revista só futebol 03
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Para os apaixonados por futebol, como nós.TRANSCRIPT
O sucesso do esporte também na mesa
Futebolde botão
As camisetas comemorativas do trio de ferro
trajede Festa
ANO 1 • NÚMERO 3 • 2014 • R$10,00AN
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ENtRE Os MElhOREs
dO MuNdOApós os primeiros passos em times paranaenses, Rafinha
brilha no Bayern ao lado de campeões mundiais
AFC_11429_Habibs Anuncio_Revista_So_Futebol 38,4x25.indd 1 27/08/14 18:46
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5• Revista Só Futebol •
Olik COmuniCaçãOR. Pamphylo D’Assumpção, 908Rebouças | Curitiba – PR(41) 3209.3389www.olikcomunicacao.com.brfacebook.com/revistasofutebol
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COlabOradOresMahani Siqueira, Rafael Falavinha, Ricardo Galeb, Thaisa Meraki e Arieta Arruda
revisãOThalita Uba (Lumos Traduções)
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Nenhuma empresa ou pessoa está autorizada a retirar produtos, comercializar espaços publicitários ou editoriais, a não ser com autorização por escrito da Olik Comunicação, situada na cidade de Curitiba.
ossa capa é um dos símbolos do sucesso
do futebol paranaense. Rafinha deu seus
primeiros passos no Londrina e no Coritiba
e, hoje, joga ao lado de campeões mundiais
no Bayern de Munique. No estado, o futebol
vive um momento agitado, entre partidas de
Brasileirão e eliminações na Copa do Brasil.
É um período de novos treinadores, como é o caso de Marquinhos
Santos, que retornou ao Coritiba – e conversou com a gente so-
bre sua volta –, e de Claudinei Oliveira, que sai do Paraná Clube
para assumir o Atlético Paranaense. Apresentamos ainda as ca-
misetas comemorativas do trio de ferro, lançadas para celebrar
momentos históricos e grandes conquistas.
Outros campeonatos também estão rolando, e temos notícias
sobre eles: futsal, futebol 7, futebol americano, Copa Kaiser e
outros tantos. Fomos em busca de mais informações sobre a
formação de árbitros no Paraná e sobre o universo do futebol
de botão. Conversamos com o chargista Thiago Recchia, que
nos contou um pouco mais sobre Los Três Inimigos, e também
com Domingos Moro, que opina sobre o sistema jurídico des-
portivo no Brasil.
Boa leitura!
N
editOrial
6 • Revista Só Futebol •
sumáriO
28
nOssa CapafOtO: © Alexander Hassenstein/
Bongarts/Getty Images
O sucesso do esporte também na mesa
Futebolde botão
As camisetas comemorativas do trio de ferro
trajede Festa
ANO 1 • NÚMERO 3 • 2014 • R$10,00AN
O 1
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014
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ENtRE Os MElhOREs
dO MuNdOApós os primeiros passos em times paranaenses, Rafinha
brilha no Bayern ao lado de campeões mundiais
copa do brasilA participação dos times
paranaenses no campeonato
08
12 giro do futebolO que está
acontecendo pelos
campos do Paraná
22 brasileirãoImagens de jogos
dos times paranaenses
40 papo cabeçaDomingos Moro
em uma conversa sobre as leis
e os tribunais esportivos
capaO paranaense
Rafinha se destaca como
lateral no Bayern de Munique
28
18 treinadorMarquinhos Santos
está de volta ao Coxa e fala sobre
as expectativas do novo cargo
44 por onde andaWashington,
ex-Atlético Paranaense, agora
investe na carreira política
34 uniforMeOs times paranaenses
investem em camisas
comemorativas
7• Revista Só Futebol •
4822
62
48 futebol de MesaJogado com
botões, o futebol de mesa
busca novos adeptos
54 saúdeOs traumas
neurológicos sofridos
pelos jogadores
58 forMaçãoA formação dos árbitros
paranaenses, que também
conquistam os campos nacionais
62 iMprensaTiago Recchia,
cartunista e criador do Los Tres
Inimigos, fala sobre futebol
66
70
suburbanaOs clássicos da
suburbana contam também
a história de Curitiba
internetPerfis dos
jogadores dos clubes
paranaenses nas redes sociais
8 • Revista Só Futebol •
Copa do brasil
dose duplaAdeus em
arbitragem polêmica marca eliminação de atlético e Coritiba
uando Cléber Machado, acompa-
nhado de quatro modelos em curtos
vestidos, sorteou os oito confron-
tos das oitavas de final da Copa do
Brasil de 2014, Atlético e Coritiba
vislumbraram uma chance inédita
de fazer história. Os eternos rivais
se depararam com América-RN e
Flamengo, respectivamente, mas também viram no chave-
amento anunciado pelo narrador global a excitante opor-
tunidade de um inédito Atletiba na tradicional competição
eliminatória. Eliminar os adversários e garantir um clássico
eletrizante nas quartas de final era o script perfeito para as
esquadras rubro-negra e alviverde.
Duas histórias bem diferentes, contadas em 180 mi-
nutos – e mais alguns momentos extras de agonia no
caso do Coritiba –, tiveram desfechos semelhantes,
para desespero das torcidas paranaenses, que ficaram
sem clássico nas quartas. O roteiro que eliminou Coxa e
Furacão da Copa do Brasil teve reencontro com a torcida,
Qtrês jogos com goleada, nenhum gol de visitantes, pê-
naltis mal marcados, disputa em pênaltis e dolorosas
lembranças para ambos os lados.
DE VOLTA PARA O FUTUROA derrota por 3 a 0 no jogo de ida, na novíssima
Arena das Dunas, em Natal, não foi suficiente para de-
sanimar o torcedor atleticano. Afinal de contas, depois
de mais de três anos, a massa rubro-negra voltaria
a entrar em casa para assistir a um jogo do Furacão.
Contra o América-RN, o Atlético teria a chance de re-
verter os três gols (um deles nascido de um pênalti bem
inexistente, diga-se de passagem), avançar às quartas
de final e fazer do reencontro a ocasião perfeita para
celebrar uma classificação épica.
A torcida compareceu, apoiou o elenco comandado
por Leandro Ávila até o final e viu um time comprome-
tido com a necessidade de devolver a goleada. Um gol
aos sete minutos de jogo foi a faísca que a atmosfera
precisava para acender a esperança de que a vaga
9• Revista Só Futebol •
BOLA NA REDEDeivid comemora o gol e vibra com a torcida que volta ao estádio
placar agregado – atlético 2x3 américa-rN
américa-rN 3x0 atlético
Arena das Dunas, em Natal (RN)
27/08/2014
Gols: Rodrigo Pimpão, 39’1°T; Max, 47’1°T e Thiago
Cristian, 35’2°T
aMÉriCa-rN
Andrey, Marcelinho (Walber), Cléber, Lazaro e Arthur
Henrique (Thaigo Cristian); Márcio Passos (Tiago
Dutra), Val, Fabinho e Morais; Rodrigo Pimpão e Max
Técnico: Oliveira Canindé
aTlÉTiCo-pr
Weverton, Sueliton, Cleberson, Léo Pereira e Natanael;
Deivid, Otávio (Paulinho Dias), Nathan (Cléo) e Marcos
Guilherme; Marcelo e Douglas Coutinho (João Paulo).
Técnico: Leandro Ávila (interino)
atlético 2x0 américa-rN
Arena da Baixada, em Curitiba (PR)
03/09/2014
Gols: Deivid, 7’1°T; Marcelo, 43’2°T
aTlÉTiCo-pr
Wéverton, Mário Sérgio (Paulinho Dias), Cleberson,
Dráusio e Natanael; Deivid, João Paulo, Nathan
(Dellatorre) e Marcos Guilherme; Marcelo e Cléo
(Mosquito)
Técnico: Leandro Ávila
aMÉriCa-rN
Andrey, Marcelinho, Cléber, Lázaro e Arthur Henrique;
Tiago Dutra (Jean Cléber), Val, Fabinho e Morais
(Andrezinho); Rodrigo Pimpão (Thiago Cristian) e Max
Técnico: Oliveira Canindé
ida VolTa
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10 • Revista Só Futebol •
Copa do brasil
podia ser rubro-negra. Nos 81 mi-
nutos seguintes da partida, o do-
mínio foi todo atleticano. O Atlético
criou chances e fez por merecer o
segundo gol, que acabou chegan-
do tarde demais. Aos 43 da segunda
etapa, Marcelo balançou as redes e
deu um último sopro de ânimo. O
apito final, no entanto, foi implacá-
vel e não deixou espaço para o gol
que levaria a disputa aos pênaltis.
Da desclassificação para o time
potiguar, ficam as memórias da
torcida aplaudindo o time após o
duelo, a garra dos atletas em cada
lance e, como não poderia ser di-
ferente, o brilho nos olhos de cada
atleticano ao sentir aquela conhe-
cida sensação de voltar para casa
depois de tanto tempo. Reformada
e mais moderna do que nunca, a
Arena da Baixada está pronta para
ser o palco de que o Furacão preci-
sa para o seu futuro.
DO ÊXTASE AO SOFRIMENTOA fase de oitavas de final da Copa
do Brasil começou perfeita para o
Coritiba. Na reestreia do técnico
Marquinhos Santos no comando
alviverde, o clima no Couto Pereira
era diferente dos recentes tropeços
pelo Brasileirão e a torcida se mos-
trava pronta para empurrar o time
na direção de um novo momento no
ano. Em campo, a equipe refletiu o
bom ambiente e não tomou conhe-
cimento do Flamengo de Vanderlei
Luxemburgo. A festa alviverde ter-
minou com um sonoro 3 a 0, fruto
de gols de Leandro Almeida, Luis
Antonio (contra) e Zé Love.
No Maracanã, palco do jogo de
volta, o Coritiba tinha a missão de
segurar o desespero flamenguista
e impedir uma pouco provável revi-
ravolta no placar. No entanto, uma
arbitragem periclitante, que marcou
dois pênaltis inexistentes e deixou
de ver faltas decisivas contra o time
paranaense, complicou a situação
alviverde e levou a partida à deci-
são por pênaltis. Sim. Com a ajuda
do árbitro, o Flamengo conseguiu
igualar o Coxa no placar agregado,
com dois gols de Alecsandro e um
de Eduardo da Silva e colocou o
destino da vaga na marca de cal.
Nas cobranças de pênaltis, os
destaques foram Vanderlei e Paulo
Victor. O goleiro coxa-branca de-
fendeu três cobranças, enquanto o
flamenguista salvou seu time duas
vezes e viu outras duas bolas ex-
plodirem na trave. Com vários erros
para cada lado, a disputa chegou às
cobranças alternadas e terminou
com a vitória carioca por 3x2. Após a
desilusão, tão grande quanto a re-
volta pela má arbitragem, só restam
olhos para as próximas partidas do
Campeonato Brasileiro.
SOFRIMENTONo Maracanã, o Coritiba so-freu com a arbitragem e se viu eliminado do campeonato
11• Revista Só Futebol •
placar agregado – Coritiba 3x3 Flamengo*
Coritiba 3x0 Flamengo
Couto Pereira, em Curitiba (PR)
27/08/2014
Gols: Leandro Almeida, 15’1°T; Luiz Antônio (contra),
28’,2°T e Zé Love, 44’2°T
CoriTiba
Vanderlei; Norberto (Reginaldo), Leandro Almeida
(Bonfim), Luccas Claro e Carlinhos; Gil, Hélder, Robinho
e Dudu; Martinuccio (Élber) e Zé Love
Técnico: Marquinhos Santos
FlaMENGo
Paulo Victor; Luiz Antônio, Chicão, Marcelo e Samir;
Amaral, Márcio Araújo (Canteros), Lucas Mugni
(Paulinho) e Everton; Nixon (Gabriel) e Eduardo da Silva
Técnico: Vanderlei Luxemburgo
Flamengo 3x0 Coritiba
Maracanã, no Rio de Janeir (RJ)
03/09/2014
Gols: Alecsandro, 48’1°T e 11’2°T; Eduardo da Silva, 35’2°T
FlaMENGo
Paulo Victor; Luiz Antônio (Leo Mora), Chicão, Samir e
João Paulo; Recife, Márcio Araújo, Canteros e Gabriel
(Eduardo da Silva); Paulinho (Everton) e Alecsandro
Técnico: Vanderlei Luxemburgo
CoriTiba
Vanderlei; Norberto, Luccas Claro, Leandro Almeida e
Carlinhos; Gil (Robinho), Helder, Rosinei (Baraka) e Dudu;
Martinuccio (Alex) e Zé Love
Técnico: Marquinhos Santos
*O time carioca venceu por 3x2 na disputa de pênaltis
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12 • Revista Só Futebol •
Giro do Futebol
O que estárolando pelos
camposSaiba como estão as disputas de
diversos campeonatos pelo estado
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12 • Revista Só Futebol •
13• Revista Só Futebol •
Onze vezes
CAJAtime do Jardim das Américas vence Copa Kaiser pela 11ª vez
Após 34 dias de competição,
12 times na disputa e 49 par-
tidas, o Clube Atlético Jardim
das Américas, o CAJA, mante-
ve o favoritismo e venceu mais
uma vez o campeonato.
O adversário na final, rea-
lizada no dia 3 de agosto, em
Curitiba, foi o Joga 10. Muito
disputado, o jogo estava em-
patado em 3 a 3, mas nos mi-
nutos finais o CAJA marcou
duas vezes e garantiu a con-
quista da XV Copa Kaiser.
Autor de um dos gols, Jonatas
Alves, 30 anos, conhecido como
Batata, citou a amizade dos jo-
gadores do CAJA para o sucesso
dentro de campo. “Somos to-
dos amigos. Tem gente que se
conhece há mais de dez anos
e isso faz com que o time seja
ainda mais unido”, disse o joga-
dor, que está há seis anos no
time. Ele destacou também a
manutenção da base ao longo
dos anos. “A gente troca pouco
os jogadores do elenco. Assim,
todo mundo sabe como o colega
joga e isso nos dá mais força.”
Esse é o mesmo pensamen-
to de Castorzinho, 36 anos.
Ex-profissional, ele acredita no
entrosamento do grupo para a
hegemonia do CAJA na compe-
tição: são 11 títulos de um to-
tal de 15 disputados. “O grupo
muda pouco e isso faz com que
a amizade cresça a cada ano”,
declarou o pivô, que está no
time desde 2003.
Além de campeão, o CAJA
também teve o artilheiro da
competição. Edmilson Ferreira
balançou as redes 16 vezes.
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14 • Revista Só Futebol •
Giro do Futebol
Taça PinhaisAtlético goleia Paraná e conquista o prêmio
Duas das grandes forças do
futebol 7 do estado entraram
em campo no dia 17 de agosto,
na Arena Ceschin, para dispu-
tar o título da Taça Pinhais. O
jogo começou muito disputado,
com boas chances para as duas
equipes, mas foi o Paraná que
abriu o placar. Após o primeiro
tempo equilibrado, na etapa fi-
nal o Atlético dominou o jogo,
marcou cinco vezes e garantiu
a conquista. Apesar do placar
elástico, 5 x 1, o treinador do
Furacão, Marlon Campos, des-
tacou o equilíbrio dentro da
quadra. “O primeiro tempo foi
pegado, os dois times estavam
muito iguais. Mas depois nós
conseguimos melhorar e mar-
car os gols que garantiram a
vitória”, detalha.
Edgar Schurtz foi eleito o cra-
que do campeonato e fez ques-
tão de dividir o prêmio individu-
al com os companheiros. “Fico
muito feliz pelo título e agradeço
todo grupo atleticano. Nós fize-
mos nosso melhor jogo no cam-
peonato, principalmente no se-
gundo tempo, e conseguimos a
taça”, comemora o jogador.
O técnico do Atlético acredita
que a conquista da Taça fortale-
ce ainda mais o fut7. “O torcedor
gosta de ver o clube do coração
jogando, seja no campo, sintéti-
co ou salão. É muito bacana ver o
envolvimento do torcedor.”
Na disputa pelo terceiro lu-
gar, quem levou a melhor foi o
Rio Branco, de Paranaguá, que
venceu o Pinhais por 5 a 1.
A Taça Pinhais foi a segunda
etapa do Circuito Paranaense
de Futebol 7. A próxima será
realizada em São José dos
Pinhais, em setembro.
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15• Revista Só Futebol •
FutsalPela 1ª fase do Campeonato
Feminino de Futsal, a Associação
Cianortense lidera a competição
com 24 pontos. O C.E.R. Aquárius
vem na 2º colocação, com 15,
seguido pelo Londrina Futsal,
que soma 13 pontos.
No masculino, a Divisão Especial
Série Ouro do Campeonato
Paranaense de Futsal está na se-
gunda fase. O Cresol/Marreco é o
líder do grupo A, com 13 pontos,
seguido de perto pelo Copagril/
Sempre Vida/M. C. Rondon, com 12.
No grupo B, a liderança é do
Muffatão/Sol do Oriente/Cascavel,
com 11 pontos. O Umuarama Futsal
ocupa a segunda posição, com 10.
Pela primeira fase da Série
Prata, após 13 rodadas a
Associação Caramuru Esportes li-
dera com 36 pontos, seguida por
Concrevalle/Dois Vizinhos e São
José dos Pinhais/SMEL, com 28.
Após um jogo muito equilibrado e com
placar apertado – 7 x 6 – o Crocodiles
venceu o Paraná HP e conquistou o
Campeonato Paranaense de Futebol
Americano de forma invicta, com sete
vitórias. Foi apenas um touchdown para
cada lado, e a diferença no placar foi pela
conversão do ponto extra pelo Crocodiles.
Na disputa pelo terceiro lugar, o Brown
Spiders venceu o Opção Pyros.
Futebol Crocodiles conquista o Paraná bowl Viamericano
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16 • Revista Só Futebol •
Giro do Futebol
Campeonato
Novos técnicos
Brasileiro Série DO Londr ina segue real izando
uma ótima campanha na Série D do
Brasileirão. O Tubarão é o líder do
Grupo A8, com 14 pontos, e já está
classificado para a segunda fase. São
quatro vitórias e dois empates. Na úl-
tima rodada, o time empatou com a
Penapolense-SP, em 0 a 0, no interior
de São Paulo.
O Londrina confirmou a contratação de três reforços para a
sequência da Série D do Campeonato Brasileiro. O lateral-di-
reito Cristovam, de 24 anos, veio do FK Senica, da Eslováquia.
O meia Guilherme, de 21 anos, pertence aos Grêmio-RS e o
atacante Matheus, de 27, estava na Chapecoense e já teve
passagem pelo Coritiba.
Já o Maringá sofreu a terceira derrota consecutiva na com-
petição. Após perder em casa, por 2 a 1, para o Ituano, o time
saiu da zona de classificação para a segunda fase. O Brasil de
Pelotas lidera o Grupo A7 com 12 pontos. O Ituano vem na se-
quência com dez. O Maringá é o terceiro, com sete pontos. Os
dois primeiros de cada grupo avançam para a fase seguinte.
Claudinei Oliveira saiu do comando do Paraná Clube para assumir o posto
de treinador do Atlético Paranaense. Anunciado no dia 3 de setembro, o trei-
nador, de 44 anos, se mostrou empolgado com o novo desafio. O profissional
esteve na Arena para assistir à partida do time contra o América (RN) – e o
retorno da torcida ao estádio em jogos oficiais. Em entrevista ao site do time,
afirmou que achou positiva a sinergia entre a equipe e o torcedor, e gostou
do que viu em campo. Sua intenção é que a equipe evolua no segundo turno
do Brasileirão. O treinador afirmou que pretende colocar seu estilo de jogo
na equipe: bola no chão, passes e a busca pela linha de fundo.
No Paraná Clube, quem assume o posto de treinador é Ricardinho.
O pentacampeão mundial retorna ao time depois de dois anos, quando
iniciou sua carreira como treinador de futebol. Na ocasião, comandou
a equipe no acesso à primeira divisão do Campeonato Paranaense,
na Copa do Brasil e no Campeonato Brasileiro da Série B. Junto com o
novo treinador, quem também integra a comissão técnica é o auxiliar
Rodrigo Pozzi e o preparador físico George Castilhos.
Série Dlondrina tem novos jogadores e Maringá sofre com derrota
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17• Revista Só Futebol •
Campeonato Paranaensede Futebol
A bola rolou para jogos da divisão de acesso do
Campeonato Paranaense de Futebol. Pela 2ª divi-
são, após nove rodadas, o Cascavel lidera com 16
pontos, seguido pelo Nacional, com 13, e o Foz do
Iguaçu, também com 13. Oito clubes disputam duas
vagas na elite do futebol do estado em 2015.
Pela 3ª divisão, após a primeira rodada,
Cascavel, Pato Branco e Campo Mourão dividem
Brasileiro de futebol 7Enquanto o CAJA segue na
disputa pelo tetracampeonato, o
Coritiba está eliminado. A campa-
nha do Alviverde no Brasileiro de
Clubes não foi a esperada pelos
jogadores e membros da comis-
são técnica. O clube somou ape-
nas um ponto e não passou da
primeira fase. Na estreia, empa-
tou em 2 a 2 com o Real Sete-ES,
mas na disputa de shoot-outs,
a equipe capixaba levou a me-
lhor e ficou com o ponto extra.
Depois, o alviverde perdeu para o
Acadêmicos da Bola-RS, por 2 a 0,
e para o Fluminense-RJ, por 6 a 1.
O outro representante para-
naense na competição é o Clube
Atlético Jardim das Américas,
CAJA, de Curitiba. Tricampeão, o
time teve a quarta melhor cam-
panha entre todas as equipes
na primeira fase. Venceu na es-
treia o Vila Nova-GO, por 4 a 2,
e depois bateu o São Cristovão-
RJ, por 3 a 2. Na última rodada,
empatou em 1 a 1 com o Vila
Nova-RS, mas perdeu o ponto
extra na disputa de shoot-outs.
Nas oitavas de final, o time
paranaense vai enfrentar nova-
mente o Vila Nova-GO, agora em
partidas de ida e volta. Os jogos
ocorrem nos dias 12 e 13 de se-
tembro em Camaquã (RS).
Por conta do calendário
apertado, o Atlético decidiu não
participar do brasileiro. O clube
irá focar na Liga Fut 7.
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a liderança com três pontos. Sete clubes
disputam a competição: Cascavel CR, Pato
Branco, Campo Mourão, Grecal, Portuguesa
Londrinense, Andraus e AA Batel.
18 • Revista Só Futebol •
ao CoxaDe volta Marquinhos
Santos retorna ao time no qual começou sua carreira profissional
Treinador
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18 • Revista Só Futebol •
19• Revista Só Futebol •
le está de volta. O Coritiba tem
Marquinhos Santos como novo
treinador para a reta final da tem-
porada 2014. Depois de uma tem-
porada na Bahia, o técnico está de
volta em um momento difícil e de-
cisivo para o Coritiba, com a bola
rolando no Brasileirão e a eliminação na Copa do Brasil.
EMarquinhos começou a se destacar nas categorias de
base do Coritiba, prestígio que o levou a assumir as seleções
de base do Brasil. Em 2012, voltou ao Coxa como treinador
da equipe oficial. Assim como agora, sua estreia foi contra o
Flamengo e o placar foi idêntico: 3 x 0 para o Verdão.
A revista Só Futebol teve com o treinador uma con-
versa sobre sua volta, a situação do Coritiba e as expec-
tativas para as próximas partidas.
Não tiNha a iDEia DE assumir NaDa até a próxima tEmporaDa,
E iNClusivE havia rECusaDo alguNs CoNvitEs para outros
ClubEs, mas No Caso Do Coritiba, ENtENDi Como uma
CoNvoCação, afiNal, foi o ClubE quE mE abriu as portas
para o futEbol profissioNal E Eu Não poDia rECusar.
RETORNOmarquinhos de volta aos trabalhos com os jogadores do Coxa
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19• Revista Só Futebol •
20 • Revista Só Futebol •
Treinador
revista Só Futebol: Como foi o
convite para a sua volta ao Coritiba?
o anúncio foi rápido, vocês já esta-
vam conversando antes?
Marcos Santos: Tudo aconteceu
muito rápido, sim. Conversei com o
presidente Vilson Ribeiro e logo em
seguida com o Anderson Barros. Não
tinha a ideia de assumir nada até a
próxima temporada, e inclusive havia
recusado alguns convites para ou-
tros clubes, mas no caso do Coritiba,
entendi como uma convocação, afi-
nal, foi o clube que me abriu as por-
tas para o futebol profissional e eu
não podia recusar.
revista Só Futebol: Como foi o
seu período com o Bahia? o que
você aprendeu com essa fase?
Marcos Santos: Muito positivo
e, como em todas as ocasiões de
um profissional, amadureci mui-
to, tanto no aspecto profissional
quanto pessoal. Assumi o time
com uma proposta bem clara na
época, que era vencer o estadual
e manter uma posição intermedi-
ária no brasileiro. A primeira meta
foi alcançada, e com pouco tempo
de carreira, tenho a satisfação de
ostentar dois títulos de regionais
fortes e tradicionais. No período
da Copa do Mundo, por razões
particulares e em comum acordo,
rescindi com o Bahia, mas sei que
a equipe está preparada para al-
cançar o outro objetivo.
revista Só Futebol: o Celso roth
tem um vasto currículo, já é um
treinador experiente. Você volta ao
Coxa com que novidades em busca
de uma mudança do time?
Marcos Santos: Acredito que pos-
so contribuir em vários aspectos de
minha filosofia tática, mas não vale
abrir de forma tão explícita por as-
pectos de estratégia e por respeito
ao treinador que aqui estava. Mas há
aspectos importantes que devem ser
vistos nessa etapa em que assumi-
mos o comando: o primeiro passo é a
entrega do grupo, trazer a autoesti-
ma de volta, fazer os adversários nos
respeitarem dentro do Couto Pereira.
Também precisamos recuperar a tor-
cida, fazer com que ela tenha alegria
de estar no Couto.
revista Só Futebol: Um dos
principais problemas do Coxa é o
ataque. Você tem alguma estraté-
gia específica para isso, tendo em
vista que o mercado para contra-
tações de atacantes não anda em
seus melhores momentos?
Marcos Santos: Acredito muito no
grupo que temos, são atletas vence-
dores em suas carreiras, artilheiros
de campeonatos importantes, com
títulos importantes. Temos que ter
sabedoria neste momento para poder
tirar de cada um o seu melhor e ajudar
o Coritiba a sair dessa situação.
revista Só Futebol: Você tem
história e teve um bom desem-
penho com os jogadores mais jo-
vens. Você pretende reavaliar os
times de base e esses jogadores
em busca de oportunidades para o
clube dentro do próprio clube?
Marcos Santos: Sem dúvida.
O Coritiba é um clube formador,
que, por suas necessidades, pre-
cisa saber aproveitar jogadores da
casa. Temos um grupo sub-23 sob
o comando do Alan All que conta
com alguns pratas da casa do clu-
be. Vamos monitorar esses atletas
pensando não só no momento, mas
também no futuro, até onde cada
um deles pode chegar.
revista Só Futebol: Você co-
nhece grande parte da equipe do
Coritiba, inclusive alguns jogado-
res do Bahia. Você acha que isso
torna essa transição, a sua che-
gada, mais fácil? o torcedor pode
esperar uma resposta mais rápida?
Marcos Santos: Isso ajuda, mas
o que vale são os resultados. O
torcedor pode esperar muita en-
trega. É através dessa mobili-
zação dos atletas que podemos
resgatar o torcedor, trazê-lo
21• Revista Só Futebol •
o torCEDor poDE
EspErar muita ENtrEga.
é através DEssa
mobilização Dos atlEtas
quE poDEmos rEsgatar
o torCEDor, trazê-lo
NovamENtE ao Nosso
laDo E, priNCipalmENtE,
fazEr Do Couto pErEira
o Nosso aliaDo.
novamente ao nosso lado e, prin-
cipalmente, fazer do Couto Pereira
o nosso aliado. É muito importante
a gente ter novamente a torcida
do Coritiba unida, pois sabemos
que nossa missão não será fácil,
mas sabemos que somos capazes.
revista Só Futebol: Vimos no
jogo contra o Flamengo (no dia
27 de agosto) que você já come-
çou seu trabalho escalando um
time mais ofensivo. de imediato,
quais são as mudanças que você
pretende fazer no time?
Marcos Santos: Penso em con-
tar com esse grupo, conheço al-
guns atletas e outros ainda vou
conhecer trabalhando diariamente.
Vamos procurar subir um degrau
por vez, com as opções que temos
à disposição.
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22 • Revista Só Futebol •
em imagensBrasileirão
Alguns registros marcantes das partidas do trio de ferro no campeonato
CAMPEONATO BRASILEIRO
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23• Revista Só Futebol •
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Coritiba 2 X 0 Vitória
Estádio Couto Pereira
20/08/2014
24 • Revista Só Futebol •24 • Revista Só Futebol •
CAMPEONATO BRASILEIRO
Paraná Clube 1 X 0 Bragantino
Estádio Durival Britto
23/08/2014
25• Revista Só Futebol • 25• Revista Só Futebol •
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26 • Revista Só Futebol •
CAMPEONATO BRASILEIRO
Atlético Paranaense 2 X 0 Criciúma
Arena da Baixada
20/07/2014
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MArCio rAfAel ferreirA de SouzA, 29 anos, lateral-direito no Bayern de Munique
29• Revista Só Futebol •
para o melhorDo Paraná
time do mundolateral-direito rafinha nasceu em londrina, destacou-se no Coritiba e hoje atua no Bayern de Munique, time base
da Seleção Alemã, o futebol do momento
O lateral-direito Rafinha, atual-
mente no Bayern de Munique,
é um dos grandes atletas que
levam o nome do estado do
Paraná para o mundo. O fute-
bolista nasceu em Londrina,
destacou-se no futebol em sua
cidade, mas estourou mesmo no Coritiba, time no qual
marcou época e é ídolo até os dias de hoje.
Marcio Rafael Ferreira de Souza, 29 anos recém-
-completados no dia 7 de setembro, é um dos últimos
remanescentes de uma posição extremamente caren-
te no futebol brasileiro: lateral-direito. Jogador de boa
técnica, boa marcação e de apoio com qualidade ao
ataque, é um legítimo atleta da posição.
O esportista atua no principal clube do momento, o
poderoso Bayern, dono de um futebol vistoso. Mas seu
O“Eu tEnho uma grandE fElicidadE dE sEr paranaEnsE. tEnho muito orgulho das minhas or igEns E um grandE c ar inho pEl a minha c idadE natal E por curit iba .”
nome na Alemanha não se resume ao maior time do mo-
mento: Rafinha foi destaque no Schalke 04, onde atuou
durante cinco anos, de 2005 até 2010, e teve a marca
impressionante de 198 jogos, com 11 gols marcados.
Sua base começou cedo, aos sete anos, na cidade de
Londrina, onde ficou até os 16 anos, quando chamou a
atenção de um dos grandes da capital, o Coritiba. No Coxa,
30 • Revista Só Futebol •
“acho quE o futEbol brasilEiro prEcisa Evoluir taticamEntE. EssE é um dos motivos pElos quais o futEbol EuropEu, Em gEral, tEm crEscido nos últimos anos.”
a passagem foi curta – dois anos e
37 jogos –, mas com conquistas im-
portantes: os campeonatos estadu-
ais de 2003 e 2004. No ano seguinte,
seu bom futebol o levou à Alemanha.
“O fato de ter muitos brasileiros
e latinos no Schalke facilitou minha
adaptação. Uma coisa que eu quis
logo foi aprender a língua o mais rá-
pido possível para poder entender
o que queriam de mim e para me
comunicar com o treinador e meus
companheiros”, relembrou o atleta.
Há quase dez anos na Europa, antes
de iniciar a carreira no Bayern o late-
ral ainda teve uma passagem de um
ano pelo futebol italiano, no Genoa,
mas pretende retornar ao Brasil para
se aposentar. Aos 29 anos, Rafinha
ainda acha possível sonhar com uma
convocação à Seleção Brasileira e,
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ViTÓriA Rafinha comemora a Champions League, em 2013
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quem sabe, à Copa de 2018. “Acho que ainda dá para sonhar, sim.
Mas tudo depende de como eu vou estar no meu clube”, destacou.
O jogador já vestiu a amarelinha nas categorias Sub-20 e Sub-
23, e também teve duas convocações para a Seleção Principal,
em 2008 e em 2014, às vésperas da Copa do Mundo, quando Luis
Felipe Scolari o testou em uma partida – optando, porém, por
Maicon para o Mundial. Apesar de não ir à Copa, Rafinha conhece
o sentimento do melhor futebol do mundo, o alemão: o Bayern de
Munique é a base da seleção que conquistou a Copa no Brasil e
os brasileiros. “Eu fico muito feliz em poder ter a oportunidade de
jogar no Bayern. É um grande clube, que dá todas as condições
para o jogador poder trabalhar com tranquilidade. Além disso, a
mentalidade do time é incrível, todos trabalham para o melhor
do grupo”, comentou o atleta. Chegar a uma equipe da qualidade
e do porte do Bayern de Munique é um sonho de infância, mas
Bate-pronto
Passatempo preferido:
Tocar música no meu
banjo ou no cavaquinho
Melhor jogador de todos os tempos:
Pelé
Clube de futebol da infância:
São Paulo
Melhor treinador com que trabalhou:
Guardiola
Gol mais bonito:
O que fiz no Derby della Lanterna, o gol
da vitória do Genoa sobre a Sampdoria
Melhor lembrança que o futebol deu:
Campeão da Champions e do Mundial
de Clubes
Comida preferida:
Churrasco
lugar preferido:
Londrina
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HiSTÓriCo Rafinha e sua participação na seleção brasileira
32 • Revista Só Futebol •
CAPA
com vários obstáculos no caminho.
“Claro que quando você é criança,
tem um sonho de conquistar títulos
importantes e jogar pelos maiores
times do planeta. Mas a realidade é
que existe muito trabalho por trás
disso e um pouco de sorte. O atleta
precisa encarar cada etapa com a
maior seriedade e saber que chegar
no topo não é fácil e é preciso muito
comprometimento e sacrifício tam-
bém”, afirmou.
Com uma grande história no fu-
tebol da Alemanha, o lateral acredi-
ta que o Brasil tem muito a melhorar
para aproximar-se de como joga o
atual campeão do mundo. “Acho que
o futebol brasileiro precisa evoluir
taticamente. Esse é um dos moti-
vos pelos quais o futebol europeu,
em geral, tem crescido nos últimos
anos”, avaliou o jogador.
Um dos maiores orgulhos do jo-
gador é levar o nome de seu país e
de sua cidade para o mundo. “Eu
tenho uma grande felicidade de
ser paranaense. Tenho muito orgu-
lho das minhas origens e tenho um
grande carinho pela minha cidade
natal e por Curitiba. Nas minhas fé-
rias, sempre vou às duas cidades e
tento matar as saudades dos lugares
de que eu gosto”, comentou o atleta.
E essa saudade é grande durante o
ano. “Sinto saudades da minha famí-
lia e de meus amigos. Mas no futebol
é assim, saímos de casa cedo e só
voltamos no fim da carreira. Quando
me aposentar, pretendo voltar para
Londrina”, concluiu Rafinha.
deSCoNTrAÇÃo Em momentos de descanso, o jogador aproveita um caneco de Paulaner, famosa cerveja de Munique
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exposição
Até o dia 30 de setem-
bro, o Schwarzwald Bar do
Alemão apresenta a exposi-
ção "História de Jogadores
Brasileiros na Alemanha", uma
mostra sobre a atuação dos
brazucas no Campeonato
Alemão de Futebol. O trabalho
foi idealizado pelo jornalista
germânico Carsten Bruder -
falecido no último dia 20 de
agosto. A exposição é compos-
ta por 35 painéis que contam a
trajetória de astros brasileiros
que jogaram em clubes ale-
mães a partir de 1964. Dentre
os atletas, estão Dunga, o
lateral Rafinha, os zagueiros
Dante e Júnior Baiano, além do
atacante Alex Alves.
A mostra pode ser conferida
gratuitamente de segunda
a sexta-feira, das 17h30 às
21h30, no salão Casa Vermelha
do Bar do Alemão. O endere-
ço do bar é Rua Claudino dos
Santos, 63 - Largo da Ordem.
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34 • Revista Só Futebol •
Traje defesta
Em 2014, os times paranaenses investiram em camisas comemorativas para celebrar momentos
históricos e conquistas inesquecíveis
amisas comemorativas sempre
foram uma boa escolha para
times de futebol homenagea-
rem feitos do passado, títulos
inesquecíveis ou importantes
marcas históricas na trajetó-
ria do clube. Em 2014, os três
grandes times da capital paranaense recorreram
aos seus arquivos para criar novos modelos de uni-
forme e reverenciar o passado. Enquanto o Atlético
e o Paraná Clube revisitaram as origens, o Coritiba
preferiu resgatar a conquista mais importante dos
seus 105 anos. Conheça melhor os significados de
cada camisa neste especial da revista Só Futebol.
HOMENAGEM EM DOSE TRIPLANo primeiro ano da parceria com a Erreà, for-
necedora italiana de material esportivo, o Paraná
Clube resolveu criar uniformes para homenagear
várias passagens importantes da história tricolor.
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UNIFORME
A camisa número um – que, segundo o estatuto do clu-
be, deve sempre ser metade vermelha e metade azul
– ganhou detalhes em alusão à comemoração dos 25
anos de fundação da equipe.
As outras duas camisas de jogo foram desenha-
das com referências à Copa do Mundo de 1950 e
à atual casa paranista. Naquele Mundial, a Vila
Capanema foi palco da partida entre Espanha e
Estados Unidos, equipes que utilizavam, coinciden-
temente, as mesmas cores do Paraná. Aproveitando
a oportunidade, o segundo uniforme do Tricolor,
predominantemente branco, homenageou os norte-
-americanos. Já a terceira camisa, toda vermelha,
fez referência à seleção espanhola.
Para completar o ano de homenagens, o Paraná
Clube e a Erreà criaram dois modelos de camisas de
goleiro que celebraram os 100 anos de história da
equipe (originada da fusão entre o Colorado Esporte
Clube e o Esporte Clube Pinheiros). Nessas camisas,
foram aplicados os símbolos de todas as instituições
35• Revista Só Futebol •
Nos mínimos detalhes
Todas as camisas paranistas de 2014 re-
ceberam um selo de comemoração aos 25
anos do clube, com uma flâmula e a frase “És
o fruto de luta e união”, parte do hino tricolor.
Na segunda e na terceira camisas, foram
aplicados selos com o placar do jogo entre
Estados Unidos e Espanha pela Copa do
Mundo de 1950, realizado no Estádio Durival
Britto e Silva.
Nas duas camisas de goleiro do Paraná
deste ano, estão todos os brasões que de-
ram origem ao Colorado Esporte Clube e
também os escudos das equipes que muda-
ram de nome antes de se transformarem em
Esporte Clube Pinheiros.
que, unidas, resultaram no Tricolor que conhece-
mos hoje. Segundo Robson Mafra, responsável
pela área de licenciamento e desenvolvimento de
produtos do clube, as camisas foram um sucesso
em todos os sentidos.
“A repercussão após o lançamento foi imensa.
Além de deixarem satisfeitos todos os envolvidos
no processo de criação, as novas camisas também
agradaram a grande maioria dos torcedores, tan-
to com relação à modelagem da Erreà quanto ao
layout das peças, às cores, aos detalhes de acaba-
mento e também aos detalhes que fazem referên-
cia à comemoração dos 25 anos e à homenagem
à Vila Capanema”, comemora Mafra, responsável
pelo design das duas camisas de goleiro de 2014.
o ParaNá ClUBE CrioU UNiforMES Para hoMENagEar PaSSagENS iMPorTaNTES Da hiSTória TriColor.
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35• Revista Só Futebol •
36 • Revista Só Futebol •
O RESGATE DA JOGADEIRAO título brasileiro de 1985 foi
resgatado no uniforme núme-
ro dois do Coritiba em 2014. No
ano da conquista nacional, o
time alviverde geralmente vestia
uma camisa com listras verticais,
batizada de “jogadeira”. Para
relembrar a vitoriosa campa-
nha, o departamento de marke-
ting do Coxa, em parceria com
a Nike, desenvolveu um design
com referências àquela cami-
sa. Segundo José Rodolfo Leite,
superintendente executivo do
clube, o objetivo de resgatar a
tradição e a história do futebol
coxa-branca com o manto co-
memorativo foi cumprido.
“Nosso departamento de
marketing tinha como meta
o associado e o torcedor.
Procuramos aquilo que eles mais
amam no clube e com o resultado
de algumas pesquisas direcio-
nadas comprovamos o que para
nós já era claro, que o torcedor
coxa-branca respeita e tem or-
gulho de sua história e tradição.
Então, solicitamos à Nike colo-
car em prática uma homenagem
à jogadeira. O resultado é o que
esperávamos e a repercussão
foi muito positiva. Conseguimos
levar ao mercado algo muito pró-
ximo do ideal para os torcedores
e associados”, analisa Leite.
o oBjETivo DE rESgaTar a TraDição E a hiSTória Do fUTEBol Coxa-BraNCa CoM o MaNTo CoMEMoraTivo foi CUMPriDo.
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37• Revista Só Futebol •
a iNTENção foi hoMENagEar aS graNDES CoNqUiSTaS rUBro-NEgraS ao loNgo Do TEMPo.
BRINDE COM VINHOPara comemorar o 90º ani-
versário de sua história, o
Atlético-PR, em parceria com
a Umbro – empresa que tam-
bém celebra 90 anos em 2014
–, desenvolveu sua terceira
camisa da temporada na cor
vinho, uma mistura entre os
tradicionais preto e verme-
lho, cores que acompanham o
Furacão desde 1924. Com de-
talhes em dourado e apenas 3
mil unidades produzidas, o mo-
delo foi apresentado no início
da Copa Libertadores e vinha
acompanhada de uma embala-
gem que se transforma em um
porta-retrato com a imagem
da primeira equipe atleticana.
Segundo Dante Grassi, ge-
rente de marketing da Umbro,
a intenção foi homenagear as
grandes conquistas rubro-ne-
gras ao longo do tempo.
“A nossa preocupação foi
resgatar e transmitir toda a
história do clube para a peça.
A camisa possui uma mode-
lagem inspirada na alfaiataria
das camisarias inglesas e uma
elegante gola polo diferencia-
da, com detalhes de acaba-
mento na cor preta e botões
personalizados. Nas costas, há
um recorte contrastante na cor
preta estrategicamente dese-
nhado para dar um melhor cai-
mento e a assinatura ‘Tailored
By Umbro’ bordada para enfa-
tizar toda sofisticação e todos
os cuidados na elaboração de
uma camisa tão emblemática”,
comenta Grassi.
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38 • Revista Só Futebol •
Disputa emfamília
Duas das maiores fornecedoras de materiais esportivos, Puma e Adidas, têm, em sua origem, um DNA bem parecido
FAMOSAS TRÊS LISTRASNa década de 1920, Adolf Dassler
começou a fabricar calçados espor-
tivos ao lado do irmão, Rudolf, em um
quarto da casa da mãe. Hoje, quase
100 anos depois, ele é reconhecido
como o fundador de uma das maio-
res marcas de materiais para a prá-
tica dos mais variados esportes, nas
mais diversas condições climáticas
e nos mais diferentes terrenos, da
grama ao saibro. O nome da marca –
fundada em 1947, após a separação
dos irmãos – vem da união de Adi
(como era conhecido Adolf) e Dassler,
sobrenome da família.
A trajetória da Adidas a envolve
passagens como as quatro meda-
lhas de ouro de Jesse Owens nos
Jogos Olímpicos de 1936. O norte-
-americano calçava tênis fabrica-
dos por Adi quando surpreendeu o
mundo. Na Copa do Mundo de 1954,
a marca também foi protagonis-
ta, graças às chuteiras com travas
mais altas, que permitiram aos ale-
mães mais firmeza no chão enchar-
cado da final e tiveram papel funda-
mental no título germânico.
Hoje, a marca das três listras é
referência nos mais variados espor-
tes e também se destaca com peças
voltadas para a moda casual e urba-
na, tendo, inclusive, firmado parce-
rias exclusivas com estilistas como a
badalada Stella McCartney.
PUMA INDOMÁVELRudolf Dassler poderia ficar en-
tristecido após se separar do irmão
e deixar de ser um dos sócios da
empresa que viria a ser a Adidas.
No entanto, ele preferiu dar início a
uma nova jornada e, em 1948, lan-
çou a Puma, sediada inicialmente na
cidade alemã de Herzogenarauch.
Após alguns anos de adaptação, a
marca explodiu entre as décadas
de 1960 e 1970, graças principal-
mente a Pelé, que usava chuteiras
desenvolvidas pela empresa.
A forte concorrência com Nike e
Adidas chegou a ameaçar a Puma,
que só conseguiu se recuperar na
metade da década de 1990, quando
reviu sua política financeira e passou
a apostar no futebol americano e no
basquete dos Estados Unidos, o que
rendeu bons frutos à marca. A partir
de 2004, a empresa encontrou nas
seleções africanas de futebol um
novo foco de investimento e hoje
domina o continente. Além disso, a
marca tem contratos com equipes
de fórmula 1 e é presença constan-
te em vários outros esportes, sendo,
inclusive, a fornecedora de materiais
do fenômeno Usain Bolt.
Assim como a Adidas, a Puma
não se limita a quadras, campos
e pistas. Com linhas casuais assi-
nadas por renomados estilistas, a
marca faz questão de extrapolar
seus produtos dos ambientes es-
portivos para as ruas.
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UNIFORME
39• Revista Só Futebol •
40 • Revista Só Futebol •
da bolaAdvogado
Domingos Moro é referência na defesa dos clubes da capital nos tribunais desportivos
s clubes, hoje em dia, não de-
pendem mais apenas de um
bom técnico e de jogadores
com talento, precisam tam-
bém de um bom advogado. Na
esfera desportiva, Domingos
Moro, de 53 anos, é figura de
reconhecimento notório no cenário nacional. A re-
vista Só Futebol bateu um papo exclusivo com o
advogado, que opina sobre o sistema jurídico des-
portivo do Brasil e fala um pouco sobre futebol.
Revista Só Futebol: Você se considera o princi-
pal nome do direito desportivo paranaense?
Domingos Moro: Acho que faço um bom traba-
lho por conhecer futebol. A parte desportiva é
parecida com a administrativa, então a maioria
dos advogados trabalha em outras áreas tam-
bém. Eu só atuo na de esporte. Como conheço
futebol, não só a parte tática e técnica, porque
fui dirigente do Coritiba, eu falo a linguagem do
boleiro. Isso ajuda na hora de representá-los.
Revista Só Futebol: Suas teses de defesa são
famosas por conterem um pouco de teatralida-
de. É um bom recurso?
Domingos Moro: O Neymar joga de uma forma; o
Willian, de outra. Cada um trabalha de um jeito.
Eu teatralizo, às vezes, mas só me permito esse
recurso em alguns julgamentos, em que cabe
essa dose de teatralidade. No Rio de Janeiro,
é comum estudantes de Direito irem ao julga-
mento para me ver atuar e esperam por isso. O
Brasil tem grandes juristas, não posso ir lá com
a mesmice de todos. O advogado é um ator, ele
representa alguém.
Revista Só Futebol: Você foi presidente do
Coritiba e defende o Atlético-PR nos tribunais,
como é isso?
Domingos Moro: O Coxa é paixão, história de vida
e família. O Atlético é minha profissão. Em alguns
casos, paixão e profissão convivem bem. Hoje, vivo
bem com isso e sou respeitado pela torcida do
Atlético. Faço da minha profissão a minha paixão.
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PAPo CAbeçA
41• Revista Só Futebol •
“O futebOl se
prOfissiOnAlizOu
e nãO tem mAis
espAçO pArA bObO.
O depArtAmentO
jurídicO
AcOmpAnhOu issO.”
Revista Só Futebol: Hoje, os departamentos ju-
rídicos dos clubes parecem mais fortes dos que
os de futebol?
Domingos Moro: O futebol é um grande negócio
e tem que ter resultado. Então, você precisa ficar
atento à parte de legislação. Futebol já foi simples,
hoje tem direito de imagem e contratos altos. Ele
se profissionalizou e não tem mais lugar para bobo.
A parte jurídica acompanhou isso. São muitos inte-
resses – financeiros, marcas, patentes, patrimônio
–, é preciso ter apoio jurídico.
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Revista Só Futebol: os regulamentos
apresentam muitas falhas que aumentam
as situações extracampo?
Domingos Moro: Muitas vezes vence-
mos buscando as imperfeições dos re-
gulamentos. Quanto mais você escreve,
mais abre brecha para escrever errado.
E os regulamentos querem prever tudo
que vai acontecer. Impossível. Pelo im-
previsto surgem as brechas, dúvidas e
interpretações diferentes.
42 • Revista Só Futebol •
pode melhorar e vai evoluir
ainda mais com o tempo.
Revista Só Futebol: Muitos
criticam o fato de o STJD ser
no Rio de Janeiro, pois poderia
ajudar os times cariocas...
Domingos Moro: O STJD só é no
Rio de Janeiro porque a CBF é no
Rio. O tribunal tem que ter sede
onde fica localizada a federa-
ção. Só por isso. E hoje os tribu-
nais não são como antigamente.
Temos auditores do Rio Grande
do Sul; do Ceará – que é o presi-
dente atual –; de São Paulo, que
são maioria; do Rio de Janeiro; de
Goiás; e a procuradoria, que é do
Paraná. Já é realmente nacional.
Revista Só Futebol: Qual sua
opinião sobre a CbF?
Domingos Moro: Acho muito bem
estruturada. E teve dois presi-
dentes geniais, que são o João
Havelange e o Ricardo Teixeira.
Eles a organizaram como um
relógio suíço, ela funciona bem
e tem poucos departamentos.
Talvez peque, uma opinião pes-
soal, em preocupar-se demais
com a Seleção e de menos com
o futebol brasileiro.
Revista Só Futebol: Como você
avalia o tribunal desportivo do
Paraná e o Superior Tribunal de
Justiça Desportiva?
Domingos Moro: O nacional é
muito bem estruturado, mas
o regional não é tanto. Existe
muita influência política e ad-
ministrativa das federações.
Não há independência. Mas
a justiça desportiva brasileira
é muito boa, melhor que a da
FIFA, que não permite o con-
traditório. Acho que o cenário
PAPo CAbeçA
“cAdA um trAbAlhA
de umA fOrmA. eu
teAtrAlizO, às vezes.”© R
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44 • Revista Só Futebol •
POR ONDE ANDA
PRESENTETrês anos depois de dei-xar o futebol, Washington tem o terno e a gravata como uniforme oficial
“AindA não sei quAndo
e nem Tenho ideiA em
quAl função, mAs
preTendo volTAr A me
envolver com o fuTebol
profissionAl um diA.”
45• Revista Só Futebol •
coração valente e
uando era jogador de futebol, ele
tinha a responsabilidade de re-
solver os jogos para os seus ti-
mes. Paraná Clube, Ponte Preta,
Fenerbahçe, Atlético-PR, Verdy
Tokyo, Fluminense e São Paulo fo-
ram alguns dos clubes nos quais
a tarefa foi cobrada – e cumprida
com louvor. Hoje, mais de três anos após encerrar a car-
reira profissional, Washington não deixou de ter respon-
sabilidades muito sérias quanto ao seu trabalho. Vereador
na cidade gaúcha de Caxias do Sul, eleito em 2012 com
8.500 votos – o maior número do município –, o Coração
Valente continua com a sensação de que tem uma partici-
pação imprescindível em uma engrenagem maior.
“Na minha carreira de jogador, eu tinha que fazer os
gols e ajudar o time a conquistar as vitórias. Essa sem-
pre foi a minha responsabilidade e eu fazia de tudo para
responder da melhor forma possível. Hoje, como verea-
dor, sigo com uma responsabilidade muito grande de fazer
qdemocrático
algo pelas pessoas, embora seja uma função muito dife-
rente. De qualquer forma, é possível comparar, sim. Em
ambos os casos, eu tenho que resolver o que vem pela
frente”, comenta o artilheiro, acostumado a grandes de-
safios desde a conturbada trajetória como jogador, que
envolveu os conhecidos problemas no coração e uma in-
cansável batalha para se manter entre os melhores ata-
cantes do Brasil durante toda a carreira.
Perguntado sobre como é a rotina de envolvimento
com a política dois anos após assumir seu primeiro car-
go público, Washington suspira e toma fôlego antes de
responder. Depois de mais de 20 anos convivendo com
concentrações, treinos e funções bem diferentes das que
possui hoje em dia, o Coração Valente não nega que o cur-
to período de adaptação ainda não foi suficiente para se
acostumar ao mundo longe da bola. “A vida de político é
difícil, viu? Fico com ainda mais saudade dos tempos de
jogador. Estou descobrindo e aprendendo muitas coisas
nessa nova fase da minha vida, que tem sido muito pra-
zerosa, mas extremamente trabalhosa. Tenho que lidar
Acostumado à vida de atleta, Washington tenta se habituar aos compromissos de vereador enquanto espera a hora certa de voltar a se envolver com o futebol profissional
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46 • Revista Só Futebol •
com muitas pessoas e vivo sob uma constan-
te responsabilidade. Apesar de estar me acos-
tumando, sou muito feliz de poder fazer isso
pelas pessoas”, afirma o ex-jogador.
Depois de se despedir do Fluminense no
começo de 2011 e pendurar as chuteiras ofi-
cialmente, Washington se propôs a tirar um
tempo para descansar e refletir sobre o que
faria no futuro. Alguns convites e a possibili-
dade de ingressar na vida pública foram sufi-
cientes, no entanto, para lançá-lo à vitoriosa
candidatura ao cargo de vereador, em 2012.
Hoje político, ele se dedica a projetos rela-
cionados à inclusão social de crianças e ado-
lescentes através do esporte e se prepara
POR ONDE ANDA
TRABALHOAo lado de felipão, coração valente cumpre uma de suas tarefas como vereador de caxias do sul
ESPORTEA exemplo do ídolo olím-pico Gustavo borges, Washington continua ligado ao esporte
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47• Revista Só Futebol •
para concorrer a deputado federal
nas próximas eleições. O futebol,
no momento, não é uma prioridade,
mas continua sendo parte impor-
tante da vida do ex-jogador.
Além de participar frequente-
mente de jogos amistosos e peladas
entre amigos, Washington pode ser
visto frequentemente em torneios
de futebol 7, já tendo defendido a
camisa do Fluminense e do Atlético-
PR em competições da modalidade.
A saudade do tempo em que o es-
porte era prioridade, contudo, se-
gue firme no experiente coração do
craque. “Sinto muita falta, princi-
palmente dos jogos, da ansiedade,
do envolvimento e de tudo que faz
parte de um jogo. A adrenalina antes
de uma partida é algo muito legal.
Posso matar um pouco das sauda-
des nesses jogos beneficentes ou
em encontros com amigos, já que
o prazer de jogar está no sangue,
mas não é completo. Ainda não sei
quando e nem tenho ideia em qual
função, mas pretendo voltar a me
envolver com o futebol profissional
um dia”, revela o vereador, saudoso
da bola e da adrenalina com a qual
conviveu por tanto tempo.
Com uma imagem muito vincu-
lada ao Furacão, clube pelo qual se
tornou o maior artilheiro da história
de uma única edição do Campeonato
Brasileiro, com 34 gols em 2004, o
Coração Valente assegura ter muitas
memórias vestindo a camisa rubro-
-negra, mas elege duas como as
mais marcantes com o time da Arena.
“Sem dúvida, um dos momentos mais
importantes foi a minha volta ao fu-
tebol, depois de mais de um ano sem
jogar. Foi um jogo contra o Paraná,
time pelo qual eu já havia jogado en-
tre 1999 e 2000. O outro eu digo que
foi a temporada dos 34 gols, em que
infelizmente não conquistamos o tí-
tulo, mas tive a oportunidade de ser
o artilheiro depois de todos os pro-
blemas que tinha vivido nos últimos
tempos”, relembra.
E se o Atlético teve muita impor-
tância na vida de Washington no
passado, atualmente o ex-jogador
continua prestando muita atenção
no que o Furacão faz dentro de
campo. Mesmo distante e com ati-
vidades fora do futebol, ele garante
que acompanha os jogos do time
rubro-negro sempre que possível e
se mostra otimista para a reta final
do Brasileirão. “Eu tenho visto al-
guns jogos do Atlético e estou bas-
tante satisfeito com o time. Apesar
de algumas tropeçadas no começo
do campeonato, agora está com
uma pegada forte e vem conquis-
tando bons resultados. A equipe é
rápida, jovem e tem muito poten-
cial. Tenho certeza de que tem to-
tais condições de brigar pelo menos
por uma vaga na Libertadores do
ano que vem”, prevê Washington. A
torcida atleticana espera que seus
palpites sejam tão certeiros quanto
suas finalizações.
“A vidA de políTico é
difícil, viu? fico com
AindA mAis sAudAde dos
Tempos de joGAdor.”
BRASILo ex-atleticano atuou em nove oportunida-des com a camisa da seleção brasileira
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48 • Revista Só Futebol •
Futebol de mesa
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na pontaRenovação
dos dedos
ma bola de lá para cá e o
gol como foco. Por um lado,
você precisa saber chutar
com vigor físico; por outro,
precisa ter habilidade mo-
tora fina para controlar os
movimentos das mãos. No
futebol de campo, 11 jogadores e a equipe de arbi-
tragem são envolvidas; já no futebol de mesa, dois
Ujogadores competem entre si sem árbitros. Mas
uma questão une as duas modalidades: a paixão
nacional pelo esporte.
O futebol de mesa busca ganhar campo para
se popularizar novamente entre tantos jovens e
adultos que, hoje, optaram por praticar o esporte
através de videogames. “Estamos, por exemplo,
fazendo um trabalho de divulgação para que pro-
fessores de Educação Física sejam multiplicadores
48 • Revista só Futebol •
49• Revista Só Futebol •
o futebol jogado com botões busca novos adeptos para sobreviver à era do videogame
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No PaRaNá, são PoUco mais de 100 fedeRados, coNceNtRados em tRês Polos: cURitiba, loNdRiNa e cascavel
da modalidade. Precisamos renovar os atletas. Os vi-
deogames são grandes concorrentes”, afirma Gabriel
Giordano Lima, presidente da Federação Paranaense
de Futebol de Mesa.
O esporte foi criado em 1983 pelo brasileiro
Geraldo Cardoso Décourt, que trabalhou muito pela
popularização da modalidade. “Há vários grupos que
jogam em casa, com amigos, ou em empresas, mas
precisamos divulgar mais”, observa Lima.
49• Revista só Futebol •
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50 • Revista Só Futebol •
Futebol de mesa
Cenário paranaenseDe acordo com o presidente, no
Paraná são pouco mais de 100 fe-
derados, espalhados, principalmen-
te, em três polos: Curitiba, Londrina
e Cascavel. O estado conta com
grandes destaques de botonistas,
como são chamados os jogadores
dessa modalidade. Rogério Edison
Nascimento é um deles.
Começou quando criança, in-
fluenciado por seu primo, conhecido
como Robertinho – atual campeão
mundial e um dos maiores jogado-
res da história do esporte no país.
Foi assim, pelas mãos de quem en-
tende do riscado, que Nascimento
conquistou o título de campeão
mundial individual em 2012, na
modalidade 12 toques. “Jogo des-
de criança, como brincadeira. Fui
atraído primeiro pela paixão pelo
futebol, como todo brasileiro, e
também pelo divertimento. Mas
a prática me levou a melhorar a
concentração, a esportividade e a
fazer amigos”, conta o botonista,
que também é diretor técnico da
Federação Paranaense.
Diferentemente do futebol de
campo, o esporte em torno da mesa
não conta com a figura do árbitro.
“Há muita confiança, gentileza e
cordialidade”, afirma Nascimento,
que é engenheiro civil. Segundo
o jogador, cada um busca se dife-
renciar de alguma forma durante
os 12 toques, modalidade à qual
se dedica. “Vai da habilidade e do
estilo de jogo de cada um. Tenho
um estilo mais tático e cadencia-
do.” Outro destaque no Paraná é o
jogador Almo de Paula, que marcou
o recorde ao ser o único brasilei-
ro a ser campeão nas modalidades
dadinho e 12 toques.
Botonistas CéleBresAntes de os videogames se po-
pularizarem, quem era a estrela
entre os meninos por todo o Brasil
era o futebol de botão. No entanto,
atualmente, as federações e outros
grupos tentam resgatar o sucesso
da modalidade, que antes conquis-
tava muitos adeptos famosos.
Nomes da Música Popular
Brasi le i ra (MPB) como Chico
Buarque de Holanda e Vinícius
de Moraes eram praticantes.
Jô Soares, Chico Anysio, Oscar
Schmidt, Delfim Netto e Osmar
Prado completam a l ista de
o esPoRte foi cRiado em 1983 Pelo bRasileiRo GeRaldo caRdoso décoURt
51• Revista Só Futebol •
Futebol de mesa exige concentração e tática nas diferentes modalidades possíveis
CAMPEÃO Rogério é um dos expo-entes no futebol de botão, já conquistou o mundial, o campeonato brasileiro, o paranaense e de clubes
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52 • Revista Só Futebol •
NOVOS UNIFORMES PARANÁ CLUBE + ERREÀ
bola 1 toque
Jogado com uma pastilha em vez de bola. É
uma modalidade parecida com o famoso jogo de
futebol de mesa da marca de brinquedos Estrela.
Fez a alegria de muitas crianças e jovens nas
décadas de 1980 e 1990. Mais comumente jogado
no Rio Grande do Sul.
subbuteo
Nessa modalidade, os jogadores não são botões,
mas sim uma simulação real dos jogadores. Exige do
botonista mais destreza e habilidade para chegar ao
gol mais rápido e mais vezes que seu adversário.
bola 12 toques
Jogado com uma bolinha redonda e com dois
jogadores traçando estratégias em 12 toques de
cada lado. No Paraná, existem grandes destaques
dessa modalidade. Possui, também, uma liga na-
cional mais estruturada.
dadinho
Em vez de bolinha, é utilizado o dadinho, que, por
seu formato e material (acrílico), possui mais resis-
tência para rolar pela mesa e exige estratégias dife-
rentes para jogar. “É muito jogado no Rio de Janeiro
e foi destaque em um dos episódios do seriado
Tapas e Beijos, da Rede Globo”, afirma o presidente
da Federação Paranaense de Futebol de mesa.
entre toques e tipos
famosos que já se divertiram com
o esporte na ponta dos dedos.
Para quem se animar e quiser
praticar, em Curitiba é possível
aprender na Federação Paranaense
Futebol de mesa
de Futebol de Mesa, com treinos
nas terças e quintas, ou adquirir
os equipamentos necessários com
custo inicial de R$ 270 por uma
mesa e mais R$ 180 entre cavaletes,
traves e jogos de botões – apesar
de, segundo o presidente, existirem
equipamentos que podem chegar
até R$ 1 mil. Assim, o bolso pode
acompanhar o tamanho da paixão.
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NOVOS UNIFORMES PARANÁ CLUBE + ERREÀ
NOVOS UNIFORMES PARANÁ CLUBE + ERREÀ
54 • Revista Só Futebol •
Saúde
cabeçaPapo
Neurologista explica os perigos que os choques de cabeça representam para jogadores de futebol e comenta os cuidados que precisam ser tomados
CHOQUEÁlvaro Pereira, depois da joe-lhada na cabeça
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55• Revista Só Futebol •
cena sempre rende preocupação,
tanto dentro de campo quanto
para quem acompanha a partida
nas arquibancadas ou pela televi-
são. Em subidas para cabecear ou
trombadas no meio campo, cho-
ques de cabeça são assustadores
e não é para menos. Os acidentes podem representar
um grande risco para os jogadores e exigem máxima
atenção dos médicos quando acontecem. O neuroci-
rurgião André Possamai, do Hospital das Nações, co-
menta sobre os perigos e os cuidados necessários em
situações como a vivida pelo uruguaio Álvaro Pereira
durante a Copa do Mundo.
Revista Só Futebol: Quais os maiores riscos que os
choques de cabeça no futebol representam para os
atletas?
andré Possamai: Dentre os maiores riscos destacamos
os riscos imediatos, como concussões, fraturas, contusões
cerebrais e hemorragias intracranianas. As fraturas, con-
tusões e hemorragias são situações associadas a traumas
de maior energia, como jogador cabeceando o crânio de
outro atleta ou a trave (embora eu mesmo já tenha opera-
do dois pacientes que receberam boladas no crânio).
ARevista Só Futebol: É possível que uma sequência
de choques não muito graves isoladamente cause
problemas mais graves no futuro?
andré Possamai: Há o risco tardio de perda neuro-
nal progressiva em jogadores submetidos constante-
mente a traumas menores. São as chamadas concus-
sões, que muitas vezes passam despercebidas, mas
podem levar a alterações cerebrais ao longo do tem-
po, gerando um processo de atrofia cerebral parecido
com o que ocorre em doenças como o Alzheimer.
Revista Só Futebol: Na Copa do Mundo, o jogador
Álvaro Pereira, da seleção uruguaia, voltou a campo
depois de ficar alguns segundos desacordado por
causa de uma pancada na cabeça. Quais os perigos
desse retorno?
andré Possamai: As concussões são alterações
do estado mental induzidas por trauma que podem
ou não se apresentar com a perda da consciência.
A síndrome do segundo impacto pode ocorrer quan-
do, após uma concussão, o paciente recebe um novo
“NA CoPA do MuNdo, o ÁlvAro sofreu
uMA CoNCussão grAve, CoM PerdA
de CoNsCiêNCiA. PortANto, ele foi
iNAdequAdAMeNte exPosto A grANde risCo Por seu retorNo PreCoCe Ao jogo.”
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Saúde
56 • Revista Só Futebol •
trauma no crânio. Acredita-se que,
após o primeiro trauma, o cérebro
permanece sensibilizado e mais
suscetível a danos em caso de no-
vos impactos. Na Copa do Mundo,
o Álvaro sofreu uma concussão
grave, com perda de consciência.
Portanto, ele foi inadequadamente
exposto a grande risco por seu re-
torno precoce ao jogo.
Revista Só Futebol: Qual é
o procedimento correto nesse
tipo de ocorrência?
andré Possamai: Para concus-
sões leves, sem perda de consci-
ência, o atleta deve ser avaliado
de cinco em cinco minutos por 15
minutos quanto à presença de al-
terações como cefaleia, náuseas,
vômitos, tonturas, alterações da
visão, comportamento e estado
mental. Caso os sintomas desa-
pareçam, o jogador pode retornar
à atividade. Isso ficou demonstra-
do na final do Mundial, no choque
ocorrido entre o atacante Higuaín
e o goleiro Neuer. O primeiro fi-
cou visivelmente comprometido
após o choque, necessitando de
substituição. Concussões que
venham com confusão mental
com duração superior a uma hora
já demandam avaliação médica
criteriosa e afastamento do es-
porte por até uma semana após a
recuperação completa do atleta.
Revista Só Futebol: O que po-
deria ser feito para minimizar os
riscos dos choques de cabeça?
andré Possamai: Com a evo-
lução do esporte, a tecnologia
mantém o peso da bola mesmo em
jogo “molhado”, além de permitir
uma deformidade maior da bola,
reduzindo a pressão na área de
impacto. Não existem evidências
que suportem a necessidade ou
o benefício do uso de capacetes
para proteção durante o jogo.
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58 • Revista Só Futebol •
formação
do apitoOs donos a federação
Paranaense de futebol busca novos talentos da arbitragem. Confira como funciona a formação na Escola de arbitragem da fPf
58 • Revista Só Futebol •
59• Revista Só Futebol •
ormalmente, eles são os mais cri-
ticados em uma partida de futebol;
suas mães, nem se fala. Trabalham
pela tranquilidade, fogem da bola,
mas estão sempre de olho nela.
Precisam atuar com firmeza e de
forma disciplinar. “Árbitro bom é ár-
bitro que não aparece”, sentencia José Carlos Dias Passos,
diretor da Escola Estadual de Arbitragem “Victor Marcassa”
(EEA-FPF). Mas para isso, a boa formação é essencial.
NAo todo, são 280 árbitros na Federação Paranaense
de Futebol. Desses, 60 são da categoria espe-
cial – que reúne quem é credenciado para apitar o
Paranaense da 1ª divisão e campeonatos nacionais.
Segundo dados da Confederação Brasileira de Futebol
(CBF), atualmente o Paraná tem apenas um árbitro na
categoria FIFA – Bruno Boschilia–, e mais um aspi-
rante, Felipe Gomes da Silva. No mundo dos árbitros,
existem ainda as categorias 1ª divisão e básico 1, 2 e
3, grupos que apitam os jogos amadores e o estadual.
CursoA maioria das pessoas que procura pela formação de
arbitragem é graduada em Educação Física, mas é pos-
sível que profissionais de outras áreas façam o curso. “O
árbitro é, muitas vezes, um jogador ‘frustrado’”, brinca
Passos, que é cirurgião dentista – e árbitro desde 1996.
Para poder apitar um jogo como árbitro federado no
Paraná, é necessário passar por diversas etapas. A pri-
meira é buscar o curso da Escola de Arbitragem e passar
pela pré-seleção, com avaliações físicas e teóricas. Em
seguida, é preciso cursar 220 horas de conteúdo teórico
e prático, com estágios supervisionados. As aulas são re-
alizadas aos sábados. Adelmo Ferreira dos Santos e José
Fernando Machado Junior são alguns dos alunos que
fazem parte da turma aprovada em agosto. Se passa-
rem pelas próximas provas, eles poderão ser chamados
de “donos do apito” a partir de novembro. A escola está
em sua quinta turma no modelo atual, mais alinhado às
regras e aos parâmetros da CBF.
CritériosSegundo Passos, é preciso ter mais de 18 anos e, pre-
ferencialmente, menos de 26, para alcançar uma carreira
profissional de destaque. Entre as categorias, é possí-
vel subir ou descer – conforme o desempenho durante
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Árbitros ParanaensesNo amistoso entre Atlético e Corinthians
formação
60 • Revista Só Futebol •
os jogos no ano. Por isso, os árbitros
formados precisam estar atentos.
São levados em conta: um teste físi-
co, um teste escrito, análises dos re-
latórios dos assessores (que dão no-
tas a cada partida), o percentual de
gordura, escolaridade e a vida social.
Quem se especializa também pode
decidir ser árbitro ou bandeirinha.
Euclides Garcia, jornalista, buscou a
formação de árbitro ainda na facul-
dade e hoje é bandeirinha. “Quando
os jogos são do profissional, fica mais
tranquilo se concentrar somente na
aplicação das regras e dar atenção à
partida. No amador, ainda vemos pro-
blemas de segurança”, conta Garcia.
Independentemente da categoria, é
preciso saber e aplicar bem as 17 re-
gras do futebol de campo. Para isso,
na formação, são levadas em conta
quatro competências: técnica, disci-
plina, social e mental (ver box).
Em CampoNem só de habilidade técnica é
feita a profissão. Quem é dono do
apito nas principais competições
tem recebido uma ajudinha da tec-
nologia. Na Copa do Mundo da FIFA
no Brasil, em 2014, foram observa-
dos alguns avanços auxiliando na
avaliação dos árbitros. “A tecnologia
veio para ajudar muito o nosso tra-
balho”, observa o diretor da Escola
de Arbitragem. O ponto eletrônico
e a tecnologia na linha do gol (TLG)
são alguns dos avanços.
No último Mundial, um momen-
to histórico foi o gol validado pelo
árbitro brasileiro Sandro Ricci, que
apitava o jogo França e Honduras.
“Esse episódio, marcante na história
das Copas, veio para mostrar a im-
portância da adoção de um recurso
que só tem a contribuir para o es-
porte”, comenta Ricci em entrevista à
Federação Pernambucana de Futebol
(FPF). Para quem não se lembra, o
gol do jogador francês Benzema foi
questionado pelo time de Honduras,
mas confirmado pela TLG. A bola ba-
teu na trave e acabou esbarrando no
goleiro Valladares, que tentou evitar,
mas não conseguiu segurá-la antes
que atravessasse a linha do gol.
Quatro fundamentos para uma boa arbitragem
Técnica
É preciso ter conhecimento
técnico das 17 regras do futebol e
das condutas dentro de campo.
Disciplina
É necessário ter uma conduta
desportiva respeitável.
Social
Ter um comportamento adequa-
do na vida social, fora de campo.
mental
Ter equilíbrio psicológico para
conduzir jogos que exijam do ár-
bitro uma maturidade psicológica.
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treinoJosé Carlos Dias Passos e o treinamen-to dos novos árbitros
61• Revista Só Futebol •
ÁrbitroRodolpho Toski Marques apitando o amistoso entre Atlético e Corinthians
Jogo rápido
Como começou sua história na arbitragem?
Minha formatura aconteceu em 1971 e minha última
partida ocorreu em 1995.
Quantos jogos atletibas já apitou? É o recordista
em apitar esse clássico?
Tive a oportunidade de comandar por 27 vezes o
maior clássico de futebol de nosso estado. Pelo me-
nos até o momento, detenho a primazia nesse caso.
Qual episódio que mais lhe marcou apitando jogos
de futebol?
Talvez o mais marcante teve como palco o Couto
Pereira. E exatamente num Atletiba, em 1985. Vamos
aos fatos: ainda no primeiro tempo de jogo, o goleiro
Marola, do CAP, foi expulso de campo e rapidamen-
te o reserva entrou em seu lugar. Até aí, tudo bem.
Sem que ninguém percebesse, nenhum jogador
deixou o gramado e como isso tudo foi muito rápido,
o jogo foi reiniciado com o Atlético com 11 atletas
em campo, sem que fosse por mim e por meus
assistentes notado. Somente alguns minutos após
é que um diretor do Coritiba, no banco de reservas,
me alertou para o fato e, assim, a falha foi corrigida,
com a retirada de um atleta rubro-negro.
Quais foram as grandes vitórias conquistadas
nesses anos à frente da Comissão de arbitragem?
Várias, entre elas a introdução das pré-temporadas
para todas as categorias e as inclusões de árbitro e
árbitro assistente ao quadro FIFA, além do aumen-
to significativo do número de árbitros no quadro
nacional da CBF.
Bate-bola com o presidente da Comissão de
arbitragem da fPf, afonso Vítor de oliveira,
que é recordista em apitar atletibas.© D
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62 • Revista Só Futebol •
craquesTrêsOs amigos o levavam ao estádio e cobravam
desenhos sobre futebol no jornal. Do pedido saíram reservas que logo se tornaram famosos titulares
por acaso
imprensa
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“Virei poligâmico no fuTebol
quando comecei a fazer los
Três inimigos. não daVa mais
pra simpaTizar, Torcer ou
gosTar só de um Time.”
63• Revista Só Futebol •
futebol demorou quase duas
décadas para entrelaçar de
vez a vida do cartunista Tiago
Recchia, que trocou algumas
vezes de cidades e estados
quando criança. Quando era
menino, apesar de morar em
Cascavel, gostava do Fluminense, achava a camisa
bonita. Quando estava na quarta série do colégio, uns
meninos da oitava batiam em quem não torcia pelo time
deles, o Palmeiras. Depois de apanhar, virou palmeiren-
se, mas por pouco tempo. Preferiu se dedicar aos traços
artísticos e virou profissional aos 14 anos, desenhando
tirinhas e caricaturas no diário O Paraná. Pouco tempo
depois, se apaixonou por uma menina e ouviu da mãe
dela algo que fez mudar seus planos: “Artista não tem
futuro, minha filha, não perca seu tempo.” Já em Curitiba,
resolveu cursar Economia para ganhar uma imagem
mais comportada. Acabou ganhando amigos apaixona-
dos por futebol. “Comecei a ir aos estádios por volta dos
17 anos, para me enturmar com o pessoal da faculdade.
Acompanhava os amigos naqueles bons tempos em que
a gente comia pão com bife e bebia cerveja com álcool
enquanto assistia aos jogos na arquibancada”, conta,
saudoso. Os amigos universitários se dividiam em mui-
tos atleticanos e um ou outro coxa-branca e Recchia
assistia a partidas nos dois estádios. Não terminou a
ofaculdade de Economia, mas a amizade lhe deixou uma he-
rança: acabou simpatizando mais pelo rubro-negro.
As matérias universitárias não permaneceram no gosto
do adolescente. Tiago Recchia era, de fato, artista. E passou
a desenhar para o Jornal do Estado, a Folha de S. Paulo e o
Estado do Paraná. Foi em 1996, quando Recchia já contabi-
lizava 35 anos de idade e 21 de carreira, que a relação entre
amizades e futebol passou a aumentar. Já fazia um ano que
ele desenhava charges sobre política para o jornal Tribuna do
Paraná. Naquele ano, o futebol paranaense estava em eufo-
ria. A dupla Atletiba tinha subido pra Série A. Na ascensão, o
Atlético havia sido campeão da Série B. “Os amigos insistiram
e comecei a fazer a Caixinha de Surpresas, coluna em que re-
tratava o dia a dia do esporte no Paraná”, conta.
A turma ficou satisfeita – e Recchia também. Até que
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64 • Revista Só Futebol •
imprensa
em fevereiro do ano seguinte, ele
se viu desfalcado de notícias. “Foi
entressafra dos campeonatos. Com
tudo parado, a saída foi criar perso-
nagens que torciam pelos times da
capital e colocá-los em diversas si-
tuações”, revela. Nascia a categoria
de base de Los Três Inimigos e aca-
bava a simpatia do artista por ape-
nas um dos clubes. “Virei poligâmico
no futebol quando comecei a fazer
Los Três Inimigos. Não dava mais pra
simpatizar, torcer só pra um. Passei
a gostar dos três”, conta.
O nome foi inspirado nos ex-co-
legas de Folha de S. Paulo: Angeli,
Glauco e Laerte, que faziam as tirinhas
Los Três Amigos. Nas notícias que es-
tava acostumado a ler, só via “arquir-
rivais” ou “os três da capital”, nunca
“inimigos”. Era a palavra que faltava.
Para fechar a homenagem, Recchia
colocou cada um com sombreiros nas
cabeças, chapéus mexicanos usados
em Los Três Amigos. A entressafra
terminou e ele voltou com as charges
antigas. “Os leitores sentiram falta do
trio e os pediram de volta”, diz, orgu-
lhoso de seus meninos. Nunca mais
parou de desenhá-los e, hoje, eles
têm espaço no caderno de esportes
da Gazeta do Povo.
Atualmente, os garotos do gra-
mado não são motivo de muita ale-
gria. “O futebol profissional está tão
chato que eu vou voltar para as raí-
zes, vou ver os jogos da Suburbana,
onde posso comer pão com bife e
beber cerveja com álcool durante
as partidas”, desabafa.
Aliás, com jogos aos sába-
dos à tarde, o atual calendário
da Suburbana é perfeito para ele
acompanhar. Quando o cartunista
tem folga, gosta de frequentar es-
tádios. Nos outros dias, geralmente
três vezes por semana, vai cami-
nhar no Parque Barigui de manhã
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65• Revista Só Futebol •
alguns leiTores escreVem
pro jornal quando se
senTem incomodados. “É
normal, Trabalhar com
fuTebol É mexer com a
paixão de muiTa genTe”.
(quando não encontra amigos no bar na noite ante-
rior). Começa a trabalhar por volta das 15h, lendo jor-
nal e notícias na internet para desenhar e só termina
às 21h. De vez em quando, encontra por acaso conse-
lheiros ou torcedores e ouve clamores para não pegar
pesado na tiração de sarro. Alguns leitores escrevem
pro jornal quando se sentem incomodados. “É normal,
trabalhar com futebol é mexer com a paixão de muita
gente”, diz. Além disso, ele conta que tem muita liber-
dade para desenhar e dar sua opinião.
Recchia pesquisa diversos assuntos para ter inspi-
rações diárias. Muito porque também faz charges sobre
cotidiano e política. Mais ainda porque é extremamen-
te curioso e culto. É daqueles que emenda um livro no
outro. Os russos Tchekov e Dostoievski têm lugar ca-
tivo em sua biblioteca. Também não fica sem textos de
Dalton Trevisan, Rubem Braga e da realidade fantástica
de Edgar Allan Poe e de Guy de Maupassant. Como o
trabalho diário requer também agilidade, tem prefe-
rência pela ficção mais curta desses autores: contos,
novelas ou crônicas. A parte curiosa é preenchida lendo
obras sobre história e assistindo a documentários, se-
jam eles sobre mecânica de automóveis ou sobre a vida
íntima do bicho suricato.
E se o bom humor é o último requisito para o sucesso
de Los Três Inimigos, ele finaliza a conversa revelando
o que está em suas mãos no momento: “Adoro Millôr
Fernandes e estou lendo um livro muito engraçado que
ainda não tinha dele: The Cow Went To The Swamp – A
Vaca Foi Pro Brejo: O (Anti)manual Definitivo do Inglês
Para Inglês Ver”, recomenda Recchia.
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66 • Revista Só Futebol •
O Clássicodos Italianos
Assistir às partidas de Iguaçu e Trieste na Suburbana é ver parte da história da colonização
em Curitiba sendo reescrita em campo
a s c i d o n o s r e c a n t o s d e
Butiatuvinha, em 6 de junho de
1919, com o primeiro nome de
Ouro Verde, a atual Sociedade
Beneficente (S.O.B.E.) Iguaçu foi
fundada por imigrantes italianos
que residiam no quadrilátero do
número 8.172 da Avenida Manoel Ribas. A 1,7 km de dis-
tância, na parte de Santa Felicidade onde se encontra
a Rua Professor Francisco Zardo, um grupo de também
imigrantes italianos formou, em 8 de junho de 1937, o
Trieste Futebol Clube. Tantas semelhanças transforma-
ram os dois em eternos rivais. Os embates futebolísticos
entre eles começaram em 1954 e são até hoje conhe-
cidos por três nomes: Clássico dos Italianos, Clássico
da Polenta ou ainda Clássico da Colônia. Atualmente, o
sobrenome Stival é o fator comum entre eles.
O ex-goleiro Romeu Stival, 71 anos, já fechou a meta
de ambos. Mas o coração é tão alvinegro que hoje ele
preside o Iguaçu. Ele conta que, antigamente, era co-
mum os arquirrivais emprestarem jogadores. Romeu
Njá jogou algumas vezes pelo Trieste, inclusive du-
rante o tricampeonato da Taça Paraná (principal
competição do futebol amador do estado). Já Hélio
Cury, atual presidente da Federação de Futebol
Paranaense, fez o caminho inverso quando jogava
no tricolor italiano.
Em meados dos anos 70, as brigas em campo ultra-
passaram os limites e um jogo teve de ser encerrado
ainda no primeiro tempo regulamentar, sob protestos
da torcida. O impasse foi resolvido minutos depois com
uma punição severa: os dois lados foram pra casa mais
cedo e só voltaram ao estádio na manhã seguinte, com
portões fechados. Somente jogadores, comissão téc-
nica e o silêncio nas arquibancadas. “Foi dureza, era
segunda-feira e tivemos que decretar feriado das ou-
tras atividades pra jogar. E a torcida faz muita falta”,
relembra Romeu. Naquela partida, 21 cartões ama-
relos foram sacados do bolso do juiz e, apesar de a
confusão ter sido absurdamente enorme, o ex-goleiro
saiu ileso – inclusive de ter o nome citado em súmu-
la. O bom comportamento do futebolista lhe rendeu
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67• Revista Só Futebol •
TriesTe x iguaçuO Clássico dos Italianos, considerado o Atletiba da suburbana
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a medalha de ouro Belfort Duarte.
O prêmio é destinado a jogadores
de futebol, amadores ou profis-
sionais, que têm em sua carreira
mais de 200 partidas oficiais sem
expulsões ao longo de, no mínimo,
dez anos. Quem consegue manter
a calma e a disciplina recebe um di-
ploma, uma medalha e uma cartei-
rinha que permite entrada gratuita
nos estádios brasileiros.
Quem relata outras brigas é
Agenor Stival. Aos 65 anos, o ex-
-atacante conta que meio sécu-
lo atrás foi atingido por pedras
68 • Revista Só Futebol •
sanTa QuiTéria e uranoMais um clássico da Suburbana, o jogo é certeza de espetáculo no campo e na arquibancada
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vindas da torcida triestina, além
de ter trocado provocações e
pontapés com os jogadores no
vestiário. Se a polícia já conteve
muito o sangue quente italiano, a
decisão da Federação Paranaense
de Futebol teve de ser dura nova-
mente, principalmente quando as
duas equipes chegavam à final.
“Já fomos obrigados a disputar
título em campo neutro, como o
Couto Pereira”, conta Agenor.
Foi nessa época também que os
clubes ganharam apelidos. Quem
torcia pro Trieste virou bacalhau;
quem era do Iguaçu acabou sendo
peixe podre. Torcedores do trico-
lor passavam pela Avenida Manoel
Ribas e tacavam peixe podre na es-
quina do estádio rival quando o time
ganhava. Se era o alvinegro que se
dava bem, era a vez dos torcedores
do Iguaçu arremessarem bacalhau
na Francisco Zardo.
Foi no Iguaçu que um famoso
afilhado de Romeu começou. Alexi
Stival, o Cuca, é filho de Dirceu Stival,
goleiro que foi titular do Iguaçu até
1967, quando foi expulso de campo
pelo temperamento apimentado. Foi
69• Revista Só Futebol •
a primeira chance do primo Romeu,
seu reserva, ir pra debaixo da tra-
ve. “Apesar da minha baixa estatu-
ra, virei titular quando o Dirceu saiu
daquele jogo”, conta Romeu. Atual
treinador do Shandong Luneng, na
China, Cuca foi centroavante do clu-
be de Butiatuvinha até ir pro Santa
Cruz-RS, passar pelo Juventude e
ser revelado pelo Grêmio. Encerrada
a carreira de jogador, Cuca se tornou
treinador. Seu maior feito foi a con-
quista da Libertadores de 2013 pelo
Atlético Mineiro. Já o Trieste vem
criando promessas do futebol pro-
fissional atual. Marcos Guilherme e
Léo Pereira, revelações do Atlético
Paranaense, e Luccas Claro, do
Coritiba, começaram lá.
Os ânimos italianos se acalma-
ram e o que se ouve pelas sedes
dos dois clubes é que a rivalidade
não vai mais além das quatro linhas.
É o que afirma o ex-presidente do
Trieste, Jaziel Baioni, que fez ques-
tão de cumprimentar Romeu no úl-
timo clássico, no dia 9 de agosto,
quando o Iguaçu ganhou de virada
por 3 x 2 no Trieste Stadium. Na
ocasião, foi possível ver crianças,
jovens e adultos dos dois times sen-
tados lado a lado na arquibancada.
O Clássico dos Italianos aconteceu
cinco vezes na decisão de título da
TOrCedOreS dO TrICOlOr TACAvAM peIxe pOdre NA
eSquINA dO eSTádIO rIvAl quANdO O TIMe gANhAvA. Se
erA O AlvINegrO que Se dAvA beM, OS TOrCedOreS dO
IguAçu ArreMeSSAreM bACAlhAu NA FrANCISCO ZArdO.
Suburbana. O Iguaçu se consagrou
três vezes; o Trieste, duas. Enquanto
os dois times das famílias italianas
existirem, duas disputas vão acirrar
a tradicional rivalidade. Além de se-
rem clubes de começo de carreira
de ótimos futebolistas, são também
os de encerramento de profissio-
nais como Perdigão, eterno ídolo do
Paraná Clube, que se despediu da
bola no Trieste, e de Laércio Ramos e
Marcelo Tamandaré, ex-Coritiba, que
pretendem ficar no plantel do Iguaçu
até pendurarem as chuteiras.
Um triestino ficará mal se não jo-
gar a final, mas ficará ainda pior se
não se tornar campeão em cima do
Iguaçu. A recíproca sempre é verda-
deira. Por enquanto, gostamos de
constatar que ela é saudável e até
necessária para o bom andamento
da história do futebol.
Vila Hauer x Vila Fanny
Santa Quitéria x Urano
Capão Raso x Novo Mundo
Também são clássicos da Suburbana
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Me
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70 • Revista Só Futebol •
internet
Curte aí!Siga os seus ídolos do futebol nas redes sociais
Das categorias de base do
Atlético Paranaense, o meio-
-campo Nathan se destacou
também no time profissional
do clube e na Seleção Brasileira
Sub-20. No Instagram, o joga-
dor tem mais de 7 mil seguido-
res e atualiza com frequência
seu perfil com fotos dos jogos
e frases de agradecimento por
todas as conquistas.
O dia a dia nos gramados é o
tema principal das fotos do za-
gueiro do Paraná Clube. Os com-
panheiros de time também estão
sempre presentes nas imagens
da página do Instagram, assim
como os jogos e treinos.
NathaN allaN
alissoN BraNd
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ão
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ão
O zagueiro do CAP compartilha um pouco
do seu dia a dia nos campos com os seus
seguidores. Principalmente com fotos de
jogos e com os companheiros de time,
Cleberson não é tão assíduo nas posta-
gens como seus colegas de campo, mas
vez ou outra ele aparece com uma foto
nova no Instagram.
CleBersoN
@alissonbrand
@cleberson17
@nathanallan10
71• Revista Só Futebol •
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ão
Em ritmo de despedida dos campos, o ídolo do
Coritiba já está saudoso nas redes sociais. No
Instagram, grande parte de suas últimas pos-
tagens é em forma de agradecimento a todos
que passaram pela sua carreira de jogador
e que fizeram a diferença em sua formação.
Alex também mostra um pouco da sua rotina
no Coxa e conversa com os fãs da Turquia, en-
tão não se assuste se algumas legendas das
fotos forem praticamente incompreensíveis!
O goleiro ídolo do Atlético Paranaense é assíduo nas redes so-
ciais. Na sua conta do Instagram, ele compartilha treinos, jogos,
vitórias e viagens com o CAP. De vez em quando, aparece por lá
a sua namorada famosa, a Panicat Babi Muniz. São 24 mil segui-
dores que dão apoio ao goleiro na sua página pessoal.
WevertoN
alex O jovem volante do Paraná
é bem ativo na sua página
pessoal no Instagram. Como
não poderia faltar, fotos dos
jogos e das vitórias do time
estão sempre presentes
por lá, além de momentos
com a família, os amigos e
os companheiros de equipe.
A irmã também é presen-
ça constante nas imagens,
sempre com declarações de
agradecimento.
luCas otavio
@alexcfc10
@weverton010
@lucasotavioo
72 • Revista Só Futebol •
PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
Solução
www.coquetel.com.br © Revistas COQUETEL
BANCO 83
GC
PRIMADONA
ANALISAM
VOTACRP
DIVERTIDO
TAMILOS
SARJETAC
CAANTE
PIGMENTAR
AORBIER
NEONIOXA
AVXBID
ALEGORICO
SUNITAS
Campo (?):impede aTerra de
"cair"
Intento dos movi-mentos de vanguarda
Matéria-prima daindústriaervateira
Dispositivode segu-
rança con-tra roubo
Basta;chega
(interj.)
Recusacoletiva
ao traba-lho (pl.)
Em pre-sença de
(?) daSilva,
cortesãbrasileira
Gás dosanúnciosluminosos
A menorunidadeda Infor-mática
Carro (?), veículo das
escolasde samba
Sílabade "guri"
Cantoraprincipalda ópera
Elege
Examinamcom
minúcia
EngraçadoO meio-fiodas ruas(p. ext.)
Pão demilho
Richard (?),político
(?) e xiitas: rivalidadereligiosa do mundo
islâmico que seiniciou no ano de 632
(?) Forman,cineastade "Hair"Fruto rubro
Tingir;colorir
Metal leve
Conselhode psicólo-gos (sigla)
São o hábitat de emas,tamanduás e lobos-guarás
O movimento da cor-rente elétrica alternada
Ervaaromática
Oferta, em inglêsAcha en-graçado
3/bid — crp. 5/jambo — milos — nardo — nixon. 7/sunitas — titânio.
Cruzadinha