revista só futebol #01

68
O PALCO DA COPA Os 64 anos que dividem as duas edições do Mundial na capital O estádio e as modificações realizadas para ter Curitiba como sede PASSADO E PRESENTE DE VOLTA PARA CASA Uma conversa com Alex sobre família, futebol e carreira BOA PRAçA Depois de sete temporadas no Japão, Levir Culpi retorna ao futebol brasileiro ANO 1 • EDIÇÃO 1 • JUNHO 2014 • R$10,00

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Somos apaixonados por futebol. De verdade. É o amor que acompanha não apenas grandes campeonatos, como a Copa do Mundo, o Brasileirão e o Paranaense, mas também jogos da Copa Kaiser, da Taça Paraná e da Suburbana. Que reconhece craques como Alex e Luisinho Netto. Que acompanha o futebol em suas diversas variantes, do futsal ao futebol americano. Buscamos personalidades, batemos papos com jogadores, treinadores, médicos e jornalistas. Ligamos o passado e o presente para criar matérias com histórias e sentimentos. Porque é disso que o futebol é feito: de histórias, de sentimentos e de muita paixão.

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Page 1: Revista Só Futebol #01

O palcO da

cOpa

Os 64 anos que dividem as duas edições do Mundial na capital

O estádio e as modificações realizadas para ter curitiba como sede

passadO epresente

de vOlta para casa

Uma conversa com Alex sobre família, futebol e carreira

BOa praça

Depois de sete temporadas no Japão, Levir Culpi retorna ao futebol brasileiro

ANO 1 • EDIÇÃO 1 • JUNHO 2014 • R$10,00

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Page 5: Revista Só Futebol #01

5• Revista Só Futebol •

Olik COmuniCaçãOR. Pamphylo D’Assumpção, 908

Rebouças | Curitiba – PR

(41) 3209.3389

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COOrdenaçãO de COnteúdOFernanda Brun

[email protected]

JOrnalista respOnsávelThais Vaurof – Mtb: 8270/PR

[email protected]

[email protected]

COlabOradOresMahani Siqueira e Rafael Falavinha

revisãOFelipe Martynetz

prOJetO GráfiCO e diaGramaçãOLais Pancote

para [email protected]

[email protected]

(41) 3209.3389

Nenhuma empresa ou pessoa está autorizada a

retirar produtos, comercializar espaços publicitários

ou editoriais, a não ser com autorização por escrito da

Olik Comunicação, situada na cidade de Curitiba.

futebol! Futebol com seus contos

e suas histórias.

Você nos encanta com sua ma-

gia, as tantas alegrias, por vezes

tristezas, mas amanhã tudo será

diferente, a minha alma se enche

de esperança.

Ó, futebol! Você está com as crianças, com os homens,

com as mulheres, une pessoas, propaga o amor e a paz.

Futebol, te encontro em todos os lugares, em todas as

formas, seus dribles, o gol. Ah, o gol! Que felicidade.

Ó, futebol! Aqui nasce só futebol!

É isso mesmo. A paixão por este esporte encantador

foi inspiração para o nascimento desta publicação.

É o amor que acompanha não apenas grandes cam-

peonatos, como a Copa do Mundo, o Brasileirão e o

Paranaense, mas também jogos da Copa Kaiser, da

Taça Paraná e da Suburbana. Que reconhece craques

como Alex e Luisinho Netto. Que acompanha o futebol

em suas diversas variantes, do futsal ao futebol ame-

ricano. Buscamos personalidades, batemos papos com

jogadores, treinadores, médicos e jornalistas. Ligamos

o passado e o presente para criar matérias com his-

tórias e sentimentos. Porque é disso que o futebol é

feito: de histórias, sentimentos e muita paixão.

Boa leitura!

ó,

editOrial

Page 6: Revista Só Futebol #01

6 • Revista Só Futebol •

sumáriO

30

nOssa CapafOtO: Studio Gaea/Ale Carnieri

O palcO da

cOpa

Os 64 anos que dividem as duas edições do Mundial na capital

O Estádio e as modificações necessárias para ter curitiba como sede

passadO EprEsEntE

dE vOlta pra casa

Uma conversa com Alex sobre família, futebol e carreira

BOa praça

Depois de sete temporadas no Japão, Levir Culpi retorna ao futebol brasileiro

ANO 1 • EDIÇÃO 1 • JUNHO 2014

história64 anos e muitas

diferenças separam as

Copas de 1950 e 2014

08

14 Campeonato paranaense

Londrina se consagra campeão

paranaense depois de 22 anos

22 Copa KaiserCampeonato amador

reúne apaixonados pelo futebol

saúdeCom passagem pela

seleção brasileira, William

Youssef fala sobre joelhos

30matéria de CapaUm tour pelo estádio

que será palco dos jogos da

Copa de 2014™ em Curitiba

26

18 espeCialAlex e sua

história com o futebol

36 tabelaAcompanhe

os jogos da Copa

38 FutsalAs mulheres

fazem bonito nas quadras

40entrevistaJoel Malucelli fala

sobre futebol brasileiro e o

futuro do clube

44 Futebol ameriCano

Sucesso também em

campos brasileiros

Page 7: Revista Só Futebol #01

7• Revista Só Futebol •

18 0850

Futebol amador

Luisinho Netto,

ex-Atlético-PR, coleciona

títulos no futebol amador

62

46 imprensaElas dominam

o campo na hora

de dar a notícia

50perFilDe volta ao Brasil,

Levir Culpi chega ao país

com um grande desafio

54 torCedoresCoca-Cola premia

torcedores com uma viagem

para ver a taça de perto

56 Futebol de baseAcompanhamento

psicológico é essencial

para transformar jovens

atletas em craques

60on-lineAcompanhe os

jogadores da seleção

brasileira nas redes sociais

Page 8: Revista Só Futebol #01

8 • Revista Só Futebol •

CopaA volta

daSessenta e quatro anos se passaram e,

apesar das coincidências, a Copa de 2014 será muito diferente do Mundial de 1950

HiStória

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9• Revista Só Futebol •

ma rua, pouco mais de dois

quilômetros e 64 anos.

Esses são os elementos que

separam as duas Copas do

Mundo em que Curitiba es-

teve envolvida. Enquanto

em 1950 a capital recebeu

dois jogos na Vila Capanema, a edição de 2014

terá quatro partidas em solo curitibano, todas

na Arena da Baixada, estádio que, curiosamente,

fica na mesma rua que o utilizado há seis dé-

cadas, separados por 2.200 metros de distância.

Mas as coincidências param por aí e dão lugar a

uma série de diferenças bem marcantes.

Ao longo dos 64 anos que separam os dois

eventos, a urbanização do bairro Rebouças, a

urbanização da cidade, a profissionalização e a

globalização do futebol e as exigências da FIFA™

transformaram completamente o panorama de

Curitiba como sede da Copa do Mundo. Segundo o

historiador Luiz Carlos Ribeiro, professor da UFPR

e especialista na história do futebol brasileiro, a

primeira mudança perceptível aconteceu nos en-

tornos dos dois estádios.

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20141950

Page 10: Revista Só Futebol #01

10 • Revista Só Futebol •

HiStória

EnqUAnto Em 1950 A CApitAl rECEbEU dois

jogos nA VilA CApAnEmA, A Edição dE 2014

tErá qUAtro pArtidAs Em solo CUritibAno

“Pela proximidade com a

rede ferroviária, a região do

Rebouças sediava o complexo

industrial da cidade, como a

indústria de fósforos, de be-

neficiamento do mate, uma

fábrica de cervejas e dois

moinhos de trigo, entre outras

fábricas menores e oficinas.

Desde a privatização da Rede

Ferroviária Federal Paraná-

Santa Catarina na década

de 1970 e a desativação da

Estação Ferroviária, em 1990,

a região vem passando por um

processo de reurbanização”,

relembra Ribeiro.

O historiador conta ain-

da que a região da Arena da

Baixada manteve seu cará-

ter residencial, mas teve uma

evolução comercial desde a

primeira Copa do Mundo rea-

lizada no Brasil, já que a área

que divide o Rebouças e o

Água Verde ganhou um centro

gastronômico composto por

bares e restaurantes.

CURITIBA EXEMPLARDevido aos atrasos nas obras

de modernização e adequação

da Arena da Baixada aos padrões

exigidos pela FIFA™ para partidas

de Copa do Mundo, Curitiba foi

seriamente ameaçada, no começo

do ano, de ser excluída da relação

de cidades-sede. Por mais inusi-

tado que pareça, em 1950 a situ-

ação foi completamente oposta.

arena da Baixadana fase da reforma em maio de 2014

10 • Revista Só Futebol •

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11• Revista Só Futebol •

1950 (Vila Capanema)

•25 de junho

Espanha 3x1 Estados Unidos

Público: 9.311 pessoas

•29 de junho

Suécia 2x2 Paraguai

Público: 7.903 pessoas

UMa Sede, dUaS COPaS BeM diFerenteS

2014 (alguns exemplos)

•Visibilidade total do campo em todos os assentos

•Cada assento deve ter 47 cm de largura

•Distância de 85 cm entre um assento e o de trás

•Cadeiras retráteis

•Posição específica para a cabine de imprensa

•Realização obrigatória de Fan Fests em todas as cidades-sede

1950 (todas as exigências)

•Estádios com capacidade

de 20 mil lugares

•Alambrados

•Cabines de imprensa

•Tribunas

•Túneis ligando vestiários ao gramado

exiGÊnCiaS da FiFa:

JOGOS:

Confira as diferenças entre as Copas de 1950 e 2014 em Curitiba.

2014 (Arena da baixada)

•16 de junho

Irã x Nigéria

Expectativa: 40 mil pessoas

•20 de junho

Honduras x Equador

Expectativa: 40 mil pessoas

•23 de junho

Espanha x Austrália

Expectativa: 40 mil pessoas

•26 de junho

Argélia x Rússia

Expectativa: 40 mil pessoas

20141950

Page 12: Revista Só Futebol #01

HiStória

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12 • Revista Só Futebol •

Era domingo. Por isso, o jovem Levi Mulford,

de 21 anos, acordou um pouco mais tarde na-

quele 25 de junho de 1950. De última hora, ele

decidiu pegar um bonde até a Vila Capanema,

onde tentaria conseguir um ingresso para assis-

tir a Espanha x Estados Unidos, primeira partida

de Copa do Mundo da história de Curitiba. Sem

qualquer dificuldade, comprou seu bilhete na

frente do estádio e se acomodou na arquiban-

cada de madeira montada atrás de um dos gols.

Dentro de campo, ele admite que as emoções

foram poucas e que a vitória de 3x1 da Espanha,

mesmo de virada, nada teve de especial.

Hoje, aos 85 anos, Levi é uma das maiores re-

ferências no jornalismo esportivo paranaense,

principalmente quando o assunto é futebol ama-

dor. Suburbana é com ele mesmo. Prestes a vi-

venciar sua segunda Copa do Mundo no Brasil,

ele comparou os dois eventos.

“Em 1950, não teve esse estardalhaço todo.

As pessoas não estavam muito interessadas na

Copa do Mundo e o segundo jogo, que foi em

uma quinta-feira, não alterou em nada o funcio-

namento da cidade. Eu, por exemplo, fui traba-

lhar normalmente. No primeiro jogo, eu consegui

ir, mas era um domingo e eu não precisei comprar

o ingresso antecipadamente. Cheguei, comprei e

entrei”, relembra Levi, citando uma época em que

sorteios da FIFA™ para conseguir um ingresso

não passavam de ficção científica.

“nÃO HOUVe eStardaLHaÇO”

Naquela edição do Mundial, as

seis capitais que receberiam os

jogos só começaram a ser oficia-

lizadas um ano antes (Recife, por

exemplo, ficou sabendo que se-

ria cidade-sede apenas 60 dias

antes da Copa). Os pedidos da

FIFA™ eram modestos e, por isso,

a Vila Capanema não teve qual-

quer problema em se adaptar.

Construído em 1947 sem qualquer

relação com o evento, o estádio

já estava praticamente todo ade-

quado, era o mais adiantado de

todas as sedes e pôde receber as

partidas sem o menor risco ou cri-

se de última hora.

aLCideS GHiGGiaCampeão da Copa de 1950 pelo Uruguai, foi assis-tente do sorteio dos grupos da Copa de 2014™

Page 13: Revista Só Futebol #01

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13• Revista Só Futebol •

POUCO BRILHOOs dois jogos que Curitiba recebeu na Copa de

1950 não deram muitos motivos para o torcedor

se animar. A partida em que a Espanha venceu

os Estados Unidos por 3x1 foi considerada morna

e sem graça pelo pequeno público que compare-

ceu à Vila Capanema. Quatro dias depois, o em-

pate em 2x2 entre Suécia e Paraguai seria mais

movimentado e equilibrado, mas teria um público

pagante ainda menor.

“Apesar da intensa campanha para que o curi-

tibano fosse aos dois jogos realizados no Estádio

Durival de Britto, o custo elevado do ingresso não

permitiu a ocupação total dos anunciados 12 mil lu-

gares. No primeiro jogo, o público foi de 9.311 pes-

soas, enquanto para a segunda partida o número

de torcedores foi ainda menor (7.903 pessoas). Não

FULeCOo mascote da Copa do mundo FiFA™ de 2014 entre marta e bebeto. somente a partir de 1966 as Copas passaram a ter mascotes

temos registros quanto à presença de torcedores es-

trangeiros”, comenta o historiador Luiz Carlos Ribeiro.

Em 2014, o professor vê um cenário bastante dife-

rente. Segundo ele, a venda de ingressos pela inter-

net, a redução do preço das passagens aéreas (muito

caras, na época) e a espetacularização do futebol se-

rão responsáveis por um resultado muito mais posi-

tivo em relação ao interesse do público nas partidas.

Uma vantagem que os curitibanos de 1950 ti-

veram foi a possibilidade de assistir a duas equi-

pes que tinham boas chances de título. Espanha

e Suécia eram duas das favoritas e chegaram ao

quadrangular final junto a Brasil e Uruguai. Em

2014, a capital receberá quatro jogos: Irã x Nigéria,

Honduras x Equador, Espanha x Austrália e Rússia

x Argélia. Das oito seleções, a Espanha é vista com

potencial para ir mais longe.

Page 14: Revista Só Futebol #01

campeonato paranaense

14 • Revista Só Futebol •

Título centenário volta ao interior

Depois de enfrentar um jejum de 22 anos, o Londrina levantou a taça do campeonato paranaense e mostrou

que, mesmo após cem edições, o torneio ainda pode surpreender e desbancar a hegemonia dos times da capital

14 • Revista Só Futebol •

Page 15: Revista Só Futebol #01

15• Revista Só Futebol •

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espera de mais de duas déca-

das pôde finalmente ser supe-

rada pela torcida do Londrina.

Sem conquistar o título para-

naense desde 1992, o Tubarão

provou seu amadurecimento

da melhor maneira possível:

um ótimo desempenho dentro de campo, a matu-

ridade da equipe fora do gramado e a força de sua

torcida no Estádio do Café.

“O título é a prova de que, quando se trabalha e

se acredita no projeto que desenvolvemos para o

clube, os resultados aparecem. Nestes últimos anos,

nós saímos da Série B do Paranaense, tivemos uma

campanha de destaque no ano passado e neste ano

Aconseguimos ter um desempenho bastante regu-

lar, que resultou nessa grande conquista. É a prova

de que estamos fazendo um bom trabalho ao lon-

go destas temporadas”, analisa o técnico Claudio

Tencati, que comanda a equipe há três anos.

No comando do Tubarão, Tencati alcançou em

pouco menos de 96 jogos o invejável aproveita-

mento de 61%, além do título da Série B do esta-

dual em 2011, sendo também campeão do interior

no ano passado, alcançando o mesmo número de

pontos do campeão Coritiba.

Buscando esquecer e superar as adversida-

des passadas, o Londrina começou 2014 com

força total, não veio com facilidade. Decidido

nos pênaltis em Maringá, os torcedores do LEC

TíTuloPrêmio foi para casa com o Tubarão

Page 16: Revista Só Futebol #01

campeonato paranaense

16 • Revista Só Futebol •

londrina x maringáTorcida e time sofreram até a conquista do título

sofreram até o último ins-

tante. Mas isso não abalaria

a grande e exigente torcida

azul e branca. Desde a pri-

meira rodada, a 100ª edição

do torneio dava sinais de que

seria empolgante e poderia

surpreender os mais apáti-

cos. Resultados inesperados,

como a derrota do Londrina

em casa, o empate sem gols

entre Atlético e Prudentópolis

e a vitória do Maringá sobre o

Coritiba, anunciavam uma dis-

puta sem favoritos.

Na competição deste ano, o

centésimo estadual mudou seu

formato, sendo disputado em

uma primeira fase com 11 roda-

das e com jogos de mata-mata

entre os primeiros colocados nas

quartas-de-final, avançando en-

tão para as semifinais e a gran-

de decisão. Com vitórias fora de

casa e segurando empates im-

portantes, o Londrina terminou

a primeira fase em quarto lugar,

disputando a primeira fase dos

jogos eliminatórios contra o J.

Malucelli. Vencendo em Curitiba

por 2x1 e em Londrina por 2x0,

o Tubarão não deu chances para

a equipe da capital e se garantiu

na semifinal.

Enquanto o Maringá, que

seria o adversário da equipe

alviceleste na grande final, en-

carava o então tetracampeão

Coritiba na disputa pela vaga na

decisão, o LEC viveu momentos

de tensão ao enfrentar a equipe

sub-23 do Atlético. Na primeira

partida da semifinal, perdeu de

virada na capital por 3x1, pre-

cisando de uma vitória por dois © D

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Page 17: Revista Só Futebol #01

17• Revista Só Futebol •

gols de diferença na partida de

volta em casa para levar a de-

cisão da vaga para os pênaltis.

Mas, com a qualidade e a regu-

laridade da equipe, o Tubarão

não decepcionou.

Diante de uma torcida de qua-

se 14 mil pessoas, que fizeram a

festa no Estádio do Café para

incentivar o Tubarão, o time da

casa atropelou o Atlético. Com

direito a três gols de Arthur, arti-

lheiro da equipe no campeontao,

ofuscando a estrela de Adriano

Imperador como titular na equi-

pe rubro-negra, o time da casa

venceu a partida de virada por 4

x 1 e se garantiu na final históri-

ca do estadual contra o Maringá,

que estreava na elite do torneio.

Contando com o maior públi-

co do campeonato em 2014, com

"O TíTulO é A PrOvA

de que, quAndO

se TrAbAlhA e

se AcrediTA nO

PrOjeTO que

desenvOlvemOs

PArA O clube,

Os resulTAdOs

APArecem"

quase 27 mil pagantes lotando

o Estádio do Café, Londrina e

Maringá fizeram uma final em

duas partidas dignas das me-

lhores decisões que o estado já

viu. Com o primeiro empate em

2x2, a decisão ficou para a última

partida para a última partida no

Willie Davis, que viu o novo em-

pate em 1x1, o centéssimo título

do Campeonato Paranaense foi

disputado nos pênaltis.

Nas cobranças, novamente a

igualdade entre os maiores clu-

bes do interior. Somente no útli-

mo chute, quando Cristiano do

Maringá bateu para fora, é que

os visitantes puderam soltar o

grito de campeão e comemorar

o quarto título paranaense do

Londrina após uma espera de

22 anos. “O Londrina é um time

que conquistou muitos títulos no

passado, por isso sofremos até

uma certa pressão e cobrança

pelos resultados. Com a nossa

dedicação, isso foi possível no-

vamente”, destaca Tencati.

Conquista ainda fresca nos

gramados de Londrina, a equipe

continua o calendário 2014 com

foco na Série D do Campeonato

Brasileiro, além da disputa da

Copa do Brasil, em que elimi-

nou o Criciúma, time que com-

pete na Série A do Brasileirão.

“Vamos nos dedicar e perma-

necer na competição o máximo

que conseguirmos, mas nossa

prioridade é o acesso à Série C

do Campeonato Brasileiro, assim

podemos ter um calendário re-

gular em 2015 e continuar nosso

trabalho", completa o treinador.

Cláudio Tencati

Page 18: Revista Só Futebol #01

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18 • Revista só Futebol •

Um caraboa praçaAlex é um dos grandes nomes do futebol nacional. Curitibano, ele mostra seu talento e é referência

para o futebol – dentro e fora de campo

espeCiAl

18 • Revista Só Futebol •

AlexCamisa 10 do Coritiba, um dos craques do futebol atual

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19• Revista só Futebol •

lexsandro de Souza, 36 anos,

canhoto, meio-campista e

ídolo. Mais conhecido como

Alex, o atual camisa 10 do

Coritiba, clube que o revelou,

é um dos craques do futebol

atual. Com equipes brasilei-

ras em seu currículo e uma rápida passagem pelo

Parma, consagrou-se na Turquia, onde é ídolo até

hoje no Fenerbahçe.

Jogador de grande inteligência e técnica refina-

da, recentemente Alex anunciou sua aposentado-

ria e afirmou que este será seu último Campeonato

Brasileiro. “Espero me divertir neste ano. Passar o

tempo e os jogos de uma forma boa e, se possível,

ajudar o Coritiba a ganhar algo importante, que é o

grande objetivo”, comentou o meia.

A

"QUeremos QUe os ClUbes pAgUem em diA e QUe QUem trAbAlhA Com fUtebol e não o fAz dA melhor mAneirA sejA responsAbilizAdo"

Bastidores da BolaAlex é um dos líderes do movimento Bom Senso

Futebol Clube, que luta por melhorias no futebol na-

cional. “Nosso futebol evoluiu muito pouco, mas tam-

bém não fazemos críticas: são levantamentos de me-

lhorias no esporte. Nosso maior ponto de discussão

é por qual motivo elas ainda não foram feitas”, argu-

mentou o jogador.

Entre os vários pontos citados para a evolução

do futebol brasileiro, o jogador destaca, em espe-

cial, o fair play financeiro. “Queremos que os clubes

paguem em dia e que quem trabalha com futebol e

não o faz da melhor maneira seja responsabiliza-

do. Pegam o clube com dívida e o entregam duas

ou até três vezes pior. Isso pode mudar com alguns

pequenos ajustes”, explica o atleta. Outro ponto de

destaque para Alex é o caótico calendário do futebol

Page 20: Revista Só Futebol #01

NúmeROs até 16/05/2014

20 • Revista só Futebol •

Clubes pelos quais passou

1995-1997 • Coritiba

1997-2000 • palmeiras

2000 • flamengo

2001 • palmeiras

2001 • Cruzeiro

2002 • palmeiras

2002 • parma

2002-2004 • Cruzeiro

2004-2012 • fenerbahçe

2012-2014 • Coritiba

espeCiAl

"2% oU 3% dos AtletAs têm boAs Condições de vidA. os oUtros 98% têm difiCUldAde de jogAr"

426Gols

1008joGos

nacional. “Isso é importante para

os atletas de equipes menores.

Quem falou que jogador de fute-

bol ganha bem é um mentiroso.

Realmente, 2% ou 3% dos atletas

têm boas condições de vida. Os

outros 98% têm dificuldade de

jogar e atuam, em média, apenas

três ou quatro meses no ano.

Isso tem que mudar”, afirma.

Alex também opina sobre a

Copa do Mundo™. “De legado, só

estádios. Em Curitiba, o Atlético

Paranaense terá um estádio ex-

cepcional e um bom legado após

a Copa, assim como o Maracanã, o

Mineirão e o Itaquerão. De legado

social, planejamento urbano, só

ficaram as promessas. Não tere-

mos absolutamente nada”, critica.

ÍdoloSe o camisa 10 é respeitado

por suas opiniões fora de campo,

ele mostra seu verdadeiro valor

dentro das quatro linhas. Craque

com a bola nos pés, ele é ad-

mirado, não só no Brasil, mas

mundo afora. É na Turquia que

se mede seu reinado. “A minha

passagem pelo Fenerbahçe foi

sucesso absoluto. Tudo funcio-

nou de uma maneira espetacular.

Consegui marcas individualmen-

te importantes e coletivamente

também, conquistando títulos

Page 21: Revista Só Futebol #01

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21• Revista só Futebol •

Bate-pronto

Ídolo:

Zico

passatempo:

Leitura

Melhor jogador de todos os tempos:

Pelé

Clube da infância:

Coritiba

Com quem gostaria de ter jogado:

Ter jogado mais com o Romário

Melhor treinador com quem trabalhou:

Vanderlei Luxemburgo

Gol mais bonito:

Palmeiras x São Paulo, em 2002

Melhor lembrança que o futebol deu:

São muitas. Não dá para escolher

Comida preferida:

Feijoada

Filme preferido:

O Poderoso Chefão

lugar preferido:

Curitiba

Alex:

(risos) Gostaria de ser meu amigo. Acho que

sou um cara boa-praça. Não tenho uma

definição, mas acredito ser gente boa.

Alexna primeira vez em que passou pelo Coritiba

com o clube. Foi realmente um período ótimo na minha

carreira”, avaliou o jogador.

A paixão foi tanta que o Coritiba, quando o contra-

tou, foi praticamente obrigado a traduzir a sua página

oficial para turco, devido à quantidade de fãs que que-

riam continuar a acompanhar a carreira do ídolo. “A pai-

xão do povo lá pelo futebol é maior que a do brasileiro.

Eles participam mais também”, comentou.

Seu sucesso chegou à seleção brasileira, na qual foi

campeão da Copa América 2004 como capitão da equi-

pe. Para muitos torcedores, o craque tem apenas uma

mancha em seu currículo, ou melhor, uma injustiça:

nunca ter disputado uma Copa do Mundo™. Seu nome

chegou a ser muito cotado para a Copa de 2002, con-

quistada pelo Brasil, mas ficou somente na expectativa.

“Sou muito bem resolvido quanto a isso. Não me sin-

to injustiçado por não ter ido à Copa, é uma coisa que

não me diminui e nem me sinto desrespeitado. Sempre

procurei entender o pensamento dos treinadores que

estavam no posto e suas decisões”, explica.

FamÍliaQuando o papo é família, Alex também é ídolo dentro

de casa – e, neste ponto, o craque mostra novamente

sua diferença. Reservado para falar de seus familiares,

Alex se considera um bom pai e uma pessoa comum.

“Eu sou e vivo como qualquer outra pessoa. Saio cedo

para trabalhar, volto para casa, busco as crianças na

escola. Quando estamos em casa, procuro brincar com

meus filhos e ficar um tempo com eles, ir ao cinema...

Uma rotina normal de família”, conclui o craque.

Page 22: Revista Só Futebol #01

22 • Revista Só Futebol •

Copa kaiser

Amadoresdo futebol

Campeonato regional de futebol amador já é tradição e envolve mais de três mil pessoas em Curitiba, entre jogadores,

organização e a fiel torcida dos bairros

22 • Revista Só Futebol •

CoNsaGraDoEm 2013, mais de 2.800 atletas partici-param do campeonato

Page 23: Revista Só Futebol #01

23• Revista Só Futebol •

capital paranaense se prepa-

ra para realizar mais um grande

evento esportivo – e olha que

não estamos falando da Copa do

Mundo™. No segundo semestre

deste ano, acontece em Curitiba

a 6ª edição da Copa Kaiser de

Futebol Amador, organizada pela marca de bebidas

com o apoio e a assessoria técnica da Federação

Paranaense de Futebol (FPF) e da Prefeitura Municipal

de Curitiba. O torneio também é realizado em São

Paulo, Belo Horizonte, São José Rio Preto, Porto Alegre

e Blumenau, já se consagrando como o maior campe-

onato de várzea organizado no Brasil.

“A ideia da FPF e da Kaiser é fomentar a prá-

tica esportiva por times das comunidades. Hoje,

a competição está em mais de 50 bairros da

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o

capital”, explica Leônidas Nery Dias, integran-

te da comissão organizadora da Copa Kaiser de

Curitiba. Apenas atletas não federados nos últi-

mos dois anos podem se inscrever no torneio, e a

procura só tem aumentado. Na primeira edição, 64

equipes participaram do campeonato, mas, com

o crescente interesse dos jogadores amadores,

gradualmente a Copa ganhou força e visibilidade,

fazendo com que a organização decidisse aumen-

tar o número de participantes.

No ano passado, mais de 130 equipes foram

inscritas e 96 foram selecionadas para integrar

a tabela de jogos, com a participação de mais

de 2.800 atletas. Com tanta gente, a rivalidade

entre os bairros e as equipes, que muitas vezes

preocupa a organização e os torcedores, não in-

terfere no andamento da competição. “A questão

disciplinar é muito rígida e valorizada por todos,

nunca tivemos episódios graves de conflito, o

que coloca a Copa também como destaque po-

sitivo em organização”, reforça Dias.Mengão LindóiaTime campeão da Copa Kaiser de Curitiba de 2013

Page 24: Revista Só Futebol #01

24 • Revista Só Futebol •

Um dos pontos mais peculiares

da competição está nos nomes

dos times. Espalhadas por toda a

cidade, muitas vezes com mais de

um time por bairro, as equipes são

batizadas com nomes muito diver-

tidos. No Xaxim, por exemplo, Barça

e Benfica fazem tributo a times eu-

ropeus, Manchester, do Uberaba,

Lyon, do Parolin, e Ajax, do Campo

do Santana, seguem a mesma li-

nha, em contraponto aos brasilei-

ríssimos Butantan, do Barreirinha,

e Tupiniquim, do Xaxim.Com nomes

inusitados que beiram a piada

estão Balão Apagado, do Novo

Mundo (primeiro campeão do

torneio), Boca Seca, do Santa

Quitéria, e o Fidumaégua, do

Campo Comprido, para citar ape-

nas alguns.

Disputada em campos ama-

dores de Curitiba, a Copa Kaiser

tem, além do grande troféu de

campeão, premiação em di-

nheiro e jantar para a dele-

gação vencedora. Em 2013, a

grande final foi realizada na Vila

Campeões da Copa kaiser de Futebol amador em Curitiba

1 – Edição 2009: Balão Apagado do Novo Mundo

2 – Edição 2010: Vila Torres

3 – Edição 2011: Assoc. de Moradores Santíssima Trindade

4 – Edição 2012: São Braz

5 – Edição 2013: Mengão Lindóia

Olímpica do Boqueirão entre as

equipes do Campo Comprido e

do Mengão Lindóia, que ficou

com o título, vencendo o jogo

por 5x0. Na partida que ante-

cedeu a decisão, o Bragantino

ganhou de 1x0 do São Braz e

ficou com o terceiro lugar.

Com a expectativa de reunir

ainda mais participantes neste

ano, a Copa Kaiser ainda não di-

vulgou a tabela de jogos, mas a

certeza é de que grandes jogos

vão continuar movimentando

os domingos em todos os bair-

ros da cidade, e a bola não vai

deixar de rolar em Curitiba após

a Copa do Mundo™. Pelo con-

trário, será aí que aquele bom e

velho futebol, que envolve pai-

xão, famílias e muita raça, pode-

rá ser visto na ponta das chu-

teiras dos amadores da bola. © D

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ão

DesTaQUe posiTiVoApesar do grande número de torcedores, nunca houve episódios graves de conflito.

Copa kaiser

Page 25: Revista Só Futebol #01

AD

Page 26: Revista Só Futebol #01

saúde

26 • Revista Só Futebol •

Não seria o joelho,

Aquiles?Que calcanhar, que nada. No futebol, quando o assunto é ponto fraco, a gente está falando de joelho

esão no joelho”. Para

quem é leitor assíduo

da seção de esportes,

a frase já é bem cor-

riqueira – principal-

mente quando o as-

sunto é futebol. São

tipos diferentes, tratamentos específicos e

tempo de recuperação variável. Resolvemos

buscar respostas para algumas perguntas re-

lacionadas a este tipo de lesão.

Para isso, nada melhor do que um especia-

lista. Batemos um papo com William Yousef,

médico com especialização em cirurgia do jo-

elho e medicina esportiva. Sua história com o

esporte é longa. O profissional já foi médico do

Coritiba e da seleção brasileira de canoagem

(que acompanhou, em 2003, durante os Jogos

"LAquiles, obra de Ernst Herter, Corfu, Grécia, 1884

Page 27: Revista Só Futebol #01

27• Revista Só Futebol •

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"O jOeLhO é A ArticuLAçãO mAis

vuLNeráveL dO cOrpO humANO"

Pan-Americanos de Santo Domingo, República

Dominicana). De 2004 a 2008, trabalhou com as

seleções brasileiras de futebol sub-17 e sub-20,

quando foi o primeiro médico paranaense a tra-

balhar na CBF. Em 2007, Yousef trabalhou ainda

como médico da seleção brasileira de futebol nos

Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro.

Revista só Futebol: existem vários tipos de

lesão no joelho. Qual é a mais comum?

William Yousef: O joelho é a articulação mais

vulnerável do corpo humano. É uma articulação

que tem pouca proteção muscular e, por isso,

uma das mais predispostas a ter uma lesão. As

lesões mais comuns, principalmente quando

falamos de futebol, são a de ligamento cruzado

anterior e a de menisco.

Revista só Futebol: e quais são as diferenças

entre elas?

William Yousef: A lesão de menisco é mais tranqui-

la que a de ligamento cruzado anterior. São feitos

exames para determinar seu grau – neste caso,

variável entre 1, 2 e 3. Graus 1 e 2 normalmente são

tratamentos não cirúrgicos, a fisioterapia já resolve.

As mais graves, que são grau 3, têm indicação cirúr-

gica, mas o procedimento é simples. Jogadores de

futebol normalmente sofrem a lesão grau 3. O tem-

po de recuperação é curto, em geral, em um mês ele

está voltando para o campo. No caso de não atletas,

William YouseFLonga história com o esporte

Page 28: Revista Só Futebol #01

saúde

28 • Revista Só Futebol •

a tendência é que isso demore

de dois a três meses, já que a

maioria das pessoas não conse-

gue fazer as oito horas diárias

de fisioterapia que um jogador

faz. Quando o assunto é lesão

de ligamento cruzado anterior,

o problema é mais grave. O li-

gamento cruzado anterior é o

ligamento mais importante para

a estabilização do joelho. Em

pacientes sedentários, a gente

tenta musculação e fisioterapia,

mas em atletas profissionais a

indicação é cirúrgica. É difícil

William Yousef: Quando o caso

é lesão no ligamento cruzado

anterior, geralmente o atleta

torceu o joelho. Talvez ele te-

nha aterrissado errado depois

de um salto para cabecear, por

exemplo. Ele acaba aterrissando

de uma forma diferente e torce

o joelho em extensão. Quando o

jogador faz um movimento ro-

tacional brusco, ou uma torção

brusca, o joelho não consegue se

estabilizar e o ligamento cruza-

do anterior acaba sofrendo a le-

são. Diferentemente da lesão de

CaRReiRaem 2007, com a

seleção brasileira de futebol sub-20

um atleta conseguir manter um

alto nível de desempenho sem

a cirurgia.

Revista só Futebol: e como

são os resultados?

William Yousef: Muito positivos!

O índice de retorno é bom: em

cerca de oito meses, é possível

voltar a jogar. Alguns atletas se

recuperam em seis meses.

Revista só Futebol: o que

acontece nesses ligamentos

quando há uma lesão? © D

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Page 29: Revista Só Futebol #01

29• Revista Só Futebol •

menisco: nela, a pessoa dobra um pouco mais o jo-

elho. É um movimento mais de rotação com flexão.

Revista só Futebol: No caso das pessoas

que não são atletas, como essas lesões

acontecem?

William Yousef: A lesão mais comum para quem

não é atleta é a de menisco. Tem paciente que

ao descer do carro faz uma rotação e machu-

ca o menisco. Outros, subindo escada durante

anos, causam degeneração do menisco, que é

chamada de degenerativa. Lesão de ligamento

cruzado anterior é um movimento mais espe-

cífico, que acontece normalmente em atletas

ou em jogadores esporádicos, que são os atle-

tas de fim de semana. Essas pessoas às vezes

não têm uma musculatura pronta ou não fazem

alongamento corretamente e acabam sofrendo

a lesão. É importante lembrar que a preparação

física e o alongamento são fundamentais para

tentar prevenir a lesão, mas não são capazes

de evitá-la.

Revista só Futebol: além da lesão do joelho,

que outro tipo de lesão você acompanhou em

jogadores de futebol?

William Yousef: A maioria dos casos é de lesão

do joelho. Acompanhei algumas que prejudica-

ram o tornozelo. As lesões musculares também

são comuns no futebol.

Revista só Futebol: a quais sintomas deve-

mos ficar atentos?

William Yousef: Quando você começa a ter dor,

inchaço, bloqueio do joelho e falseio, é hora de

procurar um especialista. Se a dor persistir mais

do que três dias, alguma coisa está errada.

Revista só Futebol: Você falou do jogador de

fim de semana. Que cuidados ele deve ter?

William Yousef: O melhor meio de prevenir as

lesões do futebol é ter um bom alongamento

da musculatura e um bom fortalecimento. São

as duas chaves. Por isso, a indicação é que ele

frequente uma academia, sempre depois de

uma avaliação médica.

"QuANdO vOcê cOmeçA A ter

dOr, iNchAçO, bLOQueiO dO

jOeLhO e fALseiO, é hOrA de

prOcurAr um especiAListA"

Fêmur

ligamento Posterior

ligamento

Cartilagem

menisco

Tíbia

Os principais pontos mais lesionados na região do joelho:

Page 30: Revista Só Futebol #01

30 • Revista Só Futebol •

CAPA

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Estádiopadrão FIFA™

A Arena da Baixada, do Atlético Paranaense, receberá quatro jogos da Copa 2014

m 2009, a Arena da

Baixada foi escolhida

como um dos estádios

que receberiam jogos

da Copa do Mundo de

2014™. Em uma par-

ceria entre Atlético

Paranaense, Prefeitura de Curitiba e

Governo do Estado, a cidade iniciou obras

de melhoria na questão de mobilidade ur-

bana e, principalmente, para a conclusão

da Arena, que já era um dos estádios mais

modernos da América do Sul.

Se já era bonita, a Arena ficou ainda

mais, e tudo dentro de todos os padrões

estabelecidos pela FIFA™, que não são

poucos. Exigem-se áreas de fácil aces-

so e dispersão de torcida, vestiários com

Etotal conforto, estacionamento, área VIP,

melhorias no entorno do estádio, cadei-

ras em todo o estádio, enfim. Todas as

mudanças foram realizadas e seguiram

o caderno “Recomendações e Requisitos

Técnicos para Estádios de Futebol”, 5ª

Edição de 2011, da instituição.

Para adequar-se a todos os pedidos

da entidade máxima do futebol, o Atlético

Paranaense contratou o arquiteto Carlos

Arcos, responsável por todo o projeto ar-

quitetônico do estádio. Além dos jogos da

Copa do Mundo 2014™ e de jogos de outros

campeonatos, especialmente do Atlético

Paranaense, a Arena foi projetada para rea-

lizar eventos esportivos de qualquer moda-

lidade, além de culturais, religiosos, shows e

e quaisquer outros.

30 • Revista Só Futebol •

Page 31: Revista Só Futebol #01

31• Revista Só Futebol •

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31• Revista Só Futebol •

Page 32: Revista Só Futebol #01

32 • Revista Só Futebol •

CAPA

Informações técnicas da nova Arena

A obra teve duração de aproximadamente cinco

anos, contando desde a sua indicação, em março

de 2009. Confira, agora, as novidades da Arena.

Área totalA área construída total é de 122.479 m2. A am-

pliação teve uma área total de 64.502 m2, sendo

41.307 m2 correspondentes à ampliação do está-

dio, 19.234 m2 ao novo estacionamento e 3.961 m2

ao centro de imprensa.

CapaCidadeCapacidade total de 41.482 cadeiras no modo

FIFA™ (Copa 2014) e 42.372 cadeiras no modo Legado.

No modo FIFA™, como será utilizada na Copa do

Mundo 2014™. A Nova Arena poderá receber 37.696

espectadores de público geral, 2.589 de público VIP, e

1.197 de imprensa. O estacionamento do estádio con-

tará com uma capacidade de mais 928 vagas.

aCessibilidadeForam instalados 150 lugares para pessoas com

necessidades especiais e mais 150 cadeiras para

seus acompanhantes.

loCalizaçãoBairro Água Verde, próximo ao Centro expandi-

do de Curitiba. Facilidade de acesso às vias rodo-

viárias, ao aeroporto Internacional Afonso Pena (18

km) e a Rodoferroviária (3 km).

Page 33: Revista Só Futebol #01

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33• Revista Só Futebol •

As melhorias e adequações colocaram nova-

mente a Arena no patamar de um dos estádios

mais modernos da América do Sul. Algumas me-

lhorias foram feitas em relação ao antigo estádio:

•conclusão da arquibancada do setor Madre

Maria dos Anjos (paralela à Brasílio Itiberê),

área da logística principal das exigências

FIFA™ com setores VIP, tribuna de honra, hos-

pitalidade, imprensa, jogadores, juízes e dele-

gados FIFA™;

•reforma e ampliação dos setores Buenos Aires,

Getúlio Vargas e Coronel Dulcídio para adequá-los

aos serviços e circulações exigidos pela FIFA™,

ampliando a sua capacidade atual e atendendo

as exigências da instituição no que diz respeito a

segurança, conforto e funcionalidade;

•reforma de toda a frente do novo estádio com

o objetivo de integração urbana total com a

Praça Afonso Botelho, proporcionando o nível

de acessibilidade exigido pela FIFA™ em ter-

mos de fluxo de multidões;

•criação de uma nova cobertura metálica apoiada

nas quatro torres (duas paralelas à Rua Buenos

Aires e duas paralelas à Rua Coronel Dulcídio).

Obras realizadas para adequação da nova Arena

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ArEnA FIcou

AIndA mAIS, E

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Page 34: Revista Só Futebol #01

34 • Revista Só Futebol •

CAPA

ArenA dA BAixAdAno começo de sua re-forma, em julho de 2013

PAdrão fifA™

Imagem da Arena tira-da em maio de 2014

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Page 35: Revista Só Futebol #01

35• Revista Só Futebol •

A história da Arena

O verdadeiro nome da ova Arena é Estádio

Joaquim Américo Guimarães, uma home-

nagem ao ex-presidente do clube. Mas sua

história se inicia antes mesmo de o Clube

Atlético Paranaense nascer.

A história do estádio começa no início

do século XX, em 1914, quando o senhor

Joaquim Américo Guimarães, então presi-

dente do Internacional, uma das equipes que

originariam o Atlético Paranaense em 1924,

comandou a construção do Estádio Baixada

da Água Verde. Dez anos depois, após a fu-

são do Internacional com o América, surgiu o

Atlético, que herdou o patrimônio e batizou o

estádio com o nome do principal responsável

por sua construção.

arena da baixadaEm 1997, o Estádio Joaquim Américo ganhou

uma nova cara. O estádio construído em 1914

foi posto abaixo e, em seu lugar, foi construí-

da uma Arena, muito mais moderna. A primeira

fase de construção deste novo estádio foi de

18 meses e 20 dias. A obra teve início no dia 1º

de dezembro de 1997 e foi entregue em 20 de

junho de 1999.

Porém, o estádio não foi entregue em sua

totalidade. Sua conclusão ocorreu entre os

anos de 2012 e 2014, com a construção do se-

tor Brasílio Itiberê.

Desde sua reinauguração, em 1999, a Arena

ficou conhecida como o estádio mais moderno

da América Latina, título que ostentou com or-

gulho até 2007, quando o Engenhão foi inau-

gurado no Rio de Janeiro

Além disso, a Arena esteve na vanguarda no

assunto Naming Rights. Seguindo os padrões

europeus, o Atlético Paranaense negociou os

direitos de uso de imagem na Arena, que em

março de 2005 foi batizada de Kyocera Arena.

O acordo durou até 1º de abril de 2008, quan-

do foi desfeito.

A Arena tem uma história que começa no

século XX. De lá para cá, aconteceram algu-

mas reformas e uma grande obra de reformu-

lação, colocando um estádio abaixo e cons-

truindo um novo no lugar. Vale a pena viajar

na história do Estádio Joaquim Américo.

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Data de inauguração

20 de junho de 1999

Primeiro jogo

Atlético Paranaense 2x1 Cerro Porteño (1999)

Primeiro gol

Lucas (Atlético Paranaense)

Data de inauguração

6 de setembro de 1914

Primeiro jogo

Internacional-PR 1x7 Flamengo (1914)

Primeiro gol

Arnaldo (Flamengo)

Page 36: Revista Só Futebol #01

36 • Revista Só Futebol •

Tabela da Copa

Grupo AClaSSiFiCação P J V E D GP GC SG %

BRaSil

CRoáCia

MéxiCo

CaMaRõES

Grupo BClaSSiFiCação P J V E D GP GC SG %

ESPanha

holanDa

ChilE

auStRália

Grupo CClaSSiFiCação P J V E D GP GC SG %

ColôMBia

GRéCia

CoSta Do MaRFiM

JaPão

Grupo DClaSSiFiCação P J V E D GP GC SG %

uRuGuai

CoSta RiCa

inGlatERRa

itália

roDADA 1

BrA x Cro

Qui 12/06/2014 - 17:00 aREna CoRinthianS

MEX x CAM

SEx 13/06/2014 - 13:00 aREna DaS DunaS

roDADA 1

ESp x HoL

SEx 13/06/2014 - 16:00 FontE noVa

CHI x AuS

SEx 13/06/2014 - 19:00 aREna Pantanal

roDADA 1

CoL x GrE

SáB 14/06/2014 - 13:00 MinEiRão

CDM x JAp

SáB 14/06/2014 - 22:00 aREna PERnaMBuCo

roDADA 1

uru x CoS

SáB 14/06/2014 - 16:00 aREna CaStElão

ING x ITA

SáB 14/06/2014 - 19:00 aREna aMazônia

p - Pontos | J - Jogos | V - Vitórias | E - Empates | D - Derrotas | Gp - Gols Pró | GC - Gols Contra | SG - Saldo de Gols | % - aproveitamento

Page 37: Revista Só Futebol #01

37• Revista Só Futebol •

Tabela da Copa

Grupo EClaSSiFiCação P J V E D GP GC SG %

Suíça

EQuaDoR

FRança

honDuRaS

Grupo FClaSSiFiCação P J V E D GP GC SG %

aRGEntina

BóSnia h.

iRã

niGéRia

Grupo GClaSSiFiCação P J V E D GP GC SG %

alEManha

PoRtuGal

Gana

EStaDoS uniDoS

Grupo HClaSSiFiCação P J V E D GP GC SG %

BélGiCa

aRGélia

RúSSia

CoREia Do Sul

roDADA 1

SuI x EQu

DoM 15/06/2014 - 13:00 Mané GaRRinCha

FrA x HoN

DoM 15/06/2014 - 16:00 BEiRa-Rio

roDADA 1

ArG x BoS

DoM 15/06/2014 - 19:00 MaRaCanã

IrA x NGA

SEG 16/06/2014 - 16:00 aREna Da BaixaDa

roDADA 1

ALE x por

SEG 16/06/2014 - 13:00 aREna FontE noVa

GAN x EuA

SEG 16/06/2014 - 19:00 aREna DaS DunaS

roDADA 1

BEL x AGL

tER 17/06/2014 - 13:00 MinEiRão

ruS x Cor

tER 17/06/2014 - 19:00 aREna Pantanal

p - Pontos | J - Jogos | V - Vitórias | E - Empates | D - Derrotas | Gp - Gols Pró | GC - Gols Contra | SG - Saldo de Gols | % - aproveitamento

Page 38: Revista Só Futebol #01

38 • Revista Só Futebol •

futsal

Meninas

quadras de futsalCopa Paraná de futsal feminino teve

duas categorias: adulto e sub-17

o mês de maio, teve fim

a Copa Paraná de Futsal

Feminino. Realizado pela

Federação Paranaense

de Futebol de Salão, a fi-

nal do evento aconteceu

no dia 18. Quem levantou N

dominando as

a taça de campeão foi a Associação

Cianorte de Futsal, que bateu a forte

equipe CERA/Prefeitura de Telêmaco

Borba por 6x3. O terceiro lugar ficou

com o Londrina Futsal Feminino, que

derrotou por 5x1 o Real Colombo

Futebol Clube.

38 • Revista Só Futebol •

Page 39: Revista Só Futebol #01

39• Revista Só Futebol •

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MM "acreditaMos Na

força do futsal

feMiNiNo”

Jesuel Laureano Souza

Cianorte

telêmaco Borba

modalidade feminina. “O fu-

tebol feminino, seja ele de

campo ou de quadra – o nos-

so futsal -, vem caminhando

a passos lentos. Isso tanto no

estado paranaense quanto no

resto do país”, comentou.

Para Jesuel, o trabalho feito

pela FPFS é positivo. “Nossa

federação está tentando aju-

dar os clubes, pois acredi-

tamos na força do futsal fe-

minino”. Um dos resultados

positivos já se reflete na edi-

ção de 2014 da Liga Feminina

Nacional. "Ficamos muito feli-

zes, pois duas cidades do nos-

so estado, Maringá e Telêmaco

Borba, estão pleiteando ser

sede para realizar a edição de

2014, entre 15 e 24 de agosto”,

concluiu o presidente.

Telêmaco Borba teve 100% de

aproveitamento, com cinco vitó-

rias em cinco jogos. Na final, ven-

ceu o Coritiba Cancun por 7x2, no

Ginásio de Esportes Furtadão.

ANÁLISE

O presidente da Federação

Paranaense de Futebol de

Salão, Jesuel Laureano Souza,

avaliou o atual momento da

Sub-17Na categoria sub-17, a pri-

meira edição da Copa Paraná de

Futsal Feminino reuniu mais de

120 atletas. A competição foi re-

alizada entre os dias 30 de abril

e 5 de maio, em Telêmaco Borba.

As donas da casa fizeram bonito

e conquistaram o título de for-

ma invicta. O Clube Recreativo

Aquárius Futsal/Prefeitura de

Page 40: Revista Só Futebol #01

40 • Revista Só Futebol •

Jotinha! Avante,

Apaixonado por futebol, o empresário fala da situação atual

de seu clube e do futebol brasileiro

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EntrEvistA

JoEl MAlucElliEmpresário e apai-xonado por futebol

40 • Revista Só Futebol •

Page 41: Revista Só Futebol #01

41• Revista Só Futebol •

oel Malucelli é um dos grandes

nomes do estado do Paraná.

Aos 58 anos, é empresário

de renome e ligado à políti-

ca. Apaixonado por futebol, foi

presidente do Coritiba na dé-

cada de 1990 e em 1994 criou o

Malutrom, que, após algumas parcerias que não

deram certo, tornou-se o atual JMalucelli.

Em entrevista exclusiva à revista só Futebol,

o empresário e empreendedor do futebol abor-

dou diversos temas, como Copa do Mundo, atu-

al momento do futebol brasileiro, crescimento do

“Jotinha” e calendário para equipes menores.

revista só Futebol: Qual é a sua visão do atual

momento vivido pelo futebol paranaense?

Joel Malucelli: Hoje é o quinto futebol do Brasil. Já

tivemos três times na Série A, mas faltam repre-

sentantes nas demais séries. Está difícil crescer-

mos. Se os clubes não conversarem para mudar a

situação e o calendário, vamos perder espaço para

Santa Catarina.

revista só Futebol: sua primeira experiência no

comando do futebol foi com o coritiba. como foi?

Joel Malucelli: Foi sofrida. Não tinha experiência e

tive sorte em ter o Sérgio Prosdóscimo e o Edson

Maud ao meu lado. O projeto era entrar no clube

dos 13 e na época precisava de unanimidade. Mas

no meu mandato voltamos a série A do futebol

brasileiro e ingressamos no Clube dos 13. Além de

construirmos o CT. Até hoje sou reconhecido como

presidente do Coritiba.

J

consciÊnciA EcolÓGicAEcoestádio Janguito Malucelli foi construído para causar o menor impacto ambiental possível

41• Revista Só Futebol •

Page 42: Revista Só Futebol #01

42 • Revista Só Futebol •

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EntrEvistA

revista só Futebol: você tocou em um ponto

importante: como lidar com a falta de torce-

dores que o JMalucelli tem?

Joel Malucelli: O principal é a falta de motiva-

ção e entusiasmo do jogador. É melhor jogar

com casa cheia. A dificuldade tem sido grande

e não sabemos como superá-la. Não conse-

guimos mobilizar ninguém. Temos o apoio da

imprensa, mas não motivamos a torcida. Não

podemos desistir, pois ainda vale pelo projeto

social.

revista só Futebol: Este ano, o JMalucelli

eliminou o vitória da copa do Brasil. o que

representou isso para você?

Joel Malucelli: Hoje é o detalhe que resolve o

jogo. A parte física é muito igual. Um time menor

não passa mais vergonha quando joga com os

de elite. Não tem mais goleadas. Então ninguém

se surpreende se o JMalucelli ou outro time me-

nor chega numa semifinal.

revista só Futebol: o JMalucelli é um time

pequeno. como lida com a falta de calendário

e jogos?

Joel Malucelli: O Brasil não pode ter somente

até a Série D. A Alemanha, bem menor, tem nove

divisões. Com mais divisões, teríamos um calen-

dário mais longo. O JMalucelli mesmo, quando

acabar a Copa do Brasil para nós, vai manter

somente cerca de oito jogadores principais, o

resto tem que se virar. No Brasil, só existe a

Série A e há uma desproporcionalidade de sa-

lários de jogadores e técnicos. Os presidentes

revista só Futebol: Em 1994 ao criar o

Malutrom, atual JMalucelli. Qual o balanço que

você faz nesses 20 anos de clube?

Joel Malucelli: Ainda procuramos o nosso rumo,

mas precisamos de um parceiro, um jogador que

participe do projeto. Como o Juninho, no Ituano.

Hoje o Jota está em dificuldades. Não temos tor-

cedores, mas temos uma maneira correta de tocar

o futebol, seja com os impostos ou com os salá-

rios. Ainda temos uma sobrevida com o dinheiro da

venda do Jucilei. Mas precisamos de um parceiro.

revista só Futebol: Qual foi sua intenção,

em 1994, em criar o Malutrom?

Joel Malucelli: Primeiro, minha paixão pelo fute-

bol. Depois, porque considero o futebol um projeto

social. O Jucilei era auxiliar de pedreiro e hoje tem

uma vida boa. E são inúmeros casos assim. Mas

eu não quero ter prejuízo, quero que se mantenha.

Temos um orçamento reduzido, mas, à medida que

o futebol evolui e você sobe de divisão, pode-se

tornar um clube mais poderoso.

revista só Futebol: recentemente, houve a

parceria com o corinthians. Por que não deu

certo e encerraram?

Joel Malucelli: Não deu certo porque não con-

segui atrair os torcedores do time paulista para

o paranaense. Até o fato de eu não poder usar

a bandeira do Paraná no símbolo denegriu um

pouco o projeto. A ideia era angariar torcedores.

Como não deu certo, perdeu o sentido. Além disso,

o Grupo JMalucelli é muito grande. Aproveitamos,

também, como estratégia de marketing.

Page 43: Revista Só Futebol #01

43• Revista Só Futebol •

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não têm coragem de enfrentar

seus orçamentos e pagam o

que não podem, endividando o

time e deixando dívidas para o

próximo presidente.

revista só Futebol: como

você vê a relação da política

brasileira com o futebol?

Joel Malucelli: O Brasil é um só

e hoje ele está esculhambado

de uma maneira só. Infelizmente

minha geração não verá um

Brasil melhor na educação, sem

crime, com estradas e aeropor-

tos. E, assim como o Brasil, o

futebol poderia ser bem melhor,

mais organizado e sério. A CBF

possui presidentes que perpe-

tuam no cargo e não fiscalizam.

Assim como os escândalos que

estouram na política e ninguém

faz nada. Temos que lutar para

mudar isso.

revista só Futebol: Qual a

sua opinião sobre a copa no

Brasil?

Joel Malucelli: O momento era

bom quando conseguimos a

Copa. Hoje, o cenário é bem opos-

to. O único legado serão os está-

dios. Não tem como prosperar.

JMAlucElliNa edição de 2014 da Copa do Brasil, contra o Vitória

Page 44: Revista Só Futebol #01

Futebol americano

44 • Revista Só Futebol •

A força daFederação

Federação Paranaense de Futebol americano, criada em 2009, é principal responsável pela disseminação do esporte no estado

uper Bowl. Com certeza

você já ouviu essas duas

palavras mágicas. A final

do futebol americano nos

Estados Unidos é o maior

evento esportivo do pla-

neta, acompanhado ao vivo

nos quatro cantos do mundo. Seus adeptos

espalharam-se pelo globo e também chega-

ram ao Brasil.

Os fãs do esporte norte-americano começaram

a praticá-lo por aqui e com o tempo os adeptos

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Page 45: Revista Só Futebol #01

45• Revista Só Futebol •

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aumentaram Brasil afora. No caso de Curitiba, fo-

ram criadas equipes e amistosos eram marcados de

forma frequente. Chegou um momento em que era

necessário dar um passo a mais. Em 2009, foi cria-

da a Federação Paranaense de Futebol Americano,

a FPFA, com o intuito de centralizar a organização e

divulgar a modalidade no estado.

Apesar de recente, a federação é a grande res-

ponsável pelo crescimento gradativo do esporte

no Paraná, além de incluir um dos principais times

do Brasil e pentacampeão estadual, o Coritiba

Crocodiles, parceiro do clube de futebol Coritiba.

O atual presidente da FPFA é o economista

Carlos Alberto Copi Junior, que divide a presi-

dência com o horário de trabalho em uma cor-

retora de valores. “Não estou só. É um trabalho

coletivo com os dirigentes. Acredito que é esse

conjunto que faz a federação ter força dentro

do esporte, já que temos representantes de to-

das as equipes do estado. Sem contar que te-

mos um belo legado deixado pelo ex-presiden-

te Adan Rodrigues", comenta o atual presidente

e também atleta

O próximo objetivo é evoluir a estrutura in-

terna da entidade, profissionalizando áreas de

trabalho e ter uma participação maior dos dire-

tores da gestão. A visão do atual presidente, de

apenas 26 anos, é estar consolidado em breve

e ser forte em até dez anos.

“Conforme as pessoas começam a conhecer

o esporte e perdem o preconceito, cresce o nú-

mero de fãs. Imagino que em dez anos, se ain-

da não for profissional, estaremos muito perto

disso. Atualmente, temos o problema financeiro,

mas com o tempo acredito que isso também vai

melhorar”, conclui Carlos Copi.

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Filiações Federação

Galeria dos campeões Paraná bowl

2009 Barigui Crocodiles

2010 Barigui Crocodiles

2011 Barigui Crocodiles

2012 Coritiba Crocodiles

2013 Coritiba Crocodiles

Page 46: Revista Só Futebol #01

imprensa

46 • Revista Só Futebol •

Donasda bola

mulheres ganham espaço na imprensa esportiva e superam o preconceito com esforço e bom trabalho

esse exato momento,

Nadja Mauad está pen-

sando em futebol. Ela pode

estar escovando os den-

tes, preparando o jantar ou

passando as compras no

caixa do supermercado. O

fato é que o ofício de jornalista esportiva não per-

mite que ela afaste os pensamentos do esporte

por muito tempo. Bem-informada e responsável

por várias informações em primeira mão no no-

ticiário esportivo paranaense, Nadja é figurinha

muito conhecida de quem acompanha os times

Nda capital e pode ser considerada uma das provas

vivas de que há (muito) espaço para mulheres na im-

prensa especializada em esportes.

Apaixonada por esportes desde pequena, a jor-

nalista já praticou tênis, natação, vôlei, hipismo,

handebol e remo. No vestibular, embora a opção

óbvia parecesse ser Educação Física, Nadja esco-

lheu Jornalismo e, até hoje, não tem motivos para

se arrepender. Um estágio no terceiro ano da facul-

dade se transformou em emprego após a formatura.

Durante quatro anos, a jornalista atuou como pro-

dutora do CBN Esporte, trabalho que abriu várias

portas. Com o tempo, ela passou a se dividir entre o

Page 47: Revista Só Futebol #01

47• Revista Só Futebol •

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"AcreDito que As

mulheres têm um

olhAr DifereNte,

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com As muDANçAs

No jeito De coNtAr

As históriAs No

jorNAlismo".

rádio e a TV, cobrindo jogos para

o SporTV e para o Premiere FC.

Ao mesmo tempo, Nadja parti-

cipou do programa de talentos

da RPC e, em 2011, foi convidada

para trabalhar no Globo Esporte.

A trajetória já rendeu ótimas re-

cordações, mas está só no co-

meço, ela promete.

“Tive muitos momentos baca-

nas até hoje. Cobri as três finais

da Copa do Brasil - com Coritiba

e Atlético - acompanhando as

campanhas desde o começo.

Neste ano, fiz Libertadores,

além de ter entrevistado ídolos

como Giba, Emanuel, Ronaldo,

Gustavo Kuerten. Agora vem o

desafio e sonho maior: Copa do

Mundo™”, comenta Nadja.

Janaína Castilho

“o meNor precoNceito foi Do

público, que sempre me Apoiou com

cAriNho e críticAs coNstrutivAs".

Nadja Mauad

Page 48: Revista Só Futebol #01

imprensa

48 • Revista Só Futebol •

ChiCamaria francisca Klosienski, 40 anos de imprensa futebolística.

Assunto inevitável, o preconceito também é

algo com que a jornalista tem que conviver no seu

dia a dia. Perguntada sobre o tema, Nadja afirma

que seus ouvintes e telespectadores não causam

tanto problema. A origem do preconceito, segundo

ela, costuma vir de pessoas mais próximas.

“No começo, o preconceito foi grande. Eu era uma

mulher entrando em um meio muito masculino, es-

pecialmente no rádio. Ele vem de todos os lados: co-

legas, dirigentes, jogadores. O mais engraçado é que

o menor preconceito foi do público, que sempre me

apoiou com carinho e críticas construtivas. De qual-

quer forma, o preconceito existe e até hoje tem gente

que fala - até no ar, em seu meio de comunicação

- que tenho facilidade porque sou mulher, e não por-

que sou jornalista 24 horas por dia”, avalia Nadja, que

ainda comanda um blog que comenta os bastidores

do futebol sob a ótica das mulheres.

Outro rosto feminino que o apaixonado por espor-

tes paranaense está acostumado a ver nas telinhas

é o de Janaína Castilho. Repórter e apresentadora do

Globo Esporte, ela está envolvida com o jornalismo

esportivo desde 2006 e garante que, nesses oito

anos, foram raros os momentos em que teve de lidar

com o preconceito.

“Hoje, eu já nem percebo mais qualquer precon-

ceito ou desrespeito. Sempre tem comentários que

vêm das arquibancadas, mas se for repórter homem

há xingamentos da mesma forma. Só mudam as pa-

lavras. Nos últimos seis ou sete anos, as mulheres

ganharam muito espaço no jornalismo esportivo e

aí a gente fala de futebol, porque as coberturas são

intensas. Mas sempre fui muito respeitada entre os

colegas de profissão. Acredito que as mulheres têm

um olhar diferente, que caminha junto com as mu-

danças no jeito de contar as histórias no jornalismo”,

comenta Janaína.

TODO MUNDO CONHECE A CHICA

Maria Francisca Klosienski não é jornalista, mas

seria impossível falar da presença feminina na co-

bertura esportiva paranaense sem falar sobre ela.

Chica, como é conhecida, é responsável pelo cre-

denciamento dos repórteres em dias de jogo e já

tem uma história de quase 40 anos com a imprensa

futebolística do estado.

“Comecei a trabalhar na Associação dos

Cronistas Esportivos do Paraná em 1975 e, em

2004, na Federação Paranaense de Futebol. Nesse

tempo, construí muitas amizades e posso dizer que

todo mundo no meio esportivo me conhece. No co-

meço, o preconceito era muito grande e naquela

época mulher não era bem-vista em estádio de fu-

tebol. Só tinha a Sonia Nassar na Tribuna do Paraná

e a Cida Teixeira na Rádio Paraná”, relembra Chica,

deixando claro que as mulheres nunca tiveram tan-

to espaço no meio de campo esportivo.

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Page 49: Revista Só Futebol #01

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Page 50: Revista Só Futebol #01

50 • Revista Só Futebol •

recomeçarHora de

Depois de sete temporadas no Japão, Levir Culpi retorna ao futebol brasileiro com

a difícil missão de se readaptar ao país

50 • Revista Só Futebol •

PerfiL

A voLtA Culpi acredita que readapta-ção ao Brasil será mais difícil do que a chegada ao Japão

Page 51: Revista Só Futebol #01

51• Revista Só Futebol •

oram sete temporadas no

Japão. À frente do Cerezo

Osaka, Levir Culpi desbravou o

futebol nipônico, descobriu as

diferenças (na técnica e na apli-

cação tática) entre jogadores

brasileiros e japoneses e apren-

deu a viver em uma sociedade completamente

diferente daquela a que estava acostumado. Em

abril, sete meses depois de se despedir da ter-

ra do sol nascente, o treinador assinou contrato

com o Atlético Mineiro para tentar se readaptar

ao futebol nacional e à vida em solo brasileiro.

Em entrevista exclusiva à revista Só

futebol, Levir falou do contraste entre Japão

e Brasil, relembrou seus melhores momentos

em clubes paranaenses e fez um prognóstico

sobre a nova etapa da carreira.

revista Só futebol: Quais são as principais

diferenças entre os jogadores brasileiros

e os japoneses?

Levir Culpi: Os brasileiros têm mais técnica, já

nascem com qualidade. Os japoneses se supe-

ram treinando e cumprem com mais frequência o

que for determinado taticamente.

revista Só futebol: você vê muita diferença

entre o Campeonato Japonês e o resto

do mundo?

Levir Culpi: Por ter apenas 20 anos, o futebol ja-

ponês deve servir de exemplo. Tudo é muito bem

organizado e os jogos têm grandes públicos. Aos

poucos, estão surgindo muitos jogadores que

já estão atuando em grandes clubes da Europa.

Tive o prazer de revelar vários deles, como o

Shinji Kagawa, o Kiyotaque e o Kakitani.

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DeDiCAÇÃo "O japoneses se superam treinando"

Page 52: Revista Só Futebol #01

52 • Revista Só Futebol •

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“Por ter aPenas 20 anos, o futebol jaPonês deve servir de exemPlo. tudo é muito bem organizado e os jogos têm grandes Públicos”

grandes feitos no Cerezo Osaka, levando o time

duas vezes para a Liga da Ásia. Precisava de mu-

dança de ares.

revista Só futebol: você já havia deixado o

Cerezo osaka no fim de 2012, mas acabou vol-

tando ao Japão no ano seguinte. o que acon-

teceu naquela ocasião?

Levir Culpi: Tinha decidido voltar ao Brasil, mas no

meio do ano o Cerezo Osaka se encontrava em uma

situação muito difícil, na zona de rebaixamento. Não

pude recusar o convite para ajudar o time que eu

mesmo tinha tirado da J2 (Segunda Divisão).

revista Só futebol: você acabou saindo do

Atlético Paranaense no final de 2004 um tanto

contestado pela torcida. ficou alguma mágoa

ou ressentimento?

Levir Culpi: Pela torcida, não. O Atlético foi

vice-campeão brasileiro com um elenco rechea-

do de garotos que revelamos naquele ano, como

Jádson, Fernandinho e Dagoberto. Fui contes-

tado pela diretoria, que faltou com respeito co-

migo depois que saí do time. Enquanto estive lá,

nunca me falaram nada.

revista Só futebol: Qual é sua melhor lem-

brança como técnico dos clubes de Curitiba?

Levir Culpi: Como técnico, ganhei o primeiro títu-

lo do penta do Paraná Clube na década de 1990.

revista Só futebol: Como foi a adaptação

aos costumes japoneses?

Levir Culpi: Minha esposa e minhas filhas me vi-

sitavam com frequência. É mais fácil se adaptar

no Japão do que se readaptar ao Brasil depois de

sete temporadas fora. Lá é tudo muito organizado

e o respeito está acima de tudo.

revista Só futebol: Qual foi o motivo de voltar

ao Brasil depois de seis anos no Japão?

Levir Culpi: Queria algo novo. Já tinha conquistado

Page 53: Revista Só Futebol #01

53• Revista Só Futebol •

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No Coritiba, tive um momento

de grande decepção com o fu-

tebol quando fomos roubados

em um jogo contra o Guarani no

Brinco de Ouro da Princesa, na

semifinal da Série B de 1991. No

Atlético, ganhei um torneio no

início em 1987 e fui vice-cam-

peão brasileiro em 2004 com

uma campanha muito bonita,

recheada de goleadas.

revista Só futebol: o que

significa, no atual momento

da sua carreira, esse recome-

ço no Atlético Mineiro?

Levir Culpi: Tenho uma rela-

ção muito boa com o Atlético

Mineiro. Acho que não tinha

clube melhor para voltar a tra-

balhar no Brasil. Cheguei em um

MunDiAL Fora da Libertadores, o treina-dor prevê um Atlético-MG forte depois da Copa do Mundo™

momento de reestruturação do

time e vou trabalhar para isso.

revista Só futebol: Qual é sua

expectativa para o Atlético

Mineiro no Campeonato

Brasileiro e no restante da

temporada?

Levir Culpi: Precisamos de um

tempo para organizar as coisas.

Acho que, depois da Copa do

Mundo™, o time vai embalar.

revista Só futebol: no

período em que esteve longe

do futebol, entre a volta do

Japão e a assinatura de

contrato com o Galo, o que

você aproveitou para fazer?

Levir Culpi: Revi amigos, pesquei

e me dediquei bastante ao livro

que lancei no dia 2 de junho em

Curitiba [Somos todos burros com

sorte? é uma espécie de autobio-

grafia, em que Levir conta as his-

tórias que colecionou ao longo de

40 anos no futebol profissional].

revista Só futebol: A ideia

de reverter a renda da

venda do livro para o Hospital

Pequeno Príncipe ainda

existe?

Levir Culpi: Claro. Sempre pen-

sei que a arrecadação do livro

devia servir a uma causa so-

cial. Quando conheci o Pequeno

Príncipe e as pessoas que o co-

mandam, tive a certeza de que

a parceria seria com eles. São

pessoas honestas, que desen-

volvem um grande trabalho.

Page 54: Revista Só Futebol #01

54 • Revista Só Futebol •

torcedores

A taça é nossa! Já teve brasileiro que viu o prêmio bem de perto

aio foi um mês especial

para três jovens torce-

dores. Hélio, João Pedro

e Letícia viajaram com

a marca Coca-Cola até

Cuiabá para voltar no

mesmo avião que trazia a

taça da Copa do Mundo™ para Curitiba – que tem

visitado todas as capitais brasileiras desde abril.

Fãs de futebol, os três ainda puderam conhecer a

Arena Pantanal, estádio que está na lista dos que

recebem jogos da Copa. Cada um deles nos contou

um pouquinho sobre a experiência e a sensação

de estar perto da tão sonhada taça!

M

Page 55: Revista Só Futebol #01

55• Revista Só Futebol •

17 anosTorcedor do Atlético

desde quando você gosta de futebol?

Desde pequenininho, devia ter uns

dez anos quando comecei a ir aos jo-

gos com meus tios e primos. Vamos

juntos até hoje.

Por que você queria ir ver a taça?

É uma experiência muito única poder

conhecer a taça! Quando ouvi a pro-

moção, já corri para participar.

o que você sentiu durante a visita?

Me senti muito honrado, nunca imaginei

que ia viver isso! Visitar a cidade e conhe-

cer o estádio também foi muito legal.

o que você está esperando da copa?

Espero que dê tudo certo e que a gente

não tenha nenhum problema. Espero que

o Brasil ganhe, vou acompanhar os jogos.

desde quando você gosta de futebol?

Praticamente desde que nasci! Meu

pai sempre me levou ao estádio. Ele

e meu avô são torcedores do Paraná.

Por que você queria ir ver a taça?

Eu gosto muito de futebol, então chegar tão

perto da taça é incrível. Único mesmo.

o que você sentiu durante a visita?

O estádio é maravilhoso, foi um clima ótimo.

Letícia Martins

HéLio Vida cassi Júnior

João Pedro andres18 anosTorcedora do Coritiba

16 anosTorcedor do Paraná Clube

desde quando você gosta de futebol?

Desde bem pequena! Havia bastante tempo que meu pai

já me levava aos jogos. Hoje continuamos indo juntos.

Por que você queria ir ver a taça?

Foi uma oportunidade bem única, né? Muitos jogadores

não conseguem chegar tão perto da taça, para nós, “pes-

soas normais”, é mais difícil ainda.

o que você sentiu durante a visita?

Foi uma experiência maravilhosa! Quando cheguei perto

da taça, me lembrei de vários jogos, de muitos jogadores

levantando o prêmio. A gente costuma só ver isso na TV.

o que você está esperando da copa?

Espero que seja bem boa, não só para as seleções,

mas também para as pessoas,

que traga benefícios. E, claro,

que o Brasil seja campeão!

Visitamos o estádio, entramos no gramado e conhece-

mos o engenheiro que o projetou! Ele comentou deta-

lhes do espaço, foi muito legal!

o que você está esperando da copa?

Estou torcendo muito para o Brasil, que a gente consi-

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Page 56: Revista Só Futebol #01

futebol de base

56 • Revista Só Futebol •

Craquescabeça

trabalho psicológico realizado durante a formação de jogadores é

fundamental para preparar os atletas e ensiná-los a administrar tanto as

frustrações quanto as alegrias

ateNÇÃo RedobRadaParaná Clube realiza traba-lho físico e psicológico com os craques desde cedo ©

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Page 57: Revista Só Futebol #01

57• Revista Só Futebol •

reparação física, apri-

moramento das habili-

dades, trabalhos táticos

e constante evolução da

técnica. Não é pequena

a lista de aptidões que

jovens aspirantes a cra-

ques de futebol precisam desenvolver na

longa e árdua caminhada rumo aos pri-

meiros passos como jogadores profissio-

nais. E, no meio de tantas preocupações,

um detalhe que não pode passar batido

é a preparação psicológica, fundamen-

tal tanto para a carreira de atleta quanto

para o desenvolvimento pessoal.

No Paraná Clube, os responsáveis pe-

las categorias de base da equipe tricolor

fazem questão de elaborar um trabalho

psicológico passo a passo com todas

as futuras promessas que passam pelo

Ninho da Gralha com o objetivo de chegar

ao elenco profissional. Segundo Marcos

Matias, coordenador técnico das cate-

gorias de base do Paraná, um importan-

te pilar do trabalho realizado no clube é

administrar a carga de responsabilidade

em cima dos atletas e tentar prepará-los

para frustrações e sucessos.

“É um sonho de todo menino, mas a

gente sabe que é um funil: começam mui-

tos e são poucos os que acabam chegan-

do às categorias maiores da base e prin-

cipalmente ao profissional. Aqui, damos

P

Page 58: Revista Só Futebol #01

futebol de base

58 • Revista Só Futebol •

todo o suporte, a preparação

técnica, física, tática e inclu-

sive psicológica. O Paraná visa

a formação de jogadores e,

quando falamos dessa forma-

ção, tratamos não só da parte

do atleta, mas também de indi-

víduo”, explica Matias.

Perguntado sobre o trata-

mento dado aos jovens quan-

do o assunto é frustração, o

coordenador paranista afirma

que a intenção do clube é en-

sinar esses atletas também a

conviver e enfrentar essas di-

ficuldades: “Mesmo longe do

futebol, eles vão passar por

esse tipo de situação, então

o mais importante é lidar com

isso”. O clube tem ainda uma

equipe psicopedagógica que

acompanha os jogadores. É

cobrado frequência, disciplina

e desempenho de todos eles

quando o assunto é escola.

“Procuramos dar todo o apoio

“É imPortante entender que o atleta que tem

uma tranquilidade emoCional e sabe lidar

Com diversas situações extraCamPo, terá um

aumento de Produtividade dentro de CamPo”

Heloísa de Moura Vieira, psicóloga das categorias de base do Paraná Clube

para que esses atletas te-

nham boas condições”, conta o

profissional.

Psicóloga responsável por

todo o trabalho com os elen-

cos da categoria de base do

Paraná, Heloísa de Moura

Vieira lembra que a pressão é

uma realidade diária na vida

dos atletas. Esse é um dos

motivos pelos quais o trabalho

psicológico tem tanta impor-

tância no começo de carreira

dos esportistas.

“O atleta, por iniciar sua

carreira profissional tão cedo,

é exigido em maturidade e

responsabilidade. Muitas ve-

zes, esses adolescentes não

foram preparados para esse

tipo de situação. A pressão

é constante e eles precisam

criar habilidade de utilizá-la de

forma positiva no desempe-

nho, transformando o estres-

se em motivação. O trabalho

psicológico é fundamental para

inserir essas estratégias no re-

pertório comportamental dos

atletas”, comenta Heloísa.

Membro do Paraná Clube

desde o fim de 2013, a psi-

cóloga revela que, mesmo

durante o pouco tempo de

casa, já teve a oportunida-

de de acompanhar a história

de atletas em que o trabalho

psicológico foi importante em

casos de controle de ansieda-

de, melhora de situações de

relacionamento com familiares

de amigos, coesão de grupo e

melhora de comunicação. E

tudo isso acaba repercutindo

também nos treinamentos.

“É importante entender que

o atleta que tem uma tranqui-

lidade emocional e sabe lidar

com diversas situações ex-

tracampo terá um aumento de

produtividade dentro de cam-

po”, finaliza a psicóloga.

Page 59: Revista Só Futebol #01

59• Revista Só Futebol •

alÉM do futebolo trabalho auxilia no desempenho dentro e fora de campo© R

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Page 60: Revista Só Futebol #01

on-line

60 • Revista Só Futebol •

Segue aíJogadores também fazem sucesso nas redes sociais

CBF e a comissão

técnica da seleção

brasileira liberaram:

os jogadores vão

poder postar tudo o

que estão fazendo

durante o Mundial. A

única exigência é que os atletas não

postem sobre o que se passa nos bas-

tidores e segredos da seleção. Então

vamos esperar muitos selfies e caretas

nas suas páginas pessoais, principal-

mente no Instagram, aplicativo mais

popular entre eles.

Se você ainda não segue os seus fa-

voritos, pegue seu smartphone e adi-

cione já!

A No Instagram, Neymar

posta de tudo um pou-

co. Fotos com os amigos,

com a família e, claro,

com os colegas de cam-

po. Já são quase cinco

milhões de seguidores

na página e cada foto é

sucesso instantâneo.

O Twitter do meio-campista Oscar (@oscar11) é prati-

camente uma réplica do Instagram. Em inglês e por-

tuguês, ele mostra um pouco do seu dia a dia fora de

campo com os jogadores do Chelsea, na Inglaterra, a

família e os colegas de seleção brasileira.

Neymar

Oscar

Page 61: Revista Só Futebol #01

61• Revista Só Futebol •

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ivu

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ão

Na defesa da seleção brasileira, Thiago

Silva tem quase um milhão de segui-

dores no Instagram. O filho e a esposa

não escapam das fotos do jogador, mas

a maioria das fotos é dele em campo e

com os companheiros de time.

Craque do Real Madrid, Marcelo posta em espanhol, inglês

e português. Não ficam de fora das imagens os colegas

espanhóis e os companheiros de seleção brasileira, além

de fotos da intimidade. Tem até vídeo com os cachorros!

Ele virou polêmica em todo o mundo depois de comer

uma banana que um torcedor racista jogou em campo. No

Instagram, Daniel Alves gosta de postar frases e pensamen-

tos junto com suas fotos, quase sempre também acompa-

nhadas pela #somostodosiguais #somostodoshumanos.

marcelO Vieira

ThiagO silVa

DaNiel alVes

Um dos jogadores mais

divertidos no Instagram, o

zagueiro da seleção bra-

sileira posta pelo menos

uma vez ao dia. Sua cabe-

leira divide espaço nas fo-

tos com a mãe, os amigos

e os colegas de profissão.

DaViD luiz

Page 62: Revista Só Futebol #01

FUTEBOL AMADOR

62 • Revista Só Futebol •

sangueFutebol no Herói atleticano,

Luisinho Netto coleciona títulos, amizades e emoções nos campeonatos amadores

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Luizinho netoComemorando o gol marcado ante a seu ex-clube Iguaçu

62 • Revista Só Futebol •

Page 63: Revista Só Futebol #01

63• Revista Só Futebol •

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esde que encerrou

a carreira de joga-

dor de futebol pro-

fissional, Luisinho

Netto conquistou

todos os títulos

que disputou. A

frase que abre a matéria pode parecer

contraditória, mas, no caso do lateral-

-direito que fez história no Atlético-PR,

a afirmação faz todo sentido. Explica-

se: depois de pendurar as chuteiras

oficialmente, o atleta queria relaxar,

curtir a família e tocar os negócios na

área da agropecuária. No entanto, o

plano durou pouco. No mês seguinte

à aposentadoria, Luisinho recebeu o

convite para defender o Internacional

de Campo Largo na Taça Paraná de

2011. O amor pela bola falou mais alto e

a convocação para entrar no mundo do

futebol amador foi aceita na hora.

De lá para cá, o jogador foi cam-

peão da competição três vezes, sem-

pre pelo time que o colocou nos gra-

mados da várzea paranaense. Além

da Taça Paraná, Luisinho Netto levan-

tou três vezes consecutivas o troféu

da Suburbana, por Bairro Alto (2011),

Iguaçu (2012) e Trieste (2013). O apro-

veitamento de 100% nas competições

amadoras é reflexo dos cuidados do

eterno atleta com a preparação física.

“Mesmo depois que deixei de jo-

gar, nunca descuidei da alimentação

e até hoje vou diariamente à academia

D

Page 64: Revista Só Futebol #01

FUTEBOL AMADOR

64 • Revista Só Futebol •

DEcisãO sUBURBANA 2012Jogo entre Iguaçu e Bairro Alto, no estádio Francisco Muraro (Trieste Stadium)

64 • Revista Só Futebol •

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esporte que o consagrou em

diversos times do Brasil e o

transformou em ídolo atletica-

no. Luisinho, aliás, é o maior ar-

tilheiro da história do Furacão

na Libertadores da América.

e corro em parques. Fora isso,

também treino com o time do

Inter de Campo Largo, às ter-

ças e quintas. Na medida do

possível, tento manter uma ro-

tina parecida com a que tinha

quando era atleta”, conta,

prestes a completar 40 anos.

O dia a dia recheado de ati-

vidades físicas, além de servir

para manter a forma, não dei-

xa de ser um contato com o

Page 65: Revista Só Futebol #01

65• Revista Só Futebol •

Depois de tantas alegrias, fica

difícil deixar o passado para trás.

“A verdade é que o futebol

está no meu sangue e é o que

eu mais gosto de fazer. Até hoje,

sinto a mesma alegria em jogar,

seja em partidas de fim de se-

mana ou em decisões de cam-

peonatos amadores. A vontade

continua sendo a mesma a cada

vez em que eu entro em um

campo, mas tenho que admitir

que os jogos da Taça Paraná e

da Suburbana minimizam um

pouco a saudade que sinto do

profissional”, garante Luisinho.

A declaração serviu de deixa

e aproveitamos para perguntar

do que o ex-jogador mais sente

falta no ambiente dos jogos de

futebol profissional. Segundo o

lateral-direito, não são os gra-

mados bem-aparados ou a es-

trutura mais organizada, mas as

amizades conquistadas ao lon-

go de 15 anos e as viagens ao

lado de companheiros que, hoje

em dia, só podem ser encontra-

dos por telefone.

“A verDADe é que o FuTeBol eSTá no Meu SAngue e é o que eu

MAIS goSTo De FAzer. ATé hoJe, SInTo A MeSMA AlegrIA eM JogAr”

Luisinho Netto

DENTRO DE CAMPO, TODOS IGUAIS

Perguntado sobre como é o tra-

tamento que recebe dos colegas

de time no amador, Luisinho não

esconde que acaba sendo uma

inspiração para os atletas que

se acostumaram a torcer (a favor

ou contra) e a vê-lo somente nos

estádios ou pela televisão. O tra-

tamento especial, no entretanto,

o ex-jogador dispensa. “Eu sinto

que há um respeito muito grande

e uma certa idolatria, por eu ter

sido jogador profissional. No en-

tanto, eu faço questão de ser tra-

tado da mesma forma que todos

os outros. Afinal de contas, dentro

das quatro linhas todo mundo é

igual e é um orgulho muito grande

para mim poder dar alguma contri-

buição ao pessoal do time”, revela

Luisinho, que ainda não decidiu

totalmente, mas pensa em aban-

donar os campeonatos amadores

no fim de 2014 para se dedicar a

seus gados. A bola, porém, certa-

mente não deixará de ser a maior

companheira.

Page 66: Revista Só Futebol #01

66 • Revista Só Futebol •

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

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ABEORACULOS

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COMENTARIOQEOOATI

LUNARDISCLETRADAEA

OCASIONAIS

Bagunça;confusão(bras.)

Mármorecom cama-das poli-crômicas

Peça demadeira

que demar-ca limites

Respostasdas divin-dades, na Antiguidade

Rã-touro,minipor-

co e mico-estrela

Parcelas(?), facili-dade em

pagamentos

"O Lago dos (?)",

balé clás-sico russo

Opção emfotos do

Facebook(web)

As "rivais"das

sogras(pop.)

Mês (?): ébaseado

no satélitenatural

Embarca-ção de

Noé (Bíb.)

Prejuízocoberto

por segu-radoras

"Eu (?)",sucesso

da LegiãoUrbana

Compact(?): o CD

(ing.)

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astronautados EUA

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romanos

Cabo, eminglêsAntigo

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Árvoreanã

Rei, emlatim

Meia do Te-tra, em 94

Sufixo de"falsete"

Nestaocasião

PassadoSubstânciaque nutre oorganismo

Colina,em inglês

Aspessoas

quetrazem

azar(bras.)

GenerosaLance de

habilidade,no futebol

Impedir a passa-gem de

Lado, eminglês

Pedra cinzenta usadapara revestir pisos

Vibrações que dissol-vem cálculos renais

(?) da Luluzinha: reu-nião feminina (pop.)

Ludibriado(no jogo de cartas)

Culta; instruídaAs impressões

intuitivas, por suafrequência

Diz-se doindivíduodisposto aperdoar

Causousofri-

mento a

3/rex. 4/cape — disc — hill — ônix — side. 5/atari. 6/boleto. 9/cabulosas.

Cruzadinha

Page 67: Revista Só Futebol #01

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Page 68: Revista Só Futebol #01

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