revista só futebol #06

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ANO 1 • NÚMERO 6 • 2015 • R$10,00 ANO 1 • NÚMERO 6 • 2015 • R$10,00 Revista Só Futebol O DONO DA BOLA Artilheiro e revelação do futebol paranaense, Rafhael Lucas fala sobre suas conquistas Estadual chega ao fim, hora de Brasilerão HAJA FÔLEGO Torcedores que encabeçam grandes portais de notícias do futebol PAIXÃO ON-LINE

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Page 1: Revista Só Futebol #06

ANO 1 • NÚMERO 6 • 2015 • R$10,00AN

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O DONO

DA BOLAArtilheiro e revelação do futebol paranaense, Rafhael Lucas fala sobre suas conquistas

Estadual chega ao fim, hora de Brasilerão

HAJA FÔLEGO

Torcedores que encabeçam grandes

portais de notícias do futebol

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Page 5: Revista Só Futebol #06

5• Revista Só Futebol •

OLIK COMUNICAÇÃOR. Pamphylo D’Assumpção, 908Rebouças | Curitiba – PR(41) 3209.3389www.olikcomunicacao.com.brfacebook.com/revistasofutebol

COORDENAÇÃO DE CONTEÚDOFernanda [email protected]

JORNALISTA RESPONSÁVELThais Vaurof – Mtb: 8270/[email protected]@olikcomunicacao.com.br

COLABORADORESBruno Rolim, Mahani Siqueira, Priciane Crocetti, Ricardo Galeb, Sandoval Matheus, Thaisa Meraki

REVISÃOThalita Uba (Lumos Traduções)

PROJETO GRÁFICO Lais Pancote

DIAGRAMAÇÃOSabrina Evelize Godarth

PARA ANUNCIARBazar de Mídia – Mário Jorge Ribeiro(41) 9581-2056 | (41) 3209-3389

Nenhuma empresa ou pessoa está autorizada a retirar produtos, comercializar espaços publicitários ou editoriais, a não ser com autorização por escrito da Olik Comunicação, situada na cidade de Curitiba.

edição 06 da Revista Só Futebol sai

do forno em um momento de decisão.

Com o final do Estadual, as equipes

focam seus treinos e estratégias para

ter destaque no Brasileirão. A Copa do

Brasil também está presente nas pá-

ginas da revista, apresentando as mu-

danças da competição e a esperança dos times paranaen-

ses em obter melhores resultados no ano de 2015. Rafhael

Lucas, capa desta edição, conta sobre a sua trajetória e

fala sobre as conquistas no Coritiba. Batemos um papo

também com o preparador físico Carlinhos Neves sobre

seu novo projeto na China. Demos a volta ao mundo em

busca de jogadores pratas da casa que são destaques em

times pouco conhecidos de diferentes países e encontra-

mos, nos Estados Unidos, brasileiros que também fazem

bonito no futebol americano. Ainda na terra do Tio Sam,

um projeto inovador leva jovens atletas para lá, onde eles

estudam em universidades americanas e mostram o bom

futebol verde e amarelo. Nas próximas páginas, você ainda

vai ler sobre a dificuldade dos jogadores em se recuperar,

física e psicologicamente, de lesões, além de sites feitos

por torcedores e para torcedores e a história de Riuler,

que tem seus direitos econômicos divididos entre Coritiba

e Atlético.

Uma boa leitura!

A

EDITORIAL

Page 6: Revista Só Futebol #06

6 • Revista Só Futebol •

SUMÁRIO

28

GIRO DO FUTEBOLNovidades sobre

os campeonatos rolando no

Paraná

08

14 COPA DO BRASILMudanças de

regras na nova edição do

campeonato

32 INTERNACIONALEmpresa brasileira leva

jovens atletas para estudar e

jogar futebol em universidades

norte-americanas

ENTREVISTARafhael Lucas

assume papel de

protagonista no Coritiba

22

18 BRASILEIRÃOO Paranaense

acabou, agora é hora de falar

de Brasileirão

28 FUTEBOL AMERICANO

Os curitibanos que carimbam

o passaporte para jogar em

times do exterior

44 SAÚDEComo as lesões

podem influenciar – e muito – o

psicológico dos jogadores

FUTEBOL EMIMAGENS

Momentos marcantes do

Campeonato Paranaense

38

22

NOSSA CAPAFOTO: Lucas Costa

Page 7: Revista Só Futebol #06

7• Revista Só Futebol •

48 PAPO CABEÇAO caminho do

preparador físico Carlinhos

Neves e seus novos desafios

52 JOGADORParanaenses saem

do estado para jogar em

times de diferentes países

56 66

70

PERFILO jovem Riuler e

sua camisa, dividida entre

Coritiba e Atlético

POR ONDE ANDA O meia Gabiru

desiste da aposentadoria e

acerta com novo clube - mas

não tira o Furacão do coração

INTERNETMantenha suas

redes sociais atualizadas

com o feed de alguns ídolos

60 IMPRENSATorcedores

encabeçam portais

respeitados com notícias

de seus times do coração

56

66

32

Page 8: Revista Só Futebol #06

8 • Revista Só Futebol •

GIRO DO FUTEBOL

Do amador à grande vitrine do estadual, passando pelo futebol americano, saiba como as equipes paranaenses se comportaram até agora

Torneiospelo estado

Teto típico curitibanoChega de se preocupar com condições climáti-

cas. O Clube Atlético Paranaense, junto com a CAP

S/A e a empresa espanhola Lanik, apresentaram

a conclusão do teto retrátil da Arena da Baixada.

Com isso, o estádio passa a ser o primeiro da

América Latina e do hemisfério sul (construído para

o futebol) com a tecnologia. Foram cinco meses de

obra até a apresentação do sistema. No dia 5 de

abril, no jogo contra o Prudentópolis, o torcedor

pôde ver a novidade em funcionamento. Além de

evitar preocupações com as condições climáticas,

a tecnologia permite um melhor controle de ruídos

e habilita o local a receber outros tipos de eventos.

Em coletiva de imprensa, o presidente do clube,

Mario Celso Petraglia, afirmou que um estádio tem

uma utilização muito pequena para uso somen-

te do futebol. “O Atlético Paranaense manda, na

melhor das hipóteses, 40 jogos por ano (...). Hoje,

o nosso estádio está projetado, realmente, para

diversos tipos de evento”.

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CAMPEONATOPARANAENSE

Page 9: Revista Só Futebol #06

9• Revista Só Futebol •

Após 54 anos, o Operário volta a disputar uma final de

Campeonato Paranaense. Conhecido como Fantasma da Vila

desde 1958 por assombrar os grandes clubes da Capital, o time

de Ponta Grossa tem uma grande motivação para vencer o tor-

neio: o título ainda é inédito pro alvinegro do bairro Vila Oficinas,

que tem 103 anos de atividade e já foi vice-campeã 14 vezes.

Em 2014, o alvinegro disputou o Torneio da Morte e, por pou-

co, não foi rebaixado para a Divisão de Acesso. Com um bom

planejamento, a diretoria conseguiu reverter o quadro, reuniu

um grupo de em-

presários patroci-

nadores que man-

têm os salários dos

jogadores em dia. O

sucesso do clube

se mostrou também

pela quantidade de

associados: nos úl-

timos três meses o

número aumentou

de 700 para 2 mil

sócios.

Gasparzinhomuralha Goleiro

Vitor, goleiro do Londrina, só sofreu

três gols na primeira fase do cam-

peonato estadual, destacando o

Tubarão como a defesa menos va-

zada até então. Presente no elenco

do alviceleste desde o final de 2013,

o camisa 1 foi essencial na conquista

do título paranaense e no acesso à

Série C, ambos em 2014.

CAMPEONATOPARANAENSECAMPEONATOPARANAENSE

450 minutos

Fundado em 2008, o novato FC Cascavel está pela primeira vez na elite da

competição e já chamou atenção nacional ao bater um recorde. Sua defe-

sa não foi furada nenhuma vez nos cinco primeiros jogos – 450 minutos

mais os acréscimos –, conferindo à equipe o título temporário de me-

lhor defesa do Brasil. A invencibilidade foi ao fim na 6ª rodada, quando o

Londrina fuzilou duas vezes o goleiro Juninho. O clube encerrou a primeira

fase na oitava posição, uma à frente do Atlético Paranaense, escapando

do Torneio da Morte.

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10 • Revista Só Futebol •

Favorito, o atual bicampeão na-

cional Coritiba Crocodiles – e

campeão de todas as seis edi-

ções do Paraná Bowl – ten-

ta manter sua hegemonia no

Paraná e conquistar mais um

título. Porém, seus atuais ad-

versários representam grandes

obstáculos nessa empreitada.

O Opção Pyros Maringá, reve-

lação da temporada 2014, con-

ta com o ex-técnico do Croco, o

GIRO DO FUTEBOL

Mascote? Que nada, torcedor! Com direito a cadeira cativa na área VIP, olhos acompanhando cada

detalhe das jogadas, e até mesmo empolgação de quem é fiel ao time

até morrer, uma cena constante chama a atenção de quem assiste aos

jogos no Estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa, a casa do Operário.

Uma cachorra chamada Diana, moradora do local, comparece a todos

os treinos e não perde uma partida do time mandante.

Futebol americanono Paraná

norte-americano Jhonny Mitchel.

O UFPR Brown Spiders, fruto da

fusão entre UFPR Legends e

Curitiba Brown Spiders, estreou

este ano com campanha invic-

ta e comanda a tabela. O Foz do

Iguaçu Black Sharks reúne refor-

ços mexicanos no elenco de jo-

gadores para acirrar ainda mais a

competição. Já o Paraná HP (vice

do ano passado) e o Unicentro

Knights trouxeram mudanças em

suas comissões técnicas.

Com três rodadas concluídas, o

Crocodiles está na terceira posi-

ção. Ao fim da primeira fase, em

que todas as equipes se enfren-

tam em turno único, os dois pri-

meiros colocados estarão clas-

sificados para o Paraná Bowl VII,

a grande final. Terceiro e quarto

lugares se enfrentam para de-

cidir o terceiro lugar geral do

campeonato.

CAMPEONATOPARANAENSE

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Page 11: Revista Só Futebol #06

11• Revista Só Futebol •

TrajenovoA Nike e o Coritiba desenvolveram a nova terceira

camisa da temporada. De cor verde claro, o modelo

mantém o design tradicional da camisa principal,

mas troca por pretas as faixas horizontais que co-

nhecemos como verdes. De acordo com Rogério

Bacellar, presidente do clube, o uniforme “abrirá as

portas para novas surpresas ainda este ano”.

Além das faixas horizontais, a camisa apresenta

outros detalhes em preto. O uniforme é completo

com shorts preto e meias verdes. Quem quiser

adquirir a camiseta pode encontrá-la no nike.

com e nas lojas do clube no Couto Pereira e na

internet (CoritibaStore.com.br).

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Page 12: Revista Só Futebol #06

12 • Revista Só Futebol •

Xaxim

Luiz Carlos Casagrande foi oficiali-

zado presidente do Paraná Clube.

Casinha, como é conhecido, assumiu

o cargo após a renúncia de Rubens

Bohlen e avisou que seu principal

foco de trabalho será fazer uma

gestão compartilhada, na qual todos

os conselheiros participem e somem

esforços rumo a um futuro promis-

sor. Aldo Coser, primeiro vice-presi-

dente, destacou que não se fala mais

em crise. “A partir de agora, estare-

mos todos unidos, juntos, em prol do

melhor para o nosso clube.”

O título da II Taça Xaxim de Futebol foi decidido entre Recreativo e Malharia Cristiane, no estádio do Grêmio

Ipiranga, na Vila São Pedro, em Curitiba. Com grande presença de torcedores das duas equipes, o Malharia foi

superior nos 90 minutos e ergueu o troféu depois do placar de 3 a 1.

FederaçãoNo início de abril, aconteceu, na sede da Federação

Paranaense de Futebol, a assembleia geral de

posse da diretoria eleita. Hélio Pereira Cury foi re-

eleito e empossado oficialmente na cerimônia que

teve a presença de filiados da entidade. ©

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Novo presidente

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GIRO DO FUTEBOL

Page 13: Revista Só Futebol #06

13• Revista Só Futebol •

bicampeã! Base

que sobe?Quem é

Os próximos meses serão decisivos

para a Divisão de Acesso 2015.

Andraus, Batel, Cianorte, Francisco

Beltrão, Grêmio Araponguense,

Pato Branco, Paranavaí, Portuguesa

Londrinense, Toledo e Paraná Soccer

Technical Center (PSTC) são as dez

equipes que brigam pelo acesso à

elite do Campeonato Paranaense.

O regulamento deste ano sofreu

algumas alterações e se aproxima

da primeira divisão do estadual: to-

dos os times se enfrentam em turno

único na fase inicial. Em seguida, os

oito melhores classificados seguem

para o mata-mata.

Futebol 7 Já começou a XVI Curitiba Cup de Futebol

7. Disputada na categoria adulto livre, a

edição está cheia de novidades. A prin-

cipal é a divisão das equipes em três sé-

ries, ouro, prata e bronze, com premiação

específica para cada uma. O campeonato

segue até o dia 28 de junho, com partidas

sempre aos domingos.

No começo de abril, a equipe sub-19 do Coritiba conquistou

o título da Dallas Cup, tradicional torneio de base que reúne

clubes de todo o mundo de diferentes faixas etárias (do sub-

13 ao sub-19) nos Estados Unidos. Invicto, o time comanda-

do por Eduardo Barros venceu o Monterrey, do México, por

3 a 1 na final, no Toyota Stadium. O time, que já havia sido

campeão em 2012, quando se juntou ao rol que já conta com

Cruzeiro, São Paulo, Atlético-PR e Vitória, fechou o torneio

com média de três gols por jogo. POR: THAISA MERAKI

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14 • Revista Só Futebol •

e olharmos as últimas edições do

torneio, considerado o mais de-

mocrático do futebol brasileiro, é

possível prever que está próximo

o dia em que um clube parana-

ense irá levantar, finalmente, a

taça de campeão da Copa do

Brasil. Nos últimos anos, Coritiba e Atlético bateram

na trave, o que gerou uma frustração nos torcedores

que viram o time do coração com as mãos próximas

ao troféu, mas amargaram a segunda colocação.

Ficou uma sensação ruim. Aquele sentimento de que

tinha tudo para dar certo, mas não deu.

Nas duas finais consecutivas do Coxa, em 2011 e

2012, e na decisão atleticana de 2013, a regra do jogo

era um “pouco menos difícil”. Os clubes que dispu-

tavam a Libertadores da América, ou seja, os quatro

ou cinco primeiros colocados do Brasileirão do ano

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COPA DO BRASIL

paranaenseSonho

As regras da Copa do Brasil mudaram mais uma vez. Será que agora vai?

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15• Revista Só Futebol •

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anterior, ficavam de fora. Em 2013, a Confederação

Brasileira de Futebol (CBF) mudou o regulamento. A

Copa do Brasil aumentou em número de datas e em

quantidade de times. Deixou de ser disputada ape-

nas no primeiro semestre para se estender até no-

vembro, além da incluir os times brasileiros que dis-

putam a Libertadores, que entram em uma fase mais

avançada.

Outra alteração foi no processo de classificação

para a Copa Sul-Americana. A fase eliminatória brasi-

leira deixou de existir. O Brasil enviará quatro repre-

sentantes para a competição e a escolha deles não

é mais pela posição no Brasileirão. Serão indicados

os clubes que deixarem a Copa do Brasil antes do

início da Sul-Americana. Ou seja, os times mais bem

colocados do Brasileiro do ano anterior e que forem

eliminados cedo da Copa do Brasil terão a chance de

entrar na Sul-Americana.

Page 16: Revista Só Futebol #06

16 • Revista Só Futebol •

Em janeiro deste ano, mais uma pequena altera-

ção foi feita pela CBF e, enfim, o regulamento de-

finitivo da competição foi determinado. Agora, na

quinta fase, os confrontos também serão definidos

por sorteio, mas a principal diferença é no critério

da grande final. A decisão continua sendo disputa-

da em dois jogos, porém, agora o gol fora de casa

não é mais critério de desempate – mesmo modelo

adotado na Libertadores.

Caso esse formato de final existisse desde a

primeira edição, apenas quatro das 27 finais pode-

riam ter um resultado diferente. Criciúma e Grêmio

(1991), Grêmio e Flamengo (1997), Sport e Corinthians

(2008) e Vasco e Coritiba (2011).

O Coxa teria tido a chance de definir o título de

2011 por disputa de pênaltis. Pela regra nova, a soma

do placar dos jogos, Vasco 1 x 0 Coritiba, em São

Januário, e Coritiba 3 x 2 Vasco, no Couto Pereira,

seria de 3 a 3, o que levaria para a cobrança de pe-

nalidades. Mas, na ocasião, o clube carioca garantiu

o título por ter feito dois gols na casa do adversário.

As regras mudaram. Cabe, agora, aos times para-

naenses acertar a pontaria e, quem sabe, colocar as

mãos na tão cobiçada taça da Copa do Brasil.

CLUBES PARANAENSESO estado tem cinco representantes na Copa do

Brasil deste ano: Atlético, Coritiba, Paraná, Londrina

e Maringá. Até o fechamento desta edição da

Revista Só Futebol, dois clubes já foram eliminados.

COPA DO BRASIL

CONHEÇA UM POUCO DA HISTÓRIA DOS TIMES PARANAENSES NA COPA DO BRASIL

CORITIBA PARANÁ

Com 21 edições, é o time para-

naense com o maior número de

participações e também o que

atingiu as melhores colocações.

Foi semifinalista em 2001 e 2009

e finalista em 2011 e 2012.

Na primeira fase, eliminou na

primeira partida o Vila Nova-MG.

O adversário da segunda fase é o

Fortaleza-CE. A primeira partida

será no Estádio Castelão.

A Copa do Brasil nunca trouxe lembranças

muito boas para o torcedor tricolor. Das 17

participações, por três vezes o time chegou

às quartas de final, mas foi eliminado duas

vezes pelo Corinthians (1995 e 2002) e uma

pelo Palmeiras (1996).

Em 2015, mais uma decepção. O tricolor não

conseguiu passar da primeira fase e foi elimi-

nado pelo modesto Jucupiense-BA. Na parti-

da de ida, o Paraná venceu por 1 a 0. No jogo

da volta, derrota pelo mesmo placar. Na deci-

são por pênaltis deu Jacupiense, 5 x 4.

ATLÉTICO

Em 19 edições, foi apenas em

2013 que o Furacão chegou

à sua única final de Copa do

Brasil. Acabou derrotado pelo

Flamengo.

Na primeira fase, o Furacão

empatou por 1 a 1 nas duas parti-

das com o Remo-PA. A vaga para

a segunda fase veio nos pênaltis,

vitória por 5 x 4. O próximo desa-

fio do Atlético é o Tupi-MG.

Page 17: Revista Só Futebol #06

17• Revista Só Futebol •

AGORA, NA QUINTA FASE, OS CONFRONTOS TAMBÉM SERÃO DEFINIDOS POR

SORTEIO, MAS A PRINCIPAL DIFERENÇA É NO CRITÉRIO DA GRANDE FINAL.

LONDRINA MARINGÁ

Assim como todo o ano de

2014, a Copa do Brasil foi

muito boa para o Tubarão.

Apesar da eliminação, fez

dois jogos bem disputados

com o Santos.

Neste ano, mais uma vez o

time do litoral paulista e nova

eliminação. Duas derrotas

por 1 a 0 e a desclassificação

da Copa do Brasil logo na pri-

meira fase.

O vice-campeonato

do Paranaense garantiu

a vaga para o Maringá.

Na primeira fase, bateu

o Madureira-RJ. Agora

pega o Santos, jogando a

primeira partida no está-

dio Willie Davids.

FORMATOA Copa do Brasil está sendo reali-

zada no formato mata-mata, desde

o início até a decisão. Na quarta fase,

os dez grupos que permanecerem

vivos se juntarão àqueles que estão

disputando a Libertadores – além do

Fluminense, sexto colocado no últi-

mo brasileiro.

COMO FOI NO ANO PASSADONa edição de 2014, os times pa-

ranaenses decepcionaram e ficaram

pelo caminho. J. Malucelli e Paraná

foram eliminados na segunda fase

por Novo Hamburgo e Ponte Preta,

respectivamente. O Londrina caiu

perante o Santos na terceira fase e

Coritiba e Atlético pararam nas oita-

vas de final, perdendo para Flamengo

e América-RN. POR: RICARDO GALEB

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Page 18: Revista Só Futebol #06

18 • Revista Só Futebol •

pra valerAgora é

O Campeonato Paranaense acabou, o que significa que é hora de pensar nos verdadeiros desafios da temporada.

Vai começar o Brasileirão

uando essa edição da Revista

Só Futebol foi para a gráfica,

ainda era impossível saber o

desfecho final do Campeonato

Paranaense. O Coritiba e o

Operário se preparavam para

a disputa da final, enquanto o

Paraná Clube amargava uma

dolorida eliminação nas quartas-de-final, diante do

Operário. Já o Atlético, condenado a disputar o mal-

fadado Torneio da Morte para evitar um catastrófico

rebaixamento, certamente vai preferir esquecer os

primeiros meses de 2015, seja lá qual tiver sido seu

destino ao final do Estadual.

A partir de maio, independente da história escri-

ta no Campeonato Paranaense, o Trio de Ferro e o

Londrina assumem como principal desafio, a disputa

o Brasileirão. Da Série A à Série C, os representan-

tes do Estado nas duas divisões de elite voltam suas

atenções para o torneio nacional com o desafio

de obter resultados melhores do que os do

ano passado. Enquanto os times da capital

decepcionaram nas tabelas de 2014, a equipe do in-

terior, por sua vez, garantiu o acesso à terceira divi-

são com o terceiro lugar na Série D e tem a chance de

continuar sua ascensão rumo à elite.

EM BUSCA DE UM LUGAR AO SOL

Na Série A, Coritiba e Atlético terão o desafio de su-

perar o péssimo desempenho no Brasileirão de 2014.

Durante boa parte do ano passado, a dupla Atletiba

lutou contra o fantasma da degola e só se viu livre da

ameaça nas últimas rodadas do torneio. Em 2015, os

dois rivais serão comandados por treinadores que,

além de buscar os melhores resultados para suas equi-

pes, terão a meta de se firmar no concorrido mercado

de técnicos, já povoado por medalhões como Felipão,

Luxemburgo, Tite, Levir Culpi e Osvaldo de Oliveira.

Marquinhos Santos disputará seu quar-

to Brasileirão pelo Coritiba, mas espera que, pela

Q

BRASILEIRÃO

Page 19: Revista Só Futebol #06

19• Revista Só Futebol •

primeira vez, esteja no banco durante as 38 rodadas.

Entre idas e voltas, ele ainda não teve a oportunidade

de implementar seu trabalho durante dois turnos in-

teiros com a equipe do Alto da Glória. Mais experiente

após treinar o Bahia em 2014 e voltar a Curitiba na

reta final da temporada para ajudar o Coxa a se livrar

do rebaixamento, o técnico conta com a confiança do

bom início de ano para deixar de ser um “profissional

promissor” e sonhar com voos mais altos na carreira.

Terceiro técnico a sentar no banco do Atlético

em 2015, Milton Mendes chega ao clube rubro-ne-

gro para apagar o incêndio deixado pelas desas-

tradas passagens de Claudinei Oliveira e Enderson

Moreira. O treinador comandou o Paraná Clube no

Campeonato Paranaense de 2014 e obteve bons re-

sultados com a Ferroviária de Araraquara, time com

que conquistou o título da Série A2 do Campeonato

Paulista. Bastante desconhecido no Brasil, Milton

começou sua carreira de técnico em Portugal, onde

trabalhou por sete anos, e passou outros cinco anos

no Catar. No Furacão, ele saberá pela primeira vez

como é disputar um Campeonato Brasileiro.

ESTABILIDADE É O CANAL?

A eliminação diante do Jacuipense na Copa do

Brasil custou caro para Luciano Gusso, demitido

do cargo de treinador do Paraná Clube depois de

quatro meses. O novo comandante tricolor (não

definido até o fechamento desta edição) tentará

ser o segundo técnico em nove anos a defender

o time durante todas as rodadas do Campeonato

Brasileiro. Em 2013, Dado Cavalcanti trabalhou do

início ao fim do torneio e levou a equipe à sua

melhor pontuação desde a queda do clube para

a segunda divisão,

em 2007, sinal de

que a já tradicio-

nal dança das

cadeiras na Vila Capanema não é sinônimo de

boas campanhas.

Caso consiga manter o cargo até dezembro

com um desempenho consistente, o novo técnico

pode ser a prova de que o Tricolor precisa para dar

mais tempo e estabilidade aos seus treinadores. É

tudo o que quer a torcida, cansada dos oito anos

consecutivos na segunda divisão (um recorde en-

tre times brasileiros) e das doloridas eliminações

nesse começo de 2015.

2014 É PASSADO

Em 2014, não faltaram motivos para o torce-

dor do Londrina sorrir. O título paranaense, depois

de 22 anos de fila, e a vaga conquistada na Série

C, graças à terceira posição na tabela da Série D,

foram as grandes conquistas do mais orgulhoso

time paranaense no ano passado. Em 2015, o de-

safio será maior. A complicada tabela da terceiro-

na, com jogos em turno e returno, promete impor

novas emoções ao Tubarão. O primeiro confronto

já está marcado e será contra a Portuguesa, dia

17 de maio, no Estádio do Café.

Page 20: Revista Só Futebol #06

20 • Revista Só Futebol •

BRASILEIRÃO

DADA A LARGADAConfira os cinco primeiros confrontos dos times paranaenses no Brasileirão de 2015.

CORITIBA

CHAPECOENSE – 09/05 (ARENA CONDÁ)

GRÊMIO – 16/05 (COUTO PEREIRA)

SPORT – 24/05 (ILHA DO RETIRO)

AVAÍ – 30/05 (COUTO PEREIRA)

FLUMINENSE – 04/06 (MARACANÃ)

ATLÉTICO

INTERNACIONAL – 10/05 (ARENA DA BAIXADA)

GOIÁS – 16/05 (SERRA DOURADA)

ATLÉTICO MINEIRO – 24/05 (ARENA DA BAIXADA)

JOINVILLE – 30/05 (ARENA JOINVILLE)

FIGUEIRENSE – 03/06 (ARENA DA BAIXADA)

LONDRINA

PORTUGUESA – 17/05 (ESTÁDIO DO CAFÉ)

GUARANI – 24/05 (BRINCO DE OURO DA PRINCESA)

JUVENTUDE – 31/05 (ESTÁDIO DO CAFÉ)

TOMBENSE – 07/06 (ESTÁDIO DO CAFÉ)

BRASIL DE PELOTAS - 28/6 (BOCA DO LOBO)

PARANÁ

CEARÁ – 08/05 (VILA CAPANEMA)

SANTA CRUZ – 15/05 (ESTÁDIO DO ARRUDA)

BOA ESPORTE – 23/05 (VILA CAPANEMA)

BAHIA – 29/05 (FONTE NOVA)

BOTAFOGO - 02/06 (VILA CAPANEMA)

POR: MAHANI SIQUEIRA

Page 21: Revista Só Futebol #06

21• Revista Só Futebol •

Page 22: Revista Só Futebol #06

22 • Revista Só Futebol •

Dono do pedaço

Estrela relâmpago, Rafhael Lucas enfim assume

papel de protagonista no Coritiba, deixa para trás o passado conturbado e

foca no desejo de ser ídolo coxa-branca

ENTREVISTA

Page 23: Revista Só Futebol #06

23• Revista Só Futebol •

ob o céu nublado e chu-

voso de Curitiba, o grama-

do do Couto Pereira está

encharcado. Habitantes

costumeiros do tapete da

casa coxa-branca, os que-

ro-queros não dividem es-

paço com mais ninguém e sobrevoam tranqui-

lamente a faixa lateral do campo, sem serem

incomodados. A poucos metros dali, sentado

nas cadeiras do Setor Pro-Tork, Rafhael Lucas

observa, invejoso, a movimentação das aves

pelo território que, em 2015, passou a chamar

de seu. Desta vez, o camisa 99 do Coritiba não

está no estádio para continuar sua saga gole-

adora com a camisa alviverde, e sim para con-

ceder uma entrevista exclusiva para a Revista

Só Futebol.

Em cada resposta, o jovem atleta de 23 anos

não consegue esconder o desejo de entrar em

campo sempre que possível, como os quero-

-queros. Finalmente incorporado ao elenco

principal, com direito a vaga cativa no time ti-

tular e – melhor ainda – liderança da artilharia

da equipe alviverde no ano, Rafhael Lucas tem

toda a razão em não querer qualquer distância

do gramado. Afinal de contas, foram três anos

de revezamento entre empréstimos para times

mais modestos, períodos nos elencos sub-20

e sub-23 do Coxa e até um tempo de recupe-

ração após uma grave lesão no joelho. Nada

mais indicado, portanto, do que aproveitar ao

máximo a boa fase e aplicar dentro de campo

o amadurecimento conquistado desde 2012.

“Eu passei por três clubes nesse período. O

primeiro foi o São Carlos, um time muito impor-

tante para mim, pois lá pude crescer como pes-

soa e, hoje, posso dar valor a tudo que o Coritiba

me oferece. O segundo clube foi o Arapongas,

pelo qual disputei a Série D e consegui marcar

três gols em cinco jogos, o que foi muito bom

profissionalmente. Depois, fui para o Atlético

Sorocaba, quando já tinha sofrido a lesão aqui

no Coritiba e ainda não estava 100%. Lá, nem

cheguei a jogar. Mas voltei para cá, continuei

treinando e me esforçando e agora estou feliz,

vivendo essa boa fase”, comemora Rafhael, ain-

da sem perder de vista o incidente que atrasou

sua carreira.

Era começo de 2013 e o atacante já fazia

parte do elenco principal do Coritiba. Na pri-

meira partida da temporada, no entanto, um

rompimento dos ligamentos do joelho obrigou

o jogador a passar um ano inteiro em recu-

peração, sem poder atuar. Dois anos depois,

o destino parece ter acertado as contas com

Rafhael Lucas, um dedicado – mas não muito

talentoso – zagueiro, que descobriu a verda-

deira vocação no futebol graças, justamente,

ao destino e ao desconforto que sentia ao

ocupar as posições mais defensivas do campo.

“Desde pequeno, eu sempre quis ser joga-

dor de futebol e acabei escolhendo a zaga,

mas não ia muito bem na defesa, não. Quando

cheguei no infantil do Coritiba, estava faltando

atacante e, como eu era o pior zagueiro, aca-

bei sendo escolhido para assumir. Já no pri-

meiro jogo que fizemos, marquei dois gols e,

desde então, nunca mais voltei para a defesa.

Ainda bem”, comenta o artilheiro.

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Se a decisão pela posição em campo veio quase que por acidente,

não se pode dizer o mesmo sobre a inspiração de Rafhael Lucas. Fã

incondicional de Ronaldo Fenômeno, o craque coxa-branca afirma,

desavergonhadamente, que costumava imitar os penteados do ex-

-jogador e revela se inspirar no estilo de jogo do artilheiro brasileiro

das Copas quando está em campo. Apesar de ter deixado para trás

a mania de copiar o cabelo de Ronaldo, ele já provou que tem con-

seguido imitar o ídolo no quesito faro de gol. Pouco antes da sessão

de fotos que ilustram essa matéria, aliás, ele esteve no cabeleireiro

para retocar o já tradicional topete.

O vaidoso craque da camisa 99 ainda garante não levar a vida

badalada do seu maior ídolo. Em um relacionamento sério há mais

ENTREVISTA

de seis anos, Rafhael Lucas ci-

tou a noiva Bruna em diversos

momentos da conversa – antes,

durante e depois da entrevista

– e revelou que o casamen-

to está marcado para o final

do ano, com todos os detalhes

acertados. Para completar, o

principal “hobby” do atacan-

te não poderia ser mais paca-

to: nos momentos de folga, ele

gosta mesmo é de dormir.

“Sempre que eu tenho um

tempinho de descanso, quan-

do não preciso treinar ou viajar

para os jogos, gosto de dormir.

Não tem coisa melhor. Fora isso,

o futebol ocupa a maior parte da

minha rotina. Assisto a todos os

jogos que posso e se reservo

um tempo para jogar videoga-

me, escolho jogos de futebol”,

conta o comportado – e sono-

lento – jogador alviverde.

Cochiladas, preparativos para

o casamento e jogos de video-

game à parte, Rafhael Lucas

está completamente focado no

seu futuro como jogador coxa-

-branca. Decidido a se tornar

ídolo no Alto da Glória, o ata-

cante vê o atual momento e

a boa relação com o técnico

Marquinhos Santos como ele-

mentos que podem fazer toda a

diferença em sua carreira, prin-

cipalmente depois de um 2014

turbulento.

“SEMPRE QUE EU TENHO UM TEMPINHO DE DESCANSO, QUANDO NÃO PRECISO TREINAR OU VIAJAR PARA OS JOGOS, GOSTO DE DORMIR. NÃO TEM COISA MELHOR.”

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25• Revista Só Futebol •

“Quando cheguei no infantil do Coritiba, estava faltando atacante e, como eu era o pior zagueiro, acabei sendo escolhido para assumir.”

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MINHA VEZ

2014: Cristiano (Maringá) – 10 gols

2013: Alex (Coritiba) – 15 gols

2012: Baiano (Operário) – 13 gols

2011: Bill e Davi (Coritiba) e Giancarlo (Cianorte) – 12 gols

2010: Bruno Mineiro (Atlético) e Ariel (Coritiba) – 11 gols

Com a artilharia em 2015, Rafhael Lucas mantém a tradição: nos últimos 10 anos, nenhum jogador conseguiu

repetir o feito dois anos seguidos. Em 2016, ele terá a chance de quebrar o feitiço.

Confira os artilheiros dos últimos 10 estaduais.

2009: Rafael Moura (Atlético) – 14 gols

2008: Keirrison (Coritiba) – 18 gols

2007: Alex Mineiro (Atlético) – 17 gols

2006: Leandro (Iraty) – 18 gols

2005: Tiago (Iraty) – 10 gols

Page 26: Revista Só Futebol #06

26 • Revista Só Futebol •

ENTREVISTA

“Ano passado, quando o Celso Roth estava aqui, eu fiquei

um pouco esquecido na equipe sub-23 e ninguém dava aten-

ção para a gente. Quando o Marquinhos voltou, eu fiquei com

uma esperança a mais e continuei trabalhando muito forte. Já

o conhecia das categorias de base e ele acabou me chaman-

do para subir para o elenco principal, junto com o Walisson.

Espero agarrar essa oportunidade, manter a boa fase e con-

tinuar dando muitas alegrias à torcida do Coritiba”, completa.

Bate-pronto

Data de nascimento:

21/03/1992

Cidade natal:

Curitiba

Ídolo:

Ronaldo (Fenômeno)

Melhor jogador de todos os tempos:

Ronaldo (Fenômeno)

Comida favorita:

Arroz e feijão

Lugar preferido:

Curitiba

Um gol inesquecível:

O primeiro contra o Nacional e o gol no

Atle-Tiba

Além do futebol, algum outro esporte do coração:

Gosto de assistir a jogos de tênis

Lugar favorito em Curitiba:

Couto Pereira

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Finalmente, depois de anos de dedica-

ção, centenas de recortes de jornal guar-

dados por sua mãe desde o início da car-

reira e diversos momentos complicados,

Rafhael Lucas não precisa mais sentir

inveja dos quero-queros. Agora, aquele

gramado também é dele. POR: MAHANI

SIQUEIRA

Agora também disponívelpara download!

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Page 27: Revista Só Futebol #06

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28 • Revista Só Futebol •

crocodilesAmerican

Três atletas do Paraná já experimentaram o futebol americano in loco, na terra natal do esporte,

os Estados Unidos

orça da natureza do futebol ameri-

cano praticado no Brasil, com cinco

títulos paraenses e dois brasileiros,

o Coritiba Crocodiles também já

exporta atletas para a terra natal

do esporte, os Estados Unidos. Ao

todo, três jogadores do time para-

naense têm experiências sólidas em terras america-

nas. O último a ir foi o defensive tackle Kawan Pivatto,

25, que embarcou em março para a Flórida.

Para ele, a abertura do mercado americano para

os paranaenses pode ser atribuída ao estilo brasilei-

ro de jogar. “Brasileiro é aquele que tem raça e não

desiste fácil. Brasileiro tem muito coração quando se

fala em esportes.”

Nos EUA, Pivatto defenderia o Florida Marine

Raiders, que disputa a X-League, a liga de futebol

americano indoor (em ginásios fechados). No en-

tanto, acabou voltando ao Brasil um mês depois,

após fechar um contrato vantajoso, interrompendo

temporariamente a carreira yankee. Por ora, ele pre-

fere não revelar mais detalhes sobre o acordo, sabe-

-se apenas que ele vai jogar pelo Juventude F.A., de

Caxias do Sul.

Os outros dois atletas do Crocodiles que joga-

ram nos Estados Unidos já estão de volta ao Brasil

há mais tempo. O cornerback Leonardo Tomadon, 18,

voltou no fim do ano passado, trazendo do hemis-

fério norte bons resultados e uma clavícula quebra-

da. “Diria que foi a única coisa ruim que trouxe de lá”,

diz. Nos EUA, Tomadon participou de todos os jogos

da temporada regular da liga estadual da Carolina do

Norte, nível high school, e se lesionou no último. Por

isso, ficou fora dos playoffs. Seu time, o Rabun Gap

Eagles, chegou à final.

O wide receiver Joe Roger, 25, pode ser conside-

rado uma espécie de pioneiro. Foi o primeiro dos três

a ir para os EUA e voltou há cerca de dois anos, depois

de passar oito meses em terras americanas. “Não foi

fácil, guardei dinheiro por um longo tempo, não sabia

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FUTEBOL AMERICANO

Page 29: Revista Só Futebol #06

29• Revista Só Futebol •

nem falar inglês básico”, conta. Para se aproximar do

padrão físico dos atletas americanos, Roger também

precisou adquirir 15 quilos de massa corporal. Na ava-

liação dele, foi uma “grande experiência”. “A diferença

é gritante. Lá, existe cuidado por parte do governo

para com os atletas, o incentivo ao esportista é algo

cultural”, avalia. “É uma experiência totalmente dife-

rente, não dá nem pra comparar com os jogadores de

futebol aqui do Brasil. Um jogador da NFL, por exem-

plo, está em um nível técnico muito superior se você

comparar com o futebol, o soccer, brasileiro.”

Apesar do pouco tempo nos Estados Unidos,

Pivatto também já notou essas diferenças. Lá, os trei-

nos são mais puxados e a estrutura é, de fato, melhor,

segundo ele. “A arena aqui é até climatizada”, diz.

O programa americano de treinos e jogos tam-

bém tende a formar jogadores mais completos.

Com 22 jogadores, a equipe de Leonardo Tomadon

tinha um plantel reduzido. Por isso, cada jogador

precisava saber atuar em mais de uma posição.

Além de cornerback, sua primeira posição, lá ele

também jogou como free safety, outside linebacker,

strong safety, running back, fullback, wide receiver,

tight end e até mesmo kicker. “Jogar no país do fu-

tebol americano é sensacional. Lá, todos são lou-

cos pelo esporte, seja do gênero ou da geração

que forem. Mesmo no high school, o envolvimento

da comunidade é grande. Todas as rodadas pos-

suem matérias em sites e jornais, com comentá-

rios e palpites de especialistas”, acrescenta.

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30 • Revista Só Futebol •

“LÁ, TODOS SÃO LOUCOS

PELO ESPORTE. MESMO NO HIGH SCHOOL, O ENVOLVIMENTO DA

COMUNIDADE É GRANDE.TODAS AS RODADAS

TÊM MATÉRIAS EM SITES E JORNAIS, COM

COMENTÁRIOS E PALPITES DE ESPECIALISTAS.”

PEQUENOS RÉPTEISOs três atletas do Croco com experiência

americana descobriram que queriam jogar fute-

bol americano cedo, e tiveram influência da TV.

Com Joe Roger, o catalisador foi uma propagan-

da da emissora de TV a cabo Sky, quando ele

ainda tinha sete anos e morava em Alta Floresta,

Mato Grosso. “Foi imediato. Minha mãe nem sa-

bia do que se tratava e eu só sabia que queria

jogar”, lembra.

Com Kawan Pivatto a história apenas troca de

emissora. Desde cedo, admirava os esportes de

contato e assistia aos jogos transmitidos pela

ESPN. “Aos 18 anos, me sentia vazio e tinha mui-

ta vontade de dar aquelas ‘porradas’ que via na

TV, chegava a sonhar com isso”. Quando começou

FUTEBOL AMERICANO

PADRÃO EXPORTAÇÃOA qualidade dos jogadores do Croco é destaque no Brasil e no exterior

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Leonardo Tomadon

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31• Revista Só Futebol •

“BRASILEIRO TEM MUITO CORAÇÃO QUANDO SE FALA EM ESPORTES".

Kawan Pivatto

a pesquisar sobre o esporte no

Brasil na internet, procurou os

organizadores do Crocodiles e

entrou na equipe com facilidade.

“Naquela época, não tinha essa

de testes, não era tão sério como

hoje. Mas já havia muito coração

naquele sonho e não é à toa que,

hoje, o Croco é o que é.”

No caso de Tomadon, o inte-

resse surgiu aos 14 anos. Além

da TV e do Madden NFL, jogo

de futebol americano para vi-

deogames, ele também tinha

um amigo que já fazia parte

do Crocodiles. Foi sua salva-

ção. “Se eu não jogasse futebol

americano, provavelmente não

praticaria outro esporte. Sou

muito ruim em todos os outros”,

brinca ele.

Agora, as perspectivas dos

três são diferentes. De volta,

Kawan Pivatto quer tentar uma

vaga na seleção brasileira. “Vou

mostrar que ali é meu lugar e

que vai demorar para me tirarem

dali”, diz.

Para Leonardo Tomadon e

Joe Roger, o foco é nos estudos

e no campeonato paranaense.

“Acho que a maior lição que eu

já aprendi com o esporte é que

toda ação realizada por mim,

por menor que seja, pode afe-

tar todos os meus companhei-

ros. Então, faço sempre o meu

melhor, para que seja o melhor

para quem está ao meu redor

também”, finaliza Tomadon.

POR: SANDOVAL MATHEUS

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Joe Roger

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INTERNACIONAL

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americanoSonho

Empresa brasileira leva jovens atletas para estudar e jogar futebol em universidades dos Estados Unidos, com

direito a bolsas que chegam a 50% do valor do curso

ucas Gabriel Honório ainda não se

decidiu. Engenharia de Petróleo,

Engenharia Oceanográfica ou

Business Management (similar

ao curso de Administração) são

as opções que o jovem conside-

ra para seus estudos na Judson

University, localizada na cidade de Elgin, no es-

tado norte-americano de Illinois. Ele viaja para os

Estados Unidos em agosto, quando começarão as

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Oaulas. Lá, Honório terá dois anos para decidir o fu-

turo, já que o modelo de ensino praticado no país

permite que os estudantes só escolham suas fu-

turas profissões após dois anos na universidade.

Enquanto reflete sobre as possíveis profissões

e se adapta à nova rotina, o jovem contará com

a inseparável companhia do futebol, esporte res-

ponsável por levá-lo até a distante cidade de Elgin.

Honório foi um dos escolhidos na primeira seletiva

paranaense da Next Level, empresa especializada

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em levar estudantes brasileiros

para estudar em universidades

nos Estados Unidos com bolsas

especiais destinadas a atletas

que podem chegar até 50% do

valor do curso e chegam a re-

presentar uma economia anual

de 12 mil dólares em relação ao

investimento total sem o auxílio.

A iniciativa, que já conta-

va com sedes em outras cida-

des, como Rio de Janeiro, Belo

Horizonte e Natal, agora tem re-

presentantes em Curitiba e pro-

mete fazer avaliações regulares

de atletas do Paraná. Acertando

os últimos detalhes antes de

partir para a nova casa, Honório

revela que recebeu acompanha-

mento da empresa desde o iní-

cio e que o processo teve várias

etapas antes da finalização e

da confirmação de matrícula na

Judson University.

“Após a minha aprovação,

iniciei uma preparação para os

estudos de inglês e treinamen-

tos físicos. Durante todo esse

tempo, a Next Level organizou

amistosos para nos colocar em

forma e também para gravar e

editar vídeos dos nossos me-

lhores momentos. É com base

nessas imagens que os técni-

cos das universidades ameri-

canas selecionam os atletas.

Também tive a oportunidade

de viajar com a empresa para

campeonatos e showcases, em que acabei me destacando. Depois

disso, a confirmação foi questão de tempo, já que tive um bom de-

sempenho nos estudos de inglês, o que é muito importante”, co-

menta o atleta.

Engana-se quem pensa, aliás, que basta talento com a bola nos pés

e uma boa condição física para passar pela seletiva e conseguir uma

aprovação junto às universidades norte-americanas. Segundo Pierre

Boulos, representante da Next Level em Curitiba e um dos responsá-

veis pelas primeiras etapas da seleção, o desempenho dentro de cam-

po é apenas um dos vários critérios analisados pelos profissionais para

incluir os jovens nos treinamentos que podem dar direito a uma bolsa.

“NOSSO TRABALHO É OFERECER UM ASSESSORAMENTO AOS ATLETAS QUE PRETENDEM ESTUDAR NOS ESTADOS UNIDOS. CUIDAMOS DE TODA A DOCUMENTAÇÃO E TAMBÉM DO RELACIONAMENTO INICIAL COM AS UNIVERSIDADES.”

Pierre Boulos, representante da Next Level em Curitiba

Pierre Boulos, Douglas Nardi e Arthur Klas, responsáveis pelo projeto

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34 • Revista Só Futebol •

INTERNACIONAL

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“SEMPRE TIVE O SONHO DE SER UM JOGADOR PROFISSIONAL E AGORA ELE ESTÁ MAIS VIVO DO QUE NUNCA, MAS PRIMEIRAMENTE IREI ME FOCAR NOS MEUS ESTUDOS E NO FUTEBOL UNIVERSITÁRIO.”

Lucas Gabriel Honório, atleta selecionado e com bolsa garantida

“Nosso trabalho é oferecer

um assessoramento aos atle-

tas que pretendem estudar nos

Estados Unidos. Cuidamos de

toda a documentação e tam-

bém do relacionamento inicial

com as universidades. Nas nos-

sas seletivas, levamos em conta

o nível de inglês dos estudan-

tes, que precisa ser muito alto,

seu desempenho nos estudos

e também suas características

físicas e técnicas. Depois de

selecionados, fazemos vários

treinos e jogos amistosos para

acompanhar os atletas e gravar

os vídeos que serão assistidos

pelos treinadores. São eles que

definem, a partir do orçamento

destinado pela universidade,

quais atletas têm condições

de ganhar as bolsas”, comenta

Boulos.

Geralmente, as bolsas ofe-

recidas pelas entidades norte-

-americanas rondam perto dos

50% do valor total do curso.

Ainda assim, o preço para estu-

dar nos Estados Unidos é alto

e pode facilmente ultrapassar

10 mil dólares por ano. Por isso,

as condições financeiras das

famílias também são um crité-

rio avaliado pela Next Level no

processo seletivo. Caso apro-

vado, o estudante tem várias

obrigações a cumprir na univer-

sidade e um vínculo obrigatório

com o time local. O desempenho

nos estudos é acompanhado de

perto e deve ser satisfatório

para que o auxílio seja mantido.

Muitos atletas que ganham o

direito a estudar em universida-

des norte-americanas realmente

pretendem seguir uma carreira no

curso escolhido, mas é inevitável

que muitos deles partam para os

Estados Unidos com o sonhado

objetivo de se profissionalizar no

futebol. É o caso de Honório. Ele

promete estar totalmente focado

nos estudos, mas não esconde o

desejo de se tornar jogador caso

se saia bem nos torneios univer-

sitários. A hipótese, de acordo

com Boulos, é bastante real.

“Na Next Level, nós trabalha-

mos apenas com futebol uni-

versitário e levamos os melho-

res atletas que podemos. Se o

menino estiver entre os maiores

destaques da Liga Universitária,

Page 35: Revista Só Futebol #06

35• Revista Só Futebol •

pode ser selecionado para o draft da Major League

Soccer (liga principal de futebol dos Estados

Unidos e do Canadá) e acabar assinando contrato

com um time profissional”, afirma Pierre.

Daqui a quatro anos, Honório poderá resolver se-

guir carreira como engenheiro ou administrador. Um

bom desempenho nos cada vez mais profissionais

gramados norte-americanos pode colocá-lo em

times que hoje contam com craques como Kaká,

David Villa e Frank Lampard, principais estrelas do

campeonato disputado no país. Se depender da

Next Level e de outras iniciativas parecidas, o idioma

português não vai parar de se popularizar no futebol

estadunidense. MAHANI SIQUEIRA

PORTAS ABERTAS

• Você precisa ter nascido entre 1° de agosto de 1993 e 31 de julho de 2001.

• Preencha o formulário de inscrição no site oficial do projeto: www.esportenoseua.com

• O valor da inscrição é de R$ 200.

• Esteja preparado fisicamente e tenha noção de que um alto nível de inglês é fundamental.

Quer tentar sua vaga para estudar e jogar futebol nos EUA? Eis os

primeiros passos necessários.

SELEÇÃO CRITERIOSA PASSO A PASSO

• A família precisa comprovar ter condições fi-

nanceiras de arcar com os estudos e com a vida

do estudante pelo período do curso.

• O atleta precisa conseguir uma nota de pelo

menos 61 no TOEFL, um dos principais exames

de inglês do mundo. Algumas universidades

chegam a pedir um índice próximo a 90.

• O estudante deve fazer o SAT, espécie de Enem

aplicado nos Estados Unidos e obrigatório para

quem quer entrar em universidades.

• É fundamental ter um perfil de atleta, ser res-

ponsável e comprometido com os estudos.

• As notas na escola devem ser boas e o jovem

precisa comprovar que é esforçado em suas

atividades.

• Por fim, claro, é preciso ter nível técnico e pre-

paro físico acima da média.

• Os atletas inscritos passam por uma peneira na

cidade em que se inscreveram e assistem a pa-

lestras sobre o projeto.

• As famílias dos atletas selecionados passam por

uma entrevista para dar detalhes sobre as ambi-

ções e os objetivos dos filhos.

• Todos os jovens passam por avaliações mensais

e têm seus lances gravados.

• Enquanto isso, a Next Level auxilia os estudan-

tes com a documentação necessária e, quando

necessário, com os estudos de inglês.

• Depois de completos os treinamentos e as gra-

vações dos vídeos, a Next Level envia vídeos

dos atletas que cumpriram todos os critérios

para os treinadores de diversas universidades

norte-americanas.

• Com base no orçamento anual da universidade,

os técnicos escolhem os atletas para seus times.

É preciso passar por várias avaliações para

conseguir uma bolsa. Confira:

Mas como funciona todo o processo de seleção?

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FUTEBOL EM IMAGENS

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OCampeonato

paranaenseO Trio de Ferro em partidas que testaram o

coração dos torcedores

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44 • Revista Só Futebol •

SAÚDE

esões e traumas são uma gran-

de preocupação para atletas

profissionais. Dúvidas como a

necessidade de cirurgia, afas-

tamento dos campos, tempo

de recuperação e se haverá

uma recuperação integral da lesão pairam na L

cabeça do jogador e também do clube. Após um

machucado, ninguém sabe exatamente o que

acontecerá com o atleta.

Além de iniciar um tratamento físico que pode

envolver cirurgia e fisioterapia, é preciso focar no

psicológico do jogador, principalmente se esse

atleta for afastado dos jogos. “Quando um jogador

seus medosLesões e

Machucados inevitáveis em campo podem afetar

o psicológico dos jogadores ©

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“O MAIS DIFÍCIL FOI RECUPERAR A CONFIANÇA

NOS MOVIMENTOS NATURAIS COM A PERNA.

ACREDITO QUE A LESÃO PSICOLÓGICA É A MAIS

DEMORADA PARA CURAR.”

Sebastian Martinez

é afastado da sua atividade profissional devido a

lesões ou cirurgias, é comum que ele se questio-

ne sobre a continuidade ou não da sua carreira,

se conseguirá ter o mesmo desempenho físico e

técnico no seu retorno e, em caso de ser titular,

se ocupará o mesmo espaço na equipe quando se

recuperar. Todas essas dúvidas, aliadas à mudan-

ça brusca de rotina, podem provocar alterações

emocionais significativas se não forem equa-

cionadas adequadamente”, explica o professor

Gilberto Gaertner, coordenador do Laboratório de

Psicologia do Esporte da Universidade Positivo.

Sebastian Martinez foi jogador profissional por

14 anos, jogou duas vezes pela seleção da Áustria

e competiu na Champions League pelo SK Rapid

na temporada 2005/06. No decorrer de sua car-

reira, teve seis lesões – duas consideradas gra-

ves. “Sofri uma lesão séria no joelho esquerdo e

fiquei cinco meses sem jogar partidas oficias pelo

SV Ried, da Áustria. O mais difícil foi recuperar a

confiança nos movimentos naturais com a perna.

Acredito que a lesão psicológica é a mais demora-

da para curar”, afirma.

Martinez destaca que o trauma trouxe uma

sensação de insegurança durante seu tempo de

afastamento dos campos. “Fiquei com medo que

voltasse a acontecer alguma coisa. Quando voltei

a jogar, senti que perdi um pouco da motricidade

fina na perna esquerda, por exemplo, o que me le-

vou a não conseguir mais a jogar no nível em que

eu estava antes da lesão”, desabafa.

45• Revista Só Futebol •

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Page 46: Revista Só Futebol #06

46 • Revista Só Futebol •

COMO MANTER A CABEÇA NO LUGAR

O atleta deve estar preparado psicologicamente

para um eventual trauma que o afaste dos cam-

pos. Não é possível prever uma lesão, mas é pos-

sível evitar que ela tenha um impacto grande no

psicológico do jogador. “Uma questão de ordem

geral que pode ser estimulada é que o jogador de-

senvolva atividades extracampo, o que evita que

seu foco existencial seja exclusivamente o futebol.

Desenvolver resistência psicológica e resiliência é

fundamental para o atleta superar não apenas epi-

sódios de afastamento por lesão, como também as

outras inúmeras dificuldades que terá que enfrentar

na carreira curta, intensa e desafiadora que é a de

jogador de futebol”, confirma Gaertner.

Existem alguns sinais que indicam danos psico-

lógicos em jogadores afastados de suas funções.

Tristeza, irritabilidade, desânimo e insegurança são

alguns deles. É necessário que o clube esteja en-

volvido no processo de recuperação do atleta. “O

trabalho de psicologia do esporte pode contribuir

com o suporte psicoemocional, ofertando inúmeras

técnicas que podem reduzir o tempo de recupera-

ção, como treinamento mental, visualização, ati-

vação voluntária do sistema imunológico, controle

dos pensamentos, meditação, etc. Outro aspecto

que faz muita diferença é o suporte social e afeti-

vo contínuo da equipe e da comissão técnica, pois

é através dele que o jogador continua se sentindo

parte importante do grupo, o que facilita a transpo-

sição do período de recuperação”, explica Gaertner.

O maior medo de um jogador com lesão é o re-

torno. Este, porém, pode ser compensador. “Voltar

a jogar foi difícil, mas também reconfortante.

Minha recuperação levou cinco meses e, quando

ficou tudo certo, foi uma felicidade. Senti que to-

das as horas de fisioterapia e o esforço valeram

muito”, conta Martinez, que sentia muito medo de

não voltar a jogar.

Uma preparação constante no psicológico dos

jogadores pode evitar consideravelmente danos

maiores em caso de lesões, que, na maioria das

vezes, são inevitáveis. “A preparação psicológi-

ca bem conduzida auxilia sobremaneira nesse

processo, pois predispõe o atleta a responder

melhor ao período de afastamento, a trabalhar

com as inseguranças e o orienta a se envolver

consciente e ativamente no seu processo de

recuperação”, finaliza Gaertner. POR: PRICIANE

CROCETTI

SAÚDE

AUXÍLIO PROFISSIONAL Professor Gilberto Gaertner é coordenador do Laboratório de Psicologia do Esporte da Universidade Positivo

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Page 47: Revista Só Futebol #06
Page 48: Revista Só Futebol #06

48 • Revista Só Futebol •

chinêsDesafio

Depois de ganhar tudo no futebol brasileiro, preparador físico paranaense Carlinhos Neves fala sobre novo projeto no país

asiático e relembra conquistas

município de Jinan, na China,

abriga uma população de

mais de 2 milhões de pesso-

as e é a capital da província

de Shandong. É na cidade do

sudeste chinês que o time

do Shandong Luneng manda

seus jogos. Atual campeã da Copa da China e da

Supercopa, a equipe viveu uma verdadeira in-

vasão de brasileiros nos últimos anos. Além de

Vagner Love, Aloísio, Diego Tardelli e do ex-Co-

ritiba Junior Urso, o elenco conta com o técnico

Cuca no comando. Atraído pelo sério projeto de

desenvolvimento do futebol praticado no país,

o preparador físico Carlinhos Neves chegou ao

clube em janeiro de 2015 é mais um a fortalecer

o esquadrão brasileiro no time do Shandong.

Depois de trabalhar em diversos clubes bra-

sileiros e ganhar todos os títulos possíveis em

mais de 30 anos de carreira, o paranaense

Carlinhos Neves assumiu um novo desafio ao

se unir a Cuca – com quem havia trabalhado no

Atlético Mineiro – para fazer parte da revolu-

ção pela qual o futebol chinês está passando.

O profissionalismo praticado no país oriental e

a seriedade com que o esporte tem sido visto

foram os grandes motivos que fizeram o prepa-

rador físico mudar o rumo da carreira.

“A China está com um projeto muito sério

para o futebol local. Os clubes têm investido

em contratações de comissões técnicas e jo-

gadores do mundo todo. Houve também a in-

clusão obrigatória do esporte nos colégios,

para as crianças, e o desenvolvimento da práti-

ca em novos campos que serão criados no país.

Particularmente, o intercâmbio com comissões

técnicas, viagens e observações de outros mé-

todos são o que me impulsiona, além de tentar

contribuir para a evolução do futebol como um

todo aqui na China”, revela.

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PAPO CABEÇA

Page 49: Revista Só Futebol #06

49• Revista Só Futebol •

“A CHINA ESTÁ COM UM PROJETO MUITO SÉRIO

PARA O FUTEBOL LOCAL. OS CLUBES TÊM

INVESTIDO EM CONTRATAÇÕES DE COMISSÕES

TÉCNICAS E JOGADORES DO MUNDO TODO.”

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Page 50: Revista Só Futebol #06

50 • Revista Só Futebol •

Nascido em Curitiba, o pre-

parador físico tem uma profun-

da ligação com os clubes para-

naenses. No Coritiba, Carlinhos

iniciou a carreira no futebol com

um estágio quando ainda estava

nos primeiros anos da faculda-

de de Educação Física. A pro-

moção para a equipe principal

não demorou, mas mudanças

no departamento de futebol, no

entanto, o fizeram aceitar o con-

vite para trabalhar no Atlético,

onde conquistou seu primeiro

título profissional: o Campeonato

Paranaense de 1982.

O preparador físico ainda pas-

sou pelo Grêmio de Maringá e foi

um dos primeiros profissionais

contratados pelo então recém-

-fundado Paraná Clube, onde

PAPO CABEÇA

“PLANEJAR OS

TREINAMENTOS

FICOU MUITO MAIS

SEGURO E PRECISO,

MELHORANDO

O DESEMPENHO

DE FORMA MUITO

MAIS ESPECÍFICA,

AUMENTANDO A

VIDA ÚTIL DOS

ATLETAS“.

ajudou a formar a comissão téc-

nica, e teve mais uma passagem

por cada clube da capital. A úl-

tima foi em 2011, quando traba-

lhou no Atlético ao mesmo tempo

em que auxiliava Mano Menezes

na comissão técnica da Seleção

Brasileira. Apesar de ficar pou-

co tempo com a equipe verde e

amarela, Carlinhos garante que o

desafio valeu a pena.

“A experiência na Seleção foi

muito boa. Fizemos o que foi

combinado, que era renovar a

o time depois da Copa de 2010.

Durou o tempo que nos deram,

deu para compreender a com-

plexidade de estar em uma sele-

ção com todo seu glamour e to-

dos aqueles problemas”, resume

o profissional, orgulhoso dono de

uma medalha de prata dos Jogos

Olímpicos de Londres, em 2012.

As principais glórias, no entan-

to, vieram mesmo em grandes

clubes.

Por Palmeiras, São Paulo e

Atlético Mineiro, Carlinhos con-

quistou seus títulos mais im-

portantes. Na equipe alviverde,

conquistou os Brasileiros de

1993 e 1994. No tricolor paulis-

ta, o preparador físico integrou

a comissão técnica que ven-

ceu a Libertadores e o Mundial

Interclubes de 2005 e ajudou

Muricy Ramalho a levar o clu-

be ao tricampeonato Brasileiro

entre 2006 e 2008. Pelo Galo,

foi campeão da Libertadores

de 2013 e da Copa do Brasil de

2014. Títulos e troféus à parte,

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Page 51: Revista Só Futebol #06

51• Revista Só Futebol •

Carlinhos Neves também não esconde a satisfação

de ter participado da revolução que a fisiologia do es-

porte sofreu durante o período que compreende sua

carreira.

“Como todas as ciências, a preparação física evo-

luiu com ajuda da internet e a globalização das in-

formações. Hoje, sabemos em tempo real qual a dis-

tância percorrida, a forma como ela foi percorrida, a

intensidade, o número de piques, a distância destes

piques, em que momento do jogo, em que espaço do

campo, e vários outros dados, como a frequência car-

díaca atingida e outros aspectos importantes, tanto

em treinos como em jogos. Planejar os treinamentos

ficou muito mais seguro e preciso, melhorando o de-

sempenho de forma muito mais específica, aumen-

tando a vida útil dos atletas.

O contrato com o Shandong Luneng vai até 2016 e

Carlinhos garante que, até lá, pretende se manter no

fuso horário asiático. Depois de encerrar a incursão

pelo projeto chinês, o preparador físico promete anali-

sar ofertas e, quem sabe, voltar para perto da família e

para o país onde conquistou tantos

títulos e onde firmou a base da vi-

toriosa carreira. Toda a trajetória e a

experiência adquirida ao longo dos

mais de 30 anos no futebol são vis-

tas, aliás, como conquistas tão rele-

vantes quanto os troféus.

“Tão importante quanto os tí-

tulos foi aprender e conviver

com profissionais tão experien-

tes e competentes, que se tor-

naram grandes amigos até hoje.

Infelizmente, alguns já nos deixa-

ram. Orgulho-me muito do apren-

dizado adquirido durante a car-

reira”, finaliza Carlinhos. POR:

MAHANI SIQUEIRA

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Page 52: Revista Só Futebol #06

52 • Revista Só Futebol •

JOGADOR

pelo mundoPés-vermelhos

Do Japão ao México, passando por Sérvia e Chipre, jogadores paranaenses rodam por clubes menos

conhecidos de todo o mundo

TIGRES (MÉXICO)

ESTORIL-PRAIA (PORTUGAL)

MARÍTIMO (PORTUGAL)

SPORT BOYS (BOLÍVIA) GRENOBLE (FRANÇA)

INDY ELEVEN (USA)

Nome: Kléberson

Natural: Uraí

Posição: Volante

Nome: Juninho

Natural: Wenceslau Braz

Posição: Zagueiro

Nome: Vagner da Silva

Natural: Araruna

Posição: Goleiro

Nome: Fransérgio

Natural: Rondonópolis

Posição: Volante

Nome: Eduardo Salles

Natural: Curitiba

Posição: Zagueiro

Nome: Ilan

Natural: Curitiba

Posição: Atacante

Page 53: Revista Só Futebol #06

53• Revista Só Futebol •

s mais famosos paranaen-

ses a atuarem no futebol fora

do país são, sem dúvida, o

meio-campo Fernandinho,

do Manchester City, e o la-

teral Rafinha, do Bayern de

Munique, duas potências

do futebol europeu que têm presença certa nas

transmissões da TV a cabo. Mas há outros “pés-

-vermelhos” atuando no futebol do exterior,

em clubes bem menos badalados. O veterano

pentacampeão mundial e ex-atleticano Kléberson,

por exemplo, hoje joga pelo Indyan Eleven, dos

Estados Unidos.

Contudo, o caso mais notável de boleiro pa-

ranaense em terras estrangeiras é o do meia

Leandro Almeida, que fez quase toda a sua car-

reira no exterior. Natural de Cornélio Procópio,

ele hoje joga pelo Omonia Nicósia, de Chipre,

uma pequena ilha do Mar Mediterrâneo, ao sul da

Turquia, cuja população, de pouco mais de 1,1 mi-

lhão de habitantes, é menor do que a de Curitiba.

OSUWON SAMSUNG BLUEWINGS (COREIA DO SUL)

CEREZO OSAKA (JAPÃO)

AL-JAISH (CATAR)

CUKARICKI (SÉRVIA) GAZIANTEPSPOR (TURQUIA)

OMONIA NICÓSIA (CHIPRE)

SHUKURA KOBULETI (GEÓRGIA)

Nome: Kaio

Natural: Curitiba

Posição: Meia

Nome: Pablo

Natural: Londrina

Posição: Atacante

Nome: Lucas Mendes

Natural: Curitiba

Posição: Zagueiro

Nome: Lucas Piasentin

Natural: Londrina

Posição: Zagueiro

Nome: Chico

Natural: Pato Branco

Posição: Volante

Nome: Leandro Almeida

Natural: Cornélio Procópio

Posição: Meia

Nome: Luizinho

Natural: Curitiba

Posição: Meia

Page 54: Revista Só Futebol #06

54 • Revista Só Futebol •

JOGADOR

Leandro começou a carreira

no Uraiense, da cidade Uraí. Dali,

foi para o Corinthians, voltou

ao Uraiense e, depois, foi para

o Londrina. Após uma partida,

vista por empresários, recebeu

o convite para jogar no MKT, da

Hungria. A partir daí, fez carrei-

ra lá: primeiro no MKT; depois,

em Buki, Szombathelyi Haladás,

Ferencváros e Debreceni.

Naturalizou-se húngaro e che-

gou a atuar pela seleção do

país. Interrompeu a jornada

na Europa Central apenas em

2005, quando voltou ao Brasil

e jogou a Taça Libertadores e

o Campeonato Brasileiro pelo

Atlético-PR. Em 2010, fechou

contrato com o atual clube.

Outro paranaense com só-

lida carreira internacional é o

O CASO MAIS NOTÁVEL É O DO MEIA LEANDRO ALMEIDA, QUE FEZ QUASE TODA A SUA CARREIRA NO EXTERIOR, NATURALIZOU-SE E CHEGOU A ATUAR PELA SELEÇÃO DA HUNGRIA.

zagueiro londrinense Lucas

Piasentin, atualmente no

Cukaricki, da Sérvia. “A Sérvia

é bem diferente do Brasil. Eu

estou indo para o meu segundo

ano aqui, mas já me sinto bem

adaptado, tanto eu como minha

esposa e minha filha. O idioma

é bem difícil, mas com o passar

dos dias, sempre aprendemos

algumas palavras novas. Eu

consigo entender quase tudo,

mas ainda não consigo falar

muito”, conta.

O Cukaricki não é uma po-

tência europeia daquelas que

estamos acostumados a ver,

montando times com jogado-

res de diversos pontos do glo-

bo. Além de Piasentin, há ape-

nas outros dois estrangeiros

no elenco, ambos africanos, de

Gana e da Nigéria.

O time voltou à elite do futebol

sérvio na temporada 2013/2014.

Ficou em quinto lugar no campe-

onato nacional, com uma campa-

nha surpreendente. Coincidência

ou não, foi o momento em que

Piasentin também chegou ao

time, vindo do União da Madeira,

de Portugal. Depois que o Estrela

Vermelha, uma das duas maiores

potências do futebol sérvio, foi

desclassificado pela FIFA, o time

acabou conquistando uma vaga

para a Liga Europa de 2014/2015.

“No começo da temporada, a

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Page 55: Revista Só Futebol #06

55• Revista Só Futebol •

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imprensa dava como certa a nossa queda para a segunda divisão. Não

acreditavam no time”, diz Piasentin. “O Cukaricki, hoje, na Sérvia, é um

modelo a ser seguido. Temos uma boa infraestrutura, bons novos jo-

gadores, alguns das seleções sub-21 e sub-23 do país, um presidente

que acompanha de perto o crescimento do clube e pessoas capacitadas

trabalhando.” Atualmente, o clube tem a defesa menos vazada do cam-

peonato nacional.

Da leva mais recente, o atacante Pablo, natural de Londrina, chegou

este ano ao Cerezo Osaka, do Japão, onde atuará ao lado do uruguaio

Diego Forlán, do brasileiro naturalizado alemão Cacau e sob o comando

do técnico também brasileiro

Paulo Autuori. “Já me sinto muito

bem adaptado. Com o estilo de

jogo, com a comida, com tudo”,

enfatiza. “Temos dois intérpre-

tes dentro do clube que dão todo

o apoio necessário e mais dois

membros da diretoria que são ja-

poneses, mas falam muito bem o

português. Os jogadores japone-

ses sempre tentam falar algumas

palavras em português pra ajudar

e eu também me esforço”, explica.

O Cerezo Osaka é um dos

maiores times do Japão, mas

hoje está na segunda divisão do

campeonato nacional. Situação

que o paranaense espera con-

tribuir para reverter. E ele já

marcou gol com a nova camisa.

“Como o técnico é brasileiro, ele

coloca em prática a filosofia e o

modo de trabalho dele. Claro que

o estilo das outras equipes não é

como o nosso, é mais correria. A

da nossa equipe é de jogar com

tranquilidade, com a posse de

bola e sempre pra frente.”

Fora da Europa e da Ásia,

o futebol paranaense tam-

bém tem jogadores em times

da América Latina: o zagueiro

Juninho, de Wenceslau Braz,

joga no Tigres, do México, e o

atacante Eduardo Salles, de

Curitiba, chegou este ano ao

Sport Boys, da Bolívia. POR:

SANDOVAL MATHEUS

COM CARREIRA SÓLIDA No Cukaricki, da Sérvia, o zagueiro Lucas Piasentin compõe, hoje, a defesa menos vazada do campeonato sérvio

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Page 56: Revista Só Futebol #06

PERFIL

56 • Revista Só Futebol •

concórdiaPomo da

A história de Riuler, o garoto de 17 anos que aproximou Atlético e Coritiba

Seleção Brasileira conquis-

tou, em março, o Campeonato

Sul-Americano Sub-17 de

2015, e o futebol parana-

ense contou com quatro

atletas: o Coritiba foi repre-

sentado pelo goleiro Bruno, enquanto o Atlético

Paranaense teve convocados o goleiro Juliano e o

zagueiro Zé Marcos. A maior curiosidade, no en-

tanto, ficou reservada ao quarto nome, o volante

Riuler de Oliveira Faustino.

Natural de Bastos, cidade de 20 mil habitan-

tes do interior de São Paulo, o jogador tem uma

característica única: defende o Atlético, mas uma

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Page 57: Revista Só Futebol #06

57• Revista Só Futebol •

parcela de seus direitos econô-

micos pertence ao arquirrival

Coritiba. Como isso veio a acon-

tecer? A história é complexa e

se arrasta desde 2012, quan-

do o volante chegou à capital

paranaense.

Sem ser bem aproveitado no

São Paulo, Riuler acertou com o

Trieste, atuando na equipe sub-

14 do clube amador do bairro

de Santa Felicidade. Não tardou

para que o Coritiba demonstras-

se interesse e firmasse com ele

um contrato de formação, vi-

gente por dois anos. O bom de-

sempenho fez com que, ainda

em 2012, o meio-campista fos-

se convocado pela primeira vez

para a Seleção Brasileira Sub-15.

O impasse veio em 2014,

quando o Coritiba demorou

para entrar em contato com os

representantes de Riuler para

negociar o primeiro contrato

profissional. A primeira propos-

ta foi abaixo do esperado, es-

pecialmente considerando que

o volante, além de defender a

Seleção Sub-17, era o capitão

da equipe nacional. Na ocasião,

o Cruzeiro e o próprio São Paulo

sinalizaram interesse no atleta.

Foi aí que o Atlético entrou na

jogada, oferecendo valores mais

condizentes com o que a família

do volante esperava. Ainda as-

sim, não foi uma decisão fácil,

pois o Furacão já havia passa-

do por uma situação incômoda

em 2012, quando acertou com

o atacante Mosquito, que havia

deixado o Vasco por atrasos no

auxílio financeiro.

Na ocasião, o Atlético foi

acusado de violar um pacto en-

tre os principais clubes do país,

sendo excluído de algumas

competições de categorias de

base em 2013. Após a resolução

do impasse, Mosquito defen-

deu a equipe no Campeonato

Brasileiro e na Libertadores de

2014. No fim, não renovou con-

trato e acabou retornando ao

Vasco em 2015.

O Furacão não queria o

mesmo cenário para Riuler e,

por isso, evitou fazer o regis-

tro do jogador na Federação

Paranaense, para que a trans-

ferência não fosse configurada.

“O FUTEBOL PARANAENSE SÓ TEM A GANHAR COM A APROXIMAÇÃO DE ATLÉTICO E CORITIBA.”

Rafael Stival

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Page 58: Revista Só Futebol #06

PERFIL

58 • Revista Só Futebol •

A relação ruim entre as diretorias de

Atlético e Coritiba, naquele momento,

também contribuiu para isso. A polê-

mica chegou a prejudicar Riuler, que

foi “desconvocado” da equipe que

representaria o Brasil na Copa das

Nações, que aconteceu em agosto

de 2014, mesmo sendo o capitão. O

impasse persistiu, mas Riuler seguiu

treinando, mesmo sem poder atuar em

partidas oficiais.

Tudo mudou com a eleição da nova

direção alviverde, liderada por Rogério

Bacellar, em dezembro. Todas as par-

tes se reuniram: Atlético, Coritiba e o

empresário Rafael Stival, que admi-

nistra a carreira de Riuler. “Sentamos

todos juntos à mesa para decidir a

melhor solução e não deixar o atleta

ser prejudicado. No fim, houve o en-

tendimento”, explicou Stival.

No acerto, o Coritiba recebeu uma

compensação financeira e a situação

incomum da divisão dos direitos eco-

nômicos foi definida. “Cada clube ficou

com uma parcela dos direitos, no me-

lhor desfecho. O futebol paranaense

só tem a ganhar com a aproximação

de Atlético e Coritiba”, complementou

o agente de Riuler.

Outros indicadores da união en-

tre os maiores rivais do Paraná foram

acordos comerciais, como o acerto

com uma operadora de telefonia celu-

lar, anunciado em cerimônia conjunta,

além de uma campanha relaciona-

da à paz no Atletiba disputado pelo

“ELE É FORA DE SÉRIE. UM JOGADOR COMO ELE NÃO PODE FICAR SEM ATUAR, OS CLUBES TOMARAM A MELHOR DECISÃO COM ESSE ACERTO.”

Rafael Stival

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Page 59: Revista Só Futebol #06

59• Revista Só Futebol •

“SENTAMOS TODOS JUNTOS À MESA PARA DECIDIR A MELHOR SOLUÇÃO E NÃO DEIXAR O ATLETA SER PREJUDICADO. NO FIM, HOUVE O ENTENDIMENTO.”

Rafael Stival

Campeonato Paranaense, com direito a entre-

vistas coletivas com atletas e ídolos dos dois

clubes.

Para Stival, o fato de Riuler ser um jogador

de Seleção Brasileira e considerado diferencia-

do contribuiu para que os rivais chegassem a

um denominador comum. “Ele é fora de série.

Um jogador como ele não pode ficar sem atuar,

os clubes tomaram a melhor decisão com esse

acerto”, disse o empresário. Resolvido o impas-

se, o volante teve confirmada sua convocação

para o Sul-Americano Sub-17 de 2015. Na com-

petição, foi o capitão em quatro oportunidades.

A confirmação oficial veio no dia 29 de janei-

ro de 2015, quando o Boletim Informativo Diário

(BID) da CBF publicou o novo contrato de Riuler,

válido até 28 de dezembro de 2019. POR:

BRUNO ROLIM

CORAÇÃO DIVIDIDORiuler é pivô de uma conciliação entre os dois maiores times do estado. CAP e Coritiba dividem seus direitos econômicos

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Page 60: Revista Só Futebol #06

60 • Revista Só Futebol •

IMPRENSA

ano era 1996. O Atlético, da

dupla Oséias e Paulo Rink,

não cansava de balançar as

redes dos adversários no an-

tigo Joaquim Américo. Apesar

de acanhado, o estádio ti-

nha público fiel e apaixo-

nado. Entre eles, os amigos Juarez Vilella Filho e

Cleverson Freitas, torcedores fanáticos e entu-

siasmados com tudo o que estava acontecendo

com o clube. “O time estava muito bem naquele

Brasileiro, a Baixada vivia lotada e o clube passava

por várias transformações. Tudo isso precisava ser

contado e mostrado. Nada melhor do que a inter-

net para fazer isso”, relembra Juarez.

A rede mundial de computadores ainda engati-

nhava e a conexão era discada. Tudo era novida-

de. “Pesquisamos muito e achamos legal o site da

torcida do Atlético-MG, feito em Java, que obriga-

va a clicar em ‘A torcida do Galo é a maior e mais

temida’. Se não fizesse isso, o navegador fecha-

va. Era uma ótima ideia de como um torcedor deve

OPaixão on-lineMuito além das arquibancadas, torcedores têm voz e vez em

sites dedicados aos times do coração

Page 61: Revista Só Futebol #06

61• Revista Só Futebol • 61• Revista Só Futebol •

“SITE GENUINAMENTE RUBRO-NEGRO, FEITO COM AMOR E DEDICAÇÃO PELO ATLÉTICO, POR ATLETICANOS E PARA OS ATLETICANOS.”

Juarez Vilella, Furacão.com

se comunicar com outros torcedores.”

Outra fonte de inspiração para Juarez

foi o site do argentino Independiente.

“Tinha um misto de jornalismo espor-

tivo e fotos e vídeos de torcedores

loucos pelo time. Ficamos horas na-

vegando e o nosso conceito de pági-

na do torcedor nasceu naquele dia.

Queríamos que o Atlético tivesse algo

tão apaixonante como aquilo.”

Assim nasceu o Furacão.com, site

colaborativo onde o torcedor tem vez

e voz para expressar o seu amor pelo

clube. Com o passar dos anos, a pági-

na cresceu e se transformou em refe-

rência sobre os assuntos do Atlético,

mas sem deixar de ser democrática.

“Cada vez mais, o torcedor internauta

quer ter o seu espaço. Ele gosta de ver

sua opinião publicada, comentada e

compartilhada. Desde que não ofenda

ninguém, tudo é publicado”, comenta

Juarez.

Porém, existe uma regrinha básica

que todos os 30 colunistas do site pre-

cisam seguir. “Somos independentes,

tanto que quando um colunista passa a

ser da diretoria do clube, ele se afasta

do site”, acrescenta.

O que sustenta mais de 15 anos de

dedicação, tanto on-line como nas ar-

quibancadas, é a paixão pelo time. “A

gente respira o Atlético e quer saber

sobre ele 24 horas por dia. Esse amor

e envolvimento reflete no site, que é

genuinamente rubro-negro, feito por

atleticanos e para atleticanos, com

amor e dedicação ao Atlético.”

INTERNAUTAS COXAS-BRANCASFoi também em 1996 que o coxa-branca Marcelo

Carneiro iniciou um projeto que uniu a paixão pelo clube

à internet. “Naquela época, o Coritiba não tinha página na

web, e eu, adolescente, me uni com outros torcedores para

criar o Coxanautas.”

As dificuldades técnicas também apareceram, mas o suces-

so foi grande. Em apenas um ano, eram mais de 50 colabora-

dores, o que obrigou uma reformulação no site para atender

melhor aos torcedores.

Hoje, o site é reconhecido como um dos principais espa-

ços dos torcedores do Coritiba. São 12 colunistas e mais três

Page 62: Revista Só Futebol #06

62 • Revista Só Futebol •

IMPRENSA

“JÁ TIVE QUE AJUDAR A PAGAR, MAS AGORA O SITE SE SUSTENTA E PAGA SEUS CUSTOS DE SERVIDORES.”

Marcelo Carneiro, Coxanautas

PARANÁ CLUBE ON-LINEO Paranautas.com nasceu um pouco depois do próprio clube. A ideia

era simples: ter um fórum de discussões entre torcedores. “Um gru-

po de amigos se juntou para fazer parte do canal #ParanáClube no

mIRC (programa de chat on-line) para debater sobre o clube”, conta

Alan de Souza Albino, atual presidente do site. Em 1998, ele ganhou a

“roupagem” atual e virou um portal de notícias. Administrado de forma

voluntária, os torcedores dividem as atribuições para mantê-lo. Entre

algumas tarefas estão cuidar do servidor, escrever matérias e moderar

debates.

Com o passar dos anos, o conceito do site foi sendo modificado.

“Na época do fórum, cada torcedor expunha suas ideias, criticava

tudo sem censura, mas dentro das regras estabelecidas pela página.

Hoje, temos a seção de Colunistas, local destinado para as opiniões,

e tudo é de responsabilidade de quem escreve.”

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colaboradores que cuidam da

parte administrativa. “É um site

de torcedor para o torcedor. Ali,

ele pode se manifestar. Buscamos

o que o coxa-branca realmente

quer saber, não apenas o que o

clube pretende mostrar”, destaca

Carneiro, que contabiliza cerca de

1 milhão de acessos por mês, isso

quando o time está no meio da

tabela. “Se o Coxa está bem – ou

muito mal –, os acessos chegam

a 3 milhões.”

A independência e a isenção

também são seguidas à risca.

“Temos um bom relacionamen-

to com a diretoria do Coritiba, o

que pode mudar de gestão para

gestão. Mas não deixamos que

o clube interfira no nosso tra-

balho. Representamos a torci-

da, não somos a palavra oficial

do clube”, destaca.

Page 63: Revista Só Futebol #06

63• Revista Só Futebol •

TRABALHO VOLUNTÁRIOO tempo dedicado sem esperar retorno fi-

nanceiro reforça ainda mais a paixão pelo clube.

“Ninguém vive do site. Cada um tem suas ativida-

des profissionais e encontra tempo para colabo-

rar”, aponta Juarez. Segundo Albino, o Paranautas

também é mantido por torcedores que não pedem

nada em troca. “Tudo é voluntário. Se precisamos

de dinheiro para alguma ação, realizamos uma

‘vaquinha’ entre os foristas.”

Carneiro pensa em um dia poder se dedicar

exclusivamente ao Coxanautas, unindo paixão e

profissão. “Sou desenvolvedor de web e tenho

uma empresa nessa área. O Coxanautas sempre

foi minha segunda atividade e sonho em me de-

dicar exclusivamente ao site, mas sempre com

responsabilidade.”

VIABILIDADEManter um site de torcedor para torcedor é um

desafio muito grande, principalmente na área fi-

nanceira. A viabilidade vem por meio do trabalho

voluntário e da publicidade, principal fonte de ren-

da. “O site se mantém basicamente com anúncios.

Passou o tempo da vaquinha e hoje ele se paga.

Mas todos os colaboradores são voluntários, nin-

guém recebe salário”, explica Juarez, do Furacão.

com.

No Paranautas.com, a situação é similar. “Desde

a criação, a proposta é ser autossustentável. O

site é mantido pela venda de alguns produtos da

marca e pela comercialização de banners. Tudo é

voluntário”, relata Albino. Criador do Coxanautas,

Carneiro já teve que colocar a mão no bolso.

“Ajudei a pagar algumas vezes, mas agora o site

se sustenta e paga seus custos de servidores.”

Mas apesar das dificuldades operacionais do

início e os percalços financeiros, o amor pelo clu-

be do coração faz com que tudo seja superado.

E, considerando a velocidade e a capacidade de

novas formas de comunicação que a tecnologia

nos apresenta quase diariamente, cada vez mais

arquibancadas, teclados e telas touch screen es-

tarão próximos. POR: RICARDO GALEB

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Page 64: Revista Só Futebol #06

64 • Revista Só Futebol •

Competição acontece há seis anos e reúne 16 times de futebol de campo e cerca de 480 jogadores

esde o dia 28 de feverei-

ro, a bola está rolando no 6o

Campeonato Amigos da Bola.

Neste ano, 16 times do futebol

amador de Curitiba estão na

disputa. São cerca de 480 atle-

tas inscritos entre jogadores

amadores e ex-profissionais.

O campeonato aconteceu pela primeira vez em

2010, com apenas sete times inscritos. A ideia sur-

giu a partir da necessidade de se criar uma agenda

de jogos comum entre diversos times amadores de

Curitiba. “Com o Amigos da Bola, temos um calendário

de jogos para o ano todo. As partidas estão cada vez

mais disputadas, pois a competição é um estimulo a

mais para os jogadores fazerem seu melhor dentro

de campo”, ressalta Wander Marconi, idealizador do

projeto.

Segundo ele, o objetivo principal do campeonato

é criar e fortalecer laços de amizade entre os partici-

pantes através da prática do esporte de uma forma

organizada e saudável. Para manter esse espírito, o

regulamento da competição possui algumas regras

específicas, como o limite de apenas três jogadores

federados por time e a quantidade livre de substitui-

ções durante as partidas. “Dessa forma, conseguimos

assegurar que o objetivo principal do Amigos da Bola

não se perca”, destaca.

D

PUBLIEDITORIAL

O campeonato acontece até novembro, com jogos sempre aos sábados. A disputa é feita em duas fases. A pri-

meira, por pontos corridos, com partidas em turno e returno que somam um total de 30 jogos por time. Os oito me-

lhores colocados se classificam para a segunda fase, que será disputada no mata-mata, na forma de cruzamento

olímpico. Este ano, os jogos estão acontecendo nos campos de Combate Barreirinha, Tanguá, Iguaçu, Flamenguinho

e Trieste. A coordenação da equipe de arbitragem é de responsabilidade do ex-árbitro da Federação Paranaense de

Futebol,José Gentil.

CampeonatoAmigos da Bolamovimenta futebolamador de Curitiba

CALENDÁRIO

Page 65: Revista Só Futebol #06

65• Revista Só Futebol •

A marca número um em comprimidos e shots energé-

ticos Vivamil está patrocinando o campeonato deste ano. A

parceria com a empresa teve início nos jogos das finais do

ano passado e se consolidou nesta nova edição.

Desde agosto de 2014, a Vivamil iniciou um tra-

balho junto ao futebol paranaense, o Projeto Vivamil

Soccer. De acordo com Guilherme Conrad Lopes, re-

presentante de vendas da marca, o objetivo princi-

pal da empresa é incluir seu produto no futebol ama-

dor e demonstrar como a cafeína pura e concentrada

pode ajudar no aumento da vitalidade e na melhora da per-

formance dos jogadores que a utilizam antes das partidas.

“Os atletas que disputam o Amigos da Bola recebem os

comprimidos antes dos jogos e aqueles que os utilizam já

relataram a diferença que sentiram no desempenho den-

tro de campo”, destaca Lopes. “Estamos dando um grande

passo a fim de popularizar o uso da cafeína concentrada no

esporte que é a paixão da maioria dos brasileiros”, finaliza.

ENERGIA PARA A PAIXÃO NACIONAL

• POVO DA BOLA

• ESTRELA VERMELHA

• BEBEBUM

• MASTER URCA

• OPERÁRIO MERCÊS

• RÁDIO TAXI CAPITAL FC

• OS TEIMOSOS FC

• REAL SANTO INÁCIO

• PIRIRI

• COMETA

• SPARTAK FC

• OPERÁRIO AHÚ

• SAMPDÓRIA

• OURO VERDE

• DE LADO FOOT GÓLES

• BUTANTÃ FC

EQUIPES QUE ESTÃO NA DISPUTA EM 2015

2014 - OPERÁRIO AHÚ

2013 - MASTER URCA

2012 - POVO DA BOLA

2011 - MASTER URCA

2010 - ESTRELA VERMELHA

OS TIMES CAMPEÕES DO AMIGOS DA BOLA

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Page 66: Revista Só Futebol #06

POR ONDE ANDA

66 • Revista Só Futebol •

o retornoGabiru:

Parado por um ano inteiro, meia refuta aposentadoria e acerta com novo clube, apesar da preferência

pelo Furacão

“Gostaria de jogar no Atlético mais uma vez, mas essa diretoria não gosta de mim e eu falo mesmo, não tenho receio. Eles não respeitam minha história no clube.”

Page 67: Revista Só Futebol #06

67• Revista Só Futebol •

odoviária de Curitiba, quinta-

-feira, 29 de janeiro de 2015.

Adriano Gabiru caminha mis-

turado à multidão antes de

embarcar no ônibus que tem

Porto Alegre como destino fi-

nal. Da capital gaúcha, o joga-

dor que fez o gol do título mundial do Internacional

em 2006 ainda teria mais algumas horas de viagem

até Panambi, minúsculo município do noroeste do

Rio Grande do Sul. Na pequena cidade, o atleta de

37 anos foi recepcionado como grande estrela pela

diretoria e pelos torcedores do Panambi, time que

busca o acesso à divisão de elite do futebol gaúcho

e aposta no herói colorado como principal arma.

Em 2014, depois de disputar apenas duas parti-

das pelo Conilon no Campeonato Capixaba, Gabiru

deixou o clube com a alegação de falta de paga-

mentos. No resto do ano, sem encontrar times

interessados, o meia acabou ficando totalmente

parado. Ele nega que tenha se aposentado ofi-

cialmente em qualquer momento, mas tampouco

manteve a rotina de um atleta profissional. Em

entrevista à Revista Só Futebol, pouco antes de

embarcar rumo ao seu novo desafio, ele contou

por onde andou nesse período de inatividade.

“Desde que fizeram sacanagem comigo lá no

time do Espírito Santo e eu saí, fiquei parado aqui

em Curitiba. Eu sou um cara muito preguiçoso e

acabei não treinando nada. Não fui para a acade-

mia, não corri, só fiquei por aí. Estava esperando

surgir uma proposta, mas não veio nada interes-

sante e eu só recebi esse contato do Panambi no

final do ano. Estou muito feliz que deu tudo certo

e finalmente vou poder jogar”, conta Gabiru, que

estima um tempo de 15 a 20 dias até chegar à

forma ideal para a disputa do estadual.

Com o clube gaúcho, o meia tem contrato as-

sinado por três meses, até o fim do campeonato

estadual. Embora não esconda a alegria pelo novo

acordo, Gabiru confessa que gostaria mesmo é

de vestir novamente a camisa do Atlético, onde

jogou por mais de cinco anos e conquistou qua-

tro campeonatos paranaenses e o histórico título

brasileiro de 2001. Ele sabe que o sonho é quase

impossível de se tornar realidade e coloca a culpa

na diretoria rubro-negra.

“No Rio Grande do Sul, eu sou muito mais bem

tratado e as pessoas lá têm muito respeito por

mim. Me ofereceram emprego e eu estou indo.

Gostaria de jogar no Atlético mais uma vez, mas

essa diretoria não gosta de mim e eu falo mes-

mo, não tenho receio. Eles não respeitam minha

história no clube. Ganhei tudo pelo Atlético e isso

ninguém vai tirar de mim. Recebo muitas mensa-

gens de carinho da torcida e fico muito feliz com

esse reconhecimento, mas não tem jeito mesmo

(de voltar)”, lamenta o meia.

E quando o Campeonato Gaúcho e o contrato com

o Panambi chegarem ao fim? Questionado se esse

será o último clube de uma longa carreira, Gabiru evi-

ta antecipar o fim de sua trajetória nos gramados e

garante que não vai recusar as boas ofertas que apa-

recerem. Caso não chegue nada interessante, ele já

tem planos (mais ou menos) traçados.

“Eu gosto de aproveitar minha família. Gosto de

ficar com meus filhos, passar um tempo com a mi-

nha esposa. Fico tranquilo e Curitiba sempre será

nossa casa. Mas depois de parar de jogar, penso em

assumir um cargo de auxiliar técnico ou algo pareci-

do. Numa dessas, posso ser técnico no futuro. Mas

daí tem que estudar bastante, né?”, pondera.

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Page 68: Revista Só Futebol #06

POR ONDE ANDA

68 • Revista Só Futebol •

PARANAENSE ADOTADO

Embora seja alagoano de Maceió e tenha

conseguido seu maior feito no futebol jogando

por um clube gaúcho em um estádio no Japão,

Adriano Gabiru tem uma grande identificação com

o Paraná e é um orgulhoso morador de Curitiba.

Contratado pelo Atlético junto ao CSA em 1998, jo-

gou no Furacão até 2005 (com empréstimos para

o Olympique de Marseille e para o Cruzeiro den-

tro desse período). Em 2011, depois de passagens

por vários times, acertou com o Corinthians-PR

para a disputa do Campeonato Paranaense. Dois

anos depois, após passagens frustradas por CSA

(onde começou a carreira, em 1997) e Guarany de

Bagé, ele topou o desafio de jogar a Suburbana

pelo Combate Barreirinha.

“Era exatamente do que eu estava precisan-

do. Queria algo mais leve e o convite do Combate

acabou sendo importante para mim. Foi muito le-

gal. A diferença do futebol profissional é enorme

em todos os sentidos, mas no fim o que vale é

jogar bola e ser feliz”, reflete, feliz e pronto para

jogar bola em um novo clube. Afinal de contas, é

isso que vale. POR: MAHANI SIQUEIRA

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“EU GOSTO DE APROVEITAR MINHA FAMÍLIA. GOSTO DE FICAR COM MEUS FILHOS, PASSAR UM TEMPO COM

A MINHA ESPOSA. FICO TRANQUILO E CURITIBA

SEMPRE SERÁ NOSSA CASA.”

Page 69: Revista Só Futebol #06

69• Revista Só Futebol •

Page 70: Revista Só Futebol #06

70 • Revista Só Futebol •

INTERNET

os bonsÍdolos e clubes para seguir no Instagram

O zagueiro do Coritiba não é o craque

mais ativo no Instagram, mas quando dá

as caras por lá, mostra um pouco da sua

intimidade com a família, as conquistas

em campo e os colegas de time.

LUCCAS CLARO

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@luccasclaro©

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Sigam-me

O atacante que é o destaque

do Coritiba é discreto quan-

do o assunto é redes sociais.

Sua conta no Instagram é

privada, por isso quem qui-

ser ver o dia a dia do jogador

relatado por lá, precisa an-

tes ter a autorização dele!

Quem já acompanha?

RAFHAEL LUCAS

@rafhaellucas99

Page 71: Revista Só Futebol #06

71• Revista Só Futebol •

© D

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ÃO

O perfil oficial do Paraná no

Instagram publica fotos e

vídeos com os destaques

do time. Jogadores e torci-

da também estão sempre

presentes por lá, mostran-

do todo o seu amor pelo

futebol.

PARANÁ CLUBE

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ÃO

@paranaclubeoficial

A página oficial do time no Instagram mantém os fãs do time

atualizados sobre o time que entra em campo a cada partida,

curiosidades do estádio e os torcedores que estão nas arqui-

bancadas dos jogos.

ATLÉTICO PARANAENSE

@atleticoparanaense

Destaque na defesa do Paraná Clube,

nas redes sociais Gabriel mostra um

pouco da sua rotina de trabalho e pes-

soal também. A paixão pela profissão e o

amor pela família ficam em evidência nas

fotos e frases postadas pelo jogador.

GABRIEL YAN

@gabriel_yan

Page 72: Revista Só Futebol #06

72 • Revista Só Futebol •

QUADRAS

ONDE JOGAR

INAUGURADO EM 2010, O CENTRO ESPORTIVO IPIRANGA POS-

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DOS, RODEADO DE ÁREAS ARBORIZADAS. O ESPAÇO OFERECE

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72 • Revista Só Futebol •

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alto do mundo tem 2,08 m e

se chama Kristof Van Hout. O

belga, logicamente, é goleiro.

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Page 73: Revista Só Futebol #06

73• Revista Só Futebol •

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73• Revista Só Futebol •

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As bolas de futebol aprova-

das pela FIFA têm dois ta-

manhos. Para jogadores com

mais de 12 anos, elas são de

tamanho 5, e devem pesar

entre 420 g e 450 g. Para

jogadores entre 8 e 12 anos,

as bolas são de tamanho 4, e

pesam entre 350 g e 390 g.

Um jogador profissional corre

entre 9 e 11 quilômetros du-

rante os 90 minutos da par-

tida de futebol.

Campo de grama sintética

Wi-fi Salões de festa Campos de grama natural

Page 74: Revista Só Futebol #06

74 • Revista Só Futebol •

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

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SABAIACUNMLLIR

AJUDABADC

IDADEDOGALO

Atleta co-mo o suíço

RogerFederer

Aptidão bem desen-volvida noatirador

Explicaçãopopular

para a ge-nialidade

Forma deBudismojaponês

Formação natural nosLençóis Ma-ranhenses

Idade (?):segue-se

à mocidade

Que faz muito bem

algumacoisa

Teatro do (?), gênerode Eugène

Ionesco

Banda de"Losing

MyReligion"

RicardoBoechat,jornalistabrasileiro

FábioBarreto,cineastacarioca

Estado doElevadorLacerda(sigla)

(?) trip:crise psi-codélica(gíria)

Selva, emfrancêsDotadode asas

Centro de treinamen-to do ClubeAtlético Mi-neiro (fut.)

"Santa (?)", progra-ma do GNT que dá

dicas de organização(TV)

Local decoleta de

frutas,em sítios

Trapo, eminglês

Orixá dosmares

Estudar(texto)

O enredo de novelas

Produto substituto dosimilar líquido, em

supermercados, porser menos inflamável

14ª letraTecla de"apagar",no teclado

(?) solar: é gerada pe-la célula fotovoltaica

Falatórios

Alcunhade Rui

Barbosa

Comer, em inglês

Lady (?), princesa vi-vida por Na-omi Wattsem "Dia-na" (Cin.)

Substância produzida por umaespécie de canhão, a fim de que

estações de esqui possamfuncionar até mesmo no verão

Medida do BancoCentral para mantera inflação

sobrecontrole

Assuntodas aulasde Direito

Empresaque ocupa as páginaspublicitá-rias de u-ma revista

Peixe que se

defendeinflando

Lama, em inglês

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Page 75: Revista Só Futebol #06
Page 76: Revista Só Futebol #06

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