revista só futebol 03

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O sucesso do esporte também na mesa FUTEBOL DE BOTÃO As camisetas comemorativas do trio de ferro TRAJE DE FESTA ANO 1 • NÚMERO 3 • 2014 • R$10,00 ENtRE Os MElhOREs dO MuNdO Após os primeiros passos em times paranaenses, Rafinha brilha no Bayern ao lado de campeões mundiais

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Para os apaixonados por futebol, como nós.

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Page 1: Revista Só Futebol 03

O sucesso do esporte também na mesa

Futebolde botão

As camisetas comemorativas do trio de ferro

trajede Festa

ANO 1 • NÚMERO 3 • 2014 • R$10,00AN

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dO MuNdOApós os primeiros passos em times paranaenses, Rafinha

brilha no Bayern ao lado de campeões mundiais

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Page 4: Revista Só Futebol 03

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5• Revista Só Futebol •

Olik COmuniCaçãOR. Pamphylo D’Assumpção, 908Rebouças | Curitiba – PR(41) 3209.3389www.olikcomunicacao.com.brfacebook.com/revistasofutebol

COOrdenaçãO de COnteúdOFernanda [email protected]

JOrnalista respOnsávelThais Vaurof – Mtb: 8270/[email protected]@olikcomunicacao.com.br

COlabOradOresMahani Siqueira, Rafael Falavinha, Ricardo Galeb, Thaisa Meraki e Arieta Arruda

revisãOThalita Uba (Lumos Traduções)

prOJetO GráfiCO e diaGramaçãOLais Pancote

para [email protected]@revistasofutebol.com(41) 3209.3389

Nenhuma empresa ou pessoa está autorizada a retirar produtos, comercializar espaços publicitários ou editoriais, a não ser com autorização por escrito da Olik Comunicação, situada na cidade de Curitiba.

ossa capa é um dos símbolos do sucesso

do futebol paranaense. Rafinha deu seus

primeiros passos no Londrina e no Coritiba

e, hoje, joga ao lado de campeões mundiais

no Bayern de Munique. No estado, o futebol

vive um momento agitado, entre partidas de

Brasileirão e eliminações na Copa do Brasil.

É um período de novos treinadores, como é o caso de Marquinhos

Santos, que retornou ao Coritiba – e conversou com a gente so-

bre sua volta –, e de Claudinei Oliveira, que sai do Paraná Clube

para assumir o Atlético Paranaense. Apresentamos ainda as ca-

misetas comemorativas do trio de ferro, lançadas para celebrar

momentos históricos e grandes conquistas.

Outros campeonatos também estão rolando, e temos notícias

sobre eles: futsal, futebol 7, futebol americano, Copa Kaiser e

outros tantos. Fomos em busca de mais informações sobre a

formação de árbitros no Paraná e sobre o universo do futebol

de botão. Conversamos com o chargista Thiago Recchia, que

nos contou um pouco mais sobre Los Três Inimigos, e também

com Domingos Moro, que opina sobre o sistema jurídico des-

portivo no Brasil.

Boa leitura!

N

editOrial

Page 6: Revista Só Futebol 03

6 • Revista Só Futebol •

sumáriO

28

nOssa CapafOtO: © Alexander Hassenstein/

Bongarts/Getty Images

O sucesso do esporte também na mesa

Futebolde botão

As camisetas comemorativas do trio de ferro

trajede Festa

ANO 1 • NÚMERO 3 • 2014 • R$10,00AN

O 1

• N

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014

• R

$10

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ENtRE Os MElhOREs

dO MuNdOApós os primeiros passos em times paranaenses, Rafinha

brilha no Bayern ao lado de campeões mundiais

copa do brasilA participação dos times

paranaenses no campeonato

08

12 giro do futebolO que está

acontecendo pelos

campos do Paraná

22 brasileirãoImagens de jogos

dos times paranaenses

40 papo cabeçaDomingos Moro

em uma conversa sobre as leis

e os tribunais esportivos

capaO paranaense

Rafinha se destaca como

lateral no Bayern de Munique

28

18 treinadorMarquinhos Santos

está de volta ao Coxa e fala sobre

as expectativas do novo cargo

44 por onde andaWashington,

ex-Atlético Paranaense, agora

investe na carreira política

34 uniforMeOs times paranaenses

investem em camisas

comemorativas

Page 7: Revista Só Futebol 03

7• Revista Só Futebol •

4822

62

48 futebol de MesaJogado com

botões, o futebol de mesa

busca novos adeptos

54 saúdeOs traumas

neurológicos sofridos

pelos jogadores

58 forMaçãoA formação dos árbitros

paranaenses, que também

conquistam os campos nacionais

62 iMprensaTiago Recchia,

cartunista e criador do Los Tres

Inimigos, fala sobre futebol

66

70

suburbanaOs clássicos da

suburbana contam também

a história de Curitiba

internetPerfis dos

jogadores dos clubes

paranaenses nas redes sociais

Page 8: Revista Só Futebol 03

8 • Revista Só Futebol •

Copa do brasil

dose duplaAdeus em

arbitragem polêmica marca eliminação de atlético e Coritiba

uando Cléber Machado, acompa-

nhado de quatro modelos em curtos

vestidos, sorteou os oito confron-

tos das oitavas de final da Copa do

Brasil de 2014, Atlético e Coritiba

vislumbraram uma chance inédita

de fazer história. Os eternos rivais

se depararam com América-RN e

Flamengo, respectivamente, mas também viram no chave-

amento anunciado pelo narrador global a excitante opor-

tunidade de um inédito Atletiba na tradicional competição

eliminatória. Eliminar os adversários e garantir um clássico

eletrizante nas quartas de final era o script perfeito para as

esquadras rubro-negra e alviverde.

Duas histórias bem diferentes, contadas em 180 mi-

nutos – e mais alguns momentos extras de agonia no

caso do Coritiba –, tiveram desfechos semelhantes,

para desespero das torcidas paranaenses, que ficaram

sem clássico nas quartas. O roteiro que eliminou Coxa e

Furacão da Copa do Brasil teve reencontro com a torcida,

Qtrês jogos com goleada, nenhum gol de visitantes, pê-

naltis mal marcados, disputa em pênaltis e dolorosas

lembranças para ambos os lados.

DE VOLTA PARA O FUTUROA derrota por 3 a 0 no jogo de ida, na novíssima

Arena das Dunas, em Natal, não foi suficiente para de-

sanimar o torcedor atleticano. Afinal de contas, depois

de mais de três anos, a massa rubro-negra voltaria

a entrar em casa para assistir a um jogo do Furacão.

Contra o América-RN, o Atlético teria a chance de re-

verter os três gols (um deles nascido de um pênalti bem

inexistente, diga-se de passagem), avançar às quartas

de final e fazer do reencontro a ocasião perfeita para

celebrar uma classificação épica.

A torcida compareceu, apoiou o elenco comandado

por Leandro Ávila até o final e viu um time comprome-

tido com a necessidade de devolver a goleada. Um gol

aos sete minutos de jogo foi a faísca que a atmosfera

precisava para acender a esperança de que a vaga

Page 9: Revista Só Futebol 03

9• Revista Só Futebol •

BOLA NA REDEDeivid comemora o gol e vibra com a torcida que volta ao estádio

placar agregado – atlético 2x3 américa-rN

américa-rN 3x0 atlético

Arena das Dunas, em Natal (RN)

27/08/2014

Gols: Rodrigo Pimpão, 39’1°T; Max, 47’1°T e Thiago

Cristian, 35’2°T

aMÉriCa-rN

Andrey, Marcelinho (Walber), Cléber, Lazaro e Arthur

Henrique (Thaigo Cristian); Márcio Passos (Tiago

Dutra), Val, Fabinho e Morais; Rodrigo Pimpão e Max

Técnico: Oliveira Canindé

aTlÉTiCo-pr

Weverton, Sueliton, Cleberson, Léo Pereira e Natanael;

Deivid, Otávio (Paulinho Dias), Nathan (Cléo) e Marcos

Guilherme; Marcelo e Douglas Coutinho (João Paulo).

Técnico: Leandro Ávila (interino)

atlético 2x0 américa-rN

Arena da Baixada, em Curitiba (PR)

03/09/2014

Gols: Deivid, 7’1°T; Marcelo, 43’2°T

aTlÉTiCo-pr

Wéverton, Mário Sérgio (Paulinho Dias), Cleberson,

Dráusio e Natanael; Deivid, João Paulo, Nathan

(Dellatorre) e Marcos Guilherme; Marcelo e Cléo

(Mosquito)

Técnico: Leandro Ávila

aMÉriCa-rN

Andrey, Marcelinho, Cléber, Lázaro e Arthur Henrique;

Tiago Dutra (Jean Cléber), Val, Fabinho e Morais

(Andrezinho); Rodrigo Pimpão (Thiago Cristian) e Max

Técnico: Oliveira Canindé

ida VolTa

9• Revista Só Futebol •

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10 • Revista Só Futebol •

Copa do brasil

podia ser rubro-negra. Nos 81 mi-

nutos seguintes da partida, o do-

mínio foi todo atleticano. O Atlético

criou chances e fez por merecer o

segundo gol, que acabou chegan-

do tarde demais. Aos 43 da segunda

etapa, Marcelo balançou as redes e

deu um último sopro de ânimo. O

apito final, no entanto, foi implacá-

vel e não deixou espaço para o gol

que levaria a disputa aos pênaltis.

Da desclassificação para o time

potiguar, ficam as memórias da

torcida aplaudindo o time após o

duelo, a garra dos atletas em cada

lance e, como não poderia ser di-

ferente, o brilho nos olhos de cada

atleticano ao sentir aquela conhe-

cida sensação de voltar para casa

depois de tanto tempo. Reformada

e mais moderna do que nunca, a

Arena da Baixada está pronta para

ser o palco de que o Furacão preci-

sa para o seu futuro.

DO ÊXTASE AO SOFRIMENTOA fase de oitavas de final da Copa

do Brasil começou perfeita para o

Coritiba. Na reestreia do técnico

Marquinhos Santos no comando

alviverde, o clima no Couto Pereira

era diferente dos recentes tropeços

pelo Brasileirão e a torcida se mos-

trava pronta para empurrar o time

na direção de um novo momento no

ano. Em campo, a equipe refletiu o

bom ambiente e não tomou conhe-

cimento do Flamengo de Vanderlei

Luxemburgo. A festa alviverde ter-

minou com um sonoro 3 a 0, fruto

de gols de Leandro Almeida, Luis

Antonio (contra) e Zé Love.

No Maracanã, palco do jogo de

volta, o Coritiba tinha a missão de

segurar o desespero flamenguista

e impedir uma pouco provável revi-

ravolta no placar. No entanto, uma

arbitragem periclitante, que marcou

dois pênaltis inexistentes e deixou

de ver faltas decisivas contra o time

paranaense, complicou a situação

alviverde e levou a partida à deci-

são por pênaltis. Sim. Com a ajuda

do árbitro, o Flamengo conseguiu

igualar o Coxa no placar agregado,

com dois gols de Alecsandro e um

de Eduardo da Silva e colocou o

destino da vaga na marca de cal.

Nas cobranças de pênaltis, os

destaques foram Vanderlei e Paulo

Victor. O goleiro coxa-branca de-

fendeu três cobranças, enquanto o

flamenguista salvou seu time duas

vezes e viu outras duas bolas ex-

plodirem na trave. Com vários erros

para cada lado, a disputa chegou às

cobranças alternadas e terminou

com a vitória carioca por 3x2. Após a

desilusão, tão grande quanto a re-

volta pela má arbitragem, só restam

olhos para as próximas partidas do

Campeonato Brasileiro.

SOFRIMENTONo Maracanã, o Coritiba so-freu com a arbitragem e se viu eliminado do campeonato

Page 11: Revista Só Futebol 03

11• Revista Só Futebol •

placar agregado – Coritiba 3x3 Flamengo*

Coritiba 3x0 Flamengo

Couto Pereira, em Curitiba (PR)

27/08/2014

Gols: Leandro Almeida, 15’1°T; Luiz Antônio (contra),

28’,2°T e Zé Love, 44’2°T

CoriTiba

Vanderlei; Norberto (Reginaldo), Leandro Almeida

(Bonfim), Luccas Claro e Carlinhos; Gil, Hélder, Robinho

e Dudu; Martinuccio (Élber) e Zé Love

Técnico: Marquinhos Santos

FlaMENGo

Paulo Victor; Luiz Antônio, Chicão, Marcelo e Samir;

Amaral, Márcio Araújo (Canteros), Lucas Mugni

(Paulinho) e Everton; Nixon (Gabriel) e Eduardo da Silva

Técnico: Vanderlei Luxemburgo

Flamengo 3x0 Coritiba

Maracanã, no Rio de Janeir (RJ)

03/09/2014

Gols: Alecsandro, 48’1°T e 11’2°T; Eduardo da Silva, 35’2°T

FlaMENGo

Paulo Victor; Luiz Antônio (Leo Mora), Chicão, Samir e

João Paulo; Recife, Márcio Araújo, Canteros e Gabriel

(Eduardo da Silva); Paulinho (Everton) e Alecsandro

Técnico: Vanderlei Luxemburgo

CoriTiba

Vanderlei; Norberto, Luccas Claro, Leandro Almeida e

Carlinhos; Gil (Robinho), Helder, Rosinei (Baraka) e Dudu;

Martinuccio (Alex) e Zé Love

Técnico: Marquinhos Santos

*O time carioca venceu por 3x2 na disputa de pênaltis

ida

VolTa

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12 • Revista Só Futebol •

Giro do Futebol

O que estárolando pelos

camposSaiba como estão as disputas de

diversos campeonatos pelo estado

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12 • Revista Só Futebol •

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13• Revista Só Futebol •

Onze vezes

CAJAtime do Jardim das Américas vence Copa Kaiser pela 11ª vez

Após 34 dias de competição,

12 times na disputa e 49 par-

tidas, o Clube Atlético Jardim

das Américas, o CAJA, mante-

ve o favoritismo e venceu mais

uma vez o campeonato.

O adversário na final, rea-

lizada no dia 3 de agosto, em

Curitiba, foi o Joga 10. Muito

disputado, o jogo estava em-

patado em 3 a 3, mas nos mi-

nutos finais o CAJA marcou

duas vezes e garantiu a con-

quista da XV Copa Kaiser.

Autor de um dos gols, Jonatas

Alves, 30 anos, conhecido como

Batata, citou a amizade dos jo-

gadores do CAJA para o sucesso

dentro de campo. “Somos to-

dos amigos. Tem gente que se

conhece há mais de dez anos

e isso faz com que o time seja

ainda mais unido”, disse o joga-

dor, que está há seis anos no

time. Ele destacou também a

manutenção da base ao longo

dos anos. “A gente troca pouco

os jogadores do elenco. Assim,

todo mundo sabe como o colega

joga e isso nos dá mais força.”

Esse é o mesmo pensamen-

to de Castorzinho, 36 anos.

Ex-profissional, ele acredita no

entrosamento do grupo para a

hegemonia do CAJA na compe-

tição: são 11 títulos de um to-

tal de 15 disputados. “O grupo

muda pouco e isso faz com que

a amizade cresça a cada ano”,

declarou o pivô, que está no

time desde 2003.

Além de campeão, o CAJA

também teve o artilheiro da

competição. Edmilson Ferreira

balançou as redes 16 vezes.

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14 • Revista Só Futebol •

Giro do Futebol

Taça PinhaisAtlético goleia Paraná e conquista o prêmio

Duas das grandes forças do

futebol 7 do estado entraram

em campo no dia 17 de agosto,

na Arena Ceschin, para dispu-

tar o título da Taça Pinhais. O

jogo começou muito disputado,

com boas chances para as duas

equipes, mas foi o Paraná que

abriu o placar. Após o primeiro

tempo equilibrado, na etapa fi-

nal o Atlético dominou o jogo,

marcou cinco vezes e garantiu

a conquista. Apesar do placar

elástico, 5 x 1, o treinador do

Furacão, Marlon Campos, des-

tacou o equilíbrio dentro da

quadra. “O primeiro tempo foi

pegado, os dois times estavam

muito iguais. Mas depois nós

conseguimos melhorar e mar-

car os gols que garantiram a

vitória”, detalha.

Edgar Schurtz foi eleito o cra-

que do campeonato e fez ques-

tão de dividir o prêmio individu-

al com os companheiros. “Fico

muito feliz pelo título e agradeço

todo grupo atleticano. Nós fize-

mos nosso melhor jogo no cam-

peonato, principalmente no se-

gundo tempo, e conseguimos a

taça”, comemora o jogador.

O técnico do Atlético acredita

que a conquista da Taça fortale-

ce ainda mais o fut7. “O torcedor

gosta de ver o clube do coração

jogando, seja no campo, sintéti-

co ou salão. É muito bacana ver o

envolvimento do torcedor.”

Na disputa pelo terceiro lu-

gar, quem levou a melhor foi o

Rio Branco, de Paranaguá, que

venceu o Pinhais por 5 a 1.

A Taça Pinhais foi a segunda

etapa do Circuito Paranaense

de Futebol 7. A próxima será

realizada em São José dos

Pinhais, em setembro.

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Page 15: Revista Só Futebol 03

15• Revista Só Futebol •

FutsalPela 1ª fase do Campeonato

Feminino de Futsal, a Associação

Cianortense lidera a competição

com 24 pontos. O C.E.R. Aquárius

vem na 2º colocação, com 15,

seguido pelo Londrina Futsal,

que soma 13 pontos.

No masculino, a Divisão Especial

Série Ouro do Campeonato

Paranaense de Futsal está na se-

gunda fase. O Cresol/Marreco é o

líder do grupo A, com 13 pontos,

seguido de perto pelo Copagril/

Sempre Vida/M. C. Rondon, com 12.

No grupo B, a liderança é do

Muffatão/Sol do Oriente/Cascavel,

com 11 pontos. O Umuarama Futsal

ocupa a segunda posição, com 10.

Pela primeira fase da Série

Prata, após 13 rodadas a

Associação Caramuru Esportes li-

dera com 36 pontos, seguida por

Concrevalle/Dois Vizinhos e São

José dos Pinhais/SMEL, com 28.

Após um jogo muito equilibrado e com

placar apertado – 7 x 6 – o Crocodiles

venceu o Paraná HP e conquistou o

Campeonato Paranaense de Futebol

Americano de forma invicta, com sete

vitórias. Foi apenas um touchdown para

cada lado, e a diferença no placar foi pela

conversão do ponto extra pelo Crocodiles.

Na disputa pelo terceiro lugar, o Brown

Spiders venceu o Opção Pyros.

Futebol Crocodiles conquista o Paraná bowl Viamericano

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Page 16: Revista Só Futebol 03

16 • Revista Só Futebol •

Giro do Futebol

Campeonato

Novos técnicos

Brasileiro Série DO Londr ina segue real izando

uma ótima campanha na Série D do

Brasileirão. O Tubarão é o líder do

Grupo A8, com 14 pontos, e já está

classificado para a segunda fase. São

quatro vitórias e dois empates. Na úl-

tima rodada, o time empatou com a

Penapolense-SP, em 0 a 0, no interior

de São Paulo.

O Londrina confirmou a contratação de três reforços para a

sequência da Série D do Campeonato Brasileiro. O lateral-di-

reito Cristovam, de 24 anos, veio do FK Senica, da Eslováquia.

O meia Guilherme, de 21 anos, pertence aos Grêmio-RS e o

atacante Matheus, de 27, estava na Chapecoense e já teve

passagem pelo Coritiba.

Já o Maringá sofreu a terceira derrota consecutiva na com-

petição. Após perder em casa, por 2 a 1, para o Ituano, o time

saiu da zona de classificação para a segunda fase. O Brasil de

Pelotas lidera o Grupo A7 com 12 pontos. O Ituano vem na se-

quência com dez. O Maringá é o terceiro, com sete pontos. Os

dois primeiros de cada grupo avançam para a fase seguinte.

Claudinei Oliveira saiu do comando do Paraná Clube para assumir o posto

de treinador do Atlético Paranaense. Anunciado no dia 3 de setembro, o trei-

nador, de 44 anos, se mostrou empolgado com o novo desafio. O profissional

esteve na Arena para assistir à partida do time contra o América (RN) – e o

retorno da torcida ao estádio em jogos oficiais. Em entrevista ao site do time,

afirmou que achou positiva a sinergia entre a equipe e o torcedor, e gostou

do que viu em campo. Sua intenção é que a equipe evolua no segundo turno

do Brasileirão. O treinador afirmou que pretende colocar seu estilo de jogo

na equipe: bola no chão, passes e a busca pela linha de fundo.

No Paraná Clube, quem assume o posto de treinador é Ricardinho.

O pentacampeão mundial retorna ao time depois de dois anos, quando

iniciou sua carreira como treinador de futebol. Na ocasião, comandou

a equipe no acesso à primeira divisão do Campeonato Paranaense,

na Copa do Brasil e no Campeonato Brasileiro da Série B. Junto com o

novo treinador, quem também integra a comissão técnica é o auxiliar

Rodrigo Pozzi e o preparador físico George Castilhos.

Série Dlondrina tem novos jogadores e Maringá sofre com derrota

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17• Revista Só Futebol •

Campeonato Paranaensede Futebol

A bola rolou para jogos da divisão de acesso do

Campeonato Paranaense de Futebol. Pela 2ª divi-

são, após nove rodadas, o Cascavel lidera com 16

pontos, seguido pelo Nacional, com 13, e o Foz do

Iguaçu, também com 13. Oito clubes disputam duas

vagas na elite do futebol do estado em 2015.

Pela 3ª divisão, após a primeira rodada,

Cascavel, Pato Branco e Campo Mourão dividem

Brasileiro de futebol 7Enquanto o CAJA segue na

disputa pelo tetracampeonato, o

Coritiba está eliminado. A campa-

nha do Alviverde no Brasileiro de

Clubes não foi a esperada pelos

jogadores e membros da comis-

são técnica. O clube somou ape-

nas um ponto e não passou da

primeira fase. Na estreia, empa-

tou em 2 a 2 com o Real Sete-ES,

mas na disputa de shoot-outs,

a equipe capixaba levou a me-

lhor e ficou com o ponto extra.

Depois, o alviverde perdeu para o

Acadêmicos da Bola-RS, por 2 a 0,

e para o Fluminense-RJ, por 6 a 1.

O outro representante para-

naense na competição é o Clube

Atlético Jardim das Américas,

CAJA, de Curitiba. Tricampeão, o

time teve a quarta melhor cam-

panha entre todas as equipes

na primeira fase. Venceu na es-

treia o Vila Nova-GO, por 4 a 2,

e depois bateu o São Cristovão-

RJ, por 3 a 2. Na última rodada,

empatou em 1 a 1 com o Vila

Nova-RS, mas perdeu o ponto

extra na disputa de shoot-outs.

Nas oitavas de final, o time

paranaense vai enfrentar nova-

mente o Vila Nova-GO, agora em

partidas de ida e volta. Os jogos

ocorrem nos dias 12 e 13 de se-

tembro em Camaquã (RS).

Por conta do calendário

apertado, o Atlético decidiu não

participar do brasileiro. O clube

irá focar na Liga Fut 7.

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a liderança com três pontos. Sete clubes

disputam a competição: Cascavel CR, Pato

Branco, Campo Mourão, Grecal, Portuguesa

Londrinense, Andraus e AA Batel.

Page 18: Revista Só Futebol 03

18 • Revista Só Futebol •

ao CoxaDe volta Marquinhos

Santos retorna ao time no qual começou sua carreira profissional

Treinador

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18 • Revista Só Futebol •

Page 19: Revista Só Futebol 03

19• Revista Só Futebol •

le está de volta. O Coritiba tem

Marquinhos Santos como novo

treinador para a reta final da tem-

porada 2014. Depois de uma tem-

porada na Bahia, o técnico está de

volta em um momento difícil e de-

cisivo para o Coritiba, com a bola

rolando no Brasileirão e a eliminação na Copa do Brasil.

EMarquinhos começou a se destacar nas categorias de

base do Coritiba, prestígio que o levou a assumir as seleções

de base do Brasil. Em 2012, voltou ao Coxa como treinador

da equipe oficial. Assim como agora, sua estreia foi contra o

Flamengo e o placar foi idêntico: 3 x 0 para o Verdão.

A revista Só Futebol teve com o treinador uma con-

versa sobre sua volta, a situação do Coritiba e as expec-

tativas para as próximas partidas.

Não tiNha a iDEia DE assumir NaDa até a próxima tEmporaDa,

E iNClusivE havia rECusaDo alguNs CoNvitEs para outros

ClubEs, mas No Caso Do Coritiba, ENtENDi Como uma

CoNvoCação, afiNal, foi o ClubE quE mE abriu as portas

para o futEbol profissioNal E Eu Não poDia rECusar.

RETORNOmarquinhos de volta aos trabalhos com os jogadores do Coxa

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19• Revista Só Futebol •

Page 20: Revista Só Futebol 03

20 • Revista Só Futebol •

Treinador

revista Só Futebol: Como foi o

convite para a sua volta ao Coritiba?

o anúncio foi rápido, vocês já esta-

vam conversando antes?

Marcos Santos: Tudo aconteceu

muito rápido, sim. Conversei com o

presidente Vilson Ribeiro e logo em

seguida com o Anderson Barros. Não

tinha a ideia de assumir nada até a

próxima temporada, e inclusive havia

recusado alguns convites para ou-

tros clubes, mas no caso do Coritiba,

entendi como uma convocação, afi-

nal, foi o clube que me abriu as por-

tas para o futebol profissional e eu

não podia recusar.

revista Só Futebol: Como foi o

seu período com o Bahia? o que

você aprendeu com essa fase?

Marcos Santos: Muito positivo

e, como em todas as ocasiões de

um profissional, amadureci mui-

to, tanto no aspecto profissional

quanto pessoal. Assumi o time

com uma proposta bem clara na

época, que era vencer o estadual

e manter uma posição intermedi-

ária no brasileiro. A primeira meta

foi alcançada, e com pouco tempo

de carreira, tenho a satisfação de

ostentar dois títulos de regionais

fortes e tradicionais. No período

da Copa do Mundo, por razões

particulares e em comum acordo,

rescindi com o Bahia, mas sei que

a equipe está preparada para al-

cançar o outro objetivo.

revista Só Futebol: o Celso roth

tem um vasto currículo, já é um

treinador experiente. Você volta ao

Coxa com que novidades em busca

de uma mudança do time?

Marcos Santos: Acredito que pos-

so contribuir em vários aspectos de

minha filosofia tática, mas não vale

abrir de forma tão explícita por as-

pectos de estratégia e por respeito

ao treinador que aqui estava. Mas há

aspectos importantes que devem ser

vistos nessa etapa em que assumi-

mos o comando: o primeiro passo é a

entrega do grupo, trazer a autoesti-

ma de volta, fazer os adversários nos

respeitarem dentro do Couto Pereira.

Também precisamos recuperar a tor-

cida, fazer com que ela tenha alegria

de estar no Couto.

revista Só Futebol: Um dos

principais problemas do Coxa é o

ataque. Você tem alguma estraté-

gia específica para isso, tendo em

vista que o mercado para contra-

tações de atacantes não anda em

seus melhores momentos?

Marcos Santos: Acredito muito no

grupo que temos, são atletas vence-

dores em suas carreiras, artilheiros

de campeonatos importantes, com

títulos importantes. Temos que ter

sabedoria neste momento para poder

tirar de cada um o seu melhor e ajudar

o Coritiba a sair dessa situação.

revista Só Futebol: Você tem

história e teve um bom desem-

penho com os jogadores mais jo-

vens. Você pretende reavaliar os

times de base e esses jogadores

em busca de oportunidades para o

clube dentro do próprio clube?

Marcos Santos: Sem dúvida.

O Coritiba é um clube formador,

que, por suas necessidades, pre-

cisa saber aproveitar jogadores da

casa. Temos um grupo sub-23 sob

o comando do Alan All que conta

com alguns pratas da casa do clu-

be. Vamos monitorar esses atletas

pensando não só no momento, mas

também no futuro, até onde cada

um deles pode chegar.

revista Só Futebol: Você co-

nhece grande parte da equipe do

Coritiba, inclusive alguns jogado-

res do Bahia. Você acha que isso

torna essa transição, a sua che-

gada, mais fácil? o torcedor pode

esperar uma resposta mais rápida?

Marcos Santos: Isso ajuda, mas

o que vale são os resultados. O

torcedor pode esperar muita en-

trega. É através dessa mobili-

zação dos atletas que podemos

resgatar o torcedor, trazê-lo

Page 21: Revista Só Futebol 03

21• Revista Só Futebol •

o torCEDor poDE

EspErar muita ENtrEga.

é através DEssa

mobilização Dos atlEtas

quE poDEmos rEsgatar

o torCEDor, trazê-lo

NovamENtE ao Nosso

laDo E, priNCipalmENtE,

fazEr Do Couto pErEira

o Nosso aliaDo.

novamente ao nosso lado e, prin-

cipalmente, fazer do Couto Pereira

o nosso aliado. É muito importante

a gente ter novamente a torcida

do Coritiba unida, pois sabemos

que nossa missão não será fácil,

mas sabemos que somos capazes.

revista Só Futebol: Vimos no

jogo contra o Flamengo (no dia

27 de agosto) que você já come-

çou seu trabalho escalando um

time mais ofensivo. de imediato,

quais são as mudanças que você

pretende fazer no time?

Marcos Santos: Penso em con-

tar com esse grupo, conheço al-

guns atletas e outros ainda vou

conhecer trabalhando diariamente.

Vamos procurar subir um degrau

por vez, com as opções que temos

à disposição.

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Page 22: Revista Só Futebol 03

22 • Revista Só Futebol •

em imagensBrasileirão

Alguns registros marcantes das partidas do trio de ferro no campeonato

CAMPEONATO BRASILEIRO

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Page 23: Revista Só Futebol 03

23• Revista Só Futebol •

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Coritiba 2 X 0 Vitória

Estádio Couto Pereira

20/08/2014

Page 24: Revista Só Futebol 03

24 • Revista Só Futebol •24 • Revista Só Futebol •

CAMPEONATO BRASILEIRO

Page 25: Revista Só Futebol 03

Paraná Clube 1 X 0 Bragantino

Estádio Durival Britto

23/08/2014

25• Revista Só Futebol • 25• Revista Só Futebol •

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Page 26: Revista Só Futebol 03

26 • Revista Só Futebol •

CAMPEONATO BRASILEIRO

Page 27: Revista Só Futebol 03

Atlético Paranaense 2 X 0 Criciúma

Arena da Baixada

20/07/2014

27• Revista Só Futebol •

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Page 28: Revista Só Futebol 03

28 • Revista Só Futebol •

CAPA

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MArCio rAfAel ferreirA de SouzA, 29 anos, lateral-direito no Bayern de Munique

Page 29: Revista Só Futebol 03

29• Revista Só Futebol •

para o melhorDo Paraná

time do mundolateral-direito rafinha nasceu em londrina, destacou-se no Coritiba e hoje atua no Bayern de Munique, time base

da Seleção Alemã, o futebol do momento

O lateral-direito Rafinha, atual-

mente no Bayern de Munique,

é um dos grandes atletas que

levam o nome do estado do

Paraná para o mundo. O fute-

bolista nasceu em Londrina,

destacou-se no futebol em sua

cidade, mas estourou mesmo no Coritiba, time no qual

marcou época e é ídolo até os dias de hoje.

Marcio Rafael Ferreira de Souza, 29 anos recém-

-completados no dia 7 de setembro, é um dos últimos

remanescentes de uma posição extremamente caren-

te no futebol brasileiro: lateral-direito. Jogador de boa

técnica, boa marcação e de apoio com qualidade ao

ataque, é um legítimo atleta da posição.

O esportista atua no principal clube do momento, o

poderoso Bayern, dono de um futebol vistoso. Mas seu

O“Eu tEnho uma grandE fElicidadE dE sEr paranaEnsE. tEnho muito orgulho das minhas or igEns E um grandE c ar inho pEl a minha c idadE natal E por curit iba .”

nome na Alemanha não se resume ao maior time do mo-

mento: Rafinha foi destaque no Schalke 04, onde atuou

durante cinco anos, de 2005 até 2010, e teve a marca

impressionante de 198 jogos, com 11 gols marcados.

Sua base começou cedo, aos sete anos, na cidade de

Londrina, onde ficou até os 16 anos, quando chamou a

atenção de um dos grandes da capital, o Coritiba. No Coxa,

Page 30: Revista Só Futebol 03

30 • Revista Só Futebol •

“acho quE o futEbol brasilEiro prEcisa Evoluir taticamEntE. EssE é um dos motivos pElos quais o futEbol EuropEu, Em gEral, tEm crEscido nos últimos anos.”

a passagem foi curta – dois anos e

37 jogos –, mas com conquistas im-

portantes: os campeonatos estadu-

ais de 2003 e 2004. No ano seguinte,

seu bom futebol o levou à Alemanha.

“O fato de ter muitos brasileiros

e latinos no Schalke facilitou minha

adaptação. Uma coisa que eu quis

logo foi aprender a língua o mais rá-

pido possível para poder entender

o que queriam de mim e para me

comunicar com o treinador e meus

companheiros”, relembrou o atleta.

Há quase dez anos na Europa, antes

de iniciar a carreira no Bayern o late-

ral ainda teve uma passagem de um

ano pelo futebol italiano, no Genoa,

mas pretende retornar ao Brasil para

se aposentar. Aos 29 anos, Rafinha

ainda acha possível sonhar com uma

convocação à Seleção Brasileira e,

CAPA

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ViTÓriA Rafinha comemora a Champions League, em 2013

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Page 31: Revista Só Futebol 03

31• Revista Só Futebol •

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quem sabe, à Copa de 2018. “Acho que ainda dá para sonhar, sim.

Mas tudo depende de como eu vou estar no meu clube”, destacou.

O jogador já vestiu a amarelinha nas categorias Sub-20 e Sub-

23, e também teve duas convocações para a Seleção Principal,

em 2008 e em 2014, às vésperas da Copa do Mundo, quando Luis

Felipe Scolari o testou em uma partida – optando, porém, por

Maicon para o Mundial. Apesar de não ir à Copa, Rafinha conhece

o sentimento do melhor futebol do mundo, o alemão: o Bayern de

Munique é a base da seleção que conquistou a Copa no Brasil e

os brasileiros. “Eu fico muito feliz em poder ter a oportunidade de

jogar no Bayern. É um grande clube, que dá todas as condições

para o jogador poder trabalhar com tranquilidade. Além disso, a

mentalidade do time é incrível, todos trabalham para o melhor

do grupo”, comentou o atleta. Chegar a uma equipe da qualidade

e do porte do Bayern de Munique é um sonho de infância, mas

Bate-pronto

Passatempo preferido:

Tocar música no meu

banjo ou no cavaquinho

Melhor jogador de todos os tempos:

Pelé

Clube de futebol da infância:

São Paulo

Melhor treinador com que trabalhou:

Guardiola

Gol mais bonito:

O que fiz no Derby della Lanterna, o gol

da vitória do Genoa sobre a Sampdoria

Melhor lembrança que o futebol deu:

Campeão da Champions e do Mundial

de Clubes

Comida preferida:

Churrasco

lugar preferido:

Londrina

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HiSTÓriCo Rafinha e sua participação na seleção brasileira

Page 32: Revista Só Futebol 03

32 • Revista Só Futebol •

CAPA

com vários obstáculos no caminho.

“Claro que quando você é criança,

tem um sonho de conquistar títulos

importantes e jogar pelos maiores

times do planeta. Mas a realidade é

que existe muito trabalho por trás

disso e um pouco de sorte. O atleta

precisa encarar cada etapa com a

maior seriedade e saber que chegar

no topo não é fácil e é preciso muito

comprometimento e sacrifício tam-

bém”, afirmou.

Com uma grande história no fu-

tebol da Alemanha, o lateral acredi-

ta que o Brasil tem muito a melhorar

para aproximar-se de como joga o

atual campeão do mundo. “Acho que

o futebol brasileiro precisa evoluir

taticamente. Esse é um dos moti-

vos pelos quais o futebol europeu,

em geral, tem crescido nos últimos

anos”, avaliou o jogador.

Um dos maiores orgulhos do jo-

gador é levar o nome de seu país e

de sua cidade para o mundo. “Eu

tenho uma grande felicidade de

ser paranaense. Tenho muito orgu-

lho das minhas origens e tenho um

grande carinho pela minha cidade

natal e por Curitiba. Nas minhas fé-

rias, sempre vou às duas cidades e

tento matar as saudades dos lugares

de que eu gosto”, comentou o atleta.

E essa saudade é grande durante o

ano. “Sinto saudades da minha famí-

lia e de meus amigos. Mas no futebol

é assim, saímos de casa cedo e só

voltamos no fim da carreira. Quando

me aposentar, pretendo voltar para

Londrina”, concluiu Rafinha.

deSCoNTrAÇÃo Em momentos de descanso, o jogador aproveita um caneco de Paulaner, famosa cerveja de Munique

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exposição

Até o dia 30 de setem-

bro, o Schwarzwald Bar do

Alemão apresenta a exposi-

ção "História de Jogadores

Brasileiros na Alemanha", uma

mostra sobre a atuação dos

brazucas no Campeonato

Alemão de Futebol. O trabalho

foi idealizado pelo jornalista

germânico Carsten Bruder -

falecido no último dia 20 de

agosto. A exposição é compos-

ta por 35 painéis que contam a

trajetória de astros brasileiros

que jogaram em clubes ale-

mães a partir de 1964. Dentre

os atletas, estão Dunga, o

lateral Rafinha, os zagueiros

Dante e Júnior Baiano, além do

atacante Alex Alves.

A mostra pode ser conferida

gratuitamente de segunda

a sexta-feira, das 17h30 às

21h30, no salão Casa Vermelha

do Bar do Alemão. O endere-

ço do bar é Rua Claudino dos

Santos, 63 - Largo da Ordem.

Page 33: Revista Só Futebol 03

facebook.com/revistasofutebol

Curta nossa página e fique

por dentro de novidades e Curiosidades

do mundo do futebol.

a revista só futebol

facebook!também está no

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Page 34: Revista Só Futebol 03

34 • Revista Só Futebol •

Traje defesta

Em 2014, os times paranaenses investiram em camisas comemorativas para celebrar momentos

históricos e conquistas inesquecíveis

amisas comemorativas sempre

foram uma boa escolha para

times de futebol homenagea-

rem feitos do passado, títulos

inesquecíveis ou importantes

marcas históricas na trajetó-

ria do clube. Em 2014, os três

grandes times da capital paranaense recorreram

aos seus arquivos para criar novos modelos de uni-

forme e reverenciar o passado. Enquanto o Atlético

e o Paraná Clube revisitaram as origens, o Coritiba

preferiu resgatar a conquista mais importante dos

seus 105 anos. Conheça melhor os significados de

cada camisa neste especial da revista Só Futebol.

HOMENAGEM EM DOSE TRIPLANo primeiro ano da parceria com a Erreà, for-

necedora italiana de material esportivo, o Paraná

Clube resolveu criar uniformes para homenagear

várias passagens importantes da história tricolor.

C

UNIFORME

A camisa número um – que, segundo o estatuto do clu-

be, deve sempre ser metade vermelha e metade azul

– ganhou detalhes em alusão à comemoração dos 25

anos de fundação da equipe.

As outras duas camisas de jogo foram desenha-

das com referências à Copa do Mundo de 1950 e

à atual casa paranista. Naquele Mundial, a Vila

Capanema foi palco da partida entre Espanha e

Estados Unidos, equipes que utilizavam, coinciden-

temente, as mesmas cores do Paraná. Aproveitando

a oportunidade, o segundo uniforme do Tricolor,

predominantemente branco, homenageou os norte-

-americanos. Já a terceira camisa, toda vermelha,

fez referência à seleção espanhola.

Para completar o ano de homenagens, o Paraná

Clube e a Erreà criaram dois modelos de camisas de

goleiro que celebraram os 100 anos de história da

equipe (originada da fusão entre o Colorado Esporte

Clube e o Esporte Clube Pinheiros). Nessas camisas,

foram aplicados os símbolos de todas as instituições

Page 35: Revista Só Futebol 03

35• Revista Só Futebol •

Nos mínimos detalhes

Todas as camisas paranistas de 2014 re-

ceberam um selo de comemoração aos 25

anos do clube, com uma flâmula e a frase “És

o fruto de luta e união”, parte do hino tricolor.

Na segunda e na terceira camisas, foram

aplicados selos com o placar do jogo entre

Estados Unidos e Espanha pela Copa do

Mundo de 1950, realizado no Estádio Durival

Britto e Silva.

Nas duas camisas de goleiro do Paraná

deste ano, estão todos os brasões que de-

ram origem ao Colorado Esporte Clube e

também os escudos das equipes que muda-

ram de nome antes de se transformarem em

Esporte Clube Pinheiros.

que, unidas, resultaram no Tricolor que conhece-

mos hoje. Segundo Robson Mafra, responsável

pela área de licenciamento e desenvolvimento de

produtos do clube, as camisas foram um sucesso

em todos os sentidos.

“A repercussão após o lançamento foi imensa.

Além de deixarem satisfeitos todos os envolvidos

no processo de criação, as novas camisas também

agradaram a grande maioria dos torcedores, tan-

to com relação à modelagem da Erreà quanto ao

layout das peças, às cores, aos detalhes de acaba-

mento e também aos detalhes que fazem referên-

cia à comemoração dos 25 anos e à homenagem

à Vila Capanema”, comemora Mafra, responsável

pelo design das duas camisas de goleiro de 2014.

o ParaNá ClUBE CrioU UNiforMES Para hoMENagEar PaSSagENS iMPorTaNTES Da hiSTória TriColor.

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35• Revista Só Futebol •

Page 36: Revista Só Futebol 03

36 • Revista Só Futebol •

O RESGATE DA JOGADEIRAO título brasileiro de 1985 foi

resgatado no uniforme núme-

ro dois do Coritiba em 2014. No

ano da conquista nacional, o

time alviverde geralmente vestia

uma camisa com listras verticais,

batizada de “jogadeira”. Para

relembrar a vitoriosa campa-

nha, o departamento de marke-

ting do Coxa, em parceria com

a Nike, desenvolveu um design

com referências àquela cami-

sa. Segundo José Rodolfo Leite,

superintendente executivo do

clube, o objetivo de resgatar a

tradição e a história do futebol

coxa-branca com o manto co-

memorativo foi cumprido.

“Nosso departamento de

marketing tinha como meta

o associado e o torcedor.

Procuramos aquilo que eles mais

amam no clube e com o resultado

de algumas pesquisas direcio-

nadas comprovamos o que para

nós já era claro, que o torcedor

coxa-branca respeita e tem or-

gulho de sua história e tradição.

Então, solicitamos à Nike colo-

car em prática uma homenagem

à jogadeira. O resultado é o que

esperávamos e a repercussão

foi muito positiva. Conseguimos

levar ao mercado algo muito pró-

ximo do ideal para os torcedores

e associados”, analisa Leite.

o oBjETivo DE rESgaTar a TraDição E a hiSTória Do fUTEBol Coxa-BraNCa CoM o MaNTo CoMEMoraTivo foi CUMPriDo.

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UNIFORME

Page 37: Revista Só Futebol 03

37• Revista Só Futebol •

a iNTENção foi hoMENagEar aS graNDES CoNqUiSTaS rUBro-NEgraS ao loNgo Do TEMPo.

BRINDE COM VINHOPara comemorar o 90º ani-

versário de sua história, o

Atlético-PR, em parceria com

a Umbro – empresa que tam-

bém celebra 90 anos em 2014

–, desenvolveu sua terceira

camisa da temporada na cor

vinho, uma mistura entre os

tradicionais preto e verme-

lho, cores que acompanham o

Furacão desde 1924. Com de-

talhes em dourado e apenas 3

mil unidades produzidas, o mo-

delo foi apresentado no início

da Copa Libertadores e vinha

acompanhada de uma embala-

gem que se transforma em um

porta-retrato com a imagem

da primeira equipe atleticana.

Segundo Dante Grassi, ge-

rente de marketing da Umbro,

a intenção foi homenagear as

grandes conquistas rubro-ne-

gras ao longo do tempo.

“A nossa preocupação foi

resgatar e transmitir toda a

história do clube para a peça.

A camisa possui uma mode-

lagem inspirada na alfaiataria

das camisarias inglesas e uma

elegante gola polo diferencia-

da, com detalhes de acaba-

mento na cor preta e botões

personalizados. Nas costas, há

um recorte contrastante na cor

preta estrategicamente dese-

nhado para dar um melhor cai-

mento e a assinatura ‘Tailored

By Umbro’ bordada para enfa-

tizar toda sofisticação e todos

os cuidados na elaboração de

uma camisa tão emblemática”,

comenta Grassi.

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Page 38: Revista Só Futebol 03

38 • Revista Só Futebol •

Disputa emfamília

Duas das maiores fornecedoras de materiais esportivos, Puma e Adidas, têm, em sua origem, um DNA bem parecido

FAMOSAS TRÊS LISTRASNa década de 1920, Adolf Dassler

começou a fabricar calçados espor-

tivos ao lado do irmão, Rudolf, em um

quarto da casa da mãe. Hoje, quase

100 anos depois, ele é reconhecido

como o fundador de uma das maio-

res marcas de materiais para a prá-

tica dos mais variados esportes, nas

mais diversas condições climáticas

e nos mais diferentes terrenos, da

grama ao saibro. O nome da marca –

fundada em 1947, após a separação

dos irmãos – vem da união de Adi

(como era conhecido Adolf) e Dassler,

sobrenome da família.

A trajetória da Adidas a envolve

passagens como as quatro meda-

lhas de ouro de Jesse Owens nos

Jogos Olímpicos de 1936. O norte-

-americano calçava tênis fabrica-

dos por Adi quando surpreendeu o

mundo. Na Copa do Mundo de 1954,

a marca também foi protagonis-

ta, graças às chuteiras com travas

mais altas, que permitiram aos ale-

mães mais firmeza no chão enchar-

cado da final e tiveram papel funda-

mental no título germânico.

Hoje, a marca das três listras é

referência nos mais variados espor-

tes e também se destaca com peças

voltadas para a moda casual e urba-

na, tendo, inclusive, firmado parce-

rias exclusivas com estilistas como a

badalada Stella McCartney.

PUMA INDOMÁVELRudolf Dassler poderia ficar en-

tristecido após se separar do irmão

e deixar de ser um dos sócios da

empresa que viria a ser a Adidas.

No entanto, ele preferiu dar início a

uma nova jornada e, em 1948, lan-

çou a Puma, sediada inicialmente na

cidade alemã de Herzogenarauch.

Após alguns anos de adaptação, a

marca explodiu entre as décadas

de 1960 e 1970, graças principal-

mente a Pelé, que usava chuteiras

desenvolvidas pela empresa.

A forte concorrência com Nike e

Adidas chegou a ameaçar a Puma,

que só conseguiu se recuperar na

metade da década de 1990, quando

reviu sua política financeira e passou

a apostar no futebol americano e no

basquete dos Estados Unidos, o que

rendeu bons frutos à marca. A partir

de 2004, a empresa encontrou nas

seleções africanas de futebol um

novo foco de investimento e hoje

domina o continente. Além disso, a

marca tem contratos com equipes

de fórmula 1 e é presença constan-

te em vários outros esportes, sendo,

inclusive, a fornecedora de materiais

do fenômeno Usain Bolt.

Assim como a Adidas, a Puma

não se limita a quadras, campos

e pistas. Com linhas casuais assi-

nadas por renomados estilistas, a

marca faz questão de extrapolar

seus produtos dos ambientes es-

portivos para as ruas.

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UNIFORME

Page 39: Revista Só Futebol 03

39• Revista Só Futebol •

Page 40: Revista Só Futebol 03

40 • Revista Só Futebol •

da bolaAdvogado

Domingos Moro é referência na defesa dos clubes da capital nos tribunais desportivos

s clubes, hoje em dia, não de-

pendem mais apenas de um

bom técnico e de jogadores

com talento, precisam tam-

bém de um bom advogado. Na

esfera desportiva, Domingos

Moro, de 53 anos, é figura de

reconhecimento notório no cenário nacional. A re-

vista Só Futebol bateu um papo exclusivo com o

advogado, que opina sobre o sistema jurídico des-

portivo do Brasil e fala um pouco sobre futebol.

Revista Só Futebol: Você se considera o princi-

pal nome do direito desportivo paranaense?

Domingos Moro: Acho que faço um bom traba-

lho por conhecer futebol. A parte desportiva é

parecida com a administrativa, então a maioria

dos advogados trabalha em outras áreas tam-

bém. Eu só atuo na de esporte. Como conheço

futebol, não só a parte tática e técnica, porque

fui dirigente do Coritiba, eu falo a linguagem do

boleiro. Isso ajuda na hora de representá-los.

Revista Só Futebol: Suas teses de defesa são

famosas por conterem um pouco de teatralida-

de. É um bom recurso?

Domingos Moro: O Neymar joga de uma forma; o

Willian, de outra. Cada um trabalha de um jeito.

Eu teatralizo, às vezes, mas só me permito esse

recurso em alguns julgamentos, em que cabe

essa dose de teatralidade. No Rio de Janeiro,

é comum estudantes de Direito irem ao julga-

mento para me ver atuar e esperam por isso. O

Brasil tem grandes juristas, não posso ir lá com

a mesmice de todos. O advogado é um ator, ele

representa alguém.

Revista Só Futebol: Você foi presidente do

Coritiba e defende o Atlético-PR nos tribunais,

como é isso?

Domingos Moro: O Coxa é paixão, história de vida

e família. O Atlético é minha profissão. Em alguns

casos, paixão e profissão convivem bem. Hoje, vivo

bem com isso e sou respeitado pela torcida do

Atlético. Faço da minha profissão a minha paixão.

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PAPo CAbeçA

Page 41: Revista Só Futebol 03

41• Revista Só Futebol •

“O futebOl se

prOfissiOnAlizOu

e nãO tem mAis

espAçO pArA bObO.

O depArtAmentO

jurídicO

AcOmpAnhOu issO.”

Revista Só Futebol: Hoje, os departamentos ju-

rídicos dos clubes parecem mais fortes dos que

os de futebol?

Domingos Moro: O futebol é um grande negócio

e tem que ter resultado. Então, você precisa ficar

atento à parte de legislação. Futebol já foi simples,

hoje tem direito de imagem e contratos altos. Ele

se profissionalizou e não tem mais lugar para bobo.

A parte jurídica acompanhou isso. São muitos inte-

resses – financeiros, marcas, patentes, patrimônio

–, é preciso ter apoio jurídico.

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Revista Só Futebol: os regulamentos

apresentam muitas falhas que aumentam

as situações extracampo?

Domingos Moro: Muitas vezes vence-

mos buscando as imperfeições dos re-

gulamentos. Quanto mais você escreve,

mais abre brecha para escrever errado.

E os regulamentos querem prever tudo

que vai acontecer. Impossível. Pelo im-

previsto surgem as brechas, dúvidas e

interpretações diferentes.

Page 42: Revista Só Futebol 03

42 • Revista Só Futebol •

pode melhorar e vai evoluir

ainda mais com o tempo.

Revista Só Futebol: Muitos

criticam o fato de o STJD ser

no Rio de Janeiro, pois poderia

ajudar os times cariocas...

Domingos Moro: O STJD só é no

Rio de Janeiro porque a CBF é no

Rio. O tribunal tem que ter sede

onde fica localizada a federa-

ção. Só por isso. E hoje os tribu-

nais não são como antigamente.

Temos auditores do Rio Grande

do Sul; do Ceará – que é o presi-

dente atual –; de São Paulo, que

são maioria; do Rio de Janeiro; de

Goiás; e a procuradoria, que é do

Paraná. Já é realmente nacional.

Revista Só Futebol: Qual sua

opinião sobre a CbF?

Domingos Moro: Acho muito bem

estruturada. E teve dois presi-

dentes geniais, que são o João

Havelange e o Ricardo Teixeira.

Eles a organizaram como um

relógio suíço, ela funciona bem

e tem poucos departamentos.

Talvez peque, uma opinião pes-

soal, em preocupar-se demais

com a Seleção e de menos com

o futebol brasileiro.

Revista Só Futebol: Como você

avalia o tribunal desportivo do

Paraná e o Superior Tribunal de

Justiça Desportiva?

Domingos Moro: O nacional é

muito bem estruturado, mas

o regional não é tanto. Existe

muita influência política e ad-

ministrativa das federações.

Não há independência. Mas

a justiça desportiva brasileira

é muito boa, melhor que a da

FIFA, que não permite o con-

traditório. Acho que o cenário

PAPo CAbeçA

“cAdA um trAbAlhA

de umA fOrmA. eu

teAtrAlizO, às vezes.”© R

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Page 43: Revista Só Futebol 03
Page 44: Revista Só Futebol 03

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44 • Revista Só Futebol •

POR ONDE ANDA

PRESENTETrês anos depois de dei-xar o futebol, Washington tem o terno e a gravata como uniforme oficial

“AindA não sei quAndo

e nem Tenho ideiA em

quAl função, mAs

preTendo volTAr A me

envolver com o fuTebol

profissionAl um diA.”

Page 45: Revista Só Futebol 03

45• Revista Só Futebol •

coração valente e

uando era jogador de futebol, ele

tinha a responsabilidade de re-

solver os jogos para os seus ti-

mes. Paraná Clube, Ponte Preta,

Fenerbahçe, Atlético-PR, Verdy

Tokyo, Fluminense e São Paulo fo-

ram alguns dos clubes nos quais

a tarefa foi cobrada – e cumprida

com louvor. Hoje, mais de três anos após encerrar a car-

reira profissional, Washington não deixou de ter respon-

sabilidades muito sérias quanto ao seu trabalho. Vereador

na cidade gaúcha de Caxias do Sul, eleito em 2012 com

8.500 votos – o maior número do município –, o Coração

Valente continua com a sensação de que tem uma partici-

pação imprescindível em uma engrenagem maior.

“Na minha carreira de jogador, eu tinha que fazer os

gols e ajudar o time a conquistar as vitórias. Essa sem-

pre foi a minha responsabilidade e eu fazia de tudo para

responder da melhor forma possível. Hoje, como verea-

dor, sigo com uma responsabilidade muito grande de fazer

qdemocrático

algo pelas pessoas, embora seja uma função muito dife-

rente. De qualquer forma, é possível comparar, sim. Em

ambos os casos, eu tenho que resolver o que vem pela

frente”, comenta o artilheiro, acostumado a grandes de-

safios desde a conturbada trajetória como jogador, que

envolveu os conhecidos problemas no coração e uma in-

cansável batalha para se manter entre os melhores ata-

cantes do Brasil durante toda a carreira.

Perguntado sobre como é a rotina de envolvimento

com a política dois anos após assumir seu primeiro car-

go público, Washington suspira e toma fôlego antes de

responder. Depois de mais de 20 anos convivendo com

concentrações, treinos e funções bem diferentes das que

possui hoje em dia, o Coração Valente não nega que o cur-

to período de adaptação ainda não foi suficiente para se

acostumar ao mundo longe da bola. “A vida de político é

difícil, viu? Fico com ainda mais saudade dos tempos de

jogador. Estou descobrindo e aprendendo muitas coisas

nessa nova fase da minha vida, que tem sido muito pra-

zerosa, mas extremamente trabalhosa. Tenho que lidar

Acostumado à vida de atleta, Washington tenta se habituar aos compromissos de vereador enquanto espera a hora certa de voltar a se envolver com o futebol profissional

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46 • Revista Só Futebol •

com muitas pessoas e vivo sob uma constan-

te responsabilidade. Apesar de estar me acos-

tumando, sou muito feliz de poder fazer isso

pelas pessoas”, afirma o ex-jogador.

Depois de se despedir do Fluminense no

começo de 2011 e pendurar as chuteiras ofi-

cialmente, Washington se propôs a tirar um

tempo para descansar e refletir sobre o que

faria no futuro. Alguns convites e a possibili-

dade de ingressar na vida pública foram sufi-

cientes, no entanto, para lançá-lo à vitoriosa

candidatura ao cargo de vereador, em 2012.

Hoje político, ele se dedica a projetos rela-

cionados à inclusão social de crianças e ado-

lescentes através do esporte e se prepara

POR ONDE ANDA

TRABALHOAo lado de felipão, coração valente cumpre uma de suas tarefas como vereador de caxias do sul

ESPORTEA exemplo do ídolo olím-pico Gustavo borges, Washington continua ligado ao esporte

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47• Revista Só Futebol •

para concorrer a deputado federal

nas próximas eleições. O futebol,

no momento, não é uma prioridade,

mas continua sendo parte impor-

tante da vida do ex-jogador.

Além de participar frequente-

mente de jogos amistosos e peladas

entre amigos, Washington pode ser

visto frequentemente em torneios

de futebol 7, já tendo defendido a

camisa do Fluminense e do Atlético-

PR em competições da modalidade.

A saudade do tempo em que o es-

porte era prioridade, contudo, se-

gue firme no experiente coração do

craque. “Sinto muita falta, princi-

palmente dos jogos, da ansiedade,

do envolvimento e de tudo que faz

parte de um jogo. A adrenalina antes

de uma partida é algo muito legal.

Posso matar um pouco das sauda-

des nesses jogos beneficentes ou

em encontros com amigos, já que

o prazer de jogar está no sangue,

mas não é completo. Ainda não sei

quando e nem tenho ideia em qual

função, mas pretendo voltar a me

envolver com o futebol profissional

um dia”, revela o vereador, saudoso

da bola e da adrenalina com a qual

conviveu por tanto tempo.

Com uma imagem muito vincu-

lada ao Furacão, clube pelo qual se

tornou o maior artilheiro da história

de uma única edição do Campeonato

Brasileiro, com 34 gols em 2004, o

Coração Valente assegura ter muitas

memórias vestindo a camisa rubro-

-negra, mas elege duas como as

mais marcantes com o time da Arena.

“Sem dúvida, um dos momentos mais

importantes foi a minha volta ao fu-

tebol, depois de mais de um ano sem

jogar. Foi um jogo contra o Paraná,

time pelo qual eu já havia jogado en-

tre 1999 e 2000. O outro eu digo que

foi a temporada dos 34 gols, em que

infelizmente não conquistamos o tí-

tulo, mas tive a oportunidade de ser

o artilheiro depois de todos os pro-

blemas que tinha vivido nos últimos

tempos”, relembra.

E se o Atlético teve muita impor-

tância na vida de Washington no

passado, atualmente o ex-jogador

continua prestando muita atenção

no que o Furacão faz dentro de

campo. Mesmo distante e com ati-

vidades fora do futebol, ele garante

que acompanha os jogos do time

rubro-negro sempre que possível e

se mostra otimista para a reta final

do Brasileirão. “Eu tenho visto al-

guns jogos do Atlético e estou bas-

tante satisfeito com o time. Apesar

de algumas tropeçadas no começo

do campeonato, agora está com

uma pegada forte e vem conquis-

tando bons resultados. A equipe é

rápida, jovem e tem muito poten-

cial. Tenho certeza de que tem to-

tais condições de brigar pelo menos

por uma vaga na Libertadores do

ano que vem”, prevê Washington. A

torcida atleticana espera que seus

palpites sejam tão certeiros quanto

suas finalizações.

“A vidA de políTico é

difícil, viu? fico com

AindA mAis sAudAde dos

Tempos de joGAdor.”

BRASILo ex-atleticano atuou em nove oportunida-des com a camisa da seleção brasileira

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48 • Revista Só Futebol •

Futebol de mesa

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na pontaRenovação

dos dedos

ma bola de lá para cá e o

gol como foco. Por um lado,

você precisa saber chutar

com vigor físico; por outro,

precisa ter habilidade mo-

tora fina para controlar os

movimentos das mãos. No

futebol de campo, 11 jogadores e a equipe de arbi-

tragem são envolvidas; já no futebol de mesa, dois

Ujogadores competem entre si sem árbitros. Mas

uma questão une as duas modalidades: a paixão

nacional pelo esporte.

O futebol de mesa busca ganhar campo para

se popularizar novamente entre tantos jovens e

adultos que, hoje, optaram por praticar o esporte

através de videogames. “Estamos, por exemplo,

fazendo um trabalho de divulgação para que pro-

fessores de Educação Física sejam multiplicadores

48 • Revista só Futebol •

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49• Revista Só Futebol •

o futebol jogado com botões busca novos adeptos para sobreviver à era do videogame

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No PaRaNá, são PoUco mais de 100 fedeRados, coNceNtRados em tRês Polos: cURitiba, loNdRiNa e cascavel

da modalidade. Precisamos renovar os atletas. Os vi-

deogames são grandes concorrentes”, afirma Gabriel

Giordano Lima, presidente da Federação Paranaense

de Futebol de Mesa.

O esporte foi criado em 1983 pelo brasileiro

Geraldo Cardoso Décourt, que trabalhou muito pela

popularização da modalidade. “Há vários grupos que

jogam em casa, com amigos, ou em empresas, mas

precisamos divulgar mais”, observa Lima.

49• Revista só Futebol •

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Page 50: Revista Só Futebol 03

50 • Revista Só Futebol •

Futebol de mesa

Cenário paranaenseDe acordo com o presidente, no

Paraná são pouco mais de 100 fe-

derados, espalhados, principalmen-

te, em três polos: Curitiba, Londrina

e Cascavel. O estado conta com

grandes destaques de botonistas,

como são chamados os jogadores

dessa modalidade. Rogério Edison

Nascimento é um deles.

Começou quando criança, in-

fluenciado por seu primo, conhecido

como Robertinho – atual campeão

mundial e um dos maiores jogado-

res da história do esporte no país.

Foi assim, pelas mãos de quem en-

tende do riscado, que Nascimento

conquistou o título de campeão

mundial individual em 2012, na

modalidade 12 toques. “Jogo des-

de criança, como brincadeira. Fui

atraído primeiro pela paixão pelo

futebol, como todo brasileiro, e

também pelo divertimento. Mas

a prática me levou a melhorar a

concentração, a esportividade e a

fazer amigos”, conta o botonista,

que também é diretor técnico da

Federação Paranaense.

Diferentemente do futebol de

campo, o esporte em torno da mesa

não conta com a figura do árbitro.

“Há muita confiança, gentileza e

cordialidade”, afirma Nascimento,

que é engenheiro civil. Segundo

o jogador, cada um busca se dife-

renciar de alguma forma durante

os 12 toques, modalidade à qual

se dedica. “Vai da habilidade e do

estilo de jogo de cada um. Tenho

um estilo mais tático e cadencia-

do.” Outro destaque no Paraná é o

jogador Almo de Paula, que marcou

o recorde ao ser o único brasilei-

ro a ser campeão nas modalidades

dadinho e 12 toques.

Botonistas CéleBresAntes de os videogames se po-

pularizarem, quem era a estrela

entre os meninos por todo o Brasil

era o futebol de botão. No entanto,

atualmente, as federações e outros

grupos tentam resgatar o sucesso

da modalidade, que antes conquis-

tava muitos adeptos famosos.

Nomes da Música Popular

Brasi le i ra (MPB) como Chico

Buarque de Holanda e Vinícius

de Moraes eram praticantes.

Jô Soares, Chico Anysio, Oscar

Schmidt, Delfim Netto e Osmar

Prado completam a l ista de

o esPoRte foi cRiado em 1983 Pelo bRasileiRo GeRaldo caRdoso décoURt

Page 51: Revista Só Futebol 03

51• Revista Só Futebol •

Futebol de mesa exige concentração e tática nas diferentes modalidades possíveis

CAMPEÃO Rogério é um dos expo-entes no futebol de botão, já conquistou o mundial, o campeonato brasileiro, o paranaense e de clubes

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52 • Revista Só Futebol •

NOVOS UNIFORMES PARANÁ CLUBE + ERREÀ

bola 1 toque

Jogado com uma pastilha em vez de bola. É

uma modalidade parecida com o famoso jogo de

futebol de mesa da marca de brinquedos Estrela.

Fez a alegria de muitas crianças e jovens nas

décadas de 1980 e 1990. Mais comumente jogado

no Rio Grande do Sul.

subbuteo

Nessa modalidade, os jogadores não são botões,

mas sim uma simulação real dos jogadores. Exige do

botonista mais destreza e habilidade para chegar ao

gol mais rápido e mais vezes que seu adversário.

bola 12 toques

Jogado com uma bolinha redonda e com dois

jogadores traçando estratégias em 12 toques de

cada lado. No Paraná, existem grandes destaques

dessa modalidade. Possui, também, uma liga na-

cional mais estruturada.

dadinho

Em vez de bolinha, é utilizado o dadinho, que, por

seu formato e material (acrílico), possui mais resis-

tência para rolar pela mesa e exige estratégias dife-

rentes para jogar. “É muito jogado no Rio de Janeiro

e foi destaque em um dos episódios do seriado

Tapas e Beijos, da Rede Globo”, afirma o presidente

da Federação Paranaense de Futebol de mesa.

entre toques e tipos

famosos que já se divertiram com

o esporte na ponta dos dedos.

Para quem se animar e quiser

praticar, em Curitiba é possível

aprender na Federação Paranaense

Futebol de mesa

de Futebol de Mesa, com treinos

nas terças e quintas, ou adquirir

os equipamentos necessários com

custo inicial de R$ 270 por uma

mesa e mais R$ 180 entre cavaletes,

traves e jogos de botões – apesar

de, segundo o presidente, existirem

equipamentos que podem chegar

até R$ 1 mil. Assim, o bolso pode

acompanhar o tamanho da paixão.

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Page 53: Revista Só Futebol 03

NOVOS UNIFORMES PARANÁ CLUBE + ERREÀ

NOVOS UNIFORMES PARANÁ CLUBE + ERREÀ

Page 54: Revista Só Futebol 03

54 • Revista Só Futebol •

Saúde

cabeçaPapo

Neurologista explica os perigos que os choques de cabeça representam para jogadores de futebol e comenta os cuidados que precisam ser tomados

CHOQUEÁlvaro Pereira, depois da joe-lhada na cabeça

54 • Revista Só Futebol •

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Page 55: Revista Só Futebol 03

55• Revista Só Futebol •

cena sempre rende preocupação,

tanto dentro de campo quanto

para quem acompanha a partida

nas arquibancadas ou pela televi-

são. Em subidas para cabecear ou

trombadas no meio campo, cho-

ques de cabeça são assustadores

e não é para menos. Os acidentes podem representar

um grande risco para os jogadores e exigem máxima

atenção dos médicos quando acontecem. O neuroci-

rurgião André Possamai, do Hospital das Nações, co-

menta sobre os perigos e os cuidados necessários em

situações como a vivida pelo uruguaio Álvaro Pereira

durante a Copa do Mundo.

Revista Só Futebol: Quais os maiores riscos que os

choques de cabeça no futebol representam para os

atletas?

andré Possamai: Dentre os maiores riscos destacamos

os riscos imediatos, como concussões, fraturas, contusões

cerebrais e hemorragias intracranianas. As fraturas, con-

tusões e hemorragias são situações associadas a traumas

de maior energia, como jogador cabeceando o crânio de

outro atleta ou a trave (embora eu mesmo já tenha opera-

do dois pacientes que receberam boladas no crânio).

ARevista Só Futebol: É possível que uma sequência

de choques não muito graves isoladamente cause

problemas mais graves no futuro?

andré Possamai: Há o risco tardio de perda neuro-

nal progressiva em jogadores submetidos constante-

mente a traumas menores. São as chamadas concus-

sões, que muitas vezes passam despercebidas, mas

podem levar a alterações cerebrais ao longo do tem-

po, gerando um processo de atrofia cerebral parecido

com o que ocorre em doenças como o Alzheimer.

Revista Só Futebol: Na Copa do Mundo, o jogador

Álvaro Pereira, da seleção uruguaia, voltou a campo

depois de ficar alguns segundos desacordado por

causa de uma pancada na cabeça. Quais os perigos

desse retorno?

andré Possamai: As concussões são alterações

do estado mental induzidas por trauma que podem

ou não se apresentar com a perda da consciência.

A síndrome do segundo impacto pode ocorrer quan-

do, após uma concussão, o paciente recebe um novo

“NA CoPA do MuNdo, o ÁlvAro sofreu

uMA CoNCussão grAve, CoM PerdA

de CoNsCiêNCiA. PortANto, ele foi

iNAdequAdAMeNte exPosto A grANde risCo Por seu retorNo PreCoCe Ao jogo.”

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Page 56: Revista Só Futebol 03

Saúde

56 • Revista Só Futebol •

trauma no crânio. Acredita-se que,

após o primeiro trauma, o cérebro

permanece sensibilizado e mais

suscetível a danos em caso de no-

vos impactos. Na Copa do Mundo,

o Álvaro sofreu uma concussão

grave, com perda de consciência.

Portanto, ele foi inadequadamente

exposto a grande risco por seu re-

torno precoce ao jogo.

Revista Só Futebol: Qual é

o procedimento correto nesse

tipo de ocorrência?

andré Possamai: Para concus-

sões leves, sem perda de consci-

ência, o atleta deve ser avaliado

de cinco em cinco minutos por 15

minutos quanto à presença de al-

terações como cefaleia, náuseas,

vômitos, tonturas, alterações da

visão, comportamento e estado

mental. Caso os sintomas desa-

pareçam, o jogador pode retornar

à atividade. Isso ficou demonstra-

do na final do Mundial, no choque

ocorrido entre o atacante Higuaín

e o goleiro Neuer. O primeiro fi-

cou visivelmente comprometido

após o choque, necessitando de

substituição. Concussões que

venham com confusão mental

com duração superior a uma hora

já demandam avaliação médica

criteriosa e afastamento do es-

porte por até uma semana após a

recuperação completa do atleta.

Revista Só Futebol: O que po-

deria ser feito para minimizar os

riscos dos choques de cabeça?

andré Possamai: Com a evo-

lução do esporte, a tecnologia

mantém o peso da bola mesmo em

jogo “molhado”, além de permitir

uma deformidade maior da bola,

reduzindo a pressão na área de

impacto. Não existem evidências

que suportem a necessidade ou

o benefício do uso de capacetes

para proteção durante o jogo.

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58 • Revista Só Futebol •

formação

do apitoOs donos a federação

Paranaense de futebol busca novos talentos da arbitragem. Confira como funciona a formação na Escola de arbitragem da fPf

58 • Revista Só Futebol •

Page 59: Revista Só Futebol 03

59• Revista Só Futebol •

ormalmente, eles são os mais cri-

ticados em uma partida de futebol;

suas mães, nem se fala. Trabalham

pela tranquilidade, fogem da bola,

mas estão sempre de olho nela.

Precisam atuar com firmeza e de

forma disciplinar. “Árbitro bom é ár-

bitro que não aparece”, sentencia José Carlos Dias Passos,

diretor da Escola Estadual de Arbitragem “Victor Marcassa”

(EEA-FPF). Mas para isso, a boa formação é essencial.

NAo todo, são 280 árbitros na Federação Paranaense

de Futebol. Desses, 60 são da categoria espe-

cial – que reúne quem é credenciado para apitar o

Paranaense da 1ª divisão e campeonatos nacionais.

Segundo dados da Confederação Brasileira de Futebol

(CBF), atualmente o Paraná tem apenas um árbitro na

categoria FIFA – Bruno Boschilia–, e mais um aspi-

rante, Felipe Gomes da Silva. No mundo dos árbitros,

existem ainda as categorias 1ª divisão e básico 1, 2 e

3, grupos que apitam os jogos amadores e o estadual.

CursoA maioria das pessoas que procura pela formação de

arbitragem é graduada em Educação Física, mas é pos-

sível que profissionais de outras áreas façam o curso. “O

árbitro é, muitas vezes, um jogador ‘frustrado’”, brinca

Passos, que é cirurgião dentista – e árbitro desde 1996.

Para poder apitar um jogo como árbitro federado no

Paraná, é necessário passar por diversas etapas. A pri-

meira é buscar o curso da Escola de Arbitragem e passar

pela pré-seleção, com avaliações físicas e teóricas. Em

seguida, é preciso cursar 220 horas de conteúdo teórico

e prático, com estágios supervisionados. As aulas são re-

alizadas aos sábados. Adelmo Ferreira dos Santos e José

Fernando Machado Junior são alguns dos alunos que

fazem parte da turma aprovada em agosto. Se passa-

rem pelas próximas provas, eles poderão ser chamados

de “donos do apito” a partir de novembro. A escola está

em sua quinta turma no modelo atual, mais alinhado às

regras e aos parâmetros da CBF.

CritériosSegundo Passos, é preciso ter mais de 18 anos e, pre-

ferencialmente, menos de 26, para alcançar uma carreira

profissional de destaque. Entre as categorias, é possí-

vel subir ou descer – conforme o desempenho durante

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Árbitros ParanaensesNo amistoso entre Atlético e Corinthians

Page 60: Revista Só Futebol 03

formação

60 • Revista Só Futebol •

os jogos no ano. Por isso, os árbitros

formados precisam estar atentos.

São levados em conta: um teste físi-

co, um teste escrito, análises dos re-

latórios dos assessores (que dão no-

tas a cada partida), o percentual de

gordura, escolaridade e a vida social.

Quem se especializa também pode

decidir ser árbitro ou bandeirinha.

Euclides Garcia, jornalista, buscou a

formação de árbitro ainda na facul-

dade e hoje é bandeirinha. “Quando

os jogos são do profissional, fica mais

tranquilo se concentrar somente na

aplicação das regras e dar atenção à

partida. No amador, ainda vemos pro-

blemas de segurança”, conta Garcia.

Independentemente da categoria, é

preciso saber e aplicar bem as 17 re-

gras do futebol de campo. Para isso,

na formação, são levadas em conta

quatro competências: técnica, disci-

plina, social e mental (ver box).

Em CampoNem só de habilidade técnica é

feita a profissão. Quem é dono do

apito nas principais competições

tem recebido uma ajudinha da tec-

nologia. Na Copa do Mundo da FIFA

no Brasil, em 2014, foram observa-

dos alguns avanços auxiliando na

avaliação dos árbitros. “A tecnologia

veio para ajudar muito o nosso tra-

balho”, observa o diretor da Escola

de Arbitragem. O ponto eletrônico

e a tecnologia na linha do gol (TLG)

são alguns dos avanços.

No último Mundial, um momen-

to histórico foi o gol validado pelo

árbitro brasileiro Sandro Ricci, que

apitava o jogo França e Honduras.

“Esse episódio, marcante na história

das Copas, veio para mostrar a im-

portância da adoção de um recurso

que só tem a contribuir para o es-

porte”, comenta Ricci em entrevista à

Federação Pernambucana de Futebol

(FPF). Para quem não se lembra, o

gol do jogador francês Benzema foi

questionado pelo time de Honduras,

mas confirmado pela TLG. A bola ba-

teu na trave e acabou esbarrando no

goleiro Valladares, que tentou evitar,

mas não conseguiu segurá-la antes

que atravessasse a linha do gol.

Quatro fundamentos para uma boa arbitragem

Técnica

É preciso ter conhecimento

técnico das 17 regras do futebol e

das condutas dentro de campo.

Disciplina

É necessário ter uma conduta

desportiva respeitável.

Social

Ter um comportamento adequa-

do na vida social, fora de campo.

mental

Ter equilíbrio psicológico para

conduzir jogos que exijam do ár-

bitro uma maturidade psicológica.

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treinoJosé Carlos Dias Passos e o treinamen-to dos novos árbitros

Page 61: Revista Só Futebol 03

61• Revista Só Futebol •

ÁrbitroRodolpho Toski Marques apitando o amistoso entre Atlético e Corinthians

Jogo rápido

Como começou sua história na arbitragem?

Minha formatura aconteceu em 1971 e minha última

partida ocorreu em 1995.

Quantos jogos atletibas já apitou? É o recordista

em apitar esse clássico?

Tive a oportunidade de comandar por 27 vezes o

maior clássico de futebol de nosso estado. Pelo me-

nos até o momento, detenho a primazia nesse caso.

Qual episódio que mais lhe marcou apitando jogos

de futebol?

Talvez o mais marcante teve como palco o Couto

Pereira. E exatamente num Atletiba, em 1985. Vamos

aos fatos: ainda no primeiro tempo de jogo, o goleiro

Marola, do CAP, foi expulso de campo e rapidamen-

te o reserva entrou em seu lugar. Até aí, tudo bem.

Sem que ninguém percebesse, nenhum jogador

deixou o gramado e como isso tudo foi muito rápido,

o jogo foi reiniciado com o Atlético com 11 atletas

em campo, sem que fosse por mim e por meus

assistentes notado. Somente alguns minutos após

é que um diretor do Coritiba, no banco de reservas,

me alertou para o fato e, assim, a falha foi corrigida,

com a retirada de um atleta rubro-negro.

Quais foram as grandes vitórias conquistadas

nesses anos à frente da Comissão de arbitragem?

Várias, entre elas a introdução das pré-temporadas

para todas as categorias e as inclusões de árbitro e

árbitro assistente ao quadro FIFA, além do aumen-

to significativo do número de árbitros no quadro

nacional da CBF.

Bate-bola com o presidente da Comissão de

arbitragem da fPf, afonso Vítor de oliveira,

que é recordista em apitar atletibas.© D

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Page 62: Revista Só Futebol 03

62 • Revista Só Futebol •

craquesTrêsOs amigos o levavam ao estádio e cobravam

desenhos sobre futebol no jornal. Do pedido saíram reservas que logo se tornaram famosos titulares

por acaso

imprensa

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Page 63: Revista Só Futebol 03

“Virei poligâmico no fuTebol

quando comecei a fazer los

Três inimigos. não daVa mais

pra simpaTizar, Torcer ou

gosTar só de um Time.”

63• Revista Só Futebol •

futebol demorou quase duas

décadas para entrelaçar de

vez a vida do cartunista Tiago

Recchia, que trocou algumas

vezes de cidades e estados

quando criança. Quando era

menino, apesar de morar em

Cascavel, gostava do Fluminense, achava a camisa

bonita. Quando estava na quarta série do colégio, uns

meninos da oitava batiam em quem não torcia pelo time

deles, o Palmeiras. Depois de apanhar, virou palmeiren-

se, mas por pouco tempo. Preferiu se dedicar aos traços

artísticos e virou profissional aos 14 anos, desenhando

tirinhas e caricaturas no diário O Paraná. Pouco tempo

depois, se apaixonou por uma menina e ouviu da mãe

dela algo que fez mudar seus planos: “Artista não tem

futuro, minha filha, não perca seu tempo.” Já em Curitiba,

resolveu cursar Economia para ganhar uma imagem

mais comportada. Acabou ganhando amigos apaixona-

dos por futebol. “Comecei a ir aos estádios por volta dos

17 anos, para me enturmar com o pessoal da faculdade.

Acompanhava os amigos naqueles bons tempos em que

a gente comia pão com bife e bebia cerveja com álcool

enquanto assistia aos jogos na arquibancada”, conta,

saudoso. Os amigos universitários se dividiam em mui-

tos atleticanos e um ou outro coxa-branca e Recchia

assistia a partidas nos dois estádios. Não terminou a

ofaculdade de Economia, mas a amizade lhe deixou uma he-

rança: acabou simpatizando mais pelo rubro-negro.

As matérias universitárias não permaneceram no gosto

do adolescente. Tiago Recchia era, de fato, artista. E passou

a desenhar para o Jornal do Estado, a Folha de S. Paulo e o

Estado do Paraná. Foi em 1996, quando Recchia já contabi-

lizava 35 anos de idade e 21 de carreira, que a relação entre

amizades e futebol passou a aumentar. Já fazia um ano que

ele desenhava charges sobre política para o jornal Tribuna do

Paraná. Naquele ano, o futebol paranaense estava em eufo-

ria. A dupla Atletiba tinha subido pra Série A. Na ascensão, o

Atlético havia sido campeão da Série B. “Os amigos insistiram

e comecei a fazer a Caixinha de Surpresas, coluna em que re-

tratava o dia a dia do esporte no Paraná”, conta.

A turma ficou satisfeita – e Recchia também. Até que

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Page 64: Revista Só Futebol 03

64 • Revista Só Futebol •

imprensa

em fevereiro do ano seguinte, ele

se viu desfalcado de notícias. “Foi

entressafra dos campeonatos. Com

tudo parado, a saída foi criar perso-

nagens que torciam pelos times da

capital e colocá-los em diversas si-

tuações”, revela. Nascia a categoria

de base de Los Três Inimigos e aca-

bava a simpatia do artista por ape-

nas um dos clubes. “Virei poligâmico

no futebol quando comecei a fazer

Los Três Inimigos. Não dava mais pra

simpatizar, torcer só pra um. Passei

a gostar dos três”, conta.

O nome foi inspirado nos ex-co-

legas de Folha de S. Paulo: Angeli,

Glauco e Laerte, que faziam as tirinhas

Los Três Amigos. Nas notícias que es-

tava acostumado a ler, só via “arquir-

rivais” ou “os três da capital”, nunca

“inimigos”. Era a palavra que faltava.

Para fechar a homenagem, Recchia

colocou cada um com sombreiros nas

cabeças, chapéus mexicanos usados

em Los Três Amigos. A entressafra

terminou e ele voltou com as charges

antigas. “Os leitores sentiram falta do

trio e os pediram de volta”, diz, orgu-

lhoso de seus meninos. Nunca mais

parou de desenhá-los e, hoje, eles

têm espaço no caderno de esportes

da Gazeta do Povo.

Atualmente, os garotos do gra-

mado não são motivo de muita ale-

gria. “O futebol profissional está tão

chato que eu vou voltar para as raí-

zes, vou ver os jogos da Suburbana,

onde posso comer pão com bife e

beber cerveja com álcool durante

as partidas”, desabafa.

Aliás, com jogos aos sába-

dos à tarde, o atual calendário

da Suburbana é perfeito para ele

acompanhar. Quando o cartunista

tem folga, gosta de frequentar es-

tádios. Nos outros dias, geralmente

três vezes por semana, vai cami-

nhar no Parque Barigui de manhã

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Page 65: Revista Só Futebol 03

65• Revista Só Futebol •

alguns leiTores escreVem

pro jornal quando se

senTem incomodados. “É

normal, Trabalhar com

fuTebol É mexer com a

paixão de muiTa genTe”.

(quando não encontra amigos no bar na noite ante-

rior). Começa a trabalhar por volta das 15h, lendo jor-

nal e notícias na internet para desenhar e só termina

às 21h. De vez em quando, encontra por acaso conse-

lheiros ou torcedores e ouve clamores para não pegar

pesado na tiração de sarro. Alguns leitores escrevem

pro jornal quando se sentem incomodados. “É normal,

trabalhar com futebol é mexer com a paixão de muita

gente”, diz. Além disso, ele conta que tem muita liber-

dade para desenhar e dar sua opinião.

Recchia pesquisa diversos assuntos para ter inspi-

rações diárias. Muito porque também faz charges sobre

cotidiano e política. Mais ainda porque é extremamen-

te curioso e culto. É daqueles que emenda um livro no

outro. Os russos Tchekov e Dostoievski têm lugar ca-

tivo em sua biblioteca. Também não fica sem textos de

Dalton Trevisan, Rubem Braga e da realidade fantástica

de Edgar Allan Poe e de Guy de Maupassant. Como o

trabalho diário requer também agilidade, tem prefe-

rência pela ficção mais curta desses autores: contos,

novelas ou crônicas. A parte curiosa é preenchida lendo

obras sobre história e assistindo a documentários, se-

jam eles sobre mecânica de automóveis ou sobre a vida

íntima do bicho suricato.

E se o bom humor é o último requisito para o sucesso

de Los Três Inimigos, ele finaliza a conversa revelando

o que está em suas mãos no momento: “Adoro Millôr

Fernandes e estou lendo um livro muito engraçado que

ainda não tinha dele: The Cow Went To The Swamp – A

Vaca Foi Pro Brejo: O (Anti)manual Definitivo do Inglês

Para Inglês Ver”, recomenda Recchia.

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66 • Revista Só Futebol •

O Clássicodos Italianos

Assistir às partidas de Iguaçu e Trieste na Suburbana é ver parte da história da colonização

em Curitiba sendo reescrita em campo

a s c i d o n o s r e c a n t o s d e

Butiatuvinha, em 6 de junho de

1919, com o primeiro nome de

Ouro Verde, a atual Sociedade

Beneficente (S.O.B.E.) Iguaçu foi

fundada por imigrantes italianos

que residiam no quadrilátero do

número 8.172 da Avenida Manoel Ribas. A 1,7 km de dis-

tância, na parte de Santa Felicidade onde se encontra

a Rua Professor Francisco Zardo, um grupo de também

imigrantes italianos formou, em 8 de junho de 1937, o

Trieste Futebol Clube. Tantas semelhanças transforma-

ram os dois em eternos rivais. Os embates futebolísticos

entre eles começaram em 1954 e são até hoje conhe-

cidos por três nomes: Clássico dos Italianos, Clássico

da Polenta ou ainda Clássico da Colônia. Atualmente, o

sobrenome Stival é o fator comum entre eles.

O ex-goleiro Romeu Stival, 71 anos, já fechou a meta

de ambos. Mas o coração é tão alvinegro que hoje ele

preside o Iguaçu. Ele conta que, antigamente, era co-

mum os arquirrivais emprestarem jogadores. Romeu

Njá jogou algumas vezes pelo Trieste, inclusive du-

rante o tricampeonato da Taça Paraná (principal

competição do futebol amador do estado). Já Hélio

Cury, atual presidente da Federação de Futebol

Paranaense, fez o caminho inverso quando jogava

no tricolor italiano.

Em meados dos anos 70, as brigas em campo ultra-

passaram os limites e um jogo teve de ser encerrado

ainda no primeiro tempo regulamentar, sob protestos

da torcida. O impasse foi resolvido minutos depois com

uma punição severa: os dois lados foram pra casa mais

cedo e só voltaram ao estádio na manhã seguinte, com

portões fechados. Somente jogadores, comissão téc-

nica e o silêncio nas arquibancadas. “Foi dureza, era

segunda-feira e tivemos que decretar feriado das ou-

tras atividades pra jogar. E a torcida faz muita falta”,

relembra Romeu. Naquela partida, 21 cartões ama-

relos foram sacados do bolso do juiz e, apesar de a

confusão ter sido absurdamente enorme, o ex-goleiro

saiu ileso – inclusive de ter o nome citado em súmu-

la. O bom comportamento do futebolista lhe rendeu

SuburbAnA

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67• Revista Só Futebol •

TriesTe x iguaçuO Clássico dos Italianos, considerado o Atletiba da suburbana

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a medalha de ouro Belfort Duarte.

O prêmio é destinado a jogadores

de futebol, amadores ou profis-

sionais, que têm em sua carreira

mais de 200 partidas oficiais sem

expulsões ao longo de, no mínimo,

dez anos. Quem consegue manter

a calma e a disciplina recebe um di-

ploma, uma medalha e uma cartei-

rinha que permite entrada gratuita

nos estádios brasileiros.

Quem relata outras brigas é

Agenor Stival. Aos 65 anos, o ex-

-atacante conta que meio sécu-

lo atrás foi atingido por pedras

Page 68: Revista Só Futebol 03

68 • Revista Só Futebol •

sanTa QuiTéria e uranoMais um clássico da Suburbana, o jogo é certeza de espetáculo no campo e na arquibancada

SuburbAnA

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vindas da torcida triestina, além

de ter trocado provocações e

pontapés com os jogadores no

vestiário. Se a polícia já conteve

muito o sangue quente italiano, a

decisão da Federação Paranaense

de Futebol teve de ser dura nova-

mente, principalmente quando as

duas equipes chegavam à final.

“Já fomos obrigados a disputar

título em campo neutro, como o

Couto Pereira”, conta Agenor.

Foi nessa época também que os

clubes ganharam apelidos. Quem

torcia pro Trieste virou bacalhau;

quem era do Iguaçu acabou sendo

peixe podre. Torcedores do trico-

lor passavam pela Avenida Manoel

Ribas e tacavam peixe podre na es-

quina do estádio rival quando o time

ganhava. Se era o alvinegro que se

dava bem, era a vez dos torcedores

do Iguaçu arremessarem bacalhau

na Francisco Zardo.

Foi no Iguaçu que um famoso

afilhado de Romeu começou. Alexi

Stival, o Cuca, é filho de Dirceu Stival,

goleiro que foi titular do Iguaçu até

1967, quando foi expulso de campo

pelo temperamento apimentado. Foi

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69• Revista Só Futebol •

a primeira chance do primo Romeu,

seu reserva, ir pra debaixo da tra-

ve. “Apesar da minha baixa estatu-

ra, virei titular quando o Dirceu saiu

daquele jogo”, conta Romeu. Atual

treinador do Shandong Luneng, na

China, Cuca foi centroavante do clu-

be de Butiatuvinha até ir pro Santa

Cruz-RS, passar pelo Juventude e

ser revelado pelo Grêmio. Encerrada

a carreira de jogador, Cuca se tornou

treinador. Seu maior feito foi a con-

quista da Libertadores de 2013 pelo

Atlético Mineiro. Já o Trieste vem

criando promessas do futebol pro-

fissional atual. Marcos Guilherme e

Léo Pereira, revelações do Atlético

Paranaense, e Luccas Claro, do

Coritiba, começaram lá.

Os ânimos italianos se acalma-

ram e o que se ouve pelas sedes

dos dois clubes é que a rivalidade

não vai mais além das quatro linhas.

É o que afirma o ex-presidente do

Trieste, Jaziel Baioni, que fez ques-

tão de cumprimentar Romeu no úl-

timo clássico, no dia 9 de agosto,

quando o Iguaçu ganhou de virada

por 3 x 2 no Trieste Stadium. Na

ocasião, foi possível ver crianças,

jovens e adultos dos dois times sen-

tados lado a lado na arquibancada.

O Clássico dos Italianos aconteceu

cinco vezes na decisão de título da

TOrCedOreS dO TrICOlOr TACAvAM peIxe pOdre NA

eSquINA dO eSTádIO rIvAl quANdO O TIMe gANhAvA. Se

erA O AlvINegrO que Se dAvA beM, OS TOrCedOreS dO

IguAçu ArreMeSSAreM bACAlhAu NA FrANCISCO ZArdO.

Suburbana. O Iguaçu se consagrou

três vezes; o Trieste, duas. Enquanto

os dois times das famílias italianas

existirem, duas disputas vão acirrar

a tradicional rivalidade. Além de se-

rem clubes de começo de carreira

de ótimos futebolistas, são também

os de encerramento de profissio-

nais como Perdigão, eterno ídolo do

Paraná Clube, que se despediu da

bola no Trieste, e de Laércio Ramos e

Marcelo Tamandaré, ex-Coritiba, que

pretendem ficar no plantel do Iguaçu

até pendurarem as chuteiras.

Um triestino ficará mal se não jo-

gar a final, mas ficará ainda pior se

não se tornar campeão em cima do

Iguaçu. A recíproca sempre é verda-

deira. Por enquanto, gostamos de

constatar que ela é saudável e até

necessária para o bom andamento

da história do futebol.

Vila Hauer x Vila Fanny

Santa Quitéria x Urano

Capão Raso x Novo Mundo

Também são clássicos da Suburbana

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Page 70: Revista Só Futebol 03

70 • Revista Só Futebol •

internet

Curte aí!Siga os seus ídolos do futebol nas redes sociais

Das categorias de base do

Atlético Paranaense, o meio-

-campo Nathan se destacou

também no time profissional

do clube e na Seleção Brasileira

Sub-20. No Instagram, o joga-

dor tem mais de 7 mil seguido-

res e atualiza com frequência

seu perfil com fotos dos jogos

e frases de agradecimento por

todas as conquistas.

O dia a dia nos gramados é o

tema principal das fotos do za-

gueiro do Paraná Clube. Os com-

panheiros de time também estão

sempre presentes nas imagens

da página do Instagram, assim

como os jogos e treinos.

NathaN allaN

alissoN BraNd

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O zagueiro do CAP compartilha um pouco

do seu dia a dia nos campos com os seus

seguidores. Principalmente com fotos de

jogos e com os companheiros de time,

Cleberson não é tão assíduo nas posta-

gens como seus colegas de campo, mas

vez ou outra ele aparece com uma foto

nova no Instagram.

CleBersoN

@alissonbrand

@cleberson17

@nathanallan10

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71• Revista Só Futebol •

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Em ritmo de despedida dos campos, o ídolo do

Coritiba já está saudoso nas redes sociais. No

Instagram, grande parte de suas últimas pos-

tagens é em forma de agradecimento a todos

que passaram pela sua carreira de jogador

e que fizeram a diferença em sua formação.

Alex também mostra um pouco da sua rotina

no Coxa e conversa com os fãs da Turquia, en-

tão não se assuste se algumas legendas das

fotos forem praticamente incompreensíveis!

O goleiro ídolo do Atlético Paranaense é assíduo nas redes so-

ciais. Na sua conta do Instagram, ele compartilha treinos, jogos,

vitórias e viagens com o CAP. De vez em quando, aparece por lá

a sua namorada famosa, a Panicat Babi Muniz. São 24 mil segui-

dores que dão apoio ao goleiro na sua página pessoal.

WevertoN

alex O jovem volante do Paraná

é bem ativo na sua página

pessoal no Instagram. Como

não poderia faltar, fotos dos

jogos e das vitórias do time

estão sempre presentes

por lá, além de momentos

com a família, os amigos e

os companheiros de equipe.

A irmã também é presen-

ça constante nas imagens,

sempre com declarações de

agradecimento.

luCas otavio

@alexcfc10

@weverton010

@lucasotavioo

Page 72: Revista Só Futebol 03

72 • Revista Só Futebol •

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

Solução

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VOTACRP

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Basta;chega

(interj.)

Recusacoletiva

ao traba-lho (pl.)

Em pre-sença de

(?) daSilva,

cortesãbrasileira

Gás dosanúnciosluminosos

A menorunidadeda Infor-mática

Carro (?), veículo das

escolasde samba

Sílabade "guri"

Cantoraprincipalda ópera

Elege

Examinamcom

minúcia

EngraçadoO meio-fiodas ruas(p. ext.)

Pão demilho

Richard (?),político

(?) e xiitas: rivalidadereligiosa do mundo

islâmico que seiniciou no ano de 632

(?) Forman,cineastade "Hair"Fruto rubro

Tingir;colorir

Metal leve

Conselhode psicólo-gos (sigla)

São o hábitat de emas,tamanduás e lobos-guarás

O movimento da cor-rente elétrica alternada

Ervaaromática

Oferta, em inglêsAcha en-graçado

3/bid — crp. 5/jambo — milos — nardo — nixon. 7/sunitas — titânio.

Cruzadinha

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