revista só futebol #07

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ANO 1 • NÚMERO 7 • 2015 • R$10 Revista Só Futebol DE OLHO NA SELEÇÃO O atacante Walter revela seu sonho de vestir a camisa do Brasil ANO 1 • NÚMERO 7 • 2015 • R$10 Ney Franco volta ao Coritiba para tentar repetir bom desempenho Luiz Casagrande, o Casinha, assume a presidência do Paraná para ficar até o último minuto ATÉ O FIM NOVO DESAFIO

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Apaixonados por futebol, como você.

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Page 1: Revista Só Futebol #07

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DE OLHO NA

SELEÇÃOO atacante Walter revela seu sonho de vestir a camisa do Brasil

ANO 1 • NÚMERO 7 • 2015 • R$10

Ney Franco volta ao Coritiba para

tentar repetir bom desempenho

Luiz Casagrande, o Casinha, assume a presidência do Paraná para ficar até o último minuto

ATÉ O FIM

NOVO DESAFIO

Page 2: Revista Só Futebol #07

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cobrança, a velocidade será restabelecida automaticamente. Após o período promocional, a validade dessa condição será renovada automaticamente por mais 30 (trinta) dias, até 30/09/2015, caso não haja publicação em contrário pela TIM. A velocidade de referência de navegação é de até 5 Mbps na rede 4G para download e 500 kbps para upload, e de até 1 Mbps na rede 3G para download e 100 kbps para upload. Para ter acesso ao 4G é preciso que o cliente tenha chip e aparelho compatíveis com a tecnologia, além de estar em um local com cobertura 4G. Acesse tim.com.br/4G, veja os aparelhos compatíveis e saiba mais. Para saber quais as cidades com cobertura 4G, acesse tim.com.br/portasabertas. O parcelamento em 12x sem juros é exclusivo para pagamento no cartão de crédito. Valor total do aparelho MOTOROLA MOTO G 4G à vista: R$ 719,00 ou em 12x sem juros de R$ 59,92. Oferta de aparelho válida até 30/09/2015 ou enquanto durarem os estoques. Consulte o regulamento da oferta em tim.com.br.

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Page 3: Revista Só Futebol #07

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Page 4: Revista Só Futebol #07

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Dyogo Prado e Ricardo Filizola

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Page 5: Revista Só Futebol #07

OLIK COMUNICAÇÃOR. Pamphylo D’Assumpção, 908Rebouças | Curitiba – PR(41) 3209.3389www.olikcomunicacao.com.brfacebook.com/revistasofutebol

COORDENAÇÃO DE CONTEÚDOFernanda [email protected]

JORNALISTA RESPONSÁVELThais Vaurof – Mtb: 8270/[email protected]@olikcomunicacao.com.br

COLABORADORESMahani Siqueira, Priciane Crocetti, Ricardo Galeb, Thaisa Meraki e Thiago Ribeiro

REVISÃOThalita Uba (Lumos Traduções)

PROJETO GRÁFICO Lais Pancote

DIAGRAMAÇÃOSabrina Evelize Godarth e Lais Pancote

PARA [email protected] (41) 3209-3389

Nenhuma empresa ou pessoa está autorizada a retirar produtos, comercializar espaços publicitários ou editoriais, a não ser com autorização por escrito da Olik Comunicação, situada na cidade de Curitiba.

sta edição da Revista Só Futebol chega

com um ídolo atleticano na capa. Walter

chegou ao Atlético e conquistou os tor-

cedores. Em uma entrevista exclusiva,

ele fala sobre seu desempenho no clube

e sobre o sonho de vestir a camisa da

Seleção Brasileira. Nas próximas pági-

nas, você também vai encontrar uma matéria com Ney

Franco que conta sobre suas expectativas neste re-

torno ao Coritiba e a vontade de repetir o mesmo bom

desempenho do passado. Luiz Casagrande, o Casinha,

também conversou com nossos repórteres e falou do

orgulho que sente do Paraná Clube e da honra de estar

na cadeira de presidente do time.

Por aqui, você também vai saber como estão os times pa-

raenses no Brasileirão e outros campeonatos que estão

rolando pelo estado, com outras equipes. Destacamos,

ainda, a nova forma de acompanhar os jogos, a con-

quista do Operário no campeonato estadual e a volta da

Suburbana. Conversamos também com ex-jogadores de

clubes paranaenses, que falaram da época lúdica do es-

porte, e com torcedores que superam todas as adversi-

dades para dar apoio aos times do coração.

Boa leitura!

E

EDITORIAL

Beto Madalosso

Dyogo Prado e Ricardo Filizola

Marcus Biazzeto

Camila Kamiski

Eva dos Santos

Graciosa Country Club: 41. 3025 1380 | 3025 1387

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Traje esporte no

Page 6: Revista Só Futebol #07
Page 7: Revista Só Futebol #07
Page 8: Revista Só Futebol #07

8 • Revista Só Futebol •

PARANAENSEOperário deixa a

fama de fantasma e levanta

a taça do estadual 2015

CAPAWalter, o novo

ídolo do Furacão, em uma

conversa exclusiva

PERFILLuiz Carlos

Casagrande promete

continuar no Paraná

IMPRENSAO Twitter e a

nova forma de acompanhar

os jogos

BRASILEIRÃOOs desafios dos

times paranaenses nas

quatro divisões

28

GIRO DO FUTEBOLNovidades sobre

o que está rolando

nos campeonatos

12

18 30

24 36

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NOSSA CAPAFOTO: Gustavo Oliveira

SUMÁRIO

Page 9: Revista Só Futebol #07

9• Revista Só Futebol •

BATE-PAPOEx-jogadores de

clubes paranaenses falam

da época lúdica do esporte

44 TREINADORNey Franco volta ao

Coritiba com o desafio de repetir

o seu bom desempenho

SUBURBANAO maior

campeonato amador do

estado está de volta

TORCIDATorcedores

superam suas condições

físicas para apoiar os times

ONDE JOGARQuadras para

se reunir e jogar com

os amigos

52

SAÚDEAs temidas e

frequentes lesões no

tornozelo

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Page 10: Revista Só Futebol #07

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Page 11: Revista Só Futebol #07
Page 12: Revista Só Futebol #07

12 • Revista Só Futebol •

GIRO DO FUTEBOL

O que rolou nos campos ao redor do Paraná

Resultadosestaduais

Trio de ferro na semiA terceira rodada da segunda fase do

Campeonato Paranaense Sub-17 foi mais do que

positiva para o Trio de Ferro. O principal desta-

que foi a goleada do Coritiba por 8 a 1 no PSTC ,

na casa do adversário, em Londrina. O resulta-

do isolou ainda mais o Alviverde na liderança do

Grupo E, com 16 pontos ganhos em seis jogos, e

garantiu o time na semifinal do estadual.

Já o Furacão segue imbatível no segundo tur-

no da competição. Jogando em casa, o Rubro-

Negro bateu o Batel, de Guarapuava, por 3 a

0, sem muita dificuldade. Com a liderança do

grupo D garantida (18 pontos em seis jogos), o

Atlético já está classificado para a semifinal do

torneio.

Assim como a dupla Atletiba, o Paraná Clube tam-

bém avançou no Campeonato Paranaense da ca-

tegoria. No entanto, conquistar a vaga na semifinal

não foi fácil. Era preciso vencer o Prudentópolis

fora de casa, mas o objetivo foi alcançado. O

Tricolor bateu o time do interior do estado por 2 a 1

e encara o Coritiba na próxima fase.

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SUB-17

Page 13: Revista Só Futebol #07

13• Revista Só Futebol •

Novidade na áreaA primeira edição da Taça FPF

começou e o Atlético iniciou

a competição com 100% de

aproveitamento. Nos dois pri-

meiros jogos, o Rubro-Negro

sub-23 somou seis pontos

e lidera a competição. Atrás

do time da capital aparece o

Toledo CW, com quatro pon-

tos. Coritiba e Paraná Clube

não iniciaram da forma que

gostariam. O time do Alto da

Glória ocupa a quarta posição,

com apenas dois pontos. Já o

Tricolor, com apenas um jogo,

empatou na estreia.

O torneio terá um total de

quatro fases. Na primeira, os

clubes se enfrentam em tur-

no único. As oito equipes mais

bem classificadas avançam

às quartas de final. Além de

Atlético, Coritiba, Paraná Clube

e Toledo CW, outros cinco times

participam da nova competi-

ção organizada pela Federação

Paranaense de Futebol (FPF):

AC Paranavaí, Portuguesa

Londrinense, Maringá FC,

Andraus Brasil e Cianorte FC.

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BASERaphael Veiga é um dos destaques do Coritiba.

Page 14: Revista Só Futebol #07

14 • Revista Só Futebol •

No Paranaense Sub-19, quem

está na liderança é o Coritiba.

Com uma campanha pratica-

mente impecável, o clube do

Alto da Glória lidera isolado o

Grupo C: 20 pontos em oito jo-

gos. Na cola do Verdão está o

Tricolor. Com um jogo a mais

que o rival, o Paraná Clube ocu-

pa a segunda colocação do gru-

po, com 18 pontos. Em terceiro,

o Atlético segue atrás dos prin-

cipais rivais, com 15 pontos em

oito partidas.

Já no Grupo A, a liderança está

nas mãos dos Foz do Iguaçu

FC, com a melhor campanha

da competição até agora: 22

pontos em oito partidas. No

Grupo B, quem está na ponta é

o Londrina, com 19 pontos (seis

vitórias, um empate e apenas

uma derrota).

GIRO DO FUTEBOL

Tudo embolado

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Page 15: Revista Só Futebol #07

15• Revista Só Futebol •

Futebol amador de Curitiba tem vencedor!

Este ano, a Taça Paraná pertence ao Fanático. O clube,

agora heptacampeão do torneio, bateu o Bandeirantes,

em Campo Largo, por 2 a 1, no Estádio Ângelo Antônio

Cavalli, e levantou o caneco da 52a edição da competição.

Apontado como um dos favoritos antes mesmo de o

torneio começar, o time, conhecido como Tricolor da

Terra da Louça, confirmou o status e agora é o se-

gundo maior papa-títulos da história da Taça Paraná,

atrás apenas do Trieste, clube de Santa Felicidade

que possui dez troféus do campeonato.

Além da taça, o time do técnico Juninho terminou o torneio

com o artilheiro da competição, Tamandaré, com oito gols,

e o goleiro Rodrigo se consagrou como o arqueiro menos

vazado, com uma média de apenas um gol sofrido por jogo.

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Page 16: Revista Só Futebol #07

16 • Revista Só Futebol •

GIRO DO FUTEBOL

RIVALIDADE EM JOGO NO

Após uma semifinal emocionante, o Campeonato

Paranaense Sub-15 terá um Atletiba na grande final.

O Alviverde se classificou para a decisão após le-

var a melhor sobre o rival Paraná Clube. Na primeira

partida, o Coxa venceu em casa por 1 a 0. No jogo

de volta, foi a vez do Tricolor levar a melhor e bater

o Coritiba pelo placar mínimo. Com a igualdade em

todos os critérios (pontos, saldo de gols, gols pró),

a vaga para a finalíssima foi decidida nos pênaltis.

Nos tiros livres, quem se classificou foi o time do

Alto da Glória, que bateu o Paraná Clube por 4 a 2.

O adversário do Alviverde também saiu após

cobranças de pênaltis. O Furacão sub-15 perdeu a

primeira partida da semifinal para o PSTC, fora de

casa, por 1 a 0, mas se recuperou ao bater por 3 a

2 o time do interior no jogo de volta. Com empate

em todos os critérios, a vaga para a final foi para as

penalidades. Com um aproveitamento melhor nas

cobranças, o Atlético garantiu a presença na final

após marcar três vezes contra apenas uma cobran-

ça acertada do PSTC.

As datas do confronto entre Atlético e Coritiba na

final do Estadual Sub-15 ainda não foram homolo-

gadas pela Federação Paranaense de Futebol.

SUB-15

SUB-15

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Page 17: Revista Só Futebol #07

17• Revista Só Futebol •

Campeonato Amigos da Bola

Mais um vexame, BrasilA Seleção Brasileira bem que tentou

apagar a péssima impressão da Copa

do Mundo de 2014, mas não conseguiu.

Dessa vez, não foi um 7 a 1 que eliminou

o Brasil, mas o resultado, assim como

a semifinal do mundial realizado aqui

no país, foi considerado vergonhoso.

Sob o comando do técnico Dunga, o

time canarinho foi eliminado logo nas

quartas de final diante da seleção do

Paraguai na Copa América do Chile, em

disputa de pênaltis, após empatar em 1

a 1 no tempo normal.

Entre os convocados, dois paranaenses

fizeram parte do time titular durante

Com grande destaque na primeira fase

do campeonato, o Operário Ahú, com

um elenco de ex-jogadores profis-

sionais, continua na ponta da tabela.

O destaque é o craque Renaldo, ído-

lo de times como Atlético Parananese,

Paraná Clube e do espanhol La Coruña

e artilheiro do Campeonato Brasileiro

pelo Atlético MG, que continua impiedo-

so com o goleiros. POR: THIAGO RIBEIRO

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ÃO

toda a campanha no torneio sul-americano: o zagueiro Miranda e

o meia Fernandinho. Miranda, natural de Paranavaí e ex-Coritiba,

foi um dos escolhidos pelo treinador para ser um dos líderes da

equipe. Apesar da má campanha na competição, o zagueiro foi

negociado pelo Atlético de Madri, da Espanha, e agora é o mais

novo reforço da Inter de Milão, da Itália. Já Fernandinho, que nas-

ceu em Londrina e é ídolo do Atlético, foi o primeiro volante do time

de Dunga. No entanto, assim como na Copa, acabou sendo muito

criticado pelo excesso de faltas e o pouco futebol apresentado.

A final do torneio disputado no Chile acabou com o time da casa

campeão. Com o apoio da torcida, a seleção comandada pelo ar-

gentino Jorge Sampaoli bateu a Argentina nos pênaltis, depois

de um empate emocionante em 0 a 0 no tempo regulamentar.

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Page 18: Revista Só Futebol #07

18 • Revista Só Futebol •

Futebol

Séries A, B, C e D

BRASILEIRÃO

Com representantes nas quatro

principais divisões do Campeonato

Brasileiro, o futebol paranaense vê

seus times em situações diversas

nesse início de segundo semestre.

Nas séries A e B, Atlético, Coritiba e

Paraná Clube entram na reta final do primeiro turno da

competição com diferentes objetivos. Na terceira divisão,

o Londrina se mantém entre os primeiros colocados do

Grupo B. Já na Série D, Operário e Foz dão seus primeiros

passos na longa caminhada rumo ao acesso.

Relembre o que aconteceu nas últimas rodadas da

principal competição de futebol nacional e prepare a cal-

culadora para os próximos meses. Independentemente

das pretensões do seu time, você certamente precisará

fazer algumas contas até o fim do ano, quando títulos,

classificações para Libertadores e Sul-Americana, rebai-

xamentos e acessos serão finalmente conhecidos.

CSeis times paranaenses encaram

desafios bem diferentes nas quatro divisões do Campeonato Brasileiro

Seis times paranaenses encaram desafios bem diferentes nas quatro divisões do Campeonato Brasileiro

Paranaense

18 • Revista Só Futebol •

Page 19: Revista Só Futebol #07

19• Revista Só Futebol •

O provérbio diz que, depois da tempestade, vem

a bonança. Os torcedores do Atlético podem di-

zer que sentiram o ditado na calejada pele rubro-

-negra. O péssimo desempenho no Campeonato

Paranaense, a necessidade de disputar o malfa-

dado Torneio da Morte, as trocas no comando e

a recepção desconfiada da torcida na chegada

de Milton Mendes fizeram dos primeiros meses

do ano um desafio e tanto. No entanto, o esta-

dual terminou, o fantasma do rebaixamento ficou

para trás, o principal rival não conquistou o título

(bônus importante para a torcida) e o trabalho do

novo treinador surpreende positivamente.

Brigando pelas primeiras posições da Série A,

o Furacão parece outro time em relação ao do

Paranaense. Comandado por um voluntarioso e empol-

gado Walter, o time voltou a atrair os torcedores e, com

uma equipe que funciona dentro de campo, chegou a

liderar a competição. Uma série de partidas sem vitória

acabou freando o ímpeto atleticano e refletiu na clas-

sificação. De qualquer forma, levando em conta as bai-

xas expectativas, o primeiro turno do Brasileirão saiu

muito melhor do que encomenda. E resultados como

a vitória sobre o Palmeiras no Allianz Parque fazem os

torcedores acreditarem que, com alguns ajustes, é

possível brigar na parte de cima da tabela até o fim.

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Page 20: Revista Só Futebol #07

20 • Revista Só Futebol •

BRASILEIRÃO

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TPelos lados do Alto da Glória, o Coritiba vive seu

momento mais complicado no ano. O começo do

trabalho de Ney Franco ainda não deu o resulta-

do esperado pela diretoria e o time luta contra o

rebaixamento. Para piorar, o problema das lesões

tem sido um fantasma frequente. Apesar da evo-

lução tática, a falta de pontaria no ataque, o mau

desempenho fora de casa e a série de decepções

no Couto Pereira comprometem.

A esperança da torcida está nos ombros das

inesperadas e jovens estrelas do elenco. É o

caso do jovem atacante Evandro, de 18 anos, for-

mado nas categorias de base do clube. Contra

Corinthians e Goiás, pelo Brasileirão, e diante da

Ponte Preta, pela Copa do Brasil, o atacante mar-

cou nos últimos minutos e impediu resultados

ainda piores. Na competição eliminatória, o gol foi

fundamental para levar a decisão aos pênaltis e

acabar classificando o Coritiba. Enquanto isso, o

torcedor coxa-branca ainda acredita que é possí-

vel se firmar em um lugar bem longe da parte mais

baixa da tabela da Série A.

Page 21: Revista Só Futebol #07

21• Revista Só Futebol •

Novo comandante do Tricolor, Fernando

Diniz terá o desafio de implantar seu sistema

de jogo, que valoriza a posse de bola e que

é inspirado no Barcelona. Na sua passagem

pelo Audax, do interior de São Paulo, o treina-

dor teve sucesso. A diretoria, apesar do mau

momento dentro de campo, aposta na polí-

tica de contenção de gastos e saneamento

financeiro para resgatar o clube da má fase

e, quem sabe, dar um novo ânimo na bata-

lha pela volta à Série A. A torcida entendeu

o recado e, animada com o início de trabalho

do novo técnico, tem prometido encher a Vila

Capanema como no empate contra o CRB,

com mais de 15 mil paranistas no estádio.

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Page 22: Revista Só Futebol #07

22 • Revista Só Futebol •

Único representante paranaense na terceira

divisão, o Londrina se mantém entre os primeiros

colocados do Grupo B da Série C e tem poten-

cial para dar trabalho até o fim. As vitórias dian-

te de Portuguesa e Guarani, nas duas primeiras

rodadas, animaram a torcida e deram o impulso

inicial de que o Tubarão precisava. O objetivo é se

manter entre os quatro colocados do grupo e ga-

rantir a classificação para a fase final e para os jo-

gos que podem valer o esperado sonho do acesso.

SÉRIE C

Campeão paranaense e vice-campeão do interior,

respectivamente, Operário e Foz são os representan-

tes do estado na disputa da recém-iniciada Série D,

que conta com oito grupos de cinco times. Dos 40,

16 se classificam para a fase final. O time de Ponta

Grossa tem Ypiranga-RS, Resende-RJ, RB Brasil-SP

e Inter de Lages-SC como adversários em sua chave.

Já o Foz encara São Caetano-SP, Volta Redonda-RJ,

Metropolitano-SC e Lajeadense-RS.

O time da cidade das cataratas, com três derro-

tas acachapantes nas três primeiras rodadas, já

faz as contas para reverter o péssimo começo. Já o

Fantasma, com um início promissor, se mantém na

ponta do seu grupo. POR: MAHANI SIQUEIRA

SÉRIE D

BRASILEIRÃO

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Page 23: Revista Só Futebol #07

23• Revista Só Futebol •

Page 24: Revista Só Futebol #07

24 • Revista Só Futebol •

De olho naamarelinha

Em bate-papo exclusivo com a Revista Só Futebol, Walter, atacante do Atlético, abre o jogo, revela sonho de vestir a

camisa da Seleção e fala sobre o status de ídolo no Furacão

CAPA

fase era complicada. A campanha no

Campeonato Paranaense foi abaixo do

esperado e a torcida atleticana exigia me-

lhores resultados do clube na temporada.

Porém, no dia 15 de abril, a esperança ru-

bro-negra por um ano melhor desembar-

cou no Aeroporto Afonso Pena. Não demo-

rou muito para alcançar o status de ídolo da torcida. A má

campanha no estadual ficou para trás e o clube começou a

lutar na parte de cima da tabela no Brasileirão.

Os resultados vieram e Walter faz questão de dividir os méri-

tos com o restante do time. “Gostei do elenco desde o primeiro

dia em que cheguei. Eles sabiam que eu podia ajudar e também

me ajudaram. Eles me aceitaram. O grupo é humilde, não há bri-

gas. Quando você precisa, eles lhe dão a mão.”

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26 • Revista Só Futebol •

O sucesso repentino no Rubro-Negro faz o centroavante so-

nhar alto. Com a escassez de camisas 9 no Brasil e a dificuldade

dos últimos técnicos da Seleção Brasileira em encontrar uma

referência para o ataque, Walter não tem dúvida de que há uma

vaga para ele no time canarinho.

“Eu quero jogar pelo Brasil. Com todo respeito, se eu perder

quatro, cinco quilos, tenho certeza de que jogo nessa Seleção

Brasileira. A qualidade eu tenho. Eu não 'me acho', sou humilde,

mas cada atleta sabe do seu potencial. Para eu chegar, só falta

isso. Todo jogador tem um probleminha, o meu é o peso. Trabalho

muito, é difícil, mas estou chegando, garante.

CAPA

Enquanto o sonho de ves-

tir a camisa verde e amarela

não chega, Walter segue sua

vida em Curitiba. No entanto,

o atleta vem enfrentando al-

gumas dificuldades de adap-

tação. Nenhuma delas dentro

das quatro linhas, para alívio

dos atleticanos. Não são os

zagueiros adversários que vêm

dificultando a vida do centro-

avante, mas, sim, o frio da ca-

pital paranaense. O clima da

cidade tem sido um dos princi-

pais desafios do jogador nessa

passagem pelo Furacão.

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“SE EU PERDER QUATRO, CINCO QUILOS, TENHO CERTEZA DE QUE

JOGO NESSA SELEÇÃO BRASILEIRA.”

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27• Revista Só Futebol •

“Estou me acostumando com o frio. Nesses

últimos anos, só peguei clima quente: Goiânia,

Rio de Janeiro, Belo Horizonte. Porém, boa

parte da minha vida eu passei em uma cidade

em que faz frio também, Porto Alegre. Curitiba

é muito bonita, povo educado, parecido com a

Europa. É com o frio que preciso me acostu-

mar, principalmente para treinar de manhã”,

revela o pernambucano.

E nada melhor para combater o frio de

Curitiba do que o calor que vem direto das ar-

quibancadas. Fascinado pela energia da nova

Arena da Baixada, o jogador está empolgado

com o contato tão próximo com os torcedores.

“Vou te falar, já joguei jogo importante e fiquei

louco com essa torcida. Agora, com o teto retrátil,

o eco na Arena é incrível, mais de 30 mil pes-

soas gritando! Rapaz, é incrível. O máximo que

eu tinha presenciado foi em um jogo entre Porto

e Benfica, mas não tinha sentido esse calor tão

próximo como foi diante do Coritiba. Foi um jogo

marcante pra mim. Não vou esquecer pelo gol e

pela festa que a torcida fez”, relembra.

O gol diante do Coxa, no empate em 2 a 2 na

Arena, válido pela 8a rodada do Campeonato

Brasileiro, entrou para a galeria de gols importantes

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“TEMOS TIME PARA BRIGAR

E VAMOS LUTAR EM CIMA.”

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28 • Revista Só Futebol •

CAPA

da carreira do atleta. Para ele, o grande artilheiro precisa

aparecer nessas horas. “Jogador tem que fazer gols nes-

ses jogos, então eu precisava fazer contra eles. É um jogo

diferente, não são só três pontos. O clássico mexe com a

cidade, muda o clima. Fiquei feliz de ter marcado contra o

maior rival”, vibra o novo ídolo do Furacão.

Apesar da boa fase com a camisa do Atlético, a carreira

do jogador não foi sempre repleta de bons momentos. Ainda

no início de sua trajetória no futebol, quando despontava

como uma das revelações do Internacional-RS, o jogador

viveu a fase mais difícil de sua vida.

“Pouca gente sabe o que ocorreu.

Cheguei no Inter em 2010, era titular,

jogando a Libertadores e recebendo um

salário de R$ 15 mil. Pedi um aumento e

a diretoria prometeu pagar, mas não pa-

gou. Muitos não entenderam. Era melhor

eu ir embora, não queria ficar jogando no

Inter enquanto eles contratavam jogador

de R$180 mil mensais que nem ia para

o banco de reservas. Fiquei dez dias em

casa pensando, trancado, sem sair para

a rua. Depois que isso tudo aconteceu,

fui vendido para o Porto por 3 milhões de

euros. Apesar disso, sou bem recebido no

Inter. Em todos os lugares em que joguei

sou recebido de portas abertas”, conta.

O problema não afetou o futuro da

carreira do centroavante. Depois de

passagens pelo Porto-PT e Cruzeiro-

MG, Walter reencontrou o seu futebol

no Goiás. Em duas temporadas no clube

esmeraldino, Walter conquistou títulos

e, principalmente, viu seu nome virar

referência entre os camisas 9 no Brasil.

“Sem dúvidas, meu melhor momento da

carreira foi no Goiás. Acredito que pos-

so repetir, sim, essa temporada aqui no

Atlético, mas se eu chegar um pouco

perto do que fiz no Goiás já está de bom

tamanho”, avalia o atacante.

No que depender do discurso de

Walter, a torcida atleticana pode ficar

esperançosa. “Vamos buscar o G4, G3, a

Sul-Americana e o próprio título brasi-

leiro. Hoje, os times estão muito iguais,

está muito equilibrado. Temos time para

brigar e vamos lutar em cima. Temos que

pensar grande”, promete, confiante, o

novo ídolo. POR: THIAGO RIBEIRO

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FARO DE GOLLogo em seu primeiro Atletiba, Walter marcou um dos gols no empate na Arena.

Page 29: Revista Só Futebol #07

29• Revista Só Futebol •

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COM MORAL!

WALTER SE TRANSFORMOU EM UM DOS

LÍDERES DO JOVEM ELENCO ATLETICANO.

Page 30: Revista Só Futebol #07

30 • Revista Só Futebol •

PARANAENSE

Page 31: Revista Só Futebol #07

31• Revista Só Futebol •

e quatro anosCinco décadas

Operário é co-

nhecido como

Fantasma da

Vila desde 1958

por assombrar

os grandes clu-

bes da capital.

O apelido foi dado depois que o meio

esportivo de Curitiba constatou que os

times adversários ficavam apavorados

com a garra e a força do time de Ponta

Grossa, que dificilmente perdia alguma

partida em casa. A alcunha não poderia

se encaixar melhor no Alvinegro do que

neste ano.

Na diretoria do clube desde 2012, o

presidente Laurival Pontarollo já pen-

sou em deixar o cargo por não ter o

apoio necessário, mesmo investindo

parte dos lucros de sua empresa agrí-

cola para manter a equipe. O que fez

Pontarollo permanecer foi o sucesso na

adoção de um projeto pouco utilizado

em equipes do interior: investimentos de

O

Só para chegar até a final histórica foram 54 anos de espera. E antes de

vencer o Coritiba, o maior colecionador de títulos paranaenses, o clube

alvinegro amargou 14 vice-campeonatos. Com tantos hiatos e números

desfavoráveis, o que fez o clube de Ponta Grossa – que, no ano passado,

disputou o Torneio da Morte e por pouco não foi rebaixado para a Divisão

de Acesso – para reverter o retrospecto e passar por cima de todos os

participantes do campeonato? É o que descobriremos nas próximas linhas.

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Page 32: Revista Só Futebol #07

32 • Revista Só Futebol •

A TAÇA DE CAMPEÃO ESTADUAL FOI LEVANTADA PELA PRIMEIRA VEZ

EM 2015, NA MESMA SEMANA EM QUE O OPERÁRIO FERROVIÁRIO

ESPORTE CLUBE COMEMOROU 103 ANOS DE HISTÓRIA.

PARANAENSE

RUMO À SÉRIE C

A estreia na Série D do

Campeonato Brasileiro acon-

teceu no dia 12 de julho no Rio

de Janeiro, contra o Resende.

Com a perda de cinco titulares

de destaque tanto durante

quanto após o Campeonato

Paranaense de 2015 (Douglas,

Ruy, Juba, Jhonatan, Danilo

Baia), sete jogadores acerta-

ram com o clube para reforçar

a equipe para o Brasileirão:

um goleiro, dois laterais, um

zagueiro e um meia.

empresários. Com um bom planejamento, o chamado “Amigos do

Operário” conseguiu reunir um grupo de 42 patrocinadores do es-

tado do Paraná que mantêm folha de pagamento, as luvas e o bicho

(um bônus que os jogadores recebem quando a equipe demonstra

um bom desempenho depois de uma partida) dos jogadores em dia.

A torcida, principalmente nos três meses finais do estadual, con-

tribuiu ainda mais com o crescimento das receitas. O número de

sócios-torcedores aumentou de 700 para mais de 2 mil. Mesmo

com o fim do campeonato, o clube continuou trabalhando para au-

mentar a quantidade de sócios. Pensando na estreia na Série D, em

meados de julho, o Operário quer chegar aos 5 mil e, desde maio, dá

descontos na mensalidade para quem indicar um novo sócio.

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33• Revista Só Futebol •

A DIRETORIAÀ frente do comando técnico

desde o começo de 2014 está

um catarinense de fala clara e

firme, com um sotaque que re-

vela andanças por diferentes

territórios brasileiros. A história

de Itamar Schulle, 48 anos, co-

meça na zona rural. Seu pai tra-

balhava na lavoura e não tinha

condições de lhe dar uma bola.

Mesmo assim, o menino deu

um jeito de matar suas inquie-

tações infantis com o espor-

te que queria praticar: decidiu

fazer uma bola enrolando, em

uma meia, as bexigas dos por-

cos que o pai matava no sítio

onde moravam em Ituporanga.

Acabou se tornando profissio-

nal. Em 13 anos como jogador,

já foi volante, lateral e atacan-

te. Em 1989, chegou a jogar

ao lado do atual comandante

do Corinthians, Tite, no Clube

Esportivo Bento Gonçalves, do

Rio Grande do Sul. Dessa época

ficou a herança de um futebol

com mais pegada e menos re-

laxamento. Até hoje se inspira

no ex-companheiro de time.

Virou técnico em 2002 e passou

“TREINAR UM TIME É IGUAL A CONSTRUIR. TEM QUE COMEÇAR DEVAGAR, COM CALMA, FAZER UMA BASE SÓLIDA E FORTE PRA PODER AUMENTAR E LEVANTAR A CONSTRUÇÃO.“

Itamar Schulle

Sem atleticanos na família, Claudiney revela que se encantou pelas cores da camisa aos 8 anos

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34 • Revista Só Futebol •

• 17 jogos

• 10 vitórias

• 4 empates

• 3 derrotas

• 28 gols marcados

• 11 gols sofridos

• 1 cachorro torcedor fiel

NÚMEROS HISTÓRICOS NO PARANAENSE 2015

PARANAENSE

por 18 times, entre eles Figueirense, Metropolitano, Joinville,

Brasil de Pelotas, Criciúma, Botafogo-PB, Chapecoense,

Santo André, Caxias e Novo Hamburgo, até chegar a vez de

ser campeão com o Fantasma.

A personalidade forte e a insistência para os atletas não

relaxarem – com sua fama de “bravo” e exigente entre os

jogadores – faz dupla com as metáforas e o bom humor.

“Treinar um time é igual a construir. Tem que começar de-

vagar, com calma, fazer uma base sólida e forte pra poder

aumentar e levantar a construção.” E completa: “Você ama

seus filhos, mas, em algumas horas, vai ter que puxar a ore-

lha deles. É preciso saber educar para não ir por caminhos

errados. Com atletas, é igual.” POR: THAÍSA MERAKI

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Page 35: Revista Só Futebol #07

35• Revista Só Futebol •A marca do seu próximo recordewww.malhariaoceanica.com.br

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Jogos de camisas a pronta entrega

Page 36: Revista Só Futebol #07

36 • Revista Só Futebol •

histórico paranistaPatrimônio

Com mais de 40 anos no clube, Luiz Carlos Casagrande, o Casinha, promete continuar

no Paraná até o “último minuto”

uando Luiz Carlos Casagrande

chegou ao Paraná Clube, no

começo da década de 1970,

a instituição ainda nem tinha

se transformado em Pinheiros

e atendia pelo nome de Água

Verde. Contratado por Aramis

Tissot como assessor da pre-

sidência, ele não imaginava que o clube entraria na

sua vida e faria parte dela por tanto tempo e com

tamanha intensidade. Casinha, como sempre foi

conhecido, presenciou a transformação do Água

Verde em Pinheiros, viveu a fusão com o Colorado,

participou ativamente das equipes que ganharam

vários títulos do Campeonato Paranaense na déca-

da e também do time que conquistou o pentacam-

peonato estadual entre 1993 e 1997.

Em 2015, mais de 40 anos depois de seus pri-

meiros passos como funcionário, Casinha, então

primeiro vice-presidente, assumiu o cargo dei-

xado por Rubens Bohlen e se transformou no

homem forte do clube ao qual dedicou grande

parte da sua vida. A nova função, no entanto,

nunca foi um sonho. Em entrevista à Revista Só

Futebol, o dirigente preferiu minimizar o fato de

ser, agora, o mandatário tricolor e valorizar o tra-

balho que exerceu ao longo de toda sua trajetó-

ria, ainda sem data para acabar.

“Assumir a presidência foi algo inesperado, que

só aconteceu devido à renúncia do Rubens e por

eu ser o primeiro vice-presidente naquele momen-

to. Nunca foi um sonho meu. Meu desejo sempre foi

prestar um bom serviço pelo clube e fazê-lo cres-

cer, independentemente da minha posição e do

meu cargo. Espero cumprir um bom trabalho, como

sempre tentei fazer ao longo dessas quatro déca-

das aqui no Paraná”, comenta o presidente.

Garantido no cargo até dezembro, quando o

mandato chega ao fim, Casinha tem na sala de

presidente do clube apenas mais um dos cená-

rios que sua longa carreira paranista teve como

pano de fundo. Nesses 45 anos, ele desempenhou

papéis no departamento de marketing, sempre se

fez presente no setor social e nas obras do clube,

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PERFIL

Page 37: Revista Só Futebol #07

37• Revista Só Futebol •

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RA

tendo sido um dos responsáveis pela

revitalização da Vila Capanema, na

década passada. Perguntado se pre-

tende concorrer à eleição, que será

realizada em setembro, o dirigente

afirma não ter tomado essa decisão,

mas garante não conseguir se ver

longe do Tricolor.

“Essa decisão sobre a reeleição

não sou eu que tenho que tomar

sozinho. Estou em um grupo de tra-

balho e são essas pessoas, com a

minha participação, que devem de-

finir o que é melhor para o clube. O

que eu posso dizer é que, indepen-

dentemente do que acontecer nos

próximos meses, tenho a convicção

de continuar no Paraná, fazendo

alguma coisa aqui nesse clube, que

eu jamais abandonaria”, promete

Casinha, que assegura nunca ter

cogitado se afastar da instituição

que o acompanha desde 1970.

Nem mesmo os piores momen-

tos, como o pesadelo financeiro em

que o clube se encontra nos últi-

mos anos, foram suficientes para

fazer passar pela cabeça do presi-

dente uma possível despedida do

“ASSUMIR A PRESIDÊNCIA

NUNCA FOI UM SONHO

MEU. MEU DESEJO

SEMPRE FOI PRESTAR UM

BOM SERVIÇO PELO CLUBE

E FAZÊ-LO CRESCER.”

Page 38: Revista Só Futebol #07

38 • Revista Só Futebol •

Paraná. O trabalho de muitos anos e as boas amizades são,

para Casinha, muito mais importantes do que os percalços

pelo caminho.

“Eu nunca nem pensei em sair. Tenho amigos no clube, co-

nheço os funcionários pelo nome e minha relação com o qua-

dro social sempre foi muito próxima. Por eles e pela minha

história, que foi marcada pelo trabalho e pela dedicação, eu

nunca vou sair. Vou ficar aqui até o último minuto, enquanto

for possível, na função que for melhor para o clube. Jamais

poderia dar uma de Judas com o Paraná. Isso aqui é uma parte

muito importante da minha vida”, declara o atual presidente

tricolor.

Apesar do prazo de validade curto do mandato, da incerteza

sobre o futuro e do momento conturbado da equipe na série

B do Campeonato Brasileiro, Casinha mantém o otimismo que

já apresentava quando assumiu o cargo e ainda acredita no

acesso à primeira divisão nesta temporada. Satisfeito por es-

tar vivendo um momento de relativa estabilidade financeira, o

cartola só consegue pensar na Série A.

PROJETO DINIZ

As características europeias do novo treinador paranista

animam Casinha, que acredita em um futebol mais bonito com

Fernando Diniz no comando do clube.

Nedo Xavier durou pouco. Depois de 11 jogos pelo Paraná, com

um aproveitamento de 34%, ele deu lugar a Fernando Diniz. Com

apenas seis anos de carreira, o ex-treinador do Audax chegou ao

Tricolor com uma proposta tática mais moderna e inspirada em

clubes europeus, o que animou o presidente.

“Nós já conhecíamos o Fernando da sua passagem como

atleta pelo clube entre 1998 e 1999. Ele fez bons trabalhos

como técnico e tem um método diferente. Pelo que vi até ago-

ra, o ritmo dos times dele segue um padrão europeu, com uma

linha de passe mais bem planejada e equipes mais ofensivas.

Pode ser perigoso e arriscado, mas tenho certeza de que,

quando todo mundo assimilar o que ele vem pedindo, faremos

jogos mais bonitos e conseguiremos mais vitórias”, completa.

PERFIL

“Quando assumi o cargo, disse

que o time iria brigar para subir e

fui muito criticado. Disseram que

eu era maluco. As coisas não fo-

ram bem no campo e não nos en-

contramos na parte mais alta da

tabela, mas eu tenho que manter

o otimismo. Temos um novo trei-

nador começando seu trabalho,

e ainda dá tempo de conseguir.

Com algumas vitórias em sequ-

ência, estaremos brigando na

ponta. Temos que conseguir.

Esse acesso será a redenção do

Paraná Clube”, finaliza Casinha,

com a esperança que só um

funcionário tão antigo poderia

ter. POR: MAHANI SIQUEIRA

Page 39: Revista Só Futebol #07

AD

Page 40: Revista Só Futebol #07

40 • Revista Só Futebol •

IMPRENSA

futebol está mudando. E a

forma de acompanhá-lo,

também. A velocidade da in-

formação através das redes

sociais criou um novo con-

ceito de interação entre tor-

cedor e o clube do coração.

O tradicional radinho de pilha, que acompanha

muitos torcedores há gerações, ganhou um con-

corrente. Ao invés de análises aprofundadas e co-

mentários longos, opinião em 140 caracteres.

É pelo Twitter (rede social que permite aos usu-

ários compartilhar textos de até 140 toques) que

muitos torcedores acompanham os jogos, prin-

cipalmente quando a partida é em outra cidade

ou não estão no estádio. A interação é simples.

OEM 140 TOQUES

As redes sociais estão mudando a forma de acompanhar o futebol. Clubes e torcedores já adotaram o Twitter nos dias de jogos.

FUTEB L

Page 41: Revista Só Futebol #07

41• Revista Só Futebol • 41• Revista Só Futebol •

Basta estar conectado ao mi-

croblog e seguir o perfil do time

para ser abastecido, em tempo

real, com todas as novidades em

primeira mão, já que muitos clu-

bes utilizam o Twitter como canal

de divulgação oficial. “As publica-

ções são diretas. Tenho na hora

as informações mais importantes

sobre o jogo do Atlético”, conta a

torcedora Iris Alessi.

Sempre que não pode ir ao

Couto Pereira, o coxa-branca

Carlos Machado acompanha o

jogo pelo Twitter oficial do clu-

be, o @Coritiba. “Às vezes, eu

não tenho como sintonizar o

rádio e essa é a única forma de

saber o que está acontecendo.

É uma maneira ágil e discreta de

acompanhar a partida.” A ferra-

menta também possibilita que

o torcedor desempenhe outras

atividades. É o caso do para-

nista Igor Costa, que trabalha

como porteiro em um prédio co-

mercial. “Trabalho à noite e não

posso ir a muitos jogos. Sempre

que o Tricolor está em campo,

eu sigo o @ParanaClube. Com

o celular conectado, eu posso

saber como está o meu time

sem atrapalhar minha atividade

profissional.”

Os clubes paranaenses pos-

suem contas ativas no Twitter. No

dia a dia, são postadas informa-

ções sobre treinamentos, contra-

tações, desfalques, análise dos

adversários, entre muitos outros

assuntos. E quando a bola está

rolando, a atualização é intensa.

Nada passa batido. Tudo para que

o torcedor, mesmo sem ver o jogo,

possa estar informado.

Há quatros anos, o asses-

sor de imprensa do Paraná,

Douglas Trevisan, é o respon-

sável por atualizar o perf i l

@ParanaClube. Nos jogos

na Vila Capanema, ele fica

CORITIBAPARANÁ ATLÉTICO

Page 42: Revista Só Futebol #07

42 • Revista Só Futebol •

IMPRENSA

“TUITAMOS AQUILO QUE É ESSENCIAL PARA O TORCEDOR ACOMPANHAR A PARTIDA. TEMOS UM PADRÃO NAS POSTAGENS, ATUALIZANDO A CADA LANCE MAIS IMPORTANTE.”

Douglas Trevisan

NERVOSISMOÉ possível ficar nervoso a

ponto de roer as unhas acom-

panhando um jogo de futebol

pelo Twitter? Para alguns torce-

dores, a ansiedade é muito pa-

recida. “Fico na expectativa toda

vez que atualizo a timeline. Às

vezes, a internet não ajuda e a

informação demora um pouqui-

nho e fico ainda mais nervoso”,

conta Machado. “Em dia de jogo,

quando ouço alguma reação dos

vizinhos, como gritos ou fogos

de artifício, fico na expectativa

para saber se saiu um gol, prin-

cipalmente em partidas decisi-

vas”, destaca Iris. POR: RICARDO

GALEB

posicionado na cabine de im-

prensa e os cliques são pre-

cisos. “Tuitamos aquilo que

é essencial para o torcedor

acompanhar a partida. Temos

um padrão nas postagens,

atualizando a cada lance mais

importante. Não fazemos a

cobertura minuto a minuto,

mas colocamos o essencial.”

Quando os jogos são fora de

Curitiba, a assessoria acompa-

nha a transmissão pela televi-

são e o resultado é o mesmo.

A cobertura feita pela equi-

pe de comunicação do Coritiba

@ATLETICOPR - 601K* SEGUIDORES

@CORITIBA - 582K* SEGUIDORES

@PARANACLUBE - 11.2K* SEGUIDORES

segue o mesmo conceito.

“Tentamos passar a emoção do

jogo com um texto mais infor-

mal. Sempre usamos a hashtag

de cada partida informando o

tempo e placar”, explica Rodrigo

Weinhardt, coordenador de co-

municação. “É o canal mais ágil

de falar com o torcedor, infor-

mando o dia a dia do clube em

primeira mão”. No Coxa os tuítes

também acompanham as ca-

tegorias de base. Nada acon-

tece sem passar pela timeline

do torcedor. “Quando não há

transmissão pela televisão, um

profissional do departamento de

comunicação está in loco para

passar as informações. Foi o que

aconteceu nos jogos da Dallas

Cup, disputado nos Estados

Unidos”, explica Weinhardt.

Ciente da demanda por infor-

mações sobre futebol, o próprio

Twitter organiza o conteúdo

relacionado ao esporte através

de uma linha do tempo onde,

com poucos toques na tela do

celular, o torcedor tem acesso

a tudo o que está acontecen-

do no Campeonato Brasileiro.

Basta realizar uma busca pela

hashtag #Brasileirao.

TWITTER OFICIAL DOS CLUBES PARANAENSES

(*NÚMEROS REFERENTES AO DIA 1/7/15)

Page 43: Revista Só Futebol #07

Agora também disponívelpara download!

facebook.com/revistasofutebol

Page 44: Revista Só Futebol #07

44 • Revista Só Futebol •

DO FUTEBOLA era romântica

Ex-jogadores de clubes paranaenses falam da época lúdica do esporte

fácil, em uma conversa com tor-

cedores com mais de 50 e pou-

cos anos, ouvir: “Na minha épo-

ca, o futebol era bom.” O período

em questão são, principalmente,

as décadas de 1960 e 1970, anos

que muitos consideram como os

românticos do futebol, onde brilhavam nos grama-

dos craques da arte de jogar bola.

Nessa época em “preto e branco”, pouco se

transmitia pela televisão e o reflexo era visto nas

arquibancadas, invariavelmente lotadas. O torce-

dor ia para ver espetáculo. Foi nessa época que

muitos mitos e lendas que, até hoje, fazem parte

da história do nosso futebol foram criados.

Por quase 15 anos, Barcímio Sicupira viveu essa

fase romântica do futebol, seja nos jogos na Velha

Baixada – acanhada, mas saudosa para muitos tor-

cedores – ou nos gramados dos estádios de Rio de

Janeiro e São Paulo, onde atuou ao lado de ícones

como Garrincha, Zagallo, Jairzinho e Rivellino. “Foi

uma época incrível. Fiz parte de uma geração de

gênios, um tempo em que o futebol era jogado com

muito talento e sem tanto preparo físico. Tinha mui-

to toque de bola e isso deixava o jogo mais ‘jogado’”,

afirma o eterno camisa 8 do Atlético. O futebol era

mais simples. Ao invés do contrato de imagem era

pago o bicho, uma premiação para cada jogador em

caso de vitória. “A gente fazia uma reunião com a

diretoria antes da partida para definir o valor da pre-

miação”, conta Sicupira.

Com o peso de quem vestiu a camisa alviverde

por 252 partidas, entre 1966 e 1976, justamente um

dos períodos mais nostálgicos da história do clube,

Dirceu Krüger lembra-se muito bem daquela épo-

ca. “O futebol era um espetáculo e os torcedores

esperavam por isso. Eles queriam se divertir vendo

lances bonitos, dribles e gols.” Como as transfe-

rências para o exterior eram raras, os jogadores

permaneciam mais tempo nos clubes, criando uma

identidade. “Existia um verdadeiro amor à cami-

sa, pois a gente criava uma relação muito próxi-

ma com o torcedor. Tinha um envolvimento muito

grande”, conta Krüger, que, durante toda sua car-

reira, jogou em apenas dois clubes: uma década no

Coritiba e três anos no extinto Britânia.

É

BATE PAPO

Page 45: Revista Só Futebol #07

45• Revista Só Futebol •

“O FUTEBOL ERA UM ESPETÁCULO E O TORCEDOR ESPERAVA POR ISSO.”

Dirceu Krüger, ex-jogador do Coritiba

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Page 46: Revista Só Futebol #07

46 • Revista Só Futebol •

BATE PAPO

Para a grande maioria, ser jogador de fute-

bol não era um objetivo profissional. Campeão

Paranaense em 1967 pelo Água Verde, um dos

clubes que formou o Paraná Clube, Zeola re-

corda-se de como começou a jogar: “Um ami-

go da escola me chamou para fazer um teste

no juvenil do Água Verde. Fui lá, o treinador

gostou, pediu para eu voltar e assim comecei

no futebol.” A proximidade entre dirigentes,

jogadores e torcedores proporcionava um

clima mais informal, quase familiar. “Tudo era

mais simples. O convívio entre nós era próxi-

mo, pois quase todo mundo era de Curitiba.

Eu tinha um relacionamento bem próximo

também com os dirigentes, a ponto de fazer

compras no armazém de um deles.”

ORGULHOZeola exibe a camisa e a faixa de Campeão Paranaense de 67 pelo extinto Água Verde.

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“FIZ PARTE

DE UMA

GERAÇÃO

DE GÊNIOS,

UM TEMPO

EM QUE O

FUTEBOL

ERA JOGADO

COM MUITO

TALENTO“.

Barcímio Sicupira, ex-jogador do Atlético

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46 • Revista Só Futebol •

Page 47: Revista Só Futebol #07

47• Revista Só Futebol •

EVOLUÇÃO NO FUTEBOL Com o passar dos anos, o

futebol foi mudando. A profis-

sionalização colocou o espor-

te em um outro nível, aliando

o entretenimento de massa

aos interesses comerciais.

Os jogadores foram impul-

sionados a astros mundiais.

Paralelamente a essa evolu-

ção, o lado mais lúdico do fu-

tebol foi perdendo força e as

novas gerações também têm

uma nova forma de acompa-

nhar esse futebol moderno.

Sicupira acredita na evolução

natural do esporte, que aliou

a ciência e a tecnologia à for-

mação dos jogadores “Hoje,

o preparo físico dos atletas é

excelente. Na minha época,

o diferencial era o talento e,

agora, o talento tem que an-

dar lado a lado com a capaci-

dade física.”

Há décadas atuando na for-

mação de jogadores na base

do Coxa, Krüger faz um alerta:

“É preciso ficar atento para não

deixar o talento de lado. Hoje, é

muita marcação e o futebol não

pode perder a qualidade, senão

não há futebol.” Mas apesar

do saudosismo, o Flecha Loira,

como ficou conhecido pela ve-

locidade e pelos cabelos loiros,

Krüger acredita que, apesar

das diferenças, o futebol nun-

ca perdeu a essência. “Sei que

nunca será como antes, pois os

tempos mudaram e a socieda-

de, também. O futebol é e sem-

pre será importante, indepen-

dentemente da época.” POR:

RICARDO GALEB

ÍDOLOSKrüger (esq.) e Sicupira (dir.) na época de ouro do futebol

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Page 48: Revista Só Futebol #07

48 • Revista Só Futebol •

PUBLIEDITORIAL

Empresas aproveitam o atual momento da

economia para se destacar no marketing esportivo

Sem criseeconomia parece ser o assunto do

ano. Grandes e médias empresas

não param de anunciar demissões

em massa e a palavra “crise“ faz par-

te das conversas em todos os luga-

res, da reunião de negócios aos en-

contros informais no fim de semana.

Mas fazendo jus à expressão “enquanto uns choram,

outros vendem lenço”, empresas menores e que não

conseguiam se inserir no mercado do futebol, domina-

do por grandes marcas consolidadas no mercado, viram

neste ano de crise a oportunidade de aproveitar a lacu-

na deixada por grandes empresas e estão conseguindo

se destacar no marketing esportivo.

Foi nesse momento que o Vivamil, suplemento ali-

mentar que leva apenas cafeína na sua composição, de-

cidiu entrar com força no mercado esportivo, especial-

mente nos times paranaenses. O suplemento tem sua

fórmula consagrada há mais de 50 anos nos Estados

Unidos e recentemente entrou no mercado brasileiro.

A

AÇÃO APAEA camisa do Rio Branco foi leiloada em prol da Apae de Paranaguá, durante visita dos jogadores.

Page 49: Revista Só Futebol #07

49• Revista Só Futebol •

Inserção da marca em backdrops, uniformes de passeio, cami-sas oficiais e naming rights de estádio

Criação de terceiro uniforme com as cores da marca

Entrega de brindes e tabelas personalizadas, gerando intera-ção com as torcidas

Plotagem de ônibus com a marca

Fornecimento de suplementação nutricional para os atletas

Ações de marketing promocional interna e externa, com banners em áreas comuns, pórticos, inflá-veis e tapetes personalizados

Reconhecimento ao jogador da partida

Como parte de pagamento, o Vivamil também ofereceu sua estrutura de marketing digital em prol dos clubes, a fim de somar esforços na presença digital diante da torcida.

ONDE O VIVAMIL FEZ A DIFERENÇA PARA OS TIMES

PARANAENSES:

TERCEIRO UNIFORMENo jogo entre Paraná Clube e Rio Branco, ambos patrocinados pelo Vivamil, Rio Branco usou o terceiro uniforme.

Com foco em atletas amadores e profissionais, que

precisam de energia e disposição para colocar em prática

suas habilidades técnicas, a marca Vivamil esteve presen-

te em diversas ações no futebol de 2015, além de outros

eventos esportivos, como corridas de rua e arrancadas.

“Essa é uma ótima maneira de consolidar a marca entre o

nosso público e o momento para investir não poderia ser

melhor para nós”, destaca Tiago Zella, gerente geral da

Nutribrands, responsável pela importação do Vivamil.

As cotas de patrocínio adquiridas pela marca americana nos times em que investe, ou investiu, englobam:

Page 50: Revista Só Futebol #07

50 • Revista Só Futebol •

SAÚDE

Ponto fracoUma das estruturas mais usadas no futebol, o tornozelo tornou-se alvo fácil de lesões

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Page 51: Revista Só Futebol #07

51• Revista Só Futebol •

o início do mês de junho,

o jogador peruano Paolo

Guerrero deu um peque-

no susto nos torcedores do

Flamengo (time pelo qual

atua) e do Peru. Em um amis-

toso da seleção peruana contra a sub-22 do país,

para a preparação da Copa América, Guerrero saiu

de muletas após apenas cinco minutos de partida.

O motivo: uma lesão no tornozelo.

Felizmente, a lesão de Guerrero foi leve e ele

logo voltou aos campos. O fato não passou de um

pequeno susto mesmo, mas nem sempre é assim.

O jogador francês Franck Ribéry que o diga. O

meia do Bayern de Munique machucou o torno-

zelo direito em 11 de março e ficou impedido de

participar da semifinal da Liga dos Campões.

Ribéry teve complicações em sua recupera-

ção e está parado há alguns meses. Seu retorno

para a próxima temporada ainda não é certo, já

que há rumores de que o jogador se aposente

devido às lesões seguidas que sofreu. De acor-

do com o ortopedista César Augusto Baggio

Pereira, esses tipos de traumas nos tornozelos

são muitos comuns em jogadores de futebol. “O

pé e o tornozelo são as estruturas mais usadas

no jogo de futebol. Não só para chutar a bola,

mas também para correr e apoiar-se no solo no

momento de chutar. Quando um pé está sen-

do usado para chutar, o outro está firmemente

apoiado sustentando todo o peso do atleta.

NExistem, também, outros fatores que fazem dos

tornozelos alvos fáceis de serem machucados. “As

lesões geralmente acontecem no pé que está apoia-

do no solo e não naquele que está chutando ou cor-

rendo. Além desse fato, pé e tornozelo são os seg-

mentos mais atingidos pelo adversário no momento

de disputar a posse da bola. É um esporte que tem

muito contato entre os jogadores”, explica Pereira.

Assim como aconteceu com Guerrero e Ribéry,

um trauma no tornozelo pode levar ao afastamen-

to dos jogadores do campo. A gravidade do ma-

chucado é o que determinará se o jogador preci-

sará ser afastado, o tempo de afastamento, e até

mesmo o risco de nunca mais voltar a jogar. “As le-

sões ligamentares, como contusões e tendinites,

podem afastar temporariamente, mas as lesões

articulares por fratura ou artrose podem afastar

definitivamente dos campos”, afirma Pereira.

Como qualquer outra lesão, o atleta deverá

tomar extremo cuidado e realizar o tratamento

apropriado para não correr o risco de ter se-

quelas definitivas. Para Pereira, as lesões agu-

das mais comuns são os entorses (lesões de

ligamentos) e as contusões. “Contusões cons-

tantes e mal tratadas ou negligenciadas pelo

atleta podem, a longo prazo, levar à artrose,

que é o desgaste da cartilagem articular. Essa

lesão crônica é de difícil tratamento e, quando

curada, devolve ao atleta apenas a marcha nor-

mal e indolor, mas raramente permite o retorno

ao esporte”, analisa. POR: PRICIANE CROCETTI

“AS LESÕES LIGAMENTARES, CONTUSÕES E TENDINITES PODEM AFASTAR TEMPORARIAMENTE,

MAS AS LESÕES ARTICULARES POR FRATURA OU POR ARTROSE PODEM AFASTAR DEFINITIVAMENTE.”

51• Revista Só Futebol •

Page 52: Revista Só Futebol #07

TREINADOR

52 • Revista Só Futebol •

Treinador volta ao Coritiba com o desafio de repetir o bom desempenho da passagem anterior e, dessa vez, salvar o Alviverde do rebaixamento

futebol brasileiro não é co-

nhecido exatamente pelo

prestígio concedido aos trei-

nadores quando seus times

entram em uma fase compli-

cada. Continuidade é palavra

rara, e basta uma sequência de maus resultados

para que os técnicos entrem na mira da demis-

são. Prova disso é que, até o fechamento desta

edição da revista nada menos do que 13 treina-

dores tinham perdido seus cargos.

No Coritiba, Ney Franco foge à regra das de-

missões. Desde 2008, ele é o único comandante

alviverde que não saiu do clube pela porta dos

O

Ney vs Ney

Page 53: Revista Só Futebol #07

53• Revista Só Futebol •

fundos. Sua passagem pelo Alto

da Glória entre 2009 e 2010 só

terminou graças ao convite para

treinar a Seleção Brasileira Sub-

20 e fez com que ele saísse de

bem com torcida e diretoria. Seus

sucessores, de Marcelo Oliveira

a Marquinhos Santos, não tive-

ram a mesma sorte, e todos fo-

ram, eventualmente, mandados

embora.

De volta ao Couto Pereira de-

pois de cinco anos, Ney Franco

sonha em repetir o bom de-

sempenho da campanha ante-

rior, em que conseguiu 69% de

aproveitamento nas 85 partidas

à frente do Coritiba. Novamente

confrontado com a dura reali-

dade da zona de rebaixamen-

to e pressionado a escapar da

degola, o técnico coloca todas

as suas fichas em um trabalho

bem feito, esbanja confiança no

elenco e garante não se inco-

modar com a esperança que a

torcida deposita em seu retorno.

“Eu acho que essa expecta-

tiva no nosso trabalho aumenta

a nossa responsabilidade. Em

contrapartida, é muito legal che-

gar em um ambiente onde você

é bem aceito, em que você tem

o respeito do clube, das pessoas

“EU VOLTO COM UM POUCO MAIS DE EXPERIÊNCIA, UM POUCO MAIS DE BAGAGEM. DEPOIS QUE SAÍ DO CORITIBA, PEGUEI VÁRIOS PROJETOS. ALGUNS DERAM CERTO, OUTROS NÃO FORAM TÃO BONS.”

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AS

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ST

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que estão nele, do torcedor, da

crônica local. Isso é muito bom

porque dá a oportunidade de

trabalhar em um ambiente legal.

A aposta é no trabalho, na con-

vicção que temos no dia a dia e

na nossa estrutura. Uma certe-

za que tenho é que é um elenco

qualificado, que dá condição ao

treinador de fazer um bom tra-

balho”, avalia Ney, em entrevista

à Revista Só Futebol.

Determinado a resgatar o

bom futebol que deu ao Coxa

os títulos do Campeonato

Paranaense e da Série B de

2010, o treinador volta mais

ORGULHOTécnico confia na estru-tura e no trabalho para fazer o time engrenar.

Page 54: Revista Só Futebol #07

TREINADOR

54 • Revista Só Futebol •

experiente, calejado por

alguns trabalhos bem-

-sucedidos e outros,

nem tanto. Ele destaca

os títulos e os jogadores

revelados na Seleção

Brasileira sub-20, time

que comandou entre o

início de 2011 e julho de

2012.

SELEÇÃO BRASILEIRA SUB-20

SÃO PAULO

QUANDO?

Entre janeiro de 2011 e

julho de 2012

COMO FOI?

Campeão sul-americano

(com direito a uma golea-

da por 6 x 0 no Uruguai), o

técnico alcançou o principal

objetivo, que era classifi-

car a equipe para os Jogos

Olímpicos de Londres.

Ainda foi campeão mundial

e só deixou o cargo para

assumir o São Paulo.

QUANDO?

Entre julho de 2012

e julho de 2013

COMO FOI?

Após um começo contur-

bado, conseguiu o título

da Copa Sul-Americana e

classificou a equipe para a

Libertadores. Em 2013, no

entanto, as más atuações

se acumularam e fizeram o

treinador ser demitido, com

direito a críticas pesadas

de Rogério Ceni. O goleiro

disse que o legado deixado

por Ney Franco foi “zero”.

VITÓRIA

FLAMENGO

QUANDO?

Entre setembro de 2013

e maio de 2014 e entre

agosto e dezembro de 2014.

COMO FOI?

Em 2013, levou o Vitória

à quinta colocação do

Brasileirão, mas deixou o

clube em maio do ano se-

guinte, alegando desgaste

e com um contrato engati-

lhado com o Flamengo. Após

péssima campanha no time

carioca, voltou ao rubro-ne-

gro baiano três meses de-

pois da saída, mas não con-

seguiu evitar o rebaixamento

para a Série B e entregou o

cargo. Estava sem emprego

desde o fim do ano passado.

QUANDO?

Entre maio e agosto

de 2014

COMO FOI?

Péssimo. Em sete jogos, não

venceu nenhum e acumulou

um aproveitamento de apenas

14% dos pontos disputados.

Como continuidade não é o

forte dos dirigentes brasileiros,

foi demitido e voltou ao Vitória.

“Eu volto com um pouco mais

de experiência, um pouco mais

de bagagem. Depois que saí do

Coritiba, peguei vários projetos.

Alguns deram certo, outros não

foram tão bons. Entre os que

deram certo está o da Seleção

Brasileira, que foi o que me tirou

do Coritiba: nós fomos campeões

sul-americanos e do mundial em

2011. Foi uma geração que revelou

vários jogadores para a seleção

principal, como Neymar, Lucas,

Oscar, Felipe Coutinho, Danilo e

Alexsandro”, relembra o técnico.

De volta à realidade, Ney

Franco também conversou, na

entrevista, sobre o atual momen-

to vivido pelo Alviverde. Com difi-

culdades dentro de campo, o time

se alterna nas últimas colocações

da tabela do Brasileiro e já perce-

beu que terá um 2015 de sufo-

co. O treinador não esconde que

pretende encerrar o ano na capi-

tal paranaense e, para isso, tenta

mostrar uma visão otimista para a

segunda metade da temporada.

Page 55: Revista Só Futebol #07

55• Revista Só Futebol •

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RIT

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TRANQUILIDADEDepois de cinco anos, Ney garante estar mais experiente em seu retorno.

“Nós temos duas com-

petições. Um Campeonato

Brasileiro muito difícil, em

que não nos encontramos

em uma posição boa, e, pa-

ralelamente, temos a Copa

do Brasil. E eu espero que a

gente consiga desenvolver

um bom trabalho e que esse

trabalho se traduza em uma

permanência no Coritiba e

na cidade de Curitiba até de-

zembro”, afirma. © G

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PARA O TREINADOR, O ELENCO É

QUALIFICADO E PODE TIRAR

O COXA DO MOMENTO DIFÍCIL.

Page 56: Revista Só Futebol #07

TREINADOR

56 • Revista Só Futebol •

CINCO ANOS DE SEPARAÇÃO

Desde que saiu do Coritiba, em 2010, Ney Franco comandou Neymar e foi campeão mundial com a

Seleção sub-20, trocou farpas com Rogério Ceni na saída do São Paulo e fracassou em Vitória e Flamengo.

“UMA CERTEZA QUE TENHO É QUE É UM ELENCO QUALIFICADO, QUE DÁ CONDIÇÃO AO TREINADOR DE FAZER UM BOM TRABALHO.”

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A

PROFISSIONAIS NA BERLINDA

Perguntado sobre o atual mo-

mento do futebol brasileiro e so-

bre a repercussão da dolorida

eliminação da Seleção na Copa

do Mundo de 2014, Ney Franco

prevê um período difícil, mas con-

fia na reformulação e no retorno

dos bons momentos. Ele lembra,

ainda, que a crise econômica que

o país enfrenta também traz con-

sequências para o futebol, como o

enfraquecimento dos campeona-

tos e a impossibilidade de compe-

tir com o mercado externo.

“Claro que a derrota por 7 a 1

para a Alemanha pode ser supe-

rada. Lógico que hoje existe uma

grande cobrança sobre os profis-

sionais que trabalham no futebol

brasileiro, atletas e treinadores.

Temos um momento de reflexão,

cada profissional que respira fu-

tebol sente essa cobrança, mas

entende que uma mudança é

necessária. Vejo que a maior mu-

dança está na formação dos nos-

sos jogadores, para que a gente

possa formar equipes fortes”,

completa o sempre otimista Ney

Franco. POR: MAHANI SIQUEIRA

BONS MOMENTOSNey Franco não se in-comoda com a sombra deixada por ele mesmo e seu ótimo desempe-nho na primeira pas-sagem pelo Alviverde.

Page 57: Revista Só Futebol #07

57• Revista Só Futebol •

Page 58: Revista Só Futebol #07

58 • Revista Só Futebol •

SUBURBANA

Após mais de seis meses de espera, é chegada a hora de acompanhar a Suburbana de Curitiba

chegou! Ela finalmente

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Page 59: Revista Só Futebol #07

59• Revista Só Futebol •

ão com bife, bebidas alcoóli-

cas liberadas, 23 campos qua-

se sempre sem arquibancada,

bola sendo buscada pelos tor-

cedores além do muro do vi-

zinho, partidas do time juvenil

abrindo a dos adultos e entra-

da com um preço simbólico, que muitas vezes

nem é cobrada. A Suburbana de Curitiba fun-

ciona assim, sem frescura, sem ares de futebol

moderno.

Considerado um dos maiores campeonatos

amadores do Brasil, a Suburbana envolve 17

bairros da capital paranaense, muitos deles nas

fronteiras com Almirante Tamandaré, Colombo,

Pinhais, São José dos Pinhais, Fazenda Rio

Grande e Campo Magro. Desde sua primei-

ra edição, em 1941, a Suburbana já coroou 22

campeões diferentes. O vencedor de 2014 foi

o União Nova Orleans (UNO), que conquistou o

título inédito em dezembro do ano passado ao

bater o Operário Pilarzinho em uma decisão de

três jogos e uma acirrada disputa de pênaltis

no último deles.

Quem mais acumulou títulos até então é o

Trieste, com 12. O segundo maior é seu grande

rival, também habitante de Santa Felicidade,

o Iguaçu. Juntos, eles fazem o Clássico dos

Italianos, também conhecido como o Clássico

da Polenta, a rivalidade mais antiga e famo-

sa da Suburbana. E se o assunto é rivalidade

tradicional, em 2015 voltaremos a acompanhar

mais uma: Vila Hauer e Vila Fanny, que, depois

de três anos, se encontram novamente na di-

visão principal.

Uma das peculiaridades da competição é

reunir figurinhas famosas do futebol pro-

fissional, como Nem, Rogério Corrêa e Alex

PMineiro – trio que conquistou o Brasileirão pelo

Atlético-PR, em 2001, e que jogou, em 2012,

pelo Bairro Alto. Entre eles também se destacam

Laércio e Marcelo Tamandaré, ambos ex-Coriti-

ba, que atuaram respectivamente por Iguaçu e

Combate Barreirinha em 2013 – este último que

ainda teve no plantel o meia-atacante Adriano

Gabiru, ex-jogador do Atlético-PR e herói do tí-

tulo mundial do Internacional em 2006. A remu-

neração dos jogadores também não é nada “mo-

derna”, mas a folha de pagamento permanece

em dia e a dança das cadeiras dos técnicos não

é tão frenética como no profissional.

O formato de disputa desta 74ª edição so-

freu algumas alterações. As equipes iniciam a

competição divididas em dois grupos. O Grupo

A é formado por 12 times: Bangu, Nacional,

Nova Orleans, Novo Mundo, Operário Pilarzinho,

Renovicente, Santa Quitéria, Iguaçu, Trieste,

Urano, Vila Fanny e Vila Hauer. Elas estão divi-

didas em dois grupos, cada um com seis times.

No primeiro turno, o grupo A e o grupo B se en-

frentam. No segundo turno, as equipes se en-

frentarão entre si, dentro de cada grupo. Serão,

no total, 11 jogos.

A REMUNERAÇÃO DOS JOGADORES TAMBÉM NÃO É NADA “MODERNA”, MAS A FOLHA DE PAGAMENTO

PERMANECE EM DIA E A DANÇA DAS CADEIRAS DOS TÉCNICOS NÃO É TÃO FRENÉTICA COMO

NO PROFISSIONAL.

Page 60: Revista Só Futebol #07

60 • Revista Só Futebol •

SUBURBANA

TRADIÇÃOJogos do juvenil abrem as tardes de sábado na competição.

UMA DAS PECULIARIDADES DA COMPETIÇÃO É REUNIR FIGURINHAS FAMOSAS DO

FUTEBOL PROFISSIONAL, COMO NEM, ROGÉRIO CORRÊA E ALEX

MINEIRO – TRIO QUE CONQUISTOU O BRASILEIRÃO PELO ATLÉTICO-PR, EM 2001, E QUE JOGOU, EM 2012,

PELO BAIRRO ALTO.

As quatro equipes que tiverem

mais pontos em cada grupo seguem

para a próxima etapa. Na segunda

fase, dois novos grupos serão for-

mados e os clubes se enfrentam em

turno e returno dentro de suas cha-

ves. Os dois melhores colocados de

cada grupo avançam para as semifi-

nais. Dessa altura do campeonato até

a final acontecem jogos eliminatórios

de ida e volta. Os dois times que con-

centrarem menos pontos na primeira

fase serão rebaixados e jogarão na

Série B em 2016.

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Page 61: Revista Só Futebol #07

61• Revista Só Futebol •

A Segundona concentra 24 clubes e iniciou

no dia 4 de julho, uma semana depois da Série

A. Nessa primeira fase da disputa, os times es-

tão divididos em dois grupos:

A: Uberlândia, Capão Raso, Grêmio Ipiranga,

Imperial, União Ahú, Caxias, Tanguá, Umbará,

Rio Negro, Bairro Alto e Olímpico.

B: Combate Barrerinha, Palmeirinha, Vila Sandra,

São Braz, Vasco, Santíssima Trindade, Ypiranga,

Boqueirão, Sergipe, Diamante e Flamengo.

Fique de olho:

Vila Hauer

O clube ganhou importantes reforços: atletas

que foram campeões em 2014 com o União Nova

Orleans (UNO).

Novo Mundo

Vem com a base entrosada do Bandeirantes, que

disputou a Taça Paraná no primeiro semestre.

Operário Pilarzinho

O time manteve a base de 2014, ano em que

levou o vice-campeonato e deu trabalho para o

atual campeão.

Nacional

Representando o bairro do Boqueirão, é o cam-

peão da Série B de 2014. Grande parte de seus

jogadores continua no elenco deste ano.

Renovicente

Assim como na temporada passada, começou

muito bem, sendo o único com duas vitórias em

duas rodadas, liderando o Grupo B. Os joga-

dores se mostraram entrosados, só precisam

manter o ritmo para fazer diferente do último

ano, quando perdeu a energia ao chegar na

segunda fase.

União Nova Orleans (UNO)

O atual campeão sofreu mudanças significati-

vas em seu elenco e terá que se reinventar para

defender a taça.

Bangu

Sem grandes novidades, sofreu da mesma

“maldição” que o Renovicente no ano passado e

busca não passar pelo mesmo sufoco de novo.

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Page 62: Revista Só Futebol #07

62 • Revista Só Futebol •

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A segunda fase, as semifinais e as finais são iguais às

da Série A, com os dois finalistas conquistando o acesso

à elite do próximo ano. A categorial juvenil também fun-

ciona assim, com o time de base acompanhando a tabela

do time adulto e com o mesmo esquema de substituição

caso um dos dois não se classifique.

Os horários de início das partidas permanecem os

mesmos: os jogos dos juvenis começam às 13h30 e dos

adultos, às 15h30. POR: THAÍSA MERAKI

Fique de olho:

Iguaçu

O treinador Juninho trouxe para o

clube de Santa Felicidade a base que

conquistou a Taça Paraná com a ca-

misa do Fanático.

Santa Quitéria

Time sensação dos últimos anos, viu

o título bater várias vezes na tra-

ve. Desta vez, vem de uma grande

reformulação e traz de volta Leandro

Chibior no comando técnico.

Trieste

O Tricolor aposta em Mario Jr., mais

conhecido como Feijão, no comando.

O desafio do novo técnico é enorme:

ele treina pela primeira vez a equipe

que possui mais títulos na competição

e costuma revelar grandes talen-

tos, como Marcos Guilherme – atu-

al Atlético-PR e Seleção Brasileira

sub-20.

Urano

Já “aprontou” na estreia da com-

petição deste ano goleando o Nova

Orleans por 3 a 0 na casa do atual

campeão.

Vila Fanny

Vice-campeão da Série B, participou

da Copa Amador da Capital no primei-

ro semestre de 2015 para embalar o

ritmo. Não fez lá uma boa campanha,

mas a expectativa é de uma tempora-

da tranquila.

SUBURBANA

O Santa Mônica tem o espaço ideal para

o seu evento

SANTA MÔNICA CLUBE DE CAMPOBR 116 - km 6 - nº 5000 - Mauá - Colombo - PRMarketing 3675-4266 l 3675-4268www.santamonica.rec.br

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Page 63: Revista Só Futebol #07

O Santa Mônica tem o espaço ideal para

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Page 64: Revista Só Futebol #07

TORCIDA

64 • Revista Só Futebol •

BARREIRASTORCIDA SEM

Torcedores de Coritiba e Atlético

superam suas condições físicas

para apoiar os times

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Page 65: Revista Só Futebol #07

65• Revista Só Futebol •

rovavelmente, são vários os torcedores do Coritiba

que se lembram da vitória por 3 a 2 sobre o Bahia, em

novembro de 2014, na partida que salvou o clube do

rebaixamento e marcou a despedida de Alex do futebol

profissional. Entre os atleticanos, é questão de honra

ter guardada na memória a noite em que o Furacão

goleou o Vasco por 7 a 2 na Arena. Dois torcedores em

especial, no entanto, têm motivos a mais para recordar essas e outras

ocasiões em que visitaram os estádios de seus times. Jairton Rocha,

coxa-branca, e Claudiney Zela, atleticano, são portadores de doenças

que dificultam suas presenças nas arquibancadas, mas não impedem

– de jeito nenhum – que a paixão pelos times do coração fale mais alto.

À PRIMEIRA VISTAÚnico atleticano na família, Claudiney Zela se encantou pelas co-

res da camisa rubro-negra quando ganhou uma de presente aos oito

anos, mesma idade em que foi diagnosticado com fibrose cística. A

doença é genética, compromete o sistema respiratório e fazia os mé-

dicos acreditarem se tratar de uma espécie persistente de bronquite.

Apesar do problema, o lapeano de 30 anos revela que sempre deu um

jeito de acompanhar o Furacão.

“Eu tenho um amigo que vendia sorvetes na Arena, e acabava con-

seguindo entrar com ele. Precisava levar o meu tanque de oxigênio,

que é pesado e incomoda bastante, mas sempre valeu a pena. Os

jogos mais marcantes a que assisti foram um 7 a 2 contra o Vasco

e um jogo contra o Paraná, em que o Denis Marques fez um gol de

placa. Quero voltar a ir aos jogos, mas estou esperando receber um

respirador portátil, que vai tornar tudo mais fácil”, afirma o atleticano,

que esteve pela última vez no estádio durante o Torneio da Morte do

Campeonato Paranaense.

P

“FOI UM DIA MUITO ESPECIAL. UMA SURPRESA ORGANIZADA POR UM AMIGO. EU NEM SABIA O QUE IA ACONTECER, E O MARCOS GUILHERME APARECEU NO MEU QUARTO NO HOSPITAL.”

Claudiney Zela

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EMOÇÃOClaudiney Zela comemorou a vitória do Atlético sobre o São Paulo com a visita surpresa de Marcos Guilherme.

Page 66: Revista Só Futebol #07

66 • Revista Só Futebol •

TORCIDA

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Aliviado com o fim da má

fase que rondou o time duran-

te o primeiro semestre, ele teve

mais um motivo para comemo-

rar no começo de julho. Antes

da vitória rubro-negra por 2

a 1 sobre o São Paulo, o jovem

Marcos Guilherme, autor de um

dos gols do triunfo, visitou Zela

no Hospital de Clínicas, onde o

torcedor passava por um trata-

mento de três semanas. Além

de oferecer o gol em homena-

gem ao torcedor, o atacante

ainda entregou uma camisa au-

tografada ao fã.

“Foi um dia muito especial.

Uma surpresa organizada por

um amigo. Eu nem sabia o que ia

acontecer, e o Marcos Guilherme

apareceu no meu quarto no hos-

pital. Ele é um dos jogadores de

que eu mais gosto nesse elenco,

porque é bom de bola e se mos-

trou ser muito atencioso e ‘san-

gue bom’”, relembra.

CARAVANA DE GUARATUBAVítima de um erro médico

quando tinha apenas 13 anos,

Jairton Rocha convive até hoje

com uma atrofia muscular que

o impossibilita de fazer muitas

atividades, mas jamais de torcer

pelo Coritiba e de acompanhar

o time religiosamente nos bons

e maus momentos, seja pela te-

levisão ou – preferencialmente

– no Couto Pereira. Para visitar

o estádio, Rocha, que mora em

Guaratuba, precisa planejar a

viagem a Curitiba com antece-

dência. Nada que incomode o

entusiasmado torcedor.

“Quando se trata de apoiar

o Coxa, eu não meço esforços.

Minha preparação começa com

mais ou menos 20 dias de an-

tecedência. Primeiro, defino o

jogo a que pretendo ir; depois,

entro em contato com amigos

de Curitiba para viabilizar as

entradas no estádio para mim

e minha família, que sempre me

"É POR ESTE CARINHO QUE VALE A PENA A GENTE CORRER E BATALHAR A CADA DIA"

Marcos Guilherme

Page 67: Revista Só Futebol #07

67• Revista Só Futebol •

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SONHO REALIZADOEm 2013, Jairton Rocha chegou a assistir um treino do Coxa no Couto Pereira.

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“QUANDO SE TRATA DE APOIAR O COXA, EU NÃO MEÇO ESFORÇOS. MINHA PREPARAÇÃO COMEÇA COM MAIS OU MENOS VINTE DIAS DE ANTECEDÊNCIA.”

acompanha em dias de jogos. Também preciso contar

com amigos daqui que possam me levar em seus car-

ros, pois nós não temos carro próprio. Feito tudo isso,

arrumamos outros pequenos detalhes e partimos para

o Couto Pereira apoiar o nosso Verdão”, conta.

Sempre tratado com muito carinho quando vai ao es-

tádio, Rocha conta ter feito muitas amizades no Couto

Pereira, e que parceiros de arquibancada costumam

ajudar nos custos de suas viagens para assistir às par-

tidas. Os percalços – como uma confusão com segu-

ranças do estádio Noveli Junior, em Itu – acontecem,

mas Rocha é tão otimista quanto coxa-branca, e prefe-

re lembrar principalmente os bons momentos.

“Em novembro de 2013, fui convidado para levar

uma palavra de motivação aos atletas em um treino

no Couto Pereira antes de um

jogo muito importante contra o

Botafogo-RJ e acho que ajudei.

No dia seguinte, assisti ao jogo

das arquibancadas, o Coritiba

venceu por 2 a 1 e, no interva-

lo, o craque Alex me mandou de

presente a camiseta que havia

utilizado no primeiro tempo.

Também me lembro com cari-

nho do último jogo do Alex, con-

tra o Bahia. O Verdão venceu

por 3 a 2, de virada, com gol do

Keirrison no último segundo de

jogo”, completa Rocha. POR:

MAHANI SIQUEIRA

Jairton Rocha

Page 68: Revista Só Futebol #07

68 • Revista Só Futebol •

Projetoaudacioso

Empresário investe em centro de futebol e eventos

CAMPO

68 • Revista Só Futebol •

Page 69: Revista Só Futebol #07

69• Revista Só Futebol •

esde 2006, o Centro Iraí de

Futebol e Eventos tem uma

meta audaciosa: oferecer

estrutura de time profissio-

nal para atletas amadores.

Localizado em Pinhais, o

espaço tem cinco alqueires

– cerca de 120 mil metros quadrados – total-

mente dedicados ao futebol.

A ideia nasceu da vontade do advogado Vinicius

de Andrade Mendes em oferecer um espaço am-

plo, aberto ao público, não só para a atividade

exclusiva do futebol, mas também para eventos

sociais. “De alguns anos para cá, começou a se

alastrar o futebol sintético e os campos de gra-

ma foram ficando escassos. Isso se refletiu até

no futebol brasileiro, pois não existe mais o cam-

po de várzea, como antigamente existia. Hoje, os

novos atletas, tanto no que diz respeito à recre-

ação, quanto para os que tem um interesse mais

competitivo, acabam buscando espaços menores,

de futebol de salão ou sintético”, analisa Mendes.

Foi aí que ele enxergou a oportunidade de ter um

local voltado para esse público. “Ao perceber isso,

como eu tinha uma área grande disponível, a ideia

foi fazer um centro de futebol para oferecer essa

possibilidade aos amantes do esporte”, conta.

Hoje, o Iraí tem 60% do complexo em fun-

cionamento e conta com três oficiais de grama

natural, que podem atender quatro modalida-

des: o campo de 11 tradicional, o campo suíço

(60 x 40 m) e o campo de society (fut 7), além

do futebol de salão que será implementado. Até

2018, quando o projeto deve ser concluído, se-

rão, no total, cinco campos oficiais, sendo um

deles sintético para os dias de chuva.

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"NO IRAÍ, PODEMOS FAZER EVENTOS

DE GRANDE MAGNITUDE, COM

ESTRUTURA PARA OS ATLETAS E

VISIBILIDADE PARA OS PATROCINADORES."

Vinicius de Andrade Mendes

69• Revista Só Futebol •

Page 70: Revista Só Futebol #07

70 • Revista Só Futebol •

CAMPO

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Os planos de expansão também incluem

trazer uma grande marca internacional, para

não haver qualquer tipo de resistência por

parte dos torcedores, para compartilhar a or-

ganização e a visão empresarial do futebol.

“A partir disso, queremos ter um trabalho de

formação de atletas e fazer um intercâmbio

entre os nossos esportistas e os do exterior”,

explica Mendes. “Além disso, iremos também

dar um pontapé inicial em um centro de exce-

lência de futebol feminino e fazer um trabalho

social. Essas são as vigas mestras do empre-

endimento”, complementa.

OPORTUNIDADEMendes se orgulha em contar que, no

Brasil, só os grandes clubes profissionais têm

uma estrutura tão ampla quanto a dele. “O

nosso público abrange jovens universitários,

adultos e crianças de todas as idades”, afirma.

Segundo ele, ter um espaço tão amplo é po-

sitivo não apenas para os atletas, mas também

para empresas que querem expor a sua mar-

ca ou até mesmo organizar eventos para seus

colaboradores no local. “No Iraí, podemos fazer

eventos de grande magnitude, com estrutura

para os atletas e visibilidade para os patroci-

nadores. Já organizamos mais de 90 eventos,

entre comemorações e campeonatos”, conta-

biliza. POR: THAIS VAUROF

Page 71: Revista Só Futebol #07
Page 72: Revista Só Futebol #07

72 • Revista Só Futebol •

QUADRAS

ONDE JOGAR

72 • Revista Só Futebol •

O menor público do

Brasileirão foi em

um jogo no estádio

Olímpico, em Porto

Alegre, entre Juventude

e Portuguesa com

apenas 55 torcedores.

A ARENA SHOW DE BOLA, ESCOLA DE FUTEBOL OFICIAL DO

BOCA JUNIORS, É UM DOS MAIOS NOVOS ESPAÇOS PARA LAZER

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Page 73: Revista Só Futebol #07

73• Revista Só Futebol •

Já o maior público

pagante em uma

partida de futebol no

Brasil foi no Maracanã.

O jogo entre Brasil e

Paraguai, em agosto

de 1969, foi visto por

183.341 pagantes.

73• Revista Só Futebol •

INAUGURADO EM 2010, O CENTRO ESPORTIVO IPIRANGA

POSSUI UM COMPLEXO ESPORTIVO COM 10 MIL METROS

QUADRADOS, RODEADO DE ÁREAS ARBORIZADAS. O ESPA-

ÇO OFERECE TRÊS QUADRAS COBERTAS DE GRAMA SIN-

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Page 74: Revista Só Futebol #07

74 • Revista Só Futebol •

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A raizquadradade dez mil

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O gato deMagali

Mapa, eminglês

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em uma sala de emer-gência de um hospital

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prêmiotécnico

do Oscar

Bebida al-coólica ja-ponesa, fei-ta de arroz

Caixas rígi-das antigas

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Compositorde "Refa-

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Combate entre duaspessoas

A maiorave nativa

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(símbolo)

3/air — emu — gnu — map — sea. 4/alba — igor — mãos — orth. 13/daniel e suzuki.

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Page 75: Revista Só Futebol #07
Page 76: Revista Só Futebol #07

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