a preocupação com a saú-de e o bom funcionamento do organismo. Oconsumo destes itens no Brasil ainda carece dedados (o próprio conceito de Alimentos Funci-onais ainda não encontra consenso entre cli-entes e varejistas), mas sondagens e o depoi-mento de players desta cadeia mostram tratar-se de um mercado próspero.

De acordo com uma pesquisa realizada pelaconsultoria Around Research com 650 pessoas,

entre os produtos que entraram no carrinho decompras nos últimos anos se destacam os inte-grais, que foram incluídos por 62% dosrespondentes. Em segundo lugar aparecem os fun-cionais, os alimentos diet e light e as verduras elegumes, que passaram a ser consumidos por 55%dos participantes do estudo.

Segundo o levantamento, reportagens namídia e recomendação médica são as princi-pais razões para consumir alimentos saudáveis– 33% e 32% dos respondentes, respectiva-mente. A pesquisa Around aponta ainda que o

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04

03 O Brasil conta hoje

com 7,1 mil produtorescertif icados - e 13 estão na fila

04 Exportação: empresas

do Projeto Organics já

embarcam mercadorias

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público não se importa em fazer um desembol-so maior para consumir alimentos mais saudá-veis. No caso de alimentos enriquecidos comfibras e vitaminas, 85% afirmam que pagariammais por esses produtos.

De acordo com a Agência Nacional de Vigi-lância Sanitária (Anvisa), o alimento ou ingredi-ente funcional são aqueles que, além de atuar emfunções nutricionais básicas, irá desencadear efei-tos benéficos à saúde e deverá ser também segu-ro para o consumo sem supervisão médica. NaNutrição Funcional, são utilizados alimentos ri-cos em fibras, vitaminas antioxidantes, ômega 3,ômega 6 e ômega 9, nutrientes com propriedadesque excedem o suprimento fisiológico e auxiliamna prevenção de doenças e enfermidades.

“É uma tendência mundial o consumo deprodutos funcionais, em especial lácteosprobióticos”, aposta José Mário Hansen, CEO daCooperativa Piá, com sede no Rio Grande do Sul.“Cada vez mais, estes itens ganham espaço nasgôndolas do varejo e na geladeira do consumi-dor, por isso é um segmento que cresce em tornode 30% ao ano”, afirma.

Dona de marcas como as linhas de iogur-tes Piá Essence, com probióticos LactobacillusAcidophilus e Bifidubacterium lactis, distri-buídos em mais de 3,8 mil pontos de vendasna Região Sul e na Capital de São Paulo, aempresa tem procurado diversificar seu mix,

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Supermercadista deve estar atento à legislaçãoA produção e venda destes tipos de alimentos obedece a uma nova legisla-

ção desde o início deste ano. Entrou em vigor, em 1º de janeiro de 2011, a novaLei para Orgânicos no Brasil, que busca melhorar a garantia da qualidade nacomercialização destes produtos, e a adoção de um selo com identificação.

Os varejistas devem exigir de seus fornecedores o cumprimento de, ao me-nos, uma das três formas de garantia de qualidade dos alimentos orgânicoscomercializados. Uma é a certificação. A medida poderá ser cumprida por meio deempresas credenciadas. Outra alternativa é a exigência de que os produtores façamauditorias e fiscalizem seus produtos, em sistemas participativos de garantias. Aúltima é o controle para os agricultores familiares que vendem por conta própria eobtêm uma autorização para fazer feiras e entregas em domicílio, cadastrando-seem órgãos oficiais.

“Todos os selos de qualificação liberados pelo Ministério da agricultura, nosfornece a garantia da qualidade esperada de um produto orgânico com todosbenefícios funcionais para a saúde”, informa Luciane Scavone, Nutricionista Fun-cional e chef da Escola de Gastronomia Aires Scavone.

Na produção orgânica, não podem ser usados agrotóxicos, adubos químicose sementes transgênicas, e os animais devem ser criados sem uso de hormônios decrescimento e outras substâncias, como antibióticos. A cultura prevê também queo solo deve ser mantido fértil e sem risco de contaminação.

Hoje, o Brasil é o 2ª País de maior produção de orgânicos ficamos atrás daAustrália. Porém esse mercado atinge apenas 1% da população brasileira, o desta-que maior é em produção para exportação do consumo interno propriamente dito.Se no Brasil o interesse pelos orgânicos recém começa a se revelar, no exterior estábastante avançado – lá se consome boa parte do que é produzido no Brasil,colocando-os em pé de igualdade com a realidade do agronegócio nacional.

As exportações brasileiras destes alimentos somaram US$ 108,2 milhões em2010, um aumento de 60% em relação ao ano de 2009. As vendas partiram das 72empresas do Projeto Organics Brasil, que exportaram para um total de 70 países.

05 Supermercadistas e

consumidores devem

estar atentos à legislação

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buscando tanto clientes dispostos a pagar maispor itens funcionais, quanto consumidores dasclasses populares, procurando democratizar oconsumo destes itens.

O otimismo com o mercado dos funcionais écompartilhado por Alexandre Guerra, Diretor Ad-ministrativo e Financeiro da Cooperativa SantaClara, fabricante de alimentos também sediada noterritório gaúcho. “Com este aumento da deman-da por parte do consumidor, tanto os supermer-cados como as indústrias têm voltado a sua aten-ção a este nicho”, aponta Guerra.

Fabricante do queijo SanBIOS, com micro-organismos probióticos que equilibram a floraintestinal, e das recém lançadas bebidas lác-teas SanBIOS, Guerra afirma que uma das van-tagens de se produzir itens com característi-cas funcionais é operar com maiores margensde lucro, porque são alimentos com mais valorincorporado. Para o varejista, a vantagem estáno fator diferenciação e na possibilidade delucrar pela escala, diante do crescente inte-resse em se consumir estes produtos.

A Santa Clara possui também uma rede desupermercados e uma das suas estratégias decomunicação recai justamente sobre os itens

funcionais. “Este tipo de produto tem valoragregado e gera interesse do consumidor, quequer vê-los nas gôndolas, experimentá-los”,explica Guerra.

No entanto, a oferta deste tipo de pro-duto ainda é escassa no País: poucas indús-trias brasileiras desenvolvem produtos funci-onais, devido ao custo mais elevado de pro-dução e a maior complexidade na sua concep-ção. Hoje, há mais oferta por produtos orgâ-nicos do que funcionais no Brasil.

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06 Produto da

Piá: funcionais sãotendência mundial

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Entidade

proibição do uso de sacolas plásticas nos supermercadosde São Paulo levanta uma polêmica que repercute em todoo Brasil. Decidida a decifrar a percepção dos consumido-res gaúchos sobre esse tema, a Associação Gaúcha de Su-

permercados (Agas) contratou o Instituto Segmento Pesquisas paraouvir mil pessoas (homens e mulheres) entre 18 e 65 anos, de cincoregiões do Estado, e pertencentes a todas as faixas de renda, sobreque impactos teria na sociedade o fim da distribuição gratuita desacos plásticos nos supermercados do Rio Grande do Sul.

O presidente da entidade, Antônio Cesa Longo, ressalta que aidéia é estimular o debate sobre o tema e fomentar, na população, o

consumo consciente deste material. “Nossos estudos mostram que65% das sacolas plásticas saem dos caixas sem ter sua capacidadetotal utilizada, e que 13% dos gaúchos levam sacolas extras paraoutras utilizações em casa”, alerta Longo. O dirigente destaca, noentanto, que o debate deve ser ampliado a outros segmentos. Assacolas plásticas representam apenas 2% do volume de garrafas PET eembalagens longa-vida despejadas no meio-ambiente e possuemdezenas de formas de reutilização. Em nível nacional, as sacolinhasrespondem por 0,3% do plástico produzido no Brasil. “A modernidadee a praticidade trazem suas consequências, como o descarte incorre-to do lixo eletrônico. Hoje, temos pilhas e baterias de celulares sen-

Agas amplia o debatesobre sacolas plásticas

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do despejadas diariamente em nossos lixões”, exemplifica Longo.Ele explica que, nos últimos três anos, o consumo de sacolas

plásticas caiu 20% no Rio Grande do Sul devido a fatores como aotimização e padronização da qualidade dos sacos, os investimentosdas empresas no treinamento de empacotadores e a crescenteconscientização dos consumidores. Atualmente, os supermercadosgaúchos gastam R$ 190 milhões por ano com a aquisição de 1,5bilhão deste material “Somos favoráveis à implantação de um mode-lo vigente há anos em muitos países europeus, que estipula a co-brança de um valor simbólico no uso de cada uma dessas embala-gens”, afirma Longo. Segundo o presidente da Agas, a medida con-tribuiria para a construção da consciência coletiva. “Simplesmenteextinguir as sacolas plásticas seria, na prática, apenas trocar a cordos sacos de lixo, de branco para preto”, defende.

Para o dirigente, o poder público também deve participar dadiscussão sobre o tema, e investir em centros de reciclagem destesresíduos sólidos. “O plástico tem alto potencial energético e podeser reaproveitado de diversas formas, mas ainda há a necessidade dese ampliar a coleta seletiva do lixo e criar pontos de destinaçãodeste material”, aponta. Os resultados da pesquisa estavam previs-tos para serem apresentados pela Agas na última semana de maio.Além de encomendar pesquisa sobre a percepção dos consumidores,a entidade promoverá, em junho, um fórum sobre o tema.

{Banidas em São Paulo} As uso das sacolinhas vêmenfrentando resistência em diferentes estados brasileiros. Em SãoPaulo, o golpe foi duro. A Câmara Municipal de São Paulo apro-vou em maio o texto substitutivo ao projeto de lei 496/2007que determina a substituição de embalagens plásticas convenci-onais por congêneres biodegradáveis na cidade. O projeto foiaprovado por 31 votos a favor, cinco contra e 12 abstenções. Ogovernador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assinou protocolo deintenções com a Associação Paulista de Supermercados (Apas)para acabar com o uso do acessório até 2012.

Os defensores das sacolinhas protestam. O vereador AurélioMiguel (PR) contestou a tramitação do projeto e disse que vairecorrer à Justiça caso seja sancionado. Ele argumentou que o tex-to substitutivo não passou pela análise das comissões de Justiça,Política Urbana, Finanças e Transportes. O presidente da Câmara,José Police Neto, mostrou outros três projetos que foram aprova-dos por meio do método utilizado nesta terça-feira. Pelo textosubstitutivo, os shoppings e supermercados terão até o dia 31 dedezembro deste ano para se adaptarem à lei.

A Associação Brasileira da Indústria de Embalagens PlásticasFlexíveis (Abief) alertou que cerca de seis mil trabalhadores da in-dústria do plástico poderão perder o emprego só no Estado de SãoPaulo com o fim do uso das sacolas plásticas nos supermercados.

A Abief considera a decisão lamentável. “Em momento algum osetor industrial foi ouvido, sabemos que vai haver um prejuízo muitogrande para nós. Estão fazendo uma pirotecnia em cima do assunto,mas o que parece é que não estão buscando uma efetiva solução parao problema”, diz o presidente da associação, Alfredo Schmitt, de acor-do com reportagem publicada no site do Repórter Diário. Segundo oexecutivo, as indústrias não conseguiriam produzir as novas sacolaspor falta de matéria-prima. “Se não há matéria-prima, não há produ-ção e nem sacola para substituir as convencionais”.

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EJO O público que se dane!

magine o seguinte diálogo:— Boa tarde, de onde falam?— Do supermercado, pois não?— Meu nome é Fulano, sou jor-

nalista do jornal da cidade e gostariade falar com o proprietário.

— Eu sou o proprietário. O quefoi que houve? Produto vencido? Quemlhe atendeu mal desta vez?

— Não, não. Só gostaria de saberquanta pipoca o senhor vai vender amais esse ano em comparação com aFesta Junina do ano passado. Pode serem percentual.

— Mas para que você quer saberisso?

— Para usar na minha reportagem.— Mas isso é bom para o meu

súper, vai chamar gente. Quanto vocêvai me cobrar?

— Não vou cobrar nada, não, se-nhor. Só preciso de informações so-bre as empresas para escrever a minhamatéria.

Embora esta conversa não seja real,ela revela uma característica preocupantedo mercado varejista: o entendimentoda relação entre estes dois personagens– o jornalista e o empresário – ainda nãoestá completamente amadurecido. Paramuitos profissionais das empresas, quan-to mais longe o jornalista estiver, me-

lhor. Ora, não é isso queaconselham os especialistas, ao contrá-rio: quanto mais sua empresa crescer,mais precisará de bom relacionamentocom a mídia. Mas e por quê?

Porque desde sempre, grande par-te daquilo que influencia alguém acomprar no seu supermercado ou noseu negócio é a confiança que este al-guém tem no que você vende. “E comose constrói esta confiança?”, algunsperguntarão. Com bom atendimento equalidade, uns responderão. Com pro-dutos baratos e propaganda, outrosdirão. E todos estarão certos. Mas seficarem por aí, deixarão de mencionara influência da mais relevante, tradi-cional e respeitada forma de dissemi-nação de informações que o homem já

inventou: a notícia veiculada pela imprensa.Mas e as pessoas confiam na imprensa a ponto

de construir uma imagem sobre a minha empresa pormeio das notícias que leem? Sim. Primeiro, porqueconfiam no jornalista, e depois, porque confiam naimprensa. Pesquisa realizada em março de 2010 pelaGfK, 4ª maior empresa de pesquisa de mercado noBrasil e 4º maior grupo mundial do setor, que mediuo nível da confiança da população em profissões eorganizações no Brasil, confirmou a credibilidade dojornalista entre os brasileiros. Os profissionais daimprensa ficaram na sexta posição, com 76% dasmenções dos entrevistados, à frente, por exemplo,de publicitários, juízes, policiais, instituições reli-giosas e diretores de grandes empresas.

A publicidade veiculada pela minha empresa nojornal não pode ser considerada notícia? Não. Basi-camente, a diferença entre uma notícia e uma propa-

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ganda é que a primeira é resultado do trabalho de umjornalista, motivado pelo interesse da sociedade, en-quanto a propaganda é o discurso livre de uma em-presa, sem a mediação do jornalismo. Como bem de-finem Jorge Duarte e Wilson Corrêa da Fonseca Júnior,respectivamente doutor e mestre em Comunicação,em artigo sobre o tema, diferentemente do que faz apropaganda, “o negócio da imprensa não é promoverpessoas ou organizações. Em vez de promoção, a im-prensa precisa oferecer informações independentes,autônomas, críticas, confiáveis, capazes de explicara vida social”. Em suma, a publicidade não tem a res-ponsabilidade de explicar a vida social; ela apenasdá a versão de sua organização.

Então a publicidade não tem importância? Cla-ro que tem! Notícia e publicidade são complemen-tares para o seu negócio. A reflexão que proponhocom esse artigo é relativa à valorização deste ou-tro tipo de comunicação: além das já valorizadasáreas de Operações, Marketing, Comercial, Logística,Contabilidade, Recursos Humanos, sua empresa pre-cisa passar a investir mais no diálogo entre a orga-nização e a imprensa.

Querem ver a importância disso? Outro levan-tamento sério, este feito pela CDN (Companhia de

Notícias, uma das maiores agências de comunica-ção do País), que entrevistou 500 executivos deempresas de São Paulo e Rio de Janeiro, em outubrodo ano passado, revelou que 92% modificariam suaopinião sobre uma empresa lendo uma notícia, con-tra apenas 8% que mudariam de ideia vendo umapropaganda. O mesmo estudo revela que 57% dosrespondentes concordam que costumam tomar de-cisões de mercado tendo como base as notícias queleem nos jornais e revistas.

Mas e se a maioria das experiências da minhaempresa com a imprensa foi ruim? Convido-o à refle-xão mais uma vez. Voltemos vinte, trinta, quarentaanos. Estávamos na escola. Será que fazíamos ques-tão de nos reunir com os amigos para contar os “fo-ras” que havíamos levado das meninas? Claro que nosorgulhávamos só do que nos era favorável. É assimquando nos preocupamos com a reputação de nossasempresas hoje. Queremos que o jornal veicule só oque é positivo para os nossos negócios. E o jornalis-ta sabe disso. Por isso, sua missão é mais difícil. Oseu esforço é jogar luz ao que está oculto para, comodisseram Duarte e Júnior há pouco, “explicar a vidasocial”. Com todos os seus fatos, contrapondo pon-tos de vista, idealizando a imparcialidade, investi-gando versões, doa a quem doer.

“Mas o que há de bom nisso para a minha em-presa?”, você perguntaria. Tem muita coisa positivaque a sua empresa faz, de interesse público, que umbom jornalista também gostaria de saber. Afinal, o

“Então a publicidade não tem importância?

Claro que tem! Notícia e publicidade são

complementares para o seu negócio.”

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seu supermercado ou o seu negócio não geram em-prego? Não investem nos municípios onde se insta-lam? Sua organização não tem casos de gente quecresceu na carreira e tem lições para dar aos jovens?Vocês não realizam ações comunitárias ouimplementam projetos sustentáveis que serviriam deexemplo para o mercado? Um bom jornalista gostariade saber tudo isso com detalhes. E publicaria. E cita-ria a sua empresa. E isso aumentaria a confiança dosclientes da sua organização.

É preciso que compreendamos o trabalho do jor-nalista. Ele é pago para preencher as páginas dosjornais, ou os sites da internet, ou os minutos de umboletim de rádio. Se você não falar, para compor asua matéria, ele falará com outro. Se o caso for nega-tivo, for sobre sua empresa e você não falar, ele falarácom alguém que queira falar sobre você. E isso podeser bem pior.

Um dia, em 1882, William Henry Vanderbilt, ex-clamou a famosa frase “the public be damed!” (o pú-blico que se dane!), quando criticado e cobrado porcausa da péssima qualidade dos serviços que suas fer-rovias prestavam nos Estados Unidos. Desculpe a mi-nha sinceridade, mas quando a sua empresa decidenão falar com a imprensa, você está repetindo a rea-

ção deste empresário que viveu há mais de 120 anos.E neste 2011, se o seu cliente descobrir que vocênão se importa com ele, você terá problemas.

“Ah, mas na minha cidade, o jornalismo não éassim”, alguém dirá. O jornalismo é o mesmo em qual-quer parte; a imprensa pode não ser. Mas, acredite,se na sua cidade, o noticiário só fala bem das empre-sas que anunciam; se ataca os empresários por causade desavenças pessoais, respire fundo e relaxe: cer-tamente, muitos leitores pensam o mesmo que vocêsobre este jornal. Como completam Duarte e Júnior,“a existência da imprensa depende da credibilidadeatribuída pela sociedade às informações por ela ge-radas. Parcialidades, promoção, endeusamento sãotudo o que o público não quer da imprensa”.

Entre todos os stakeholders (pessoas ou or-ganizações afetados pelos negócios de sua empre-sa) com os quais sua empresa se relaciona, talvez aimprensa seja o que mereça um cuidado especial.Gerenciar mal este relacionamento é mandar o pú-blico se danar.

Juliano Rigatti é jornalista, possui MBA emGestão Empresarial e trabalha com varejohá 10 anos. E-mail: [email protected]

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terceirização de serviços já é uma realidadenas grandes e pequenas empresas do Brasil.Entre os principais argumentos que levam osempresários a optar pela terceirização, desta-

cam-se a redução de custos, o aumento da rentabilida-de e da produtividade e o foco na atividade-fim. Noentanto, apesar de ser uma das áreas em franco cresci-mento, ainda é um tema polêmico, que requer uma ava-liação criteriosa principalmente sobre a relação custo-benefício para a empresa.

No Brasil, a IBM já transferia parte de sua ativida-de-meio para terceiros desde a década de 70. A grandeexplosão da terceirização no Brasil ocorreu nos anos1990. Várias empresas passaram a terceirizar os servi-ços acessórios e concentraram sua atuação no foco donegócio. Outro fator que motivou o crescimento dautilização desta prática foi o aumento da pressão paraampliar as margens de lucros e a diminuição dos cus-tos, aproveitando a grande oferta de profissionais dis-poníveis no mercado e a um custo baixo.

Conforme estudos realizados sobre o setor, cercade 40% a 50% do mercado institucional no setor priva-do já está terceirizado, especialmente nas grandes em-presas como indústrias, bancos, condomínios comerci-ais, grandes escritórios, shoppings, entre outros. Ossupermercados também já vêm de longa data utilizandoeste tipo de mão de obra, principalmente nas áreas delimpeza e segurança.

A rede de supermercados Nicolini, de Bagé (RS),utiliza a terceirização de serviços praticamente desde asua fundação. Segundo o diretor executivo, PatriqueNicolini Manfroi, a empresa terceiriza os serviços decontabilidade, responsabilidade técnica (veterinária),gestão de qualidade, avaliação psicológica, medicinaocupacional, compra de hortifruti no Seasa, portaria esegurança, sistemas de TI e manutenção de emissoresde cupom fiscal (ECF).

O Súper Nicolini tem oito lojas, sendo sete atuan-do no varejo e uma no formato de atacarejo. Conta com503 empregados e 22 trabalhadores terceirizados. “Te-mos ainda as equipes que trabalham por empreitada,que são variáveis”, acrescenta o diretor. Manfroi desta-ca que na hora de terceirizar é necessário fazer umaavaliação sobre a relação custo benefício. Explica que ofoco deve ser sempre o resultado obtido na prestaçãodo serviço. Como exemplo, ele cita a área de contabili-dade, enfatizando que “uma das funções deste setor égarantir que paguemos todos os nossos impostos corre-tamente, nem mais, nem menos”.

Observa que isso pode parecer uma análise simplesda atividade, mas se levarmos em conta as constantesmudanças na legislação e o fato destes prestadores deserviços atenderem a demandas de vários clientes, ograu de conhecimento adquirido é maior do que o deum profissional focado em uma única empresa.

O supermercadista salienta que a avaliação dasvantagens da terceirização é delicada, pois devem serponderados vários fatores – alguns intangíveis. Em umaanálise mais simples, ele conta que a redução de custoscom terceirização dos serviços de contabilidade, ges-tão de qualidade e avaliação psicológica foi na ordemde 35%. Já na área de hortifruti, Manfroi comenta queé mais difícil mensurar os custos, “pois não sei por quantonós estaríamos comprando hoje, mas as vendas deste

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O dilema daterceirização

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01

Por Gilmar Bitencourt

01 Suporte externopode melhorar

rentabilidade,

se contratado

com critério

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setor aumentaram em 30%, e as margens e quebras semantiveram”.

Seguindo a análise dos pontos positivos e ne-gativos, Manfroi comenta que a maior dificuldade quetem enfrentado com a terceirização de alguns serviçosé a falta de exclusividade no atendimento. “Tratandocom outra empresa, que tem outros clientes, temosque cobrar a programação contratada; qualquer coisadiferente disso, temos que negociar ou entrar na fila”,salienta. Se a atividade fosse interiorizada, ele obser-va que a empresa poderia eleger as suas prioridades.

{Dilema mal resolvido} De forma contun-dente, o diretor da Anima Inteligência, empresaparanaense de consultoria no segmentosupermercadista, e colunista da Super Sul, SérgioSimonetti, observa que a terceirização é um dilemamal resolvido em vários setores, não somente na áreade supermercados. Ele é taxativo ao afirmar que aterceirização não pode ser feita de maneira empíricaou tática, “precisa ser um processo pensado, estuda-do, planejado e comprado pela organização. No caso dedúvidas quanto ao futuro dessa decisão, é melhor dei-xar como está”, destaca.

Em uma análise generalizada, o consultor comentaque a terceirização tem sido uma “moda” cíclica, onde

se observam os movimentos constantes de terceirizar einteriorizar. Segundo ele, isso demonstra a grande in-certeza que cerca o assunto e a falta de convicção sobreas decisões a respeito do tema.

Simonetti lista três fatores que confundem os

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02 Loja do

Nicolini: 22colaboradores

da rede são

terceirizados

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empresários e que muitas vezes os levam a optar pelaterceirização de forma incipiente. O primeiro é o mo-dismo. De acordo com o especialista, é comum no mundocorporativo surgirem novas teses e que o mercado emgeral compra a ideia e a torna uma grande verdade“quando não temos certeza, aderimos rapidamente aosmodismos”, comenta.

Outro ponto destacado é a redução de custos. Eleobserva que sempre que há um aperto no mercado, aterceirização se torna uma muleta e esse é um grandeequívoco. Afirma que essa não pode ser uma ação so-mente tática, para resolver um problema pontual outemporal e sim que seja um fato realmente assumidopela empresa.

O terceiro fator apontado pelo consultor é a faltade um planejamento estratégico incorporado pela or-ganização, e que ocorre com frequência nas empresasde médio e pequeno portes. “Por não terem um plane-jamento estratégico de médio prazo em que acreditar,as empresas aderem a qualquer moda e muitas vezesvisam somente questões táticas para decidiremterceirizar, levando a ciclos intermináveis, com grandesperdas de investimentos no processo”, comenta.

Apesar das críticas, Simonetti não se coloca con-tra a terceirização. Ele critica a opção por terceirizarsem o estudo e o planejamento necessários. Inclusi-ve o consultor salienta que esta prática administra-tiva poder oferecer várias vantagens para as empre-sas, como agregar conhecimento, tecnologia, pro-cessos e agilidade. Taticamente, também pode seruma ferramenta para redução de custos ou para solu-ção de um problema imediato. “Quando mudamosnosso sistema de ERP (Enterprise Resource Planning),precisamos trazer, de forma rápida, pessoas que co-nheçam o processo” exemplifica.

O diretor da Anima destaca que não se pode optarpela terceirização somente para reduzir despesas de formarápida, pois o resultado a longo prazo pode não serpositivo. “Particularmente, não acredito em soluçõesde curto prazo, assim não acredito na terceirização comoforma somente de reduzir custos”, salienta. Comentaainda que o método muitas vezes pode significar umaumento nas despesas. Porém, se a empresa não temcompetência para a atividade ou tempo para treinarpessoal e implementar o processo, terceirizar pode sero caminho mais recomendado.

A prática de terceirizar serviços pode seradotada por qualquer empresa. Segundo Simonetti, aterceirização não está relacionada com o porte da em-presa, mas sim com suas convicções e negócios de atu-ação. Ele explica que as atividades que não são estraté-gicas e que estão fora do foco da empresa podem edevem ser terceirizadas, mas para isso é preciso ter to-tal controle da operação. “O controle é a palavra chavepara se ter um serviço terceirizado com sucesso”, frisa.Em casos de companhias que têm vários contratos

Ponto-de-venda

terceirizados, ele aconselha a criação de um departa-mento para gerenciar os funcionários e contratos des-tas prestadoras.

{Atividade Legal} Sob o ponto de vista jurí-dico, a advogada Patricia Amaral, da Stifelman Advoga-dos, de Porto Alegre, destaca que não há problemas nacontratação de mão de obra terceirizada, mas é neces-sário se ter alguns cuidados. A especialista alerta que osupermercado deve fazer uma pesquisa junto a clientesapontados pela empresa a ser contratada, “pois é ne-cessário avaliar se a empresa vem cumprindo com suasobrigações com os funcionários, e também como é asua relação com os clientes”, orienta.

Antes de efetivado o contrato, que deverá con-ter todas as obrigações que serão exigidas da empre-sa terceirizada, que sejam solicitadas as certidões ne-gativas de débitos salariais, INSS, FGTS, Tributos Fe-derais e de falência. A tomadora de serviços tem odever de escolher uma empresa idônea e de controlarsuas atividades.

Em relação aos funcionários da empresa terceirizadaque atuam no supermercado, Patricia Amaral orienta queo tomador deverá solicitar cópia do contrato de traba-lho e do registro da CTPS e, regularmente, além de có-pia dos recibos de pagamentos de salários, EPI’s, car-tões ponto, exigir os comprovantes de recolhimento doFGTS, INSS, e demais obrigações acessórias. “Além dis-so, as condições laborais devem ser adequadas, e osriscos de acidentes do trabalho devem ser objeto deconstante vigilância, evitando-se danos aos trabalha-dores”, acrescenta.

É preciso ficar claro que o tomador de serviçosnão é o empregador do funcionário da terceirizada,portanto, não deve dirigir pessoalmente a prestação deserviços. A relação do supermercado deve ser direta-mente com a empresa contratada. Dessa forma, ques-tões como treinamentos, reclamações, advertências,ordens, entre outros, devem ser de responsabilidade daempresa terceirizada, sob pena de formação de vínculoempregatício entre o supermercado e o trabalhador.

Conforme a advogada, esses detalhes podem vari-ar em cada contratação. Dessa forma, ela orienta que otomador de serviços consulte um advogado de sua con-fiança para orientação caso a caso e, inclusive, paraelaboração do contrato com a empresa terceirizada.

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03 Trabalhador

organiza gôndola:

conhecimento

agregado

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LANÇAMENTOS

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SLeite em pó fortificado

A Elegê lança com exclusividade na Região Nordeste o ElegêFortificado. A novidade está disponível nas versões sachê de120g e 200g, complementando a linha Elegê de leite em pó

integral e desnatado. Fabricado pela BRF Brasil Foods, oproduto é enriquecido com vitaminas A, C e D. O lançamento

chegará a 100 lojas do varejo durante os meses de maio, junhoe julho.

Suco de laranja não-concentradoPerto de completar um ano de atividade no mercado brasileiro,a VivaBrasil, empresa de sucos e chás prontos para consumo,lança o que anuncia como o primeiro suco de laranjas NFC (notfrom concentrate) do País. O novo suco tem adição de açúcarnem conservador e chega ao mercado em embalagensdiferenciadas: bag in box de 3 litros para o varejo e de 10litros em dispenser .

Lentilha tipo 2A Fritz & Frida está ampliando o seu mix de cereais com o

lançamento da Lentilha Fritz & Frida Tipo 2. Importada doCanadá, a lentilha já está disponível em embalagens de 500 gpara os 12 mil pontos de venda que comercializam a marca no

Rio Grande do Sul.O rótulo do produto apresenta tabela com valores nutricionais,

dicas de cozimento e receita de lentilha ao creme

Chá de MateA marca Lipton, da Pepsico, presente no Brasil desde 1995 comos chás preto e verde, lança agora Lipton Mate. A bebida, nossabores Pêssego, Limão e Mate, será comercializada em garrafasPET de 1,5 litro, de 500 mililitros e em latas de alumínio de340 mililitros.

Barra de cereaisA Nestlé reformulou o portfólio de barra de cereais e lançou

uma linha elaborada com 15% de frutas, composta pelossabores Laranja, Frutas Tropicais e Frutas Vermelhas. Produzida

com cereal integral e frutas, as barras chegam com apenas 62calorias por porção. Já a linha tradicional ganhou nova

formulação e embalagem.

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SRefrescos em póA Yoki Alimentos lança os refrescos em pó Zero Açúcar. Anova linha chega às gôndolas de todo o País com umanova fórmula, que promete um produto mais saudável erefrescante, baixas calorias e que é fonte de vitaminas eferro, ideal para tomar gelado.

Leite de baixa LactoseA Nestlé oferece nas regiões Sul e Sudeste mais opções deleite Ninho. Chegam às gôndolas o Ninho Fruti e o NinhoBaixa Lactose. O primeiro pode ser encontrado nos saboresMaçã e Morango com Banana em embalagens de 200mililitros. Já o Ninho Baixa Lactose, produto com 90%menos lactose, será vendido em embalagem de 1 litro.

Bebida gasificadaA nova linha H2OH! Frutas chega ao mercado em duasversões: Laranja e Citrus. A novidade é vendida em garrafasde PET de 500 mililitros e de 1,5 litro.Segundo a Pepsico, aescolha do sabor laranja é resultado da importância que afruta tem para os consumidores brasileiros. No caso decitrus, a inspiração veio da Argentina, onde o produto foilançado em 2007.

AtomatadoA americana Bunge, fabricante da margarina Delícia, estáentrando no mercado de atomatados para aumentar suapresença no varejo. A empresa fez um acordo de produçãocom a Siol, dona da marca Saúde, para produção de molhose extrato de tomate em sua fábrica de Rio Verde, em Goiás.Ao ingressar neste mercado, a empresa optou por modelopróprio.

Vegetais congeladosA D’aucy do Brasil apresenta a Linha Wok, que conta comtrês novos produtos de misturas vegetais congelados:Chinesa, Japonesa e Tailandesa. Os produtos possuem sabore características diferentes: a mistura japonesa utilizou obrócolis e a ervilha verde; já na chinesa, abobrinha ecebola, e na tailandesa há mini-milho e cenoura emrodelinha.

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LANÇAMENTOS

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SMolhos saudáveis

A Predilecta lança a linha de molhos saudáveis, nas versõesMolho de Tomate Seco com Cenoura, Molho de Tomate comBerinjela e Molho de Tomate com Legumes, em embalagens

stand up pouch de 300g. De acordo com a empresa, esse tipode embalagem apresenta vantagens como leveza, facilidade de

uso e descarte e de fácil abertura. Os produtos já sãodistribuídos nacionalmente.

Cerveja em nova embalagemA Skol Sensation ganha uma embalagem inspirada no evento,que ocorre em São Paulo em junho. A marca coloca no mercado15 milhões de unidades, e será comercializada a versão 269 ml.Também há opções de packs com 15 unidades. A distribuiçãoestá concentrada nas regiões Sul e Sudeste.

Lava-roupasA Bombril acaba de incrementar a linha de produtos da marcaTanto com o lançamento do Tanto Tanquinho. Trata-se de umlava-roupas em pó criado especificamente para ser utilizado

nesse tipo de eletrodoméstico, que permite que a consumidorareutilize a água até três vezes com o mesmo poder e

performance de limpeza. O item é encontrado em duas versões:1 kg e 500g

Fralda tecnológicaA nova fralda Huggies Naturali, da Kimberly-Clark, apresentauma série de inovações. Além do indicador de urinas, possuibolso dorsal que evita vazamento pelas costas, tripla barreira ecamada externa respirável, que ajuda a evitar assaduras. Afralda também é composta por materiais sustentáveis.

Embalagem em braileA C-Pack, empresa catarinense líder no mercado

Latino Americano de embalagens plásticas noformato de bisnaga (tubo), inova ao aplicar

leitura em Braille em tubo de bisnagas plásticas.A novidade deverá chegar ao varejo, em formato

de embalagem de produtos, em breve.

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Asun destaca-se no

mercado gaúcho

Empresa

s bons ventos que alavancaram a eco-nomia brasileira impulsionaram o cres-cimento do setor supermercadista doRio Grande do Sul no ano passado. Se-

gundo pesquisa realizada pela Associação Gaúchade Supermercados (Agas), o setor registrou umcrescimento real de 8,4%, em comparação com oano anterior. O dado, já deflacionado pelo IGP-M/2, é um dos resultados do Ranking Agas 2010.

Entre tantas empresas de diferentes portes emdestaque na listagem, uma chama a atenção: a redeAsun Comércio de Gêneros Alimentícios, apontadacomo a que mais elevou o faturamento entre aque-las com faturamento acima de R$ 100 milhões. Commatriz em Gravataí , a companhia derrubou o gi-gante Záffari em incremento de receita, atraindoos holofotes do setor supermercadista.

Com faturamento de R$ 173 milhões em 2010,a rede Asun obteve um crescimento de 26% sobreo ano anterior. De acordo com seu diretor, Anto-

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01 Loja da Asun:maior aumento de

receita entre os

grandes do RS

nio Ortiz Romacho, a estratégia adotada pela com-panhia para ampliar as vendas foi priorizar o aten-dimento e buscar novos produtos de qualidade, compreços mais atraentes. Ele destaca que a empresaconta com um mix variado de produtos para aten-der aos diversos públicos, e isto tem acelerado osnegócios.

Além disso, a rede realizou reuniões com osfornecedores para negociar valores melhores, e des-sa forma ampliou o números de ofertas. “Tambémoptamos por reduzir nossa margem de lucro pararealmente oferecer os melhores preços do merca-do”, informa o diretor.

As ações da empresa foram baseadas na movi-mentação do mercado, como o aumento de rendada população e o crescimento do poder aquisitivodas classes D e E - conforme os dados da Agas, 750mil gaúchos migraram destas para a classe C. “Comcerteza, este índice contribuiu para que aumen-tássemos nossa clientela, e ao sinalizar isso, bus-camos trabalhar melhor a nossa política de pre-ços”, relata o diretor da rede Asun.

Romacho conta que as boas notícias sobre asituação financeira do País em 2010 trouxeram oti-mismo para a população em geral, e automatica-mente o consumidor ficou mais à vontade para com-prar. Observando todos estes acontecimentos, a com-panhia se preparou muito e conquistou um lugar dedestaque junto aos seus maiores concorrentes.

As ampliações ajudaram a impulsionar o cres-cimento. Em junho do ano passado, a rede re-inau-gurou uma unidade no bairro Cavalhada, em PortoAlegre, uma das regiões que mais crescem na Capi-tal. Totalmente reformado, o supermercado está comnovas instalações, modernas, que oferecem maisconforto e qualidade aos clientes.

Para 2011, o executivo informa que a meta daempresa é continuar crescendo. A projeção é deampliar o faturamento na ordem de 10% até o finaldo ano. Outra iniciativa destacada pelo supermer-cadista é o investimento na abertura de novas fili-ais. Atualmente, a rede Asun conta com 1200 cola-boradores, distribuídos em 17 lojas.

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Leitura Obrigatória

{Gestão de Empresas}Gerenciamento de Crises Corporativas, deRicardo Giovenardi. RG editores, 160 páginas,R$ 27.

Estruturação de Sistemas de Custos Para aGestão da Rentabilidade, de Reinaldo Guerrei-ro. Atlas, 219 páginas, R$ 55.

{Economia}Aprendizagem Organizacional no Brasil, deClaudia Simone Antonello, Arilda SchmidtGodoy e colaboradores. Bookman, 604 páginas,R$ 83.

{Recursos Humanos}Transformação do RH – Construindo osRecursos Humanos de Fora para Dentro, deDavid Ulrich, Justin Allen, Wayne Brockbank,Jon Younger, Mark Nyman. Bookman, 256páginas, R$ 45.

{Finanças Corporativas}Contabilidade Gerencial, de EvandirMogliorini. Atlas, 349 páginas, R$ 80.

Os 7 Passos Para o Melhor RelacionamentoBancário - Como Aumentar o Crédito Para asEmpresas, de Fernando Blanco. Saraiva, 664páginas, R$ 39.

{Autoajuda}Transforme o Problema Em Desafio, de SérgioHinds. Ibrasa, 112 páginas, R$ 28.

{Carreira}Por Que Trabalhamos - Como Grandes LíderesConstroem Organizações Comprometidas QueVencem, de Ronaldo Cataldo Costa. Bookman,48 páginas, R$ 60.

BIBLIOTECA

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Marketing

SocialInfluenciandoComportamentosPara o Bem(3a edição)De Philip Kotler e Nancy R. Lee.

Bookman, 454 páginas, R$ 69,00.

Prevenir ou corrigir agressões ao meio ambiente,evitar comportamentos potencialmente prejudiciais àsaúde ou obter respostas que ajudem a máquina públicaa funcionar com mais eficiência em relação à melhoriada qualidade de vida. Isso também é possível através domarketing, como demonstram Philip Kotler e Nancy R.Lee no livro Marketing Social – influenciando compor-tamentos para o bem, lançamento da Bookman Editora.

Kotler, um dos mais renomados autores quando oassunto é marketing, une sua experiência à da especia-lista Nancy Lee para oferecer, mesmo aos não iniciados,uma visão do modelo dos 4 Ps aplicado aos objetivosdo marketing social. “Esta vertente do marketing, comodisciplina, deu passos enormes e teve um impacto posi-tivo profundo sobre questões sociais na área da saúdepública, da segurança, do meio ambiente e doenvolvimento comunitário. Princípios fundamentais noâmago dessa prática foram usados para ajudar a reduziro consumo de tabaco, diminuir a mortalidade infantil,deter a disseminação do HIV, tornar o uso do capacetede bicicleta uma norma social, diminuir o despejo delixo nas ruas e persuadir os donos de animais de esti-mação a obterem uma licença para eles e a recolheremseus dejetos”, exemplificam os autores.

Kotler e Nancy apresentam cases bem sucedidoscomo a campanha ‘Save the crabs. Then eat’em’ (do in-glês ‘Salve os siris. Depois, coma-os’), o Programa deEficiência da Água na Jordânia, que aliou a pesquisa aoprocesso de planejamento e a campanha ‘Freedom forFear’ (Libertando-se do Medo), desenvolvida como for-ma de conscientização sobre a violência contra as mu-lheres, em especial, cônjuges, na Austrália.

{Destaque – Marketing}

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AGENDA {Feira Internacional de Produtos e Serviços para

Alimentação Fora do Lar - 27ª Fispal Food Service}Quem organiza: Brazil Trade Shows PartnersQuando: 06 a 09 de junhoOnde: ExpoCenter Norte - São Paulo (SP)Expositores: Fabricantes de alimentos e prestadores de serviçosPúblico alvo: Profissionais da gastronomia e supermercadistasMais informações: www.fispalfoodservice.com.br

{Feira de Negócios em SupermercadoModelo (Exposupermercados)}

Quem organiza: CTDEQuando: Dias 14 e 15 de junhoOnde: Porto Alegre (RS)Expositores: Prestadores de serviços e fabricantes de produtosPúblico alvo: Pequeno e médio varejo e supermercados de bairroMais informações: www.exposupermercado.com.br

{Feira de Produtos, Serviços e Equipamentospara Supermercados e Convenção Catarinensede Supermercadistas (ExpoSuper 2011)}

Quem organiza: Associação Catarinense de SupermercadosQuando: De 20 e 22 de junhoOnde: Megacentro Witich Freitag, em Joinville (SC)Expositores: Fabricantes de itens vendidosem supermercados e prestadores de serviçosPúblico alvo: Supermercadistas,distribuidores e demais setores da cadeiaMais informações: http://exposuper.com.br

{Exposição e Encontro Centro-Oestede Supermercados (ExpoEcos)}

Quem organiza: Associações de Supermercados dos Estados doAcre, Distrito Federal, Mato Grosso, MatoGrosso do Sul, Rondônia e Tocantins.Quando: De 26 e 28 de julhoOnde: Pavilhão de Convenções, em Brasília (DF)Expositores: Provedores de tecnologiae autosserviço e lançamentos de produtosPúblico alvo: Profissionais do setor, empresários,formadores de opinião e autoridadesMais informações: www.asbra.com.br

{30ª Feira e Convenção Gaúchade Supermercados (Expoagas 2011)}

Quem organiza: Associação Gaúcha de SupermercadosQuando: De 23 a 25 de agostoOnde: Centro de Exposição da Fiergs, em Porto Alegre (RS)Expositores: Provedores de tecnologiae autosserviço e lançamentos de produtosPúblico alvo: Profissionais do setor, empresários e executivosMais informações: www.agas.com.br ou [email protected]

Quer saber mais? Visitewww.revistasupersul.com.br

Porto Alegre (RS)Porto Alegre (RS)

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